VIII Seminário Nacional sobre Ensino de Língua Materna e ... · a prática reflexiva, além de...

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VIII Seminário Nacional sobre Ensino de Língua Materna e Língua Estrangeira e de Literatura & I Simpósio Internacional de Estudos em Linguagem COMISSÃO ORGANIZADORA Profa. Dra. Sinara de Oliveira Branco Coordenação Geral (UFCG) Profa. Dra. Josilene Pinheiro Mariz (UFCG) Profa. Dra. Maria Angélica de Oliveira (UFCG) Profa. Dra. Márcia Tavares Silva (UFCG) Profa. Ms. Elizabeth Maria da Silva (UFCG) Profa. Ms. Karine Viana Amorim (UFCG) Profa. Ms. Maria Dalva Sarinho (Secretaria Estadual de Educação-PB) COMISSÃO ACADÊMICO-CIENTÍFICA Profa. Dra. Alfredina Rosa Oliveira (UEPB) Prof. Dr. Álvaro Faleiros (USP) Profa. Dra. Ana Elisa Ribeiro (CEFET - MG) Profa. Dra. Beth Marcuschi (UFPE) Prof. Dr. Dário Pagel (UFS) Prof. Dr. Diógenes Buenos Aires de Carvalho (UEPI) Prof.Dr. Edmilson Luiz Rafael (UFCG) Profa. Dra. Helena Topo Valentim (Univ. Nova de Lisboa) Profa. Dra. Jaciara Josefa Gomes (UPE) Profa. Dra. Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG) Prof. Dr. Júlio César Araújo (UFC) Prof. Dr. Linduarte Rodrigues (UEPB) Profa. Dra. Magnólia Brasil Nascimento (UFF) Profa. Dra. Márcia Tavares Silva (UFCG) Profa. Dra. Maria Angélica de Oliveira (UFCG) Profa. Dra. Maria Augusta G. Macedo Reinaldo (UFCG) Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bezerra (UFCG) Profa. Dra. Maria Ester Vieira Sousa (UFPB) Profa. Dra. Maria Virgínia Leal (UFPE) Profa. Dra. Mônica Mano Trindade Ferraz (UFPB) Profa. Dra. Naelza de Araújo Wanderley (UFCG) Profa. Dra. Rita Jover Faleiros (UNIFESP) Prof. Dr. Roberto Carlos de Assis (UFPB) Prof. Dr. Roberto Mulinacci (Univ. de Bolonha) Profa. Dra. Simone Dália de Gusmão Aranha (UEPB) Profa Dra. Sinara de Oliveira Branco (UFCG) Profa. Dra. Sueli Liebig (UEPB) Profa. Dra. Tânia Maria Augusto Pereira (UEPB) Profa. Dra. Williany Miranda da Silva (UFCG) Profa. Dra. Zuleide Duarte (UEPB) COMISSÃO TÉCNICA Ananília Meire Estevao da Silva Arinélio Lacerda Junior Déborah Alves Miranda Isolda Alexandrina Silva Bezerra Jéssica Rodrigues Florêncio Laís Ribeiro Souza Marcela de Melo Cordeiro Eulálio Maria Rennally Soares da Silva Mariana Nunes Farias MONITORES Coordenação da Unidade Academica de Letras Coordenação do Centro de Humanidades

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  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    COMISSO ORGANIZADORA

    Profa. Dra. Sinara de Oliveira Branco Coordenao Geral (UFCG)

    Profa. Dra. Josilene Pinheiro Mariz (UFCG)

    Profa. Dra. Maria Anglica de Oliveira (UFCG)

    Profa. Dra. Mrcia Tavares Silva (UFCG)

    Profa. Ms. Elizabeth Maria da Silva (UFCG)

    Profa. Ms. Karine Viana Amorim (UFCG)

    Profa. Ms. Maria Dalva Sarinho (Secretaria Estadual de Educao-PB)

    COMISSO ACADMICO-CIENTFICA

    Profa. Dra. Alfredina Rosa Oliveira (UEPB)

    Prof. Dr. lvaro Faleiros (USP)

    Profa. Dra. Ana Elisa Ribeiro (CEFET - MG)

    Profa. Dra. Beth Marcuschi (UFPE)

    Prof. Dr. Drio Pagel (UFS)

    Prof. Dr. Digenes Buenos Aires de Carvalho (UEPI)

    Prof.Dr. Edmilson Luiz Rafael (UFCG)

    Profa. Dra. Helena Topo Valentim (Univ. Nova de Lisboa)

    Profa. Dra. Jaciara Josefa Gomes (UPE)

    Profa. Dra. Josilene Pinheiro-Mariz (UFCG)

    Prof. Dr. Jlio Csar Arajo (UFC)

    Prof. Dr. Linduarte Rodrigues (UEPB)

    Profa. Dra. Magnlia Brasil Nascimento (UFF)

    Profa. Dra. Mrcia Tavares Silva (UFCG)

    Profa. Dra. Maria Anglica de Oliveira (UFCG)

    Profa. Dra. Maria Augusta G. Macedo Reinaldo (UFCG)

    Profa. Dra. Maria Auxiliadora Bezerra (UFCG)

    Profa. Dra. Maria Ester Vieira Sousa (UFPB)

    Profa. Dra. Maria Virgnia Leal (UFPE)

    Profa. Dra. Mnica Mano Trindade Ferraz (UFPB)

    Profa. Dra. Naelza de Arajo Wanderley (UFCG)

    Profa. Dra. Rita Jover Faleiros (UNIFESP)

    Prof. Dr. Roberto Carlos de Assis (UFPB)

    Prof. Dr. Roberto Mulinacci (Univ. de Bolonha)

    Profa. Dra. Simone Dlia de Gusmo Aranha (UEPB)

    Profa Dra. Sinara de Oliveira Branco (UFCG)

    Profa. Dra. Sueli Liebig (UEPB)

    Profa. Dra. Tnia Maria Augusto Pereira (UEPB)

    Profa. Dra. Williany Miranda da Silva (UFCG)

    Profa. Dra. Zuleide Duarte (UEPB)

    COMISSO TCNICA

    Ananlia Meire Estevao da Silva

    Arinlio Lacerda Junior

    Dborah Alves Miranda

    Isolda Alexandrina Silva Bezerra

    Jssica Rodrigues Florncio

    Las Ribeiro Souza

    Marcela de Melo Cordeiro Eullio

    Maria Rennally Soares da Silva

    Mariana Nunes Farias

    MONITORES

    Coordenao da Unidade Academica de Letras

    Coordenao do Centro de Humanidades

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    APRESENTAO

    O primeiro SELIMEL Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e

    Estrangeira e de Literatura - realizou-se em maio de 1997, trazendo como tema: Lngua materna e

    estrangeira: descrio e ensino. Desde ento, priorizou discusses que envolvessem ensino e suas

    especificidades: concepes de Lngua; metodologias; espaos presenciais e virtuais de ensino;

    produo de material didtico, entre outros demandados pela instituio escolar; currculos

    acadmicos e escolares; e desafios do fazer docente.

    Por seu histrico, o SELIMEL tem se consolidado nacionalmente como um evento que

    promove debates e fomenta outros sobre o ensino de lngua e suas literaturas, e agrega, em torno

    de um objetivo comum, professores pesquisadores de todo o Brasil, professores da educao bsica

    e estudantes de Letras e Pedagogia, em especial.

    Em sua oitava. edio, a temtica "Formao de Professores: estudos em linguagens,

    discurso e traduo" est dirigida comunidade acadmica: professores universitrios, alunos de

    graduao e de ps-graduao, professores da rede de ensino bsico e mdio da rede pblica e

    privada, bem como aos especialistas e profissionais de reas afins, que desenvolvam pesquisas no

    campo da linguagem. Agradecemos a divulgao entre seus colegas e contatos, certos de que o

    Seminrio proporcionar participao que enriquecer o debate, ampliando o dilogo

    interdisciplinar.

    A realizao do VIII SELIMEL est a cargo do Grupo de Pesquisa Estudos da Traduo:

    Teoria, Prtica e Formao do Tradutor e do Programa de Ps-Graduao em Linguagem e Ensino,

    da UFGC. O VIII SELIMEL ser composto de mesas-redondas, conferncias, minicursos,

    comunicaes e atividades culturais. As comunicaes incluiro os resultados de pesquisa a serem

    apresentados ao pblico participante de cada um dos eixos temticos. Os minicursos sero

    organizados por professores que traro apresentaes em reas especficas e de relevncia para o

    evento, sendo realizados em dois dias, com 03 horas de durao cada dia. As inscries para

    participao no evento devem ser realizadas para um dos eixos temticos. Cada participante pode

    submeter, no mximo, dois trabalhos.

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    EIXO TEMTICO 1 -ESTUDOS EM FORMAO DE PROFESSOR

    COORDENAO: Profa. Dra. MRCIA CANDEIA RODRIGUES (UFCG)

    Profa. Dra. NAELZA ARAJO WANDERLEY (UFCG)

    A REFLEXO NA FORMAO INICIAL DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA

    Solanielly da Cruz AGUIAR

    Universidade Federal de Campina Grande

    A formao do professor deve ser entendida como um processo contnuo, sujeito a mudanas e

    reformulaes ao longo do percurso, sempre que for necessrio adaptar-se s realidades

    mutveis. Conscientizar e mostrar aos professores em formao que eles so responsveis pelo seu

    prprio desenvolvimento j uma forma de conduzir e orient-los para que sejam responsveis e

    sabedores de que a reflexo um processo contnuo, que deve estar presente em sua prtica

    pedaggica. Assim, nesta pesquisa qualitativa de cunho descritivo-interpretativista de base

    etnogrfica, (MOREIRA e CALEFFE, 2008), temos os seguintes objetivos especficos: (1)

    identificar em quais situaes da prtica de ensino a reflexo se manifesta e (2) avaliar como as

    marcas reflexivas identificadas contribuem para a prtica pedaggica futura dos professores em

    formao. Neste estudo, utilizamos os pressupostos de Kuhn (2009) ao que tange constituio de

    um paradigma, Zeichner (1993); Nvoa (1995); Schn (2000) e Imbernn (2011) para embasarmos

    a prtica reflexiva, alm de apresentarmos um panorama dos trabalhos na rea de formao de

    professores que abordam a prtica reflexiva. O contexto da pesquisa a disciplina Prtica de

    Ensino de Lngua Inglesa I, do curso de Letras, de uma universidade pblica da cidade de Campina

    Grande (PB), e os participantes so trs professores em formao inicial que cursavam a disciplina

    no primeiro semestre de 2011. Como instrumento de coleta de dados utilizamos o relatrio da

    disciplina de PELI-I, entrevistas semi-estruturadas, questionrios e notas de campo. Duas formas

    de reflexo foram encontradas, reflexo em momentos de avaliao e reflexo diante de situaes

    inesperadas. Como resultados, constatamos que, por meio da prtica pedaggica, os professores em

    formao inicial conseguiram refletir em momentos de avaliao, sobre a performance que

    desempenhavam ao exercer a docncia, como tambm avaliar um ao outro por meio dos aspectos

    supracitados. Por meio das situaes inesperadas, os professores em formao inicial puderam

    refletir sobre as estratgias de ensino, que so requeridas diante de tais situaes, manifestando

    assim, um posicionamento crtico em relao ao seu desempenho como professores, tendo a

    oportunidade de refletir sobre o problema, intervindo na ao. Consideramos necessrios futuros

    estudos em que a reflexo possa ser analisada visando outros aspectos que envolvam o seu uso em

    sala de aula, com o intuito de auxiliar o professor a intervir sobre os problemas que surgem durante

    a prtica docente, ampliando assim, as pesquisas acerca da formao de professores, expandindo os

    estudos da reflexo para outros contextos como a escola regular.

    DAR A PENSAR E DAR A LER: A FORMAO DO PROFESSOR DE LITERATURA EM

    DEBATE

    Cristina Lcia de ALMEIDA

    [email protected]

    Jos Eduardo Gonalves dos SANTOS

    [email protected]

    Universidade Federal de Pernambuco

    O presente trabalho fruto de uma pesquisa realizada no curso de extenso Clube do Livro

    Literrio para Todos (o curso registrado na Proext-UFPE, visa ampliar para outros contextos a

    prtica da leitura literria na PD Clube do livro literrio[Parte Diversificada do currculo deum

    Colgio pblico Federal desde 2010], atendendo alunos da graduao em Letras e professores da

    educao bsica, funciona como espao alternativo para discutir o entre-lugar da Literatura na

    escola) tem por objetivo discutir a formao do professor de Literatura, contribuindo, assim, para

    o desenvolvimento dos emergentes debates que giram em torno de uma proposio para mudana

    de paradigma no ensino de literatura na escola bsica. Nesse sentido, destacamos que, ao pensar na

    formao do professor de Literatura, estamos nos deparando com um impasse que pode resultar na

    problemtica: sendo o profissional da rea de Letras responsvel por ensinar Literatura, o que ele

    deve de fato ensinar e/ou como ele deve ensinar? Para contornar essa problemtica e responder a

    essas perguntas, buscaremos aportes tericos em autores como MARIA (2007); SOARES (1999);

    PERRONE-MOISS (1999); LAROSSA (2007), responsveis por problematizarem propostas para

    o ensino de Literatura e elencarem discusses para a formao do professor dessa rea. Por meio

    da anlise do corpus planos de aula dos alunos da turma 2012.2 do curso de extenso, trabalho de

    concluso do referido curso foi possvel observar como os alunos se apropriaram das discusses

    propostas pela crtica literria, por pesquisadores que versam proposies para o ensino e pelos

    prprios documentos oficiais (PCN e OCN, sobretudo) para a formulao de suas prticas. Os

    planos de aula, de modo geral, mostraram resultados positivos de apropriao e mudana no

    paradigma no ensino de literatura, em oposio a algumas das prticas cristalizadas que esto

    voltadas para um ensino historicizado do texto literrio, considerando apenas a linearidade

    escolstica.

    FORMAO DE PROFESSORES EM LITERATURA E O ENSINO NO NVEL MDIO: O

    QUE EST EM FALTA?

    Marcela Guimares ALVES

    [email protected]

    Ramon do Nascimento OLIVEIRA

    [email protected]

    Universidade Estadual da Paraba

    Esse artigo objetiva demonstrar as deficincias dos processos metodolgicos no ensino de

    literatura do Ensino Mdio, percebendo e analisando atravs de alunos de algumas escolas de

    cidades do Estado da Paraba, como a subdisciplina literatura est sendo mediada pelo professor.

    Mediante a viso de Coelho (1975) e Coutinho (2000), parte dos alunos que terminam o Ensino

    Mdio leem poucos livros, possuem dificuldade em interpretao e no tm grande eficincia em

    noes literrias. Observando esta percepo, houve um estudo bibliogrfico junto a uma pesquisa

    qualitativa e quantitativa, em que esta buscou o retrato atual da situao desta subdisciplina no

    ensino de lngua portuguesa de algumas escolas atravs de questionrios e entrevistas, e fazendo

    uma comparao com o que recomendado e o que est sendo repassado em aula. Estes

    mecanismos de pesquisa demonstraram que os alunos no possuem conhecimento das noes

    iniciais de literatura, bem como as obras literrias clssicas brasileiras e estrangeiras e a linguagem

    empregada pelas mesmas. Alm disso, observamos que os assuntos que so vistos pelos

    professores na academia so pouco repassados para os alunos, concluindo num pouco

    conhecimento de tais noes pelos estudantes e por fim resultando numa larga relao educacional

    entre o Ensino Superior e o Ensino Mdio. Para a resoluo destes problemas, houve a

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    recomendao de que se faa a apresentao de conhecimentos primrios aplicados metodologia

    de ensino literrio e uma revisita aos saberes vistos na academia pelo professor, facilitando e

    estruturando sua formao e podendo resultar num ensino integral da literatura no Ensino Mdio.

    DISCURO-CULTURA-IDENTIDADE E A FORMAO DE PROFESSORES DE LNGUA

    ESTRANGEIRA ADICIONAL

    Laura Janaina Dias AMATO

    [email protected]

    Universidade Federal da Integrao Latino-Americana

    O presente trabalho tem como propsito mostrar o resultado da minha pesquisa de doutorado.

    Utilizando uma pesquisa com base etnogrfica e tcnicas da histria oral de vida, procuro, a partir

    de conversas realizadas, compreender o processo de formao da identidade do professor de lngua

    estrangeira, aqui, especificamente a lngua alem, e como este processo realizado atravs do

    discurso. A pesquisa foi realizada com o grupo de professores de lngua alem que lecionava, em

    2007, no Centro de Lnguas e Interculturalidade (CELIN) da Universidade Federal do Paran. A

    discusso epistemolgica concentrou-se nas noes de lngua como cdigo e como discurso, na

    concepo de identidade elaborada pelos Estudos Culturais e Ps-Coloniais e nas diferentes

    perspectivas de cultura representadas pelas abordagens subjacentes, como a multi e a intercultural.

    A partir das histrias de vida dos professores discuto os aspectos identitrios dos docentes,

    analisando sobre como e porque acontece uma identificao com o estranho/ estrangeiro e como a

    partir dessa identificao nos aproximamos ou nos afastamos deste estranho/ estrangeiro, tendo

    como objetivo refletir sobre uma formao de professores em uma perspectiva ps-moderna.

    PLANEJAMENTO E (AUTO) FORMAO DOCENTE: UM OLHAR SBRE A FORMAO

    DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA

    Wagner Ferreira ANGELO

    [email protected]

    Universidade Federal de Santa Catarina

    O ato de pensar crtico e reflexivamente sobre uma ao educativa conjectura uma capacidade de

    inovar e regular a prtica de forma a lidar com a complexidade do ofcio de professor

    (PERRENOUD, 2002; ZEICHNER, 1993). Alm disso, essa ao premeditada orienta o professor

    rumo sua autoformao (GIMENEZ, 2004) por se tratar de um processo de autonomia (PAIVA,

    2009) marcado pelo pensar sobre o fazer docente do qu, como e o porqu ensinar, tendo em vista

    os conhecimentos (auto)prescritos (MEDRADO, 2010). Com base nisso, o presente trabalho

    procurou investigar em que medida o ato de planejar uma aula promove a (auto)formao de duas

    professoras de lngua inglesa em formao inicial. Para tanto, aplicou-se um questionrio

    semiestruturado, bem como foi realizada uma entrevista com alunos do curso de Letras Ingls em

    curso na disciplina de Estgio Supervisionado V da Universidade Federal da Paraba. Assim,

    constatou-se que o desenvolvimento dessas professoras se deu pelo renovar de suas prticas

    pedaggicas na medida em que foram pensadas crtica e reflexivamente a respeito das nuances e

    experincias de sala de aula, confirmando-se um processo autoformativo.

    DESAFIOS DE PROFESSORES DE LNGUA INGLESA EM FORMAO INICIAL NA

    CONSTRUO DE UMA SEQUNCIA DIDTICA: RELATO DE EXPERINCIA

    Mirella Costa de ARAJO

    [email protected]

    Antonio Alan Herculano TOLENTINO

    [email protected]

    Karyne Soares Duarte SILVEIRA

    [email protected]

    Universidade Federal de Campina Grande

    O presente trabalho tem como objetivo geral promover uma reflexo acerca dos desafios

    enfrentados por professores de lngua inglesa em formao inicial no processo de construo de

    uma sequncia didtica (SD). Para isso, foram estabelecidos como objetivos especficos: (i)

    verificar as principais dificuldades terico-prticas encontradas na elaborao de uma SD; (ii)

    identificar solues prticas que favoream o trabalho docente por meio de uma SD. Trata-se de

    um estudo de caso, cujos dados foram coletados pelos prprios professores (dois alunos do

    componente curricular Estgio Supervisionado II em um curso de Letras-Ingls), por meio de um

    relato de experincia, quanto aos conhecimentos adquiridos ao longo do processo de elaborao e

    implementao de uma SD voltada a um curso de Ingls para alunos do ensino Fundamental em

    um programa de extenso de uma universidade pblica no interior da Paraba. Como suporte

    terico foram utilizadas, principalmente, as contribuies de: Marcuschi (2008), em relao aos

    gneros textuais no ensino de lnguas; Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004), quanto construo de

    uma SD; Stutz e Cristovo (2011), no que se refere s dificuldades encontradas na construo de

    uma SD, dentre outros. Atravs dessa experincia os participantes tiveram a oportunidade de

    refletir sobre o trabalho docente e algumas de suas concepes (MACHADO, 2007) e buscar

    alternativas prticas para superar os obstculos apresentados.

    QUANDO A GENTE T DANDO AULA: MECANISMOS ENUNCIATIVOS REVELADOS

    NA DEFINIO DO AGIR E DE SI NA VOZ DO PROFESSOR

    Gerthrudes Hellena Cavalcante de ARAJO

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    Esse artigo tem como objetivo apresentar e discutir os resultados da anlise de um texto oral

    produzido por uma professora em uma entrevista semiestruturada gravada e transcrita. Em nossa

    anlise temos o objetivo de identificar as vozes reveladas no discurso do professor sobre o seu agir

    e sobre a definio do seu trabalho docente. Os questionamentos centrais foram: at que ponto o

    professor se compromete em relao ao seu discurso; um professor fala sobre seus julgamentos,

    opinies e sentimentos com um discurso mais voltado para o eixo do saber ou para o eixo da

    conduta? A teoria do Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART, 1999) pautou a reflexo e

    anlise do trabalho, especificamente a teoria sobre os mecanismos enunciativos. A anlise das

    vozes e modalizaes no discurso da professora teve o intuito de verificar a sua adeso ao texto e a

    sua atitude em defesa do que apresentado como definio do seu trabalho. Ao fim da anlise

    pudemos perceber at que ponto a autora emprica do texto se comprometeu com o que foi

    enunciado. A presena de vozes e modalizadores contribuiu para o esclarecimento do

    posicionamento da professora, explicitando seus julgamentos, opinies e sentimento em relao ao

    contedo temtico proposto pela entrevista.

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    EXPERINCIA DOCENTE NO ENSINO MDIO: UM OLHAR REFLEXIVO SOBRE O

    ESTGIO SUPERVISONADO

    Aluska Santos ARAJO

    [email protected]

    Universidade Estadual da Paraba

    Lidiane da Silva REIS

    [email protected]

    Faculdade Integrada de Patos

    O presente trabalho tem como objetivo descrever e analisar uma experincia de ensino de lngua

    portuguesa em uma turma de 2 ano do ensino mdio de uma escola pblica de Campina Grande,

    PB, no ano de 2012. Essa vivncia foi decorrente do componente curricular Estgio

    Supervisionado IV oferecido pelo curso de Letras da Universidade Estadual da Paraba com o

    propsito de inserir os licenciandos em seu futuro campo de atuao profissional para que

    comecem a colocar em prtica os conhecimentos adquiridos na universidade. Este relato reflexivo

    traz discusses sobre as possibilidades e os limites desse tipo de experincia para a formao

    docente dos estudantes de letras da UEPB. Essa reflexo est pautada nas orientaes dos

    Referenciais Curriculares para o Ensino Mdio da Paraba (2006), e nas Orientaes

    Curriculares para o Ensino Mdio (2006) e em autores como: Antunes (2003), Geraldi (2010),

    kock (2004). Entre outras consideraes, essa experincia nos fez perceber que a teoria estudada na

    universidade auxilia no percurso de preparao das aulas e at na metodologia a ser utilizada em

    sala de aula, mas no compreende a complexidade das relaes que permeiam o processo de

    ensino/aprendizagem. Sendo assim, reconhecemos a importncia do estgio supervisionado como

    uma forma de permitir aos professores em formao um contato antecipado com fatores no

    abarcados pelas teorias no universo de uma sala de aula.

    A PESQUISA NO ESTGIO SUPERVISIONADO E SUA CONTRIBUIO PARA A

    FORMAO DO PROFESSOR

    Edjane Gomes de ASSIS

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    Vivenciamos neste sculo XXI, uma preocupao em dinamizar o ensino com base na mobilizao

    de saberes transversos, determinados pelos dizeres do cotidiano e emoldurados por uma cultura do

    imediato. A velha cartilha que trazia discursos homogneos e unvocos, pautados no carter

    estritamente disciplinar, deu lugar ao dilogo, ao contraponto, diversidade ideolgica e,

    sobretudo compreenso de que o sentido sempre pode ser outro. Estas so algumas das

    preocupaes que devem figurar a formao do professor de lngua portuguesa nestes tempos de

    ps-modernidade. Com base nessas reflexes e na esteira de alguns tericos como ANTUNES

    (2003), FREIRE (2005), PIMENTA e LIMA (2008), nosso trabalho tem por objetivo, analisar o

    processo de construo da pesquisa no estgio supervisionado e apresentar sua contribuio para o

    ensino de lngua materna. A pertinncia em abordar tal temtica, deve-se ao crescente nmero de

    projetos e Trabalhos de Concluso de Curso (TCC), desenvolvidos a cada semestre, em duas

    Instituies de Ensino Superior da Paraba - UEPB e UFPB - que tiveram sua gnese no momento

    de interveno do estgio Supervisionado. Para tanto, desenvolvemos alguns pontos centrais:

    Primeiramente, faremos uma reflexo sobre o lugar da pesquisa no estgio supervisionado e sua

    contribuio para a formao do professor. Em seguida, apresentamos algumas pesquisas

    concludas e outras em andamento, sobre os principais aspectos que conduzem a prtica

    pedaggica na atualidade. E por fim, mostramos as contribuies destas pesquisas para as escolas

    que serviram de base para a aplicao das propostas. Reafirmamos, ento, que o estgio

    supervisionado, proporciona, aos alunos universitrios, no apenas a oportunidade de vivenciarem

    o primeiro contato com a prtica docente, mas acima de tudo, promove a insero de um fazer

    cientfico que revertido em propostas e metodologias inovadoras, firmando assim, um dilogo

    entre universidade e escola.

    ENSINO DE LNGUA PORTUGUESA: O FAZER DOCENTE DO PROFESSOR EM

    FORMAO

    Josilete Alves Moreira de AZEVEDO

    [email protected]

    Universidade Federal do Rio Grande do Norte

    No ensino de Lngua Portuguesa, as pesquisas buscam compreender o que e como se ensina e se

    aprende nos diversos nveis de escolarizao, com especial ateno ao papel das teorias sobre

    lngua e texto na formao e na atuao docentes. Nessa perspectiva, foi realizado um estudo sobre

    a formao do professor de Lngua Portuguesa e suas implicaes na sala de aula, procurando

    observar a atuao dos alunos-mestres no contexto escolar durante a realizao dos Estgios

    Supervisionados. Para tanto, elegeu-se como objetivo geral investigar como um curso de

    licenciatura em Letras promovia a formao de futuros professores para atender s expectativas

    das polticas pblicas para o ensino de Lngua Materna. Para a fundamentao terica foram

    tomados como referenciais os PCN, o Projeto Poltico-Pedaggico do curso e autores das reas de

    ensino de Lngua Portuguesa e de Educao, dentre eles, Geraldi (1996), Travaglia (1996, 2003),

    Antunes (2003, 2007, 2009, 2010), Lomas (2003), Figueiredo (2005), Marcuschi (2001, 2008),

    Riolfiet al. (2008), Possenti (2003), Alarco (1996, 2001), Imbernn (2011), Pimenta e Lima

    (2010) e Schn (1993). um estudo situado no mbito da Lingustica Aplicada e caracteriza-se

    como pesquisa qualitativa de natureza interpretativista, a partir de uma abordagem de inspirao

    etnogrfica do ambiente do estgio. Os resultados revelaram que os alunos-mestres privilegiam o

    ensino prescritivo, direcionando o ensino de lngua na contramo da abordagem funcionalista

    (lngua/uso) e apontaram para o carter conteudstico do curso, a desarticulao entre

    teoria/prtica, bem como srios equvocos tericos e metodolgicos na aplicao dos saberes

    lingusticos e didtico-pedaggicos veiculados em aulas de Lngua Materna.

    FORMAO DE PROFESSORES E INCLUSO SOCIAL: SABERES E DESAFIOS

    Antonio BALBINO NETO

    [email protected]

    Universidade de So Paulo

    Iana Jssica Lira QUIRINO

    [email protected]

    Betnia Passos MEDRADO

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    O presente texto prope relatar as atividades desenvolvidas no mbito do Projeto de Iniciao

    Cientfica (2011-2012) O Ensino de Lngua Estrangeira a Deficientes Visuais: incluso social,

    polticas educacionais e formao de professores, mais especificamente, a pesquisa realizada

    como parte das atividades do plano de trabalho Mapeando Rotas para o Ensino de Lngua

    Estrangeira a Deficientes Visuais: implicaes para a formao inicial. Partimos do princpio

    bsico a partir das recomendaes feitas pelas polticas pblicas para a educao brasileira de

    que o professor deve ser formado para atuar em contextos complexos, encontrando alternativas

    prprias para soluo de conflitos. Neste sentido, nossa pesquisa tem como objetivo investigar as

    concepes de professores da educao bsica e formandos em Letras Estrangeiras Modernas da

    UFPB acerca da obrigatoriedade do ensino de lngua estrangeira a alunos com deficincia visual na

    rede pblica regular de ensino. A pesquisa est organizada em dois momentos: primeiro realizamos

    leituras de textos voltados formao e ensino de LE a alunos com necessidades especficas

    visuais, e em um segundo momento, organizamos o corpus de pesquisa e analisamos os dados

    coletados. As consideraes tecidas so embasadas nos estudos de Alvarez (2010), Balbino-Neto e

    Medrado (2011), Brasil (1998), Carvalho (2004), Celani (2010), Cerchiari (2011), Liberali (2010),

    Magalhes (2009) e Rodrigues (2006). A anlise das vozes desses professores em formao inicial

    e em formao continuada sinaliza para o fato de que premente que se modifiquem aes para

    proporcionarmos aos alunos de licenciatura as ferramentas necessrias para que atuem com

    conscincia e autonomia em uma escola que seja, de fato, inclusiva.

    A AVALIAO NAS AULAS DE ESPANHOL COMO LNGUA ESTRANGEIRA

    Paula Lyvia BARBOSA

    [email protected]

    Maria da Conceio ALVES BARBOSA

    [email protected]

    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

    Este artigo tem por objetivo contribuir com informaes acerca dos conceitos e das principais

    teorias sobre os mtodos e estratgias de avaliao. Se pretende discutir sobre a falta de

    conhecimento por parte de professores acerca da avaliao e tambm orientar como esses

    educadores de lngua estrangeira ou materna pode aplic-las em sua prtica docente. Para incio,

    partimos da teoria que os mtodos de avaliao deveriam ser utilizados pelo professor com a

    inteno de descobrir como se constri a aprendizagem dos educandos. Com base nisso,

    discorreremos sobre o que avaliar, sobre quando o professor deve intervir na aprendizagem e nas

    atividades. E ainda sobre a importncia de dois mtodos avaliativos: o mtodo

    somativo/acumulativo e o mtodo de avaliao formativa ou contnua. Discutiremos ainda sobre

    como tais mtodos devem ser aplicados em sala de aula afim de chegar a concluso de qual deles o

    educador deve utilizar no momento da avaliao. O mtodo selecionado no deve ser somente uma

    maneira cmoda para o educador, mas tambm dever ser benfico para o aluno, j que o ltimo o

    individuo mais importante no processo de ensino-aprendizagem. As informaes adquiridas no

    processo de investigao acerca das avaliaes contidas nesse artigo, tomaram como referncia, o

    terico Paulo Freire e os estudos de Cipriano Carlos Luckesi. Diante dos estudos conclumos que

    os dois mtodos estudados podem caminhar juntos no transcorrer do ano, tendo em vista melhorar

    cada vez mais a prtica docente e discente buscando um equilbrio entre as duas formas.

    ESTUDO DA PRTICA DE PRODUO ESCRITA DE UMA PROFESSORA: EVIDNCIAS

    DE UM LETRAMENTO EM (RE) CONSTRUO

    Enilda Cabral BARRETO

    [email protected]

    Escola de Referncia em Ensino Mdio Ablio de Souza Barbosa

    As constantes mudanas educacionais apregoaram a necessidade da constituio de um novo

    profissional de ensino com formao especfica na sua rea de atuao, em contnua formao e,

    sobremaneira, conhecedor e praticante das prescries que integram os documentos oficiais. Em se

    tratando do ensino de lngua materna evidencia-se um redimensionamento para as atividades de

    produo escrita: o texto concebido como processo da interao, inacabado e aberto a sucessivas

    revises e refaces. O objetivo desse trabalho apresentar e discutir as representaes de uma

    professora de Portugus sobre sua prtica de produo escrita dentro e fora da escola e sobre a (s)

    influncia (s) dessa prtica, desse agir. A metodologia para essa pesquisa com duas (02) perguntas

    centrais que funcionaram como bssola. Para respond-las elaboramos uma entrevista

    semiestruturada com a referida professora. Os resultados mostraram que houve um constante

    (re)fazer do seu agir em sala de aula, percebido pelo uso da sua linguagem sobre o trabalho,

    marcado por expresses que, no seu conjunto, demarcaram no apenas a disciplina que lecionava,

    bem como enderearam a letramentos variados adquiridos ao longo da vida acadmica e at

    mesmo como integrante das exigncias educacionais, quando se trata das suas formaes

    continuadas. Como contribuio terica para o estudo da linguagem nosso interesse esteve voltado

    para o Interacionismo Sociodiscursivo (BRONCKART,2004), (MACHADO e GUIMARES,

    2009); tambm nos aportamos em Nouroudine (2002); Soares (1998), Kleiman (2001), Rojo

    (2001), Marcuschi (2001) e Barton (2000) na Base Curricular Comum de Pernambuco (2009) nos

    PCN (1998); Machado e Abreu-Tardelli, 2005; Clot, 1999); Dolz, Noverraz e Schneuwly (2004),

    entre outros.

    COR, RAA, ETNIA E CULTURA: COMPLEXIDADES QUE MARCAM ENCONTROS NA

    SALA DE AULA

    Hilrio I. BOHN

    [email protected]

    Cibele TRINDADE

    [email protected]

    Universidade Catlica de Pelotas

    A sociedade brasileira constitui-se na diversidade que se manifesta nos ritmos dos sotaques

    regionais, nas cores e design das roupas, na expresso da arte popular e, acima de tudo, se expressa

    na diversidade de valores, nos rituais e crenas religiosas, na diversidade racial e tnica. Esta

    diversidade tambm perpassa a organizao da sociedade, mas ela marca o seu primeiro grande

    encontro na escola, na sala de aula e, de maneira mais efetiva, na interao do professor com os

    seus alunos. neste encontro das diferenas, das identidades discursadas e assumidas, no

    ambiente familiar e social, que o processo de (re)historizao das histrias pessoais e coletivas so

    retomadas pelo e no discurso pedaggico, introduzindo rupturas nas identidades que se formulam

    na tessitura silenciosa do poder. No entanto, as rupturas com os esteretipos somente podem ser

    feitas medida que os membros da sociedade se lembrem. Por isso a mudana exige o dizer porque

    a subjetivao se efetiva no simblico. Disso advm a importncia dos documentos oficiais e a

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    necessria apropriao deste discurso pelos professores para que as conscincias individuais e

    coletivas possam se transformar. Nesta apresentao discutimos aspectos enunciados pelos

    documentos oficiais (particularmente dos PCN e das Diretrizes Curriculares Nacionais sobre a

    Pluralidade Cultural e das Diretrizes Curriculares Nacionais) e confrontamos este discurso com a

    realidade educacional brasileira, focalizando a formao de professores de lngua materna e de

    lnguas adicionais. A discusso se embase numa concepo bakhtiniana sociocultural da linguagem

    e na definio e formao identitria de acordo com os princpios dos Estudos Culturais que

    apresentam as identidades como forjadas nas atitudes e estratgias individuais em relao ao outro

    e pelas polticas diretivas do Estado.

    A EFETIVAO DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAO

    DOCNCIA (PIBID) NA UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

    UERN

    Ana Maria de CARVALHO

    [email protected]

    Slvia Maria Costa BARBOSA

    [email protected]

    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

    Este trabalho objetiva relatar a efetivao do Programa Institucional de Bolsas de Iniciao

    Docncia PIBID, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte UERN. Para tanto,

    enfocaremos as contribuies desse Programa na formao inicial dos licenciandos e o impacto na

    formao continuada dos professores supervisores. Desse modo, utilizaremos depoimentos de

    bolsistas (coordenadores de rea, alunos das diversas licenciaturas e professores supervisores que

    atuam nas escolas parceiras). O PIBID possibilita a formao inicial dos alunos-bolsistas das vrias

    licenciaturas a partir da relao teoria-prtica, num processo dialtico entre Universidade e escolas

    parceiras, proporcionando o crescimento do fazer pedaggico, a reflexo e a ao da prtica

    escolar. A experincia vivenciada pelo PIBID/UERN nos permite afirmar que a sua

    institucionalizao vem construindo uma nova cultura formativa, na qual o ensino e a pesquisa

    dialogam constantemente nas vrias dimenses da docncia, sem perder de vista a compreenso do

    que ensinar, do como ensinar e do por que ensinar, concepo essa referendada por autores como

    Haydat (1995), Cordeiro (2007) e Masseto (1997). No processo avaliativo do PIBID/UERN,

    percebemos avanos significativos das escolas parceiras no que se refere ao desenvolvimento

    profissional e pessoal. Constatou-se uma nova prtica das atividades dirias, surtindo um avano

    no desenvolvimento da autonomia intelectual dos alunos; uma crescente preocupao na prtica de

    avaliar os processos educativos; aprimoramento nas relaes interpessoais entre os bolsistas e os

    parceiros das escolas. Alm disso, verificamos significativo crescimento intelectual dos

    licenciandos atravs de apresentao de trabalhos em eventos, relatos de experincia e reflexes

    formuladas no mbito do PIBID/UERN.

    A REPRESENTAO DE CULTURAS ANGLOFNAS NOS RECURSOS DIDTICOS DE

    ENSINO FUNDAMENTAL: PERPECTIVA DE LETRAMENTO

    Silvania Cpua CARVALHO

    [email protected]

    Universidade Estadual de Feira de Santana

    O objetivo deste artigo refletir sobre a utilizao de recursos didticos na prtica pedaggica de

    professores de ingls e comparar as caractersticas da tradio literria dos pases de lngua inglesa

    com a realidade brasileira. Para tanto, ser relatado experincia adquirida na elaborao e

    apresentao de alguns trabalhos dos graduandos que integrou a disciplina Literatura Inglesa e

    Identidade Cultural no curso de Formao de Professores do Programa Especial de Formao de

    Professores (PROFORMA). Alm disso, tambm se almeja expor o olhar dos professores em

    formao no Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia (PIBID) Letras-Ingls da

    Universidade Estadual de Feira de Santana. Para tanto, discute-se o ensino-aprendizagem de

    lnguas e a representao de culturas anglfonas em livros didticos de Lngua Inglesa do ensino

    fundamental a partir do uso das Tecnologias da Informao e Comunicao (TICs) para o

    letramento dos leitores nas aulas da disciplina anteriormente citada. Para discutir essas obras

    ofertadas pelo Programa Nacional de Distribuio dos Livros Didticos (PNDL 2010/2012),

    tomam-se como categoria de anlise alguns temas bastante discutidos na contemporaneidade:

    hibridismo, globalizao e identidade cultural a fim de verificar como eles so abordados. As

    consideraes desse estudo tm como suporte terico o scio-interacionismo, conforme propostas

    de leitura, ensino e letramento de Koch (2011), Kleiman (2011), Tavares (2011), Lima (2011),

    Soares (2012) e Said (2011). Em sintonia com estes tericos estabelecido um dilogo com os

    saberes, a prtica docente e a formao de professores-leitores do ensino fundamental. Alm desse

    profcuo dilogo, sero apontadas algumas possibilidades de uso de ferramentas digitais para o

    ensino-aprendizagem de leitura em sala de aula, com nfase na elevao do nvel de letramento e

    no estudo das relaes entre produo literria e problemas tericos e histricos da construo de

    identidades socioculturais, tanto individuais quanto coletivas.

    ANALISE DE ERROS NA INTERLNGUA ESCRITA: UMA INVESTIGAO REALIZADA

    EM UMA SALA DE AULA DO ENSINO FUNDAMENTAL DE E/LE.

    Lucas Magno Henriques de CASTRO

    facebook.com/lucasmhcastro

    Kariny Dias de OLIVEIRA

    [email protected]

    Universidade Estadual da Paraba

    A presente investigao tem como objetivo principal, analisar as dificuldades presentes na

    interlngua escrita de estudantes brasileiros aprendizes de Espanhol Lngua Estrangeira (E/LE)

    matriculados no ensino fundamental II (9 ano), regularmente matriculados noColgio e Curso

    Alternativo situada na cidade de Campina Grande/PB. Essa investigao efetiva-se a partir de

    conceitos abordados nas teorias presentes da Analise Lingustica Contrastiva (AC); Anlise da

    Interlngua (AI) e Anlise de Erros (AE). A proposta funda-se na analise de seis (6) textos

    produzidos pelos alunos do ensino fundamental II (9 ano) estudantes de E/LE matriculados

    regularmente na escola supracitada, observando a partir de tais textos o uso do artigo neutro (LO) e

    das palavras heterogenricas. Os textos foram coletados em sala de aula regular e a proposta de

    produo designada aos discentes foi a seguinte: Os alunos teriam que redigir um texto na segunda

    lngua estudada (E/LE) sobre um assunto que os interessassem. O embasamento terico ocorre a

    partir do contraste entre a LC apresentada por (DURO, 1999: 2004;2007) e de teorias do texto.

    Quanto mais cedo o aprendiz de uma Lngua Estrangeira entrar em contato com a mesma, mas

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    eficaz podero ser as tcnicas de ensino/aprendizagem que o professor possa vir a trabalhar com

    determinado grupo de aprendizes podendo dessa forma vir a suprir as possveis deficincias

    apresentadas no ensino da lngua estrangeira estudada, pensando nisso, buscamos por fim

    demonstrar a importncia do ensino de E/LE nas sries iniciais, uma vez que na maioria das

    escolas brasileiras que ofertam a E/LE em suas grades curriculares a ofertam apenas no ensino

    mdio fato esse amparado por lei especifica (11.161/2005).

    FORMAO DE PROFESSORES: O TEXTO COMO INSTRUMENTO DE ENSINO DA

    LEITURA E DA ESCRITA

    Adriana Martins CAVALCANTE

    [email protected]

    Naelza de Arajo WANDERLEY

    [email protected]

    Universidade Federal da Campina Grande

    As prticas efetivas de trabalho pedaggico com a lngua, especialmente com a leitura e a escrita,

    tm revelado certo despreparo do professor no que concerne explorao de textos. Pautando-se

    em fundamentos tericos que contemplam o texto como objeto de ensino da leitura e da escrita, a

    exemplo de Antunes (2009; 2003), Kleiman (2004), Marcuschi (2005), Magnani (2001), entre

    outros,este artigo apresenta uma experincia desenvolvida junto a docentes da rede municipal de

    Patos-PB, a partir de um Projeto de Extenso promovido pelo IFPB em parceria com a Secretaria

    da Educao do Municpio. O pblico-alvo constituiu-se de professores atuantes no Ensino

    Fundamental, tendo em vista a necessidade de esses docentes refletirem sobre o papel dos gneros

    textuais como instrumentos propulsores de competncias de leitura e escrita e sobre a importncia

    de se trabalhar adequadamente com a diversidade textual. Nesse sentido, foram desenvolvidos

    minicursos e oficinas de linguagem voltados para aspectos terico-metodolgicos que

    subsidiassem os docentes em prticas instrumentalizadas por textos pertencentes a gneros

    diversos. Os resultados sinalizam uma boa aceitao dos professores quanto s estratgias

    apresentadas pela ministrante, sobretudo pela aplicabilidade didtica destas e pelo seu carter

    dinmico e interativo.

    O ESTGIO SUPERVISIONADO NOS CURSOS DE PEDAGOGIA DA UFPB: LIMITES E

    POSSIBILIDADES

    Marineuma de Oliveira Costa CAVALCANTI

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    Em qualquer curso de licenciatura, a atividade curricular final o Estgio Supervisionado, um dos

    mais importantes movimentos pedaggicos a serem vivenciados. Infelizmente, ocorre o que

    insinua Perrenoud (2003, p. 201), quando diz que, em certas universidades, o prestgio dos

    formadores parece ser diretamente proporcional ao seu distanciamento dos estgios. Poucos

    docentes querem se aventurar nas escolas de ensino bsico, acompanhando seus orientandos, no

    sentido de observar as prticas dos que esto em sala de aula, propondo, num segundo momento,

    aes pedaggicas a serem aplicadas por seus alunos, de acordo com o plano de trabalho a ser

    desenvolvido. Em sua maioria, os projetos de estgio seguem o modelo tradicional de abordagem,

    sem uma articulao com projetos de educao continuada e sem orientao e acompanhamento

    sistemticos. As atividades cumpridas com mais frequncia so, to-somente, a observao e a

    ministrao de aulas, seguidas da elaborao de relatrios. Muitas das preocupaes, em relao ao

    desenvolvimento da disciplina Estgio Supervisionado, tm a ver com questes de ordem prtica,

    como em que escola atuar, como no atrapalhar o dia a dia letivo, como contribuir, enfim, com o

    processo educativo daquele campo de atuao, atravs do dilogo com todos os segmentos da

    escola, principalmente, com o gestor e com os professores. Desse modo, objetivo desta pesquisa

    investigar como se do os estgios supervisionados nos cursos de Pedagogia da UFPB

    (Pedagogia, Pedagogia com rea de Aprofundamento em Educao do Campo e Pedagogia

    Virtual), como tambm descrever e avaliar seus mecanismos de organizao e, se necessrio,

    propor alternativas de interveno, no sentido de tornar mais eficiente essa atividade pedaggica

    to necessria e importante.

    O PLANEJAMENTO NA FORMAO DO PROFESSOR DE LINGUAS: UMA REVISO

    TERICA SOB AS LENTES DO INTERACIONISMO SCIODISCURSIVO

    Rivadavia Porto CAVALCANTE

    [email protected]

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Tocantins

    O objetivo da presente comunicao tecer uma reflexo crtica a partir de uma reviso terica

    sobre a relevncia de planejar a aula (o curso) de lngua estrangeira ou materna. Buscamos uma

    compreenso do plano de curso dentro da perspectiva de um gnero de texto que compe as

    prticas linguageiras de diferentes gneros que circulam no espao de atuao do professor em

    formao inicial e continuada. O aporte terico e metodolgico ao qual nos apoiamos, o

    Interacionismo sociodiscursivo (ISD), que concebe os textos de planificao como prticas

    linguageiras que projetam e definem a tomada de deciso (agir) do professor na realizao do seu

    trabalho, que um dos tipos do agir humano (BRONCKART, 2008; MACHADO, 2004, 2007).

    Da, a relevncia de refletir sobre as aes planejadas. Acreditamos que aps refletir teoricamente

    sobre o planejamento do professor de lnguas, tanto este profissional quanto as instituies de

    ensino possam compreender que os efeitos de sentido que emanam de um planejamento

    compromissado com a aprendizagem, podem promover aes interativas na construo do

    conhecimento e permitir o desenvolvimento das capacidades psicolgicas superiores do humano

    (VYGOTSKY, 1934/1999), tanto do aluno quanto do prprio professor.

    PRTICAS DOCENTES E AS NOVAS TECNOLOGIAS: OS DESAFIOS DO LETRAMENTO

    DIGITAL NA FORMAO DE PROFESSORES

    Danbia Barros CORDEIRO

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    O objetivo deste trabalho apresentar uma possibilidade de insero de recursos tecnolgicos na

    prtica docente no ensino de lngua, em especial de profissionais do ensino superior, bem como

    demonstrar que estes profissionais passam por um processo de letramento que torne possvel o uso

    adequado destes instrumentos em seu processo de ensino-aprendizagem. Para tanto, destacamos

    como objeto de estudos: o Portal Acadmico de uma Faculdade privada da cidade de Campina

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    Grande-PB, procurando vislumbrar as ferramentas tecnolgicas a servio do professor de lngua;

    bem como a programao das ltimas semanas pedaggicas; buscando investigar se estas duas

    amostras contemplam a formao de professores voltada para o uso desses recursos. Portanto,

    direcionamos nossa pesquisa para as prticas de letramento digital e letramento profissional na

    formao de professores mediante a incluso das tecnologias digitais no seu fazer dirio. Os

    resultados apontam para a importncia da incluso de ferramentas tecnolgicas no fazer docente e

    os desafios a serem trilhados pelos profissionais da educao, mediante as transformaes que

    ocorrem nas prticas pedaggicas inovadoras. Alm disso, propomos uma reflexo acerca da

    importncia da aquisio do letramento digital na formao de professores, quer seja por meio de

    oficinas, cursos profissionalizantes, palestras, minicursos, etc., visando adequao s novas

    prticas pedaggicas com o uso da tecnologia nas instituies de ensino. As reflexes aqui

    levantadas baseiam-se nos estudos de Kleiman (2004), Rocha (1999), Xavier (2002), Soares

    (2002), entre outros.

    FORMAO DOCENTE: (RE) DIMENSIONANDO CONCEPES ACERCA DA

    SUBJETIVIDADE INFANTIL EM TURMAS INICIAIS DO ENSINO FUNDAMENTAL

    Maria da Conceio COSTA

    [email protected]

    Marciel Alan Freitas de CASTRO

    [email protected]

    Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

    Trata-se de experincias desenvolvidas em escolas pblicas, mediante trabalho desenvolvido pela

    Pesquisa: O desafio de ensinar a leitura e a escrita no contexto do ensino fundamental de nove

    anos, financiada pela CAPES e implementada por trs IES (USP, UERN e UFPA). Na perspectiva

    de conceber a implicncia de um olhar docente mais atento s singularidades das crianas, em seus

    processos de alfabetizao, vislumbrando uma aprendizagem mais significativa, sero enfocadas

    experincias desenvolvidas no polo de Pau dos Ferros, sob responsabilidade da UERN, no perodo

    de 2011 a 2013. Para tanto, realizamos trabalhos contnuos de acompanhamento das prticas

    docentes em turmas de primeiro ao terceiro anos do ensino fundamental mediante observaes,

    registros e relatos elaborados semanalmente que sistematizam dados que emergem deste

    acompanhamento contnuo s turmas acima citadas. Tais dados apontam para (re)

    dimensionamentos acerca da(s) concepes de subjetividade discente predominantes nas prticas

    dos professores nas escolas pblicas, como consequncia de correntes pedaggicas historicamente

    disseminadas na educao que encontram espao cotidiano para sua operacionalizao nas salas de

    aula. Dentre outros autores, nos embasamos teoricamente em estudos de Lima (2006), Lacan

    (1957; 1964) e Belintane (2006; 2007). Nesse sentido, possibilitaremos discusses que tero

    implicncias diretas na formao docente voltada aos anos iniciais do ensino fundamental.

    O ESPAO RESERVADO AO ENSINO DE LITERATURA EM CURSOS DE LETRAS

    Maria Edileuza da COSTA

    [email protected]

    Larissa Cristina Viana LOPES

    [email protected]

    Universidade Estadual do Rio Grande do Norte

    O presente trabalho se prope a mostrar os resultados da pesquisa denominada O espao

    reservado ao ensino de Literatura em Cursos de Letras dos estados do Rio Grande do Norte,

    Maranho e So Paulo. A referida pesquisa foi financiada pelo CNPq, atravs do edital Edital

    MCT/CNPq/MEC/CAPES n02/2010 -Cincias Humanas, Sociais e Sociais Aplicadas. Os dados

    foram coletados nas Matrizes Curriculares, Ementas, Programas de Disciplinas e nos Projetos

    Pedaggicos de todos os cursos em anlise. Tivemoscomo aporte terico: Bakhtin (1995, 2003),

    Geraldi (1994), Bronckart (1999), Chiappini, (2004); Freitas, (2003); Zilberman, (1986, 1989,

    1991), Cereja, (2005); (Amorim, 2001); Bosi, (2000); Kleiman, Lajolo entre muitos outros. Os

    resultados dessa investigao nos apresentou um quadro real de como esses cursos de Letras

    abordam o ensino de literatura, assim como direcionamentos para as discusses que envolvem as

    polticas de formao de professores em Letras.

    O LIVRO DIDTICO DE INGLS DO ENSINO MDIO UMA ANLISE A PARTIR DA

    BASE CURRICULAR COMUM DO ESTADO DE PERNAMBUCO

    Kleber Ferreira COSTA

    [email protected]

    Universidade Federal de Campina Grande

    O presente trabalho, em desenvolvimento, procura fazer uma anlise qualitativa sobre a relao do

    livro didtico de Ingls para ensino mdio (On Stage de Amadeu Marques, da Editora tica) -

    fruto do processo de escolha do PNLD (2011) - com a filosofia do documento norteador das redes

    pblicas de ensino: a Base Curricular Comum de Pernambuco (BCC-PE/2008). Trata-se, portanto,

    de uma pesquisa documental cujo objetivo verificar em que medida o livro didtico de lngua

    inglesa para o Ensino Mdio atende BCC-PE. O motivo da escolha desse livro didtico se

    justifica pelo contexto do Programa de Formao Continuada de Professores implementado pela

    Secretaria de Educao do Estado de Pernambuco nos anos de 2009 a 2011, com plo na Gerncia

    Regional de Educao (GRE), do Serto do Alto Paje. Para refletir o papel da educao e dos

    objetos de ensino no espao de ps-modernidade e suas implicaes para o ensino de lngua

    estrangeira (Ingls) com nfase na Lingustica Aplicada, nos Letramentos e em Currculo, a

    fundamentao foi embasada nos pressupostos tericos de Bauman (2001), Gimeno-Sacristn

    (2007), Libneo (2011), Santaella (2007), Moita Lopes (2006), Rojo (2009) e outros. A

    investigao de como o referido livro didtico articula os fundamentos da BCC-PE j tem algumas

    descobertas em relao aos aspectos de eixos temticos e paradigmticos que se relacionam nesses

    documentos, a exemplo dos temas socioculturais abordados no livro didtico que se refere na BCC

    ao eixo da Solidariedade. Espera-se com essa pesquisa, reconhecer a importncia do referido

    documento curricular como norteador para escolha do livro didtico, que transforma a distncia

    dos critrios de escolha nacionais em locais, contribuindo, assim, para a construo de um

    currculo em que a cidadania e interao social se aliam na construo de saberes e competncias

    sistematizados para o ensino de Ingls como lngua estrangeira.

    RELATRIOS NO MBITO DA PESQUISA E DA FORMAO DOS PROFESSORES DO

    CURSO DE LETRAS NA MODALIDADE DE ENSINO A DISTNCIA: REFLEXES SOBRE

    A PRTICA DOCENTE

    Julia Cristina de L. COSTA

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    [email protected]

    Maria Ester Vieira de SOUSA

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    Neste trabalho objetivamos, por meio de relatos de professores em formao inicial, na condio

    social de pesquisador, analisar em que medida esse sujeito se representa e como representa o outro

    (o professor da sala de aula em que a pesquisa foi realizada) ou a imagem que se tem de ser

    professor. Para atingir esses objetivos recorreremos s contribuies terico-metodolgicas da

    Anlise Dialgica do Discurso (ADD), buscaremos no conjunto do pensamento bakhtiniano

    (compreendido como os escritos de trs intelectuais M. Bakhtin, V. N. Voloshinov e Pavel N.

    Medvedev), princpios e categorias que possam dar suporte a anlise do corpus. Utilizaremos

    especificamente a produo de Bakhtin/Voloshinov ([1988]1929) e Bakhtin ([2010]1935),

    lanando mo das noes de dialogia, gnero discursivo e alteridade. Nessa mesma perspectiva,

    tambm utilizaremos os pressupostos tericos desenvolvidos por Bauman (2008), Hall (2006,

    2008), Silva (2008) e Freitas (2013) no que diz respeito ao conceito de identidade. O corpus

    constitudo, no total, por cento e seis relatrios de pesquisa, de alunos matriculados na disciplina

    Pesquisa Aplicada ao Ensino de Lngua (PALP), do Curso de Licenciatura em Letras da EaD.

    Entretanto, foram utilizados para a anlise apenas uma amostra de quatro relatrios de pesquisa,

    coletados do Ambiente de Aprendizagem Virtual da Universidade Federal da Paraba, do semestre

    2013.1. A partir das anlises realizadas, observamos que a experincia da pesquisa em sala de aula

    permite o aluno fazer uma autorreflexo e autocrtica acerca de sua futura atuao enquanto

    docente, inclusive porque proporciona no somente registrar, analisar e discutir as suas aes, mas

    tambm a do professor que est sendo investigado pelo estudante pesquisador. Nesse (re)dizer

    acerca da prtica docente, percebemos que o futuro profissional consegue desestabilizar as

    verdades e certezas sobre o ensino e a aprendizagem.

    PROCESSOS DE LINEARIZAO NO DISCURSO DA FORMAO DE PROFESSORES DE

    INGLS

    Marco Antnio Margarido COSTA

    [email protected]

    Universidade Federal de Campina Grande

    O objetivo desta comunicao apresentar alguns resultados encontrados em uma pesquisa sobre o

    funcionamento do discurso didtico-pedaggico da formao de professores de ingls. Entrevistas

    com professores em exerccio em cursos de licenciatura foram realizadas, tendo como base terica

    e metodolgica a perspectiva da Anlise do Discurso de orientao pecheutiana. A pesquisa levou

    em considerao determinados conceitos, tais como: a desestabilizao de verdades, a

    flexibilidade, a ambivalncia, a contingncia etc., que, diferentemente da modernidade, ganham

    maior evidncia com a ps-modernidade. Partindo da premissa que ambas as perspectivas

    (modernidade e ps-modernidade) habitam o imaginrio discursivo educacional, o estudo

    identificou, nos cursos investigados, como o funcionamento discursivo revela uma noo de

    contingncia sempre presente, fruto de uma ambivalncia constitutiva da linguagem, dos sentidos,

    das relaes sociais e dos sujeitos a inseridos, conforme postulam Pcheux (1983/2002), Bauman

    (1991), Bhabha (2007), entre outros. O estudo apontou materializaes lingusticas e discursivas

    que sugerem a permanncia de ideais modernistas no discurso analisado. Uma das concluses do

    trabalho indica que os efeitos de sentido, destacados no discurso, revelam um adiamento constante

    da formao de professores de ingls. Na instituio investigada que objeto desta comunicao,

    emerge do discurso um efeito de indeterminao e indefinio sobre a concepo de formao de

    professores de ingls, em funo de uma linearizao de procedimentos didtico-pedaggicos.

    Esse efeito de linearizao obtido por meio de um processo narrativo-descritivo de aes

    realizadas pelos professores do curso investigado que sugere uma dependncia sequencial de

    etapas (resgate de interesse, nivelamento de proficincia lingustica etc.) para que se possa iniciar,

    a partir de um denominador comum, a efetiva formao para a vida profissional da o efeito de

    adiamento da formao de professores de ingls.

    A EDUCAO ESCOLAR INDGENA: FORMAO DE PROFESSORES E ELABORAO

    DE MATERIAL DIDTICO INTERCULTURAL

    Sandra Santos COSTA

    [email protected]

    Colgio Estadual Caldas Jnior

    A discusso atual pertinente ao processo de escolarizao e valorizao da lngua materna dos

    povos indgenas no Brasil a temtica desse trabalho. Os dados coletados no mbito bibliogrfico

    e atravs da pesquisa de campo junto s aldeias dos Kariri-Xocs e Xukurus, respectivamente nos

    municpios alagoanos de Porto Real do Colgio e Palmeira dos ndios, evidenciam os avanos das

    lutas dos nativos por uma educao diferenciada que tem como viso, uma autonomia social,

    poltica e econmica junto sociedade nacional (RCNEI, 2002). Assim, esse artigo tem como

    objetivo apresentar a formao de professores ndios (CAVALCANTE, 2002), a conformidade do

    funcionamento da escola com a legislao vigente, a influncia dos rgos competentes na

    viabilizao de polticas pblicas que promovam escolarizao dos povos indgenas

    (GRUPIONI, 1994) a defesa da autonomia de metodologias de ensino e aprendizagem da lngua

    materna (BRASIL, 1998) pensadas pela prpria ao e reflexo do educador ndio (MELI, 2000),

    neste contexto o presente trabalho refletir sobre as abordagens e necessidades emergenciais das

    escolas indgenas que tem como seu principal autor o professor pesquisador.

    FORMAO E REFLEXES DE UMA PROFESSORA EM ESTGIO DOCNCIA

    Rosycla DANTAS

    [email protected]

    Betnia Passos MEDRADO

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    Entendendo que a formao docente no se encerra na preparao inicial oferecida,

    predominantemente, nos cursos de graduao, mas que se apresenta como um processo contnuo e

    continuado (TARDIF, 2000) ao longo da vida profissional de cada trabalhador, fundamentamos

    nossas discusses nos estudos de Clot (2006, 2007, 2010), desenvolvidos no mbito da Clnica da

    Atividade, que compreendem o trabalhador como um profissional inacabado, em um processo

    incessante de auto movimento (VYGOSTSKY, 1976 apud SCHNEUWLY, 2009), de

    desenvolvimento. Alm disso, sustentamos nossas reflexes em pesquisas que ressaltam a

    necessidade de aes formativas que possibilitem aos docentes em formao um contato mais

    prximo com os contextos reais de sala de aula (TARDIF, 2002; LOUSADA, 2011; MEDRADO,

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    2012). Para tanto, nosso objetivo consiste em identificar os contedos temticos (BRONCKART

    1999; MACHADO e BRONCKART, 2009) mobilizados no dirio de aprendizagem de uma

    professora de ingls, aluna de mestradoda Universidade Federal da Paraba, e discutir como esses

    contedos revelam representaes do estgio docncia e do trabalho do professor. A leitura dos

    dados aponta para a influncia do estgio docncia na vida acadmica da professora, evidenciando-

    o como um espao de aprendizagem e de desenvolvimento profissional, e tambm contribuindo

    para a compreenso do processo contnuo do tornar-se professor (MEDRADO, 2012) no mbito

    da ps-graduao.

    INTELIGNCIA MUSICAL: PARA ALM DE GOSTAR DE MSICA

    Maura Regina DOURADO

    [email protected]

    Alyne Rassa Belarmino GOMES

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    Os indivduos diferem entre si, pois possuem mentes diferentes (GARDNER, 1994). Essas

    diferenas esto refletidas tambm na forma como eles aprendem. Partindo dessa concepo que

    leva em conta a individualidade do ser humano, metodologias tradicionais de ensino que

    privilegiam as inteligncias lingustica e lgico-matemtica em detrimento de outras podem ser

    ineficazes, por alinharem-se ao conceito tradicional de inteligncia, o qual concebe inteligncia

    como a capacidade de responder a testes centrados exclusivamente nas inteligncias lingustica e

    lgico-matemtica (GARDNER, 1995). Em oposio a essa viso unitria da mente, Gardner

    (ibid) concebe a inteligncia como a capacidade que o indivduo possui para resolver problemas e

    criar produtos importantes para uma cultura, no podendo, portanto, ser mensurada por testes. O

    terico prope, ento, a Teoria das Inteligncias Mltiplas a qual compreende outras inteligncias

    para alm das lingustica e lgico-matemtica. Ao decorrer do tempo essa teoria foi ganhando mais

    visibilidade, porm observamos que algumas inteligncias ainda so subestimadas em sala de aula.

    Visando documentar traos de inteligncia musical na fala de uma aluna de Letras sobre situaes

    de enfrentamento de problemas em contextos de aprendizagem, foi realizada uma pesquisa de

    cunho interpretativista a partir de conversas informais retrospectivas gravadas. Os dados foram

    analisados luz da caracterizao de elementos constitutivos a inteligncia musical (cf.

    GARDNER, 1994, 1995) com o intuito maior de discutir que no basta levar msica para sala de

    aula, porque o conceito de inteligncia musical para muito alm de gostar de msica.

    REFLEXES SOBRE A EJA: ENTRE O TERICO E O PRTICO

    Nayara Araujo DUARTE

    [email protected]

    Professora da Educao Bsica

    A questo do analfabetismo no Brasil tem sido alvo de discusses e pesquisas no meio acadmico,

    devido grande preocupao dos educadores e das instncias oficiais de ensino em ampliar o

    contingente de cidados ativos em uma sociedade que, por avanar tecnologicamente dia aps dia,

    busca qualificao profissional, com vistas ao alcance de melhores salrios e condies de vida.

    Visando atender a essa demanda da camada da populao que corresponde aos excludos pela falta

    do domnio lingustico, surge a Educao de Jovens e Adultos (EJA) com o objetivo de inserir os

    alunos desse grupo em situaes de uso da linguagem, sem desmerecer a realidade particular do

    indivduo. Este trabalho tem como objetivo discutir a relao entre teoria e prtica na EJA, com

    base em uma pesquisa maior de investigao da aquisio da escrita com alunos dessa modalidade

    de ensino. O referencial terico-metodolgico do estudo est constitudo pelas contribuies da

    teoria do letramento (KLEIMAN, 2005; ROJO, 2009; SOARES, 2004 e 2010) e de reflexes

    acerca do ensino e da EJA (MOLLICA, 2007; MOLLICA & LEAL, 2009; KLEIMAN &

    MATENCIO, 2005; BRUNEL, 2004). Com base nas observaes feitas em uma turma de stimo

    ano EJA de uma escola estadual de Campina Grande Paraba, podemos verificar a recorrncia de

    inadequaes na escrita dos alunos demonstrando a ausncia de sistematizao dos princpios

    lingusticos correspondentes lngua escrita, sendo essa ausncia remanescente do processo de

    alfabetizao, associado ao baixo nvel de letramento desses alunos. Dessa forma, se fazem

    necessrias, portanto, reflexes e mudanas sobre e no ensino, a fim de adequ-lo s necessidades

    reais dos alunos.

    ENSINO DE PRONNCIA EM UM CURSO DE ESPANHOL: TEORIA E PRTICA

    Carla Aguiar FALCO

    [email protected]

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

    No ensino de lnguas, a pronncia um elemento importante por possibilitar o desenvolvimento

    das habilidades orais de produo e compreenso. atravs do conhecimento sobre como os sons

    so articulados, o ritmo e a velocidade da fala e particularidades de entoao que os alunos sero

    capazes de produzir e distinguir sons e tambm estruturas prosdicas do idioma estudado,

    tornando-o inteligvel. Reconhecendo a importncia da pronncia no contexto de ensino e

    aprendizagem de idiomas, esse trabalho visa verificar o tratamento dado a esse elemento nos trs

    nveis de ensino do curso de espanhol do Ncleo de Lnguas da Universidade Estadual do Cear

    UECE. Para a consecuo do nosso objetivo, utilizamos dois instrumentos de pesquisa: observao

    e questionrio. A observao verificou a importncia dada ao ensino de pronncia pelos

    professores, bem como os procedimentos, a metodologia e os materiais didticos utilizados para

    esse ensino. O questionrio procedeu observao e foi aplicado com os docentes observados.

    Atravs desse instrumento, foi possvel identificarmos o perfil do professor; sobre a importncia

    dada ao ensino da pronncia e tambm as estratgias didticas utilizadas. Na etapa de anlise e

    sistematizao dos dados, comparamos as respostas do professor com as informaes obtidas na

    observao, para verificarmos se a viso que o professor tem de sua prtica docente corresponde

    realidade observada em sala. Os resultados demonstram a distncia entre a concepo de ensino do

    professor e sua prtica, bem como o descaso para com esse elemento to importante para a

    comunicao.

    PROGRAMA ENSINO MDIO INOVADOR: UM EXAME ACERCA DA CONCEPO DE

    FORMAO DOCENTE SUBJACENTE NO DOCUMENTO ORIENTADOR E NO

    DISCURSO DOS PROFESSORES

    Claudia Janaina Galdino FARIAS

    [email protected]

    Maria de Ftima A. da COSTA

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    [email protected]

    Universidade Federal de Campina Grande

    O presente trabalho tem por principal objetivo verificar qual a concepo de formao docente

    subjacente no documento orientador do Programa Ensino Mdio Inovador, doravante ProEMI e de

    professores envolvidos em tal Programa. Para tanto, realizamos uma breve descrio do

    documento orientador, objetivando apresentarmos seus principais aspectos estruturais. Tecemos

    uma discusso acerca da formao docente, destacando a importncia da formao continuada para

    o trabalho do professor e por ltimo, apresentamos a concepo de formao docente verificada no

    documento e no discurso de trs professoras de Lngua Portuguesa. Para a coleta e anlise de

    dados, selecionamos o documento orientador do ano de 2013, o mais atual disponvel no site do

    MEC, bem como realizamos entrevistas audiogravadas com as professoras, todas atuantes em uma

    mesma escola pblica estadual do municpio de Campina Grande - PB. Como aporte terico para a

    concretizao deste trabalho, utilizamos principalmente os estudos desenvolvidos por Alves

    (1998), Frade e Silva (1998), Kleiman (2001), Kullok (2000), Nvoa (1991), Perrenoud (2002) e

    Tardif (2002). importante destacar a relevncia dos estudos da Lingustica Aplicada para a

    realizao de nosso trabalho, uma vez que esse campo tem contribudo significativamente para o

    desenvolvimento de pesquisas dessa grande rea que se consolidou como Formao de

    Professores.

    AH, ESTUDO LETRAS E NO SEI FALAR INGLS!: REFLEXES DE ALUNOS

    INICIANTES DO CURSO DE LICENCIATURA EM LETRAS.

    Flvia Marina Moreira FERREIRA

    [email protected]

    Hilda Simone Henriques COELHO

    [email protected]

    Universidade Federal de Viosa

    Este estudo foi realizado em uma Universidade Federal localizada na Zona da Mata Mineira, com

    alunos iniciantes do curso de Licenciatura em Letras, com habilitao dupla portugus/ingls e

    visou investigar o processo de aprendizagem dos estudantes, tendo como foco a habilidade oral.

    Este estudo surgiu atravs de uma pesquisa realizada anteriormente (COELHO & FERREIRA,

    2012, no prelo) com alunos do mesmo curso, no qual estudantes alegam no aprender a Lngua

    Inglesa (LI) com eficcia durante os nove perodos de curso, no estando, assim, aptos a

    lecionarem LI, em qualquer instituio, aps se formarem. Por este motivo, surgiu o interesse de

    investigar como a aprendizagem se d em sala de aula, e como os alunos investem na prpria

    formao docente. Esses objetivos foram alcanados atravs da reflexo realizada pelos prprios

    estudantes. Holt ((1982) apud THRCK, 2011, p.18) afirma que o aluno que tem conscincia dos

    prprios processos mentais considerado um bom aprendiz, agente responsvel de sua prpria

    reflexo e ao. Para a coleta de dados, foi aplicado aos estudantes participantes desta pesquisa um

    questionrio aberto com foco nas aes em sala de aula e atividades extraclasses realizadas pelos

    participantes. Os resultados demonstram que os estudantes participantes so alunos crticos em

    relao ao prprio processo de ensino e aprendizagem e apontaram questes que precisam ser

    repensadas dentro do curso de Licenciatura em Letras.

    AUTONOMIA E REFLEXO DIANTE DO PLANO DE AULA: ESTUDO DE CASO COM

    PROFESSORES DE LNGUA INGLESA

    Jessica Kelly Sousa FERREIRA

    [email protected]

    Universidade Estadual da Paraba

    A presente pesquisa visa comprovar a relao existente entre a autonomia dos professores e suas

    reflexes em sala de aula, especificamente em relao ao plano de aula, procurando observar

    tambm como as atitudes autnomas podem funcionar como elementos construtores de docentes

    reflexivos e re-construtores do dia-a-dia em sala de aula, de acordo com as necessidades

    identificadas. Para isso, analisamos as aulas de dois professores de duas escolas pblicas do

    interior da Paraba, observando tambm seus planos de aula. Alm disso, o estudo contou com a

    aplicao de dois tipos de questionrios, um aplicado antes das aulas, e o outro aps cada aula

    observada. Este estudo est baseado nas seguintes premissas: (i) a autonomia, no contexto da

    prtica de ensino, deve ser entendida como um processo de construo permanente no qual devem

    se conjugar, se equilibrar e fazer sentido muitos elementos (CONTRERAS, 2002); (ii) [...] Faz-

    se necessrio seu envolvimento (do professor) em um processo de reflexo sobre o seu trabalho em

    sala de aula. Essa reflexo entendida como o modo mais eficiente para que as prticas em sala de

    aula sejam questionadas e alteradas (BRASIL, 1998); (iii) o ato de planejar sempre processo de

    reflexo, de tomada de deciso sobre a ao; processo de previso de necessidades e racionalizao

    de emprego de meios (materiais) e recursos (humanos) disponveis (PADILHA, 2001). Assim,

    aps a realizao da anlise dos dados obtidos contatamos a efetivao dos pressupostos

    comprovando a real relao entre a autonomia, a reflexo diante o plano de aula, e a reconstruo

    de realidades de distintas salas de aula.

    O DESAFIO DE ENSINAR GRAMTICA NAS AULAS DE E/LE

    Juliana Kelle da Silva FREIRE

    [email protected]

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

    H muitos anos se discute a necessidade ou no de ensinar gramtica nas aulas de lngua

    estrangeira (LE). O que mais se questiona se o ensino de aspectos gramaticais leva os estudantes

    a serem falantes proficientes e a desenvolverem a competncia lingustica para que se comuniquem

    em outro idioma. Talvez o que deva discutir seja a forma de se utilizar a gramtica. Diante desse

    cenrio, este artigo se prope a apresentar a importncia do ensino de gramtica nas aulas de E/LE,

    possibilitando o desenvolvimento da competncia lingustica do indivduo. No h frmulas

    quando se trata de ensino. H apenas trs requisitos para que o processo de ensino-aprendizagem

    chegue a bom termo: boa formao, bom senso e boa qualidade didtica da parte dos professores

    (VIEIRA, 2009, p. 79). A relevncia deste trabalho est na reflexo da prtica docente no que

    tange s estratgias utilizadas em sala de aula, de forma que contribua no processo de

    ensino/aprendizagem dos alunos. Essa pesquisa ser totalmente bibliogrfica, baseada nos autores:

    POSSENTI (2011), que aborda questes de linguagem e trata do ensino da gramtica;

    PERRAUDEAU (2009), que fala das estratgias de aprendizagem; Vieira (2009), que fala do

    ensino da gramtica; ANTUNES (2007), que defende que a escola deve ensinar e oferecer ao aluno

    condies para que faa o uso da lngua de acordo com a situao vivenciada; FRANCHI (2006),

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    que vem a discutir acerca da criatividade e gramtica e PERINI (2000), que faz uma reflexo sobre

    algumas questes de linguagem e sobre o ensino da gramtica no Brasil. Esperamos que com este

    estudo, os professores reflitam sobre suas prticas educativas e que possam superar os desafios em

    ensinar gramtica nas aulas de E/LE.

    PIBID E SUAS CONTRIBUIES NA FORMAO DO LICENCIANDO DE

    LETRAS/ESPANHOL DO IFRN

    Juliana Kelle da Silva FREIRE

    [email protected]

    Girlene Moreira da SILVA

    [email protected]

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

    O Programa Institucional de Bolsa de Iniciao Docncia, doravante denominada PIBID, tem

    como base legal a Lei n 9.394/2006 e o Decreto n 7.219/2010. um programa de Coordenao

    de Aperfeioamento de Pessoal de Nvel Superior (Capes) de fomento a projetos de apoio

    formao de professores cujo foco esteja na insero de estudantes de licenciatura em escolas

    pblicas da Educao Bsica para o desenvolvimento de aes e prticas formativas. Entendemos,

    assim como Zabala (1998), que um dos objetivos de qualquer bom profissional consiste em ser

    cada vez mais competente em seu ofcio e, geralmente, se consegue esta melhora profissional

    mediante o conhecimento e a experincia: o conhecimento das variveis que intervm na prtica e

    a experincia para domin-las. Desde o ponto de vista dos professores, esta prtica, deve ser

    entendida como reflexiva e no pode se reduzir ao momento e que se produzem os processos

    educacionais na sala de aula. Neste artigo, refletiremos acerca das contribuies do PIBID na

    formao docente dos alunos da Licenciatura em Espanhol do Instituto Federal do Rio Grande do

    Norte (IFRN). Essa pesquisa ser totalmente bibliogrfica, e nos basearemos em autores como

    ZABALA (1998), que trata das relaes interativas na classe, do papel dos professores e alunos;

    PIMENTA (2012), que aborda a reflexo da ao, uma proposta metodolgica para uma identidade

    necessria de professor; PINHO (2009), que aborda temas sobre a docncia no ensino superior sob

    diversas abordagens e com ricas anlises que auxiliam a entender melhor o papel do professor

    contemporneo; dentre outros. Esperamos, com este estudo, despertar os licenciandos para a

    reflexo sobre as contribuies que o PIBID tem proporcionado na sua formao docente e

    reforar a importncia de programas de incentivo docncia nos cursos de Licenciatura.

    LTIMA AULA DE LNGUA FRANCESAVIII, NA EDITORA DA UFPel

    Ana Carolina de FREITAS

    [email protected]

    Instituto Estadual de Educao de Florianpolis

    Na Universidade Federal de Pelotas, em 2013, os alunos da turma de lngua francesa VIII, tiveram

    a oportunidade de saber como funciona a Editora da UFPel na ltima aula do semestre, com a

    ajuda de um dos funcionrios mais antigos da Editora. Sem o compromisso de cumprir com o

    contedo do semestre, o trabalho feito pela professora Ana Carolina foi de promover a busca por

    outras reas alm da do ensino. A idia de mostrar como se funciona uma Editora, foi de uma

    professora do curso de Reviso de textos. Logo, a professora resolveu fazer a mesma coisa, j que

    seus alunos no semestre seguinte no seriam mais estudantes e sim, profissionais de letras. Na

    turma de lngua francesa VIII havia 5 alunos matriculados, mas apenas 1 aluno compareceu a

    Editora da UFPel na ltima aula do semestre.No foi possvel trabalhar com a lngua estrangeira.

    Mas foi possvel conhecer em detalhes, a vida de quem trabalha em uma editora.J que o

    funcionrio explicou detalhadamente a grade de funcionrios, quem fazia o que, como funciona

    quando algum quer publicar um livro, os detalhes que o autor deve tomar, ou seja, contratar um

    revisor para a correo da lngua e um revisor para formatao do livro, afim de facilitar o trabalho

    de montagem dos mesmos. E, o principal o funcionrio incentivou o aluno a trabalhar em uma

    editora.

    O ESTGIO SUPERVISIONADO E O ENSINO DE LI NA EJA: INQUIETAES DE UMA

    PROFESSORA EM FORMAO

    Morgana Conceio da Cruz GOMES

    [email protected]

    Universidade Estadual da Paraba

    Durante o curso de licenciatura, o aluno de graduao recebe uma formao bsica para a sua

    atuao profissional. A essa formao somam-se conhecimentos tericos, prticos e um conjunto

    de crenas trazidas pela formao de base de cada aluno, no que se refere a sua vivncia pessoal,

    educacional e profissional. O processo de construo do conhecimento e prtica reflexiva se inicia

    ainda na academia, onde o aluno exposto aos conhecimentos tericos e metodolgicos e tambm

    s vivncias em sala de aula atravs de estgios supervisionados. Fundamentado nestes parmetros,

    o presente trabalho trata-se de uma experincia de estgio supervisionado tendo, como foco, o

    ensino de leitura em Lngua Inglesa (LI) para fins especficos com aulas ministradas numa turma

    da Educao de Jovens e Adultos (EJA) do Ensino Mdio em uma escola da rede pblica da

    Paraba. A partir dessa experincia, objetivou-se promover uma reflexo sobre o papel do estgio

    supervisionado na formao docente verificando como ocorre a prtica pedaggica de uma

    professora em formao inicial no ensino de LI em uma turma da EJA; e identificando

    contribuies do Estgio Supervisionado na prtica pedaggica da referida docente. O aporte

    terico do trabalho baseou-se em documentos legais (os PCNs de 1998 e as OCEMs de 2006) e em

    autores, tais como: Mateus (2002), Barreiro e Gebran (2006), Moura (2007), Marcuschi (2008) e

    Oliveira (2009). Atravs dos relatos livres dessa professora em formao, foi possvel avaliar um

    pouco mais da prtica em sala de aula e refletir sobre as adversidades encontradas durante a

    formao acadmica e a prtica no estgio. Nesse contexto, o estgio supervisionado se torna um

    grande laboratrio onde vrias experincias so realizadas de forma aleatria e, por vezes, sem

    subsdios que preparem esse docente em formao para a prtica em sala de aula.

    EDUCADORES DE LNGUA INGLESA EM FORMAO INICIAL NA EXTENSO:

    PROVOCANDO OUTROS OLHARES

    Srgio IFA

    [email protected]

    Universidade Federal de Alagoas

    O objetivo dessa comunicao apresentar minhas interpretaes do ponto de vista de formador de

    professores sobre o fenmeno da formao que estou co-construindo, nesses dois ltimos

    semestres (2012.2 e 2013.1), com meus professores do Projeto Casas de Cultura no Campus, um

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    projeto de extenso que oferece cursos de ingls para graduandos da Universidade Federal de

    Alagoas que apresentam vulnerabilidade social. Os professores so alunos da licenciatura Letras-

    ingls que, aps seleo, se tornam responsveis por uma turma, por elaborar planos de aula e

    atividades que promovam o desenvolvimento lingustico-discursivo e a formao crtica, por

    pesquisarem a sua prpria sala de aula, por participarem de dois encontros semanais comigo e por

    divulgarem suas investigaes em eventos acadmicos. Teoricamente, como linguista aplicado

    crtico, meu trabalho deve ser o de explorar a lngua produzida em contextos sociais e de

    criticamente questionar as relaes de poder, de acesso, de resistncia e de desigualdade. tomar

    as questes que envolvem a desigualdade e a transformao social com centrais no trabalho

    (PENNYCOOK, 2001). Uma das contribuies dos novos letramentos provocar uma educao

    para desenvolver as habilidades para a produo de sentidos nas diversas prticas sociais

    (LANKSHEAR & KNOBEL, 2011; BRYDON, 2011; MENEZES DE SOUZA, 2011; MONTE

    MR, 2011). Os dados foram coletados por meio de questionrios, planos de aula, relatos orais e

    dirios dos professores. Busquei dialogar os dados com os aportes tericos nos quais me apoio.

    Norteio a apresentao dos resultados por meio de duas questes: de que forma a formao de

    educadores promove uma conscientizao crtica? Que sentidos sobre o fenmeno vivido so

    produzidos pelos professores e por mim, formador?

    A PRTICA PEDAGGICA DO PROFESSOR DE ESPANHOL PARA ALUNOS SURDOS:

    OS SABERES ESSENCIAIS

    Ruteneyd Lellys Alves INACIO

    [email protected]

    Narla Sathler Musse de OLIVEIRA

    [email protected]

    Instituto Federal de Educao, Cincia e Tecnologia do Rio Grande do Norte

    O objetivo deste trabalho investigar os saberes essenciais acerca do aluno surdo que hoje

    norteiam a prtica pedaggica do professor de espanhol, em razo do reconhecimento da lngua de

    sinais (LIBRAS) e da educao bilngue/bicultural: as identidades surdas, cultura e comunidade

    surdas e a metodologia bilngue. Para isso se dialoga com Behares (2000), Brito (1993), Felipe

    (2001), Quadros (2006), Perlin (1998), Santana (2007), Sacks (1990), Vigotsky (1998), entre

    outros. Para se conhecer o fazer pedaggico do professor de espanhol se apresenta um recorte de

    uma pesquisa de cunho qualitativo, realizada por meio da entrevista com professoras de Ensino

    Mdio, na cidade do Natal (RN). Os resultados apontam que: investigar as identidades surdas

    possibilita ao professor compreender a construo das complexas identidades e suas

    especificidades pedaggicas, o que pode orientar recursos e didticas para atender

    satisfatoriamente s suas necessidades educacionais; os valores de cultura e comunidade surdas so

    relevantes na socializao dos surdos, no fortalecimento da identidade positiva e na organizao

    poltica pela luta de direitos; o modelo bilngue pesquisado revela a realidade desafiadora do

    ensino do espanhol ao aluno surdo na escola inclusiva, que agravada pelo descumprimento da

    funo social do Estado.

    REPRESENTAES DE UM PROFESSOR ATRAVS DA INSTRUO AO SSIA

    Liane Velloso LEITO

    (Faltou o e-mail e o nome da universidade)

    O trabalho a ser apresentado proveniente da pesquisa realizada com um professor de Lngua

    Inglesa de uma escola de idiomas particular na cidade de Joo Pessoa, Paraba.O objetivo

    analisar a atividade do professor no seu primeiro dia de aula em uma turma de adolescentes atravs

    do procedimento metodolgico chamado instruo ao ssia (SAUJAT 2002,2004; FATA

    2004,2005; CLOT 2006) no quadro de pesquisa da Psicologia do Trabalho na Clnica da

    Atividade. O percurso da entrevista se apoia nos pressupostos do InteracionismoSociodiscursivo

    (ISD), tomando a linguagem como ponto de anlise dos dados gerados. A pesquisa analisou a

    atividade do professor atravs das suas falas e de suas representaes, tendo como parmetros

    avaliativos dois dos quatro objetos constitutivos dessa atividade sob a viso de Ren Amigues

    (2004): as prescries e as ferramentas. Foram suprimidos, por ausncia de dados suficientes para

    anlise, as regras do ofcio e o coletivo de trabalho.A tarefa do professor-instrutor era instruir a

    pesquisadora-ssia em uma situao hipottica de substituio. Com as informaes claras e

    objetivas a pesquisadora poderia se passar pelo professor-instrutor sem que a turma percebesse

    essa substituio. O objetivo perceber quo claras as diretrizes podem ser transmitidas e como o

    professor caracteriza a sua atividade, desde a sua chegada escola at o trmino da aula.O nosso

    questionamento: h flexibilidade e independncia no trabalho desse professor, apesar de

    metodologia e material prprios e rgidos, que possibilite a (re)configurao do seu agir?

    O PAPEL DO ESTGIO SUPERVISIONADO OBRIGATRIO NA FORMAO DO

    PROFESSOR DE PORTUGUS

    Hrica Karina Cavalcanti de LIMA

    [email protected]

    Universidade Federal do Pernambuco

    Ewerton vila dos Anjos LUNA

    [email protected]

    Universidade Federal da Paraba

    A formao inicial de professores tem sido objeto de muitas pesquisas em vrias reas de

    conhecimento. Em se tratando da rea de lngua portuguesa, essa discusso ganha ainda mais

    importncia, devido necessidade de formar professores apoiados em atuais e consolidados

    referenciais terico-metodolgicos e preparados para formar leitores e produtores de texto

    proficientes. Essa preocupao com a formao inicial dos professores de lngua materna passa

    sobretudo pelo currculo dos cursos de licenciatura em Letras, ou seja, pelas oportunidades de

    discusses tericas e de vivncia de atividades prticas que tal currculo proporciona aos

    estudantes. Nesses termos, com o objetivo principal de refletir sobre o papel da disciplina Estgio

    Supervisionado Obrigatrio I, oferecida no curso de Licenciatura em Letras da Universidade

    Federal Rural de Pernambuco, na formao do professor de portugus, debruamo-nos sobre os

    estudos de Pimenta (2002), Pimenta e Lima (2004) e outros e refletimos, por um lado, acerca de

    aspectos como ementa, objetivos, contedos e bibliografia indicados no programa dessa disciplina

    e, por outro, sobre o que dizem os estudantes a respeito do papel desse componente curricular na

    sua formao. Para tanto, debruamo-nos sobre o programa do mesmo e sobre os relatrios finais

    de estgio produzidos pelos alunos. Os dados coletados foram analisados a partir da Anlise

    documental e os resultados mostraram que essa disciplina decisiva na formao dos estudantes de

    licenciatura em Letras, no somente porque devem promover a devida articulao entre teoria e

  • VIII Seminrio Nacional sobre Ensino de Lngua Materna e Lngua Estrangeira e de Literatura & I Simpsio Internacional de Estudos em Linguagem

    prtica, mas tambm porque propiciam o conhecimento da ecologia da escola, da sua organizao

    e do seu funcionamento.

    O ESPAO RESERVADO AO ENSINO DE LITERATURA EM EMENTAS DE DISCIPLINAS

    VOLTADAS A PRTICA NO CURSO DE LETRAS/UERN

    Larissa Cristina Viana LOPES

    [email protected]

    Maria Edileuza da COSTA