VII Seminário de CAPs Ad & V Encontro de Tabagismo de SP · VII Seminário de CAPs Ad & V Encontro...
Transcript of VII Seminário de CAPs Ad & V Encontro de Tabagismo de SP · VII Seminário de CAPs Ad & V Encontro...
VII Seminário de CAPs Ad &
V Encontro de Tabagismo
de SP
Andréa Reis Cardoso
Programa Nacional de Controle do Tabagismo
Instituto Nacional de Câncer José de Alencar
Ministério da Saúde
Dependência química – Código Internacional de Doenças (CID10) da
Organização Mundial da Saúde.
Causa: câncer, doenças cardiovasculares, enfisema e outras.
Tabagismo passivo: não fumantes - risco de câncer, infarto, infecções respiratórias dentre outros agravos.
Mundo 5 milhões de mortes / ano
Brasil - 200 mil mortes / ano
Século XX – 100 milhões de mortes no mundo
Século XXI – estimativa de 1 bilhão de mortes
TABAGISMO
Fontes:
Banco Mundial 2003
Organização Mundial de Saúde 2008 e 2011
Concentrado nas populações de menor renda e escolaridade
No mundo, 100.000 jovens começam a fumar a cada dia, destes 80% vivem em países pobres
2ª droga mais consumida entre os adolescentes
Porta de entrada para outras drogas
Expressiva experimentação - 13 a 15 anos
50% dos que experimentam tabaco se tornam fumantes na vida adulta
TABAGISMO
Exposição crônica 4.700 substâncias tóxicas - 48 carcinogênicas
Dependência de Nicotina
Doença crônica = CONTROLE
Adoecimento e mortes
Consumo do tabaco
Propaganda e promoção
Baixos preços
Fácil acesso aos jovens
Mercado ilegal dos produtos
Globalização das estratégias
para expansão de mercado
lobby econômico e
político para minar os
esforços de controle
do tabagismo
Promover a iniciação
Reduzir a cessação
Expansão do consumo Dependência
química
Resultado de um negócio Uma epidemia estrategicamente construída por um comércio
Prevalência de fumantes no Brasil 18 anos e mais
1989 a 2010
• 1989 – PNSN – áreas urbanas e rurais: 33,4%
• 2003 – PMS – áreas urbanas e rurais: 21,9%
• 2003 – Inquérito* – 16 capitais: 20,3%
• Vigitel – capitais:
– 2006: 16,2%
– 2007: 16,4%
– 2008: 15,2%
– 2009: 15,5%
– 2010: 15,1%
• 2008 - PETAB/GATS: 18,1%
* Inquérito Domiciliar
Iniciação – PETAB 2008
• Faixa etária predominante: 17 a 19 anos
• Mulheres começam mais cedo
• Nordeste e Centro-Oeste: maior proporção de indivíduos que
começaram <15 anos
• Indivíduos com menor escolaridade: maior proporção dos que
começaram com < 15 anos
“ Se a companhia quiser sobreviver e prosperar a longo prazo,
deve conseguir uma fatia de mercado jovem...
precisamos elaborar novas marcas particularmente atraentes
para o jovem fumante...
... considerando os fatores que influenciam os pré-fumantes a
experimentarem um cigarro, aprender a fumar e se tornar
fumantes definitivos.”
(R.J. Reynolds, 1973)
Adolescentes são o alvo!
“ Do ponto de vista demográfico , a explosão da população
observada em muitos países subdesenvolvidos garantem um
grande mercado potencial para os cigarros. Do ponto de vista
cultural, é possível que a demanda aumente com a contínua
emancipação da mulher e com a vinculação na mente de muitos
consumidores entre os cigarros e a modernização, a sofisticação, a
riqueza e o sucesso, uma conexão estimulada em grande parte
pela publicidade de cigarro em todo o mundo”.
(Investor Responsibility Research Center _ Tobacco Sales in Developing Countries:
Philip Morris – 1982 – Annual Meeting)”
Mulheres são o alvo!
INCA/FGV, 1998
Estratégia da Indústria
Modelos de
Comportamento
INCA/FGV, 1998
Modelos de Comportamento
Estratégia da Indústria
É só uma questão de escolha
Estratégia da Indústria
Propaganda - histórica
INCA/FGV, 1998
•
Patrocínio de eventos culturais
– Publicidade Indireta
Estratégia da Indústria
INCA/FGV, 1998
Estratégia da Indústria
Propaganda
Eventos HOJE
José Múcio Monteiro – Ministro da Secretaria de Relações
Institucionais
Patrocínio de eventos esportivos
– Publicidade Indireta
Estratégias da Indústria
Estratégia da Indústria
Propaganda
Ponto de venda & Festas
HOJE
“Várias crianças, quando começam,
não gostam do sabor do cigarro e
começam a tossir. Mas um cigarro
com sabor, digamos cereja, a eles
pode parecer melhor. E pode matar
o gosto (ruim do cigarro) para eles e
assim, podem começar mais cedo.”
(Brown & Williamson, 1984,
Bates #679235846)
Facilitar a experimentação - primeiro contato
com o produto menos aversivo
A indústria do tabaco diz:
“Não promovemos os nossos produtos para os jovens”
Precisamos ficar atentos
Formas de utilização:
Aspirado
Inalado
Mascado
Apresentações:
Cachimbo
Rapé
Tabaco mascado
Charuto
Cigarro
Cigarro de Bali ou Kretek
Narguillé
EXPANSÃO DA OFERTA
PRODUTOS DERIVADOS DO TABACO
Programa Nacional de Controle do Tabagismo
PNCT - 1986
Uma estratégia para o enfrentamento
Econômicas Legislativas
Educativas
Ações Nacionais
Vigilância Mobilização
Social
Cessação
Comunicação
Ações Casadas
PNCT – AÇÕES EDUCATIVAS PONTUAIS
Dia Mundial sem tabaco
31/05
Dia Nacional de Combate
ao Fumo
29/08
Educação e Informação
Tratamento cessação do tabagismo no SUS
Rede de cooperação e parcerias - descentralização
Incentivo à legislação
Incentivo à regulação dos Produtos de tabaco
Vigilância e Monitoramento
Mobilização e controle social
Intersetorialidade
Integralidade
PNCT – AÇÕES EDUCATIVAS CONTÍNUAS
Objetivos estratégicos
Promoção da cessação Proteção ao tabagismo
passivo
AÇÕES
Prevenção da iniciação
FAMÍLIA
ENTORNO SOCIAL
POLÍTICAS PÚBLICAS
REDE DE CONTROLE E
PROTEÇAO SOCIAL
Interferências
indevidas
CONTROLE DO TABAGISMO DIMENSÕES
CONVENÇÃO QUADRO DA OMS
PARA CONTROLE DO TABACO
Estratégia para o enfrentamento MUNDIAL
REAÇÃO GLOBAL
Implementação Nacional
POLÍTICA NACIONAL PARA O CONTROLE DO TABAGISMO
Reação Global
Convenção Quadro para Controle do Tabaco
Em 1999, 192 países solicitaram à Assembléia Mundial de
Saúde da ONU a negociação de um Tratado Internacional para
controlar a expansão do consumo de tabaco.
CQCT
“proteger as gerações presentes e futuras das devastadoras
conseqüências sanitárias, sociais, ambientais e econômicas
geradas pelo consumo e pela exposição à fumaça do tabaco,
proporcionando uma referência para as medidas de controle do
tabaco, a serem implementadas pelas Partes ... a fim de reduzir
de maneira contínua e substancial a prevalência do consumo e a
exposição à fumaça do tabaco “
...Profundamente preocupadas com o elevado aumento do número
de fumantes e outras formas de consumo de tabaco entre
crianças e adolescentes em todo o mundo, particularmente com
o fato de que se começa a fumar em idades cada vez menores;
...Seriamente preocupadas com o impacto de todos os tipos de
publicidade, promoção e patrocínio destinados a estimular o uso
de produtos de tabaco;”
MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DA DEMANDA:
proteção contra o tabagismo passivo;
regulação dos produtos de tabaco (conteúdo, emissões);
regulação da divulgação das informações sobre os produtos;
embalagem e etiquetagem dos produtos de tabaco;
educação, comunicação, conscientização;
publicidade, promoção e patrocínio;
promoção da cessação do tabagismo.
Política Nacional de Controle do Tabaco
Diretrizes - CQCT
MEDIDAS PARA A REDUÇÃO DA OFERTA:
controle do comércio ilícito do tabaco;
proibição da venda a menores de idade ou de comércio por
menores de idade;
apoio a atividades alternativas economicamente viáveis.
Política Nacional de Controle do Tabaco
Diretrizes - CQCT
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/dnn/2003/Dnn9944.htm
Criada por Decreto Presidencial em 2003
Interministerial - 16 Ministérios
Fórum de sinergia e compartilhamento de ações
Presidência - Ministro da Saúde
Secretaria Executiva – INCA
Perfil executivo
Objetivo – construir uma agenda intersetorial de Estado para
implementar a Convenção-Quadro
Comissão Internacional para Implementação
da Convenção-Quadro CONICQ
CONICQ - Comissão Interministerial
Planejamento
Relações Exteriores
Meio
Ambiente
Comunicação
Educação
Ciência e Tecnologia
Trabalho Agricultura
Justiça Sec.
Nacional
Antidrogas
Sec.
de Políticas
p/ mulheres
Saúde
Indústria e
Comércio
Fazenda
Desenvolv. Agrário
CONICQ
Ações prioritárias – coordenadas
Elevação de preços e impostos
Diminuição dos pontos de venda
Proibição total da propaganda (ponto de vendas, embalagem dos
produtos, venda casada, patrocínio de festas)
Ação educativa
PREVENÇÃO DA
INICIAÇÃO
Ações prioritárias – coordenadas
CESSAÇÃO DO
TABAGISMO
Ampliação da oferta do tratamento do fumante no SUS
Discutir possíveis estratégias para tratar grupos específicos
Ações prioritárias – coordenadas
Tabagismo
Passivo
•Sensibilização da população sobre os malefícios da fumaça ambiental
do tabaco
•Apoio da população na formulação de políticas de controle do
tabagismo
•Esclarecimento e sensibilização de legisladores para criação de leis de
promoção de ambientes livres
•Aprovação de legislação que garanta ambientes fechados 100% livres
de tabaco
Redução do tabagismo entre mulheres
Redução do tabagismo - na população de menor renda e escolaridade
Experimentação entre adolescentes em regiões específicas
Mercado ilegal – 30% do consumo nacional
Acessibilidade aos produtos: preços e capilaridade dos pontos de
venda
Indústria do tabaco: violação da legislação, e ações judiciais / lobby / MARKETING “SOCIAL”
Desafios:
Fator de risco altamente prevenível;
Sua expansão resulta de estratégias de mercado e interferência nas
medidas para redução do tabagismo;
A eficiência de uma politica de controle do tabagismo depende
sobretudo de um ambiente social e legislativo que reforce as ações
voltadas para promover a cessação de fumar e
prevenir a iniciação;
Informação e controle social são essenciais sobretudo para
proteger as politicas públicas da interferência indevida da indústria do
tabaco.
Considerações Finais - TABAGISMO