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Introdução «A s transações com textos mais elaborados, a autonomização do leitor em direcção a autores que não conhece, o caminho da li- bertação que a escrita dos outros pode propor- cionar são actos progressivos de descoberta através das obras das pequenas bibliotecas de turma, das incursões à biblioteca de escola e das respostas eventuais aos apelos dos livros que nos cercam. A leitura é um processo uni- versal de obtenção de significados.» (Ivone Niza, 1998). A reflexão sobre as informações que os espe- cialistas e investigadores da Língua vão produ- zindo e colocando ao serviço dos professores, a quem cabe a tarefa de promover a aprendiza- gem da escrita e da leitura, é determinante na definição do papel da escola nesta área. Ivone Niza tem contribuído, de forma sig- nificativa, para o aperfeiçoamento da minha prática pedagógica na área da Língua Portu- guesa e levou-me a valorizar outra dimensão do trabalho na sala de aula: proporcionar aos alunos a aprendizagem da escrita e da leitura através da sua funcionalidade. O trabalho aqui apresentado resulta da mi- nha preocupação de sistematizar algumas acti- vidades de leitura que tenho vindo a desen- volver com os meus alunos na sala de aula. Considerandos Os programas de Língua Portuguesa do 1.º ciclo do Ensino Básico, nos seus Princípios Orientadores apontam para a operacionaliza- ção dos conteúdos «... num processo pedagó- gico centrado nos alunos que, em interacção na turma, com o professor, constróem a sua aprendizagem.» «Considera-se essencial que na aprendiza- gem da Escrita e da Leitura se mobilizem si- tuações de diálogo, de cooperação, de con- fronto de opiniões; se fomente a curiosidade de aprender; se descubra e desenvolva, nas di- mensões cultural, lúdica e estética da Língua, o gosto de falar, de ler e de escrever.» Os objectivos gerais do mesmo programa de Língua Portuguesa referem nos pontos 10, 11, 12 e 13: 10 – Utilizar a leitura com finalidades di- versas (prazer e divertimento, fonte de infor- mação de aprendizagem e enriquecimento da Língua). 11 – Apropriar-se do texto lido, recriando-o em diversas linguagens. 12 – Desenvolver a competência de leitura relacionando os textos lidos com as suas expe- riências e conhecimentos do mundo. 13 – Utilizar diferentes recursos expressivos com uma determinada intenção comunicativa (dramatizações, banda desenhada, cartazes publicitários). Perspectiva-se, assim, uma aprendizagem da leitura como meio de desenvolvimento da capacidade de aceder à informação e de inte- resse pelo saber. Porém, a afirmação de que os jovens lêem pouco por prazer e de que não sabem utilizar 11 ESCOLA MODERNA Nº 10•5ª série•2000 Vivenciar o Prazer da Leitura na Escola Patrocínia Moedas

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Introdução

«As transações com textos mais elaborados,a autonomização do leitor em direcção

a autores que não conhece, o caminho da li-bertação que a escrita dos outros pode propor-cionar são actos progressivos de descobertaatravés das obras das pequenas bibliotecas deturma, das incursões à biblioteca de escola edas respostas eventuais aos apelos dos livrosque nos cercam. A leitura é um processo uni-versal de obtenção de significados.» (IvoneNiza, 1998).

A reflexão sobre as informações que os espe-cialistas e investigadores da Língua vão produ-zindo e colocando ao serviço dos professores, aquem cabe a tarefa de promover a aprendiza-gem da escrita e da leitura, é determinante nadefinição do papel da escola nesta área.

Ivone Niza tem contribuído, de forma sig-nificativa, para o aperfeiçoamento da minhaprática pedagógica na área da Língua Portu-guesa e levou-me a valorizar outra dimensãodo trabalho na sala de aula: proporcionar aosalunos a aprendizagem da escrita e da leituraatravés da sua funcionalidade.

O trabalho aqui apresentado resulta da mi-nha preocupação de sistematizar algumas acti-vidades de leitura que tenho vindo a desen-volver com os meus alunos na sala de aula.

Considerandos

Os programas de Língua Portuguesa do1.º ciclo do Ensino Básico, nos seus Princípios

Orientadores apontam para a operacionaliza-ção dos conteúdos «... num processo pedagó-gico centrado nos alunos que, em interacçãona turma, com o professor, constróem a suaaprendizagem.»

«Considera-se essencial que na aprendiza-gem da Escrita e da Leitura se mobilizem si-tuações de diálogo, de cooperação, de con-fronto de opiniões; se fomente a curiosidadede aprender; se descubra e desenvolva, nas di-mensões cultural, lúdica e estética da Língua, ogosto de falar, de ler e de escrever.»

Os objectivos gerais do mesmo programade Língua Portuguesa referem nos pontos 10,11, 12 e 13:

10 – Utilizar a leitura com finalidades di-versas (prazer e divertimento, fonte de infor-mação de aprendizagem e enriquecimento daLíngua).

11 – Apropriar-se do texto lido, recriando-oem diversas linguagens.

12 – Desenvolver a competência de leiturarelacionando os textos lidos com as suas expe-riências e conhecimentos do mundo.

13 – Utilizar diferentes recursos expressivoscom uma determinada intenção comunicativa(dramatizações, banda desenhada, cartazespublicitários).

Perspectiva-se, assim, uma aprendizagemda leitura como meio de desenvolvimento dacapacidade de aceder à informação e de inte-resse pelo saber.

Porém, a afirmação de que os jovens lêempouco por prazer e de que não sabem utilizar

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a leitura como fonte de informação, é cada vezmais frequente.

Estudos recentes sobre literacia revelaramque uma enorme percentagem de portuguesesdeixaram de ler assim que abandonaram a es-cola perdendo capacidades neste domínio.

Considera-se assim de significativa impor-tância o papel da Escola na realização de prá-ticas que contribuam de forma determinantepara o « aprender a gostar de ler e de escrever.

Pretendendo atingir os objectivos do pro-grama de Língua Portuguesa do 1.º ciclo do En-sino Básico e criar o gosto pela leitura, numaturma de alunos do 3.º ano de escolaridade, or-ganizei o trabalho na sala de aula de modo aproporcionar-lhes situações diversificadas e in-teracções facilitadoras da utilização da leituracomo prazer ou fonte de informação, isto é, vi-venciar a funcionalidade do acto de ler.

Com vista à concretização das intençõesatrás referidas promovi algumas estratégiasdesencadeadoras da leitura funcional e do pra-zer de ler, nomeadamente: espaço e tempopara a leitura por livre escolha, diversificaçãode actividades, leitura de histórias à turma, in-teracções facilitadoras da leitura, instrumentosde registos de leitura, publicidade de livros,construção de livros de textos dos alunos, pro-jectos de pesquisa.

Espaço e Tempo para a Leitura por Livre Escolha

A possibilidade de ler por iniciativa própriae encontrar prazer nessa actividade na sala deaula é essencial para aprendizagem da leitura epara gostar de ler.

Por isso, os alunos dispõem, diariamente deum tempo que gerem autonomamente e du-rante o qual realizam as actividades que plani-ficaram no início da semana de acordo com oseu Plano Individual de Trabalho.

Dessas actividades faz parte a leitura.Cada aluno pode assim escolher o mo-

mento em que lê.Na sala de aula existe uma mini-biblioteca,

um espaço com uma mesa e uma estante com

livros de histórias, de banda desenhada, deconsulta, oferecidos pelos pais ou adquiridoscom verbas próprias da turma.

De vez em quando, requisitamos outros li-vros na Biblioteca Municipal ou na Bibliotecada escola que ficam na sala por um período dequinze dias.

Durante o tempo de trabalho e estudo au-tónomo os alunos fazem leituras por iniciativaprópria na Biblioteca ou no seu lugar habitualse não houver ali espaço disponível.

Diversificação de Actividades

A diversificação de actividades é condiçãopara que cada aluno possa ler na sala de aulasem ser por proposta da professora isto é, porinteresse e não por obrigação.

Para que tal aconteça a sala está organizadacom espaços para realização de actividades di-ferenciadas a decorrer em simultâneo.

Uns alunos podem pintar, outros produzirtextos, fazer fichas de treino, desenhar, traba-lhos de pesquisa em pequeno grupo e outrosprojectos.

A planificação de actividades é feita emcooperação tal como a avaliação e gestão dotempo.

Os materiais estão organizados e existeminstrumentos de planificação e de registo detodas actividades.

Interacções facilitadoras da Leitura

Durante o tempo de Plano Individual deTrabalho muitos alunos escrevem e lêem indi-vidualmente ou a pares.

Os alunos convidam-se para lerem em con-junto o mesmo livro, o que torna a leitura umaactividade mais interessante porque cada umlê, alternadamente, para o outro ouvir, aju-dando-se nas palavras difíceis, na discussão doseu significado, na compreensão do conteúdodo livro.

Tudo isto contribui para a aprendizagem edesenvolvimento de competências de leitura,do prazer de ler e de cooperação.

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Instrumentos de Registo de Leitura

Como referi em pontos anteriores, os alu-nos dispõem de um tempo que gerem autono-mamente em função de uma gestão cooperadada planificação e avaliação do trabalho daturma.

Assim o grupo tem ao seu dispor instru-mentos de registo que ajudam a regular o queacontece na sala de aula e que contam a histó-ria do grupo.

Existem na sala grelhas de registos de fi-chas de leitura para treino de competências,grelhas onde os alunos registam o tipo de lei-turas que fizeram – histórias, poesia, bandadesenhada (Ver fig. 1) – e outros registos de li-vros lidos – quem leu; título do livro que leu;quando começou e terminou a leitura; qual aopinião sobre o livro e, ainda um registo quefuncionou resultante da leitura do livro «Leó-nia Devora Livros». (Ver figs. 2 e 3).

Estes registos ajudam o aluno a organizar-se individualmente, a tomar consciência dasleituras que vai fazendo e ainda a estimularoutros a ler o livro que o colega já leu e do qualtem uma boa opinião.

Na biblioteca há, também, um modelo deficha de leitura de preenchimento facultativoque é utilizado por alguns alunos.

A leitura vai acontecendo na sala de aulacomo um interesse e um prazer do aluno en-quanto adquire o domínio desta competênciaestimulado e valorizado pelo grupo.

Leitura de Histórias

Ler só para ouvir

A leitura de histórias, tal como a escrita eleitura de textos, o aperfeiçoamento de textos,a correspondência ou Jornal Escolar, são umcontributo importante, não só para o desen-

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Fig. 1 – Ficha de Registo de Leituras

volvimento da linguagem escrita como do pra-zer de ler.

Como se refere em « Cultivar o Gosto PelaEscrita – Formação de Professores »

– (Ministério da Educação – Departamentodo Ensino Básico, 1998)

«Ler histórias às crianças é importante por-que:

– cria nas crianças o gosto pelo texto escrito;– ajuda ao desenvolvimento da oralidade;– leva a criança a querer contactar, ela pró-

pria, com o texto que ouviu ler;– nesse contacto ela visualiza palavras e

frases que mais a tocaram na leitura;– familiarizam-se com o tipo de linguagem

utilizada nos textos escritos, o que lhesfacilitará posteriormente a leitura;

– permite-lhes o contacto com obras a que,dada a sua extensão ou dificuldade, nãopoderiam ter acesso em determinadas fa-ses étarias.»

Desde os primeiros dias da entrada na es-cola deste grupo de crianças, li-lhes diaria-mente uma história. Mais ou menos quinzeminutos de leitura, a maior parte das vezes sópara ouvir ler. Outras vezes, fazíamos, em co-lectivo, o reconto oral, conversávamos sobreas personagens, a acção, o que mais gostámos.

Agora que estes alunos se encontram no 3.ºano, são eles que se propõem para ler à turmahistórias que já leram individualmente e esco-lheram para partilhar com os colegas.

Resultante desta actividade surgiu um re-gisto de apreciação colectiva de leitura que,pelo modo construtivo como é feito, estimulaoutros a treinar e melhorar a sua competênciade leitura enquanto interagem com o grupo.

Biblioteca Escolar

Animação de Leitura

A dinamização da Biblioteca Escolar temcontribuído de forma significativa para desen-

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Figs. 2 e 3 – Registos de leitura referidos no texto

volver competências de leitura e escrita e, emsimultâneo, criar o gosto por estas áreas.

Considerada a importância deste espaço, aescola organizou-se de modo a dispor de umaprofessora de apoio, com algum tempo no seuhorário, para trabalhar, organizar e dinamizaractividades na Biblioteca.

Elaborou-se um horário em que se fixou osdias da semana e as horas destinadas à partici-pação de cada turma em momentos de Ani-mação de Leitura.

Cada professor, com os seus alunos, podeutilizar a Biblioteca noutros momentos, desdeque o espaço não esteja ocupado, e realizaractividades planificadas na sala de aula.

A minha turma participa, todas as 5.as feirasdas 14h às 15h, em actividades de animaçãode leitura: leitura de livros; contos; dramatiza-ção de histórias ; diapositivos ; histórias em ví-deo e outras.

Decorrente desta actividade de animaçãode leitura surgem na sala de aula actividadesde escrita: reescrita, na sua totalidade ou departes, das histórias ouvidas; ilustração dasmesmas e escrita da respectiva legenda; bandadesenhada; caracterização de personagens;produção de outras histórias a partir das ouvi-das. (Ver fig. 4).

Intercâmbio entre turmas de actividades de Animação de Leitura

A partir do Projecto de Turma de Animação

de Leitura e com o objectivo de dinamizar aBiblioteca Escolar propus, no início do ano lec-tivo às professoras que trabalham com turmasdo 3.º ano, o intercâmbio de divulgação de li-vros lidos e trabalhados em sala de aula.

Cada turma lê e trabalha o livro na sala eutiliza diferentes formas de o divulgar a outrasturmas. Uns elaboram cartazes, outros drama-tizam a história, fazem fantoches, ilustraçõesalbuns com a reescrita do livro... (Ver fig. 5).

Posteriormente este projecto foi assumidopelas turmas do 4.º ano e na «Semana da Crian-ça» decorreu, em simultâneo, com a Feira doLivro, apresentação dos vários livros trabalha-dos envolvendo todas as turmas da escola.(Ver fig. 6).

Assim, a promoção da leitura como fontede prazer e de divertimento, é feita pelos pró-prios aluno.

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Fig. 4 – Ilustração a pares de um livro lido na Biblioteca de Escola

Fig. 6 – Feira Do Livro

Fig. 5 – Apresentação de um livro a outras turmas

Publicidade de Livros

O papel do professor é, sobretudo, promo-ver as aprendizagens dos alunos num am-biente educativo que permita a construçãodessas aprendizagens.

Ao professor cabe organizar instrumentos,materiais e momentos que proporcionem umavanço mais rápido dos alunos na aquisição desaberes, atitudes e comportamentos.

A fim de que os alunos tenham contactocom diferentes tipos de leitura e de diversasobras, costumo utilizar um expositor ondevou colocando dois ou três livros, por um pe-ríodo de tempo, como convite à leitura daque-las obras.

É uma forma de fazer publicidade de livros.Há sempre quem responda ao convite e

faça as leituras propostas. Outra forma é posta em prática pelos alunos.Alguns fazem cartazes publicitários dos li-

vros que leram e expõem-nos na sala para to-dos terem acesso e vontade de ler aquele livro(Ver fig. 7).

Considero esta prática uma estratégia pe-dagógica importante na medida em que, aoelaborar o cartaz publicitário o aluno faz umaanálise do conteúdo do livro que irá resumirnum simples (?) cartaz de divulgação para oscolegas. (Ver fig. 8).

Assim a promoção da leitura, como fontede prazer e de divertimento é feita pelos alu-nos, através de actividades que se vão desen-volvendo na prática do dia-a-dia enquanto se

dá cumprimento ao programa de Língua Por-tuguesa.

Projectos de Estudo

Utilizar a leitura como meio de acesso à in-formação a fim de dar resposta a um interessedo aluno é uma forma de compreensão da fun-cionalidade da leitura.

Os projectos de pesquisa constituem ins-trumentos facilitadores da utilização da leituracomo fonte de informação, desencadeadoresde aprendizagens significativas.

Compete ao professor promover estasaprendizagens e criar condições na sala de aulapara a concretização dos projectos.

Afixado na sala, acessível a todos os alunos,existe um painel onde os alunos registam assuas questões individuais, constituindo-seposteriormente os grupos para concretizar oseu projecto de estudo. (Ver fig. 10).

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Figura 7 – Painel de Exposição de Publicidade ao livro Fig. 9 – Divulgação de um livro à turma

Fig. 8 – Cartaz de publicidade do livro «A Menina Do Mar»

Em momentos de trabalho diversificado,em pequenos grupos, os alunos realizam osseus projectos de pesquisa de acordo com osseus interesses.

O grupo preenche uma grelha que o ajudaa organizar-se. Depois sozinho ou com a pro-fessora procuram os livros que interessampara o assunto.

Em trabalho autónomo, os alunos pesqui-sam, seleccionam e organizam a informaçãorecolhida. (Ver fig. 11).

Eu estou atenta às dificuldades que vão sur-gindo para apoiar, sempre que necessário, epara questionar o grupo no sentido de fazeravançar a pesquisa.

Terminado o trabalho, o grupo apresenta oproduto à turma. (Ver fig. 12).

Depois de prepararem cuidadosamente aapresentação, os elementos do grupo lêem, ex-plicam, mostram os desenhos. Os outros alu-

nos ouvem atentamente e no final fazem per-guntas, acrescentam coisas que também sa-bem sobre o assunto, e gera-se o debate.

Eu, como professora, também tenho aquium papel importante: completando a informa-ção, chamando a atenção para coisas que pos-sam não ter ficado muito claras, ajudando aestruturar os novos saberes resultantes da pes-quisa do grupo e partilhada com a turma.

Assim, progressivamente os alunos vão de-senvolvendo competências de leitura que lhespermitem utilizá-la como meio de aquisição einteresse pelo saber. (Ver figs. 13 e 14).

Conclusão

Os Princípios Orientadores da Acção Peda-gógica do 1.º ciclo apontam para experiênciasde aprendizagem activas, significativas, diver-sificadas e socializadoras.

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Fig. 11 – Trabalho de pequeno grupo para concretizaçãode um projecto de estudo

Fig. 12 – Comunicação de um trabalho à turmaFig. 10 – Quadro de organização de projectos

Figura 13 – Acetato apresentado à turma numa comunicação sobre golfinhos

A operacionalização destes princípios re-sultou num percurso de trabalho que permitiuaos alunos o domínio progressivo da técnicada escrita e da leitura e, simultâneamente, acompreensão da sua funcionalidade.

A sua participação activa em todo o pro-cesso e as interacções estabelecidas no grupofacilitou-lhes a construção das suas própriasaprendizagens promovendo o prazer da lei-tura.

BIBLIOGRAFIA

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NIZA, Ivone (1990), Aprender a Língua produzcompreensão, ESCOLA MODERNA, Lisboa: Mo-vimento da Escola Moderna.

NIZA, Ivone e SANTANA, Inácia (1996), A dife-renciação do trabalho escolar, ESCOLA MO-DERNA; N.º 1, 4.ª Série, Lisboa: Movimentoda Escola Moderna.

NIZA, Sérgio e OUTROS (1998), Criar O GostoPela Escrita, Lisboa: Ministério da Educação.

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Figura 14 – Acetato apresentado à turma numa comunicação sobre golfinhos