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1 A VOCAÇÃO DO DISCÍPULO MISSIONÁRIO. Pe Messias em 15-10-2013. A VOCAÇÃO DO DISCÍPULO MISSIONÁRIO. Pe Messias em 15-10-2013. Introdução: Vamos partir da frase, cujo tema é da V Conferencia do Episcopado da America Latina: Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida. O lema: "Eu sou o caminho a Verdade e a Vida" (Jo 14,6) 1- O encontro com Jesus Cristo é raiz e fonte de todo o nosso discipulado. A Igreja vive esse encontro, ele é a razão mais profunda de nossa fé, de nossa esperança e de nossa caridade. Diz São Paulo: "Tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo" (FI 3,8). 2- Por isso, o melhor serviço que podemos prestar ao mundo contemporâneo é dar testemunho de Jesus Cristo e anunciá-lo vivo e ressuscitado e presente e com seu Espírito dirige a historia para o cumprimento de suas promessas. 3- O papa João Paulo ll, mostrou que "o encontro com Jesus Cristo vivo", é ponto de partida de ação pastoral. 4- A V Conferencia, lembra que essa dimensão profunda de comunhão com Jesus, é a ocasião propicia para fazer um profundo discernimento a respeito da qualidade de nossa vida, nas celebrações litúrgicas, do trabalho catequético, da ação social e solidária, perguntando se elas levam ao encontro vivo com Jesus, se o celebram, se prolongam e se anunciam aos que estão longe dele ou não conhecem. 5- Graças ao encontro com Jesus, dele a partir dele, temos uma nova visão teológica da pessoa humana, do cosmo, da história, da igreja e, por conseguinte do próprio Deus que se torna próximo e acessível ao seu mistério.

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A VOCAÇÃO DO DISCÍPULO MISSIONÁRIO.Pe Messias em 15-10-2013.

A VOCAÇÃO DO DISCÍPULO MISSIONÁRIO.Pe Messias em 15-10-2013.

Introdução:

Vamos partir da frase, cujo tema é da V Conferencia do Episcopado da America Latina: Discípulos e missionários de Jesus Cristo, para que nele nossos povos tenham vida . O lema: "Eu sou o caminho a Verdade e a Vida" (Jo 14,6)

1- O encontro com Jesus Cristo é raiz e fonte de todo o nosso discipulado. A Igreja vive esse encontro, ele é a razão mais profunda de nossa fé, de nossa esperança e de nossa caridade. Diz São Paulo: "Tudo considero perda, pela excelência do conhecimento de Cristo" (FI 3,8).

2- Por isso, o melhor serviço que podemos prestar ao mundo contemporâneo é dar testemunho de Jesus Cristo e anunciá-lo vivo e ressuscitado e presente e com seu Espírito dirige a historia para o cumprimento de suas promessas.

3- O papa João Paulo ll, mostrou que "o encontro com Jesus Cristo vivo", é ponto de partida de ação pastoral.

4- A V Conferencia, lembra que essa dimensão profunda de comunhão com Jesus, é a ocasião propicia para fazer um profundo discernimento a respeito da qualidade de nossa vida, nas celebrações litúrgicas, do trabalho catequético, da ação social e solidária, perguntando se elas levam ao encontro vivo com Jesus, se o celebram, se prolongam e se anunciam aos que estão longe dele ou não conhecem.

5- Graças ao encontro com Jesus, dele a partir dele, temos uma nova visão teológica da pessoa humana, do cosmo, da história, da igreja e, por conseguinte do próprio Deus que se torna próximo e acessível ao seu mistério.

Discípulos de Jesus Cristo.

1- O termo "discípulo", de grande riqueza bíblica, abre-nos o caminho evangélico e eclesial para chegar a esse individuo que se encontra com Jesus Cristo Vivo.

2- Não é o discípulo que escolhe o mestre. Sempre foi Jesus que chamou o discípulo e o convidou a segui-lo (Mc 3,13-19). A primeira experiência do discípulo consiste no chamado pessoal que Jesus lhe faz, e na vontade de segui-lo que nele nasce e o move a dar sua resposta crente e amorosa, que 0 leva a assemelhar-se a ele. Essa resposta vincula imediatamente e a uma comunidade de fiéis, na qual ele discerne logo qual a sua missão na Igreja e na sociedade.

3- Jesus Cristo é aquele que escolhe e chama; (Lc 6,12-13). O discípulo experimenta que a escolha manifesta gratuitamente o amor de predileção de Deus. "Ele nos amou primeiro” (1 Jo 4,19). Essa escolha amorosa da força ao discípulo para possa seguir a Cristo, conformar e sua vida com ele pôr-se a serviço dele para a missão.

4- O convite de Jesus é pessoal: "Vem e segue-me" (Lc 18,22). Ele sempre escolhe os seus pelo nome (Jo 10,4). Esse chamado acontece às vezes de modo imediato, mas na maioria das vezes acontece por mediações eclesiais e dos diversos acontecimentos da vida, contemplados a luz da fé. A escolha e o chamado requerem ouvidos atentos para escutar e prontos para obedecer.

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5- Numa sociedade como a nossa: em que as instruções mais ruidosas vão em direção oposta e escutar e obedecer ao chamado de Cristo é um convite a centrar toda a nossa atenção e, como Samuel, pedir de coração ao Senhor: ”Fala Senhor, que teu servo escuta" (1Sm 3,10), para perceber mais a fundo de nossos corações o chamado que nos convida a segui-lo.

6- A resposta ao seu chamado está longe de ser meramente intelectual. A escolha amorosa de Jesus, o discípulo responde pela Graça de Deus, com fidelidade até a cruz e o testemunho da Ressurreição a ponto de estar disposto a dar a vida pelos outros. Por isso, seguimento e testemunho, até dar a vida são dois aspectos essenciais da repostas do discípulo.

7- O discípulo entra em comunhão de vida e missão com Jesus. Essa união é tão estreita que a compara como os galhos de uma videira (Jo 15,1-17). Jesus chamou os apóstolos "para que estivessem com EIe" (Mc 3,14); para que assim "todos sejam um". Como tu, Pai, estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós." (Jo 17,21)

8- Alem disso Jesus declara a sua amizade por eles, ”Vós sois meus amigos”(Jo 15,14). A partir dessa amizade, Jesus os envia em missão, para anunciar o Evangelho para todos povos.

9- Para que essa amizade fosse mais profunda e perene: Jesus entregou-se aos seus discípulos como Pão de vida eterna e os convidou na Eucaristia a participar de sua Páscoa. "Assim como o Pai que vive, me enviou e eu vivo pelo Pai, também aquele que de mim se alimenta vivera por mim" (Jo 6,57). Uns o abandonaram, os outros que creram, permaneceram como ele como seus discípulos. (Jo 6,68). Para os seus discípulos Jesus é o Pão da Vida. As primeiras comunidades são fiéis à ordem do Senhor, caracterizavam-se precisamente porque ”mostravam-se assíduos .... à fração do pão e as orações" (At 2, 42).

10- Como Bom Pastor, Jesus precede seus discípulos e os incorpora a seu caminho . Ser discípulo, ir atrás de Jesus, para aprender seu novo modo de viver e de trabalhar, de amar e de servir, e para dotar uma maneira de pensar, sentir e agir, a ponto de experimentar que "já não sou eu que vivo, mas é Cristo vive em mim" (GI 2,2O). Esse seguimento inclui necessariamente o caminho da cruz: "Quem não carrega sua cruz e não vem atrás de mim, não pode ser meu discípulo" (Lc 14,27).

11- Por isso discípulo não é sinônimo de aluno. Discípulo significa relação com uma pessoa, em nosso caso a pessoa de Jesus Cristo, cujos passos o discípulo segue sem reserva, por amor, assimilando-se a seu estilo de vida e a seu projeto.

12- A formação do discípulo de Jesus Cristo deve ter como meta a identificação com ele. Com o exemplo de Paulo, que se identificou profundamente com vida e projeto de Jesus, como discípulo chega ao conhecimento e a uma experiência cada vez mais profunda de sua pessoa, permanece tomado peio amor e missão de Jesus. Dessa forma diz LG,40, o discípulo realiza "plenitude da vida crista e a perfeição do amor”. Ele faz isso com a consciência clara de ser um peregrino, um cidadão do céu (Fl3,2O;Ef2,19), que com ânsia, busca fruir para sempre ”um céu novo e uma nova terra”(Ap 21,1).

13- Ser discípulos de Jesus é ser discípulo da Palavra. "A Palavra estava em Deus e era Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela não se fez nada de tudo o que veio a existir" (Jo 1,1-3). Como cristãos, viver uma fé que provem do Logos, da Razão

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A VOCAÇÃO DO DISCÍPULO MISSIONÁRIO.Pe Messias em 15-10-2013.

Criadora, e que esta, portanto, também aberta a tudo o que é verdadeiramente racional, aberta a natureza de tudo o que foi criado e aos melhores caminhos da humanidade.

14- A vivência sacramental é forca para viver com fidelidade o seguimento de Jesus, para realizar com entusiasmo a missão ao que lhe foi confiada. A liturgia é um dos lugares privilegiados do encontro com Jesus Cristo vivo, uma vez que o próprio Cristo "age por meio dos sacramentos, instituídos por ele para comunicar a Graça”.

15- Toda a vida cristã tem seu fundamento no sacramento do Batismo. Ele é o acesso a vida no espírito, a porta entrada para todos os outros sacramentos. Por meio do Batismo Cristo perdoa os pecados, e pela ação do Espírito Santo nascemos como filhos e filhos de Deus. Chegamos a ser membros do Corpo de Cristo, somos incorporados a Família de Deus, e recebemos a vocação a santidade e ao apostolado, como participes da missão da Igreja.

16- O sacramento da confirmação, juntamente com o sacramento do batismo e a Eucaristia, constitui o conjunto dos ”sacramentos da iniciação cristã". Esse sacramento une os batizados mais estreitamente a comunhão e a missão da Igreja, e nos enriquece com o Dom do Espírito Santo de Jesus, para que sejamos testemunhas intrépidas do Evangelho de Jesus Cristo diante do mundo.

17- O sacramento da Eucaristia, ele é mesmo tempo sacramento-sacrifício, sacramento- comunhão, sacramento-presença e sacramento-envio. A Eucaristia é a "Ponte e ápice”, do encontro do discípulo com Jesus Cristo Vivo e expressa e realiza a unidade do Povo de Deus (LG, 11). A ela se unem e a e\a se ordenam todos os outros sacramentos, assim como todos os outros ministérios e obras de apostolado. A missa é onde os cristãos vivem de modo particularmente intenso a escuta da Palavra, e revivem a experiência que os apóstolos tiveram na tarde do memorial primeiro dia da semana, quando o Ressuscitado se manifestou a eles quando estavam reunidos e os enviou como missionários para transformar o mundo.

18- No sacramento da Reconciliação, o discípulo arrependido volta a casa paterna como filho pródigo. E Cristo, nosso único mediador e salvador, que renova, por obra do Espírito Santo, a Nova Aliança de reconciliação e de paz com o Pai entre os irmãos, fortalece ou ainda reincorpora na comunhão, e renova sua confiança em que lhe pede perde perdão, convidando-o para celebração da Eucaristia e enviando para ser sal da terra e luz do mundo, para praticar a misericórdia depois de tê-la alcançada por Deus.