Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

94
Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial UFF 28 de Abril de 2011 Flávia Barreto dos Santos, PhD Laboratório de Flavivirus, IOC/FIOCRUZ [email protected]

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Page 1: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Virologia, Epidemiologia e

Diagnóstico Laboratorial

UFF

28 de Abril de 2011

Flávia Barreto dos Santos, PhDLaboratório de Flavivirus, IOC/FIOCRUZ

[email protected]

Page 2: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial
Page 3: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Família Flaviviridae

Gênero Flavivirus

Causa DC e FHD

É um arbovirus

Transmitidos por mosquitos

Possui 4 sorotipos distintos (DENV-1, 2, 3, 4)

Page 4: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Organização da Partícula e Genoma Virais

RNA fita simples (+)

prM

Bicamada

Lipídica

M

E

Nucleocapsídeo

3 ptns estruturais 7 ptns não- estruturais

30-50nm

Page 5: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Cada sorotipo confere imunidade sorotipo específica

permanente e contra outros sorotipos por curto período

Todos os sorotipos podem causar doença grave e fatal

Variação genética dentro dos sorotipos (Genótipos)

Algumas variantes genéticas (Genótipos) parecem ser

mais virulentas e possuir maior potencial epidêmico

Vírus DengueAlguns fatos...

Page 6: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Mosquitos do gênero Aedes.

Nas Américas, a espécie Aedes aegypti é a responsável

pela transmissão do dengue.

Aedes albopictus, um importante vetor na Ásia.

Aedes aegypti Aedes albopictus

Vetores Hospedeiros

Page 7: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

O vírus Dengue é transmitido por fêmeas do

mosquito infectado

Principalmente se alimenta durante o dia

Possui hábitos domésticos

Coloca os ovos e gera larvas

preferencialmente em recipientes artificiais.

Aedes aegypti

Page 8: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

ADSORÇÃOVírus – Célula

hospedeira

via

receptor

celular

CITOPLASMA

MONTAGEMdo nucleocapsídeo

Diminuição do pH

Fusão da membrana

do vírus

Ptn E sofre mudança

conformacional

Nucleocapsídeo é

liberado no

citoplasma

DESNUDAMENTO

ssRNA(+)

genômico

ssRNA(+)

TRADUÇÃO

Mediada pelo CAP

CITOPLASMA

poliproteína

ProteínasNão-estruturais

Proteínas

Estruturais

Proteases virais e celulares

Helicase + RNA polimerase RNA-dependente & Cofatores

Progênies de

ssRNA (+)Síntese de molde

de ssRNA (-)ENDOCITOSE

MORFOGÊNESEVIRALOcorre noRER LIBERAÇÃO

Via secretora do Complexo de Golgi

Replicação dos Vírus Dengue(monócitos, macrófagos, linfócitos B, células endoteliais e dendríticas

Page 9: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Barth OM, 2000

Replicação dos Vírus Dengue

ADSORÇÃOVírus – Célula hospedeira via

receptor

celular

Monócitos,

Macrófagos

Linfócitos B

Células Endoteliais

Células Dendríticas

Citoplasma

Page 10: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

63.000X

Barth OM, 2000

Replicação dos

Vírus DengueENDOCITOSE

pH ÁCIDO

Rearranjo de dímeros trímeros

LIBERAÇÃO DO

NUCLEOCAPSÍDEO

Page 11: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Barth OM, 2000

40.000X

MORFOGÊNESE VIRAL

Montagem da particula

viral associada ao

retículo endoplasmático

rugoso

ÚCLEO

ITOCÔNDRIA

ETÍCULO ENDOPLASMÁTICO

RUGOSO

Replicação dos Vírus Dengue

Page 12: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

48000X

Barth OM, 2000

LIBERAÇÃOVia secretora do Complexo de Golgi

Replicação dos Vírus Dengue

Page 13: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Rico-Hesse (1990) definiu esses “genótipos” como grupos de vírus que apresentam

uma divergência em sua sequência nucleotídica menor que 6% dentro de uma

determinada região do genoma viral (junção E/NS1).

Page 14: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

V Filipinas (1956), Japão (1973), China (1980) América do Sul (2002-2004)

Weaver & Vasilakis (2009)

Page 15: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial
Page 16: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Infecção por Dengue

Assintomática Sintomática

Febre indiferenciada

Dengue Clássico

Com manifestações hemorrágicas

Sem manifestações hemorrágicas

Febre do Dengue

Hemorrágico

Sem choqueCom Choque

(SCD)

Grau

I

•Febre acompanhada de sintomas inespecíficos. A única manifestação hemorrágica é o

teste de torniquete positivo.

Grau II

• Sangramento espontâneo, além das manifestações apresentadas no Grau I. Geralmente sangramentos na pele

e outras formas de sangramento.

Grau III

• Insuficiência circulatória manifestada por pulso rápido e fraco, redução da

pressão do pulso ( 20mmHg) ou hipotensão, com a pele pegajosa e

fria, inquietação

Grau IV

• Choque profundo com pressão arterial e pulso não detectáveis.

Page 17: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Foi em grande parte baseada em estudos em crianças na Tailândia na

década de 60

Insatisfação devido a dificuldade de uso em diversas situações

Ex.:casos de choque sem plaquetopenia

Pacientes que evoluem a óbito sem apresentarem os critérios

estabelecidos

É insuficiente para contemplar os casos graves

Ex.: casos que apresentam comprometimento hepático e

manifestações neurológicas.

Necessidade de Revisão da

Classificação da OMS

Page 18: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Classificação dos casos de dengue de acordo com observações do DENCO (OMS, 2009)

Page 19: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial
Page 20: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Nív

eis

de a

nti

co

rpo

se a

ntí

gen

o

IgM

IgM

IgG

Infecção Primária(início dos sintomas)

Infecção Secundária(início dos sintomas)

Vírus Vírus

NS1NS1

Tempo

RESPOSTA IMUNE NAS INFECÇÕES POR DENGUE

Page 22: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial
Page 23: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Diagnóstico Laboratorial do DengueIsolamento Viral

• Cultura de células de mosquito A. albopictus clone C6/36

Detecção de ácido nucléico viral

• RT-PCR, PCR em tempo real

Sorologia

• Mac-ELISA,IgG-ELISA,Captura de antígeno NS1, Kits comerciais, PRNT

Histopatologia e Imunohistoquímica

Page 25: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Coleta e Processamento de Amostras para

o Diagnóstico Laboratorial do Dengue

Tipo de

Espécime

Momento da

Coleta

Tipo de

Análise

Soro de fase

aguda

De 0-5 dias após o

início dos sintomas

Isolamento viral,

métodos sorológicos,

moleculares e captura

de NS1

Soro de fase

convalescente

Entre os dias 6-21 após o

início dos sintomas

Métodos

sorológicos

Page 26: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Cultura de células de mosquito A.

albopictus clone C6/36Imunofluorescência IndiretaAnticorpos Monoclonais tipo-específicos (Gubler et al., 1984)

Isolamento Viral (Igarashi, 1978)

Page 27: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

MAC-ELISA (PanBio)Captura de anticorpos IgM

Placa

Substrato

Page 28: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Título

IgG> 40,960

< 40,960

> 10 dias

> 10,240

< 10,240

6 – 9 dias

Secundária

Primária

Resposta

Imune

> 160

< 160

< 5 dias

Dias após o início dos sintomas

Placa

Fluidohiperimune

Antígeno Dengue

Soro paciente

IgG

AnticorpoSecundário

Anti-IgG

Substrato

IgG-ELISADetecção de anticorpos IgG

Page 29: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Segunda etapa de amplificação – Nested PCR

Amplicon DENV-1 (482 bp)

D1

5’ 3’

TS1TS4TS3TS2

511 pb

produto

Amplicon DENV-4 (392 bp)

Amplicon DENV-3 (290 bp)

Amplicon DENV-2 (119 bp)

Transcrição reversa e primeira etapa de

amplificação

cDNA

produto 511 pb

5’

CAPSIDEO prM

5’3’D2

DENVRNA

1 hora/ 42ºC

3’ 5’

5’ 3’

D1

5’

3’

3’

5’

35 ciclos30sec/ 94ºC1 min / 55ºC2 min / 72ºC

3’

RT- PCR para a Tipagem dos vírus Dengue (Lanciotti et al, 1992)

Page 31: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

7

43 2 1 1

17

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

Fígado Pulmão Cérebro Rim Baço Líquor Soro

DETECÇÃO DE DENV-3 POR RT-PCR E/OU ISOLAMENTO VIRAL

INVESTIGAÇÃO DE ÓBITOS, RIO DE JANEIRO, 2002

Page 32: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Detecta sequências específicas de produto de PCR conforme estas se

acumulam em tempo real durante o processo de amplificação por PCR.

RNA

PCR em Tempo Real (real time PCR)

Page 33: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

0/11

2/11

3/11

6/11

Investigação de Casos Fatais por Dengue

Rio de Janeiro, 2002PCR em Tempo Real em 11 espécimes de cérebros de casos fatais

Isolamento Viral Imunohistoquímica RT-PCR PCR em Tempo Real

Page 34: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Soro Paciente (Ag NS1)

Anti-NS1 mAb

Anti-NS1 mAbHRP

Substrato (TMB)

Unidade

BioRad

RESULTADO INTERPRETAÇÃO

< 0,5 negativoNão há evidencia do

antígeno NS1 do

dengue.

0,5 ≤ a <1,0 inconclusivo

Amostra considerada

dúbia quanto a

presença do antígeno

NS1 dengue.

≥ 1.0 positivoPresença do antígeno

NS1 do dengue.

Solução de Parada

Platelia NS1

(Biorad Laboratories)

Page 35: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Resultado Positivo

Resultado Negativo

Prova Inválida

NS1 Ag STRIP

(Biorad Laboratories)

Page 36: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Sensibilidade dos testes de captura de NS1 de acordo com

o número de dias de sintomas (n=220)

Page 37: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Sensibilidade total dos testes de captura de NS1 em

relação ao diagnóstico por MAC-ELISA, isolamento viral e

RT-PCR, de acordo com o número de dias de sintomas

Page 38: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

SD BIOLINE DENGUE DUO TEST

Teste de uma etapa para detecção de NS1 e IgG/IgM em soro ouplasma2cassetes: Dengue NS1 Ag test e Dengue IgG/IgM test

Page 40: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Novembro de 2008 :pactuadas 68

Unidades Sentinela para

monitoramento viral, utilizando o

teste NS1 como triagem

Total: 25 municípios em16 Estados

PE

RR

RO

AC

AP

CE

PB

SEBA

GO

MS

PR

SP

MGES

RJ

Page 41: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Epidemiologia do

Dengue

Page 42: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Novas estimativas:

~70-500 milhões de pessoas contraem a doença

Cerca de 3,6 bilhões de pessoas (55% da população mundial)

vivem em risco de contrair a doença

124 países endêmicos

Page 43: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Distribuição global dos

sorotipos de vírus dengue,

1970

Distribuição global dos sorotipos de

vírus dengue, 2004

Mackenzie et al., 2004

Mudança na distribuição dos sorotipos

de dengue nos últimos 30 anos

Page 44: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

http://www.paho.org/English/AD/DPC/CD/dengue.htm

BRASIL

(560,000)~90%

630,0002007

BRASIL

(734.384)

865.6972008

~85%

BRASIL

(332.083)

480.9092009*

~69%

1.015.420BRASIL

(780,644)~80%

2002

741,865BRASIL

(535,388)~73%

1998

Casos de Dengue Clássico nas Américas,

1980–2009*

Page 45: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

2000 - DENV-3

Rio de Janeiro

1986 - DENV-1

1990 - DENV-2

Roraima

1982 - DENV-1

DENV-4

2010-DENV-4

São Paulo

1998- DENV-3

Caso Importado

Belém

1989- DENV-2

Caso Importado

Page 46: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Casos notificados e Hospitalizações*

por Dengue no Brasil, 1986-2007

0

100000

200000

300000

400000

500000

600000

700000

800000

900000

86 87 88 89 90 91 92 93 94 95 96 97 98 99 00 01 02 03 04 05 06 07

Caso

s n

oti

ficad

os

0

10000

20000

30000

40000

50000

60000

Ho

sp

itali

zaçõ

es

Casos notificados Hospitalizações

DENV2DENV1

DENV3

Page 47: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Without positive

Without virus circulation

DEN 1

DEN 2

DEN 3

DEN 1, DEN 2

DEN 2, DEN 3

DEN 1, DEN 2, DEN 3

Without positive

Without virus circulation

DEN 2

DEN 3

DEN 1, DEN 2

DEN 2, DEN 3

DEN 1, DEN 2, DEN 3

Source: CGLAB/SVS/MS

Casos de Dengue, FDH, Óbitos e sorotipos

circulantes no Brasil, 2009

Casos de DC: 529.237

FHD: 2.271 e 154 óbitos

DCC: 5.952 e 144 óbitos

Fonte: SVS-MS

Nordeste: 170.674

Sudeste: 152.119

Centro-Oeste: 125.722

Norte: 70.399

Sul: 10.323

Page 48: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Casos de Dengue, FDH, Óbitos e sorotipos

circulantes no Brasil, 2010*

Casos NOTIFICADOS de DC:

942.153

Casos CONFIRMADOS:

482.284

FHD: 2.271

Óbitos : 367

Até a 26º SE (03/07/2010)

Fonte: SVS-MS

Predomínio DENV-1

Isolamento DENV-4

Isolamento

DENV-4

Page 49: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

ISOLAMENTO DO DENGUE TIPO 4 NO BRASIL

2010

três casos confirmados de DENV 4 no município de Boa Vista, classificados clinicamente como dengue clássica. Houve evolução para cura sem necessidade de internação de nenhum dos casos.

data de inicio dos sintomas do primeiro caso:26.06.2010

Page 50: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Casos de Dengue, FDH, Óbitos e sorotipos

circulantes no Brasil, 2011*

Casos NOTIFICADOS de DC: 254.734

Casos graves:2.208 confirmados

Óbitos : 95 confirmados

Até março de 2011

Fonte: SVS-MS

Região Sudeste - 81.179; 32%

Região Norte – 76.671; 30%,

Região Nordeste - 47.404; 19%

Região Sul - 28.445; 11%

Região Centro-Oeste 21.035; 8%

Predomínio DENV-1

Dispersão DENV-4(RR,AM,PA,PI,BA,RJ,SP,PE)

Page 51: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

7732

957

1188

446378

532580

448

79

1627

615

363

6390 12

76

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2007 2008 2009 2010 2011

DENV-1 DENV-2 DENV-3 DENV-4

Sorotipos de DENV isolados no Brasil, 2007-2011

Introdução do DENV-4

Page 53: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

•Até março 2011

•Fonte:SVS/MS

Dengue no Brasil por Regiões, 1982–2011*

0

50000

100000

150000

200000

250000

300000

350000

400000

450000

Norte Nordeste Sudeste Sul Centro-Oeste

Page 54: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Vigilância Epidemiológica

do Dengue

no Rio de Janeiro

Page 55: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

DENV-1 DENV-2 DENV-3

1986 1990 2000

Introdução do Vírus Dengue no Estado

do Rio de Janeiro

Região

Metropolitana

Page 65: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

EPIDEMIA DE DENGUE

NO RIO DE JANEIRO

2008

Re-emergência do DENV-2

Page 66: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

0

10

20

30

40

50

60

70

J M M J S N J M M J S N J M M J S N J M M J S N

0

20

40

60

80

100

120

140

160

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

DENV-1 DENV-2 DENV-3

2001 2002 2003

0

1

2

3

4

5

6

7

8

J F M A M J J A S O N D J F M A M J J A S O N D

2004 2005

2006 2007 2009

Sorotipos de Dengue circulantes no Rio de Janeiro, 2001-2009

Re-emergência do Dengue tipo 2

DENV-2

2008

Page 67: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Impacto da re-emergência do DENV-2Casos Notificados de Dengue no Estado do Rio de Janeiro, 2007-2008*

SES/SVS

2007 2008

Page 68: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Impacto da re-emergência do DENV-2Internações por Dengue por mês no Estado do Rio de

Janeiro, 2007-2008*

2007 2008

Page 69: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Percentual de Internações por Dengue de

acordo com faixa etária, 2001-2008

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

Ano

< 15 ANOS >=15 ANOS

Perc

en

tual d

e I

nte

rnaçõ

es (

%)

Page 70: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Fonte: SESDEC-RJ/SAS/SVS/CVE/DDT/GDTVZ * Dados sujeitos à revisão

Dengue no Rio de Janeiro:2002-2008

Casos notificados, FHD, Internações e óbitos,

Ano Notificados FHD Internações Óbitos

2002 285702 1689 2397 91

2003 9460 48 540 3

2004 2936 5 533 0

2005 3140 17 326 5

2006 30567 77 1431 17

2007 67275 21 452 46

2008 250026 1632 13808 181

Page 71: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Experiência do Laboratório de

Flavivirus, IOC - FIOCRUZ

EPIDEMIA DE DENGUE

NO RIO DE JANEIRO

2007-2008

Page 72: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Dengue no Estado do Rio de Janeiro, 2008Laboratório de Flavivírus IOC/FIOCRUZ

Casos confirmados/ estudados: 310 / 754 (41 %)

Sorotipos identificados: DENV-2: 138 DENV-3: 68

ÓBITOS

Óbitos confirmados / estudados: 73/146 (50%)

Virus identificados: DENV-2 : 46 (92 %)DENV-3: 4

0

10

20

30

40

50

DENV-2 DENV-30

10

20

30

40

50

Primária Secundária

Page 73: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

EPIDEMIA DE DENGUE

NO RIO DE JANEIRO

2009-2011Re-emergência do DENV-1

Introdução do DENV-4

Page 74: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

0

200

400

600

800

1000

1200

1400

1600

1800

2007 2008 2009 2010

DENV-1 DENV-2 DENV-3

Sorotipos de DENV isolados no Brasil, 2007-2010

Emergência do DENV-1

Page 75: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Vigilância Epidemiológica de Dengue,2011Laboratório de Flavivirus, IOC/FIOCRUZ

DENV-1

DENV-2

DENV-3

DENV-4 ?

RT- PCR (Tipagem de DENV)

DENV-1

482pb

DENV-2

119pb

DENV-3

290pb

DENV-4

392pb

Repetição da extração do RNA do material original

Amplificação com primers tipo-específicos separados

Sequenciamento do genoma

Isolamento viral em cultura de células

Page 78: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Dengue no Estado do Rio de Janeiro, 2011*Até a 16ª semana epidemiológica de 2011 (23 de abril): 63.996 casos notificados

+500% em relação 2010

41 municípios (44,6%) : alta incidência

25 municípios (33,5%) : média incidência

5654

17312

28312

12719

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

Jan Fev Mar Abr

Page 79: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Fonte: Lacen-RJ e FIOCRUZ/GDTVZ/SESDEC-RJ, dados atualizados em 20 ABR 2011 e sujeitos à revisão.

Dengue no Estado do Rio de Janeiro, 2011*

Sorotipos circulantes

Page 80: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Dengue no Estado do Rio de Janeiro, 2011*

Distribuição dos Óbitos e Casos Graves Confirmados

Page 81: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Casos Notificados no Estado do Rio de Janeiro,

2009-2011*

3330 2506 214212471445 2052

331253485654

17312

28312

12719

0

5000

10000

15000

20000

25000

30000

Jan Fev Mar Abr

2009 2010 2011

Fonte: SINANNET/GDTVZ/SESDEC-RJ, dados atualizados em 27 ABR 2011 e sujeitos à revisão.

Page 82: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Dengue no Estado do Rio de Janeiro, 2011*

Laboratório de Flavivirus, IOC/FIOCRUZ

Total confirmados/ Total recebidos: 207/677 (30.6%)

Isolamento viral e/ou PCR: 80 DENV-1

20 DENV-2

6 DENV-4*

*2 casos (+) de Niterói em 27/04/2011 por PCR

Óbitos: 20/41 (48.8%) – 10 DENV-1 e 2 DENV-2

Page 84: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Não há uma tratamento específico

Indica-se repouso e hidratação

Page 86: Virologia, Epidemiologia e Diagnóstico Laboratorial

Vacina contra a dengue?

Não há uma vacina licenciada no momento.

Maior Desafio:

Necessidade do desenvolvimento de 4 vacinas que sejam

combinadas em uma única (tetravalente)

Induza um nível de proteção permanente e contra infecção

por qualquer um dos 4 sorotipos.

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Vacinas candidatas para dengue em desenvolvimento

Tipo de Vacina Fabricantes

Viva atenuada WRAIR/GSK Biologicals*

Viva atenuada Mahidol Universidade/Sanofi Pasteur

Viva atenuada,quimérica NIAID, NIH

Viva atenuada,quimérica Acambis/Sanofi Pasteur*

Viva atenuada,quimérica CDC/ InViragen*

Vírus Inativado WRAIR

Subunidade Hawaii Biotech

DNA Navy Medical Research Center

Revisado em Whitehead et al., 2007

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+ adiantada: Sanofi Pasteur

envolve o Núcleo de Doenças Infectocontagiosas da Universidade

Federal do Espírito Santo e 11 países tropicais.

Administração de 3 doses, com intervalo de 6 meses.

Meta: ter produto no mercado em 2015

Bio-Manguinhos (Fiocruz), RJ-em parceria com a GlaxoSmithKline

Instituto Butantan (SP) -com os Institutos Nacionais de Saúde dos

EUA (NIH)

Vacina contra a dengue?

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