Vidas Secas - Resumo Por Capítulo
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Vidas Secas: Resumo por Cap tulo Parfrase da obra Vidas Secas de Graciliano Ramos, por Bruno Cardoso
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2014 ResumoPorCaptulo.com.br
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NDICE
CAPTULO 1 - Mudana 2
CAPTULO 2 - Fabiano 2
CAPTULO 3 - Cadeia 3
CAPTULO 4 - Sinh Vitria 4
CAPTULO 5 - O menino mais velho 4
CAPTULO 6 - O menino mais novo 5
CAPTULO 7 - Inverno 5
CAPTULO 8 - Festa 6
CAPTULO 9 - Baleia 7
CAPTULO 10 - Contas 7
CAPTULO 11 - O soldado amarelo 8
CAPTULO 12 - O mundo coberto de penas 8
CAPTULO 13 - Fuga 9
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CAPTULO 1 - Mudana Fabiano, Sinh Vitria, o filho mais novo, o filho mais velho e a cachorra Baleia, cinco
figuras secas, se arrastam pela seca caatinga.
Um dia antes a famlia era maior, pois havia um papagaio. No havia mais alimento para
mant-lo e resolveram us-lo de alimento. Baleia restaram os ossos e a cabea de seu
antigo amigo.
Juazeiros, juntos a uma cerca, apareceram pelo caminho e o grupo repousou em suas
sombras. Fabiano explorou a propriedade que estava abandonada, provavelmente seus
moradores fugiram devido seca.
A cachorra Baleia sentiu cheiro de pres e saiu caa. Trouxe o animal nos dentes, para a
alegria da famlia, que assou o roedor. Baleia sobrariam novamente os ossos, talvez o
couro.
Ao anoitecer Fabiano percebe as estrelas sumirem em meio s nuvens. A chuva viria, a vida
brotaria do cho e Fabiano seria dono daquele lugar.
CAPTULO 2 - Fabiano A chuva veio, e junto dela o dono da fazenda, que expulsou Fabiano. Mas o homem
ofereceu seu trabalho e ficou por l como vaqueiro.
Estavam procura de uma novilha perdida, Fabiano e Baleia, quando um dos filhos se
aproximou e perguntou algo. Fabiano se incomodava com perguntas, no tinha o direito de
saber nem o dever de responder. Falaria com Sinh Vitria para tratar da educao das
crianas, ela no tinha tempo para isso, cuidando da casa, mas os garotos atormentavam
demais Fabiano.
Ele lembrou-se do Seu Toms da bolandeira*, um homem que lia muito, falava difcil, e
no resistiu seca, morreu. De que adiantava o conhecimento? Seu Toms era educado,
no mandava, pedia. Diferente dos homens normais e de seu patro atual, que berrava por
tudo, s para mostrar autoridade.
Sinh Vitria queria uma cama como a de Seu Toms, Fabiano achava doidice. (Ser que
ele pensava como a Sinh Vitria conheceu a cama do Seu Toms?)
Fabiano olhava a caatinga e previa que a seca voltaria, o verde sumiria, ele precisaria apertar
o cinto, encolhendo o estmago. Isso sempre acontecia com ele, e com o pai dele, e com o
av dele. Ele precisava resistir, ser duro. Ser homem. E quando morresse seus filhos deviam
seguir o mesmo caminho. Era bom que aprendessem a ser duros como ele, para no
morrerem fracos como Seu Toms da bolandeira.
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*Bolandeira: 1.Mquina para descaroar algodo. 2.Roda que aciona dispositivo de ralar
mandioca.
CAPTULO 3 - Cadeia Fabiano foi feira da cidade comprar mantimentos. Ele era muito desconfiado de que todos
lhe passavam a perna, mas no tinha vocabulrio suficiente para questionar nada. Assim,
rodou a feira procurando pechinchar no preo do querosene e da chita que Sinh Vitria
lhe pediu.
Parou para beber uma pinga e foi chamado por um soldado amarelo para jogar cartas. Sabia
que colocar o dinheiro do querosene e da chita em jogo deixaria Sinh Vitria furiosa, mas
no sabia esquivar-se do chamado de um soldado. Perdeu tudo.
Fabiano saiu exaltado do bar, pensando no que dizer em casa, mas mal tinha capacidade de
pensar em mentiras. J era tarde. Tomou a rua at ser empurrado pelo soldado amarelo, que
questionava porque ele sara do bar sem se despedir. Fabiano alegava que estava quieto
apenas e no devia ser provocado. O soldado continuou a atac-lo at que Fabiano o
xingou, dando motivo para chamar outros guardas que o prenderam.
Na priso Fabiano estava modo. Sentou-se, conferiu os mantimentos que comprara. Seus
pensamentos variavam entre tentar entender o que se passou, por que ele estava ali, e
lembrar-se de sua casa, de Sinh Vitria, que deveria estar ansiosa aguardando por ele e pelo
querosene. Fabiano ouvia os demais presos, uns em torno de uma fogueira, outros chorando
numa outra sala. Estava tudo errado. Fabiano chegou concluso que lhe prenderam por
ele no saber falar e isso lhe parecia injusto. Se soubesse falar, explicaria tudo e estaria livre.
Mas s esse raciocnio j era demais para Fabiano, que se perdia em seus pensamentos.
No fim concluiu que estava l por causa de sua famlia. Que se no fosse Sinh Vitria,
Baleia e os meninos, teria contra-atacado a soldado amarelo, poderia fazer uma asneira. E
questionava se deveria continuar a carregar sua famlia, se aquilo tinha utilidade j que seus
filhos, um dia, brutos como o pai, sofreriam os mesmos maus tratos que ele sofreu.
CAPTULO 4 - Sinh Vitria Sinh Vitria acendia uma fogueira para preparar comida. Vendo o fogo surgir, a cadela
Baleia se exalta e pula ao lado de sua dona, que lhe d um pontap. Arreda!
Sinh Vitria no estava bem. Incomodava-se com a cama de varas, queria uma cama de
couro, como a de Seu Toms da bolandeira. Fabiano at tentou calcular um jeito de
comprar a tal cama, mas se perdeu nos nmeros. Props que se economizasse nas roupas e
no querosene. Sinh Vitria achou um absurdo a proposta, pois eles j se vestiam mal e
pouco usavam o querosene, se recolhiam cedo todas noites. Ela sugeriu que o problema do
dinheiro eram os gastos com pinga e jogo. Ele retrucou que muito era gasto com sapatos
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caros que ela usava em festas, com os quais ela mal sabia andar, parecendo um papagaio.
Sinh Vitria entristeceu-se com a comparao.
Enquanto preparava a comida Sinh Vitria pensava na seca, que poderia voltar. Rezou.
Fabiano roncava, dormindo. Ela pensava no quanto era ruim seu marido: quando se
arrastavam pela caatinga, deixava-a carregar sozinha o ba, o filho mais novo e papagaio.
Chamou seus filhos que brincavam no barro. Consertou uma cerca quebrada.
Voltou a pensar na cama. Venderia galinhas e a marr*. Nem consultaria Fabiano, ele se
entusiasmaria com a ideia e depois desistiria. Sinh Vitria queria mesmo era a cama como
a do Seu Toms da bolandeira...
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