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Maya Bank s KGI 5 .5 Maya Banks Suavemente ao Nascer do Sol KGI 5.5 Rachel Kelly percorreu um caminho longo e duro em sua jornada de volta para seu marido, Ethan, e a família Kelly. Agora, enquanto ela e Ethan estão prestes a se mudar para a nova casa, segura atrás das paredes do complexo Kelly, Rachel se pergunta se vai finalmente ficar livre dos fantasmas que a assombraram por tanto tempo e se poderá estar ao sol, depois de um passado mergulhado na escuridão. Traduzido e Revisado do Inglês Envio do arquivo e Formatação: Δίκη Revisão Inicial: Kimie Revisão Final: Val Imagem: Élica Talionis ** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 1

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Maya Banks KGI 5.5 

                                         

Maya Banks Suavemente ao Nascer do Sol

KGI 5.5  

Rachel Kelly percorreu um caminho longo e duro em sua jornada  de volta para seu marido, Ethan, e a família Kelly.  

Agora, enquanto ela e Ethan estão prestes a se mudar para a nova casa,   segura atrás das paredes do complexo Kelly,  

Rachel se pergunta se vai finalmente ficar livre dos fantasmas que a assombraram por tanto tempo  e se poderá estar ao sol, depois de um passado mergulhado na escuridão.  

 

Traduzido e Revisado do Inglês  Envio do arquivo e Formatação: Δίκη Revisão Inicial: Kimie  

Revisão Final: Val  Imagem: Élica 

Talionis 

   

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 1

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Maya Banks KGI 5.5 

 Comentário da revisora Kimie: Continuação da história do Ethan e da Rachel, onde os dois 

estão de mudança para a casa nova dentro do Complexo KGI, e estão unidos e com novidades... A família Kelly continua próxima e sempre presente. Tudo parece bem morno e tranquilo, até que o inesperado acontece e a KGI entra em ação. E claro, pincelados sobre o próximo livro da série, com PJ e Cole...  

 Comentário da revisora Val: A Maya foi muito feliz ao escrever essa estória. Foi com Ethan e 

Rachel que tudo começou e apesar de terem tido um final feliz, sabíamos que a Rachel tinha muito que superar. É um livro mais curto, mas não faltou nada. Contou o que queríamos saber, me emocionou e de quebra revemos toda a família Kelly fazendo o que sabem melhor, cuidando e protegendo os seus. 

O Ethan se transformou no homem dos sonhos. Ele é tão apaixonado, tão cuidadoso com a Rachel. Depois de terem se perdido por um ano, ambos vivem cada momento como se fosse o último, valorizando seu amor como um bem muito precioso. Ethan se sente tão feliz e tão abençoado por ter sua mulher de volta que acha que não merece tanta felicidade e teme que a qualquer momento algo acontecerá e tudo que ele ama será tomado.  

Rachel é uma mulher admirável, sob a aparência frágil existe uma lutadora, uma mulher amada profundamente por toda a família Kelly e apaixonadamente por seu marido. É tão lindo ver o cuidado dos irmãos com ela, a preocupação e o amor. 

A Maya escreve sobre família como ninguém e conseguiu deixar o final tão lindo, tão típico da Família Kelly que dá vontade de chorar. 

Toda a família está presente e já se passaram dois anos desde que Rachel foi resgatada e Rusty já se transformou em uma jovem e linda mulher. Ela aparece mais madura e muito mais entrosada com a família. E eu senti que seu amor provavelmente será o Sean. 

Eu amo essa série, e apesar de já estarmos quase no sexto livro, sinto que poderia revisar mais 10 sem me cansar. 

Espero que todos gostem e se emocionem como eu ao ler essa continuação da primeira estória de amor da Família Kelly.  

 Nota aos leitores   Suavemente ao nascer do sol tem lugar em um espaço de tempo que ocorre em Tons de cinza 

(KGI livro 6, que será lançado em janeiro de 2013). A leitura deste romance de maneira nenhuma estragará Tons de cinza, embora existam algumas breves menções de eventos que ocorrem no próximo livro.  

 Com amor a todos os leitores que leram e adoraram Darkest Hour e queriam saber mais sobre 

Ethan e Rachel e como eles estavam progredindo. Este livro é para vocês.           

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Maya Banks KGI 5.5 

    Capítulo 1    Rachel Kelly olhou para seu reflexo e, em seguida, deu um suspiro antes de soltar seu cabelo do 

coque frouxo que tinha feito. Escovou os longos fios e deixou os‐  cair sobre os ombros. Ela estava cismando muito com isto, e se não conseguisse fazê lo,‐  Ethan nunca iria deixá la‐  sair 

de casa. Ele já estava preocupado com o fato de que ela estava voltando para o trabalho. Se fizesse do jeito que ele queria, ela permaneceria em casa, no casulo dele e de sua família. 

Ela entendia sua preocupação, e o amava muito por isso. Mas era hora de seguir em frente com sua vida, vida que ela pensou ter acabado. Depois de estar oficialmente morta por um ano inteiro, apenas para ser ressuscitada quando seu marido e o grupo de operações especiais de seus irmãos, a KGI, a salvou da prisão, estava pronta para viver plenamente novamente. 

Pelos últimos dois anos, ela esteve na ponta dos pés ao longo da vida, como se tivesse medo de correr qualquer risco. Cercou se‐  com a família que estava sempre crescendo com novas adições enquanto mais membros da equipe e irmãos se casavam, e contentou se‐  com complacência. 

Não mais!  Nova casa. Novo começo. Ela era jovem e tinha toda a vida à sua frente, mesmo se tivesse 

tomado essa vida por garantida no passado. Nunca faria isso novamente. Todo dia era precioso, e estava grata por cada minuto com o marido e sua família. 

Alisou uma mão sobre a barriga plana, uma onda de nervosismo brotando de dentro. Entusiasmo sobre seus sonhos de futuro. Das possibilidades que poderiam realizar se‐  até mesmo agora. Era difícil manter a calma e dizer a si mesma a improbabilidade de isso acontecer tão rapidamente. 

Ela e Ethan, depois de longa e cuidadosa consideração, decidiram que iriam parar o controle de natalidade alguns meses antes. Não tinham contado para a família... Ainda. Ethan estava relutante, e Rachel tivera que se esforçar para que ele concordasse em tentar. Não porque ele não quisesse um filho, mas porque ele se preocupava com ela. 

Uma vez, aparentemente uma vida atrás, ela esteve grávida e sofrera um aborto enquanto Ethan estava fora com sua equipe SEAL em uma missão. Esse evento foi o catalisador para muitas coisas. Ethan se afastou, renunciando a seu posto na Marinha, porque se sentia culpado por não estar lá quando ela precisou dele. 

A decisão o deixou desesperadamente infeliz, e esticou a relação deles até o ponto de ruptura. Ela sabia que as coisas estavam ruins, mas não sabia o quanto até o momento em que deveria partir em uma missão humanitária com outros professores para a América do Sul. Ethan então a presenteou  

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Maya Banks KGI 5.5 

com os papéis do divórcio, olhou a‐  nos olhos, e disse lhe‐  que estava pronto para acabar com o casamento deles. 

Rachel fechou os olhos, porque mesmo agora, tantos anos depois, isso tinha o poder de destruí‐la. 

E então ela partiu para a América do Sul e não retornou até um ano mais tarde, quando Ethan e seus irmãos vieram até ela. 

Tinha sido uma nova chance, um novo começo, uma oportunidade a mais para fazerem as coisas direito. E eles fizeram. 

Sabia que não havia nenhuma garantia que ela pudesse engravidar depois de tudo que ela suportou e se conseguiu, poderia muito bem fracassar novamente. Poderia demorar meses ou até anos para engravidar, por isso, queria parar com seu controle de natalidade agora. 

Mas o fio de esperança estava lá. Vivo e queimando dentro dela. Só precisava olhar para sua sobrinha, Charlotte, e ficava cheia de desejo feroz de ter seu próprio filho. 

Ethan apareceu na porta e olhou fixamente para ela com aqueles olhos azuis penetrantes. — Tem certeza de que quer fazer isso, querida? Ela sorriu, aquecida por sua preocupação e pelo amor que conseguia ver brilhando em seu 

olhar. — Eu só irei substituir uma professora. Vai ser um bom teste. Se eu suportar bem, então talvez 

pense em voltar em tempo integral no próximo ano se a posição estiver aberta. Sem dizer nada, ele avançou e puxou a‐  para seus braços. Ele estava molhado de suor de sua 

corrida matinal. Levantava se‐  todas as manhãs para o seu regime de treino que fazia por conta própria, mas também treinava com os irmãos nas instalações da KGI. O complexo, para onde ela e Ethan iriam se mudar, em apenas alguns dias. 

Ela inalou seu perfume, o odor de almíscar de suor e do leve toque de sabonete do banho que tomara mais cedo. Abraços eram outra coisa que ela nunca mais tomaria como certas. Durante seu cativeiro, algo tão simples como o toque humano era um desejo que fora tão incapacitante como a tortura que ela sofreu. 

Ele beijou o topo de sua cabeça e apertou a‐  um pouco mais. — Chame me‐  se você tiver quaisquer problemas. Ela sorriu. — Eu ligarei. Prometo. — Seu celular está carregado? Seu sorriso aumentou. Ela estava sempre se esquecendo de carregar a maldita coisa. Ethan 

ficava muito frustrado quando não era capaz de entrar em contato com ela. Os dois ainda lutavam contra seus demônios de diferentes maneiras. O medo dele era de perdê la‐  de novo, e gostava de saber onde ela estava em todos os momentos. Ligava frequentemente e ficava infinitamente preocupado se não conseguia falar com ela.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Isso podia irritar algumas mulheres, mas Rachel entendia sua necessidade de segurança. Ele não a estava controlando. Ele estava morrendo de medo. Havia uma enorme diferença. 

— Está carregado, mas não me ligue durante a aula, — ela o repreendeu levemente. — Deixei minha agenda na porta da geladeira assim você saberá que horas serão minhas aulas. Mandarei mensagem de texto quando eu puder. 

Ethan suspirou e lentamente a soltou.  — Eu sei que eu sou um bastardo controlador. Não consigo evitar. Se eu fizesse do meu jeito, 

você nunca iria voltar a trabalhar, mas quero que você seja feliz, e se lecionar a faz feliz, então eu estou bem com isso. Eu vou lidar com isso. Eu prometo. 

— Eu te amo — disse ela, voltando para seus braços. — Lembre se‐  disso, certo? Ele abaixou a boca para a dela em uma corrida aquecida de lábios e língua. — Eu também te amo — disse ele com aquela voz baixa semelhante a um rosnado que sempre 

causava arrepios na espinha dela. — Tenha cuidado e me mande uma mensagem de texto quando chegar lá, para que eu saiba que você está segura. 

Ela revirou os olhos e retirou se,‐  verificando sua aparência no espelho uma última vez.  — Eu vou ficar bem. E não se esqueça. Sua mãe e Rusty virão hoje à noite para ajudar a 

encaixotar algumas coisas. Rusty estará em casa para o fim de semana e ofereceu ajuda. — Eu não vou me atrasar, — Ethan prometeu. — Dia de treinamento leve, hoje. Estamos 

trabalhando com os novos recrutas para a equipe de Nathan e Joe. Os lábios de Rachel transformaram se‐  em uma carranca infeliz.  — Você teve alguma notícia de PJ? Ethan ficou em silêncio e depois balançou a cabeça.  — Nenhuma maldita notícia desde que ela partiu. Isto está matando Cole. Steele também não 

está lidando com isso muito bem. A equipe não é a mesmo sem ela, e Steele se recusa a substituí la.‐  — Bom, — Rachel disse ferozmente. — Ela só precisa de tempo. Ela vai voltar. Eu sei que vai. — Espero que você esteja certa — disse ele, com um tom sombrio. — Eu disse que a equipe não 

é a mesma sem ela, mas o fato é que a KGI não é a mesma sem ela também. Rachel suspirou e passou por Ethan para o quarto para que pudesse pegar seus sapatos. PJ 

Rutherford era a única mulher membro da KGI. Bem, não, não era mais assim. Skylar Watkins era a nova recruta, mas Rachel não a conhecia bem. Ela só a viu uma vez. 

As coisas deram terrivelmente erradas para PJ em uma missão, e ela foi embora pressionada pela tensão emocional. O coração de Rachel doía pela outra mulher porque ela sabia como era se sentir como se tivesse perdido uma grande parte de si mesma. Estar perdida. 

— Okay, me deseje sorte, — ela anunciou depois que calçou os saltos baixos e pegou sua pasta. — Vai ser incrível, — disse Ethan, o orgulho evidente em sua voz. — Você era uma professora 

muito boa antes. Mamãe ficava tão orgulhosa de você. Ela ficou nas nuvens quando você seguiu seus  

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passos. Tudo o que você fez foi ficar um pouco de tempo fora. Vai voltar para você em um flash. As crianças vão adorá la,‐  assim como adoravam antes. 

Ela foi para seus braços para outro abraço.  — Obrigada. Eu precisava ouvir isso esta manhã. Ele apertou a‐  com força e então relutantemente a soltou. — Eu vou pular no chuveiro novamente e então irei para o complexo. Falarei com você em 

breve, okay? Rachel observou enquanto ele desaparecia no banheiro, e então endireitou os ombros e saiu do 

quarto, passou pela cozinha para a garagem, onde seu carro estava estacionado. Estava apavorada. Suas mãos estavam suadas em torno do volante, e isso a irritou, que uma 

coisa tão simples como ser professora substituta para crianças do ensino médio a assustasse depois de tudo que ela passou. 

Sua terapeuta diria: todas as coisas no seu tempo. Era um mantra que ela repetiu muito durante o ano passado. E era verdade. Tudo em tempo útil. Ela só precisava ser paciente e se permitir uma folga. 

Mudar se‐  era um bom passo. Um passo positivo na direção certa. Ethan não entendia por que ela foi em uma direção tão diferente com a nova casa que estavam construindo. Ele pensou que teriam a mesma casa construída dentro do complexo. A casa em que viviam agora era a que escolheram juntos e havia incorporado todas as suas coisas favoritas. 

Quando saiu da garagem e olhou para a casa que antes tinha sido o seu sonho, ela respirou profundamente. A verdade era que mal podia esperar para se afastar da casa que agora representava alguns dos momentos mais infelizes de sua vida. 

Seu marido ficara uma vez de pé na sala de estar que ela cuidadosamente projetou e entregou os documentos do divórcio. 

Ela nunca seria capaz de se conformar e esquecer que isso aconteceu. Ela tinha um novo sonho agora. Parar de viver no passado. Seguir em frente. Nova casa. Nova 

vida. Nova chance para fazer as coisas direito e deixar o passado exatamente onde ele pertencia.     Capítulo 2    Quando Rachel parou em sua garagem alguns minutos depois das quatro, ficou surpresa que a 

caminhonete de Ethan já estivesse lá. Saiu ansiosa para vê lo‐  e falar com ele sobre o seu dia. Puxou sua pasta do banco do passageiro e começou a subir a passarela. No meio do caminho, a 

porta se abriu e Ethan ficou contra o batente, observando a‐  se aproximar. Uma mão estava por trás  

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das costas, e enquanto ela subia os degraus, ele a retirou para que ela pudesse ver o lindo buquê de flores que estava segurando. 

Eram as suas favoritas. Rosas em um belo tom de pêssego. Não eram bem laranja e nem muito rosa. Durante muito tempo, Ethan tinha sido incapaz de comprá las‐  para ela, porque ele levou as‐  para a sepultura durante todo o ano em que acreditou que ela estava morta. 

— Para celebrar seu primeiro dia, — disse ele. — Elas são lindas, Ethan! Ela as abraçou e enterrou o nariz nas flores perfumadas. — Como foi? — Ethan perguntou enquanto a conduzia para dentro. Ela foi à procura de um vaso e, depois de colocar os caules dentro e encher com água, virou se‐  

com um sorriso animado para Ethan. — Foi ótimo! Ele sorriu com indulgência por seu entusiasmo e, em seguida, puxou a‐  em seus braços. — Eu senti sua falta. Ela riu.  — Não, você não sentiu. Você estava no complexo. Você não teria me visto se eu estivesse em 

casa ou ido para o trabalho. Ele beijou seu nariz e apertou os braços ao seu redor. Deus, ela adorava a segurança de estar 

em seus braços. Ainda havia noites em que ela acordava com um suor frio e lá estava ele, sempre ao seu lado para segurá la‐  e confortá la.‐  Ele sempre sabia. Ele a reunia em seu abraço e sussurrava em seu ouvido que ela estava segura e que ele estava aqui e que nada jamais a machucaria novamente. Então, lhe dizia muitas e muitas vezes o quanto a amava e como estava arrependido por um dia tê la‐  feito duvidar disso. 

— Só de saber que você está aqui na nossa casa, enquanto estou longe me faz sentir como se eu estivesse com você. 

Enquanto caminhavam para a sala, o braço de Ethan ainda confortavelmente em torno dela, ela notou as caixas de embalagem espalhadas. 

— Você chegou em casa mais cedo, — exclamou ela. — E já começou a embalar, pelo que vejo. Ethan sorriu.  — Sim, eu não queria que você tivesse muito que fazer. Os rapazes virão mais tarde para ajudar 

a carregar os móveis e Mamãe e Rusty estão a caminho logo mais para ajudar a embalar as coisas menores. 

Só de pensar em sua família a encheu de um calor que sempre vencia as sombras do passado. Ela era amada e estava inteira de novo. O vazio que a consumiu por tanto tempo finalmente tinha sido preenchido. 

— Acho que eu deveria começar a embalar, então, — disse Rachel, olhando ao redor na sala de estar.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 7

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Maya Banks KGI 5.5 

— Uh, não, — Ethan disse com a voz firme. — Primeiro você vai se sentar, colocar os pés para cima, e eu vou abrir uma garrafa de vinho para comemorar o seu primeiro dia de trabalho. 

Ela suspirou.  — Você me mima descaradamente. Ele esboçou um sorriso.  — Sim, eu mimo. Completamente sem vergonha. Se assente, enquanto eu vou pegar o vinho. Ele pegou sua pasta e levou a‐  com ele para a cozinha, enquanto ela se acomodava no sofá de 

couro e, como ele instruiu, apoiou os pés no pufe. Seu olhar vagueou pela sala de estar, tomando todos os detalhes. Detalhes que não mudaram 

desde que se mudou. O piano ainda ocupava o mesmo local. As fotos emolduradas de seu casamento e de outros familiares ainda estavam perfeitamente em seus lugares. 

Ethan não mudara nada em todo o ano que ela foi dada como morta. Nada mudara desde o seu regresso. 

Ela estava pronta para o próximo passo. Pronta para abraçar o novo e afastar se‐  do velho. Era uma questão que ela discutiu apenas com seu terapeuta nas sessões a que Ethan não compareceu, mas acreditava firmemente que o último passo em sua recuperação era retirar se‐  da casa que guardava tantas memórias dolorosas. 

Ainda havia lacunas em sua memória. Talvez nunca recuperasse totalmente tudo do seu passado. Um ano viciada em drogas, o trauma físico e emocional que sofreu talvez tenha alterado sua mente o suficiente para que simplesmente houvesse coisas que nunca se lembrasse. E talvez fosse melhor assim. 

Era difícil para ela, desde que perdeu a memória de tantos eventos, quando eles vinham flutuando de volta, ela experimentava tudo de novo. Alguns eram ofensivos e vivos, e levou dias e até semanas para chegar a um acordo com eles. 

Era difícil dizer a si mesma que tudo aconteceu quatro anos atrás, quando estava tão fresco em sua mente. As discussões. O silêncio sepulcral entre ela e Ethan. O aborto. Ethan indo embora. E as acusações que ainda ardiam, se ela se deixasse debruçar sobre elas. 

O homem que Ethan era hoje não era o homem que Ethan tinha sido nos estágios iniciais do casamento deles. Ela sabia disso. Mas era difícil quando essas memórias voltavam para ela. Novas. Como se tivessem acontecido ontem. 

Seu olhar vagou até a estante, onde os malditos papéis foram escondidos. Imediatamente, a imagem passou daquele último dia terrível quando Ethan ficou parado na frente dela, a expressão impassível enquanto calmamente entregava os papéis que efetivamente acabariam com o casamento deles. 

Ele disse a ela para não se preocupar em voltar. E ela não voltou.  

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Por uma eternidade ela permaneceu prisioneira em circunstâncias inimagináveis, sua mente abalada. Agarrou se‐  à única coisa que conhecia. Ethan. Ele tinha sido uma constante. Ele viria para ela. Ele não iria deixá la‐  morrer no inferno. Graças a Deus, sua mente protegeu a‐  da terrível realidade da maneira que eles se separaram, ou ela nunca teria sobrevivido ou mantido a esperança de que ele viria. 

— Rachel? Você está bem? A pergunta preocupada de Ethan flutuou através das memórias dolorosas, e ela piscou, 

voltando se‐  na direção de sua voz. Ele estava segurando dois copos de vinho, e suas sobrancelhas estavam unidas, seu olhar agudo 

retirando camada após camada, até que ela se preocupou que ele soubesse exatamente o que ela estava pensando. 

Ela sorriu, reunindo todo seu controle para evitar a agitação que geralmente acompanhava os flashbacks. Pegou o vinho e assentiu com a cabeça. 

— Estou bem. Apenas pensando. Ethan entregou o copo e então se acomodou no sofá ao lado dela. — O que você estava pensando não poderia ser bom. Você estava pálida, e seus olhos estavam 

tão distantes que parecia que você não estava aqui. — Não foi nada. Prefiro me concentrar em nós. E a mudança para a casa nova. Ela levantou a taça, e gentilmente brindou com a dele. — Vou sentir saudade deste lugar, — disse ele. — Existem muitas memórias amarradas aqui. 

Posso entender por que mamãe e papai estão relutantes em se mudar. Eles viveram naquela casa toda a minha vida. Eu não consigo me imaginar em nenhum outro lugar. 

Ela engoliu em seco e, em seguida, tomou um gole de seu vinho. — Tem certeza que é isso que você quer fazer? — Ele perguntou. Seus olhos se arregalaram. — Nós estamos certamente além desse ponto agora. A outra casa já está construída! O que na 

terra faríamos com ela se decidirmos não nos mudar? Ele deu de ombros.  — Van e Joe não construíram as casas deles ainda. Um deles poderia usá la.‐  Ela balançou a cabeça.  — Não. Eu adorei aquela casa. É perfeita. Estou animada para me mudar. Ele estudou a‐  um minuto, como se decidindo se falava o que estava em sua mente. Então, se 

inclinou para colocar o copo sobre a ponta da mesa. — Você não é feliz aqui, não é? — Ele perguntou sem rodeios. Ela congelou, porque não queria que ele soubesse o quanto queria estar livre desta casa e seu 

domínio sobre ela. A última coisa que queria era que ele se sentisse culpado. Eles perderam muito  

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tempo na culpa e angústia. Isso não serviria para nada. Nunca começariam algo novo se fossem sempre reviver o passado. 

A campainha tocou, e ela quase suspirou um som audível de alívio. — Eu vou atender. Você fica sentada, — Ethan disse enquanto se levantava. Caminhou até a porta da frente e a abriu, e um mero segundo mais tarde, Rusty entrou na sala 

de estar. Rachel sorriu e levantou se‐  para abraçar a outra mulher. — Rusty! Eu estou tão contente de ver você! — Rachel deu um passo atrás para examinar a 

menina sorridente. — Você está tão deslumbrante! Como está a escola? Rusty abaixou a cabeça um pouco timidamente, mas sorriu para cumprimentar Rachel. E era 

verdade. Rusty florescera em uma bela jovem. Um longo caminho desde a adolescente magra, ranzinza e esfarrapada, de cabelo tingido brilhante que roubara a casa de Marlene e Frank Kelly, alguns anos antes. 

Ela poderia definitivamente se equiparar com o clã Kelly e poderia ser muito atrevida quando a ocasião exigia, mas Rusty suavizara sob a tutela do amor de Marlene e do restante dos Kellys. 

— Ouvi dizer que você voltou a trabalhar hoje, — Rusty disse a Rachel depois de oferecer seu próprio abraço entusiasmado. — Como foi? 

Havia preocupação nos olhos da outra garota, e o coração de Rachel apertou. Ela e Rusty nem sempre tiveram um bom relacionamento. Rusty entrara na vida dos Kellys no momento preciso em que Rachel foi resgatada e devolvida à sua família. Rusty temera que a preocupação com Rachel ofuscasse sua própria existência e que ela seria descartada e colocada na rua. 

— Foi assustador e maravilhoso ao mesmo tempo, — disse Rachel. — É difícil acreditar que eu posso ser intimidada por um bando de garotos do ensino médio, mas acredite em mim, eles são muito aterrorizantes! 

Rusty riu.  — Lembro me‐  de dessa idade e consigo entender muito bem por que você estava tremendo em 

seus sapatos. — Onde está Mamãe? — Ethan perguntou. — Eu pensei que ela viria com você. Rusty se virou para Ethan.  — Ela pediu para lhe dizer que estará aqui assim que puder. Sophie estava atrasada, e Marlene 

estava cuidando de Charlotte para ela. O celular de Ethan tocou, e ele o agarrou, afastando se‐  das duas mulheres enquanto atendia. Rachel pegou a mão de Rusty e arrastou a‐  para o sofá.  — Então, como você está indo em suas aulas? Está gostando da faculdade? Os olhos de Rusty brilharam de excitação.   

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— Estou adorando. É como você disse. Assustador e maravilhoso, tudo ao mesmo tempo. Há tantas pessoas. De todos os lugares! Eu nunca saí de Dover a minha vida inteira por isso foi um choque cultural. Mas é divertido, e eu fiz muitos bons amigos. Há muito que fazer. 

— Você está acompanhando seus estudos, certo? — Rachel perguntou. Rusty sorriu.  — Você fala como Marlene. E sim, estou indo muito bem. Melhor do que pensei que eu fosse 

capaz. Eu tenho um B, mas é um B mais, então acho que posso transformá lo‐  em um A antes de o semestre acabar. Eu tenho As em todo o resto. Quem teria pensado que um dia eu seria uma estudante de honra! 

— Você é mais inteligente do que todos nós, — Rachel disse secamente. — Sempre foi apenas uma questão de concentrar seus esforços em uma direção positiva. 

— Desculpe interromper, meninas, mas eu vou reunir uma equipe para ajudar a carregar a mobília. Sam tem um caminhão de entrega que pegou emprestando, e vamos trazê lo‐  até aqui para carregar o máximo de coisas que conseguirmos esta noite. 

Rachel sorriu para o marido.  — Tudo bem. Vamos trabalhar embalando as caixas menores, enquanto esperamos por 

Marlene. Provavelmente deverei pedir pizza para mais tarde. Todos estarão morrendo de fome. Ethan deu um beijo em seus lábios.  — Deixe nos‐  nos preocupar com a comida. Se conheço Mamãe, ela já está preparando um 

banquete e provavelmente virá mais que preparada. — É verdade, — Rachel disse com tristeza. — Okay, então cai fora. Verei você e seus irmãos 

daqui há pouco. Rusty também se levantou e apontou para as caixas.  — Existe algum lugar específico onde você quer que eu comece? Rachel levantou se,‐  deixando sua taça ao lado da de Ethan na ponta da mesa. Ela só tomou um 

gole, mas seu estômago estava turvo, e um suor pegajoso surgiu em sua testa. Sem dizer uma palavra a Rusty, passou apressada por ela em direção ao banheiro social perto 

da cozinha. Mal conseguiu chegar antes de seu estômago soltar e ejetar o conteúdo. Uma mão suave esfregou acima e abaixo em suas costas enquanto a pergunta ansiosa de Rusty 

era emitida.  — Rachel, você está bem? Devo chamar Ethan de volta? Rachel balançou a cabeça enquanto limpava a boca com uma toalha.  — N não‐  — disse com voz trêmula. — Eu estou bem. De verdade! Quando levantou a cabeça, viu Rusty franzindo a testa para ela. — Você não está bem. Estava vomitando suas tripas. O que está acontecendo?  

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Rachel engoliu em seco e, em seguida, foi até a pia para lavar a boca. Bochechou com enxaguante bucal, rezando para que isso não a mandasse de volta para o banheiro para vomitar novamente. Inclinou se‐  contra a pia, as mãos apoiadas na bancada, enquanto se olhava no espelho. 

Era hora de parar de ignorar a possibilidade. Tomar o vinho foi irresponsável. Ela sabia que poderia ser. Mesmo que pensasse ser improvável que isso aconteceria tão cedo. 

— Rusty — disse ela fracamente. — Existe alguma maneira de você poder me fazer um favor? Rusty veio por trás dela e colocou a mão em seu ombro.  — Claro. Apenas me diga o que você precisa. Rachel virou se,‐  tomando a mão de Rusty na dela. — Eu não quero que você diga a ninguém sobre isso, okay? Prometa me.‐  Rusty franziu o cenho, mas assentiu. — Se você sair agora, poderá voltar antes todos chegarem aqui. Mas terá que se apressar. Rusty inclinou a cabeça para o lado.  — O que você está querendo? Rachel respirou fundo.  — Há alguma maneira de você correr até a farmácia e comprar um teste de gravidez para mim?     Capítulo 3    Rachel caminhou pelos limites da sala de estar, a espera para que Rusty retornasse uma 

eternidade. Olhou para o relógio e então olhou ansiosamente pela janela. Ela não esperava Ethan por um tempo ainda. O complexo era em frente ao lago, e ele sem dúvida se desviaria para falar com seus irmãos antes que fizessem o caminho de volta. Mas Marlene poderia aparecer a qualquer momento, e embora Rachel a amasse muito, ainda não estava pronta para contar a ninguém sua suspeita. A última coisa que queria era criar esperanças em alguém apenas para que fosse um alarme falso. 

E não queria as inevitáveis perguntas e preocupações que certamente acompanhariam o conhecimento de que ela e Ethan estavam tentando ter um bebê. Por agora era seu próprio segredo precioso. Agora Rusty sabia, e Rachel esperava que ela o mantivesse em sigilo. 

Seu pulso apertou quando ouviu um veículo na entrada. Seu olhar virou para a janela, e ficou aliviada quando viu que era o Jipe de Rusty. 

Um momento depois, Rusty correu para a porta com um simples saco de papel marrom na mão. — Eu comprei dois, — ela disse enquanto começava a tirar um para fora do saco. — Eu imaginei 

que seria melhor ter dois, não importa qual seja o primeiro resultado, só para ter certeza. Rachel sorriu e abraçou Rusty apertado.  — Obrigada. Eu aprecio que você esteja fazendo isso por mim.  

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Rusty cuidadosamente se afastou, seus olhos escuros com preocupação. — É uma coisa boa ou uma coisa ruim, Rachel? Quero dizer, se você estiver grávida. — Seria uma coisa muito boa, — Rachel disse, em voz baixa. Rusty sorriu.  — Então eu vou cruzar os dedos das mãos e dos pés para o teste ser positivo. É melhor você se 

apressar, porém, se não quer que o mundo inteiro saiba. Se Marlene aparecer e descobrir que você fez xixi em um palitinho, toda a família estará reunida em pouco tempo. 

Rachel riu, mas pegou a caixa de Rusty e correu para o banheiro.  — Você será minha vigia, — ela falou de volta. — Vou vigiar a porta, — Rusty disse em uma voz divertida de fora do banheiro. As mãos de Rachel tremeram quando rasgou a caixa apressadamente. Elas tremiam tanto que 

ela quase deixou cair o bastão depois que o tirou da embalagem. Depois de ler as instruções duas vezes para ter certeza que fez tudo de acordo, ela se forçou a 

se acalmar e se concentrar na tarefa em mãos. E então, para que não ficasse louca esperando os resultados do primeiro teste, fez apenas o 

suficiente para ir em frente e fazer o segundo teste. Ajeitou a roupa, lavou as mãos e, em seguida, olhou para o relógio, tudo ao mesmo tempo, 

evitando as pequenas janelas indicadoras sobre os bastões em cima do balcão. Então, ela olhou. — Rachel? No início, ela não respondeu. — Rachel, está tudo bem aí? Está muito quieto. — V você‐  pode entrar, — Rachel conseguiu falar. A porta se abriu, e Rusty enfiou a cabeça e depois olhou para o que Rachel estava obviamente 

olhando. — Os dois deram positivo, — Rachel murmurou. Então olhou para Rusty, uma onda de medo, excitação e adrenalina pura bombeando através de 

suas veias. Rusty sorriu.  — Isso é bom, certo? — É maravilhoso, — Rachel suspirou. As lágrimas encheram seus olhos, e então Rusty estava abraçando a,‐  segurando s‐  firme 

enquanto Rachel lutava contra a onda de emoção que a engolia. — Parabéns, — Rusty disse em uma voz feroz. — Estou feliz por você, Rachel. — Obrigada, — disse Rachel, dando a ela um sorriso lacrimejante enquanto se afastava. Rusty balançou a cabeça estalando a língua.   

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— Então é melhor você se livrar dos olhos lacrimejantes e vermelhos antes de Mamãe Kelly chegar aqui. Ela vai ficar em você mais rápido do que um pato em um saco com besouros. Suponho que você quer contar a Ethan antes do resto da família. 

Rachel pegou uma toalha e correu água fria sobre ela.  — Sim, claro que sim. Eu aprecio você manter isso em segredo, Rusty. É um choque. Quero 

dizer, não é completamente inesperado. Eu certamente sabia que era possível. É só que nunca imaginei que fosse acontecer tão rápido. Sei que com tudo o que aconteceu, poderia demorar meses ou até anos depois que começamos a tentar antes de eu engravidar. Quero algum tempo para me acostumar com isso e quero ser capaz de dizer a Ethan no momento perfeito, antes de dizer a todos os outros. 

Ela torceu o pano e apertou o‐  contra os olhos e o rosto. Quando puxou o‐  para baixo, fez uma careta. 

— Há também o fato de que eu abortei uma vez antes, então não acho que é sábio dar a notícia até que eu esteja em um estado mais avançado da gravidez. 

O rosto de Rusty enrugou em simpatia.  — Eu tenho certeza que você vai ficar bem dessa vez. Você sabe que a família vai cerrar fileiras 

em torno de você. Considere se‐  feliz se permitirem que você levante um dedo. Rachel enrugou o nariz.  — Ai. Ethan já não estava feliz sobre eu voltar a trabalhar. Ele vai realmente surtar agora. A risada suave de Rusty ecoou pelo banheiro.  — Eu tenho certeza que você vai endireitá lo‐  em algum momento. Não é como se você não o 

tenha envolvido em torno de seu dedo mindinho. Rachel sorriu, e depois uma grande excitação correu por suas veias como um refrigerante com 

muito gás. — Oh meu Deus, Rusty, estou grávida! Ela queria fazer algo ridículo como guinchar e rodopiar em círculos. — Yuppi! — Rusty gritou. Ela agarrou as mãos de Rachel, e ambos saltaram para cima e para baixo como meninas pulando 

corda. Rachel se dissolveu na gargalhada, e depois se juntou a Rusty. — Olá, Rachel? Rusty? Vocês estão aqui? — Oh merda, é Marlene! — Rachel sussurrou. Rusty apertou os lábios e fez um sinal de zipá los‐  e então piscou para Rachel. Rachel 

impulsivamente abraçou a outra garota e apertou a‐  em gratidão. — Obrigada, — sussurrou urgentemente no ouvido dela. — Não tem problema, — Rusty sussurrou de volta. — Agora vamos ver o que mamãe Kelly nos 

trouxe para comer.    

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 14

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Maya Banks KGI 5.5 

 A noite foi uma enxurrada de atividades. Marlene chegou, e como Ethan previu, trouxe comida 

suficiente para alimentar um exército. Ou, pelo menos, a maioria do clã Kelly. Ethan chegou não muito tempo depois, com todos os seus irmãos no reboque, mais Swanny, 

um amigo da família e membro da KGI, e Frank Kelly, o pai de Ethan, também. Não que alguém iria permitir que Frank fizesse qualquer coisa, mas ele poderia organizar e supervisionar a vontade. 

Ele teve um ataque cardíaco poucos anos antes, e ainda estava muito recente na mente de todos os membros da família. A mera ideia de perdê lo‐  deixara os‐  aterrorizados. 

Apesar de Rachel embalar sua parcela de caixas, Rusty sempre se adiantava, certificando se‐  de que ela nunca levantasse nada muito pesado. Rachel mal conseguia conter o sorriso. Rusty já estava agindo ferozmente como protetora de Rachel, sabendo que ela estava grávida, embora nunca demonstrasse qualquer indício de que estava objetando que Rachel carregasse algo pesado. 

— Como foi seu primeiro dia, doçura? — Garrett perguntou enquanto puxava Rachel para um abraço. 

Ela devolveu o abraço e apertou o‐  com força. Garrett sempre foi um de seus favoritos. Ele estivera lá durante seu primeiro aborto, e foi um amigo fiel e ombro para se apoiar durante seu retorno e recuperação. 

— Foi ótimo. Eu estava apavorada e nervosa, mas foi muito bem. As crianças foram ótimas. Havia vários professores lá de quando eu ensinei antes, e todos me receberam bem. Foi muito bom. Eu adorei. 

Garrett sorriu e bagunçou o cabelo dela.  — Isso é maravilhoso. Fico feliz em ver que você parece tão feliz. — Ei Garrett, mais trabalho e menos conversa, — Sam chamou do outro lado da sala. Garrett revirou os olhos, mas deixou cair o braço dos ombros de Rachel e caminhou em direção 

a seus irmãos. Rachel sorriu enquanto observava a grande e barulhenta família Kelly. Ethan estava bem no 

meio, com três irmãos mais velhos e dois irmãos mais jovens. Sam era o mais velho. Garrett era um ano mais novo. Em seguida, havia Donovan, ou Van como a maioria da família o chamava. Depois Ethan e os gêmeos, Nathan e Joe. 

Dos seis, quatro eram casados. Apenas Donovan e Joe não se estabeleceram ainda e não estavam mostrando sinais de fazê lo.‐  Rachel não tinha certeza de que existia uma mulher constante em suas vidas. Eles estavam tão ocupados com a KGI, que não lhes sobrava muito tempo livre, e no tempo livre, costumavam passar com a família. 

Ela colocou a mão sobre a barriga, um frêmito de emoção profunda em seu estômago. Até agora, Sam e sua mulher Sophie, eram os únicos que tinham filhos. Charlotte. Uma criança adorável que era adorada por cada membro da família.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Garrett e sua esposa, Sarah, tinham acabado de se casar, assim como Nathan e sua esposa, Shea, e nenhum casal manifestara o desejo de começar uma família ainda. 

De todos eles, ela e Ethan estavam juntos por mais tempo. Ela muitas vezes se perguntou como sua vida teria sido diferente se não tivesse perdido seu primeiro filho. Talvez Ethan nunca tivesse deixado a equipe SEAL. Talvez ainda estivesse na Marinha. Talvez ela não tivesse ido à missão humanitária para a América do Sul. Na época, ela viajou tanto para escapar da terrível realidade de seu casamento quanto pela causa que apoiava. 

Perder o bebê foi o catalisador para muitas coisas. Era como jogar o jogo do tolo, mas não podia deixar de se perguntar como as coisas poderiam ter sido diferentes se apenas... 

— Tudo bem, Rachel? Ela piscou e olhou para cima para ver Joe parado na sua frente, os olhos escuros com 

preocupação. Então, olhou rapidamente ao redor, esperando que não tivesse atraído a atenção dos outros. Para seu alívio todos estavam muito ocupados carregando os móveis para o caminhão. 

— Está tudo bem, — ela disse com um sorriso genuíno. E não era mentira. Tudo estava bem. Mais do que bem. Talvez até mesmo perfeito. Ele sorriu, o alívio afastando a preocupação em seu rosto. — É hora do intervalo para o jantar, — Marlene chamou da cozinha onde estivera encaixotando 

as coias apenas momentos antes. Houve um grito de seus filhos, e Rachel ficou para trás, apreciando a maneira de viver muito 

normal na família Kelly. Muito amor, apoio incondicional, sempre uma mão amiga, e abundância de alimentos, graças a mamãe Kelly. 

Era uma família para a qual ela traria um filho ou filha, e ela não podia esperar. Que sorte a criança teria crescendo sob a proteção de tanto amor e lealdade. 

Ethan caminhou até ela, deslizando o braço ao redor de seus ombros e puxando a‐  para ele. — Ei, você está com fome? Vamos pegar alguma coisa para comer antes que as hienas peguem 

tudo. Rachel riu, permitindo que um pouco da alegria borbulhante saísse de sua alma. Percebeu o 

sorriso de Rusty do outro lado da sala e compartilhou um sorriso secreto com a outra garota. Deixou Ethan levá la‐  em direção à cozinha enquanto sonhava com a maneira perfeita de lhe 

dizer que ele ia ser pai.     Capítulo 4     

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Maya Banks KGI 5.5 

Já era tarde quando o caminhão foi descarregado na casa nova e tudo fosse colocado no lugar. Estranhamente, Rachel insistiu que sua cama fosse montada primeiro para que pudessem passar a noite aqui em vez de na sua antiga casa. 

Parecia estranho dizer antiga casa. Ethan ainda não se ajustara à ideia de uma nova casa. Ah, ele concordou com a ideia de que deviam viver atrás dos muros do complexo. Ele estava de acordo com tudo o que garantisse a segurança de sua esposa. Ou que pelo menos lhe daria uma medida adicional de proteção. 

Mas Rachel parecia... Ansiosa para se mudar. Ela não mostrou nenhum sinal de tristeza por deixar sua antiga vida. 

Deixou se‐  cair sobre a cama esperando a‐  terminar o banho e se juntar a ele. O pensamento não devia importuná lo,‐  mas não havia algo que não conseguia entender. Ele se perguntava se estava tudo bem com Rachel e se ela realmente estava apreciando a mudança, assim como parecia. 

Ele se preocupava interminavelmente sobre causar lhe‐  qualquer transtorno. Seus irmãos o advertiram para não ser tão extremista e para se acalmar. Para não sufocá la.‐  Ele sabia que eles estavam certos, mas eles nunca tiveram que viver com o conhecimento de que a mulher que amavam além de qualquer medida tinha morrido. Que eles a afastaram. Que a rejeitaram. Pegaram seu amor e jogaram na cara dela. 

Ethan fizera tudo isso. Ele viveu tudo isso. Ele teve o coração arrancado no dia em que foi informado de que Rachel tinha morrido naquele acidente de avião. 

Até hoje, ainda acordava suando frio, procurando a‐  freneticamente ao seu lado para se assegurar de que ela estava aqui. Viva. Próxima a ele. 

Portanto, se estava um pouco dominador, certamente era compreensível. Muitas pessoas não tinham perdido e milagrosamente recuperado um ente querido. Ele certamente faria tudo para garantir que nunca iria perdê la‐  novamente. 

A porta do banheiro se abriu, e Rachel saiu, a pele rosada e brilhante pelo calor do chuveiro. Seu cabelo estava molhado, e ela estava usando a toalha para secá lo‐  enquanto caminhava em direção à cama. 

Estava usando um minúsculo conjunto de seda que o deixou insano. O short, se é que podia chamá lo‐  disso, mal cobria sua bunda, e o decote da camisola mergulhava entre os seios, muito perto de expor seu umbigo. 

Ela podia muito bem não usar nada, o que estaria mais do que bem para ele, mas ela gostava de provocá lo‐  sem piedade e depois fingir inocência quando ele rasgava os pequenos pedaços de tecido de seu corpo. 

Ela recuperou o peso desde o dia em que a trouxe para casa da América do Sul. Ela beirava a magreza. Inferno, ela estava magérrima. Um fantasma de seu antigo eu. Minúscula. Sombras profundas sob os olhos. Seu cabelo fora cortado sem cuidado, e ela parecia intensamente frágil. Como se a menor coisa a tirasse do equilíbrio.  

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Como sua aparência era enganosa, pois para sobreviver como sobreviveu, ela teria que ter sido forjada em aço e possuir a vontade de um guerreiro. 

Agora suas curvas retornaram, embora ela sempre tivesse sido mais esbelta. Mas ela perdeu a aparência de fragilidade. Seus quadris estavam mais arredondados. Até seus seios estavam mais cheios, e ela ganhou os muito necessários quilos. 

Seu cabelo crescera novamente, e estava grosso e brilhante, com aparência saudável. Seus olhos brilhavam de contentamento. Ele nunca se cansava de olhar para ela. Ele a tinha visto com desespero até os ossos, e se nunca tivesse que ver uma coisa dessas de novo, seria muito cedo. Tudo o que ele tivesse que fazer para impedi la‐  de nunca sentir esse tipo de desespero novamente, ele faria. 

— Dê me‐  um pente e vou escovar o seu cabelo, — ele ofereceu. Ela enviou lhe‐  um sorriso que curvou seus dedos dos pés. Ele sabia que ela gostava que ele 

escovasse seu cabelo, e era uma coisa simples que lhe dava muito mais prazer do que a ela. Era uma desculpa para segurá la.‐  Para tocá la.‐  Para simplesmente passar o tempo com ela e... Ficar junto. 

Ele tinha tomado as coisas como garantidas antes. Nunca cometeria esse erro novamente. Ela pegou um pente do banheiro e, em seguida, se arrastou para a cama e se colocou entre as 

pernas dele depois que ele se posicionou contra a cabeceira. Ele começou por baixo, suavemente trabalhando o pente através dos fios emaranhados. Ela 

inclinou a cabeça para trás, e ele podia ver que seus olhos estavam fechados, uma expressão de profundo contentamento. 

Era automático para ele sorrir. Seu peito apertou e depois aliviou enquanto o nó de emoção formava e soltava, espalhando calor por todo o caminho para a sua alma. 

Deus, mas como ele amava essa mulher. Não queria ficar sem ela nunca mais. Assim que terminou de desembaraçar o cabelo, inclinou se‐  e beijou seu pescoço, incitando um 

arrepio que sentiu descer por todo o corpo dela. — Eu tenho uma ideia, — ele murmurou sugestivamente. — Eu estava pensando em acabar 

com os pedaços de seda que você chama de roupa de dormir e então praticar para fazer nosso bebê. A prática leva a perfeição, ou assim dizem. 

Ela ficou completamente imóvel, e então se virou, posicionando se‐  de modo que ficasse de joelhos entre suas pernas encarando o.‐  

— Falando nisso... — Começou ela. Ele estudou a‐  atentamente, imaginando se, talvez, a ideia de gravidez estivesse ocupando seus 

pensamentos ultimamente. Talvez fosse por isso que ele não conseguia entender seu humor. — Você está pensando em mudar de ideia? — Perguntou ele. — Porque por mim está tudo bem 

se você estiver, querida. Eu certamente não me importo de esperar o tempo que for preciso para que você se sinta confortável com isso. Eu quero que você tenha certeza que está pronta.  

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Parte dele esperava que ela estivesse reconsiderando. Ele não estava certo de que ela estava forte o suficiente, física ou emocionalmente, para suportar uma gravidez. E Deus nos livre, o que aconteceria se ela abortasse novamente? Isso a devastaria, e ele não podia suportar que ela se machucasse assim. 

Ela sorriu, e foi um sorriso tão lindo que por um momento ele não conseguia forçar o ar a sair de seus pulmões. 

Ela reuniu as mãos dele nas dela e as puxou para o peito, as mãos em concha sobre as dele enquanto pressionavam contra sua pele. Ele podia sentir o ritmo suave do seu coração enquanto o calor dela infiltrava em seus dedos. 

— Parece que você não precisa mais praticar, — ela disse em voz baixa, quase um sussurro. — Parece que você é totalmente especialista. Nós conseguimos, Ethan. Fizemos um bebê! 

Suas sobrancelhas subiram, e sua boca abriu. Ele olhou para ela em perplexidade completa, enquanto tentava recolher sua inteligência dispersa. 

— Nós fizemos o quê? — Ele perguntou com a voz rouca. O sorriso dela ficou ainda mais amplo, e as lágrimas brilhavam em seus olhos, tornando os‐  um 

brilhante e rico castanho. Ele ergueu as mãos trêmulas para envolver o rosto dela, e secou suas lágrimas enquanto elas 

brilhavam sobre suas pálpebras. — Vamos ter um bebê? — Ele sussurrou. Ela assentiu, os olhos brilhando como estrelas. Ele foi agredido por uma multidão de emoções, tudo ao mesmo tempo. Alegria indescritível. 

Gratidão! Medo angustiante. Imenso amor e ternura pela mulher que estava segurando em suas mãos. 

— Quando? Como? Ele parou de falar atabalhoadamente, antes que se transformasse em um completo idiota. — Rusty foi comprar um teste de gravidez para mim depois que ela chegou em casa esta noite. 

Eu estava passando mal no banheiro, então ela foi para mim. Ela comprou dois, e eu usei os dois. Ambos deram positivo. 

Ele franziu a testa.  — Passando mal? Você está bem? Ela se inclinou para ele, esfregando o rosto em seu pescoço.  — Eu estou bem. Apenas as coisas normais de gravidez. Eu não deveria ter bebido o vinho. Eu 

sabia... Quer dizer, eu suspeitava que houvesse uma chance. Eu senti por vários dias. Passava mal de manhã e à tarde. Fadiga esmagadora. Sensibilidade em meus seios. Acho que eu estava com medo de ter a confirmação.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Ele correu as mãos pelo corpo dela, acariciando, apenas querendo tocá la‐  de alguma forma. Colocou o rosto em cima de sua cabeça e abraçou a‐  ainda mais, o coração a ponto de estourar para fora do peito. 

— Você está bem agora? Precisa de alguma coisa? — Ele perguntou ansiosamente. Ele sentiu seu sorriso contra o pescoço. — Agora não poderia ser mais perfeito. Estou exatamente onde eu quero estar. Ele puxou seu corpo ainda mais até que sua boca pairou precariamente perto da dele. — Eu já te disse recentemente o quanto eu te amo? O sorriso dela iluminou o quarto inteiro mais uma vez. — De fato, você disse, mas eu nunca me canso de ouvir. — Um bebê, — ele disse em reverência. Era demais para ele compreender. Oh, eles conversaram sobre isso. Seriamente. Não tomaram 

a decisão de começar a tentar ter um bebê levianamente. Levou meses para falar de todas as possibilidades, os potenciais problemas que poderiam surgir, se estavam prontos para a paternidade, se a relação frágil deles poderia suportar os riscos envolvidos. 

Falaram sobre isso até na terapia. Nada sobre esta decisão foi tomada de ânimo leve, e ainda assim Ethan estava chocado agora 

que a realidade estava olhando o‐  no rosto. Um bebê. Um filho ou uma filha. Uma parte de Rachel, uma mulher que significava o mundo para ele. Que era tudo para ele. Seus próprios olhos queimaram, e ele piscou para afastar o desconforto. Seu estômago se 

apertou em uma bola, seu peito se apertou e flexionou desconfortavelmente. — Você está feliz com isso? — Ela perguntou ansiosa. Ele olhou em estupefação para o brilho preocupado em seus olhos. Ele reuniu a‐  mais de perto, 

até que seus narizes se tocaram e suas respirações se misturaram. — Ah meu amor, eu estou andando nas nuvens. Não tenho palavras. Feliz? Isso parece uma 

palavra tão pequena para o que estou sentindo agora. Deus, eu estou feliz, mas também estou morrendo de medo por você. 

Seu sorriso era gentil, e ela estendeu a mão para tocar seu rosto.  — Eu vou ficar bem, Ethan. Eu tenho você agora. Que declaração. Apenas essas simples palavras tinham o poder de desmontá lo.‐  Ele teve que 

fechar os olhos para prevenir se‐  de quebrar completamente e desmoronar. — Sim, você tem a mim agora — disse ele rouco, tão emocionado, que mal conseguia 

pronunciar as palavras. Antes ela não tivera. Ambos sabiam. Ele saíra do seu relacionamento no início. Ele nunca estava 

lá quando ela precisava dele. E depois de seu aborto ficou ainda pior.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 20

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Maya Banks KGI 5.5 

Ele quase destruiu a única coisa boa em sua vida. A única pessoa que ele amava além da razão e ele tentou ao máximo afastá la.‐  

— Você sempre vai me ter, Rachel. Você e nosso bebê terão a mim. Eu juro. Você nunca terá que se preocupar se eu estarei com você ou não. 

Ela acariciou seu rosto com as mãos amorosas e, em seguida, pressionou sua boca com cuidado na dele. 

— Eu não estou preocupada, Ethan, — ela sussurrou contra sua boca, suas palavras engolidas quando inalou. 

— Quando é que você quer dizer ao resto da família? — Ele perguntou. Eles ficariam tão emocionados. Embora a maioria de seus irmãos tivessem se casado, Rachel 

ainda era a primeira nora. Ela era muito amada por seus irmãos e seus pais. Por suas cunhadas também. A gravidez de Rachel seria recebida com muito amor e entusiasmo. Ele não tinha nenhuma dúvida de que quando chegasse o dia de ela dar à luz, que cada Kelly estaria se aglomerando ao redor do hospital, todos prendendo a respiração à espera da chegada de seu filho ou filha. 

Ela lambeu os lábios nervosamente enquanto se afastava. Pela primeira vez, a ansiedade queimava em seus olhos. 

Era automático para ele chegar até ela. Tomar suas mãos. Tranquilizá la‐  de alguma forma. Ela vibrou com inquietação. — Eu acho que não devemos dizer nada ainda — disse ela em voz baixa. — Ainda é cedo. Eu 

honestamente não me lembro de quando foi o meu último período. Eles estavam irregulares depois que parei de tomar a pílula, e eu não pensei nisso. Então, sinceramente não sei de quanto tempo estou. Eu não saberei até consultar um médico. 

Ela respirou e lançou se‐  à frente. — Eu odiaria fazer este grande anúncio para todos ficarem tão felizes e animados por nós e, em 

seguida, algo acontecer. Como da última vez, — ela ofegou. Ele a abraçou, acariciando a mão sobre seu cabelo. Embora seu primeiro aborto houvesse 

acontecido há alguns anos, para ela era como se fosse ontem, porque ela não tinha recuperado a memória do evento até recentemente. 

— Eu acho que não poderia suportar, — ela disse em uma voz abafada. — Seria ruim o suficiente nós sabermos de nossa perda, mas nem todos os outros também têm de se afligir. Eu prefiro esperar até que eu esteja mais adiantada antes de dizer aos outros. 

— Eu concordo, — ele disse com firmeza. Ela engoliu em seco e se afastou para olhar nos olhos dele. — Você vai comigo ao médico? Eu quero muito que você esteja comigo. Que compartilhe cada 

passo do processo comigo. Ele agarrou os ombros dela com mãos suaves, mas seu olhar era intenso e feroz.  

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Maya Banks KGI 5.5 

— Rachel, amor, eu vou estar com você a cada minuto do caminho. Eu juro. Não há nada que seja mais importante para mim do que você e nosso bebê. Nem a KGI, nem uma missão. Nada. Eu preciso que você entenda isso. Não importa o que aconteceu entre nós no passado, este é o novo nós, okay? Você vem em primeiro lugar. Sempre. 

A alegria brilhou nos olhos dela. E alívio. Era uma lembrança dolorosa de seus erros passados. Mas eram erros que ele nunca cometeria novamente. 

Deslizou sua mão para baixo do corpete de seda de sua blusa até que repousava sobre a barriga lisa. 

— Nosso filho, — disse ele com admiração. Ela colocou as mãos sobre a dele e apertou. Um respingo de umidade gotejou em sua mão, e ele 

olhou para cima para ver trilhas prateadas em suas bochechas. Pela primeira vez, a visão de suas lágrimas não rasgou o coração dele. Porque não eram 

lágrimas de tristeza ou dor. Eram lágrimas de extrema alegria. Seu sorriso era tão grande quanto um quilômetro, e era a coisa mais linda que ele já viu em sua vida. 

Levaria para seu leito de morte esta memória dela ajoelhada entre suas pernas, suas mãos cobrindo a barriga dela enquanto ela chorava lágrimas de felicidade. 

— Nós fizemos um bebê, Ethan, — ela sussurrou com voz rouca. — Claro que sim, nós fizemos, — ele murmurou antes de pressionar para devorar sua boca.     Capítulo 5    Era típico de Rachel levantar se‐  quando Ethan se levantava, e enquanto ele estava fora em sua 

corrida, ela fazia o café da manhã. Ela adorava a rotina matinal que eles confortavelmente compartilhavam. 

Normalmente preparava um bule de café, porque Ethan gostava de um copo depois de tragar uma garrafa de água depois de seu treino. Mas esta manhã, como em todas as manhãs desde a semana passada, o cheiro de café quase acabou com ela. 

Transpiração perolava sua testa, e inalou goles enormes de ar para tentar impedir seu estômago de se rebelar. Infelizmente para ela, a típica comida que fazia para o café não concordava com ela agora que estava grávida. 

Ovos a faziam querer vomitar. Bacon a enjoava. Pães doces a faziam cerrar os dentes e respirar pelo nariz. A única aposta segura parecia ser torradas ou produtos de pão como croissants ou biscoitos. 

Estava inclinada sobre o balcão, inalando respirações pausadas, quando Ethan voltou de sua corrida.  

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— Rachel? — Ele perguntou abruptamente. — Você está bem? Ela rapidamente se virou, forçando um sorriso apaziguador em seu rosto. A última coisa que 

queria era que ele se preocupasse. Ele se preocupava o suficiente sozinho, sem a ajuda dela. — Estou bem, — assegurou lhe.‐  — Honestamente. É que certos alimentos me fazem mal. 

Particularmente coisas do café da manhã. Estou super enjoada de manhã. Menos na parte da tarde, mas ainda tenho que ter cuidado. Ovos e bacon, em particular, parecem desencadear os sintomas. 

Ethan franziu a testa e, depois, cuidadosamente a moveu para longe do fogão, onde o bacon ainda chiava e os ovos estavam endurecendo e tornando se‐  fofinhos. 

— Sente se,‐  — ele ordenou. Em seguida, voltou para o fogão e terminou os ovos e bacon, dourando os‐  enquanto ela 

observava. — O que você pode comer? — Perguntou ele. — Torrada. Croissant. Qualquer coisa seca. — O que pode beber? Ela torceu o nariz. — Principalmente Sprite, mas não temos nenhuma. Eu só peguei o essencial no supermercado 

ontem. Preciso fazer uma viagem de compras completa hoje. A careta dele se aprofundou enquanto colocava o pão na torradeira. — Nós precisamos conversar sobre o resto da mudança. Eu sei que você tinha planejado 

embalar caixas e outras coisas, mas não gosto da ideia de você ficar sozinha na casa embalando as coisas mais pesadas. Sei que você não quer contar para a família ainda, portanto, não podemos contar para eles o motivo que não quero que você se esforce muito. 

Ela começou a protestar, mas ele balançou a cabeça, seus olhos brilhando com a teimosia da qual os Kellys eram famosos. 

— Hoje é sábado. Não vamos treinar hoje então eu vou ver se meus irmãos estão livres para ajudar a embalar as caixas e colocá las‐  no caminhão. Se pudermos fazer tudo em um grande impulso neste fim de semana, então não ficaremos desembalando essa porcaria por semanas. 

Ela assentiu em concordância.  — Eu preciso ir às compras. Tenho uma lista cheia de coisas que precisamos. Vou chamar Rusty 

e ver se ela quer ir. — Boa ideia. Ele passou a manteiga levemente no pão torrado e deslizou o pires através do balcão em 

direção a ela. Seu estômago roncou, e sua boca molhou daquela forma nojenta que fazia pouco antes de ela normalmente passar mal. 

Ela olhou com cautela para o pão e depois para Ethan. Sua expressão estava preocupada, mas não conseguiria comer apenas para satisfazê lo.‐  

— Não posso, — ela disse honestamente.  

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— Há algo que eu possa fazer? — Ele perguntou ansiosamente. Ela sorriu e balançou a cabeça.  — Eu vou ficar bem. Não comi muita coisa no período da manhã nos últimos dias. Geralmente 

em torno de meio dia‐  meu estômago começa a protestar e exigir algo para comer. — Você tem algum desejo particular? Diga, e vou me certificar de que você o tenha para o 

almoço. Seu peito doía com o amor que sentia por ele. — Talvez não para o almoço, mas se alguém quiser acender a grelha hoje à noite e preparar o 

churrasco Kelly, eu certamente não iria reclamar. — Vou chamar Van para isso, — Ethan disse maliciosamente. — Ele não pode resistir a qualquer 

coisa para você. Se eu disser a ele que você quer churrasco, ele vai fazê lo.‐  Rachel balançou a cabeça, abafando o riso. —Okay, então consiga os caras para pegar o resto das coisas da outra casa, e eu irei às compras 

com Rusty. — Sim, — Ethan disse. — A menos que você precise de um dos rapazes para ir às compras com 

você. Eu não quero que você levante nada muito pesado. Ela revirou os olhos.  — Eu acho que consigo carregar mantimentos. Eu vou pegar algo para o churrasco, enquanto 

estiver fora também. Ethan assentiu. Rachel pegou o telefone celular no momento em que ele tocou. Olhou para o número 

chamando e apesar de reconhecê lo‐  como local, não o tinha em sua agenda. — Alô? — disse enquanto colocava o telefone no ouvido. — Sra. Kelly. Aqui é o Diretor Talbot do ensino médio. Como está? — Estou bem, obrigada — disse ela educadamente. — Peço desculpas por chamar você em um sábado, mas tenho uma situação com um de meus 

professores. A Sra. Ashton teve um acidente de carro na noite passada. — Oh, espero que ela esteja bem. — Ela vai se recuperar completamente. Mas ela vai ficar fora por várias semanas, e estou 

lutando para tentar preencher sua vaga. Gostaria de saber se você estaria interessada em assumir a classe dela enquanto ela estiver de licença. 

Os olhos de Rachel se arregalaram.  — Sim, sim, claro que sim. Ela podia ver as sobrancelhas de Ethan subindo interrogativas do outro lado do balcão, e 

levantou um dedo para sinalizar que o informaria em alguns momentos. — Isso é maravilhoso. Agradecemos sua boa vontade em colaborar. Se você puder chegar um 

pouco mais cedo na segunda feira,‐  um dos outros professores a informará onde as crianças estão.  

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— Tudo bem. Estarei lá. — Okay, então, eu a verei na segunda feira,‐  e mais uma vez, obrigado. — Sem problema! Vejo vocês então. Ela terminou a chamada e, em seguida, olhou para Ethan, a emoção dançando por sua espinha. — Uma das professoras vai ficar fora por algumas semanas, e eles querem que eu a substitua. Ethan ficou em silêncio por um momento. Suas palavras foram cuidadosas quando ele falou. — Você acha que é uma boa ideia? Voltar ao trabalho estando grávida? Ela lhe lançou um olhar de surpresa. Nunca lhe ocorreu que não ficaria bem. — Eu não estou dizendo que você não deve, — Ethan apressadamente acrescentou. — E 

certamente não estou dizendo que não quero que você trabalhe. Mesmo que eu não queira, — ele acrescentou com tristeza. — Eu só quero ter certeza que isso é algo que não fará mal a você ou ao bebê. 

Sua tensão diminuiu e ela sorriu.  — Nós vamos ficar bem. As mulheres grávidas trabalham todos os dias. Se eu tiver que ficar em 

casa pela minha gravidez inteira, eu vou ficar louca. Eu nunca vou conseguir. Ensinar vai me dar algo para me concentrar em vez de me preocupar obsessivamente com o bebê. 

Ethan assentiu.  — Eu só quero que você tenha certeza. — Eu tenho, — disse ela resolutamente. — Agora vou ligar para Rusty e sair ou não farei as 

compras que preciso. Estou com o meu coração no churrasco de hoje à noite.     Capítulo 6    Rachel verificou suas mensagens de texto e sorriu quando viu três de Ethan. Duas eram 

perguntando como ela estava lidando no trabalho, e a terceira era para informá la‐  que ele marcou uma consulta logo após a escola com um obstetra em Murray, Kentucky, o que não era muito longe de onde viviam, do outro lado da fronteira. 

Havia uma grande clínica para mulheres em Murray, e ela preferia usá la‐  em vez do hospital muito menor em Paris, Tennessee. 

Enviou um texto rápido em resposta dizendo que iria encontrá lo‐  na clínica e depois voltou sua atenção para os papéis na sua frente. Era o seu período de planejamento, e a sala estava vazia de alunos e estranhamente silenciosa. 

Seu primeiro dia tinha corrido bem. Muito melhor do que esperava. Estranhamente, não sofrera o ataque de nervos que tivera no dia em que substituíra a professora na semana anterior. 

Por enquanto, pelo menos, esta era a sua classe. Estes eram as suas crianças.  

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Franziu o cenho quando pegou a folha de uma das meninas de sua classe. Rachel sabia que a criança era particularmente brilhante. Suas notas refletiam uma natureza estudiosa e alguém que levava suas aulas muito a sério. 

O teste não tinha sido concluído. Havia rabiscos acima e abaixo nas margens. O nome fora preenchido e as poucas perguntas respondidas foram com “Eu não me importo” ou “Quem se importa?” O resto foi deixado em branco, e o papel foi usado e amassado, como se a menina houvesse se mexido e brincado com ele o período de testes inteiro. 

Rachel colocou o teste de lado, determinada a aprofundar ainda mais o assunto. Estava absorvida na correção do resto dos papéis de teste, quando a campainha tocou, 

assustando a‐  de sua concentração. Um momento depois, os alunos começaram a se apresentar na sala, e ela rapidamente procurou a menina cujo papel estava repleto de perguntas incorretas e sem resposta. 

Jennifer era o nome dela, e era uma bela menina tímida. Ainda não era como a maioria de suas colegas, que estavam começando a experimentar maquiagens e demonstrar um interesse louco por meninos. 

Rachel observou enquanto Jennifer tomava seu lugar e se curvava em sua mesa, sem olhar para qualquer lugar, exceto para frente. 

Algo estava terrivelmente errado, e Rachel só esperava que não fosse muito complicado. Foi difícil continuar casualmente a aula sem atentar para o fato de que estava preocupada com 

Jennifer. A última coisa que queria era deixar a garota desconfortável ou chamar a atenção para ela. Quando o sinal do final do dia tocou, liberando as crianças para seus respectivos ônibus e linhas 

do carro, Rachel deu um suspiro de alívio. — Jennifer, — ela chamou baixinho quando a menina levantou se‐  para sair da sala. — Posso 

falar com você um momento, por favor? Jennifer virou se,‐  os olhos arregalados com alarme. Nervosismo irradiava dela em ondas 

tangíveis, e ela se mexeu enquanto se aproximava da mesa. — Eu não vou retê la‐  por muito tempo assim você não vai perder seu ônibus, — Rachel disse 

gentilmente. — Eu estava olhando para sua folha de teste mais cedo e me perguntei o que estava errado. Não é como se você não tivesse um bom desempenho em um exame. Você é uma excelente aluna com média A em todas as disciplinas. 

O rosto de Jennifer se franziu enquanto as lágrimas brilharam em seus olhos. — Sinto muito, Sra. Kelly. Eu sei que o que fiz foi errado. Eu estava tão irritada e chateada. Rachel colocou a mão sobre a de Jennifer e apertou suavemente.  — Estou mais preocupada com você do que com uma série de testes. Está tudo bem em casa? — N não,‐  — Jennifer chorou. — Minha mãe e meu pai estão se separando e isso é muito ruim. 

Eles são tão egoístas. Brigam o tempo todo, e nunca pensam em ninguém além deles mesmos. Eles não se importam comigo.  

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O coração de Rachel afundou quando viu a devastação nos olhos da jovem. Treze anos era uma idade tão difícil em qualquer circunstância. E mais ainda quando toda sua família estava desmoronando na sua frente. 

— Sinto muito, querida — disse Rachel. — Eu sei como você deve estar chateada. Tenho certeza que sua mãe e seu pai te amam muito. Às vezes, os adultos esquecem se‐  e reagem emocionalmente, e muitas vezes dizem coisas que não pretendem. 

— Talvez, — Jennifer murmurou. — Que tal você vir aqui na sua pausa para o almoço de amanhã, e deixarei você retomar o seu 

exame, — Rachel ofereceu. Jennifer levantou a cabeça, os olhos um pouco mais esperançosos do que antes e não tão 

desolados.  — Você faria isso por mim? Eu não mereço uma segunda chance. Fiz uma grande asneira. Rachel sorriu.  — Querida, todos nós merecemos uma segunda chance. — Obrigada, Sra. Kelly. Você é a melhor. Eu vou estar aqui. Prometo. — Mantenha a cabeça erguida, okay? As coisas vão melhorar. Jennifer suspirou, mas não respondeu. Ela virou se,‐  segurando seus livros junto ao peito, e 

correu para a porta.     Rachel sentou se‐  em silêncio atordoado na sala de exame, com dificuldade de processar o que o 

médico dissera. Era chocante o suficiente descobrir que ela estava, por aproximação do médico, de pelo menos 12 semanas, mas quando ele fez o ultrassom interno para verificar a idade fetal, ele encontrou dois batimentos cardíacos. 

Gêmeos. Ela não conseguia sequer começar a entender. Suas mãos tremiam cada vez que afastava as‐  

uma da outra, então finalmente desistiu e deixou as‐  apertadas com força no colo. Ethan se inclinou contra a mesa de exame onde ela estava sentada, com as pernas balançando 

sobre a borda, e ele parecia tão em choque quanto ela. Sua respiração era explosiva na pequena sala. — Puta merda! — Ele suspirou. — Gêmeos. Então se virou para ela, com os olhos brilhando de emoção. — Gêmeos! — Disse novamente. Um sorriso largo se estampou no rosto dela, e então ela agarrou os ombros de Ethan, 

sacudindo o‐  em sua excitação. — Oh meu Deus, Ethan. Dois bebês.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 27

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Maya Banks KGI 5.5 

Sentia se‐  tonta, e por um momento cambaleou como uma menina bêbeda em saltos de dez centímetros. Ethan agarrou a‐  e segurou a‐  firme para que ela não caísse da mesa de exame. 

— Nossa, querida. Por que você não vem aqui e se senta. Eu não quero que você caia de cabeça. Ele a levou para a cadeira contra a parede e depois a soltou. Ajoelhou se‐  na frente dela, as mãos 

presas entre as dele. — Somos tão abençoados, — ela sussurrou. — Eu mal posso acreditar. Ele afastou o cabelo do rosto dela e colocou o‐  atrás da orelha. Havia preocupação, bem como 

alegria em seus olhos. — Nós vamos ter que tomar cuidado, querida. Você terá que ter calma. Eu não quero que nada 

aconteça com você ou com os bebês. Ela se inclinou para ele, tocando sua testa.  — Estou com muito medo, mas estou tão feliz e tonta que eu poderia explodir. Ele a beijou suavemente.  — Eu estou com medo também. Aterrorizado é provavelmente a melhor palavra. Desta vez vai 

ser diferente, Rachel. Eu juro. Ela olhou para ele longa e duramente, o amor brotando de dentro dela enquanto reconhecia a 

sinceridade de suas palavras. — Eu perdi muito de minhas memórias, — ela disse em voz baixa. — Algumas retornaram. 

Algumas ficaram enterradas. Mas, talvez, o aborto deva ser uma memória que ambos concordamos em pôr de lado e manter o passado onde ele pertence. Ele não tem lugar no aqui e agora, e não serve para nada a não ser para fazer nossos corações ficarem pesados com tristeza. 

Por um longo momento ele ficou completamente em silêncio. Havia uma riqueza de emoção queimando naqueles olhos azuis. Seus lábios eram firmes, quase como se ele estivesse mantendo uma coleira apertada sobre suas emoções para manter se‐  sob controle. 

— Eu te amo — disse ela. Ele puxou a‐  em seus braços e a segurou com tanta força que ela não conseguia respirar. Seu 

corpo inteiro levantou contra ela enquanto sua respiração arrancava se‐  entrecortada de seu peito. — Eu também te amo, — ele ofegou. — Deus, eu te amo muito, Rachel. Eu amo os nossos 

bebês. Lentamente, ele a soltou e se afastou, um olhar de espanto no rosto. — Nossos bebês, — ele sussurrou. Lágrimas deslizaram despercebidas por suas bochechas, e seu rosto doía pelo sorriso largo que 

arqueava seus lábios para cima. — Bem, eu acho que não tenho que me preocupar com a forma como a notícia foi recebida, — 

disse o médico da porta. Rachel e Ethan se viraram para ver o obstetra de meia idade‐  de pé na porta, com um sorriso no 

rosto.  

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Ethan se ergueu, e Rachel começou a se levantar, mas o médico acenou para ela ficar sentada. — Sente se,‐  sente se,‐  — ele insistiu. — Eu não vou demorar. Eu sei que tudo isso foi um choque 

para vocês, e vocês irão querer e precisar de tempo para absorver tudo isso. — Essa é uma maneira de colocar isso, — Ethan murmurou. O médico inclinou se‐  contra a mesa de exame enquanto estudava o gráfico dela. — Você teve aborto anterior, correto? Rachel assentiu, recusando se‐  a permitir que qualquer coisa amortecesse sua euforia. — Abortos são muito mais comuns do que a maioria das pessoas pensam, — continuou o 

médico. — Não há nenhuma razão óbvia para que você não seja capaz de ter uma gravidez perfeitamente normal e dar à luz dois bebês saudáveis, berrando. 

Ela sorriu para a imagem, e Ethan estendeu a mão para apertar a dela. — Você vai automaticamente para a categoria de alto risco, como qualquer grávida de gêmeos 

iria — disse com naturalidade. — Isso significa somente que você precisa tomar cuidado extra para descansar. Acalme se.‐  Não tente levantar algo pesado. Não exagere. O exercício moderado é bom. Nada muito extenuante. Certifique se‐  de que está comendo o suficiente. Se o velho ditado de comer por dois estiver correto, então, perceba que você está comendo por três. 

Ele riu quando disse a última frase. — Por enquanto quero vê la‐  uma vez por mês, e mais tarde vou querer vê la‐  a cada duas 

semanas. Eu a observarei muito mais de perto, e vamos monitorar os bebês, quando se aproximar a data de nascimento. Em alguns casos, torna se‐  necessário ter os bebês antes do período normal de gestação, mas há mais pares de gêmeos que nascem no prazo o tempo todo. Isso realmente depende de mãe e dos bebês. Mas vamos cruzar essa ponte quando chegarmos lá. Por agora vá para casa, comemore, tenha calma, e quero vê la‐  novamente em quatro semanas. Se tiver problemas ou dúvidas, não hesite em me chamar. 

— Obrigado, — Ethan disse, estendendo a mão. O médico sorriu e apertou a mão de Ethan e depois tomou a de Rachel.  — Parabéns a ambos. — Obrigada, — Rachel murmurou, ecoando as palavras de Ethan. O médico desapareceu, deixando os dois sozinhos na sala de exame. Quando Rachel se levantou 

da cadeira, a enfermeira lhe entregou um cartão de consulta e uma receita de vitaminas pré natais.‐  — Vamos querer refazer exames laboratoriais quando você vier no próximo mês apenas para 

ter certeza de que seus níveis de HCG estão onde deveriam estar. Nada para se preocupar. Apenas rotina. 

— Obrigada, — disse Rachel. A enfermeira sorriu e recuou da sala, em seguida, fez um gesto para Ethan e Rachel irem à 

frente dela.  

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Rachel passou pela sala de espera, entorpecida, em algum lugar entre o choque e a euforia total. Ela ainda não conseguira assimilar tudo. 

— Você vai ficar bem para dirigir? — Ethan perguntou, uma carranca cobrindo seu rosto. Ela piscou, lembrando que usaram veículos separados para ir à clínica. Ela sacudiu um pouco da 

névoa em torno de si e depois assentiu. — Eu estarei bem. Vou seguir você. Não faz sentido deixar meu carro aqui. Ele puxou a‐  em seus braços e lhe deu um beijo longo e doce. — Gêmeos. Eu ainda não consigo acreditar. Ela sacudiu a cabeça pesarosamente.  — Nem eu. Oh meu Deus. Você sabe que vai começar a aparecer em breve. A qualquer 

momento. Eu não posso acreditar que já estou com 12 semanas. Com dois bebês eu vou parecer uma bola de praia. 

— Vai ser a grávida mais adorável e linda que já existiu, — Ethan disse, com um brilho quente nos olhos. 

— Oh, Ethan. Eu mal posso me conter. Eu me sinto como se alguém fosse me beliscar a qualquer minuto e eu vou acordar e tudo isso terá sido um sonho. Esta semana foi maravilhosa. Nós nos mudamos para nossa nova casa. Eu voltei a lecionar. E agora vamos ter dois bebês em vez de um. 

A expressão dele ficou totalmente séria. Estendeu a mão para tocar seu rosto, acariciando a curva de sua bochecha com uma carícia suave como um sussurro. 

— Cada dia com você é um sonho do qual sempre temo que vou acordar. Você é um presente, Rachel. Você e os bebês são os presentes mais preciosos que já recebi. Eu não os mereço, mas por Deus, eu vou amar vocês pelo resto da minha vida.  

   Capítulo 7    Rachel estava do lado de fora de sua antiga casa, as chaves na mão, olhando para o lugar que 

ela chamou de casa por toda sua vida de casada com Ethan. O corretor de imóveis tinha acabado de sair, e uma nova placa de vende se‐  agora estava 

montada em frente ao quintal. Examinou seus sentimentos por algum sinal de arrependimento. Tristeza. Até mesmo nostalgia. 

Mas a única coisa que conseguia sentir era... Alívio. Agora que estava grávida, seu alívio foi agravado pelo fato de que não iria trazer seus bebês 

para um lugar que ainda tinha tanta escuridão para ela.  

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Respirou fundo e fez um esforço para esquecer. O passado. As memórias. A dor. E a tristeza. Havia muita alegria para substituir as tristezas do passado. Uma nova casa. Preciosos bebês aninhados em seu ventre. Um marido e uma família que a amavam muito. 

Fechou os olhos e deixou a aspereza dos ventos de outono soprarem sobre seu rosto. O arrastar de folhas na passarela de concreto e o leve cheiro de fumaça ao longe trazia para casa a temporada de mudanças. 

As mudanças estavam no ar. Alterando as estações. Mudando vidas. Tudo para melhor. O som de um carro esmagando o cascalho desviou a‐  de seu devaneio e ela se virou, as 

sobrancelhas arqueadas, enquanto olhava para ver quem se aproximava. Era o SUV de sua cunhada Sophie, mas quando ele parou, Sarah e Shea saltaram enquanto 

Sophie saía detrás do volante. — O que vocês estão fazendo aqui? — Rachel perguntou confusa. — Estamos sequestrando você para o jantar, — Shea disse presunçosamente. Sarah sorriu e assentiu.  — Sim. É exatamente o que estamos fazendo. Pensei em irmos para Big Sandy e comer no Feed 

and Grain Mill. — Oh que delícia. Vocês conhecem totalmente a minha fraqueza. — Pensei que você poderia ter um momento de garotas agora, — Sophie disse em uma voz 

suave. — Muita coisa está acontecendo com você ultimamente. — Isso soa absolutamente perfeito, — disse Rachel, aquecida pela amizade nos olhos de cada 

uma. Virou se‐  uma última vez e olhou para a concha vazia de uma casa. Não tinha poder sobre ela 

por mais tempo. Estava livre dela e das memórias que alojava. Poderia deixá la‐  agora e se concentrar no futuro. 

— Por que não seguimos para a nova casa para que você possa deixar seu carro, e então todas nós iremos juntas na minha SUV? — Sophie sugeriu. 

— Soa como um bom plano, — disse Rachel. — Eu vou com Rachel, — Shea se ofereceu. — Veremos vocês em um minuto. Shea subiu no banco do passageiro do Honda Accord de Rachel enquanto Rachel deslizava atrás 

do volante. — Sam está cuidando de Charlotte esta noite? — Rachel perguntou enquanto se afastavam. Shea riu.  — Ele e Nathan estão na Missão Babás. Vai ser interessante ver se o telefone de Sophie 

começará a tocar em uma hora. — Falando nisso, você pode pegar o meu celular e enviar a Ethan um torpedo dizendo lhe‐  o que 

estamos fazendo? Vai economizar tempo, se eu não entrar e explicar.  

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— Claro. Shea pegou o telefone de Rachel e trouxe Ethan nas mensagens de texto e imediatamente 

congelou. — Rachel. — Hum? — Rachel fez um som questionador, não tirando os olhos da estrada enquanto virava 

para fora do bairro e para a estrada. — Olha, eu não estava forçando, nem nada. É que a mensagem apareceu bem aqui e foi 

impossível não ver. Rachel ficou imóvel.  — Oh merda. Esqueci completamente. Eu nem estava pensando. — Isso significa que você está grávida? — Shea perguntou hesitante. Rachel suspirou.  — Sim, estou. Shea enviou lhe‐  um olhar dúbio. — Você não parece feliz com isso. Rachel se iluminou com um sorriso. Não parecia feliz? Nunca em um milhão de anos. — Eu estou nas nuvens, — ela disse suavemente. — Nós dois estamos. Eu não tinha planejado 

dizer a você ou a ninguém desta forma. Nós acabamos de descobrir. Foi um choque. Quando suspeitei, queria esperar até após o primeiro trimestre no caso... 

— Eu entendo, — disse Shea. — Mas, então, fui ao médico e estou de mais tempo do que eu pensava. E... — Ela olhou para 

Shea e mordeu o lábio para não gritar. — Nós vamos ter gêmeos. — Oh meu Deus, Rachel! — Shea gritou. — Puta merda. Gêmeos. Você está falando sério? Rachel assentiu, sorrindo o tempo todo.  — Mas você não pode dizer a ninguém ainda. Nós queremos esperar pela hora certa. E 

sinceramente preciso de alguns dias para me acostumar antes de enlouquecer a família com uma notícia como essa. 

— Oh Rachel, estou tão feliz por você e Ethan, — Shea disse com um suspiro sonhador. — Eu sei o quanto isso significa para você. Oh meu Deus, estou tão animada! Eu vou ser tia! 

— Você já é tia, imbecil, — Rachel disse, rindo. — Sim, mas Charlotte já estava aqui quando eu cheguei. Esta será a primeira vez que estarei 

aqui desde o início. Rachel estendeu a mão para apertar a dela.  — Estou feliz por você estar aqui conosco, Shea. Queria que Grace pudesse estar aqui mais 

vezes. A expressão de Shea não se alterou com a menção de sua irmã. Grace estava casada com Rio, 

um dos líderes da equipe KGI, e eles viviam em Belize quando Rio não estava fora em missões.  

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O que fazia as irmãs tão únicas é que ambas tinham habilidades telepáticas e podiam se comunicar a grandes distâncias. 

— Eu falo com ela diariamente, — Shea disse alegremente. — É quase como tê la‐  aqui. E Rio a traz quando ele sai em missão. Ele odeia a ideia de Grace e Elizabeth ficarem sozinhas. 

Elizabeth era a menina pré adolescente‐  que Rio e Grace adotaram depois que o pai dela foi morto na missão que colocou Rio e Grace juntos. Rio era insensatamente protetor com ambas. Mas, na verdade, todos os homens da KGI tinham estrias de proteção de um quilômetro de largura. 

Enquanto começaram a percorrer a pista sobre a ponte de onde Rachel quase despencara, suas palmas das mãos ficaram suadas no volante, e foi instintivo acelerar enquanto permanecia na extrema parte de dentro da pista. 

Quando terminaram de atravessar, o volante estava úmido sob as palmas de suas mãos. Ela tinha esperança de que um dia conseguiria dominar o seu medo da ponte, mas a simples 

visão dela ainda enviava uma onda de pânico em sua espinha. Quando pararam nas portas do complexo, por um momento Rachel esqueceu o código de 

segurança. Ficou olhando para o teclado, sentindo se‐  como a maior idiota. — 39561 * 425, — Shea forneceu. — Obrigada, — Rachel disse enquanto teclava — Eu ainda não estou acostumada a ter acesso a 

minha casa através de uma rede de segurança. — Toda essa segurança faz os rapazes se sentirem melhor, — disse Shea com um encolher de 

ombros. —Eu acho que no momento em que as crianças vierem, vamos sentir o mesmo. — Você tem razão, — Rachel reconheceu. E era verdade. Ela queria seus filhos seguros acima de tudo. Com as coisas que já aconteceram 

com a família ao longo dos últimos anos, não era um exagero acreditar que seus filhos estariam em risco. 

Era uma dura realidade da profissão que os Kellys assumiram e as missões com que estavam envolvidos. 

Dirigiu em direção a sua casa. A ideia de viver em um complexo com outros membros da família soava um pouco piegas e até mesmo um pouco assustador na superfície. Mas cada casa foi criada para que mantivesse a privacidade das outras. Eles podiam ver o resto da família, muito ou pouco, como quisessem. Não era diferente de viver em qualquer outra subdivisão planejada. Pelo menos, desse jeito eles podiam escolher os seus vizinhos. 

As casas estavam espalhadas pelo lago de forma que cada um tinha uma vista magnífica da água. As instalações de formação e a sala de guerra, onde a maior parte do planejamento e preparo eram feitos estavam bem longe das casas, de modo que havia pelo menos uma aparência de normalidade nas residências.  

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Até agora, os únicos resistentes eram Donovan e Joe e depois, claro, Frank e Marlene. Sam estava trabalhando firmemente com seus pais, mas eles se recusavam a considerar a mudança da casa em que viveram por quarenta e tantos anos. 

Rachel não podia culpá los,‐  mas ela, como Sam, se preocupava com a segurança deles. Marlene já tinha sido sequestrada uma vez. Tinha sido um lembrete para todos eles como o perigo espreitava perto em todos os momentos. 

Ethan estava esperando por elas, encostado em sua caminhonete, enquanto Rachel saía. Ele ofereceu um sorriso a Shea e disse um Olá, justo quando Sophie parou atrás de Rachel em sua SUV. 

— Noite de meninas, hein? — Ele disse enquanto dava um beijo na boca de Rachel. — Isso. Sam e Nathan estão segurando as pontas para Sam e Sophie. Você deve ir oferecer lhes‐  

apoio moral. Ethan riu.  — O mais provável é que eu vá assistir enquanto Charlotte pinta as unhas eles, e depois eu vou 

começar a chamá los‐  de bonecas. Sophie olhou para Ethan.  — Espere, Ethan. Seu dia está chegando. A Srta. Charlotte vai encurralá lo,‐  e eu garanto que 

você não vai dizer não àquela criança, e acabará ostentando unhas cor de rosa brilhante nos dedos das mãos e dos pés. 

— Deus me ajude, — Ethan murmurou. O resto das mulheres riu. — Está pronta Rachel? — Sophie perguntou. — Divirta se‐  e tome cuidado, — Ethan disse enquanto as mulheres se viravam para ir embora. Rachel e as outras acenaram e, em seguida, voltaram para a SUV de Sophie. Trinta minutos mais tarde, estavam sentadas em uma das mesas redondas no Big Sandy Feed 

and Grain Mill bebericando chá gelado e à espera da comida chegar. Sarah limpou a garganta.  — Eu proponho um brinde. Sophie agarrou sua caneca em forma de vidro de conserva.  — Oh diga. Eu estou pronta para um bom brinde. — Para que os Kellys continuem saindo por cima como sempre fazem, por muitos e muitos 

anos— Sarah disse solenemente. — E! — Ela afastou a caneca antes que as outras brindassem. — Para o novo começo de Rachel e Ethan. 

Shea enviou a Rachel um sorriso secreto e, então, levantou a taça. Rachel sorriu para as cunhadas e disse: 

— Vou certamente beber a isso.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 34

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O resto da noite foi passado rindo e zombando dos homens Kelly, mas era óbvio que as mulheres adoravam seus maridos além da razão. Também ficou evidente que os irmãos Kelly amavam suas esposas ferozmente. 

Rachel olhou melancolicamente para suas irmãs pelo casamento e imaginou as‐  todas com crianças. Feriados e aniversários. Todos reunidos sob o mesmo teto com Frank e Marlene olhando para sua ninhada de filhos, tanto de sangue quanto de coração. Marlene tendia a reivindicar as pessoas, elas querendo ou não. 

Com esse pensamento especial aleatório, a testa de Rachel enrugou, e ela franziu a testa. — Alguém viu Sean ultimamente? Com a loucura da mudança e voltando a ensinar, eu não o 

vejo há semanas. E ele não veio ajudar na mudança, o que não é típico dele. Ele está sempre tão disposto a aparecer e dar uma mão. 

Sean estivera lá mais de uma vez por Rachel quando ela ainda estava encontrando seu caminho no rescaldo do seu regresso para casa. O Adjunto do xerife era mais jovem do que todos os irmãos Kelly, mas era tão sólido e confiável como alguém bem acima de sua idade. 

— Eu ouvi Sam falando com ele outro dia no telefone, — Sophie falou. — Sean está trabalhando em um caso em cooperação com o Condado de Henry e a polícia estadual. Parece que é um grande cartel de drogas. Eles prenderam caras da cidade e da região por isso. Ele está trabalhando muitas e longas horas. Sam pareceu preocupado com ele. 

Rachel suspirou.  — Há momentos em que eu queria que ele fosse trabalhar para a KGI, mas ele não tem 

experiência ainda, e então eu penso o quanto é estúpido eu achar que ele estaria mais seguro saindo para os tipos de missões que nossos maridos fazem. 

Sarah assentiu.  — Eu entendo o que você quer dizer. É reconfortante pensar que ele possa ter esse tipo de 

sistema de suporte, sabe? Não sabemos nada sobre o tipo de homens com quem Sean trabalha atualmente, mas certamente sabemos que nossos rapazes cuidariam dele. 

— Isso é exatamente o que quero dizer, — disse Rachel concordando. — Eu fiquei feliz quando Swanny se juntou a eles. 

— Oh, eu também, — disse Shea rapidamente. — Meu coração dói por ele. Ele é tão... Sozinho. Se você soubesse o que ele e Nathan suportaram... 

A voz dela sumiu e suas feições ficaram desoladas. Rachel estendeu a mão para apertar a dela. Shea tinha passado por muita coisa para ajudar Nathan e Swanny a escapar depois de meses sendo torturados pelo inimigo. Ela mais do que ninguém sabia exatamente o que os dois homens tinham sofrido. Ela sabia por que ela sofrera junto com eles e para eles. 

— Mamãe Kelly vai trabalhar sobre ele, — Sophie disse com uma risada. — Você vê como ele fica ao redor dela? É tão bonito. Ele fica completamente desnorteado com ela. Ela lhe dá um tapinha  

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e o chama de seu bebê, e eu juro que aquele cara enorme simplesmente se derrete em uma poça aos pés dela. 

Todas riram e calor encheu o coração de Rachel. A vida era boa. A melhor. Estava cercada por pessoas que a amavam e que ela amava com todo seu coração. 

Não havia um único Kelly de nascimento ou por casamento que não faria tudo que pudesse para ajudar a outro membro da família. Pensou brevemente na Jennifer de sua classe e como a menina estava destroçada por que sobre sua família estava se deteriorando. 

Engoliu o nó na garganta. Mas, pela graça de Deus eu vou. A sua família também estivera assim. Só que ela conseguira uma segunda chance. Redenção — Você acha que PJ vai voltar? — Sarah perguntou em voz baixa. — Estou tão preocupada com 

ela. As outras ficaram em silêncio. PJ tinha sido fundamental na vida de cada uma. Ela foi na missão de resgate de Rachel da 

Colômbia. Estivera lá quando Sophie foi trocada por Marlene Kelly e voltou para seu louco pai. Estivera lá quando o irmão de Sarah morreu recebendo uma bala destinada a Sarah. E ela foi fundamental para reunir Shea com Nathan quando Shea foi sequestrada pelas pessoas que perseguiam Shea e sua irmã, Grace. Aliás, ela estava lá cobrindo os maridos das mulheres quando Grace se rendeu, a fim de impedir que os membros da KGI morressem. 

PJ era uma peça da KGI. Ela estava sempre lá, protegendo seus maridos quando eles colocavam suas vidas em risco. Rachel nunca seria plenamente capaz de expressar a sua gratidão para com a outra mulher. Simplesmente não havia palavras adequadas. 

Ela só esperava que tivesse a oportunidade de tentar um dia. PJ sumido do mapa meses antes e sua equipe estava de luto pela perda. Eles não eram os mesmos sem ela. 

— Eu me preocupo com ela também, — Sophie disse suavemente. — Ela vai voltar, — Shea disse, confiante, embora sua voz não tivesse convicção. — Ela é dura e 

é uma lutadora. Eu não a vejo fraca. Ela só precisa de tempo. Todas concordaram com isso. Era um conceito com o qual estavam familiarizadas. O tempo 

curava todas as feridas. Tempo e... Amor. Sarah olhou para o relógio e estremeceu com pesar. — É melhor terminarmos logo. Sei que os rapazes têm que acordar cedo amanhã para 

treinamentos. — Eu tenho que acordar cedo para o trabalho, — Rachel disse em um tom pesaroso. Ela 

suspirou. — É tão agradável dizer isso novamente. — Você está gostando? — Sarah perguntou. — Eu realmente estou — respondeu Rachel. — Eu não percebi o quanto perdi até que voltei no 

primeiro dia. Eu amo ensinar. É uma parte de quem sou, e estou cansada de ser uma pessoa diferente.  

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— Bom para você, — disse Sophie, estendendo a mão sobre a mesa para apertar a de Rachel. — Estamos todos muito orgulhosos de você, Rachel. Você é um exemplo. Estou tão feliz que minha filha tenha você para admirar. 

A boca de Rachel se abriu de espanto, e ela olhou para as outras mulheres, como se elas tivessem perdido a cabeça. Então ela riu, porque simplesmente não conseguiu se controlar. 

— Não ria, — Sarah disse em sua voz calma. — Estamos todos conscientes de sua história. O que você suportou. Como nunca desistiu. E como foi resistente. É preciso uma mulher muito forte para suportar o que você suportou e não só sobreviver, mas triunfar sobre a adversidade. 

— Oh Deus, meninas, não me façam chorar, — Rachel disse sufocada. Enxugou furiosamente os olhos para impedir o fluxo de lágrimas. Risos contornaram a mesa, quebrando o tom sério que se estabeleceu sobre o grupo. Elas 

pagaram a conta e depois se dirigiram para a caminhonete. Quando voltavam, a mão de Rachel foi inconscientemente para a barriga, e ela se maravilhou de 

que estava protegendo duas vidas minúsculas nas profundezas de seu ventre. Não podia esperar para contar para o resto da família. Não podia esperar para curtir a alegria do 

momento. Seria o seu momento ao sol depois de uma longa permanência nas sombras.     Capítulo 8    — Você aproveitou a sua noite fora? — Ethan perguntou enquanto a puxava contra ele no sofá. Ela se aconchegou nos braços dele, apreciando a sensação do peito nu contra sua face. Ela usava outra daquelas pequenas e sensuais roupas de dormir que sabia que o deixavam 

louco, e ele estava usando cueca boxer. Ela adorava as noites como esta, quando apenas se aconchegavam no sofá e assistiam televisão ou simplesmente conversavam sobre nada. 

— Foi muito divertido. Faz tempo desde que fizemos qualquer coisa juntas. Todos estávamos tão ocupados, e Sarah e Garrett, e Nathan e Shea estavam fora em lua de mel. 

— E nós estávamos em mudança, — acrescentou ele. — Sim, finalmente, — disse ela com um suspiro feliz. Ele estava ainda contra ela, sua respiração suave e uniforme, mas estava tenso, os músculos 

duros e não relaxados. Depois de um momento, ela se ergueu e inclinou a cabeça de forma questionadora. 

— Tem alguma coisa errada, Ethan? Sua testa franziu por um momento, e então ele se ergueu até o cotovelo para que seus rostos 

estivessem nivelados. Ele parecia hesitante em dizer o que estava em sua mente. — Tenho a impressão de que você estava ansiosa para se mudar, — ele começou.  

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Ela assentiu. — Quer dizer, eu sei que você estava animada com a nova casa. Mas acho que não entendo...  Ele abaixou a cabeça e, em seguida, fechou os lábios, quase como se tivesse decidido não dizer 

o que estava importunando o.‐  — O que você não entende? — Ela perguntou. — Eu admito que fiquei surpreso quando você escolheu um design tão dramaticamente 

diferente da nossa antiga casa. Era quase como se você quisesse que nada fosse o mesmo. E depois você parecia tão aliviada quando se mudou, e eu notei que está mais feliz desde que começamos a viver aqui. 

Ela estudou o‐  um momento, odiando a conversa que sabia que seriam forçados a ter.  — Isso o incomoda. Ela não colocou isso como uma pergunta, porque era óbvio que o incomodava. — Sim, eu acho que sim, — ele admitiu. Então ele balançou a cabeça. — É estupidez minha. 

Estou feliz que você esteja feliz. Eu quero que você seja feliz. — Eu sou — disse ela suavemente. — Mas você não estava feliz na antiga casa. Lentamente, ela assentiu, sabendo que não poderia mentir para ele. Ela não mentiria para ele, 

nem mesmo para poupar seus sentimentos. — Por quê? — Ele perguntou, com a voz embargada com a única palavra. Ela se ergueu até que reposicionou se‐  para que se sentasse em frente a ele, com os joelhos 

dobrados contra seu peito e o quadril firmemente situado em sua virilha. — Você precisa entender o que significava para mim... — Disse ela, em voz baixa. — Recuperar 

memórias em momentos aleatórios. Cada vez que algo voltava para mim, era fresco e vibrante em minha mente. Como se tivesse acabado de acontecer naquele momento, em vez de anos antes. E nem todas eram lembranças felizes. 

Olhou impotente para ele, sabendo que não havia maneira de fazer com que fosse mais fácil para ele ouvir. 

Ele recuou, mas manteve seu olhar, como se estivesse determinado a pagar sua penitência e não se afastar do lembrete das coisas que ele dissera e fizera. 

— Alguns dos piores momentos da minha vida aconteceram naquela casa — disse ela, uma dor em sua voz. — Eu apenas senti que, se eu fosse realmente ter um novo começo, teríamos que começar com uma lousa completamente limpa. E nós temos isso agora. Uma nova casa exatamente a tempo para os bebês preciosos que teremos. Um lugar onde poderemos começar de novo e criar novas memórias para substituir as dolorosas. 

A umidade brilhou nos olhos de Ethan antes de ele piscar. Em seguida, ele a puxou, colocando a mão na parte de trás do seu pescoço. Suas testas se tocaram e depois suas bocas. 

— Eu te amo, — ele disse, sua voz entupida com pesar e muita dor.  

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— Eu também te amo, — ela sussurrou de volta. — Esta casa vai guardar apenas boas lembranças para você, — ele prometeu. — Para você, para 

mim e para os bebês. Nós vamos começar com o pé direito. Ela sorriu.  — Sim, nós vamos. — Nós ainda não batizamos o novo quarto, — ele disse, sua voz rouca e carregada com 

sugestão. — Mmm, como pudemos perder isso? — É um erro que eu tenho que corrigir imediatamente. — Eu concordo. Ele levantou se‐  e, em seguida, inclinou o sofá para que pudesse se levantar sem deixá la‐  se 

espalhar. Então simplesmente estendeu a mão e arrancou a‐  do sofá. Ela pousou suavemente contra seu peito, seus braços firmemente ao redor dela. Protetores. E 

tão adoráveis. Ele a levou para o quarto e deitou a‐  na cama, olhando para ela com uma promessa pecaminosa 

em seus olhos. As mãos dele deslizaram até as coxas, e ele deslizou seus dedos por baixo da cintura do short de 

cetim. Quando começou a puxar lentamente para baixo, seus olhos escureceram, e ele olhou acusadoramente para ela. 

— Sem calcinha? Você pretendia me seduzir o tempo todo. Ela deu lhe‐  um olhar exageradamente inocente, arregalando os olhos enquanto olhava 

fixamente para ele. — Talvez... Ele riu e depois baixou a boca até a suave junção de suas pernas, pressionando um beijo no “V”. 

Ela estremeceu e fechou os olhos enquanto arrepios corriam sobre sua barriga e seus seios. Enquanto ele se aninhava mais fundo na carne macia entre as pernas dela, as mãos vagaram 

para cima, deslizando a blusa do pijama sobre os seios. Assim que seus dedos encontraram os mamilos dolorosamente eretos, a língua sobre seu clitóris bateu para enviar outro espasmo de derreter os ossos ao ponto de fusão de prazer através de seu corpo. 

Sua palma deslizou pelo cabelo dele enquanto os dedos flexionavam e enrolavam em sua cabeça. Era uma imagem erótica, ser orientadora e orientá lo,‐  segurando o‐  lá para que sua língua atingisse apenas nos lugares certos. 

Ela gemeu baixinho e se arqueou contra ele quando alcançou o prazer que ele oferecia. Ele levantou a cabeça e, em seguida, moveu se‐  para cima de seu corpo para remover a parte 

superior completamente. Depois que a retirou, baixou a cabeça até sua barriga. Enquadrando a cintura em suas grandes mãos, concedeu o mais meigo dos beijos diretamente sobre seu ventre onde seus filhos estavam aninhados.  

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— Sua mamãe e seu papai não podem esperar para conhecer vocês, — ele sussurrou contra sua pele. 

— Ethan, eu preciso de você, — ela pediu, com o coração tão cheio de amor que estava perto de estourar. — Faça amor comigo, por favor. Eu não quero esperar. Preciso de você dentro de mim. 

Ele não se moveu imediatamente. Em vez disso, pressionou um rastro de beijos até sua cintura antes de se mover para o seio. Lambeu uma trilha ao redor de um mamilo enrugado e depois chupou. 

Ele foi primorosamente suave. Parecia saber o quanto seus seios estavam sensíveis devido a gravidez. A menor manipulação a deixava ofegante e seus sentidos gritavam por misericórdia. 

Sua cabeça escura moveu se‐  para o outro mamilo, e ele preguiçosamente traçou uma linha semelhante em torno do pico rígido antes de colocá lo‐  na boca para chupar. 

Em turnos, dava a cada seio puxões cuidadosos com a boca, aumentando seu prazer e tecendo uma tensão deliciosa em seu corpo. Ela enrolou mais e mais enquanto a mão dele deslizava entre as pernas para trabalhar a sua magia contra a carne úmida e inchada. 

— Dentro de mim, — ela ofegou. — Ethan, por favor. Ela estava desesperada para essa conexão. Para estarem unidos na forma mais íntima que duas 

pessoas poderiam estar. Queria sentir seu corpo grande pairando protetoramente sobre o dela. Senti‐lo entrando e saindo enquanto ela se esticava para acomodá lo.‐  

Os olhos dela se fecharam enquanto ele girava sobre ela, sua perna se movendo agressivamente sobre a dela enquanto se preparava para montá la.‐  

Ah, mas ela adorava a maneira como se sentia pequena e delicada debaixo de seu corpo solidamente musculoso. O corpo de um guerreiro. Magro e duro. Nenhuma carne sobrando em qualquer lugar. Havia poder em todos os seus movimentos. E por isso ele sempre teve cuidado com ela. Seria tão fácil machucá la‐  com sua força. 

— Eu quero você comigo, — ele disse em uma voz rouca e necessitada. Ela deslizou as mãos por seus braços até os ombros largos, onde deixou suas unhas se cravarem, 

marcando o.‐  — Eu estou sempre com você, Ethan, — ela disse suavemente. Ele fechou os olhos e gemeu quando se posicionou em sua abertura. Ela podia ver a tensão em 

sua mandíbula. Sabia o quanto ele estava esforçando para se controlar. Em seguida, ele empurrou, deslizando para dentro dela, esticando a‐  e obrigando a‐  a acomodar 

sua largura. Ela suspirou e derreteu de volta contra o colchão. A sensação de se encaixar tão 

confortavelmente em torno dele era maravilhosa. Não havia nenhuma parte dela que não fosse tocada pela sua posse. 

Ele flexionou se‐  para empurrar as pernas dela para cima. Obrigou a‐  aceitar tudo dele, angular para que ele pudesse deslizar todo o caminho. Seus quadris encontraram as costas das pernas dela, em seguida pressionou ainda mais firme enquanto empurrava ainda mais duro.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 40

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Maya Banks KGI 5.5 

Ela estava em chamas. Remexeu inquieta enquanto ele se retirava e empurrava profundamente novamente. E então, novamente. 

Sua boca desceu quente e úmida no ombro dela e encheu de beijos o caminho até o pescoço. Beijos ofegantes, escaldantes, com a boca aberta. Sua língua acariciou o lóbulo de sua orelha, e então seus dentes roçaram sobre a pele sensível. 

Ela estremeceu incontrolavelmente enquanto seu orgasmo avolumava, piscando como um céu cheio de fogos de artifício. Ondas de prazer percorreram seu corpo, mais rápido e mais rápido, mais e mais, até que tudo liberou em uma explosão enorme e tumultuosa. 

Envolvendo os braços ao redor dele, prendeu o‐  perto, absorvendo seu gosto, seu cheiro, a sensação dele tão profundamente dentro dela. Seu batimento cardíaco constante contra o dela. O calor de seu corpo enquanto ele a cobria. 

— Eu amo você, — ela sussurrou contra sua pele. — Este é o nosso momento. Nosso começo. Você, eu, e nossos filhos. 

Ele estremeceu contra ela, suas palavras parecendo levá lo‐  ao limite. Mergulhou fundo e depois ficou rígido em cima dela enquanto seu corpo tremia e arfava. 

Ele a tomou em seus braços, moldando a‐  contra ele enquanto pulsava dentro dela. — Eu também te amo, meu amor, — ele sussurrou. — Para sempre. Você é minha. Sempre 

minha. Eu nunca a deixarei ir embora novamente. Ela sorriu, abraçando o‐  muito mais forte. Não importava o que o futuro reservava para eles, ela 

sabia que iriam enfrentá lo‐  juntos. Ela nunca teria que ficar sozinha novamente.     Capítulo 9    Rachel comeu seu almoço em sua sala de aula, esperando que Jennifer aparecesse para refazer 

o teste. Olhando para o relógio, estava pronta para admitir a derrota quando a porta se abriu e Jennifer espiou dentro. 

Rachel sorriu e fez sinal para ela entrar. — Estou muito atrasada? — Jennifer perguntou. — Claro que não. Você tem tempo de sobra, e quero que não se apresse com isso. Rachel pegou a folha e estendeu a‐  para Jennifer pegar. Jennifer sorriu timidamente, pegou o 

teste, e depois foi se sentar na primeira fila de mesas. Rachel a observou pelos cílios semicerrados fingindo corrigir outros testes. A testa de Jennifer 

estava vincada em concentração, e ela mordiscava o apagador da ponta do lápis enquanto lia atentamente todas as perguntas. 

Segurando um sorriso de triunfo, Rachel fez um gesto de yesss mental.  

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Quando a campainha tocou sinalizando o fim do almoço, Jennifer ficou de pé, um sorriso satisfeito no rosto. 

— Eu terminei, — ela anunciou. — E acho que fui bem. — Muito bom, — Rachel disse com orgulho. — Eu sabia que você poderia fazer isso. — Obrigada, Sra. Kelly. Por me dar outra chance. Eu não vou deixar isso acontecer novamente. — Cuide para que não aconteça, — Rachel disse secamente. Mas suavizou a declaração com um 

sorriso genuíno. — Vá em frente e tome o seu lugar. Os outros virão em breve. Você precisa de uma ida ao banheiro antes da próxima aula começar? 

Jennifer balançou a cabeça. — Não, senhora. Estou bem. Obrigada. As crianças começaram a entrar ruidosamente, o rugido do corredor invadindo a sala de aula. Rachel levantou se‐  para limpar a lousa da aula anterior para que pudesse começar de novo para 

este período. Depois de limpá la‐  e elaborar o esboço, virou se‐  e ficou surpresa ao ver um homem de pé no fundo da sala. 

— O senhor não pode ficar aqui — disse ela. Ele não tinha o crachá de visitante. Ela não recebeu nenhum telefonema da diretoria para 

informar que um pai estava chegando. Um alarme imediatamente disparou, e ela alcançou o botão de pânico que tinha sido instalado debaixo da mesa no ano anterior. 

Talvez estivesse se precipitando, e talvez estivesse sendo estúpida e exagerada. Mas quando era para a segurança de seus filhos, ela realmente não dava a mínima se acabasse por ser um falso alarme. 

O alarme silencioso iria colocar a escola imediatamente em confinamento. A polícia local seria notificada e convergiria no campus com uma velocidade espantosa. Todos levavam a segurança nas escolas muito a sério por aqui. E, bem, em todos os lugares. Tiroteios em escolas se tornaram tão comuns que nenhuma margem era dada, e a polícia era rápida em acabar com qualquer ameaça. 

Os estudantes se viraram para ver a quem ela estava se dirigindo. Jennifer ficou pálida. — Pai! O que você está fazendo aqui? — Ela sibilou. Mas seu pai não olhava para ela. Ele nem mesmo a reconheceu. O coração de Rachel despencou 

quando ele levantou a mão para revelar a pistola que carregava. Seus instintos não estavam errados. — Todo mundo se abaixe! — Rachel gritou. — Sob suas mesas! Houve uma série de gritos e mesas raspando no chão enquanto os estudantes corriam em busca 

de cobertura. — Todo mundo parado! — O pai de Jennifer rugiu. Ele acenou com a arma precariamente e o coração de Rachel quase parou por medo de a arma 

disparar e uma das crianças ser pega no fogo cruzado. Só Jennifer permanecia onde estava. Ela estava apavorada, totalmente pálida, e olhando para 

seu pai em descrença absoluta.  

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— Pai, o que você está fazendo? — Jennifer perguntou em voz trêmula. — Por que você está aqui? Onde conseguiu essa arma? Você está me assustando! 

Por um momento, o rosto do homem se suavizou quando olhou a filha, e então sua expressão endureceu, e ele acenou com a arma na direção de Rachel. 

— Tudo vai ficar bem, uma vez que ela faça uma chamada para mim, — ele murmurou. À distância, sirenes podiam ser ouvidas, e o pai de Jennifer congelou. Em seguida, ele correu 

para a janela para olhar para fora e soltou uma série de palavrões. Soluços subiram de várias das crianças, mas a maioria estava amontoada sob suas mesas muito 

petrificadas para fazer qualquer som. — O que você fez? — Ele enfureceu se‐  com Rachel. — Você os chamou? Como eles souberam 

tão rápido? — Alguém deve ter te visto através da janela, — Rachel disse calmamente. — Você estava com 

seus olhos em mim o tempo todo. Eu não fiz nenhum telefonema. Ele olhou desconfiado para ela e depois acenou com a arma em sua direção. — Feche as cortinas. Feche agora! Rachel correu para fazer o que ele pediu, seu coração batendo como uma britadeira no peito. — Papai, não a machuque, — Jennifer implorou. — Ela é legal. Por favor, não faça mal a 

ninguém. Vamos apenas ir para casa, por favor. — Sua mãe não vai permitir, — ele rosnou. — Ela emitiu uma ordem de restrição. A puta 

estúpida se recusa a permitir que eu veja você. Diz que ela vai ficar com a custódia integral no divórcio. Isso não vai acontecer. Eu planejo me certificar disso. 

— Senhor, por favor, ouça a sua filha, — Rachel disse em um tom suave e apaziguador. — Você nunca será capaz de vê la‐  se estiver trancado em uma cela de prisão, e se alguém se machucar hoje, você ficará preso por um tempo muito longo. 

Suas palavras pareciam enfurecê lo‐  mais. Ele avançou como se fosse golpeá la,‐  mas Jennifer se jogou na frente de Rachel, espalhando os braços, em um esforço para protegê la.‐  

Rachel abraçou Jennifer junto dela e, em seguida, empurrou a‐  para detrás de suas costas.  — Fique aí, querida, — ela sussurrou. — Não se mexa. Apenas fique quieta e deixe me‐  falar com 

ele. Jennifer soltou um gemido, mas fez o que Rachel disse. — Qual é o seu nome? — Rachel perguntou em um tom calmo, quase como se estivessem 

trocando conversa normal ou que ele fosse um pai que tivesse entrado para uma reunião. Ele pareceu confuso e respondeu automaticamente.  — Kent. Kent Winstead. — Sr. Winstead, você tem uma filha extremamente brilhante. Ela se destaca em todas as suas 

aulas. Tenho certeza de que está muito orgulhoso dela. Ele pareceu confuso com a mudança na direção da conversa.  

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— Bem, é claro que eu tenho orgulho dela. Herdou meu cérebro. A mãe é tão burra como um tijolo. 

Atrás dela, Jennifer soltou um suspiro de dor, e o coração de Rachel doeu ainda mais por ela. — Trabalhe comigo em uma solução para isso, — Rachel disse calmamente. — Diga me‐  o que é 

que você quer para que eu possa ajudá lo.‐  As crianças estão assustadas. Sua filha está apavorada. Tenho certeza de que a última coisa que você quer é assustar os alunos. 

Ele olhou rapidamente enquanto inspecionava todas as crianças amontoados sob suas mesas, muitas com lágrimas nos rostos devastados. 

— Eu não quero assustá los,‐  — ele murmurou. — Mas eu tenho que fazer o que preciso fazer. — E o que é que você pretende fazer? — Ela perguntou. Suas sobrancelhas franziram como se ele não tivesse considerado exatamente qual seria seu 

plano, mas provavelmente ele não tinha um plano claro. Ele agiu em desespero, e agora arruinou qualquer chance que tinha de estar com a filha. Não que ela lhe diria isso agora. Isso iria enviá lo‐  direto além de seu limite. 

— Eu quero que você chame a polícia — disse ele firmemente. Ela assentiu. — Eu posso fazer isso. Você vai me permitir chegar até o meu celular? Asseguro lhe‐  que não 

estou armada. Eles não permitem armas na escola. Ele levantou a arma, apontando a‐  para ela, e então concordou.  — Pegue o telefone, mas não chame ninguém ainda. Eu preciso dizer lhe‐  o que falar. Não tente 

nada estúpido. Não quero machucar ninguém, mas machucarei se você me obrigar. — Nós dois queremos a mesma coisa, Sr. Winstead. Garanto lhe‐  que você tem a minha total 

cooperação. Ela alcançou a bolsa devagar, certificando se‐  de que ele pudesse ver dentro o tempo todo 

enquanto ela pegava seu telefone celular. Puxou o‐  para fora e simplesmente segurou o‐  de maneira que ele tivesse uma visão clara, e então olhou para ele com expectativa. 

— O que você gostaria que eu falasse à polícia? Ele esfregou o queixo com a mão livre, o tempo todo apontando a arma para ela. A forma como 

a mão dele tremia colocava medo em seu coração. Ele estava cheio de adrenalina, e um movimento errado podia significar sua morte. A morte de seus bebês preciosos. 

Ela engoliu em seco, recusando se‐  a ceder ao pânico crescente. Ela resistiu ao pior e sobreviveu. Iria sobreviver a isso. Seus bebês estavam contando com ela. Ethan estava contando com ela. Ela não iria colocá lo‐  no inferno de sua morte mais uma vez. 

— Por favor, abaixe a arma, — disse ela, permitindo que sua voz tremesse. — Eu não consigo pensar por que estou aterrorizada que você vai atirar em mim. Apenas abaixe a arma. Eu vou fazer o que quiser.  

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Ele foi sacudido pela clara indecisão. Jennifer começou a se mover, mas Rachel estendeu a mão, puxando a‐  para mais perto das costas para protegê la.‐  

Por fim, ele baixou a arma, mas ainda a manteve longe de seu corpo. Ele mirou na parede e então fixou seu olhar duro nela. 

— Diga a eles que eu quero a ordem de restrição suspensa e quero ser capaz de ter acesso a minha filha. Eu quero a cadela da minha esposa aqui para que ela possa ver o quanto estou falando sério. Se ela não chegar aqui rapidamente, começarei a atirar. 

Rachel rapidamente teclou o botão de contatos e apressadamente rolou para o número de Sean, rezando para que ele estivesse de plantão. Estava assumindo um risco enorme em não discar o 911, mas confiava em Sean, e ele informaria Ethan e seus irmãos da situação. 

Quando começou a chamada, colocou o telefone no ouvido e manteve contato visual com o pai de Jennifer para que pudesse estar preparada para qualquer mudança de humor repentino ou movimento de sua parte. 

— Rachel, muito bom ouvir você. Como está, menina? A voz alegre de Sean logo acalmou um pouco de seu terror absoluto. — Aqui é Rachel Kelly, — ela começou como se não conhecesse Sean e como se estivesse 

chamando um policial regular. — Kent Winstead está aqui na minha sala de aula com uma arma, e ele tem algumas exigências. Se elas não forem atendidas, ele disse que vai começar a atirar nas crianças. 

Mais soluços aterrorizados subiram das crianças agachadas sob as mesas. Sean foi imediatamente todo profissional.  — Simples sim ou não, Rachel, você está no alto falante‐  do telefone? — Não. — Tudo bem. Vou encaminhar isso para a polícia local e estadual. Sabe se algum policial já está 

em cena? — Sim. — Certo, fique aqui comigo. Diga me‐  quais são as exigências. Vamos mantê lo‐  satisfeito. Nós 

vamos tirar você disto, querida. Kent já estava ficando impaciente, e uma carranca sombreou seus traços. Seu domínio sobre a 

arma apertou, então ela rapidamente transmitiu as exigências que ele fez. Kent relaxou um pouco quando ela começou a listar tudo o que ele pediu. 

— Estou sendo encaminhado para a pessoa responsável, — disse Sean. — Eu retransmitirei tudo o que você me disse. Preciso que você o mantenha falando. Distraia o‐  e peça lhe‐  o número de sua esposa, para que possamos chamá la.‐  

Rachel afastou o telefone ligeiramente de sua boca enquanto olhava para Kent.  — Eles precisam do número de sua esposa, para que possam ligar para ela. Eles vão ligar agora.  

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— Isso é bom. Isso é realmente muito bom, — disse Kent, balançando a cabeça com firmeza. — Deixe a cadela saber o que ela fez. Ela virá rastejando de volta, mas eu não quero mais sua bunda lamentável. 

— O número, — Rachel pediu suavemente. Enquanto ele recitava o número, Rachel o retransmitia para Sean. — Okay, segure o,‐  querida. Tente mantê lo‐  calmo. Uma equipe da SWAT está entrando em 

posição enquanto conversamos. Meu auxiliar chamou Sam e informou o‐  da situação. Informe o‐  de que estamos falando com a esposa dele agora. 

— Eles estão ligando para ela agora, — disse Raquel a Kent. Ele assentiu com satisfação, e então olhou para as janelas com uma carranca. Como se 

decidindo que estava se colocando em um risco enorme, ele atravessou a sala e se posicionou em um canto onde não havia nenhuma chance de fazerem uma mira clara através da janela. Forçou se‐  entre duas estantes, mas manteve a arma apontada na direção de Rachel. 

— Papai, por favor, não faça isso, — Jennifer implorou. — Eu não quero que você tenha que ir embora. Eles vão colocar você na cadeia, e eu nunca vou te ver novamente. 

Rachel apertou Jennifer, esperando que ela entendesse a mensagem de permanecer em silêncio. Lembrar Kent do grande erro que ele tinha feito só aumentaria sua agitação, e poderia levá‐lo a fazer uma coisa muito estúpida. 

Pessoas desesperadas faziam coisas desesperadas. A expressão de Kent endureceu.  — Eu não vou a lugar algum, exceto para casa com você. É sua mãe idiota que vai embora. Jennifer começou a soluçar baixinho e escondeu o rosto nas costas de Rachel. — Por que está demorando tanto? — Kent perguntou. — O que eles estão fazendo? Você 

precisa informá los‐  de que, se eu achar que eles estão chegando perto de mim, começarei a atirar. Se eles pensam que eu quero fazer isso, apenas provoquem me.‐  

Sem aviso, ele apontou a arma para cima e atirou. A sala explodiu e reverberou com a retaliação. Gesso voou por toda parte. Gritos subiram e 

pânico total se seguiu. — Rachel! Rachel! Porra, Rachel, você está aí? Fale comigo. Você está bem? Dê me‐  a situação. Rachel imediatamente se agachou, cobrindo o corpo de Jennifer com o seu. Elas se amontoaram 

ao lado da mesa, e Rachel estendeu a mão para tentar acalmar as outras crianças. — Fiquem onde estão, — ela sussurrou urgentemente. — Não se mexam. E fiquem quietos. Não 

digam uma palavra. Não façam nada para chamar a atenção dele. — Rachel! — Sean rugiu. Ela colocou o telefone de volta no ouvido.  — Estou a aqui.‐  — Está tudo bem? — Ele perguntou. — O que diabos aconteceu?  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 46

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Maya Banks KGI 5.5 

— Foi só um aviso, — Rachel gaguejou. — Ele quer saber o que está acontecendo e por que está demorando tanto. 

— É isso mesmo, — Kent rosnou. — Diga a esse bastardo que é melhor não foder tudo e me irritar. 

— Depressa, Sean, — ela sussurrou. — Ele está muito instável. — Diga lhe‐  que estou com a esposa dele ao telefone e que ela concordou em dirigir direto para 

aí. Vai demorar pelo menos vinte minutos. Quando ela repassou a informação para Kent, seu lábio enrolou. — Eu sei muito bem que só leva quinze minutos para chegar até aqui, e é melhor ela estar aqui 

nesse tempo. — Quinze minutos — Rachel disse fracamente. — Ele vai dar a ela quinze minutos. — Saia do telefone, — Kent estalou. — Você já esteve ligada tempo suficiente. Já disse a ele o 

que eu queria. Agora vamos ver se eles entregam. Sem dizer nada, ela terminou a chamada, não querendo correr o risco de irritá lo,‐  dizendo mais 

alguma coisa. Agora, Sean teria uma ideia muito boa da ameaça com que estavam lidando. Ela só tinha que rezar para que a polícia fosse capaz de trazer uma solução pacífica para o impasse e que nenhum dos alunos fosse ferido no processo.  

   Capítulo 10    Ethan, Donovan, Sam e Garrett estavam observando a equipe recém formada‐  composta por 

Nathan, Joe, Swanny, Skylar, e Edge, quando iam passando os seus treinos no campo de tiro. Skylar e Joe eram os dois destaques e eram os candidatos mais prováveis para atiradores na 

equipe. Edge era um grande filho da puta, e embora atirasse bem, sua especialidade era, obviamente, luta mano a mano. Ele era um ex lutador‐  de MMA e força bruta era seu ponto forte. Inferno, ele simplesmente parecia um bastardo mesquinho. Mas ele também tinha história no serviço militar, era disciplinado e tinha foco intenso. Uma adição muito sólida para a KGI. 

Sam pegou seu telefone, olhou para o LCD, e depois levou o‐  ao ouvido. — Ei, Sean, o que você manda? Está ficando gordo e preguiçoso aí no seu escritório confortável? A expressão de Sam passou de provocação para completamente profissional em dois segundos. — Ah, merda! Dê me‐  o resumo. Ethan, Donovan, e Garrett imediatamente esqueceram tudo sobre o que os outros estavam 

fazendo e voltaram a atenção para Sam. — Filho da puta! — Sam xingou. — Você só pode estar brincando comigo! Ela está bem? Que 

diabos está acontecendo? Você tem a SWAT em cena?  

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Uma pontada de desconforto serpenteou pela espinha de Ethan. Tinha que ser relacionado com a família para Sean ligar e para Sam estar tão perturbado. E a maioria da família estava no complexo. Com exceção de Rachel. Mas Rachel estava lecionando. Certamente isso não tinha nada a ver com ela. 

Em seguida, Sam olhou para Ethan, sua expressão sombria, e o estômago de Ethan bateu ao fundo do poço. 

— Rachel, — ele murmurou. Ethan se esqueceu de respirar. Correu para perto de Sam, esforçando se‐  para ouvir tudo que 

Sean tinha a dizer. Ele só pegou pedaços porque Sam tinha o maldito telefone colado ao ouvido, mas o que ouviu o gelou até os ossos. 

Homem armado mantendo a classe de Rachel refém. Extremamente volátil. Ameaçando começar a atirar se suas exigências não fossem atendidas. Um prazo de quinze minutos. Puta Merda! Levaria pelo menos 20 para eles chegarem à escola, se apressando e quebrando recordes de velocidade em terra. 

Ethan girou sobre Donovan.  — Van, você pode conseguir o helicóptero no ar rapidamente? Nós poderíamos fazer isso em 

dez minutos se nos apressarmos. Sam desligou o telefone, mas ele já estava correndo em direção ao heli ponto‐  recém‐

construído. — Chamem os outros. Eu quero todos os homens que tenho nisso, — Sam gritou. Nathan, Joe e o resto da equipe se levantaram sem hesitação e seguiram atrás dos outros 

enquanto corriam para o helicóptero. Donovan pulou para a cabine e começou a acionar os interruptores para ligar os motores. — Que diabos está acontecendo? — Garrett perguntou. Os outros estavam amontoados dentro do helicóptero e se inclinaram para ouvir o que Sam 

tinha a dizer. — Algum filho da puta louco, um pai de um dos alunos de Rachel, está com problemas 

domésticos. Sua esposa emitiu uma ordem de restrição e está pleiteando a custódia única no processo de divórcio. O marido está louco de merda e foi para a sala de aula da garota acenando com uma arma e agora está ameaçando começar a atirar se suas exigências não forem atendidas. 

— E quais são as exigências? — Ethan falou rouco. — Ele quer a ordem judicial revogada. — Sam bufou. — Sem chance de isso acontecer. Ele quer 

a guarda da filha. Sim, como se depois do que está acontecendo ele fosse conseguir. E quer a esposa na escola em 15 minutos, o que não pode ser bom. Mesmo se ele não for maluco e começar a atirar nas crianças, você sabe que ele vai acabar matando a.‐  

— Sean disse se Rachel está bem? — Ethan perguntou, o medo quase o sufocando.  

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— Ela está amedrontada, mas Sean disse que ela está fazendo um trabalho muito bom em manter o cara calmo. Ela está cooperando totalmente, tentando mantê lo‐  satisfeito. Ela ligou para Sean em vez do 911. 

— Essa é a nossa garota, — disse Garrett, o orgulho em sua voz. — É inteligente e é uma lutadora. Meu dinheiro está com ela. 

Ethan esfregou a testa, cansado. Ele nunca sentiu tanto medo em sua vida.  — Caras, vocês não entendem. Nathan olhou o‐  bruscamente.  — O que não entendemos? Ethan inspirou em uma respiração profunda.  — Ela está... Grávida. Nós vamos ter gêmeos. Nós acabamos de descobrir. Esse tipo de estresse 

não pode ser bom, mesmo se ela não levar um tiro. Os outros olharam boquiabertos. — Eu o felicitaria, — Sam disse severamente, — mas agora prefiro tirá la‐  inteira, para que 

possamos celebrar como o inferno depois. Ethan assentiu. — Eu não posso perdê la.‐  Eu não posso perdê los‐  — ele disse desesperado. Oh Deus, ele já teve mais sorte do que qualquer pessoa poderia esperar por tê la‐  

milagrosamente recuperado depois que pensou que estava morta por um ano inteiro. Ele seria um maldito se a perdesse para o destino depois de tudo. 

Garrett pôs a mão no ombro de Ethan.  — Você não vai perdê la.‐  Vamos entrar e chutar alguns traseiros. Foda se‐  o que a polícia local 

diz. Vamos tirar esse imbecil, e então todas as crianças poderão ir para casa de seus pais, e Rachel poderá voltar para casa com a gente. 

Ethan bateu as juntas das mãos com Garrett e murmurou um hooyah1 . Garrett revirou os olhos.  — Somente porque isso envolve Rachel eu vou deixar você passar com essa frescura da 

Marinha. O helicóptero pousou logo atrás das dependências da escola, e Sam já estava no telefone com 

Sean, que estava em cena. — Estamos chegando, — Sam disse em uma voz dura. — Certifique se‐  de que ninguém nos 

causará qualquer problema. O coração de Ethan estava em sua garganta. Flashbacks de seu tempo com Rachel desde o seu 

regresso jogando mais e mais em sua cabeça.  

1 Grito de guerra dos Seals da Marinha americana.  

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A memória daquelas duas manchas difusas no monitor que pulsavam, sinalizando a vida, e a expressão de incrível alegria no rosto de Rachel enquanto eles percebiam o que significava essas duas bolhas era rica em sua mente. 

Ele não podia perder Rachel ou seus bebês. Ele lutou muito duro para conseguir a sua vida de volta. Não iria deixar tudo escapar agora. 

Correram para o estacionamento pavimentado da escola do ensino médio (para crianças de 9 a 12anos) exatamente 18 minutos depois da primeira chamada de Sean. 

— Resumo da situação! — Sam esbravejou. — Onde estamos no prazo dele? Sean parecia aliviado ao ver Sam, mas apontou para o chefe de polícia e o xerife. Sean não era o 

mais graduado em cena, mesmo se ele fosse o ponto de contato. — Eu ganhei alguns minutos extras, dizendo lhe‐  que a esposa dele estava quase aqui. Ela está 

aqui, mas está morrendo de medo, e vai pirar se a colocarmos no telefone com ele, — disse Sean. — E Rachel? — Ethan exigiu. — Ela está bem, — Sean disse baixinho. — Assustada, mas está calma, e está protegendo as 

crianças ferozmente. O pulso de Ethan martelava até que estava batendo em sua cabeça. Em um momento de 

egoísmo, ele não queria que Rachel ficasse no caminho do perigo pelas crianças, mas também sabia que era exatamente o que ela faria. Ele sentia orgulho e um medo insano ao mesmo tempo. 

O chefe de polícia, o xerife, um tenente das tropas estaduais, e o comandante da SWAT convergiram para Sam, e o tom da conversa ficou tenso e aquecido. Ethan tentou se concentrar no que estava sendo dito, qual era o plano de ação, mas seu olhar desviou para fora do prédio da escola, e ele imaginou Rachel e todas aquelas crianças lá dentro, aterrorizadas, temendo a morte. 

Como Rachel deveria se sentir por enfrentar a morte de novo tão cedo? Depois de ter sido concedido seu maior desejo. A bênção não de um, mas de dois bebês preciosos. Ele sabia como ela estava nervosa e com medo de abortar, o quanto ela não queria iludir se.‐  

Mesmo se ela conseguisse escapar desta situação com vida, o estresse poderia causar a perder de seus bebês? 

Seu olhar percorreu a área isolada onde o resto dos alunos foram levados de ônibus e até agora ainda estavam embarcando para serem levados embora. Havia uma multidão da mídia e pais histéricos sendo mantidos à distância por uma linha inteira de policiais. 

Era um caos. Nunca acontecera nada como isso em sua pequena cidade. Todos acreditavam que isso não 

poderia acontecer aqui. Eles eram intocáveis. Ainda inocentes de todas as coisas ruins que poderiam acontecer no mundo em torno deles. 

Hoje, a realidade havia chegado. Era uma realidade com a qual Ethan, seus irmãos, e seus companheiros de equipe estavam bem 

familiarizados. Eles lidavam com situações como esta o tempo todo.  

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A maioria das missões não era pessoal, apesar de Sam dizer que todas eram. Apenas umas eram mais pessoais do que outras. Mas a maioria envolvia pessoas que os contrataram. Ou pessoas procuradas pelo governo. 

Isto envolvia sua esposa. A mulher que ele amava com cada respiração. Seus dois filhos não nascidos. Novos para Ethan, mas já muito amados e queridos. 

Ele sentia um vínculo com essas vidas minúsculas aninhadas no ventre de Rachel. Ele era pai. Jurou proteger sua família. 

Virou se‐  para Sam. — Consiga nos‐  as plantas do edifício. Podemos entrar através dos dutos de ar. Se formos 

quietos, ele nunca sequer saberá que estamos lá. Ele sabe que a polícia, a SWAT e cada policial em um raio de cem milhas está aqui ou a caminho. Mas ele não vai esperar por nós. Nós nos aproximamos, damos uma olhada com o que estamos lidando, e então entramos e neutralizamos o alvo. 

— Você não toma as decisões aqui! — O Chefe de polícia ofegou. Ethan levantou se‐  e ficou cara a cara com o homem antes que Garrett pudesse agarrá lo.‐  — É a minha esposa lá dentro, — ele rosnou. — Isso é o que nós fazemos. É o que nós somos. Eu 

não vou colocar a vida dela nas mãos de outra pessoa. Meus irmãos e eu vamos entrar. Ninguém mais. 

— Você tem alguma ideia de que tipo de pesadelo essa publicidade seria? — O xerife perguntou. — Eu tenho todo o respeito pela KGI, mas a responsabilidade é enorme aqui. Se vocês foderem isso, entraremos para a história como tendo deixado algum grupo de operações especiais fora dos registros, com nenhuma jurisdição ou autoridade, entrar em vez da SWAT ou a polícia local e permitir que crianças fossem mortas. Sinto muito, Ethan, mas eu não posso deixar você fazer isso. 

— Senhor, ele está chamando de novo, — Sean cortou — Nós não vamos ser capazes de retardá lo‐  por muito tempo. Temos que agir. Agora. 

Várias rodadas de xingamentos estilhaçaram o ar. Sean pegou o telefone, e Ethan olhou desesperadamente para seus irmãos. — Seu plano é bom, — Sam disse em voz baixa. — Podemos acessar os dutos no ginásio. Não é 

longe da classe de Rachel pelo diagrama que eles têm, mas não é tão perto que ele vá saber que algo está acontecendo. 

— Sr. Winstead, por favor, acalme se‐  por apenas um minuto. Estamos fazendo tudo que podemos para trazer a sua esposa aqui como você queria. Eu mesmo, pessoalmente, chamei o juiz que emitiu a ordem de restrição. 

Ethan ouviu a voz de Sean ficar mais instável. Ele não podia ouvir o que o outro cara estava dizendo, mas a julgar pela agitação crescente de Sean, não podia ser bom. 

O som distante de um tiro e, em seguida, gritos do outro lado do estacionamento, através do telefone e da multidão reunida ecoou duramente através do ar. 

Sean ficou pálido, e então começou a rediscar.  

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— Ele desligou, — Sean falou entre dentes. — Estou tentando falar com ele ou com Rachel novamente. Droga! 

Sam agarrou a camisa do chefe de polícia, os punhos fechados em nós apertados enquanto ficava na cara com o outro homem. 

— Vamos entrar. Prenda nos‐  mais tarde. Eu não dou a mínima. Mas vamos derrubar esse cara.     Capítulo 11    Rachel se encolheu contra a mesa, segurando Jennifer ao seu lado. Tinha vidro quebrado em 

todos os lugares. O idiota tinha apontado para a janela. Se sua mira tivesse sido um pouco à esquerda, ele poderia facilmente ter baleado uma das crianças. Do jeito que foi, havia uma boa possibilidade de que tivesse atingido alguém de fora da escola. 

— Sr. Winstead, por favor, — ela implorou. — Por favor, me escute. Eu entendo como você está chateado. Eu odiaria a possibilidade de ser separada do meu filho, mas isso não vai ajudar o seu caso de qualquer modo. Você tem que me ouvir, antes que seja tarde demais. 

— Levante se‐  para que eu possa vê la,‐  — ele gritou. — E deixe a minha filha abaixada. Diga para ela ficar abaixada. 

— Fique aí, — ela sussurrou ferozmente para Jennifer. — Você tem que fazer o que ele diz. Não faça ou diga nada para aborrecê lo.‐  Fique abaixada e fora do caminho para que você não se machuque. 

Depois que Jennifer assentiu, com os olhos selvagens e enormes contra seu rosto, Rachel levantou se‐  lentamente, sua respiração escapando em apertados ofegos em seu peito. 

Enfrentou o atirador, rezando para que tivesse a coragem de suportar o que estava por vir. — O que você sabe sobre o que estou sentindo? — Ele perguntou agressivo. — Você tem filhos? 

Jennifer disse que não tem nenhum. O telefone celular começou a tocar novamente. Ele já havia passado por duas séries de toques 

antes de passar para o correio de voz. O toque era alto na pequena sala e parecia abrasivo. Ele fez uma careta e acenou em direção ao telefone com a arma.  — Desligue essa maldita coisa. Não o ligue novamente até que eu diga. Entendeu? Ela rapidamente obedeceu, segurando o‐  para que ele pudesse ver a tela em branco. Ele acenou 

para ela colocá lo‐  de volta na mesa, e então franziu os lábios. — Responda à minha pergunta. Você tem filhos? — Ainda não, — Rachel disse suavemente. Rezando para que não estivesse cometendo um 

grande erro, ela disse, — Mas estou grávida. De gêmeos. Eu só descobri esta semana. Meu marido e eu estamos querendo uma família há um tempo muito longo.  

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Por um momento, a expressão do atirador se suavizou, e então, como se lembrando de seu propósito, ele levantou a arma novamente e acenou a‐  ameaçadoramente. 

— Você está mentindo. Tentando entrar na minha cabeça! Rachel balançou a cabeça, mas não tentou argumentar com ele. As emoções dele já estavam 

por todo o limite. — Ligue o telefone, e diga aos policiais que eu vou começar a atirar nas crianças, se não 

começarem a me levar a sério. Estou cansado de ser manipulado. Os soluços aumentaram. Uma das meninas começou a gritar, um grito alto, estridente e 

histérico que soou cru e terrível. Enviou calafrios pela espinha de Rachel, e o atirador se virou na direção da criança. 

— Cale se!‐  Pare de gritar! Jennifer saiu do lado da mesa e correu para a menina que estava gritando. Ela enfrentou seu pai 

desafiadoramente, com os olhos ardendo de raiva. — Pare com isso, papai! Ela é minha amiga. Ela está assustada. Estou com medo. Por que está 

fazendo isso? Por quê? Eu só quero ir para casa. Todos nós queremos ir para casa. O pai de Jennifer pareceu oscilar. Indecisão clara marcava seu rosto, e baixou a arma uma 

fração. Ele olhou para Rachel, como não tivesse ideia do que fazer. Rachel começou a perceber que ele lamentava o ato desesperado, mas não via saída agora. Estava preso em um pesadelo de sua própria criação. 

Pensando rapidamente, ela avançou para concentrar a atenção dele de volta para ela e longe das meninas. 

— Sr. Winstead, eu tenho uma ideia — disse ela calmamente. Ele aproveitou a‐  imediatamente.  — Qual? Diga me.‐  — Deixe me‐  chamar a polícia novamente e dizer lhes‐  que você vai deixar as crianças saírem. Seu rosto escureceu.  — Você está louca? E perder o meu poder de negociação? Rachel balançou a cabeça inflexivelmente.  — Ouça me.‐  Vamos chamar de um ato de boa fé. Isso vai mostrar a eles que você pode ser 

razoável. Vou dizer lhes‐  que está deixando as crianças saírem, porque você não quer que elas sejam machucadas. Você pode manter me‐  como sua refém. Estou grávida de gêmeos, Sr. Winstead. Eu sou sua refém perfeita. Eles não vão querer estragar isso. A mídia estará toda sobre isso. Uma mulher grávida como refém vai ser uma notícia sensacional. 

Ele parecia confuso.  — Isso não vai funcionar. Nunca vai funcionar.  

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— Você ainda terá uma refém, — Rachel delicadamente apontou. — Mas você vai fazê los‐  perceber que não tem a intenção de prejudicar as crianças. Agora eles estão propensos a pensar que a única forma de resgatar os reféns é forçar a entrada e te matar. 

Foi outra grande aposta ela fazê lo‐  se sentir ameaçado, mas sabia que ele estava com medo e nervoso, e esperava que saber que ele poderia morrer fosse torná lo‐  mais disposto a dar esse primeiro passo. 

— Jennifer fica, — o atirador disse resolutamente. — Eu não vou entregá la‐  à mãe. A cadela estúpida levaria Jennifer e fugiria. Ela não se importa com você ou qualquer outra pessoa. Ela só pensa sempre nela mesma. 

Rachel encontrou o olhar de Jennifer, e para a surpresa de Rachel, Jennifer assentiu. — Eu vou ficar — disse ela em um tom calmo, mas tenso. Sua voz tremeu ligeiramente, mas ela 

ergueu seu queixo para cima e depois fixou o olhar no pai. — Se você deixar os outros alunos saírem, eu ficarei aqui com a Sra. Kelly e você. 

Rachel o observou, prendendo a respiração, cada parte de seu corpo aguardando em antecipação esta grande vitória. As crianças olhavam ansiosamente, suas expressões esperançosas. A sala inteira ficou em silêncio. 

O atirador pensou por um momento mais longo e finalmente virou se‐  para Rachel. — Faça isso. Pegue o telefone e ligue para eles. Diga lhes‐  que vou deixar as crianças saírem, mas 

se eles não entregarem o que eu espero, eu vou matar você. A mão de Rachel tremia quando pegou o telefone celular. A espera para ele religar e encontrar 

um sinal foram intermináveis. Finalmente, o indicador brilhou ao ligar, e ela teclou o número de Sean na lista de chamadas recentes. 

— Rachel? — perguntou Sean assim que o telefone tocou. — Diga me‐  o que está acontecendo. Você está bem? 

— Estou bem, — Rachel disse calmamente. — Ouça me.‐  Isto é muito importante. O Sr. Winstead vai deixar as crianças saírem. 

— O quê? Como diabos você o levou a concordar com isso? O que está acontecendo, Rachel? — Ele vai me manter como refém e a filha vai permanecer com ele também. Ela foi cuidadosa para não irritar mais o pai de Jennifer, sugerindo que Jennifer, também, era 

uma refém. Mesmo se isso fosse exatamente o que ela era. À sua maneira distorcida, ele se importava muito com a filha, e se esse amor fosse posto em questão, quem sabia como ele reagiria? Neste ponto, Rachel não faria nada para prejudicar a liberação de seus alunos. Ela só queria isto feito tão rapidamente quanto possível. 

— Oh não, Rachel. Você não pode ficar aí com ele. Diga a ele que você tem que sair também. — Sou a refém dele, e ele vai liberar todos os alunos — disse ela, ressaltando o fato de que 

todas as crianças estavam sendo liberadas. — Em troca, por esse ato de boa fé,‐  ele quer suas  

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exigências cumpridas imediatamente após a libertação das crianças. Se suas exigências não forem cumpridas, ele vai me matar. 

Sean xingou suavemente.  — Eu não sei como diabos você conseguiu que ele faça isso, querida, mas vamos aceitar. Diga 

que é um negócio feito. Vou pegar algum documento maldito do juiz e fazê lo‐  assinar. A esposa dele está aqui, mas mantivemos abafado, porque é provável que ele vá matá la‐  no momento em que colocar os olhos sobre ela. 

Rachel concordou, mas permaneceu em silêncio. Queria perguntar a Sean o que estava sendo feito, mas não podia. 

— Ethan está aqui, — disse Sean em apenas um sussurro. — Aguente firme, querida. Eles vão tirá la.‐  

Amparada pela notícia de que Ethan e seus irmãos estavam no local, ela abaixou o telefone e olhou para o Sr. Winstead. 

— Eles concordaram em dar lhe‐  documentos legais assinados pelo juiz que emitiu a ordem de restrição, e sua esposa está aqui agora. Deixe que as crianças saíam, e então eles vão falar com você de novo para fazer os arranjos. 

Uma vez mais, ela prendeu a respiração. Ele fez uma pausa pelo que pareceu uma eternidade, enquanto lutava com a decisão. Olhou para a filha e depois de volta para Rachel. Apontou a arma para ela, mais uma vez, com a mão muito firme, quase como se quanto mais tempo isso continuasse, mais confortável ele ficava com a detenção de uma arma. 

Ele declinou o cano da arma em direção à porta e depois de volta para Rachel. — Leve os‐  para a porta. Fila única. Alinhe os.‐  Vou abrir a porta e deixá los‐  sair. Quando o último 

sair, e a porta se fechar, você e Jennifer ficam comigo. Então ele fez um gesto para Jennifer ir ficar ao lado de Rachel. Rachel apressadamente acenou em concordância.  — Deixe me‐  alinhá los,‐  mas eu vou ficar para trás. Eu prometo. Eu posso fazer isso da parte de 

trás da sala. Posso ligar para a polícia informando que as crianças estão em seu caminho para fora para que ninguém se machuque? 

A contragosto, o atirador assentiu e Rachel voltou sua atenção para seus alunos aterrorizados. — Ouçam me,‐  meninos e meninas. Quero que vocês se alinhem em uma fila única. Não 

empurrem. Preciso que vocês mantenham a calma. Alinhem se‐  rapidamente. Depois de deixarem a porta, sigam em frente até a rampa de saída do ônibus. Alguém estará esperando por vocês e lhes dirá para onde ir a partir daí. Vocês entenderam? 

Houve uma corrida louca enquanto mesas eram empurradas para fora do caminho e as crianças surgiam para formar uma fila apressadamente. 

Rachel pegou o telefone e bateu o número de Sean. — Fale comigo, Rachel. O que está acontecendo? — Sean perguntou.  

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— Eles estão saindo — disse ela com calma. Ela assentiu com a cabeça na direção do Sr. Winstead. 

Ele apontou a arma diretamente para ela enquanto ele abria a porta. Ela inclinou seu quadril na mesa, posicionando se‐  entre Jennifer e o pai. 

— Vão agora, — ela disse para as crianças enquanto mantinha a linha aberta. —Alguém estará esperando na rampa de saída do ônibus. 

— Você conseguiu — disse Sean. — Nós vamos ter policiais lá para guiá los‐  com segurança. Você é incrível, Rachel. Seja paciente, querida. 

Rachel desligou para não enfurecer o atirador e assistiu a última das crianças sair apressadamente da sala de aula. 

Quando a última criança se foi através da porta, o Sr. Winstead firmemente a fechou e depois virou se‐  para Rachel. 

O teto acima deles explodiu, gesso caindo sobre suas cabeças. Homens caíram no chão, formando uma barreira entre ela e o atirador. 

A expressão do atirador passou do choque inicial e perplexidade para fúria quando percebeu o que estava acontecendo. 

— Sua puta maldita! Você mentiu! Ele levantou a arma, e nesse instante, Ethan deu um passo para o lado, manobrando se‐  na 

frente de Rachel, e tomou a bala diretamente no peito.     Capítulo 12    — Não! — Rachel gritou. Sam e Garrett mergulharam para o atirador, derrubando o‐  com força. Jennifer gritou e tentou 

correr para o pai, mas Joe pegou a‐  em seus braços e virou se,‐  segurando a‐  para que ela não visse o que estava acontecendo. 

Rachel caiu no chão, jorrando soluços de sua garganta em rajadas cansadas e cruas. Cobriu Ethan com seu próprio corpo, gritando para ele acordar, para ficar bem. 

Passou as mãos freneticamente sobre o corpo dele, procurando a fonte do sangue que sabia que iria cobri lo.‐  Mas suas mãos saíram limpas. 

A briga continuou ao seu redor. O pranto de Jennifer cresceu com o de Rachel. E depois houve um toque suave em seu ombro enquanto Donovan se movia ao seu lado. 

— Rachel, querida, está tudo bem. Está tudo bem. Eu prometo.  

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— Não, — ela soluçou. — Ele atirou em Ethan. Oh meu Deus, ele atirou em Ethan. Ajude o,‐  Van. Por favor. Não o deixe morrer. — Pressionou Ethan novamente. — Por favor, não morra, Ethan, — ela implorou. 

Por favor, não morra. O grito brotou de sua própria alma. Ethan soltou um gemido baixo, e o alívio explodiu selvagem 

e quente nas veias dela, deixando a‐  tonta no processo. A porta se abriu, e vários policiais entraram. Houve exclamações, pedidos de respostas, 

informações. Tudo borrado em uma ladainha insana. Ela não se importava com o que mais acontecia. Só queria Ethan vivo. 

— Rachel, querida. Ouça me,‐  — Donovan disse calmamente. — Ele estava usando um colete. Ele levou a bala no peito. Ele vai ficar bem. 

Ela olhou sem entender para Donovan, seus olhos e mente em branco. Então, olhou confusa para Ethan, cujas pálpebras se abriram naquele preciso momento. 

— Um colete? — Ela repetiu. Donovan cortou a camisa de Ethan e empurrou os restos de lado. Suas mãos deslizaram para 

baixo da face do colete salva vidas e então ele apontou para a bala alojada no meio. — Veja — disse a Rachel. — O colete fez o seu trabalho. Ele vai ficar machucado, e vai ficar 

dolorido como o inferno por alguns dias, mas ele está bem. Ela jogou os braços ao redor do pescoço de Donovan e agarrou se‐  ferozmente enquanto os 

soluços derramavam em uma corrida aliviada e forte. — Oh Deus, eu estava com tanto medo, — ela sussurrou. Donovan a abraçou também, esfregando a mão suavemente para cima e para baixo por sua 

coluna. — Você foi forte, — disse Donovan. — Estou tão orgulhoso de você, Rachel. Estávamos nos 

dutos planejando cair, e então ouvimos você negociar a libertação das crianças, portanto, esperamos até que elas estivessem fora da sala. 

— Sr. Winstead? — Ela perguntou com medo enquanto ainda se segurava em Donovan. Ela não queria se virar. Não queria ver o que tinha acontecido. — E Jennifer? — Eles estão levando o pai dela embora agora, e Joe está com Jennifer, — disse Donovan, em 

voz baixa. Ela caiu contra Donovan, mas então o som mais doce que ela já tinha ouvido subiu de seu 

marido. — Rachel? Ela se afastou de Donovan e pressionou seu corpo para baixo ao longo de Ethan para que o 

rosto estivesse no seu nível. — Está tudo bem? — Ela perguntou. — Você se machucou em algum lugar?  

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— Eu não dou a mínima para mim, — ele disse rispidamente. —Eu quero saber como você e nossos bebês estão. 

Seu coração se encheu de tanto amor que ela pensou que poderia explodir. O alívio a enfraqueceu até que ela oscilou e quase tombou em cima dele. 

Donovan agarrou seus ombros, dando lhe‐  o apoio tão necessário enquanto ela se preocupava com Ethan. Ela olhou para ele, as lágrimas fazendo sua visão tremer. 

— Eu e os bebês estamos bem, — ela sussurrou. — Especialmente agora que eu sei que você vai ficar bem. Nunca me assuste assim de novo, Ethan. Deus, pensei que você tivesse levado um tiro. Eu não sabia que você tinha um colete. Pensei que eu o tinha perdido. 

— Nunca vou deixar você partir de novo, — ele murmurou. — Vocês estão presos a mim, querida. Você e nossos bebês. 

Duas equipes de paramédicos correram e foram para Ethan e Rachel separadamente. Quando ela percebeu a intenção deles, virou os olhos suplicantes para Donovan. 

— Não os deixe fazer isso. Eu não quero ser separada de Ethan. Ele precisa ser examinado, mas eu estou bem. Eu não estou ferida. 

Donovan pegou o rosto dela. — Faça isso por nós, okay? Estamos todos frenéticos de preocupação sobre a forma como todo 

esse estresse e o susto enorme afetaram você. Basta deixá los‐  levá la,‐  fazer alguns testes. Você vai estar em casa antes que perceba. Mas se você não for, então Ethan vai ficar todo estressado e vai recusar o tratamento, porque estará preocupado com você. Precisamos ter certeza de que ele não quebrou nenhuma costela. 

— Eu não quero ir sozinha, — ela confessou. — Eu vou com você, florzinha, — disse Garrett enquanto ele se juntava a Donovan ao lado de 

Ethan. — Vá com ele, — Ethan pediu — Garrett cuidará de você, enquanto eu serei examinado. Meus 

irmãos não vão descansar até que nós tenhamos um atestado de saúde. É melhor apenas ir com ele para que possamos acabar com isso rapidamente. 

— Ele está aprendendo, — Donovan disse com um sorriso. — Joe e Nathan estão levando Jennifer para se reencontrar com a mãe agora, — Garrett disse 

em voz baixa. — Um de vocês pode levá la‐  para o corredor? — Um dos paramédicos perguntou. —Vamos 

conseguir uma maca aqui e vamos carregar seu marido primeiro. — Sem problema, — disse Donovan. Levantou a‐  e pegou a‐  em seus braços. Rachel se agarrou ao pescoço de Donovan enquanto ele a levava para o corredor e deitava a‐  em 

uma maca. Enquanto ele puxava o lençol sobre ela, ela olhou seriamente para ele. — Não deixe ninguém dar a notícia de que estou grávida — disse ela. — Essa não é a maneira 

que eu quero que Frank e Marlene descubram.  

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Donovan sorriu e lhe deu um beijo na testa.  — Não se preocupe. Nossos lábios estão selados. Mas parabéns, mamãezinha. Estou tão 

orgulhoso de você e Ethan. Seu sorriso era gentil, e havia uma riqueza de emoção em seus olhos.  — Você percorreu um longo caminho, Rachel Kelly. Eu nunca duvidei de você por um minuto. — Tudo em ordem — Garrett disse em uma voz rouca enquanto vinha para ficar ao lado da 

maca. Ele estendeu a mão para apertar a de Rachel. — Eu chamei Sarah e os outros. Eu não os queria pirando e preocupados quando ouvissem o 

que estava acontecendo. Eles estão a caminho do hospital, se prepare para a família toda estar lá. Sophie estava reunindo as tropas. Provavelmente chegarão antes de você. 

Rachel sorriu e apertou a mão de Garrett. Ela amava esta grande, desarrumada e barulhenta família, com todo o seu coração e alma. Não mudaria uma única coisa sobre eles. 

Claro, ela se preocupava cada vez que os caras saíam em uma missão. Havia o medo razoável de que um ou mais não voltassem. Ela poderia perder Ethan depois de lutar arduamente para voltar para ele. 

Mas eles eram os melhores homens. Tinham um forte sentido de família e justiça. Não foi nenhuma surpresa para ela que fossem eles que caíram do teto e acabaram com o impasse. Ela teria ficado mais surpresa se eles não tivessem se envolvido. 

Os irmãos de Ethan se aglomeraram ao redor da maca, todos querendo saber se ela estava bem. — Estou bem, — ressaltou. — Apenas abalada. Certifiquem se‐  de que Ethan está bem. Foi ele 

quem levou um tiro. — Ele é um bastardo resistente, — Sam disse com uma risada. — Embora tenha me dado um 

maldito ataque cardíaco quando entrou na frente da bala. Rachel estremeceu e sentiu o sangue drenar de seu rosto. Nathan acariciou a cabeça dela.  — Não se preocupe com Ethan. Eles vão carregar vocês e levá los‐  ao hospital. Se eu conheço o 

bastardo mal humorado,‐  ele vai reclamar tanto que eles não serão capazes de esperar para se livrar dele. Ele provavelmente vai aparecer na sua sala de exame e terminar antes que você. 

Rachel olhou ansiosamente para Ethan, que estava previsivelmente protestando contra a necessidade de ir para o hospital. Em seguida, ele parecia ter se perdido no meio da multidão de pessoas que lotava a sala e corredor, e ele soltou um berro de desagrado. 

Sam olhou para cima enquanto um homem mais velho com o rosto sombrio caminhou em direção a ele. Ele deixou sua mão tocar brevemente o ombro de Rachel. 

— Vejo você no hospital. Há coisas aqui que eu preciso cuidar. Garrett vai com você e ficará até Ethan estar liberado. 

— Está tudo bem, Sam? — Ela perguntou alarmada. Ele sorriu e inclinou se‐  para beijar sua testa.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 59

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Maya Banks KGI 5.5 

— Nada que não vá se resolver. Eu tenho que suavizar algumas penas eriçadas, e depois precisarei ligar para minha esposa. Ela está enchendo o meu celular e não está muito feliz comigo, porque não contei toda a história. Tenho certeza que ela estará esperando no hospital para ralhar comigo. 

Rachel sorriu, alívio tão doce em seu sangue que estava embriagada. Sua família estaria esperando no hospital. Suas cunhadas. Os Irmãos de Ethan estariam todos lá em breve. Frank e Marlene iriam correr e assumir o controle. 

Ela fechou os olhos e recostou se‐  na maca, emocionalmente exausta pelo esforço da manhã. Assim que sua maca foi empurrada para o banho de sol brilhante, o mundo se dissolveu em 

caos. A mídia estava gritando perguntas. Os pais estavam exigindo respostas. As pessoas perguntavam se ela estava viva. 

Ela abriu os olhos apenas para responder a essa questão particular, mas permaneceu em silêncio, o zumbido de perguntas nadando em seus ouvidos, até que queria cobri los‐  para tampar a cacofonia. 

Ela e Ethan foram carregados nas ambulâncias à espera, e ela olhou através das portas traseiras abertas para o mar de polícia, mídia e público em geral. Parecia que metade do Tennessee estava reunida no terreno do estacionamento da escola de ensino médio. 

Em seguida, o médico que a atendia subiu na traseira e fechou as portas, obscurecendo a visão. A ambulância se afastou, deixando as luzes piscando e a multidão de pessoas para trás, enquanto se dirigia para o hospital. 

— Você está bem? — Garrett perguntou. — Sarah me enviou uma mensagem de texto querendo ter certeza de que estou cuidando bem de você. Se ela colocar na cabeça que estou falhando no trabalho, ela vai chutar o meu traseiro. 

Rachel riu e estendeu a mão para o telefone. Garrett entregou o‐  com um sorriso, e Rachel rapidamente enviou uma mensagem de texto para Sarah dizendo que estava bem e então fixou seu nome no final do texto. 

Apenas segundos mais tarde, a mensagem de texto de Sarah voltou. Apenas três palavras. Graças a Deus. — Sou tão afortunada por ter todos vocês, — Rachel sussurrou. Garrett deu lhe‐  um sorriso indulgente e bagunçou o cabelo dela com carinho.  — Somos amigos há muito tempo, docinho. Eu acho que é seguro dizer que temos sorte pra 

caramba de ainda termos você. Ethan sabe disso também. Ele pode ser teimoso como o inferno, mas ele não é burro. 

Rachel fechou os olhos, não mais capaz de manter a cabeça erguida. Estava muito quente na ambulância, mas um frio estava acomodado em seus ossos, e ela tremia da cabeça aos pés.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 60

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Maya Banks KGI 5.5 

Ela ouviu a pergunta preocupada de Garrett para o médico e o médico assegurou que era apenas o choque. Um cobertor quente deslizou sobre seu corpo e foi enfiado em seu pescoço. A mão de Garrett enrolou em torno das dela, segurando as‐  com força. 

Agora que se permitiu pensar em tudo que aconteceu naquela manhã, estava pronta para perder completamente a calma. Ela poderia ter morrido. Uma das crianças poderia ter se machucado ou ter sido morta. 

Ethan poderia ter morrido. Era mais do que ela poderia suportar por mais tempo.     Capítulo 13    — Eu não preciso de malditos raios x!‐  — Ethan rugiu. — O que eu preciso é ver a minha esposa! Donovan colocou o braço para empurrar Ethan de volta para a cama.  — Olha, se eu for checá la‐  e conseguir um relatório de Garrett, você calará a boca e tirará o 

maldito raios X?‐  Você está tornando as coisas muito piores, fazendo esse inferno. Se você simplesmente deixá los‐  fazer o raios X,‐  poderia terminar e sair daqui e ficar com Rachel. 

Ethan se ergueu da cama, segurando o peito, onde a bala machucou suas costelas através do colete. 

— Apenas me dê uma maldita camisa e não uma daquelas malditas camisolas hospitalares, — ele disse em uma voz irritada. 

Ele não estava com vontade de se comportar bem. A última coisa que importava era se quebrara uma costela. Era óbvio que não tinha quebrado nenhuma costela nem tivera sérios danos. Se o raios X‐  mostrasse fraturas menores de suas costelas, o que diabos eles poderiam fazer sobre isso, afinal? Tudo o que fariam é dizer lhe‐  para ter calma e dar lhe‐  algo para a dor. 

A melhor coisa que poderiam fazer para aliviar sua dor era deixá lo‐  ir até Rachel. Donovan suspirou exasperado e depois lhe atirou uma camiseta de sua mochila. — Se vista, seu imbecil, enquanto descubro onde eles colocaram Rachel. Juro por Deus, se você 

se mover um pouco antes de eu voltar, eu vou te segurar enquanto o sedam. Você não pode ir invadindo a Sala de Emergência assustando os outros pacientes. 

— Então se apresse, — Ethan rosnou. Ele puxou a camisa, estremecendo quando seus dedos roçaram o ponto sensível no meio do 

corpo. Não que admitisse isso em um milhão de anos, mas estava doendo pra caralho. Tomar uma bala à queima roupa, mesmo com o colete, não era exatamente um passeio no parque.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Uma contusão do tamanho de uma bola de softball 2 já estava se formando. Mas isso é tudo o que era. Uma contusão. Inferno, se ele iria ser derrubado por uma maldita 

contusão. Ele já suportara coisa pior, e nada iria afastá lo‐  de Rachel. Estava ficando inquieto quando Donovan finalmente voltou para o pequeno cubículo. Ele voltou 

para onde estivera recostado à cama e confrontou seu irmão. — Então, onde ela está? Ela está bem? Donovan levantou as mãos.  — Garrett está com ela, e Mamãe acabou de chegar. As esposas estão na sala de espera, e papai 

está a caminho para te ver agora. Apenas se acalme. Deixe papai ver que você está bem e então todos nós poderemos descer e ver Rachel. A Sala de Emergência está um hospício, e eles tiveram que colocar os policiais para manter a mídia do lado de fora. Conseguir chegar em casa vai ser interessante. 

Ethan suspirou e recostou se‐  contra a cama novamente. Ficaria louco se não chegasse até Rachel em breve, mas também não queria o pai preocupado com ele. A última coisa que Frank Kelly precisava era de mais estresse. Ele já teve um ataque cardíaco, e Ethan não iria ser responsável por dar lhe‐  outro. 

A porta se abriu, e seu pai entrou. Assim que o seu olhar iluminou em Ethan, todo o seu corpo relaxou de alívio. 

— Veja, eu disse a você, pai. Ele está bem e irritadiço como sempre, — disse Donovan. Frank Kelly não respondeu. Ele puxou Ethan em seu abraço robusto e quase o sufocou. Ethan se 

encolheu, mas abraçou o pai. — Eu estou bem, pai, — Ethan disse em voz baixa. — É com Rachel que estou preocupado. Seu pai o segurou por outro longo momento e depois se afastou, seus olhos suspeitosamente 

brilhantes. — Sua mãe e minhas noras estão tomando conta dela agora, — Frank disse rispidamente. — Estou indo para lá. Estava apenas esperando por você quando ouvi que estava aqui, — Ethan 

disse. Frank fez uma careta.  — Eles já terminaram com você? Ethan limpou a garganta e, para seu alívio, Donovan veio em seu socorro. — Eu disse que não havia nada de errado com o bastardo intratável. Ele é muito parecido com 

Garrett. Entretanto, ele está preocupado com Rachel. O acalmaria se ele pudesse vê la,‐  então vamos passar lá para que ele possa se acalmar. 

Ethan lançou a Donovan um olhar agradecido.  

2 Jogo similar ao baseball, que usa uma bola maior e mais macia. Enquanto as bolas de baseball medem nove cm de circunferência e tem cor branca, as de softball medem 12 cm de circunferência e podem ser brancas ou amarelas.  

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— Você me assustou, filho, — Frank disse roucamente. — Eu juro que vocês meninos estão sempre aprontando alguma coisa. Você ainda vai fazer de mim um homem velho. 

Ethan sorriu.  — Nada disso. Apenas o mantemos de pé. — Ele bateu nas costas de seu pai. — Vamos ver 

Rachel.   Era difícil manter sua gravidez em segredo quando o pessoal médico estava garantindo que 

tudo ainda estava bem com a gravidez. Garrett ficou de lado e para fora do caminho, mas, em seguida, Marlene Kelly chegou e nem no inferno havia alguém capaz de afastá la‐  de seu bebê. 

Desconsiderando as objeções da equipe médica, Marlene abriu caminho à cabeceira da cama, sentou se,‐  e reuniu Rachel em seus braços, abraçando a‐  com tanta força que Rachel se sentiu sufocada. 

Era o melhor tipo de sufoco. — Você nos assustou demais, — Marlene disse enquanto segurava Rachel ainda mais perto. — 

Eu nunca estive tão assustada na minha vida, querida. Estava em todos os noticiários, e então vi você sendo levada em uma maca, e fiz o pobre Frank quebrar todos os limites de velocidade para chegar aqui. 

— Eu estou bem, Marlene, — Rachel disse, com um sorriso na voz. Ela se afastou e se inclinou para trás, recebendo o olhar ansioso de Marlene. — Ethan é o único que ficou ferido, — disse Rachel, o sorriso desaparecendo. — Ele foi baleado. 

Estava com um colete, mas mesmo assim se machucou. Gostaria que alguém me informasse como ele está. 

— Ele está bem, — disse Garrett do canto. — Van só desceu um segundo atrás. Eles virão em apenas alguns minutos. 

Marlene balançou a cabeça enquanto olhava desesperadamente para Garrett.  — Eu não posso nem reclamar com meus meninos por se meterem em problemas, porque eles 

conseguiram tirá la‐  de lá, mas juro que eles colocam mais cabelos brancos na minha cabeça a cada dia que passa. E agora que Nathan e Joe estão de volta para casa e juntaram se‐  com o resto de seus irmãos, eu nunca mais vou dormir uma noite inteira. 

Garrett se adiantou e apertou os ombros da mãe. — Mamãe, você se preocupa demais. Você sabe que cuidamos uns dos outros. E cuidamos 

desta família. De nenhuma maneira iríamos deixar as coisas ao acaso com Rachel envolvida com a polícia local. Sem falar como eles teriam fu uh,‐  estragado tudo, — ele emendou apressadamente. 

— Podemos entrar? Rachel olhou para cima para ver Sophie espiar dentro da porta. Logo atrás dela estavam Shea e 

Sarah. Rachel sorriu e fez sinal para entrarem. Suas cunhadas correram e rapidamente a envolveram em grandes abraços.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 63

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Maya Banks KGI 5.5 

— Oh Deus, estávamos tão assustadas! — Sophie disse enquanto ficava atrás com os outros. — Como está Ethan? Nós ouvimos que ele foi baleado! 

Garrett passou o braço em torno de Sarah, puxando a‐  para seu lado, e foi rápido em aliviar a preocupação nos olhos das mulheres. 

— Ele está bem. Estava usando um colete. Ele vai descer em apenas um minuto. — Graças a Deus, — Shea suspirou. Shea olhou ansiosamente para Rachel, os olhos cheios de preocupação. Rachel deu um aceno 

tranquilizador para que ela soubesse que estava tudo bem com a gravidez. A porta se abriu, e de repente Ethan estava ao seu lado, seu olhar intenso queimando sobre ela. 

Todos se afastaram rapidamente para que Ethan pudesse ter acesso a Rachel, e então Rachel estava nos braços dele, firme contra seu peito. 

Ela fechou os olhos e agarrou se‐  ferozmente a ele.  — Graças a Deus você está bem, — ela sussurrou. — Eu estava tão preocupada, Ethan. Por 

favor, nunca me assuste assim de novo. Eu nunca vou me esquecer de ouvir aquele tiro e vê lo‐  cair. Nunca vou tirar isso da minha cabeça. 

— Shhh, querida, — ele a acalmou. — É por isso que usamos coletes. Eu nunca estive em perigo. Você, no entanto, não tinha essa proteção, e aquele idiota teria atirado em você a sangue frio. 

— Leve me‐  para casa, — ela implorou. — Eu só quero sair daqui e estar em nossa casa, onde é tranquilo. 

Ele acariciou seus cabelos e beijou lhe‐  a testa enquanto ela estava aninhada nos braços dele. — Eu vou te levar para casa em breve. Eu prometo. Ela afastou se‐  para ver que Marlene e os outros se afastaram para perto da porta, onde 

Donovan e Frank estavam. — Eles não sabem, — ela sussurrou. — Esta não é a maneira que eu gostaria de contar. Quero ir 

para casa, e então quero contar a eles corretamente, quando a família estiver junta e toda a preocupação e estresse se forem. 

— Está tudo bem com você? — Ele sussurrou de volta. — Os bebês? O medo em seus olhos fez um nó no estômago dela e ela apressou se‐  a aliviar sua preocupação. — Estou bem. Apenas reação nervosa. Deram me‐  uma injeção para ajudar a acalmar me,‐  e 

estou bem agora. Eu só quero ir para casa. Ele deu um sorriso triste.  — Eu não posso nem discutir com você porque eu também estava determinado a dar o fora do 

quarto onde eu estava. Entendo como se sente. Ela puxou o‐  ainda mais para perto para que pudesse sussurrar sem ser ouvida. — Disse lhes‐  que vou fazer uma consulta de acompanhamento com meu obstetra em dois dias 

e certificar me‐  de que está tudo bem, mas eu quero ir embora agora. Ele apertou os lábios na testa dela e permaneceu lá um longo momento.  

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— Estou tão orgulhoso de você, eu poderia estourar, — ele murmurou. — Você arrebentou hoje, Rachel. Mesmo com você me deixando louco de medo no processo. Essas crianças devem a vida a você. 

Ela balançou a cabeça e franziu a testa. Ele sorriu e gentilmente cutucou seu rosto com os nós dos dedos.  — Sim, elas devem. Agora, deixe me‐  ir ver o que posso fazer para liberá la.‐  Vai ser complicado 

você sair daqui sem o enxame da mídia. Ela fez uma careta e estremeceu.  — Van não pode aterrissar o helicóptero aqui? Ethan olhou para o irmão, com uma expressão de surpresa.  — Van? Eu ainda não tinha pensado nisso. O que você diz? Podemos dar a Rachel o tratamento 

VIP da KGI e pousar o helicóptero e levá la‐  para casa assim? Donovan abriu um sorriso.  — Para Rachel, o inferno que sim. Dê me‐  meia hora, e estarei de volta. Preciso me certificar de 

que Sam não conseguiu ser preso.     Capítulo 14    Estava tranquilo e o quarto estava escuro, com apenas uma lâmpada acesa ao lado da cama 

quando Rachel saiu do banheiro. Ethan estava deitado na cama, sem camisa, mas ainda vestindo seu uniforme. Estava até 

mesmo usando suas botas e parecia muito cansado para tirá las.‐  Seu coração amoleceu, enquanto olhava para seus olhos fechados, e então seu olhar caiu em 

seu peito magro e musculoso, para a contusão que escurecia sua pele já bronzeada. Ele estava tão preocupado com ela, mas na verdade, ela não chegou perto de se machucar. 

Certamente não tão perto quanto ele. Que ele estivesse tão disposto a colocar se‐  entre ela e seus filhos e o perigo, disse a ela mais do que palavras o quanto ele a amava. 

Ela foi até onde os pés dele se penduravam para fora da cama, e pegou um pé para sustentá lo‐  em sua coxa enquanto desamarrava sua bota. Ethan despertou imediatamente e levantou o pé para livrá lo‐  de seu alcance. 

— Não, querida, eu mesmo tiro. Deite se‐  na cama e fique confortável. Ela balançou a cabeça e puxou o pé de volta. — Apenas fique quieto e deixe me‐  tirar as botas. Você está exausto. Foi um dia difícil para nós 

dois, mas não fui eu quem levou um tiro.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Ele colocou as mãos atrás da cabeça, olhando enquanto ela lutava com uma bota e depois transferia sua atenção para a outra. 

Seus lábios se separaram, hesitantes, como se ele lutasse com o que dizer e como dizer. Havia tormento em seus olhos, e sombras profundas se escondiam, fazendo seu olhar parecer assombrado. 

Havia dor em suas palavras que tocou a parte mais profunda da alma dela. — A partir do minuto em que eu soube o que estava acontecendo, comecei a me perguntar se 

seria naquele momento que tudo seria tomado de mim. Eu acho que uma parte de mim vivia com medo de que eu estivesse vivendo em um tempo emprestado, e as pessoas simplesmente não recebiam o que eu recebi sem ter que devolvê lo‐  em algum momento. 

Seu coração pulsou com a vulnerabilidade na voz dele. Ela deixou a bota de lado e depois se arrastou para a cama, com as mãos alisando o peito dele até que alcançou os ombros. 

Sua boca ficou pouco acima da dele, seu cabelo escuro caindo como uma cortina sobre sua pele. — Eu odeio dizer isso, mas você está preso comigo, — ela brincou, esperando suavizar a 

escuridão em seus olhos. — Você não pode se livrar de mim tão facilmente. Eu acho que já provei isso. 

Ele passou o braço em volta da cintura dela e a ancorou com firmeza contra ele.  — Eu não quero te perder, querida. Você é a minha vida. Os bebês são minha vida. Nossa 

família é tudo para mim, e eu sempre vou lutar para mantê la‐  segura e feliz. Ela beijou o‐  em seguida. Quente e se derretendo, seus lábios se fundindo. — Você me faz muito feliz, — ela sussurrou. — Eu posso finalmente dormir à noite sem medo 

de acordar no inferno ou ter sonhado que você veio para mim. Posso ver o passado hoje e obter um vislumbre do nosso futuro, quando nossos filhos forem mais velhos e tivermos uma vida inteira de amor atrás de nós. 

Ele correu os dedos pelos cabelos dela, brincando com os fios em um gesto terno. — Você quer que eu saia da KGI? — Ele perguntou em tom sério. Ela piscou surpresa. Em seguida, estudou a seriedade em sua expressão e suspirou. — Eu nunca quis que você saísse de sua equipe SEAL. Essa foi a sua decisão. O que eu quero é 

que você seja feliz, e trabalhar com seus irmãos te faz feliz. Eu posso ver em seus olhos quando você chega em casa do trabalho. Estamos mais velhos e mais sábios agora, Ethan. Estamos mais fortes do que éramos quando você estava na Marinha. Eu tenho um sólido sistema de apoio quando você está fora em uma missão. 

— Eu só quero que você saiba que nada é mais importante do que você e nossos filhos. E estou falando sério. Se te fizesse feliz, eu sairia amanhã da KGI e não teria arrependimentos. 

— Mas isso não o faria feliz, e se você não estiver feliz, eu certamente não estaria — disse ela. Ele a beijou novamente, e ela moldou seu corpo ao dele. Estendeu a mão, deslizando a‐  entre 

eles até que o segurou intimamente, acariciando o‐  através das calças. Ele gemeu.   

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 66

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Maya Banks KGI 5.5 

— Deus, mulher. Estou caído de joelhos, fraco com o alívio de que você está viva e bem, e você está personificando a tentadora, como se quase não tivesse sido morta hoje. 

Ela sorriu contra seus lábios enquanto o beijava novamente, e então se afastou, apoiando o cotovelo na parte superior do peito dele, acima de onde ele foi ferido. 

Mas depois ficou séria quando percebeu a preocupação em seus olhos. Tocou seu rosto, traçando as linhas duras e depois alisando um dedo sobre seus lábios. 

— Eu fiz as pazes com a morte há um longo tempo atrás. Não estou dizendo que quero morrer, mas eu não a temo mais. Houve dias em que eu não era forte durante o cativeiro, e eu realmente ansiava pela morte. Que eles se cansassem de me manter em uma coleira e me dessem uma overdose que terminaria com minha vida. 

Lágrimas brilharam nos olhos de Ethan, e sua mandíbula endureceu. Seu corpo inteiro estava tenso. Ela sabia que era difícil para ele ouvir, mas ela não escondeu mais nada. Ela foi honesta e nada mais. 

— Acho que é por isso que eu pude ser relativamente calma e não fracassei hoje. Um, eu não queria que as crianças se machucassem. E dois, após tudo o que suportei, cheguei à conclusão de que eu irei quando Deus estiver pronto para me levar, e não um minuto antes. 

— Estou simplesmente grato que ele não estava pronto para você e você está de volta para casa comigo, onde você pertence, — ele disse, com a voz rouca de emoção. 

Ela ajeitou o corpo para que pudesse se virar e abrir a braguilha da calça dele. Ele levantou seus quadris para cima e a ajudou a descê las‐  sobre as coxas. Ela ficou de joelhos para terminar de remover o resto de sua roupa até que ele estava totalmente nu sob suas mãos itinerantes.  

Hoje à noite ela iria fazer amor com ele. Tantas vezes ele a tocou tão suavemente. Sempre lhe oferecendo segurança. Dizendo lhe‐  com mais do que palavras que ele a amava e sempre estaria aqui. 

Ela queria ser essa pessoa para ele esta noite. Mostrar a ele que o amava muito. Que valorizava os sacrifícios que ele fizera e estava disposto a fazer por ela e seus filhos. 

Deslizando da cama, gastou apenas o tempo suficiente para escapar da camisola que tinha colocado depois do banho, e então se arrastou de volta para a cama e se posicionou entre as coxas musculosas. 

Inclinou se‐  para frente, pressionando a boca em seu abdômen tenso. Não dispensando nenhuma polegada de pele que poderia encontrar. Delicadamente pressionou minúsculos beijos na contusão que manchava sua pele, e então se moveu para baixo novamente, provocando uma trilha até o ápice de suas pernas. 

Ele prendeu toda a respiração quando ela lambeu da base de seu pênis até a ponta. Seu pênis se contorceu e se balançou debaixo de seus lábios, permitindo a‐  sugar a cabeça para dentro da boca. 

Em um úmido e quente deslizar ela levou o‐  todo o caminho e depois, lentamente o soltou, centímetro por centímetro agonizante, exercendo uma firme sucção o tempo todo.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Ele se mexeu inquieto, remexendo se,‐  incapaz de permanecer imóvel enquanto ela acariciava de cima abaixo, apertando o‐  com a boca. 

Suas mãos torceram no cabelo dela, segurando a,‐  em seguida, puxando a‐  para satisfazer seus impulsos. Era como se ele não tivesse controle sobre seus movimentos e estivesse desesperado por mais. 

Já ela, sabia exatamente o que queria. Como queria fazer amor com ele. Ela brincou e o provocou até que sentiu e provou o sabor do primeiro pré sémen‐  em sua língua. Então, diminuiu seus movimentos e deixou o‐  deslizar de sua boca, evitando sua iminente liberação. 

Quando sua respiração desacelerou, ela se moveu para cima novamente até que montou nele, arqueando se‐  enquanto cuidadosamente o colocava em sua abertura. 

Suas grandes mãos fecharam sobre os quadris dela, oferecendo ajuda, enquanto ela se inclinava sobre ele. Mas ele a deixou fazer o que ela queria, nunca forçando a ação. 

Fechando os olhos, ela afundou lentamente, levando o‐  profundamente dentro dela até que ela descansou sobre sua virilha. 

— Deus, você é tão bonita, — Ethan disse, sua voz cheia de admiração. — A coisa mais linda que eu já vi na minha vida. Esta é a maneira como eu quero me lembrar de você. Nua e exuberante, montada em mim, meu pau tão profundamente dentro de você. Sua cabeça jogada para trás e todo esse cabelo lindo fluindo sobre seus ombros. 

Ele deslizou as mãos dos quadris até os seios dela, envolvendo os pequenos montes e esfregando os polegares sobre os picos. 

Ela se mexeu e depois se inclinou para frente em direção ao seu abraço, saboreando a sensação das mãos em seus seios. Apoiou as palmas das mãos contra os braços dele e deslizou para cima, o que permitia que seu pênis deslizasse para fora dela. 

Em seguida, abaixou se‐  de novo, engolindo o‐  até que ambos soltaram gemidos suaves de apreciação. 

— Eu quero você comigo, querida, — Ethan sussurrou. — Juntos. Vamos juntos. Diga me‐  o que você precisa. 

Ela suspirou novamente.  — Toque me.‐  Eu estou tão perto. Ele moveu uma mão entre eles, deslizando o dedo pelos cachos que cobriam seu monte ao 

cerne sensível de carne abrigado em suas dobras lisas. Assim que ele a acariciou, ela se apertou toda, o que fez com que ele ficasse ainda mais rígido dentro dela. 

Precisando de mais, ela pegou o ritmo e começou uma cavalgada constante que causou a mais primorosa fricção que já tinha experimentado. Ele estava tão apertado dentro dela. 

Sua mão livre curvou sobre o traseiro dela, e então seus dedos cravaram em sua carne enquanto ela o montava. 

— Vamos querida, — ele ofegou. — Goze para mim.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Ele não teve que esperar mais. O corpo dela apertou em uma espiral tensa, e então ela desabou, repentinamente liberando toda a tensão reprimida em um estouro explosivo. 

Seu suave grito se perdeu no rugido dele enquanto o seu próprio orgasmo brilhava sobre ele. Ela estava quente e escorregadia, o conforto facilitado por sua liberação. Satisfação eufórica flutuava por suas veias, infundindo a‐  com uma sensação entorpecente e nebulosa. 

Ela caiu sobre Ethan, permitindo que seu corpo o cobrisse. Ele passou os braços em volta dela, para que ela ficasse cercada por ele. Completamente satisfeita, ela se aconchegou mais firmemente em seu abraço e soltou um longo suspiro. 

A vida lhe ensinou que nada de valor era conseguido facilmente, mas tudo era ainda mais doce quando conquistado com sacrifício. 

— Eu te amo — disse ela contra sua pele. — Eu também te amo, querida, — ele disse, sua voz feroz e possessiva. — Durma agora 

enquanto eu te abraço. Eu só preciso abraçá la‐  e me lembrar que você está bem. — Lamento tê lo‐  assustado. Ele deslizou as mãos calorosamente sobre suas costas.  — Eu sei, querida. Eu sei.     Capítulo 15    Rachel nunca esteve tão grata por viver atrás dos portões do complexo. Estava extremamente 

agradecida por terem se mudado no momento certo e que a mudança tivesse sido antes do incidente na escola, porque a mídia acampou em sua antiga vizinhança desde que ela teve alta do hospital. 

Formou se‐  um jardim zoológico completo na pequena cidade onde ficava a loja de ferragens de Frank, e ele teve que fechá la‐  depois de apenas uma hora em funcionamento no dia em que reabriu após a prisão do atirador. 

Mais uma vez, Rachel encontrou se‐  no centro das atenções da mídia, só que desta vez ela não retornara dos mortos. Ela apenas flertara com a morte mais uma vez. 

O único artigo que ela leu mencionava que ela tinha nove vidas. Talvez fosse verdade, mas não iria perder tempo falando sobre todas as maneiras que ela enganou a morte. 

Nos últimos dias, ela e Ethan isolaram se‐  em sua nova casa. Marlene e as cunhadas de Rachel se revezaram levando refeições caseiras, e assim Ethan e Rachel permaneceram dentro de casa, aproveitando o fato de que sobreviveram por um triz e Rachel não estava sofrendo os efeitos colaterais do susto. 

— Querida, Mamãe acabou de ligar, — Ethan disse enquanto caminhava para a sala.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Rachel mantivera a televisão desligada desde que chegaram em casa porque não conseguiam percorrer os canais sem encontrar uma menção do quase tiroteio. 

A polícia fez várias viagens para o complexo porque Ethan se recusou a levá la‐  para onde seriam atacados pela mídia. 

Ela contou a sua versão do incidente tantas vezes que suas orelhas estavam dormentes de ouvir a si mesma. 

— Oh? — Rachel perguntou, tirando sua atenção do livro que estava lendo. — Ela me informou que eles já nos deram bastante tempo sozinhos para nos recuperar e que 

virão esta noite para a festa de inauguração que já tinham planejado. Rachel congelou, certa de que ela estava com um olhar de veado paralisado diante de faróis.  — Hoje à noite? — Ela olhou ao redor da sala, horrorizada. Nada estava limpo. Havia caixas em 

toda parte. Ethan levantou as mãos.  — Não pire. Mama não faria isso com você. Quis apenas informar antes que ela sabe que 

estamos em mudança e as coisas não estão limpas. Ela está convocando as noras e elas virão em uma hora para limpar e cozinhar. 

Rachel olhou para ele, totalmente horrorizada.  — E isso deveria me fazer sentir melhor? Eu tenho que sentar e vê las‐  limpar a minha casa e 

cozinhar para uma festa que vamos ter aqui hoje? — Isso é exatamente o que você vai fazer, — Ethan disse severamente. — Eu não quero que 

você exagere. Rachel suspirou, e Ethan se sentou no sofá e colocou o braço ao redor de seus ombros. — Todos estão preocupados com você. Eles só querem fazer algo para te fazer feliz e para 

celebrar a nossa mudança. Acho que pensam que você está triste por deixar a velha casa. Ela apertou os lábios e inchou seu rosto antes de permitir que o ar saísse em um estalo audível. — Será que ainda o incomoda que não estou incomodada por mudar? Lentamente, ele balançou a cabeça.  — Suas razões fazem sentido. Como posso criticá la‐  por ser honesta? E eu quero que você seja 

feliz. Se ter uma nova casa em um local mais seguro, faz você se sentir contente e segura, então eu teria que ser um idiota completo para me ressentir com você por isso. 

Ela virou se‐  em seu peito e abraçou o‐  ferozmente.  — Vamos fazer algumas ótimas lembranças nesta casa, Ethan. Ele beijou o topo de sua cabeça e passou os dedos pelo cabelo dela.  — Sim, vamos. Começando hoje à noite,   A casa estava viva com conversas, risos e os sorrisos que existiam pelo simples fato de estar com 

a família.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Todos os Kellys estavam presentes. Até mesmo Rusty e Sean, membros honorários do clã Kelly, estavam lá. 

Rusty encurralou Rachel logo que ela chegou, preocupada com sua gravidez. Rachel a assegurou de que estava bem, mas não compartilhou o fato de que teria gêmeos. Ela tinha que manter a surpresa para quando fizessem o anúncio oficial. 

Ela sabia que os irmãos de Ethan sabiam, mas estavam mantendo segredo, pois não queriam estragar a grande surpresa. 

Era como se toda a família tivesse feito um pacto antes de chegar a Ethan e Rachel, que não seria feita nenhuma menção ao incidente. 

Não houve conversa sobre o atirador, a mídia, ou mesmo o envolvimento da KGI para acabar com o impasse. 

Querendo sua curiosidade e seu temor apaziguados, ela encurralou Sam, enquanto os outros estavam empilhando comida em seus pratos. 

— A KGI terá problemas sobre a situação? — Ela perguntou, ansiosa. — Ethan me disse que eles não queriam que vocês entrassem e que vocês entraram assim mesmo. 

Sam sorriu, um brilho triste em seus olhos.  — Vamos apenas dizer que trocamos algumas palavras. Mas, por causa da maneira como tudo 

aconteceu e onde a mídia estava confinada, a SWAT já estava fazendo um movimento para depois que as crianças fossem liberadas, então ela ficou com o crédito por derrubar Winstead. O que é bom. Isso mantém a KGI fora do quadro. O chefe de polícia não estava feliz. O prefeito ficou bastante chateado. O xerife parecia que tinha engolido um ovo. Eles estavam provavelmente cagando nas calças, preocupados que nós estragássemos as coisas e eles caíssem. 

Rachel balançou a cabeça.  — Sinto muito. Ele piscou.  — Por que diabos você teria que sentir muito? Você honestamente acha que ficaríamos 

sentados sobre nossos traseiros enquanto você estava nas mãos de algum tipo de demente idiota? Ela sorriu.  — Não, eu sinto muito que as pessoas sejam tão estúpidas. Mas estou feliz que você não vai ser 

preso nem nada. Seria um saco ter que visitá lo‐  na cadeia. Sua risada suave cresceu, e depois ele tomou o cotovelo dela e a virou em direção à mesa onde 

Marlene tinha colocado a comida em estilo bufê. — Vamos comer alguma coisa antes que meus irmãos devorem tudo. Ele não teve que falar duas vezes. Ela pegou um prato e empilhou bem alto com alimentos. A 

verdade era que estava morrendo de fome, e não se sentira enjoada por dois dias inteiros. Era o suficiente para fazê la‐  querer dar uma chance e aproveitar cada mordida que pudesse esta noite.  

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Maya Banks KGI 5.5 

Enquanto todos comiam e conversavam, Ethan encontrou o caminho para ficar mais perto de Rachel até que os dois estavam lado a lado. Quando ela terminou com seu prato, ele o pegou e o deixou de lado antes de enlaçar seus dedos com os dela. 

Ele lhe deu um olhar tão cheio de amor que ela mal podia respirar. Estava aquecida até os dedos dos pés pelo contentamento que emanava dele tão confortavelmente. 

Já era tempo. Todos que importavam para eles estavam aqui. Em sua nova casa, um lugar que seria a base do futuro deles. 

Ethan limpou a garganta e, em seguida, chamou a atenção de todos. A conversa parou, e todos os olhos foram direcionados para Ethan e Rachel. Borboletas, excitadas borboletas dançavam em volta da barriga de Rachel. Uma barriga que em breve expandiria para acomodar as duas vidas minúsculas aninhadas abaixo de seu coração. 

— Rachel e eu temos algo que gostaríamos muito de compartilhar com as pessoas que mais significam para nós. 

Ele olhou para ela, sua sobrancelha levantada em questionamento se seria ele ou se ela queria contar. Ela sorriu e apertou sua mão antes de concordar que ele deveria contar. 

Ele respirou fundo, seu sorriso crescendo tão amplamente que seus dentes brilharam. — Depois de muito pensar e considerar, em interminável busca da alma, finalmente, estando 

em paz com a decisão, e com a sensação de que Rachel estava pronta para esse passo, decidimos começar a tentar ter um bebê. 

Os sorrisos foram instantâneos. Marlene se inclinou, socou Frank no braço, e sussurrou em voz alta, — Eu te disse! 

Rachel sorriu e se agitou no aperto de Ethan. Ela estava tão tonta como uma criança no Natal. Adorava a maneira como Ethan estava conduzindo os‐  para o efeito máximo. Ela queria saborear este momento por tanto tempo quanto possível. 

— O que não contávamos era que isso acontecesse tão rápido, — Ethan acrescentou com um sorriso. 

Todos ficaram em silêncio. Olhos arregalados. Sorrisos cientes nos rostos dos irmãos de Ethan. Shea sufocou sua própria reação, apertando os dedos em punhos excitados. Parecia que ela ia começar a saltar para cima e para baixo no colo de Nathan. 

Frank franziu a testa.  — Isso quer dizer o que eu acho que significa? Ethan riu.  — Sim, papai. Rachel está grávida. Um coro de gritos subiu e Ethan deixou o‐  seguir por um minuto, mas quando a família começou 

a se levantar e se dirigir como enxame em direção a ele e Rachel, ele levantou as mãos. — Só um minuto. Há outra coisa que vocês devem saber.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 72

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Maya Banks KGI 5.5 

A boca de Marlene abriu, e ela olhou entre Rachel e Ethan como se estivesse tentando decidir se era uma boa ou má notícia. Ela parou a meio caminho de onde Ethan e Rachel estavam, e Frank parou ao seu lado, deslizando seu braço ao redor dela. 

Ethan olhou para Rachel, amor quente e vivo em seu olhar. Ele apertou a‐  a ele, e no fundo, Rachel podia ouvir os suaves suspiros de quem olhava para os dois. Mas seu foco estava em Ethan e na promessa em seus olhos. A promessa de um futuro maravilhoso tão brilhante que ela mal podia imaginar. 

Então, ele olhou novamente para sua família, seu rosto prestes a rachar sob seu sorriso enorme. — Nós não vamos ter apenas um bebê. Na semana passada descobrimos que vamos ter... 

Gêmeos! Uma série de suspiros, exclamações, e sons de surpresa ecoaram em toda a sala. Murmúrios 

animados. A alegria e entusiasmo dançaram tangíveis no ar. Marlene não pôde mais se conter. Ela convergiu para Rachel, sua mão acenando animadamente 

no ar enquanto gritos de entusiasmo explodiam de seus lábios. — Oh bebê! — Marlene exclamou enquanto puxava Rachel em seus braços. — Que notícia 

maravilhosa, maravilhosa. Eu estou tão feliz por você e Ethan. — Obrigada, — Rachel disse, retornando seu abraço forte. — Como você deve ter ficado assustada por tudo isso, — disse Marlene, simpatia brilhando em 

seus quentes olhos castanhos. Frank empurrou o seu caminho e reuniu Rachel em um grande abraço, mas ele foi 

extremamente gentil, com cuidado para não esmagá la.‐  Beijou sua bochecha, e quando falou, sua voz estava obstruída com emoção. 

— Eu não poderia estar mais orgulhoso, — disse Frank. — Que bênção serão mais dois netos. Cuide bem de si mesma mocinha. Eu estarei observando. 

Rachel sorriu. Ah, mas ela estava prestes a explodir de alegria por tudo. — Eu sei que você estará. — Isto pede um brinde, — Sam gritou, segurando o copo alto. A sala ficou em silêncio novamente enquanto o filho mais velho dos Kelly sorria na direção de 

Rachel e de Ethan. — Você é muito especial para todos nós, Rachel — disse ele. Todos foram rápidos em concordar, seus sorrisos mais brilhantes que o sol. Ela se deleitou com 

os sorrisos. Com o amor e aceitação que brilhava tão fulgurantemente como um milhão de estrelas. — Você também é um inferno de uma mulher poderosa. Eu não conheço muitas outras pessoas 

tão resistentes quanto você. E mesmo depois de tudo que sofreu você ainda permaneceu a Rachel doce e amorosa pela qual todos nós nos apaixonamos todos aqueles anos atrás. 

Lágrimas queimaram suas pálpebras até que ela desistiu de tentar contê las.‐  Sam estava tão sério, que ela não tinha nenhuma dúvida que ele queria dizer cada palavra.  

** Essa tradução foi feita apenas para a leitura dos membros do Talionis. ** 73

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Donovan interrompeu, olhando diretamente para Ethan. — Se seus filhos, os filhos de Rachel, herdarem a metade do espírito e determinação da mãe, 

então você vai ter mesmo duas crianças que nunca serão derrubadas na vida. — Inferno, eles vão dominar o maldito mundo, — Garrett murmurou. Risos varreram a sala, aliviando um pouco da solenidade. — Obrigada, — Rachel disse, sua voz tão lacrimejante quanto seus olhos. — Estou muito grata a 

todos vocês, e não sei o que eu faria sem vocês. Ela olhou diretamente para Marlene e Frank, o seu amor pelo casal mais velho tão poderoso 

que era difícil até colocar em palavras tudo o que ela sentia e tudo o que esperava. — Minha esperança para os meus filhos é que possamos ser o tipo de mãe e pai que vocês são 

para seus filhos e para todas as pessoas as quais vocês oferecem esse amor e apoio incondicional. — Eu concordo com Rachel, — Ethan disse, envolvendo seu braço em torno de Rachel. Rachel olhou ao redor da sala, em cada rosto.  — Meus bebês serão as crianças mais afortunadas que já viveram por ter uma família tão 

maravilhosa. Eu nunca vou esquecer o quanto vocês me ajudaram a superar os últimos anos. Sean limpou a garganta.  — Rachel, querida, apenas faça me‐  um favor? Diante de tudo que você e eu passamos juntos, 

quando você for para o trabalho, certifique se‐  que eu não estou em nenhuma parte da vizinhança. A sala explodiu em gargalhadas, e Rachel riu junto com eles. Fechou os olhos, simplesmente 

absorvendo a vibração de tanta alegria. Ela não era mais uma vítima do passado, prisioneira dos demônios que assombravam sua 

mente. Estava se movendo para além disso, em direção a um futuro cheio com a promessa de dias mais brilhantes e tempos mais felizes. 

Ela era uma Kelly. E ela era amada.   Fim   

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