Vila Brac 1 - Doce Deleite
-
Upload
amber-farley -
Category
Documents
-
view
108 -
download
0
Transcript of Vila Brac 1 - Doce Deleite
Doce Deleite
Vila Brac 1
Kenway sabe quem é o seu companheiro. Ele está apenas esperando
Ross voltar para casa. Enquanto isso, ele tem que se certificar de que Ross
tenha um lugar para vir para casa. Aceitar o empréstimo do Alfa Maverick da
Vila Brac lhe permitia viver uma vida que ele sempre sonhou.
Ross encontrou o seu companheiro e está desesperado para voltar
para ele, mas há forças no trabalho que não só tentam mantê-los separados,
mas estão determinados a levar Ross longe do homem que ele mal conhece.
Ross foge para a Brac Village e para os braços do seu companheiro,
apenas para descobrir que o pesadelo que deixou para trás o seguiu. Ele pode
abrir a sua padaria, ou será que todos eles estão em perigo, incluindo um ao
outro?
Capítulo Um
Entrando na sala de estar da casa, ele e os seus amigos tinham
resolvido deixar Recker, o shifter rinoceronte, colocar as cortinas em uma das
janelas. O grande homem parecia que estava no seu elemento quando ele
deslizou o laço colorido brilhante para frente e para trás no varão até que ele
finalmente deu um passo para trás e deu um aceno de aprovação.
Para Kenway, a cortina parecia que estava pendurada no lugar, mas
o que ele sabia? Ele não entendia de decoração de interiores. Ele achava que
parecia perfeito e maravilhoso para Recker.
Paine estava recostado no sofá, um brilho malicioso em seus olhos
verdes, enquanto observava o trabalho do rinoceronte. Kenway interiormente
gemeu. Ele estava certo como merda que não queria ouvir os dois discutindo
esta manhã, mas pelo olhar no rosto de Paine, a chita estava se sentindo
brincalhão.
― Cara, isso parece com o que eu tossi esta manhã... uma bola de
cabelo ― brincou Paine com maldade do sofá, com as mãos atrás da cabeça,
pernas apoiada sobre á mesa de café. O homem parecia que ele estava
languidamente desfrutando da sua manhã, mas Kenway sabia que Paine
poderia se transformar rápido em letal em segundos. Ele era um guepardo,
acima de tudo. Preguiçoso como o dia era longo, mas astuto e mortal.
Ele era um predador, mas lhe pedir para ajudar com alguma coisa?
Esqueça.
A boca de Recker demostrava aborrecimento quando ele empurrou as
cortinas de frente para trás de novo, como se estivesse tentando criar espaço
no tecido uniforme. ― Minhas cortinas não parecem com o seu vômito. Elas
têm um padrão de flores margarida amarelas agradável que complementa a
parede amarelo e branco. Estas cortinas são a certeza de iluminar a sala
monótona.
Kenway manteve o seu sorriso enganosamente calmo. Recker era um
homem grande. Mas ele gostava de fazer as coisas parecerem agradáveis.
Embora Kenway não fosse apontar que Recker não deveria assumir a
arrumação de interiores como projeto de vida. O homem tinha um
temperamento muito curto. Recker era descontraído, até que alguém o
irritasse, e então cuidado.
― Recker, você é cego. Como diabos você sabe que essa cor não se
parece com vômito? ― Paine destacou e tocou na ferida do rinoceronte, ao
mesmo tempo. Ele sorriu para Recker com o sorriso travesso do qual o shifter
chita era conhecido.
Recker olhou para o conjunto de cortinas e então para a parede. A
dúvida estava pairando em seus olhos azuis pálidos, e o homem parecia que
estava se tornando agitado.
― Elas realmente não combinam? Como elas podem não combinar?
― Kenway sabia que gostava de Recker enfeitando o lugar. Talvez o homem
tivesse assumido que as margaridas eram amarelas porque eram margaridas.
Embora elas fossem, de fato, amarelas.
O shifter rinoceronte nasceu com monocromacia. Ele via o mundo em
preto, branco e cinza. Ou, mais ao ponto, ele via o mundo através do fundo de
luz e escuridão. Recker tinha aprendido ao longo dos anos que as cores
deveriam se complementar, mas, tanto quanto vê-las, isso não acontecia.
A única razão que ele não foi atrás de Paine por causa da provocação
era porque eles eram um grupo. Se alguém fora do seu grupo tivesse zombado
dele, Recker estaria tentando matá-los agora. Quando provocado ele atacava
sem piedade.
Seu daltonismo era o tema que mexia com ele.
― Parece ótimo! ― Spencer disse quando ele entrou na sala. O
pequeno shifter Antílope sorriu enquanto caminhava até a janela, batendo nas
costas de Recker. ― Eu adoro a forma como as margaridas amarelas
combinam com a cor da parede. ― Recker rosnou quando ele atirou uma
expressão gritante em Paine, rasgando as cortinas da haste. Sim, o homem
estava chateado, e Kenway não ficaria surpreso se Recker fosse atrás de
Paine. Embora, ele não estivesse certo do porque Recker rasgou as cortinas.
― É uma questão de opinião. ― O shifter chita sorriu, parecendo não
se incomodar com a crescente agitação de Recker.
― Se você já está satisfeito em caçoar de Recker, precisamos
colocar a cabeça para pensar. Não se esqueça de que todos nós precisamos
encontrar emprego. ― Kenway saiu da sala de estar. ― Vá encontrar o seu
irmão ― ele falou por cima do ombro para Paine.
Paine levantou o braço, com a mão apontando para as escadas.
― Steele ainda está dormindo.
― Então vá acordá-lo ― disse Kenway com um rosnado. ― Nossas
economias não vai durar muito tempo, e eu gosto de viver aqui. ― Apesar de
quase ter enfrentado os ursos Lakeland por causa de um porco. Kenway não
tinha a intenção de insultar o ser humano, mas quem no inferno levava um
porco bebê em uma transportadora? Os ursos com certeza tinham alguns
companheiros estranhos.
Pensando em companheiro fez Kenway pensar em Ross.
Seu companheiro.
Ele tinha encontrado o cara na fazenda dos Lakelands, quando o seu
companheiro tinham vindo alertar a todos sobre um ataque contra a aldeia das
fadas. Kenway tinha pensado que ele estava ficando louco quando viu Ross
parado ali, parecendo sexy como o inferno, Kenway foi tentado de tal forma
que quase o fez tomar Ross ali no celeiro.
Graças a Deus ele tinha um pouco mais de autocontrole do que isso.
Não muito, no entanto. Não quando todos os sentidos nele haviam se
descontrolado e tudo o que Kenway podia pensar era em reivindicar o homem
magro.
Ele era geralmente bastante descontraído, observava mais do que ele
falava, e não era de fazer as coisas por impulso. Mas Ross era a exceção à
regra. O homem era uma exceção para cada maldita regra que Kenway
possuía.
Seu companheiro também estava morrendo de fome. O vampiro
tinha agido como se ele não tivesse comido nas últimas semanas. Kenway
tinha deixando o vampiro beber do seu pulso, mas ele queria que o homem
bebesse do seu pescoço enquanto ele fodesse o vampiro magro e ele o
reivindicasse.
Sim, o homem causou estragos no autocontrole de Kenway.
Infelizmente, Ross teve que voltar para o seu clã antes que o seu
líder soubesse que ele estava ausente. Kenway não gostava disso. Ross era
seu companheiro. Isso deveria ter sido o fim de tudo. Mas Ross insistiu em
voltar.
Ele não entendeu, mas Kenway não forçou o seu companheiro para
ficar.
Agora ele tinha cinco segundos de distância dirigindo para a cidade
para ir buscar o seu companheiro, mas Ross havia prometido voltar. Ele não
queria parecer agressivo, mas foda-se se ele não sentia saudades do homem.
Kenway passou a mão sobre a cabeça em frustração, só para lembrar que ele
tinha ido para o salão do Paraiso e tinha cortado todo o seu cabelo. Agora
estava apenas uma penugem na sua cabeça. Ele ainda não tinha certeza por
que ele tinha feito isso. Parecia estranho como o inferno, sem o seu longo
cabelo caindo sobre os ombros.
― Se importa se eu pegar uma carona com você? ― Styles
perguntou quando ele saiu da cozinha. ― Meu caminhão está quebrado de
novo.
― Claro ― disse Kenway enquanto esperava que os dois guepardos
aparecessem com suas bundas preguiçosas. Ele tinha a sensação de que ele ia
ter que ir lá para cima e buscá-los. Com a sua sorte, Paine tinha ido para a
cama.
Paine e Steele eram excelentes caçadores, grandes lutadores, os
melhores. Os dois eram bons amigos para se ter por perto, mas foda se eles
não eram preguiçosos como o inferno. ― Vi uma oficina na cidade. Talvez você
possa pedi-lhes para rebocar o seu caminhão e dar uma olhada. ― O shifter
coiote balançou a cabeça, seus lábios apertados em uma linha sombria.
― Mesmo se eu pudesse pagar, eu não gosto de ficar em torno de
shifters lobos.
Lobos e coiotes não eram conhecidos em conviver em paz.
Então por que diabos Styles estava pedindo uma carona para a
cidade? Kenway estava achando que essa manhã não estava tendo um grande
começo, e ele não se preocupou em perguntar. Ele sabia que Styles teve
alguns desentendimentos com shifters lobos no passado, e que não tinha sido
agradável. Mas o coiote estava morando em uma cidade cheia deles agora. Ele
devia e tinha que se acostumar a eles ou... Kenway não sabia o que ia
acontecer, ele não queria que Styles fosse embora. O grupo deles tinha
crescido, e Styles era mais como um irmão para ele.
Eles originalmente começaram com mais shifters em seu grupo. Mas
o irmão de Spencer e o irmão gêmeo de Recker tinham sidos mortos quando
sua pequena comunidade tinha sido atacada pelos mesmos shifters lobos que
tinham atacado o rancho Lakeland, quando ele apareceu pela primeira vez na
Vila Brac. E esse fato só confirmava para Styles que todos os shifters lobos
eram a escória da terra. Ele estava surpreso que Spencer não estivesse
querendo vingança... ou Recker.
Mas Spencer parecia ter se recuperado, um pouco. O shifter antílope
tinha lamentado um pouco a sua perda e, em seguida, voltou para a terra dos
vivos. O Humor de Recker só tinham piorado. O rinoceronte vivia paranoico
agora. Ele odiava estranhos e protegia a casa com muita eficiência.
Recker jurou que Spencer era muito pequeno para se defender e era
o seu trabalho manter seguro o seu pequeno grupo.
Kenway não tinha certeza porque Recker tinha começado com essa
ideia, mas ele não discutiu com o rinoceronte.
― Eu vou buscar esses dois, ― Styles disse quando ele subiu
correndo as escadas.
Kenway estava ansioso por isso. Styles puxaria eles para fora da
cama e estariam lá embaixo em poucos minutos. O coiote não ia se meter.
― Eu já vou... Steele gritou lá de cima quando Paine desceu
correndo os degraus.
― Eu disse que estava vindo. Você não tinha que enviar Styles para
o andar de cima ― Paine se queixou enquanto caminhava para fora da porta
lateral.
Kenway apenas riu, divertido com o olhar descontente no rosto da
chita.
― Ele é foda maluco! ― Steele gritou enquanto corria atrás do seu
irmão.
― Missão cumprida ― Styles disse com um sorriso muito perverso
no seu rosto enquanto descia as escadas. ― Podemos ir agora?
― Mostre o caminho ― disse Kenway quando ele saiu atrás do
homem.
Os irmãos estavam sentados na parte de trás do caminhão Chevy
azul de Kenway, o rosto inclinado para trás, aquecendo-se dos raios do sol.
Estava muito brilhante esta manhã. Kenway não via uma nuvem no céu.
― Por que você está indo para a cidade? ― Styles perguntou quando
entrou no carro.
― Eu tenho que ver Maverick. Eu quero que ele saiba que nós não
queremos as nossas casas separadas. ― Um olhar sombrio caiu sobre o rosto
de Styles. Nenhum deles queria viver separado. Eles tinham ido ao inferno e
voltado desde a formação do seu pequeno grupo, e a maioria dos homens
tiveram tempos doloridos até mesmo antes disso.
Paine e Steele tinham perdidos seus dois irmãos em uma matança
sem sentido antes de se juntar ao grupo.
Eles gostavam de viver juntos com sua família pouco convencional.
Ele não achava que o alfa teria um problema com eles morando no mesmo
local. Não era uma casa enorme como a que os Lakelands viviam, e era uma
caixa de sapatos em comparação com a mansão que o alfa vivia com sua
família muito grande. Mas era a casa deles agora.
E Kenway gostava do lugar.
― Só me deixe na loja de motos dos Santiago ― Kenway voltou o
seu olhar para Styles ― Você sabe que três lobos são donos do lugar, certo?
Styles encolheu os ombros quando ele olhou para fora da janela. ―
Eles estão procurando por um mecânico de moto. Eu não tenho que gostar
deles para trabalhar para eles.
― É verdade, mas ajuda. ― Kenway não conseguia entender o
homem. O coiote não estava disposto a ir para a garagem na cidade porque
era propriedade do bando, mas ele iria trabalhar para três lobos? O cara não
fazia nenhum sentido para ele de qualquer maneira. Kenway conhecia as
dificuldades que Styles tinha sofrido com os shifters lobos. Ele entendia por
que o homem agia dessa forma como ele fazia. Mas o que ele não entendia era
a forma de Styles pensar às vezes.
Styles se virou, sorrindo para Kenway. Por que ele não confiava
nesse sorriso? ― Isso só significa que eu não tenho que saber sobre todos os
problemas dele. ― O cara era estranho.
― A propósito, Pai Lakeland nos convidou para jantar hoje à noite. ―
de fato Styles respondeu, sua voz enganosamente ocasional embora Kenway
soubesse que o homem adorava ir lá.
― Eu gostaria de comer uma boa refeição caseira.
― Styles, você tem uma refeição caseira toda noite ― Kenway
apontou. Spencer era um cozinheiro magnífico, e fazia com que eles comessem
bem, mesmo se, por vezes, fosse apenas queijo quente e sopa. O homem
tinha um talento quando se tratava de inventar maneiras diferentes de
preparar a mesma coisa.
Kenway olhou para trás quando Steele bateu na janela de vidro.
― Calma! Há um homem parado na frente do seu caminhão. ―
Olhando para a direção que Steele estava apontando, Kenway viu o homem.
Ele estava de pé na frente do seu caminhão, seu capô aberto. Guiando o
caminhão para o lado da estrada, Kenway estacionou e depois saiu.
― Precisa de ajuda? ― Kenway perguntou quando os shifters chita
pularam de atrás do caminhão. Kenway não tinha certeza de que os irmãos
estavam indo fazer, considerando que eles não sabiam nada sobre caminhões.
Ele não queria, mas se o homem precisasse de um guincho, Kenway poderia
ao menos ajudar dessa maneira.
― Ele só parou em cima de mim ― disse o homem enquanto ele
olhava do motor para Kenway. ― Para ser honesto, eu não tenho ideia do eu
estou olhando.
Kenway estendeu a mão. ― Meu nome é Kenway. E estes são Paine e
Steele.
― Hawk ― o homem apertou a mão de Kenway. ― Nós lutamos lado
á lado quando o demônio do fogo apareceu, mas nunca fomos formalmente
apresentados.
― Ele é um lobo, ― Styles gritou da cabine do caminhão de Kenway.
Kenway deu um sorriso inquieto para Hawk, mas queria ir até o
caminhão e fechar a boca de Styles com uma fita adesiva. Ele entendia a
antipatia do coiote pelos lobos, ele realmente entendia, mas agora as coisas
eram diferentes. Esses lobos não iriam prejudicá-los. E eles viviam na cidade
dos lobos.
Eles tinham que conviver bem.
― Com certeza. ― Hawk concordou. ― Você pode me dar uma
carona para a cidade?
― Claro que não ― gritou Styles mais uma vez.
― Claro ― Kenway disse, lançando um olhar para Styles.
O coiote encolheu os ombros.
― Eu acho que eu vou sentar na parte de trás. ― Hawk olhou para
Styles e, em seguida, entrou na carroceria do caminhão com Paine e Steele.
Kenway não estava muito certo de que essa fosse uma opção melhor. Os
irmãos eram conhecidos por jogar um pouco demais.
Kenway sentou no banco do motorista.
― Ele é um lobo, ― Styles resmungou.
― Sim, eu ouvi você gritar alto e claro a primeira vez ― disse ele
quando ele encolheu os ombros e se dirigiu para a cidade.
A cabeça de Kenway virou para trás quando ele ouviu um baque alto.
Paine estava segurando sua cabeça, e Steele estava rindo
histericamente.
― O que aconteceu? ― Kenway gritou.
― P-Paine tentou tocar no cabelo de Hawk ― Steele começou a rir
de novo. ― Mas eu acho que Hawk não gostou, porque... porque ele bateu a
cabeça de Paine na janela.
Paine estava sorrindo, embora ele estivesse esfregando o lado direito
da sua cabeça. ― Ele tem um cabelo bonito.
― Para trás, gatinho, ― Hawk disse com um rosnado baixo,
ameaçador.
Kenway riu.
Styles rosnou.
Depois que pararam em frente da loja de motos dos irmãos Santiago,
Hawk saltou.
― Obrigado, eu posso chegar em casa a partir de aqui.
― Você é bem-vindo ― Kenway disse quando ele apertou a mão de
Hawk e assistiu Styles bater a porta do caminhão, resmungando quando ele
entrou na loja de motos. Kenway estremeceu. Seu caminhão foi fabricado na
década de sessenta.
Embora não estivesse em má forma, maltratá-lo não era uma boa
ideia.
― Eu acredito que o seu amigo não gosta de lobos? ― Hawk
perguntou enquanto os seus olhos observavam quando Styles se retirava.
Kenway suspirou. Isso não ia ser bom. ― Ele teve problemas com
eles uma ou duas vezes. ― Não era direito seu contar a história de Styles. O
coiote que deveria contar.
― É compreensível ― Hawk balançou a cabeça e olhou com
curiosidade para Kenway. ― Mas ele sabe que ele vive em uma aldeia cheia de
lobos não é?
Kenway deu um leve aceno de cabeça, querendo simplesmente ir
embora. Ele esperava que Hawk não fizesse muitas perguntas mais. ― Ele
sabe.
― Bem, obrigado de novo ― disse Hawk, antes de atravessar a rua e
ir para a lanchonete.
Kenway virou-se para os dois leopardos. ― Procurem em toda a
cidade e não parem até que vocês dois sejam contratados em algum lugar.
― Sim, sim, capitão ― resmungou Steele quando ele e o seu irmão
atravessaram a rua e se dirigiu para o restaurante. Kenway suspirou. Essa ia
ser uma longa manhã.
Kenway estava frustrado como o inferno no meio da tarde. Ninguém
estava contratando. Como diabos ele poderia viver aqui se não pudesse
encontrar trabalho? Praguejando a sua irritação, Kenway entrou no caminhão e
foi em direção a mansão de Maverick. Ele iria pegar seus amigos depois que
ele terminasse de falar com o alfa.
Não havia nenhuma maneira que ele estivesse levando Styles junto
com ele. O coiote os teria chutado para fora da cidade mais rápido do que
Kenway poderia dizer boo.
Kenway decidiu depois que ele entrou no caminhão e foi para o
escritório de Maverick, ele ia perguntar o alfa se ele sabia aonde poderia
encontrar algum trabalho. Tinha que haver algo em torno desta cidade que ele
poderia fazer.
Não importava quantas vezes ele via A Toca, Kenway ficava sempre
impressionado. A casa de tijolos vermelhos era enorme. Estacionando o seu
carro, Kenway colocou suas chaves no bolso e se dirigiu para a porta da frente.
Ele podia ver uma sombra por trás do vidro antes mesmo que ele
batesse. Ele realmente não queria vir aqui pedir um emprego, mas a cidade
não era grande. Se Kenway quisesse ficar, ele precisava de um emprego.
Kenway também achava necessário informar o alfa que nenhum dos homens
no seu grupo queria sair da cidade. Eles haviam gastado um monte do seu
dinheiro para se estabelecer.
A porta se abriu revelando Maverick.
― É bom ver você de novo, ― Maverick disse quando ele acenou
para Kenway e depois caminhou até o seu escritório. Ele sentou-se atrás da
sua escrivaninha, esticando as pernas sobre a mesa, entrelaçando as mãos e
apoiando-as no seu estômago. ― Agora, irmão, o que eu posso fazer por você?
Kenway sentou na cadeira de couro em frente à mesa de mogno de
Maverick, tentando se esticar e parecer tão relaxado como o alfa, mesmo que
ele estivesse uma pilha de nervos.
― Meu pequeno bando quer ficar na casa de Manchester, se estiver
tudo bem para você.
Maverick colocou a ponta do cabelo sob o lábio, sua expressão
pensativa. ― Mas essa casa não é um lugar pequeno para esses shifters
grandes?
― Não é tão grande como a sua casa, mas, para nós, é um tamanho
perfeito. Ok, talvez seja um pouco pequena, mas não precisamos de muito. ―
Eles haviam perdido tanto em sua última cidade que Kenway não conhecia
ninguém no seu grupo que se oporia.
― Se for isso que você quer! Eu estava pensando em uma
construção de casas adicionais que pudesse acomodar o seu grupo, mas se
você quiser ficar aonde você está, por mim tudo bem.
Kenway estava feliz. Alguns dos shifters, o inferno, todos eles, não
podia pagar uma hipoteca de uma casa. Vivendo juntos, eles poderiam dividir
o aluguel, o que era muito melhor para a carteira de todos. Ele gostou do fato
de que o alfa estava tão descontraído. Kenway sabia melhor do que ninguém
como o Alfa era, mas, tanto quanto as pequenas coisas, Maverick era muito
legal sobre isso.
― Algo mais? ― Maverick perguntou.
Kenway odiava a perguntar que ele realmente tinha que fazer. Mas
ele tinha que pôr de lado o seu orgulho se ele queria ter qualquer esperança
de encontrar um emprego. Ele sentou-se e inclinou-se um pouco em direção
ao alfa. ― Você sabe de algum lugar que eu possa encontrar trabalho? Estive
em toda a cidade, mas ninguém parece estar contratando.
Maverick tirou os pés de cima da sua mesa e sentou-se inclinando
para frente, inclinou a cabeça para o lado, quando ele estudou Kenway por um
momento.
Kenway era um shifter búfalo e quase nada metia muito medo nele,
então por que ele se sentia se contorcendo sob o olhar intenso de Maverick? ―
Você gostaria de ter seu próprio negócio? ― Ele perguntou quando ele
entrelaçou os dedos e descansou na sua mesa.
― Eu adoraria, mas eu não tenho o dinheiro para começar ―
Kenway confessou.
― Eu tive um sonho com você na noite passada. ― Ok, isso estava
no mínimo um pouco estranho. Kenway avançou para trás, perguntando se
isso era um flerte. Ele ficou lisonjeado, mas não estava interessado no alfa-
motoqueiro olhando para ele. Ele se afastou com cuidado.
Maverick riu. ― Definitivamente não é sobre o seu traseiro peludo.
Kenway relaxou.
― Eu sonhei que você abria a sua própria padaria. Meu sonhos...
nunca mentem. ― Ok, não havia nenhuma maneira de que Kenway iria deixar
o alfa parar de falar agora. Sua curiosidade foi aguçada e ele queria saber.
― Era sobre o que? ― ele perguntou quando ele se inclinou para
frente mais uma vez.
― Tem certeza de que deseja saber? ― Maverick perguntou. O brilho
brincalhão em seus olhos cinza se foi, substituído por um toque cheio de
severidade. Isso não era reconfortante, mas ele realmente queria saber.
― Eu estou interessado em saber ― admitiu honestamente.
― Havia alguém lá com você. Um vampiro. Mas ele não estava
trabalhando lá, ele estava escondido lá.
Kenway deu um salto ficando de pé. ― Ross.
― Quem? ― Maverick perguntou quando ele franziu as sobrancelhas
escuras.
― Ross é meu companheiro. Ele vive no clã do Norte. Ele disse que
iria voltar para mim, mas ele não voltou ainda. Você acha que algo está
errado?
Maverick pegou o telefone na mesa e começou a discar.
Kenway não tinha ideia para quem Maverick estava ligando, mas ele
esperava que o alfa descobrisse aonde Ross estava. Kenway sentia uma falta
do homem terrivelmente.
― Dante, é Alpha Maverick da Vila Brac. Estou ligando para saber
sobre alguém no seu coven de nome Ross. ― Kenway começou a andar pelo
escritório de Maverick num ritmo rápido enquanto o shifter lobo falava ao
telefone. Ele não sabia por que, mas o seu instinto estava gritando que algo
estava errado. Ele devia ter ouvido falar de Ross até agora. O vampiro poderia
ter aparecido, literalmente, e deixado Kenway saber que ele estava bem.
Desde que Ross não tinha feito isso até agora, Kenway estava preocupado.
Maverick parecia sombrio quando ele desligou o telefone, os dedos
batendo sobre á mesa quando ele olhou para Kenway.
― Kenway, Ross não foi visto no coven. ― Kenway mentalmente
cambaleou para trás, ele se perguntava aonde diabos o seu companheiro
estava.
― O que Dante disse?
― Ele disse que a última vez que viu Ross, o vampiro tinha dito que
ele tinha encontrado o seu companheiro e estava deixando o clã. Dante lhe
deu os seus melhores votos. Ele não o viu desde então. Ele pensou que Ross
estava com você.
Kenway podia sentir o seu búfalo tentando sair. A preocupação e
raiva o enchiam querendo transbordar. Algo tinha acontecido com Ross, e ele
planejava descobrir o que tinha acontecido.
― Onde eu começo a procurar? ― Ele não conhecia essa área muito
bem.
Kenway não tinha a menor ideia por onde começar a sua busca.
― Eu vou mandar Hawk com você. Ele é um rastreador muito bom.
Cody é o nosso melhor, mas ele está ocupado, Hawk tem mais tempo livre.
Kenway assentiu. ― Eu apenas lhe dei uma carona para a cidade.
Seu caminhão estava quebrado no lado da estrada. Ele está no restaurante. ―
Se Kenway tivesse deixado Styles impedi-lo de ajudar Hawk, então ele sabia
com a maldita certeza que Maverick não estaria ajudando ele. As coisas eram
diferentes na cidade. Esses lobos realmente se preocupavam com os seus
residentes.
Se Styles não tivesse tanto ódio pelos lobos, ele iria poder fazer bons
amigos e muitos bons aliados.
Maverick pegou o telefone. ― Vou chamá-lo. Vá encontra-lo na
lanchonete e ele vai ajudá-lo. ― Kenway se dirigiu para á porta.
― Kenway, ― Maverick chamou.
Ele se virou.
― Sobre a padaria. Eu vou lhe emprestar o dinheiro para começar.
Nós vamos conversar sobre a forma de reembolso do empréstimo mais tarde,
quando você encontrar o seu companheiro.
Kenway acenou concordando quando ele saiu do escritório de
Maverick. Ele ficaria muito feliz agora com a possibilidade de começar o seu
próprio negócio, se ele não estivesse tão preocupado com o seu companheiro.
Capítulo Dois
Ross não tinha ideia de onde estava. Ele já havia tentado várias
vezes dispersar suas moléculas, mas com a pulseira no seu pulso, não estava
acontecendo. Ele não tinha ideia de que havia algemas feitas especificamente
para os vampiros. Isso era novidade para ele. Ele se perguntou se Dante sabia
sobre elas. E se o líder do coven sabia, por que diabos Ross não tinha sido
informado? Ele já havia tentado várias vezes retirar a maldita coisa, mas não
se movia. Era como se houvesse algum tipo de magia ou algo sobre ela. Toda
vez que Ross tentou tira-la, ela voltava para o seu pulso.
Se ela não saísse dali logo, Ross estava pensando seriamente em
cortar o seu pulso. Ok, não realmente, mas ele estava frustrado como o
inferno.
Ross parou fora de um edifício, ouvindo um monte de aplausos e
música alta. Ele olhou para cima para ver o nome do lugar.
“Diablo”
Apenas onde diabos ele estava? Havia um homem grande, corpulento
parado na porta, olhando desconfiado para Ross. Ele podia sentir o cheiro
shifter do homem, mas não tinha certeza qual tipo de shifter era. Ele estava
começando a se perguntar se deveria ir lá para pedir ajuda. O lugar não
parecia muito respeitável.
― Você veio para o teste? ― o homem perguntou, recostando-se
contra a parede de tijolos próxima a porta, parecendo como se não tivesse
nada para fazer.
― Teste? Para o que? ― Dada a aparência do lugar, não ia ser nada
do que ele queria fazer.
― Vá em frente e fale com Diablo. Ele está atrás do bar, ― disse o
homem enquanto ele colocava Ross para dentro.
Não tendo nada a perder, Ross entrou. Havia uma multidão de
clientes sentados perto do palco enquanto uma drag queen desfilava com um
gigante salto plataforma. E esta era definitivamente uma drag queen. O cara...
quer dizer... garota se afastou e começou a se mover, dando aos homens uma
amostra enquanto ele... bem... ela começou a se despir.
Puta merda! Ele estava em um clube de strip! Apenas aonde no
inferno ele estava? Ross rapidamente se virou, procurando o menor caminho
para a porta. Ele não era um stripper e não tinha vontade de se tornar um
também. Ele não tinha ideia de por que o segurança o mandou entrar, mas
Ross iria dar o fora daqui. Teste, minha bunda! Não havia nenhuma fodida
maneira dele se vestir como uma mulher e... de jeito nenhum!
― Aonde você vai, querido? ― Ross gritou quando ele foi agarrado
pelo pulso e puxado de volta para o clube por um homem embriagado. O cara
tinha um hálito horrível, e ele não era agradável de se olhar. Ross lutou para
se libertar, mas o homem era muito forte, seu aperto parecia ser de aço.
― Me deixe ir! ― Ele deu um tapa nas mãos do homem enquanto
tentava se libertar. Ele iria matar o seu irmão por prender a pulseira no seu
pulso e deixá-lo aqui... aonde quer que aqui seja. Que o merdinha era ruim,
ele sabia. Eles nunca tinham se dado bem, mas ele nunca tinha pensado que o
vampiro faria algo tão baixo assim.
Existiam os maus, e então havia os absurdamente maus. E Virgil
pertencia a este último grupo. Ross não tinha certeza por que Dante não fazia
um favor ao mundo e matava o vampiro. Irmão ou não, o homem ia matar
alguém um dia destes.
Não que ele não amava Virgil. Ross amava. Apesar de tudo Virgil era
seu irmão. Mas o vampiro não tinha sido nada, além de um torturador para
Ross desde que ele se lembrava.
Enquanto Ross lutou para se libertar, ele pensou em Kenway. Tudo o
que Ross queria era o seu companheiro. Ele sentia falta do shifter búfalo ao
ponto do desespero. Eles só se encontraram uma vez, mas Ross sentiu uma
profunda ligação com o homem e queria estar de volta na sua presença.
Inferno, para quem ele estava mentindo? Ele queria estar de volta nos braços
do homem, ser fodido e reivindicado.
― Há mesas na parte de trás aonde podemos sentar e brincar, ou
podemos ir para um quarto nos fundos.
― Não em sua vida! ― Ross gritou, sentindo as lágrimas em seus
olhos. Droga. Ele não queria chorar em um lugar como este, mas ele estava se
sentindo encurralado, sem saída. Ele viu homens seminus andando pelo local,
como se estivessem à caça de sexo, e Ross sentiu o estômago embrulhar.
― Deixe o homem ir. ― Ross virou a cabeça quando ele ouviu um
profundo rosnado atrás dele. Seus olhos se arregalaram, perguntando se ele
tinha saído da frigideira para o fogo. O homem era enorme!
― Desculpe Wayland. Eu não sabia que ele era seu.
― Espere, o que? Eu não sou...
― Ele está comigo. Faça todos saberem que ele está fora dos limites.
― Wayland avançou para o homem bêbado, seu lábio puxado para trás em um
grunhido. O cara engoliu, liberando Ross.
― Eu farei isso. ― O homem se virou e foi para os fundos do clube.
Ross olhou para o homem grande. ― Obrigado.
Com um olhar penetrante Wayland avaliou Ross. ― Você é novo aqui.
― Eu, eu não sou daqui, tecnicamente, ― Ross gaguejou. Ele podia
ver o olhar avaliador de Wayland, e ele teve que deixar claro que tudo isso era
um grande erro.
― Você parece estar aqui comigo. ― Oh, inferno.
― Eu estou perdido, ― disse Ross quando ele começou a ir em
direção à porta ― Eu parei aqui por acidente.
― Espere, ― disse Wayland, mas Ross estava se dirigindo para a
porta como se a sua vida dependesse da saída desse local. Ele não estava
esperando por ninguém. Não neste lugar. Ele não queria brincar em uma mesa
ou ser levado para um quarto nos fundos. Ele só queria sair do clube de strip e
ir para casa.
Onde está você, Kenway? Quando o segurança levantou a mão,
impedindo a saída de Ross, Ross quase gritou de frustração. Ele queria sair
desse maldito lugar!
― Wayland quer falar com você, ― o segurança disse
preguiçosamente, apontando na direção ao bar.
― E? ― ele disse exasperado.
― Então, ― disse o segurança. ― Quando um Demônio Guerreiro
quer falar, você ouve.
Demônio Guerreiro? Ross nunca tinha ouvido falar de um Demônio
Guerreiro.
Eles eram os mocinhos? Ele não tinha certeza em quem confiar, mas
sabia que tinha que confiar em alguém se quisesse sair deste lugar. Ele tinha
vagado por um maldito longo tempo. Ele já havia fugido de tantas criaturas
diferentes que a sua cabeça estava girando. Ele estava cansado de correr.
Tudo o que ele queria fazer era ir para casa.
Não, ele queria Kenway.
Ross esperou na porta, rezando para que ele não fosse cometer um
erro confiando nesse cara. Se Wayland fosse um pervertido, Ross ia ficar mal.
Ele havia sido abordado tantas vezes desde que entrou aqui que ele nunca
mais queria ouvir falar de sexo de novo.
― Por este caminho, ― Wayland disse enquanto apontava a direção
com a cabeça.
Ross passou pelo segurança, dando-lhe um olhar mau. O homem deu
uma risada baixa e encolheu os ombros.
― Deixe Diesel em paz, ― Wayland disse atrás de Ross. ― Ele
estava apenas fazendo seu trabalho.
― Será que o seu trabalho inclui manter alguém contra a sua
vontade, quando obviamente querem ir embora? ― Ross estalou. Ele estava
cansado, com fome e cansado deste lugar.
Wayland deu um rosnado baixo assim que os dois estavam fora na
noite.
Isso era outra coisa estranha sobre esse lugar. Era sempre noite. O
sol nunca aparecia... nunca. Para um vampiro, era um alívio, mas ainda era
estranho.
― Ele faz o que tem que fazer.
― Ross jogou suas mãos para o ar. ― Que tipo de resposta é essa?
― O homem não fazia droga de sentido nenhum para ele, e nem este lugar.
― Apenas me siga. ― Wayland começou a descer a rua, deixando
Ross para trás. Ross ficou lá por um momento, se perguntando se ele deveria
seguir, quando ouviu um grito vindo do Diablo. Ele não era estúpido. Ele
correu atrás de Wayland tão rápido quanto as suas pernas podiam.
― De onde você é? ― Wayland perguntou quando Ross o alcançou.
― Terra, ― respondeu Ross. Parecia a coisa lógica a dizer desde que
Ross sabia que este lugar não estava em nenhum mapa.
Wayland riu. ― Não brinca! Quer dizer, qual lugar?
― Você já ouviu falar do clã de Dante? ― Wayland balançou a
cabeça. ― Coven de Christian? ― Wayland riu e acenou com a cabeça. O
sorriso iluminou o rosto do homem e o fez parecer quase dócil. Não, na
verdade não. Mas o homem parecia um inferno de muito mais amigável
quando ele sorriu.
― Eu conheço Christian.
― Bom, você pode me levar até ele? ― Ross perguntou enquanto ele
ofegava, tentando o seu melhor para acompanhar os longos passos de
Wayland. O homem com certeza andava rápido. Ross era um vampiro, que
nasceu com velocidade sobrenatural, mas Wayland o fazia passar vergonha.
― Eu posso fazer isso, ― disse Wayland. ― Siga-me. ― O homem
caminhava por um beco entre um restaurante chamado Malcor e um café
chamado Jake Java. Ross levantou uma sobrancelha.
― Você quer que eu te siga em um beco? ― ele perguntou,
desconfiado. ― E por que eu deveria confiar em você?
― Porque, bebê, eu sou seu único jeito de sair do reino demônio, ―
Wayland respondeu enquanto ele continuou a caminhar pelo beco escuro.
Oh, isso não era bom. Ross tinha uma escolha a fazer. Ou ele poderia
continuar vagando por este reino demônio, que, agora ele sabia aonde estava,
o que não o tinha feito se sentir melhor, ou ele poderia orar para que Wayland
estivesse senso sincero sobre tira-lo de lá.
Ross mordia o lábio inferior enquanto ele olhou ao redor. Não havia
nenhuma maneira de que ele iria ficar preso neste lugar. Ele estava morrendo
de fome e tão cansado que ele poderia deitar no maldito chão e dormir por
uma semana.
― Você vem? ― Wayland chamou.
Ele iria? Droga! ― Sim, ― gritou Ross quando ele correu pelo beco.
Ele viu Wayland em pé, encostado a uma parede. Ross chegou mais perto,
querendo saber o que ia acontecer agora.
― Venha aqui.
― Uh, uh. ― Ross sacudiu a cabeça. ― Aqui é perto o suficiente. ―
Ele não era estúpido.
― Como é que eu vou transportá-lo para o reino humano, se eu não
tocar em você? ― Wayland perguntou, com um sorriso de merda em seu rosto.
Ross começou a recuar. ― Me tocar como?
Wayland desencostou da parede, seu rosto perdendo o olhar
provocante para ser substituído por pura raiva. Seus olhos começaram a
brilhar vermelho quando ele olhou para Ross.
― Não se mova.
Ross congelou. Ele não tinha certeza do que estava acontecendo, mas
Wayland parecia assustador como o diabo. Ele engoliu em seco, a garganta
secou enquanto um nódulo grande se formava.
― O que?
Wayland pressionou um dedo sobre os lábios, silenciando Ross. Isso
não era bom. Nada bom. Ross lentamente virou a cabeça e suspirou.
― Aproxime-se de mim, lentamente, ― Wayland disse tão baixo que
Ross quase não o ouviu. Ele deu um passo para trás, e depois outro,
observando a cena na frente dele. Havia um homem caído no chão e outro
sugando a boca o homem caído. Não estavam se beijando. Não, porque o
homem inclinado sobre o outro tinha os lábios a centímetros de distância.
― Ele é um sugador de almas. ― Ross não gostou do som disso.
― Fique aqui, ― Wayland rosnou quando ele começou a se mover
para frente.
Ross não tinha problema em ficar exatamente aonde estava. Ele não
queria aquela coisa em qualquer lugar perto dele. Ele gostava da sua alma
exatamente aonde estava, dentro dele.
― Está se divertindo? ― Wayland falou.
O homem... er... coisa saltou para trás e, em seguida decolou,
Wayland começando a perseguição.
― Espere! ― Ross chamou, mas Wayland havia ido. Ele foi deixado
no beco com o homem caído. Ross se aproximou, ele não tinha certeza se
deveria verificar se o cara estava morto. Ele sabia que tinha que fazer. Ele não
podia simplesmente deixar o homem lá para outro sugador de alma pegá-lo.
― Ei, amigo, ― disse Ross enquanto ele cutucava o ombro do
homem com um dedo. ― Você está bem? ― O homem gemeu, agarrando sua
cabeça quando ele começou a piscar os olhos. Ross saltou para trás. Neste
lugar, ele não queria correr nenhum risco.
― O que aconteceu? ― o homem perguntou enquanto olhava ao
redor.
― Eu acho que você estava prestes a ter o seu cérebro sugado, ―
disse Ross quando ele continuou a recuar. Agora que ele olhou para o homem,
ele podia ver que o cara não era de todo ruim.
― Aquele bastardo! ― o homem rosnou quando ele ficou de pé,
tentando se equilibrar. ― Eu vou matar Fisher.
― Fisher?
― O demônio imbecil que me enganou, ― respondeu o homem
enquanto ele se afastava, virando à direita quando ele chegou à rua.
Ok.
Ross olhou ao redor da pista, vendo que ele estava realmente
sozinho. Ele soltou um longo suspiro e voltou para a rua, perguntando o que
diabos ele iria fazer agora. Parecia que ele nunca ia sair deste lugar. O que ele
tem que fazer para obter alguma ajuda, cometer assassinato? Ele iria fazer
isso quando colocasse as mãos naquele fedorento irmão dele. Ele sabia que o
vampiro não gostava dele, mas isso foi baixo.
Ross acalmou quando viu um homem andando na rua com um
cachorro na coleira. O homem passeando com seu cachorro não foi o que o fez
parar. Foi o cão de duas cabeças que o fez pensar que talvez ele deveria ir na
direção contrária.
― Você parece um pouco perdido ― disse o homem enquanto ele se
aproximava de Ross. ― Você precisa de ajuda?
― E-eu estou procurando Wayland. Você o conhece?
O homem sorriu e Ross deu um suspiro de alívio quando viu as
presas. Agradecido por ter encontrado outro vampiro. ― Eu conheço Wayland
e Rainerio também.
― Quem? ― Ross perguntou, mantendo um olho nos cães, ou era
um só?
― Os Demônios Guerreiros. ― Ross concordou rapidamente.
― Isso é o que Wayland foi chamado. Pode me ajudar a encontrá-lo?
― Claro, ― o homem disse e apontou para a rua. ― Eu vou fazer
melhor e levá-lo para o seu apartamento.
― Obrigado, ― disse Ross. ― Eu sou Ross.
― Peter. ― O homem estendeu a mão para Ross e apertou. ―
Agora, siga-me.
― Uh, cães agradáveis?
Peter riu. ― Você nunca viu um cachorro de duas cabeças antes? ―
Ross sacudiu a cabeça, observando o cão, quer dizer, cães olharem para ele.
― Eles são Mitzy e Mickey, e eles têm duas personalidades distintas,
― Peter se vangloriou orgulhosamente.
Sim, Ross precisava transportar a sua bunda para fora deste lugar
estranho. Nunca em sua vida tinha visto nada com duas cabeças, e ele não
tinha certeza se queria ver um novamente. Era muito bizarro.
― Aqui estamos nós, ― disse Peter, enquanto apontava na direção
do grande edifício de apartamentos na frente deles.
Ross olhou para o edifício e depois de volta para Peter. ― Onde está
a porta?
― Não há uma. ― Ok, ele estava para ter uma enorme dor de
cabeça. Tudo o que Ross queria fazer era chegar em casa! Como de alguma
forma isso era complicado?
― Então, como é que eu vou entrar?
― Oh, ― disse Peter como se apenas se lembrasse de que tinha se
esquecido de dar uma vital informação. ― Você apenas grita por um dos
Demônios Guerreiros.
― Sério ― Ross perguntou. ― Por que não somente apertar uma
campainha?
― Porque, ― disse Peter, baixando a voz. ― Eles não querem que
ninguém, incluindo os demônios e criaturas do inferno, passeando pelo lugar.
Sim, ele necessitava muito sair daqui. Ele não queria nem pensar em
criaturas do inferno. ― Quem eu devo chamar? ― Ele sabia que Wayland
estava perseguindo um sugador de alma, de modo que ele não era uma opção,
e Ross não conhecia nenhum outro Demônio Guerreiro.
― Bem, você tem uma dúzia de homens para escolher. Você poderia
chamar Hondo, Kane, Rainerio, Phoenyx, Cadeym, Kobe...
― Basta escolher um, ― disse Ross enquanto a dor de cabeça surgiu
e ele começou a massagear as têmporas. Isso não era real. Se ele não
precisasse da ajuda de Peter, ele ia mandar o homem ir dar uma volta com os
seus cães.
― Hondo! ― Ross estremeceu com a voz de Peter. Ele já tinha uma
maldita dor de cabeça. O homem não precisava gritar.
Ross piscou algumas vezes quando um homem extremamente grande
veio da lateral do edifício. Ele não tinha certeza se deveria esperar ou correr. A
única coisa que o mantinha no local foi o sorriso fácil no rosto do homem.
― Você chamou? ― Hondo perguntou. Ross esperava que fosse
Hondo.
― Sim, Ross precisa da sua ajuda, ― disse Peter enquanto ele
apontava para Ross. Os dois homens olharam para ele.
― Você trabalha no Diablo? ― Hondo perguntou.
Por que diabos todo mundo achava que Ross era um stripper? O que
havia com essas pessoas? ― Não, ― ele disse, evitando o tom mordaz. ― Eu
fui enganado para entrar naquele lugar bizarro e preciso voltar para o reino
humano. ― Essa era a palavra que Wayland usou, certo?
― Sério? ― Peter disse enquanto olhava Ross de cima a baixo. ― Eu
peço desculpas, mas eu meio que achei que você trabalhava no Diablo
também. ― Ross rosnou.
― Para onde você quer ir? ― Hondo perguntou.
― Casa. ― Não, espere. Se ele fosse para casa, em seguida, seu
irmão tentaria enganá-lo novamente. Com esta pulseira no seu pulso, Ross
seria impotente para parar o pequeno bastardo. ― Você sabe aonde a Vila Brac
é?
Um sorriso iluminou o rosto de Hondo, suavizando seus traços. ― Sei
sim. Você quer ir para Maverick?
― Não, há uma fazenda a poucos quilômetros de lá. Você conhece os
Lakelands? ― Esse foi o último lugar que Ross tinha visto Kenway.
Deuses, apenas pensando sobre o seu companheiro fez o peito de
Ross doer. Ele queria estar envolvido nos braços do grande homem mais uma
vez. Ele sentiu que era perfeito e correto ser seguro pelo grande shifter búfalo.
E quando ele voltasse, Ross ia dizer a Dante sobre a dor na bunda que era
Virgil.
― Eu não conheço os Lakelands, mas assim que chegarmos a Vila
Brac, basta apontar o caminho, ― disse Hondo quando ele empurrou sua
cabeça para o lado. ― Siga-me.
Puxa isso não parece familiar? ― Para um beco?
Hondo sorriu. ― Como você sabe?
― Porque, ― disse Ross enquanto corria junto, ― Wayland levou-me
para um beco quando deveria me levar para casa, mas ele correu atrás de um
sugador de alma. ― Hondo parou de andar e se virou. ― Onde?
― Oh, não ― protestou Ross, acenando com a mão. ― Eu vou dizer
aonde, tão logo você me leve para casa. Eu não preciso perder outra carona.
Os lábio de Hondo se apertaram em uma linha fina, mas ele balançou
a cabeça. ― Então vamos fazer isso rápido. ― Ross caminhou pelo beco e, em
seguida, gritou quando Hondo o agarrou e entrou em uma sombra. Deuses, ele
iria adoecer.
Capítulo Três
Kenway já tinha procurado em cada centímetro da Vila Brac, e Dante,
líder do clã de Ross, tinha sido avisado e estava em alerta. Não havia nada que
Kenway pudesse fazer, e ele odiava essa sensação. Seu estômago estava
torcido em nós de preocupação. Se algo acontecesse com o seu companheiro,
Kenway ia caçar o desgraçado que tinha prejudicado Ross e fazê-lo morrer
lento e dolorosamente.
― Ei, Kenway ― disse Spencer quando ele entrou na cozinha.
― Chauncey Lakeland está no telefone. ― Spencer balançou o
telefone da casa na frente de Kenway enquanto mordia uma maçã.
Kenway arrancou o telefone da mão de Spencer, ignorando o
pequeno homem quando ele revirou os olhos. ― Alô.
― Eu acho que tem alguém aqui que pertence a você. Seu nome é
Ross, ― Chauncey disse do outro lado. ― Ele é o vampiro que nos avisou
sobre o ataque à aldeia das fadas. ― Kenway sentiu o seu coração bater
novamente com o alívio passando por ele.
― Mantenha-o aí. Estou a caminho.
― É pra já. Se ele tentar sair, você quer que eu prenda ele?
― Não ― Kenway rosnou. ― Apenas certifique-se que ele não
desapareça de novo.
― Eu vou sentar aqui e olhar para ele até que você venha buscá-lo.
Kenway balançou a cabeça. Ele tinha encontrado Chauncey algumas
vezes, e tinha assumido que o urso tinha alguns parafusos soltos. Agora ele
sabia ao certo que ele era maluco.
― Estou a caminho.
― Eu estarei esperando ― disse Chauncey e depois desligou. Que
diabos havia de errado com o urso?
― Daqui a pouco eu volto, Spencer. Eu tenho que ir buscar o meu
companheiro na casa dos Lakelands, ― Kenway disse enquanto desligava o
telefone.
― Ah, eu quero ir! ― Spencer disse rodeando ele. ― Nós deveríamos
ir para o jantar de qualquer maneira.
― Eu tinha outras coisas em minha mente ― disse Kenway enquanto
se dirigia para a porta lateral.
― Vamos lá!
Kenway parou e olhou por cima do ombro. ― Você não deveria deixar
Recker saber onde você está indo? Você sabe que ele tem um ataque quando
ele não pode encontrá-lo.
― Recker, eu vou com Kenway! ― Kenway balançou um dedo no
ouvido pela voz alta de Spencer. Para um shifter tão pequeno, a voz de
Spencer era alta pra caralho.
― Onde? ― Recker perguntou invadindo a cozinha. ― O que está
acontecendo?
― O companheiro do Kenway está na casa dos Lakelands, então eu
vou com ele para pegar o homem.
― Então, eu vou também ― disse Recker passando por eles e indo
para o caminhão.
Kenway não se importava se toda a maldita casa viesse com ele, mas
ele precisava ir. Estar sem Ross deixava Kenway ao ponto da loucura. Tudo o
que ele queria era sentir o vampiro em seus braços.
Ele dirigiu-se aos Lakelands, com Recker no lado do passageiro e
Spencer no meio. Quanto mais perto que ele chegava do rancho, mais forte o
coração de Kenway batia. Onde tinha estado o seu companheiro? O que tinha
acontecido para fazer o homem desaparecer, e quem diabos era o responsável
para que Kenway pudesse matar o desgraçado.
― Se você respirar mais difícil, você terá que desembaçar as janelas
― disse Spencer quando chegaram no rancho dos Lakelands.
― Não precisa. Estamos aqui. ― Assim que parou Kenway desceu do
caminhão e correu em direção a varanda antes que Recker ou Spencer
tivessem a chance de sair.
Ele não queria perder tempo. Ele esperou tempo suficiente. Ele não
tinha certeza se ele deveria bater ou entrar direto, Kenway escolheu entrar
direto. Seu companheiro estava lá depois de tudo.
― Onde ele está? ― Ele perguntou a Malcolm Lakeland quando o viu
andando na direção dele.
― Na cozinha, filho. ― Kenway não esperou por um convite. Ele fez
o caminho direto para a cozinha onde o seu companheiro estava. Seu coração
falhou uma batida no seu peito quando viu Ross sentado à mesa, parecendo
cansado. Ele ficou congelado no local. Kenway havia esquecido quão bonito
Ross realmente era. Sua cabeleira escura estava amarrotada, e anéis escuros
estavam sob os seus olhos, que disseram a Kenway que Ross estava morrendo
de fome.
― Venha aqui. ― Não era um pedido, e Kenway teve a certeza que a
ordem estava evidente na sua voz. Ross ficou de pé, vindo em sua direção
lentamente.
― Você sabe que eu não deixei você intencionalmente, certo? ―
Ross perguntou, sua voz tremendo um pouco.
Kenway esperou tão pacientemente quanto podia que o seu
companheiro chegasse perto, quando Ross estava ao alcance do seu braço,
Kenway agarrou o seu companheiro e puxou o homem, alto e magro num
abraço, perto esmagando-o.
― Onde diabos você estava? ― Ele inalou o cheiro de Ross, seu
búfalo enlouquecendo para reivindicar Ross e garantir que o homem nunca
deixasse o seu lado novamente.
― No reino demônio. Eu preciso falar com Dante e deixá-lo saber o
que aconteceu. ― Ross deitou a sua cabeça no ombro de Kenway, e colocou as
palmas das mãos, no peito do Kenway.
― Então, vamos falar com ele. Você não está deixando a minha
visão novamente.
― O que aconteceu exatamente? ― Chauncey perguntou.
Kenway também queria saber, mas com o seu companheiro de volta
em seus braços, ele sabia que precisava não só alimentar Ross, mas fodê-lo
também. Não havia nenhuma maneira de que ele ia ser capaz de pensar com
clareza até que ele reivindicasse o vampiro.
Chauncey riu. ― Há um quarto vazio, na terceira porta à sua
esquerda.
Kenway estava puxando Ross para as escadas antes que Chauncey
pudesse terminar de falar. Ele não queria perder tempo. Ele esperou tempo
suficiente. Dois segundos era muito tempo para ele, e muito menos a
quantidade de tempo que Ross tinha ido embora.
― Nós vamos manter o forte ― Spencer falou para ele num tom
leve, rindo muito.
― Segure o que diabos você quer ― Kenway gritou de volta para o
shifter antílope, indiferente ao que alguém pensasse. Tudo o que ele queria era
Ross. Kenway encontrou a porta que Chauncey tinha dito a ele para usar e
fechou-a atrás dele.
― Está com pressa? ― Ross perguntou.
Kenway levantou a manga, expondo o seu pulso. Ele queria que Ross
se alimentasse em outro lugar, mais íntimo, mas ele podia ver a fome nos
olhos escuros de Ross. Quando o seu companheiro hesitou, Kenway empurrou
o seu pulso para os lábios de Ross. ― Beba, caramba. ― Ross não hesitou. Ele
mordeu rapidamente, suas presas perfurando a pele de Kenway, Ross passou
os dedos longos e flexíveis em torno do braço de Kenway, puxando-o mais
próximo enquanto pegava o que precisava.
Kenway caiu contra a porta do quarto, seus olhos tremulando
enquanto o seu pênis ficou duro como aço. Ele encontrou-se gemendo,
puxando Ross mais perto dele, envolvendo um braço em volta dos ombros do
seu companheiro, e pegou no cabelo do seu companheiro, longo e sedoso.
Pequenos, sons agradáveis vibraram na garganta Ross. ― Você gosta
que joguem com os seus cabelos? ― Kenway perguntou pegando um punhado,
puxou, e em seguida liberou os fios, correndo os dedos sobre o couro cabeludo
de Ross.
Ross concordou, mas não liberou o pulso de Kenway. Ele sabia que
eles eram companheiros e isso fez Kenway querer proteger Ross de qualquer
dano, mas as emoções cruas dentro de Kenway ameaçaram trazê-lo de
joelhos. Ele afastou o cabelo de Ross para o lado, e correu o dedo sobre a pele
sedosa do seu companheiro. ― Se sentindo melhor.
Ross lambeu o pulso para fechar os furos gêmeos enquanto ele
assentia. ― Muito.
Seus olhos seguiram quando Ross lambeu o seu lábio inferior,
pegando a última gota de sangue de Kenway que escapou. Deveria ter
incomodado Ross ver o sangue de outra pessoa, mas isso não aconteceu.
― Agora, você quer me dizer o que aconteceu? ― Era a última coisa
que ele queria neste exato segundo, mas tanto quanto Kenway queria
reivindicar Ross, ele queria ter certeza que o seu companheiro estava pronto
também.
Ele pode ter se apressado vindo aqui para cima, mas para Kenway,
alimentar o seu companheiro era tão privado como o ato de fazer sexo com o
seu companheiro. Era pessoal aos seus olhos.
― Esse babaca do Virgíl me enganou e me enviou para o reino
demônio. Ele até me deu uma pequena pulseira para a minha viagem. ― Ross
levantou o braço, Kenway viu a pulseira pela a primeira vez.
― O que é isso?
― Aparentemente, esta é uma pulseira que me impede de dispersar
minhas moléculas. Pensei que só os elfos usavam para inibi-los de brilhar, mas
eu estava errado. ― Kenway puxou o braço de Ross mais perto, examinando a
pulseira.
― Você sabe como tirá-la?
Ross sacudiu a cabeça e, em seguida, encontrou o olhar de Kenway.
― Eu vou ter que pedir a Dante.
― Dói-lhe usá-la? ― Porque se o fizer, eles estavam prestes a fazer
uma viagem rápida para a cidade. Não havia nenhuma maneira que Kenway ia
permitir que o seu companheiro sofresse.
Ross balançou a coisa em torno do seu pulso, puxando e puxando,
mas ainda permanecia no seu pulso. O homem, finalmente, deu um suspiro de
frustração. ― Não, não faz mal. É apenas um incômodo.
Kenway sorriu. Ele gostava da atitude irritada de Ross. Mas ele não
gostou de ver o seu companheiro tão frustrado. ― Então vamos ver se Dante
consegue a maldita coisa fora de você.
― Nós temos que ir neste segundo? ― Ross perguntou. Kenway
podia ver o calor nos olhos do outro homem. Era o mesmo calor que estava
percorrendo o seu corpo depois que Ross se alimentou dele. Ele segurou o
rosto de Ross, puxando o seu companheiro mais próximo.
― Não, não agora.
― Bom, porque eu estava morrendo para te beijar. ― Ross inclinou-
se, colocando um beijo suave nos lábios de Kenway. Ele estava hipnotizado por
um momento, sentindo o perfume do seu companheiro e olhando seus lábios,
Kenway puxou Ross mais perto, tornando o beijo carinhoso brutal. Ele
explorou a caverna, quente e úmida da boca de Ross, deleitando-se dos doces
gemidos de Ross.
Kenway dobrou-se, tentando puxar Ross para diminuir o espaço entre
eles até que Ross pulou, Kenway se surpreendeu. Ele pegou Ross quando seu
companheiro envolveu suas pernas longas e finas ao redor da cintura de
Kenway. Ficou melhor. Muito melhor.
Beijando Ross, Kenway olhou para a cama e se perguntou se o seu
companheiro iria protestar contra ele avançar um pouco mais. Era verdade que
eles realmente não se conheciam. Mas eles tinham que começar em algum
lugar. Ficar nu, e fazer sexo era uma maneira muito boa de conhecer alguém.
Kenway queria Ross nu e inspecionar cada centímetro dele para ter
certeza que ele não foi ferido por ter ficado longe por tanto tempo. Ele riu de si
mesmo. Ele tinha motivos menos puros para obter Ross nu, mas inspecionar
ele era bom o suficiente para começar. Mas ele ainda queria ter certeza de que
Ross estava ileso. Em vez disso, Kenway quebrou o beijo e cheirou o seu
vampiro.
Ross riu. ― Você é um cheirador.
Kenway sorriu no pescoço de Ross. ― Eu sou.
Inclinando-se para trás, Ross olhou nos olhos do Kenway. Um sorriso
largo formou-se nos seus lábios beijáveis. ― O que mais você quer cheirar?
Isso foi um inferno de uma pergunta. Ele gemeu interiormente com
as imagens que vinham na sua mente. Havia muitos lugares que Kenway não
se importaria de cheirar, entre as pernas de Ross para começar, mas neste
momento, Kenway não ia ser muito exigente.
― Onde você gostaria que eu enterrasse o meu nariz?
Um sorriso lascivo inclinava-se para cima nos cantos da boca de
Ross, tornando-o ainda mais sexy, o pau de Kenway engrossou no seu jeans.
― Em qualquer lugar que você quiser, companheiro.
― É tão fácil? ― Kenway perguntou, notando que a sua voz caiu
para um tom rouco. A única coisa que importava para ele era que Ross estava
seguro. Todo o resto pode cair e Kenway não daria a mínima.
Ross beijou-o na boca, com seu sorriso alargado. ― Para qualquer
outra pessoa, inferno não, não é assim tão fácil. Você sabe quantas pessoas
pensavam que eu era um stripper no maldito reino demônio?
Normalmente, isso poderia ter irritado Kenway. Mas ele teve de
concordar, seu companheiro era fascinante e exótico. Ele não se importaria
que Ross desse um show particular para ele, mas não agora. Agora tudo o que
Kenway queria era reivindicar o seu companheiro.
Kenway não estava certo porque ele estava de repente nervoso, mas
ele não ia deixar isso detê-lo. Ele pegou Ross e levou-o para a cama, rezando
que o homem não protestasse. Ross riu o que soou como sol líquido.
― Eu estou supondo que você está muito feliz em me ver.
Kenway grunhiu empurrando a camisa de Ross até as axilas e passou
a mão no peito do homem. Ele deixou o prazer quente de apenas ser capaz de
tocar o seu companheiro, e Ross começou a morder o lábio inferior. Kenway
começou a traçar padrões no estômago de Ross, ocasionalmente tocando no
cinto do homem de forma muito eficaz enviando arrepios em todo o corpo
dele. O pau de Kenway estava prestes a explodir em seu jeans. A centelha nos
olhos de Ross cresceu quando Kenway desabotoou a calça dele, tomando o seu
tempo, provocando o seu companheiro, e dirigindo-o louco de desejo. Mas a
revelação lenta era tão sexy.
Ross estava tomando respirações rasas de ar, enquanto observava os
dedos grossos de Kenway jogarem com o seu jeans. O cara parecia gostar da
lenta tortura, mas Ross estava pronto para derreter no colchão. Os dedos do
seu companheiro estavam a apenas alguns centímetros de distância do que
Ross queria que Kenway pegasse. O homem deve ter lido a sua mente porque
Kenway parou de provocar o zíper da calça de Ross e abriu o seu jeans, os
olhos indo para Ross em questão.
― Kenway, faça alguma coisa, por favor.
Com um aceno rápido, os dedos hábeis tiraram o seu jeans antes que
a sua cabeça explodisse. Foi incrivelmente quente a forma como Kenway
aplicou pressão na cueca de Ross, fazendo pré-sêmen vazar apenas com um
toque da mão do seu companheiro.
Kenway se inclinou para frente, sugando o pescoço de Ross,
enquanto seus grandes dedos evolveram a ereção de Ross. As sensações
duplas fizeram o seu cérebro entrar em órbita. Ross estava perdendo a sua
mente e Kenway mal tinha tocado nele.
― Deus, você é foda sexy. ― Ross fechou os olhos quando a voz
profunda de Kenway roncou através do seu corpo e ao redor do seu pênis,
trazendo-a para a atenção integral. Oh Deus, ele poderia ser capaz de gozar
apenas com aquele som.
Ross abriu os olhos quando sentiu um puxão em uma mecha solta de
cabelo na sua bochecha. Ele não sabia o que dizer para Kenway, não com a
forma intensa com que ele estava olhando para ele. De repente, Ross sentiu
como se ele fosse o mundo inteiro de Kenway.
Quando os dedos de Kenway deslizaram sensualmente sobre o seu
braço nu, Ross sabia que ele estava perdido. Ele daria qualquer coisa ao
grande búfalo.
Ele sentiu as grandes mãos de Kenway, no meio das suas costas.
Ross empurrou para o homem musculoso, um ronronar baixinho, saindo dos
seus lábios. As mãos de Kenway pareciam tão boas contra a sua pele, que
Ross poderia sentir um início de incêndio queimando dentro dele em todos os
lugares que Kenway o tocava.
Quando os dedos de Kenway se arrastaram entre as bochechas da
sua bunda e acariciava o seu buraco apertado, Ross gemeu e balançou para
trás, tentando empalar-se nos dedos de Kenway. Ele podia sentir suas
terminações nervosas ganhando vida e começarem a pulsar.
Parecia como se todo o seu corpo estivesse preparado apenas para
esse homem, acordando no mais leve toque. Quando Kenway rolou Ross de
costas e o cobriu com o seu corpo maior, tudo o que Ross podia fazer era
espalhar as suas pernas e envolvê-las em torno da cintura de Kenway.
Um pequeno gemido escapou dos lábios de Ross quando Kenway
entrou nele, enchendo-o até a borda num impulso poderoso. Ross esperava
dor, e havia uma pontada, mas ele sabia que o seu corpo estava fora de
controle quando aceitou o seu companheiro, como se tivesse sido esticado e
preparado só para ele.
Tudo o que Ross podia fazer era ficar lá e ver-se no olhar intenso de
Kenway enquanto ele batia nele em um ritmo feroz. Ele não conseguia sequer
se mover, Kenway passou os braços por baixo das pernas de Ross e inclinou a
sua bunda para cima no ar. Ross sentiu-se paralisado pelo prazer caminhando
através do seu corpo. Ele mal podia respirar.
― Goze. ― O comando simples rasgou Ross como uma bala. Seu
corpo convulsionou com o prazer que o seu companheiro estava lhe dando, e
explodiu numa simples palavra. Um grito ofegante saiu dos lábios de Ross e a
sua cabeça foi de volta para o travesseiro atrás dele. Ele sentiu o seu sêmen
sair através do seu membro sensibilizado e espalhar-se entre eles.
Ross podia sentir o seu peito subir e descer enquanto ele ofegava
através do seu orgasmo. Ele sentiu-se, lânguido e preguiçoso. Ele sentiu-se
bem pra caralho. Ele se sentiu melhor ainda quando ele ouviu o rugido de
Kenway acima dele, e repente seu corpo caiu em cima dele.
Intensa pressão construiu-se dentro da sua bunda, e por um
momento, Ross temia que ele ia ser literalmente dividido em dois, pelo enorme
pau de Kenway. A pressão aumentou e aumentou. Ross segurava nos ombros
de Kenway, apertando as suas unhas quando o medo inundou-o.
E então Kenway olhou para Ross com esses mesmos olhos azul-
pálidos, que olharam para ele naquela noite a muito tempo.
Ross gritou quando Kenway de repente se inclinou para frente e
afundou os seus dentes afiados no seu ombro. Ao invés de sentir uma dor
esmagadora, sentiu um prazer diferente de tudo que Ross já sentira, disparou
através do seu corpo.
Ross sentiu pulso após pulso de porra encher o seu buraco. O que só
acrescentou ao seu prazer. O calor dentro dele estava queimando-o de dentro
para fora. E o prazer latejante do pau do seu companheiro na sua bunda.
Kenway mordeu o ombro de Ross, e um jorro de esperma disparou
do seu pênis. Era como se Kenway estivesse chupando diretamente o pênis de
Ross, em vez do seu ombro. A sensação foi gloriosa. Ross soltou o ombro de
Kenway e colocou o seu braço ao redor do seu pescoço, puxando Kenway mais
perto dele.
Quando o pulsar do corpo de Ross lentamente diminuiu, Kenway
retirou seus dentes e lambeu a pele sensibilizada. Isso em si já enviou um
arrepio de prazer através do corpo de Ross. Ross não entendeu a relutância de
Kenway em deixar o seu corpo, ou o seu pênis ou os seus caninos. Não era
algo que ele tinha experimentado antes. Ele só sabia que ele não queria que
Kenway saísse dele.
Ross envolveu as pernas ao redor do corpo de Kenway quando o
homem começou a afastar-se dele. Ele se sentiu envergonhado quando
Kenway olhou para ele. ― Fique, ― ele sussurrou.
Kenway olhou por um segundo, depois lentamente, sorriu quando se
estabeleceu entre as coxas de Ross. ― Por um momento.
Capítulo Quatro
Isso ainda parecia um sonho de que Kenway estava trazendo o seu
companheiro para casa.
Ele havia imaginado esse momento por muito tempo. Agora que
estava acontecendo, ele não tinha certeza de como agir.
― Oh, você irá adorar viver conosco ― disse Spencer em um tom
alegre. ― Basta ficar longe de Paine e Steele. Essas chitas são totalmente
problemáticos.― Spencer fez uma pausa. ― E ficar longe do Styles. Ele é mal-
humorado como o inferno. ― Outra pausa. ― Winter é um pouco mal-
humorado também. E Reese é a maior aberração voyeurista1 que você jamais
vai encontrar. Mantenha a porta do quarto trancada quando tiver relações
sexuais.
Kenway se perguntava se Spencer ia citar todos da casa. Todos eles
tinham problemas, mas ele estava certo de que Ross não teria quaisquer
problemas em morar ali. Então, novamente, se alguém desse problemas ao
seu companheiro, Kenway iria derrubá-lo e lhes ensinar sobre boas maneiras.
― Então, basicamente você quer que eu fique no meu quarto? ―
Ross perguntou. Ele inclinou a cabeça, olhando para Spencer com curiosidade.
― Oh, não ― disse Spencer rapidamente. ― Só...― Ele mordeu o
lábio inferior. ― Ajuda-me aqui, Kenway.
Kenway deu uma risada brilhante. ― Ele vai ficar bem, Spencer. Não
o assuste antes mesmo dele entrar aqui.
― Eu não teria tanta certeza sobre isso ― resmungou Spencer sob a
sua respiração quando ele cruzou os braços sobre o peito, olhando para fora da
janela.
1 Voyeurismo é uma prática que consiste num indivíduo conseguir obter prazer sexual através da observação de pessoas. Essas pessoas podem estar envolvidas em atos sexuais, nuas, em roupa interior, ou com qualquer vestuário que seja apelativo para o indivíduo em questão, o/a voyeur.
Kenway iria estrangular o antílope, se ele não parasse com o seu
humor azedo. Ele queria que o seu companheiro tivesse uma boa sensação
sobre ir morar com eles, não um sentimento de correr para as colinas. Mas as
palavras de Spencer tocaram a sua mente. Cada shifter morando na casa tinha
problemas. Eram todos de diferentes raças, tendo estado solitários e
precisando estar juntos mais do que queriam formar um bando.
O grupo deles cuidava um do outro, embora a metade do tempo os
moradores estavam perseguindo um ao outro, ameaçando sobre lesão
corporal.
Kenway com certeza esperava que Ross não quisesse viver em outro
lugar. Ele gostava de onde estava e de viver com os seus amigos.
Ele encostou o seu caminhão Chevy azul na calçada e o estacionou
nos fundos. Quando ele tirou a chave da ignição, Ross assobiou.
― Se você está prestes a se alimentar, deixe-me sair primeiro ―
disse Spencer quando ele chegou à porta. Ross pegou o antílope, segurando-o
no lugar.
― Alguém está na parte de trás ― disse Ross quando Kenway
observou o rosto do seu companheiro se transformar de sereno para
ameaçador.
Virando a cabeça, Kenway avistou Maverick sentado na pequena
mesa redonda. O alfa estava inclinado para trás, parecendo como se fosse o
dono do lugar. Bem, tecnicamente, ele era. ― Esse é o alfa dos lobos madeira.
― Maverick Brac? ― Ross perguntou.
― O próprio ― disse Spencer quando ele puxou o seu braço livre e
saiu do caminhão. ― Eu estou indo para dentro. Grite para mim, se alguma
coisa interessante acontecer. Aquele homem assusta o inferno fora de mim. ―
Recker saiu da parte de trás do caminhão, ele e Spencer foram para dentro da
casa.
Kenway estava quase com medo de sentar-se. Sempre algo
interessante acontecesse enquanto o alfa estava por perto. Agarrando a mão
de Ross, Kenway decidiu que a única maneira de descobrir o que o homem
queria era tomar um assento e perguntar.
― Você tem certeza que quer que eu sente com você? ― Ross
perguntou. ― Eu sei que somos companheiros, mas você não tem que me dar
plenos direitos.
― Não tem nada que ele tem a dizer que não pode ser dito na sua
frente. ― Kenway puxou o seu companheiro quando Ross se tornou hesitante.
Ele nem mesmo deixou o homem ir quando ele puxou a cadeira de metal verde
para fora e se sentou.
Por uma questão de fato, ele puxou Ross para baixo no seu colo.
― O que nós podemos fazer por você hoje, Maverick?
― Primeiro, ― Maverick disse quando ele tirou uma pequena chave
do bolso da frente. ― Cuide da pulseira do seu companheiro.
Com rapidez, Kenway pegou a chave e pegou o pulso de Ross,
removendo a maldita pulseira.
― Graças a Deus ― disse Ross em uma respiração profunda. ― Eu
pensei que nunca ia tirar aquela maldita coisa.
Kenway entregou a chave de volta para o alfa lobo e escutou o
gemido de couro da jaqueta de Maverick quando ele cruzou os braços sobre o
peito. ― Eu vim falar com você sobre essa padaria que você vai abrir.
― Eu vou? ― Kenway perguntou. Maverick havia declarado sua
sentença. Ele não tinha sugerido nada. Ele tinha uma sensação de que ele
estava prestes a se tornar um padeiro. Kenway perguntou se Maverick sabia
que ele não podia assar biscoitos de uma lata sem queimá-los.
Maverick sentou mais para frente e parecia que até mesmo os grilos
ficaram em silêncio.
Sua expressão era inescrutável quando ele entrelaçou os dedos e
pousou as mãos sobre a mesa. Kenway apertou a mão na cintura do seu
companheiro.
― Eu não tenho certeza se você está ciente de um caçador de
vampiros que tem os olhos postos na Vila Brac ou não. ― Kenway estava
perdido.
― Mas depois de conversar com o Ultionem, foi decidido que esta
vila precisa parecer tão normal quanto possível. Eu quero ter tantas empresas
em funcionamento quanto eu puder. Eu fiz algumas propostas para alguns dos
moradores que estão desempregados. Eu estou lhes oferecendo o dinheiro
para iniciar, o mesmo com você, e tudo o que eu peço em troca é ser um
parceiro silencioso.
Kenway suprimiu o gemido quando Ross se moveu no seu colo. Seu
pênis estava ficando duro novamente. Kenway não conseguia ter o suficiente
de Ross. Eles tinham acabado de ter sexo nos Lakelands e ele queria jogar o
homem em cima da mesa e foder os seus miolos.
Ele ainda podia saborear o seu companheiro nos seus lábios e o
perfume de Ross na sua pele. Se o vampiro não ficasse parado, Kenway iria
chutar o alfa para fora e tomar o seu companheiro aqui mesmo no deck.
Puxando as rédeas da sua luxúria, Kenway limpou a garganta. ―
Você sabe, se você está tentando fazer a cidade parecer normal, tem que
haver um prefeito. Você ficará com esse título, mas não há sequer uma
prefeitura.
Os olhos cinza claro de Maverick se estreitaram. ― Estamos falando
de você, não de mim.
― Não ― Kenway o corrigiu. ― Nós estamos falando sobre como
manter a cidade segura. Se todo mundo tem que se colocar em seus papéis,
você também tem. ― Um rosnado baixo vibrou no peito de Maverick, fazendo
Ross se afundar de volta nos braços de Kenway. Tão letal quanto o homem
era, Kenway não se impressionou. Ele sabia o que o som ameaçador era,
irritação.
― Você sabe que eu estou certo.
― Agora você parece o meu maldito beta e companheiro ― Maverick
reclamou quando ele se sentou de volta, jogando um braço sobre o encosto da
cadeira.
― Eu não quero fazer isso. ― Kenway se inclinou, com as mãos
segurando o seu companheiro no lugar, quando um sorriso lento se formou em
seu rosto. ― Você está fazendo beicinho?
O olhar que Maverick lhe deu deveria ter matado Kenway no local de
tão mortal que era. ― Não, mas se eu tiver que ir para a prefeitura da cidade a
cada dia, quem vai brincar com os bebês? Além disso, Melonee está perto de
dar à luz. Como posso estar longe da Toca? Elfos têm seus bebês em seis
meses, e não nove, como os seres humanos.
Kenway estava começando a fixar a imagem. Tão durão como este
homem agia, ele era um grande bobo quando se tratava de crianças. Ele
também tinha um olhar assustado, mostrando em seus olhos. À espera do seu
primeiro neto nascer estava pirando o homem.
― Leve as crianças com você ― sugeriu ele. Ele não tinha ideia do
que dizer para Maverick sobre os seus temores. ― Melonee tem dois
companheiros e uma casa cheia de gente, se ela entrar em trabalho de parto.
― Como eu faria isso? ― Maverick argumentou, sua expressão se
deslizando em um olhar pensativo. ― Você não pode levar as crianças para o
trabalho.
Rindo, Kenway balançou a cabeça. ― Você já possui esta cidade
Maverick. Você pode levar as crianças para trabalhar, se quiser. Inferno, você
pode construir uma creche ali ao lado do seu escritório, se você se sente tão
inclinado a isso. ― Kenway estava tentando o seu melhor para manter o foco
na conversa, mas o calor do seu companheiro e a mão macia do seu
companheiro que estava correndo para cima e para baixo na sua coxa, eram o
suficientes para fazer Kenway perder todos os tipos de foco. Kenway podia
sentir o seu corpo responder ao toque do seu companheiro. Não era como
nada que ele tinha experimentado antes. Era como se ele pudesse sentir Ross
em seu próprio sangue.
Sem pensar, Kenway inclinou-se e acariciou o pescoço do seu
companheiro, lambendo a sua pele salgada e respirando o cheiro dele.
― Podemos terminar esta conversa antes de você comê-lo? ―
Maverick perguntou.
As bochechas de Kenway se aqueceram para níveis nucleares, ele se
inclinou para trás. ― Leve as crianças para trabalhar.
― Tudo bem, mas eu quero encontrá-lo na cidade na parte da
manhã para que você possa olhar um dos edifícios que eu tinha em mente
para a sua padaria. Não tem sido usado há anos e vai precisar de algum
trabalho feito antes que você possa até mesmo começar a trazer o seu
equipamento para dentro.
― Você está ciente de que eu não posso cozinhar para salvar a
minha vida, certo? ― Kenway perguntou quando ele se lembrou da conversa
que teve com o alfa sobre o seu sonho. O pensamento de quem vem atrás do
seu companheiro fez Kenway moer os seus molares posteriores.
― Sem problemas. Eu contratei uma pessoa que tem todas as
habilidades que você precisa ― respondeu Maverick. ― Seu nome é Baker2.
Kenway riu. ― Não brinca! Que apropriado.
Um brilho brincalhão entrou nos olhos de Maverick. ― E ele é um
cara legal Ele mora no prédio da cidade. Vou lhe dar o seu número. Quando as
coisas estiverem prontas, ligue para ele. Eu também coloquei Nero para
procurar alguém que sabe o que precisa em uma padaria. Todos os
equipamentos já foram encomendados.
O homem tinha pensado em tudo. ― Por que você não apenas dá a
esse cara Baker a padaria? Por que eu estou até mesmo envolvido?
― Porque Baker é um pequeno merda irresponsável de acordo com o
seu pai.
Agora isso não contradizia Maverick sobre a declaração de chamá-lo
de um cara legal?
Seu pai me pediu para fazer algo com ele antes que o homem
estrangulasse o seu filho. Eu lhe disse que iria ver o que podia fazer. Isso é
quando as habilidades do Baker surgiram. Se ele passar a ser alguém que
quebre o seu negócio, então deixe-me saber. Eu vou lidar com ele. ― Maverick
se apoiou na mesa, ficando de pé. ― Eu tenho que fazer as coisas parecerem
cada vez melhores. Nós temos um acordo?
Kenway não gostava de fazer as coisas por impulso, mas ele seria
estúpido o suficiente para dizer não ao alfa? Na verdade, não. Ele estendeu a
mão e apertou a mão de Maverick, selando o acordo.
― Eu vou te ver no restaurante por volta das oito. ― Maverick
caminhou para onde Kenway tinha estacionado. Como ele não tinha visto a
2 Aqui é feito uma referencia com padeiro em inglês que também se fala Baker.
motocicleta estacionada lá? Deus, Ross estava matando as suas células
cerebrais.
― Pronto para ir para dentro? ― ele perguntou quando ele correu as
suas mãos longas nas pernas magras de Ross. O homem era magro, mas
Kenway amava como o seu companheiro poderia envolver as suas pernas ao
redor da sua cintura e segurar firme.
― Então, é isso? ― Ross perguntou. ― Você é proprietário de uma
empresa?
― Não. ― Kenway se levantou, colocando Ross de pé, e então ele
afastou o cabelo do homem do seu ombro. Ele realmente gostava de tocar os
fios macios. Isso o fez sentir falta do seu cabelo comprido, mas o que foi feito
foi feito. ― Somos os proprietários do negócio.
Ross olhou para Kenway com ceticismo em seus grandes olhos, de
obsidiana.
― Você se esqueceu do fato de que eu vou derreter como a Bruxa
Má, se eu chegar perto de qualquer luz solar?
― Eu tenho certeza de que Maverick tenha pensado sobre isso. ―
Deus, ele esperava. ― Mas eu vou perguntar amanhã. ― Kenway passou as
mãos nas do seu companheiro e então puxou Ross perto, dando-lhe um beijo
simples, mas doce. ― E eu não vou tomar nenhuma decisão até que você veja
o lugar também.
― Você é sempre tão acomodado?
Inferno não. Kenway era tão teimoso quanto o dia era longo. ― Eu
sou quando se trata de você. Ninguém mais. Agora, vamos! Eu quero mostrar-
lhe o seu novo lar. ― Golpeando o seu companheiro na bunda, Kenway lhe deu
uma piscadela para flertar antes de ir em direção à porta lateral. Ele estava
agindo como tal um idiota agora e Kenway não conseguia encontrar a energia
para parar. Ele estava acasalado. O que lhe dava o direito de agir como um
idiota, louco estúpido 24/73.
Ross entrou na cozinha, passando as mãos sobre a bancada de
granito, e depois olhou para os armários e fogão. ― Isso é bom, Kenway. Ela
parece muito caseira.
Kenway encostou-se ao balcão mais próximo do fogão. Ele colocou as
mãos em cada lado dele, observando como o seu companheiro explorava. Ross
parecia bem aqui.
― Depois de Spencer e Recker, eu não tenho certeza de como
caseiro que você vai pensar que o resto da casa é. Os dois estão em uma
guerra de padrões de correspondência e móveis em choque.
― Recker? Ele é o cara que andava com a gente? ― Ross perguntou
quando uma das suas sobrancelhas se ergueram no alto da testa. ― Por que
esse nome me faz pensar em uma bola de demolição?
― Porque eu sou um shifter rinoceronte ― Recker respondeu quando
ele parou na porta e olhou para Ross. Kenway esperou. Recker não gostava de
estranhos na casa, companheiros ou não. Se ele desse a Ross quaisquer
problemas...
― Isso é raro ― Ross respondeu. ― Eu aposto que você é uma
criatura de aparência assustadora em sua forma shifter.
Suave. Muito suave. Um rubor se acendeu nas bochechas de Recker.
― Eu gosto de pensar que sim.
Kenway revirou os olhos. Desde quando é que o maldito rinoceronte
corava? Nunca. Ele teve vontade de chutar o maldito homem. Um simples
elogio e Recker virava massa nas mãos de Ross. Deus, o homem era também
extremamente fácil.
3 Significa 24 horas e 7 dias por semana.
Isso significava também que Recker estaria agora tomando Ross
como a sua responsabilidade.
Isso ia ser um pé no saco. O rinoceronte já ficava histérico quando
Spencer não podia ser encontrado. Ele podia apenas imaginar o que Ross faria
com Recker.
― Sinta-se livre para fuçar ― Recker disse antes de sair da cozinha.
A mandíbula de Kenway caiu. Ok, quem era esse cara e onde estava
o Recker real? Normalmente, Recker era um resmungão e odiava qualquer
estranho que ficasse em qualquer lugar na sua casa. Foi bom ele ter aceitado
Ross, mas o que diabos estava acontecendo com o corar?
― Algo errado? ― Ross perguntou quando ele bateu no queixo de
Kenway.
― Sim, eu acho que o homem bateu a cabeça. ― Afastando-se do
balcão, ele acenou para o seu companheiro o acompanhar. Ross obedeceu e
depois parou.
― Essas janelas são terrivelmente grandes e falta uma cortina. ―
Ross olhou para as três janelas em uma parede, e as janelas de cada lado da
lareira. Durante o dia era muito claro e ensolarado na sala de estar. Mas ele
gemeu quando viu Paine descansando no sofá, roncando com a sua bunda
preguiçosa para fora. Ele estava envolto na colcha colorida como se o cobertor
fosse uma camisa de força. Como ele poderia dormir com a maldita coisa
envolta tão fortemente em torno dele?
― Vamos, eu vou te mostrar o nosso quarto. ― Kenway levou Ross
subindo as escadas, e em direção ao seu quarto. Ele não sabia por que ele
estava tão nervoso, mas ter o seu companheiro aqui tinha o estômago de
Kenway em nós apertados. Não era como se estivessem prestes a ter sexo
pela primeira vez. Ele já sabia qual era a sensação de estar dentro do seu
companheiro. Ele já havia reivindicado o vampiro. Foi à coisa mais excitante e
erótica que ele já tinha feito. Ross era um sonho quando ele gozava.
Então, o que havia com as malditas borboletas? O que quer que
fizesse ele se sentir como um adolescente prestes a ter sexo pela primeira vez
tinha Kenway se contorcendo. Talvez depois de uma boa noite de sono ele iria
se sentir melhor.
Ele tinha o seu companheiro na sua casa e estava prestes a se tornar
um empresário.
Ele deveria estar sorrindo de tempos em tempos. Mas a imagem de
Ross encolhido na padaria não queria ir embora.
Capítulo Cinco
Ross caminhava pela rua com Kenway, indo para o edifício que
Maverick tinha sugerido a ele e seu companheiro esta manhã. Ross ainda não
tinha certeza sobre possuir um negócio com Kenway. Era uma
responsabilidade enorme. Ele tentou trabalhar a dinâmica na sua cabeça sobre
como um vampiro poderia abrir um negócio que funcionaria durante o dia, mas
nada veio à mente.
― Eu conversei sobre isso com o alfa ― disse Kenway enquanto eles
passavam pela barbearia. ― Ele diz que existem vidros que permitem aos
transeuntes ver o interior, mas que não permitem aos raios UV de entrarem.
― Verdade? ― Ross nunca tinha ouvido falar disso. Ele não estava
tão certo sobre isso. Será que funcionaria? Ele ficaria muito satisfeito em ficar
no escritório fazendo o... trabalho de escritório. Ross não tinha ideia do que
precisava para abrir uma padaria, mas ele apostava que ele iria receber um
curso intensivo.
Enquanto eles continuavam a andar, Ross manteve os olhos nas ruas
a procura do seu irmão. Ele não daria chance do bastardo aparecer e tentar
separa-lo do seu companheiro. Virgílio era podre.
Ross não sabia como eles podiam compartilhar o mesmo sangue. Ele
e o seu irmão eram como noite e dia.
― Aqui estamos. ― Kenway apontou para um edifício que para Ross
precisava ser demolido. Ele queria perguntar ao seu companheiro se ele tinha
perdido a maldita cabeça, mas quando Ross olhou para Kenway, o homem
estava radiante e muito orgulhoso de si mesmo. Não havia nenhuma maneira
de que ele poderia rasgar o coração do seu companheiro.
― Parece ótimo! ― Ele estava indo para o inferno por mentir para o
seu companheiro. Ross sabia.
― Eu sei que teremos um monte de trabalho pela frente, Ross. Você
não tem que me agradar. Mas eu quero que você veja além da pintura
descascando e a destruição. Este lugar tem um grande potencial.
Sim, claro que tinha. Ross voltou o sorriso entusiasmado para
Kenway. ― Então me mostre dentro. ― Kenway pegou uma chave em seu
bolso. Ross estava surpreso pela porta não ir ao chão com apenas o toque do
seu companheiro. Mas ele percebeu que a porta era bem resistente, enquanto
seu companheiro destrancava a porta e acenou para Ross entrar.
Será que ele realmente queria que Ross entrasse primeiro?
Respirando fundo, Ross passou pela porta. Bom Deus todo-poderoso. Ross
queria fazer uma curva de 180 graus e caminhar de volta para fora. Parecia
que alguém tinha deixado para trás os seus pertences, o que seria considerado
lixo.
Kenway puxou Ross mais para dentro. ― Uma vez que o local esteja
limpo, pintado e com pisos novos, e nós colocarmos todo o equipamento aqui,
as coisas vão parecer melhores. ― Na visão de Ross o lugar não passava de
uma pilha de lixo. Ele precisava ser demolido e construído de novo. E o que
diabos era esse cheiro? Ok, ele tinha que começar a pensar positivo.
Algo se moveu no canto e a sua ideia de pensamento positivo correu
para longe com o roedor peludo. ― Existem ratos aqui.
― Nós vamos cuidar disso, querido.
― Nós? ― Não havia nenhuma maneira no inferno de Ross ir a
algum lugar perto de um rato. Era mais provável que ele saltasse sobre
Kenway e gritasse tão alto que todos ao redor ouviriam. O roedor que tentasse
chegar perto dele para ver. Felizmente o pestinha correu para o outro lado da
sala. Ainda assim Ross estremeceu.
Kenway começou a apontar aonde as coisas iriam ficar, mas tudo o
que Ross podia fazer era olhar para o invasor peludo.
― O que você acha? ― Kenway perguntou, com as mãos na cintura
e uma expressão de esperança em seus olhos. Ross abriu a boca para
responder quando alguém entrou pela porta da frente.
Ele imediatamente ficou na frente de Kenway, pronto para mostrar
suas presas e defender o seu companheiro quando Kenway agarrou o seu
braço. ― Ross, este é Baker ― Ross passou os olhos sobre o cara magro.
Portanto, este era o encrenqueiro que Maverick lhes havia dito a respeito.
― Prazer em conhecê-lo. ― Baker estendeu a mão.
Ross apertou.
Ross atravessou o pequeno edifício e deixou Kenway conversando
com Baker. Ele não estava sendo rude. Ross queria verificar o lugar. Se este ia
ser o seu negócio, então ele precisava abraçá-lo e...
― Um rato! ― Ross atravessou a sala e saiu pela porta da frente,
pronto para subir o poste de telefone se fosse necessário.
Kenway estava na calçada em segundos, olhando para Ross com
diversão. ― Vamos lá, querido. Nós vamos dar uma outra olhada no prédio
quando todo o lixo for retirado e os animais cuidados.
Ross estremeceu quando Kenway colocou o seu grande braço em
torno dele. Assim, um vampiro tinha medo de ratos, grande coisa. Kenway se
inclinou mais perto, pressionando os lábios beijáveis perto de Ross. ― Não se
preocupe, amor. Eu vou te proteger de qualquer coisa que fizer o meu bebê
sentir medo.
As bochechas de Ross ficaram quentes e vermelhas, Ross se inclinou
para Kenway. Eles ainda eram recém-acasalados, e Ross ainda não sabia
muito sobre o homem.
Ok, ele sabia que Kenway podia foder como um sonho. Mas ele queria
conhecer mais do seu companheiro além do que ele podia fazer em um quarto.
― Será que podemos ir agora? ― Ross se aninhou no pescoço de
Kenway, dando-lhe beijos leves, quando ouviu um pigarro. Suspirando, Ross
se inclinou para trás para ver Baker de pé na porta.
― Está tudo bem?
― Sim, ― ele só deixou a sua masculinidade no edifício. Isso foi
tudo.
― Certo. Então eu vou ver vocês dois amanhã de manhã para que a
limpeza possa ser feita. ― Baker acenou enquanto se dirigia em direção a um
carro cinza que parecia que tinha visto melhores dias. Ross se virou, olhando
para o seu companheiro.
― Você acha que isso vai realmente funcionar? ― Ross mordeu o
seu lábio inferior. ― Quero dizer, é uma enorme responsabilidade pegar um
empréstimo para iniciar o seu próprio negócio. ― Ross interiormente suspirou
quando Kenway passou os braços em volta da sua cintura.
― Nós podemos fazê-lo, bebê. Nunca tive o meu próprio negócio
antes. E eu não vou ter de pagar o empréstimo. Maverick vai ser um parceiro
silencioso, lembra? ― Kenway passou a mão pelo cabelo de Ross. ― Para ser
honesto, quanto mais eu olho para esse lugar, mais esperança eu tenho de
que tudo vai dar certo.
Ah, um Kenway animado parecia ser uma coisa boa, considerando
que o pênis do seu companheiro estava duro e pressionando contra o
estômago de Ross. Os dois se viraram quando ouviram o carro de Baker
acelerar e morrer uma e outra vez e depois Ross saltou quando o maldito
passou por ele.
Mas pelo menos tinha funcionado.
Ross preferia caminhar. Andar era mito melhor do que dirigir um
carro, pelo menos no caso de Baker. A coisa parecia que estava protestando
por todo o caminho.
― Por que não damos uma volta em torno da cidade? ― Kenway
perguntou. ― Vai ser bom para você conhecer o lugar. ― E então Kenway se
aproximou. ― Pense nisso como um passeio romântico.
Ah, o homem estava dizendo as coisas certas. Ross apertou a mão de
Kenway na sua, quando eles começaram a descer a rua. Era uma bela noite. O
ar ainda estava frio por causa do clima da primavera, mas Ross não ia
reclamar. Não quando ele tinha a mão do homem que ele estava destinado a
ficar seu pelo resto da sua vida.
Agora tudo o que ele tinha a fazer era se apaixonar por Kenway. Pela
maneira como o seu companheiro o tratava, Ross sabia que ele não teria um
problema com isso.
― Você se importaria se nós parássemos no café? ― Kenway
perguntou. ― Eu poderia pegar algo para beber.
Ross deu de ombros. ― Pena que eles não vendam carmesim ― ele
brincou.
― Esta com fome? ― Kenway perguntou, a preocupação
transparecendo no seu rosto e voz.
Ross ficou tocado. ― Não, eu estou bem.
Eles entraram no Café, e Ross foi imediatamente assaltado pelo
cheiro de café e doces. Se ele fosse humano e comesse alimentos, os itens na
vitrine o teriam tentado. Tudo parecia muito bem decorado e atraente. Mas
desde que ele nunca tinha comido nada disso antes, não lhe agradava.
― Posso ajudar? ― um senhor atrás do balcão perguntou.
― Sim, eu gostaria de um café e uma fatia de bolo de chocolate? ―
Kenway perguntou.
― Claro ― disse o homem quando ele se afastou para fazer o café
de Kenway.
― Aqui é bonito ― , disse Ross quando ele se virou para olhar ao
redor do local. Havia um grande sofá vermelho em um canto, pequenas mesas
espalhadas pelo lugar. Prateleiras exibiam várias marcas de cafés para venda.
― Gostei.
Kenway deslizou o braço pelos ombros de Ross, puxando-o para
perto enquanto ele beijava o seu rosto. ― Eu quero que você ame esta cidade,
tanto quanto eu, Ross. Eu acho que nos estabelecermos aqui, é o melhor para
nós.
Ross esperava que sim. O Coven Dante era agradável para se viver,
mas não tinha essa sensação acolhedora. Ross estava ficando até ele descobrir
tudo o que a Vila Brac tinha para oferecer. É claro, ele não podia comer ou
beber nada, mas podia ver que havia coisas para fazer. Ele só esperava que a
vida noturna não fosse morta.
Kenway agarrou o seu pedido e Ross o seguiu. Assim que eles saíram
para a calçada, Kenway parou e acenou para um homem extremamente
intimidante. O cara olhou como se ele comesse gatinhos no café da manhã.
― Ross, este é Hawk. ― Ross disse oi enquanto olhava o pequeno
homem loiro com Hawk. Ele foi apresentado como Johnny, companheiro de
Hawk.
― Eu estou indo para me candidatar a um emprego no café ―
afirmou Johnny orgulhosamente, os seus olhos cheios de entusiasmo mal
contido.
O homem era um cara bonito. Nem mesmo a cicatriz em sua
bochecha direita prejudicou a sua beleza suave.
― Eu disse que íamos conversar sobre isso, querido. ― Hawk puxou
Johnny para perto, envolvendo o homem menor em seus braços.
― Nós já conversamos ― disse Johnny doce como xarope. ― E nós
decidimos que eu queria sair da Toca e conseguir um emprego.
Ross sufocou o riso com a mão. Ele não conhecia esses dois, mas ele
tinha a sensação de que Johnny iria vencer. Ele podia ver nos olhos de Hawk.
O homem olhou para o seu companheiro como se Johnny fosse o seu mundo
inteiro.
― Boa sorte ― disse Kenway quando eles recomeçaram a andar. Ele
podia ouvir Johnny dizendo a Hawk para eles entrarem no café. Hawk tinha
perdido o debate ele sabendo ou não.
― Como você os conhece? ― Ross perguntou enquanto ele assistia
Kenway comer um grande pedaço de sua fatia de bolo. Os olhos de Ross se
arregalaram. Seu companheiro tinha mordido metade do bolo.
Assim que Kenway engoliu, ele respondeu. ― Conheci Hawk na beira
da estrada quando o seu caminhão quebrou.
Enquanto caminhavam, Ross começou a se sentir como se alguém
estivesse a os observando. Ele olhou para o seu companheiro, mas Kenway
não parecia notar nada errado.
Ele estava desfrutando do seu bolo e do seu café. Ross olhou ao
redor, mas não havia muitos lugares para se esconder ao redor. Os dias
estavam ficando mais longos, mas por volta das sete e meia já começava a
escurecer.
― Eu tenho que me encontrar com Roman Lakeland e a sua equipe
amanhã. Se você quiser, podemos encontrá-lo depois que o sol se por ―
Kenway jogou o recipiente do bolo no lixo que estava na calçada. ― Eu quero
que você faça parte disso, tanto quanto possível.
Ross olhou para a livraria, jurando que ele tinha visto alguém.
― Não, vá em frente e o encontre na parte da manhã. Eu posso vir
mais tarde e ver como as coisas estão indo. ― O que no inferno... não, eram
apenas algumas grades do lado do edifício. Deus, ele estava perdendo a sua
mente.
― Eu vou falar com eles sobre como nos livrar dos ratos. ― Kenway
deslizou a sua mão na de Ross, fazendo Ross esquecer os répteis nas sombras.
― Eu normalmente não sou um covarde, mas eu realmente odeio
ratos.
Kenway riu. ― É uma reação comum. Eu mesmo não gosto muito.
Se alguém estava seguindo-os, como Kenway não percebeu? Ross
não sabia muito sobre shifters. Ele cresceu no clã, rodeado por vampiros a
maior parte do tempo. Ele via um shifter ocasionalmente aqui e ali, mas não
tinha passado tempo suficiente ao seu redor.
Ross não queria dizer nada sem ter certeza. Ele não queria parecer
paranoico.
― Quando você acha que a padaria vai estar pronta? ― Ross
perguntou.
― Eu estou esperando que nas próximas duas semanas. Não temos
que construí-la a partir do zero. ― Kenway apertou a mão de Ross. ― Temos
que pensar em um nome para o nosso lugar.
― Peludos Comestíveis, ― Ross brincou com uma risada suave.
― Embora eu goste desse ― Kenway piscou para ele ― Estou
pensando em algo com a palavra Doce.
― Como doces Assados?
Kenway balançou a cabeça. ― Não, não saem da língua. Delicioso
doce?
― Nem pense nisso. ― Ele jogou a palavra doce na sua cabeça.
― Doce Deleite? ― As mãos de Kenway pegaram o queixo de Ross,
inclinando a cabeça para que seus olhos se encontrassem. A respiração de
Ross saiu em uma explosão enquanto ele olhava para seu companheiro de
olhos azuis.
― Eu gosto disso ― disse antes de dar a Kenway um beijo suave nos
lábios. Eles estavam na rua, não se importando quem os viam.
― Talvez eu devesse pensar em mais alguns nomes. ― Ross lambeu
os lábios, sentindo o gosto de Kenway, e ele queria mais.
― Você gosta dos meus beijos? ― Kenway perguntou. Sua voz em
um tom baixo e rouco que disse a Ross exatamente o que o homem estava
pensando.
― Eu gosto de tudo sobre você. ― Era a pura verdade. ―
Especialmente seus beijos.
Eles caminharam um pouco mais de uma forma lenta e voltaram para
o caminhão de Kenway. Mas em vez de entrar, Kenway pressionou Ross contra
a lataria, colocando suas pernas longas e grossas em cada lado do corpo de
Ross, deixando Ross tonto, ele estava se sentindo um adolescente.
Ele sentia borboletas no seu estômago. Quando foi que alguém o fez
se sentir dessa maneira? Nunca. Ninguém tinha feito Ross se sentir como se...
oh, Deus, ele estava se apaixonando. Kenway estava dizendo e fazendo todas
as coisas certas. Ross ficou com medo de que algo desse errado.
Isso era muito bom para ser verdade.
― O que há de errado, Ross? ― Kenway perguntou. ― Eu posso
sentir o seu mal-estar.
Empurrando o seu cabelo sobre o ombro, Ross olhou para Kenway. ―
Eu acho que estou apaixonado por você. Eu nunca amei ninguém. De repente,
minha língua se sente muito grande para a minha boca, minhas mãos estavam
suando, e meu coração esta batendo fora de controle. Isso é normal?
Os olhos de Kenway estavam brilhando, seus lábios se curvaram em
um sorriso sedutor. Que não estava ajudando Ross a se acalmar. O homem era
muito lindo para o seu próprio bem.
― Eu não sei ― , ele admitiu com um sorriso irresistivelmente
devastador iluminando as suas feições. Kenway não tinha conhecimento da
imagem cativante que ele passava quando ele sorria assim. Ele fazia o pulso
de Ross saltar.
― Eu nunca estive apaixonado. Mas eu sei o que você quer dizer.
Kenway deslizou seus braços ao redor da cintura de Ross. Ele podia
sentir o calor do seu companheiro o queimar através da sua camisa. Era como
se o próprio sol estivesse tocando Ross.
― Eu sei, porque eu estou me sentindo da mesma forma.
Ross gemeu quando Kenway baixou a cabeça, roçando os lábios na
boca de Ross. Não foi um beijo por si só, mas erótico, no entanto. Deslizando
seus braços pelo corpo de Kenway, Ross os colocou ao redor do pescoço do
homem, suprimindo a necessidade de envolver as pernas ao redor da cintura
do seu companheiro. Eles estavam em público, depois de tudo.
― Você não quer ir para casa? ― Ross perguntou quando Kenway
mordiscou os seus lábios.
Um sorriso fácil jogado no canto dos lábios de Kenway. ― Ainda não,
amor. Eu gosto que as pessoas vejam nós dois juntos, eu quero que eles
saibam que você é meu.
Lá ia ele outra vez, dizendo as coisas certas. Para o inferno com isso.
Ross ia se jogar nisso sem paraquedas, não só no seu negócio, mas
na sua relação com Kenway também. Se não desse certo, então que assim
fosse.
Maverick olhou as propostas sobre a mesa. Ele tinha mais gente do
que ele pensava pedindo para começar um negócio. Alguém queria abrir um
restaurante de churrasco, outro queria começar uma pista de boliche. Eram
coisas que ele nunca teria pensado em ter, mas agora que ele leu os jornais,
ele se perguntou por que ele nunca pensou nisso antes.
Mas a verdade era que ele estava tentando fazer com que a sua
cidade parecesse normal. Kenway estava certo. Maverick vinha fazendo um
trabalho muito pobre em ajudar a sua cidade. Claro, ele ajudou no centro de
recreação, teve alguns edifícios construídos aqui e ali, mas o que ele realmente
contribuiu? A maioria das queixas dos moradores ou necessidades eram
atendidas pelo departamento de polícia, o que não era o seu trabalho.
Ele precisava construir uma prefeitura, não apenas ter o título de
prefeito. Maverick tinha se acostumado a se sentar no seu escritório, jogando
um videogame portátil que ele mantinha escondido na sua gaveta. Estava na
hora dele sair e conhecer os seus moradores.
E ele sabia quem seria o seu assistente. Dar a Cecil o trabalho não só
iria permitir a Maverick manter um olho no seu companheiro , enquanto ele
estava fora da Toca, mas daria a Cecil algo para fazer.
Ele também queria colocar alguns dos membros da sua matilha
dentro dessas empresas, para que pudessem manter um olho sobre a cidade e
se certificar de que os seus segredos permanecessem escondidos. Também
daria as pessoas na Toca uma oportunidade para conhecer as pessoas da
cidade também.
Maverick já plantou a semente na cabeça de Johnny. Ele disse ao
companheiro Johnny que ele seria a pessoa perfeita para trabalhar no café.
Eles eram uma pequena aldeia e precisavam começar a agir como
uma.
― O que você está fazendo? ― Cecil perguntou quando ele entrou no
escritório de Maverick, sentando na cadeira em frente da sua mesa. Ele jogou
um braço sobre as costas, parecendo relaxado.
― Conseguindo um emprego.
Cecil foi para a frente. ― Serio?
Maverick não tinha certeza se isso era um olhar ansioso, ou uma
expressão oh inferno não. De qualquer maneira, se Maverick tinha que
trabalhar em seu cargo, Cecil também teria que fazer a sua parte. Ele era seu
companheiro.
― Você sabe que eu estou tentando levantar esta cidade.
― E? ― Cecil olhou com cautela.
― Kenway trouxe um ponto válido. Se eu quero que todo mundo
tenha um negócio próprio ou trabalhe em um deles, então eu preciso me
tornar um prefeito ativo. ― Maverick colocou os papéis sobre a mesa.
― Não me coloque no meio disso. O que é que eu faço?! ― Cecil
perguntou enquanto ele relaxava no seu assento. ― Eu não sei nada de
política.
Nem Maverick. ― Você vai ser meu assistente.
Risos explodiram de Cecil. ― E você espera que a gente tenha algum
trabalho feito? ― Suas sobrancelhas se ergueram. ― Você vai me deitar sobre
a sua mesa todos os dias, não é?
Tão atraente quanto isso soava, Maverick sabia que tinha que manter
o seu relacionamento em um nível profissional no trabalho. ― Não. Eu quero
que você realmente trabalhe.
― Posso ter um assistente?
― Para que diabos você precisa de um assistente? ― Maverick
perguntou.
― Para ir buscar o café.
― Mas é por isso que eu estou contratando você.
Cecil fez um som de desdém. ― Sim, certo. Preciso de alguém que
pode buscar café e fazer o meu trabalho enquanto eu estou fingindo fazer o
meu trabalho.
Ele não fez absolutamente nenhum sentido para Maverick, mas,
novamente, se eles tivessem alguém por perto, seria mais fácil resistir a
vontade de ele jogar com seu companheiro no trabalho. Porque não importa o
quão profissional ele queria que o seu relacionamento fosse na prefeitura,
Maverick sabia que com um aceno da bunda de Cecil ele seria um caso
perdido.
Pronto...
Capítulo Seis
O acordo foi definido e o documento foi assinado. Kenway era agora o
orgulhoso proprietário de um prédio de merda. Agora que ele o possuía, ele
não estava mais tão confiante. A dúvida estava começando a aparecer na sua
mente enquanto ele andava, observando Roman e os seus homens tomarem
notas e recolhendo medições.
E se não desse certo? Ele não sabia nada sobre panificação.
Tendo Baker aqui era bom, mas se Kenway ia fazer isso, e Maverick
tinha assinado os papéis do empréstimo, então ele precisava encontrar alguém
que pudesse mostrar as cordas a Kenway, alguém que não seja um sujeito
imaturo, de acordo com o pai de Baker. Kenway não conhecia o homem, no
entanto, então ele não poderia julgar. Mas ele queria duas pessoas aqui que
sabiam o que diabos eles estavam fazendo.
Mais alguns homens apareceram e a limpeza começou.
Kenway não tinha certeza de que o lixo era. Era apenas uma pilha de
lixo diverso que seria inútil para ele.
― Você sabe quem eu posso chamar para me livrar do problema
com os ratos? ― Kenway perguntou a Roman.
Roman assentiu quando ele jogou algo para o pequeno recipiente de
lixo feito de aço que tinham trazido com eles.
― Sim, eu posso ter alguém por aqui. Isso não é um problema.
― Ratos grandes? ― o homem com Roman perguntou.
Roman riu. ― Não levante a saia, Lorenzo. Eu não acho que eles
saem tentando lutar com você.
Lorenzo estreitou seus olhos castanhos para Roman. ― Muito
engraçado! Essas coisas são enfestadas de germes.
― Cara, você é um shifter leopardo. Não seria mais provável você
querer comer a coisa no seu lugar?
Pela expressão no rosto de Lorenzo, ele não gostou do comentário de
Roman. Por uma questão de fato, ele parecia francamente chateado. Kenway
escondeu o sorriso quando ele se virou, olhando para outra parte da sala. Não
deveria ser engraçado, mas o inferno que não foi.
― Podemos apenas terminar com essa conversa? ― Lorenzo
perguntou, sua voz fria como gelo. ― Nós temos um calendário.
― Melindroso.
Kenway notou o pôr do sol e sabia que o seu companheiro poderia
estar aqui em breve. O local foi bastante esvaziado, e agora tudo o que
precisava ser feito era a restauração do interior. Com o lixo fora, a loja parecia
um pouco mais promissora.
― Maverick nos deu uma ideia do que você queria ― Roman disse
enquanto caminhava em direção a Kenway. Ele aproximou-se da porta, à
procura do seu companheiro. ― Mas ele disse para procurar mais planos com
você. É a sua loja e você deve ter as coisas do jeito que você quiser.
Kenway virou-se para a porta, olhando nos olhos cinzentos de
Roman. ― Assim que meu companheiro chegar aqui. Eu quero que ele seja
uma parte do planejamento ― Kenway queria Ross em todos os aspectos da
sua vida. Ele nunca havia conhecido alguém como o seu companheiro vampiro,
Kenway sabia que Ross não era nada menos que incrível. Ele sentia uma dor
no peito só de estar longe do seu companheiro.
― Compreensível ― respondeu Roman. ― Só me deixe saber
quando...
Ross entrou pela porta, olhando em volta para todos, quando toda a
tripulação parou e olhou para ele.
Kenway sorriu.
― Por que todo mundo está olhando para mim? ― Ross tentou
sussurrar, mas era uma tentativa inútil. Todos na sala eram shifters. Eles
tinham audição excelente. Os shifters podiam ouvir os ratos mijando em
algodão.
― Nós estávamos apenas esperando você chegar aqui para que
pudéssemos discutir sobre os planos ― Roman disse enquanto ele colocava um
conjunto enrolado de projetos sobre a sua mesa improvisada. ― Diga-me onde
você quer tudo, como você quer que o lugar pareça, e podemos começar na
primeira hora da manhã.
Ross olhou para Kenway e depois caminhou para onde o urso estava
em pé. Kenway tinha a sensação de que Ross não tinha sido parte integrante
de qualquer coisa antes, não do jeito que ele estava agindo.
Vendo o vampiro tímido era cativante.
Ele se juntou ao seu companheiro, e os dois foram sobre os planos
com Roman, enquanto os outros trabalhadores terminavam a limpeza. Ele
ficou apenas para o lado e atrás de Ross, mas Kenway não estava prestando
atenção ao que o seu companheiro ou Roman estavam dizendo. Ele estava
muito ocupado imaginando todas as coisas ruins que ele queria fazer com Ross
quando eles voltassem para casa.
Ross passou de uma perna para a outra, prendendo o seu cabelo
atrás da sua orelha enquanto ouvia. Kenway aproximou-se um pouco mais até
que eles estavam se tocando. Ele estendeu a mão e deixou alguns fios do
cabelo de Ross deslizar por entre os dedos, quase babando com o pensamento
da longa juba do seu companheiro escovando sobre o seu corpo enquanto Ross
montasse o seu pênis.
― O que você acha, Kenway? ― Roman perguntou.
Os olhos de Kenway estalaram para o shifter urso, mas o inferno se
ele tinha ouvido uma única palavra que tinha sido dita. Sua mente ainda
estava presa na sua fantasia sobre Ross ficar nu, seu pau balançando
livremente enquanto Kenway fodia a merda fora dele. ― Sim, parece bom. ―
Ross virou a cabeça, os olhos bloquearam com os de Kenway.
― Você acha?
O inferno. Ele não sabia o que dizer. ― O que você quiser Ross. ―
Isso foi uma boa resposta. A melhor para dar enquanto a sua mente estava
cheia de pensamentos que Kenway mal podia esperar para transformar em
realidade.
― Ok. ― Roman enrolou os planos. ― Vou ter isto revisto e podemos
começar assim que eu tiver o novo conjunto de impressões.
Com o que diabos ele tinha acabado de concordar? Kenway com
certeza esperava que Ross soubesse o que ele estava fazendo, porque ele não
tinha ideia de como a sua padaria nova ia parecer. Ele pensou em dizer-lhes
para repetir os planos, mas Kenway tinha orgulho demais para admitir que ele
não estava prestando atenção.
Ross chocou o inferno fora de Kenway quando ele fez um barulho
estranho gritando e batendo palmas. ― Ok, agora que eu sei que este lugar
vai parecer como eu gosto, eu estou mais entusiasmado sobre a ideia ―
Kenway desejou que ele soubesse como o lugar iria parecer.
Ele apenas teria que confiar que Ross não estava transformando a
sua padaria em algo semelhante a Algema. Ele podia imaginar as luzes de
laser... o que ele tinha acabado de fazer?
― Vamos lá, cara grande ― disse Ross quando ele agarrou a mão de
Kenway e levou-o para fora da loja. ― Vamos comemorar. ― A exuberância do
seu companheiro era contagiante. Kenway deu uma risada saudável quando
saiu.
― O que você quer que eu faça?
― Bem, eu definitivamente quero montar o seu grande pau ―
Kenway engoliu em seco. Sua mente cheia de imagens de Ross, cenas
eróticas, provocando mais. Sua ereção estava começando a tornar-se
dolorosa, mordendo o seu zíper quando ele pensou em pegar a bunda de Ross,
enquanto o seu companheiro deslizava para cima e para baixo, ele tinha que
parar de pensar sobre isso.
― Isso soa muito foda perfeito para mim. ― O sorriso nos olhos
obsidiana de Ross continha um calor sensual que Kenway queria explorar mais
longamente. Uma corrente elétrica zumbiu através da sua pele quando Ross
passou a mão pelo braço de Kenway.
― Eu pensei que poderia. ― Kenway apressou o seu companheiro
para o caminhão, rezando para que eles voltassem para casa antes que ele
perdesse a maldita cabeça com luxúria. Tudo o que podia pensar era em Ross,
porra.
Agarrando o volante tão apertado que os dedos ficaram brancos,
Kenway observou Ross se aproximando, roçando sua mão sobre a sua ereção
dura. Seu pênis pulsava ao toque do seu companheiro e Kenway não queria
nada mais do que... foda-se isso. Kenway puxou o caminhão para o lado da
estrada, puxou o freio de mão, e se moveu até que ele saiu de trás do volante.
Ross riu. ― Ansioso.
― Estou tão perto de gozar na minha calça isso não é mesmo
engraçado.
Ross soltou o seu pênis inchado, com medo de tocar a sua própria
ereção por medo de que ele explodiria. ― Deus, por favor, chupe o meu pau,
Ross. ― Sua voz estava rouca agora, primitiva com a necessidade.
Kenway estava grato como o inferno por Ross não provocá-lo. Seu
companheiro deslizou para a posição e colocou os seus lábios deliciosos ao
redor da cabeça, chupando o comprimento para o fundo da boca. Kenway
jogou a cabeça para trás e gemeu quando ele agarrou um punhado dos longos
cabelos de Ross.
Pele como cetim, cabelo como a seda. O homem não era nada se não
erótico e sensual.
Ele enrolou seus quadris, empurrando em pequenas medidas na boca
do seu companheiro. Foi difícil como o inferno se segurar. Kenway queria
abertamente foder a boca do homem, mas tinha medo do seu companheiro
não ser capaz de levar tudo, os olhos de Kenway rolaram quando Ross tomou
cada centímetro do seu pênis na sua garganta.
― Santo inferno! ― Kenway realmente começou a suar quando Ross
retirou-se e, em seguida, levou-o todo o caminho novamente. Ele repetiu este
movimento uma e outra vez até que as bolas de Kenway estavam apertadas
contra o seu corpo, e ele podia sentir o seu orgasmo construindo na sua
coluna.
E então Ross apertou a sua garganta e isso foi tudo o que ele
precisava.
Kenway soltou um grito gutural quando seu esperma jorrou do seu
pênis.
Nunca antes ele tinha gozado tão malditamente rápido ou duro. Ele
temia que as suas bolas iam murchar e virar duas uvas minúsculas.
Ross se inclinou para trás, lambendo um pouco do esperma que havia
escapado da sua boca, e Kenway ficou perto de ter um ataque cardíaco. Seu
companheiro deslizou o seu dedo sobre a bagunça branca, puxou sua mão
para trás, e depois chupou o seu dedo em na sua boca.
Oh.
Meu
Deus.
― Agora você vai me deixar montar o seu pau gordo ― disse Ross
quando ele se inclinou para um beijo. Kenway estava disposto a dar ao homem
o que diabos ele queria, neste momento, apenas contanto que ele nunca
parasse de dar boquetes. Seus malditos ouvidos ainda estavam tocando.
Tudo que Kenway podia fazer era assistir e babar, enquanto Ross
deslizou o seu jeans para baixo e chutou para fora. Seu pênis se projetava de
um ninho de cachos, fazendo o coração de Kenway martelar com a visão. Seu
búfalo queria devorar este homem.
Ross pegou um pequeno pacote de lubrificante do bolso da frente da
calça e Kenway sentado, seu pênis ainda duro como uma rocha, enquanto seu
companheiro lubrificava o seu pênis. Ele amava a atitude de Ross em assumir
o comando. As mãos do homem moveram-se sensualmente, deslizando para
cima e para baixo sobre o seu pênis em uma dança erótica.
Merda, ele estava prestes a gozar.
― Deixe-me mostrar-lhe como estou animado sobre o nosso novo
negócio. ― Ross montou o colo de Kenway e lentamente se abaixou. Kenway
rapidamente pegou o seu pau enquanto Ross afundou a sua bunda.
Oh, glória, glória, glória. A sensação do traseiro apertado do seu
companheiro em volta do seu pênis estava tão fodidamente fantástico que
Kenway rosnou sua aprovação. Movendo a mão dele, ele agarrou os quadris
estreitos do seu companheiro e segurou quando Ross começou a montá-lo.
Kenway agarrou o cabelo de Ross. Ele não pode evitar. Ele amava
todas as vertentes longas e bonitas e queria senti-los roçando sua pele
aquecida. Kenway usou uma mão para segurar o rosto de Ross, puxando o seu
companheiro mais próximo quando ele tomou aqueles lábios talentosos em um
beijo feroz.
Ross enfiou a língua dentro da boca faminta de Kenway enquanto ele
explorava o seu traseiro movendo para cima e para baixo na ereção dura de
Kenway. Se houvesse algo melhor na vida, Kenway era certo como merda que
nunca tinha visto ou sentido, porque Ross estava enviando-o diretamente para
o paraíso do prazer.
Cristo, o homem estava levando-o a loucura com seus quadris
ondulantes e a boca possessiva. Kenway parecia como se ele fosse o único a
ser consumido. Foi lá, nos olhos escuros de Ross. O homem queria comê-lo
vivo.
Com certeza sim.
Kenway grunhiu quando o traseiro de Ross deslizou para baixo no seu
pênis. Era um ajuste tão apertado que ele sentiu como se estivesse indo para
dividir o homem ao meio.
Mas Ross não parecia se importar. Porra ele manteve-se reto no pau
de Kenway.
― Eu estou perdendo minha maldita mente ― disse Ross quando ele
quebrou o beijo. ― Meu corpo está queimando por você.
― O meu também, bebe... o meu também ― Kenway puxou o cabelo
de Ross, empurrando os seus quadris para cima, quando ele empurrou o seu
pênis até o cabo. Ele queria gozar dentro da bunda do seu companheiro tão
mal, e fazer isso longo e durar a noite toda porra. Ele realmente estava
perdendo a sua mente.
― Então, me faz gozar ― Ross implorou. ― Tão profundo... dentro.
Deus, Kenway... Eu posso te sentir.
Liberando o cabelo de Ross, Kenway usou as duas mãos para agarrar
o seu companheiro e então ele empurrou com tudo o que tinha, Ross agarrou
os seus ombros quando ele gritou. Sua camisa ficou em tiras e ele não deu a
mínima para a bagunça. O cheiro do orgasmo do seu companheiro e da
pressão dentro das suas bolas fez com que os caninos de Kenway surgissem.
Seu corpo apertou em uma exigente dor selvagem.
Mas antes que ele pudesse morder o ombro do seu companheiro,
Ross foi ao seu pescoço, sugando duro. A visão de Kenway escureceu quando o
seu desmoronou. Não havia outra maneira de descrevê-lo. Seu sêmen
disparou na bunda do seu companheiro e as suas bolas subiram dentro do seu
corpo. Sua cabeça latejava tanto que ele pensou que poderia ter quebrado um
vaso sanguíneo.
Ross lambeu a ferida, a pele lisa com suor, ele sorriu.
― Agora foi uma festa. ― Kenway soltou uma risada ofegante. Seu
companheiro era outra coisa.
O homem era tímido, exigente, sexy, ousado. Ele era o pacote total e
Kenway adorou.
― Tanto quanto eu odeio dizer isso, precisamos por nossas roupas
de volta em ordem antes de um policial passar ― Ross mordeu o lábio de
Kenway antes de aliviar o pênis para fora da sua bunda.
Kenway estremeceu ao sentir a sua ereção amolecida escorregar
livre.
― Existe mais alguma coisa que temos de comemorar? ― Ross
brincou enquanto se vestia e depois sentou-se no seu lado do caminhão. ―
Porque eu vou comemorar o vento soprando se eu puder sentir o seu pau
enterrado dentro de mim de novo.
Nós poderíamos fazer isso.
Ross olhou o que tinha sido feito até agora na padaria - o que não era
muito. As paredes estavam quase reparadas, mas não pintadas. O chão
parecia que as telhas tinham sido arrancadas e atiradas de lado. Havia alguém
trabalhando em uma tomada elétrica e outro com um balde de material
branco, colocando-o sobre os buracos na parede. Ele tinha pensado que a
equipe teria mais do que isso feito desde esta manhã.
― Os tubos foram presos no porão, e levou o dia inteiro para obter a
maioria dos mais danificados substituídos ― explicou Kenway, como se ele
pudesse ler a mente de Ross. Talvez fosse a expressão do seu rosto, que deu o
que ele estava pensando.
O companheiro de Ross o puxou em seus braços, dando-lhe um beijo
de Olá. ― Você pode me fazer um favor e pegar um café para mim? ― Sim,
ele poderia ser o garoto de recados. Não era como se ele tivesse alguma coisa
a fazer por aqui. Ross não sabia o que os homens estavam fazendo mesmo.
― Claro.
Kenway pescou algum dinheiro do bolso e entregou a Ross. O Café
não era muito longe e ele se lembrou de onde era localizado. Além disso,
Kenway tinha deixado Ross viciado em andar um pouco pela pitoresca cidade à
noite. Ela era muito tranquila.
― Obrigado, querido.
Ross realmente não entendia. Ele sabia que Kenway estava super
animado com esse projeto e queria estar com as suas mãos sobre isso. O
homem passou o dia aqui e não saiu até que Ross mostrou-se, em seguida, ele
ainda ficou um pouco depois disso. Ross estava tentando estar entusiasmado,
também, mas era difícil quando o lugar parecia um edifício eviscerado.
Talvez quando o equipamento começasse a ser movido para dentro,
ele iria se sentir de forma diferente.
Ele tinha se interessado quando Roman estava mostrando as plantas
para ele. Isso o ajudou a imaginar que o resultado final seria semelhante.
Kenway parecia tão animado com o lugar vazio, como estava com a ideia de
ele ser concluído.
Ross sorriu. Ele gostava de ver o seu companheiro tão exuberante.
Isso significava que ele não teria remorso de comprador logo após a padaria
ser concluída. Ross tinha esperado toda a sua vida por alguém como Kenway.
Ele era doce, sexy, musculoso, e tinha uma emoção nele que Ross
nunca tinha visto em mais ninguém, nem mesmo em si mesmo.
Era bom estar em torno do homem.
Passeando em direção ao O Café, Ross começou a ter a sensação de
que alguém o estava observando mais uma vez. Desta vez, ele não tinha
Kenway para distraí-lo. Ele parou na esquina e olhou ao redor, mas como da
última vez, ele não viu ninguém.
Mas Ross sabia que alguém estava lá.
Sendo a céu aberto, ele não poderia usar os seus poderes de vampiro
e dissipar para o café. Ele tinha certeza de que era desaprovado nos limites da
cidade, aonde um ser humano poderia vê-lo. E, embora ele fosse um vampiro,
Ross não era um lutador muito habilidoso. Isso tinha sido provado quando o
seu irmão facilmente alcançou-o e empurrou-o para o reino demônio.
O Café surgiu, e Ross foi para lá sem quem o seguia mostrar-se. Ele
caminhou até o balcão e pediu um café para Kenway, e depois pediu uma fatia
do bolo que ele sabia que o seu companheiro gostava.
― Você estava aqui ontem à noite com o cara grande que gostava
de produtos lácteos ― disse o homem e depois sorriu. ― Ou o que costumava
ser um produto lácteo.
Ross estendeu a mão. ― Ross Green. Eu sou seu comp... Parceiro.
O homem apertou a mão de Ross. ― Ray Freewether. Prazer em
conhecê-lo, Ross.
Bem, ele foi não amigável? O cara parecia estar em seus vinte e
poucos anos, e ele era definitivamente humano. Ele tinha olhos cor de
amêndoa, cabelo preto curto, e um corpo agradavelmente cinzelado. Ele não
era nem de longe tão bonito quanto Kenway, mas era bom conhecer alguém
nessa cidade, além de Baker e a equipe de construção. Ross ainda não tinha
saído do seu quarto na casa de Manchester para conhecer as pessoas que lá
viviam.
― Você gosta daqui? ― Ross perguntou enquanto Ray fez o café de
Kenway.
Ray deu um encolher de ombros. ― Vivi aqui toda a minha vida, mas
até que o prefeito começou a ajudar a cidade a abrir todas essas empresas,
não era muito mais que um lugar para viver. Parece que as coisas estão
mudando.
E elas estavam. Se apenas Ray soubesse o porquê. Ele duvidava
muito a sério que homem soubesse sobre os caçadores de vampiros. Ele
estava certo de que o ser humano não sabia nada sobre vampiros, shifters, e
todas as outras criaturas paranormais que habitavam a Vila Brac.
― Isso é uma coisa boa, certo?
Ray sorriu e alcançou seus olhos cor de amêndoa. Ele realmente era
um homem de boa aparência. ― Pois é! Tenho até ajuda a partir de amanhã ―
Ross perguntou se era Johnny. O pequeno humano parecia inflexível sobre a
obtenção de um emprego. Ele sabia que o rapaz iria prevalecer sobre a
insistência do seu companheiro que ele não encontraria trabalho aqui... ou em
qualquer lugar.
― O seu nome Johnny?
Ray concordou. ― Como você sabe?
― Eu vi ele ontem à noite e ele me disse. ― Ele tinha acabado de
conhecer Johnny ontem à noite também. ― Ele parece ser um cara legal. ―
Ross não sabia.
― Bom, ― disse Ray. ― Eu odeio trabalhar com pessoas que agem
como pé no saco.
Ross riu. ― Teve muitos problemas?
― O último cara que trabalhou aqui tentou flertar com cada homem
que passou por aquela porta. Foi embaraçoso como o inferno. Começamos até
a perder clientes. Graças a Deus ele foi demitido.
Ross podia ver onde isso seria um problema. Ele sabia que deveria
pegar o café de Kenway e levar para ele, mas Ross não estava olhando para
frente em passar uma noite observando os homens trabalhando na padaria,
enquanto ele estava lá sem nada para fazer.
― Eu vou estar mais na padaria uma vez que estiver aberta. Sinta-
se livre para parar ― Ross tinha um pensamento. ― Mas eu só trabalho à
noite. Eu tenho uma destas alergias desagradáveis ao sol ― Os olhos de Ray
se arregalaram.
― Eu nunca conheci ninguém que tinha isso antes. Eu vou me
lembrar disso. Obrigado pela oferta.
Ross sorriu quando disse adeus, sentindo-se um pouco melhor sobre
estar nesta cidade. Ele tinha um amigo agora. Bem, ele conhecia alguém que
não era um paranormal. Era um começo.
Caminhando de volta para a padaria, Ross passou para o outro lado
da rua. Assim quando ele estava andando pela Livraria do Murphy, ele teve
esse sentimento de novo, só que desta vez ele foi amplificado por uma
centena.
― Uma cidade pequena e acolhedora. ― Ross parou. Ele realmente
pensou que a pessoa que o perseguiu ele era seu irmão. Mas ele não conhecia
este homem, ou pelo menos a voz que acabara de ouvir. Quem estava fora de
sua linha de visão era um estranho.
Ele não podia nem cheirar se o homem era humano ou outra coisa, o
que assustou o inferno fora dele.
― Este lugar parece muito... especial.
Ross apressou seus passos, droga perto de correr para a padaria. Ele
nunca foi tão feliz em sua vida por chegar ao seu companheiro. Ele empurrou a
xícara de café e o pequeno saco na mão de Kenway, tremendo de medo.
O cara tinha dito a palavra especial como se ele soubesse que nem
todos os moradores eram humanos. Isso foi uma ameaça, se ele já ouviu uma.
Kenway pôs os itens para baixo e agarrou Ross, puxando-o para
perto.
― Qual o problema? Você está tremendo como uma folha ― Todo
mundo parou de trabalhar, todos os olhos sobre ele. Neste ponto, Ross não se
importava. Aquela voz desencarnada tinha sido sinistra, fazendo-o sentir que
havia tristeza e melancolia. Ele ficou lá e disse a Kenway sobre a sensação que
teve na noite passada e sobre o que aconteceu esta noite.
― Eu aposto que é aquele cara Kenyon. Ele provavelmente enviou
alguém aqui para espionar a aldeia, para ver se ele poderia encontrar algo fora
do comum.
Então, por que ele estava brincando com Ross? Ok, ele estava do
lado pálido, mas Kenway parecia mais paranormal do que ele. O cara era
construído como um trem de carga desgovernado. Mas, novamente, Kenyon
era um caçador de vampiros. Não, ele era o chefe dos caçadores de vampiros.
Ele não sabia nada sobre shifters e demônios, que conhecia.
― A próxima vez que você sentir e alguém estiver te olhando, me
avise. ― Kenway não parecia muito feliz que Ross tinha mantido aquele
pedaço de informação para si mesmo na noite passada.
― Eu vou ― ele prometeu. Porque não havia nenhuma maneira no
inferno que Ross queria conhecer o homem face-a-face.
Enquanto Kenway falava calmamente com o seu companheiro,
Roman caminhou em direção ao fundo da sala e chamou Maverick. Ele e seus
sentinelas precisavam ser colocados em alerta de que um espião estava na
cidade. Depois que ele desligou, ele chamou o seu pai, contando a ele sobre
uma possível ameaça.
― Basta manter os olhos e os ouvidos abertos, filho. Não há muito
que possamos fazer, se ele não infringir nenhuma lei ou prejudicar ninguém.
Destruia Roman que ele não poderia apenas colocar o bastardo fora
da sua miséria. Mas o seu pai estava certo. Se alguém tocasse o espião da
cidade, só iria trazer Kenyon aqui. Ele pensou sobre o seu companheiro,
Steven, trabalhando na lanchonete. Roman estava indo manter um olho no
lugar, apenas no caso. Agora que o restaurante estava aberto 24 horas, o
problema poderia vir a qualquer momento, se o homem estava ali para causar
problemas.
Todos que ele conhecia estavam aqui, toda a população de seres
paranormais na Vila Brac seriam avisados.
Capítulo Sete
Kenway estava indo para casa do pai de Baker para pegar o seu
empregado. O carro do homem não pegava e ele precisava de Baker para fazer
alguns trabalhos na loja. Não havia nada de errado em pegar o seu futuro
empregado. Além disso, Roman disse que eles poderiam usar um homem de
limpeza.
Até agora Baker era uma joia em ajudar, mas Kenway estava
começando a ver que precisava do cara em tempo integral antes da padaria
ainda estar aberta.
― Talvez devêssemos ir na garagem do Mark dar uma olhada no seu
carro ― sugeriu Ross. ― Eu tenho certeza que não custaria muito para
concertar ― Kenway esticou a mão instintivamente no peito do seu
companheiro, impedindo ele de ir para a frente. Seu coração estava na
garganta quando ele pisou no freio, algo próximo a um raio atravessou todo o
caminho na frente deles.
― O que foi isso?
Ross girou a cabeça, olhando por cima de seu ombro. ― Eu não vejo
ninguém.
Ele não estava perdendo a cabeça. Kenway tinha visto pessoas de pé,
no meio da maldita estrada. Não havia nenhuma maneira que era uma ilusão.
Ele virou a cabeça, mas apenas como Ross disse, ninguém estava lá.
― O que diabos estava acontecendo? Você o viu?
Ross olhou para Kenway e lentamente balançou a cabeça. ― Eu não
vi ninguém, Kenway.
Não, ele não estava ficando louco. Ele tinha visto alguém. O cara
tinha calças escuras e uma jaqueta de couro marrom-escura. Sua imaginação
não era tão criativa para vestir a sua ilusão. Havia um homem que estava lá.
Kenway teria apostado a sua vida nisso.
― Havia alguém lá, Ross. Eu não tenho certeza do que está
acontecendo, mas eu não estou vendo coisas.
Kenway colocou o caminhão no parque e saiu do seu banco. Ele podia
ver a hesitação nos olhos de Ross, como se o homem preferisse muito mais
que os dois levassem as suas bundas de lá.
Kenway precisava saber.
Ele caminhou até a traseira do seu caminhão, com os olhos varrendo
a região, mas fora a lua e a paisagem ao seu redor, não viu nada.
― Podemos ir agora? ― Ross chamou da cabine do caminhão.
Ele não gostava nem um pouco disto. Alguém estava brincando com
ele. Eles haviam desaparecido de propósito. Eles o tinham parado no meio da
estrada de propósito também. Ele só não sabia por que. Kenway não poderia
cheirar nada além das árvores ao seu redor.
As coisas estavam começando a ficar realmente estranhas em torno
da cidade. Primeiro Ross correu de um homem que falou com ele em um beco
escuro. Agora isso.
Grunhindo de frustração, Kenway caminhou de volta para o lado do
motorista do caminhão, entrando e batendo a porta.
― Alguma novidade? ― Ross perguntou, com sua expressão
nervosa.
Kenway estendeu a mão e acariciou o rosto do seu companheiro,
deixando o polegar deslizar em seu rosto suave. ― Nada.
― Eu acredito em você.
― Obrigado. ― Kenway ligou o caminhão e continuou o seu caminho
para a casa de pai de Baker, mas ele não podia deixar o que aconteceu apenas
ir.
Tinha de haver uma razão para a pessoa ter aparecido na frente dele.
Mesmo Kenway sendo um shifter, o homem de pé na estrada, no
meio do nada, o assustou.
Kenway lutou contra a vontade de estacionar o seu caminhão e ir
investigar mais. Ele queria saber por que a pessoa tinha aparecido na frente
dele. A única coisa que o impedia era Ross. Seu companheiro estava
definitivamente nervoso, o que era estranho para um vampiro. Não eram eles
que deveriam ser temidos à noite? Não importava. Ross queria ir, então ele
iria. Não era como se ele fosse encontrar algo mesmo.
Kenway estacionou e buzinou. Baker ia ter que fazer algo sobre o seu
carro ou ir para a cidade. Vir aqui demorou mais do que Kenway pensava que
iria. Mesmo que Baker ficasse na casa do seu pai, se ele tivesse que dirigir até
aqui para pegar o cara, isso não ia dar certo. A maioria dos moradores da vila
Brac vivia na periferia da cidade, mas o pai de Baker tinha que ser o único a
viver na periferia da periferia.
A porta da frente se abriu e ele viu Baker se apressar para fora. Ele
parecia perturbado. Mas, então, um homem alto e largo encheu a porta,
carrancudo olhando para Baker.
Deve ser o seu pai.
Não era da conta de Kenway. Contanto que ele não visse qualquer
contusão, tudo o que se passasse entre o seu empregado e o seu pai não era
da sua conta.
― Obrigado por ter vindo me buscar ― disse Baker, sem fôlego
quando ele subiu no carro. ― O meu carro está agindo novamente. O
maldito... Está me dando nos nervos. ― Kenway se perguntou o que o ser
humano planejou dizer antes que ele parou, ou ele era apenas uma daquelas
pessoas que não xingavam muito? Kenway ficaria feliz em ajudá-lo a praticar.
― Não há problema ― respondeu Ross.
Kenway queria corrigir o seu companheiro. Ele queria dizer a Baker
para comprar outro carro, mas pelo jeito da casa e a calça jeans rasgada que
Baker estava vestindo, Kenway estava começando a receber a imagem de
como Baker vivia.
Mal.
Talvez ele fosse ouvir Ross e ver o que a oficina de Mark poderia
fazer pelo cara. Não havia maneira de que o humano poderia caminhar para o
trabalho todos os dias. E agora que havia um homem misterioso aparecendo
no meio da estrada, perto da casa do pai de Baker, Kenway não gostaria de
por em risco a segurança do cara, claro, tudo isso dependia de quantas vezes
Baker vinha aqui... Ainda.
― Só a limpeza hoje? ― Baker perguntou a Kenway. ― Legal. Se
precisar de mim para fazer mais, eu posso. Não é como se eu tivesse uma vida
de qualquer jeito. ― Kenway não tinha certeza de como tirar isso.
― Vamos ver o que Roman tem feito quando chegarmos lá ― Ross
respondeu por Kenway. Bom, porque ele não sabia o que dizer. Até agora, o
cara não estava agindo como a merda que tinha sido referido.
A corrida para a cidade quase fez Kenway adormecer. Foi muito
tempo. Eles finalmente pararam em frente da padaria. A tripulação ainda
estava lá. Kenway saiu e esperou pelo seu companheiro sair também.
Baker pulou do outro lado, sorrindo. ― Hora de ir para o trabalho. ―
Quem sorria quando estavam prestes a limpar a bagunça de outros homens? O
cara era definitivamente estranho. Mas Kenway não era alguém que julgava,
então ele entrou no prédio, ao ver que a equipe de construção fez progressos
muito bons. Mas havia uma confusão por toda parte.
― Bom ― disse Roman, enquanto eles caminhavam para dentro. ―
Baker, você pode começar a arrumar essa bagunça?
Baker olhou para ele, certo de mergulhar dentro quando Kenway
acenou concordando. Ross inclinou-se contra uma parede, observando o
trabalho do humano, mas Kenway sabia que o seu companheiro estava
ouvindo.
Isso estava bom para ele. ― Alguém apareceu na estrada quando eu
estava no meu caminho para chegar a Baker. Quando eu bati meus pés nos
freios, ele simplesmente desapareceu.
― Não pode ser o homem que Kenyon enviou?
― Eu acho que pode ser qualquer um. Mas Ross não viu ninguém. ―
Roman olhou para ele estranhamente, mas não perguntou se talvez ele
estivesse vendo coisas. Pontos para o shifter urso. Parecia que ele estava
meditando sobre as coisas em seu lugar.
― Vampiros desaparecem, ou pop, ou seja lá o que você chama isso.
Demônios usam sombras. Ele simplesmente apareceu e depois desapareceu?
Kenway balançou a cabeça. ― Eu não o vi aparecer, mas ele estava
em pé no meio da estrada. Eu estava tão ocupado me certificando de que Ross
não voar através do para-brisa dianteiro, por isso eu não vi quando ele
desapareceu. Mas foi rápido demais para um ser humano.
― Muito estranho ― Roman esfregou o queixo ― Ou temos dois
incidentes separados acontecendo ao mesmo tempo por aqui; o que não me
surpreende, ou alguém está jogando com todos nós.
Kenway não gostava de uma ou outra opção. Ele não gostava de
alguém jogando com ele. Tudo o que ele queria fazer era se estabelecer na
Vila Brac, estar com o seu companheiro, e trabalhar na sua padaria. Era
simples assim. Nada complicado. Mas parecia que alguém não queria isso.
Ele sabia sobre o irmão de Ross. Ele também sabia sobre Kenyon.
Mas além dessas duas possibilidades, quem poderia estar mexendo com eles?
― Basta manter os olhos abertos ― Roman disse finalmente. ―
Quem quer que seja, se é a mesma pessoa, não tem feito nada de errado,
ainda.
Isso não foi reconfortante. Então, o que ele devia fazer? Esperar até
que ele ou o seu companheiro fosse atacado? Foda-se, Kenway ia ter uma
conversa com os homens. Algo tinha de ser feito. Talvez ele pudesse levá-los a
sair das sombras para tentar pegar essa pessoa, ou pessoas.
― Deixe-me voltar ao trabalho. Vou deixar Maverick saber o que
está acontecendo.
Kenway tirou o chapéu Stetson e esfregou a mão sobre a sua cabeça.
Ele não gostava de se sentir ignorante ou desamparado. Ele sorriu
quando Ross aproximou-se dele e passou os braços ao redor da sua cintura.
Mesmo que o mundo começasse a ficar louco, ele ainda tinha Ross. Seu
companheiro era o ponto brilhante na sua vida.
― Qualquer coisa que devo começar a me preocupar? ― Ross
perguntou, inclinando a cabeça para trás quando ele olhou para Kenway. ―
Além das coisas que eu já estou preocupado?
Envolvendo a sua mão em torno do longo cabelo de Ross, Kenway
deu um leve puxão. ― Você não precisa se preocupar, querido. Ninguém está
machucando o meu companheiro.
Um sorriso vacilante apareceu no rosto de Ross, seus olhos escuros
suavizando um pouco. ― Apenas um estranho que gosta de ficar assustando
as pessoas.
Ele queria perguntar como um vampiro poderia temer alguém que
deveria ser um humano, embora o desaparecimento rápido da coisa, estava
começando a faze-lo se perguntar se o cara era realmente humano; mas
Kenway não iria perguntar isso. Só porque Ross era um vampiro não
automaticamente fazia dele um homem durão e assustador.
Kenway meio que gostava de sentir como se ele tivesse que proteger
o seu companheiro.
Ele era grande e forte, e defender os mais fracos veio naturalmente
para ele, mas proteger o seu companheiro era tudo para ele.
― Eu não quero que você vá a lugar nenhum sozinho. Até que se
saiba o que está acontecendo, eu não quero você sozinho ― Kenway alisou a
mão pelas costas do seu companheiro, sentindo como ele poderia matar
qualquer um que ousasse prejudicar Ross.
― Você é tão doce e machão. Eu já te disse como você sendo grande
e corajoso me excita né? ― Não, mas ele sabia agora. Kenway deixou o seu
peito expandir um pouco mais, chegando a sua altura. Ele era exibido, então o
que?
Um sorriso lento se formou no seu rosto quando Ross passou as
mãos no seu peito.
― Mmm, tão grande e musculoso. Posso te morder? ― Sua voz
estava pingando sedução e tentação.
Kenway ouviu uma risada atrás dele. Por um momento no tempo, ele
tinha esquecido que eles não estavam sozinhos. ― Talvez mais tarde ― ele
disse em uma voz sensual, apoiando-se com uma piscadela.
Quando ele se virou para ir embora, Kenway sabia que ele estava
duro como uma pedra e ostentando uma protuberância na parte da frente da
sua calça.
Será que ele se importava? Claro que não.
Maverick agarrou Skyler do chão do escritório aonde ela estava
brincando com sua casa de bonecas. ― Vamos, mocinha. ― Ele precisava ir
encontrar Jason e Gunnar. Se alguém estava brincando na sua cidade,
Maverick estava indo para garantir que o filho da puta tivesse um comitê de
recepção. Roman Lakeland havia dito que suspeitava que ele fosse um espião
da Corporação Kenyon, mas depois da historia de Kenway sobre o homem na
estrada afundou essa ideia.
Se alguém tivesse sido enviado por Kenyon, o espião seria mais do
que humano provavelmente.
O que estava acontecendo, ele estava indo para chegar ao fundo das
coisas.
Ele jogou Skyler no alto dos seus ombros enquanto caminhava pela
Toca, mas viu que não havia ninguém lá dentro.
Talvez ele devesse ter chamado apenas os dois lobos em vez de
tentar caçá-los. Eles não estavam na lista de patrulha, talvez por isso eles não
estivessem nem mesmo aqui.
― Mais alto ― Skyler cantou enquanto ela puxava o seu cabelo.
Maverick riu da pequena criança. ― Qualquer mais alto e você vai ter
uma hemorragia nasal. ― Seus lábios se torceram um pouco, como se irritada
que o tio Maverick não iria fazer o que ela mandou. Ele encontrou Murdock na
cozinha fazendo o almoço para as crianças. Colocando Skyle na sua cadeira,
Maverick pegou o seu telefone celular.
― Gunnar. Você esta em casa? ― Maverick perguntou.
― Não. Estou na loja do Heaven ― Gunnar parecia que ele
realmente não queria estar lá. Ele não culpava o homem. Heaven estava
infernizando Nero sobre a necessidade de um corte de cabelo, de modo que
parecia que a sua constante importunação finalmente tinha sido atendida.
― Venha me ver quando você terminar. Encontre Jason também.
Parece que temos um visitante indesejado na cidade.
Gunnar riu. ― Eu estou no Heaven. Você não acha que eu sei tudo
até agora? ― A maldita fofoca. Só porque Heaven era dono de uma barbearia
ou salão de beleza... Ou o que quer que fosse, não significava que ele tinha
que cair no estereótipo de cabeleireiro fofoqueiro. Mas Heaven era quem ele
era.
― Então você sabe que nós temos uma pessoa, ou pessoas para
caçar.
― Entendi! Assim que Nero terminar e eu leva-lo para casa, eu vou
em busca de Jason ― disse Gunnar. ― E então nós vamos caçar.
― Obrigado. ― Gunnar limpou a garganta e, por algum motivo, as
bolas de Maverick se apertaram ― O quê?
― Você realmente vai entrar no seu papel como prefeito?
Maverick rosnou. ― Diga a Haven para cuidar dos seus próprios
negócios, esse... ― Skyler estava na sala, depois de tudo. Desligando o
telefone, ele podia ver um sorriso no rosto de Murdock enquanto ele colocava
os pratos na mesa.
― Meu companheiro de novo? ― Murdock perguntou quando Nevada
e os gêmeos entraram na cozinha.
― Não jogue tímido comigo, Murdock. Você sabe de tudo já.
O sorriso de Murdock se transformou em um sorriso completo. ― Ele
é meu companheiro.
― Não há nada que ele não vai fofocar? ― O tom de Maverick disse
claramente que ele duvidava. Murdock apenas lhe deu um sorriso divertido
quando ele começou a encher os pratos com o almoço.
Saindo da cozinha, Maverick arrepiou as cabeças de todos os três
garotos e deu um beijo em Skyler. Ele sabia que não importava o que ele disse
ou fez, Heaven ia ser sempre o Heaven. Pelo menos ele não tinha a
necessidade de explicar as coisas para Gunnar. Não só poderia ser um
benefício para a língua solta do lobo cinzento.
Ross entrou no Café na noite seguinte para obter o habitual para
Kenway quando ele avistou Johnny atrás do balcão. Isso foi rápido. A maneira
que Hank tinha agido, Ross teria pensado que o homem tinha Johnny
acorrentado a sua cama.
Johnny deu um sorriso bobo quando viu Ross.
Bem, ao menos ele tinha dois amigos na Vila Brac. Ele sabia que
deveria ter ido primeiro para a padaria, mas Ross estava determinado a não
deixar que um estranho na cidade o assustasse. Ele não tinha certeza de como
Kenway iria reagir quando ele descobrisse que Ross estava andando nas ruas
sozinho, mas Ross tinha bem mais de 300 anos de idade. Ele era muito bom
em correr e salvar o seu traseiro.
― Oi, Ross! ― Johnny disse animadamente e depois se inclinou
sobre o balcão, deixando cair sua voz para um sussurro. ― Esta é a minha
primeira noite aqui. Eu sou o novo empregado no café. Eu também sou um
padrinho, mas não deixe o título te enganar. Eu não bato nas pessoas.
O homem era um pouco estranho. ― Eu vou me lembrar disso.
Johnny se endireitou. ― O que posso fazer por você? ― Ross podia
ver Ray ao lado, com um canto da sua boca torcida para cima. O homem
parecia que ele estava feliz que Johnny estava trabalhando aqui, e o homem
parecia excitável. ― Eu vou querer um café e uma fatia de bolo de chocolate.
― Com um aceno de cabeça grave, Johnny foi fazer o café de Kenway. Ray
veio, com uma risada nos seus lábios.
― Como ele esta levando trabalhar fora? ― Ross perguntou.
― Muito bom. Mostre-lhe alguma coisa uma vez e ele pega
rapidamente.
― Droga ― disse Johnny atrás deles.
― Eu não acho que você vai ter que se preocupar com alguém
flertando com ele. Conheci o seu namorado. Você teria que ser um idiota para
ir contra Hawk ― disse Ross.
― Droga ― disse Johnny novamente.
Ray deu-lhe um aceno de olhos arregalados. ― Eu conheci o cara. Ele
ainda teve uma pequena conversa comigo sobre deixar as pessoas perto do
seu namorado. Ele é um cara assustador.
― Droga ― Ross olhou por cima do ombro de Ray para ver o que
estava dando a Johnny tantos problemas. Ele só estava ali de pé, levemente
assobiando, esperando o café escorrer no copo. Ross não viu qualquer coisa
que faria o homem disse droga.
― Você já viu alguém estranho andar por aqui? ― Ross perguntou.
Talvez Ray tivesse visto alguma coisa, mas não tinha certeza do que fazer com
isso. Era possível.
― Droga!
Ray virou-se, com a cabeça inclinada em um ângulo curioso quando
ele olhou para o novo funcionário. ― Você precisa de ajuda com alguma coisa,
Johnny?
Duas covinhas apareceram quando Johnny sorriu, com os olhos
brilhando, e deu-lhes um sinal de positivo. ― Não, tenho tudo sob controle.
Ray se virou. ― Cara, cada pessoa nesta cidade é estranha, mas é
isso que faz a vida aqui tão agradável. Nunca é chato.
Ross se perguntou se Ray sabia sobre o mundo paranormal, mas ele
não ia perguntar. Se ele não sabia, então Ross não iria assustar o homem. Ele
só quis saber como os seres humanos tinham vivido aqui por tanto tempo e
ainda estavam no escuro sobre o que vivia em torno deles.
― Droga!
― Ok, por que você continua dizendo droga? ― Ross finalmente
perguntou.
Talvez Johnny estivesse tendo um momento difícil, mas tinha medo
de dizer a Ray. Era o primeiro dia do cara.
― Porque eu esqueci de programar para gravar os meus programas
favoritos antes de eu sair de casa. ― Ele trouxe a taça e o saco que continha o
bolo.
Johnny olhou para os itens e, em seguida, em Ross, um brilho curioso
em seus olhos azul-acinzentados.
― É para Kenway.
A expressão de Johnny mudou para uma de surpresa. ― Bem, então,
diga-lhe para desfrutar.
Ross riu, mantendo suas presas escondidas. ― Eu farei isso.
― Vejo você amanhã à noite, ― Ray falou quando Ross deixou a
loja.
Ele estava começando a se sentir como um regular, como se esta
cidade fosse a sua cidade e aqui era aonde ele pertencia. Havia duas pessoas
que o conheceram e sorriram quando o via. Era uma sensação agradável.
Ninguém na multidão de Dante era sempre bom com Ross, nem
mesmo o seu irmão Virgílio. Jogando-o no reino demônio tinha provado como
Virgílio realmente era. Isso só poderia ser seu irmão puxando estas acrobacias.
Ross só não sabia.
Andando pela rua escura, Ross continuamente procurava por sinais
da pessoa a qual pertencia a voz desencarnada. Não que ele conheceria o cara
pelo seu rosto, mas ele esquadrinhou a área de qualquer maneira.
Era uma sensação assustadora saber que alguém estava lá fora,
provavelmente observando-o agora. Ross acelerou os seus passos até que ele
chegou à padaria. Uma vez lá dentro, ele finalmente soltou um grande suspiro.
E então ele viu o olhar irritado nos olhos de Kenway.
Capítulo Oito
— Não encontramos nada ainda — Reese, o shifter urso polar, disse
quando ele se apoiou no balcão, que foi finalmente instalado. O lugar estava
ficando quase pronto. Os pisos foram concluídos, as paredes arrumadas, e o
equipamento estava sendo movido para dentro e o homem do gás deveria
estar lá de manhã para verificar tudo e ligar o gás.
Kenway não tinha visto nenhuma coisa estranha desde aquela noite
na estrada, mas ele não estava menosprezando-a como coincidência. Alguma
coisa estava acontecendo. Ele só não tinha descoberto o que ainda.
— Eu não vi ninguém, e Ross não ouviu mais qualquer voz
misteriosa. Mas eu não vou deixar isso pra lá. — Kenway observou enquanto
os carpinteiros de Roman que foram contratados para trabalhar no local que ia
ser a vitrine. Ele gostou da escolha que Ross havia escolhido. Era leve e fez o
lugar parecer uma pequena casa.
Reese olhou para os homens que trabalhavam, seus olhos castanho-
claro olhando para cada um de cada vez. Kenway sabia o que o homem estava
pensando, mas ele duvidava que o espião fosse um dos trabalhadores. Ele não
era tão facilmente enganado.
— Vamos manter ainda um olho aberto à procura de alguém
suspeito. Eu ouvi que os lobos não tiveram nenhuma sorte também.
Graças a Deus, Reese não se importava que ele estava em uma
cidade de shifters lobo como Styles. Reese estava muito descontraído,
movimentos lentos, e estranho quando se tratava de sexo, de acordo com as
histórias que Kenway tinha ouvido, mas tinha um lado nele que a maioria
tentou o seu melhor para não trazer para fora.
— Aprecie-o — disse Kenway quando a área da cozinha se tornou
muito movimentada quando um misturador de massa e um forno de
cremalheira foi trazido para dentro. O gabinete de prova foi trazido a seguir.
Ele só sabia o que esse material era porque o homem de quem Maverick
comprou o equipamento disse a Kenway.
Ele realmente precisava de ajuda especializada.
Tudo o que sabia era que precisava fazer o pão crescer em um lugar
que requeria um ambiente com temperatura e umidade controladas.
Kenway só podia sacudir a cabeça.
Como diabos ele tinha se permitido entrar nesta loucura?
— Não fique tão preocupado — Reese disse com um sotaque
preguiçoso. — não é nada para manipular, mas para fazê-lo.
— E possivelmente queimar o lugar no processo.
Reese deu uma risada lenta. — Você vai fazer tudo certo.
Ele desejou que tivesse o pensamento positivo como o urso polar. A
única coisa que ele estava positivo era que este era um esquema de um louco
de pedra. Maverick deve ter queimado o cérebro ao pensar que Kenway
poderia tocar uma padaria. Ele estava olhando para o cortador de pão como se
fosse um objeto estranho. Que diabos ele iria fazer com este material? — Hey.
Kenway deslizou os seus olhos sobre Reese.
— Pare de se preocupar.
Expirando em um longo suspiro, Kenway assentiu. — não é nada para
manipular, mas para fazê-lo.
Reese deu um sorriso fácil. Ele fez o homem parecer menos
intimidante e mais acessível. Ele não era um cara feio quando sorria. Sua pele
marrom-chocolate plissava em torno dos seus olhos castanho-claros.
— Pode apostar! — Kenway bateu no braço de Reese antes de ir
para a cozinha. Tudo estava tão brilhante e novo. Maverick não poupou
nenhuma despesa. Ele teria se contentado com o material de segunda mão.
Era tão bom, e menos ostentoso. Vendo tudo se encaixando fez as dúvidas
evaporarem, e tornar-se animado ao mesmo tempo. Era uma montanha-russa
emocional que ele poderia ter passado sem.
— Parece bom — comentou Roman quando ele chegava ao lado de
Kenway. — Eu diria que você vai estar aberto para negócios em cinco dias no
máximo.
A porta da cozinha se abriu para mostrar Ross ali.
Ele parecia como merda e ele estava sangrando.
Também era plena luz do dia lá fora.
Kenway agarrou o seu companheiro e correu para o quarto mais
próximo, empurrando-o para dentro enquanto ele via fumaça sair do corpo do
seu companheiro. — Que diabos você está fazendo no sol? — Kenway gritou.
Ele estava frenético e apavorado como o inferno para impedir que o seu
companheiro entrasse em combustão. Ele não tinha a intenção de gritar, mas
isso tinha acabado saindo sem querer.
Ross caiu no chão, com os olhos desfocados. Kenway viu várias
feridas em todo os braços do homem. Elas eram feridas defensivas.
Ele tinha usado os braços como escudos de um ataque de faca.
— Quem o atacou?
A porta voou, aberta por Roman com um cobertor de primeiros
socorros. — É tudo o que eu poderia encontrar. Vou buscar o Dr. Sheehan ou o
Dr Carmichael. — Kenway assentiu seus agradecimentos enquanto a porta da
despensa foi fechada.
A cabeça de Ross pendeu para o lado, mas ele não disse uma
palavra. Kenway caiu de joelhos e puxou Ross em seus braços, com cuidado
com as suas feridas de faca e pele queimada. Que diabos aconteceu com ele?
Puxando a camisa sobre a cabeça, Kenway começou rasgando-a, usando o
tecido para envolver o braço sangrando do seu companheiro. — Você vai ficar
bem. — Kenway repetia uma e outra vez, como se transformando a declaração
em seu mantra pessoal. Ele tinha que ficar repetindo isso porque ele tinha que
se convencer de que era verdade.
A pele de Ross tinha perdido o seu brilho pálido. Era mais azulado,
agora, mostrava os cortes e queimaduras vermelhas se destacando em
contraste.
Nada disso fazia sentido, e a mente de Kenway estava lutando para
colocar os pedaços juntos. O homem que ele tinha conseguido um vislumbre
na estrada na noite em que ele pegou Baker não poderia ter feito isso. Seu
corpo era muito pequeno. Isso não significa que a pessoa não era uma
ameaça, mas Kenway não poderia imaginar o seu companheiro sendo
derrotado por uma pessoa menor.
Mas, novamente, as coisas perigosas vinham em embalagens
pequenas. Ele sabia isso mais do que a maioria. Foi um lobo pequeno que
tinha matado o gêmeo de Recker e o irmão de Spencer. O homem não podia
pesar mais de 80 quilos, mas ele tinha tomado duas vidas.
Kenway estava determinado a encontrar o homem-misterioso, nisso a
porta se abriu e o Dr. Sheehan estava em pé com a iluminação da cozinha
delineando o seu corpo.
— Carter está aqui. Ele vai brilhar os dois para o meu consultório na
Toca.
Kenway não falava uma palavra. Sua garganta estava muito
apertada. Ele apenas se ajoelhou lá e viu quando Carter passou o médico e lhe
deu um sorriso simpático. Com uma mão, ele agarrou Kenway. A outra mal
tocou Ross. O elfo deve ter estado com medo de machucar o vampiro com
todos os ferimentos no seu corpo.
Eles brilhou para fora da padaria e para a toca. Kenway moveu-se
para colocar Ross suavemente na maca. Dr. Sheehan se aproximou assim que
Carter trouxe-o para dentro.
— Ele está em estado de choque. — Assim como Kenway. Quem
poderia ter entrado em uma casa cheia de shifters e atacado o seu
companheiro? Kenway estava lívido. Ele estava com tanta raiva que ele sentiu
as lágrimas no canto dos olhos. Ele se sentiu tão indefeso como um bebê
recém-nascido, ele se afastou e deixou o Dr. Sheehan trabalhar.
O que mais ele poderia fazer? Kenway sabia lutar, para proteger e
amar, mas não sabia nada sobre cura. Para curar, ele só sabia que tinha que
mudar quando ele fosse ferido. Um vampiro não tinha essa chance como ele.
— Eu preciso de você para alimentá-lo.
Kenway ficou olhando fixamente para o doc — Você precisa de mim
para fazer o que?
O rosto severo do Dr. Sheehan tirou de Kenway quaisquer
pensamentos persistentes que ele tinha. Ele aproximou-se da mesa.
— Vampiros curam mais rápido quando eles tem uma nova infusão
de sangue. Estou tentando curar as suas feridas de corte, mas acho que a faca
foi mergulhada em algo para evitar que o processo ocorra. As feridas não
estão se curando como deveriam. Elas virarão cicatrizes.
Sem pensamento ou hesitação, Kenway mordeu o seu pulso e, em
seguida, colocou a pele sangrando até a boca de Ross. Seu companheiro havia
fechado os olhos, imóvel, mas quando o sangue tocou os seus lábios, ele
começou a beber.
Kenway se sentia culpado como o inferno pela maneira como o seu
corpo reagiu a Ross bebendo dele, mas não havia nada que ele pudesse fazer
sobre isso. Era como se o seu pênis tivesse sido treinado para endurecer com o
mais leve toque dos lábios de Ross.
— É uma reação normal, — Dr. Sheehan comentou enquanto olhava
as feridas de Ross. Kenway não disse uma palavra. Pedir desculpas por seu
tesão não era algo que ele estava prestes a fazer. Alimentação e fodendo eram
atos muito particulares para Kenway, e ele realmente desejava que o doc
saísse enquanto Ross se alimentava. Mas o Dr. Sheehan não deixou o quarto.
Ele continuou a examinar Ross.
— Ele está curando? — Honestamente, não importava para Kenway
se Ross ficasse com cicatrizes em seu corpo. Não faria dele menos desejável.
Mas não era sua opinião que importava, era a de Ross quando ele conseguisse
seu primeiro olhar no espelho.
— As cicatrizes estão ficando mais leves, mas eles não estão indo
embora.
— E as queimaduras?
— Curadas — afirmou o Dr. Sheehan com a resposta de uma
reflexão tardia.
O médico podia saber sobre fisiologia vampiro, mas Kenway era
incompetente. Ele estava feliz que isso estavam funcionando.
Ross finalmente retraiu as suas presas, seus olhos se abrindo
devagar. Eles estavam um pouco mais focados do que antes, mas ainda tinha
uma ponta de brilho neles.
— Hey, bebê — Kenway disse suavemente. — Como você se sente?
— Cansado, dolorido, e duro. — A voz do seu companheiro era
áspera e baixa.
— Você pode nos dizer o que aconteceu? — perguntou o médico. Ele
deu ao braço de Ross um aperto suave quando o companheiro de Kenway
olhou dele para o Dr. Sheehan. Havia medo puro nos olhos escuros de Ross e
sua cabeça começou a se sacudir para trás e para frente.
— Você pode nos dar um minuto? — o Dr. Sheehan pareceu como se
quisesse discutir, mas deixou o quarto, fechando a porta atrás de si. Kenway
passou os dedos sobre o cabelo de Ross, inclinando-se e inalando o cheiro do
homem. Seu búfalo estava perto. Ele queria vingança contra quem quer que
tenha feito isso.
— Dê-me um nome, amor. — O olhar desfocado foi deslizando para
trás em seus olhos. Os lábios se moviam, mas não havia nenhum som saindo.
Tão cuidadosamente quanto podia, Kenway segurou o lado do rosto do
homem, descansando sua bochecha contra a de Ross. — Ninguém vai te
machucar novamente. Eu prometo. Diga-me quem fez isso com você. — o
sonho de Maverick voltou a Kenway. Ross aparecendo queimado e sangrando,
deitado no chão era a visão que ele tinha visto? Ou havia mais para vir?
Kenway iria encontrar uma maneira de fazer Ross falar, e por deus, ele estava
indo atrás de quem foi responsável por isso.
Ele se manteve inclinando para o seu companheiro, dando-lhe
conforto e esperava, a segurança necessária para ajudar a traze-lo para fora
do seu estado de choque.
Ross começou a tremer. Era leve no início, mas depois ele estava
tremendo como se estivesse em pé no meio de uma nevasca... nu.
Kenway se inclinou mais perto, acalmando o seu companheiro,
tentando fazê-lo se acalmar, mas nada estava funcionando.
Finalmente, admitindo que ele não tinha a menor ideia do que fazer
para acalmar o seu companheiro, Kenway chamou o Dr. Sheehan para voltar
dentro — Ele não vai parar de tremer. — Aparentemente, o médico sabia o
que fazer, porque ele foi direito para ele.
Ele deu a Ross algum tipo de injeção, envolveu cobertores ao redor
do vampiro, e começou a examinar os seus olhos.
Kenway se moveu alguns passos para trás, observando e tentando
manter a fera sob controle. Não havia nada que ele pudesse fazer sobre o seu
coração. Ele estava disparado em seu peito e tão rapidamente que ele temia
que iria sair para fora.
— Ele está descansando agora. — o Dr. Sheehan puxou o cobertor
até o queixo de Ross e então puxou as travas da cama dos lados para cima, as
grades impediriam Ross de cair se ele se movesse em seu sono drogado. — Ele
tem ferimentos físicos que estão curando um pouco melhor, mas é os mentais
que me incomodam mais. Você se importaria se eu enviar Taylor aqui para
falar com ele?
Kenway se irritou com a ideia de alguém falando com o seu
companheiro sobre o que aconteceu. Devia ser ele que deveria chegar ao
fundo das coisas, ele que descobrisse o culpado e faze-lo pagar.
O Dr. Sheehan levantou uma mão. — Eu sei que os predadores
gostam de lidar com as coisas do seu próprio jeito, mas Ross precisa de ajuda
em maneiras que você pode não ser capaz de fornecer.
— O inferno que eu não posso — Kenway disse antes censurar as
suas palavras. — Eu agradeço a você pelo que você fez para ele, mas ele é
uma parte do meu bando. Nós cuidamos da nossa própria gente!
— Estupido fodido — o Dr. Sheehan resmungou enquanto ele tirava
as luvas das suas mãos em um movimento espasmódico. — Eu esqueci como
cabeça dura e teimosos vocês machos dominantes podem ser.
Kenway resmungou, mas não corrigiu o homem. Ele estava dizendo a
verdade. Independentemente disso, Kenway levaria Ross para casa e deixaria
o seu próprio bando ajudá-lo. Ele apreciou o que Maverick e os outros shifters
na cidade estavam fazendo por ele, mas quando se tratava do seu
companheiro, ninguém ia ficar no seu caminho.
— Vou levá-lo para casa.
— Então eu vou estar lá para vê-lo mais tarde.
— Por favor, não ha necessidade para isso.
O médico surpreendeu Kenway quando ele bateu com o punho no
balcão ao lado da maca. — Agora escute, seu búfalo teimoso e cabeça dura do
caralho. Eu não vou ter que arriscar a sua vida, porque o seu orgulho está
ficando no caminho. Ele precisa da minha ajuda. A única maneira de entrar…
Whoa, o humano tinha algumas bolas de bronze. Ele também gritou
alto o suficiente para chamar a atenção dos outros shifters residentes. A porta
de entrada se encheu de sentinelas, os homens ficando de olho em ambos.
— Tudo bem aqui, doutor? — perguntou um deles. Ele estava dando
a Kenway um olhar hostil. Kenway não se rebaixou.
— Sim, Kota. Acabo de perder o meu temperamento ao lidar com um
predador, teimoso e dominante.
A declaração do médico não relaxou Kota. Isso o fez olhar para
Kenway com um brilho duro em seus olhos. — Você precisa que eu fique aqui?
— Eu não sou uma ameaça para ele — disse Kenway com raiva. — Eu
não ataco ou ameaço homens menores do que eu.
— Você precisa se acalmar — disse Kota com sinceridade mortal. —
Você está se tornando uma ameaça a esta casa.
Uma ameaça? Serio? Kenway estava chateado que o seu
companheiro tinha sido atacado na sua própria casa. Ele estava chateado que
o seu companheiro estava em choque e não podia dizer-lhe quem tinha feito
isso. Sentindo-se impotente não estava ajudando o seu humor, mas não era
permitido a ele ficar chateado? Ele estava apenas agindo desta forma porque
Ross ficou ferido. Ele não estava nem sendo agressivo, apenas irritado.
— Por que, por causa do meu tamanho? — Kenway sabia que ele
tinha adivinhado corretamente quando Kota se endireitou em toda a sua
estatura. — Você sabe o que? Vá se foder Foda-se Maverick e o empréstimo
que me deu. Foda-se a padaria, e esta cidade. Estou levando o meu
companheiro para casa e então meu bando e eu vamos encontrar outro lugar
para viver. — Kenway estendeu a mão e gentilmente reuniu Ross em seus
braços. Ele se voltou para Kota, deixando o tom de desgosto alto e claro em
sua voz. — Eu não fiz nada de errado, exceto me preocupar com o meu
companheiro. Você está agindo como aqueles lobos cinzentos fizeram porque
eu sou maior que você e o seu alfa. Foi o medo que matou alguns do nosso
bando. Foi o medo que nos tirou de casa. Nós não somos nada, além de
shifters que querem se estabelecer e se sentir como se nosso tamanho não
fosse o que as pessoas julgam a nós, mas o que somos e os nossos próprios
animais. — Ele empurrou Kota, andando pelo corredor no andar de cima. No
meio do caminho para as escadas, Kenway se lembrou que ainda era dia lá
fora.
Merda!
— Você sabe que não pode sair — Kota chamou atrás ele. Seu tom
de voz tinha perdido a ponta de raiva nele, substituído por renúncia de algum
tipo. — Por que você não pega um dos quartos deste lado do corredor até que
esteja escuro lá fora?
— Não — Kenway respondeu firmemente. — Carter pode nos brilhar
para casa. — Seu maldito orgulho estava ardendo. Kota julgou-o como todo o
resto do povo tinha feito com Kenway no passado. Ele não era um homem
mau.
Nem uma única vez desde que chegou a esta cidade ele tinha dado a
impressão de que ele era um shifter de cabeça quente. Ele ainda não tinha
levantado a voz quando os Lakelands vieram para cima no lado de fora da loja
de ferragens, pensando que Kenway havia ameaçado Sterling.
Ele não precisava dessa merda.
O problema. Kenway fechou os olhos. Era que ele não queria lidar
com Maverick agora. O alfa era a última pessoa que ele precisava ver.
— Sim — respondeu Kota. — Eu estraguei tudo e julguei Kenway
sem realmente conhecê-lo. Ele quer levar o seu companheiro e sair. — Kenway
ficou chocado até o seu núcleo que Kota iria admitir a verdade.
A maioria dos homens como Kota iria mentir só para proteger a sua
imagem. O lobo madeira tinha estado lá e disse ao alfa o que ele tinha feito.
— Eu vejo, — Maverick disse quando ele se apoiou no corrimão no
andar de cima, com os olhos focados em Ross, que estava deitado inerte nos
braços de Kenway.
— O que aconteceu com ele, Kenway?
— Nós não sabemos. — Foi o Dr. Sheehan quem respondeu. —
Alguém o atacou, cortou-o muito mal, e ele está em choque. Kenway está
levando o seu companheiro daqui contra o conselho médico — Declaração do
humano fez Kenway parecer um idiota.
— Eu vou pedir a Carter para levá-lo para casa. — Isso foi tudo o
que Maverick disse. Ele não tentou convencer Kenway do que ele queria fazer.
O alfa voltou a descer os degraus, deixando Kenway lá.
— Por que você não mentiu? — ele perguntou a Kota. — Maverick
teria acreditado em você.
— Ele teria, — Kota admitiu. — Mas não teria sido a verdade. Não me
interprete mal. Eu estar admitindo algo não é um dos meus pontos fortes. Mas
eu sei que quando eu regiamente fodi tudo, e o meu ego não é tão grande que
eu não posso admitir que eu julgasse mal a alguém.
Kenway ainda queria sair. Ele não queria mais ficar aqui.
Quando Carter subiu os degraus, Kenway puxou o seu companheiro
mais próximo do seu peito, tentando o seu melhor para ter cuidado com as
feridas do seu companheiro. Mas ele não era estúpido o suficiente para deixar
o seu companheiro passar sem ajuda médica. Ele se virou para o Dr. Sheehan.
— Eu vou te ver em casa.
O homem parecia aliviado. — Eu estarei lá em poucas horas para vê-
lo.
Com um aceno de cabeça, Kenway deixou Carter brilhar ele e o seu
companheiro para casa.
Ele enfiou o seu companheiro na cama, logo que ele estava no seu
quarto. Ross parecia confortável. Ele também parecia bem. Kenway esperava o
que quer que o Dr. Sheehan tinha dado ao vampiro durasse por um tempo.
— Obrigado — disse Kenway antes do elfo brilhar.
Kenway queria respostas. Alguém nesta casa tinha que ter ouvido
alguma coisa. E se eles tinham, ele precisava saber por que eles não
ajudaram. Ele sabia de um fato que alguém tinha que saber de algo.
Caminhando pelo corredor, os passos de Kenway diminuíram. Ele
inclinou a cabeça para trás, inalando profundamente.
Sangue
Capítulo Nove
Ross abriu os olhos, olhando ao redor do quarto escuro, procurando...
Ele fechou os olhos, sentindo o que tinha acontecido com ele.
Como poderia Virgil vir atrás dele assim? Eles eram irmãos. Ele sabia
que o cara tinha uma veia louca nele, mas nunca pensou que o seu irmão iria
querer vê-lo morto.
Mas estupidamente, ele havia desconfiado que Virgil eventualmente
tentaria matar alguém, mais cedo ou mais tarde. O que deixava Ross confuso
foi que era o seu próprio irmão. Sentindo sede, Ross empurrou o cobertor dele
e arrastou-se da cama. Ele estava em choque pelo que Virgil havia feito.
Agora ele estava chateado.
Depois que o seu irmão o atacou, Ross sabia que era Virgil, que falou
com ele na sombra escura. Ele estava apostado que era o seu irmão que
Kenway tinha visto no caminho para a casa de Baker. Como ele não tinha
reconhecido a voz do seu irmão, Ross não tinha certeza. Mas o homem estava
indo pagar o que ele tinha feito.
Virgil foi sempre um pouco ferrado... ok, ele era muito ferrado da
cabeça, mas ele vir aqui, enfureceu Ross.
Balançando a porta do quarto aberta, Ross notou uma ligeira rigidez
no seu braço, mas ele ignorou. Ele precisava encontrar Kenway e dizer-lhe o
que aconteceu e quem estava por trás de tudo isso.
Assim que Ross entrou no corredor, o cheiro de sangue bateu em
seus pulmões. Ele era forte, rico, e fez água na boca. Ele seguiu o cheiro para
ver Kenway de pé em um quarto, cuidando de um antílope que estava lá em
sua forma shifter.
— O que aconteceu?
Kenway girou rápido que ele derrubou a lâmpada preta ao lado da
cama do homem. — Ross — disse ele, como se estivesse olhando para um
fantasma. Seu tom de voz era baixo, tranquilo, quase num sussurro.
— O que aconteceu com ele? — ele perguntou de novo, esperando
Kenway responder.
— Ele foi atacado... assim como você.
— Eu sei quem fez isso. — Ele se aproximou, o peito apertando
quando viu o pequeno antílope. Ele parecia como se ele estivesse apenas
dormindo.
Não parecia que ele estava ferido, mas o cheiro de sangue era ainda
um odor forte e persistente no quarto.
— Quem? — Kenway deu a Ross toda a sua atenção, seus olhos
azul-pálidos estreitando.
— Virgil.
— Meu cunhado?
— É, ― Isso deve ter chocado Kenway, mas não teve o mesmo efeito
sobre Ross. Virgil havia sido a ruína da sua existência desde que ele era um
jovem vampiro. Ele só não sabia o que estimulou o seu irmão para essa
necessidade de livrar-se de Ross. Eles se odiavam muito. O que mudou?
— Leve-me para ele. — O rosnado na voz de Kenway era tão
profundo que Ross sentiu-o vibrar no seu peito.
— Eu não posso simplesmente valsar no coven de Dante com um
shifter buscando vingança. Tão mal como eu quero que o meu irmão pague,
temos que deixar Maverick saber disso. Virgil está aqui, nesta cidade. Não nos
faria qualquer bem ir para o clã. — Ross olhou para a janela do quarto. — Mas
já que está mais escuro, acho que devemos pegar nossos forcados e ir
embora.
— Nossos o que? — Kenway perguntou quando ele seguiu Ross no
quarto.
— Se vamos fazer essa coisa toda de multidão irritada, vamos
precisar de tochas também.
— Isso não é engraçado, Ross. — Seu companheiro tinha uma
expressão que dizia que ele não estava nem um pouco feliz com a maneira que
Ross estava agindo.
— Eu tenho que rir, Kenway, porque se eu não fizer isso, a única
alternativa é chorar. Meu irmão tomou muito de mim já. Eu não vou deixar ele
chegar as minhas lágrimas. — Ross foi até a cama aonde o antílope estava
deitado. Ele atravessou os braços sobre o peito, sentindo a raiva e dor no
fundo, como apenas um membro da família poderia machucar uma pessoa. —
Ele está começando a machucar outras pessoas agora, Kenway. Ele tem que
ser parado.
Braços fortes o envolveram, puxando-o para trás no peito largo de
Kenway. Ele poderia se afundar no calor do seu companheiro e descobrir que
era o que ele precisava saber, que Kenway estaria sempre lá para ele,
protegendo-o, e deixando Ross saber que ele se importava. — Nós vamos
pará-lo, amor. Agora que sabemos quem estamos procurando.
Ross soltou um longo suspiro. Ele sabia que um dia isso viria. Ele não
estava contente, mas até onde podia se lembrar, Virgil viveu no limite do seu
lado agressivo. Era quase como se ele tivesse feito um juramento em sua
juventude para torturar e assediar Ross. Mas isso era diferente. Seu irmão
estava se tornando violento. Ele tinha que ser parado.
Finalmente, ele afagou o braço do seu companheiro. — Vá em frente
e deixe Maverick saber, e então temos que chegar à padaria. Não importa o
que, eu não vou permitir que o meu irmão venha aqui e tire o que você e eu
temos trabalhado tão duro para construir. — não só Ross estava se referindo
aos seus negócios, mas ao seu relacionamento também. Ele amava o que eles
tinham juntos, e ele não ia deixar Virgil arruinar tudo.
— Eu já volto. Esqueci o meu telefone no nosso quarto. — Kenway
tocou o braço de Ross. — não saia daqui sem mim. — Ross deixou sua mão
deslizar pelo braço Kenway, antes de voltar para o antílope.
— Quem é o antílope?
— Spencer — Oh, Deus. Ross conheceu Spencer quando Kenway veio
buscá-lo nos Lakelands. Ele era um pequeno homem excitável que parecia
estar cheio de energia. E vê-lo deitado aqui em cura cortou o coração de Ross.
Por que Virgil veio atrás de Spencer? Isso não fez qualquer sentido para ele.
Não havia nenhuma maneira que ele poderia deixar o cara sozinho. Ross
queria matar Virgil por isso.
Passos pesados podiam ser ouvidos no andar de cima, e o som foi
ficando mais alto. O barulho lembrou a Ross de um trem de carga indo para
baixo.
— O que? Onde ele está? — Um rugido alto e estrondoso encheu o ar,
e Ross conhecia aquela voz. Ela pertencia a Recker. Ross teve vontade de
correr e se esconder. O tom era profundo, preenchido com um grunhido que
prometia dor, se a sua pergunta não fosse respondida.
— No seu quarto, — Kenway respondeu.
Ross afastou-se da porta. Ele não queria ser atropelado. Recker não
era um homem pequeno. Ele saltou quando o homem entrou no quarto e
soltou um barulho estranho, quase subvocal que foi um cruzamento entre um
grunhido e um rosnado estrondoso.
Ross se dirigiu para a porta. Ele realmente se sentia culpado o
suficiente sobre o que tinha acontecido com Spencer. Ele não queria Recker
colocando isso sobre ele. Ele encontrou Kenway no corredor. Ele tinha acabado
de terminar a sua chamada telefônica e desligou o telefone. Ross pegou o seu
companheiro e teve o inferno fora de lá.
Eles apareceram na parte de trás da padaria. Mas havia um pequeno
problema.
— Que porcaria e essa? ― Baker gritou quando ele bateu as costas
na parede, olhando entre os dois, como se tivesse visto um fantasma. — Você
não... como... aqui um... — Ele começou a ficar pálido, seus olhos azul-cobalto
tão grande que Ross temia que acabassem caindo da cabeça do pobre rapaz.
— Calma, Baker.
— Você quer que eu me acalme! — Baker gritou, os olhos pulando
rapidamente para trás e para frente entre Kenway e Ross. — As pessoas
simplesmente não aparecem do nada. — Sua voz era tensa, e Ross podia ver o
pulso no seu pescoço batendo freneticamente. O homem estava prestes a
desmaiar ou ter um derrame.
Roman apareceu na porta, olhando de Kenway, Ross e Baker. —
Alguém descobriu alguma coisa?
Ross concordou.
Um lento sorriso se formou no rosto de Roman. — Meu companheiro,
Steven, agiu da mesma forma quando ele descobriu, só que ele desmaiou...
umas 20 vezes.
Ross teria rido, mas ele não achava que Baker apreciaria. Ele tentou
impedir o seu sorriso de se formar, mas era como tentar puxar a carne crua de
um leão, impossível.
— Isso não é engraçado — disse Baker, enquanto observava os
homens que começaram a se reunir na parte da cozinha da padaria.
— Talvez ele não precise de uma audiência — Ross não tinha certeza
do que o cara precisava. Ele nunca tinha lidado com alguém que descobriu a
verdade antes. Se ele lhe desse um copo de água? Roman levou seus
trabalhadores para fora, olhando por cima do ombro antes de sair. Ele tinha
uma expressão divertida no seu rosto.
― Boa sorte.
De alguma forma, ele tinha a sensação de que eles iam precisar. Ross
aproximou-se de Kenway, deslizando a sua mão na maior do seu companheiro.
— Você está bem agora, Baker? — Ele olhou para o humano, mas a pele de
Baker não parecia que tinha melhorado. Ele estava quase tão pálido como Ross
agora.
— Apenas... apenas me dê um minuto. — Baker escorregou para o
chão, com as mãos na cabeça, os joelhos bem apertados ao seu corpo. — Eu
preciso sentar aqui e pirar na minha cabeça por um tempo.
Ross não tinha certeza se ele deveria fazer o homem perguntar o
como ou o porque para ele até que Baker disse que estava bem. O homem
estava sentado ali, parecendo tão malditamente perdido.
— Sinto muito, Baker. Eu não tive a intenção de abrir os seus olhos
para este mundo.
A cabeça do homem se levantou, os seus penetrantes olhos em Ross.
— Vocês dois não são os únicos?
Balançando a cabeça, Ross deu-lhe um olhar de desculpas. ― Acha
que somos os únicos?
Sua língua serpenteava para fora para lamber os lábios. Baker olhou
para Kenway e depois Ross e todo a sala que continha o equipamento que
seria necessário, no entanto, nada foi criado. ― Eu não sei Diga-me!
Ross deu ao seu companheiro um olhar de questionamento. Talvez
fosse melhor Baker não saber toda a verdade, mas se ele estava vindo
trabalhar aqui, coisas estranhas estavam prestes a acontecer. — Eu nasci um
vampiro, Baker. Kenway pode mudar em um animal.
Os olhos de Baker parecia crescer mais e depois recuar. Ross não
tinha ideia do que isso significava. Mas uma coisa era certa. Se Baker não
podia aceitar no que eram, em seguida, ele teria que ser tratado.
Não haveria outra maneira em torno da questão.
Seus grandes olhos azul-cobalto ainda eram enormes, mas Ross
podia ver manchas de curiosidade começar a brilhar neles. Sua reação não
teria sido real se ele não tivesse apavorado. Ross sabia disso. Baker ia vai ter
que absorver lentamente o que ele já sabia.
Contanto que ele não os traísse.
— Tudo bem? — Kenway perguntou. Seu companheiro shifter de um
pé para o outro, à espera da resposta de Baker.
Descansando os braços sobre os joelhos dobrados, Baker concordou.
— Preciso de tempo, mas eu não vou contar a ninguém o que você me disse.
— Como é que nós sabemos que você não vai sair daqui e dizer ao
mundo? — Ross perguntou.
— Porque eu preciso do emprego — Baker afirmou uma dura
verdade — Quando você veio para me pegar, eu tinha acabado em outra
discussão com o meu pai. Eu odeio pedir o dinheiro dele, mas às vezes não
posso evitar. A parte de merda em ir até lá para buscá-lo é o fato de que ele
quer me ensinar por uma hora como levar minha vida. — Baker se levantou
lentamente, mas ainda usava a parede para descansar as costas. — Lembrei-
lhe que eu trabalho aqui agora, mas... Eu não sei. Simplesmente não é bom o
suficiente para ele. Nada que eu faça consegue a sua aprovação. — A cara do
padeiro tinha resignação e ressentimento.
Ross não esperava tudo isso. Ele não entendia porque Baker estava
lhe contando sobre a sua relação tensa com o seu pai, mas parecia muito
confuso. Ele só lembrou do relacionamento que tinha com Virgil. Mas o
problema não era em ganhar a aprovação do seu irmão. Ele estava tentando
não ser torturado.
A tensão estava de volta nos seus braços. Ross puxou as mangas
para cima para ver pequenas cicatrizes que corriam ao longo dos seus braços.
Ele sabia que era da faca que Virgil tinha usado. Por que o seu irmão veio atrás
dele com uma arma, Ross nunca iria saber.
— Nós vamos falar sobre isso mais tarde. — Kenway gesticulou para
as cicatrizes de Ross. — Agora precisamos fazer as coisas por aqui. — Seu
companheiro voltou-se para o humano, seus lábios apertados em uma linha
firme. — Nós somos criaturas pacíficas, Baker. Não estou dizendo que não há
shifters e vampiros maus — Kenway deu-lhe um rápido olhar antes de
continuar — mas, na maior parte, nós vivemos nossas vidas iguais aos seres
humanos, com praticamente os mesmos objetivos. Queremos famílias, um
lugar para nos estabelecer, e as pessoas com quem nos preocupamos a nossa
volta.
— E ganhar a vida — Baker completou, embora Ross não tivesse
certeza se o homem estava de volta a si mesmo ainda.
— Isso também — Kenway concordou. — Agora vamos começar esta
padaria juntos.
Baker se inclinou um pouco para a frente e depois parou. — Como
pode um vampiro cuidar de uma padaria?
Ross olhou para o humano irritado. — Eu ainda estou tentando
descobrir isso sozinho. Mas meu companheiro aparentemente acha que pode
ser feito.
— É possível — Kenway jogou o seu braço musculoso em volta do
ombro de Ross, perto de fazer os seus joelhos se dobrarem. — Você só tem
que ter um pouco de fé em mim.
— Eu tenho fé em você Sr. brilhante, mas é no brilhantismo que eu
não confio muito.
— Você está falando sobre o sol? — Baker perguntou.
Ross não podia resistir. — Não, eu estava falando sobre as
personalidades brilhantes dos trabalhadores da construção civil. — Um sorriso
deslizou sobre o rosto de Baker quando ele deu alguns passos mais perto.
— Eu não sei nada sobre isso. Mas tem alguns bem quentes.
Especialmente Lorenzo, mas não diga a ele que eu disse isso.
— Por quê? — Ross perguntou.
— Porque ele sempre tem um olhar chateado no seu rosto.
— Eu tenho certeza que não tem nada a ver com você — respondeu
Kenway quando ele conduziu Ross da área de compras da cozinha. Ross parou,
olhando para a vitrine. Os carpinteiros tinham concluído e o vidro tinha sido
instalado.
Não era nada menos do que uma obra de arte. Era lindo.
Saindo debaixo do braço de Kenway, Ross foi até lá, correndo as
mãos ao longo do monograma da madeira. Ele nunca pensou que uma peça de
mobiliário poderia sentir assim, mas ele fez.
Ele estava quase vertiginoso.
— Acho que você gosta do que eles fizeram. — Kenway andou atrás
de Ross, puxando-o para um abraço apertado e beijou o pescoço de Ross.
Inclinando-se para trás no seu companheiro, Ross sorriu. — Lembre-
me de comemorar com você mais tarde.
— Tenho a sensação de que vocês dois estão falando sobre sexo —
disse Baker com um rubor enquanto ele caminhava para o outro lado do
balcão.
— Como descobriu? — Ross riu.
— E muito disso. — Kenway respondeu também com um rosnado
baixo e rouco. Ross podia sentir a felicidade do seu companheiro pressionando
na sua parte inferior das costas. Por mais que ele odiasse, Ross se afastou.
— Concentre-se no trabalho. — Ele bateu no peito de Kenway. —
Jogar mais tarde. — O grande shifter búfalo ostentava uma ereção enquanto
Ross foi até Baker. Ele manteve pelo menos oito metros entre eles no entanto.
Baker não estava preparado para lidar com um vampiro de perto. Ele via em
seus olhos azul-cobalto.
— Sem ofensa — disse Baker, como se soubesse que Ross sabia
sobre o que ele estava sentindo.
— Nenhuma ofensa. — Eles trabalharam o resto da noite, colocando
as prateleiras para cima, certificando-se de que o equipamento estava
instalado e funcionando, e verificando a fatura para a comida que deveria
chegar de manhã.
— Será que isso parece certo? — Ross perguntou. Ele não comia. O
que ele sabia sobre os ingredientes de sobremesa? Se não fosse a lista, então
Ross não pouparia um segundo pensamento. Mas agora eles estavam tocando
uma padaria. Ele precisava prestar atenção.
Seu companheiro deu de ombros.
— Eu não tenho a menor ideia.
— Me dá isso! — Baker levou a fatura deles. — Com o conhecimento
dos dois combinado, você só pode ser capaz de assar um rolo de jantar. —
Parecia que o humano estava se adaptando a eles mais rápido do que Ross
havia pensado. O cara parecia irritado. — Quem pediu isso?
— Maverick — Kenway respondeu. — Está errado?
— Por que o prefeito... — Baker piscou para os dois, a realização em
seus olhos. — Ele também?
Kenway limpou a garganta enquanto Ross olhou ao redor da loja.
Isso era estranho.
— Você vai precisar de mais algumas coisas — disse Baker, ao ver
que ficaria sem resposta. Bom, porque Ross não queria ser responsável por
deixar o gato fora do saco sobre as pessoas da Toca.
Ou era aquele lobo fora do saco?
— Parece que ele jogou junto uma lista de supermercado mais uma
lista detalhada do que uma padaria precisaria. — Baker deslizou o dedo para
baixo da página, com os olhos focados.
— Como você sabe tanto sobre esse negócio? — Kenway perguntou.
Baker olhou para cima. — Você não assiste a Food Network? Eu vivo
e respiro esse canal. Estou chocado que o meu pai não disse isso sobre mim.
— Lá se estava mais uma vez aqueles olhos tristes.
— Por que você não faz uma lista do que não temos enquanto
Kenway e eu vamos tomar um café? — Eles haviam trabalhado duro, e Ross
sabia que o restaurante estaria aberto vinte e quatro horas.
— Você pode beber café? — Baker perguntou com surpresa.
— O material impede os meus dentes de secar — Ross jogou por
cima do ombro enquanto caminhavam para fora. Kenway estava rindo quando
ele agarrou a mão de Ross. Ele nunca conheceu alguém que gostava de dar as
mãos, tanto quanto o seu companheiro.
— Isso foi engraçado.
— Eu pensei assim, — Ross respondeu. Eles caminharam de mãos
dadas até chegarem ao restaurante. Kenway segurou a porta aberta para ele,
permitindo que Ross passasse debaixo do braço. O lugar parecia muito
deserto.
— Oh. Olá. Você pode ter um assento em qualquer lugar e eu vou
pegar o seu pedido logo — um vampiro baixinho balbuciou rapidamente. Ross
estava muito surpreso que um vampiro trabalhava aqui. Eram três da manhã,
o que pode explicar a sua aparência, mas isso não disse a Ross por que o cara
estava tão nervoso.
— Não ligue para ele, — um homem alto, com músculos e todas as
cores no seu cabelo disse. — D acaba de começar no café. Ele vai se desgastar
pelo tempo que ele vai para a cama.
Ross assistiu em fascinação como D correu de uma mesa para outra,
limpando a superfície já impecável. Ele, então, correu para cada mesa e pegou
os recipientes de açúcar, levando-os atrás do balcão.
— D, encheram esses mais cedo — o homem lembrou ao vampiro.
— Não todo o caminho, — D respondeu quando ele começou a
desapertar as tampas.
O shifter balançou a cabeça e voltou-se em direção a eles. — Meu
nome é Cody. Sente-se e eu vou pegar o seu pedido.
Uma tampa de açúcar saiu voando, batendo contra a parede quando
D correu ao redor do balcão. — Eu pego!
Ross deslizou em uma cabine, se perguntando se talvez eles
devessem apenas pegar algo para beber.
D pigarreou, bloco e lápis na mão, apesar da sua mão estar tremendo
muito. — Nós temos um estoque pequeno de carmesim na parte de trás, se
você quiser alguns. — Sua voz era firme. Isso foi uma coisa boa.
— Tudo bem — respondeu Ross. — Eu vou tomar um copo.
— Eu vou tomar um café e um omelete — Kenway disse. Ele sentou
e disse ao garçom como ele queria que fosse preparado, D escreveu tudo. Ross
não sabia por que. Queijo e cebolas não era tão difícil de lembrar.
O garçom saiu e Ross se acomodou.
— É a sua primeira noite e vocês dois são os seus primeiros clientes
— disse Cody como uma maneira de explicar o comportamento bizarro de D.
— A maioria é pelo café, mas acho que uma pequena parte são os nervos.
Ele nunca tinha ouvido falar de um vampiro beber café.
Ross abriu a boca para dizer isso quando a porta se abriu e Virgil
entrou.
Capítulo Dez
Kenway notou que o seu companheiro virou uma estátua. Ele nem
sequer piscava.
Ele ainda estava começando a conhecer o seu companheiro, e achava
as suas maneiras amáveis, mas Kenway tinha certeza de que isso não era
normal. O homem nem sequer parecia que ele estava respirando.
Os olhos do seu companheiro estavam colados na porta da frente.
Virando a cabeça, Kenway viu um homem baixo, de pé ali. Ele não era muito
alto, mas o olhar em seus olhos foi o que chamou a atenção de Kenway. Eles
estavam nulos de qualquer emoção. Era como se um interruptor tivesse sido
desligado e uma pessoa ficou lá em pé, apenas uma casca.
— Você o conhece? — Kenway perguntou, sem tirar os olhos do
estranho. O cara ficou apenas dentro da porta, os olhos fixos em Ross. Kenway
não gostou da sensação que ele estava recebendo.
— Eu conheço...É... — a hesitação de Ross fez Kenway virar e olhar
diretamente para o seu companheiro. Os olhos de Ross dispararam de Kenway
para o homem de pé na porta, e então ele baixou os cílios. Kenway inclinou a
cabeça, imaginando como Ross conhecia o estranho.
— Ross? — Quando o seu companheiro falou, sua voz parecia perdida
e torturada.
— É Virgil.
Kenway virou muito lentamente, seu olhar sobre o irmão de Ross.
— Você é Virgil?
Virgil não respondeu. Seus olhos nunca deixaram Ross. Saindo da
cabine, ao mesmo tempo em que Cody contornava o balcão, Kenway
aproximou-se do rapaz. — Você tem bolas por estar aparecendo aqui. Eu
deveria te matar aonde você está.
Os olhos de Virgil se levantaram lentamente até Kenway. Havia
finalmente emoção em seus olhos, mas o inferno se Kenway poderia
interpretar o que o cara estava pensando ou sentindo. — Ele é meu —
sussurrou Virgil antes que os seus olhos se voltarem para Ross. — Você não
pode tê-lo.
— Que história é essa? — Kenway perguntou. O homem estava
muito calmo, muito composto. Ele lembrou a Kenway uma bomba-relógio
prestes a explodir a qualquer momento.
— Eu sou o erro que você não pode viver — Virgil disse a Ross em
um tom calmo. — Eu não vou deixar você ir.
— Virgil, — Ross disse quando ele levantou-se, — você tem que parar
com isso. Nós nunca nos demos bem. Por que você está me machucando
assim? Eu não entendo você.
— Você nunca me entendeu. — A voz de Virgil apertou levemente. —
Você nunca quis.
Ross avançou, mas Kenway se recusou a deixar o seu companheiro
chegar muito perto. Este era o mesmo homem que tinha cortado os braços do
seu companheiro. Ele ficou chocado que ele estava aqui e não tentando matar
o vampiro.
— O que há para entender? — Ross perguntou enquanto ele passava
a mão pelo cabelo comprido em um frustrante gesto. — Você mexeu comigo
desde a infância. Por que você acha que eu tentei manter o espaço entre nós?
Eu não estava tentando quebrar o seu coração de propósito, mas o que você
espera que eu faça?
Um sorriso irônico puxou a boca de Virgil. — Você não pode quebrar
um coração que eu não possuo. Eu nasci sem consciência, Ross. Pensei que
agora você teria descoberto isso. Eu nunca quis magoar você — Virgil apertou
as mãos em punhos ao seu lado enquanto ele olhava para o estômago de Ross
e depois voltando-se para o irmão — mas eu não posso impedir quem eu sou.
Você é tudo que eu tenho, Ross.... Eu não vou deixar você ir.
Um arrepio gélido correu a espinha de Kenway. O homem quis dizer
cada palavra que ele disse. Virgil era um psicopata genuíno sem consciência.
Mas ele tinha arrependimento, algo que a maioria dos psicopatas não possuía.
Talvez porque Ross fosse seu irmão. Kenway tinha lido sobre a doença, mas
nunca conheceu ninguém portador da doença.
E Virgil era um vampiro. Isso era uma combinação perigosa.
Cody se moveu lentamente em direção a eles, com os olhos fixos em
Virgil.
— Não tente isso, lobo, — Virgil advertiu. — Eu não estou aqui para
machucar ninguém.
— Mas você machucou Spencer — disse Ross. — Você machucou um
antílope inocente.
— Ele me atacou — afirmou Virgil, em tom inexpressivo. — Eu apenas
me defendi.
Kenway emitia um grunhido baixo. Toda esta situação estava
enviando-o no caminho errado.
— Spencer não faria mal a uma mosca. Não fique aí me dizendo que
ele te machucou. Você também atacou Ross.
— Spencer entrou logo depois que Ross se foi. Ele me atacou —
repetiu o homem. — Quanto a Ross, — Virgil virou-se, prendendo Ross com
seus olhos mortos — não me deixe de novo e eu não vou ser obrigado a te
procurar.
— Virgil — disse Ross em uma estranha voz. — Estou acasalado
agora. Eu não vou voltar.
Um tic começou a pulsar no pescoço de Virgil.
Kenway recuou. Não porque ele estava com medo do pequeno
vampiro, mas porque ele queria proteger o seu companheiro. Ele poderia
realmente ver por que Ross temia o cara. Virgil tinha um olhar que dizia que
ele estava funcionando sem uma célula do cérebro e vivia dentro do seu
pequeno mundo... feliz.
— É este o seu companheiro? — Virgil acenou com a cabeça em
direção a Kenway. — Ele é o único que impede você de voltar para casa?
Kenway podia sentir o seu búfalo se aproximar da superfície, pronto
para defender o seu companheiro. Seus chifres começaram a cutucar sua
cabeça enquanto os seus dentes alongavam. Ninguém estava tomando Ross
dele, nem mesmo o seu irmão doente e torcido. O homem precisava de ajuda
profissional, ou ser morto.
Qualquer opção servia para Kenway. Mas ele não ia colocar as mãos
sobre Ross.
Os olhos de Cody se tornaram de lobo e seus dentes cresceram
também. Ambos viram Virgil como uma ameaça. Ele ouviu D sair da cozinha.
— A comida está pronta. — Ele parou, olhando para todos. — O que
está acontecendo?
Kenway ignorou o homem, mantendo sua visão treinada no cara de
pé na porta, com a mão na maçaneta. — Eu sou companheiro de Ross — Ele
não terminou a frase. Kenway não precisava explicar para Virgil que ele não
estava parando Ross de ir em qualquer lugar. Ross era livre para ir aonde quer
que ele escolheu. Mas ele podia ver por que o seu companheiro manteve
distância. Seu irmão era um maluco mortal.
— Vá para casa, Virgil — disse Ross, sua voz suplicante. — Eu vou ter
certeza que ninguém vá atrás de você, se você sair agora e não voltar.
— Deste jeito? — Virgil perguntou uniformemente. — Você poderia
me abandonar tão facilmente?
Agitação, pura e simples.
— O que quer que eu faça? — Ross perguntou. — Voltar para o coven
para que você possa me torturar?
— Eu não queria... — O tom de Virgil tinha uma leve emoção, como
se estivesse lutando para que Ross soubesse que ele estava arrependido. Mas
ele estava falhando. Em vez de soar sincero, seu tom de voz era baixo e
deliberado, e cheio de raiva.
Foi a coisa mais estranha que Kenway já testemunhou.
— O que eu posso fazer? — Virgil perguntou, a emoção fugindo
rapidamente, substituído por aquele olhar vazio. — O que posso fazer para
levá-lo a voltar para casa?
— Você não pode — disse Ross, emoção verdadeira enchendo a sua
voz a ponto de transbordar. Kenway podia sentir os dedos do seu companheiro
apertados nas suas costas. Ross estava com medo. — Basta me deixar.
— Mas eu não quero ir, Ross. Eu não quero ir para casa, se você não
está lá. — Kenway estava esperando aparecer um beicinho, choro, protesto,
qualquer coisa que tirasse a expressão de nada.
Virgil olhou para cima quando a porta foi arrancada da sua mão.
Todos olharam para ver quem estava chegando. Se fosse um morador
humano, eles seriam atacados. Tanto Cody e Kenway estavam fora das suas
mentes. O segredo estaria fora. Não havia nenhuma maneira de Kenway poder
explicar os seus chifres e nem poderia explicar os seus dentes. Cody poderia
conseguir acabar com a coisa do olho lobo.
Mas não foi um humano que entrou, era Hawk com Maverick ao seu
lado. Nenhum dos homens parecia feliz.
Kenway poderia dizer que o alfa estava em seu modo letal. Seus
olhos cinzentos não eram mais a cor da luz, mas uma massa de vapor de
nuvens escuras.
— É aquele? — Maverick perguntou, inclinando a cabeça para Virgil.
Kenway conheceu Hawk em algumas ocasiões. Mas nenhuma das
vezes tinha visto o homem olhar como se o próprio inferno estivesse prestes a
se abrir e engoli-los inteiros. Kenway estava meio que esperando relâmpagos
iluminar o céu e trovões ressoar com a maneira como Maverick e Hawk
estavam olhando. Alguns poderiam pensar que foi um pouco dramático, mas
não viam o que Kenway estava olhando.
— Isso não lhe diz respeito, lobo — afirmou Virgil. — Isso é entre eu
e o meu irmão.
Maverick se encostou na parede ao lado da porta, seu rosto
inescrutável agora. — Está na minha cidade. Qualquer coisa que você faça me
preocupa. Vou perguntar uma última vez. Você é o vampiro que está atacando
as pessoas?
— Ele não queria... — Ross respondeu rapidamente, surpreendendo
Kenway. Por que Ross estava defendendo Virgil? Seu irmão o atacou com uma
faca. E não era qualquer faca. Era uma arma configurada para impedir Ross de
curar. O seu companheiro estava louco, também?
— Como você não atacou duas pessoas? — Hawk perguntou, seus
olhos sobre Virgil. — Parecia muito intencional para mim. — O olhar pálido foi
embora de Virgil, substituído por agitação pura.
A bomba-relógio estava prestes a sair.
Kenway poderia lê-lo na posição do homem, seus olhos, e o conjunto
da sua boca. Ele empurrou Ross totalmente atrás dele, usando a sua massa
corporal para colocar um muro entre os dois irmãos.
— Eu. Não. Respondo. A. Você. — Virgil disse entre dentes.
Hawk moveu-se para a frente, a morte escrita em todo o seu rosto,
mas Maverick levantou uma mão para cima, parando o sentinela de causar
danos corporais.
— O que você quer que eu faca com ele? — a pergunta de Maverick
foi dirigida a Ross. — E só para você saber, deixá-lo ir, não é uma das opções.
— Por que você está entregando ao meu companheiro essa decisão?
— Kenway perguntou. Ele não queria Ross sentindo qualquer culpa sobre o que
aconteceu com esse maluco. Ele tinha estado com Ross por pouco tempo, mas
já sabia que o seu companheiro era o oposto total de Virgil. Ross era gentil,
compassivo, e tinha um grande coração. A culpa iria comê-lo vivo.
— Porque é seu irmão, — Maverick respondeu em um tom sem
argumento. — Eu estou sendo generoso por deixá-lo ter uma palavra a dizer.
— Eu não o quero ferido — disse Ross.
— Então eu acho que Christian vai ter um novo membro no seu
coven. — Maverick estendeu a mão e agarrou Virgil tão rápido que Kenway
quase perdeu o que aconteceu.
— Eu não penso assim. O único lugar que você vai é para a Mansão.
— Virgil tentou brilhar.
— Leve-nos onde precisamos ir. — Maverick puxou Virgil mais perto,
meros centímetros do seu rosto. — E não faça gracinhas. — Kenway viu
quando Maverick e Virgil desapareceram da lanchonete. Ele não podia dizer
que ele estava triste de ver o vampiro ir, mas ele podia sentir a confusão e dor
vindo do seu companheiro. Agarrando a mão de Ross, Kenway o puxou para
mais perto, envolvendo o seu companheiro em seus braços.
— É para o seu bem ― Ele realmente esperava que ele estivesse
dizendo a verdade.
****
Maverick piscou, percebendo que eles não estavam no clube de
Christian ou em sua casa.
— Onde você nos levou? — Ele puxou a camisa de Virgil, pronto para
mostrar ao vampiro porque foder com um alfa foi uma escolha muito ruim.
— Na minha cabeça — Virgil respondeu suavemente. — Este é o lugar
onde eu estou a maior parte do tempo.
Olhando ao redor, Maverick viu que eles estavam em algum tipo de
palácio. Só que parecia que tinha visto melhores dias. As paredes estavam em
condições precárias e alguns dos pilares pareciam como se fossem desmoronar
a qualquer momento. Havia ervas daninhas que cresciam a partir do chão de
mármore, e o lugar parecia deserto.
— O que você quer dizer que eu estou na sua cabeça? — Apesar de
não ser uma vista bonita, parecia real o suficiente para ele. Seus pés estavam
firmemente plantados no chão.
Virgil olhou para Maverick, e ele o lembrou de alguém que estava tão
perdido que desligar emocionalmente era a única opção.
Em todos os seus anos de vida, nunca viu ninguém com olhos que
pareciam sem vida, felicidade, e qualquer tipo de emoção real.
— Este lugar me chama, mesmo durante o sono. Eu não sei o que é,
mas encontro-me vindo aqui muitas vezes. — Virgil passou os braços em volta
da cintura, mostrando a Maverick um vislumbre do verdadeiro Virgil. — Eu não
me lembro de ter vindo aqui, então eu não sei por que minha mente continua
evocando este lugar.
— Eu não acho que isso está na sua cabeça, Virgil. — Maverick podia
sentir outra presença. Seu lobo estava dizendo a ele que era um vampiro. Ele
não tinha certeza se o homem observando a ele estava enganando Maverick,
ou se Virgil realmente não sabia que ele não estava sozinho aqui.
— Se não está na minha cabeça, então por que eu o ouço me
chamando? Por que me sinto como se uma mão invisível estivesse puxando-
me aqui uma e outra vez?
Maverick não estava certo, mas ele não estava recebendo um bom
pressentimento sobre isso. Algo no fundo dele, talvez a sua autopreservação,
estava dizendo-lhe para ir embora, e rapidamente. — Nós precisamos ir, Virgil.
Leve-nos para Christian. — Virgil tomou um passo para longe de Maverick, com
a cabeça balançando para trás e para frente.
— Eu não quero ir para o príncipe. Eu quero Ross.
Maverick estava ficando muito cansado da merda de Virgil. Ele tirou o
seu telefone celular e chamou Christian. Se Virgil não estava indo tirá-los dali,
o príncipe iria. E estar neste fodido lugar o estava assustando mais a cada
minuto.
— Hey, Christian. Eu preciso de uma carona.
— Chama um táxi. — Maverick suprimiu o rosnar ameaçando rasgar
o seu peito.
— Não esse tipo de carona. Eu estava trazendo o irmão de Ross para
você, mas ele nos levou em uma viagem de campo no seu lugar. — Maverick
viu como Virgil caminhou até uma parede, passando a mão na superfície. O
cara podia tomar cuidado. Este lugar parecia instável como o inferno. — Estou
em uma espécie de palácio velho e parece que está caindo aos pedaços...
— Você vê uma porta de entrada grande com piso de mármore
verde? — Christian perguntou, cortando Maverick. Ele não gostou da
preocupação no tom do príncipe. Isso não era uma coisa boa. Maverick olhou
para trás e viu o chão verde.
— Sim.
Houve silêncio na outra extremidade. Maverick jogou uma mão no
quadril, observando o pequeno vampiro explorar a sala que estavam — A
qualquer momento você pode começar a falar — disse ele para Christian.
— Você está na casa de Ceri.
— Seu irmão maluco? — Maverick perguntou.
— Não diga isso. Ele pode ouvir você. — Maverick estava prestes a
dizer a Christian, que ele não dava a mínima quando uma sombra chamou a
sua atenção. Um homem grande, apareceu saindo das sombras, seus olhos
focados em Virgil e então eles estalou ele, as esferas azuis cheio de gelo.
— Por que você veio aqui? — Virgil voltou muito lentamente, sua
expressão sombria.
— Porque este lugar me puxa aqui. Por que você está aqui?
Ceri inclinou a cabeça, seus olhos penetrantes. — Você pode ficar. O
lobo tem que ir.
— Uh, Christian, acho que o seu irmão quer comer o Virgil — Mal as
palavras saíram da sua boca, Christian apareceu ao lado dele. Maverick
deslizou o telefone na sua jaqueta.
— E daí? — Ceri se moveu rapidamente, agarrando Virgil e
empurrando o pequeno vampiro atrás dele. — Não quero vê-lo. Agora vá.
— Desculpe, não pode ser. Eu prometi ao seu irmão que eu o levaria
para Christian — Maverick virou e olhou para o príncipe. — E aqui está ele.
Alguém pode me dar uma carona para casa agora ou eu tenho que ficar para a
cena dramática?
Ele realmente queria ir para casa. Maverick sabia que Ceri gostava do
sabor da carne humana, e isso simplesmente embrulhava o seu estômago.
Talvez em sua forma de lobo, ele poderia entender comer presas, mas em
forma humana, ecaaa.
— Que interesse que você tem nele? — Christian perguntou ao seu
irmão. — O valor que ele tem para você é carne, e eu pensei que você disse
que iria tentar... outros meios de saciar o seu apetite.
— Meu interesse não é da sua preocupação. Vou devolvê-lo para o
seu clã vivo e inteiro — Ceri apertou a mandíbula, seus olhos azul-safira
brilhando com calor. — Agora, eu vou dizer isso apenas uma única vez.
Deixem este lugar de uma vez por todas.
— Não está bem, eu simplesmente não tenho uma saída, — Maverick
lembrou a todos ao seu redor. Ele estava ficando com dor de cabeça.
Christian deu um passo à frente apenas para parar quando Ceri
mostrou as presas. — Vem mais perto do meu companheiro e eu vou matar
você.
O príncipe respirou fundo quando Maverick gemeu.
Grande, o vampiro psicopata tinha um companheiro psicopata.
Ele se perguntou o que o destino estava fumando no inferno no dia
em que juntou os dois.
Capítulo Onze
Ross olhou para a porta do escritório quando ele mordeu o seu lábio
inferior.
Kenway jurou que os vidros na padaria eram a prova de UV, mas ele
ainda estava com medo de ir para fora. Apenas a pequena exposição e ele teve
tantas feridas, e tinha sido doloroso como o inferno.
A padaria estava finalmente pronta para abrir. Baker estava na
cozinha assando uma tempestade de pães, mas admitiu que ele precisava de
ajuda. Alguém estava vindo hoje para uma entrevista. Tudo que Ross tinha a
fazer era ver se a janela funcionava ou se ele ia se tornar um vampiro crocante
frito.
— Enfia o dedo lá e veja o que acontece — sugeriu Kenway atrás
dele. — Mas me fui garantido que os vidros são a prova de raios UV.
— E se ele não funcionar, você pode obter o seu dinheiro de volta.
Eu vou estar morto. Eu tenho certeza que eu não posso mover uma ação
judicial, se eu for uma nuvem de fumaça vampiro barbecue — Kenway queria
eu testar a janela fosse mais fácil. Não era a sua vida, se o maldito falhasse.
— Um dedo. — Ross colocou o de Kenway para fora. — Não o meu
dedo, amigo.
Kenway balançou a cabeça quando ele agarrou a mão de Ross e
puxou-o para a porta.
— Tente!
O coração de Ross estava martelando no seu peito. Ele era uma
criatura da noite. Por que Kenway não poderia ver isso? Vampiros e sol não
combinam. Quando o fizeram, um monte de cinzas foi o que obteve. Um
vampiro poderia suportar a luz do sol por um curto período de tempo, se era
madrugada cedo ou mais tarde ao anoitecer, embora ele tivesse que ser velho
ou puro sangue.
Ross não era nenhum.
— Espere, espere — disse Ross quando ele puxou de volta, sentindo
como se fosse desmaiar. — Deixe-me fazer isso em meus termos.
Kenway deixou-o ir. — Está com medo?
— E se eu colocasse em um terno que deveria ser resistente a prata
e, então, lhe dissesse para saltar em uma cuba do material? Como você se
sentiria? — Ross afastou-se da porta.
— Eu não tinha pensado nisso dessa forma — admitiu seu
companheiro. — Você não tem que ir lá fora, se você não quiser. Eu apenas
pensei que seria bom ter você trabalhando ao meu lado. Você pode ficar no
escritório e trabalhar aqui.
Ross sabia que ele daria qualquer coisa que ele queria. Não havia
nada que ele não faria para o búfalo. Mas sair para uma loja em plena luz do
dia estava no fundo do eu-fazer-nada-para-você da lista.
— Eu estou indo para a padaria. Eu preciso me encontrar com o cara
vindo para o trabalho para ajudar Baker. — Kenway inclinou-se, dando um
beijo em Ross. — Volto logo.
Kenway sorriu para ele, mas Ross podia ver a decepção em seus
lindos olhos azul-pálido quando o seu companheiro saiu do escritório. Ele
realmente queria Ross lá fora.
Estaria ele realmente indo fazer isso? Estupidez seria se ele fizesse
isso.
Ross se aproximou da porta, dizendo a si mesmo que experimentar
com um dedo não era tão ruim. O dedo seria fácil de curar, ao contrário do seu
corpo inteiro. Rachando a porta aberta apenas uma pequena parte, Ross
levantou o braço e deslizou o dedo pela abertura. Ele ficou tenso, à espera de
sentir a dor do sol, mas nada aconteceu.
Sentindo-se corajosamente estúpido, Ross deixou sua mão rastejar
fora da porta.
Quando ele não sentiu nenhuma dor, ele mexeu os dedos.
Ainda nada.
Ele sentiu como se estivesse fazendo o Hokey Pokey4 quando ele
enfiou o pé esquerdo para fora. Nenhuma fumaça, nenhuma carne escaldante.
Foi um começo. Ross engoliu cada pedaço de medo no seu corpo nervoso e
enfiou a cabeça para fora da porta.
Sol brilhante e belo bateu em cheio no rosto. Ross ficou tenso, pronto
para saltar para trás da porta tão rápido quanto podia, mas queria sentir o
calor no seu rosto por apenas um segundo antes de ter que desistir.
Ele nunca tinha sentido nada parecido na sua vida.
Ah, claro, ele sentiu o sol quente na sua pele antes, mas ele estava
geralmente gritando de dor em segundos e soltando fumaça logo depois.
Isso não era nada assim. Era quente e macio, como a carícia sedosa
de um amante.
Ross não sabia como tinha acontecido considerando como ele estava
apavorado de se tornar uma pilha muito sexy de cinzas, mas de repente viu-se
na sala principal, de pé em frente das janelas.4- Música que tem a letra detalhando, coloque um perna, coloque um mão etc etc … Eu não conheço ...
Seus olhos se fecharam quando ele inclinou o rosto para trás, os raios
do sol brilhando para baixo na sua pele. Ross pressionou as palmas das mãos
contra a janela e se aproximou. Isso era o que Kenway sentia quando ele ia
para fora durante o dia? Isso era o que outros sentiram? Era inacreditável.
Pela primeira vez na sua vida, Ross lamentou o fato de que ele era
um vampiro e sujeito à noite. Exceto para as raras ocasiões em que ele não
poderia escapar em um quarto selado o suficiente, a escuridão era tudo o que
ele já havia experimentado. Sabendo agora que ele estava perdendo rasgou
um pedaço da sua alma fora.
— Eu sei o que você está pensando, Ross, e não faça. — As palavras
suaves foram sussurradas nos ouvidos de Ross enquanto os braços de Kenway
o envolveram por trás. — O sol é bom, e ele definitivamente tem seus usos,
mas há algo melhor do que o sol.
— O quê? — Ross sussurrou, lágrimas entupindo a sua garganta.
— Você.
Ross franziu a testa para a resposta descritiva. Ele abriu os olhos,
inclinando a cabeça para trás para um lado para olhar para o seu companheiro.
— É fácil para você dizer. Estou relegado aqui ou no nosso quarto. Você pode
sair em qualquer maldito momento que você quiser.
— E agora, você também pode. — Havia um brilho malicioso nos
olhos de Kenway que Ross disse que o homem estava tramando algo. — Eu
pedi a Maverick para adicionar apenas um pouco mais dinheiro para o
empréstimo que recebi dele. Eu contratei Roman para colocar essas janelas UV
na casa. Você vai ser capaz de ir a qualquer lugar que quiser dentro durante o
dia. Você não é obrigado a ficar no nosso quarto mais. — Ross não tinha ideia
de como ele inalou, considerando que a sua garganta estava muito entupida
até para permitir ar nos seus pulmões.
— Você... — Ele lambeu os lábios quando as palavras que ele estava
tentando falar, lhe escapou. — Você...
— Então... — Kenway sorriu. — Eu estava pensando. — Ross
levantou uma sobrancelha. Isso ia ser bom.
— Desde que Roman trabalhou sua bunda para obtê-los instalado
como uma surpresa para você, eu gostaria de comemorar com você em cada
superfície plana na casa que podemos encontrar. Imaginei que poderia fazê-lo
durante o dia e a noite e decidir qual gostamos mais. — os lábios Kenway
espalharam-se em um sorriso ainda maior. — Vamos chamá-lo de um
experimento de sorte.
Ross tinha o melhor companheiro de sempre.
A expressão de Ross ficou séria, e foi muito difícil lutar contra o
sorriso ameaçando denunciá-lo. — Nós vamos precisar de muitos testes de
campo para obter um relato preciso dos dois.
— Eu gosto da maneira que você pensa, companheiro — disse
Kenway. Ross olhou nos olhos do seu companheiro, se perguntando como ele
tinha ficado tão sortudo. O shifter búfalo era gentil, doce, e Ross não tinha
certeza se poderia amar o homem mais do que ele fez agora.
— Talvez pudéssemos encontrar algumas dessas janelas UV em que
o material seja esfumaçado e tê-lo instalado no escritório. Dessa forma,
podemos passar a nossa hora de almoço juntos.
Kenway ergueu as sobrancelhas. — Hora do almoço? Eu pensei que
nós concordamos em levar apenas um almoço de meia hora.
— Nós fizemos — disse Ross quando ele se virou nos braços de
Kenway e inclinou-se para roçar os lábios sobre os do seu companheiro. — Mas
isso foi antes de você me dar um vislumbre do seu mundo.
O brilho travesso nos olhos de Kenway caiu longe de uma piscada
para o seguinte e ele ficou todo sério. Sua mão segurou suavemente o queixo
de Ross, inclinando a cabeça para trás e trazendo seus olhares juntos. — Você
é o meu mundo. Você não sabe isso, até agora, Ross?
O coração de Ross capotou no peito.
E Quando o sino da porta tocou, Ross olhou para a pequena alcova
que Kenway tinha construído que bloqueava o sol real entrar. Nela caminhou
um homem que olhou em volta, como se ele não tivesse certeza de que ele
estava no lugar certo.
— Kenway Longfeather?
Ross apertou o ombro de Kenway. — É Você? — ele perguntou antes
do seu companheiro ter uma chance. Ele podia sentir o cheiro de shifter no
cara. Que só o deixou ainda mais hesitante.
— Eu sou Robby Nobres. Liguei sobre o trabalho de padeiro — Ross
relaxou. Desde que começou a mexer com Virgil, ele estava em uma espécie
de suspeita com todos, ele ficava nervoso com pessoas que ele não conhecia.
Maverick tinha levado Virgil para Christian, então Ross sabia que ele
não iria ouvir do seu irmão por um tempo, mas ele ainda estava um pouco
abalado com a estranheza de Virgil e o seu olhar vazio.
Iria sempre incomodá-lo, mas ele tinha um companheiro e agora uma
nova vida.
Ross estava indo colocar tudo o que aconteceu no passado. Ele só
rezava que Christian desse a Virgil a ajuda que precisava.
Ele estendeu a mão, dando a Robby uma boa sacudida. O cara era do
tipo magro e baixo também, mas Ross sabia melhor que julgar um livro pela
capa.
— Então, você se formou em artes culinárias? — Kenway perguntou
quando ele acenou para Robby em direção ao escritório. Ross não queria
deixar a bonita luz do sol, mas ele era um parceiro no negócio. Ele era apenas
mais uma parte da entrevista como Kenway era.
— De onde você é? — ouviu Kenway perguntar quando eles entraram
no escritório.
— Ohio — Robby respondeu. — É um lugar bonito, mas eu queria sair
e explorar. Todo mundo sabe sobre Maverick Brac e parecia um bom lugar
para se estabelecer.
Ross fechou a porta, concordando com Robby.
A Vila Brac era o lar perfeito.
Ross correu pela casa, gritando com prazer quando ele saiu correndo
do seu companheiro. Kenway estava no inferno a espreita e cheio de tesão.
Ross estava também, mas ele gostava da perseguição. Isso também ajudou
que ele poderia correr em qualquer lugar que queria na casa sem se
preocupar.
— Onde está o fogo? — Spencer perguntou quando ele começou a
correr ao lado de Ross.
Derrapando para uma parada, Ross não sabia como explicar para o
shifter antílope que ele estava jogando um jogo sexual com o seu
companheiro. Spencer parecia que ele estava animado e pronto para juntar-se
dentro... não nesta vida.
— Spencer — Kenway disse quando ele parou tão rápido que Ross
pensou que o grandalhão estava indo esmagar a parede. — Fico feliz em ver
que você está se sentindo melhor. — Seu companheiro jogou um olhar a Ross.
A única coisa que Ross podia fazer era dar uma encolher de ombros. Ele não
teve coragem de dizer a Spencer a verdade.
— Eles querem ter sexo — Paine gritou da sala de estar.
— Você não pode cheirar a sua excitação fedorenta por toda a casa?
— O rosto de Spencer virou 10 tons de vermelho quando ele saiu correndo.
Ross olhou para o shifter guepardo. — Você não tem que ser tão
sacana sobre isso.
Paine deu de ombros, sua expressão impenitente.
— É verdade!
Ele se foi, mas agora Ross se sentia um lixo por embaraçar o
pequeno antílope. Ele não pensou em Spencer mais, não quando Kenway
agarrou Ross em sua cintura e puxou-o fora dos seus pés. — Vamos! Podemos
terminar isto no nosso quarto.
— Basta mantê-lo baixo! — Paine gritou. — A última vez que ouvi
vocês dois, eu estava esperando algum tipo de milagre aparecer por Ross
gritando por Deus em tão maldita voz alta.
Agora foi a vez de Ross se sentir envergonhado como o inferno. Esse
shifter guepardo era muito grosseiro, droga.
— Ignore-o — disse Kenway. — Como todo mundo faz.
Ross logo esqueceu a situação toda lá embaixo quando Kenway
puxou a camisa sobre a cabeça, revelando um tesouro de músculos e pele
dourada. Sua boca começou a salivar quando ele deu um passo à frente e, em
seguida, inclinou-se, tendo uma pequena mordidela no mamilo de Kenway.
Ele sorriu quando o seu companheiro assobiou.
— Tire suas roupas— disse rispidamente Kenway, rasgando seu
mamilo longe de Ross e empurrando suas calças como se estivessem pegado
fogo. Ross riu. Ele amava como impaciente o seu companheiro era para ele.
Ele esfregou seu ego em todos os lugares certos.
Ross caiu o último de sua roupa e engoliu quando viu a fome crua
nos olhos azuis de Kenway. O homem não estava brincando. Ele queria foder
Ross como se não houvesse amanhã.
Isso foi bom com ele.
Kenway agarrou o pulso de Ross e o puxou para perto até que a pele
nua encontrou a pele nua. A sensação causou arrepios por todo o corpo de
Ross.
Kenway era um homem tão grande. Ross adorava. O shifter búfalo
era como um gigante gentil, bem, principalmente. Ele tinha visto o homem
ficar puto e foi uma visão assustadora.
— Eu te amo, Ross — confessou Kenway quando ele pegou Ross e
levou-o para a cama. — Você fez minha vida tão feliz. — Ah, o cara sabia
todas as palavras certas para dizer.
— Você não tem que falar doce para mim. Você já está recebendo
algum traseiro.
Kenway sorriu. — E que bela bunda que é. — Ross não sabia sobre
isso. Ele era um pouco sobre o lado magro e sabia que ele não tinha definição,
mas Kenway não parecia se importar.
— E eu ainda amo este corpo. — Uma grande mão deslizava sobre o
abdômen de Ross, um olhar de admiração pura nos olhos de Kenway. — Eu
amo tudo sobre você.
Ross passou os braços em torno dos ombros de Kenway, puxando-o
para perto. — E eu amo tudo sobre o meu grande búfalo — Ele capturou os
lábios do seu companheiro, sentindo o calor se espalhar dentro de si e a
essência do seu companheiro.
Ele inalou pelo nariz, abrindo os lábios quando a língua de Kenway
empurrou para dentro da sua boca. Ross envolveu as pernas ao redor da
cintura grossa de Kenway, gemendo quando os seus pênis roçaram um contra
o outro.
Um gemido ansioso caiu dos seus lábios. Ross queria sentir Kenway
dentro dele. Seu pau já estava duro, necessitando de liberação de modo
maldito mal. Mas o sentimento era muito mais do que o desejo sexual.
Ross podia sentir o seu vínculo se aprofundar com Kenway. Era uma
forte ligação que ele sabia que só iria ficar mais forte com o tempo.
Kenway quebrou o beijo, e fez o seu caminho mordiscando no
pescoço de Ross. Seus lábios traçou um caminho sensual de êxtase. Ele tomou
a boca de Ross e outra vez beijos molhados, beijos inflamados. Ross sentiu
como se estivesse indo gozar e Kenway não tinha sequer transado com ele
ainda.
— P-Por favor — , ele gaguejou, lutando por ar.
— O que? — Kenway perguntou, sua voz suave, persuadindo.
— Foda-me, Kenway. Eu te quero — Ross deitou e puxou os joelhos
até o peito, oferecendo-se para o seu shifter búfalo. Os olhos de Kenway eram
como relâmpagos de verão. Eles foram convincentes, magnéticos, puxando
Ross enquanto o seu companheiro pegou o lubrificante e começou a usar nele.
Ele se contorcia sob o seu companheiro, perdendo a cabeça quando sentiu os
dedos grossos de Kenway dentro dele.
Kenway puxou Ross de quatro enquanto ele alinhava o seu eixo com
o buraco dolorido de Ross e empurrou para dentro, com cuidado e insistência.
Olhando por cima do ombro, Ross viu que os olhos de Kenway queimavam
com uma fome intensa que tomou o fôlego de Ross.
Seu companheiro tinha os olhos azul-claro com cílios baixados em
transe. As íris dos seus olhos azuis brilhavam como pedaços de porcelana
brilhante.
Ross fechou os olhos, apoiou as mãos contra a cabeceira, e empurrou
de volta. Um impulso duro enterrado a espessa ereção de aço duro para o
corpo de Ross até o cabo. Ross poderia sentir o seu coração lutando para
manter-se com as demandas da sua excitação estava colocando sobre ele
quando Kenway começou a se mover dentro dele.
— Eu vou entrar na sua bunda, quente e apertada — sussurrou
Kenway para Ross.
— Deus, sim! — Seu pênis latejante balançava graciosamente, o ar
fresco varrendo em torno do seu calor, provocando Ross ainda mais. Ele
arqueou as costas quando um gemido escapou dos seus lábios — Tão
profundo... dentro. Deus, Kenway... Eu posso te sentir.
— Tenho certeza que sim, tenho a esperança de ter foder
completamente — brincou Kenway quando ele bateu na bunda de Ross mais
duro. Ross gemeu quando o pau longo e espesso que parecia enchê-lo tão
perfeitamente roçava a sua próstata a cada impulso dos quadris, cada vez que
Kenway impulsionava, era surpreendentemente agradável e erótico.
Ross apertou os seus músculos internos e massageou o comprimento
do seu pênis ao mesmo tempo. — Kenway... oh meu deus... oh Deus...
porra... Kenway... — Kenway estava o deixando louco de prazer, inundando o
corpo de Ross. Suas bolas estavam grudadas em seu corpo e ele sabia que não
seria mais longo. Não quando Kenway o fodia tão completamente.
Quando os dentes de Kenway afundaram no ombro de Ross, foi tudo
o que precisava.
Ross arqueou as costas e gritou quando o prazer explodiu dentro
dele. Com uma corrida de líquido que teria aterrorizado ele em qualquer outro
momento, Ross gozou, e gozou duro.
Kenway mergulhou profundo e duro, prolongando o clímax de Ross.
Nunca tinha gozado tão profundo e tão exaustivamente. Parecia que o seu
sêmen estava sendo empurrado da sua alma, em vez do saco apertado
debaixo do seu pênis.
Com uma lambida da sua língua, Kenway selou a ferida e deu
algumas estocadas a mais, enterrando o seu pênis profundamente quando
uma corrida quente de líquido encheu a bunda Ross. Como ele estava
desossado, o movimento de Kenway, diminuíram antes do grande homem
finalmente os rolar e deixar Ross deitar preguiçosamente sobre ele.
— Da próxima vez, nós experimentaremos a cozinha — Kenway
disse, ofegante.
Ross sorriu.
Ele não se importaria de experimentar cada maldito quarto na casa,
desde que envolvesse sexo quente e o homem que amava.
FIM