Vinicius eduardo miranda

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1. Vida, obras & curiosidades de Tarsila do Amaral Vinicius Eduardo Miranda Professora Celia 7 A 2. Biografia Na adolescncia, Tarsila estudou no Colgio Sion, localizado na cidade de So Paulo, porm, completou os estudos numa escola de Barcelona (Espanha). Desde jovem, Tarsila demonstrou muito interesse pelas artes plsticas. Aos 16 anos, pintou seu primeiro quadro, intitulado Sagrado Corao de Jesus. Em 1906, casou-se pela primeira vez com Andr Teixeira Pinto e com ele teve sua nica filha, Dulce. Aps se separar, comea a estudar escultura. Somente aos 31 anos comeou a aprender as tcnicas de pintura com Pedro Alexandrino Borges (pintor, professor e decorador). Em 1920, foi estudar na Academia Julian (escola particular de artes plsticas) na cidade de Paris. Em 1922, participou do Salo Oficial dos Artistas da Frana, utilizando em suas obras as tcnicas do cubismo. Retornou para o Brasil em 1922, formando o "Grupo dos Cinco. Este grupo foi o mais importante da Semana de Arte Moderna de 1922. 3. Em 1923, retornou para a Europa e teve contatos com vrios artistas e escritores ligados ao movimento modernista europeu. Entre as dcadas de 1920 e 1930, pintou suas obras de maior importncia e que fizeram grande sucesso no mundo das artes. Entre as obras desta fase, podemos citar as mais conhecidas: Abaporu (1928) e Operrios (1933). No final da dcada de 1920, Tarsila criou os movimentos Pau- Brasil e Antropofgico. Entre as propostas desta fase, Tarsila defendia que os artistas brasileiros deveriam conhecer bem a arte europia, porm deveriam criar uma esttica brasileira, apenas inspirada nos movimentos europeus. No ano de 1926, Tarsila casou-se com Oswald de Andrade, separando-se em 1930. Entre os anos de 1936 e 1952, Tarsila trabalhou como colunista nos Dirios Associados (grupo de mdia que envolvia jornais, rdios, revistas). Tarsila do Amaral faleceu na cidade de So Paulo em 17 de janeiro de 1973. A grandiosidade e importncia de seu conjunto artstico a tornou uma das grandes figuras artsticas brasileiras de todos os tempos. 4. Curiosidades Tarsila adorava bichos. Ela tinha 40 gatos quando criana na fazenda. Uma delas, uma gatinha branca, chamava-se Falena. Tarsila ficou amiga de Chico Xavier nos anos 60, depois da morte de sua nica filha, Dulce (que morreu em 1966 de diabetes). Beatriz, a nica neta de Tarsila j tinha falecido no final dos anos 40, afogada. Chico Xavier trouxe a ela muita paz espiritual. Eles trocavam muitas cartas e sempre que estava em So Paulo, Chico visitava Tarsila. Tarsila do Amaral foi uma das mais importantes pintoras brasileiras do movimento modernista. 5. Caractersticas de suas obras - Uso de cores vivas - Influncia do cubismo (uso de formas geomtricas) - Abordagem de temas sociais, cotidianos e paisagens do Brasil - Esttica fora do padro (influncia do surrealismo na fase antropofgica) 6. Principais obras de Tarsila do Amaral - Autorretrato (1924) - Retrato de Oswald de Andrade (1923) - Estudo (N) (1923) - Natureza-morta com relgios (1923) - O Modelo (1923) - Caipirinha (1923) - Rio de Janeiro (1923) - A Feira I (1924) - So Paulo Gazo (1924) - Carnaval em Madureira (1924) - Antropofagia (1929) - A Cuca (1924) - Ptio com Corao de Jesus (1921) - Chapu Azul (1922) - Auto-retrato (1924) - O Pescador (1925) - Romance (1925) - Palmeiras (1925) - Manteau Rouge (1923) - A Negra (1923) - So Paulo (1924) 7. a tela mais famosa de Tarsila do Amaral, chamada Abaporu. Uma pintura surreal, que apresenta um corpo humano estilizado, com dimenses desproporcionais e apoiado em uma base larga de sustentao. A imagem apresenta um colorido esteticamente agradvel, com tons que representam o cu (azul), o Sol (amarelo alaranjado) e o verde (as matas, a terra), transmitindo uma idia de brasilidade. Numa primeira dimenso, foram enfatizados um p e uma mo, vistos unilateralmente, representando apoio, sustentao, enraizamento, apego, descanso de uma jornada (caminhada), luta (trabalho), resistncia e parada para reflexo. Observo ainda que esse ser ficcional registrado na tela transmite-me uma expresso de tristeza profunda, angstia e melancolia, uma vez que sua pequena face e longo nariz apontam para baixo, dando indcios de depresso e, ao mesmo tempo, de humildade e subjugao. Imagino um personagem dotado de pouca imaginao, porque apresenta uma cabea minscula, em relao aos membros e ao trax. As partes do corpo que aparecem alongadas fazem analogia vegetao presente na tela, a caatinga. Esta, por si mesma, j denuncia a existncia de um ambiente rido, de seca, agreste, tal qual o do interior nordestino. Configura-se simbolicamente a presena fictcia de um retirante, exausto de sua luta pela sobrevivncia.