VII - RACIOCÍNIO GEOLÓGICO
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T1 – A GEOLOGIA, OS GEÓLOGOS E OS SEUS MÉTODOS
ES JOSÉ AFONSO 10/11 PROFª SANDRA NASCIMENTO
Ao longo da sua história, a Terra tem sofrido continuamente a
acção de inúmeros agentes que vão modelando a sua superfície.
Algumas alterações são lentas e contínuas, como as provocadas
pelos rios, glaciares, ventos, entre outros; outras são alterações
bruscas e violentas, provocadas pelos sismos e vulcões.
As modificações sofridas pela Terra vão
reflectir-se no tipo de seres vivos que a
habitam e na sua distribuição. Assim, no
decorrer dos tempos, verificou-se o
desaparecimento de várias espécies e o
surgimento de outras.
Um dos exemplos mais notáveis, mas
não único, é o dos dinossauros.
Os paleontólogos vitorianos acreditavam que sendo criaturas com
cérebros tão minúsculos os dinossauros eram extremamente
estúpidos e não tiveram competência para continuar a existir.
Hoje, esta teoria foi abolida. Os tamanhos dos cérebros não
medem a inteligência! Se sendo incompetentes eles viveram mais
de 160 M.A, imaginem se fossem inteligentes !
Alguns cientistas propuseram que todas as espécies têm um
tempo certo de existir. Para eles, os dinossauros viveram
demasiado tempo e já não tinham mais para onde evoluir.
Assim, passaram a desenvolver estruturas aberrantes e sem
função, que os levaram à extinção.
Alguns acreditam que os dinossauros desenvolveram um tipo
de catarata causada pelo aumento da emissão de raios ultra-
violeta na Terra. Sem se poderem guiar, podiam cair em
abismos ou acabarem presos em armadilhas naturais.
A emissão excessiva de raios ultra-violeta teria causado
cancro de pele nos dinossauros, levando-os à morte.
Propôs-se que os dinossauros desenvolveram novas doenças e
que, sendo migratórios por natureza, acabavam por as levar
para outras regiões, contaminando outros dinossauros.
Uma praga de lagartas teria dizimado todos os vegetais do
planeta, acabando com a fonte de alimento dos herbívoros.
Alguns “cientistas” (?) propuseram que os dinossauros teriam
sido caçados por extraterrestres, incansavelmente, até à
extinção.
Alguns paleontólogos acreditam que pequenos mamíferos
comiam ovos de dinossauros e poderiam ter prejudicado, de
forma permanente, o processo de reprodução dos mesmos.
É a mais aceita e difundida em todo o mundo. Uma enorme
cratera de vários quilómetros de diâmetro encontrado no Golfo
do México evidência que há 65 milhões de anos um enorme
meteorito caiu na Terra, provocando uma explosão de impacto
com potência maior que o de todas as armas nucleares juntas.
A própria explosão em si matou milhares de animais, não só
onde houve a queda como também, por milhares de quilómetros
de distância. O impacto também causou um enorme maremoto
que varreu todas as áreas costeiras do planeta.
Causou inúmeros terramotos e erupções vulcânicas que
expeliram lava e gases tóxicos que com a poeira levantada pelo
impacto formaram uma espessa camada ao redor de todo o
planeta, que impediu a entrada de luz solar, talvez por alguns
meses ou até anos. Sem a luz, as plantas não podiam fazer
fotossíntese e acabaram por morrer. Os dinossauros herbívoros,
que necessitavam de enormes quantidades de plantas para se
sustentarem acabaram morrendo de fome. Com tantas carcaças
os carnívoros fizeram a festa. Só que o que é bom dura pouco. As
carcaças acabaram e até eles sucumbiram. É o fim dos
dinossauros!
65 milhões de anos
diâmetro 10 km
cratera 200 km
Chicxulub - México
extinção do dinossauros
Das explicações propostas para a extinção dos dinossauros
podem considerar-se duas linhas de pensamento:
Ocorrência de grandes catástrofes;
Explicações não catastróficas.
Existem duas visões de interpretação dos dados sobre os
acontecimentos que ocorrem no nosso planeta:
Catastrofismo – Cuvier
Uniformitarismo - James Hutton
Um dos aspectos que começou a ser valorizado no séc. XVIII
foi a análise de fósseis.
Havia algo que intrigava os naturalistas da época fase ao
pensamento em vigor na altura de que as espécies
permaneciam imutáveis ao longo dos tempos.
Como explicar a existência de fósseis de certas espécies
presentes em determinadas camadas e que não surgem
noutros estratos, nem existem na actualidade ?
Admite que na História da Terra teria havido
uma sucessão de catástrofes geológicas, que
teriam destruído as espécies existentes num
dado local. Posteriormente ocorria o
repovoamento da zona afectada por novas
espécies vindas de outras regiões (migrações).
Cuvier
Conclusão: as grandes alterações ocorridas à superfície da Terra
foram provocadas por catástrofes. Exemplos: Inundações (associada a
ideia do dilúvio universal), sismos, erupções vulcânicas, etc.
James Hutton;
O uniformitarismo é uma corrente do pensamento
geológico idealizada por James Hutton, considerado o
pai da geologia moderna e, posteriormente,
desenvolvida por Charles Lyell.
Segundo esta teoria, os aspectos geológicos podem ser
explicados à luz de processos que decorrem na
actualidade.
Este geólogo apercebeu-se por exemplo, que as montanhas não
são estruturas eternas, mas que foram esculpidas ao longo dos
tempos nas suas formas actuais por acção dos agentes erosivos.
As leis da natureza são constantes no espaço e no tempo.
As causas que provocaram determinados fenómenos no
passado são idênticas às que provocam o mesmo tipo de
fenómenos no presente – PRINCÍPIO DO ACTUALISMO OU
PRINCÍPIO DAS CAUSAS ACTUAIS
“ O presente é a chave do passado”
A maior parte das mudanças geológicas são lentas e graduais -
PRINCÍPIO DO GRADUALISMO
Esta teoria baseia-se no uniformitarismo como guia
principal para a compreensão dos fenómenos terrestres,
mas não exclui o facto de catástrofes ocasionais terem
contribuído para algumas alterações da superfície da
Terra.
Exemplo: explicação para a extinção dos dinossauros.
Levou mais de 250 milhões
de anos para depositar esta
sequência de rochas.
As rochas da base têm
aproximadamente 2 bilhões
de anos.
The Grand Canyon
Esta cratera (+- 2 km de
diâmetro) formou-se em
menos de um minuto há
50.000 anos atrás.
EUA
FIM