Vida de camões

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VIDA DE CAMÕES FATOS E HIPÓTESES

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Trabalho apresentado em curso de Letras/IFESP

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VIDA DE CAMÕES

FATOS E HIPÓTESES

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Luís Vaz de Camões

O retrato de Camões por Fernão Gomes, em cópia de Luís de Resende. Este é

considerado o mais autêntico retrato do poeta, cujo original, que se perdeu, foi

pintado ainda em sua vida.Nascimento ca. 1524

Lisboa ?

Morte 10 de junho de 1580 (56 anos)Lisboa

Nacionalidade  Português

Ocupação Poeta, soldado

Magnum opus Os Lusíadas

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ORIGENS E JUVENTUDE

Luiz Vaz de Camões teria nascido em 1524/1525 natural de Lisboa ou Coimbra. Seus pais chamavam-se Simão Vaz de Camões e D. Ana de Sá e Macedo.

Sabe-se que estudou em Coimbra, onde deve ter começado a ler Petrarca e outros poetas. Ali terá escrito os primeiros versos, pois na sua obra se acham referências às “doces e claras águas do Mondego” ,

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Em Coimbra os padres Crúzios lhe proporcionaram uma base solida da cultura e um profundo conhecimento da língua portuguesa, que ele utilizou como ninguém. Levou uma vida boemia, frequentando tavernas e envolvendo-se em arruaças e relações amorosas tumultuadas.

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EM 1547 VIAJOU PARA ÁFRICA, NESSA VIAGEM TERIA ENFRENTADO TEMPESTADE NO CABO DA BOA ESPERANÇA. ( IMAGEM DO CABO DA BOA ESPERANÇA) ONDE PERDEU UM DOS OLHOS DURANTE A CONQUISTA DE CEUTA.

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APARÊNCIA, CARÁTERÉ descrito pelos seus contemporâneos como um homem de porte mediano, com um cabelo loiro arruivado, cego do olho direito, hábil em todos os exercícios físicos e com uma disposição temperamental, custando-lhe pouco engajar-se em brigas. Diz-se que tinha grande valor como soldado, exibindo coragem, combatividade, senso de honra e vontade de servir, bom companheiro nas horas de folga, liberal, alegre e espirituoso quando os golpes da fortuna não lhe abatiam o espírito e entristeciam. Tinha consciência do seu mérito como homem, como soldado e como poeta.

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AMORESTodos os esforços feitos no sentido de se descobrir a identidade definitiva da sua musa foram vãos e várias propostas contraditórias foram apresentadas sobre supostas mulheres presentes na sua vida. O próprio Camões sugeriu, num dos seus poemas, que houve várias musas a inspirá-lo, ao dizer "em várias flamas variamente ardia". Nomes de damas supostas como suas amadas só constam primitivamente nos seus poemas. Nenhuma menção a quaisquer damas identificáveis pelo nome é dada nas primeiras biografias do poeta.

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OBRA

CONTEXTO HISTÓRICO EUROPEU

Renascimento europeu;Transição do feudalismo para o capitalismo;Contrarreforma;Classicismo;

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Os Lusíadas -1.ª edição, 1572 

OBRA DE CAMÕES

Capa da edição de 1572 dos Lusíadas

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Poema épico (1572) de Luís de Camões, de inspiração clássica (segundo a Eneida, de Virgílio) mas de manifesto saber contemporâneo, colhido na observação, é constituído por dez cantos compostos de décimas em decassílabos heroicos, e vive de uma contradição esteticamente harmonizada entre a acção das divindades pagãs (que ajudam ou prejudicam o progresso dos Portugueses na viagem marítima para a Índia, tema do livro) e a tutela do sentimento cristão e da expansão da fé, que anima um ardor de conquista e de possessão do mundo.

"Vasco da Gama na Ilha dos Amores" de Vieira Portuense [1765-1805]

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Lírica

1595 - Amor é fogo que arde sem se ver 1595 - Eu cantarei o amor tão docemente 1595 - Verdes são os campos 1595 - Que me quereis, perpétuas saudades? 1595 - Sôbolos rios que vão 1595 - Transforma-se o amador na cousa amada 1595 - Sete anos de pastor Jacob servia 1595 - Alma minha gentil, que te partiste 1595 - Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades 1595 - Quem diz que Amor é falso ou enganoso 

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Teatro

1587 - El-Rei Seleuco.

1587 - Auto de Filodemo.

1587 - Anfitriões 

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RIMAS

Capa da primeira edição das Rimas, de 1595Rimas é o título da primeira compilação das poesias líricas de Luís de Camões, publicada em 1595, quinze anos após a morte do autor.A coletânea compreende redondilhas, odes, glosas, cantigas, voltas ou variações, sextilhas, sonetos,elegias, écoglas e outras estâncias pequenas.

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NÚCLEO TEMÁTICO DA OBRA CAMONIANA

A CONQUISTA, O HÉROI PORTUGUÊS E O PAPEL NA ARTE:

Os lusíadas se ajustou perfeitamente a necessidade cultural da empreitada expansionista de Portugal. A arte colabora contando a grandeza de Portugal.

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DESENGANO: Reflexão sobre a

vida,o homem e o mundo.Retrata o desengano do homem,perplexo diante do desconcerto do mundo.

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RELIGIÃO: SUA INTENÇÃO É

MOSTRAR A ESSÊNCIA DO CONTRASTE ENTRE A VISÃO RELIGIOSA E A VISÃO MATERIALISTA.

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O AMOR: É UM TIPO DE IDEAL SUPERIOR, PERFEITO E ÚNICO. 

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CAMÕES E A LINGUAGEM

Camões lendo Os Lusíadas, por António Carneiro.

“Uma permanente reflexão sobre a língua, uma aguda sensibilidade aos nomes das coisas, às palavras e à maneira de as usar... Em Os Lusíadas, por exemplo, várias vezes se dá notícia da estranheza perante o encontro de novas línguas".

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CORRESPONDÊNCIA AUTÓGRAFA

Na Carta III ele narrou a um amigo o hábito das alcoviteiras de Lisboa, que traziam "sempre aparadas as palavras para falar com quem se preze disso, cousa que eu tenho por grande trabalho".

Na Carta II o poeta descreveu a linguagem das moças da Índia, que de tão rude lhe esfriava o ânimo romântico: "Respondem-vos uma linguagem meada de ervilhaca, que trava na garganta do entendimento, a qual vos lança água na fervura da mor quentura do mundo“.

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O seu linguajar literário foi sempre reconhecido como erudito; Faria e Sousa já dissera que Camões não escrevera para ignorantes.

Para o pesquisador (Verdelho) a linguagem de Camões mantém uma notável proximidade entre os códigos linguísticos e os códigos poéticos, dando-lhe uma transparência e legibilidade únicas.

Cabe notar que se deve a Camões a introdução de uma quantidade de latinismos na linguagem corrente, tais como aéreo, áureo, celeuma, diligente, diáfano, excelente, aquático, fabuloso, pálido, radiante, recíproco, hemisfério e muitos outros.

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DIFUSÃO E A INFLUÊNCIA

Ao longo dos séculos Camões foi louvado por diversos luminares não lusófonos da cultura ocidental.

A fama de Camões iniciou a expandir-se através de Espanha, onde teve vários admiradores desde o século XVI, aparecendo duas traduções d' Os Lusíadas em 1580, ano da morte do poeta, impressas a mando de Filipe II de Espanha, então rei também de Portugal

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Entre 1735 e 1874 surgiram nada menos do que vinte traduções francesas do livro, sem contar inúmeras segundas edições e paráfrases de alguns dos episódios mais marcantes. Em 1777 Pieterszoon traduziu Os Lusíadas para o holandês e no século XIX surgiram mais cinco outras, parciais. Em 1782 apareceu a primeira tradução alemã, ainda que parcial. A primeira versão integral veio à luz entre 1806 e 1807, trabalho de Herse, e no final da centúria Storck traduziu as suas obras completas e ofereceu um estudo monumental: Vida e Obra de Camões, traduzido para o português por Michaëlis. Camões foi uma das mais fortes influências sobre a formação e evolução da literatura brasileira, uma influência que começou a ser efetiva a partir do período barroco, no século XVII, como se constata pelas semelhanças entre Os Lusíadas e o primeiro épico brasileiro, a Prosopopeia, de Bento Teixeira, de 1601

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Camões como poeta laureado, por François Gérard.

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CRÍTICASApesar de o mérito artístico de Camões ser largamente reconhecido, a sua obra não ficou imune a críticas. O bispo de Viseu, Dom Francisco Lobo, acusou-o de jamais haver amado verdadeiramente e, por isso, ter falseado o amor através do embelezamento poético.  Hegel, embora elogiando várias qualidades d' Os Lusíadas, criticou a incongruência entre o tema nacionalista e o uso de modelos formais clássicos e italianos.  Cesário Verde considerou o "desconcerto" camoniano, um modo errático de ser sujeito no mundo e de estar sujeito no mundo, carregando as penas do mundo sobre os ombros, como um desejo absurdo de sofrer.Sérgio Buarque de Holanda disse que as cores épicas com que Camões pintou os feitos lusitanos não correspondem tanto a "uma aspiração generosa e ascendente", mas espelham antes uma retrospecção melancólica da glória extinta que mais desfigurou do que fixou a verdadeira fisionomia moral dos agentes da expansão marítima.

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SÍMBOLO NACIONAL PORTUGUÊS

Monumento ao poeta na Praça Luís de Camões, no Bairro Alto, em Lisboa.

Monumento ao poeta no Jardim Luís de Camões, Leiria.

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A identificação de Camões e da sua obra como símbolos da nação portuguesa parece datar, como acredita Vanda Anastácio, do início da monarquia dual de Filipe II de Espanha, Camões tornou-se especialmente importante em Portugal no século XIX, quando, conforme afirmaram Lourenço, Freeland, Souza e outros autores. Os Lusíadas sofreu um processo de releitura e mitificação por alguns dos expoentes do Romantismo local, como Almeida Garrett, Antero de Quental e Oliveira Martins, que o colocaram como um símbolo da história e do destino que estaria reservado ao país.

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NOTÍCIAS DOS JORNAIS:

"O Centenário de Camões neste momento histórico, e nesta crise dos espíritos tem a significação de uma revivescência nacional"... "É sublime o acordo entre as conclusões científicas das mais elevadas inteligências da Europa e a intuição da alma popular que encontram em Camões o representante duma literatura inteira e a síntese da nacionalidade"... "Todas as forças vivas da nação se aliavam nesse grande preito à memória do homem cuja alma foi a síntese grandiosa da alma portuguesa". 

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http://youtu.be/ctAWPmcHoF8

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:

CAMÕES, Luís de. Lírica-Épico-Teatro-Cartas.Organização de José Alves das Neves e Douglas Tufano. São Paulo: Moderna; Brasília: INL, 1980.

Site: noticiasuniversia. pt.

Site: IIfeioleiturasblogspot.com.br http://pt.wikipedia.org/wiki/Wikip%C3%A9dia:P%C3%A1gina_principal

http://youtu.be/8gwcK_ovAL8

http://youtu.be/ctAWPmcHoF8

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CURSO DE SEGUNDA LICENCIATURA PLENA EM LETRAS – HABILITAÇÃO EM LÍNGUA PORTUGUESA

DISCIPLINA:Teoria da Literatura I

PROFESSORA: Mona Lisa Bezerra Teixeira

COORDENADORA: Luciana Aires da Costa

TURMA: Letras 06

GRUPO: Célia Tavares Geciane Carla Maria Neirly Maria Nascimento

Natal/2013