Vida Brasil Outubro 2010

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VIDABRASIL ANO 19 - Outubro 2010 Jornal de Houston Texas Austin,San Antonio,Dalas,College Station SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010 No segundo turno das eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, poderá votar o eleitor residente no exterior que tenha requerido ao Consulado- Geral do Brasil em Houston sua inscrição ou a transferência de seu domicílio eleitoral para Houston até 5 de maio de 2010. VEJA O LOCAL PARA VOTAR EM HOUSTON. Pagina 7 Gabrielle Dathe A Miss Brasil Sugar Land, estara estrei- ando e m u m a peca teat- ral de Neil Simon chanada GOD's FAVORITE, no "Fort Bend Theatre" que fica lo- calizado em: 2815 N. Main, Stafford TX, 77477. O show vai ser aprensentado nos fins de semanas de 28 de Outubro a 13 de Novem- bro. Informacoes:www. fortbendtheatre.com Para os SAUDÁVEIS pagina 9 Entrevista JUSSARA kENNEDY pagina 5 A cor do voto pagina 5 O Futebol Brasileiro anda para tras pagina 16 Los maestros del 'jogo bonito Sergio Lima e Carlos Lessa Entrevista do Jornal A voz “Clonico de Houston”Pagina 6 ESTER SANCHES CANDIDATA PREFERIDA DO VIDA BRASIL PARA O CONSELHO DE REPRESENTANTES BRASILEIROS NO EXTERIOR – CRBE Pagina 4 e 10

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Revista Vida Brasil - Outubro/2010, voltada a comunidade brasileira em Houston, Texas. Editada por Sergio Lima

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VIDABRASIL ANO 19 - Outubro 2010 Jornal de Houston Texas Austin,San Antonio,Dalas,College Station

SEGUNDO TURNO DAS ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010

No segundo turno das eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, poderá votar o eleitor residente no exterior que tenha requerido ao Consulado-

Geral do Brasil em Houston sua inscrição ou a transferência de seu domicílio eleitoral para Houston até 5 de maio de 2010.

VEJA O LOCAL PARA VOTAR EM HOUSTON. Pagina 7

Gabrielle Dathe

A Miss B r a s i l S u g a r L a n d , es ta ra estre i -a n d o e m u m a p e c a t e a t -ral de Neil Simon chanada GOD's FAVORITE, no "Fort Bend Theatre" que fica lo-calizado em: 2815 N. Main, Stafford TX, 77477. O show vai ser aprensentado nos fins de semanas de 28 de Outubro a 13 de Novem-bro. Informacoes:www.f o r t b e n d t h e a t r e . c o m

Para os SAUDÁVEIS

pagina 9

EntrevistaJUSSARA kENNEDY

pagina 5

A cor do votopagina 5

O Futebol Brasileiro anda para tras

pagina 16

Los maestros del 'jogo bonito Sergio Lima e Carlos Lessa Entrevista do Jornal A voz “Clonico de Houston”Pagina 6

ESTER SANCHES CANDIDATA PREFERIDA DO VIDA BRASIL PARA O CONSELHO DE REPRESENTANTES BRASILEIROS NO EXTERIOR – CRBE

Pagina 4 e 10

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Editor

Sergio Lima

Colaboradores

Raulina H. Valter Aleixo

Claudio Teixeira Atilano M.

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Djavan representa a excelência da música popular brasileira dos últimos tempos. Sua música e estilo são inconfundíveis e fazem dele estas raras e incontestáveis belezas criadas por Deus. A fantástica linha musical combinada com a poesia dos seus criativos e belos versos, trazem para a literatura musical palavras novas para o contexto do dia-a-dia melódico; e transforma os momen-tos de ouvir seus discos num sublime instante de amor, gozo e reflexão.

Djavan sim, é um poeta! Consegue satisfazer todos os seguimentos e classes sociais com suas músicas e talento. A sua voz afinada, o balance, a sinfonia e a sintonia dos compassos de suas criações nos embalam e nos levam ao delírio, encanto e êxtase, nos obrigando a dançar. A sua postura de homem e de artista estão bem definidas com Meu Bem Querer e Flôr de Lins. E, ao citar o Flamengo e a cidada do Rio, torna-se celebridade inconfundível do amor de todos.

Obrigado, Djavan, por tudo que você escreveu e escreve e canta para os mortais brasileiros. Não é à toa que você nasceu na mesma terra de Zumbi dos Palmares e, como ele, com grande sabedoria e inteligência. Com diferentes propósitos, descobre caminhos, e atalhos novos neste emaranhado universso da língua portuguesa e nos brinda, oferecendo este saboroso cálice deste doce ingrediente, cheiroso e perfumado, que são suas lindas e maravilhosas canções.

Sérgio Lima

COMENTÁRIO

Djavan o Mestre

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VARIEDADES

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Comunidade em FocoEntrevista

Jussara Kennedy

Para onde vai o voto dos negros e pardos‏

A cor do voto

1 - Jussara, qual a sua formação profissional?

Sim, formei-me pela P.U.C.C (Pontificie Universidade Catolica de Campinas) em 1978 em Direito, aprovada em exame pela OAB (Ordem dos Avogados do Brasil) tendo exercido a profissão no Brasil, antes de chegar aqui em Houston.

2 - Dra. Jussara quando a senhora chegou em Houston?

Cheguei em Houston no dia 1 (primeiro) de fevereiro de 1986.

3 - Qual a cidade em que voce nasceu no Brasil e o estado?

Nasci em Corumba, MS. Mas toda minha vida passei em Campinas, S. P. onde fui criada, onde estudei, onde tenho as minhas amizades e onde ate hoje mora o meu irmão do meio com sua familia. Uma das melhores cidades do Brasil, um dos melhores Centros

Universitarios de Pesquisa tecnologica, medica etc…

4 - Se voce fosse presidente do Brasil hoje . Diga -me 2 pro-jetos de sua preferença imediata?

O Brasil é de dimensões continentais, ou seja, complexo de varias culturas origens. Mas, penso muito que um dos projetos mais importantes e a cultura, ensino para o povo brasileiro, e saude que atenda a todos os brasileiros com qualidade, sem fila, aos mais pobres.

5 - Cite 3 idolos e tres musicas de sua preferença de todos os tempos?

Idolo, sempre será o "Rei" Roberto Carlos, tem carisma, sucesso e permanece até hoje, entre os mais jovens, e a minha geração. Aqui nos Estados Unidos posso citar Elvis Presley e Frank Sinatra; Detalhes, Emocoes; New York, New York são minhas musicas preferidas.

6 - Voce voltaria a morar no Brasil?

Sim voltaria com certeza morar no Brasil, e um pais de oportuni-dades, um povo acolhedor, amigo, onde encontra-se de tudo, o pais entre outras coisas, e do carnaval, do futebol etc e tal, como ja dizia o meu amigo Sergio Lima em uma de de suas musicas, e onde reina sempre alegria de viver.

7 - Qual o seu candidato para à presidencia do Bra-sil?

O meu candidato é o Jose Serra. Serra é o mais pre-parado. No passado foi oposição a ditadura, foi exilado, mas nunca pegou em armas. Lutou com as suas ideias;

foi prefeito da maior cidade da America do Sul; governador do estado de São Paulo, deputado, senador, ministro que enfrentou os grandes laboratorios quebrando patentes e hoje uma grande parte da sociedade brasileira usufrui de remedios bem mais baratos, os genericos.

Não é radical e tem projeto que se eleito vai lever o Brasil a alcancar posições invejaveis no cenario mundial, e o mais importante vai fazer mais para o povo dando segurança, saude, educação e escolas tecni-cas etc…

8 - Voce é contra ou a favor do Aborto?

Sou contra o aborto, a minha formação reiligiosa não me permite pen-sar diferente entretanto as exceções ficam por conta de risco da vida da mulher e estupro (crime mais estupido e sem nexo contra a mulher).

José Serra (PSDB) tem mais chances entre brancos e amarelos. Dilma Rousseff (PT) vai melhor entre pretos e pardos. Se cor da pele equivale a origem étnica, o tucano ganha por 5 pontos nos caucasianos/orientais. Entre os negros, a petista tem 15 pontos de vantagem.

A divisão do eleitorado por cor obedece às mesmas categorias do IBGE. Como no Censo 2010, os entrevistados se auto-classificaram aos pesquisadores do Ibope. Os dois grupos correspondem a 46% (brancos/amarelos) e 53% (pretos/pardos) do eleitorado pesquisado. A variável não havia sido analisada até agora nes-ta eleição. Foi incluída na pesquisa pelo Ibope a pedido de grupos militantes do movimento negro. Uma das conclusões mais importantes des-sa análise é que a preferência de pretos/pardos por Dilma e de brancos/amarelos por Serra sobrevive ao controle dos resulta-dos pela renda e escolaridade dos eleitores. Negros que ganham mais e/ou que cursaram mais séries na escola continuam votando até 30% mais na petista. É um comportamento eleitoral muito diferente dos caucasianos e ori-entais das mesmas faixas de renda e escolari-dade, que votam até 44% mais no adversário. Considerando-se apenas os eleitores que frequen-taram o ensino médio ou superior, Dilma tem 38% entre brancos/amarelos e 51% entre pretos/pardos. erra tem praticamente os porcentuais inversos: 52% e 42%, respectivamente.Entre os eleitores com renda superior a 5 salários mínimos, o topo da pirâmide eleitoral, a divisão do voto por cor segue na mesma proporção. Dilma tem 36% entre os brancos (contra 52% de Serra) e 51% entre os negros (contra 40% do adversário).

SHá, portanto, fatores que diferenciam o voto dos dois grupos que vão além das condições sócio-econômicas em que vivem. A explicação parece ser tampouco a identificação entre eleitores e can-didatos da mesma cor. Tanto Dilma quanto Serra são brancos e filhos de imigrantes europeus. A sondagem do Ibope fornece pistas, mas não todos os elementos para explicar a clivagem do voto em função da auto-definição do eleitorado. O conjunto de pesquisas deixa claro, porém, que a cor não é o único fator, nem sequer o principal, para a escolha do presidenciável.

O voto é uma combinação da cor, religião, renda, escolaridade, ocupação e local de moradia do eleitor -não necessariamente nessa ordem. Es-sas variáveis têm pesos diferentes para cada um. O religioso dá mais importância à opinião do can-didato sobre o aborto, por exemplo. Mas se esse eleitor for beneficiário do Bolsa-Família a opção por um ou outro presidenciável será mais com-plexa: a balança penderá às vezes para o bolso, às vezes para a orientação religiosa. Esses pesos e contra-pesos matizam a importân-cia da cor do eleitor na decisão do voto. Nos segmentos intermediários de renda e es-colaridade, Serra ainda vai melhor do que Dilma entre brancos/amarelos, embora sua vantagem não seja tão grande quanto entre os mais ricos e escolarizados da mesma cor.Já entre os mais pobres (renda até 2 salários mínimos),

o tucano apenas empata com a petista no eleitor ado branco (45% a 47%), e perde por 20 pontos no negro: 36% a 56%. A divisão do eleitorado se-gundo a cor de sua pele encontra um paralelo na geografia do voto nas metrópoles brasileiras. Em São Paulo, os candidatos a presidente do PSDB em 2006 e 2010 obtiveram vantagens maciças nas zonas centrais, mais ricas e tradicionais da cidade. Em bairros como os Jardins e Pinheiros, onde a grande maioria dos moradores é branca, Geraldo Alckmin (PSDB) obteve até 79% dos vo-tos válidos em 2006.

Serra ficou em 68%, mas porque parte desses eleitores optaram por Marina Silva (PV) -uma candidata que, dependendo dos olhos de quem a vê, poderia ser enquadrada em qualquer uma das categorias étnicas.

Substitua-se esses bairros por Copacabana, Leb-lon e Gávea e o quadro se repete no Rio de Ja-neiro. A única diferença é que o voto petista não fica limitado à periferia. Está também encastela-do nas zonas eleitorais dos morros da Zona Sul, como Rocinha e Vidigal, onde Dilma teve maioria absoluta de votos no primeiro turno.

Os dados sugerem pauta para novas pesquisas e investigações. Por ora, indicam que os que ascenderam recentemente a condições sócio-econômicas melhores mas ainda moram nas mesmas áreas onde viviam seus pais votam ma-joritariamente em presidenciáveis do PT. Será curioso observar o comportamento desses emer-gentes ao longo das próximas eleições. Será que eles se manterão fiéis aos partidos que reivindi-cam tê-los ajudado a melhorar de vida, ou assimi-larão a preferência eleitoral dos novos vizinhos?

Fonte: O Estado de S.Paulo

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Texto escrito pelo sambista e pes-quisador Nei Lopes, no blog dele)

Dia desses, relaxando da labuta, resolvemos no Lote ouvir uns discos desses de requebrar o es-queleto, desses que confirmam que nos-sos Deuses africa-nos dançam. E como dançam! Sacamos então, lá da estante, discos com “muito balanço” e “pouco conteúdo”, incluindo aí muita guaracha, muito són, muito su-ingue, muito rhythm & blues, muita batucada, e, entre esses, uns dis-quinhos relançados do polêmico Wilson Simon-al, naquela do patropi e da pilantragem. Foi aí que, ouvindo, sacando as idéias, analisando os arranjos, o clima e lembrando das pessoas en-volvidas, nos veio à mente a seguinte pergunta:

Quem foi realmente o maestro Erlon Chaves? Por que morreu tão cedo, aos 41 anos, depois de ser consagrado como regente e ótimo arranjador de música popular; presidente do júri internacio-nal V FIC (Festival Internacional da Canção); de “comer mocotó”; de “tirar altas chinfras”, cheio de “balanço e de veneno”; de transmitir aquela imagem bacana e auto-suficiente… e depois ser taxado de “crioulo nojento”, que “só gostava de loura”, que “não se enxergava” e “nem sabia o seu lugar”. E, afinal, de que morreu Erlon Chaves?

Nascido na capital paulista em 1933, Erlon foi – segundo o Cravo Albin – regente, arranjador, pia-nista, vibrafonista, compositor e cantor. Em 1965,

depois de ter composto para a Tv Excelsior uma sinfonia que se tornou tema de abertura da emis-sora, mudou-se para o Rio, onde foi diretor musi-cal da TV Rio e um dos idealizadores do I Festival Internacional da Canção em 1966. Até que chegou a quinta edição do famoso festival, em plena dita-

dura de Garrastazu Médici. E aqui passamos a palavra ao amigo Zuza Homem de Mello, através das páginas de seu primoroso livro A Era dos Festivais: uma parábola (Editora 34).Para a apresentação de “Eu Também Que-ro Mocotó” , na final de 25 de outubro de 1970, Erlon resolveu incrementar ainda mais o happening, que já ocorrera na apre-sentação classificatória da música, quan-do sua Banda Veneno, somando 40 pes-soas entre cantores e músicos (eta, banda larga!), fez platéia e jurados dançarem ao

som da canção, feita mesmo pra dançar, só à base de riffs dos metais, ritmo de boogaloo (a moda black de então) . E aí anunciou, segundo Zuza: “Agora vamos fazer um numero quente, eu sendo beijado por lindas garotas. É como se eu fosse beijado por todas aqui presentes”.

“Na platéia foi uma vaia só. Nos lares, algumas esposas brancas engoliram em seco, ofendidíssi-mas, ao lado dos maridos”. E o happening rolou.

Só que, segundo nosso amigo Zuza, “o espetácu-lo de um negro sendo beijado por loiras no encer-ramento do V FIC foi demais para os padrões conservadores da época, e Erlon Chaves foi leva-do, dias depois, para um interrogatório na Censu-ra Federal”, ao qual se seguiu a prisão, segundo consta, pela influência de esposas de alguns gen-erais da Ditadura, ficando o músico, depois de lib-ertado, proibido de exercer suas atividades profis-sionais em, todo o território nacional por 30 dias.

No caldo grosso do “Mocotó”, Erlon, acuado, limitou-se ao seu trabalho de arranjador – da mesma forma que Toni Tornado, pela BR-3 apre-sentada no mesmo certame, foi “convidado a sair do país”. E Wilson Simonal, seu parceiro e amigo, acabou acusado de delator em 1972, comendo a partir daí o mocotó que a Ditadura azedou.Apesar do relativo sucesso dos discos com rep-ertorio internacional da Banda Veneno, lança-dos de 1972 a 1974, a carreira de Erlon Chaves acabava ali, naquele festival que, segundo o nunca assaz citado Zuza, “deixou um rastro de racismo, uma marca de preconceito contra artistas da raça negra, aquela que contribuiu para a música brasileira, como também para a cubana e a norte-americana, com o elemen-to mais proeminente de seu caráter, o ritmo”.

Em 14 de novembro de 1974, Erlon Chaves, que transmitia a todos nós com seu talento, charme, sorriso e simpatia aquela autoconfi-ança que a nós todos ainda nos faltava, en-fartou, quando olhava uns discos de jazz numa loja da zona sul, e morreu. No ato.

Será que morreu de seu próprio “veneno”? Este veneno de que nos faz querer também comer o “mocotó” dos espaços de excelência, das instân-cias do poder, do conforto material, do acesso ao saber, do êxito, do respeito enfim!? Ou será que morreu porque era um “crioulo metido e pi-lantra”, que “não sabia seu lugar”, só “gostava de mulher branca” e “carro do ano”; que, de re-pente, quem sabe, queria até ver seus filhos – absurdo! – entrando pra uma boa faculdade ?!…

MAESTRO ERLON CHAVES VENENO OU MOCOTÓ?

A Prostituta

Valter Aleixo

19 de novembro de 2008

Já tinha se acostumado

Eram de todos os tipos

Iam e vinham

Vinham pela primeira vez

Pela segunda, pela centésima!

Eram cheirosos e fedorentos

Brancos e negros

Proletários e aristocratas

O tipo, de nada importava

Chamavam-na de Marinalva

Que presença de alma!

E, quem diria:

Às vezes de Maria,

Teresa ou Verônica,

Que vida mais irônica!

Diziam-lhe que eram Antônio,

Teotônio, Petrônio, Afrânio e até mesmo

Asbilânio!

Penetravam na sua alma

Contigo Quero Estar

Valter Aleixo

14 de julho de 2010

Preciso te encontrar

Te abraçar e te beijar

Preciso te ver

Preciso do teu sorriso;

Do olhar do teu olhar

Como seria bom

Poder voar

Ir de lugar em lugar

E chegar onde você está

Preciso te ver

Pra viver

E me entender

E, entre a poesia e o desencanto,

Me persegue a fantasia

Que me questiona,

Me assombra...

... mas me encanta

E fico na janela,

A olhar o sol

Que, aos poucos,

Desaparece no firmamento

E, nesse momento,

Resistindo a todos tormentos,

Só lamento

Aranha Negra

Valter Aleixo

16 de maio de 2009

O golpe é fatal!

Ele acorda com o punhal

Atravessando o seu peito

Nem tem tempo de perceber

Que está prestes a morrer!

Mas por que tanta surpresa?

Afinal, não teve tantos avisos?

Nunca quiz aceitar; se achava

No direito de viver … e de amar

Coitado, que elementar…!

Mas, aonde foi o tempo?

Passageiro do trem da vida,

Amigo da esperança… e desesperança,

Aliado da ingenuidade

E do fim; fiél inevitável!

Entre o além e o fio de lucidez

Pesadelo pensava ser

Naquilo não queria crer

Como podia ser?

Mas a verdade…

É que ia morrer!

Poesia

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ELEIÇÕES PRESIDENCIAIS 2010

No segundo turno das eleições para Presidente e Vice-Presidente da República, poderá votar o eleitor residente no ex-terior que tenha requerido ao Consulado-Geral do Brasil em Houston sua inscrição ou a transferência de seu domicílio

eleitoral para Houston até 5 de maio de 2010.

Somente poderá ser admitido a votar o eleitor cujo nome estiver incluído no cadastro de eleitores constante da urna eletrônica de sua respectiva Seção, e que esteja portando documento de identidade oficial, com foto. Poderão ser aceitos: carteira de identidade ou equivalente (por exemplo, identidade funcional), carteira de trabalho, carteira de ha-bilitação com foto, passsaporte, certificado militar e driver’s license. Certidões de nascimento e/ou de casamento não serão aceitas.

Os eleitores que solicitaram a transferência de seus títulos eleitorais para Houston e ainda não os recolheram, poderão resgatar seus títulos eleitorais no Consulado, ou no dia da votação do segundo turno das eleições (31 de outubro de 2010), no local indicado abaixo.

Da mesma forma, os eleitores que solicitaram sua inscrição no Consulado-Geral do Brasil em Houston, ou que tenham solicitado transferência de seu domicílio eleitoral para Houston, cujos títulos eleitorais tenham sido emitidos até o ano de 2008, inclusive, deverão resgatar novos títulos emitidos pelo TSE, os quais trazem novas Zona e Seção. Para saber se seu título precisa ser trocado, veja se em seu atual título aparece, no campo ZONA, número diferente de 001. Se o número for diferente de 001, seu documento precisará ser trocado por novo título, o qual já está disponível. A troca poderá ser feita no Consulado ou no dia e local da votação do segundo turno das eleições presidenciais de 2010.

O eleitor não é obrigado a portar seu título eleitoral para poder votar. No entanto, aqueles que já possuem título eleito-ral com ZONA 001, deverão anotar o número da Seção em que deverão votar.

A votação ocorrerá somente em Houston, no dia 31 de outubro de 2010, no horário das 08:00h às 17:00h, no seguinte local:

ALIEF COMMUNITY CENTER 11903 Bellaire Boulevard

Houston, TX 77072. A apuração dos votos nas seções eleitorais terá início após o encerramento

O eleitor ausente do seu domicílio eleitoral na data do pleito, bem assim aquele que, mesmo presente, não comparecer à eleição, deverá justificar sua falta, mediante requerimento dirigido ao Juiz Eleitoral da sua Zona Eleitoral.

Todo aquele que, estando obrigado a votar, não o fizer, ficará sujeito, além das penalidades previstas para o eleitor que não vota no território nacional, à proibição de requerer qualquer documento perante a repartição consular a que estiver subordinado, enquanto não se justificar (Código Eleitoral, art. 231).

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O Miss Brasil USA Texas foi realizado no dia 2 de Outubro de 2010 no Marriott Westchase em Houston, TX. Foi um evento muito elegante que contou com a participacao de 12 lindas candidatas e tambem de personalidades famosas tais como a atriz Ana Carolina da Fonseca, ex miss Brasil USA, e Caca Santos, CEO da Organizacao Miss Brasil USA.

Os organizadores do evento aproveitaram a oportunidade para homenagearem distin-tos membros de nossa comunidade que se destacam por suportarem a divulgacao de nossa cultura aqui nos Estados Unidos. Entre os homenageados estavam, Sergio e Doris Santos; Sergio Lima e o Dr. Jorge Suarez.

O evento contou tambem com shows do grupo de danca LD Dance Company, e com a voz maravilhosa do cantor Jose Paulo que fez uma interpretacao divina de garota de ipanema. Alem de famosos e homenageados, comparecemos nos, membros da velha guarda da comunidade brasileira de Houston. Nos, que estamos aqui para o que der e vier por mais de 20 anos; Organizando, participando, e suportando, de qualquer forma possivel, nossos acontecimentos!

Por fim quero agradecer a todos que fizeram este evento possivel. Rosangela Salazar,excelente organizadora ,incansavel. esta de parabens! Agradeco pessoalmente ao Anderson Mello que foi muito gentil e esforcado durante o processo; Tratou-nos com muito res-peito e dedicacao durante as correrias entre cabelereiros, maquiadores e fotografos. Ufa! Juju, que foi muito prestativa e paciente com as garotas durante a sessao de fotos com seus trajes de banho; Extra “kudos” vai para a simpatica familia em League City que nos recebeu em sua casa para que usassemos sua piscina para as fotos; Um grande obrigado vai tambem para Patricia Lessa, com seu suporte e simpatia ate mesno durante o evento,quando agiu como anfitria, certificando-se de que todos os presentes recebes-sem atencao especial.

Pessoalmente foi muito gratificante ver minha filha, Gabrielle, que vem assistindo a este concurso aqui em Houston desde pequenina, participando como candidata. Foi uma experiencia de aprendizado e crescimento para ela. Em adicao,fizemos novos amigos e criamos boas memorias! As garotas todas mereciam ganhar. Sao todas lindas e muito simpaticas! Ganhei novas sobrinhas! Desejo a todas boa sorte em suas carreiras e parabens a Lidiana Dutra, a nossa Miss Brasil Texas 2010!

Raulina Dathe

Miss Brasil Texas USA

Lula Torgersen 713 553 0447

ART NOTA 10

Page 9: Vida Brasil Outubro 2010

Comunidade Brasileira de Houston Texas

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PARA OS SAUDÁVEIS. Foi comprovado em pesquisa cientifica, que se você beber mais de um litro de água por dia, durante um ano, no final do ano, você terá ingerido mais de 1 quilograma de coliformes fecais que estão diluí-

dos na água, ou seja, um quilo de Bos!! !!!

Já bebendo cerveja...

Você não corre esse risco, uma vez que coliformes fecais não sobrevivem ao processo de produção da cerveja !!!

Por isso, peço a você que comunique a todos que bebem água, que essa por..... faz mal !!!

Principalmente para aquele seu colega de trabalho que tem uma garrafinha de água em cima da mesa e fica se achando 'o saudável'..

Se não quiserem acreditar, danem-se, continuem bebendo Merda !

Eu, bebedor de cerveja... Fiz a minha parte... Avisei...... Quem tiver consciência vai chegar à seguinte Conclusão: É muito melhor tomar cerveja e falar MER....., do que tomar MER.... e não falar PORCARIA nenhuma !!!

E Deixa a vida me levar!!! Um ótimo início de final de semana para todos!E QUE DEUS NOS ILUMINE NA CABINE DE VOTAÇÃO.... AMÉM.

Sensacional! Festa da velha

Guarda da Comunidade

de Houston na casa de Sergio e Doris . Muita alegria,Danca e musicos de

primeira linha a noite toda.

Parabens! Sergio e Doris

V I D A

BRASIL

Em

F O C O

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Fui jovem, há uns 20 anos atrás. Vivia em bando, como todo jovem vive. Tinha o bando da música, o bando da escola, o bando da igreja, e o bando do futebol, claro. Fazíamos todas as outras coisas, bem rápido – principalmente, estudar – para sobrar mais tempo para o futebol. No futebol não tem rico ou pobre, estudado ou não estudado, preto ou branco. Existe apenas quem sabe e quem não sabe jogar, pronto.

Entretanto, democracia à parte, os melhores mandavam na partida, escolhiam seus par-ceiros, e tripudiavam os times adversários. Um time fazer chacota com o outro time faz parte do esporte. É um algo mais que movimenta os egos e acelera as pernas. A criatividade para as gozações, os palavrões, as expressões, é tanta, que parece não haver limite.

Desde cedo, escolhi ser goleiro. É uma posição privilegiada para se ver o jogo, analisar as jogadas, orientar os companheiros, mas tam-bém para se alimentar o espírito de gozação que existe dentro de todo ser humano. Com a cabeça mais fria que os demais companheiros, pois não se está o tempo todo em atividade, o goleiro pode observar detalhes que ninguém vê, e tirar sarro com a cara de todo mundo. E foi assim que me tornei um gozador de carteirinha. Ninguém escapava à minha aguçada língua.

Chegando ao Exército, o maior covil de goza-dores do planeta, fiz o mestrado e o doutorado na arte da gozação. Não posso negar também que já observava que, por causa dos meus tiros certeiros em campo, alguns colegas não gostavam muito de mim fora do campo. Perdia o amigo, mas não perdia a piada. Mas isso não importava, até que um dia eu vi a porca torcer o rabo. Certa vez, sentado no banco de reservas, assistindo aos colegas jogarem uma partida de futebol, eu gritava mais que todos, fazia chacotas de alta precisão, inescrupulosamente, cegado pela obsessão de rir dos outros. Já era um hábito.

Eu não sentia mais pena ou lembrava que existia a palavra equilíbrio. Queria gozar e gozar. Inesperadamente, um colega que estava jogando saiu da quadra furioso e correu ao meu encontro, colocou o dedo em riste no meu rosto e disse “se você falar mais alguma coisa eu lhe mato!”. Aquilo era sério.

O filme de todos os meus cursos de gozação passaram em minha mente. Aquele cidadão estava expressando o que todos os meus alvos anteriores gostariam de me dizer, mas não dis-seram. Chegara ao limite. Ninguém aguentava mais. Eu tinha que parar, ou morreria. Aquele ato assemelhou-se a um exorcismo. O espírito de gozação saiu da minha vida pela abertura imediata dos meus olhos e o entendimento de que aquela atitude na qual eu já estava viciado era reprovável diante de Deus. Fechei meu sem-blante e abandonei o local.

Com o tempo, fui entendendo o quanto a atitude de gozar as outras pessoas é prejudicial, ofende, discrimina, destrói pessoas e relacionamentos, paralisa iniciativas e, sobretudo, desagrada a Deus. Na Bíblia, a gozação é chamada de zombaria. Salomão ensina que uma brincadeira dirigida a uma outra pessoa é como “flecha, fogo e morte” lançados por um louco. O gozador é um louco que lança flecha (aquilo que fere com precisão), fogo (aquilo que arde, que queima, que maltrata) e morte (aquilo que destrói).

A capacidade de fazer gozação nada mais é que a habilidade de fazer conexões entre idéias de diferentes origens culminando em uma expressão, uma frase, uma piada, ou um caso. Pessoas que guardam muitas informações e, ao mesmo tempo, ouvem os gozadores com aten-ção, curtem programas de humor sarcástico, não se importam se o outro se ofende ou não, e são capazes de zombar dos amigos sem se sentirem culpados; são os perfeitos “escarnecedores” referidos no primeiro salmo da Bíblia.

Pergunto-me: porque pessoas com tamanha habilidade não usam suas idéias para ajudar o próximo? Sei que poderão ser gozados por isso, mas, garanto que se sentirão bem mais felizes por estarem ajudando o próximo a se levantar e não a cair.

Sou terminantemente contra os sites de humor sarcástico. Eles humilham pessoas e instituições sérias, criando no público uma descrença nas autoridades, nos governos, em muitas pessoas sérias. Sem contar que, de certa forma, pessoas são treinadas a levarem tudo na brincadeira. Abomino os filmes veiculados na Internet que mostram pessoas e animais sendo maltratados e humilhados, sendo objeto de riso.

Atualmente, a coisa parece que está em alta. Os programas televisivos, sites, e-mails, textos em periódicos, que zombam, escarnecem, criticam sem dó, estão se multiplicando e atraindo adep-tos. É a formalização da zombaria. Só falta a lei autorizando. O direito de falar o que se pensa é uma conquista da geração que ora povoa o mundo, mas, acho que estão exagerando. Um freio, quem sabe, iria colocar esse carro na velo-cidade certa. Para não voltarmos ao tempo onde não se tinha respeito pela vida alheia. Ir para frente, sim, retroceder, jamais.

(*) Atilano Muradas é jornalista, teólogo, músico, escritor, conferencista e pastor. É casado com a odontopediatra, pedagoga e pastora Isildinha Muradas com quem tem dois filhos, Atilano Júnior (24 anos) e Asaph Muradas (20 anos). Atualmente, mora em Houston, Texas, onde é pastor-titular da Igreja Presbiteriana Brasileira. Site: www.atilanomuradas.com

ESPÍRITO DE GOZAÇÃO Atilano Muradas (*)

CONSELHO DE REPRESENTANTES BRASILEIROS NO EXTERIOR – CRBE

O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou, em 15 de junho de 2010, o Decreto nº 7.214, que, entre outras medidas, estabelece princípios e diretrizes da política governamental para as comunidades brasileiras no exterior, institui as Conferências "Brasileiros no Mundo" (CBM) e cria o Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior (CRBE).O Decreto amplia o conjunto de ações que o Itamaraty já desenvolve para aprimorar o atendi-mento consular e o apoio aos cerca de 3 milhões de compatriotas que vivem fora do Brasil.O CRBE (Conselho de Representantes de Brasileiros no Exterior) será composto por 16 emi-grados brasileiros e terá por objetivo colher as demandas dos brasileiros no exterior e colaborar com o MRE para o seu atendimento.As Conferências do CBM ("Brasileiros no Mundo"), realizadas em 2008 e 2009 pela Subsecre-taria-Geral das Comunidades Brasileiras no Exterior e pela Fundação Alexandre de Gusmão, ambas unidades do Itamaraty, tornam-se evento regular anual.O texto do Decreto 7.214 encontra-se disponível no seguinte endereço: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Decreto/D7214.htmA eleição se dará exclusivamente mediante votação pela internet. O registro, tanto como eleitor quanto como candidato, para participar do processo de seleção dos integrantes do Conselho de Representantes dos Brasileiros no exterior (CRBE) é grátis e independe da situação imigratória do brasileiro interessado.

Ester Sanches Candidata do (Jornal Vida Brasil )

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Esporte

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O Campeonato brasileiro aproxima-se do fim e há muito pouco a comemorar. É comum em todo encerramento de temporada fazer uma grande festa. Não haverá festa, a não ser a entrega dos prêmios aos “melhores do ano”, promovido por uma empresa que comprou os direitos de transmissão. Na verdade uma festa par-ticular. O torcedor fica fora, o que não é mais novidade. Não vota, não participa, não é convidado. A escolha dos “melhores”, sabe-se lá que critérios são usados, atende aos interesses de marketing, audiência, etc. Criaram o Estatuto do Torcedor para nada. Mais uma lei que não “pega”. O que menos importa é exatamente quem banca o futebol, mas os cartolas se lixam para eles.

A CBF, justiça seja feita, está andando solenemente para o futebol brasileiro e deixa isso bem claro. Seu omisso presidente não está nem aí. Vive pensando em ser presidente da Fifa o que, até onde eu sei, não será nunca. Mas isso são outros quinhentos milhões. É um escândalo o que a Federação Internacional está fazendo em nosso país, a pretexto de nos brindar com uma copa do mundo, como se fosse isso a coisa mais importante para o povo brasileiro. E decididamente não é. O Morumbi foi vetado politica e vergonhosamente com a desculpa de falta de tempo, o que sobrou para fazer um estádio novo para o Corinthians. Um hor-ror.

CBF a parte, vamos ver o que aconteceu nesse ano de copa do mundo, vencida pela primeira vez pela Espanha, que acabou salvando a pele do Blatter, outro incompetente, omisso, que deveria ter pulado do barco há muito tempo. Se quiser conferir leia “Como eles roubaram o jogo”, do inglês David Yallop, que conta como funcionam as coisas lá na suntuosa sede da Suíça. O presidente eterno está denunciando corrupção, compra de votos, e garante que vai apurar. Para de jogar pedra, Blatter, que pode cair uma em seu telhado. Aliás, esse assunto é um dos mais importantes desse livro. Fala em compra de votos. Não deixe de ler.

O campeonato brasileiro por pontos corridos foi uma conquista da mídia séria, independente. Não preciso entrar em detalhes sobre essa competição, de passado tenebroso, assustador, corrupto até a raiz, político até a alma. Foi uma batalha vencida por profissionais responsáveis, infelizmente minoria na imprensa esporti-va. Os poucos que restam continuam lutando bravamente contra essa esculhambação que é o futebol brasileiro.

As partidas seguem a “orientação” da empresa que detém os direitos de transmissão. Ela decide sobre horários e condições de jogo. Pode chover canivete aberto que a partida será realizado a qualquer preço, por ordem superior. Ou seja, a grade de programação tem que ser cumprida. Os árbitros sabem disso, e os dirigentes da CBF acatam as ordens de cima. Internacional x Flamengo, no Beira-Rio, não seria realizado em nenhum campeonato do planeta. Só aqui. O árbitro, única pessoa, segundo a regra, que pode cancelar uma partida, não manda nada. Se desobedecer vai para a geladeira.

O horário de verão começou no domingo e as partidas estão mantidas para os horários condenados pelos fisiologistas, médicos, preparadores físicos, que sabem o risco que os atletas correm jogando às 15 horas. Todo mundo sabe disso, mas a CBF nada faz para mudar. Porque não manda na competição, não tem auto-nomia para fazer as modificações necessárias. A parada técnica, criada por Jorge Rabello no campeonato estadual do Rio de Janeiro, não foi feita no Maracanã porque a TV não deixou.

Entra ano, sai ano e a gente continua ouvindo que há “armação” para a arbitragem beneficiar esse ou aquele clube. Eu, particularmente não acredito. Eles não são competentes o suficiente para orquestrar um plano desse. E se fossem eu continuaria não acreditando. Recuso-me a acreditar. E o que faz a CBF, vem a público se manifestar, dizer alguma coisa, defender seu diretor de árbitros, os profissionais do apito ? Nada. A desconfiança continua. Esses profissionais são entregues à fúria e incompetência de jornalistas desacreditadoss, torcedores, passionais, lamentavelmente em grande número.

As arbitragens são lamentáveis, é uma constatação. Piora a cada temporada. Não tem respaldo para decidir o que manda a regra porque há uma força supe-rior ao próprio departamento ou Comissão de Arbitragem. Não falo em desonestidade, evidentemente. Nem esquemas que, como já disse, não acredito. Há profissionais bons e maus, dependendo de como são observados. O chororô faz parte do jogo e há muito exagero nas reclamações. Até aí nada demais. Há um grupinho de privilegiados, isso salta aos olhos de qualquer observador. São aqueles que retardam os jogos, dependendo da grade. Esses apitam sempre, estão em todos os sorteios. Não se preocupam com o desgaste físico e emocional que sofrem, como humanos que são.

Pior que isso são alguns tele-árbitros que comentam as 17 regras do jogo sem conhecer nenhuma delas. Inventam regras que não existem, confundem o público, jogam os árbitros contra os torcedores. Descobriram - não sei em que livro de regras – que a bola que bate num adversário tira o impedimento; que o jogador “ocupou espaço” e a bola bateu em seu braço, portanto, “eu daria o penalty”, uma forma de ficar em cima do muro; ”a bola ia em direção ao gol”, bradou outro dia um desses gênios, que nunca, com toda a certeza, jogou sequer uma pelada. Eles querem lançar o “jogador totó”, aquele joguinho de bonecos com os braços colados ao corpo. São tantas aberrações que vou parar por aqui, sem antes recomedar a leitura do ”Guia Universal de Arbitragem”, ou coisa parecida.

Não sei como as coisas vão caminhar até a copa do mundo. Honestamente não sei. Os clubes espanhóis estão se organizando para discutir os direitos de trans-missão de seus jogos, com a presença do Real Madrid e Barcelona, que negociam separadamente, algo em torno de 150 a 200 MILHÕES DE EUROS para cada um. Falou-se em UM BILHÃO de euros para serem rateados entre os clubes da primeira e segunda divisão.

Alguns dirigentes acham muito e o questionamento será por uma conta entre 850 e 900 MILHÕES de euros por temporada. O Flamengo, que tem a maior torcida do pais, e a maior audiência, ganha um milhão de reais por jogo (38 partidas no máximo), ou 38 milhões por temporada. Façam as contas e saberão porque os quatro grandes do Rio estão à beira da falência, caindo pelas tabelas, literalmente.

Segundo análise da consultora Crowe Horwath RCS, as receitas de TV representaram 28% da receita gerada pelo mercado brasileiro de clubes de futebol. Em 2008 a participação da TV sobre o total gerado pelo mercado foi de 23%, a mesma percentagem que em 2007. As receitas de televisão apresentadas, incluem todas as competições em que os clubes participam, como os Campeonatos Estaduais, Campeonato Brasileiro, Taça dos Libertadores, Taça Sul Americana e Taça do Brasil. Em 2009 o Flamengo foi líder em termos de receitas de televisão gerando cerca de R$ 44,2 milhões (19 milhões de Euros).

O aumento das receitas com TV no mercado brasileiro foi bastante significativo, graças ao novo contrato em vigor entre Série A e a televisão para o período de 2009-2011. Este contrato, além das receitas de TV aberta e TV fechada, também inclui uma remuneração variável pelas vendas de Pay per View.

O Campeonato Brasileiro, o carro chefe do futebol cinco vezes campeão do mundo, teve como única evolução desde o ínicio da década, a mudança do regu-lamento para pontos corridos, corrigindo uma aberração e atraso de dezenas de anos, em relação a todo o resto do mundo. Os campeonatos estaduais estão com os dias contados. Deficitários, mal organizados, um salve-se quem puder. O campeonato carioca (em homenagem ao seu passado histórico) foi o mais importante do país, por décadas seguidas, formou duas das três maiores torcidas do país: Flamengo e Vasco. Tudo isso graças a dirigentes competentes, sérios, honestos, que escreveram a história dessa competição que já foi disputada e acompanhada por todo o país, através do rádio.

Hoje, vivemos a era da televisão. Falar mais o que ? By: IATA ANDERSON

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