Vigilância Laboratorial da Influenza no Brasil, avanços e ... · Análise e resultados...
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V Seminário Estadual sobre Influenza e outras doenças respiratórias agudas Curitiba, 12 de abril de 2016
Vigilância Laboratorial da Influenza no Brasil, avanços e desafios
Laboratório de Referência Nacional para Influenza, Fiocruz/[email protected]
Maria de Lourdes Aguiar Oliveira
V Seminário Estadual sobre Influenza e outras doenças respiratórias agudas Curitiba, 12 de abril de 2016
Sumário
I. Vigilância laboratorial de Influenza, 2015-2016
II. Avanços e desafios
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I. Vigilância laboratorial de vírus Influenza
Influenza
Hemaglutinina (HA)
Penetração celularPrincipais sítios antigênicosVariabilidadeComposição da vacina
Neuraminidase (NA)
Brotamento viralAlvo dos NAi identificação de mutações associadas à resistênciaComposição da vacina
Familia: OrthomyxoviridaeGenero: Influenzavirus A, B e C
Matriz (M1)
Alta variabilidade acúmulo de mutações e rearranjo entre os segmentos gênicosepidemias anuais , potencial pandêmico (Influenza A, novo subtipo)necessidade de revisão anual da composição da vacina
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1. Identificação dos patógenos respiratórios
Distribuição espaço-temporal, sazonalidade, morbi-mortalidade, carga da doença e outras análises epidemiológicas, visando orientar a tomada de decisões relevantes para a Saúde Pública
Onde, quando, quem, como? Intervenção
Rotina da vigilância: fechamento de casos suspeitos, investigação/bloqueio de surtos, investigação de óbitos, entre outras ações.
Vigilância laboratorial de Influenza
Ensaios Imunofluorescência
Influenza A, influenza B, vírus sincicial respiratório, adenovirus, parainfluenza 1, 2 e 3 e HMPVRT-PCR em tempo real
Influenza A/H1N1p, A/H3N2, B
Análise e resultados individuais vig.epidemiológica e diagnóstico
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2. Monitoramento dos vírus circulantes Orientar a seleção de cepas virais para a composição da vacina anual/OMS
Investigar a emergência de novos subtipos
Vigilância laboratorial de Influenza
Análises e ensaios• Análise genômica sequenciamento e análise filogenética dos genes HA e NA*
• Análise antigênica HA, HI*
• Análise de resistência aos antivirais sequenciamento/pirosequenciamento
• Análise agregada, resultados sob a forma de relatório*
A FINALIDADE NÃO É DIAGNÓSTICO, É VIGILÂNCIA!
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Fiocruz (RJ)LRN, NIC/OMS
Instituto Adolpho Lutz (SP )IAL,LRR, NIC/OMS
Instituto Evandro Chagas (PA)IEC,LRR, NIC/OMS
Brasil: Sistema de Laboratórios (SISLAB)
Portaria 2031/2004
Complexidade de ensaiosEnvio de amostras
(positivas, inconclusivas, não subtipáveis)
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Estadual Nacional Internacional
Rede de vigilância laboratorial de Influenza
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Vacina trivalente•1 cepa A/H3 •1 cepa A/H1N1p• 1 cepa FluB (Yam ou Vic)
As cepas vacinais são revisadas anualmente, com base no monitoramento dos virus circulantes
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Cepas vacinais recomendadas pela OMS para o Hemisfério Sul, 2015 e 2016
http://www.who.int/influenza/vaccines/virus/recommendations/2015_south/en/
http://www.who.int/influenza/vaccines/virus/recommendations/2016_south/en/
Influenza Cepas vacinais, 2015 Cepas vacinais, 2016H1N1p A/California/07/2009-like A/California/07/2009-like
A/H3 A/Switzerland/9715293/2013 (H3N2)-like (3C.3a)
A/HongKong/4801/2014(H3N2)-like (3C.2a)
FluB B/Phuket/3073/2013 (Yam) B/Brisbane/60/2008-like (Vic)
B/Brisbane/60/2008-like (Vic) B/Phuket/3073/2013 (Yam)
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SG, 2015
SG, 2016
SRAG, 2016
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0
5
10
15
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25
30
35
AL BA PR SC SENão detectável 26 4 0 2 14Influenza B 0 3 4 1 0 A(H1N1)pdm09 5 9 15 20 3
Distribuição de vírus Influenza, segundo a UF, nas amostras recebidas pela Fiocruz, jan-abr 2016
N=106
* Resultados combinados LACENS/Fiocruz
A(H1N1)pdm09; 52
Influenza B; 8
Não detectável; 46Fonte: Lab. Virus Respiratórios e do Sarampo, IOC, Fiocruz (ate 4/04/2016)
UF NAL 31BA 16PR 19SC 23SE 17Brasil 106
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Distribuição de vírus Influenza, segundo a SE, nas amostras recebidas pela Fiocruz, jan-abr 2016
Fonte: Lab. Virus Respiratórios e do Sarampo, IOC, Fiocruz (até 4/04/2016)
0
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Semana Epidemiológica
Não detectável Influenza B Influenza A(H1N1)pdm09
* Resultados combinados LACENS/Fiocruz
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Análise genômica dos vírus circulantes2015-2016
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Vigilância laboratorial/ LAB. REFERENCIAcritérios de seleção de amostras para o sequenciamento
• Valores de Ct (<30)
• UF
• Semana epidemiológica (inicio, meio e fim)
• Suptipo de Influenza
• Influenza B (linhagem)
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6B
Brazil 2016
Evolutionary RelatioshipAmong Influenza A(H1N1)pdm Hemagglutinin GeneBrazil ML HKY+G SPR (nt 1 – 857)
2016201520142013
Group 6
6C (V341) D97N, S124N, S185T
K163Q,A256T
A/H1N1p
Apesar da variabilidade genômica, não ocorreram mudanças antigênicas importantes.A componente A/H1N1 da vacina é o mesmo desde 2009
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A/Hong-Kong/4801/2014 (H3N2)- vac 2016
A/Switzerland/9715293/2013 (H3N2) -2015
Maximum-likelihood Influenza A/H3N2 Phylogenetic Tree, 2015 (gene HA)
PHYML GTR+I+G, SPR
Influenza A/H3N2
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Fev-MaiE62KN122DM347K
3C.3b
Mai-Out
3C.3a
T128AA138TR142GN145SF159SN225D
Jan-Mai
2015 Southern Hemisphere vaccine strain (2015):A/Switzerland/9715243/2013
Sequencias BrasilSequências representativas globais
3C2
A/Switzerland/9715243/2013
Maximum-likelihood Influenza A/H3N2 Phylogenetic Tree, 2015 (gene HA)- GRUPO 3C3
PHYML GTR+I+G, SPR
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Jan-Mar
Ago-Nov
Mar-Jul
3C3
A/Hong-Kong/4801/2014D489N
L31IN144SN145SF159YK160TN255DQ311H
Maximum-likelihood Influenza A/H3N2 Phylogenetic Tree, 2015 (gene HA)- GRUPO 3C2
PHYML GTR+I+G, SPR
2016 Southern Hemisphere vaccine strain: A/Hong-Kong/4801/2014 (3C.2a)
Vacina 2016Sequencias BrasilSequências representativas globais
A/H3N2Houve mudança na composição da vacina.Essa mudança é compatível com a maioria dos vírus circulantes no Brasil (em 2015) e no mundo.
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Distribuição das linhagens de Influenza B, segundo a UF. Brasil, 2015-2016
VIC14%
YAM86%
2015
N=181
Vacina: B/Phuket/3073/2013 (Yam)
VIC89%
YAM11%
2016
N=9
Vacina: Brisbane/60/2008-like (Vic)
2016 VIC YAM Total BA 3 0 3SP 4 0 4PR 1 1 2Brasil 8 1 9
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Y3
Q122KM251V
L172Q
T234R
K211R
T234K
M251I
2016 South Hemisphere vaccine strain: B/Brisbane/60/2008-like (Victoria lineage)B/Phuket/3063/2013 (Yam)
VacinasSequencias BrasilSequencias internacionais 2016
Maximum-likelihood Influenza B Phylogenetic Tree, 2015Yamagata lineage, gene HA
PHYML GTR+I+G, SPR
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K48E E80R K129NI190V I199T
V248I, I318V
T189A
N165K
V146I
K129D
V252M
K209N
A169E
I117V
I97M, T258AN75KN165KS172P
V1a
Current Southern Hemisphere vaccine strain: B/Brisbane/60/2008-like (Victoria lineage)
Vacina 2016Sequencias BrasilSequencias 2016
Maximum-likelihood Influenza B Phylogenetic Tree, 2016Victoria lineage (1710bp), gene HA
PHYML GTR+I+G, SPR
Houve alteração na composição da vacina.Yamagata (2015) Victoria (2016)
Necessidade de monitoramento dos vírus circulantes em 2016: concordância ou não com a vacina trivalente?
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Influenza Substituições N Resistência (n)H1N1p H275Y 13 0A/H3 E119V; I222V+E119V* 125 0
FluB E105K, E117A/D/G/V, Q138R, P139S, G140R, R150K, D197E/N/Y, A200A/T, I221L/T/V/I, A245T, H273Y, R292K,
N294S, K360E, R374K, A395E, G407S, D432G
13 0
Análise de resistência , 2015
*redução na sensibilidade ao OST
20162016 Foram investigadas 17 amostras H1N1p não foram identificadas mutações associadas à resistência
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II. Avanços e desafios
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Avanços Implementação do N de amostras estudadas, nos últimos
anos
Treinamentos e/ou descentralização de ensaios moleculares (Flu, OVR, determinação da linhagem de FluB/RT-PCR em tempo real)
Treinamento dos demais NICs/pirosequenciamento
Sistema de informações: adesão de LACENs ao GAL
Padronização de protocolos de análise entre os NICs para o sequenciamento genes completos
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Desafios
Implementar a representatividade regional na amostragem investigada (Norte vs. Sul; Nordeste)
Promover a melhoria contínua do sistema de informações
• Interface entre as diferentes bases de dados (SINAN, SIVEP, GAL)
• Acesso universal às instâncias integrantes do sistema• Feed-back de informações
Garantir recursos humanos e financeiros, evitando a descontinuidade do Programa
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- Implementação quantitativa da análise antigênica
- Adoção da vacina tetravalente para Influenza
Concordância entre as cepas vacinais e vírus circulantes
Influenza N Cepas vacinais Brasil 2015H1N1p 3 A/California/07/2009 A/California/07/2009-likeA/H3 16 A/South Austrália/55/2014
(~ A/Switzerland/9715293/2013)A/Texas/50/2012 (N=13) A/Switzerland/9715293/2013-like (N=3)
FluB 4 B/Phuket/3073/2013 B/Phuket/3073/2013
Desafios
V Seminário Estadual sobre Influenza e outras doenças respiratórias agudas Curitiba, 12 de abril de 2016Reunião Nacional de Influenza Dez, 2013
Agradecimentos
GT Influenza/SVS/Ministério da SaúdeLaboratórios Centrais de Saúde Pública (LACENs)Vigilância Epidemiológica dos estadosInstituto Evandro ChagasInstituto Adolpho Lutz
Equipe técnica/Fiocruz-RJ
Marilda SiqueiraDavid BrownOtavio OlivaFernando MottaMaria de Lourdes A OliveiraAline MattosBraulia CaetanoPaola ResendeCristiana CoutoMilene MesquitaAngela PinhãoTania AndradePriscila BornJaline Costa
Contato LRN, Fiocruz-RJMarilda Siqueira, [email protected] Motta, [email protected] Oliveira, [email protected]
Reunião Macrorregional de Vigilância da Influenza nov 2015
Amostras positivas com Ct ≤ 30;Incluir amostras de diferentes tipos/subtipos (A/H1, A/H3 e B);Incluir amostras de diferentes faixas etárias;Incluir amostras tanto de SG quanto de SRAG.Incluir amostras das diferentes regiões de abrangênciaAs amostras de SRAG devem obedecer ao seguinte critério:- Indivíduos com idade entre 2 e 60 anos. - Pacientes em uso de oseltamivir com internação prolongada (> 10 dias).
Além destas amostras, TODOS os LACENs também deverão enviar aos laboratórios de referência:Todas as amostras não subtipáveis;Todas as amostras inconclusivas; Todas as amostras de trabalhadores de avicultura e suinocultura.Todas as amostras de óbitos: indivíduos com idade entre 2 anos e 60 anos, vacinados recentemente ou em uso de oseltamivir até dois dias depois do inicio dos sintomas;
Vigilância laboratorial: critérios de seleção de amostras para envio às referências (Guia de Vigilância para Laboratórios/MS)
Reunião Macrorregional de Vigilância da Influenza nov 2015
Região UF Dez Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Total
Nord
este
Alagoas 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Bahia 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Sergipe 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Sude
ste
Espírito Santo 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Minas Gerais 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Rio de Janeiro 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Sul
Paraná 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Rio Grande do Sul 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
Santa Catarina 5 5 5 5 15 10 10 10 10 15 5 5 100
LACEN que realizam RT-PCR em Tempo Real:
Tabela 2: Quantitativo de amostras positivas para Influenza para encaminhamento aos laboratórios de referência de acordo com o mês.
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Árvore filogenética: como ler?
Linhas horizontais: dimensão em termos de mudança genética, ao longo do tempo.Quanto maior o comprimento da linha, maior o acúmulo de substituições
Tips: vírus sequenciados
Nós: ancestralidade
Raiz
Clados (A, B e C): grupos de sequências que possuem um ancestral comum
Valores de suporte estatístico para cada grupo (robustez)