portaleducacao.anapolis.go.gov.brportaleducacao.anapolis.go.gov.br/portal/matrizes/matriz... · Web...

40
Secretaria Municipal de Educação de Anápolis Departamento Pedagógico Anos Finais MATRIZ CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL. 2018. Alex de Araújo Martins-Secretária Municipal de Educação. Karla Brenda da Costa Gonçalves El-Homsi- Diretora de Ensino. 1

Transcript of portaleducacao.anapolis.go.gov.brportaleducacao.anapolis.go.gov.br/portal/matrizes/matriz... · Web...

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

MATRIZ CURRICULAR DE LÍNGUA PORTUGUESA

ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

2018.

Alex de Araújo Martins-Secretária Municipal de Educação.

Karla Brenda da Costa Gonçalves El-Homsi- Diretora de Ensino.

Ubirajara Guimarães Miguel - Assessor Pedagógico de Língua Portuguesa.

1

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

SUMÁRIO

INTRODUÇÃO.

JUSTIFICATIVA.

OBJETIVOS.

HABILIDADES E COMPETÊNCIAS.

DESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

CONTEÚDOS GERAIS.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DO 6º ao 9º ANOS.

ESTUDO DO GÊNERO.

AVALIAÇÃO.

CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.

2

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

I. INTRODUÇÃO

A língua é um sistema de signos específico, histórico e social, que possibilita ao homem significar o mundo e a sociedade. Aprendê-la é aprender não somente palavras e saber combiná-las em expressões complexas, mas apreender pragmaticamente seus significados culturais e, com eles, os modos pelos quais as pessoas entendem e interpretam a realidade. O domínio da língua, oral e escrita, é fundamental para a participação social efetiva, pois é por meio dela que o homem se comunica, tem acesso à informação, expressa e defende pontos de vista, partilha ou constrói visões de mundo, produz conhecimento. Por isso, ao ensiná-la, a escola tem a responsabilidade de garantir a todos os seus alunos o acesso aos saberes linguísticos, necessários para o exercício da cidadania, direito inalienável de todos. Tomando-se a linguagem como atividade discursiva, o texto como unidade de ensino e a noção de gramática como relativa ao conhecimento que o falante tem de sua linguagem, as atividades curriculares em Língua Portuguesa correspondem, principalmente, a atividades discursivas: uma prática constante de escuta de textos orais e leitura de textos escritos e de produção de textos orais e escrita, que devem permitir, por meio da análise e reflexão sobre os múltiplos aspectos envolvidos, a expansão e construção de instrumentos que permitam ao aluno, progressivamente, ampliar sua competência discursiva.

Para os anos finais do Ensino Fundamental, espera-se que o aluno já tenha aprendido a escrever alfabeticamente e que já realize atividades de leitura e de escrita com maior independência. Ter esse conhecimento construído possibilita que sua atenção se concentre mais em outras questões, do ponto de vista tanto notacional como discursivo. Espera-se que os alunos consigam utilizar autonomamente estratégias de leitura — decifrar, antecipar, inferir e verificar — e coordenar, mesmo que com ajuda, os diferentes papéis que precisam assumir ao produzir um texto: planejar, redigir rascunhos, revisar e cuidar da apresentação.

É com essa perspectiva que a matriz curricular de Língua Portuguesa está organizada, de modo a servir de referência, de fonte de consulta e de objeto para reflexão e debate.

Aprender e ensinar Língua Portuguesa na EscolaPode-se considerar o ensino e a aprendizagem de Língua Portuguesa, como prática

pedagógica, resultantes da articulação de três variáveis: O aluno. Os conhecimentos com os quais se operam nas práticas de linguagem. A mediação do professor.O primeiro elemento dessa tríade. Oaluno. É o sujeito da ação de aprender, aquele que

age com e sobre o objeto de conhecimento. O segundo elemento. O objeto deconhecimento são os conhecimentos discursivo-textuais e linguísticos implicados nas práticas sociais de linguagem. O terceiro elemento da tríade é a prática educacional do professor e da escola que organiza a mediação entre sujeito e objeto do conhecimento.

3

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

O objeto de ensino e, portanto, de aprendizagem é o conhecimento linguístico ediscursivo com o qual o sujeito opera ao participar das práticas sociais mediadas pelalinguagem. Organizar situações de aprendizado, nessa perspectiva, supõe: planejar situaçõesde interação nas quais esses conhecimentos sejam construídos e/ou tematizados; organizaratividades que procurem recriar na sala de aula situações enunciativas de outros espaçosque não o escolar, considerando-se sua especificidade e a inevitável transposição didáticaque o conteúdo sofrerá; saber que a escola é um espaço de interação social onde práticassociais de linguagem acontecem e se circunstanciam, assumindo características bastanteespecíficas em função de sua finalidade: o ensino. Ao professor cabe planejar, programar e dirigir as atividades didáticas, com oobjetivo de desencadear, apoiar e orientar o esforço de ação e reflexão do aluno, procurandogarantir aprendizagem efetiva. Cabe também assumir o papel de informante e deinterlocutor privilegiado, que tematiza aspectos prioritários em função das necessidadesdos alunos e de suas possibilidades de aprendizagem.

Reflexão gramatical na prática pedagógica - Conhecimento sobre a língua e sobre a norma padrão.

Na perspectiva de uma didática voltada para a produção e interpretação de textos, aatividade metalinguística deve ser instrumento de apoio para a discussão dos aspectos dalíngua que o professor seleciona e ordena no curso do ensino-aprendizagem. Assim, não se justifica tratar o ensino gramatical desarticulado das práticas delinguagem. É o caso, por exemplo, da gramática que, ensinada de forma descontextualizada, tornou-se emblemática de um conteúdo estritamente escolar, Uma prática pedagógica que vai da metalinguagem para a línguapor meio de exemplificação, exercícios de reconhecimento e memorização de terminologia. Em função disso, discute-se se há ou não necessidade de ensinar gramática. Mas essa é umafalsa questão: a questão verdadeira é o que, para que e como ensiná-la.

Deve-se ter claro, na seleção dos conteúdos de análise linguística, que a referêncianão pode ser a gramática tradicional. O modo de ensinar corresponde a uma prática que parte da reflexão produzidapelos alunos mediante a utilização de uma terminologia simples e se aproxima, progressivamente, pela mediação do professor, do conhecimento gramatical produzido. Isso implica, muitas vezes, chegar a resultados diferentes daqueles obtidos pela gramáticatradicional, cuja descrição, em muitos aspectos, não corresponde aos usos atuais dalinguagem, o que coloca a necessidade de busca de apoio em outros materiais e fontes.

II. JUSTIFICATIVAPartindo daproposta pedagógica que visa nortear o trabalho do professor e garantir a

apropriação do conhecimento pelos estudantes da rede pública municipal, faz-se necessário deter-se um pouco nas diferentes formas de entender as estruturas de uma Língua e, consequentemente, as gramáticas que procuram sistematizá-la. Construir uma identidade para o ensino da Língua Portuguesa pressupõe levar em consideração a complexidade dos sujeitos que a integra e pensar em um currículo que contribua para sua formação. Um

4

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

começo seria apresentar-lhes os saberes escolares de um ponto de vista questionador, contextualizado numa perspectiva interdisciplinar. Essa matriz curricularbusca, portanto, orientar as escolasna organização, no desenvolvimento, na construção e na avaliação do ensino aprendizagem.

Quando se pretende que o aluno construa conhecimento, a questão não é apenas qual informação deve ser oferecida, mas, principalmente, que tipo de tratamento deve ser dado à informação que se oferece. A intervenção pedagógica do professor tem valor decisivo no processo de aprendizagem e, por isso, é preciso avaliar sistematicamente se ela está adequada, se está contribuindo para as aprendizagens que se espera alcançar. Diante do exposto torna-se necessário a construção e análise democrática deste documento, para que o mesmo seja instrumento de ação da aprendizagem significativa em nossas escolas municipais.

III. OBJETIVOS

Objetivos gerais de Língua Portuguesa para o ensino fundamentalNo processo de ensino-aprendizagem dos diferentes ciclos do ensino fundamental,

espera-se que o aluno amplie o domínio ativo do discurso nas diversas situações comunicativas, sobretudo nas instâncias públicas de uso da linguagem, de modo a possibilitar sua inserção efetiva no mundo da escrita, ampliando suas possibilidades de participação social no exercício da cidadania.Para isso, a escola deverá organizar um conjunto de atividades que, progressivamente,possibilite ao aluno: . Utilizar a linguagem na escuta e produção de textos orais e na leitura e produção de

textos escritos de modo a atender a múltiplas demandas sociais, responder a diferentes propósitos comunicativos e expressivos, e considerar as diferentes condições de produção do discurso;

. Utilizar a linguagem para estruturar a experiência e explicar a realidade, operando sobre as representações construídas em várias áreas do conhecimento: dos textos, identificando aspectos relevantes, organizando notas, elaborando roteiros, resumos, índices, esquemas etc.;

. Conhecer e valorizar as diferentes variedades do Português, procurando combater o preconceito linguístico;

. Reconhecer e valorizar a linguagem de seu grupo social comoinstrumento adequado e eficiente na comunicação cotidiana,na elaboração artística e mesmo nas interações com pessoas deoutros grupos sociais que se expressem por meio de outrasvariedades;

Usar os conhecimentos adquiridos por meio da prática de análiselinguística para expandir sua capacidade de monitoração daspossibilidades de uso da linguagem, ampliando a capacidadede análise crítica.

Objetivos Específicos

5

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Os objetivos específicos de Língua Portuguesa salientam a necessidade de os cidadãos desenvolverem sua capacidade de compreender textos orais e escritos, de assumir a palavra e produzir textos, em situações de participação social. Ao propor que se ensine aos alunos o uso das diferentes formas de linguagem verbal (oral e escrita), busca-se o desenvolvimento da capacidade de atuação construtiva e transformadora. O domínio do diálogo na explicitação, discussão, contraposição e argumentação de ideias são fundamentais na aprendizagem da cooperação e no desenvolvimento de atitude de autoconfiança, de capacidade para interagir e de respeito ao outro. A aprendizagem precisa então estar inserida em ações reais de intervenção, a começar pelo âmbito da própria escola. O ensino de Língua Portuguesa deverá organizar-se de modo que os alunos sejam capazes de:

Compreender o sentido nas mensagens orais e escritas de que é destinatário direto ou indireto, desenvolvendo sensibilidade para reconhecer a intencionalidade implícita e conteúdos discriminatórios ou persuasivos, especialmente nas mensagens veiculadas pelos meios de comunicação;

Ler autonomamente diferentes textosdos gêneros previstos para o ciclo, sabendo identificar aqueles que respondem às suas necessidades imediatas e selecionar estratégias adequadas para abordá-los;

Utilizar a linguagem para expressar sentimentos, experiências e ideias, acolhendo, interpretando e considerando os das outras pessoas e respeitando os diferentes modos de falar;

Utilizar a linguagem oral com eficácia, começando a adequá-la a intenções e situações comunicativas que requeiram o domínio de registros formais, o planejamento prévio do discurso, a coerência na defesa de pontos de vista e na apresentação de argumentos e o uso de procedimentos de negociação de acordos necessários ou possíveis;

Produzir textos escritos, coesos e coerentes, dentro dos gêneros previstos para o ciclo, ajustados a objetivos e leitores determinados;

Escrever textos com domínio da separação em palavras, estabilidade de palavras de ortografia regular e de irregulares mais frequentesna escrita e utilização de recursos do sistema de pontuação para dividir o texto em frases;

Revisar seus próprios textos a partir de uma primeira versão e, com ajuda do professor, redigir as versões necessárias até considerá-lo suficientemente bem escrito para o momento.

IV. HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PARA A DIMENSÃO DO CONHECIMENTO

Para cada eixo e competência as séries/anos se subdividem em conteúdos e descritores específicos, porém flexíveis à necessidade de cada turma e de cada professor. Trata-se de um currículo mínimo a ser seguido. Localizar informações explícitas que completam literalmente o enunciado da questão. (H1)

Reconhecer elementos como o personagem principal

6

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Interpretar o texto com auxílio de elementosnão-verbais. Identificar a finalidade do texto. Estabelecer relação de causa e consequência, em textos verbais e nãoverbais. Conhecer expressões próprias da linguagem coloquial. Inferir o sentido de palavra em

texto poético (cantiga popular). Localizar a informação principal. Inferir informações implícitas. Inferir informações, identificando o comportamento e os traços de personalidadede uma

determinada personagem a partir de texto do gênero contam de média extensão, de textonão-verbal ou expositivo curto.

Identificar o tema de um texto expositivo longo e de um texto informativo simples. Identificar o conflito gerador de um conto de média extensão.

Identificar marcas linguísticas que evidenciam os elementos que compõem uma narrativa. Interpretar tabela a partir da comparação entre informações. Reconhecer, por inferência, a relação de causa e consequência entre as partes de um

texto. Localizar informações explícitas, identificando as diferenças entre textos da mesma

tipologia. Interpretar textos com material gráfico diverso e com auxílio de elementos não-verbais em

histórias em quadrinhos, tirinhas e poemas, identificando características e ações dos personagens.

Localizar informações explícitas, a partir da reprodução das ideias de um trecho do texto. Inferir informações que tratam, por exemplo, de sentimentos, impressões e características

pessoais das personagens, em textos verbais e não-verbais. Interpretar histórias em quadrinhos de maior complexidade temática, reconhecendo a

ordem em que os fatos são narrados.Identificar a finalidade de um texto jornalístico.

Distinguirefeitos de humor e o significado de uma palavra pouco usual. Identificaro efeito de sentido produzido pelo uso da pontuação. Reconheceras relações semânticas expressas nas classes de palavras.

Identificar os efeitos de sentido e humor decorrentes do uso dos sentidos literal e conotativo das palavras e de notações gráficas.

Identificara finalidade de um texto informativo longo e de estrutura complexa, característico de publicações didáticas.

Reconhecer o efeito de sentido do uso de recursos ortográficos. Localizar informações explícitas em textos narrativos mais longos, em textos poéticos,

informativos e em anúncio de classificados. Reconhecer o efeito de sentido causado pelo uso de recursos gráficos em textos poéticos

de organização sintática complexa. Identificar efeitos de sentido decorrentes do uso de aspas. Identificar, em textos com narrativa fantástica, o ponto de vista do autor.

7

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Reconheceras intenções do uso de gírias e expressões coloquiais. Identificar, em textos com narrativa fantástica, o ponto de vista do autor. Identificar a tese de textos informativos e argumentativos que defendem o senso comum

com função metalinguística. Identificar a tese com base na compreensão global de artigo jornalístico cujo título, em

forma de pergunta, aponta para a tese. Identificar opiniões expressas por adjetivos em textos informativos e opinião de

personagem em crônica narrativa de memórias. Reconhecer o efeito de sentido da utilização de um campo semântico composto por

adjetivos em gradação, com função argumentativa. Reconhecer relações de causa e consequência em textos com termos e padrões sintáticos

pouco usuais. Identificar opiniões em textos que misturam descrições, análises e opiniões. Reconhecer a relação lógico-discursiva estabelecida por conjunções e preposições

argumentativas. Reconhecer o efeito de sentido causado pelo uso de organização sintática complexa. Identificar efeitos de sentido decorrentes do uso de aspas. Reconhecer relações entre partes de um texto pela substituição de termos e expressões

por palavras pouco comuns.

8

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

DESCRITORES DE LÍNGUA PORTUGUESA

9

Procedimentos de Leitura

D1 Localizar informações explícitas em um texto.

D3 Inferir o sentido de uma palavra ou expressão.

D4 Inferir uma informação implícita em um texto.

D6 Identificar o tema de um texto.

D14 Distinguir um fato da opinião relativa a esse fato.

Implicações do suporte, do gênero e/ou do enunciador na compreensão do texto

D5 Interpretar texto com o auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, foto etc.)

D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros.

Relação entre textos

D20 Reconhecer diferentes formas de tratar uma informação na comparação de textos que tratam do mesmo tema em função das condições em que ele foi produzido e daquelas em que será recebido.

D21 Reconhecer posições distintas entre duas ou mais opiniões relativas ao mesmo fato ou ao mesmo tema.

Coerência e coesão no processamento do texto

D2 Estabelecer relações entre partes de um texto, identificando repetições ou substituições que contribuem para a continuidade de um texto.

D7 Identificar a tese de um texto.

D8 Estabelecer relação entre a tese e os argumentos oferecidos para sustentá-la.

D9 Diferenciar as partes principais das secundárias em um texto.

D10Identificarem o conflito gerador do enredo e os elementos que constroem a narrativa.

D11 Estabelecer relação causa/consequência entre partes e elementos do texto.

D15 Estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto, marcadas por conjunções, advérbios etc.

Relações entre recursos expressivos e efeitos de sentido

D16 Identificar efeitos de ironia ou humor em textos variados.

D17 Reconhecer o efeito de sentido decorrente do uso da pontuação e de outras notações.

D18 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da escolha de uma determinada palavra ou expressão.

D19 Reconhecer o efeito de sentido decorrente da exploração de recursos ortográficos e/ou morfossintáticos.

Variação linguística

D13 Identificar as marcas linguísticas que evidenciam o locutor e o interlocutor de um texto.

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

CONTEÚDOS GERAIS DE LÍNGUA PORTUGUESA

Interesse por ouvir e manifestar sentimentos, experiências, ideias e opiniões. Preocupação com a comunicação nos intercâmbios: fazer-se entender e procurar

entender os outros. Segurança na defesa de argumentos próprios e flexibilidade para modificá-los, quando

for o caso. Respeito diante de colocações de outras pessoas, no que se refere tanto às ideias

quanto ao modo de falar. Valorização da cooperação como forma de dar qualidade aos intercâmbios

comunicativos. Reconhecimento do valor da língua escrita como meio de informação e transmissão da

cultura. Valorização da leitura como fonte de fruição estética e entretenimento. Interesse, iniciativa e autonomia para ler, especialmente textos literários e informativos. Interesse por compartilhar opiniões, ideias e preferências sobre leituras realizadas. Interesse em tomar emprestados livros do acervo da classe e da biblioteca escolar. Manuseio cuidadoso de livros e demais materiais escritos. Interesse no uso e conhecimento das regras de utilização de bibliotecas, centros de

documentação e redes de informação. Sensibilidade para reconhecer e capacidade de questionar, com ajuda do professor,

conteúdos discriminatórios, veiculados através da linguagem. Atitude crítica diante de textos persuasivos dos quais é destinatário direto ou indireto. Exigência de qualidade com relação às produções escritas próprias, no que se refere

tanto aos aspectos textuais como à apresentação gráfica. Interesse em explorar a dimensão estética da linguagem. Respeito aos diferentes modos de falar.

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES

O conteúdo estruturante para o ensino de Língua Portuguesa é o discurso como prática social, que se efetiva na Leitura, Oralidade, Escrita, e Análise Linguística. No processo de ensino-aprendizagem, é importante ter claro que quanto maior o contato com a linguagem, nas diferentes esferas sociais, mais possibilidades se tem de entender o texto, seus sentidos, suas intenções e visões de mundo.

Leitura:

A leitura é um processo no qual o leitor realiza um trabalho ativo de construção do significado do texto, a partir dos seus objetivos, do seu conhecimento sobre o assunto, sobre o autor, de tudo o que sabe sobre a língua: características do gênero, do portador, do sistema de escrita, etc. Não se trata simplesmente de extrair informação da escrita, decodificando-a

10

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

letra por letra, palavra por palavra. Trata-se de uma atividade que implica, necessariamente, compreensão na qual os sentidos começam a ser constituídos antes da leitura propriamente dita. Qualquer leitor experiente que conseguir analisar sua própria leitura constatará que a decodificação é apenas um dos procedimentos que utiliza quando lê: a leitura fluente envolve uma série de outras estratégias como seleção, antecipação, inferência e verificação, sem as quais não é possível rapidez e proficiência. É o uso desses procedimentos que permite controlar o que vai sendo lido, tomar decisões diante de dificuldades de compreensão, arriscar-se diante do desconhecido, buscar no texto a comprovação das suposições feitas. Um leitor competente é alguém que, por iniciativa própria, é capaz de selecionar, dentre os trechos que circulam socialmente, aqueles que podem atender a uma necessidade sua. Que consegue utilizar estratégias de leitura adequada para abordá-los de formas a atender a essa necessidade.

Oralidade:

Eleger a língua oral como conteúdo escolar exige o planejamento da ação pedagógica de forma a garantir, na sala de aula, atividades sistemáticas de fala, escuta e reflexão sobre a língua. São essas situações que podem se converter em boas situações de aprendizagem sobre os usos e as formas da língua oral: atividades de produção e interpretação de uma ampla variedade de textos orais, de observação de diferentes usos, de reflexão sobre os recursos que a língua oferece para alcançar diferentes finalidades comunicativas. Para isso, é necessário diversificar as situações propostas tanto em relação ao tipo de assunto como em relação aos aspectos formais e ao tipo de atividade que demandam — fala, escuta e/ou reflexão sobre a língua. Supõe também um profundo respeito pelas formas de expressão orais trazidas pelos alunos de suas comunidades e um grande empenho por ensinar-lhes o exercício da adequação aos contextos comunicativos, frente a diferentes interlocutores, a partir de intenções de natureza diversa. É fundamental que essa tarefa didática se organize de tal maneira que os alunos transitem das situações mais informais e coloquiais que já dominam ao entrar na escola a outras mais estruturadas e formais, para que possam conhecer seus modos de funcionamento e aprender a utilizá-las.

Escrita e Análise Linguística:

Se o objetivo é formar cidadãos capazes de utilizar a escrita com eficácia, que tenham condições de assumir a palavra — também por escrito — para produzir textos adequados é preciso organizar o trabalho educativo para que experimentem e aprendam isso na escola. É necessário, portanto, ensinar os alunos a lidar tanto com a escrita da linguagem — os aspectos notacionais relacionados ao sistema alfabético e às restrições ortográficas — como com a linguagem escrita — os aspectos discursivos relacionados à linguagem que se usa para escrever. Compreendida como um complexo processo comunicativo e cognitivo, como atividade discursiva, a prática de produção de textos precisa realizar-se num espaço em que sejam consideradas as funções e o funcionamento da escrita, bem como as condições nas quais é produzida: para que, para quem, onde e como se escreve. Formar escritores

11

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

competentes supõe, portanto, uma prática continuada de produção de textos na sala de aula, situações de produção de uma grande variedade de textos de fato e uma aproximação das condições de produção às circunstâncias nas quais se produz esses textos. Diferentes objetivos exigem diferentes gêneros e estes, por sua vez, têm suas formas características que precisam ser aprendidas.

As atividades de análise linguística são aquelas que tomam determinadas características da linguagem como objeto de reflexão. Essas atividades apoiam-se em dois fatores:

A capacidade humana de refletir, analisar, pensar sobre os fatos e os fenômenos da linguagem;

A propriedade que a linguagem tem de poder referir-se a si mesma, de falar sobre a própria linguagem.

Em relação à escrita de textos, a prática de análise e reflexão sobre a língua permite que se explicitem saberes implícitos dos alunos, abrindo espaço para sua reelaborarão. Ela implica uma atividade permanente de formulação e verificação de hipóteses sobre o funcionamento da linguagem que se realiza por meio da comparação de expressões, da experimentação de novos modos de escrever, da atribuição de novos sentidos a formas linguísticas já utilizadas, da observação de regularidades (no que se refere tanto ao sistema de escrita quanto aos aspectos ortográficos ou gramaticais) e da exploração de diferentes possibilidades de transformação dos textos (supressões, ampliações, substituições, alterações de ordem, etc.).

12

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE LÍNGUA PORTUGUESA

LIVRO: Português Linguagens 6º ANO.

AUTORES: William Cereja, Thereza Cochar.

EDITORA SARAIVA. Primeiro Bimestre 6º ANO

Segundo Bimestre6ºANOGênero Textual

Poemas. (OFICINAS/OLP)Fábula em verso e prosa.História infantil.

Reflexão sobre a Língua:Substantivo (classificação, flexão, número).Adjetivo (classificação, flexão, número).Dígrafo e Encontro Vocálico.Ortografia (conforme necessidade daturma). Acentuação: tonicidade.O uso dos porquês. Denotação. Conotação.Parágrafo.Estrofe.Discurso direto e indireto.Tipos de narrador.Eu lírico.

Produção Textual

Elementos da poesia(Produção de períodos com linguagem figurada.)Poemas.Fábulas (Reconto)OLPLiteratura: Projeto de Leitura Institucional.

13

Gênero Textual:

Diário.Cartum.Charge. SimilaresQuadrinhos.Contos.Poemas. (OFICINAS/OLP)

Reflexão sobre a Língua:História da Língua Portuguesa (resumo)Linguagem verbal e não verbal formal e não formalLíngua e códigos, variedade linguística.Estruturas do texto.Uso do dicionário (verbetes, ordem alfabética, palavras do contexto).Tipos de frases.Fonemas, letras, encontros consonantais e vocálicos.Ortografia. (Conforme necessidade da turma). Introdução de Onomatopeia e Interjeição.Pontuação. Acentuação.

Produção Textual: De acordo com os gêneros discursivos selecionados.Textos narrativos.Produção de poemas. Elementos da narrativa de Conto.Reconhecendo Contos.Textos narrativos.Textos não verbais.

OLP

Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Terceiro Bimestre 6º ANO

Gênero TextualCarta.Leitura de gráficos.Leitura de mapas.Receita Culinária.Conto.Poemas (OLP).

Reflexão sobre a Língua:Acentuação: Tonicidade II Parte.Numeral (Classificação).Pontuação.Ortografia. (Conforme necessidade da turma).Artigo definido e indefinido.Acentuação de monossílabos e hiatos.Discurso direto e indireto.

Produção Textual

Carta, e-mail, CEP.Produção e revisão de Descrição dos elementos da narrativa: Conto.OLPLiteratura: Projeto de Leitura Institucional.

Quarto Bimestre 6º. ANO.

Gênero TextualTexto jornalístico (Artigo de Opinião).Notícia.Fotografia e legenda.Texto informativo. Resenha de Filmes.

Reflexão sobre a Língua:Pronomes.Verbo (conjugação, flexão, tempos verbais e modos verbais).Estudo do Advérbio.Ortografia (conforme a necessidade da turma).

Produção TextualTexto de opinião.Texto jornalístico.Texto imagem (cartazes).Resenha de filmes.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

14

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE LÍNGUA PORTUGUESA7ºANO

LIVRO: Português Linguagens7ºANO.

AUTORES: William Cereja, Thereza Cochar.

EDITORA SARAIVA.

Primeiro Bimestre 7º ANO

Gênero TextualMemórias (OLP).Biografia e entrevistas.Obras de Artes.Anedota.Texto Instrucional.Mitos, lendas e causos.

Reflexão sobre a Língua:História da Língua portuguesa (resumo)Revisão morfológicaEstrutura dos verbos,Formas Nominais e locução verbal,Flexão dos verbos (tempo e modoSubjuntivo.Advérbio.Ortografia conforme a necessidade da turma.Variedade linguística.Acentuação.Coesão e Coerência

Produção TextualEntrevistas.Biografia.Anedotas.Texto instrucional.Pesquisas a respeito de mitos e lendas.Mitos, lendas e causos(Reconto).OLP.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

Segundo Bimestre 7º ANO

Gênero Textual

Memórias (OLP).Entrevista. Artigo Científico.

Reflexão sobre a Língua:

Sujeito e Predicado.Tipos de Sujeito.Verbo de Ligação.Predicativo do Sujeito.Acentuação.Ortografia.Variedade Linguística.

Produção TextualProdução de entrevistas.Memórias.OLPLiteratura: Projeto de Leitura Institucional.

15

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Terceiro Bimestre 7º ANO

Gênero TextualMemórias.Textos informativos. Notícia.Guia de viagem e mapas.Cordel (Xilogravura)Gráfico.

Reflexão sobre a Língua:Estudo das Preposições.Combinação e contração das preposições.Frase, Oração e período.Conjunção.Transitividade verbal. Objeto direto e indireto.Acentuação dos hiatos e ditongos.Ortografia.

Produção TextualMemórias.Textos informativos.Notícia.Guia de viagem.Gráfico.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

Quarto Bimestre 7º ANO

Gênero TextualCrônicas.Anúncios Publicitários.Debates.Poemas, músicas.Charges.

Reflexão sobre a Língua:Predicado Verbal e Nominal.Adjunto Adnominal e Adverbial.Aposto e Vocativo.Acentuação e Pontuação.Estrutura sintática do Predicado.Pontuação, Abreviações

Produção TextualDebate.Crônicas.Charges.Anúncio Publicitário.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

16

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE LÍNGUA PORTUGUESA8º ANO

LIVRO: Português Linguagens8º ANO

AUTORES:William Cereja, Thereza Cochar.EDITORA SARAIVA.

Primeiro Bimestre 8º ANO

Gênero TextualMemórias OLPEntrevista. O texto teatral escrito.O Teatro e o Cinema.Crônicas.Romance de aventura.

Reflexão sobre a Língua:Sujeito e Predicado (Revisão).Predicativo Sujeito (Revisão).Sujeito Indeterminado.Oração sem sujeito.Significação das palavras.Verbos Impessoais.Vozes verbais.Formação de Palavras (Prefixos e Sufixos).Acentuação.Ortografia e Pontuação.Coesão e Coerência.

Produção Textual

Produzindo texto teatral.CrônicasEntrevistasMemórias OLPLiteratura: Projeto de Leitura Institucional.

Segundo Bimestre 8º ANO

Gênero TextualCrônica Literária.Crônica Argumentativa.Entrevista.Memórias OLP

Reflexão sobre a Língua:Predicado verbo-nominal.Predicativo do Objeto.Elementos da narrativa.Denotação e Conotação.Adjunto Adnominal.Adjunto Adverbial. Complemento Nominal.Figuras de Linguagem.

Produção TextualCrônica.Discurso Direto e Indireto.Construção de personagens.Descrição de ambientes.Memórias OLPLiteratura: Projeto de Leitura Institucional.

17

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Terceiro Bimestre 8º ANO

Gênero TextualHistórias em Quadrinhos.Cartuns e Charges.Texto Argumentativo.Anúncio publicitário.Carta ao leitor e argumentativa.Memórias OLP.

Reflexão sobre a Língua:Coerência e Coesão.Crase.Complemento Nominal.Regência Nominal.Aposto e Vocativo.Pontuação.Acentuação.Denotação e conotação.

Produção TextualHistórias em Quadrinhos.Cartuns e Charges.Carta ao leitor.Carta argumentativa.Memórias OLP.Projeto de Leitura. Institucional.

Quarto Bimestre 8º ANO.

Gênero TextualConto de Enigma e Suspense.Reportagem.Poema (haicai, soneto e outros). Texto de divulgação científica.Obras de Arte.

Reflexão sobre a Língua:Vozes Verbais.Agente da Passiva.Índice de Indeterminação do sujeito.Pontuação. Período composto e período simples.Conjunção coordenada.Período composto por coordenação.Ortografia: Uso dos Porquês.

Produção TextualConto de Suspense.(Reconto)Poema.Reportagem.Obras de Arte.(Releitura)Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

18

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

CONTEÚDOS ESTRUTURANTES DE LÍNGUA PORTUGUESA9º Ano.

LIVRO: Português Linguagens9º ANO.

AUTORES: William Cereja Thereza Cochar.EDITORA SARAIVA.

Primeiro Bimestre 9º ANO.

Gênero Textual

Crônicas OLP.

Textos Publicitários.

Texto jornalístico.Editorial.

Quadrinhos.

Cartuns e Charges.

Reflexão sobre a Língua:

Período simples e composto (Revisão).

Período Composto por Coordenação. (Revisão).

Estudo de Pronome relativo.

Período composto por Subordinação.Oração subordinada substantiva.

Orações Subordinadas Adjetivas.

Pontuação e Acentuação.

Ortografia.

Produção Textual

Texto jornalístico.

Texto publicitário.

Quadrinhos.

Cartuns e charges.

Crônicas OLP.

Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

Segundo Bimestre 9º ANO.

Gênero TextualContos de terror e humor.Crônicas OLP.Narração.

Reflexão sobre a Língua:Período Composto por Subordinação.Oração subordinada Adverbial.Figuras de sintaxe.Pontuação.Acentuação.Ortografia.

Produção TextualContos.Textos Argumentativos (oralidade).Anedotas.Crônicas OLP.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

19

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

20

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Terceiro Bimestre 9º ANO.

Gênero TextualArtigo de opinião.Fotografias.Anúncios Publicitários.Crônicas OLP.Debates. (Temas polêmicos.)

Reflexão sobre a Língua:

Estrutura da Palavra (radical vogal temática e desinência nominal e verbal).

Processo de Formação de Palavras (Incluindo processo por Derivação).

Concordância Nominal e verbal.Oração subordinada adverbial.Pontuação.Ortografia.Acentuação.

Produção TextualDebate. Dissertação de temas polêmicos.Artigo de Opinião.Texto Argumentativo. (Oralidade).Crônicas OLP.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

Quarto Bimestre 9º ANO.

21

Gênero TextualCharges e Cartuns.Poemas.Quadrinhos.Anúncios Publicitários.Texto Dissertativo.Argumentativo

Reflexão sobre a Língua:Colocação Pronominal.Regência Nominal e Verbal.Versificação.Ortografia.Acentuação.Pontuação.

Produção TextualHistórias em quadrinhos.Texto Dissertativo Argumentativo.Poemas.Literatura: Projeto de Leitura Institucional.

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Estudo dos Gêneros

Os Gêneros textuais são as estruturas com que se compõem os textos, sejam eles orais ou escritos. Essas estruturas são socialmente reconhecidas, pois se mantêm sempre muito parecidas, com características comuns, procuram atingir intenções comunicativas semelhantes e ocorrem em situações específicas. Pode-se dizer que se tratam das variadas formas de linguagem que circulam em nossa sociedade, sejam eles formais ou informais.

Cada gênero textual tem seu estilo próprio, podendo então, ser identificado e diferenciado dos demais através de suas características. Exemplos:Carta: quando se trata de "carta aberta" ou "carta ao leitor", tende a ser do tipo dissertativo-argumentativo com uma linguagem formal, em que se escreve à sociedade ou a leitores.

Quando se trata de "carta pessoal", a presença de aspectos narrativos ou descritivos e uma linguagem pessoal é mais comum.Propaganda: é um gênero textual dissertativo-expositivo onde há a o intuito de propagar informações sobre algo, buscando sempre atingir e influenciar o leitor apresentando, na maioria das vezes, mensagens que despertam as emoções e a sensibilidade do mesmo.Bula de remédio: é um gênero textual descritivo, dissertativo-expositivo e injuntivo que tem por obrigação fornecer as informações necessárias para o correto uso do medicamento.Receita: é um gênero textual descritivo e injuntivo que tem por objetivo informar a fórmula para preparar tal comida, descrevendo os ingredientes e o preparo destes, além disso, com verbos no imperativo, dado o sentido de ordem, para que o leitor siga corretamente as instruções.Tutorial: é um gênero injuntivo que consiste num guia que tem por finalidade explicar ao leitor, passo a passo e de maneira simplificada, como fazer algo.Editorial: é um gênero textual dissertativo-argumentativo que expressa o posicionamento da empresa sobre determinado assunto, sem a obrigação da presença da objetividade.Notícia: podemos perfeitamente identificar características narrativas, o fato ocorrido que se deu em um determinado momento e em um determinado lugar, envolvendo determinadas personagens. Características do lugar, bem como dos personagens envolvidos são, muitas vezes, minuciosamente descritos.Reportagem: é um gênero textual jornalístico de caráter dissertativo-expositivo. A reportagem tem, por objetivo, informar e levar os fatos ao leitor de uma maneira clara, com linguagem direta.Entrevista: é um gênero textual fundamentalmente dialogal, representado pela conversação de duas ou mais pessoas, o entrevistador e o(s) entrevistado(s), para obter informações sobre ou do entrevistado, ou de algum outro assunto. Geralmente envolve também aspectos dissertativo-expositivos, especialmente quando se trata de entrevista a imprensa ou entrevista jornalística. Mas pode também envolver aspectos narrativos, como na entrevista de emprego, ou aspectos descritivos, como na entrevista médica.

22

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

História em quadrinhos: é um gênero narrativo que consiste em enredos contados em pequenos quadros através de diálogos diretos entre seus personagens, gerando uma espécie de conversação.Charge: é um gênero textual narrativo onde se faz uma espécie de ilustração cômica, através de caricaturas, com o objetivo de realizar uma sátira, crítica ou comentário sobre algum acontecimento atual, em sua grande maioria.

Fotografia:Tem por finalidade mostrar um produto, colocar em evidências suas características do modo mais claro possível. O fotógrafo que faz esse tipo de foto trabalha com certa liberdade e criatividade. Tem também por finalidade mostrar uma imagem em que o leitor se interesse por seu produto.Com a possibilidade do registro fiel da realidade, a fotografia começou a ocupar o lugar da pintura em algumas de suas funções sociais ligadas à vida cotidiana. Uma delas foi a do retrato. Além de mais fiel, a fotografia era mais rápida e barata, o que fez com que a pintura logo deixasse de ser procurada por pessoas que queriam um retrato próprio. Assim, até mesmo muitos pintores abandonaram o antigo ofício e se tornaram fotógrafos, abrindo um estúdio próprio.

Poema: trabalho elaborado e estruturado em versos. Além dos versos, pode ser estruturado em estrofes. Rimas e métrica também podem fazer parte de sua composição. Pode ou não ser poético. Poesia: é o conteúdo capaz de transmitir emoções por meio de uma linguagem, ou seja, tudo o que toca e comove pode ser considerado como poético (até mesmo uma peça ou um filme podem ser assim considerados). Um subgênero é a prosa poética, marcada pela tipologia dialogal.

Gêneros literários:Romance: é um texto completo, com tempo, espaço e personagens bem definidos e de caráter maisverossímil. Também conta as façanhas de um herói, mas principalmente uma história de amor vivida por ele e uma mulher, muitas vezes, “proibida” para ele. Apesar dos obstáculos que o separam, o casal vive sua paixão proibida, física, adúltera, pecaminosa e, por isso, costuma ser punido no final. É o tipo de narrativa mais comum na Idade Média. Ex: Tristão e Isolda.

Conto: é um texto narrativo breve, e de ficção, geralmente em prosa, que conta situações rotineiras, anedotas e até folclores. O conto de fadas, que envolve personagens do mundo da fantasia; contos de aventura, que envolvem personagens em um contexto mais próximo da realidade; contos folclóricos (conto popular); contos de terror ou assombração, que se desenrolam em um contexto sombrio e objetivam causar medo no expectador; contos de mistério, que envolvem o suspense e a solução de um mistério.

23

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Fábula: é um texto de caráter fantástico que busca ser inverossímil. As personagens principais são não humanos e a finalidade é transmitir alguma lição de moral.

Crônica: é uma narrativa informal, breve, ligada à vida cotidiana, com linguagem coloquial. Pode ter um tom humorístico ou um toque de crítica indireta, especialmente, quando aparece em seção ou artigo de jornal, revistas e programas da TV. Crônica narrativo-descritiva: Apresenta alternância entre os momentos narrativos e manifestos descritivos.

Gênero Dramático:Trata-se do texto escrito para ser encenado no teatro. Nesse tipo de texto, não há um narrador contando a história. Ela “acontece” no palco, ou seja, é representada por atores, que assumem os papéis das personagens nas cenas.

Tragédia: é a representação de um fato trágico, suscetível de provocar compaixão e terror. Ex: Romeu e Julieta, de Shakespeare.

Farsa: é uma pequena peça teatral, de caráter ridículo e caricatural, que critica a sociedade e seus costumes A farsa consiste no exagero do cômico, graças ao emprego de processos grosseiros, como o absurdo, as incongruências, os equívocos, os enganos, a caricatura, o humor primário, as situações ridículas.Comédia: é a representação de um fato inspirado na vida e no sentimento comum, de riso fácil. Sua origem grega está ligada às festas populares.

Poesia de cordel: texto tipicamente brasileiro em que se retratam, com forte apelo linguístico e cultural nordestinos, fatos diversos da sociedade e da realidade vivida por este povo.

Gênero Lírico:

É certo tipo de texto no qual um eu lírico (a voz que fala no poema e que nem sempre corresponde à do autor) exprime suas emoções, ideias e impressões em face do mundo exterior. Normalmente os pronomes e os verbos estão em 1ª pessoa e há o predomínio da função emotiva da linguagem.

Sátira: é o poema lírico em que o emissor faz uma crítica a alguém ou a algo, em tom sério ou irônico.

Haicai: expressão japonesa que significa “versos cômicos” (=sátira). E o poema japonês formado de três versos que somam 17 sílabas assim distribuídas: 1° verso= 5 sílabas; 2° verso = 7 sílabas; 3° verso 5 sílabas;

Soneto: é um texto em poesia com 14 versos, dividido em dois quartetos e dois tercetos.

24

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Gêneros adequados para o trabalho com a linguagem oral:

Contos (de fadas, de assombração, etc.), mitos e lendas populares.

Poemas, canções, quadrinhas, parlendas, adivinhas, trava-línguas, piadas, provérbios.

Saudações, instruções, relatos.

Entrevistas, debates, notícias, anúncios (via rádio e televisão); Seminários, palestras.

Gêneros adequados para o trabalho com a linguagem escrita:

Cartas (formais e informais), bilhetes, postais, cartões (de aniversário, de Natal, etc.), convites, diários (pessoais, da classe, de viagem, etc.); quadrinhos, textos de jornais, revistas e suplementos infantis: notícias, resenhas, classificados, etc.

Anúncios, slogans, cartazes, folhetos;Parlendas, canções, poemas, quadrinhas, adivinhas, trava-línguas, piadas.

Contos (de fadas, de assombração, etc.), mitos e lendas populares, folhetos de cordel, fábulas.

Textos teatrais.

Relatos históricos, textos de enciclopédia, verbetes de dicionário, textos expositivos de diferentes fontes (fascículos, revistas, livros de consulta, didáticos, etc.), textos expositivos de outras áreas e textos normativos tais como estatutos, declarações de direitos, etc.

O texto injuntivo: se caracteriza como tal pelo fato de a intenção estar voltada para instruir o interlocutor acerca de um determinado procedimento. Cabe aqui ressaltar que esse aspecto voltado para a orientação não possui aquela essência coercitiva, apenas sugere como algo deve ser feito. Entre os casos que representam as circunstâncias em questão podemos menciona.

25

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

AVALIAÇÃO

A avaliação subsidia o professor com elementos para uma reflexão contínua sobre a sua prática, sobre a criação de novos instrumentos de trabalho e a retomada de aspectos que devem ser revistos, ajustados ou reconhecidos como adequados para o processo de aprendizagem individual ou de todo grupo. Para o aluno, é o instrumento de tomada de consciência de suas conquistas, dificuldades e possibilidades para reorganização de seu investimento na tarefa de aprender. Para a escola, possibilita definir prioridades e localizar quais aspectos das ações educacionais demandam maior apoio. Por isso, em lugar de apenas avaliar por meio de provas, o professor pode usar também a observação diária e instrumentos variados, selecionados de acordo com cada conteúdo.

Tomar a avaliação nessa perspectiva e em todas essas dimensões requer que esta ocorra sistematicamente durante todo o processo de ensino e aprendizagem e não somente após o fechamento de etapas do trabalho, como é o habitual. Isto possibilita ajustes constantes, num mecanismo de regulação do processo de ensino e aprendizagem, que contribui efetivamente para que a tarefa educativa tenha sucesso.

Critérios para Avaliação da Aprendizagem

Narrar histórias conhecidas e relatos de acontecimentos, mantendo o encadeamento dos fatos e sua sequência cronológica, de maneira autônoma.

Espera-se que o aluno reconte oralmente histórias que já ouviu ou leu, bem como acontecimentos dos quais participou, ou cujo relato ouviu ou leu, procurando manter a ordem temporal dos fatos e o tipo de relação existente entre eles. Ao recontar, deve demonstrar esforços de adequação do registro utilizado à situação de comunicação na qual está inserido o reconto, bem como realizar essa atividade de maneira autônoma.

Demonstrar compreensão de textos ouvidos por meio de resumo das ideias.

Espera-se que o aluno realize, oralmente ou por escrito, resumos de textos ouvidos de forma que sejam preservadas as ideias principais.

Coordenar estratégias de decodificação com as de antecipação, inferência e verificação, utilizando procedimentos simples para resolver dúvidas na compreensão.

Espera-se que o aluno, ao realizar uma leitura, não se limite à decodificação: que utilize coordenadamente procedimentos necessários para a compreensão do texto. Assim, se ele antecipou ou inferiu uma informação, é necessário que busque no texto, pela decodificação, por exemplo, pistas que confirmem ou não a antecipação ou a inferência realizada.

26

Secretaria Municipal de Educação de AnápolisDepartamento Pedagógico Anos Finais

Utilizar a leitura para alcançar diferentes objetivos: ler para estudar, ler para revisar, ler para escrever.

Espera-se que o aluno seja capaz de ajustar sua leitura a diferentes objetivos utilizando os procedimentos adequados a cada situação.

Escrever textos com pontuação e ortografia convencional, ainda que com falhas, utilizando alguns recursos do sistema de pontuação.

Espera-se que o aluno já demonstre conhecimento de regularidades ortográficas e que saiba utilizar o dicionário e outras fontes impressas para resolver as dúvidas relacionadas às irregularidades. Espera-se também que demonstre conhecimento sobre o sistema de pontuação segmentando o texto em frases, pontuando diálogos, etc.

Produzir textos escritos, considerando características do gênero, utilizando recursos coesivos básicos.

Espera-se que o aluno produza textos respeitando as características próprias de cada gênero, no que se refere tanto aos aspectos discursivos quanto às características gráfico-espaciais (paginação), utilizando os recursos coesivos básicos (nexos e pontuação) e apropriados.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

LINGUAGEM&DIÁLOGO DAS IDEIAS LINGUISTICAS DE BAKHTI (Curitiba: Criar, 2003).

LINGUÍSTICA TEXTUAL- FÁVERO, L. L KOCH. São Paulo; Cortez, 1998

PARÂMETROS CURRICULARES DE LÍNGUA PORTUGUESA ANOS FINAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL.

COLEÇÃO DA OLIMPÍADA DE LÍNGUA PORTUGUESA 2018.

REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA ADOTADA NA REDE MUNICIPAL

LIVRO: Português Linguagens. (6º. ao 9º. Anos).

AUTORES: William Cereja Thereza Cochar.

EDITORA SARAIVA.

27