Vida cristã 2

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VIDA CRISTÃ

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VIDA CRISTÃ

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Espiritualidades no contexto pós-moderno

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O cenário histórico da espiritualidade mundial passou por três grandes fases (esta classificação corre o risco inerente a toda classificação e periodização): a primeira, a FASE DAS EXPLICAÇÕES SAGRADAS, mediante as quais a natureza, o homem e a sociedade eram interpretados sob a ótica (premissa) religiosa. Nada mais além da compreensão mística explicava o mundo, e fora desta explicação nenhuma outra sobrevivia. Essa fase nasce com o tribalismo primitivo das mais rudimentares formas de associações humanas, é continuada com o surgimento das civilizações e homogeneizada pelo cristianismo do século IV ao século XV.

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A SEGUNDA FASE SUBSTITUI AS EXPLICAÇÕES RELIGIOSAS PELAS EXPLICAÇÕES RACIONAIS – dilaceramento do sagrado. É decretada a morte de Deus. Nela, apenas o argumento racional tem validade. A razão última da filosofia clássica que buscava, no Espírito Absoluto as explicações para o cosmo, é descartada. Não existe outra razão senão a humana, e nada existe fora da razão (este argumento colocava a manifestação religiosa em pé de igualdade com a ignorância, a alienação, a estupidez); é bem verdade que há um tipo de religiosidade que pode ser comparada a isto ou a coisa pior. Com advento do racionalismo e o consequente advento da MODERNIDADE, (tem, portanto início aproximadamente no século XVI), passou-se a rejeitar a realidade como uma condição imposta pela natureza (algo dado) e passou-se a afirmar o homem como um ser capaz de transformar a realidade.

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A MODERNIDADE teve como pilares a ascensão da burguesia (abertura do comércio mundial, a indústria manufatureira) aliada ao desenvolvimento da crença na capacidade do conhecimento como único elemento transformador da realidade, a partir de Francis Bacon (1561-1626).

Dois outros fatores de grande significado para consolidação da modernidade foram a Reforma protestante (que contrapôs-se a cosmovisão unitária da Igreja, rachando o pensamento religioso da Europa) e a revolução industrial.

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O modernismo padeceu internamente quatro grandes crises:

• Era positivista = cria no progresso linear através da arte e da ciência (determinismo histórico);

• Era tecnocêntrico = porque alimentava ingenuamente a perspectiva da máquina como mito eficiente capaz de realizar todas as aspirações da humanidade;

• Era racionalista = porque não conhecia outra forma de representar o mundo senão pela linguagem da razão;

• Era imposta = como pensamento de uma elite de planejadores, artistas, arquitetos críticos. Com isto fomentou a ditadura da tecno-burocracia e do autoritarismo estatal. Isto produziu o chamado desencanto com a modernidade?

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A terceira fase é a chamada ressacralização da sociedade na pós-modernidade.

O pós modernismo emerge na história humana em algum ponto entre 1968 e 1972 sob a paternidade dos movimentos estudantis na Europa e atlântico norte, da contra cultura de resistência dos movimentos pacifistas e da rejeição do status quo (a exemplo do movimento mundial de Hippies), das artes inspiradas na teoria do absurdo de Nietzsche (enfatiza o caos da vida moderna e a impossibilidade de lidar com ela com o pensamento racional); e do novo pensamento científico tendo como expoentes Habermas, e Karl Popper que negam o saber absoluto e afirmam o saber relativo. Popper afirma que “não sabemos, conjecturamos.”A partir do início da década de 70 o mundo pode constatar uma avalanche de mudanças de ordem cultural, política e econômica:

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As bases se sustenta o pensamento pós-moderno.

• o pluralismo (culto das diferenças);

• a efemeridade (culto das emoções);

• a fragmentaridade (culto das divisões);

• a alteridade (culto das mudanças);

• o desconstrucionismo (culto à relatividade);

• a divergência (culto à suspeita);

• a instantaneidade (culto da superficialidade do momento)

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Observe que o pensamento pós-moderno transita em meio ao diferente, ao divergente e ao múltiplo, justapondo-os, reconhecendo nas partes a constituição autêntica da realidade social. Essa nova perspectiva redescobre o místico, os valores transcendentais e a racionalidade religiosa, atribuindo ao sagrado um lugar específico na configuração da vida social, mas ao mesmo tempo negando a prioridade dos valores espirituais sobre os demais.

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A relação de uma espiritualidade bíblica na sociedade pós-moderna deveria levar-nos a percorrer pelo menos quatro caminhos.

• o primeiro caminho: A afirmação da intransitoriedade da revelação de Deus e a validade supra-temporal das escrituras.

• o segundo caminho: A rejeição do dogmatismo sectarizado evangélico expresso na indagação: a igreja tem algo a aprender e acertos estratégicos a fazer em relação ao pensamento pós-moderno?

• o terceiro caminho: As influências negativas da pós-modernidade no conteúdo da fé protestante – adoção de medidas profilácticas.

• o quatro caminho: Reafirma o caráter inegociável da doutrina neo-testamentaria fundamentada na ética de Jesus e na doutrina apostólica.

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Espiritualidade e Relações Interpessoais

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A vida é relacionamento, o resto não passa de detalhe.

Essa é a maior verdade.Tudo na vida que realmente importa

resume-se aos relacionamentos.

_ Dr. Gary Smalley

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50 anos atrás, Maslow pesquisou motivação humana e descobriu que as necessidades impulsionam a motivação.

Desde nossas necessidades mais básicas de alimentação, vestimenta, abrigo, segurança e ou as nossas mais sofisticadas necessidades de satisfação do ego e auto realização, somos impulsionados para preencher essas necessidades.

Normalmente, experimentamos alguma tensão interna (por exemplo, a tensão da fome quando precisamos comer), até que a necessidade seja satisfeita. Esta tensão nos motiva constantemente, até que a necessidade seja satisfeita.

Auto-realização

Autoestima reconhecimento,

respeito

Pertenceramizade, família, trabalho em equipe

Segurançasegurança pessoal e financeira, saúde

Fisiológicorespiração, água, sono, alimentação, roupas, calor

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Os outros Eu

Deus

HarmoniaSaudável

Complexado Solitário Você foi feito para três tipos

de relacionamentos

: com os outros, com

você mesmos e com Deus.

Os relacionamentos não são uma opção

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Romanos 15.1 1 Ora nós, que somos fortes, devemos suportar as fraquezas dos fracos, e não agradar a nós mesmos.

Expulsemos o espírito de Procusto de nossas vidas e que flua em nós o Espírito de Deus, que criou pessoas de estatura alta e baixa, gordos e magros, negros e brancos, mulheres e homens, ricos e pobres, ilustres e desconhecidos, inteligentes e sábios, doutores e os que detêm só o conhecimento popular etc.,

Aprendamos então a conviver com as diferenças, respeitando a individualidade e a forma que cada um vê o mundo no Senhor.

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Criando um ambiente relacionamento harmonioso

1. Respeite o muro;2. Honre os outros;3. Não julgue;4. Valorize as diferenças;5. Seja digno de confiança.

Romanos 13.77 Dai a cada um o que lhe é devido: a quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto; a quem temor, temor; a quem honra, honra.

Romanos 12.1010 Amai-vos cordialmente uns aos outros com amor fraternal, preferindo-vos em honra uns aos outros;

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É fácil trocar palavras, desafie-se a interpretar o

silêncio...É fácil caminhar lado a lado, desafie-se a saber

como se encontrar...É fácil beijar o rosto,

desafie-se a chegar ao coração...

É fácil apertar as mãos, desafie-se a reter o calor...

E então você experimentará a plenitude

dos relacionamentos.

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Princípios Bíblicos para um Bom Relacionamento

• 1. Saiba ouvir (Pv 18.13).

• 2. Não se apresse para falar (Pv 19.2; 17.28).

• 3. Fale pouco (Pv 10.19; 13.3; 12.18).

• 4. Fale coisas boas das pessoas (Pv 16.24; 16.28; 20.19).

• 5. Não atice (fomente) conversas (Pv 30.33; 26.20,21).

• 6. Fale pouco de si mesmo (Pv 27.2).

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BREVE ANALISE DE ROMANOS 16

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Vocação, Igreja e Missão: A Espiritualidade a serviço da

igreja e do próximo.

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VocaçãoO que é Vocação:

Vocação é um termo derivado do verbo no latim “vocare” que significa “chamar”. É uma inclinação, uma tendência ou habilidade que leva o indivíduo a

exercer uma determinada carreira ou profissão.Vocação é uma competência que estimula as pessoas

para a prática de atividades que estão associadas aos seus desejos de seguir determinado caminho.Por extensão, vocação é um talento, uma aptidão

natural, um pendor, uma capacidade específica para executar algo que vai lhe dar prazer.

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A caminhada da igreja no mundo é o exercício de sua vocação. A igreja tem por finalidade última, na história e na eternidade, a adoração a Deus, glorificando-o pela pregação e vivência do evangelho, em todas as esferas da existência e da ação humana. Ela o faz de modo particular e público, individual serviço que glorifica a Deus através da vida e dos atos de seus membros é a essência de sua vocação. A Reforma Protestante resgatou a doutrina do sacerdócio universal dos crentes, não apenas produzindo um rompimento com a corroída estrutura romana distante das Escrituras e seu modo distorcido de servir ao Senhor, mas impulsionando a vida orgânica integral do corpo de Cristo na terra.

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Daí se segue que leigos, sacerdotes, bispos ou como dizem, espirituais e seculares, no fundo verdadeiramente não têm qualquer diferença senão em função do cargo ou da ocupação, e não pela sua classe, pois todos eles são de classes espirituais, autênticos sacerdotes, bispos e papas. Contudo, nem todos têm a mesma ocupação, assim também entre os sacerdotes e monges nem todos tem a mesma ocupação. (Martinho Lutero)

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O conceito de “sacerdócio universal” da Reforma não denigre de forma alguma o oficio pastoral, como geralmente se pensa, nem ensina que pastores e cooperadores da igreja são desnecessário tão pouco afirma que qualquer pessoa possa apresentar sua própria teologia. Pelo contrário, ela ensina que o oficio pastoral é uma vocação, um chamado de Deus com sua autoridade, suas responsabilidades específicas e suas bênçãos.

Observando a funcionalidade do corpo de Cristo, inclusive o exercício do dom pastoral e de todas as demais atividades exercidas pelos salvos em sua caminhada, percebe-se que o exercício funcional não interfere na condição sacerdotal em Cristo. É possível e necessário observar pessoas servindo como sacerdotes, sem, contudo destituí-las das funções em que foram colocadas pelo Espírito para crescimento do próprio corpo. Lutero restaurou a sistemática do verdadeiro do verdadeiro modelo orgânico conforme o ensino do apóstolo Paulo no Novo Testamento, observando o escrito apostólico quanto ao funcionamento do corpo de Cristo e o serviço sacerdotal de todos os crentes (Efésios 4 e 1Pedro 2)

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Vocação e Pós-ModernidadeO ministério pastoral no cenário religioso brasileiro vem sofrendo transformações nos aspectos da sua função social. A função social dos pastores foi alterada por causa do surgimento de profissionais que ocuparam o espaço anteriormente destinado aos pastores navida dos membros de suas comunidades, ocorrendo à perda de legitimidade social que é um grande desafio enfrentado por estes líderes. Entretanto, na atualidade, os pastores têm tido uma influência e presença mais forte na liderança política. Eles são carismáticos e têm bom desempenho nos meios de comunicação e mídia. Contudo, o conceito de vocação sagrada parao pastorado também sofre mudanças, o que tem implicações no exercício ministerial e na função social. O processo de secularização transmutou a concepção de vocação sagrada do pastorado. Portanto, procura-se entender nesta pesquisa como a secularização da vocação sagrada tem impactado as lideranças evangélicas brasileiras.

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Igreja e os desafios na pós-modernidade

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Igreja. Vemos esta palavra por toda a parte. Algumas pessoas usam “igreja” para descrever um belo edifício no centro de uma praça proeminente. Outros a usam para descrever uma organização religiosa mundial, completa com regiões, distritos e dioceses. As definições confusas de igreja, em nosso tempo, muitas vezes vedam o significado original desta palavra quando aplicada, no Novo Testamento, ao povo de Deus. Neste artigo, examinaremos brevemente o significado de “igreja” na Bíblia.

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Igreja é um edifício construído com blocos e cimento? Não. É um edifício construído com pedras vivas. “Também vós mesmos, como pedras que vivem, sois edificados casa espiritual para serdes sacerdócio santo, a fim de oferecerdes sacrifícios espirituais agradáveis a Deus por intermédio de Jesus Cristo”(1 Pedro 2:5). Estas pedras vivas são chamadas santos e são membros da família de Deus: “Assim, já não sois estrangeiros e peregrinos, mas concidadãos dos santos, e sois da família de Deus, edificados sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, sendo ele mesmo, Cristo Jesus, a pedra angular; no qual todo o edifício, bem ajustado, cresce para santuário dedicado ao Senhor, no qual também vós juntamente estais sendo edificados para habitação de Deus no Espírito” (Efésios 2:19-22).

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A IGREJA E OS DESAFIOS NA PÓS-MODERNIDADE

SECULARIZAÇÃO

GERAÇÃO NOVIDADE

INDIFERENÇA RELIGIOSA

SEXUALIDADE DESENFREADA

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DERROTANDO O PÓS-MODERNISMO

A VERDADE

CORAGEM DE ANDAR NA VERDADE

BASES DA NOSSA FÉ

Nós, cristãos, cuja tarefa é ser “sal da terra”, devemos dar sabor e preservar os valores que restauram a vida. Eis o nosso desafio: “recuperar os valores perdidos”. São eles:

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E OS DESAFIOS NA PÓS-

MODERNIDADE

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A TECNOLOGIA

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O CONSUMISMO

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A GLOBALIZAÇÃO

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O PLURALISMO

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Não tem como a igreja prosseguir sem seguir os exemplos deixados por seus percussores, homens chamados por Deus para uma missão. Precisamos retornar as primeiras obras, a vida cristã é a prática diária dos ensinamentos de Jesus, como o trabalho desenvolvido pelos irmãos, sobre os heróis da fé, havia entre todos algo comum, oração, jejum e leitura da palavra, somando a pratica de tudo que era aprendido, estratégias para vencer na pós- modernidade só pode ser revelada através dessas três atitudes. Viva a plenitude de uma Vida Cristã frutífera.

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Bibliografia:BEZERRA, Durvalina. Ministério Cristão e a espiritualidade. Belo Horizonte: Betânia, 2009.PACKER. J. I. O Conhecimento de Deus. Ed. Mundo Cristão, 2005STOTT, J. R. W. Cristianismo Básico. Cultura Cristã, 2006LLOYD-JONES, Martim. O soldado cristão. São Paulo: PES, 1991

Professor Sebastião Luiz Chagas