Viagens Turísticas à Natureza: o Desafio do Planejamento ... · ... investigar se o fator...
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V Encontro Nacional da Anppas
4 a 7 de outubro de 2010
Florianópolis - SC – Brasil
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Viagens Turísticas à Natureza: o Desafio do Planejamento com Vistas à Sustentabilidade
Sinthya Pinheiro Costa (UFRN) Turismóloga, Mestranda em Turismo pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte. Bolsista
CAPES. [email protected]
Suely de Oliveira Pinheiro Costa (UFCG) Bióloga, Mestre em Recursos Naturais pela Universidade Federal de Campina Grande. Docente
do Curso de Ciências da UFCG. [email protected]
Resumo
O turismo baseia-se em sua grande maioria em áreas naturais. Por isso necessita da preservação de tais áreas para sobrevivência da atividade. Além disso, pode-se dizer que o turismo tanto pode proporcionar a valorização do meio ambiente, quanto pode produzir sua degradação. Diante desses fatos, o presente estudo objetivou analisar a relação entre os fatores motivadores de viagens ao município de Natal/RN e as políticas elaboradas pela Secretaria Municipal de Turismo em relação a proteção ao meio ambiente. Como obetivos específicos temos: a) investigar se o fator meio-ambiente é levado em consideração quando se escolhe Natal como destino turístico; c) Avaliar o grau de importância dada ao meio ambiente pelos turistas nacionais; c) Propor um planejamento turístico orientado a sustentabilidade ambiental. Para tanto foi realizada uma pesquisa quali-quantitativa com turistas nacionais na Praia de Ponta Negra – Natal/RN. Conclui-se que 85% dos tutistas que vistam Natal a escolhem pelas belezas naturais e que o planejamento muncipal ainda não trata o meio ambiente como fator primordial.
Palavras-chave: Planejamento Turístico; Meio Ambiente; Sustentabilidade.
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1 Considerações Iniciais
O turismo é uma atividade econômica que vem crescendo a cada ano. Pensar em
turismo é analisar os fatores sociais, políticos e econômicos que o circundam. Porém, muitas
vezes, turistas e gestores da atividade deixam de lado um elemento importante para o
desenvolvimento sustentável do turismo: o meio ambiente.
O meio ambiente, em muitos casos, não se renova e compromete a qualidade de vida
da população local. Ele é um dos principais elementos de atratividade da atividade turística e é
também o que mais sofre com o desenvolvimento desordenado desse setor. Segundo Costa
(2007), cerca de 30 milhões de turistas em todo o mundo fazem opção pelo lazer em destinos
naturais. Os paraísos ecológicos são procurados, sobretudo, pela necessidade que os moradores
das grandes cidades têm de retomar o contato com a natureza e fugir da rotina conturbada da
vida moderna.
Este crescimento econômico desordenado vem provocando diversas alterações no
ecossistema. Por essa razão a comunidade acadêmica, a sociedade civil organizada e o poder
público estão proferindo discursos a respeito deste tema, o que afirma o pensamento de Cid
(2005) quando constata que o futuro da humanidade depende da relação do homem com a
natureza. Nesse sentido Rodrigues (2000) nos permite afirmar que o turismo sustentável se faz
com o planejamento territorial, compreendendo as dimensões ecológicas, culturais, sociais,
econômicas e espaciais. Diante disso, nota-se a importância dos recursos socioambientais,
principalmente pelo setor turístico, que utiliza seus atrativos naturais e culturais para atrair turistas
para determinada localidade.
Diante desses fatos, o presente estudo objetivou analisar a relação entre os fatores
motivadores de viagens ao município de Natal/RN e as políticas elaboradas pela Secretaria
Municipal de Turismo em relação a proteção ao meio ambiente. Como obetivos específicos temos:
a) investigar se o fator meio-ambiente é levado em consideração quando se escolhe Natal como
destino turístico; c) Avaliar o grau de importância dada ao meio ambiente pelos turistas nacionais;
c) Propor um planejamento turístico orientado a sustentabilidade ambiental.
Para se alcançar os objetivos propostos, foi realizada uma pesquisa de cunho quali-
quantitaviva com 70 turistas brasileiros, escolhidos aleatoriamente na praia de Ponta Negra, na
cidade de Natal/RN. Os dados foram obtidos através da aplicação de questionário com questões
abertas e fechadas, que reflitam a relação turismo e meio-ambiente. Para a análise dos dados foi
usado o programa Microsoft Excel 2007, disponível no laboratório de Informática da UFRN.
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Como resultado, foi verificado que os turistas que visitam Natal, escolhem o destino
por saber previamente de suas belezas naturais; As ações da Secretaria de Turismo estão
voltadas a promoção do meio ambiente ou dos atrativos naturais e ao desenvolvimento da
atividade turística na cidade; O planejamento não insere o meio ambiente como elemento
fundamental da sustentabilidade do município, mais sim fatores econômicos como primordiais.
Desta forma, observa-se a importância de se planejar um destino turístico com
responsabilidade e compromisso, preservando acima de tudo, as pessoas que nele vive e
consequentemente a sustentabilidade ambiental. Assim, o desenvolvimento da atividade deve
estar pautado nas questões legais e na relação homem-natureza como forma de continuidade de
maneira sustentada das relações.
2 Desenvolvimento e Turismo: Uma análise da Sustentabilidade
Ambiental.
2.1 O Meio Ambiente como Propulsionador do Desenvolvimento
Embora o planeta Terra tenha idade superior a quatro e meio bilhões de anos, o Homo
sapiens, que provem de uma linhagem evolutiva, somente nela apareceu há cerca de seis milhões
de anos. Apesar disso, essa espécie, nos últimos 100.000 anos, desenvolveu grande habilidade
para sobreviver às mais extremas mudanças climático-ambientais. Sucessivas tecnologias
permitiram-lhe habitar praticamente todos os recantos dos cinco continentes, em quase todas as
altitudes e latitudes, o que representa um incomparável feito em termos biológicos (ALMEIDA,
2005).
Porém ao longo dos anos o ser humano vem tendo a necessidade de conhecer de fato
quais os efeitos provocados pela sua ação sobre o meio ambiente e neste sentido que após os
anos 70, uma das questões centrais que emergiram no contexto internacional diz respeito ao grau
de compatibilidade entre o desenvolvimento econômico e a preservação do meio ambiente
(crescimento zero ou estado estacionário - redução do crescimento). Foi assim que floresceram
nas últimas décadas certos vocábulos simbolizando a procura dessas novas vias, tais como novo
crescimento, desenvolvimento integrado, ecodesenvolvimento e, mais recentemente,
desenvolvimento durável, que têm guiado as reflexões e os debates em escala nacional e
internacional.
Entretanto um significado mais recente, a de gestão do território, trata de levar em
conta, num mesmo enfoque, os aspectos demográficos, econômicos e espaciais, a fim de corrigir
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os excessos decorrentes das evoluções espontâneas induzidas por processos acelerados e
insuficientes controlados de crescimento econômico e de urbanização (VIEIRA, 1997).
Todavia, no limiar do século XXI, diante de um quadro de marcantes desafios a serem
enfrentados, dos problemas não resolvidos, dos obstáculos criados pela própria ação do homem,
o papel da ciência é posto em evidência em todos os balanços e análises prospectivas
(BURSZTYN, 2001). Os problemas ambientais, neste início de terceiro milênio, felizmente, já são
o tema central das discussões em vários foros pelo mundo.
Por isso promover gestão ambiental, criar normas de controle, implantar selo verde,
nada disso dará resultado se não houver uma mudança de comportamento a partir de cada
indivíduo e das autoridades competentes. Neste contexto Braga (2007), nos aponta que o modelo
de desenvolvimento escolhido pela sociedade humana até atingir seu atual estágio, representa um
sistema aberto, que depende de um suprimento contínuo e inesgotável de matéria e energia.
É possível então abstrair diante do que nos reporta Philippi Jr. (2004) que o ambiente
urbano é, portanto, o resultado de aglomerações localizadas em ambientes naturais
transformados, e que para a sua sobrevivência e desenvolvimento necessitam dos recursos do
ambiente natural. Dessa maneira, o crescimento populacional contínuo observado é incompatível
com um ambiente finito, em que os recursos e a capacidade de absorção e reciclagem são
limitados.
Devemos acrescentar a esse quadro o aumento do consumo individual que se observa
no desenvolvimento da sociedade humana, que torna a situação mais preocupante ainda
(BRAGA, 2007). Nesse sentido, as crises energéticas e de esgotamento de certos recursos
naturais estimulou o desenvolvimento de processos produtivos menos intensivos e perdulários no
uso de matérias-primas e energia (BURSZTYN, 2001).
O tratado das civilizações humanas é pontilhado de grandes desastres ecológicos e
sociais, refletindo a progressiva degradação dos recursos ambientais, como decorrência da má
ocupação do meio ambiente, destacando-se o declínio das grandes civilizações mediterrâneas e
mesopotâmicas, que foram o berço da humanidade (SILVA, 2008).
Somente a partir do século XIX, com o crescimento explosivo da população mundial,
surgiu a consciência das limitações dos recursos ambientais e da singularidade do meio ambiente
(SILVA, 2008). Leff contribui com esse estudo quando diz que desde o momento em que a
natureza – do meio ambiente até a natureza orgânica do homem – é afetada pelas relações
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sociais de produção, estes processos biológicos são super determinados pelos processos
históricos em que o homem ou a natureza se inserem. (LEFF, 2002)
Outro aspecto a ser evidenciado é a tecnologia, a qual demonstrou, então, que poderia
contribuir de forma efetiva na reversão de situações críticas. Métodos de planejamento,
equipamentos para controle de poluição e processos tecnológicos alternativos menos poluentes
foram desenvolvidos, entretanto, passou-se assim, a admitir que existam limites que devem ser
respeitados e que a tecnologia é fundamental, mas não é capaz de resolver todos os problemas
quando alguns limites, às vezes desconhecidos, são alcançados (BRAGA, 2007).
2.2 Desenvolvimento Sustentável
A busca por um desenvolvimento que não agrida ao meio ambiente, à sociedade e aos
sistemas econômicos é percebida desde os primórdios das civilizações. Segundo Swarbrooke
(2000) o termo sustentável só passou a ser usado explicitamente nos últimos 20 ou 30 anos, mas
as idéias que o sustentam nasceram nos modelos mais remotos de planejamento urbano. Quando
os romanos planejaram e desenvolveram as cidades e as metrópoles, eles já estavam colocando
em prática este conceito.
Existem várias formas de definir o desenvolvimento sustentável. Estas formas irão
variar de acordo com as interpretações de cada autor sobre o assunto. Segundo Centeno (2004),
o governo brasileiro adota a definição da Comissão Mundial sobre o Meio Ambiente e
Desenvolvimento (CMMAD) apresentada no Relatório Nosso Futuro Comum ou Relatório
Brundtland.
Este relatório defende um desenvolvimento que mantenha o progresso. Nele, a
pobreza é apontada como uma das principais causas e efeitos dos problemas ambientais do
mundo e o desenvolvimento sustentável é definido como "o atendimento das necessidades do
presente sem comprometer a possibilidade de as gerações futuras atenderem as suas próprias
necessidades" (Relatório Brundtland, 1991 apud TAYRA, 2008).
Assim sendo, percebe-se que o desenvolvimento sustentável não está em estado de
permanente equilíbrio, podendo variar quanto ao acesso aos recursos e quanto à distribuição de
custos e benefício.
O Relatório Brundtland (1991, p.49) apresenta o desenvolvimento sustentável como
sendo:
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um processo de transformação no qual a exploração dos recursos, a direção dos investimentos, a orientação do desenvolvimento tecnológico e a mudança institucional se harmonizam e reforçam o potencial presente e futuro, a fim de atender às necessidades e às aspirações humanas.
O citado relatório baseou-se na idéia de que o crescimento econômico tinha que
ocorrer de uma maneira ecológica e socialmente mais igualitária. Ele destaca os principais
componentes do desenvolvimento sustentável, como mostra a tabela 1.
Tabela 1 – Componentes do desenvolvimento sustentável.
Estabelecimento de limites ecológicos e padrões mais igualitários
“... exige a promoção de valores que encorajem padrões de consumo que estejam dentro dos limites do ecologicamente possível e aos quais todos possam aspirar com sensatez.”
Redistribuição de atividades econômicas e de recursos
“A satisfação de necessidades essenciais depende em parte de alcançar-se completo potencial de crescimento, e o desenvolvimento sustentável claramente exige crescimento econômico nos lugares onde tais necessidades não estão sendo satisfeitas.”
Conservação de recursos básicos
“... o desenvolvimento sustentável não deve colocar em risco os sistemas naturais que permitem a vida na Terra: a atmosfera, a água, os solos e os seres vivos.”
Capacidade de carga e rendimentos sustentáveis
“... a maioria dos recursos renováveis são parte de um complexo e interligado ecossistema, devendo-se definir o rendimento sustentável máximo depois de se ponderar a dimensão dos efeitos do sistema de exploração.”
Diversificação das espécies “... o desenvolvimento sustentável exige a conservação das espécies da fauna e da flora.”
Minimização de impactos adversos
“O desenvolvimento sustentável exige que os impactos adversos sobre a qualidade do ar, da água e de outros elementos naturais sejam minimizados de forma a sustentar a integridade total do ecossistema.”
Controle por parte da comunidade
“... controle por parte da comunidade sobre as decisões de desenvolvimento que afetam os ecossistemas locais.”
Viabilidade econômica “... as comunidades devem perseguir o bem-estar econômico e, ao mesmo tempo, reconhecer que as políticas [governamentais] podem definir limites ao crescimento material.”
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Qualidade Ambiental “A política ambiental das empresas é uma extensão da administração de qualidade total.”
Auditoria ambiental “Um sistema efetivo de auditoria ambiental está no cerne da boa administração do meio ambiente.”
Fonte: SWARBROOKE, 2000 baseado no Relatório Brundtland, 1987 (adaptado).
Segundo a Organização Mundial do Turismo (OMT, 2003, p. 172), a sustentabilidade é
norteada por três princípios centrais:
Sustentabilidade ecológica: garante que o desenvolvimento seja compatível
com a manutenção dos processos ecológicos essenciais, da diversidade e dos
recursos biológicos.
Sustentabilidade social e cultural: garante que o desenvolvimento aumente o
controle das pessoas sobre suas próprias vidas, seja compatível com a cultura
e valores dos povos que afeta e mantenha e fortaleça a identidade da
comunidade.
Sustentabilidade econômica: Assegura que o desenvolvimento seja
economicamente eficiente e que os recursos sejam gerenciados de forma a
poder sustentar gerações futuras.
Resumindo
Trata-se do equilíbrio entre tecnologia e ambiente, na busca da eqüidade e de justiça social, que pode ser definido como o que não compromete a conservação dos recursos naturais sobre os quais se sustenta e que, portanto, reconhece explicitamente a necessidade de proteção ao meio ambiente. (CENTENO, 2004, p. 40).
Este equilíbrio entre os três eixos forma o chamado tripé da sustentabilidade (Figura 1).
Figura 1 – Tripé da Sustentabilidade Fonte: CENTENO, 2004 (Adaptado)
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Nota-se que o desenvolvimento sustentável se refere principalmente às conseqüências
da atividade econômica na qualidade de vida e no bem-estar da sociedade. A idéia de
desenvolver sustentavelmente está principalmente ligada às limitações, sejam estas ecológicas,
financeiras ou até mesmo sociais. Para que se desenvolva um turismo mitigador de impactos
negativos e maximizador dos positivos, é imprescindível que os eixos que o envolvem se
desenvolvam de maneira integradora e interdependente, assim nenhum deles sobressairá ao
outro.
2.3 Turismo Sustentável
2.3.1 Origem do turismo sustentável
O turismo baseia-se em sua grande maioria em áreas naturais. Por isso necessita da
preservação de tais áreas para sobrevivência da atividade. Além disso, pode-se dizer que o
turismo tanto pode proporcionar a valorização do meio ambiente, quanto pode produzir sua
degradação.
O debate sobre turismo sustentável é recente, embora sua origem esteja relacionada
com o conceito de desenvolvimento sustentável. A partir dos anos 60, com o reconhecimento dos
potenciais impactos da explosão do turismo de massa, foi iniciado o processo de formulação de
um conceito que estivesse ligado ao desenvolvimento de um turismo consciente, preocupado
principalmente com as questões ambientais.
Durante algum tempo, esse conceito foi sendo aperfeiçoado, até que na década de 80
surgiu a denominação de turismo verde, logo mais, nos anos 90, houve a ampliação do conceito
de turismo sustentável. Este tipo de turismo reconhece a importância da comunidade local, a
forma como as pessoas são tratadas e o desejo de maximizar os benefícios econômicos do
turismo para essa comunidade. (SWARBROOKE, 2000).
2.3.2 Conceito de turismo sustentável
A Organização Mundial do Turismo em uma de suas definições do turismo sustentável
diz:
o conceito lida com a capacidade de um destino permanecer competitivo em relação a outros mais novos e menos explorados; de atrair visitantes pela primeira vez, bem como repetidos; de permanecer singular culturalmente; e de estar em
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equilíbrio. [...] A implementação e a aceitação de limites à expansão do turismo são formas de contra-atacar o uso excessivo e a exploração dos recursos naturais e culturais de um destino. [...] O turismo se defrontará com a necessidade permanente de combinar desenvolvimento econômico sólido com a proteção dos recursos naturais. (OMT, 2003, p. 37)
Para o alcance do turismo sustentável, a OMT (2003) fornece algumas diretrizes para
alcançar as metas e características propostas por essa atividade. São elas:
Melhorar a qualidade de vida das comunidades anfitriãs;
Preservar a igualdade inter e integracional;
Garantir a integridade cultural e a coesão social das comunidades;
Proteger a qualidade do meio ambiente através da manutenção da diversidade
biológica e dos sistemas ecológicos;
Proporcionar uma experiência de alta qualidade aos visitantes.
Como características do turismo sustentável, a organização cita:
Preocupação com a qualidade das experiências;
Igualdade social e envolvimento comunitário no destino receptor, levando em
conta as necessidades dos residentes;
Empregabilidade da população local e participação da mesma no planejamento
e na tomada de decisões;
Operacionalidade dentro dos limites do recurso, o que inclui a minimização dos
impactos e da utilização da energia e o uso de técnicas eficazes de
gerenciamento e reciclagem de dejetos;
Não comprometimento da capacidade de sustentabilidade de outras indústrias
ou atividades;
Estímulo para que os hóspedes obtenham uma compreensão da região
visitada, bem como para que venham a proteger a comunidade e o ambiente
anfitrião;
Oferta de um amplo leque de oportunidades recreativas, educacionais e
culturais para cada geração e entre várias delas;
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Atividades ou projetos baseados na reflexão e respeito às características da
região;
Integração a planos locais, regionais e nacionais.
O turismo sustentável busca, sobretudo, o desenvolvimento da atividade turística sem
agredir a comunidade local e o meio ambiente, para que esse possa ser usufruído por um longo
tempo, sem maiores danos.
Nessa perspectiva, o turismo sustentável deve ter como função proteger as
paisagens, as comunidades receptoras e buscar desenvolver economicamente a localidade
onde ele está sendo inserido. Evidencia-se que as comunidades receptoras são as mais
prejudicadas quando existe um turismo predatório em determinado lugar, por isso o poder
público deve agir de maneira a proporcionar o bem estar da população local (KRIPPENDORF,
1998 apud ALMEIDA; FROEHICH RIEDL, 2000).
Para Swarbrooke (2000), o setor público pode influenciar o turismo de maneira a
assumir o papel de desenvolver a sua sustentabilidade, utilizando meios como: legislação e
regulamentação; financiamento e incentivos fiscais; planejamento do uso do solo;
desenvolvimento e controle da construção, realizando avaliações de impacto ambiental; o
fornecimento de infra-estrutura; a designação de áreas particulares para proteção especial; e o
controle sobre o número de turistas.
A legislação no turismo sustentável ainda é restrita, sendo referente ao
comportamento do turista; às condições de trabalho, dos salários e dos direitos dos empregados
da indústria turística; aos impactos sociais e culturais do turismo; ao impacto do turismo sobre a
natureza; e o uso do automóvel particular no turismo
2.4 Planejamento do Turismo e Políticas Públicas
Ruschmann (1999) afirma que o planejamento turístico é condição sine qua non para o
desenvolvimento de um destino turístico, provendo-o de facilidades e serviços para que uma
comunidade atenda suas necessidades, ou desenvolva estratégias que permitam a uma
organização comercial conceber oportunidades de lucro em determinados segmentos de
mercado. O processo de planejamento tem como finalidade ordenar as ações humanas sobre
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uma localidade turística, de forma adequada, evitando efeitos negativos nos recursos que possam
destruir ou afetar a sua atratividade.
Pode-se depreender que o turismo sustentável surge a partir de um planejamento
criterioso, que defina as bases do turismo local, ordenando assim ações em vistas a minimizar
impactos. O desenvolvimento do turismo sustentável envolve a tomada de medidas políticas
vigorosas, baseadas em trocas complexas aos níveis: social, econômico e ambiental.
(MAGALHÃES, 2002).
O planejamento turístico municipal está condicionado ao estabelecimento de políticas públicas nacionais, regionais e municipais para o setor. As políticas, por sua vez, são determinadas pelo setor público e devem considerar as características econômicas, sociais e culturais da sociedade local, bem como as estruturas formais do governo e do sistema político municipal (regional ou nacional). A política turística é a parte da política que se ocupa em estabelecer as diretrizes de ordenação, planificação, promoção e controle da atividade turística em uma região ou um país (...) (ASHTON, 2008, p.16).
Diante disso, observa-se que a forma de atuação do poder público é primordial para
atingir com excelência e qualidade do produto turístico, definindo o marco de competitividade do
destino turístico. (FONSECA, 2005). Esse é responsável pela elaboração de políticas que estejam
em consonância com o planejamento e que no caso do turismo, direcione a atividade concedendo
diretrizes desde a ordenação territorial, promoção e controle da atividade.
No entanto e de acordo com Cruz (2001, p. 34) “a história das políticas urbanas no
Brasil envolve concepções errôneas, omissão e participação equivocada do poder público, e,
ainda, intervenções acertadas. É uma história que revela muito mais erros do que acertos (...).”
Uma política nacional de turismo pressupõe uma tomada de posição, por parte do poder público federal, ante a atividade, tendo como base o território nacional, capaz de estabelecer um norte, uma orientação tanto para o setor público como para o setor privado – incluindo-se setores de atividades que influem no desenvolvimento do turismo – no sentido de atingir os objetivos estabelecidos por essa política. (CRUZ, 2001, p. 49)
A história das políticas de turismo intituídas no Brasil pressupõe considerar o turismo
de massa, para o qual é requerida uma infra-estrutura turística e de suporte, quer dizer urbana. É
neste contexto que desenvolve-se os planejamentos territoriais urbanos e turísticos, delimitando-
se assim, a inserção das políticas de turismo, em muitos casos analisados para a grande massa e
não restringindo a um tipo de turista “sustentável”.
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3 Discussão dos Resultados
3.1 Perfil da Amostra
A pesquisa realizada na Praia de Ponta Negra com turistas brasileiros, apresentou
uma diversificação quanto as repostas dos entrevistados. No quesito regiões de origem um ponto
deve ser ressaltado: a utilização do destino Natal por pessoas da Região Nordeste. Esse fato
merece destaque, uma vez que, necessita-se assim, estimular cada vez mais o turismo local, bem
como intensificar a divulgação do destino nos demais estados brasileiros, principalmente nos da
Região Norte, que confome apresentado no gráfico 1, não teve nenhum representante na
pesquisa.
Gráfico 1: Regiões de Origem
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
Quanto ao sexo dos entrevistados, a grande maioria participante da pesquisa foi do
sexo feminino. Este fato pode ser explicado pela disponibilidade das mulheres em atender a
solicitação da entrevistadora, como também, por se tratar de uma pesquisa realizada em uma
praia, no dia de domingo, os homens preferem não atrapalhar o seu lazer, momento único de
descanso durante a semana, pedindo em muitos casos que as suas esposas e/ou filhos (já que a
grande maioria dos entrevistados foram famílias), sempre mais solícitos respondam.
Gráfico 2: Sexo dos Entrevistados
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
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A faixa etária também obteve uma grande variação, estando nos jovens entre 18 e 28
anos, o grande público pesquisado. A particiação dos jovens acontece princialmente pela relação
entrevistador-entrevistado, onde estes se colocam no lugar daqueles, imaginando que poderiam
ser eles que estivessem fazendo a pesquisa, por isso participam ativamente.
Gráfico 3: Faixa Etária dos Entrevistados
Fonte: Pesquisa de campo, 2010.
No quesito deslocamento, foi questionado qual o meio de transporte utilizado para se
chegar ao destino Natal. Este item não apresentou discrepância em relação aos outros estudos
realizados na área do turismo. O meio mais utilizado pelos turistas que vistam Natal é o avião. O
fato citado reflete as constantes políticas de promoção das empresas áreas que ao possibilitar o
uso do avião por uma grande parcela da população, reduzem as distâncias e possibilita o
aumento do número de turistas nacionais. Além disso, minimizam a sazonalidade, tão comum
nesta atividade, principalmente nos chamados meses de baixa estação.
Verifica-se também que o ônibus quase não é utilizado pelos turistas quando do seu
deslocamento a Natal. Nesta pesquisa, este meio foi utilizado apenas por pessoas que estavam
hospedadas em casas de parentes e/ou amigos. Os turistas que encontravam-se hospedados nos
hotéis da Praia de Ponta Negra ou da Via Costeira, em sua maioria se deslocaram de avião ou de
carro. Uma hipótese para a ausência de deslocamento através de ônibus pode ser a insegurança
das rodovias brasileiras e a qualidade das rodoviárias, que em muitos casos estão em situações
de abandono, tanto estrutural como de segurança. Fato que não é diferente na rodoviária de Natal
(FIGURA 2).
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Gráfico 4: Meios de Transportes
Fonte: Pesquisa de campo, 2010 Figura 2: Imagem interna da rodoviária de Natal Fonte: Nominuto.com, 2008
Percebe-se no destino turístico Natal um perfil variado de turistas sendo estes, em sua
maioria, brasileiros, casados que viajam em família, com pacotes prontos comprados em agências
de viagens, ou seja, dispostos a fazer os passeios contratados nas agências de sua região, que
visitam natal pela primeira vez atraídos pelas belezas naturais da localidade. Belezas essas
conhecidas através de internet e indicação de amigos conforme será apresentado no próximo
tópico.
3.2 Aspectos simbólicos do destino
Natal é famosa mundialmente pelas suas belezas naturais, entre elas: as dunas, as
praias, o maior cajueiro do mundo, e pelo Morro do Careca - cartão postal da cidade. O que
muitos turistas, no entanto não sabem é que vários atrativos visitados durante a estadia na cidade,
não pertencem ao Município de Natal, mas sim a vários municípios vizinhos, que formam a
chamada região metropolitana, sendo estes: Parnamirim, Extremoz, São Gonçalo do Amarante,
Nísia Floresta etc.
Por esse motivo, foi escolhido a Praia de Ponta Negra já que está pertence à Natal e é
detentora do principal cartão postal da cidade para a aplicação dos questionários que moldariam
a visão dos pesquisados quanto a importância do meio ambiente para o desenvolvimento do
turismo e como aspecto de atrativo (FIGURA 2)
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FIGURA 3: Morro do Careca e Praia de Ponta Negra Fonte: Próprio Autor/2009
Um aspecto muito particular do destino Natal, que foi confirmado na pesquisa está
relacionado com os fatores de atratividade, ou seja, os fatores que levam os turistas a optarem por
Natal em detrimento de outros destinos turísticos. Quando questionados qual o principal fator que
os levaram a escolher o destino, 85% dos entrevistados confirmaram que as belezas naturais do
estado, são sim importantes e decisivos na escolha do mesmo (GRÁFICO 5).
Gráfico 5: Fatores motivadores Fonte: Próprio Autor/2009
Ao mesmo tempo, as definições dadas para caracterizar os atrativos naturais do
destino estiveram pautadas sempre nos adjetivos: LINDOS, BONITOS, MARAVILHOSOS, BEM
CUIDADOS, INTERESSANTES. No entanto, na própria praia de Ponte Negra, percebe-se o
descaso com a limpeza, com o cuidado e com a paisagem do lugar. Nesta praia, principalmente
próximo ao Morro do Careca, a água é imprópria para banho devido a presença de coliformes
fecais (QUADRO 1 e FIGURA 4)
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QUADRO 1: Classificação das condições de balneabilidade das praias BOLETIM - RESUMO Nº 30/2010 Fonte: http://www.ifrn.edu.br/reitoria/especiais/programa-agua-azul
FIGURA 4: Animais na praia e esgoto a céu aberto Fonte: Próprio Autor/2009
Questionados a respeito de quais dos atrativos naturais de Natal mais chamou
atenção dos entrevistados as respostas foram diversificadas. O mais lembrado, no entanto foram
as dunas – estas ficam em Extremoz e não em Natal. Em segundo lugar nas respostas temos o
Morro do Careca. A vista da ladeira do sol, a praia de Ponta Negra e a arborização da ciadade
também foram lembradas.
O Parque das Dunas, unidade de conservação situada no município de Natal, ocupa
uma área de aproximadamente 1.172 hec. sendo parte integrante da reserva da biosfera da mata
atlântica reconhecida pela UNESCO e, por isso, declarada Patrimônio Ambiental da Humanidade
Este em nenhum momento foi citado pelos turistas o que confirma a preferência pelo tipo de
turismo Sol e Mar estando a maioria dos turistas que visitam Natal disponíveis para aproveitar as
praias e as diversões complementares a elas, não havendo intenção de conhecer outros atrativos.
Uma resposta de um entrevistado em particular faz-nos repensar o destino enquanto
detentor, em sua maioria, deste tipo de turismo (Sol e Mar):
“os atrativos de Natal são muito interessantes, devido a suas particularidades.” (p 29)
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Existe algo em Natal que seja exclusivo deste destino? Quais seriam estas
particularidades se os turistas são atraídos pelas praias e pelo sol e estes dois fatores também
estão disponíveis em outros estados?
Neste sentido, se faz mais do que necessário a manutenção dos atrativos existentes e
a criação de novos atrativos, como caminho para a perpetuação do turismo no município e no
Estado como um todo. Para isso, o planejamento, o controle e o cuidado dos recursos naturais
devem estar inseridos em primeiro plano na gestão municipal, uma vez que, os recursos naturais
e consequentemente os atrativos naturais, são escassos e finitos.
4 Considerações Finais
É necessário perceber o turismo como atividade econômica capaz de gerar postos de
trabalho, riquezas, promover uma melhor distribuição de renda e a inclusão social. Estes são
premissas básicas desta atividade, estando comumente presente nos discursos de quem espera
no turismo, a salvação dos problemas socioeconômicos das localidades.
Neste sentido e para manter o discurso salvador do turismo nas localidades, o
planejamento turístico deve agregar o meio ambiente natural como meio de continuidade do
turismo em uma localidade, principalmente quando este é o principal motivador das viagens. O
turismo sustentável, ou seja, aquele que agrida menos a ambiente local proporcionando que as
gerações futuras também possam continuar usufruindo dos mesmos atrativos de hoje, deve ser
perseguido pela gestão pública, como agente ampliador do turismo evitando assim que um
destino deixa de existir para o turismo.
O planejamento ambiental deve estar pautado como um processo contínuo de tomada
de decisões, do ponto de vista ambiental, que garanta, a partir de um adequado gerenciamento do
recurso ambiental, a manutenção da atividade produtiva, de forma competitiva, no médio e longo
prazo.
É certo que o que atrai os turistas para Natal é o meio ambiente, as belezas naturais.
Mas é certo também que, para que esta relação: destino turístico – belezas naturais – turistas
continue acontecendo, os destinos devem ser planejados com vistas a proteger e preservar as
belezas naturais, mesmo que para isso seja necessário delimitar capacidades de carga para os
atrativos.
V Encontro Nacional da Anppas
4 a 7 de outubro de 2010
Florianópolis - SC – Brasil
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Dessa forma, entende-se que os objetivos deste artigo foram atingidos quando
conseguimos constatar que:
a) O meio ambiente é o principal fator levado em consideração na hora da escolha do
destino.
b) 85% dos tutistas que vistam Natal a escolhem pelas belezas naturais.
c) O planejamento turístico deve ser elaborado com vistas a manter os recursos naturais
intactos, ou o menos impactados possíveis. Ele deve colaborar para que os atrativos se
mantenham sustentáveis, não acontecendo a sua escassez.
Contudo, apesar de sabermos que o planejamento orientado para a sustentabilidade é
importante para os destinos turísticos, em muitos casos ele não é levado em consideração, visto
que fatores econômicos, muitas vezes sobressaem as questões ambientais. Esta situação não é
diferente em Natal. É nesse ponto que devemos mudar o nosso pensamento e assim exigirmos
contudas voltadas para a preservação e manutenção do meio ambiente.
Referências
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do Açude Grande de Cajazeiras/PB. Cajazeiras: UFCG, 2005. Monografia final do Curso de Especialização em Gestão Ambiental. ALMEIDA, Joaquim Anécio; FROEHLICH, José Marcos; RIEDL, Mário (Org.). Turismo rural e desenvolvimento sustentável. Campinas: Papirus, 2000. (Coleção Turismo).
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