Vivacidade ed. 95 - Junho 2014

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Entrevista a João Santos: Ex-árbitro gondomarense falou sobre a carreira internacional > P.31 Passatempo Fernando Rocha Oferta de 5 bilhetes duplos Saiba Mais > P.8 Desporto Cultura Ex-líbris de Gondomar é privado mas vai abrir ao público brevemente Investigadora acusa Confraria de se apoderar de terrenos Época balnear abre dia 15 Gondomarenses podem ter mais duas praias fluviais em 2015 Festa da Cerveja em Rio Tinto Milhares de litros de cerveja e muita música animaram a cidade P.24 a 25 P.5 P.4 Dia Mundial da Criança: Dia 1 de junho dedicado aos mais novos > P.16 Gasómetro: Conheça a programação do festival deste ano > P.22 Mundial 2014: Saiba onde pode ver os jogos no concelho > P.11 Lomba: Investigadores iniciaram exploração nas Minas do Portal > P.8 Sociedade A quem pertence o Monte Crasto?

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Vivacidade ed. 95 - Junho 2014

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Entrevista a João Santos:Ex-árbitro gondomarense falou sobre a carreira internacional

> P.31

Passatempo

Fernando RochaOferta de 5 bilhetes duplos

Saiba Mais> P.8

Desporto

Cultura

Ex-líbris de Gondomar é privado mas vai abrir ao público brevementeInvestigadora acusa Confraria de se apoderar de terrenos

Época balnear abre dia 15Gondomarenses podem ter mais duaspraias fluviais em 2015

Festa da Cerveja em Rio TintoMilhares de litros de cerveja e muitamúsica animaram a cidade

P.24 a 25

P.5P.4

Dia Mundial da Criança:Dia 1 de junho dedicado aos mais novos

> P.16

Gasómetro:Conheça a programação do festival deste ano

> P.22

Mundial 2014:Saiba onde pode ver os jogos no concelho

> P.11

Lomba:Investigadores iniciaram exploração nas Minas do Portal

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Sociedade

A quem pertence o Monte Crasto?

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2 VIVACIDADE JUNHO 2014

Editorial

Caros Leitores,

A política nacional está ao rubro, como con-sequência dos resultados desanimadores para a democracia e para o sistema político, das recen-tes eleições europeias.

De quem é a culpa? Francamente acho que é da própria União Europeia. Se a abstenção em Portugal fosse muito diferente da dos outros paí-ses da União, então seria a abstenção um proble-ma dos nossos políticos e do nosso povo. Mas como a abstenção nestas eleições não é muito diferente de país para país, temos que concluir que existe um sério problema de indiferença dos europeus em relação a estas eleições.

O grande problema da Europa é a incapaci-dade que tem demonstrado de funcionar como uma federação de Estados, tendo os Estados re-cusado perder poder para a União e tendo ba-sicamente criado sistemas e organizações para além daqueles que os próprios países já tinham. Ou seja, nada foi substituído, foram sempre sen-do acrescentadas coisas teoricamente novas…

E é por isso que não há defesa europeia. É por isso que os programas Europeus de explora-ção do espaço são de apenas alguns países. É por isso que os sistemas que a velha Europa tinha como, por exemplo, os de apoio aos países com maiores dificuldades sociais são os mesmos que existiam antes da União da Europa. É por isso que não fomos capazes de reestruturar o sistema de representação externa dos países Europeus, cujo custo global é brutal e basicamente desne-cessário se soubéssemos aproveitar as escalas. E tantas outras coisas que a Europa precisa de mudar para que os cidadãos tenham sentimento de pertença.

Não quero ser mal-entendido. Eu gosto es-pecialmente da Europa e do conceito Europeu, tenho muito orgulho e gosto em representar e falar pela União Europeia nas instâncias globais em que participo. Um dos maiores pequenos prazeres que tenho é receber as boas-vindas de volta quando passo num Aeroporto como Frankfurt ou Amsterdão, em que as boas-vindas dos guardas fronteiriços europeus nos fazem sentir de novo em casa, mesmo quando ainda estamos a três ou quatro mil quilómetros da chegada. Ou almoçar numa aldeia perdida no interior de França e saber que as pessoas que nos atendem, os restantes comensais e até mesmo a gastronomia local são elementos convergentes com a nossa forma de pensar, de ser e de sentir.

É por isso que a frustração de não sermos capazes de dar os passos necessários para solidi-ficar a Europa me causa tanta preocupação.

Maior ainda quando claramente não houve um único dos partidos e coligações a concorrer ao Parlamento Europeu que fosse capaz de dis-cutir a Europa e o seu futuro, por clara incapa-cidade da maior parte das pessoas que vão nas listas, a começar pelos seus “cabeças” de lista.

Apesar de tudo isto, no nosso concelho conseguimos que a abstenção fosse um pouco menor do que no território nacional – cerca de 1%, o que, sem dúvida, é motivado pela forma como o Vivacidade trabalhou este importante assunto. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Diretor Comercial:Luiz Miguel AlmeidaPaginação:António CostaEdição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Administrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOColaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, Chefe João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/jornalvivacidadeE-mail: [email protected]

Sumário:

BrevesPágina 6

SociedadePáginas 4 a 18

CulturaPáginas 20 a 22

DestaquePáginas 24 e 25

PolíticaPáginas 27 e 28

DesportoPágina 29 a 36

Empresas & NegóciosPágina 37 e 38

OpiniãoPáginas 39 a 43

LazerPágina 44 e 45

EmpregoPágina 46

Próxima Edição 10 de julho

Rio Tinto é a maior freguesia do concelho de Gondomar, com mais de 1/3 da sua população e em conjunto com a freguesia de Ba-guim do Monte, constitui a Cida-de de Rio Tinto. Uma freguesia ur-bana de grande dimensão, sendo a terceira maior do país e a maior do norte, tem características muito especiais, que a torna bastante es-pecífica dentro do concelho.

É desta forma que Rio Tinto deve ser olhado por todos os res-ponsáveis autárquicos, quer sejam a nível local quer sejam a nível

concelhio. Uma freguesia urba-na, de grandes dimensões, que precisa de muito investimento e de uma melhoria urgente nas condições para que os seus habi-tantes possam viver em Rio Tinto, deixando de ser meramente um espaço dormitório.

O desenvolvimento que sofreu nos últimos anos, com alguns investimentos que muda-ram a face da freguesia, dos quais destaco a construção da Linha do Metro, são ainda insuficientes para as suas necessidades, mas tenho uma enorme esperança

que nos próximos anos, mal ha-jam disponibilidades financeiras, sejam feitos alguns investimentos que diminuam estas necessidades. Refiro-me principalmente para uma atenção especial na qualidade do urbanismo público, precisando de um maior cuidado na sua cons-trução, quer a nível de jardins, arruamentos, passeios, espaços de lazer, etc. A urgente necessidade da construção de um centro cívico e de um parque urbano que dê aos mais de 50 mil habitantes um local de reunião coletiva que seja agra-dável e aprazível e que termine com a necessidade de terem que

se deslocar para concelhos vizi-nhos, tais como Porto e Maia, para encontrar espaços de qualidade. Saliento também a necessidade da construção de um espaço po-livalente, com equipamentos que permitam a realização de eventos, como espetáculos ou reuniões para mais de 200 pessoas. Uma freguesia desta dimensão, não dis-põe de nenhuma sala com estas infraestruturas.

Como referi, muito trabalho há para desenvolver nesta fregue-sia, mas muitas outras coisas e riquezas já temos e a maior parte delas é sem dúvida as pessoas, que têm uma grande satisfação em se identificarem como riotintenses e participam ativamente na vida da comunidade, tornando-nos detentores de uma enorme quali-dade associativa, com associações que fazem trabalhos do maior mé-rito e reconhecimento. Como diz o recente slogan criado pela Junta de Freguesia de Rio Tinto, “Rio Tinto somos todos nós”.

Quem conhece, vive ou visi-ta Rio Tinto, sente que ainda nos falta muito para a excelência, mas gosta imenso e reconhece aquilo que já somos hoje. n

Rio Tinto somos todos nós

Nuno FonsecaPresidente: Junta de Freguesia de Rio Tinto

Na próxima edição, este espaço contará com um artigo de opinião de Rui Vicente, presidente da Junta de Freguesia da Lomba.

Por motivos alheios ao Vivacidade, Isidro Sousa, presidente da União das Freguesias de Foz do Sousa e Covelo, não enviou atempadamente a crónica destinada a este espaço.

POSITIVO

No dia 24 de maio foi disponibilizada a si-nalização do Hospital--Escola da Universida-de Fernando Pessoa no traçado da A43/IC29. A informação é de máxi-ma importância para a população que pretenda aceder à prestação de cuidados de saúde da-quela unidade hospita-lar.

NEGATIVO

A descarga de águas da ETAR de Gramido tem vindo a provocar uma for-mação de um cardume de tainhas na ribeira de Gra-mido. A montante da des-carga a ribeira corre límpi-da.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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Organizado pela Junta de Fre-guesia de Rio Tinto e pela empresa Event Services, a Festa da Cerve-ja de Rio Tinto recebeu uma vez mais milhares de pessoas. Nuno Fonseca, presidente da Junta de Rio Tinto, faz um balanço posi-tivo da iniciativa. “Acho que uma vez mais ficou provado que este é um evento que deve ser realizado e é sem dúvida o maior, à exceção das festas religiosas, que decorrem em Gondomar”, diz ao Vivacida-de. “É importante referir que não falamos apenas da Festa da Cerve-ja, mas também da XIII edição da Feira de Artesanato de Rio Tinto que se realizam há alguns anos em conjunto, como forma de maximi-zar visitantes e minimizar custos”, afirma o autarca.

Durante cinco dias, passaram

pelo palco principal vários gru-pos musicais. No dia 6, Gondomar Band animou a inauguração do certame. Union Salsea foi a aposta para o dia seguinte com centenas de pessoas a assistir ao espetácu-lo. No sábado, dia 8, foi a vez de MC Marcus atuar perante cerca de 7 mil pessoas, após o concerto do grupo Os Amigos da Onça. Nelo Silva e Fabuka foram os protago-nistas do dia 9 e o encerramento da festa ficou a cargo do grupo Prata Latina.

“A Festa da Cerveja foi um sucesso. Vendemos cerca de 2500 litros de cerveja e no próximo ano será para repetir”, refere José Rocha, um dos organizadores da iniciativa.

Nuno Fonseca concorda e es-pera que, em 2015, o antigo espaço da feira de Rio Tinto receba nova edição da Festa da Cerveja. “A cada ano e a cada dia do evento, o número de visitas aumenta. Con-

forme se viu tentamos melhorar mas infelizmente estamos sempre limitados no investimento por questões financeiras e este ano ti-

vemos o cuidado de criar um por-tal de entrada que obrigou os vi-sitantes a passar em frente à Feira de Artesanato, o que maximizou

imenso esta realização”, conclui o presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. n

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Texto: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieria Caldas

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20 mil pessoas passaram pela VIII Festa da Cerveja de Rio TintoNo total foram vendidos 2500 litros de cerveja para cerca de 20 mil pessoas que visitaram a oitava edição da Festa da Cerveja de Rio Tinto. O espaço da antiga feira acolheu também a XIII Feira de Artesanato da cidade e vários grupos musicais durante os cinco dias de festa.

> Na foto: a equipa da Junta de Freguesia de Rio Tinto na XIII Feira de Artesanato

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A praia será inspecionada no dia 12 de junho pela Capitania, para verificação de todo o equipamento - desde a delimitação da água até à delimitação da zona balnear – e das condições de segurança. A vi-gilância é também um critério a cumprir e por isso mesmo a “ques-tão da contratação dos nadadores salvadores está também resolvida”, garantiu ao Vivacidade Carlos Brás, vereador do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar. De res-to, a autarquia já interveio no bar junto à praia, no sentido de o do-tar de condições para um serviço mais adequado. “Foi também feita a clivagem da areia e o areal está em excelentes condições”, refere Carlos Brás, que confessou ao Vivacida-de que não quer falhar nada para que tudo corra bem na abertura da época balnear. “Temos estado a

desenvolver todos os esforços em conjunto com a Junta de Fregue-sia e com a Capitania do Porto do Douro no sentido de ter tudo pron-to para no dia 15 ser aberta a época balnear. Houve também uma inter-venção na limpeza dos acessos mas temos um projeto para a criação de um novo acesso que permita fazer uma reorganização do trânsito”, acrescenta o autarca.

Município quer designar areais de Melres e Zebrei-ros como praias em 2015

“A nossa ambição é vir a de-signar, para já, mais duas praias: a de Melres e de Zebreiros”, indica o vereador.

2015 seria a altura ideal para o fazer mas “a designação já para o próximo ano não é certa por-que, segundo Carlos Brás, “para que isso aconteça tem que haver um histórico sucessivo de análises com boa qualidade e têm que ser feitas durante a época balnear, ou

seja, no momento em que vai ha-ver mais carga de pessoas é quan-do a análise tem que ser feita”. “Se no final desta época as análises forem todas positivas no próximo ano entramos com as candidaturas para a designação de praia”, acres-centa.

A primeira recolha das análi-ses foi feita no dia 2 de junho mas não é só na qualidade da água que o vereador pretende ver alterações positivas. O areal de Zebreiros de-verá sofrer algumas modificações, nomeadamente na remoção das mesas de pedra instaladas no ano passado pelo anterior executivo que, segundo o autarca, poderão não cumprir alguns requisitos le-gais. “Está a ser feito um estudo do areal de Zebreiros, pelo Gabinete de Planeamento e Ordenamento

da Câmara, que penso que esteja já em fase de conclusão e segundo informações do Instituto Portuá-rio e dos Transportes Marítimos (PTM) as mesas estão colocadas em zona de cheia. Logo, mesmo por força legal elas têm que ser re-tiradas de lá”, conta Carlos Brás.

Quanto ao areal de Melres e à zona envolvente, a Câmara prevê

também algumas modificações no que diz respeito ao recondiciona-mento de trânsito, delimitação de zona de banhos e zona de motas de água e embarcações e uma zona de lazer com relva.

Para este ano, os dois areais contarão também com a vigilância permanente de dois nadadores-sal-vadores. n

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> No dia 12 de junho, a praia da Lomba vai ser inspecionada pela Capitania do Porto do Douro

> A areal de Melres será um dos dois que poderá passar a praia em 2015

> Em Zebreiros, a zona envolvente ao areal vai sofrer algumas alterações

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

Praia da Lomba:tudo a postos para abertura da época balnearA época balnear está à porta. No dia 15 de junho chega a Gondomar através da única praia fluvial designada da Área Metropoli-tana do Porto, a praia da Lomba, que conseguiu a classificação de “excelente” pela Capitania do Porto do Douro.

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Breves

Terminou no dia 7 de junho o 30.º Festi-val de Teatro Amador de Valbom [FETAV]. O festival teve início a 3 de maio e contou com seis representações teatrais interpretadas por grupos convidados e pelo grupo residente da Escola Dramática e Musical Valboense, res-ponsável pela peça de encerramento. Em 2015, o FETAV terá nova edição.

No dia 5 de julho, pelas 21h30, realiza-se no Largo do Mosteiro, o 14.º Festival de Fol-clore de Rio Tinto. Participam na iniciativa o Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto, a Agrupacion Folclórica Froles No-

vas de Lavadores – Vigo – Galiza, o Rancho Folclórico de Vila Nova de Foz Côa, o Grupo Folclórico e Etnográfico de Moimenta da Beira e o Rancho Folclórico de Dem – Serra d’Árga – Caminha.

A divisão da Juventude e Tempos Livres da Câmara Municipal de Gondomar promo-ve, em parceria com as associações juvenis do município, o Fim de Semana da Juventude, que vai realizar-se entre os dias 13 e 15 de junho. A

iniciativa contempla um conjunto diversifica-do de atividades desportivas, culturais, recrea-tivas e solidárias em vários locais do concelho. Durante o fim de semana realiza-se também a 1.ª Feira Franca de Gondomar.

O Dia do Minibasquete “José Anjos” rea-lizou-se no Multiusos de Gondomar no dia 10 de junho. Mais de 30 clubes de basquetebol participaram na iniciativa, organizada pela As-sociação de Basquetebol do Porto e a Câmara Municipal de Gondomar. Um dia inteiro de festa para os jovens basquetebolistas que joga-

ram das 9h às 19h.

A Casa FC Porto de Rio Tinto organizou a 23 de maio um jantar convívio com o grupo Puro Portista. O evento contou com a presença de Fernando Gomes, ex-goleador do FC Por-to, João Pinto, ex-lateral direito dos dragões, e Sílvio Alvarinho Moreira, presidente da Casa do FC Porto de Caracas, na Venezuela. A boa disposição marcou o encontro realizado no

restaurante “O Cardeal”, em Baguim do Monte.

Inserido nas comemorações do Dia Mun-dial da Criança, a EB1 S. Caetano n.º 2 e a EB2-3 de Rio Tinto receberam no dia 2 de junho dois computadores portáteis, um para cada es-cola, como prémio pelos projetos apresentados

no Concurso Projeto “Mil Escolas” 2013/2015. Os projetos premiados foram “Escola Guardiã de Rio Tinto” e “Aprender com o Rio Tinto”, respetivamente.

Sara Moreira, atleta da Associação Re-creativa Luz e Vida Gondomarense sagrou-se campeã regional de salto em comprimento. A atleta gondomarense conquistou ainda a prova regional de quádruplo salto e bateu o recorde da prova com um salto de 11,86 metros. O Campeonato Regional de Infantis realizou-se nos dias 31 de maio e 1 de junho, no Estádio

Dr. José Vieira de Carvalho, na Maia.

“Várias Visões Sobre a Cidade do Porto” é o título da exposição coletiva de aguarelas inaugurada a 31 de maio, na Casa Branca de Gramido, em Valbom. Os trabalhos expostos são de 2011, à exceção de um único, datado de 2014. O pintor Albertino Valadares, também

representado na mostra, e Luís Filipe de Araú-jo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, inauguraram a exposição, que es-tará patente ao público até ao dia 6 de julho, de terça-feira a domingo, entre as 14h e as 18h30.

A Associação para o Desenvolvimento In-tegrado de Rio Tinto apresentou um projeto à Refer para reabilitar a Estação de Caminhos de

Ferro de Rio Tinto. O objetivo é devolver dig-nidade ao equipamento da f reguesia.

Os alunos do Clube de Teatro da Escola Secundária de Rio Tinto [ESRT] apresentaram nos dias 5 e 6 de junho a peça “Anfitriões”, a partir de Luís de Camões e António José da Sil-va. O auditório ESRT foi palco escolhido para a apresentação final do projeto performativo.

Miguel Àngel Santos Guerra, professor da Universidade de Málaga, especialista em Ciên-cias da Educação, esteve presente a 31 de maio no ciclo de conferências “[Re]encontros com a Escola”, no Pavilhão Multiusos de Gondomar. Num registo descontraído e bem humorado,

Miguel Àngel Guerra dissertou sobre “As Fero-monas da Maçã – O Valor Educativo da Dire-ção Escolar”, obra publicada em 2013. O ciclo de conferências “[Re]encontros com a Escola” é organizado pela Câmara de Gondomar e o Centro de Formação Júlio Resende.

Aurora Vieira, vereadora com o pelouro da Cidadania e Participação, foi nomeada Conse-lheira Local para a Igualdade no Município de Gondomar, durante o Seminário “Abrindo Caminho para a Igualdade no Norte”, organi-zado pela Federação Nacional das Associações Juvenis e pela Câmara Municipal de Gondo-mar. A iniciativa realizou-se no dia 16 de maio, na Escola Secundária de Rio Tinto. No âmbito da reestruturação dos serviços da autarquia,

foi já criado o Gabinete Municipal da Cidada-nia para desenvolver políticas de igualdade e a participação ativa de todos os munícipes.

No dia 28 de maio o Agrupamento de Es-colas de Valbom promoveu na Escola Secun-dária o encontro musical “A Música e o Suces-so Escolar”, que contou com a participação de Berg, vencedor do último Fator X Portugal, Soul Doubt, banda rock de Leça da Palmeira, e Tiago e Gonçalo, finalistas da escola. Os músi-cos fizeram vibrar alunos, familiares, professo-

res e funcionários.

Dia 8 de junho foi dia do Sport Clube de Rio Tinto. O clube organizou um desfile e en-trega de troféus aos atletas de todos os escalões perante centenas de adeptos. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondo-

mar, Sandra Brandão, vereadora do Desporto e Juventude, Nuno Fonseca, presidente da Jun-ta de Freguesia de Rio Tinto, e Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, também marcaram presença.

Nos dias 28 e 29 de junho o Parque Aven-tura da Lipor recebe o Festival de Verão, com desfile de moda, festival de dança, amostra de penteados, lançamento de papagaios e amos-tras de artesanato. As inscrições para o concur-sos de karaoke e fotografia, torneios de jogos tradicionais, de futebol, ténis de mesa e matra-

quilhos, estão abertas até ao dia 24 de junho.

30.º Festival Teatro Amador de Valbom 14.º Festival de Folclore de Rio Tinto

Fim de Semana da Juventude

Dia do Minibasquete trouxe mais de 30 clubes a Gondomar

Fernando Gomes e João Pinto em Gondomar

Escolas de Gondomar premiadas por projetos ambientais

Sara Moreira é campeã regional de quádruplo salto

Visões sobre o Porto em Gramido

ADIRT com projeto para reabilitar estação de Rio Tinto

“Anfitriões” na Escola Secundária de Rio Tinto

Miguel Àngel Guerra nos “[Re]encontros com a Escola”

Aurora Vieira nomeada Conselheira Local para a Igualdade

Berg (en)canta na Secundária de Valbom

Dia do Sport Clube de Rio Tinto

Festival de Verão na Lipor

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As minas e o lugar do Portal pertencem à freguesia da Lomba. Joaquim Barbosa explica aliás que “o lugar do Portal teve origem no fim da última concessão, em mea-dos do século passado, por doação de terrenos ao último guarda das minas que foi, na verdade, o pri-meiro morador. Todos os morado-res atuais são descendentes desse guarda”.

Com o objetivo de investigar e estudar o património das minas e do lugar, o vereador deu início, em janeiro, à primeira visita às

minas da Lomba. Com a primeira exploração, apenas se pretendeu conhecer e proceder à referência geográfica de algumas das entra-das conhecidas. Posteriormente, já foi feita a cartografia de uma das minas.

“O facto de não ter vencido as eleições não impede os eleitos de tentarem cumprir o programa que submeteram aos eleitores. Como o projeto inicial não tem quaisquer custos para o município, não pre-cisava sequer da deliberação da Câmara. A proposta para a conti-nuação do projeto - investigação arqueológica, histórica, aprovei-tamento turístico, etc. -, que por certo deverá merecer o empenha-

mento da câmara, será apresenta-da a seguir”, explica ao Vivacidade Joaquim Barbosa. Para o autarca, o complexo mineiro do Portal “para além do conhecimento da história em si mesmo, como um valor cul-tural intrínseco, pode e deve ser enquadrado no desenvolvimento do concelho através do turismo, ideia também partilhada pela maioria que venceu as eleições”.

Visitas guiadas às entradas das minas dependem do de-senvolvimento do projeto

Apesar da ideia ter partido do vereador, a liderança da equipa pertence aos especialistas em es-peleologia e ao Clube de Monta-nhismo Alto Relevo.

Maria João Marques, espeleó-loga, foi uma das especialistas que efetuou, no início do ano, a visita às minas. Na sua opinião, “ Gon-domar deve aproveitar as poten-cialidades da zona para a prática de outras atividades de natureza turístico-desportiva que se pos-sam associar ao património minei-ro do Complexo do Portal”. “Ainda que não esteja nenhum projeto elaborado em torno do Complexo Mineiro do Portal”, refere, “seria certamente possível aproveitar este

tipo de património para potenciar a Freguesia da Lomba e o Conce-lho de Gondomar em geral. O pro-jeto passaria por ter visitas guiadas às entradas das minas que pudes-sem ser visitáveis. Associado às ca-vidades, poderiam ser criados ca-minhos para a prática de trekking e BTT, a título de exemplo”, afirma a espeleóloga. O apoio do municí-pio na exploração seria bem vindo, refere ainda a especialista, seja ele sob a forma de fundos ou através de mão de obra e material neces-sário para os trabalhos de explora-

ção e caracterização do Complexo Mineiro.

Para já, segundo Maria João Marques, “dadas as características das cavidades visitadas e georrefe-renciadas é possível fazer a explo-ração espeleológica do complexo que passará por se fazer o registo fotográfico das cavidades, respec-tiva entrada e algumas caracterís-ticas que se possam destacar. Para que tal seja possível, é necessário drenar a água acumulada nas gale-rias, para que a equipa possa ace-der ao local.” n

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

Minas do Portal começam a ser exploradasVereador Joaquim Barbosa vai apresentar projeto para aproveitamento cultural e turístico do lugar à autarquiaO vereador da CDU, Joaquim Barbosa, pretende apresentou à Câmara Municipal de Gondomar um projeto de aproveitamento histórico, cultural e turístico do lugar e das minas do Portal, na Freguesia da Lomba. A ideia é “dar a conhecer o património his-tórico” do local. A exploração e cartografia já começaram.

O Pavilão Rosa Mota, no Porto, vai receber, no dia 5 de julho pelas 22 horas, o espetáculo de celebração da carreira de Fer-nando Rocha, com a presença de diversos comediantes.

O Vivacidade oferece 5 bilhetes duplos às primeiras 5 pessoas que responderem correta-mente à seguinte questão:

- Quantos anos de carreira celebra o come-diante Fernando Rocha?

As respostas deverão ser enviadas para o e-mail [email protected] [email protected] junta-mente com os dados pessoais (primeiro e último nome, e n.º de B.I./C.C.). Cada vencedor será notificado por e-mail.

PASSATEMPO FERNANDO ROCHA

> Na foto: equipa de espeleólogos do Clube de Montanhismo Alto Relevo

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Insufláveis, jogos tradicionais, barraquinhas que vendiam vários objetos produzidos pela associa-ção, bicicletas do CEA e muita comida caracterizaram a tarde de sábado dedicado à família. O dia celebrado já há alguns anos pela Associação Vai Avante decorreu este ano no CEA da Quinta do Passal, um equipamento em fun-cionamento apenas desde o ano passado e que tem, como o pró-prio nome indica, como principal função impulsionar a educação do meio ambiente.

“Este ano abrimos este dia num espaço agradável como é a Quinta do Passal. É necessário animar es-tes espaços porque são bons equi-pamentos em ótimas condições e num local ideal”, explica Fernando Duarte, presidente da Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante. No fundo, refere o dirigente associativo, o dia fun-ciona como uma recompensa para os associados. “Isto é feito para os

utentes, pais e avós. É uma forma de nos conhecermos e de estar-mos unidos. A associação tem que ser participativa e tem que contar com as pessoas”, indica. A inicia-tiva deste ano foi, na opinião de Fernando Duarte, “um grande su-cesso”.

O vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, também responsável pelo CEA, concorda com Fernando Duarte no que diz respeito ao sucesso da iniciativa. “Aceitei imediatamente o pedido da Associação Vai Avan-te com muito agrado. A partir de hoje estou convencido que este espaço poderá vir a ser mais uti-lizado pela comunidade”, refere ao Vivacidade. “Como vereador do ambiente considero bastante im-portante a utilização deste espaço. Para rentabilizar este investimento a Câmara de Gondomar tem inte-resse em divulgar a existência des-te espaço”, adiciona.

PES lembrou a importância da família, em S. Pedro da Cova

A 16 de maio, um dia antes da

iniciativa do Vai Avante e um dia depois do Dia Internacional da Família, o Projeto de Promoção e Educação para a Saúde (PES) di-namizado por uma equipa de pro-fessores da Escola Secundária de São Pedro da Cova, festejou tam-bém a união familiar em torno de uma festa organizada para o dia.

A festa pretendeu demons-trar “a importância da família na construção de uma sociedade es-truturada, saudável, equilibrada e que valorize o respeito, a solidarie-dade, a honestidade, a lealdade o amor, entre outros valores.”

Com a presença de alunos, docentes e não docentes, muitos resolveram associar-se a esta festa que se iniciou por volta das 19h30 com a atuação da Orquestra Li-geira de São Pedro da Cova, sob a

direção artística de Serafim Neves.Entretanto, e antes da atuação

do Rancho Folclórico de Fânze-res, deu-se início ao jantar. A festa prosseguiu com outro grande mo-mento: a entrega de uma cadeira de rodas eléctrica a um aluno da escola, cadeira que foi adquirida

no âmbito de um projeto solidário que decorreu na escola, durante todo o ano letivo, organizado pelo PES e para qual toda a comunida-de escolar contribuiu. O Grupo OSNOFA, que também se asso-ciou à causa, terminou a noite com a sua atuação. n

Um dia dedicado às famíliasO dia 17 de maio foi diferente para o Centro de Educação Ambiental (CEA) da Quinta do Passal, em Valbom. Várias centenas de pessoas, a convite da Associação Vai Avante, convergiram no recente espaço do município dedicado ao ambiente, para passarem uma tarde diferente com várias atividades para toda a família.

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

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> O Vai Avante comemorou o Dia da Família no CEA da Quinta do Passal

> Dia da Família em S. Pedro da Cova > Dia da Família em Gramido

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A Câmara Municipal de Gondomar, o Gondomar Sport Clube e o Sport Clube de Rio Tinto vão disponibilizar em Rio Tinto e S. Cosme duas ‘FanZones’ com ecrãs gi-gantes para a visualização de todos os jogos da ‘Copa do Mundo – Brasil 2014’.

De acordo com o vice-presidente da Câmara Municipal, responsável também

pelo pelouro da Cultura, Luís Filipe Araú-jo, e com a vereadora do Desporto, Sandra Brandão, a iniciativa “pretende unir os mu-nícipes não apenas em torno do desporto e

da Seleção Nacional de futebol, como pro-porcionar espaços mais alargados de con-vívio, à volta do futebol e associando outras iniciativas de animação e lazer.”

A escolha dos locais resultou da von-tade de aproximar o evento junto do maior número possível de Gondomaren-ses, “equilibrando a oferta no concelho e

aproximando-a das populações, bem como com importantes questões técnicas relacio-nadas com a existência de estruturas fixas da Câmara, nos locais escolhidos, que es-tão preparadas para a instalação dos ecrãs com segurança e para receber os munícipes com o conforto desejável e necessário.”

Questionados sobre a hipótese de colo-cação de mais ecrãs noutras freguesias do município, os vereadores responderam que “a escolha de outros locais que não os re-feridos, onde existem palcos permanentes da autarquia com todas as condições para o efeito, envolveria custos consideráveis rela-cionados com adicionais condições técni-cas que seria necessário prover.” n

Mundial 2014Gondomar vai ter transmissão de todos os jogos do Campeonato do Mundo

De 12 de junho a 13 de julho, vai poder assistir aos jogos do Mundial 2014 em ecrã gigante e ao ar livre. O Largo do Mos-teiro, em Rio Tinto, e o anfiteatro do Largo do Souto, em S. Cosme são as duas opções para quem não quiser perder um jogo do Campeonato do Mundo de Futebol.

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Jogos de Portugal:

Alemanha – PortugalSalvador da Baía16 de junho às 17 horas*

EUA – PortugalManaus22 de junho às 23 horas*

Portugal – GanaBrasília26 de junho às 17 horas*

*Hora portuguesa

> Largo do Souto em Gondomar

> Largo do Mosteiro, em Rio Tinto

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A inauguração do novo Espaço Internet de Valbom ficou a cargo de José António Macedo, presidente da União de Freguesias, e Aurora Vieira, vereadora da Educação da Câmara Municipal de Gondomar.

A partir de agora, de segunda a sex-ta-feira, das 9h às 13h e das 14h30 às 18h, será possível a qualquer ci-dadão da freguesia aceder gratuita-mente à Internet.

Os novos “Espaço Internet” pretendem “contribuir para que os cidadãos obtenham conhecimentos básicos para a utilização da Internet e informática, mesmo aos que, até

agora, nunca ou raramente utiliza-ram o computador. Quem preten-der poderá usufruir gratuitamente da Internet, conectando-se através do Wireless com portátil ou então utilizar um dos computadores do espaço”, lê-se no sítio da Internet da União de Freguesias.

“Sem limite de idades” para a utilização dos espaços, José Antó-nio Macedo referiu ao Vivacidade que esta inauguração serviu como cumprimento de uma promessa eleitoral. “Quer Valbom como Jo-vim são duas freguesias em que prometi alargar muitos dos serviços que tinha em S. Cosme. Verifiquei que em Valbom e Jovim não existia

um simples espaço de Internet e é por isso um projeto premente e es-sencial para beneficiar sobretudo o jovens para a procura de emprego, comunicação e um pouco de tudo

no geral”, indica o presidente.Momentos antes da inaugura-

ção do espaço de Valbom, José An-tónio Macedo fez uma visita guiada ao Centro de Convívio e à própria junta, a pedido da Assembleia de Freguesia que, segundo o autarca, “afinal apenas se fez representar por um elemento.” n

Valbom e Jovim já têm espaços “Internet”A União das Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim inaugurou, a 30 de maio e a 6 de junho, dois espaços para aceder à Internet gratuitamente. O edifício da antiga Junta de Freguesia de Valbom foi o primeiro a receber os equipamentos seguindo-se o de Jovim.

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Sociedade

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

Clube Gondomarense encerroucomemorações do 109.º aniversário

O absentismo escolar em análise na Biblioteca Municipal

O Clube Gondomarense encerrou no dia 21 de maio as comemorações do 109.º aniversário. Laurentino Ramos, presidente da coletividade, re-cordou a história da associação e pediu uma requalificação do teto da sede do edifício centenário.

A Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante organi-zou no dia 27 de maio, um seminário subordinado ao tema “O Absentis-mo escolar, a escola e a família”. Técnicos, estudantes e público em geral discutiram a temática, num seminário dinamizado pela IPSS.

O Clube Gondomarense encerrou a 21 de maio um ano de comemorações do 109.º aniversário, com uma sessão solene no edi-fício-sede. Laurentino Ramos, presidente da direção, começou por recordar a história de uma das coletividades mais antigas do conce-lho, e salientou as diversas valências do Clube Gondomarense. “Já tivemos grupos de teatro, formações, aulas de ensino básico, cursos de dança e música, bailes de carnaval e festas de final de ano, entre outras iniciativas. Este clu-be é responsável pela formação de centenas de gondomarenses que hoje estão bem coloca-dos”, disse Laurentino Ramos.

O presidente da associação aproveitou

ainda a presença de Luís Filipe Araújo, vice--presidente da Câmara de Gondomar, para solicitar uma requalificação do teto do edifício inaugurado em 1910, “crucial para preservar o património do clube”. Em resposta, o autarca não fez promessas mas sublinhou a “disponibi-lidade total” para ajudar a associação, caso seja apresentada uma proposta formal.

José António Macedo, presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Val-bom e Jovim, salientou também o trabalho que o Clube Gondomarense tem feito pela educação dos gondomarenses e mostrou-se igualmente disponível para dar o apoio logís-tico necessário. n

A sessão começou às 14h e contou com a presença do presidente da Câmara Munici-pal de Gondomar, Marco Martins, com um professor da Universidade Fernando Pessoa (UFP), Luís Santos, e com o presidente da As-sociação Vai Avante, Fernando Duarte.

Marco Martins discursou na abertura, de-fendendo a ideia de que “o absentismo escolar é um problema real”. “Não é por acaso que foi hoje apresentada uma medida que premeia as escolas”, indicou, referindo-se a uma medida do Governo. “Devemos combater o absentis-mo com medidas e estratégias inteligentes”, concluiu Marco Martins.

Fernando Duarte, por sua vez, agradeceu

a organização da iniciativa e explicou a im-portância das Instituições Particulares de So-lidariedade Social nesta e noutras temáticas sociais. “IPSS são as escolas da vida, estão no terreno e conhecem a realidade”, afirmou.

Pelas 15h, a vereadora da Educação da au-tarquia, Aurora Vieira, iniciou a moderação do debate que contou com Álvaro Campe-lo da UFP, a intervir sobre culturas juvenis e famílias, António Silva da Escola Secundária da Covilhã, a debater a intervenção escolar no âmbito do TEIP e Otília Castro da Comissão de Proteção de Crianças e Jovens de Gondo-mar, a falar sobre o direito à educação. n

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> Na foto: Aurora Vieira e José António

O espaço Internet funciona nos edifícios da União das Freguesias, em Valbom e Jovim, na Rua Dr. Joaquim Manuel da Costa n.º 477 e na Rua Manuel Pinto Martins, respetivamente.

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Mais de quatro mil alunos do ensino pré-escolar e do 1.º ciclo das escolas de Rio Tinto e Baguim do Monte assistiram no dia 6 de junho a um concerto da Banda de Música da PSP do Porto e a uma demonstração do Grupo Opera-cional Cinotécnico da PSP do Por-to, no Multiusos de Gondomar. A iniciativa estava inicialmente pre-vista para o estádio do Sport Clu-be de Rio Tinto mas as condições climatéricas adversas obrigaram a uma mudança logística de última hora.

“Infelizmente o tempo não nos oferecia todas as condições neces-sárias para realizarmos a nossa

demonstração, por isso optámos por mudar de local para o Multiu-sos de Gondomar”, afirma Teixeira Pinto, comandante da divisão po-licial de Gondomar.

A apresentação incluiu de-monstrações do Grupo Opera-cional Cinotécnico (GOC), da Divisão de Trânsito, da Brigada de Proteção Ambiental (BRIPA) e da Divisão de Investigação Cri-minal e Unidade de Polícia Técni-ca (DIC/UPT), com o objetivo de promover a proximidade entre a comunidade escolar e a PSP.

“O objetivo deste evento é promover uma iniciativa diferen-te com uma grande dinamização da PSP e mostrar às crianças que a polícia é uma mais valia. Além disso, as crianças conseguem ver as equipas cinotécnicas e os cães

polícia em ação”, afirma Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, uma das entidades organizadora do evento.

Nuno Coelho, presidente da Junta de Baguim do Monte, tam-bém esteve presente no Multiusos. Ao Vivacidade, o autarca faz um balanço positivo da atividade. “A única dificuldade que tivemos foi transportar cerca de quatro mil alunos para o Multiusos, mas mes-mo assim correu tudo pelo melhor. Conseguimos aliar numa só ativi-dade o Dia Mundial da Criança, o fecho do ano letivo e mostrar que a polícia é fundamental no contacto com os cidadãos”, diz Nuno Coe-lho.

Para Marco Martins, presiden-te da Câmara Municipal de Gon-domar, a iniciativa foi um sucesso.

“Esta atividade integra o Modelo Integrado de Policiamento de Pro-ximidade e da Escola Segura, com o objetivo de divertir as crianças enquanto observam os polícias a atuar. Desta forma passa-se a men-

sagem que o polícia também é um amigo”, refere ao Vivacidade.

Em 2015, as Juntas de Rio Tinto e Baguim do Monte, as es-colas e a PSP, esperam repetir a iniciativa. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

No dia 6 de junho, o Multiusos de Gondomar recebeu milhares de crianças, no âmbito do programa “Escola Segura”. A iniciativa estava inicialmente prevista para o estádio do Sport Clube de Rio Tinto mas acabou por ser transferida para o Pavilhão Municipal devido às condições climatéricas.

Demonstração da PSP animou Multiusos de Gondomar

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> Cerca de quatro mil crianças assistiram ao evento

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As comemorações das Bodas de Ouro da Paróquia começaram no dia 31 de maio com uma vigília de oração na Igreja de São Brás de

Baguim do Monte. A 6 de junho realizou-se um Sarau Cultural no Centro Paroquial, onde colabora-ram todos os coros paroquiais, es-cuteiros, catequese e lar de idosos. No mesmo dia, foi inaugurado uma exposição documental com fotografias e objetos que caracte-

rizam a Paróquia ao longo dos 50 anos.

Bispo auxiliar presidiu mis-sa campal

O ponto alto das comemora-ções dos 50 anos da Paróquia de Baguim do Monte deu-se a 8 de ju-nho com a realização de uma missa campal no Centro Paroquial de Ba-guim, presidida pelo Bispo auxiliar do Porto, D. João Lavrador.

Seguiu-se um almoço no re-cinto e, da parte da tarde, houve homenagem aos três párocos que passaram pela paróquia: Padre Camilo, Padre Borges e o atual pá-roco, Padre Lucindo. De seguida, houve ainda animação com grupos da Paróquia.

As comemorações terminaram a 10 de junho, com o passeio paro-quial a Paredes de Coura. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Paróquia de Baguim comemora Bodas de OuroEm 1964 nascia a Paróquia de Baguim do Monte. Cinquenta anos mais tarde, as Bodas de Ouro - celebradas na freguesia de 31 de maio a 10 de junho – homenagearam os párocos que passaram pela Paróquia.

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ARCUCRAdinamizou torneio de suecaA Associação Recreativa e Cultural da Urbanização do Cras-to (ARCUCRA) organizou em maio mais um torneio de sueca. Manuel Santos e Alvarinho Paiva foram os vencedores desta competição.

Foi o quarto torneio organizado pela ARCUCRA e desta vez saíram vencedores Manuel Santos e Alvarinho Paiva. O segun-do lugar coube à dupla Victor Salgado e Sér-gio Paiva.

Para o presidente da coletividade, José Pinto, esta é uma importante iniciativa para os associados e, por isso, alguns merecem ser homenageados. “Vamos homenagear dois sócios que vão tornar-se sócios de mé-

rito da nossa associação: o presidente Nuno Coelho e o senhor Paulo Dias, que tem pa-trocinado sempre a ARCUCRA”, refere.

Quanto à necessidade de uma nova sede para a associação, José Pinto declarou que já houve uma reunião com Marco Martins, presidente da Câmara, e com Carlota Tei-xeira, do Gabinete da Habitação do muni-cípio, e que “ficou prometido marcar uma visita à coletividade com um engenheiro

para tentar dar a volta às condições que atualmente existem”.

No mês de maio, a ARCUCRA realizou ainda a ha-bitual procissão de velas na urbaniza-ção decorada com tapetes feitos pelos moradores. n

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No dia 1 de junho a zona do Polis de Gramido, em Valbom, foi o ponto de encontro de pais e crianças gondomarenses. O espa-ço transformou-se numa enorme zona de diversão composta por um vasto conjunto de atividades.

Jogos tradicionais, ateliers de atividades manuais, insufláveis, es-culturas, mascotes, malabaristas, desfiles de moda, danças, capoeira, música e teatro, marcaram o fim-de--semana dedicado aos mais novos.

“O nosso principal objetivo era a confraternização entre netos, fi-lhos, pais e avós, porque hoje em dia passamos pouco tempo com as crianças. Tentamos diversifi-car as atividades e temos espaços

didáticos, desportivos, culturais, workshops e jogos tradicionais espalhados pelo recinto”, afirma Sandra Brandão, vereadora res-ponsável pelo Pelouro da Juventu-de da Câmara de Gondomar.

A autarca confessa ao Viva-cidade que não teve “grande tra-balho” na organização do evento, graças à disponibilidade dos par-ceiros envolvidos no evento. “Fiz os primeiros contactos e os parcei-ros foram surgindo espontanea-mente. No total estão envolvidas 32 entidades, mais o apoio da Fun-dação Inatel”, diz Sandra Brandão.

A festa terminou com uma apresentação de uma peça teatral inspirada no livro ‘O Principe-zinho’, o clássico de Antoine de Saint-Exupéry, na Casa Branca de Gramido. No final, milhares de crianças e adultos receberam uma

t-shirt alusiva ao Dia Mundial da Criança e uniram-se numa Cami-nhada pelos Direitos da Criança. O passeio encerrou a campanha “Só o Coração pode Bater”, inicia-da no dia 7 de abril.

Aulas de zumba animaram a Quinta das Freiras, em Rio Tinto

Em Rio Tinto, a Quinta das Freiras foi o palco escolhido pela Associação Espaço da Dança e pela Junta de Freguesia de Rio Tin-to, para um dia de aulas de zumba, piqueniques e jogos tradicionais. “Pelo que vi nos momentos em que estive no recinto, fiquei muito satisfeito com a dinâmica e

com o número de pessoas que a atividade levou até aquele espaço único”, afirma Nuno Fonseca, pre-sidente da Junta de Rio Tinto.

Segundo o autarca, a iniciativa será repetida no próximo ano.

Yoga para bebés e cente-nas de pessoas na Secun-dária de S. Pedro da Cova

A Junta das Uniões de Fre-guesia de Fânzeres e S. Pedro da Cova, elegeu a Escola Secundária de S. Pedro da Cova para realizar uma iniciativa destinada às crian-ças. “Procuramos proporcionar momentos de alegria, convívio e diversão entre os mais pequenos, com insufláveis, pinturas faciais, animadores circenses, música e outras surpresas, como por exem-plo, yoga para bebés”, diz Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias.

Em S. Pedro da Cova, a inicia- tiva contou c o m centenas de

pessoas. n

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“Em vez de nascer primeiro a associação aqui nasceu primeiro a tuna que depois deu origem à ACAR”, conta Antenor Areal, um dos fundadores da Gestrintuna, que em 2006 deu origem à Asso-ciação Cultural e Artística Radica-rium.

No dia 31 de maio a ACAR ce-lebrou o seu 8.º aniversário e rece-beu na Tenda da Amizade, em S. Cosme, cerca de 200 pessoas. Após

uma breve apresentação da histó-ria da tuna, realizou-se uma atua-ção da estudantina e ainda uma queimada galega. Satisfeito com a evolução do grupo formado por jovens dos 20 aos 70 anos, Antenor Areal faz um balanço positivo dos últimos oito anos.

“Desde a formação consegui-mos afirmar-nos no nosso espaço musical e entretanto já surgiram mais tunas em Gondomar. Agora

queremos preencher este espaço com qualidade e muita formação porque o objetivo é continuar a angariar cada vez mais pessoas”, afirma o diretor da Actual Gest.

A Gestrintuna tem en-saios abertos ao público na Ala Nun’Álvares de Gondomar, no Largo do Souto, e as próximas atuações estão agendadas para Ponte da Barca, 18 de junho, e Es-cola Agrícola de S. Pedro de Rates, 26 de julho. Nos dias 3 e 6 de julho, a tuna atua no País de Gales. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

Gondomar recebeu e acolheu no dia 6 de junho a Chama da Solidariedade, uma iniciativa promovida pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, salientou “a resposta social do movimento associativo do concelho” no momento em que recebeu a chama.

A Associação Cultural e Artística Radicarium [ACAR] celebrou no dia 31 de maio o 8.º aniversário na Tenda da Amizade, junto à Igreja Matriz de S. Cosme. Criada em 2006, a ACAR surgiu no âmbito da Gestrintuna, formada em 2005 por professores do Pólo de Formação Profissional Actual Gest.

Dia Mundial da Criança festejado a rigor

ACAR celebra 8.º aniversário em festa

> Na foto: Hélder Figueiredo, Sandra Brandão e Emanuel Mota

> O Polis de Gramido, em Valbom, foi o palco principal do Dia Mundial da Criança

S. Pedro da Cova:Família Santos

“Estou a gostar desta festa e acho que foi uma excelente ideia e os meus filhos diverti-ram-se muito no Dia Mundial da Criança” - Mãe

“Experimentei o insuflável e gostei muito de estar aqui” - Fi-lho mais novo

“Gostei do espaço e acho que esta ideia foi muito boa” - Filho mais velho

Rio Tinto:Família Silva

“Não sabia desta festa, vim aqui por acaso, mas está muito bem organizado” - Pai

“Estou a gostar da festa e de jogar ping-pong com o meu pai” - Filho

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Sociedade

Centenas na procissão de Nossa Senhora Mãe dos Homens

APA e Câmara prometem investir na recuperação do rio Tinto

O ponto alto das festividades realizadas na Comunidade dos Franciscanos Capuchinhos de Gondomar deu-se na noite 17 de maio, com a procissão de velas em honra de Nossa Senhora Mãe dos Homens.

A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e a Câmara Municipal de Gondomar assumiram, no dia 24 de maio, que querem investir numa “solução sustentável” através de fundos europeus para ga-rantir “a qualidade do rio Tinto”.

O programa dinamizado pela Comis-são de Festas começara no dia anterior, com um Concerto Mariano organizado pelo Grupo Coral Kyrios que envolveu to-dos os corais da comunidade. Mas foi na noite de 17 que se deu o momento mais marcante das comemorações com a saída da procissão, às 21h30, da antiga capela e a subida pela Avenida General Humberto Delgado, seguindo por outras ruas de Gon-

domar, até ao Quartel dos Bombeiros Vo-luntários de Gondomar. Já no Quartel, o Frei Fonseca dos Santos saudou as entida-des locais presentes [Câmara Municipal e União de Freguesias] e enalteceu a imagem de Maria bem como o trabalho dos Bom-beiros Voluntários.

A procissão de velas acabaria por reco-lher depois à Igreja de Nossa Senhora Mãe dos Homens. n

“Acabou o tempo em Gondomar em que se ligava o saneamento aos rios. Aca-bou o tempo em Gondomar que se cons-truíam prédios sem preocupação com os rios”, afirmou o presidente da Câmara de Gondomar, Marco Martins.

O autarca falava no 5.º Encontro Nacio-nal do Projeto Rios – “Da agricultura fa-miliar às praias fluviais” que decorreu a 24 de maio no auditório da Escola Secundária de Rio Tinto, evento no qual também par-ticipou a APA que confirmou a intenção de investir em projetos para “dar qualidade” ao Rio Tinto.

“Antes viravam-se as traseiras das casas para os rios, mas hoje em dia olha-se para os rios como uma oportunidade. Estamos a definir soluções mais sustentáveis junto do Quadro Comunitário de Apoio para dar mais qualidade ao Rio Tinto”, referiu, em

nome da APA, Pimenta Machado.Pedro Teiga, coordenador nacional do

Projeto Rios, aclarou que “neste encontro houve a oportunidade de partilhar as ex-periências que têm sido elaboradas pelas escolas, parceiros e várias outras entidades. Experiências sobre a temática dos rios em que os mesmos adotam 500 metros de um rio e fazem visitas ao campo, contribuindo para que esse rio fique melhor”. n

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Pouco passava das 15h do dia 6 de junho quando a Chama da So-lidariedade foi entregue ao muni-cípio de Gondomar na zona limí-trofe das freguesias de Ermesinde e Baguim do Monte. Recebida por uma caravana formada por repre-sentantes das Instituições Parti-culares de Solidariedade Social [IPSS], a chama fez o seu percurso passando por Fânzeres, S. Pedro da Cova, Foz do Sousa, Jovim, Val-bom e Gondomar (S. Cosme).

A tocha emblemática foi entre-gue a Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondo-mar, no auditório da Biblioteca Municipal, onde decorreu a ceri-

mónia de sessão solene da chama. Em discurso, o autarca sublinhou a “resposta imediata” ao convite da Confederação Nacional das Insti-tuições de Solidariedade [CNIS], entidade que promove a iniciativa.

“Gondomar é uma terra so-lidária, com grande historial no movimento associativo social e é de grande importância a passagem por esta terra da Chama da Soli-dariedade. Nunca nos podemos esquecer da palavra solidário e é nesse sentido que vamos dar con-tinuidade ao programa de apoio às famílias carenciadas”, afirmou o autarca, em discurso.

José Baptista, padre e presiden-te da União Distrital das Institui-ções Particulares de Solidariedade Social do Porto, mostrou-se satis-feito com a passagem da chama

por Gondomar e revelou o lema da Festa da Solidariedade, uma iniciativa das Instituições de Soli-dariedade Social.

“Esta chama simboliza uma onda de solidariedade nacional e com ela queremos continuar a

consolar corações desiludidos. Queremos propagar o lema: nunca um cliente, jamais um utente, mas uma pessoa e um irmão”, afirmou.

No final da cerimónia, a cha-ma seguiu para o Largo do Souto - onde decorria a Feira do Artesa-

nato - para integrar um espetáculo de Solidariedade com atuações de várias IPSS do concelho.

No dia 7 de junho, a chama foi entregue ao município do Porto, na Alameda de Cartes, em S. Ro-que da Lameira. n

“Aparentemente a empresa Águas de Gondomar (AdG) este-ve a fazer uma reparação de um emissário, nos terrenos da antiga feira. Para procederem à reparação não encontraram melhor solução do que fazer, mais uma vez, uma ligação direta do esgoto à ribei-ra”, queixou-se nas redes sociais, o Movimento em Defesa do Rio Tinto.

O presidente da Junta de Rio Tinto contou ao Vivacidade que detetou, duas semanas antes, um “aluimento numa caixa de visita

de um coletor” e alertou a empresa Águas de Gondomar. “No dia 28 de maio, de manhã, verificamos que o saneamento não estava a funcionar e que estava a correr di-retamente para a ribeira da Casta-nheira. Segundo a informação que comunicaram à Câmara, aquilo esteve em bypass [ligação direta ao rio] entre as 10h e as 17h45”, explicou o autarca Nuno Fonse-ca. “Desconheço o estado daquilo mas é de lamentar que, sempre que se tenha que fazer uma interven-ção a primeira decisão seja deitar a água contaminada para o rio”, comenta ainda o presidente, que lamenta a “atitude da AdG” de não comunicar as intervenções à Junta

de Freguesia. “No mínimo deveria haver o cuidado de avisar uma en-tidade como a Junta”, menciona.

O vereador do Ambiente da Câmara Municipal, José Fer-nando Moreira, indica como principal responsável a empresa concessionária mas assume que a Câmara também é “um órgão atento e fiscalizador e que fará com que a AdG cumpra sempre a lei”.

“Não vou dizer que a situação que aconteceu seja normal. Aquele emissário é de 1989, já tem alguns anos. Mas um emissário tem uma duração de 50 anos por isso pode-mos dizer que não é um emissário com muitos anos. Os acidentes

acontecem mas vou dizendo à em-presa para minimizar esses acon-tecimentos”, conclui o vereador.

Ao Vivacidade, a empresa

Águas de Gondomar indicou que para realizar esta intervenção con-tactou atempadamente todas as entidades responsáveis. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Gondomar recebeu e acolheu no dia 6 de junho a Chama da Solidariedade, uma iniciativa promovida pela Confederação Nacional das Instituições de Solidariedade. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, salientou “a resposta social do movimento associativo do concelho” no momento em que recebeu a chama.

A reparação de um emissário junto ao espaço da antiga Feira de Rio Tinto, no dia 29 de maio, fez com que, durante sete horas, os esgotos daquela zona estivessem diretamente ligados à ribeira da Castanheira, em Rio Tinto. A Câmara, a Junta e o Movimento em Defesa do Rio Tinto reagiram.

Chama da Solidariedadepassou por Gondomar

Reparação em emissárioorigina descarga para ribeira em Rio Tinto

> A sessão solene de receção da Chama da Solidariedade realizou-se na Biblioteca Municipal de Gondomar

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Cestas, pulseiras, carteiras, anéis, presépios, ginjinha e músi-ca de artistas da terra animaram a XXVI Feira Nacional de Arte-sanato de Gondomar. O certame organizado pela autarquia contou este ano com 65 expositores “de Bragança ao Seixal”, que desde o dia 31 de maio a 8 de junho es-tiveram presentes no Largo do Souto, em S. Cosme.

José Fernando Moreira, ve-reador responsável pelo pelouro das Feiras, Mercados e Eventos Promocionais, destaca a melho-ria na comunicação e imagem

nesta edição da feira. “De evento para evento devemos sempre ten-tar fazer diferente. Percebi que era possível melhorar a comuni-cação e a imagem do evento e foi isso que fizemos com espetáculos diversificados, artesãos locais e nacionais e referências musicais de Gondomar”, afirma o principal responsável pelo evento.

Durante os nove dias da Feira de Artesanato, o Largo do Souto foi dinamizado por diversos es-petáculos a cargo das associações do município. Os Broa de Mel e Nelo Silva, artistas locais, atua-ram nos dois palcos do recinto, na inauguração e no encerramen-to da festa, respetivamente.

“Um dos grandes objetivos

do certame foi a promoção da arte, cultura e atividade econó-mica de Gondomar. Penso que conseguimos cumprir essa meta e é importante realçar que esta é uma das poucas feiras que paga estadia, almoço e jantar aos arte-sãos que vivem a mais de 20 qui-lómetros”, afirma José Fernando Moreira.

Com opiniões distintas, os artesãos dividem-se ao classificar a 26.ª edição da Feira de Artesa-nato. Se para uns o balanço final é positivo, outros queixam-se da ausência de uma vertente gastro-

nómica e das fracas vendas [ver caixa]. Para o vereador da Câma-ra de Gondomar, esta foi apenas a “primeira mudança” da feira. Em 2015, a mostra pode dizer adeus ao Largo do Souto e mudar de localização. “Sei que não é fá-cil, mas no próximo ano gostaria de contar com uma mudança de localização para aumentarmos a quantidade e a qualidade dos artesãos. Certo é que vai haver nova edição e que o artesanato vai regressar a Gondomar”, con-clui o autarca. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

De 31 de maio a 8 de junho o Largo do Souto, em Gondomar (S. Cosme), recebeu a XXVI Feira Nacional de Artesanato de Gondo-mar. O recinto composto por 65 expositores foi animado pelos artesãos e artistas gondomarenses Broa de Mel e Nelo Silva. Em 2015, o evento poderá mudar de local.

Feira de Artesanato despediu-se do Largo do Souto

Abílio PereiraBarcelos

É o quarto ano em que aqui estou e acho que esta feira precisa de melhores acessos e de um pouco de gastronomia para chamar mais visitantes. É uma feira de poucas vendas apesar das regalias que a autarquia dá aos artesãos

Maria BarrosBragança

O espaço e as condições são óti-mas, mas os clientes não compram muito, o que é pena para quem vem de longe. No próximo ano não pen-so voltar porque as vendas estão muito fracas.

A Feira de Artesanato vista pelos artesãos:

Maria EuláliaFoz do Sousa e Covelo

Em termos de condições para os arte-sãos, esta feira é das melhores. Este ano o certame está muito melhor e tem mais artesanato. Não me posso queixar porque o negócio não vai mal e até ex-cedeu as expectativas iniciais.

Filomena PereiraMelres

É o quinto ano que participo na Feira de Artesanato e cada vez mais nota--se menos afluência do público e me-nos vendas, mas no próximo ano devo voltar pelo convívio que existe entre os artesãos.

Valssamina SousaMedas

É a primeira vez que estou a participar nesta feira. A organização é muito boa e a amizade entre os expositores tam-bém, mas não sei se volto no próximo ano.

> Na foto: Marco Martins e José Fernando Moreira.

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A cerimónia envolveu mais de 800 crianças do ensino primário ao secundário, adultos dos cursos de formação e famílias que acom-panharam os participantes. Os vencedores dos primeiros prémios [por escalão], que receberam um prémio no valor de 100 euros, fo-ram David Ferreira, Ana Rita Tei-xeira, Joana Ribeiro, Magda Men-des e Maria Loureiro. Os segundos e terceiros prémios eram de 75 euros e 50 euros, respetivamente.

Marília Paiva, professora na EB1/JI de Boucinha, em Rio Tin-to foi uma das organizadoras en-quanto professora bibliotecária. Em entrevista ao Vivacidade, explicou que “só no escalão A, a iniciativa Poemas Soltos obteve 396 poemas”

o que foi “muito positivo”. “É diver-tido a forma como fazem a poesia. É uma forma de cativar os alunos para o português. Chamamos-lhes poe-tas à solta”, esclareceu a professora.

A atividade envolve todas as es-colas públicas e privadas do conce-lho de Gondomar e a organização é rotativa, tendo este ano sido atri-buída ao Agrupamento de Escolas de Pedrouços, Agrupamento de Es-colas de S. Pedro da Cova e Agru-pamento de Escolas de Rio Tinto.

No pavilhão Multiusos esti-veram também presentes várias individualidades políticas, como o presidente, vice-presidente e vereadora da Educação da Câma-ra Municipal de Gondomar, e os diretores executivos dos agrupa-mentos organizadores.

O presidente da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, Marco Mar-tins, congratulou os organizadores

da iniciativa e elogiou o trabalho dos professores. “Para nós é uma honra que haja este tipo de envol-vimento das escolas mas muito se deve ao trabalho voluntário dos

professores que trabalham fora da sua atividade, fora do seu serviço e merecem o meu reconhecimento”, referiu. Em relação às más condi-ções de algumas das escolas que

sofreram remodelações recentes o edil camarário garantiu: “Iremos até à última consequência para responsabilizar quem fez mal [as obras nas escolas]”. n

Texto: Ricardo Caldas Vieira

O 10.º concurso de poesia, organizado pelas Bibliotecas Escolares do Concelho de Gondomar, teve o seu momento mais alto com a entrega de prémios aos participantes, a 30 de maio, no Multiusos de Gondomar.

Poemas Soltos 2014 juntaram mais de 800 crianças no Multiusos

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Cultura

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Esteve em risco de não se realizar este ano, devido a dificuldades no orçamento para esta edição, mas a direção da Associação Social Estrelas de Silveirinhos confirmou ao Vivacidade a execução da décima quinta edi-ção do Gasómetro e como nos anos anterio-res o programa “não foge muito à tradição.”

A abertura solene da edição de 2014 do Gasómetro inicia-se com “uma ati-vidade mais cultural, este ano com uns tenores femininos e stand-up comedy”, conta João Fernando Martins, presidente da Associação Social Estrelas de Silveirinhos. Sábado, o segundo dia, é a vez de subirem ao palco os One Vision, um grupo de tribu-to aos Queen, que atuou no ano passado no Largo do Souto, em Gondomar. O terceiro e último dia contará com fado ao jantar e ainda com o já habitual Sarau de Dança.

Paralelamente, o Gasómetro 2014 con-ta com espetáculos de capoeira, insuflá-veis, tasquinhas, exposições, zumba, entre outras coisas.

João Martins espera “que o programa vá ao encontro daquilo que as pessoas gosta-riam de ter” e não esconde que o Gasó-

metro já

é uma tradição em S. Pedro da

Cova e lembra como era o concelho há dez anos. “A fre-guesia tem tido um grande número de atividades cul-turais mas quando surgiu o Gasó-metro não ha-

via nenhuma referência cultural em S. Pedro da Cova. E de facto houve a necessidade de criar um evento que fosse um encontro de famílias. Muitas das pessoas vão ao festival e não se preocupam com o programa. Vão ao Gasómetro porque já é tradição ir”, expli-

ca o presidente da associação Estrelas de Silveirinhos.

Orçamento de 17 mil euros já foi de 40

“A ideia era suspender o Gasó-metro”, elucida João Martins. “É in-desmentível o facto de este ano ter havido grandes dificuldades e o Ga-

sómetro ter estado em risco de não se realizar. Nós temos um princípio que é ga-rantir em primeiro lugar a sustentabilidade da associação. Só depois de pôr a casa em dia é que partimos para as atividades”, con-

tinua o presidente. “Mas as pessoas vinham ter connosco e diziam para não deixarmos acabar isto. Diziam para corrermos as portas todas que toda a gente ajudava para a realiza-ção do evento”, conta.

O presidente da associação e os restantes

organizadores decidiram então avançar com a 15.ª edição e vão fazer alguns reajustes no orça-mento. “Vamos reduzir em infraestruturas. O orçamento do ano passado foi de 17 a 18 mil euros mas já tivemos o Gasómetro na ordem dos 40 mil. A garantia do apoio da autarquia foi em manter o valor dos últimos dois anos mas se puder haver algum reforço de verbas, melhor. Estou a apelar à Junta e à Câmara para terem alguma sensibilidade no apoio para este ano porque é um evento que deve continuar e é o mais importante evento deste género no con-celho”, finaliza João Fernando Martins. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas

O Festival Cultural Gasómetro, organizado anualmente pela Associação Social Estrelas de Silveirinhos, de S. Pedro da Cova está de volta ao concelho e é já para os dias 4, 5 e 6 de julho.

Gasómetro volta a S. Pedro da Cova no início de julho

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Rancho Folclórico de Zebreiroscomemora 55.º aniversário

O anfiteatro Jardim, em Zebreiros, Foz do Sousa, foi o palco para uma Festa de Folclore, no dia 25 de maio, com o objectivo de come-morar o 55.º aniversário do Rancho Folclóri-co de Zebreiros.

A festa que iniciou pelas 15h, contou com a presença do Rancho Típico da Amorosa, de Matosinhos, Rancho Etnográfico de Santiago de Bougado, da Trofa, e do Rancho Folcló-rico de Zebreiros. Estiveram ainda presentes

o presidente da União de Freguesias da Foz do Sousa e Covelo, Isidro Sousa, e represen-tantes da Câmara Municipal de Gondomar, Federação das Colectividades de Gondomar, Federação do Folclore Português e Clube Re-creativo Zebreirense.

O 55.º aniversário do Rancho Folclórico de Zebreiros ficou ainda marcado pela rea-lização de um Sarau de Dança, no dia 23 de maio, e um espetáculo solidário, no dia 24. n

> Na foto: João Martins

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A quem pertence o Monte Crasto?Com 194 metros de altitude e uma fortaleza natural de penedos, o Monte Crasto é um dos pontos mais elevados de Gondomar e assume-se como ex-líbris do concelho. O terreno foi atribuído à Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa e a propriedade é reconhecida pela Câmara de Gondomar, contudo, com o passar dos anos surgem dúvidas sobre a legitimidade dos proprietários do terreno. O Vivacidade ouviu todos os intervenientes desta história: as autarquias, a Irmandade dona de um terreno semifechado que agora abre ao público e quem acredita que o Crasto nunca pertenceu à Confraria.

Destaque

O Monte Crasto, considerado por muitos o ex-líbris da cidade de Gondomar, vai abrir ao públi-co ainda durante o mês de junho, garantia dada ao Vivacidade pelo presidente da Câmara Muni-cipal, Marco Martins. Atual propriedade da Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa, reconhe-cida pelo município, o terre-no nem sempre teve os mes-mos donos e de décadas em décadas há quem questione a sua legitimidade. Duran-te vários anos, o espaço esteve fechado ao público e em alguns locais ficou abandonado. Numa fase em que a Confraria e a Câmara estabeleceram um protocolo para a abertura do espaço ao público e manutenção do mesmo, o Vivaci-dade foi tentar perce-ber de quem é afinal o monte e saber um pouco da histó-ria do Crasto de Gondomar.

“O Monte Crasto virou uma quin-ta privada?”

“Aquele patri-mónio é da fregue-sia! A Confraria registou tudo no nome deles: a ca-pela, o monte e as casas.” Maria Arminda Neves dos Santos foi professora em Gondomar du-rante 40 anos e dedicou-se à investigação de S. Cos-

me. Ao Vivacidade conta c o m o está indignada e revol- tada pela situa-

ção que c o n -s i d e r a

“errada”. Na sua opinião, o Monte Crasto deveria pertencer à Junta de Freguesia de S. Cosme [atual União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim]. A professora aposentada dedica ago-ra parte do seu tempo livre à in-vestigação deste e de outros casos de Gondomar e dispõe de vários documentos que alegadamente suportam a sua teoria. “As me-mórias paroquiais de 1758 dizem que o terreno pertence à freguesia. Tenho um documento do Arqui-vo Distrital do Porto que diz que a doação de Salvador Francisco [anterior proprie- tár io do Monte Crasto] foi feita à capela. A parte do terreno que a Confraria diz que é deles foi dada à capela.

Eles eram apenas zeladores”, ex-plica.

A investigadora gondomaren-se não consegue perceber os últi-mos desenvolvimentos da questão, no que diz respeito ao protocolo estabelecido com o município. “A Câmara, por desconhecimento da situação, foi de encontro exata-mente ao que a Confraria queria. A Confraria neste momento faz acordos com toda a gente. Todos os acordos são bons desde que o terreno seja deles”, refere Maria Arminda. “Tem pessoas à frente altamente espertalhonas”, acres-centa de seguida e questiona: “O Monte Crasto virou uma quinta privada?”

A professora contou ao Vivaci-dade que estudou a “história mui-to antiga do concelho” e que se foi

envolvendo na história do Monte Cras-to. Afirma t a m b é m

que enviou uma carta à Confra-ria e que fez inclusive queixa ao recente padre da paróquia, ao executivo de Valentim Loureiro e ao anterior Bispo do Porto, D. Ma-nuel Clemente.

Em resposta à carta a Con-fraria referiu que “de dezenas em dezenas de anos aparece alguém a questionar a legitimidade” da posse da propriedade mas que a mesma pertence à Confraria. Ar-minda Santos não concorda. “A parte norte e oeste do monte esta-va registada como Dízima a Deus – que seria da freguesia – e eles registaram em nome deles. Eles têm direito a zelar. O documento diz que eles são zeladores”, refere. Com o protocolo com a Câmara, a professora diz que os proprietários foram “premiados” porque per-manecem com o terreno em nome deles e ainda têm a manutenção gratuita.

Presidente da Junta coloca hipótese futura de ação ju-dicial contra Confraria

“Penso que em tempos re-motos, o Monte Crasto deveria ter pertencido ao erário público”, conta ao Vivacidade, José Antó-nio Macedo, presidente da União de Freguesias de Gondomar (São Cosme), Valbom e Jovim. “Passou depois a privado, não se sabendo bem ao certo como, nem há re-gistos sobre isso. No entanto, a Confraria de Santo Isidoro e Nos-sa Senhora da Lapa tomou conta daquilo e apropriou-se, através da cobertura do episcopado. Até pro-va em contrário são os legítimos proprietários”, continua o autarca. José Macedo diz não ter “com-provativo de que aquilo seja da União de Freguesias ou da cidade de Gondomar”. “No entanto anda-mos a fazer estudos e pesquisas no

sentido de provar que aquilo, em determinada altura, passou para privado. Mas não está a ser fácil. Estamos a equacionar

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A quem pertence o Monte Crasto?Com 194 metros de altitude e uma fortaleza natural de penedos, o Monte Crasto é um dos pontos mais elevados de Gondomar e assume-se como ex-líbris do concelho. O terreno foi atribuído à Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa e a propriedade é reconhecida pela Câmara de Gondomar, contudo, com o passar dos anos surgem dúvidas sobre a legitimidade dos proprietários do terreno. O Vivacidade ouviu todos os intervenientes desta história: as autarquias, a Irmandade dona de um terreno semifechado que agora abre ao público e quem acredita que o Crasto nunca pertenceu à Confraria.

Texto: Ricardo Viera CaldasPedro Santos Ferreira

a hipótese de no futuro, com base nesses documentos, entrar com uma ação judicial”, remata.

Quanto ao protocolo com a Câmara, o presidente da União é totalmente a favor. “Acho que o Monte Crasto deve estar ao servi-ço da população e não ao serviço de uma só entidade que se fecha. Já reconheci que esta direção [da Confraria] é diferente mas even-tualmente eles também reconhe-cerão que a razão não está só do lado deles”, afirma.

“A Confraria tem documen-tos que atestam a nossa autoridade sobre a proprie-dade dos terrenos”

Na Confraria há 24 anos, Lúcio Moura já foi tesoureiro e é presi-dente da irmandade há três anos. No alto da capela recebeu o Viva-cidade e reafirmou o direito à pro-priedade dos terrenos do Monte Crasto. “A Confraria de Santo Isi-doro e Nossa Senhora da Lapa tem documentos que atestam a nossa autoridade sobre a propriedade dos terrenos e esses documentos são reconhecidos pela Câmara Municipal de Gondomar”, afirma Lúcio Moura.

Sobre a discussão levantada pela investigadora Maria Armin-da, o presidente da Confraria re-jeita a polémica. “Já respondemos à carta dessa senhora e nunca mais obtivemos resposta. Estamos dis-poníveis para prestar os esclare-cimentos necessários e a senhora sabe onde nos pode encontrar”, refere.

Quanto à abertura ao público recentemente negociada com o município, Lúcio Moura reconhe-ce a obrigação de zelar pela cape-la e a necessidade de “dar sangue novo ao Monte Crasto e abrir os portões da Confraria”. “Há cerca de três anos que o Monte Crasto tem estado semi-fechado ao públi-co. Desde que tomei posse procu-ramos abrir o Monte durante o dia

e todos podem entrar, mas a parte de cima só está aberta ao público das 8h às 12h e das 14h às 17h, porque só temos um funcionário em horário laboral”, explica o pre-sidente da Irmandade.

Com o protocolo assinado com a autarquia o objetivo será abrir o espaço ao público. No en-tanto, o protocolo só será válido caso o Bispo do Porto aprove os termos acordados entre ambas as partes.

“Temos todo o interesse em avançar com o protocolo. Aliás, tentamos falar com o executi-vo anterior mas o acordo nunca avançou porque não tínhamos resposta”, diz Lúcio Moura.

Com a ajuda permanente de dois funcionários na manutenção do espaço, o presidente da Con-fraria espera ver o número de as-saltos diminuir. Nos últimos anos têm ocorrido vários atos de van-dalismo. O último caso foi um in-cêndio na Capela de Santo Isidoro.

“Uma das soluções para acabar com o vandalismo no Monte Cras-to poderia passar pela contratação

de guardas noturnos, mas era uma hipótese muito dispendiosa”, con-clui.

“Colocar o Monte Crasto ao serviço da população, inde-pendentemente de quem é a propriedade”

“A Câmara reconhece que a propriedade pertence à Confra-ria”, afirma ao Vivacidade, Marco Martins, presidente do município de Gondomar.

Questionado sobre a investi-gação de Maria Arminda, o pre-sidente responde: “Nós já conver-samos com a senhora. Havia um processo judicial [particular] com mais de 20 anos. Haveria a hipóte-se de intentar uma nova ação que podia demorar mais 20 anos. O que nós combinamos com a Con-fraria foi colocar aquilo ao serviço da população, independentemente de quem é a propriedade. E foi por isso que conseguimos aprovar e le-vamos à última reunião da Câma-ra um protocolo, válido por dois anos e renovável, que permite à Câmara usufruir do espaço, abrin-do-o à população e em contrapar-tida colocar lá recursos humanos para limpeza e vigilância”, explica. “A questão não nos vai levar a lado nenhum e o que interessa é que aquilo possa ser usado. É um ex--líbris do concelho, uma referên-cia para Gondomar e achamos por bem fazer este protocolo.

O protocolo será assinado em breve, segundo o presidente, e a abertura ao público será feita ainda durante este mês. O mu-nicípio compromete-se a ter em permanência dois colaboradores no Monte Crasto, como vigilantes e ajudantes na manutenção do es-paço. A Câmara pretende organi-zar para já seis atividades lúdicas no local e o objetivo futuro será “encetar o levantamento e classi-ficação do património natural e arquitetónico do Monte Crasto e espaços envolventes”. n

Situado em S. Cosme, o Monte Crasto constitui uma fortaleza natural num terreno elevado, com 194 metros de altitude e contornado por penedos sobre os quais assenta a capela de Santo Isidoro. O nome Crasto deriva do latim “castrum”, que significava castelo ou praça.No século XVIII surge a primeira documentação relativa ao Monte Crasto: o auto de doação feito por Salvador Francisco e Maria da Silva à capela de Santo Isidoro.Mais tarde, a Câmara Municipal de Gondomar desfez as dúvidas so-bre a propriedade do Monte e reconheceu a Confraria de Santo Isido-ro como proprietário do ex-líbris de Gondomar.

Monte Crasto: o ex-líbris de Gondomar

> Durante a semana, a Capela só pode ser visitada em horário laboral

> Edifício da Confraria de Santo Isidoro e Nossa Senhora da Lapa

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Política

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A autarquia assegura há mais de 30 anos o transporte de 149 funcionários em quatro circuitos, o que é ilegal de acordo com uma auditoria do Tribunal de Contas. Torna-se agora realidade o prin-cípio da equidade entre os seus trabalhadores, numa medida iné-dita na vida municipal portugue-sa. Com esta medida, que abrange todos os colaboradores da Autar-quia, o município não aumentará os custos face à solução atual, an-tes garante “um salto qualitativo pelo alargamento do acesso ao transporte a todos os funcioná-rios”, graças a uma comparticipa-

ção de nove euros por cada passe. Já à autarquia cada passe ficará por 40 euros. “Estabelecemos um va-lor para os funcionários em jeito de responsabilização e vamos exi-gir um mínimo [ainda a definir] de utilização do passe. Com esta medida promove-se a mobilidade e reduz-se o uso de transporte in-dividual e de emissões poluentes”, explicou Marco Martins à Lusa.

Lomba e Melres/Medas vol-tam a ter travessia fluvial

Ainda no capítulo da mobilida-de, e à margem da reunião, o presi-dente da Câmara, Marco Martins,

anunciou para 1 de julho a retoma da ligação fluvial entre Melres e a Lomba, que se encontra inati-va há sete anos. De sublinhar que a ligação fluvial, que liga as duas margens do Douro, possibilita um ganho de, no mínimo, 60 minutos, nas deslocações em transportes públicos entre a Lomba e a sede do Município, ou o Porto.

Na reunião de hoje foi tam-bém aprovada, por unanimidade, a revogação do Regulamento do Programa DÁ (Direto Apoio) a fa-mílias carenciadas, que será subs-tituído pelo Programa Social +, que visa alargar a área de interven-

ção social do Município a quatro eixos fundamentais: + Alimenta-ção, + Saúde, + Habitação e Fundo de Emergência.

Destaque, por fim, para a apro-

vação, com a abstenção do verea-dor da CDU, do Plano de Preven-ção de Riscos de Gestão, incluindo risco de corrupção e infrações co-nexas.

Câmara disponibiliza passes de transportes públicos aos funcionários por nove eurosA câmara de Gondomar vai disponibilizar aos 1800 colaboradores um passe de transportes públicos que dará acesso a todo o concelho, anunciou no dia 11 de junho, Marco Martins. Com esta medida pretende conseguir “vantagens de mobilidade” e “evitar irregularidades”.

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Alertado para o problema, o

deputado refere, em comunicado às redações, que “numa ótica ideo-lógica, o governo tem considera-do que os serviços públicos são um mero desperdício de dinheiro para o Estado, fomentando a con-centração e/ou o encerramento de determinados serviços, que foram criados para corresponder às ne-cessidades das pessoas, das empre-sas e ao equilíbrio da sociedade.” “O esvaziamento e encerramento de serviços públicos de proximida-de têm gerado impactos negativos com custos acrescidos a nível eco-nómico e social que ultrapassam a aparente redução quantitativa de custos na perspetiva do governo. Nesta tendência de destruição dos

serviços públicos de proximida-de, o governo pretende encerrar a breve prazo o Balcão da Segurança Social localizado na freguesia de Rio Tinto, concelho de Gondomar, conforme informou o presidente da Junta de Rio Tinto na última Assembleia de Freguesia que se realizou a 29 de Abril”, explica ainda o deputado.

José Luís Ferreira, deputado do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, afirma que “a intenção do governo PSD/CDS em encerrar este balcão é inaceitável para os utentes e habi-tantes de Rio Tinto.” “Esta decisão não tem em conta as necessidades das pessoas e a própria realidade da freguesia. Rio Tinto é a fregue-sia mais populosa do norte, sendo uma das maiores do país, ultrapas-sando os 50 mil habitantes. Diaria-mente ocorrerem aos serviços des-te balcão 275 pessoas. O número de

atendimentos aos utentes só não é superior pela falta de funcionários. O eventual encerramento condu-zirá ainda mais para afunilar os utentes na Loja do Cidadão (Por-to) e delegação de Gondomar, dois serviços saturados onde os utentes esperam tempo considerável para serem atendidos. Do ponto de vis-ta económico, também é imperce-tível o encerramento, pois o posto de atendimento está localizado num edifício pertencente à Junta de Freguesia de Rio Tinto em re-gime de arrendamento gratuito. A decisão do governo será meramen-te ideológica prosseguindo a polí-tica de destruição e encerramento dos serviços públicos necessários para corresponder às necessidades das pessoas”, acrescenta.

O deputado questiona assim o governo, entre outras coisas, sobre quais os “critérios que estão subja-

centes ao eventual encerramento deste Balcão”

Junta de Rio Tinto não “vê com bons olhos” o encerra-mento do Balcão

Ao Vivacidade, o presidente da Junta, Nuno Fonseca, afirma que “não vê com bons olhos” o encer-ramento deste balcão. O autarca explica que lhe foi comunicada verbalmente, em reunião com o diretor de Balcões da Segurança

Social, a intenção de fechar o bal-cão em Rio Tinto. Após a demons-tração de desagrado, por parte do presidente da Junta, em relação a esta medida o diretor remeteu a questão para o Conselho Diretivo da Segurança Social. Até agora, segundo Nuno Fonseca, a Junta de Freguesia de Rio Tinto ainda não obteve nenhuma comunica-ção a informar o encerramento do balcão que atende, em média, 275 pessoas diariamente.

“Os Verdes” querem esclarecimentossobre eventual encerramento de serviços da Segurança Social em Rio Tinto

O deputado José Luís Ferreira, do Grupo Parlamentar “Os Verdes”, entregou na Assembleia da República uma pergunta em que questiona o Governo, através do Ministério da Solidariedade, Emprego e Segurança Social, sobre o eventual encerramento do Balcão da Segurança Social de Rio Tinto, que, a concretizar-se, constituirá “um sério revés para a população da Freguesia.”

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Page 28: Vivacidade ed. 95 - Junho 2014

No caso, por exemplo, da fonte

da rotunda dos Rotários, o presi-dente da Câmara, Marco Martins explicou que a mesma se encontra avariada e tem uma reparação esti-mada em 40 mil euros e um custo mensal de mais de 5000 euros. O município vai agora substituir essa fonte por um jardim e desativar as restantes no concelho.

Em Rio Tinto, por exemplo, as fontes do Largo do Mosteiro e da rotunda da Igreja estão já a sofrer alterações.

O presidente da Junta, Nuno Fonseca, explicou que “hoje em dia, por muito que alguns equipa-mentos sejam bonitos e agradáveis, tem que haver sempre a preocupa-ção dos custos de manutenção dos mesmos. Os orçamentos autárqui-

cos estão cada vez mais baixos e por isso é necessário efetuar-se al-guns cortes em áreas que pareçam ser de maior despesismo. Neste contexto e pelos custos inerentes à manutenção destes equipamentos, parece-me uma medida bastante coerente.” “Em Rio Tinto temos duas fontes, uma ao lado da outra. Ambas estão desativadas há alguns anos e uma delas, a do Largo do Mosteiro, tem uma fuga de água ir-recuperável. Já neste mandato pedi que todo o equipamento elétrico da fonte fosse retirado de modo a fazer a transformação num jardim e a mesma já está neste momento a ser transformada num jardim or-namentado que dará uma enorme dignidade aquele espaço” acrescen-tou ainda o autarca.

Município quer poupar até 3,5 milhões com projetos de eficiência energética

Também no dia 21 de maio, a rotunda dos Rotários, em Gondo-mar, foi palco para uma ação sim-bólica da Câmara Municipal para explicação do funcionamento dos primeiros reguladores de fluxo lu-minoso.

Marco Martins explicou que os primeiros reguladores de fluxo luminoso na rede de iluminação pública de Gondomar já estão em funcionamento .

Durante cerca de um mês serão instalados 102 reguladores, que permitirão otimizar a potência ab-sorvida nos períodos de atividade reduzida e o recurso à telegestão, que permitirá acompanhar a evo-lução do consumo de energia. O objetivo é reduzir os níveis de lu-minância em períodos de menor atividade, sem risco de funciona-lidades e de segurança. Trata-se de um investimento de quase 900 mil euros, comparticipado pelo

FEDER em 78%, que possibilitará uma redução estimada de consu-mo de energia entre 30% a 40%.

A instalação dos 102 regulado-res de fluxo luminoso irá permitir

uma economia anual de energia na fatura municipal superior a 190 mil euros, além de que serão diminuídos custos em mais de 36 mil euros com a manutenção de lâmpadas. A fatura anual total de energia de iluminação pública do Município é de 2.200.000€/ano.

Com estas medidas e ainda ou-tras como a eficiência energética nas piscinas municipais e outros edifí-cios, a renovação na frota automóvel e instalação lâmpadas LED’s em ilu-minação pública e semáforos, a au-tarquia estima que a fatura energéti-ca total do município possa reduzir 3,5 milhões de euros/ano.

Município vai desativar fontes em todo o concelhoA instalação de 102 reguladores de fluxo luminoso no município, no dia 21 de maio, serviu de mote para o anúncio da Câmara Municipal de Gondomar: a autarquia vai desativar todas as fontes luminosas do concelho. No total são 15 as fontes de Gondomar e todas deixarão de funcionar já este mês.

28 VIVACIDADE JUNHO 2014

Política

Texto: Ricardo Caldas Vieira

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> Rotunda junto à Igreja de Rio Tinto

> Rotunda dos Rotários, em Gondomar

> Fonte do Largo do Mosteiro, em Rio Tinto

Os cidadãos da União de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim podem, desde o dia 2 de junho, apresentar propostas so-bre projetos ou investimentos de âmbito coletivo na área de com-

petência da União das Freguesias. Este Orçamento Participati-

vo assenta num modelo de cariz consultivo, onde a população é convidada a apresentar as suas propostas de investimento a in-

cluir no Orçamento da União das Freguesias para o ano seguinte à consulta pública.

Os cidadãos com idades a par-tir dos 18 anos podem submeter as suas propostas nas Assembleias

Participativas, a realizar em vários locais da União, por correio postal ou através do email: [email protected]. Após este processo o exe-cutivo da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e

Jovim determinará quais as pro-postas que irão ser integradas no Orçamento para o ano seguinte.

O valor previsto para o Orça-mento Participativo é de dez mil euros.

União de S. Cosme, Valbom e Jovim já tem orçamento participativoA população residente no território da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, já pode apresentar pro-postas para projetos e investimentos de interesse coletivo. Até 30 de setembro, o Orçamento Participativo está aberto ao público.

No concelho de Gondomar existe um total de 720 Postos de Transfor-mação. Durante um mês, 120 postos vão sofrer uma intervenção para regulação e poupança de energia. Até ao momento mais de metade já foram intervencionados.

Distribuição de postos com reguladores de fluxo luminoso:Rio Tinto – 20Baguim do Monte – 7Fânzeres -14 S. Pedro da Cova - 7

S. Cosme – 15Valbom – 10Jovim – 6Foz do Sousa – 7

Covelo – 4Medas – 2Melres – 5Lomba – 5

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Foi há sete anos que João Pe-

reira iniciou aquela que já é con-siderada uma carreira promissora na modalidade de boccia. Com uma subida no ranking nacional que considera “razoável e gra-dual”, o atleta já representou as cores de Portugal na seleção, em 2012, e já venceu campeões em campeonatos passados. “O meu percurso caracteriza-se por mui-to trabalho e muita dedicação. Empenho-me sempre ao máximo e tem dado resultados”, conta ao Vivacidade João Pereira.

O atleta do F.C. Porto treina quase todos os dias, mas só prati-ca a modalidade uma vez por se-mana no Dragão Caixa. A Escola Secundária de Gondomar – onde já foi aluno – é agora o seu “pa-vilhão pessoal” e o treinador é o seu pai.

“Na classificação vai-se no-tando a evolução do João. Há seis anos era o quadragésimo classi-ficado e agora está em quinto e prestes a passar para quarto. Os outros três primeiros são três “di-nossauros” do boccia. Já praticam o desporto há anos”, explica o pai de João, agora treinador.

“Sonho voltar a represen-tar a Seleção Nacional”

O desportista sente-se feliz pela sua prestação e não troca de clube por nada. “Consegui derrotar o bicampeão europeu, o português Fernando Ferreira, e em campeonatos passados derrotei também um internac io-nal portu-guês”, elu-cida João. Agora , o s

seus objetivos principais são vol-tar a representar a Seleção e ficar entre os três primeiros lugares nos próximos campeonatos em 2015, metas que lhe foram difi-cultadas a 31 de Maio e 1 de Ju-nho, no XXXI Campeonato de Portugal Individual 2014 de Boc-cia, em Lourosa, Santa Maria da Feira. João Pereira ficou em sexto lugar na tabela classificativa final do seu escalão, o que representa a consolidação do seu 5.º lugar no raking nacional.

Ao Vivacidade, João mostra algum desânimo com a sua pres-tação, não escondendo no entan-to a dificuldade da última prova. “Neste campeonato estão presen-tes apenas os 16 melhores jogado-res do ranking nacional. Significa que estou entre os melhores e sei que a minha participação pode sair mais valorizada sendo que o campeonato é con-siderado a prova rainha do calendário nacional”, refe-re. “Nos quartos de final defrontei o quarto clas-sificado do ranking nacional, num jogo onde nada saiu como pretendia e acabei por perder 5 a 1 ficando as-sim fora das meias finais e com um amargo de boca”, con-clui.

Para já, a hipótese de in-

clusão na Seleção Nacional deste ano parece estar excluí-da, conta João, já que “estava de-pende destes re-

sultados, e até porque as provas estão para começar brevemente e, na minha classe, a selecionadora nacional, Helena Basto, vai apos-tar em jogadores mais experientes de nível internacional”.

Desporto

29VIVACIDADE JUNHO 2014

> O pai de João Pereira é também o seu treinador, na Escola Secundária de Gondomar

Atleta de bocciagondomarense destaca-se a nível nacionalTem 22 anos e sofre de paralisia cerebral. João Pereira é atleta de boccia no Futebol Clube do Porto desde os 16 anos e já represen-tou Portugal na Seleção Nacional. Em quinto lugar no ranking nacional da série BC2, o atleta gondomarense destaca-se por já ter vencido “alguns dinossauros” nacionais e internacionais, como Cristina Gonçalves e Abílio Valente.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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30 VIVACIDADE JUNHO 2014

Desporto

> O equipamento solar térmico está instalado por baixo do Estádio S. Miguel

“Nós gastávamos uma média de 700 euros por mês e agora, pelo menos durante o verão, sa-bemos que vamos poupar e que não vamos gastar esse dinheiro”, disse Álvaro Cerqueira, presiden-te do Gondomar Sport Clube, na inauguração do novo sistema so-lar térmico do Estádio S. Miguel.

Trata-se de um investimento de 100 mil euros, financiado por verbas do QREN - cuja candida-

tura se arrastava desde 2009 - e da Câmara de Gondomar, que ante-cipou o apoio de 25 mil euros.

“A inauguração deste equipa-mento enquadra-se com a política de eficiência energética que que-remos instalar em Gondomar, por isso a autarquia participou em cerca de 25% do financiamento da obra”, afirmou Marco Martins, edil camarário.

Após dois dias de funciona-

mento, os dois depósitos situados por baixo do estádio tinham acu-mulado cerca de 6000 litros, com temperaturas superiores a 40º.

“Isto é sinal que o sistema está a funcionar e que a partir de agora o clube vai poder poupar, porque este sistema faz o pré-aquecimen-to da água dos balneários e temos quase 400 atletas a tomar banho diariamente”, referiu Álvaro Cer-queira.

No início do mês de maio Pau-lo Ferreira, ciclista gondomarense e ex-chefe de fila da Barbot, deci-diu trocar as aulas do ginásio por caminhadas de nove quilómetros na Avenida da Conduta.

“Formamos este grupo no iní-cio do mês de maio. Eu dava aulas no ginásio, mas agora queremos aproveitar o verão para trazer as pessoas a fazer exercício ao ar livre em percursos de sete a 10 quiló-metros”, afirma Paulo Ferreira.

Durante a caminhada o ciclis-

ta não para e acompanha indivi-dualmente os participantes num percurso que vai desde a Avenida General Humberto Delgado até à estação de metro de Baguim do Monte. “Começamos com um gru-po de seis e já temos cerca de 70 pessoas a participar nas caminha-das a pé. Agora o objetivo é come-çar a alternar entre caminhadas a pé e percursos de bicicleta, todas as quartas-feiras. Este evento não é restrito e quem quiser pode juntar--se a nós”, explica ao Vivacidade.

As caminhadas são abertas ao público e o ponto de encontro é junto à rotunda dos Rotários, em Gondomar.

CCD Urban Night BikeDia 12 de julho vai realizar-

-se o CCD Urban Night Bike. O percurso de bicicleta conta com a participação dos ciclistas Pau-lo Ferreira e Cândido Barbosa. O ponto de encontro é em frente ao edifício da Câmara de Gondomar, pelas 21h.

Os novos dirigentes da Liga Desportiva de Gondomar [LDG-DM] tomaram posse no dia 29 de maio. A equipa liderada por José Santos, novo presidente, e Antó-nio Sousa, presidente da Assem-bleia Geral, assumiu o compro-misso de continuar a trabalhar em prol da LDGDM nos próxi-mos três anos.

Ao Vivacidade, José Santos apontou os objetivos para o pró-

ximo mandato. “O objetivo prin-cipal é manter a atividade que temos e alargar a estrutura com mais equipas. Além disso, quere-mos melhorar a disciplina porque temos alguns problemas com as rivalidades entre os clubes”, afir-ma José Santos.

A cerimónia de tomada de posse realizou-se na Biblioteca Municipal de Gondomar. Sandra Brandão, vereadora do Desporto

da Câmara Municipal de Gondo-mar, José António Macedo, presi-dente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, e Iasalde Martins, pre-sidente da Federação Popular do Norte, marcaram presença.

A LDGDM foi fundada em 2009 e é exclusiva a atletas e di-rigentes do concelho. Atualmente estão inscritos 29 clubes e perto de 800 filiados.

Gondomar SC inaugura sistema solar térmico

Ciclista Paulo Ferreira organiza caminhadas em S. Cosme

José Santos é o novo presidente da Liga Desportiva de Gondomar

O Gondomar Sport Clube inaugurou no dia 28 de maio o novo sistema solar térmico do Estádio S. Miguel. O novo equipamento era um desejo de 2009 e representa um investimento de 100 mil euros.

O Vivacidade acompanhou a 4.ª caminhada organizada por Paulo Ferreira, ex-ciclista gondomarense, que todas as quartas-feiras junta um grupo de 70 pessoas na Avenida da Conduta, em Gondomar (S. Cosme), para realizar um percurso de nove quilómetros.

José Santos tomou posse como presidente da Liga Desportiva de Gondomar a 29 de maio, na Biblioteca Municipal. Evolução, dis-ciplina e muito trabalho foram as promessas do novo presidente.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Desporto: Entrevista a João Santos

“Por mais críticas que façam, aarbitragem portuguesa é muito boa”

Acabou a carreira no dia 18 de maio. Quando é que decidiu en-veredar pela arbitragem?

Foi há 21 anos. Sempre adorei o desporto e fui jogador das cama-das jovens do Rio Ave, mas como não tinha jeito optei por tirar o curso de árbitro. Três meses depois acabei por chegar à 1.ª divisão.

Ser árbitro era hobby ou profis-são?

Hobby na fase inicial, mas ra-pidamente tornou-se profissão.

Quantos treinos tinha por sema-na?

Tinha quatro treinos por se-mana. Às terças e quintas treinava no Centro de Treinos do Porto e depois tinha o treino de segunda--feira. Além disso treinava sempre antes do dia do jogo.

Quantos jogos arbitrou durante a carreira?

Fiz mais de 1500 partidas, 242 jogos da 1.ª Divisão, a nível inter-nacional somei 23 jogos da Liga dos Campeões e mais de 100 jogos Internacionais.

Em 2007, foi eleito o melhor ár-bitro assistente do país. Foi o me-lhor momento da carreira?

Não, porque o que mais gosto de fazer é arbitrar jogos de for-mação. Em 20 anos de 1.ª Divisão nunca deixei de ir aos jogos das camadas jovens.

Por ser a versão mais “pura” do futebol?

Não diria tanto porque os miú-dos também querem ganhar, mas nas camadas jovens procuro aju-dar a formar atletas e transmitir--lhes algumas ideias porque são jovens em crescimento.

Porque falhou o Mundial de 2010, na África do Sul?

Falhei por muito pouco. Che-guei a trabalhar no projeto com o Olegário Benquerença, o Bertino Miranda e o Paulo Januário, mas alguém tinha de ficar de fora e fui eu.

O choque com John Ogu, da UD Leiria, em 2012, é um momento para esquecer?

O lance foi casual, não houve qualquer tipo de maldade, mas desde o momento do choque não me recordo de mais nada. O joga-dor era forte e eu bati com a cabeça

no peito dele. Foram necessárias duas semanas para recuperar a 100% do traumatismo, mas fiquei sensibilizado com o apoio presta-do.

No fim do jogo, o treinador Ma-nuel Cajuda admitiu que estava mais preocupado consigo do que com o resultado final (UD Leiria 0 - 0 SC Beira-Mar). Como se sentiu quando viu estas declara-ções?

A relação que tenho com o mister Cajuda é de cordialidade. Ele fez essa afirmação e teve o cui-dado de me contactar diariamente durante uma semana. Isso mostra as amizades que existem dentro e fora do campo.

Curiosamente começou e ter-minou a carreira no Complexo Desportivo do Valadares. Foi planeado?

Não comecei onde quis mas acabei onde quis [risos]. Tive or-gulho em terminar a carreira no campo do Valadares Gaia FC num jogo das camadas jovens porque foi onde tudo começou.

É difícil ser árbitro em Portugal?Muito difícil. Um jovem que

consiga aguentar dois anos de di-visão distrital a aturar um certo

tipo de comentários e insultos, po-derá vir a ser um bom árbitro pro-fissional. Por vezes não estamos conscientes do que estamos a fazer e não é cativante ser insultado da forma como somos.

Nunca ficou desiludido com o fu-tebol português?

Não, continuo a adorar o fute-bol e a arbitragem. Sinto-me forta-lecido por atritos ou quezílias que possam ter existido.

Qual foi o caso mais polémico em que esteve envolvido?

Recordo-me de uma situação num UD Leiria – Sporting CP, em 2007, em que expulsei o Liedson aos 21 minutos e quiseram criar um caso. Como os árbitros não se defendem na televisão e não vendem jornais, é sempre fácil ali-mentar essas polémicas.

A introdução das novas tecno-logias no futebol é a grande mu-dança na arbitragem?

É uma das principais. Antiga-mente, como não haviam imagens de vários ângulos era mais difícil avaliar a decisão de um árbitro. No entanto, não considero que as câ-mara nos prejudiquem e por mui-tas críticas que façam a arbitragem portuguesa é muito boa.

É a favor da introdução das no-vas tecnologias no futebol?

Somos a favor de tudo o que contribua para a verdade desporti-va mas não nos compete a nós de-cidir o que é melhor ou pior, essas decisões cabem à FIFA. O futebol nunca vai deixar de ser um jogo com contacto físico, o que por ve-zes altera muita coisa.

Concorda com o projeto de pro-fissionalização da arbitragem?

Como dirigente da APAF estou totalmente solidário com o pro-jeto. Acho que a arbitragem tem que ser profissional. Não faz sen-tido um árbitro estar num local de trabalho durante 8h por dia e ter que sair para treinar intensamen-te, às 18h30. Não há possibilidade de conseguir treinar em condições porque já estamos desgastados de um dia de trabalho. No entanto, penso que seria importante alargar esse projeto aos árbitros assistentes.

Considera que o seu dever para com a arbitragem está cumpri-do?

Não. Este é o fim de uma fase da minha carreira que irá agora passar pela formação. Também sou dirigente da APAF e espero continuar a dignificar a arbitragem em Portugal. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Em 1993, João Santos, iniciava a carreira como árbitro assistente no campo do Valadares Gaia FC. O que começou por ser um hobby tornou-se uma profissão que levou o portuense a viajar pelo mundo e a ser considerado o melhor árbitro assistente da Liga Portuguesa, em 2007. Ao Vivacidade, relembra os 21 anos de carreira e sublinha a qualidade dos árbitros portugueses.

> João Santos, que reside em Gondomar, terminou a carreira profissional no dia 18 de maio de 2014

> Em 2012, João Santos sofreu um traumatismo craniano num jogo da 1.ª Liga Nacional

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Trial 4x4: Valongo e Alenquer difíceis para PaljetSe em 2013, a prova de Trial 4x4 de Valongo contou com muita chuva e muita lama, a 18 de maio de 2014 o dia foi de muito calor. Muito quente foi também a competitividade da quarta jornada do Campeonato Nacional, em Bairro, concelho de Alenquer no dia 8 de junho que transportou a equipa da Paljet do terceiro para o quinto lugar.

A pista de Valongo que recebeu as 33 equipas inscritas, no Lugar do Galinheiro, incluía 10 triais distribuídos por 3000 metros de pista. Paulo Candeias foi líder da

Classe Super Proto. Em Valongo e a 9 voltas do primeiro lugar ficou Jorge Silva, da Paljet de Rio Tinto. A equipa foi obrigada a parar 15 minutos devido a um problema com o semieixo da frente, do lado

direito. Ainda regressaram à com-petição, mas o Crawler acabou por ceder a 20 minutos do final. Para o piloto riotintense, “foi uma prova bem organizada em que tudo cor-

reu da melhor for-ma.” “Apesar de não ser o que pretendíamos, não deixa de ser um lugar de pódio e por isso, minimamente satisfatório. Não era o que quería-

mos pois como estávamos a cor-rer perto de casa com a presença de muitos dos nossos apoiantes e patrocinadores, gostaríamos de ter ficado em 1.º”, acrescentou.Já na prova de 8 de junho, em Alenquer, o sopé da Serra do Montejunto oferece obstáculos naturais , mas

enga-nou-se quem

adivinhava um dia descansado para as

equipas. Tal como nas provas ante-riores o calor e o pó foram os ingre-

dientes principais, mas juntaram--se ainda muitas avarias mecânicas e alguns “capotanços”. As equipas, como já é hábito, trouxeram para a pista

muita raça e vontade de vencer, completando uma receita de sucesso para um grande dia de Trial. Para a Paljet, a prova trouxe--lhe um quinto lugar e a equipa não se contenta. “Queremos ganhar

para ficar nos lugares cimeiros da classificação final. Sabemos que te-mos viatura e capacidade para isso. Tem-nos faltado uma pontinha de

sorte dados os problemas que tem surgido em

cada prova”, fi-naliza Jorge

Silva. n

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Desporto

FC Ramalde celebrou 30 anos de ciclismo sem interregno

FC Unidos Pinheirense sobe à I Divisão de Futsal

O Futebol Clube Ramalde organizou no dia 1 de junho o 19.º Pré-mio de Ciclismo, prova regional da Associação de Ciclismo do Por-to. Rui Miguel, nos cadetes, e André Moreira, nos juniores, sagra-ram-se campeões regionais.

O Futebol Clube Unidos Pinheirense garantiu a 17 de maio a subi-da à I Divisão do Campeonato Nacional de Futsal. Ao Vivacida-de, Marco Vigário, presidente do clube, mostrou-se radiante com a equipa de Valbom, que na época passada tinha subido à II Divisão.

Disputou-se no dia 1 de junho o 19º Prémio Ciclismo FC Ramalde, prova regional a contar para a Associação de Ciclismo do Porto. Num ano especial para o clube que celebra 30 anos de ciclismo sem interregno, os ciclistas Rui Mi-guel, da ADARP, e André Moreira, da Neves-Ramalde, sagraram-se cam-peões regionais do Porto.

“Esta foi uma prova com muita afluência do públi-co, dos atletas e das equipas de ciclis-mo. Com o André Moreira a sagrar--se campeão regional de juniores foi excelente”, diz António Castro, presidente e treinador da

secção de ciclismo da equipa Neves-Ramalde.A prova realizou-se no âmbito das celebra-

ção dos 30 anos de ciclismo sem interregno no FC Ramalde. “Têm sido trinta anos com mui-tos sucessos, mas com dificuldades financei-

ras. Não é fácil ter anualmente trinta atletas a competir em vários escalões [benjamins, ini-ciados, infantis e juvenis] nesta mo-dalidade”, afirma o treinador de ciclis-mo.

Contudo, para António Castro não restam dúvi-

das, Gondomar tem o ciclismo como “modali-dade de eleição”. n

Foi frente à Associação Recreativa do Frei-xieiro que o Futebol Clube Unidos Pinheirense garantiu a subida à I Divisão do Campeonato Nacional de Futsal, após uma vitória por 6-2, no Pavilhão Municipal de S. Pedro da Cova.

Um ano após a subida à II Divisão, o FC Unidos Pinheirense é novamente promovido ao mais alto escalão de futsal em Portugal e prome-te ter casa cheia, em Valbom, na próxima época.

Ao Vivacidade, Marco Vigário mostra-se satisfeito com o percurso da equipa de Valbom e sublinha uma época “muito bem conseguida”.

“Somos um clube pequeno, com poucas con-dições, mas con-seguimos juntar as pessoas certas para

conseguir este feito para o concelho de Gondo-mar”, afirma o presidente, sem esquecer o apoio dos adeptos, “crucial para o sucesso da equipa”.

Já a pensar na próxima época Marco Vi-gário aponta as principais necessidades do Pinheirense. “Vamos manter a base da equi-pa mas estamos a estudar a possibilidade de garantir quatro reforços com experiência da I Divisão Nacional”, confirma, em exclusivo, ao Vivacidade.

No dia 15 de junho o FC Unidos Pinhei-rense disputa com a equipa do CCR Desportivo da Bu-rinhosa, o título de campeão da II Divisão. O jogo da primeira mão aca-bou com um em-pate (3-3). n

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Com um discurso emotivo, o dirigen-te pediu o apoio dos sócios, simpatizantes, Junta da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova e Câmara Municipal de Gondomar. “No que diz respeito à parte desportiva, neste momento a equipa não era aquilo que nós queríamos mas é o que podemos ter. O clube está mal e vai acabar mal”, afirmou Carlos Alber-to. “No dia 20 de junho vai haver uma Ass emble ia Geral Ex-traordinária e tenho até lá para pensar s e r i a m e nt e se vou conti-

nuar à frente do clube porque estou triste. Começo a ficar desmotivado”, acrescentou.

José Fernando Moreira, vereador da Câmara Municipal de Gondomar, pro-meteu ajudar o clube com adubo para o relvado e limpeza das áreas exteriores do complexo desportivo, necessidades reivin-dicadas pela direção.

D e p o i s dos discursos, a Associação de Futebol do Porto, a Câmara Mu-nicipal e a a s s o c i a ç ã o trocaram lem-branças e can-taram-se os parabéns. n

A noite de glamour do Gondomar Futsal Clube iniciou com um momento de dança e uma apresentação de um filme com o tema “Somos... Gondomar”. Lucinda Sousa, atleta do ano, e José Ferreira, adepto do ano, foram os principais galardoados de uma lista de 27 prémios atribuídos.

Telmo Viana, presidente da direção do G o n d o m a r FC, agrade-ceu a presen-ça do público que encheu o Auditório Municipal de Gondomar e fez novo pedi-do à Câmara Municipal de G ond omar.

“Na Festa de Natal de 2013, pedimos à au-tarquia que viabilizasse o pedido para que o Gondomar Futsal Clube jogasse na quali-dade de visitado em S. Cosme, um compro-misso já assumido pelo presidente Marco Martins. Esperamos que essa promessa seja cumprida”, disse Telmo Viana.

Nos Gondoméritos, a Associação Co-mercial e In-dustrial de G o n d o m a r [ACIG], foi eleita parceiro do ano e José Manuel, sócio fundador e di-retor do clube, recebeu o pré-mio de Mérito e Gratidão. n

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DesportoFO

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77.º aniversário da A. D. S. Pedro da Cova envolto em “tristeza”

1.ª Gala Gondoméritos premiou atletas e adeptos do ano

Numa época desportiva e financeira “difícil” para a Associa-ção Desportiva de S. Pedro da Cova, o seu presidente, Carlos Alberto, não quis nem assim de deixar de celebrar mais um aniversário do clube.

Decorreu no dia 7 de junho a 1.ª Gala Gondoméritos, organi-zada pelo Gondomar Futsal Clube, no Auditório Municipal de Gondomar. Em ambiente de festa, atletas e adeptos do clube receberam os galardões do ano desportivo.

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Desporto

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1011121314151617181920

EquipaSobradoFC Pedras RubrasParedes Oliv. Douro Aliados LordeloLeça S. Martinho Candal Padroense Serzedo SC Rio TintoRebordosa Vila Meã Lousada UD Valonguense Varzim B S. Pedro da CovaInfesta Barrosas Nogueirense FC

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EquipaSalgueiros 08 GondomarAmaranteSC Coimbrões SousenseCamachaVila FlorPerafita

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Fase manutenção2013/2014

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos Jogos15 Junho (17h)Serzedo - SC Rio TintoS. Pedro da Cova - Leça

Tabela Classificativade Futebol

Pontos8262626057575653525246464545454239373735

Pontos3937353130262316

“Foi um privilégio para este clu-be com estatuto de utilidade pública, fundado em 1934, que já muito deu ao ciclismo nacional e pretende con-tinuar a fazê-lo”, começou por dizer ao Vivacidade, Henrique Ferreira, presidente da direção do CCG.

O 3.º XCO de Gondomar - 5ª Prova a contar para a taça Regional do Porto de XCO - contou com cer-ca de 170 atletas de vários escalões, dos cadetes até a categoria de mas-ters. Para Gondomar, o primeiro prémio foi para o cadete João Ro-cha da Rodabike que fez a prova em 44 minutos e 58 segundos.

O 3º XCO decorreu com nor-malidade, com a exceção de um acidente com o atleta Manuel Melo do clube Rompe Trilhos que teve de ser assistido pelos bombeiros devi-do a uma fratura no pulso.

A vereadora do Desporto da Câmara Municipal de Gondomar, Sandra Brandão, contou ao Viva-cidade que considera esta prova

de “importante relevância uma vez que se continua a promover o desporto”. “Esta prova tem o apoio da Federação Portuguesa do Ci-clismo e da Associação Portuguesa de Ciclismo e deve ser para conti-nuar e a Câmara vai apoiar. Se nos pedirem para integrar a organiza-ção cá estaremos para organizar e apoiar também”, explicou ainda a vereadora. “Tive a oportunidade de acompanhar esta prova. Foi pena o acidente que ocorreu, mas pron-tamente os bombeiros acorreram à situação. Não estou dentro do assunto mas o percurso parece ser acidentado e perigoso. Achei espe-tacular e considero este evento de grande importância” acrescentou ainda Sandra Brandão.

A vitória na classificação por equipas coube este ano à Quinta das Arcas / Interdesign / Xarão. O Centro Ciclista de Gondomar promete continuar a organizar esta prova de XCO. n

“O Município de Gondomar e a EventSport estão empenhados em atingir este objetivo de forma a marcar este evento no calendário nacional de provas de atletismo”, garante Carlos Ferreira da empre-sa organizadora, EventSport.

Numa altura em que “há cada vez mais provas de running”, San-dra Brandão explica ao Vivacidade que estava na altura de organizar uma prova para Gondomar. “A D’ouro Run vai ter uma corrida e uma caminhada e juntam-se aqui vários fatores: a paisagem, a gas-tronomia, o turismo e o desporto”, menciona. José Fernando Moreira, vereador do Ambiente, lembra a

importância da vertente ambiental. “Vamos plantar as árvores que con-seguirmos obter com as inscrições em novembro”, esclarece.

De resto, nas palavras de Car-los Ferreira, a D’ouro Run conta já com várias novidades. “Vamos ter a honra de ter a participação de atletas em cadeiras de rodas, que é muito prestigiante para a corrida. Estes atletas irão partir cinco minu-tos antes dos restantes participantes de forma a garantirmos a segurança de todos os atletas ao longo dos 15 quilómetros. De forma a darmos uma qualidade acima da média ao evento, vamos oferecer a todos os participantes do evento fruta, bar-

ras de cereais e água em três pontos de abastecimento, este tipo de ofer-tas só é comum a partir de Meias Maratonas. A classificação vai estar a ser divulgada em tempo real na página da D´Ouro Run de forma a que os familiares e amigos dos atle-tas possam acompanhar o evento”, explica o organizador.

Do pelouro do Desporto há uma garantia: “Esta corrida é para as famílias, não é exclusiva para os corredores. A CMG está aber-ta a qualquer tipo de iniciativas e abraçou este evento porque temos o objetivo de lhe dar continuidade.

Estruturas desportivas nas

ruas de Gondomar para breve?

A vereadora do Desporto con-fessou também ao Vivacidade que “está a ser feito um levantamento da possibilidade de colocação de estruturas desportivas para adul-tos em Gondomar.” No entanto, Sandra Brandão está a deparar--se com um problema. “Há um grande nível de vandalismo, o que impede a nossa ação”, refere. “Para a zona de Gramido temos uma grande preocupação e queremos estender a zona do Polis à praia de Zebreiros e criar eventos para que as pessoas possam visitar aquela zona”, acrescenta. n

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Centro Ciclista de Gondomar organiza 3.º XCO

D’ouro RunQuase 1500 inscritos até ao momento

Foi a terceira prova consecutiva de XCO (Cross-Country) organizada pelo Centro Ciclista de Gondo-mar (CCG). A 25 de maio, parte da avenida da Conduta foi cortada ao trânsito para acolher a cerimó-nia de entrega de prémios do 3.º XCO Cidade de Gondomar.

“É talvez o primeiro grande evento desportivo deste tipo em Gondomar.” Quem o diz é a vereadora do Desporto da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Sandra Brandão, uma das organizadoras da D’ouro Run. A corrida - ou caminhada – que decorrerá a 29 de junho já juntou quase 1500 inscritos e espera chegar aos 2000.

Primeiro lugar por categoria

Elite: Fábio Ribeiro (Quinta das Arcas / Interdesign / Xarão) Júnior: André Moreira (Quinta das Arcas / Interdesign / Xarão)Master 30: Aurélio Reis (Seissa/A.C.R.Roriz/Matias e Araújo/Frulact)Master 40: António Sousa (Quinta das Arcas / Interdesign / Xarão)Master 50: Valentim Ferreira (Maiatos / Reabnorte)Master 60: Joaquim Silva (Maiatos / Reabnorte) Cadete: João Rocha (Rodabike / ACRG / Gondomar) Elite Feminino: Joana Monteiro (ASC / Focus Team)Júnior Feminino: Mariana Pedrosa (Escola Liberty Seguros ADSL)Cadete Feminino: Marta Branco (JoaneBTT / Trilhos Bike)Master Feminino: Liliana Lopes (ASC / Focus Team)Promoção: António Maia

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Mais dois primeiros lugarespara Lucinda Sousa

Maio foi mês de vitórias para oClube Naval Infante D. Henrique

Com um percurso de 100 qui-lómetros, o Ultra Trail da Serra de S. Mamede, em Portalegre, foi a primeira vitória mais recente para Lucinda Sousa no dia 17 de maio. Ao Vivacidade, Lucinda re-fere que este Trail “revestiu-se de particular importância, uma vez que, para além de ser uma prova, que faz parte do circuito Nacio-nal de Ultra Trail, também define o título Nacional da modalidade, e consequente representação Por-tuguesa no circuito Mundial de Ultra Trail, a decorrer no próximo ano de 2015”.

O alcance do 1.º lugar no F40, bem como o 1.º lugar da

geral feminina, permitiu à atleta consagrar-se campeã Nacional de Ultra Trail em 2014, bem como tornar-se a vencedora do circuito Nacional de Ultra Trail. “Os re-sultados, não serão um objectivo prioritário, mas uma consequên-cia de alcançar melhor ou pior o objetivo anterior”, confessa Lu-cinda Sousa.

No que concerne à sua presen-ça no Circuito Mundial de Ultra Trail, a desportista desabafa que “apesar de poder representar Por-tugal, a participação passará, pe-los apoios conseguidos, uma vez que as cerca de oito provas deste ‘Word Tour’, passam pelos cinco Continentes, com custos signifi-cativos.”

Questionada se já teve pro-postas para ir para outros clubes,

Lucinda responde: “Sim, já tive várias propostas de outros clubes. Porém, tal como referi, sinto-me bem no Gondomar. Os elementos que o compõem, direta e indire-tamente, sempre me apoiaram e acarinharam, nomeadamente o seu presidente, Telmo Viana, que entre outros, pelo seu dinamismo e paixão, julgo que poderá projetar este clube a uma outra dimensão.”

A atleta do Gondomar Futsal Clube conseguiu entretanto uma outra vitória num Trail de longo percurso, com 22 quilómetros, em Alfena. O Trail dos 4 Caminhos, em Valongo, pertence ao Circuito Nacional de Trail da Associação de Trail Running de Portugal. Lu-cinda Sousa repetiu o feito do ano passado - o primeiro lugar - com 2 horas e 38 minutos. n

No dia 17 de maio, os atletas Tiago Costa e Duarte Pinheiro, do Clube Naval Infante D. Henrique,

conquistaram uma medalha de ouro na categoria Shell 2-PL Sub 23 e uma medalha de bronze na prova de Shell4-PL Sub 23, em re-presentação da Seleção Nacional, na Regata Internacional de Duis-burg, na Alemanha.

No mesmo dia, em Lisboa, o Infante D. Henrique fez-se repre-sentar por uma comitiva de 40 atletas, distribuídos por 10 equi-pas, no Campeonato Nacional de Velocidade em Yolle. No final da prova, o clube gondomarense foi o que mais pontos conquistou para o Campeonato Nacional de Clu-bes, ficando após esta prova, na liderança das duas classificações [masculino e feminino].

Já no final do mês, o Infante sagrou-se vencedor da 9.ª Regata Internacional Litocar, disputado na pista do Centro de Alto Rendi-mento de Montemor-o-Velho.

A 8 de junho o Clube Naval In-fante D. Henrique organizou ain-da a XXIV Regata Internacional de Gondomar, na pista de Melres. A prova bateu o recorde de 152 equi-

pas inscritas. Durante a manhã disputaram-se as eliminatórias e durante a tarde decorreram as fi-

nais. Em 2015, a Regata terá nova edição. n

A atleta gondomarense do Gondomar Futsal Clube alcançou mais dois primeiros lugares nas últimas provas de Trail e Ultra Trail.

Dois atletas premiados na Regata Internacional de Duisburg, na Alemanha, três títulos de campeão nacional, um título na 9.ª Regata Internacional Litocar e um recorde de equipas a participar na XXXIV Regata Internacional de Gondomar. Foi assim o mês de maio para o Clube Naval Infante D. Henrique.

Desporto

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> Lucinda Sousa alcançou o primeiro lugar no Ultra Trail da Serra de S. Mamede

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Empresas & Negócios

Abriu ao público no final do mês de fe-vereiro mas só a 30 de maio foi oficialmen-te inaugurada a mais recente agência RE/MAX de Gondomar.

“Apesar de já estarmos abertos ao pú-blico há mais de três meses, achamos por bem realizar uma cerimónia de inaugura-

ção oficial e dar a conhecer esta agência ao público e à própria autarquia”, afirma Da-mião Barbosa, sócio-gerente e responsável pela RE/MAX de Fânzeres.

Situada numa das principais avenidas da freguesia, no anterior espaço dos CTT – Correios de Portugal, a agência dispõe atualmente de 41 imóveis para venda e cin-co para arrendar.

“Queremos conquistar quota de merca-do e ser líder em Gondomar. É nesse senti-do que vamos trabalhar”, garante.

Segundo o responsável pela RE/MAX Fânzeres, “a área de imobiliário continua em crescimento e há perspetivas que vai continuar a crescer”. A RE/MAX Portugal teve em 2013 o melhor ano desde 2000 e, em 2014, já cresceu 54% face ao ano pas-sado.

“Todos os clientes têm acesso à foto-grafia dos agentes imobiliários para que as pessoas saibam com quem estão a lidar e

com cerca de quatro meses já temos mui-tos clientes e temos feito muitos contactos”, refere Damião Barbosa.

Carlos Brás, vereador da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, esteve presente na inauguração, desejou felicidades à equipa liderada por Damião Barbosa e deixou

uma garantia, em discurso. “O trabalho começa a ser feito na véspera. A Câmara tem várias solicitações no setor imobiliário e nessas situações vamos pedir-vos para se-rem intermediários”, afiançou.

A RE/MAX Fânzeres está à procura de novos colaboradores e espera “duplicar os agentes imobiliários”, graças ao crescimen-to do número de imóveis em carteira, no último mês.

“Acreditamos que esta loja vai ter sucesso”

Fernando Moura, representante da RE/MAX Portugal também marcou presença na inauguração da agência de Fânzeres. “Acreditamos que esta loja vai ter sucesso e vem reforçar a nossa presença no conce-lho. Este é o primeiro ano da agência e o mercado não está fácil, no entanto gosta-mos de desafios e estamos a abrir cada vez mais agências”, afirma ao Vivacidade. n

Remax inaugura agência em FânzeresEstá oficialmente inaugurada a agência RE/MAX de Fânzeres, três meses depois da abertura ao público. O mais recente es-paço da empresa líder em mediação imobiliária em Portugal, situa-se na Avenida General Humberto Delgado, no antigo es-paço dos CTT – Correios de Portugal.

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38 VIVACIDADE JUNHO 2014

Empresas & Negócios

Parque Nascente e Luís Figo levam Ivan ao Brasil

Actual Gest participa em mais um encontro europeu

Ivan foi o grande vencedor da iniciativa ‘Bairro Brasil’, que decor-reu desde o final de maio até ao dia 1 de junho no Parque Nascente. O jovem craque foi eleito por Luís Figo e pela DreamFootball para ir ao Brasil.

De 15 a 18 de maio teve lugar, em Puteaux, na França, o 7.º encontro do projeto “My Story is Your Story”, inserido no Pro-grama Grundtvig, um programa de aprendizagem ao longo da vida.

Em outubro Ivan vai ao Brasil com o ex--futebolista Luís Figo. O jovem craque foi o grande vencedor do ‘Bairro Brasil’, um evento único no âmbito do Mundial de Futebol Bra-sil 2014, organizado pelo Parque Nascente em parceria com Luís Figo e a DreamFootball, uma plataforma digital de descoberta de ta-lentos futebolísticos.

A iniciativa destinada a crianças dos qua-tro aos 15 anos de idade realizou-se nas ins-talações do Centro Comercial e termi-nou a 1 de junho, Dia Mundial da Criança. Com um cenário especifica-mente para ‘street football’ e ‘espírito de bairro’, o ‘Bairro Brasil’ tem como

objetivo a descoberta do melhor jovem craque da região.

O desempenho dos jovens atletas foi grava-do por câmaras colocadas no recinto e analisa-do pelo craque Luís Figo e pela DreamFootball que selecionou os 32 melhores jogadores para a grande final. No fim, Ivan sagrou-se vencedor e ganhou uma viagem para duas pessoas ao Bra-sil. A viagem será em outubro e terá a duração de uma semana, com tudo incluído.

À margem do evento decorreram workshops de en-tretenimento tipica-mente brasileiro [ba-tucada e capoeira], animações e uma mascote para ani-mar os presentes nos dias de torneio. n

O encontro contou com a presença de instituições dos nove países: França, Bélgica, Alemanha, Polónia, Espanha, Suécia, Turquia, País de Gales e Portugal. Ana Dias, coordena-dora do projeto na Actual Gest representou Portugal.

O evento proporcionou dias de experiên-cias e aprendizagens, que permitiram não a descoberta de uma nova cultura, lín-gua, gastronomia e paisagem, para além do contacto com outras nações e culturas.

O projeto “My Story is Your Story” está relacionado com o conto de his-tórias. O ponto alto

da visita foi a realização de um evento, onde todos os países parceiros contaram histórias, usando os mais diferentes meios, sobre os sen-tidos que uma viagem desperta num determi-nado país ou cidade.

Os formandos da Actual Gest prepara-ram ainda uma visita guiada à cidade do Porto destacando, através do uso do som

e da imagem, ele-mentos históricos, culturais e gastro-nómicos.

Graças ao Pro-grama Grundtvig, todas as institui-ções parceiras pu-deram percorrer vários países atra-vés dos sentidos. n

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Catarina MartinsBE

O Governo deu um salto em fren-te: já não é só a constituição que PSD e CDS desafiam, é todo o Estado de Di-reito.

O Orçamento do Estado para 2014 tinha várias normas inconstitucionais, porque violadoras dos princípios da igualdade, da proporcionalidade, da confiança. Normas que não são sequer uma especificidade da nossa Constitui-ção, mas sim próprias de qualquer Esta-do de direito democrático. Não se pode discriminar nenhuma classe de pessoas, as medidas têm de ser equilibradas aos seus fins e os cidadãos e cidadãs têm de poder confiar no Estado. Parece sim-ples, mas para este Governo não é.

Os partidos da oposição pediram ao

Tribunal Constitucional que se pronun-ciasse sobre as normas do Orçamento do Estado que eram inconstitucionais. O Presidente da República, que foi eleito para ser garante da Constituição, estaria distraído ou pareceu-lhe pouco impor-tante e não fez nada. Mas felizmente na Assembleia da República há vida para lá dos partidos que suportam o governo e os deputados e deputadas da oposição enviaram o pedido ao Tribunal Cons-titucional.

O Tribunal analisou as normas em questão e decidiu que boa parte delas era inconstitucional. Cortar salários a quem ganha menos de 700 euros por mês, cortar ainda mais no subsídio de desemprego e de doença e cortar nas

pensões de sobrevivência viola prin-cípios constitucionais. E como essas normas – as que têm estes cortes – são inconstitucionais, não se podem apli-car. Ou seja, o Governo tem de pagar o que deve a quem trabalha, a quem está desempregado, a quem está doente, a quem tem pensão e sobrevivência. Sim-ples, não é? Para o Governo não é.

O Governo diz que não percebe o que é suposto fazer, inventa expedientes para atrasar o cumprimento da decisão do Tribunal, cria uma completa confu-são entre órgãos de soberania para não pagar. À oitava inconstitucionalidade o Governo revela o seu completo despre-zo pelo Estado de Direito, para quem ainda não tivesse percebido.

Duas perguntas: Como explicam PSD e CDS que lhes seja tão difícil per-ceber e cumprir uma decisão do Tribu-nal Constitucional que tem um custo de 600 milhões de euros e tenha sido tão fácil perceber e pagar um SWAP impos-to por um banco de quase mil milhões de euros?

Se a Constituição não é para cum-prir quando garante igualdade, pro-porcionalidade, proteção da confiança, porque será para cumprir quando vos dá legitimidade para serem Governo? Se a Constituição não vale, a legitimida-de do Governo não é já a da eleição num Estado de direito democrático. E então, qual é? n

E à oitava inconstitucionalidade…

Opinião: Vozes da Assembleia da República

39VIVACIDADE JUNHO 2014

Depois da recessão económica que Portugal viveu num passado recente, os empresários portugueses e os seus colaboradores deram-nos um grande exemplo de como renascer do “quase zero” na nossa economia.

Hoje, há claros sinais de uma reto-ma da atividade económica, com os in-dicadores de alta frequência a mostrar uma tendência positiva. Os indicadores da procura interna mostram que está em curso uma retoma lenta e o desem-penho das exportações continua forte.

O PIB diminuiu 1,4% em 2013 e as projeções estimam uma expansão de 0,8% em 2014. Na última revisão foi decidido rever o crescimento do PIB para acima dos 1,2% em 2014. A taxa de desemprego caiu substancialmente nos últimos trimestres.

A produção industrial aumentou nos últimos três trimestres e o comér-cio a retalho tem vindo a melhorar.

Os indicadores de confiança come-

çaram a melhorar no final do ano de 2012. A confiança dos consumidores aumentou significativamente alcan-çando o seu valor mais elevado desde janeiro de 2010 e o indicador de clima económico segue há 14 meses uma tendência crescente estável. A confian-ça melhorou nos 4 principais setores: indústria transformadora, construção, comércio a retalho e serviços.

A Capacidade Líquida de Financia-mento da economia portuguesa atingiu +2.6% do PIB em 2013 e estima‐se que se venha a situar nos +3,8% em 2014 (BdP), muito acima das projeções ini-ciais do programa de ajustamento de ‐2,4% e ‐1,6%, em 2013 e 2014 respeti-vamente, devido a melhorias, em maior escala do que o esperado, na Balança Comercial. Há agora espaço para um crescimento económico sustentável na medida em que as exportações deve-rão aumentar acima de 5% ao ano em média até 2017 (FMI) e as importações

poderão aumentar cerca de 5% ao ano, sem diminuir a capacidade líquida de financiamento. A procura interna po-derá recuperar de forma significativa, sem diminuir a capacidade de financia-mento. A confiança das famílias e das empresas mostra uma clara tendência ascendente desde o início de 2013 e as taxas de juros e os spreads têm vindo a diminuir desde o final de 2012.

Portugal registou melhorias es-senciais no seu ambiente empresarial, dado que tomou medidas de política para simplificar o ambiente empresarial tais como: SIMPLEX Exportações, para reduzir os encargos administrativos re-lacionados com a utilização dos portos e aeroportos nacionais e os requeri-mentos para isenção do IVA; “Balcão do Empreendedor”, onde todas as for-malidades relacionadas com a criação e exercício de uma atividade estão lo-calizados num único ponto; programa “Licenciamento Zero”, que simplifica o

exercício de pequenas atividades de co-mércio através da extinção de licenças, autorizações, validações, certificações e registos; estas medidas de simplificação foram estendidas ao nível local através do SIMPLEX Autárquico.

A reforma do IRC iniciada em 2014 bem como outras medidas fiscais das quais se releva simplificação do sistema tributário para pequenas empresas, Re-gime Fiscal de Apoio ao Investimento: Benefício fiscal automático de 20% do investimento no setor transacionável e a criação de um Gabinete Fiscal do In-vestidor Internacional.

Por fim, quanto à inovação, Portu-gal passou do 22.º, em 2006, para 18.º, em 2014, no Índice Innovation Union Scoreboard, passando de uma modesta para uma moderada inovação. O nú-mero de empresas inovadoras em Por-tugal supera a média Europeia.

Agora é o momento de investir em Portugal! n

1- O Tribunal Constitucional veio declarar a inconstitucionalidade de di-versas normas do Orçamento do Estado 2014. É caso para perguntarmos: qual é a novidade? Nenhuma!

Na verdade, o guião do filme re-petiu-se. Os mesmos atores, o mesmo cenário, o mesmo realizador, o mesmo texto. Sim, as variações são apenas isso e são de somenos importância.

O OE2014 promoveu mais cortes nos rendimentos dos reformados e tra-balhadores da Administração Pública, a oposição recorreu para o Tribunal Constitucional, o Governo foi tecendo ameaças, os juízes mantiveram a sua im-parcialidade. No fim, foi declarada a in-constitucionalidade de algumas normas relacionadas com os cortes nas pensões e nos vencimentos da Administração Pública. O Governo, depois de ter an-dado a fazer ameaças mais ou menos veladas face àquela que se adivinhava vir a ser a decisão do TC, acena agora

com mais um agravamento de impos-tos e manifesta uma incompreensível dificuldade de interpretação do texto do acórdão. É caso para se dizer que não há limites para a desfaçatez.

Três anos de mandato, três Orça-mentos do Estado, três “chumbos” do Tribunal Constitucional. Passos Coelho já conseguiu garantir o título de “Bota de Chumbo”- sempre que remata um OE acaba por redundar num “chumbo”.

Diante de tantas declarações de in-constitucionalidade, começo a pensar se o título de Governo Constitucional não deveria ser mudado para Governo Inconstitucional. No meio de tudo isto, não se percebe a atitude do Presidente da República. Ele que jurou defender a Constituição, permanece impávido e se-reno diante dos diferentes acórdãos e da insistente atitude de sucessiva violação da Constituição e de desafio do TC, as-sumida por este Governo. Há momen-tos em que dou por mim a pensar se Ca-

vaco Silva ainda respira, mas logo acaba por surgir nos meios de comunicação social e eu fico muito mais descansada... Não é que isso faça muita diferença, mas ficamos com a certeza de que está vivo e continua a ser cúmplice deste Governo.

2- O resultado das eleições para o Parlamento Europeu, trouxeram consi-go a disputa pela liderança do Partido Socialista.

Devo dizer que sobre esta matéria mantenho o meu posicionamento de sempre - apoio o António Costa.

Ao longo de todo este consulado, sempre defendi que o Partido necessita-va de mudar de rumo, precisava de assu-mir uma atitude e um discurso capazes de o afirmar como uma alternativa clara face ao desastre a que este Governo nos tem conduzido e conquistar a confiança dos portugueses. Tal não aconteceu. O resultado das eleições para o Parlamen-to Europeu, provou-o à sociedade.

As sondagens que se seguiram re-

forçaram os sinais de que apesar do profundo descontentamento com o Go-verno os eleitores ainda não vêm o PS como uma alternativa clara.

Diante disto e do apelo de muitos militantes e cidadãos independentes, António Costa decidiu declarar a sua disponibilidade para ser secretário-geral do PS e primeiro-ministro.

Há quem se preocupe com o mo-mento e a tenacidade do confronto gerado pela disputa da liderança. Devo confessar que nada disso me preocupa.

O PS é um grande partido e saiu sempre reforçado de todos os momen-tos de debate que foi capaz de gerar. As-sim acontecerá mais uma vez.

Contudo, deixo um aviso: é neces-sário baixar o som e poupar nos adjeti-vos e nas dramatizações. Não ajudam nada a um debate que se quer sério e profundo e podem tornar a recuperação da mazelas extremamente difícil, senão impossível. n

Retoma da Economia Portuguesa

A saga de um Governo (in)Constitucional e outras...

Margarida AlmeidaPSD

Isabel SantosPS

Page 40: Vivacidade ed. 95 - Junho 2014

José Luís FerreiraPEV

O resultado das Europeias do passado dia 25 de maio teve o efeito curioso de fortalecer a liderança nos partidos da maioria – apesar de não terem conseguido ganhar – e colocar em causa a liderança do PS – apesar de ter ficado em primeiro.

Como se sabe, há muito de gestão de expectativas na política – só assim se compreende a aparente contra-dição que levará a um Verão Quen-te socialista. E com isto me fico por aqui, não vou fazer de comentador da situação interna doutro partido.

Vou escrever sim sobre a confu-são que se instalou com as recentes decisões do Tribunal Constitucional.

O tribunal decidiu declarar in-constitucionais três das quatro nor-

mas que tinha recebido para avaliar. Fê-lo com várias constelações de votações e votos vencidos que pelo menos deveriam servir para perce-ber que não há nada de evidente na constitucionalidade ou na falta dela das normas em apreço. Mas não: logo se ouviram vozes a reclamar que o Presidente da República havia sido conivente ao aprovar o Orçamento e que estaria a prestar um mau ser-viço ao país. Evidentemente que isso é uma conversa que não procede quando mesmo dentro do tribunal (e fora dele, na voz do insuspeito Vital Moreira) vários juízes considera-ram constitucionais as normas agora chumbadas. Evidentemente que é a maioria que conta e que ganha mas

nada há de unânime em decisões to-madas por um ou dois votos.

Quanto a essas vozes discordan-tes do interior do próprio tribunal, vale bem a pena ler algumas declara-ções de voto.

O juiz Pedro Machete, por exem-plo, escreveu que o «problema ineren-te a esta decisão é que não existe qual-quer critério jurídico que permita ao legislador saber quando é que afinal, para o Tribunal, o valor mínimo sal-vaguardado será suficiente.» Forte.

A juíza Fátima Mata-Mouros escreveu que «não cabe ao Tribunal Constitucional apreciar a bondade da opção elegida pelo legislador de-mocraticamente legitimado - apenas ajuizar se as medidas são conformes à

Constituição». Parece evidente.Já a juíza Maria Lúcia Amaral,

vice-presidente do TC, diz que «com esta decisão o Tribunal invadiu um campo que pertencia ao legislador».

Tomando estas declarações de juízes que integram o próprio Tri-bunal Constitucional não é de estra-nhar que se tenham levantado vozes de todos os quadrantes a questionar a decisão. Ela é para cumprir, claro, mas ficou – como disse o juíz Pedro Machete – por esclarecer o seu alcan-ce para futuro. Compreende-se pois o pedido de clarificação entregue pelo Parlamento.

Aguardemos novas do tribunal. n

Aclarações

O Governo PSD/CDS continua a insistir em governar à margem da Constituição. O Orçamento de Esta-do para 2014 é o oitavo diploma, des-de a tomada de posse deste Governo, que o Tribunal Constitucional (TC) declarou inconstitucional.

Um Governo que até hoje não conseguiu apresentar um único Or-çamento de Estado dentro das regras constitucionais é um Governo com graves dificuldades de adaptação. Definitivamente este Governo não de adapta à nossa Constituição. Não consegue Governar dentro das regras Constitucionais, as mesmas regras que serviram para eleger os deputa-dos, para dar posse a este Governo e que levaram o Presidente da Repúbli-

ca a jurar cumprir e fazer cumprir a Constituição.

Mas para além disso, o Governo, parece não querer conformar-se com essa decisão do TC e investe contra os seus juízes, dizendo que “no fu-turo é necessário ser mais criterioso na escolha dos juízes”. O Governo não esconde assim a sua pretensão de “domesticar” as decisões do TC ou mesmo transformar este órgão de soberania numa secretária de Estado para os Assuntos Constitucionais. Uma vergonha!

Num esforço de desespero para não pagar os salários conforme de-terminou o TC, resolve o Governo “pedir” à Assembleia da República que peça uma aclaração ao TC. E os

partidos da maioria assim decidiram. Decidiram, mesmo sabendo que nem a Assembleia da República tem base legal para proceder a esse pedido de aclaração e muito menos a Conferên-cia de Lideres.

Com esta verdadeira manobra de diversão os partidos da maioria, não só, pretendem arrastar o problema, como também procuram contagiar a Assembleia da República no confron-to que o Governo está a fazer ao Tri-bunal Constitucional.

Na verdade o que os partidos da maioria fizeram com este “número” foi reduzir a Assembleia da República a um moço de recados do Governo para atingir o Tribunal Constitucio-nal. Outra vergonha!

Já todos percebemos que não há necessidade nenhuma de qualquer aclaração e que as dúvidas do Gover-no são apenas o pretexto que o Go-verno encontrou para não pagar os salários conforme foi decidido pelo TC.

Aliás, no meio desta confusão, se há necessidade de clarificação, não é do acórdão, mas sim de saber quan-do é que o Presidente da República se decide a exercer as suas funções na sua plenitude e diz ao Governo: Meus senhores acabou o recreio. Vamos ao trabalho, mas dentro das normas constitucionais e os Senhores já mos-traram que não conseguem Governar dentro da Constituição, portanto aca-bou o recreio. n

E vão oito

Michael SeufertCDS-PP

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

O Auditório da Escola Secundá-ria de Rio tinto recebeu no passado dia 24 de Maio o 5.º Encontro Nacio-nal Projeto Rios, projeto esse promo-vido pela Associação de Professores de Geografia (APG), Liga para a Pro-teção da Natureza (LPN), Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e Associação Portugue-sa de Educação Ambiental (ASPEA), sendo esta última a responsável pela sua coordenação.

Numa altura em que o Ambiente é uma das principais preocupações mundiais, este projeto procura solu-ções no âmbito nacional e global para a crescente deterioração da qualidade

fluvial, tentando para isso fomentar a participação social num movimento efetivamente ativo.

No que diz respeito ao Planea-mento Urbano, assiste-se um pouco por toda a Europa a uma crescente propensão para a revitalização das frentes fluviais, com o duplo objetivo de valorizar áreas em decadência e fo-mentar a sua capacidade em atrair e concentrar novos polos de atividades.

Dada a potencialidade das áreas fluviais do nosso concelho, Gondo-mar pretende estar em consonância com este projeto, estando a autarquia a trabalhar na valorização do Rio Souza e Rio Ferreira, ao mesmo tem-

po que contínua a lutar pela urgente dignificação do Rio Tinto.

Neste encontro, o representante da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) garantiu que se está neste mo-mento a “definir soluções mais sus-tentáveis junto do Quadro Comunitá-rio de Apoio para dar mais qualidade ao Rio Tinto”. No seguimento deste compromisso, o presidente Marco Martins referiu ainda que em parceria com a APA, encontra-se em colabora-ção com a autarquia do Porto, Águas de Gondomar e Águas do Porto para o desenvolvimento de uma candida-tura aos fundos europeus (Quadro Comunitário 2014/20) que vise a re-

cuperação do Rio Tinto. Embora a água seja um elemento

naturalmente presente no território, o passado em que se ligava o saneamen-to ao rio, em que a população criava inclusive grandes barreiras artificiais ignorando a sua presença, originou uma degradação constante e a anu-lação da sua potencialidade e mais--valia para o planeamento urbano.

Assim, louvam-se as medidas que se estão a tomar para reverter este ce-nário, numa tentativa clara de deixar de controlar artificialmente as linhas fluviais, para se aceitarem como parte integrante da cidade, em total harmo-nia natural. n

5.º Encontro Nacional Projeto Rios

Joana ResendePS

40 VIVACIDADE JUNHO 2014

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António ValpaçosCDU

Passou pouco tempo sobre as eleições para o Parlamento Europeu e são já visíveis os efeitos dos seus re-sultados sobre os partidos da troika. Resultados que confirmaram também a condenação da política das troikas. Uma condenação expressa na redu-ção da expressão eleitoral dos três partidos – PS, PSD e CDS-PP – que subscreveram, apoiaram e se pro-põem manter o rumo de exploração e empobrecimento, e que no seu con-junto viram a sua votação reduzir--se, passando de 66,6% em 2009 para 59,1% agora registados, perdendo mais de 400 000 votos.

Face a ilegitimidade social do Go-verno que foi censurado na rua e cen-

surado nas urnas, o PCP apresentou na Assembleia da República uma moção de censura que foi discutida e votada no passado dia 30 de maio e que, ape-sar da esperada rejeição, não deixou de constituir um importante momento acusatório contra o Governo respon-sável pela política de empobrecimen-to e de exploração mais retrógrada e agressiva desde o 25 de Abril.

Paralelamente à pesada derrota eleitoral veio juntar-se a derrota infli-gida pelo Tribunal Constitucional ao Governo obrigando à reposição dos cortes nos salários dos trabalhadores da Administração Pública, das redu-ções nas pensões de sobrevivência e da contribuição sobre os subsídios de

desemprego e de doença.Derrotas a que o Governo e os

partidos que o suportam deviam en-tender que o rumo a seguir deve ser outro mas no entanto respondem com uma brutal ofensiva ideológica num repudiante ataque ao Tribunal Constitucional e à Constituição da República Portuguesa. Numa cla-ra manobra de diversão, pretende apresentar como antipatriotas e sub-versivos os defensores da legalidade democrática que a Constituição con-sagra e como defensores da Lei e dos interesses do País os que subvertem, de facto, a Constituição, para servir os interesses do grande capital.

Numa desesperada corrida contra

o tempo que, como estas eleições mos-traram, pode não ser longo, o Governo dirige agora ataques contra a contrata-ção colectiva, contra os salários, contra as autarquias locais, contra as escolas, contra os direitos das populações a serviços públicos de qualidade e des-centralizados (a que o provável encer-ramento da Segurança Social de Rio Tinto é exemplo e que mereceu, opor-tunamente, que o Partido Ecologista “Os Verdes” questionasse o governo) que a todos assegurem o acesso às fun-ções sociais do Estado.

Sabendo que a permanência do atual governo e o prosseguimento da sua política põe em causa o futuro do país, prosseguimos na luta. n

Censuramos o governo, prosseguimos na luta!

Rui NóvoaBE

No passado dia 25, realizaram-se as eleições para o Parlamento Euro-peu tendo a abstenção batido todos os recordes anteriores, uma vez que, mais de 66% dos cidadãos não vota-ram.

Dos 9.681.415 votantes apenas 3 281 816 votaram, e Gondomar tam-bém não fugiu à regra, pois, apenas votaram 54.194 de 144.345 gondoma-renses com direito a voto.

Tendo sido o PS o partido mais votado, com 18.379 votos conseguin-do mais 1.167 do que nas anteriores europeias.

Relativamente à coligação de di-reita PSD/CDS teve 11.685 votos per-dendo 7.926 votos.

A CDU com 7.968 votos teve mais 1.130 votos do que tinha tido nas anteriores Europeias.

Já o Bloco de Esquerda teve 3.040

votos, menos 3.768 votos do que ti-nha conseguido em 2009.

Foi sem dúvida um mau resultado tendo apenas sido eleita Marisa Ma-tias e ficando muito longe da eleição do segundo eurodeputado esta cons-tatação impõe uma reflexão profunda sobre a situação política, do caminho percorrido até aqui e as opções a fazer no futuro.

A Direita teve uma derrota im-portantíssima perdendo mais de 500 mil votos.

Mas mesmo assim não parou os seus ataques e nos últimos dias temos assistido a um vergonhoso ataque ao Tribunal Constitucional com a cober-tura ainda mais escandalosa do Pre-sidente Cavaco Silva. Os Portugueses perguntam onde está esse senhor. Será que ainda está de viagem pela China? Se for o caso que se deixe fi-

car por lá pois aqui não deixa saudade nenhuma.

Estas Europeias sinalizaram uma acentuação da crise do sistema políti-co na Europa patente na perda gene-ralizada do peso eleitoral dos partidos tradicionais e do Governo (socialistas e conservadores) e no crescimento da extrema-direita em países como a França, Inglaterra, Dinamarca, Sué-cia, Áustria e República Checa.

É verdade que também as forças anti-austeridade cresceram como é o caso da vitória do Syriza na Gré-cia, dos 20% de votos do Sinn Féin na Irlanda, assim como no Estado espanhol com a IU e o novo partido PODEMOS reuniram 18% dos votos.

Estes resultados eleitorais na Eu-ropa demonstraram ainda a ampli-tude da perceção de que a resposta da União Europeia à crise dos últi-

mos anos promoveu a desigualdade, e reforçou o diretório de uma única potência, consolidou o peso deter-minante do sistema financeiro e de economias submetidas ao rentismo, incentivando, assim a busca de solu-ções nacionais perante a agressivida-de da Comissão Europeia e do Banco Central Europeu.

As próximas semanas serão mar-cadas pelo regresso da contestação, com manifestacões no Porto e em Lisboa.

O caminho tem de ser o desgaste político deste governo PSD/CDS que há muito perdeu legitimidade de go-vernar, mas que teima em levar em frente as suas medidas de destruição que têm atingido como nunca até aqui a esmagadora maioria dos Por-tugueses. n

Portugal e a Europa depois das Europeias

Pedro OliveiraCDS-PP

As últimas Eleições Europeias vieram inequivocamente demonstrar o imenso fosso existente entre as di-ferentes propostas/performances par-tidárias e a importância ou credibili-dade que a população em geral atribui a tais esforços de arregimentação de apoiantes.

Com efeito é manifestamente desprestigiante para quem se assume como representante do povo e, nessa qualidade, como motor urdidor de soluções de desenvolvimento, moder-nidade e felicidade, deparar-se com “ratios” de participação eleitoral de apenas 1/3 do eleitorado, resultado este que mais não corresponde aliás, que ao corolário de todo um processo reiterado e crescente de “abandono” do povo, em continuar a participar do

imenso logro em que os pseudo-inte-lectuais da política decidiram trans-formar a prática política em Portugal. Mas pior, esta pobre realidade ganha foros de um lastimoso dramatismo, ao demonstrar que os três partidos do chamado “arco do poder”, todos jun-tos, não almejam obter apenas que um pouco acima dos 50% daquele 1/3 de votantes.

A descrença é grande e, por ven-tura, justificada, porque os partidos políticos com real vocação de poder, não tem parado de enganar os eleitores propondo despudoradamente a água onde perdura a seca, a fartura onde singra a falta de meios. Têm vindo a empurrar com a barriga a necessidade de controlo, a exigência de um rigor mínimo nas contas públicas, descredi-

bilizando perante os credores do país, o brio de toda uma nação.

Ora os portugueses, apesar de cada vez mais informados e, por isso, cientes do real estado das contas do país, tendo deixado de aceitar a redu-tora praxis de um seguidismo cego, de dizer apenas sim por razões de ideolo-gia, começam a optar perigosamente, em sinal de protesto, por aqueles que se dizem ser, alternativas ao “sistema”, dando não só espaço mediático mas poder a quem, prosseguindo uma agenda pessoal, mais não são que me-ros atores populistas, sem ideologia, sem substância, portanto, sem susten-tabilidade.

Estas eleições europeias foram por consequência, um primeiro e sério alerta aos partidos tradicionais, no sen-

tido de os motivarem a definitivamente produzirem profundas reformas, não unicamente no seu funcionamento interno mas essencialmente, na for-ma como se apresentam ao eleitorado, incentivando-os a que reforcem dras-ticamente o caráter genuíno das suas propostas bem como os pressupostos de verdade com que tais propostas lhe são transmitidas. De outra forma, isto é, a manutenção de uma postura de relaxamento por parte dos partidos tradicionais, só fará ampliar o palco de uns quantos ousados interesseiros, fazendo caminhar o país irresponsável e inexoravelmente para a uma inquie-tante e mais que provável implosão da democracia, com todas as nefastas consequências daí emergentes para a dignidade e felicidade de todos. n

Alertas

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

41VIVACIDADE JUNHO 2014

Page 42: Vivacidade ed. 95 - Junho 2014

1 – Já toda a gente percebeu que as eleições europeias foram fatais para o futuro político do líder socialista, António José Se-guro. Sendo certo que a coligação governamental averbou uma es-trondosa derrota, a verdade é que o PS de António José Seguro não conseguiu capitalizar o desconten-tamento dos eleitores, averbando apenas cerca de cem mil votos aci-ma da coligação. Os portugueses optaram antes por repartir os seus votos de protesto pelo Movimento Partido da Terra que deu abrigo a António Marinho Pinto, pelos co-munistas sob a tradicional sigla da CDU, pelos votos brancos e nulos, e também por uma desconcertante abstenção. O PS, embora ganhan-do as eleições, ficou por uma di-ferença de pouco mais de três por cento em relação à coligação

2 – A rebelião socialista não se fez tardar, com António Costa a manifestar a sua disponibilidade

para assumir a liderança do PS. Se-guro ficou em estado de choque, e os seus mais próximos nunca mais sossegaram. Uns e outros tentaram tudo para desmoralizar o presiden-te da Câmara de Lisboa. Mas An-tónio Costa tem-se mostrado im-perturbável, e disposto a jogar tudo para chegar à liderança do partido. Seguro ensaiou a fuga para a frente, agarrando-se ao poder com todas as suas forças, e desencadeando um processo atribulado de eleições

internas para a escolha do candida-to socialista a primeiro-ministro, num processo em que poderão vo-tar não apenas os militantes do PS, mas também os simpatizantes. Ora, para quem nem dentro de portas consegue um amplo consenso, é mais que evidente que no universo dos votantes socialistas Seguro ain-da terá menos apoios.

3 – Ao optar, finalmente, por marcar eleições primárias para o final de Setembro, Seguro oferece

de mão beijada um longo período de campanha ao seu adversário in-terno, que poderá assim, durante quatro meses, capitalizar tranqui-lamente dentro e fora das hostes socialistas. Seguro, ao ver-se soço-brar nas ondas da tempestade in-terna, agarrou-se à primeira tábua, sem a lucidez de perceber que é essa mesma tábua que lhe servi-rá de caixão. Mas não será ape-nas António José Seguro que será engolido nesta voragem política. Também a coligação no poder pa-gará muito cara esta crise interna do PS. É que quando António Cos-ta chegar ao cadeirão do poder no Largo do Rato estaremos a menos de um ano de eleições. E Costa es-tará fresquinho como uma alface, a vender uma grande esperança aos portugueses. Enfim, quem tem que se preocupar com o folhetim socialista já não será António José Seguro, mas antes Pedro Passos Coelho… n

Crise interna na liderança do PS será trágica para Passos Coelho

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Opinião

42 VIVACIDADE JUNHO 2014

A crise dos últimos anos e a subida do preço dos materiais pre-ciosos que se verificou até ao iní-cio de 2013 fez aumentar o recurso às casas de penhores. Mas nem tudo corre bem no setor. Entre os principais problemas de algu-mas casas de penhores a atuar no mercado nacional estão as avalia-ções realizadas de forma ilegítima, as deficiências na documentação apresentada e a fiscalização insu-ficiente. Situação que é agravada por um vazio legal ao abrigo do qual são cobrados juros de forma indevida.

Quando alguém vai a uma casa de penhores para contrair um empréstimo, é feita uma avalia-ção sobre a qual é cobrada a uma taxa máxima de 1% do montante da avaliação. O Regulamento das Contrastarias estipula que só ava-liadores oficiais, certificados pela Casa da Moeda, podem fazer ava-liações de peças de ourivesaria, pe-

dras preciosas, relógios ou barras e medalhas comemorativas de metal precioso. Muitas vezes, isso não acontece, o que nos leva a questio-nar a legitimidade da avaliação e a própria cobrança da taxa.

Mas é no que toca aos juros que o vazio legal se faz sentir. A generalidade dos prestamistas co-bra uma taxa de juro de 3% ao mês nos objetos de ouro, prata ou joias, o que se traduz numa taxa anual de 36%. Fazem-no baseando-se na lei de 1929 que regulava o se-tor. Acontece que esta lei foi re-vogada em 1999 por um diploma que remetia a definição da taxa de juro a aplicar para uma portaria a ser publicada posteriormente. Essa publicação nunca aconteceu e surgiu um vazio legal que dura há 15 anos. Alguns especialistas defendem que esta taxa deverá ser igual à de um contrato mútuo en-tre particulares (7%). Já a Direção Geral das Atividades Económicas

(DGAE), entidade que emite li-cenças desta atividade, entende que as taxas devem ser indexadas à taxa de juro legal, que é de 4% ao ano.

A pouca fiabilidade de alguns documentos emitidos pelas casas de penhor é outro dos problemas a afetar a atividade. De cautelas de penhor manuscritas a avaliações descritas de forma pouco clara, passando por cautelas emitidas como atos isolados, as falhas são várias. Esta falha de rigor é lesiva tanto para o consumidor como para o Estado, já que caso o impos-to de selo seja calculado incorreta-mente ou não seja comunicado à administração fiscal, pode nem chegar a entrar nos cofres estatais.

Por tudo isto, é urgente maior regulamentação neste setor. Além disto, a DECO propõe a inclusão de, pelo menos, um avaliador ofi-cial como condição essencial para iniciar a atividade prestamista. Fi-

nalmente, independentemente das alterações a serem feitas, urge uma maior e mais eficaz fiscalização ao setor por parte da ASAE.

Os consumidores também de-vem ter alguns cuidados: devem, evitar, a todo o custo, financiamen-tos por esta via e apenas recorrer a um empréstimo com penhor se não tiverem hipótese de recorrer a outras alternativas de crédito. De-vem ter atenção aos valores de ava-liação muito baixos ou muito altos; é aconselhável que visitem vários estabelecimentos e comparar. To-das as casas de penhores devem ter exposto, num local visível, o alvará. A sua existência dá alguma garantia de que o estabelecimento cumpre os requisitos de funciona-mento a que está obrigado. Tenha também atenção aos anúncios de jornais que fazem publicidade a penhor, porque podem ser ativi-dades não licenciadas. n

Penhor só em último caso

Cláudia SousaJurísta da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected] | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

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43VIVACIDADE JUNHO 2014

Opinião

Têm surgido ao longo dos tem-pos algumas confusões do que é efetivamente a ética médica, quais as normas de boas práticas médi-cas, numa relação que se pretende ser especial, que é a relação médico – doente. A maior parte das vezes, a confusão é inerente do desconhe-cimento e da formação das pessoas em causa. Vemos essa confusão, por exemplo no nosso ministro da Saúde, bem como em pessoas com responsabilidades sociais e universi-tárias, só desculpáveis, pois não têm qualquer formação na área da Medi-cina e do que tem de especial a rela-ção do médico com o paciente. Por esse motivo, têm-se agravado as rela-ções entre os profissionais médicos e o Ministério da Saúde, inclusive com marcação de um novo período de greves. Como senão bastasse, com os vários problemas sérios atuais, preo-cupou-se o Ministério da Saúde com as eventuais prendas que os pacientes possam dar aos médicos. Realmente,

chega a ser ridículo as razões evoca-das para as normas de proibição que se pretenda. Ao longo da minha vida profissional, aprendi com os meus colegas mais velhos e experientes, que deveríamos aceitar e respeitar as ofertas dos pacientes, desde que nunca fosse dinheiro ou que isso re-presentasse uma alteração na nossa conduta profissional, ou seja, a única condição, seria como reconhecimen-to e não antecipadamente a um ato

médico. Recebi ao longo destes anos reconhecimentos de todos os géne-ros e feitios, não podendo esquecer de alguns objetos que muitos pacien-tes pobres me deram, muitas vezes com sacrifício pessoal, só compensa-do pela alegria visível nos seus ros-tos, por aceitar com prazer e respeito a oferta em causa.

A ética não deve ser confundida, quer seja em medicina privada ou pública, ambas com os seus proble-

mas específicos. Por exemplo, em medicina privada, é sim uma condu-ta antiética, obrigar o doente a fazer um tratamento ou um exame com-plementar de diagnóstico, tal como um RX ou TAC, na instituição em que o médico efetua a consulta mé-dica, muitas vezes sem acordo com o seguro ou sistema de saúde do paciente. Só por motivos técnicos, bem explicados ao doente, se pode aconselhar um determinado exame em determinado local, mas sempre como conselho e não como obriga-ção. Isto sim, são as boas normas éti-cas de uma medicina condigna.

Para o cumprimento das boas normas éticas, antes de mais, o mé-dico tem de ter uma boa formação pessoal, mas sobretudo, para saber ética médica e as boas normas e con-dutas de praticar medicina, tem de ser, Médico. Todo resto é fantasia e petulância.

Até breve, estimados leitores… n

Ética Médica

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.

A maioria dos autarcas eleitos em setembro passado já assumiu o poder efetivo dos seus cargos há mais de duzentos dias. É da praxe política que o estado de graça de qualquer novo responsável polí-tico ronda uma centena de dias. Em alguns casos, a complacência dos eleitores admite que os quatro primeiros meses de exercício do poder são indispensáveis para co-nhecer os cantos da casa. Mas ao fim de meio ano já não há estado de graça que perdoe a ninguém no que à gestão de expectativas diz respeito.

Quer este intróito dizer que os novos dirigentes do poder local, saídos das últimas eleições, já es-tão, neste momento, debaixo do olho escrutinador e implacável dos seus cidadãos eleitores. Para o bem e para o mal. Ou seja, alguns es-tão a marcar pontos, outros estão a perder pontos, e muito poucos ainda estão no período de tolerân-cia.

Numa olhadela despretensiosa mas suficientemente informada em torno do que tem sido a ação

da maioria dos novos autarcas do chamado Grande Porto, ainda não se vislumbrou nada de extraor-dinário que permita dizer que o autarca “A” ou “B” é uma aposta ganha, porque chegou, viu e ven-ceu. Bem pelo contrário: a maioria ainda está na fase do melão verde, ou seja, longe de demonstrar o que tem dentro de si para oferecer…

Os autarcas dos concelhos com orla marítima encontraram pela frente um castigo pesado e injus-to, que decorre dos estragos que os rigores do inverno lhes infligiram nas praias. Conclusão? A época balnear abriu, e na maior parte das praias os estragos estão à vis-ta, sem que quer os municípios, quer a APDL fossem capazes de

recuperar aqueles espaços. A ima-gem das praias é degradante, e um péssimo cartão para os respectivos autarcas.

Os que não têm praias – caso de Gondomar, Maia e Valongo – não sofreram este castigo, mas herdaram outras faturas não me-nos gravosas. Também eles foram forçados a apagar incêndios e tapar buracos, muitos deles inesperados. Mas o povo não é de grandes con-templações. E por isso, ou rapida-mente se começa a dar conta de que as coisas mudaram ou estão a mudar, ou não tardará a desilusão virá à tona de água.

No que a Gondomar diz res-peito a primeira impressão é de excessiva lentidão na solução de pequenos grandes problemas. Tais como: iluminação pública, estado dos pisos rodoviários, espaços de lazer, segurança das vias de circu-lação, passeios pedonais, recolha de lixos e limpeza pública, etc etc. Isto para falar apenas do que se vê a olho nu… Para já, exige-se mais dinâmica, pelo menos nas peque-nas grandes coisas… n

Acabou o Estado de Graça dos autarcas

Bisturi

Henrique Villalva

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Lazer

VIVACIDADE JUNHO 2014

PALAVRAS CRUZADAS, SUDOKU E ANEDOTA

Ingredientes

Ovas de BacalhauPão secoAzeiteAlho picadoCoentros picadosOrégãos Azeitona preta às rodelasSalÓleoFarinhaOvosAlfaceTomate

Confeção:

Cozer as ovas em água e sal.Deixar arrefecer. Reservar a água.Num tacho colocar azeite, alho picado, coentros e as azeitonas. Deixar refu-gar. De seguida deitar o pão esfarelado e juntar a água .Deixar cozer. A consistência da açorda fica a gosto (colocar mais ou menos água).Passar as ovas por farinha e ovo batido e fritar em óleo bem quente.Servir as ovas com a açorda.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chefe João Paulo Rodrigues

Exposições:Pintura – Maria RosaAté 20 de junho, na sede da Associação Artística de Gondomar

“No Estado Crítico” – Maria Luisa AbreuAté 22 de junho, no Lugar do Desenho

“Cúmulo-Nimbo” – Paulo Luís AlmeidaAté 22 de junho, no Lugar do Desenho

“Termos de justificação acerca da identidade e consentimento de indivíduos que se ausentarem para países estrangeiros” – Saídos do póAté 28 de junho, na Biblioteca Municipal de Gondomar

“Jogo do pião no recreio das escolas” - fotografiaDe 20 de junho a 10 de julho, na Casa da Juventude de Rio Tinto

Desporto:

D’ouro Run29 de junho, às 10h – marginal do Douro em Gondomar

Diversos:Comemorações dos 167 anos da Convenção de Gramido28 e 29 de junho, na casa Branca de Gramido

XVI Jornadas CulturaisAté 21 de junho, na sede da Sociedade Columbófila Dez

de Junho

Colheita de Sangue14 de junho – Escola EB 2,3 de Fânzeres, das 9h às 12h30

28 de junho – Escola EB 2,3 de Medas, das 9h às 12h30

Festivais:Fim-de-Semana da Juventude

De 13 a 15 de junho, em vários locais do município

16º Festival de Música Moderna Tiro ao Rock28 de junho, 5 e 12 de julho, no Parque da Minhoteira

Música:Encontro de Tradições Rio Tinto 201414 de junho, no Largo do Mosteiro em Rio Tinto

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

* docente na Actual Gest

Ovas de Bacalhau fritas com Açorda

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Sofrerá pressões no plano profissional. Seja firme e aja com inteligência e espírito de justiça. Mostre a sua eficiência no traba-lho. Dê atenção à família, mas evite certas interferências na sua vida afectiva.

Conseguirá destacar-se no trabalho. As suas perspectivas serão cada vez melho-res. Contudo, também aumentarão as suas responsabilidades.

Dinheiro e amizade nem sempre an-dam juntos. Tenha cuidado, para não ser vítima de mentiras ou traição. No amor, poderá sentir-se um pouco indeciso e con-fuso com factos inesperados.

Intrigas e mexericos nunca trouxe-ram nada de bom. Afaste-se deles para preservar a sua imagem íntegra. Saiba manter a calma em condições adversas e chegará ao fim com resultados positivos.

Poderá conhecer uma pessoa gene-rosa, magnética e exótica que lhe pro-porcionará bons momentos. Aproveite e usufrua das suas alegrias. A lua está convidativa a momentos de paixão.

Não facilite. Aja com cautela e evitará futuros problemas. Use a sua fértil imagi-nação para criar coisas novas na sua vida.

Ritmo positivo neste mês. Óptimo para se dedicar à resolução de problemas antigos e planear o futuro para que a sua vida se renove e evolua.

Se não tem bilhete para o Campeonato do Mundo no Brasil, fique a saber que já existe uma forma de visitar os 12 estádios de futebol onde vai decorrer a competição. Através do Street View, tecnologia do Google Maps, estão disponíveis ima-gens do interior e exterior da Arena de São Paulo, Estádio do Maracanã, Estádio das Dunas, entre ou-tros. O trabalho não é inédito, o Google já tinha feito o mesmo há quatro anos no Mundial da África do Sul, com imagens dos dez estádios que integra-ram o evento.

O Street View mostra ainda imagens de ruas pintadas e outros locais associados ao Campeona-to do Mundo, que começa esta quinta-feira. O uti-lizador tem assim a oportunidade de visitar todos os cantos do campo e pode “andar” no centro do relvado.

Outros lugares icónicos como o Parque Nacio-nal de Iguaçu ou as ruínas jesuítas de São Miguel das Missões, em Rio Grande do Sul, também po-dem ser visitados.

Curioso? Visite este link:https://www.google.com/maps/views/stree-

tview/brazils-world-cup-stadiums?gl=us

No trabalho a sua criatividade é mui-to apreciada. Tente estimulá-la para tirar proveito disso. Ser caridoso é uma grande virtude. Tente ajudar o próximo e você será cada vez mais amado e respeitado.

Momentos de tensão e conflito no ambiente laboral colocarão à prova a sua capacidade de discernimento. Boa opor-tunidade de grande romantismo poderá acabar em clima de paixão e amor.

Saia e vá satisfazer os seus desejos consumistas. Compre aquela roupa que há tanto tempo namora. Cuide da sua apa-rência. Cuidado com os gastos excessivos. Não exagere!

Pode não concordar com as ideias de amigos ou colegas, mas procure respeitá--las. No amor, mostre-se tolerante. Nem sempre é como queremos, mas você che-gará lá.

Com boas ideias e prudência poderá gerar lucros. Clima de segurança familiar. Faça programas diferentes, viva novas emoções.

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Lazer

LELO e ZEZINHA

FOTO VIVACIDADE

Estádios do Mundial 2014 no Google Maps

João PintoEx-capitão do FC [email protected]

VIVA TEC

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Emprego

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