Vida Universitária | Ed 218

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Alunos de cursos de licenciatura acreditam na educação e se apossam de valores imprescindíveis para encarar o desafio de dar aulas Formação internacional Parceria possibilita experiências multidisciplinares em países da Europa e da América Latina Direito na escola Projeto propõe oficinas sobre Constituição para alunos do ensino médio outubro 2012 nº 218 "Quero ser professor "

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Vida Universitária | Ed 218

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Alunos de cursos de licenciatura acreditam na educação e se apossam de valores imprescindíveis para encarar o desafio de dar aulas

Formação internacionalParceria possibilita experiências multidisciplinares em países da Europa e da América Latina

Direito na escolaProjeto propõe oficinas sobre Constituição para alunos do ensino médio

outubro 2012nº 218

"Quero ser professor "

8Filhos da PUCO ex-aluno Moacir da Silva ganha prêmio importante no setor financeiro.

10Mercado de TrabalhoO administrador Rony Ahlfeldt dá dicas de como organizar melhor as 24 horas do dia.

12CapaOs motivos para ser professor.

22PesquisaObra inédita reúne informações sobre como o período da ditadura brasileira influenciou o Poder Judiciário do país.

índice

Sempre aqui

18. Reportagem

20. Dna

26. Drops

30. Registro

33. Lumenoso

34. Mundo Melhor

Os alunos do Câmpus Maringá foram recebidos, no dia 11 de agosto, com uma festa surpresa para come-morar a nova sede da PUCPR na cidade. Da esquerda para a direita: o diretor do Câmpus, Sandro Marques, a gerente do Câmpus, Roselei dos Santos, a professora de Nutrição Alika Nakamura, o vice-presidente do DCE, Ricardo Palamar, e o reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto, descerraram a placa de inauguração.

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Revisão Editora Champagnat

Lumen Comunicação

Rua Amauri Lange Silvério, 270

Pilarzinho. Cep 82120-000

Curitiba. Paraná. (41) 3271-4700

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Todos os direitos reservados. Proibida a repro-dução sem autorização prévia e escrita. Todas as opiniões são de responsabilidade dos res-pectivos autores.

editorial

Vida Universitária é uma publicação men-sal da Pontifícia Universidade Católica do Paraná. Registrada sob o nº 01, do livro B, de Pessoas Jurídicas, do 4º Ofício de Registro de Títulos, em 30/12/85 - Curitiba, Paraná

Jornalista Resp. Rulian Maftum - DRT 4646

Supervisão Maria Fernanda Rocha

Textos Michele Bravos, Julio C. Glodzienski e Elizangela Jubanski

Editor de Arte Julyana Werneck

Tiragem 15.000 exemplares

Impressão Mult-Graphic

expediente

Grão-Chanceler Dom Moacyr José Vitti

Reitor Clemente Ivo Juliatto

Vice-reitor Paulo Otávio Mussi Augusto

Pró-reitor Acadêmico Eduardo Damião da Silva

Pró-reitor de Pesquisa e Pós-graduação Waldemiro Gremski

Pró-reitor Comunitário Paulo Otávio Mussi Augusto (Interino)

Pró-reitor Administrativo e de Desenvolvimento José Luiz Casela

Rua Imaculada Conceição, 1155 - 2º andar

Prado Velho - Curitiba - Paraná

Caixa Postal 17.315 - CEP: 83.215-901

Fone: (41) 3271-1515

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Dedicamos esta edição da Vida Universitária aos professores, cuja ho-menagem se realiza no dia 15 de outu-bro. Como tenho insistido em diversas ocasiões, eu acredito profundamente que ser membro do corpo docente de uma escola implica aliar às condições de professor o sagrado compromisso de ser educador. Essa dupla condição transformará o professor em verdadeiro mestre, no sentido pleno da palavra. É nesse sentido que o respeitado edu-cador Paulo Freire afirmava que não se pode divorciar instrução e educação, pois o preparo técnico e a formação de valores precisam caminhar juntos. São palavras suas: “transformar a experiência educativa em puro treinamento técnico é amesquinhar o que há de fundamental-mente humano no exercício educativo: o seu caráter formativo”.

Também quero aproveitar esta edição para insistir numa ideia que, para mim, reveste-se de grande valor pedagógico: existe uma distinção fundamental entre ser estritamente professor-instrutor e ser professor-educador. A diferença não é apenas semântica ou de estilo, mas essencial. Professor não é exatamente sinônimo de educador. Mas em que consiste, precisamente, essa diferença? O professor-instrutor é aquela pessoa capaz de transmitir conhecimentos ou de facilitar o processo de aprendizagem. E isso é importante, pois corresponde a uma das principais atribuições da es-cola. O professor-educador, por sua vez, é aquele que, além de ser instrutor, transmite valores aos seus alunos. Isso pressupõe possuir, além de capacidade técnica e de preparo intelectual, nível

elevado de desenvolvimento humano. A diferença entre o professor-instrutor e o professor-educador corresponde à diferença entre instrução e educação, entre conhecimento e sabedoria. O co-nhecimento está na mente, enquanto a sabedoria é o conhecimento que passa pelo coração, que transforma, orienta e é incorporado à vida.

Em razão de tudo isso, devemos to-mar consciência de que o corpo docente de uma universidade, ou de uma escola de qualquer outro nível, é o seu mais va-lioso patrimônio. Os professores de uma universidade são, em verdade, “uma po-tência enorme: a potência das inteligên-cias e da consciência”, dizia João Paulo II, ao abordar o sentido humano da cultura. Das inteligências, porque representam uma expressiva “massa crítica” do país, com especialistas nas mais diferentes áreas do conhecimento. Eles constituem a “maior concentração de cérebros por metro quadrado” de uma região, como gosto de repetir. Das consciências, por-que seu elevado padrão cultural e cien-tífico os torna pessoas comprometidas com a construção de um mundo melhor ou de uma sociedade mais evoluída, ou seja, mais justa, cooperativa e feliz.

Ao homenagear os professores, re-pito aqui as palavras de Cora Coralina, desejando, a todos os educadores, que sejam felizes e realizados em sua missão pedagógica: “Feliz daquele que trans-fere o que sabe e que aprende o que ensina”.

Clemente Ivo JuliattoReitor

O compromisso de ser educador

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Quem vê cara. . .

Felipe BelãoProfessor do curso de Publicidade e Propaganda da PUCPR

Se eu soubesse o quanto é importante conhecer a si mesmo para descobrir o que se quer da vida, teria começado antes. Teria co-meçado antes a defender minha identidade e não apenas a ter opinião.

Se eu soubesse, teria começado a in-vestir em mim, antes de fazer isso com os outros, com o mercado, com a carreira ou qualquer outro aspecto da minha vida. Teria in-vestido mais tempo na concretização de mim mesmo. Hoje entendo que, sabendo isso e trabalhando sempre, o mundo traz como re-compensa uma sincronicidade de gestos e conquistas. Nossa carreira é construída pela nossa personalidade, pela paixão e amor que dedicamos ao nosso trabalho.

As vitórias chegam à medida que tratamos nosso dia a dia como ofício e nosso jeito de ser com respeito.

Se eu soubesse, teria tido menos medo de ser eu mesmo ontem. Seria mais leve o quanto antes para realizar, fazer e sempre so-nhar mais alto.

Livro: A Viagem de ThéoAutor: Catherine CleméntEditora: Cia. das LetrasQuem indica: Ronan de Oliveira Veiga, 24 anos, 4º período de licenciatura em Filosofia, Câmpus Curitiba

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Qual a história do livro?Perguntas como: “por que as pes-soas acreditam em Deus?”, “por que tanta gente sente vontade de ter uma vivência espiritual?” e “por que não somos todos ateus?” fizeram surgir o romance A Viagem de Théo, um livro sobre as religiões de todo o mundo.Com incrível equilíbrio intelectual e ima-ginação narrativa tão viva que parece estarmos vivendo cada cena, Catherine Clément nos faz viajar na companhia de Théo e Marthe – ele, um adolescente que vive enfiado nos li-vros e sofre de uma doença grave; ela, uma mulher cosmopolita que esbanja vitalidade. Juntos, vão aos principais centros sagra-dos do mundo e, enquanto visitam os templos e participam das festas rituais, oferecem ao leitor a certeza de que as religiões são uma das maiores aventuras que a humanidade já pôde sonhar.

O que você aprendeu?Há muito eu imaginava que tratar de assuntos complexos e sé-rios de forma lúdica e simples seria um bicho de sete cabeças. Com essa maravilhosa história com a qual Catherine Clément nos presenteia, aprendi que é possível, sim. Como? Usando lin-guagem mais acessível e imaginação viva. Por meio desse livro, descobri religiões de que nunca tinha ouvido falar; redescobri, nas que já conhecia, uma espiritualidade a mais. Um livro ótimo. Eu indico a todos os curiosos ou apaixonados por viagem, his-tórias, um bom romance e religiões.

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um toque

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Ele é formado em Ciências Con-tábeis pela PUCPR e há 11 anos leciona na Universidade. Neste ano, Moacir Gomes da Silva leva mais um título para seu currícu-lo: o de ganhador do “Oscar” do mundo das finanças – o Prêmio Equilibrista 2012, promovido pelo Instituto de Executivos de Finan-ças do Paraná.

Você conquistou recentemente o Prêmio Equilibrista. A que atribui este sucesso?O sucesso está na determinação de atingir meu propósito de vida, de poder contribuir para uma socie-dade cada vez mais justa e inclu-siva. A construção desse sucesso está na disciplina, na capacitação permanente e, principalmente, no

trabalho em equipe. Agradeço mui-to a todos os que passaram e pas-sam pela minha vida e contribuem para a construção dos meus so-nhos. Faz parte desse sucesso a construção de modelos de gestão na área de finanças e contabilida-de, que contribuem para a qualida-de da informação para o processo decisório.

E o Oscar vai para..... . Moacir Gomes da Silva, ex-aluno da PUCPR e professor na Universidade. Ele acredita que a construção do sucesso está na disciplina, na capacitação permanente e no trabalho em equipe.

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Eu planejei toda a minha carreira para agregar aquilo que eu achava importante.

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Moacir da Silva, ex-aluno e professor do curso de Ciências Contábeis na PUCPR, vence o Prêmio Equilibrista 2012.

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Qual a importância deste prê-mio, que é considerado o "Oscara do mundo das finanças, para sua carreira?Eu já me senti honrado em fazer parte da indicação para participar do processo de discussão da es-colha do nome. A importância dis-so é poder, cada vez mais, acreditar que o caminho que escolhi e estou construindo está atingindo o meu propósito, e mais, que estou sendo reconhecido por esse esforço. Como foi a escolha pela profissão?Lembro bem das dificuldades que meus pais tinham em equilibrar o orçamento familiar para o sustento da família. Quando comecei a tra-balhar, com 16 anos, a preocupa-ção e a ênfase das empresas em ter o controle econômico e financei-ro tinha estreita relação com aqui-lo que tinha vivido em casa. Vi que a importância e a dificuldade eram as mesmas, tanto em casa quanto no trabalho. Como gosto de núme-ros e tenho um modelo lógico de resolver problemas, procurei uma formação que pudesse aliar esses pontos.

Atualmente, você também é pro-fessor da Universidade. Como foi essa trajetória de aluno a docente?Eu sempre precisei trabalhar para me manter na faculdade, e isso me ajudou. Na época em que cursava Contábeis eu passei em um con-curso público na extinta Telepar. De-pois fui para a Siemens e também trabalhei na antiga Global. Nessa última, dei uma guinada na minha carreira, ao sair da área técnica para a de gestão. Fiz especialização em

Controladoria e então fui convidado pela PUCPR, em 2001, para minis-trar aula no curso de Contábeis. Eu percebi que me faltava um conhe-cimento na área de planejamento e fiz mestrado em Administração Estratégica. Tenho MBA em Ges-tão Empresarial, o que me fortale-ceu como gestor. Eu planejei toda a minha carreira para agregar aquilo que eu achava importante. Para você, fazer parte do Gru-po Marista acrescentou em quais aspectos?Ser formado pela PUCPR fez e faz toda a diferença, porque encon-trei nela a difusão dos valores que a minha mãe tanto falava para mim e meus irmãos. Foi uma identifica-ção à primeira vista. Tive a oportu-nidade de ser professor da PUCPR e passar adiante todos os valores que aprendi na Universidade. Hoje, contribuo com o Grupo Marista na área de Planejamento, Controlado-ria e Finanças, e desde então es-ses princípios cristãos foram cada vez mais reforçados.

Há necessidade, em todas as áre-as, de nos atualizarmos. Como isso é possível nas Ciências Contábeis?Em Ciências Contábeis a necessi-dade de atualização é permanen-te por causa da dinâmica da pro-fissão, que agrega organizações, a própria sociedade e todos os mo-delos de gestão e leis. Essa atu-alização se faz presente na par-ticipação de fóruns, conselhos, sindicatos, e também na capacita-ção em cursos, no trabalho, muita leitura e paixão pela área.

Hoje em dia, fala-se muito em ter controle e administração nos gas-tos domésticos. Qual sua opinião sobre isso?Acho oportuno esse tema numa sociedade em que o dinheiro se faz presente entre nossas rela-ções. O dinheiro, quando bem ge-rido (planejamento, uso e contro-le), contribui muito para uma vida saudável, nos aspectos sociais e econômicos. Falar sobre a condi-ção financeira e em quanto se ga-nha ainda é um tabu. O essencial é que, antes de colocar os valores no papel, haja uma discussão ple-na sobre as finanças da família. O valor do dinheiro é relativo e dife-rente para cada pessoa. Então, é necessário que se discuta que o recurso, que vem de um esforço, deve ser deixado às claras para haver controle.

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As pessoas muito atarefadas que conseguem ter excelente desempenho tanto pelo lado acadêmico-profissional quan-to na dedicação às esferas da vida pessoal (. . .) não têm mais do que 24 horas por dia. Elas, em geral, são disciplinadas (.. .).

Horas contadasPare de reclamar. Aprenda a distribuir suas tarefas e vontades durante o dia. Você verá que vai sobrar até tempo para curtir a vida!Por Rony Ahlfeldt

Quantas vezes você já se atrasou para algum compromisso? Entregou um projeto após o prazo? Não pôde aproveitar o convívio com a família ou os amigos, porque precisava estudar ou terminar uma atividade profissio-nal? Ou simplesmente ouviu a frase “não tenho tempo para nada!”? Esse é um reflexo de nosso dia a dia cada vez mais atribulado.O jeito é largar algumas tarefas? Pode até ser, mas não penso que isso seja realmente necessário. Ocorre que, na maioria dos casos, é uma simples questão de organização do tempo. Ou seja, de estabelecer metodologia e hábitos que o auxiliem a ser mais produtivo quanto ao uso do tempo e também a fazer as coisas com maior qualidade. As pessoas muito atarefadas que conseguem ter excelente desempe-nho tanto pelo lado acadêmico-profis-sional quanto na dedicação às esfe-ras da vida pessoal, como a família, a saúde e a religião, não têm mais do que 24 horas por dia. Elas, em geral, são disciplinadas, têm foco e de for-ma planejada ou intuitiva seguem um método no uso do seu tempo.Preparei três dicas para lhe ajudar a aproveitar melhor o tempo:

TENHA FOCOProcure saber o que você quer (seus objetivos específicos), o que não quer para si e o esforço neces-sário para alcançar os resultados almejados. Por exemplo, meu obje-tivo é atuar como profissional com-petente na área da saúde, mas não pretendo trabalhar em empre-sas do setor bancário. Ter clareza sobre o que não quer para o futu-ro é tão importante quanto saber o que deseja, porque assim não fica-rá perdendo tempo com atividades que não lhe ajudarão a chegar aon-de é preciso.

TUDO AO SEU DEVIDO TEMPONão tente fazer ou ser tudo de uma só vez. Planeje suas atividades con-tando com a próxima semana, o próximo mês, ano... Procure desen-volver visão de longo prazo para seus objetivos e, com isso, observar quando terá que fazer cada coisa. Algumas atividades precisam ser diárias, outras semanais, e assim por diante. Isso serve, em especial, para o lazer, como a ida a festas ou bares: não é algo a ser incorporado à rotina diária, mas também não é preciso se privar dele para sempre.

Como você estabeleceu seu foco (as prioridades), já sabe que ao sair todos os dias, terá consumido tempo ou esforço importante das demais atividades.

DESENVOLVA UMA ROTINA [CRIE HÁBITO]As pessoas com alto desempenho em qualquer campo profissional ou da vida pessoal estabeleceram hábi-tos para o seu dia a dia. Com isso, elas não dão desculpas a si mes-mas por não terem ido fazer a cami-nhada ou estudar com antecedência para uma prova, por exemplo. Tenha uma agenda ou planilha (seja físi-ca, eletrônica ou virtual), planeje seu dia, sua semana, seu mês, seu ano. Esforce-se para fugir das desculpas ou atividades que lhe consomem improdutivamente o tempo, como a televisão e o sofá, a navegação na Internet, o telefone, o cigarro etc.Certamente, o uso mais adequa-do do seu tempo lhe trará enormes benefícios, tanto em maior qualida-de de vida (saúde física e espiritual e dos relacionamentos) quanto em sua carreira acadêmica e profissio-nal. Você verá que vai sobrar tempo para as coisas boas.

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Rony Ahlfeldt é formado em Administração pela Univille, mestre em Administração Es-tratégia e Organizações pela UFPR e douto-rando em Administração pela PUCPR, onde compõe o corpo docente e também é coor-denador de Graduação.

mercado de trabalho

Festival Sertanejoou

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Jovens professores

Por meio da educação, alunos de licenciatura acreditam que podem transformar o mundo em um lugar melhor

“Você gostava de seu professor?”, pergunta o diretor. “Não. Acho que por isso quis dar aula”, responde o jovem educador. Esse diálogo acontece no filme Lições de um sonho, cuja his-tória é baseada em fatos reais. Nela, o jovem britânico Koch tem que en-frentar a Alemanha de Hitler para en-sinar inglês para meninos adolescen-tes, de um jeito inusitado: por meio de partidas de futebol. Na verdade, Koch queria mais que simplesmente passar um conteúdo, queria influenciar positi-vamente a vida de seus alunos.Apesar dos anos que separam a

história de Koch da geração de futu-ros e recém-formados professores, as intenções que os movem a querer en-sinar são as mesmas: amor pela edu-cação, vocação e vontade de fazer diferente.Os alunos Aline Mlenek, 22 anos, do curso de Música, e Willian Silva, 22 anos, de Ciências Sociais, são exem-plos disso. Aline conta que escolheu essa licenciatura por acreditar que a música pode cativar os alunos e, por meio dessa experiência diferencia-da, eles podem despertar a atenção para outras matérias. “Minha maior

motivação em querer ser professo-ra está na possibilidade de provocar nas crianças o interesse de ir à aula. Eu era uma criança que detestava es-cola. Eu quero que essa geração seja diferente e que goste de estudar.” Wiliam não nega quão apaixonado é pela oportunidade de ensinar. “Eu não sei como aconteceu, só sei que sempre quis ser professor. No come-ço, não sabia do quê. No ensino mé-dio, tive aula de Sociologia e desco-bri que era isso. Não me vejo fazendo outra coisa. Eu sou apaixonado por essa profissão.”

Nesta matéria, representam o time de novos professores os universitários: Luiz Guilherme de Lima, 22 anos, e Juliana Rita Baum, 22 anos, ambos do cur-so de Letras; Willian Silva, 22 anos, de Ciências Sociais; Aline Morel, 22 anos, de licenciatura em Química; Mara Motin, 20 anos, do curso de Matemática; Patricia Caroline de Assis, 24 anos, e Marlene Bueno, 55 anos, ambas de Pedagogia; Aline Mlenek, 22 anos, de licenciatura em Música; Jeferson Ferreira, 20 anos, de Filosofia; e Franc Kragl Junior, 25 anos, do curso de Física.

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Da universidade para a escolaPor acreditar que o desenvolvimento de um país passa, necessariamente, pela educação tradicional, alguns uni-versitários – como os dez que ilustram essa matéria –, antes mesmo de pegarem o diploma, desafiam-se a dar aulas. Por meio do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), que existe há cinco anos, 21.500 estudantes de cursos de licenciatura estão en-volvidos com a educação básica de todo o país.Desde 2010, a PUCPR está comprometida com o pro-jeto e conta com 124 alunos participantes. Segundo a professora Ana Maria Eyng, coordenadora institucional do PIBID/PUCPR, o objetivo do programa é elevar a qualidade das ações acadêmicas voltadas à formação inicial de professores nos cursos de licenciatura e me-lhorar os processos de ensino nas primeiras séries de escolas públicas do Brasil.Com uma visão holística da situação, a coordenado-ra diz que a grande contribuição para o futuro docente está na experiência adquirida, o que repercute na quali-dade da educação ofertada. Esse progresso tem como consequência um impacto no desenvolvimento do país.

Educação no Brasil

Num país em que menos de 10% da po-pulação tem formação superior (dados do Censo 2010 do IBGE), os alunos se questionam onde está a falha desse sis-tema. Por que tão poucos chegam lá? “Quando você para para analisar esse cenário, percebe o quanto a docência é importante”, diz Jeferson Ferreira, 20 anos, aluno de Filosofia. Nessa realida-de, eles percebem que programas como o PIBID, que incentivam a formação de bons professores, podem ser fundamen-tais para influenciar a permanência de alunos na escola e, consequentemente, seu desenvolvimento na vida estudantil.

Para quE sEr ProfEssor?

Para ser rico? Não! Para ter status? Não! Para contribuir para um futuro melhor. Os universi-tários comentam que, ao ver que é possível influenciar crianças e adolescentes, por meio de quem se é e das aulas ministradas, não há como não querer essa profissão. “Nos dias de hoje, ser professor é uma maneira modesta de mudar o mundo”, afirma o estudante Franc K. Junior, do curso de Física.

Nos dias de hoje, ser professor é uma maneira modesta de mudar o mundo.Franc K. JuniorEstudante de Física

o quE sE Ensina?

A estudante Aline Morel, 22 anos, de Química, conta que dentro de uma sala de aula não se ensina ape-nas a disciplina tradicional. “Nunca passamos só o conteúdo. Nosso papel na escola é dar possibilida-des para que os alunos possam se construir como cidadãos”.Os universitários percebem que a relação gerada en-tre educador e aluno é muito próxima, pois estão jun-tos pelo menos durante um ano inteiro. As atitudes e as ideias do professor influenciam os alunos.Eles também veem quão difícil é para o professor atender às necessidades de uma turma de 36 alunos, por exemplo. Para Marlene Bueno, 55 anos, de Peda-gogia, os universitários do PIBID, quando em sala de aula, têm um grande papel: ser observador. “Como somos uma equipe, nós conseguimos dar mais aten-ção aos alunos. Conseguimos perceber se algo não está bem ou se o aluno não está acompanhando a matéria. Cabe a nós ajudá-los individualmente”.

Nunca passamos só o conteúdo. Nosso papel na escola é dar possibilidades para que os alunos possam se construir como cidadãos.Aline MorelEstudante de Química

o MiTo da Profissão

Ainda existe muito prestígio em torno da figura do professor universitário. Já os professores de ensi-no básico e médio costumam ser vistos como os menos favorecidos. Essa galera valoriza as duas possibilidades e aprova a ideia de conciliá-las. Eles acreditam que o bom professor é aquele que é hu-milde e sabe se colocar na posição intelectual do aluno. “O professor de ensino fundamental sabe fazer isso muito bem. Um dos meus melhores pro-fessores universitários é aquele que dá aula para a 5ª série. Ele aplica a linguagem simples do colé-gio para ensinar conteúdos avançados”, comenta Franc K. Junior.

ProfEssorEs roBÔs?

Para esses futuros professores, a tecnologia não os amedronta. “A máquina não vai ensinar. Alguém terá que preparar a aula”, diz a futura pedagoga Pa-tricia Caroline de Assis, 24 anos. A tecnologia pode e deve estar inserida no aprendizado de forma efe-tiva. Juliana Baum, 22 anos, do curso de Letras, pensa que uma apresentação em slides projeta-dos na tela branca é só uma forma encontrada pelo professor para não ter que escrever no quadro ne-gro, não promove interação diferente entre os alu-nos. Já ações em redes sociais e debates online podem ser mais interessantes. Seu colega de cur-so Luiz Guilherme de Lima, 22 anos, afirma que “al-guns alunos têm vergonha de falar o que pensam em sala de aula, mas nos fóruns online eles são participativos. O professor pode trabalhar um con-teúdo em sala de aula e abrir um bate-papo com os alunos na internet”.

O professor pode trabalhar um conteúdo em sala de aula e abrir um bate-papo com os alunos na internet.Luiz Guilherme LimaEstudante de Letras

Tecnologia em sala de aulaNada de xerox e filmes projetados no quadro. Com a ascensão tecnológica, as novas mídias sugerem nova forma de ensino, trazendo experiências mais rea-listas e individuais, o que contribui para troca de informações coletivas. O ambiente universitário instiga pes-quisadores a descobrirem inovações pedagógicas, uma vez que lá é possí-vel encontrar os alunos contemporâne-os, chamados de nativos digitais, e os professores universitários, os imigrantes digitais. A professora Fabiana Andreoli, pesquisadora, pela PUCPR, de metodo-logias inovadoras no processo de ensi-no-aprendizagem em ambiente presen-cial e virtual, afirma que metodologias que usufruem da tecnologia podem ser integradoras e reduzir o distanciamento entre os dois grupos citados. Durante sua tese de doutorado em Edu-cação, Fabiana elaborou material di-dático online que testa essas novas metodologias. A proposta, aplicada à disciplina Sistema de Abastecimento de Água, do curso de Engenharia Ambien-tal, continha um vídeo que simulava um experimento de tratamento de água; fo-tos reais de mananciais, equipamentos e amostras de água; link para acesso de dados reais do Instituto Ambiental do Paraná (IAP) e Sanepar; hiperlink para explicação de conceitos e exercícios em que o aluno podia se autoavaliar.Gustavo Adriano Coura, 24 anos, ex- aluno de Engenharia Ambiental (2007-2010), participou dessas aulas dife-rentes e conta que as ferramentas e recursos interativos usados no projeto foram bem aceitos e intensamente uti-lizados durante todo o semestre. “Acho muito interessante fugir das práticas tradicionais já profundamente explora-das. Creio que o mais importante é fa-zer o aluno deixar de ser apenas o ob-servador dessas novas ferramentas de ensino e aprendizagem, e passar a in-tegrá-las ao seu cotidiano acadêmico”.A metodologia pedagógica utilizada buscou possibilitar ao aluno o estudo por conta própria e a produção de co-nhecimentos individuais, a cada sema-na. Depois, em sala de aula, a produção era coletiva, com resolução de proble-mas ou estudos de casos, em grupos. Assim, cada aluno podia contribuir para a produção coletiva, a partir de suas percepções individuais.

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O dia a dia na escola

Matemática práticaTantos números, sinais e parênte-sis às vezes confundem a cabe-ça até dos mais racionais. Apren-der Matemática pode ser mais fácil quando aplicada na prática. Na universidade, o professor Mozart sabe bem como fazer isso.“A Matemática é uma matéria muito teórica e, por vezes, abstrata. Nós, professores, precisamos contex-tualizar a disciplina adaptando-a a cada realidade de curso. É pre-ciso mostrar onde aquele conhe-cimento será aplicado”, diz Mo-zart. Ele complementa dizendo que, mais que passar informações no quadro, o professor precisa ser

observador, sentir as necessida-des dos alunos, para saber de que forma poderá contribuir e facilitar o entendimento da matéria.Seguindo as coordenadas do pro-fessor, a aluna Mara Motin, 20 anos, e seu grupo de PIBID ten-tam incorporar criatividade e sim-plicidade às aulas de Matemática que ministram na 7ª série do ensi-no básico do Instituto de Educação do Paraná Professor Erasmo Pilotto (IEPPEP). Mas, com mais um desa-fio: ensinar para alunos surdos.Para facilitar a compreensão, os aca-dêmicos usam exemplos da realida-de do adolescente, como os gastos com ligações de celular, e tentam

despertar outros sentidos para es-timular o aprendizado. Os universi-tários contam que os alunos surdos precisam estar envolvidos em ati-vidades manuais e interativas, por isso, eles ensinam utilizando núme-ros e sinais coloridos, que os estu-dantes possam pegar com as mãos, e um ábaco para as contas de adi-ção e subtração. A aluna Danielle Melo, da 7ª série do Ensino Funda-mental do IEPPEP, conta que com essa metodologia tem sido mais fá-cil estudar. “Quando eu era menor, os professores não sabiam Libras, e aprender era difícil. Agora, a gen-te aprende muito com essas aulas. É mais fácil de entender as coisas”, diz.

Para instigar o interesse pelo aprendizado em alu-nos do ensino básico, é preciso criatividade e inte-ratividade

Nas aulas de Matemática do PIBID aplicadas no IEPPEP, os universitários sentam ao lado dos alunos surdos e os auxiliam individu-almente na resolução dos problemas matemáticos. Enquanto um universitário passa o conteúdo da matéria, um intérprete auxilia a comunicação por meio da Libras.

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Conectados desde cedoNão só na universidade a tecnologia pode contribuir em sala de aula. Atualmente, percebe-se que a interação com o mundo virtual começa quando a criança ainda está no ensi-no básico. Diante dessa relação, há uma demanda por no-vidades e formas de aprendizagem mais instigantes e cria-tivas, por parte dos alunos. Isso exige que os professores encarem o pedido como uma oportunidade de reinvenção. Três colégios do Grupo Marista são exemplos de como a cultura digital pode beneficiar o aprendizado desde muito cedo. Com o auxílio de dispositivos móveis, como os ta-blets, interatividade e dinamismo foram incorporados às au-las, por meio de infográficos interativos, jogos, simuladores e recursos audiovisuais.

A universitária Aline Mlenek afirma que a teo-ria fica mais fácil quando conciliada com ativi-dades práticas. Na aula, alunos do ensino fun-damental batem latinhas para desenvolverem ritmo e musicalidade.

Música de lataAo som da cantiga Escravos de Jó, com latinhas de refrigerante nas mãos e muita disposição, alunos do ensino fundamental do Colégio Estadual Poli-valente de Curitiba aprendem sobre rit-mos durante a aula de Música, leciona-da pela universitária Aline Mlenek e sua equipe do PIBID.Aline afirma que atividades práticas, como a brincadeira com as latinhas, fa-cilitam o entendimento da teoria (parti-tura, notas), que faz parte do programa pedagógico.A universitária afirma que dar aulas é uma caixa de surpresas. “Antes de rea-lizarmos uma atividade, dá medo. Pla-nejar a aula não garante que ela dará certo. Nunca se sabe se eles irão acei-tar e gostar do que preparamos”.

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Projeto Tablet, aplicado em Colégios Maristas, proporciona aulas mais interativas.

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Constituição é tema de debate nas escolasProjeto de alunos do curso de Direito do Câmpus Maringá promove oficinas com alunos do ensino médio

Levar conhecimento jurídico para adolescentes do 2° e do 3° ano do en-sino médio. Essa é a ideia do projeto Constituição em Evidência, promovi-do pelo curso de Direito do Câmpus Maringá da PUCPR, em parceria com a Pastoral da Universidade e com a Secretaria de Educação do Estado.

Um grupo de cinco estudantes (Naiara Tsukada, Saloir Filho, Paulo Brunelo, Fernando Fertonani e Laís Wagner) produziu o conteúdo de uma cartilha com informações sobre direi-to constitucional, eleitoral, ambiental e do consumidor e sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente. O ma-terial foi utilizado como apoio em ofici-nas realizadas em escolas estaduais de Maringá. A primeira ação aconte-ceu em agosto e a segunda no início de outubro. De acordo com o planeja-mento, até o fim do ano outras três es-colas serão atendidas.

O conceito do projeto surgiu na disciplina Direito Constitucional. Em

um dos trabalhos, Fernando Fertonani abordou o tema “Constituição e edu-cação” e questionou por quais motivos a Constituição não é tema de matéria nas escolas. “A população desconhe-ce as leis do país. A maioria não sabe quais são os seus direitos nem como reivindicá-los. Também não conhecem seus deveres como cidadãos”, disse.

Para ele, parte da falta de instrução relativa à legislação poderia ser supri-mida com a inserção de uma discipli-na ou de um projeto que levasse esse conteúdo até as escolas. “O objetivo principal do projeto Constituição em Evidência é contribuir para a forma-ção crítica dos adolescentes e dar ar-gumentos para que eles questionem o poder público e tornem-se cida-dãos conscientes”, explicou o aluno Fertonani.

Como funcionaAo todo, participaram da ação

50 alunos da PUCPR. Cada equipe,

dividida em grupos de sete a dez pessoas, ficou responsável por um tema e atendeu a todas as turmas do colégio. As maiores dificulda-des encontradas foram tornar a lin-guagem jurídica acessível, o tema atraente e próximo à realidade dos adolescentes.

O professor do curso de Direito que acompanhou todo o proces-so, Cristian Rodrigues Tenório, dis-se que essa preocupação norteou o processo desde a escolha dos te-mas. “Direito eleitoral, por exemplo, foi abordado em virtude do período eleitoral. Explicamos quais os papéis de cada cargo político, a importância do voto, entre outros”, colocou. Para cada especialidade, os estudantes elegeram os pontos fundamentais da Constituição e mostraram de que for-ma se aplicam no cotidiano.

Nesse sentido, a Pastoral do Câmpus Maringá também deu gran-de apoio. O agente de Pastoral Mariel

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Mannes disse que a linguagem da cartilha foi revisada e adaptada por sua equipe. No material, procura-ram utilizar textos curtos e sem-pre levantar questionamentos para chamar a atenção do leitor e esti-mular o senso crítico.

Além disso, promoveram ofici-na de preparação aos universitá-rios para dar dicas de como agir em sala de aula e qual a melhor forma de conversar com os ado-lescentes. “Abraçamos o projeto. Agora, queremos dar continuidade e expandi-lo para outros câmpus da Universidade, de forma que as informações cheguem a outras es-colas”, contou.

Oportunidade gera interesse

O resultado foi o melhor possí-vel. Segundo Naiara Tsukada, alu-na do curso de Direito e uma das responsáveis pela elaboração da

cartilha, o interesse dos adoles-centes superou as expectativas do grupo. Durante as oficinas, surgiram questionamentos e até mesmo discussões sobre os te-mas. Para ela, isso mostra a ca-rência dos adolescentes por in-formações. “Eles têm interesse em aprender sobre a legislação, o que falta é oportunidade”, disse.

Para as oficinas são utiliza-das apresentações de slides como recurso. Porém, os alunos da PUCPR contaram que o que realmente funciona para man-ter a disciplina é interagir e mos-trar a relevância do tema na vida dos estudantes. “Achávamos que os alunos não iriam prestar aten-ção, por serem adolescentes, portanto mais inquietos. Mas foi o contrário: eles nem piscavam. Conseguimos prender a atenção com piadas e sempre lhes fazen-do perguntas”, explicou.

O objetivo principal do projeto é contribuir para a formação crítica dos adolescentes e dar argumentos para que eles questionem o poder público e tornem-se cidadãos conscientes.

Fernando FertonaniEstudante do curso de Direito do Câmpus Maringá da PUCPR

Ao centro, o professor Cristian com os alunos que elaboraram a cartilha: Naiara, Saloir, Paulo e Fernando.

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Parceria entre PUCPR e universidade italiana proporciona aos alunos de pós-graduação oportunidade única para ter um diferencial no mercado de trabalho

Diferencial na hora de fazer a pós

Esse mestrado possibilitou que eu estudasse em três países diferentes (Itália, Brasil e Chile), uma experiência incrível.

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Gianfranco Franz (à esq.), da Universidade de Ferrara, e Claudio Maiolino, da PUCPR

Que tal incluir no currículo uma experiência internacional de pós-gra-duação? Essa oportunidade existe por meio de uma parceria, que nes-te ano completa uma década, entre a PUCPR e a Università Degli Studi di Ferrara, na Itália. Com o objetivo de proporcionar e mostrar ao aluno novas formas para crescer e se destacar no mercado de trabalho, surgiu o curso Eco-Polis, uma pós-graduação úni-ca no mundo, por trabalhar com a in-terdisciplinaridade. O Eco-Polis é um

mestrado classificado como Master Internacional em Políticas Ambientais e Territoriais para a Sustentabilidade e Desenvolvimento Local.

O objetivo desse curso é permi-tir aos jovens profissionais a parti-cipação em experiências de traba-lho de grupo multidisciplinar na Itália e em diversos países da América Latina, além de proporcionar vasta rede de contatos internacionais en-tre pessoas com as quais estuda-ram na Itália, no Brasil, na Argentina, Nicole Machado

Mestre e doutoranda pela Universidade de Ferrara

no Chile, por exemplo. Para o dire-tor do Master Internacional Eco-Polis, Gianfranco Franz, também professor ti-tular de Economia Urbana e de Políticas Urbanas na faculdade de Economia da Universidade de Ferrara, “os alunos podem desenvolver uma cultura inova-dora de trabalho de campo sobre ca-sos reais, utilizando metodologias pró-prias do Eco-Polis”.

E, é claro, o aluno cresce e fortale-ce seu currículo participando de uma experiência como essa, além da tro-ca de conhecimentos que existe en-tre as universidades graças às dife-renças nas grades curriculares, e o contato com outras culturas, profes-sores e alunos. O coordenador da Rede Alvar¹/Eco-Polis pelo curso de Arquitetura e Urbanismo da Escola de Arquitetura e Design da PUCPR, pro-fessor Claudio Forte Maiolino, con-ta que “o curso agrega a experiência pessoal de trabalhar com estudantes e professores de outra cultura, com novas experiências. Certamente, o amadurecimento e o crescimento in-dividual contam muito”. Nicole Pistelli Machado, formada em Engenharia de Aquicultura pela Universidade de Santa Catarina (UFSC), é ex-aluna

do Master e, atualmente, doutoranda em Economia pela Universidade de Ferrara. Ela explica a oportunidade: “esse mestrado possibilitou que eu estudasse em três países diferentes [Itália, Brasil e Chile], uma experiên-cia incrível que me permitiu confron-tar diferentes realidades de trabalho e pesquisa”.

ResultadoAproveitar uma oportunidade como

o Eco-Polis proporciona aos alunos experiências únicas de desenvolver projetos diferenciados, a partir dos conhecimentos que constroem du-rante o curso. Foi o que aconteceu com Nicole Pistelli. A partir da tese de mestrado que ela desenvolveu dentro da Associação de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento de Antonina (Ademadan), estabeleceu-se entre essas organizações uma parceria que já dura quatro anos. “Essas duas instituições, juntamente com a PUCPR e com apoio, colaboração e patrocínio de diversos parceiros, tornam reali-dade um projeto que há muito tempo queria realizar”, relata Nicole, atualmen-te membro da direção do Eco-Polis e pesquisadora da Ademadan.

Essa parceria resultou no I Workshop Internacional Master Eco-Polis, sediado em Antonina (PR). De 24 de setembro a 21 de outubro, os participantes do workshop estarão em contato com temas de pesquisa focados no muni-cípio de Antonina e no desafio do de-senvolvimento local sustentável em um território ambientalmente vulnerável. Em conjunto com o workshop, aconteceu o I Seminário Internacional de Qualidade Ambiental de Antonina, com o objetivo de disseminar o conhecimento técnico-científico e integrar diferentes temáticas em um evento interdisciplinar de abran-gência internacional, aplicando esse conhecimento no território a partir da criação de propostas gerais.

O objetivo principal desses traba-lhos realizados em Antonina é promover o desenvolvimento local por meio do planejamento territorial e de estratégias integradas, gerando maior empodera-mento social. Os trabalhos são orien-tados por professores e pesquisadores das seguintes instituições: Universidade de Ferrara e Universidade de Bolonha (Itália), PUCPR e Associação de Defesa do Meio Ambiente e Desenvolvimento de Antonina.

Quem participa?Todos os alunos da PUCPR, em qualquer disciplina ou curso, podem participar do Eco-Polis. “Em dez anos de parceria, os estudan-tes que vieram de muitos países chegaram com licenciaturas em Arquitetura, Biologia, Ciências Humanas, Ecologia, Economia, Engenharia, Filosofia, Políticas e Sociais, Sociologia”, exemplifica o professor Gianfranco.O professor Maiolino explica que, “em geral, os alunos que ingressam no Eco-Polis são aqueles que se formaram recentemente no Brasil, com uma predominância de universi-tários egressos da PUCPR”. Durante o curso, os alunos estudam três me-ses e meio em Ferrara, um mês no Brasil e um mês em outro país da América Latina. Até agora já foram diplomados 180 estudantes.

Para saber mais sobre o curso, acesse o site: <www.masterecopolis.it>.

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Alunos do Eco-Polis, durante workshop em 2008, em Los Andes (Chile).

¹ Associação de universidades ligada ao Master Eco-Polis.

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Os raros e dispersos registros nos arquivos judiciários durante o Regime Militar deram origem a um livro inédi-to para o Direito no Brasil. O Poder Judiciário no Regime Militar, obra encabeçada pelo desembargador federal aposentado e professor do curso de Direito da PUCPR Vladimir Passos de Freitas, é a primeira obra no país sobre o assunto a anali-sar toda a influência exercida pelo Regime Militar sobre juízes, tribunais e todo o Poder Judiciário.

Durante dois anos, um traba-lho minucioso foi feito ao lado de duas alunas bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Ivy Sabina Ribeiro Morais e Thanmara Espínola Amaral. O resultado é um vasto material de pesquisa, rico em exemplos e detalhes.

São 222 páginas que trazem notí-cias de jornais da época, análises de decisões judiciais, músicas, filmes e entrevistas abrangentes sobre o tra-balho que era exercido na área jurí-dica no período de 1964 a 1985. “É uma pesquisa escrita de forma leve, objetiva, além de despertar o interes-se geral”, avalia o professor.

ProcessoTodo o período de aprofunda-

mento e de amostragem do tema foi

dividido entre eles. Foram necessá-rios cerca de 15 encontros e discus-sões até o resultado final. “Uma alu-na verificaria as decisões judiciais da época. Outra pesquisaria notícias, jornais, filmes e músicas. A minha parte era, além da minha experiên-cia pessoal, toda a orientação e veri-ficação do material colhido”, conta o professor, que também coletou de-poimentos e entrevistas de amigos que viveram o Regime militar.

A escassez de registros exa-tos despertou ainda mais interesse nos pesquisadores em aprofundar o tema, de modo a compor a obra mais completa sobre o assunto. “Ainda é desconhecido o número de juízes e promotores que teriam sido cassa-dos pelos Atos Institucionais. Há difi-culdade em sabermos a quantidade de vítimas de atos de tortura. Os nú-meros e as informações são impre-cisos. Tentamos ser serenos, técni-cos e imparciais”, analisa Freitas.

Impressões pessoais do pró-prio autor, que vivenciou o Regime Militar, também enriquecem a obra. São depoimentos da época em que estudava Direito e posteriores, já como advogado. “Participar efetiva-mente desta obra foi uma sensação de volta ao passado. A obra será bem-vinda àqueles que querem co-nhecer a história contemporânea do país”, indica.

A influência do Regime Militar no Poder JudiciárioObra inédita no país traz vasto material com notícias, filmes, músicas e análises de um período marcado pela ditadura e pela opressão

Vladimir Passos de Freitas, professor do curso de Direito da PUCPR.

* O livro O Poder Judiciário no Regime Militar pode ser acessado pelo endereço https://simplissimo.box.com/s/aa1345323dc3452b0189.

Para acessar no computador, é necessário baixar o programa Adobe Digital Editions. Quem usa o iPad não precisa deste programa.

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APESAR DE VOCÊ Chico Buarque (1970)

Quando chegar o momentoEsse meu sofrimentoVou cobrar com juros, juroTodo esse amor reprimidoEsse grito contidoEste samba no escuroVocê que inventou a tristezaOra, tenha a finezaDe desinventarVocê vai pagar e é dobradoCada lágrima roladaNesse meu penar

CAMINHANDOGeraldo Vandré (1968)

Pelos campos, a fome em grandes plantaçõesPelas ruas, marchando, indecisos cordõesAinda fazem da flor seu mais nobre refrãoE acreditam nas flores vencendo o canhão

CORDILHEIRA Sueli Costa e Paulo César Pinheiro (1978)

Eu quero crer na solução dos evangelhosObrigando os nossos moços ao poder dos nossos velhosEu quero ler o coração dos comandantesCondenando os seus soldados pela orgia dos farsantes

Pra frente, Brasil (1982)

Cabra-cega (2005)

O ano em que meus pais saíram de férias (2006)

Cinema

Chegada dos guardas a Curitiba - Gazeta do Povo1º de abril.

Capa do jornal O Estado de S. Paulo29 de agosto de 1961.

Capa do jornal Folha de S. Paulo22 de outubro de 1968.

Página censurada do jornal O Estado de S. Paulo3 de abril de 1973.

Notícia veiculada no jornal Gazeta do Povo25 de março de 1964.

Jornais

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gesArquitetura e Urba-

nismo é destaque em concursos Os alunos do curso de Arquitetura e Urbanismo da PUCPR conquis-taram a terceira colocação no V Concurso CBCA de Projeto em Aço para Estudantes de Arquitetura, pro-movido pelo Centro Brasileiro da Construção em Aço, que teve como tema “Unidade Educativa de Uso Comunitário”. Os estudantes Fer-nanda Sofiati, Katia Atsumi Nakaya-ma, Manoela Massuchetto Jazar, Rafaella de Siqueira Bisineli e Ro-bson Rigon Leite foram orientados pelo professor Paulo Cesar Braga Pacheco. Já os alunos Wesley da Silva Medeiros e Richard Lins No-gueira receberam Menção Honrosa no Prêmio Soluções para Cidades 2012, sob a orientação do profes-sor Fábio Duarte de Araújo Silva. O prêmio, promovido pela Associação Brasileira de Cimento Portland e or-ganizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo (IAB/SP), teve como tema neste ano “Habitação de interesse social”.

Equipe que conquistou o ter-ceiro lugar do V Concurso CBCA, Katia Atsumi Nakayama, Fernanda Sofiati e Manoela Massuchetto Jazar.

Os alunos Wesley da Silva

Medeiros e Richard Lins

Nogueira rece-beram Menção

Honrosa no Prêmio Soluções

para Cidades 2012.

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Professor da PUCPR nas Paralimpíadas O professor Ruy Menslin, do curso de Educação Física da PUCPR, participou das Paralimpíadas de Londres como técnico-chefe da seleção brasileira de natação. Ele esteve presente em dez dias de competição com a equipe brasileira, que conquis-tou o sétimo lugar. Para o professor, a experiên-cia é inigualável: “4.200 atletas participantes, nível técnico altíssimo, centenas de recordes mundiais batidos. Conhecimentos técnicos e acadêmicos adquiridos. Novas amizades. Vivenciar a supera-ção de limitações físicas, visuais ou intelectuais e a valorização do ser humano sem dúvida foi a marca desses jogos”, apontou o técnico, que retornou ao Brasil convicto de que a missão foi cumprida e re-novado com muita energia humana “boa”.

O técnico-chefe da seleção brasileira de natação, Ruy Menslin, professor da PUCPR, levou a equipe ao 7º lugar nas Paralimpíadas de Londres.

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Professora é destaque internacional

A gastroenterologista e professora do curso de Me-dicina da PUCPR, Lorete Kotze, foi a única médica da América Latina a participar do Simpósio Better Life for Coeliac, realizado na cidade de Helsinki, na Finlândia, de 6 a 9 de setembro. No mesmo even-to, participaram pesquisadores dos Estados Unidos, Holanda, Austrália e Alemanha. A organização foi co-ordenada pelo professor Marco Mäki, considerado um dos melhores pesquisadores em doença celía-ca. Lorete Kotze ainda ministrou uma palestra sobre doenças glúten-relacionadas durante o IX Congres-so Internacional de Nutrição Funcional, realizado em São Paulo, de 12 a 14 de setembro.

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Lorete Kotze com o pesquisador Marco Mäki, na Finlândia.

Campeonato Brasileiro de Nado SincronizadoO Campeonato Brasileiro de Nado Sincronizado, que aconteceu de 16 a 19 de agosto, em João Pessoa, contou com a participação de alunas da PUCPR orientadas pela técnica da equipe e professora da Instituição, Josiette Dall’Acqua. Elas competiram na categoria Sênior, que reúne atletas com mais de 18 anos. As alunas da PUCPR terminaram o campeona-to, que contou com a presença de 18 clubes de 10 Estados brasileiros, como vice-campeãs na pontu-ação geral, logo atrás da equipe do Flamengo, que atualmente é base da seleção brasileira dessa mo-dalidade esportiva.

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As alunas Marcelly Karam, de Engenharia Mecânica, Rafaela Mann Preis, de Engenharia da Produção, Camille Claudino e Flávia Liz Dall’Acqua, ambas estudantes de Educação Física, são vice-campeãs.

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PUCPR recebe intercambistas japoneses Os intercambistas japoneses das Universidades de Kake e Junsei foram recebidos pelo curso de Letras da Escola de Educação e Humanidades da PUCPR. Os visitantes fizeram apresentações e confraternizaram com os brasileiros. A visita faz parte de uma parceria, que existe há 25 anos, en-tre universidades japonesas, a PUCPR e a UFPR. Pelo acordo, todos os anos os estudantes brasi-leiros são recebidos no país oriental e vice-versa. Em julho deste ano, oito estudantes da PUCPR e quatro da UFPR conheceram um pouco da cul-tura do Japão e visitaram cidades históricas do país, acompanhados pela coordenadora do cur-so de Letras da PUCPR, Cristina Yukie Miyaki. Recepção aos intercambistas japoneses, organizada pelo curso de Letras da

PUCPR.

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Os Fóruns de Juventude realiza-dos pelo Grupo Marista neste ano tiveram o objetivo de dar voz e vez para que os jovens expressassem seus anseios, medos e expectativas sobre seu futuro e papel na socie-dade, trazendo à tona debates so-bre tribos urbanas, drogas, trabalho, cultura da paz, novas expressões de sexualidade e afetividades, entre ou-tros temas. Uma série de 37 fóruns realizados em 21 cidades brasilei-ras embasou o Projeto Juventudes 2012/2013.

Foram ouvidos 11,5 mil jovens das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. “Optamos por co-nhecer melhor os jovens com quem trabalhamos a fim de encontrar sub-sídios para potencializar o diálo-go com eles. Queríamos abrir um canal para que os jovens falassem deles mesmos”, explica Marilúcia Resende, coordenadora do Projeto.

Além dos Fóruns de Juventude, fazem parte do projeto a produção de vídeos sobre as realidades juve-nis e a publicação do livro Imagens

das juventudes. Poderão, ainda, ser acolhidas outras atividades que, por iniciativa das Unidades Pastorais, venham a surgir. “A nossa intenção com os fóruns é dialogar com outros jovens, de outras esferas da socie-dade”, afirma a coordenadora.

As ações desenvolvidas no Projeto Juventudes 2012/2013 visam a fortalecer o trabalho com os jo-vens, na busca pela sistematização e pela geração de materiais que po-tencializem as atividades desenvol-vidas nas Unidades Pastorais, bem

Fóruns jovens são criados por todo o Brasil para entender melhor a juventude, revelar quem ela é e descobrir como trabalhar com essa geração conectada

Fóruns incentivam troca de experiências entre jovens

Grupo de jovens que participaram do Fórum de Juventude realizado no Câmpus São José dos Pinhais da PUCPR.

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Na foto, o jovem Michael Dionisio de Souza (à esquerda), Brenda Carranza, da PUC-Campinas (ao centro), e o prof. Cloves Amorim, da PUCPR, palestrantes do III Fórum de Juventude: “Jovens como sujeitos de direitos: novos atores e expressões culturais”, no Câmpus Curitiba.

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como o aprofundamento da articulação com outros organismos que atuam com a juventude.

Ao fim dos fóruns, cada Unidade deve sistematizar as discussões realizadas, por meio de artigos, relatos de experi-ências de trabalhos significativos com a juventude ou utilizando-se das múlti-plas linguagens (músicas, desenhos, ví-deos, etc.). Esses materiais produzidos subsidiarão a CF 2013 – Juventude e Fraternidade – e contribuirão para a pre-paração para o Encontro Internacional de Jovens Maristas e a Jornada Mundial da Juventude/2013.

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Optamos por conhecer melhor os jovens com quem trabalhamos, para encontrar subsídios para potencializar o diálogo com eles.Marilúcia ResendeCoordenadora do Projeto Juventudes 2012/2013

O Projeto ouviu mais de 11 mil jovens em 21 cidades brasileiras

Fórum de Juventude realizado no Câmpus Toledo da PUCPR.

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Comemoração no Câmpus MaringáEm virtude da celebração dos 10 anos do Projeto Comunitário da PUCPR, o Câmpus Maringá desenvolveu, no dia 12 de setembro, uma série de atividades em homenagem aos alunos e instituições parceiras do Projeto. Cerca de 43 mil alunos realizaram ações so-ciais, beneficiando mais de 800 locais de atuação, em 73 municí-pios do Paraná.Estiveram presentes no evento o arcebispo de Maringá e Doutor Ho-noris Causa da PUCPR, Dom Anuar Battisti, e o reitor da Universida-de, Clemente Ivo Juliatto.Como parte das comemorações, também foi inaugurada, em Ma-ringá, a exposição itinerante “Projeto Comunitário PUCPR: Ano 10”.

Paulo Brofman recebe prê-mio do Ministério de Ciên-cia, Tecnologia e Inovação Produtiva da ArgentinaO professor do curso de Medicina e coorde-nador do Núcleo de Tecnologia Celular da PUCPR, Paulo Roberto Slud Brofman, foi es-colhido pelo Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação Produtiva da Argentina para rece-ber o prêmio Dr. Luis Federico Leloir, concedi-do a personalidades estrangeiras que tenham contribuído para incrementar a cooperação internacional com o país.O prêmio será entregue no dia 23 de novem-bro, pelo ministro Lino Barañao, em solenida-de no Salón Libertador do Palácio San Martín, em Buenos Aires.

Professor Paulo Brofman é premiado internacionalmente.

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V. Kumar na PUCPRNos dias 3, 4 e 5 de outubro, a PUCPR re-cebeu, em parceria com a Global Marketing Network, o professor V. Kumar, para proferir a palestra “Maximizando lucros a partir do engajamento dos consumidores e geren-ciamento de marca”, no TUCA, e minis-trar workshop para executivos da área de marketing.V. Kumar é conhecido mundialmente nas áreas de métodos de pesquisa e geren-ciamento de estratégias no relacionamen-to com clientes.

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Decano da Escola de Negócios da PUCPR, Carlos Fontanini, V. Kumar e o pró-reitor Acadêmico da PUCPR, Eduardo Damião.

Na foto, o diretor do Câmpus Maringá, Sandro Marques; a coordenadora do Projeto Comunitário, Mari Regina Anastásio; a coordenadora do curso de Nutrição, Flávia Auler, representando os professores do Câmpus; e o reitor da PUCPR, Clemente Ivo Juliatto.

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Por uma outra economiaOs 60 anos do curso de Filosofia da PUCPR foi marcado pela presença do escritor Frei Betto, militante de movimentos pastorais e sociais. Ele esteve na Universidade, profe-rindo a palestra “Por uma outra economia”. Na sua visita, também foi lançado o livro Agenda Latino Americana, que aborda temas da atualidade sob a visão de inúme-ros pensadores, como Eduardo Galeano, Leonardo Boff, o próprio Frei Betto e ou-tros. Segundo os organizadores da obra, ela pretende debater o modelo econômico atual e as questões ligadas aos direitos hu-manos nesse contexto.

Frei Betto profere palestra na PUCPR, em comemora-ção aos 60 anos do curso de Filosofia.

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PUCs na PUCPREm setembro, as Escolas de Saúde e Bioci-ências e de Medicina da PUCPR promove-ram o I Seminário Internacional sobre Saúde e Biociências – PUC Invites PUCs. O evento contou com a participação de pes-quisadores da Universidade Católica da Amé-rica (CUA), da Pontificia Universidad Católica de Chile (PUCCL), da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUCRS) e da PUCPR.Durante a ocasião, foram apresentados traba-lhos de pesquisa de grande importância em diferentes áreas da saúde, além de discus-sões sobre pesquisas de alto impacto.

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Abertura da aula inaugural do Programa de Desenvolvimento de Lideranças Volvo Cinquenta e três executivos estão participando do Programa de Desenvolvimento de Lideranças Vol-vo (PDLV), que é oferecido por meio da parceria estratégica entre a PUCPR e a HSM Educação.O vice-presidente de RH e Assuntos Corporativos da Volvo, Carlos Morassutti, enfatizou que a forma-ção de bons líderes é extremamente importante para a construção do futuro da organização.

Na foto, os representantes da Volvo: Carlos Morassutti (ao centro) e Carlos Ogliari (à direita), junto com o pró-reitor Acadêmico da Universidade, Eduardo Damião.

Pesquisadores de universidades católicas do país e da América Latina estiveram presentes em seminário na PUCPR.

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Jornalismo Cultural

Estão abertas as inscrições para o curso de extensão Introdução ao Jornalismo Cultural, na PUCPR. O objetivo é proporcionar e incentivar os alunos a refletir sobre aspectos da cobertura cultural, tendo como foco a prática da crítica de arte. O curso deve acontecer de 22 a 26 de ou-tubro, das 13h30 às 17h30, no Laboratório de Comunicação e Artes, na linha Verde, n. 11.848. O investimento é de R$ 162 parcelados em duas vezes. Se você se interessou pelo curso, não per-ca tempo! São apenas 20 vagas e as inscrições acontecem até o dia 18 de outubro. Para participar, acesse: www.pucpr.br/extensao.

Fim do mundo na PUCPR

Acontece, de 22 a 27 de outubro, a 32ª edição da Semana Acadêmica de Desenho Industrial da PUCPR, conhecida como Charneira. O slogan do evento neste ano é “Fim do Mundo?”, uma menção à previsão apocalíptica do calendário maia e ao fim do curso. Qual será o destino dos alunos formados? Como o mercado de trabalho os receberá? Por meio de palestras e workshops, os alunos poderão refletir sobre formas de driblar o futuro e conhecer histórias de sucesso de quem já passou pelo caminho que eles ainda percorrerão fora do câmpus. As inscrições são fei-tas pelo site www.charneira.com.br/inscricao. Mais informações nas redes sociais www.facebook.com/charneira2012 e @charneira2012.

Seminário Internacional de Sustentabilidade

De 23 a 25 de outubro, o curso de Engenharia Ambiental da Escola Politécnica da PUCPR pro-move o II Seminário Internacional de Sustentabilidade Ambiental Urbana: Revitalizações de Rios Urbanos. Para participar, basta acessar o endereço www.pucpr.br/extensao e se inscrever na seção Escola Politécnica. Todas as atividades acontecem no Teatro da PUCPR – TUCA.

Vida em Cardiologia

Estão abertas as inscrições para a nova turma do curso ACLS – Suporte Avançado de Vida em Cardiologia. O programa é voltado para médicos, enfermeiros e acadêmicos de Medicina (internato). As inscrições podem ser realizadas até 5 de novembro pela seção Medicina, no site da PUCPR: www.pucpr.br/extensao. Mais informações pelo telefone (41) 3271-2174.

vem aí

fácilCultura é

O Lumenoso faz parte da Lumen Comunicação, que mantém a Lumen FM, a Lumen Clássica e a Clube FM.

Tiê, Liz, AmorA E... EsquEci!

Entre letras e melodias, Tiê encontra tempo para se dedicar à preciosa – e divertida – tarefa de ser mãe.Ela tem voz doce, jeito de menina e a maturidade que só a maternidade traz. Tiê, mãe de Liz (com “z”), está grávida da segunda filha, que vem compor o hall de nomes inusitados da família – ela se chamará Amora. Mesmo de sete meses, a gestação não tem atrapalhado seu trabalho. Em Curitiba para um pocket show e bate-papo no Trajeto Lumen Ao Vivo, transmitido direto da Livrarias Curitiba do Shopping Palladium, Tiê contou para a equipe da revista Vida Universitária o que gosta de ouvir e ler, admitiu que curte novela e que anda meio esquecida por conta da gravidez.

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sAfinal, por que Amora?Liz e eu estávamos assistindo a um dos filmes da Era do Gelo e lá tem uma personagem que se chama Amora. Decidimos que esse seria o nome. O pai delas nem teve vez.

De que forma a gravidez interfere em seu processo criativo?Na verdade, eu só fiquei mais distraída, esquecida. Ainda não tive nenhuma inspiração diferente (risos).

Você ouve as próprias músicas?Não. Depois que lanço um CD, dificilmente ouço aquelas músi-cas. Uma vez ou outra. Na verdade, eu não ouço muita música no meu dia a dia, com exceção dos momentos de produção. Só quando estou no carro. Em casa, gosto de ficar em silêncio.

Quais foram suas referências para a elaboração do segun-do disco A Coruja e o Coração?Eu ouvi muito The Beatles e Johnny Cash.

E agora? O que você tem ouvido (quando está no carro)?Tulipa Ruiz. Além de gostar das músicas dela, somos da mesma turma. Eu também estou ouvindo a trilha sonora de Avenida Brasil.

Você gosta de novela?Dessa eu gosto! Eu também adoro aquele programa... Acumuladores.

E que livros você tem lido, que filmes tem visto?Agora, estou lendo Indignação, de Philip Roth. Mas o livro que mais marcou a minha vida foi o Extremamente alto e incrivel-mente perto, de Jonathan Safran Foer (que gerou o longa-me-tragem Tão forte e tão perto). E filme? Qual foi mesmo o último que eu vi? (Tiê pergunta para sua produtora). Ah é! Cosmópolis. Eu falei que estava esquecida. Mas o que mais tenho visto mes-mo é Rei Leão e Procurando Nemo. A Liz adora!

Simpatia e alto astral são marcas da cantora e de seu trabalho.

Tatuada no punho, a flor de lis é em homenagem à primogênita Liz.

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A palavra que melhor explica o papel do Projeto Comunitário da PUCPR é TRANSFORMAÇÃO. O espírito do Projeto Comunitário é oportunizar aos nossos alu-nos uma experiência simples-mente inesquecível de vivenciar o bem, e quem faz o bem ao próximo, primeiro o faz a si mes-mo. Experiência capaz de impri-mir neles uma marca indelével, a marca dos valores da PUCPR e dos seus princípios. Em sua es-sência, esta é a missão da nossa Universidade: educar. E educar verdadeiramente é transformar comportamentos para melhor. Esta é, em minha opinião, a prin-cipal contribuição que o Projeto Comunitário da PUCPR tem oferecido à comunidade nes-ses 10 anos de existência, que é a de transformar comporta-mentos para melhor. Ou seja, o Projeto Comunitário da PUCPR é a mais pura expressão do ato de EDUCAR verdadeiramente.

Prof. Eduardo Damião da SilvaPró-Reitor Acadêmico da PUCPR

Nos dias 4 e 5 de setembro, o Núcleo de Projetos Comunitários promoveu no Câmpus Curitiba o seu V Encontro de Responsáveis, que contempla o Programa de for-mação continuada destinado aos responsáveis das instituições par-ceiras que recebem os acadêmi-cos da PUCPR. O encontro aconte-ce semestralmente, e neste, o tema discutido foi “Processamento dos aprendizados gerados nos acadê-micos na realização das ações so-ciais”. O encontro acontece em to-dos os câmpus. No mês de agosto foi realizado em Londrina, Maringá e Toledo.

Semestralmente, o Projeto Co-munitário tem cerca de 3 mil alu-nos inscritos nas atividades, e pou-cas vezes os acadêmicos dispõem de professor orientador ou facilita-dor da disciplina. Dessa forma, os

responsáveis institucionais rece-bem e orientam os acadêmicos na execução das atividades relaciona-das ao projeto. Para que o Projeto Comunitário seja concluído pelo acadêmico de forma efetiva, viu-se a necessidade de contribuir para a qualificação dos responsáveis ins-titucionais no desenvolvimento das atividades.

Ao todo, considerando os cin-co câmpus da PUCPR, cerca de 200 pessoas participaram nes-te semestre. De acordo com o Irmão Rogério Renato Mateucci, diretor de Pastoral e Identidade Institucional da PUCPR, “o Projeto Comunitário só é possível gra-ças às parcerias entre Núcleo de Projetos Comunitários e institui-ções abertas a receber os nossos acadêmicos”.

" Você coNHEcE o mAsA?A cada ano, a PUCPR realiza o mapeamento de todas as atividades sociais e/ou ambientais desenvolvidas por seus acadê-micos, colaboradores e professores. Esse cadastro tem como objetivo propor ações de integração entre os diversos elos e suas atividades, levando à solidificação das interfaces institucionais, bem como ao conhecimento e à divulgação das diver-sas ações que compõem a estrutura da PUCPR. Isso é o MASA. Caso tenha realizado alguma ação de cunho social e/ou ambiental ligada à PUCPR, cadastre-a no sistema IGER: Menu iniciar > atividades sociais > cadastro de atividades sociais.O cadastro acontece até 23 de novembro de 2012. Para saber que tipos de atividades podem ser cadastrados, acesse: www.pucpr.br/masa.

Núcleo de Projetos Comunitários promove o V Encontro de ResponsáveisPor Arielly C. de Moura GrandeColaboradora do Núcleo de Projetos Comunitários

A acadêmica Ana Luiza está a direita, junto com as crianças participantes e as Irmãs responsáveis pela instituição.

Prática de sucesso

Ir. Rogério Renato Mateucci, di-retor de Pastoral e Identidade Institucional, e Mari Regina Anastácio, coordenadora do Núcleo de Projetos Comunitários.

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