Vitton 44 salva cariocas de cenário difícil de patrocínios · de gols dentro de campo e gran-de...

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B O L E T I M 05/01/2015 168 NÚMERO DO DIA 1 billhão de pessoas é a audiência acumulada da transmissão do Rali Dakar, que vai até dia 17 Vitton 44 salva cariocas de cenário difícil de patrocínios POR DUDA LOPES O Rio de Janeiro continua lindo? Três dos quatro grandes clubes do estado começam o ano com patrocínio máster garantido, algo raro no atual cenário do futebol nacional. Mas por trás dessa boa fase está o investimento de uma úni- ca empresa, a Vitton 44. A dona da marca Guaraviton tornou-se a tábua de salvação dos gran- des cariocas. Em dezembro, a companhia acertou aportes a Fluminense, Flamengo e man- teve o apoio ao Botafogo, seu primeiro patrocinado, em 2009. Se essa negociação já era es- perada, os acertos com a dupla Fla-Flu vieram num momento fundamental. No caso do time tricolor, a marca já substituiu a Unimed no mesmo dia do fim do vínculo de 15 anos acabar. Já com o Flamengo, a Vitton 44 ampliou o contrato e cobriu um potencial problema no clu- be. A Peugeot rompeu o acordo vigente e abriu um espaço em área nobre da camisa flamen- guista. Rapidamente, a marca de bebidas assumiu o posto, pagando R$ 20 milhões ao ano. Por enquanto, a exceção é o Vasco, que tenta a manutenção do vínculo da Caixa em 2015. O banco estatal, aliás, deixa todos os clubes em estado de alerta neste começo de ano. Como o governo ainda não sinalizou qual será a situação do banco para 2015, os contratos que já acabaram seguem inde- finidos (caso do Corinthians), e novos acordos estão parados (o Cruzeiro tem acerto alinhado). Dos 20 clubes da Série A, 11 têm o patrocínio máster pen- dente ou em negociação, mas sem prazo de renovação garan- tido. Em São Paulo, os quatro clubes grandes não tem contra- to assinado para este ano. O Corinthians espera a Caixa, já o Santos deve manter a Hua- wei, que patrocinou o clube no fim do ano. São Paulo e Palmei- ras, por outro lado, já estão há mais de um ano sem patrocínio. Os únicos clubes mais “tran- quilos” se tornaram os do Rio, graças ao seu novo mecenas. NEVILLE PROA, DONO DA VITTON 44, NOVO MECENAS DO FUTEBOL DO RIO DE JANEIRO

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B O L E T I M

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N Ú M E R O D O D I A

1 billhãode pessoas é a audiência

acumulada da transmissão do Rali Dakar, que vai até dia 17

Vitton 44 salva cariocas de cenário difícil de patrocínios

POR DUDA LOPES

O Rio de Janeiro continua lindo? Três dos quatro grandes clubes do estado começam o ano com patrocínio máster garantido, algo raro no atual cenário do futebol nacional.

Mas por trás dessa boa fase está o investimento de uma úni-ca empresa, a Vitton 44. A dona da marca Guaraviton tornou-se a tábua de salvação dos gran-des cariocas. Em dezembro, a companhia acertou aportes a Fluminense, Flamengo e man-teve o apoio ao Botafogo, seu primeiro patrocinado, em 2009.

Se essa negociação já era es-perada, os acertos com a dupla Fla-Flu vieram num momento fundamental. No caso do time tricolor, a marca já substituiu a Unimed no mesmo dia do fim do vínculo de 15 anos acabar.

Já com o Flamengo, a Vitton 44 ampliou o contrato e cobriu um potencial problema no clu-be. A Peugeot rompeu o acordo vigente e abriu um espaço em área nobre da camisa flamen-

guista. Rapidamente, a marca de bebidas assumiu o posto, pagando R$ 20 milhões ao ano.

Por enquanto, a exceção é o Vasco, que tenta a manutenção do vínculo da Caixa em 2015.

O banco estatal, aliás, deixa todos os clubes em estado de alerta neste começo de ano. Como o governo ainda não sinalizou qual será a situação do banco para 2015, os contratos que já acabaram seguem inde-finidos (caso do Corinthians), e novos acordos estão parados (o Cruzeiro tem acerto alinhado).

Dos 20 clubes da Série A, 11 têm o patrocínio máster pen-dente ou em negociação, mas sem prazo de renovação garan-tido. Em São Paulo, os quatro clubes grandes não tem contra-to assinado para este ano.

O Corinthians espera a Caixa, já o Santos deve manter a Hua-wei, que patrocinou o clube no fim do ano. São Paulo e Palmei-ras, por outro lado, já estão há mais de um ano sem patrocínio.

Os únicos clubes mais “tran-quilos” se tornaram os do Rio, graças ao seu novo mecenas.

NEVILLE PROA, DONO DA VITTON 44, NOVO MECENAS DO FUTEBOL DO RIO DE JANEIRO

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POR REDAÇÃO

Teve Copa. E que Copa! Todo o temor que permeou os prepa-rativos para o Mundial de 2014 viraram pó depois que a bola começou a rolar e o torcedor entrou no clima do evento. E, no final das contas, não apenas teve Copa do Mundo, mas ela acabou sendo uma das melhores dos últimos tempos, com alta média de gols dentro de campo e gran-de festa da torcida fora dele.

O sucesso da Copa é o motivo de maior celebração deste 2014 que se encerrou. O Mundial foi o responsável por concentrar esforços de investimento das empresas e de ações de marke-ting a tal ponto que, nesta edição do “Melhores do Ano”, sete dos dez casos de maior destaque

do ano escolhidos pela equipe da Máquina do Esporte foram para ações ligadas à Copa.

O destaque internacional foi o projeto de marketing da Ale-manha para a Copa. Os alemães souberam criar todos os meios para conquistar o Brasil não só dentro de campo, mas fora dele.

Já no âmbito nacional, desta-que para as ações envolvendo as empresas patrocinadoras da Copa: Coca-Cola, Ambev e Itaú foram as que mais se destacaram.

Fora do futebol, os destaques foram Gabriel Medina, campeão mundial de surfe, o judô no teatro e ainda o Rio Open de tênis.

Veja o quadro com os vence-dores e clique no nome para conhecer um pouco mais sobre cada um dos projetos vencedores:

Copa do Mundo domina a escolha dos Melhores do Ano de 2014

OS MELHORES DO

ANOCase internacionalALEMANHA NA COPA

Ativação de patrocínioBRAHMA

Comunicação de patrocínioCOCA-COLA

Ação de maior impactoCOPOS DAS MARCAS

Melhor campanha publicitáriaMÚSICA DO ITAÚ

Melhor ação envolvendo atletasTAM COM MARCELO, D. LUIZ E T. SILVA

Melhor uso de redes sociaisNIKE NA COPA

Maior valorização no esporteCOPA DO MUNDO

Ação mais ousadaJUDÔ NO TEATRO BRADESCO

Atleta do anoGABRIEL MEDINA

O executivo do anoLUIZ CARVALHO (IMX/RIO OPEN)

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POR REDAÇÃO

Após dois anos afastada do mercado de fu-tebol, sem patrocinar grandes clubes, a Umbro reforçou a aposta na modalidade no Brasil. A empresa fechou, até o fim de 2018, contrato para fornecer o material esportivo para o Grêmio.

O clube gaúcho soma-se ao Vasco e ao Atléti-co Paranaense como patrocinado da marca, que ainda veste Chapecoense e Joinville entre os 20 clubes da Série A do Campeonato Brasileiro.

No próximo dia 8 a camisa será apresentada para os torcedores, em evento na Arena Grêmio. A estratégia de divulgação repete a adotada pela Umbro para mostrar a camisa do Vasco. A marca tem divulgado pelo Twitter do Grêmio alguns detalhes do uniforme, aguçando a curiosidade do torcedor. O conceito que vai nortear a parceria neste primeiro ano é “coração e alma”.

“Acreditamos na raça e determinação do clube que com certeza trará grandes alegrias para os

apaixonados torcedores do tricolor gaúcho”, dis-se Dante Grassi, gerente de marketing da Umbro, que no Brasil é representada pelo Grupo Dass

Desde 2012 que mundialmente a marca de origem inglesa é de propriedade do grupo Iconix, que pagou US$ 225 milhões à Nike pela compra.

O acordo põe fim também a seis anos de rela-ção entre Topper e Grêmio. Os valores do novo negócio não foram divulgados pelas partes.

Umbro amplia presença no Brasil em acordo com o Grêmio até fim de 2018