VISIONARIUM – CENTRO DE CIÊNCIA, S.A. - AEPortugal · Prestes a cumprir uma década de...

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VISIONARIUM – CENTRO DE CIÊNCIA, S.A. RELATÓRIO E CONTAS 2007

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VISIONARIUM – CENTRO DE CIÊNCIA, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS 2007

VISIONARIUM – CENTRO DE CIÊNCIA, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS 2007

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01 ESTRUTURA ACCIONISTA E ÓRGÃOS SOCIAIS 3

02 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO 5

03 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS 9

04 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS 23

05 RELATÓRIO ANUAL SOBRE A FISCALIZAÇÃO EFECTUADA 24

06 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO 26

ÍNDICE

0101 ESTRUTURA ACCIONISTA E ÓRGÃOS SOCIAIS

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0101 ESTRUTURA ACCIONISTA E ÓRGÃOS SOCIAIS

ESTRUTURA ACCIONISTA

ÓRGÃOS SOCIAIS

Mesa da Assembleia Geral

Presidente Luís Francisco Valente de OliveiraSecretário José Manuel Taveira dos Santos

Conselho de Administração

Presidente Carlos Guilherme Lopes SoaresVogal José João Soares Miranda CoelhoVogal António Gil Cabral Ribeiro de Figueiredo

Fiscal Único

Efectivo Deloitte & Associados, SROC, S.A.representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

Suplente António Manuel Martins Amaral, ROC

Acções %

Gestioserv – Gestão e Serviços, Unipessoal, Lda. 50.000 100Total 50.000 100

0202 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

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0202 RELATÓRIO DO CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

Prestes a cumprir uma década de existência, o Visionarium encetou o projecto de maior alcance desde a sua fundação. Trata-se doLaboratorium, o mais recente espaço de experimentação e divulgação de ciência.

O conceito subjacente à concepção desta infra-estrutura decorreu da necessidade de dar um novo fôlego à oferta existente, confe-rindo ao Visionarium uma nova dimensão de atractividade aos seus públicos-alvo. Alicerçado numa trilogia de vectores – experimen-tação, formação e divulgação –, este espaço laboratorial proporciona aos visitantes, com especial incidência para o público escolar,conhecimentos práticos em áreas como a biologia celular e molecular, genética, microbiologia, bioquímica e química ambiental. Aoferta é também extensiva aos visitantes individuais e familiares, integrando para o efeito um conjunto de acções que vão desdeexposições, conferências e cursos livres a noites e férias no Laboratorium e publicações.

Para o resultado final do projecto contribuíram diversas entidades parceiras, destacando-se o alto patrocínio da APIFARMA –Associação Portuguesa da Industria Farmacêutica, da cadeia de Shoppings Dolce Vita, bem como da Portugal Telecom. Ao nível deparceiros institucionais, é de referir a colaboração do Ministério da Educação, Direcção Regional de Educação do Norte, Ministério daCiência, Tecnologia e Ensino Superior, Programa Ciência Viva e Fundação Calouste Gulbenkian. No domínio do apoio técnico, empre-sas como a Nautilus, Exporlux, Legrand, Decflex, Rodi e Tarkett contribuíram de igual modo para a materialização do projecto.

Da parceria com a Nautilus resultou também a reformulação de dois novos espaços complementares – os Mini-Experimentários –,equipados com mobiliário e quadros interactivos fornecidos pela empresa, especialmente concebidos para actividades direccionadaspara escolas.

Acompanhando a diversificação das propostas de visita, encetou-se uma reestruturação e renovação da oferta educativa. Novas temá-ticas e modelos de actividades, assentes numa lógica participativa, integraram o programa de propostas, designadamenteLaboratórios e Mini-Laboratórios, cuja esfera de acção gravita em torno de áreas como a Célula, ADN, Energia, Ecologia, Reprodução,Biotecnologia e Química.

O protocolo firmado com a DREN, relativo ao destacamento de professores, foi renovado, tendo-se mantido no Serviço Educativo doVisionarium oito docentes em regime de destacamento, que tiveram um papel de destaque na elaboração e concepção de conteú-dos pedagógicos, especialmente os propostos para o Laboratorium.

No domínio dos eventos, é merecedor de destaque “A Noite Europeia dos Investigadores”, iniciativa organizada em conjunto pelaempresa INOVA+, Visionarium e Europarque. Após o sucesso de 2005, a Comissão Europeia promoveu a organização da Noite dosInvestigadores 2007, que ocorreu simultaneamente em todos os países membros da UE, no dia 28 de Setembro. O evento contoucom mais de 1500 participantes.

É também de referir a “I Regata de Barcos Solares” realizada nos Jardins do Visionarium, em colaboração com a ANCORENSIS –Cooperativa de Ensino, na qual participaram 30 equipas, oriundas de 20 estabelecimentos de ensino. Esta iniciativa foi alvo de umdirecto para o programa “Bom dia Portugal” na RTP 1.

As Energias Renováveis foram o mote para um conjunto de acções de formação e debates, de entre as quais se salienta o 3ºSeminário da RENAE, que teve lugar nos dias 15 e 16 de Maio e trouxe a este espaço representantes das agências de energia nacio-nais e autarcas de Entre Douro e Vouga.

O Visionarium acolheu também os 600 alunos finalistas do concurso “Entre Palavras” promovido pelo Jornal de Notícias e que decor-reu no Europarque, no dia 6 de Junho. É também de destacar uma iniciativa singular, decorrida a 3 de Março, que combinou umapalestra e sessão de observação de um eclipse total da Lua com uma tertúlia de poesia alusiva à temática lunar.

Em colaboração com o pelouro da Educação da Câmara Municipal da Feira, pelo terceiro ano consecutivo, todas as escolas do 1.º ciclo(3.º ano) do concelho visitaram o Visionarium e participaram num programa educativo seleccionado para esta faixa etária. Ainda emmatéria de parcerias, foi renovada a parceria com a Yorn/Vodafone, um apoio que assinalou o seu 4.° ano consecutivo.

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Da panóplia de actividades do Clube Visionarium, o Programa de Turismo Científico, nomeadamente as saídas de campo direcciona-das para o público escolar, voltaram a evidenciar-se, perfazendo um total de 800 participantes, entre professores e alunos. As “Noitesno Museu”, na nova versão “Uma noite no Laboratorium”, repetiram o sucesso alcançado em anos anteriores, quer em termos departicipantes quer no que se refere à cobertura da comunicação social, com mais de trinta notícias em diferentes órgãos. As OficinasCientíficas tiveram também uma surpreendente adesão. No período de férias escolares da Páscoa, Verão e Natal, as oficinas ocupa-ram o tempo livre de cerca de 1000 crianças com actividades de cariz científico-experimental. As Festas de Aniversário Temáticasconseguiram atrair cerca de 500 participantes e as Festas de Natal para empresas 250 participantes, que aderiram a um programade actividades que combinou a típica animação natalícia com as temáticas mais afectas à ciência experimental.

No capítulo das acções de divulgação destaca-se, a participação em mais uma edição da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa e as acçõesnos centros comerciais Dolce Vita do Porto, Vila Real e Coimbra, com actividades experimentais, orientadas para o publico familiar, deJunho a Agosto. Deu-se também sequência à colaboração com o portal de divulgação científica “CiênciaHoje”, através da elaboraçãode diversos artigos pelos professores do Colégio de Monitores.

A participação na conferência do ECSITE, principal associação de museus e centros de ciência da Europa, foi outro dos pontos a des-tacar. A iniciativa decorreu em Lisboa, entre 31 de Maio e 2 de Junho. O Visionarium teve uma participação activa no painel “Os pro-motores da ciência e os media, uma relação crescente”, onde foi apresentada a Enciclopédia Multimédia da Ciência, obra editadapelo Visionarium.

“Libélulas e Libelinhas” foi o título da exposição fotográfica que esteve patente, entre 10 de Novembro e o final do mês de Dezembro,na Sala de Exposições Temporárias. Tratou-se de uma mostra que integrava mais de setenta fotos de múltiplas espécies destes insec-tos, que têm os Jardins do Visionarium e do Europarque como habitat. Em regime de itinerância esteve a exposição “IndústriaFarmacêutica – Mãos que partilham Vida”, que pôde ser vista no Centro de Ciência Viva de Porto Moniz, na ilha da Madeira, até finaldo mês de Junho.

No âmbito do apoio científico, foi lançado um projecto pedagógico e experimental que visa sensibilizar as escolas do concelho deSanta Maria da Feira para as potencialidades do biodiesel. Trata-se de um projecto-piloto exemplificativo da futura colaboração quese pretende que o Laboratorium venha a ter no campo da cooperação pedagógica com projectos de área-escola.

Por último, é de referir o acompanhamento e supervisão pelo Colégio de Monitores de trabalhos de investigação académica de trêsmestrandos de diferentes instituições de ensino, na área dos Bio-combustíveis (Faculdade de Ciências da UP), da microbiologia(Universidade Católica) e da geologia (Universiadade de Aveiro).

Em termos financeiros, e dados os condicionalismos impostos pelo aumento do número de equipamentos concorrentes, as dificulda-des orçamentais dos principais clientes – as escolas – e o relativo envelhecimento dos conteúdos, o exercício saldou-se ligeiramenteinferior ao do ano 2006, o que se traduziu, também, no agravamento do valor negativo dos resultados líquidos.

O Conselho de Administração chama a atenção dos Accionistas para o facto de o Visionarium continuar numa situação abrangida peloart. 35.° do Código das Sociedades, com capitais próprios negativos, e solicita que sejam tomadas as medidas necessárias a obviara este problema.

O Conselho propõe que os Resultados Líquidos, no montante de -223.098,37 euros (menos duzentos e vinte e três mil e noventa eoito euros e trinta e sete cêntimos), sejam levados à conta de Resultados Transitados.

Santa Maria da Feira, 17 de Março de 2008

O Conselho de Administração

RELATÓRIO E CONTAS 2007

0303 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS

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0303 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E ANEXOS

03.1 CONTAS

Visionarium – Centro de Ciência, S.A.Balanços em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Valores em euros

Dez. 06Dez. 07

Activo BrutoActivo

Imobilizações IncorpóreasDespesas de Instalação 949.584,69 949.063,64 521,05 2.071,75

949.584,69 949.063,64 521,05 2.071,75Imobilizações CorpóreasEquipamento Básico 30.110,05 11.407,71 18.702,34 10.754,59Ferramentas e Utensílios 706,61 386,42 320,19 364,35Equipamento Administrativo 13.896,92 7.072,76 6.824,16 7.750,19Outras Imobilizações Corpóreas 10.301,56 4.353,29 5.948,27 6.670,46Imobilizações em Curso 15.000,00 15.000,00

70.015,14 23.220,18 46.794,96 25.539,59CirculanteDívidas de Terceiros – Curto PrazoClientes c/c 711.503,65 4.699,88 706.803,77 1.186.831,24Estado e Outros Entes Públicos 203.608,28 203.608,28 174.511,38Outros Devedores 333.984,05 333.984,05 289.662,67

1.249.095,98 4.699,88 1.244.396,10 1.651.005,29Depósitos Bancários e CaixaDepósitos Bancários 12.631,12 12.631,12 4.107,44Caixa 624,62 624,62 615,56

13.255,74 0,00 13.255,74 4.723,00Acréscimos e DiferimentosAcréscimos de Proveitos 240.796,30 240.796,30Custos Diferidos 226.265,89 226.265,89 43.331,79

467.062,19 0,00 467.062,19 43.331,79Total de Amortizações 972.283,82Total de Ajustamentos 4.699,88Total do Activo 2.749.013,74 976.983,70 1.772.030,04 1.726.671,42

Amortiz. e Ajust. Activo Líquido Activo Líquido

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RELATÓRIO E CONTAS 2007

Visionarium – Centro de Ciência, S.A.Balanços em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Valores em euros

Dez. 06Capital Próprio e Passivo

Capital PróprioCapital Social 250.000,00 250.000,00ReservasResultados Transitados -4.355.526,09 -4.164.066,37

-4.105.526,09 -3.914.066,37Resultado Líquido do Exercício -223.098,27 -191.459,72Total do Capital Próprio -4.328.624,36 -4.105.526,09

PassivoDívidas a Terceiros – Curto Prazo Empréstimos Bancários 320.967,01 393.488,08Fornecedores c/c 4.941.264,88 4.704.810,63Fornecedores Imobilizado c/c 2.258,56 2.258,56Estado e Outros Entes Públicos 17.983,02 4.980,57Outros Credores 658.319,70 543.049,24

5.940.793,17 5.648.587,08Acréscimos e Diferimentos Acréscimos de Custos 56.722,99 67.867,29Proveitos Diferidos 103.138,24 115.743,14

159.861,23 183.610,43

Total do Passivo 6.100.654,40 5.832.197,51

Total do Capital Próprio e Passivo 1.772.030,04 1.726.671,42

Dez. 07

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CUSTOS E PERDASFornecimentos e Serviços Externos 892.096,07 918.513,49Custos c/ Pessoal:Remunerações 135.463,47 153.205,99Encargos SociaisOutros 30.940,05 166.403,52 36.743,72 189.949,71

Amortizações do Imobilizado Corpóreo e Incorp. 5.258,09 13.080,31Provisões 5.258,09 13.080,31

Impostos 3.382,63 3.233,00Outros Custos e Perdas Operacionais 33.303,79 36.686,42 20.135,09 23.368,09(A) 1.100.444,10 1.144.911,60

Juros e Custos Similares:Outros 26.024,37 26.024,37 22.452,61 22.452,61(C) 1.126.468,47 1.167.364,21

Custos e Perdas Extraordinárias 19.030,71 5.545,43(E) 1.145.499,18 1.172.909,64

(G) 1.145.499,18 1.172.909,64

Resultado Líquido do Exercício -223.098,27 -191.459,72922.400,91 981.449,92

PROVEITOS E GANHOSPrestação de serviços 343.964,48 343.964,48 364.629,58 364.629,58Proveitos Suplementares 127,79Subsídios à Exploração 572.750,47 595.081,87Reversões de Ajustamentos 572.878,26 2.421,12 597.502,99(B) 916.842,74 962.132,57

Rend. Títulos Neg. e Outras Apli. FinanceirasOutros Juros e Proveitos Similares: (D) 916.842,74 962.132,57

Proveitos e Ganhos Extraordinários 5.558,17 19.317,35(F) 922.400,91 981.449,92

RESUMOResultados Operacionais: (B) - (A) = -183.601,36 -182.779,03Resultados Financeiros: (D-B) - (C-A) = -26.024,37 -22.452,61Resultados Correntes: (D) - (C) = -209.625,73 -205.231,64Resultados Antes de Impostos: (F) - (E) = -223.098,27 -191.459,72Resultado Líquido Exercício: (F) - (G) = -223.098,27 -191.459,72

Dez. 07 Dez. 06

Visionarium – Centro de Ciência, S.A.Demonstrações de Resultados por Naturezas para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Valores em euros

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RELATÓRIO E CONTAS 2007

Visionarium – Centro de Ciência, S.A.Demonstrações de Resultados por Funções para os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Valores em euros

Exercício 06Exercício 07

Vendas e prestações de serviços 343.964,38 364.629,58Custo das vendas e das prestações de serviços -1.063.757,58 -1.121.543,51Resultados brutos -719.793,20 -756.913,93

Outros proveitos e ganhos operacionais 578.436,43 616.820,34Outros custos e perdas operacionais -55.717,13 -28.913,52Resultados operacionais -197.073,90 -169.007,11

Custo líquido de financiamento -26.024,37 -22.452,61Resultados correntes -223.098,27 -191.459,72

Resultados correntes após impostos -223.098,27 -191.459,72Resultados líquidos -223.098,27 -191.459,72Resultado líquido por acção -4,46 -3,83

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Visionarium – Centro de Ciência, S.A.Demonstrações dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Valores em euros

Dez. 06Dez. 07

ACTIVIDADES OPERACIONAISRecebimento de clientes 692.303,47 1.128.420,88Pagamentos a fornecedores -1.033.017,63 -1.318.889,79Pagamentos ao pessoal -172.713,97 -173.694,26Fluxo gerado pelas operações -513.428,13 -364.163,17

Outros pagam. receb. relativos à activ. operacional:IVA 151.150,42 119.452,59IRC -2.228,96Outros -69.877,72 -70.261,23

79.043,74 49.191,36Outros recebimentos relativos à activ. operacional:Subsídios à exploração 488.704,17 247.704,79Receitas FinanceirasOutros 249,38

488.953,55 247.704,79Fluxos das actividades operacionais 54.569,16 -67.267,02

ACTIVIDADES DE INVESTIMENTORecebimentos provenientes de:Subsídios ao investimento

Pagamentos respeitantes a:Investimentos financeirosImobilizado corpóreo -13.535,98Imobilizado incorpóreo

Fluxos das actividades de investimento -13.535,98

ACTIVIDADES DE FINANCIAMENTORecebimentos provenientes de:Empréstimos obtidosCapital SocialEmpréstimos concedidos 851.000,00 412.700,00Contas Caucionadas

851.000,00 412.700,00Pagamentos respeitantes a:Empréstimos obtidosEmpréstimos concedidos -789.380,72 -488.000,00Contas caucionadasAmortização de contratos locação financeiraJuros -21.578,65 -17.526,47

-810.959,37 -505.526,47

Fluxos das actividades de financiamento 40.040,63 -92.826,47

Variação de caixa e seus equivalentes 81.073,81 -160.093,49

Caixa e seus equivalentes no início do período -388.765,08 -228.671,59

Caixa e seus equivalentes no fim do período -307.691,27 -388.765,08

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A decomposição de caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 e a reconciliação entre o seu valor e o montan-te de disponibilidades constantes do balanço naquelas datas são como se segue:

RELATÓRIO E CONTAS 2007

Visionarium – Centro de Ciência, S.A.Anexo às Demonstrações dos Fluxos de Caixa em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 Valores em euros

Dez. 06Dez. 07

Numerário 624,62 615,56Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis 12.631,12 4.107,44Equivalentes a caixa:Descobertos bancários -320.967,01 -393.488,08Caixa e seus equivalentes -307.691,27 -388.765,08Outras disponibilidades:Depósitos a prazoDisponibilidades constantes do balanço -307.691,27 -388.765,08

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03.2 NOTAS AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2007

NOTA INTRODUTÓRIA

A Ludoparque – Animação e Lazer, S.A. foi constituída por escritura pública em 22 de Janeiro de 1998. Em 18 de Junho de 2004, pro-cedeu-se à alteração do pacto social para Visionarium – Centro de Ciência, S.A. (“Empresa”), visando a mudança de designação. Oseu objecto social consiste na gestão e exploração de centros de divulgação, animação e lazer, e consultoria, no âmbito da ciência eda cultura, nomeadamente no domínio das tecnologias e multimédia, multissensorial, multidimensional e virtual.

As notas e a sua ordem de apresentação obedecem ao definido no Plano Oficial de Contabilidade (POC). As notas que não estão incluí-das neste anexo não são aplicáveis à Empresa ou a sua apresentação não é relevante para a leitura das demonstrações financeiras.

Toda a informação de carácter financeiro, sempre que não haja referência em contrário, está expressa em euros.

3. BASES DE APRESENTAÇÃO E PRINCIPAIS CRITÉRIOS VALORIMÉTRICOS

As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registoscontabilísticos da Empresa, mantidos de acordo com os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Os principais critérios valorimétricos utilizados na preparação das demonstrações financeiras foram os seguintes:

a) Imobilizações Corpóreas e IncorpóreasAs Imobilizações são contabilizadas ao custo de aquisição, acrescido, quando aplicável, dos gastos necessários à respectiva instalação.

b) AmortizaçõesAs amortizações foram calculadas sobre os valores de custo e segundo o método das quotas constantes, de acordo com o períodode vida útil dos bens do activo imobilizado. As amortizações são efectuadas por duodécimos.

c) Especialização dos ExercíciosA Empresa regista as suas receitas e despesas de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual as receitas e des-pesas são reconhecidas à medida que são geradas, independentemente do momento em que são recebidas ou pagas. As diferen-ças entre os montantes recebidos e pagos e as correspondentes receitas e despesas geradas são registadas nas rubricas de acrésci-mos e diferimentos.

d) Ajustamentos para contas a receberOs ajustamentos para cobranças duvidosas foram calculados com base nos riscos estimados de incobrabilidade dos valores a receber.

e) Subsídios à ExploraçãoOs subsídios à exploração, sobre cuja atribuição ao exercício não oferece dúvidas, são incluídos no resultado do período a que res-peitam, independentemente do seu recebimento.

f) Impostos diferidosOs impostos diferidos referem-se às diferenças temporais entre os montantes dos activos e passivos para efeitos de reporte conta-bilístico e os respectivos montantes para efeitos de tributação. Os activos e passivos por impostos diferidos são calculados e anual-mente avaliados utilizando as taxas de tributação aprovadas para os períodos em que se prevê venham a reverter as diferenças tem-porárias subjacentes (dedutíveis ou tributáveis).

Os activos por impostos diferidos são registados unicamente quando existem expectativas razoáveis de lucros fiscais futuros sufi-cientes para os utilizar. Na data de cada balanço é efectuada uma reapreciação das diferenças temporárias subjacentes aos activospor impostos diferidos no sentido de reconhecer activos por impostos diferidos não registados anteriormente por não terem preen-chido as condições para o seu registo e/ou para reduzir o montante dos impostos diferidos activos registados em função da expec-tativa actual da sua recuperação futura.

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Em 31 de Dezembro de 2007, não existem situações geradoras de activos ou passivos por impostos diferidos, com excepção dos acti-vos por impostos diferidos gerados por prejuízos fiscais reportáveis, os quais, por prudência, não foram registados.

6. IMPOSTOS

De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscaisdurante um período de seis anos até 2000 e quatro anos a partir dessa data (dez anos para a Segurança Social até 2000, inclusive,e cinco anos a partir de 2001), excepto quando tenha havido prejuízos fiscais tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejamem curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alongadosou suspensos. Desta forma as declarações fiscais dos exercícios de 2004 a 2007 podem ainda ser sujeitas a revisão.

A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisão/inspecção por parte das autoridades fiscaisàquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2007 e 2006.

7. NÚMERO DE PESSOAS AO SERVIÇO

A Empresa, à data de 31 de Dezembro de 2007, tinha o Presidente do Conselho de Administração e 6 colaboradores.

As restantes pessoas que operam nesta unidade são trabalhadores da AEP – Associação Empresarial de Portugal.

8. IMOBILIZAÇÕES INCORPÓREAS

Todas as despesas incorridas desde o arranque da Empresa até ao momento da inauguração do Centro de Ciência, que ocorreu a 28 deSetembro de 1998, foram contabilizadas em despesas de instalação, assim como as campanhas publicitárias de divulgação do Centro.

10. ACTIVO IMOBILIZADO

Imobilizado BrutoOs movimentos ocorridos durante o exercício de 2007 nas rubricas do Activo Imobilizado constantes do Balanço e das respectivasAmortizações e Ajustamentos acumulados são como se segue:

RELATÓRIO E CONTAS 2007

Imobilizado BrutoSaldo em 07.01.01

AumentosTransferências

e AbatesSaldo em 07.12.31

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 949.584,69 949.584,69

949.584,69 949.584,69Imobilizações corpóreas

Equipamento Básico 20.147,29 9.962,76 30.110,05Equipamento Administrativo 13.896,92 13.896,92

Ferramentas e Utensílios 706,61 706,61Outras Imobiliz. Corpóreas 10.301,56 10.301,56

Imobilizações em Curso 15.000,00 15.000,0045.052,38 24.962,76 70.015,14

06.12.3107.12.31

Despesas de Instalação 949.584,69 949.584,69

18

16. CONSOLIDAÇÃO DE CONTAS

O VISIONARIUM – Centro de Ciência, S.A. é incluído na consolidação de contas da AEP – Associação Empresarial de Portugal, com sedena Avenida da Boavista, n.º 2671, na cidade do Porto.

21. AJUSTAMENTOS AOS VALORES DOS ACTIVOS CIRCULANTES

Durante o exercício em 31 de Dezembro de 2007, ocorreram os seguintes movimentos nas rubricas de ajustamentos ao activo cir-culante.

23. DÍVIDAS DE COBRANÇA DUVIDOSA

O montante de clientes de cobrança duvidosa é de 4.699,88 euros, para o qual foram constituídos ajustamentos do mesmo montan-te.

36. COMPOSIÇÃO DO CAPITAL SOCIAL

O capital social está representado por 50.000 acções de 5,00 euros cada, totalmente subscrito e realizado.

37. IDENTIFICAÇÃO DE PESSOAS COLECTIVAS COM MAIS DE 20% DO CAPITAL

As pessoas colectivas com mais de 20% do Capital subscrito em 31 de Dezembro de 2007 são como se segue:

Amortizações e Ajustamentos AcumuladosSaldo em 07.01.01

AumentosRegularizações

e AbatesSaldo em 07.12.31

Imobilizações incorpóreasDespesas de instalação 947.512,94 1.550,70 949.063,64

947.512,94 1.550,70 949.063,64Imobilizações corpóreas

Equipamento Básico 9.392,70 2.015,01 11.407,71Ferramentas e Utensílios 342,26 44,16 386,42

Equipamento Administrativo 6.146,73 926,03 7.072,76Outras Imobiliz. corpóreas 3.631,10 722,19 4.353,29

19.512,79 3.707,39 23.220,18

Clientes c/c 4.699,88 4.699,88

Saldo Inicial Aumentos ReversõesUtilizações Saldo Final

Euros %

Gestioserv – Gestão e Serviços, Unipessoal, Lda. 250.000 100

19

40. MOVIMENTOS OCORRIDOS EM RUBRICAS DOS CAPITAIS PRÓPRIOS

Os movimentos ocorridos nas rubricas de capitais próprios durante o exercício de 2007 foram como se segue:

Nos termos do artigo 35.º do Código das Sociedades Comerciais, os membros do Conselho de Administração, na Assembleia Geral deaprovação de contas, vão tomar as medidas julgadas convenientes para recuperar a perda de metade do capital social.

43. REMUNERAÇÃO DOS MEMBROS DOS ÓRGÃOS SOCIAIS

A remuneração atribuída ao Conselho de Administração foi de 55.024,20 euros.

44. PRESTAÇÕES DE SERVIÇOS

Os proveitos do Visionarium – Centro de Ciência, S.A. são, na sua maioria, obtidos com as visitas à exposição do Centro de Ciência.

45. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS FINANCEIROS

Os resultados financeiros em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 têm a seguinte composição:

46. DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS EXTRAORDINÁRIOS

Os resultados extraordinários em 31 de Dezembro de 2007 e 2006 têm a seguinte composição:

RELATÓRIO E CONTAS 2007

ContasSaldoInicial

Aplicação doResult. 2006

Resultadode 2007

SaldoFinal

Capital Social 250.000,00 250.000,00Resultados Transitados -4.164.066,37 -191.459,37 -4.355.526,09

Resultado Líquido -191.459,72 191.459,37 -223.098,27 -223.098,27-4.105.526,09 -223.098,27 -4.328.624,36

Custos e Perdas 2007 2006 Proveitos e Ganhos 2007 2006

Juros suportados 21.297,23 18.042,63 Outros Proveitos e Ganhos Fin.Descontos p/p concedidos 2.887,73 2.149,06

Outros custos e perdas financ. 1.839,41 2.260,92Resultados financeiros -26.024,37 -22.452,61

Custos e Perdas 2007 2006 Proveitos e Ganhos 2007 2006

Correcções exercícios anteriores 19.030,71 5.545,43 Correcções exercícios anteriores 5.558,17 19.317,35Resultados Extraordinários -13.472,54 13.771,92

5.558,17 19.317,35 5.558,17 19.317,35

2020

48. OUTRAS INFORMAÇÕES

48.1. Fornecedores C/CEsta rubrica tem a seguinte composição:

48.2. Estado e Outros Entes PúblicosO saldo devedor desta rubrica é devido ao facto de a principal prestação de serviços efectuada pela Empresa ser tributada à taxamínima de IVA (5%), e os seus custos estarem sujeitos a 21%, correspondendo desta forma a IVA a receber.

48.3. ClientesEsta rubrica tem a seguinte composição:

48.4. Outros CredoresEsta rubrica tem a seguinte composição:

48.5. Acréscimos e Diferimentos

48.5.1. Acréscimo de ProveitosEm 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica era composta por valores a receber do:

48.5.2. Custos DiferidosEm 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica inclui 30.981,97 euros relativos a produtos adquiridos para venda nos balcões do Centrode Ciência, e 195.283,92 relativos ao projecto Laboratorium que irá ser inaugurado e entregue a candidatura em 2008.

06.12.3107.12.31

Europarque – Centro Económico e Cultural 65.134,03 65.134,03Planiserv – Soc. de Planeamento e Serviços Técnicos, S.A. 437.913,45 437.913,45

AEP – Associação Empresarial de Portugal 214.166,35 214.166,35SPEC – Sociedade Portuguesa de Exposições e Congressos, S.A. 17.817,80 17.817,80

Cogitus – Sociedade de Animação Turística e Científica, S.A. 3.765.841,63 3.765.841,63Associação para a Feira Internacional do Porto 5.054,11 5.054,11

Associação dos Parques de Exposição do Norte – Exponor 118.901,91 118.901,91Outros 316.435,60 186.981,35

4.941.264,88 4.704.810,63

06.12.3107.12.31

Associação para a Feira Internacional do Porto 1.718,00 1.718,00Europarque – Centro Económico e Cultural 159.334,13 367.894,48AEP – Associação Empresarial de Portugal 5.285,63 5.285,63

Outros 545.165,89 816.633,16711.503,65 1.191.531,12

06.12.3107.12.31

AEP – Associação Empresarial de Portugal 15.575,41SPEC – Sociedade Portuguesa de Exposições e Congressos, S.A. 152.419,79 152.419,79

Europarque – Centro Económico e Cultural 505.000,00 364.380,72Outros 899,91 4.418,63

658.319,70 536.794,55

Ministério da Educação 150.000,00Ministério da Ciência 86.420,83

Projecto Noite dos Investigadores 4.375,47

21

48.5.3. Acréscimo de CustosEsta rubrica tem a seguinte composição:

48.5.4. Proveitos DiferidosO montante desta rubrica, 103.138,24, diz respeito às enciclopédias oferecidas pelo Jornal de Notícias ao Visionarium, sendo a contamovimentada mediante a sua oferta às escolas.

48.6. Fornecimentos e Serviços ExternosEsta rubrica tem a seguinte composição:

Em 26 de Janeiro de 1998, a Empresa celebrou contratos de prestação de serviços com as seguintes entidades:

No âmbito destes e de outros contratos, os custos suportados com empresas do grupo foram como se segue:

RELATÓRIO E CONTAS 2007

06.12.3107.12.31

Subcontratos 15.031,26 15.010,88Electricidade 33.099,08 31.600,00Combustíveis 3.899,14 3.852,41

Rendas e Alugueres 625.941,96 626.537,36Comunicação 4.784,18 10.981,41

Deslocações e Estadas 12.531,47 14.145,23Conservação e Reparação 64.207,24 16.085,69

Limpeza, Higiene e Conforto 15.521,77Segurança e Vigilância 42.665,52 35.520,00

Trabalhos Especializados 25.817,66 132.637,20Outros Fornecimentos e Serviços 48.596,79 32.143,02

892.096,07 918.513,49

Empresa 2007

Cogitus – Sociedade de Animação Turística e Científica, S.A. 625.791,96AEP – Associação Empresarial de Portugal 158.898,86Europarque – Centro Económico e Cultural 34.506,95

Associação para a Feira Internacional do Porto 779,25Associação dos Parques de Exposição do Norte – Exponor 89.132,48

06.12.3107.12.31

AEP – Associação Empresarial de Portugal 26.063,16 19.348,76Associação para a Feira Internacional do Porto 749,85

Outros 29.909,98 48.518,5356.722,99 67.867,29

AEP – Associação Empresarial de Portugal Utilização de nome e imagem, correspondendo a 3% da respectiva facturaçãoPrestação de serviços nas áreas de:

– apoio informático– apoio contabilístico, administrativo e financeiro– apoio jurídico e de contencioso– apoio na área económica e documentação– comunicação, imagem e relações públicas– prestação de serviços profissionais de recursos humanos

Cogitus – Sociedade de Animação Turística e Científica, S.A. Contrato de concessão de exploração e permuta de serviçosPermuta de Serviços

Associação dos Parques de Exposição do Norte – Exponor Contrato de prestação de serviços de manutenção e apoio técnico

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Conforme nota explicativa (48.5.2), alguns destes custos facturados ao Visionarium dizem respeito ao projecto Laboratorium e por issosão diferidos para 2008, ano da concretização do referido projecto.

48.7. Subsídios à ExploraçãoNo decorrer dos anos 2007 e 2006, foram obtidos subsídios à exploração das seguintes entidades:

48.8. Outros DevedoresEm 31 de Dezembro de 2007, esta rubrica incluía 103.138,24 euros relativos a livros recebidos pela Empresa para posterior doação,os quais foram registados por contrapartida da rubrica “Proveitos diferidos”.

Departamento Financeiro e de Contabilidade Conselho de AdministraçãoServiços de Contabilidade Carlos Guilherme Lopes Soares – PresidenteMaria Cacilda Ferreira Tavares da Silva José João Soares Miranda Coelho – Vogal

António Gil Cabral Ribeiro de Figueiredo – Vogal

06.12.310´7.12.31

Entidades estatais 525.000,00 565.081,87Entidades privadas 47.750,47 30.000,00

572.750,47 595.081,87

23

Introdução

1. Examinámos as demonstrações financeiras anexas do Visionarium – Centro de Ciência, S.A. (“Empresa”), as quais compreendem oBalanço em 31 de Dezembro de 2007, que evidencia um total de 1.772.030 euros e capitais próprios negativos de 4.328.624 euros,incluindo um resultado líquido negativo de 223.098 euros, as Demonstrações de resultados por naturezas e por funções, aDemonstração de fluxos de caixa do exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.

Responsabilidades

2. É da responsabilidade do Conselho de Administração da Empresa a preparação de demonstrações financeiras que apresentem de formaverdadeira e apropriada a posição financeira da Empresa, os resultados das suas operações e os fluxos de caixa, bem como a adopçãode políticas e critérios contabilísticos adequados e a manutenção de um sistema de controlo interno apropriado. A nossa responsabili-dade consiste em expressar uma opinião profissional e independente, baseada no nosso exame daquelas demonstrações financeiras.

Âmbito

3. O exame a que procedemos foi efectuado de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria da Ordem dosRevisores Oficiais de Contas, as quais exigem que este seja planeado e executado com o objectivo de obter um grau de seguran-ça aceitável sobre se as demonstrações financeiras estão isentas de distorções materialmente relevantes. Este exame incluiu a veri-ficação, numa base de amostragem, do suporte das quantias e informações divulgadas nas demonstrações financeiras e a avalia-ção das estimativas, baseadas em juízos e critérios definidos pelo Conselho de Administração, utilizadas na sua preparação. Esteexame incluiu, igualmente, a apreciação sobre se são adequadas as políticas contabilísticas adoptadas e a sua divulgação, tendoem conta as circunstâncias, a verificação da aplicabilidade do princípio da continuidade das operações e a apreciação sobre se éadequada, em termos globais, a apresentação das demonstrações financeiras. O nosso exame abrangeu também a verificação daconcordância da informação financeira constante do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras. Entendemos que oexame efectuado proporciona uma base aceitável para a expressão da nossa opinião.

Opinião

4. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras referidas no parágrafo 1 acima apresentam de forma verdadeira e apropriada, emtodos os aspectos materialmente relevantes, a posição financeira do Visionarium – Centro de Ciência, S.A. em 31 de Dezembro de2007, bem como os resultados das suas operações e os seus fluxos de caixa no exercício findo naquela data, em conformidadecom os princípios contabilísticos geralmente aceites em Portugal.

Ênfase

5. As demonstrações financeiras mencionadas no parágrafo 1 acima foram preparadas no pressuposto da continuidade das operaçõesda Empresa, apesar de os capitais próprios em 31 de Dezembro de 2007 serem negativos e de valor expressivo, situação que deter-mina a aplicação das disposições previstas no nº 1 do artigo 35º do Código das Sociedades Comerciais. Conforme mencionado noRelatório de Gestão, o Conselho de Administração da Empresa chama a atenção dos accionistas para que estes tomem as medi-das necessárias para resolver esta questão, por forma a dar cumprimento à legislação em vigor. Acresce referir que, em 31 deDezembro de 2007, parte significativa das contas a receber e a pagar a curto prazo da Empresa, reflectidas no Balanço naqueladata, foram geradas com empresas directa ou indirectamente relacionadas com o Grupo AEP onde se insere (Notas 48.1, 48.3 e48.4). Desta forma, a continuidade das operações da Empresa, a realização dos seus activos e a liquidação dos seus passivos, pelosmontantes e prazos evidenciados no balanço anexo, dependem da manutenção do suporte financeiro do seu accionista e institui-ções financeiras e das medidas de reestruturação que o Grupo AEP vier a tomar relativamente à gestão do Centro Visionarium.

Porto, 17 de Março de 2008

Deloitte & Associados, SROC, S.A. representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

04 CERTIFICAÇÃO LEGAL DAS CONTAS

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Ao Conselho de Administração do Visionarium – Centro de Ciência, S.A.

Exmos. Senhores,

1. O presente relatório é emitido nos termos da alínea a) do n.º 1 do artigo 52.º do Decreto-Lei n.º 487/99, de 16 de Novembro.

2. Procedemos à revisão legal das contas do Visionarium – Centro de Ciência, S.A. (“Empresa”) relativas ao exercício findo em 31 deDezembro de 2007, de acordo com as Normas Técnicas e as Directrizes de Revisão/Auditoria aprovadas pela Ordem dos RevisoresOficiais de Contas e com a extensão considerada necessária nas circunstâncias. Em consequência do exame efectuado, emitimosnesta data a respectiva Certificação Legal das Contas, que inclui no seu parágrafo 5 uma ênfase.

3. O nosso trabalho incluiu, entre outros aspectos, o seguinte:

(1) Acompanhamento da gestão e actividade da Empresa, através da participação em reuniões, da leitura das actas relevantes eda obtenção de informações dos seus responsáveis, tendo solicitado os esclarecimentos que considerámos necessários.

(2) Apreciação da adequação e consistência das políticas contabilísticas adoptadas pela Empresa e que se encontram divulgadasno anexo às demonstrações financeiras.

(3) Verificação da conformidade das demonstrações financeiras, que compreendem o balanço, as demonstrações dos resultadospor naturezas e por funções, a demonstração de fluxos de caixa e os respectivos anexos, com as normas de contabilidade geral-mente aceites em Portugal.

(4) Verificação da conformidade das demonstrações financeiras com os registos contabilísticos que lhes servem de suporte.

(5) Análise do sistema de controlo interno, com vista à determinação do âmbito e extensão dos procedimentos de revi-são/auditoria, tendo sido efectuados os testes de controlo considerados apropriados.

(6) Realização de testes de validação de saldos, transacções e outras informações com a extensão e profundidade que considerá-mos adequadas em função da materialidade dos valores envolvidos, dos quais destacamos:

a) Verificação das adições do exercício dos principais elementos do imobilizado corpóreo, confirmação directa da titularidadede bens sujeitos a registo e dos eventuais ónus ou encargos incidentes sobre tais bens.

b) Confirmação directa e por escrito, junto de terceiros (bancos, clientes, fornecedores e outros), dos saldos de contas, res pon -sabilida des e garantias prestadas ou obtidas pela Empresa; quando aplicável, análise e teste das reconciliações pre para daspela Empresa e aplicação de procedimentos alternativos nos casos de ausência de resposta de terceiros;

c) Análise e teste das reconciliações bancárias preparadas pela Empresa;

d) Solicitação directa e por escrito, a advogados e outras entidades, de informações sobre processos de cobrança coerciva, lití -gios ou acções judiciais pendentes, reclamações e impugnações fiscais, bem como honorários em dívida;

e) Análise das situações que justificam o registo de ajustamentos para redução de activos e o reconhecimento de provisõespara passivos e/ou responsabilidades contingentes;

f) Análise da situação fiscal e parafiscal e da adequada contabilização dos impostos e taxas aplicáveis;

g) Análise e teste dos vários elementos de custos, proveitos, perdas e ganhos registados no exercício, com particular atençãoà sua classificação na demonstração dos resultados e à sua especialização entre exercícios;

h) Análise das operações, transacções e saldos com as entidades relacionadas;

05 RELATÓRIO ANUAL SOBRE A FISCALIZAÇÃO EFECTUADA

25

RELATÓRIO E CONTAS 2007

i) Apreciação da política de seguros seguida pela Empresa, incluindo a actualização dos capitais seguros nos ramos aplicáveis;

j) Obtenção da declaração de responsabilidade do Conselho de Administração.

(7) Apreciámos a conformidade do Relatório de Gestão com as demonstrações financeiras do exercício, o qual satisfaz os requisi-tos legais e estatutários aplicáveis.

4. Em consequência do exame efectuado e respectivas conclusões incluídas na nossa Certificação Legal das Contas, não se detecta-ram outros assuntos que pudessem afectar significativamente a situação financeira da Empresa e não devidamente descritos ouevidenciados nos documentos de prestação de contas.

Porto, 17 de Março de 2008

Deloitte & Associados, SROC, S.A. representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

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Aos Accionistas doVisionarium – Centro de Ciência, S.A.

Em conformidade com a legislação em vigor e com o mandato que nos foi conferido, vimos submeter à Vossa apreciação o nossoRelatório e Parecer, que abrange a actividade por nós desenvolvida e os documentos de prestação de contas da Visionarium – Centrode Ciência, S.A. (“Empresa”) relativos ao exercício findo em 31 de Dezembro de 2007, os quais são da responsabilidade daAdministração.

Acompanhámos, com a periodicidade e a extensão que considerámos adequada, a evolução da actividade da Empresa, a regulari-dade dos seus registos contabilísticos e o cumprimento do normativo legal e estatutário em vigor, tendo recebido do Conselho deAdministração e dos diversos serviços da Empresa as informações e os esclarecimentos solicitados.

No âmbito das nossas funções, examinámos o Balanço em 31 de Dezembro de 2007, as Demonstrações dos resultados por nature-zas e por funções, a Demonstração de fluxos de caixa para o exercício findo naquela data e os correspondentes Anexos.Adicionalmente, procedemos a uma análise do Relatório de Gestão do exercício de 2007 preparado pelo Conselho de Administração.Como consequência do trabalho de revisão legal efectuado, emitimos nesta data a Certificação Legal das Contas, que inclui no seuparágrafo 5 uma ênfase, bem como o Relatório Anual sobre a Fiscalização Efectuada.

Face ao exposto, somos de opinião que, apesar do descrito no parágrafo 5 da Certificação Legal das Contas, as demonstrações finan-ceiras supra referidas e o Relatório de Gestão estão de acordo com as disposições contabilísticas, legais e estatutárias aplicáveis, peloque poderão ser aprovados em Assembleia Geral de Accionistas.

Desejamos ainda manifestar ao Conselho de Administração e aos serviços da Empresa o nosso apreço pela colaboração prestada.

Porto, 17 de Março de 2008

Deloitte & Associados, SROC, S.A. representada por Jorge Manuel Araújo de Beja Neves

06 RELATÓRIO E PARECER DO FISCAL ÚNICO

VISIONARIUM – CENTRO DE CIÊNCIA, S.A.

RELATÓRIO E CONTAS 2007