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    Universidade Federal de PernambucoPs-Graduao em Cincia da Computao

    Centro de Informtica

    ESTE TRABALHO FOI APRESENTADO PS-GRADUAO EM CINCIA DA COMPUTAO DO CENTRODE INFORMTICA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DEPERNAMBUCO COMO REQUISITO PARCIAL PARAOBTENO DO GRAU DE MESTRE EM CINCIA DA

    COMPUTAO.

    Recife, 15 de Maro de 2010

    Aluno: Henrique de Aguiar S Vila Nova Jnior ([email protected])Orientador: Alex Sandro Gomes ([email protected])

    Visualizao de Informao como Ferramenta de

    Auxlio na Avaliao Formativa em Educao a

    Distncia

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    Ps-Graduao em Cincia da Computao

    Visualizao de Informao como Ferramenta de

    Auxlio na Avaliao Formativa em Educao a

    Distncia

    Por

    Henrique de Aguiar S Vila Nova Jnior

    Dissertao de Mestrado

    Universidade Federal de Pernambuco

    [email protected]

    www.cin.ufpe.br/~posgraduacao

    RECIFE, MARCO/2010

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    Agradecimentos

    Agradecer sempre difcil, imagine quando podemos esquecer algum?

    Agradeo a Deus por nos dar sade e condies de concluir mais esta etapada minha vida;

    Agradeo a Minha Me, sempre paciente comigo; Agradeo a Marlia, minha futura esposa, que agentou tantas impacincias

    minhas ao longo desta jornada.

    Agradecer ao magnfico Orientador, Prof. Doutor ALEX SANDROGOMES, por cobrar, orientar, dar estmulos e entender o aluno trabalhador,

    que tanto deu trabalho; Agradecer a Prof. Doutora Snia Calado, quem acreditou em mim desde o

    incio em 2008, quando escreveu aquela carta de recomendao;

    Agradeo a Amadeu Campos, grande amigo que chegou e conquistou atodos e pela inestimvel colaborao com o este trabalho.

    Agradecer ao nosso grupo de pesquisa, o CCTE, que tanto nos ajudou comsugestes, crticas e elogios;

    Agradeo a Leila, que com tanta pacincia sempre nos atendeu bem. Agradecer ao TEMPO, que mesmo correndo, mesmo apertando, deixou que

    conclusse este trabalho.

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    Sumrio

    Sumrio............................................................................................................................. V

    Lista de Figuras ................................................................................................................ VII

    Lista de Tabelas ................................................................................................................. IX

    Resumo .............................................................................................................................. X

    Abstract ............................................................................................................................ XI

    Captulo 1 Introduo ......................................................................................................... 1

    Captulo 2 Avaliao Formativa em Educao a Distncia ...................................................... 5

    2.2Avaliaes on-line ................................................................................................... 11

    2.2 Papis do Tutor em Educao a Distncia ............................................................... ...15

    2.3 Lacunas na Avaliao on-line realizada pelo Tutor .................................................. ...18

    2.4 Consideraes finais sobre captulo ....................................................................... ...20

    Captulo 3 Visualizao de Informaes .............................................................................. 21

    3.1 Visualizar e Explorar Informaes .......................................................................... ...23

    3.2 Nveis de Visualizao ............................................................................................ ...26

    3.2.1 Visualizao da Info-esfera ......................................................................... ...26

    3.2.2 Visualizao do Espao de Trabalho ............................................................ ...27

    3.2.3 Ferramentas de Conhecimento Visual ........................................................ ...28

    3.2.4 Objetos Visuais .......................................................................................... ...31

    3.3 Modelo de Referncia para Visualizao ................................................................ ...33

    3.3.1 Dados Brutos e Tabela de Dados ................................................................. ...33

    3.3.2 Estruturas Visuais ....................................................................................... ...35

    3.3.3 Transformao Visual - Vises .................................................................... ...44

    3.4 Visualizao Semntica .......................................................................................... ...47

    3.5 Consideraes Finais Sobre o Captulo ................................................................... ...50

    Captulo 4 Metodologia ..................................................................................................... 51

    4.1 Objetivos e Relevncia ........................................................................................... ...52

    4.2 Procedimentos Metodolgicos............................................................................... ...54

    4.2.1 Identificao das Dificuldades na Avaliao Formativa em EaD .................... ...54

    4.2.2 Protipao.................................................................................................. ...54

    Captulo 5 Desenvolvimento do Trabalho ........................................................................... 56

    5.1 Contextualizao ................................................................................................... ...57

    5.2 Identificao das Variveis..................................................................................... ...57

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    5.3 Definio das Visualizaes .................................................................................... ...59

    5.4 Prottipos das Visualizaes .................................................................................. ...60

    5.4.1 C01 Mltiplas Vises da Participao Por Recurso ....................................... ...63

    5.4.2 C02 Viso Geral da Utilizao dos Recursos do ambiente ............................. ...65

    5.4.3 C03 Viso por Aprendiz do seu perfil de acesso ao ambiente ...................... ...66

    5.5 Consideraes Finais Sobre o Captulo ................................................................... ...69

    Captulo 6 Concluses e Trabalhos Futuros ......................................................................... 70

    6.1 Trabalhos Futuros .................................................................................................. ...72

    Captulo 7 Referncias ....................................................................................................... 74

    Anexos ............................................................................................................................. 82

    Anexo 1 Documento de Requisitos ......................................................................... 83

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    Lista de Figuras

    Figura 1 - Interao existente entre atores em EaD, utilizando avaliao formativa. ............ - 14 -

    Figura 2 - Exemplo da linguagem SQL executada em um software de explorao de dados. - 24 -Figura 3 - Exemplo de representao visual da produtividade fsica da indstria brasileira e do

    custo unitrio do trabalho atravs de um grfico de linha Dupla ............................................ - 25 -

    Figura 4 Exemplo de representao dos sites na WWW.. ................................................... - 26 -

    Figura 5 - Exemplo de representao Espao de trabalho ...................................................... - 27 -

    Figura 6 - Exemplo de representao Espao de trabalho de paginas na Web. ..................... - 28 -

    Figura 7 - Reconhecimento de Padres: Onde est a estrela ?. ............................................. - 29 -

    Figura 8 Exemplo de representao com Ferramentas de Conhecimento Visual - Uso da

    Tcnica SDM. ........................................................................................................................... - 30 -

    Figura 9 - Exemplo de representao com Ferramentas de Conhecimento Visual - Uso da

    Tcnica SDM. ........................................................................................................................... - 30 -

    Figura 10 - Exemplo de representao de Objetos Visuais Ferramenta Visible Human

    Explorer. .................................................................................................................................. - 31 -

    Figura 11 - Exemplo de representao de Objetos Visuais Ferramenta Visible Human

    Explorer. .................................................................................................................................. - 31 -

    Figura 12 - Modelo Clssico de Visualizao de Harber e McNabb[1990].. ............................ - 32 -

    Figura 13 Modelo de referncia de visualizao de Card. ................................................... - 32 -

    Figura 14 - Tabela de Alunos. .................................................................................................. - 33 -

    Figura 15 - Mapa em Perfil da previso do tempo do Japo. ................................................. - 35 -

    Figura 16 - Mapa da previso do tempo do Brasil.. ................................................................ - 35 -

    Figura 17 Ilustrao dos tipos de Marcas visuais. ................................................................ - 36 -

    Figura 18 Representao de um Mapa de E-mails. .............................................................. - 37 -

    Figura 19 - Representao de um Mapa de E-mails. . ............................................................. - 37 -

    Figura 20 - Representao de um Mapa de E-mails. .............................................................. - 38 -

    Figura 21 - Representao de atividades na rea de trabalho do Windows. ......................... - 40 -

    Figura 22 - Representao da ferramenta WebBook (WebForager). ..................................... - 40 -

    Figura 23 - Representao da ferramenta multidimensional InXight. .................................... - 41 -

    Figura 24 - Representao da ferramenta de Redes Kartoo .. ................................................ - 42 -

    Figura 25 - Representao da ferramenta de Linhas temporais Voyager. .............................. - 43 -

    Figura 26 Ex. aplicao Film Finder exibindo detalhes do filme selecionado pelo usurio. - 44 -

    Figura 27 - Exemplo da aplicao StudiAnalyse. .................................................................... - 45 -

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    Figura 28 - Exemplo da aplicao StudiAnalyse. . ................................................................... - 45 -

    Figura 29 - Exemplo da aplicao GoogleMaps. ..................................................................... - 46 -

    Figura 30 Visualizao Semntica SemaVis.. ........................................................................ - 47 -

    Figura 31 Visualizao Semntica SemaVis.. ........................................................................ - 48 -

    Figura 32 - Grfico da Estrutura da metodologia. ................................................................... - 52 -

    Figura 33 Representao TreeMap pases com maior espao geogrfico. .......................... - 60 -

    Figura 34 Representao exemplo do espectro de variao das cores do grfico TreeMap

    para pases com maior espao geogrfico. ............................................................................. - 60 -

    Figura 35 Representao grfico TreeMap completo (Pases e espectro), tamanho do espao

    geogrfico X espao geogrfico. ............................................................................................. - 61 -

    Figura 36 Representao grfico TreeMap, espao geogrfico X mortalidade infantil. ...... - 61 -

    Figura 37 Prottipo da relao entre tempo do usurio logado pela quantidade de postagens

    em fruns. ............................................................................................................................... - 63 -

    Figura 38 Prottipo Mltiplas Vises da Participao Por Recursos. ................................... - 65 -

    Figura 39 - Representa o momento do dia onde existe maior quantidade de aprendizes

    conectados. ............................................................................................................................. - 67 -

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    Lista de Tabelas

    Tabela 1 Apresentao das Variveis Identificadas. ............................................................ - 57 -

    Tabela 2 - Lista de Visualizaes e suas variveis .................................................................. - 59 -

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    Resumo

    Com o avano tecnolgico introduzidos nas ferramentas de educao a distncia,

    onde novas possibilidades favorecem a adoo de abordagens que inovam o processo deensino-aprendizagem. Uma avaliao mais centrada no aprendiz, em sua colaborao,

    interao agora so mais possveis.

    Estas novas possibilidades fazem com que no se avalie o aprendiz apenas de forma

    tradicional, atravs de testes quantitativos, mas sim utilizando uma avaliao mais

    formativa. A avaliao formativa em ambientes de educao a distncia podem ser

    realizadas atravs de um continuo acompanhamento da participao dos aprendizes ao

    longo do tempo em alguns recursos como, por exemplo, a participao em fruns temticos,chats, envio de atividades e etc.

    Algumas experincias com avaliao formativa na modalidade de ensino a distncia

    revelam que, a participao colaborativa e construtivista dos aprendizes favorece na

    percepo de seus comportamentos, como tambm a possvel identificao de problemas ou

    tendncias de suas classes virtuais, esta descoberta pode ajudar o professor-tutor a realizar

    um processo de tutoria mais eficaz ao longo do tempo. Contudo a maioria dos ambientes de

    educao a distncia no possibilita recursos adequados para este tipo de avaliao. Aavaliao formativa demanda muito trabalho e tempo do professor no acompanhamento,

    anlise e orientao das participaes dos alunos, o que consiste num dos principais

    problemas da avaliao formativa, seja ela presencial ou a distncia, Rocha [2006].

    O presente trabalho prope o uso de tcnicas de Visualizao de Informaes como

    ferramenta de suporte na avaliao formativa em ambientes de educao a distncia. A

    utilizao destas tcnicas tem como objetivo de diminuir o custo de cognio da percepo

    do comportamento dos aprendizes em ambientes de educao a distncia. Para ser possvelgerar as visualizaes, foram extrados da literatura variveis que indicassem a participao

    do aprendiz no ambiente virtual. As combinaes destas variveis geraram as visualizaes,

    diante da existncia de milhares de combinaes possveis entre as variveis, escolhemos

    trs, onde especificamos e prototipamos utilizando a tcnica de TreeMap.

    Palavras-chave: Avaliao Formativa, Visualizao de Informao, Educao a

    Distncia.

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    Abstract

    With the technological advances introduced in the tools of e-learning, new

    opportunities to promote adoption of approaches that innovate the teaching-learning mode

    of distance education. A more learner-centered in their collaboration, interaction are now

    more possible.

    These opportunities mean that not only assess the learner in a traditional way,

    through quantitative tests, but using a more formative. Formative assessment environments

    in e-learning can be achieved through a continuous monitoring of learner participation over

    time in some features, such as, participation in forums, chats, sending activities and so on.

    Some experiences with formative assessment in the form of e-learning show that

    the collaborative and constructive participation of learners promotes the perception of their

    behavior, and the possible identification of problems or trends in their virtual classrooms,

    this discovery may help the teacher-tutor to perform a process of mentoring more effective

    over time. However, most environments of distance education does not allow adequate

    resources for this type of evaluation. The "formative assessment requires much work and

    time of the teacher in monitoring, analysis and guidance for participation of students, which

    is a major problem of formative assessment, either in person or remotely," Rocha [2006].

    This paper proposes the use of technical information display, as support tool in the

    formative environments in e-learning. The use of these techniques aims to help by reducing

    the cost of cognition, perception of the behavior of learners in environments of e-learning.

    To enable it to generate the views were taken from the literature to indicate variables of

    learner participation in the virtual environment. The combination of these variables led to

    the previews, before the existence of thousands of possible combinations between the

    variables and chose three prototypes using the technique of TreeMap.

    Key words:Formative Evaluation, Visualization of Information, e-learning.

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    A tecnologia vem trazendo fantsticas oportunidades no que se refere ao ensino

    na modalidade a distncia, com o uso mais efetivo da tecnologia os professores

    transformaram-se em compartilhadores de conhecimento, trocando e construindo o

    conhecimento para e com os aprendizes, Romani [2006].

    Na modalidade de educao a distncia estas tecnologias introduziram novas

    formas de mediar a comunicao entre os participantes, introduzindo assim novos meios

    de construir o processo de ensino e aprendizagem. Esta mediao pode ocorrer quando

    so oferecidas ferramentas como chats, fruns temticos, salas de videoconferncia,

    mensagens instantneas entre pares dentre outros.

    Cada ambiente virtual de aprendizagem registra e mantm vrios dados referentea participao dos aprendizes como a quantidade de aprendiz por curso, quem postou

    ou no nos fruns, as mensagens enviadas diretamente para o grupo ou para os pares,

    resposta de questionrios online como tambm a o envio das atividades.

    Com o passar dos tempos e a grande adeso a modalidade de ensino a distncia,

    estudiosos observaram que este imenso conjunto de dados, gerados pelas ferramentas de

    educao a distncia, poderia se tornar til no acompanhamento do processo de ensino e

    aprendizagem. Com a explorao destes dados pode possibilitar a descoberta de

    situaes e comportamentos prejudiciais ao processo de ensino. Um bom exemplo disto

    seria a observncia das informaes de acesso de cada aprendiz ao ambiente, a partir

    destas informaes se tornaria possvel compreender a baixa freqncia de utilizao do

    ambiente ou at mesmo de algum recurso como, por exemplo, o frum temtico.

    A forma com o qual a maioria dos ambientes de ensino a distncia apresentam

    estes dados, por ser de forma textual, dificulta muito sua percepo. Esta dificuldade sed pelo entendimento a nvel cognitivo de anlise, onde seriam observados tendncias,

    padres e participaes, como por exemplo: freqncia de participao em fruns,

    quantidade de interaes entre os aprendizes, freqncia de acesso ao ambiente, dentre

    outros.

    Com o intuito buscar o mapeamento do comportamento do aprendiz dentro do

    ambiente virtual de aprendizagem, muitos estudos foram realizados, como por exemplo:

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    E-Avalia: Na busca por um melhor acompanhamento dos aprendizes em

    ambientes de educao distncia, o E-Avalia Um agente para avaliao de ensino-

    aprendizagem em educao a distncia. Esta pesquisa props um modelo de avaliao

    dos aprendizes, usando a tecnologia de agentes com os conceitos de avaliao

    formativa, Rodrigues [2002].

    S-P Chart: uma ferramenta que utiliza a taxonomia de Bloom para gerar uma

    ferramenta grfica para avaliao formativa. A Taxonomia de Bloom uma

    classificao dos diferentes objetivos e competncias que os educadores identificam

    para os alunos, Anderson [2001]. Atravs da utilizao desta ferramenta chamada S-P

    Chart (Student-Problem Chart) criada por Takahiro Sato em 1975, o professor pode

    medir e compreender o desempenho dos seus alunos. Segundo Chang [2009] para que oprocesso de avaliao seja mais eficaz todos os recursos de aprendizagem devem ser

    classificados para facilitar a anlise.

    InterMap: uma ferramenta em que buscar fornecer uma maior visibilidade da

    interao e participao dos aprendizes em cursos na modalidade de educao a

    distncia, esta ferramenta foi desenvolvida por Romani [2000], com foco no ambiente

    virtual de aprendizagem TelEduc. Esta ferramenta busca atravs de tcnicas de

    visualizao da informao para mapear graficamente a interao entre os aprendizes.

    A soluo que proposta nesta dissertao est alicerada a partir de variveis

    extradas da literatura, onde estas podem representar a participao dos aprendizes em

    ambientes virtuais de aprendizagem. As variveis identificadas esto alinhadas com a

    participao em trs recursos especficos, os fruns de discusso, chats, atividades

    postas e mensagens instantneas.

    Aps a identificao destas variveis proposto um prottipo, que utilizando a

    base de dados do ambiente virtual de aprendizagem, AMADEUS e utilizando tcnicas

    de Visualizao de Informao, como por exemplo, TreeMap, possibilitando que seja

    representado atravs da combinao destas variveis o comportamento do aprendiz no

    ambiente.

    Outra contribuio desta pesquisa deixar clara a possibilidade de utilizao de

    outras tcnicas de visualizao como tambm a infinidade de combinaes possveis de

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    serem feitas entre as variveis, possibilitando ao professor-tutor criar para cada

    combinao uma concluso diferente, ajudando no processo de tutoria assim como na

    descoberta de problemas e padres de utilizao do ambiente virtual de aprendizagem.

    O texto est organizado de forma em que o captulo 2 (dois) apresenta os

    conceitos referentes avaliao formativa, onde se fundamenta a identificao das

    necessidades de uma avaliao mais formativa e a identificao das variveis que

    representam a participao do aprendiz.

    O captulo 3 (trs) apresenta os conceitos a cerca de Visualizao de Informao,

    contm neste Captulo modelos e conceitos que fundamentam a soluo proposta por

    este objeto de pesquisa.

    O captulo 4 (quatro) tem a finalidade de fundamentar a metodologia utilizada

    para alcanar os objetivos do estudo. No captulo 5 (cinco) so apresentadas as variveis

    identificadas na literatura e a definio de algumas visualizaes, criadas a partir da

    combinao das variveis identificadas. Ainda no captulo 5 (cinco) so detalhadas e

    prottipadas as visualizaes propostas.

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    Captulo 2

    Avaliao Formativa em Educao a

    Distncia

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    Coletar sistematicamente proeminncias

    por meio da determinao de mudanas

    ocorridas pelos alunos e de que forma elas

    ocorrem como se define avaliao

    (Bloom, 1973).

    Entender avaliao formativa na educao a distncia converge em compreender

    as diversas de formas diferentes que a tecnologia proporciona para realizar uma

    avaliao Hadji [2001]. Com o passar dos anos mesmo havendo uma tendncia, ao

    menos das instituies de ensino superior, de inovar na forma de avaliar o aluno, a

    avaliao ainda tende para forma classificatria.

    Em educao a distncia vem sendo realizado uma procura incansvel dos

    estudiosos, trazendo consigo a inteno de mudana de paradigma Hadji [2001].

    Tradicionalmente o professor obrigado a realizar provas conteudistas para mensurar o

    que o aluno aprendeu, semelhante ao ensino presencial,Hadji [2001]. Quando se fala

    avaliar o aluno, buscamos no apenas avaliar o aluno em determinado momento, mas

    sim, avaliar o desenvolvimento do aluno no ambiente virtual, tendo como base as

    interaes do aluno com o professor, com outros alunos, com suas produes, com aparticipao em atividades, enfim, como foi o desenvolvimento da aprendizagem do seu

    incio at o final, Rodrigues [2002].

    De acordo com Perrenoud [1999], avaliao formativa consiste em toda

    prtica de avaliao contnua que pretenda contribuir para melhorar as aprendizagens

    em curso, qualquer que seja o quadro e qualquer que seja a extenso concreta da

    diferenciao do ensino.

    Scriven [1967] foi quem iniciou a discusso a cerca da avaliao formativa e

    logo depois Bloom [1971] concluiu esta forma de avaliao como sendo o uso da

    avaliao sistemtica durante todo o processo de elaborao do programa, de ensino e

    de aprendizagem, com o propsito de aperfeioar quaisquer destes trs processos (...).

    Isto significa que na avaliao formativa necessrio tentar investigar os tipos de

    evidncias mais teis ao processo e procurar o melhor mtodo de relatar estas

    evidncias (...).

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    Diante deste contexto vemos que h muito tempo vem se buscando a utilizao

    de uma avaliao mais formativa. Na literatura temos vrios estudos que buscam por

    uma avaliao que torne mais fcil a orientao do aluno em ambientes de ensino.

    A busca por um melhor acompanhamento dos aprendizes em um ambiente deeducao a distncia foi foco de estudo de Rodrigues [2002], em seu trabalho Um

    agente para avaliao de ensino-aprendizagem em educao a distncia. Este estudo

    props um modelo de avaliao de alunos no ensino a distncia, usando a tecnologia de

    agentes com os conceitos de avaliao formativa.

    E-Avalia foi o nome dado ao agente utilizado para avaliao. Este agente tem a

    finalidade de criar uma estrutura de competncias compostas por um curso e desta

    forma os alunos so avaliados de acordo com as habilidades pr-definidas pelo

    professor para cada competncia do curso. NoE-Avalia toda a avaliao realizada ao

    termino de cada unidade de ensino, onde cada unidade se refere a uma competncia do

    curso e estas so compostas por questes de vrios tipos onde cada questo associada

    a uma habilidade, ou seja, a um objetivo especfico. Para avaliao do aluno pela viso

    do professor no E-Avalia so disponibilizados relatrios qualitativos e quantitativos

    auxiliando o professor na tomada de decises acerca da avaliao de ensino-

    aprendizagem de todos os alunos.

    A avaliao formativa cada vez mais utilizada referindo-se a uma avaliao

    que fornece feedback aos estudantes sobre a aprendizagem que ocorre durante o ensino,

    e no apenas depois, Perrenoud[1998]. O retorno ou o dilogo visto como um

    elemento fundamental da avaliao formativa, onde A inteno apoiar a

    aprendizagem, Clarke [1995];

    Avaliao formativa pode ser considerada apenas se resultar em ao peloprofessor e alunos para melhorar a aprendizagem dos alunos, Black [2006].

    A caracterstica distintiva da avaliao formativa que a informao da

    avaliao utilizada, pelo professor e alunos, para modificar o seu trabalho, a fim de

    torn-lo mais eficaz, [Black, 2006].

    A avaliao formativa tem sido definida como o processo de instruo,

    julgando ou avaliando o trabalho dos alunos ou o desempenho e usar isso paramelhorar a forma e as competncias dos alunos, Gipps [2006].

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    atravs da interao professor-aluno durante as atividades de

    aprendizagem (Newman, 1989) que a avaliao formativa feita, e onde os

    estudantes recebem o retorno sobre o que sabem. tambm nestas interaes aluno-

    professor durante as atividades de aprendizagem, que os professores e at os alunos so

    capazes de gerar oportunidades de aprofundar a compreenso.

    Desta forma, o processo de avaliao formativa inclui sempre os alunos. um

    processo atravs do qual se descobri mais sobre a sua aprendizagem. O processo

    envolve reconhecer, avaliar e reagir sua prpria ou a outra avaliao, de sua

    aprendizagem. Estudantes podem refletir sobre a sua prpria aprendizagem, ou podem

    receber o retorno de seus pares ou at mesmo do professor.

    A avaliao formativa tambm um componente de ensino em que os

    professores descobrem a eficcia das atividades de aprendizagem oferecidas. Ele pode

    ser visto como o processo pelo qual os professores juntam informaes sobre avaliaes

    da aprendizagem dos alunos e em seguida, chegam concluso de ter provido ou no a

    aprendizagem.

    Black e Wiliam [2006] sugerem, uma necessidade de explorar pontos de vista

    de aprendizagem e suas inter-relaes com a avaliao.

    A avaliao est centrada nas aprendizagens dos alunos de forma direta e

    imediata e pressupe uma regulao intencional, Perrenoud [1999], desta forma,

    visualizar o grau de aprendizagem que o aluno atingiu e ainda falta atingir, com a

    finalidade de interferir para de fato, garantir se o aluno atingiu o grau de aprendizagem

    necessria.

    Perrenoud [1999] e Hadji [2001], afirmam que avaliar formativamente no se d

    apenas em realizar um teste no final de um contedo. Esta avaliao vem atravs de

    uma sucessiva regulao das aprendizagens do aluno, seguindo sempre uma meta

    educativa. A avaliao formativa deve estar dentro do processo de ensino e

    aprendizagem, no dia-a-dia e no em momentos pr-definidos, aprontados com ateno

    a esse fim. Esta avaliao contnua, ainda que nem toda avaliao contnua deva ser

    uma avaliao formativa, j que muitas destas avaliaes no tm a inteno de

    colaborar para o progresso da aprendizagem.

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    Hadij [2001], diz que, ser reguladora e ser Informativa so caractersticas

    fundamentais da avaliao formativa, tendo em vista o fornecimento de informaes

    aos principais sujeitos do processo de avaliao para os atores deste processo:

    O aprendiz, fazendo com que este tenha a possibilidade de conhecer osseus problemas e desta forma tentar, o prprio, corrigir os seus erros;

    O professor, que sempre ser informado dos resultados verdadeiros desuas atividades pedaggicas, fazendo com que seja mais fcil a regulao

    de suas atividades.

    O processo de avaliao formativa tem sido pouco eficaz, tanto levando em

    considerao a educao presencial quanto a educao a distncia, tudo isso por conta

    de sua grande complexidade Romani [2006]. Para garantir uma regulao efetiva das

    aprendizagens o formador deveria dispor de informaes pertinentes e confiveis,

    interpret-las corretamente, em tempo hbil, imaginar constantemente uma interveno

    apropriada e conduz-la de modo eficaz... Perrenoud [1999], desta forma observado

    por Perrenoud que para realizar este tipo de avaliao o professor deveria ser detentor

    de informaes bastante relevantes para a interpretao e interveno. Como geralmente

    este tipo de informao no mensurada em tempo hbil, fica comprometido todo o

    processo de avaliao formativa.

    Perrenoud [2000], lista os empecilhos bsicos para uma avaliao eficiente das

    aprendizagens:

    A quantidade, confiabilidade, pertinncia das informaescoletadas por um professor por mais motivado, formado e instrumentado que

    seja";

    A "rapidez, segurana, coerncia, imparcialidade noprocessamento dessas informaes no nvel da interpretao e da deciso";

    A "coerncia, continuidade, adequao das intervenes que eleespera serem reguladoras";

    A "assimilao pelos alunos do feedback, das informaes,questes e sugestes que recebem".

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    Em seus estudos acerca das metodologias de avaliao nos ltimos anos, Hadji

    resume em algumas partes de seus textos, palavras-chave que indicam ao formador

    como realizar uma avaliao mais formativa.

    Diante sentido Hadji comenta sobre a necessidade do aluno ou do professor tersempre o objetivo de esclarecer os atores do processo de aprendizagem, o fato de ter

    este objetivo claro entre as partes tem o sentido de deixar claro o que se espera ser

    alcanado com a construo e o desenvolvimento atravs do ensino e assim deixando

    claro para o formador e o formando o nvel a ser alcanado. Outro ponto chave citado

    por Hadji est no fato do formador sempre recusar limitar-se a uma nica maneira de

    agir, a prticas estereotipadas, ou seja, o formador no pode viver de utilizar

    respostas tpicas, repetidas por todos onde Hadji afirma que se faz necessrio oformador utilizar sua criatividade, sua imaginao e sempre manter sua diversidade

    pedaggica.

    Por fim outra informao levantada por Hadji est relacionada aos princpios e a

    moral do trabalho do formador e do avaliador. O formador ou avaliador nunca poder

    falar leviandades e sempre deve definir qual ser o contrato de convivncia, ou seja,

    quais as regras do jogo, para assim manter a transparncia e deixar claro quais os pontos

    que sero valorados em suas deliberaes. Ento segundo Hadji o formador deve

    desconfiar dos entusiasmos..., deve ter sempre prudncia..., dever de clareza... e

    manter sempre seu dever de transparncia... ativo.

    Na literatura tambm foi identificado necessidade de uma avaliao que se

    consagre regulao das aprendizagens, capaz de orientar o aluno para que ele

    prprio possa situar suas dificuldades, analis-las e descobrir, ou pelo menos,

    operacionalizar os procedimentos que lhe permitam progredir, Hadji [2001].

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    2.1Avaliaes Online

    Na educao a distncia geralmente a avaliao realizada presencialmente ou

    por intermdio de recursos computacionais, mas sempre conteudista. Sendo uma das

    questes mais polmicas na educao a distncia, Luckesi [2007] confirma que hojechamam de avaliao na realidade a aplicao de exames, ele comenta que

    fazemos hoje o que se fazia 400 anos, nas escolas da Ordem Jesuta, segundo

    Luckesi o exame diz: voc no sabe, ento ele classifica e exclui.

    Em educao a distncia o que deve ser feito uma avaliao, segundo Luckesi

    a avaliao diz que voc ainda no sabe e aponta um caminho para a construo deste

    aprendizado. Diante deste contexto podemos concluir que a avaliao diagnostica e

    inclui. Na educao a distncia fica clara a necessidade de termos vrios meios para que

    atravs do apoio e orientao do aprendiz, o formador tenha condies de saber o que o

    aprendiz sabe em termos de compreenso do contedo, mas no apenas em quantidade e

    sim tambm na qualidade de sua aprendizagem.

    Mesmo que no Brasil a legislao que regulamenta os cursos em ensino a

    distncia exija que a avaliao dos aprendizes deva incluir exames presenciais,

    identificamos que estes exames no devem estar apenas como nica forma de avaliao,

    Rocha [2002]. Com a evoluo dos ambientes virtuais de aprendizagem, os quais j

    fornecem plenas condies para a realizao de avaliaes cumulativas e prognsticas

    onde geralmente utilizada para avaliao presencial e on-line, isto converge para o

    sentido de ser atualmente mais factvel a realizao de uma avaliao mais formativa.

    Esta nova tendncia de avaliao em ensino a distncia se d por meio do

    acompanhamento, orientao e avaliao das participaes dos aprendizes em

    atividades realizadas dentro do ambiente virtual de aprendizagem, Luckesi [2007].

    Em se falando da participao dos aprendizes em cursos distncia devemos

    atentar para os diferentes tipos de participao, como tambm levar em considerao as

    diferenas individuais de cada aprendiz. Na avaliao formativa os indicadores devem

    ser amplos devendo cobrir os tipos e objetivos de cada curso. relevante identificar as

    peculiaridades de cada curso e cada formador, os seus critrios de avaliao. Desta

    forma alguns indicadores podem servir como parmetro para que o formador tenha

    possibilidade de adapt-los a cada um de seus objetivos de aprendizagem.

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    Em ensino distncia Hadji [2001] elenca alguns recursos que esto ligados

    diretamente a participao do aluno no processo de aprendizagem, como por exemplo:

    Participao em fruns temticos; Salas de bate-papo; Listas de discusso; Participao em atividades de grupo; Etc.

    Os indicadores de participao citados possuem uma caracterstica muito

    relevante, a dificuldade da percepo da interao formador com aprendiz. Sendo assim

    cria-se uma grande dificuldade de avaliar a participao do aprendiz, tendo em vista a

    informalidade e a regulao, que so caractersticas da avaliao formativa, Hopper

    [2000]. Como a avaliao formativa necessita ter uma melhor percepo do

    comportamento dos aprendizes, para que seja mais efetiva, Hopper fala sobre

    abordagens que mostram a utilizao da computao em educao, na qual podemos

    levar em considerao para o contexto de ensino distncia:

    Explorao e interao por meio de experincias previamente construdas;o So criados micro-mundos que possibilitam os aprendizes utilizarem

    simulaes previamente construdas.

    Aprendizagem com foco na construo do conhecimento pelo aprendiz;o Os aprendizes constroem suas prprias representaes do conhecimento

    e no utilizam representaes anteriormente j criadas.

    Aprendizagem colaborativa.o Os Aprendizes so avaliados atravs da participao em atividades

    colaborativas que so criadas em ferramentas de comunicao eletrnicacomo, por exemplo, fruns de discusso, e-mail, chat (salas de bate-

    papo) e etc.

    Em Bacsih [2000], quanto maior a integrao dos aprendizes utilizando

    ferramentas de aprendizagem colaborativas online, maior a influncia do

    envolvimento dos alunos nestas atividades.

    Sendo assim, para o formador conseguir avaliar a participao do aluno em todo

    o processo de aprendizagem, ter o auxilio de um conjunto de indicadores de

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    participao e t-los evidenciados em um ambiente virtual de aprendizagem, faz com

    que se torne mais fcil e justa a avaliao.

    Chang [2009], em seu trabalho utiliza a taxonomia de Bloom para gerar em uma

    ferramenta grfica para avaliao formativa. A Taxonomia de Objetivos Educacionais,muitas vezes chamada de Taxonomia de Bloom, uma classificao dos diferentes

    objetivos e competncias que os educadores identificam para os alunos, Anderson

    [2001]. Atravs da utilizao desta ferramenta chamada S-P Chart (Student-Problem

    Chart) criada por Takahiro Sato em 1975, o professor pode medir e compreender o

    desempenho dos seus alunos e em segundo lugar o S-P Chart tambm possibilita o

    professor ser capaz de observar os itens de qualidade de todo processo de aprendizagem.

    Segundo Chang [2009] para que o processo de avaliao seja mais eficaz todos osrecursos de aprendizagem devem ser classificados para facilitar a anlise. A Taxonomia

    de Bloom comumente utilizada para categorizar domnios cognitivos, Anderson, &

    Krathwohl [2001].

    Sendo uma ferramenta de anlise grfica com o intuito de representar a relao

    entre os alunos e as respostas de cada ao do aluno no ambiente. O principal objetivo

    desta ferramenta apresentar um grfico de curva S, e assim, dar a possibilidade de

    avaliar os materiais e diagnosticar o grupo de alunos ou cada aluno especificadamente.

    Desta forma, os professores recebem subsdios que trazem melhor aconselhamento na

    avaliao de cada aluno ou grupo de alunos de acordo com os materiais utilizados por

    eles (os alunos), Chang[2009].

    Em ensino a distncia pode-se afirmar que a avaliao formativa traz a

    possibilidade de identificar o comportamento do aprendiz e ainda facilitar a

    identificao de problemas dentro de uma classe virtual. As atividades de participao

    em um ambiente de educao a distncia, como frum, chats e questionrios, por

    exemplo, no so somente registros de pontuao, mas tambm de orientao para os

    estudantes no sentido de melhorar os seus prprios desempenhos. Para os professores,

    os resultados das avaliaes motivam ou no a mudana das formas de ensino-

    aprendizagem Chang[2009].

    A utilizao de tecnologias que proporcionem aos professores ter informaes

    comportamentais para que eles possam modificar contedos de aprendizagem e estimara capacidade do aluno individual ou em grupo e assim ajud-los a maximizar o

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    desempenho na aprendiza

    mostrada algumas intera

    Neste grfico podemos t

    formativa entre professor-a

    Figura 1 - Intera

    em representado na Figura 1 (abaixo) na

    s existentes dentro de um ambiente virtual d

    ambm identificar como se d a intera

    luno, professor-ambiente e aluno-ambiente.

    existente entre atores em ensino distncia, utili

    formativa.

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    qual est sendo

    e aprendizagem.

    o de avaliao

    ando avaliao

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    2.2Papis do Tutor em Educao a Distncia

    Surgida no sculo XV em ambiente universitrio, a tutoria no seu inicio era

    usada principalmente em carter religioso para orientao dos estudantes e vinha com o

    objetivo de impor a f e o comportamento religioso. Atualmente o papel do tutor aindamaior onde foi adquirido um papel de orientador e acompanhante das atividades

    acadmicas em geral e desta forma segundo o mesmo pensando foi incorporado ao

    ensino a distnciaPaula [2008].

    Definido como o guia, protetor ou defensor de algum em qualquer aspecto,

    por Litwin, na tutoria o seu papel suprir todos os anseios, necessidades e ainda estar

    pronto para prover solues para os aprendizes. Um tutor se diferencia de um docente,

    segundo Litwin[2001], em trs pontos de diagnstico: o risco, o tempo e a oportunidade.

    Risco O tutor deve aproveitar a oportunidade para o aprofundamento dotema e promover processos de reconstruo, comeando por assinalar uma

    contradio, ou seja, no processo de tutoria um risco do tutor, em prejuzo do

    tempo, podendo deixar de aproveitar a chance de explicar por completo todas as

    indagaes dos aprendizes. dever tambm do tutor aprofundar o assunto at

    que chegue a um nvel onde fique satisfatrios o grau de ensino-aprendizagem,Litwin[2001].

    Tempo O tutor deve ter a habilidade de controlar seu tempo, tendo em vistao fato de ser impossvel estar disponvel todo tempo para os aprendizes. Como o

    tutor no tem como saber quando o aprendiz estar pronto para prxima

    orientao ou at mesmo se o aprendiz ir entrar em contato e para consult-lo

    Litwin[2001].

    Oportunidade O tutor deve aproveitar a oportunidade do encontro, porquenunca se tem a certeza de quando o aluno ir conectar-se ao ambiente

    novamente, para assim sanar todas as suas dvidas ou solicitar alguma outra

    informao, Litwin[2001].

    Os tutores, dentro de suas atividades, devem possuir caractersticas pedaggicas,

    de planejamento, comunicao e um pouco de tcnico de informtica. O tutor deveinteragir com a confeco de materiais didticos, auxiliar na seleo dos meios mais

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    adequados de utilizao destes recursos e manter sempre uma avaliao contnua do

    ambiente e do aprendiz com o intuito de melhorar todo o processo de ensino-

    aprendizagem, Paula [2008].

    A modalidade de educao a distncia, o tutor tem tambm o papel de prever asdificuldades e sempre tentar antecipar-se aos aprendizes em suas solues. O tutor de

    ensino distncia tem a responsabilidade de alcanar maior quantidade de aprendizes

    dentro do ambiente virtual de aprendizagem e isso a deixa mais exposta a problemas

    oriundos de materiais didticos, disponibilidade de recursos do ambiente e de suas

    prprias atividades, Paula [2008].

    De acordo com Niskier, 1999, o papel do tutor comentar os trabalhos

    realizados pelos alunos; corrigir as avaliaes dos estudantes; ajud-los a

    compreender os materiais do curso atravs das discusses e explicaes; responder s

    questes sobre a instituio; ajudar os alunos a planejarem seus trabalhos; organizar

    crculos de estudo; supervisionar trabalhos prticos e projetos; atualizar informaes

    sobre o progresso dos estudantes; fornecer opinio aos coordenadores sobre os

    materiais dos cursos e as dificuldades dos estudantes; e servir de intermedirio entre a

    instituio e os alunos.

    Iranita S [2008] afirma que alguma das caractersticas importantes do tutor de

    ser informativa, por ser iniciada pelo esclarecimento de dvidas indagadas pelos

    aprendizes e orientadora, porque expressa no auxilio das dificuldades e na

    ascenso do processo de auto-ensino e aprendizagem.

    O papel do tutor na educao a distncia ainda fica mais importante quando se

    trata de procedimentos de interao existentes. O tutor o ator mais relevante em todo

    encadeamento existente na comunicao dentro do processo de ensino e aprendizagem,

    Iranita S [2008].

    O tutor um parceiro dos estudantes no processo de construo do

    conhecimento, isto , em atividades de pesquisa e na busca da inovao pedaggica

    define Belloni [2003] e ainda como aptides relevantes ao tutor que o Belloni define:

    Professor: far a concepo e realizao de cursos e materiaisdidticos;

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    Formador: assumir a funo pedaggica e estimular a aprendizagematravs;

    Pesquisador: atualizao contnua, investigao e reflexo sobre aprpria prtica;

    Tutor: orientar e avaliar a aprendizagem a distncia; Tecnlogo Educacional: especializado em tecnologias educacionais; Monitor: explorar os materiais especficos em grupos de

    aprendizagem.

    O tutor deve garantir a qualidade da comunicao, conduzir, acompanhar e

    avaliar os o desenvolvimentos de todo o processo de ensino e aprendizagem dos

    aprendizes. Algumas qualidades inerentes ao tutor so apresentadas tambm porGonzales [2005], referindo-se ao contexto de avaliao dos alunos.

    O tutor deve tratar conhecimentos com seus alunos, atravs dosrecursos tecnolgicos disponveis, como e-mail, telefone, fax e mesmo a

    velha tradicional correspondncia escrita e enviada por correio.

    O tutor deve fornecer feedback aos alunos.Segundo Litwin [2001], um tutor que percebe as dificuldades de compreenso

    em determinado grupo de alunos de uma tutoria, poderia colocar a anlise de um caso

    especificamente indicado para esse espao tutorial, contribuindo desse modo para uma

    melhor aprendizagem.

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    2.3Lacunas na Avaliao Online Realizada Pelo Tutor

    Em um ambiente de educao quando os aprendizes comunicam-se e colaboram

    entre si, existe ento um aspecto importante no processo de aprendizagem que

    normalmente no capitada pelo tutor. As atividades de comunicao realizadas pelosalunos se acumulam ao longo do tempo onde estes padres representam caractersticas

    comportamentais importantes de aprendizagem, Tzoumakas [2005].

    Romani [2000], props uma ferramenta intitulada de InterMap e sua principal

    funcionalidade de fornecer uma maior visibilidade da interao e participao dos

    aprendizes em cursos na modalidade de educao a distncia no ambiente de ensino e

    aprendizagem TelEduc. Esta ferramenta busca atravs da utilizao de tcnicas de

    visualizao da informao para mapear graficamente a interao entre os aprendizes.

    Ainda em sua pesquisa Romani testou sua ferramenta e um estudo de caso foi realizado.

    Os resultados deste estudo de caso apontaram para a necessidade de novas experincias

    na avaliao formativa em ambientes de educao a distncia.

    A capacidade de identificar a existncia destes padres no uma atividade

    trivial para o Tutor, pois exige um acompanhamento e uma anlise direta da

    comunicao entre os estudantes, por um determinado espao de tempo, Meyerson

    [1996].

    A ao proativa, de ajuda ao aprendiz, um elemento primordial para o processo

    de tutoria no ensino a distncia. Quando uma situao identificada, o professor tutor

    deve identificar a causa raiz que gerou o problema e avaliar suas caractersticas para

    assim realizar a assistncia necessria, Hiltz [2002].

    Quanto mais cedo o problema

    identificado e individualizado pelo tutor,

    mais eficiente o processo de

    aprendizagem e mais eficaz o processo de

    tutoria Hiltz [2002].

    O Carter assncrono da aprendizagem no ensino a distncia outro problema

    que afeta o processo de aprendizagem. Os aprendizes possuem a flexibilidade de

    executar vrias atividades individuais e em grupo, e ainda em momentos diferentes,

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    contudo a avaliao destas atividades realizada em um momento posterior Turoff

    [2002].

    Devido fragmentao da interao entre os aprendizes e o ambiente, torna-se

    muito difcil identificar qualitativamente as caractersticas do processo deaprendizagem. Estas caractersticas so, por exemplo, as relaes temporais entre os

    eventos e atividades,Hiltz [2002].

    No ensino presencial a aprendizagem face-a-face torna a percepo da

    comunicao e colaborao entre os alunos mais fcil, pois o professor colhe pistas no

    tom de voz, nos movimentos visuais, corporais e nas expresses faciais de cada

    aprendiz. Contrariamente no ensino on-line, este tipo de percepo no pode ser

    identificado devido a limitaes inerentes a tecnologia, Turoff [2002].

    Desta forma, especialmente do ponto de vista do tutor, avaliar a participao dos

    alunos e a comunicao dentro da classe virtual se torna um ponto muito limitado.

    Dento do ciclo de aprendizagem no ensino a distncia, Wellman [1999]. Como perceber

    as interaes sociais expressadas pelas atitudes de cada aprendiz dentro do ambiente ?

    O incentivo a interao com o ambiente como tambm a interao social um

    fator fundamental para o processo de tutoria, esta ao de incentivo tem ligao direta

    no aumento de interesse dos aprendizes e no amento da compreenso, durante o

    processo de aprendizagem,Cotton [2000].

    Uma forma de auxilio na percepo das atividades dentro da cada classe virtual

    pode ajudar o professor tutor a identificar correlaes entre atividades realizadas e

    desempenho cognitivo do aprendiz. Avaliar a participao do aprendiz em ensino a

    distncia no trivial, o professor tutor requer uma anlise, ou seja, uma viso

    multidimensional das informaes relativas ao espectro de atividades como: postagem

    em fruns, participao em chats, entrega de atividades dentro e fora do prazo,

    mensagens trocadas entre aprendizes e a concluso de questionrios on-line, Cotton

    [2000].

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    2.4Consideraes Finais Sobre Captulo

    Este captulo apresentou uma reviso de literatura acerca da avaliao

    formativa em ensino a distncia apontando a necessidade de uma avaliao que foque

    na regulao das aprendizagens. Uma avaliao capaz de orientar o tutor a situar as

    dificuldades de cada classe virtual, ou at mesmo especificadamente um determinado

    aprendiz.

    Apresentamos tambm alguns fatores de observncia no processo de avaliao

    formativa como, por exemplo, a participao dos aprendizes em fruns temticos, salas

    de bate-papo e at mesmo a interao entre os pares. Neste ultimo sentido identificamos

    a necessidade do uso de tecnologias que proporcionem aos professores tutores a

    visualizao de informaes comportamentais dos aprendizes em ensino a distncia,para que assim seja possvel identificar dificuldades na aprendizagem.

    No prximo Captulo, iremos apresentar uma tcnica que se utiliza da

    percepo visual para diminuir o custo de cognio, a partir da representao de uma

    grande massa de dados. Esta tcnica chamada: Visualizao de Informaes.

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    Captulo 3

    Visualizao de Informaes

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    A cognio o processo humano de aquisio e uso de conhecimento, Card.

    [1999]. Norman [2000] ainda afirma que sem ajuda externa, a memria, o pensamento

    e o raciocnio so todos restritos. Em uma frentica busca por auxilio a cognio, o

    mundo tem buscado ao longo do tempo formas que expressassem dados que quando

    analisados e com a ajuda dos sentidos, neste caso a viso, fosse, mais fcil descobrir

    padres, Scaife e Rogers [1996].

    Segundo os autores, Scaife e Rogers [1996] o ser humano tem facilidade em

    utilizar sua percepo visual onde muito detalhes contidos em artefatos como cartas de

    navegao e diagramas dificilmente seriam identificados apenas por um processo

    meramente mental. Sendo assim Scafe e Rogers [1996] mostram que o ser humano

    consegue fazer com que a cognio amplie seus alcances para depois da mente

    pensante, passando dessa forma para todo e qualquer artefato que o cerque.

    O processo de interpretar, raciocinar e tomar decises a partir de algum artefato

    visual denomina-se cognio externa, Scaife e Rogers [1996]. A cognio externa uma

    nuvem onde circula o pensamento, o raciocnio do indivduo e o artefato. Tambm

    segundo Scaife e Rogers [1996] a cognio externa se forma de maneira tal que o

    artefato mostra ao indivduo como ele capaz de usar sua percepo para compreend-

    lo e o individuo representa atravs do artefato os dados que deseja analisar.

    Os estudos sobre o uso da cognio humana vm sendo ampliado principalmente

    depois do uso dos recursos computacionais e agora ainda mais pelo uso da computao

    de alta velocidade e de grande poder de processamento. A importncia de como os

    objetos visuais facilitam o processo de tomada da deciso ou a descoberta de padres

    acerca de algum fato observado, chamando de Visualizao de Informao, onde

    Card. Mackinlay e Shneiderman definem como o fato de usar as representaes

    visuais e interativas de dados abstratos e no baseados em aspectos fsicos, com opropsito de ampliar a cognio.

    Card, Mackinlay e Shneiderman [1999] identificam algumas formas como a

    visualizao, para ampliar a cognio e diminuir a busca por informao. A busca por

    informaes podem ser representadas de vrias formas, como por exemplo:

    relacionando de forma visual com as informaes, compactando-as, utilizando

    representaes visuais para aperfeioar a identificao de padres, disponibilizando

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    - 23 -

    operaes de inferncia perceptiva, ou seja, fazendo com que seja mais fcil identificar

    a resposta a um problema atravs da percepo visual.

    O aumento da cognio por meio da percepo visual um processo

    denominado de cristalizao do conhecimento, Card, Mackinlay e Shneiderman [1999].Cristalizar o conhecimento quando um ser humano separa a informao por algum

    motivo e entende esta informao montando uma estrutura representativa, Card [1999].

    A cristalizao do Conhecimento s acontece caso existem dados de alguma

    atividade. Quando no temos dados, a visualizao de informao um dos mtodos

    que ajudam a obter a cristalizao, Card, Mackilinlay e Shneiderman [1999].

    3.1Visualizar e Explorar Informaes

    A quantidade de dados que so gerados atualmente pelas diversas reas de

    conhecimento vem aumentando exponencialmente e este crescimento estrondoso vem

    dificultando a busca por informaes. Tecnologias computacionais so usadas cada vez

    mais para auxiliar na busca, recuperao e armazenamento desta grande quantidade de

    dados.

    Shneiderman [1998], afirma que a explorao da informao vem causando uma

    grande sobrecarga nos recursos computacionais devido ao aumento de sua quantidade e

    principalmente de sua diversidade. Se a informao de uma pessoa est contida em uma

    lista de uma pgina, fcil de encontr-la, porm, caso esta informao estiver em um

    fichrio ou at mesmo em vrios armrios do tipo arquivo, a busca por determinada

    informao se torna muito mais difcil. As melhores tcnicas para organizar, armazenar

    e buscar informaes ou documentos so do conhecimento de Arquivistas, que so os

    especialistas neste tipo de atividade.

    Diante deste problema, limitao de conhecimento nas tcnicas de arquivamento

    de informao, os recursos computacionais assumem um papel central neste processo.

    No entanto as interfaces computacionais tradicionalmente usadas atualmente no so

    apropriadas para qualquer usurio. Quando o usurio leigo vai utilizar um sistema de

    informao que tem como foco a explorao da informao, eles tentam compreender o

    que visto na tela ao mesmo instante que tentam manter a informao que est

    interessada e sua mente, Romani [2006].

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    - 24 -

    Outra forma de explorao de informao ainda mais difcil seria aprender

    tcnicas e regras de linguagens de busca, porm neste caso, no seria necessrio o

    usurio possuir uma carga cognitiva alta de menus, designs de manipulao direta ou

    ainda simples regras de visualizao, Romani [2006]. No caso de usurios mais

    especializados faz-se necessrio um conjunto de recursos, ferramentas de pesquisa

    contendo muitas alternativas que lhe permitissem criar, refazer ou at mesmo salvar

    cada busca realizada.

    Com a grande quantidade de informaes, a melhor forma encontrada para

    armazenamento foi o sistema de banco de dados estruturados. Os sistemas de banco de

    dados utilizam uma poderosa linguagem de busca e manipulao, a linguagem SQL

    (Structured Query Language). Esta linguagem possibilita o usurio especificar diversoscomandos para realizar a pesquisa acerca dos dados desejados. Mesmo sendo uma

    linguagem muito eficiente e poderosa no qualquer usurio que consegue us-la, o

    usurio precisaria de um treinamento especfico para entender toda a sua sintaxe e ainda

    mais; o usurio precisaria conhecer a estrutura do banco de dados a ser trabalhado,

    Romani [2006].

    Figura 2 - Exemplo da linguagem SQL executada em um software de explorao de dados.

    Fonte: Aquafold [2009].

    Como estas interfaces textuais so muito mais complexas para a busca de

    informao, novos conceitos de interfaces vm sendo propostos com o passar dos anos,

    como por exemplo, as interfaces de manipulao direta. Com as novas interfaces de

    manipulao direta, vem se tornando mais vivel a utilizao de computadores para a

    apresentao de informaes, isto porque com este recurso a informao representada

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    de forma mais visual e gr

    necessita saber informae

    unitrio de trabalho de 20

    nestes indicadores atravs

    Figura 3 - Exemplo de reprecusto unitrio d

    Para tentar promov

    novas formas de visualizrepresentao da visuali

    visualizao, genericame

    informao significativa.

    A visualizao p

    Visualizao Cientfica,

    Visualizao Estatstica,

    salientar ainda que todosTransformar um dado brut

    favorvel para que o ser h

    observado, do Nascimento

    fica, Celmar [2007]. Um bom exemplo, qu

    s sobre a produtividade fsica da indstria br

    1 a 2008, mais fcil identificar o crescim

    e um grfico ao invs de uma tabela de dad

    sentao visual da produtividade fsica da indstritrabalho atravs de um grfico de linha Dupla, [2

    er uma maior integrao com tecnologias

    es esto em constante desenvolvimentozao, Celmar [2007]. Stasko [1997]

    te, o uso de imagens para represe

    ssui varias reas de diferentes aplica

    Visualizao Geogrfica, Visualizao

    isualizao de Processo e Visualizao de

    s mtodos de visualizao compartilhem uem alguma coisa mais expressiva, uma rep

    umano consiga ter a melhor compreenso s

    [2003].

    - 25 -

    ndo uma pessoa

    sileira e o custo

    ento ou a queda

    s.

    a brasileira e do009]

    computacionais,

    de mtodos defirma que a

    tao de uma

    es tais como:

    de Negcios,

    Software. Vale

    m foco comum:esentao visual

    bre o fato a ser

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    - 26 -

    3.2Nveis de Visualizao

    Card [1999] e Macklinlay [1999], afirma que a visualizao dividida em 4

    nveis de uso:

    1. Visualizao da info-esfera;2. Visualizao do espao de trabalho;3. Ferramentas de conhecimento Visual;4. Objetos Visuais.

    3.2.1 Visualizao da Info-esfera

    Na info-esfera a informao importante so os dados que esto fora do ambiente

    de trabalho do usurio. Bray [1996], exemplifica uma visualizao representando umlugar virtual que possui uma viso de sites na Web. Bray em 1996 usa tcnicas de

    visualizao para representar diversos questionamentos como:

    Qual o tamanho da Web? Qual o maior Site? Com o que a WWW se parece?

    Ainda segundo Bray, a Web se parece com um lugar onde possvel estar,mesmo que virtualmente.

    Figura 4 Exemplo de representao dos sites na WWW Fonte: Bray, 1996 p. 489.

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    Na figura 02.4 , segundo Romani, possvel identificar que determinado site o

    site mais visvel. Com significado importante as cores apresentam os tipos de site:

    verdes podem ser os sites acadmicos, vermelho os sites do governo.

    3.2.2 Visualizao do Espao de Trabalho

    O Espao de trabalho, segundo Bray, possibilita a visualizao de fontes de

    informaes e ferramentas voltadas para realizao de determinada tarefa, este nvel tem

    foco na utilizao da visualizao para organizao de mltiplas visualizaes

    individuais.

    Figura 5 - Exemplo de representao Espao de trabalho. Fonte: blogspot, 2010.

    A figura 5 apresenta um espao de trabalho em um computador onde o usurio

    visualiza as atividades que podem ser feitas de forma agrupada, o ambiente apresenta a

    metfora de um cubo mostrando as atividades em cada face.

    Card. e Macklinlay em 1996 apresentam um espao de trabalho em que os sites

    so agrupados e organizados. Neste tipo de visualizao utilizada a metfora de um

    livro, uma forma mais fcil de representar um conjunto de documentos na Web.

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    Figura 6 - Exemplo de representao Espao de trabalho de paginas na Web. Fonte: Card,

    1996 p. 548.

    3.2.3 Ferramentas de Conhecimento Visual

    Ferramentas de Conhecimento Visual tem o objetivo de organizar a informaode tal forma que possa facilitar a descoberta de padres, ou ainda mais; este tipo de

    ferramenta deve permitir o observador manipular as informaes acerca de encontrar os

    padres, Chua [1995]. Este nvel de representao no apenas de representao, mas

    tambm de controle. Na Figura 7 representada uma visualizao para descoberta de

    padres.

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    Figura 7 - Reconhecimento de Padres: Onde est a estrela ? Fonte: Nascimento, 2003.

    Neste caso h o uso de uma tcnica chamada Selective Dynamic Manipulation

    (SDM), o objetivo da SDM fornecer aos usurios um alto grau de seletividade e

    dinamismo ao objeto de manipulao de visualizaes e assim ajudar na anlise e

    explorao das informaes. Ele faz isto dando aos usurios a liberdade de manipulao

    de objetos 2D e 3D. Em apoio, a SDM permite um controle flexvel de qualquer

    parmetro de objeto. Um exemplo disto mostrado na figura 8 onde muitos dos objetos

    selecionados (em verde) esto fechados e difcil analis-los como um conjunto dentro

    de toda figura, por isso, so destacados e levados para uma melhor visualizao, como

    exibido na figura 9.

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    3.2.4 Objetos Visuais

    Este ltimo nvel de visualizao destaca-se por se referir a objetos fsicos que

    tenham sido intensificados a partir de alguma tcnica de visualizao, onde esta

    visualizao deve conter uma srie de informaes abstratas, North [1996]. Nas figuras02.10 e 02.11 so apresentadas visualizaes geradas pela ferramenta Visible Human

    Explorerproposta por North em 1996.

    Figura 10 - Exemplo de representao de Objetos Visuais Ferramenta Visible Human

    Explorer. Fonte: Chris North e Ben Shneiderman [1996]

    Figura 11 - Exemplo de representao de Objetos Visuais Ferramenta Visible Human

    Explorer. Fonte: Chris North e Ben Shneiderman [1996]

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    3.3Modelo de Referncia para Visualizao

    Haber e Macnabb [1990], afirma que para identificar os componentes essenciais

    a serem considerados para ser utilizada uma determinada tcnica de visualizao se faz

    necessrio um modelo de referncia. Harber e Macnabb ainda props um modelo dereferncia simples, que se aplica colocando filtros aos dados e realizando um

    mapeamento dedicado a alguma representao geomtrica.

    Figura 12 - Modelo Clssico de Visualizao de Harber e McNabb[1990]. Fonte: Freitas,

    Chubachi, Luzzardi, Cava, [2001] p.157.

    Chi [1998] e Campo [1997] propem modelos com mais detalhes, nos seus

    modelos so representados os estados dos dados. Chi [1998] tambm prope um

    modelo onde separada a estruturao dos dados, obtendo-o por meio de uma variao

    a representao, a ser utilizada para gerao da imagem. Card, Mackinlay e

    Shneiderman apresentam um modelo de referncia como sendo uma seqncia de

    atividades combinveis de informaes voltadas para uma representao visual, onde

    esta representao deve possibilitar a influncia mtua do usurio com a informao.

    Figura 13 Modelo de referncia de visualizao de Card.

    3.3.1 Dados Brutos e Tabelas de Dados

    Os dados brutos so dados apresentados de vrias formas e fontes, eles podem

    vir de formulrios ou textos de livros. O dado bruto quando trabalhado adquire uma

    estrutura seguindo um formato com relaes, desta forma se tornando facilmente

    visualizados.

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    No caso de Tabelas de Dados o conceito semelhante aos bancos de dados, onde

    contida uma tabela de informaes sobre alguma coisa e as suas colunas referem-se

    aos dados sobre as suas caractersticas. Um bom exemplo seria uma tabela de dados de

    um aluno, onde cada coluna representaria alguma caracterstica do aluno, nome,

    matricula, curso e cada linha seria o registro, ou seja, cada linha representaria a

    informao de cada aluno, exemplo representado na figura 14.

    Figura 14 - Tabela de Alunos. Fonte: Macoratti, 2010.

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    3.3.2 Estruturas Visuais

    Com o intuito de codificar a informao, aumentando a base espacial com

    propriedades grficas, mapeiam-se as tabelas de dados para estruturas visuais. A grande

    dificuldade para realizar este mapeamento o fato de poder ser feito de vrias formas eisso pode acarretar na revelao de dados no relevantes na estrutura visual. Para as

    estruturas visuais terem excelncia nos grficos estatsticos devem conter idias

    complexas comunicadas com clareza, preciso e eficincia, Tufte [1983].

    Ainda segundo Tufte os grficos devem mostrar os dados, induzir o

    observador a pensar sobre a substncia ao invs da metodologia, design grfico ou a

    tecnologia de produo do grfico, evitar distores, apresentar muitos nmeros em

    espao pequeno, tornar coerente os conjuntos de grandes dados, revelar os dados em

    vrios nveis de detalhe.

    Para o mapeamento conter dados expressivamente relevantes, o dado das tabelas

    de dados e apenas ele, deve ser representado na estrutura visual. Segundo Tufte a

    efetividade do mapeamento dado quando interpretado mais rapidamente e assim

    possibilita a transmisso mais distinta, levando a poucos erros comparado a outros

    mapeamentos. A seleo de qual mapeamento, ou seja, qual representao grfica ser

    apresentada, depende diretamente do pblico o qual de designa a representao.

    Tufte [1983] mostra isto muito bem em duas representaes grficas, na figura

    15 ele exibe o mapa da previso do tempo para o Japo onde suas informaes so

    facilmente interpretadas, porm, o fato relevante que este tipo de representao no

    serviria se fosse ao caso do Brasil, representado na figura 16, pois como um pas de

    propores muito maiores no seria apropriado utilizar o mesmo tipo de estrutura visual

    do mapa anterior.

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    Figura 15 - Mapa em Perfil da previso do tempo do Japo. Fonte: Tufte, 1990.

    Figura 16 - Mapa da previso do tempo do Brasil. Fonte: R7 Notcias, 2010.

    Segundo Romani em 2006, nas estruturas visuais (figura 17), os objetivos

    visveis dentro do espao so conhecidos como Marca. Nascimento e Ferreira em 2006

    afirmam que as marcas visuais so smbolos grficos utilizados para representar os

    itens de dados. Existem quatro Marcas, ou seja, quatro elementos bsicos: os pontos

    (0D), as linhas (1D ou linear), as reas (2D ou bi-dimensional) e os volumes (3D ou tri-

    dimensional), Tufte [1990].

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    Figura 17 Ilustrao dos tipos de Marcas visuais. Fonte: Nascimento e Ferreira, 2006.

    Estruturas visuais do tipo ponto ou linha so associadas a estruturas de grafos e

    rvores. Os ns iniciam sempre em uma rvore, chamado de n raiz, a partir do n raizseguem os outros nveis que neste caso geram os ns filhos. Cada nvel forma um eixo

    ordinal subentendido onde calculada a distncia de um n a raiz no caso de um dado

    no incluir informaes.

    Um bom exemplo do uso atual dessas estruturas visto nas figuras 18, 19 e 20,

    com um Mapa de E-mails, criado por Christopher Baker em 2007, este grfico faz

    parte de uma fatia de um software personalizado capaz de tornar as relaes entre

    Christopher e indivduos de seu catlogo de endereos mais prximos, atravs da

    anlise dos destinatrios dos e-mails (Para), remetentes (De) e para quem os e-mails

    foram copiados (CC).

    A intensidade do relacionamento determinada pela intensidade da linha. A

    ferramenta permite que se explorem diferentes agrupamentos relacionais e perodos de

    tempo, revelando de forma temporal fluxos e refluxos de vrios relacionamentos. Desta

    forma, esta ferramenta mostra um verdadeiro auto-retrato, um reflexo das associaes

    de Christopher.

    Como o Christopher explica: "O E-mail se tornou uma parte integrante de sua

    vida desde em 1998. Como muitas pessoas, ele tem arquivados todos os meus e-mails

    com a esperana de um dia rever seu passado. Desta forma o autor tem o interesse em

    rever as inmeras relaes entre ele, seus colegas de escola, colegas de trabalho, amigos

    e familiares. O autor no poderia rever facilmente cada e-mail atravs da leitura de cada

    um, possuindo aproximadamente 60.000 e-mails.

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    Figura 18 Representao de um Mapa de E-mails. Fonte: Baker, Christopher, 2007.

    Figura 19 - Representao de um Mapa de E-mails. Fonte: Baker, Christopher, 2007.

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    Figura 20 - Representao de um Mapa de E-mails. Fonte: Baker, Christopher, 2007.

    Nesta forma de representao visual usada a posio de um objeto, para assim

    trazer uma percepo de proximidade. Atravs destas peculiaridades, a percepo

    naturalmente captada, a codificao informacional da noo de grupo ou direo

    facilmente percebida.

    Em visualizao de informao a cor um fator fundamental a ser observado,

    tendo em vista que os olhos so extremamente sensveis as suas variaes. Jacobson e

    Bender [1996] sugerem atravs se seus experimentos que o relacionamento entre as

    cores so relativamente livres de influncias culturais e individuais.

    Caractersticas fsicas da cor; Mecanismos do sistema visual humano; Aplicaes para codificao e reproduo e Aplicao no design e interatividade.

    O resultado de uma interao entre as cores no simplesmente um atributo de

    representao contida na mente de um observador, mas sim a sua aparncia e esta

    decidida, debatida e aplicada utilizando uma linguagem de percepo. O fato de

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    visualizar as cores se caracteriza em mais que uma impresso de cada cor

    individualmente.

    A visualizao da cor vem do resultado da multiplicidade de todas as cores, tudo

    isso no levando em considerao a forma com o qual a cor estabelecida

    individualmente. A informao de forma semntica e simblica das cores, apenas so

    transmitidas quando esto compreendendo um contexto, ou seja, um conjunto de cores.

    Dessa forma, deve-se ter cuidado na utilizao das cores, por que neste caso preciso

    pr a cor certa no local correto onde apenas desta forma possvel chegar ao efeito

    desejado com o menos custo de cognio.

    Uma classificao dos tipos de visualizao de dados em linear, bi-dimensional

    (2d), tri-dimensional (3d), multidimensional, rvore, rede e temporal proposto por

    Shneiderman em 1998. Os dados do tipo linear so compostos por documentos textuais,

    fonte de programas e at mesmo lista alfabtica de nomes. Alguns aspectos de design de

    interface podem incluir fontes, cores, tamanho e tambm uma viso geral.

    No bi-dimensional, ou mapa, so esboados de forma plana e geralmente so

    representados como mapas geogrficos ou plantas. Este tipo de dado contm atributos

    de domnio, como nome, valores e caractersticas de interface tal como cor e tamanho.

    Representado a partir de objetos do mundo real como, por exemplo, corpo

    humano e construes, os ambientes 3D procuram representar, virtualmente, ambientes

    prximos ao ambiente real. Nas figuras 21 e 22 so representados ambientes 3d onde as

    atividades so exibidas como paredes.

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    Figura 21 - Representao de atividades na rea de trabalho do Windows. Fonte:

    Microsoft, 2009.

    Figura 22 - Representao da ferramenta WebBook (WebForager) Fonte: Shneiderman,

    2002.

    Dados Multidimensionais se apresentam quanto temos n atributos

    representados por pontos contidos em um espao n-dimensional. Geralmente, este tipo

    de representao usada para descoberta de padres e correlaes entre pares. As

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    Figura 24 - Representao da ferramenta de Redes Kartoo Fonte: Kartoo, 2007.

    usabilidade se refere ao quo fcil para

    o usurio final aprender a usar o sistema,

    quo eficientemente ele ir utilizar o

    sistema assim que aprenda como usar e

    quo agradvel o seu uso, Rocha [2002]

    Por fim as linhas temporais so usadas principalmente para o gerenciamento de

    projetos e registros mdicos. A caracterstica temporal vem porque os dados para cada

    item possuem um tempo de incio e fim, e ainda poderem se juntar. Nas linhas

    temporais possvel encontrar qualquer evento antecedente, procedente ou que

    ocorreram durante o prprio intervalo de tempo selecionado. Na figura 25

    apresentado uma ferramenta chamadaName Voyageronde apresentado uma linha do

    tempo, na forma de grfico, dos nomes de crianas utilizadas nos ltimos 100 anos,

    LIU [2005].

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    Figura 25 - Representao da ferramenta de Linhas temporais Voyager Fonte:

    Namewizard, 2008.

    3.3.3 Transformao Visual - Vises

    O processo de Transformao Visual assim chamado por criar novas vises

    da estrutura visual. As novas vises so criadas a partir da modificao e do aumento da

    interatividade fazendo com que as estruturas visuais se transformem em apresentaes

    estticas em visualizao constituindo parmetros grficos e assim, criar vises das

    estruturas visuais, Silva [2006].

    Segundo Card [1999] existem 3 tipos de transformaes visual, a investigao

    local ou explorao, as distores e os controles de ponto de vista.Na Investigao local ou explorao, utilizaa informao da tabela de dados

    onde este tipo de transformao utiliza-se da marca na estrutura visual. Na figura 26

    apresentada uma tcnica de detalhes-sob-demanda onde o programa Film Finder de

    Shneiderman [1994] exibe uma janela com detalhes sobre o filme selecionado.

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    Figura 26 - Exemplo de aplicao Film Finder exibindo detalhes do filme selecionado pelo

    usurio.

    Distores realizam modificaes sobre a estrutura visual e assim criam focos

    associados a cada viso de contexto, distores permitem que sejam exibidos de forma

    simultnea o foco e o contexto atravs da distoro, Silva [2006]. Nas figuras 27 e 28

    so representadas esta tcnica em um software chamado StudiAnalyse desenvolvido na

    Universidade de Cincias Aplicadas de Kaiserslautern, na Alemanha. Segundo os

    autores Gestle e Moritz [2005], este software tem a finalidade de prover a visualizao e

    anlise de uma rede social semelhante ao Facebook.

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    Figura 27 - Exemplo da aplicao StudiAnalyse. Fonte: Gestle e Moritz, 2005.

    Figura 28 - Exemplo da aplicao StudiAnalyse. Fonte: Gestle e Moritz, 2005.

    Controle de Pontos de Vista tambm chamado de controle de ponto de viso,

    usa a transformao atravs de tcnicas de aproximao e afastamento, movimentao,

    seleo e viso geral para tornar os detalhes mais visveis, Silva [2006] e Romani

    [2006]. Shneiderman em 1996 props uma tcnica, muito utilizada nos jogos de

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    computadores atualmente, chamada overview + details, onde ele combina em uma

    mesma representao, a viso geral da estrutura visual e os detalhes de uma rea

    especfica da mesma estrutura. Na figura 29 apresentado o mapa da regio

    metropolitana do Recife, onde sua representao, atravs da ferramenta GoogleMaps, da

    Google , apresenta no canto superior controles de aproximao e afastamento.

    Figura 29 - Exemplo da aplicao GoogleMaps. Fonte: Google, 2010.

    3.4Visualizao Semntica

    A Web Semntica uma extenso da evoluo da World Wide Web, quando o

    contedo da web no pode ser expressada na linguagem natural, a web semntica pode

    ser lida utilizando agentes de software e assim, permitindo-lhes encontrar, compartilhar

    e integrar informaes mais facilmente, Geroimenko e Chen [2002].

    A troca de dados de diferentes formatos pode ser utilizada para fornecer uma

    descrio formal de conceitos, termos e relacionamentos. Chen e Geroimenko em 2002

    propuseram uma tcnica de visualizao semntica atravs da ferramenta Cluster Map.

    Esta ferramenta fornecia meios de encontrar e explorar a informao na web semntica.

    Em 2008 Bhatti apresentou o "SemaVis", uma ferramenta que utiliza a tcnica

    de visualizao semntica para fornecer informaes. Com a extrao destas

    informaes existe a possibilidade de especificar as estruturas de combinaes entre

    itens de conhecimento e seus espaos de conhecimento considerando os aspectos

    pedaggicos.

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    Em psicologia e matemtica, um espao de conhecimento conhecido como

    uma estrutura combinatria que descreve os estados possveis de conhecimento sobre

    uma aprendizagem humana. O conhecimento dos domnios tem de ser modelado como

    um conjunto de conceitos para definir a estrutura combinatria do espao de

    conhecimento. O conceito de espaos de conhecimento foi introduzido em 1985 por

    Jean Paul Doignon e Jean-Claude Falmagne.

    "SemaVis", foi desenvolvido pelo Instituto Fraunhofer IGD, uma ferramenta

    para a visualizao dos espaos de conhecimento, modelada com Ontologias (conceitos,

    instncias, relacionamentos, etc), apoiando diferentes aspectos, por exemplo, temticas,

    co-ocorrncias agrupamentos espaciais, como mostrado na figura 30.

    Figura 30 Visualizao Semntica SemaVis. Fonte: Bhatti, 2008.

    A abordagem bsica para a visualizao semntica foi a de considerar os

    diferentes espaos pedaggicos e conhecimentos de problemas para visualizar as

    informaes semnticas.

    No domnio do "aspecto-visualizao" o SemaVis permite aos usurios

    selecionar formas diferentes de ver o conhecimento, por exemplo, administradores e

    desenvolvedores de software podem estar interessados em diferentes aspectos de um

    mesmo conhecimento.

    O SemaVis foi aplicado em um projeto de unificao nas escolas na Europa,

    com o intuito de desenvolver e estabelecer uma plataforma que, com orientao

    pedaggica fosse possvel criar um curso em educao a distncia com alta qualidade,

    Bhatti [2008].

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    Segundo Bhatti atravs do SemaVis foi possvel formalizar todo contedo em

    educao a distncia, transversalmente apoiado por ontologias, definindo os espaos de

    conhecimento. O SemaVis disponibiliza uma visualizao que proporciona uma melhor

    navegao entre os espaos de conhecimento onde esta visualizao pode ser vista

    segundo dois aspectos diferentes, a viso do aluno e a viso do professor tutor.

    Figura 31 Visualizao Semntica SemaVis. Fonte: Bhatti [2008].

    O SemaVis mostrado na figura 31 sendo composto por quatro painis:

    1. Painel de pesquisa,2. Painel de explorao do espao de conhecimento,3. Painel de controle,4. Painel de informao.

    Os usurios podem adicionar na pesquisa a escolha de uma perspectiva de

    professor ou de aluno, para que no painel de busca seja possvel visualizar os espaos de

    conhecimento relacionados a um termo pesquisado.

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