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ESCOLA SANTA BÁRBARA

1º BIMESTRE

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VOCÊ VÊ O QUE VOCÊ REFLETE

Tempos atrás, em um distante e pequeno vilarejo, havia um lugar

conhecido a Casa dos Mil Espelhos.

Um pequeno e feliz cãozinho soube da existência desse lugar e decidiu

visitá-lo. Lá chegando, saltitou feliz escada acima até a porta da casa. Olhou

através da grande porta envidraçada que ficava na entrada, com as orelhas

bem levantadas e o rabinho balançando tão rapidamente quanto podia. Para

sua grande surpresa, deparou-se com outros mil pequenos e felizes

cãezinhos, todos com o rabinho balançando tão rapidamente quanto o dele.

Isso o levou a abrir um enorme sorriso, que foi correspondido por outros mil

enormes sorrisos. Quando saiu de casa, pensou: “Que lugar maravilhoso!

Voltarei aqui um montão de vezes!”.

Nesse mesmo vilarejo, outro cãozinho, que não era tão feliz quanto o

primeiro, também decidiu um dia visitar a Casa dos Mil Espelhos. Escalou

lentamente suas escadarias e olhou através da grande porta envidraçada.

Quando viu mil outros cãezinhos de olhares hostis, olhando fixamente para

ele, rosnou e mostrou os dentes. Ele ficou horrorizado ao ver os mil

cãezinhos também rosnando e mostrando os dentes para ele.

Quando saiu, ele pensou: “Que lugar horrível! Nunca mais volto

aqui!”.

E você? Como está olhando para os espelhos que existem em seu

setor? Reflita sobre isso. A forma como você vê as pessoas no trabalho é

um reflexo do seu comportamento.

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Não deixe

o álcool ser

maior que

você.

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Bebidas Alcoólicas

O álcool é a substância química mais utilizada pela humanidade. Está presente

na maioria das festas e rituais religiosos. Apesar disso, não se trata de uma substância

inofensiva A intoxicação por álcool pode trazer conseqüências muito sérias à saúde.

As mais freqüentes são gastrite, úlcera, hepatites tóxicas, esteatose (acúmulo de

gordura nas células do fígado, decorrente da ação tóxica do álcool sobre suas

membranas), cirrose hepática, pancrealite, lesões cerebrais, demência, diminuição da

força muscular nas pernas, miocardites, risco de infartos, hipertensão e acidentes

vasculares cerebrais (derrames). O álcool aumenta o risco de neoplasias (câncer) no

trato gastrintestinal, na bexiga, na próstata e em outros órgãos.

Alcoolismo

Algumas pessoas tornam-se dependentes do álcool, perdendo o controle de suas

vidas. Alguns sinais podem indicar a falta de habilidade em consumir bebida alcoólica

e, conseqüentemente, a necessidade de buscar ajuda, tais como:

- Dificuldade de controlar o uso e/ou a quantidade;

- Abandono progressivo de prazeres ou interesses alternativos;

- Persistência do uso do álcool mesmo diante da clara evidência de

conseqüências nocivas (prejuízo no desempenho escolar, envolvimento com a polícia,

agressões físicas, acidentes de trânsito etc).

Muitos jovens acreditam que não se tornarão alcoólicos e que somente as

pessoas idosas podem adoecer bebendo. Isso não é verdade. A dependência

química não escolhe idade, condição social ou nível de instrução.

Álcool e gravidez

O uso de bebidas alcoólicas durante a gravidez pode ocasionar diversos

problemas na formação do bebê, sendo o mais sério deles, a Síndrome Alcoólica Fetal

(SAF). Os filhos das gestantes que ingerem bebidas alcoólicas podem apresentar

deficiências para toda a vida.

Os bebês portadores da SAF podem apresentar anomalias físicas,

comprometimento mental e distúrbios de comportamento. Esta síndrome, também

requer tratamentos complexos e, por vezes, dispendiosos.

Não existe uso seguro de bebida alcoólica na gravidez. Não beber na

gravidez é a melhor estratégia.

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Bebidas alcoólicas na sociedade brasileira

Além dos prejuízos físicos e psicológicos do uso crônico do álcool, há o alto

custo social que se eleva cada vez mais, acarretando prejuízos às empresas e à

economia do país.

Não há dúvida de que todos nós estamos pagando por isso.

- De acordo com o Ministério da Saúde, 80% de jovens entre 10 e 19 anos já usaram

bebidas alcoólicas pelo menos uma vez. A indicação do uso começa cada vez mais

cedo, em torno de 10 anos de idade;

- A dependência do álcool atinge cerca de 10% da população mundial;

- Grande parte dos acidentes de trânsito o corridos no Brasil, é conseqüência direta da

embriaguez ao volante, representando a primeira causa de morte entre jovens de 14

a 26 anos. O país chega, anualmente, a 350.000 feridos e 50.000 vítimas fatais,

tornando-se referência mundial em mortes de trânsito;

- Nas cidades brasileiras, 65% dos leitos hospitalares de emergência encontram-se

ocupados por pessoas que sofrem acidentes de trânsito. É a sexta causa de

internações hospitalares;

- Cerca de 13% do orçamento do SUS é consumido no tratamento das vítimas;

- Segundo dados americanos, a cada mil nascimentos, uma a duas crianças nascem

comprometidas pelo uso de bebidas alcoólicas durante a gravidez (No Brasil não

existem estatísticas regionais);

- Segundo relatório da organização Internacional do trabalho (OIT), a bebida alcoólica

é responsável por 50% das faltas ao trabalho no Brasil e provocou 339 mil acidentes

de trabalho em 2002.

Fique de olho!

A indústria do álcool procura convencer as pessoas a usarem seus produtos. Pra

isso, utiliza-se de todo recurso disponível de propaganda, introduzindo sua marca em

filmes de cinema e programas de TV;

O apelo sexual através de “modelos da moda” que apresentam os produtos do

álcool: cervejas, vinhos, coolers e etc – faz parte da estratégia de venda, sem esclarecer

que a bebida não fará ninguém se tornar mais jovem ou mais saudável.

O álcool e seus mitos

- Ingerir café ou tomar banho frio não devolve sobriedade para quem bebeu. O álcool

precisa de tempo para ser metabolizado pelo organismo.

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- A cerveja e o vinho são tão tóxicos quanto à cachaça, o uísque e outras bebidas

alcoólicas. O fato de possuírem menor teor etílico, apenas facilita o consumo de

quantidades maiores.

TEOR ALCOÓLICO APROXIMADO EM %

Vodca Champanha Vinho

40% 8% 12%

Cerveja Uisque Pinga

5% 43% 39%

“A dependência do álcool atinge de 5% a 10% da população adulta brasileira.”

Atividade Física e Álcool

Antes de mais nada, o álcool é uma toxina, um veneno. Seu uso, mesmo em

pequenas quantias, produz várias anormalidades fisiológicas no corpo que diminuem a

capacidade de força, resistência, recuperação, e a capacidade de metabolizar gordura

para energia. Ele é particularmente perigoso por é um solvente bipolar, isto é, ele é

solúvel na água e na gordura. Isso o permite penetrar em todas as células do corpo,

principalmente as do sistema nervoso.

Sua ação no sistema nervoso central causa uma deterioração severa. Mesmo em

pequenas doses, ele diminui a quantidade e a intensidade dos sinais excitatórios para os

neurônios motores que estimulam a contração muscular, diminuindo a força muscular,

além de provocar uma diminuição na coordenação mãos-olhos (por isso não se deve

guiar após beber).

As molecas do álcool ficam no corpo um tempo bem maior do que se pensa, às

vezes por varias semanas.

A presença do álcool no sistema digestivo cria um ambiente que diminui a

absorção de vários nutrientes na corrente sanguínea, contribuindo principalmente para

um estado de anemia.

Há pelo menos 30 estudos associando o consumo de álcool e a hipertensão,

todos eles mostrando que a pressão arterial se eleva nos que consomem álcool e não

apenas naqueles que bebem muito, mas também naqueles que fazem uso moderado da

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bebida alcoólica. Há uma relação direta entre o consumo de álcool e o aumento da

pressão arterial.

O álcool tem também um grande efeito negativo sobre o fígado. O fígado é o

principal órgão responsável pela desintoxicação do álcool, de forma que quanto mais

álcool entrar no sistema, mais stress sobre o fígado.

Uma exposição prolongado a grandes quantidades de álcool, danifica e destrói as

células do fígado. Sua ação é prejudicial ai fígado não apenas porque ele é toxico mais

também porque ele é diurético. O álcool inibi a liberação do HAD, hormônio

antidiurético, de forma que a água é “descarregada” do corpo em grandes quantidades

(já pensaram em bares sem banheiro? Como iria ser?).

Finalmente, um produto final da desintoxicação do álcool é o acido láctico.

Quando o fígado é forçado a tratar de grandes quantidades de álcool pode resultar

numa condição de acidose láctica. Esse acúmulo de acido láctico não apenas interfere

com a função muscular, como também inibe a excreção renal do acido úrico através

dos rins, resultando num estado chamado hiperucemia. Essa condição resulta

problemas como dores nas articulações.

As mudanças acima descritas ocorrem apenas nas pessoas que bebem muito.

Alguns drinques ocasionais, o chamado “beber socialmente” não têm conseqüências

negativas para a maioria das pessoas saudáveis.

Hipertensão arterial

É a chamada pressão alta. É quando ocorre um aumento da força com que o

sangue circula nos vasos sanguíneos do corpo. A hipertensão frequentemente está

associada á obesidade, pois o excesso de peso significa mais esforço para os órgãos.

A hipertensão pode ser uma inimiga silenciosa. Muitas pessoas com pressão alta

não percebem as alterações no seu corpo, como dor de cabeça, tontura, falta de ar e

sangramento pelo nariz. Quando não controlada, pode causar problemas no coração,

nos rins, na visão e no cérebro.

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Controlando o sal na sua alimentação

Para o melhor controle de sua pressão é recomendado que você tenha uma

alimentação saudável, e para isso é necessário a diminuição de sal, não apenas de sal

de cozinha, mais também dos alimentos preparados e industrializados, que possuem o

sal em sua composição. Nestes produtos o sal é utilizado par conservar ou acentuar o

sabor.

Dicas para melhorar sua alimentação

1 – O consumo reduzido de sal é recomendado para toda a família, inclusive para as

crianças. Retire o saleiro da mesa.

2 – Dê preferência aos alimentos frescos, como frutas, legumes e verduras.

3 – Utilize temperos naturais, como tomate, cebola, alho, cheiro verde, orégano e

louro.

4 – Evite as frituras, os alimentos industrializados, os salgadinhos e as lanchonetes.

5 – Ao usar adoçante, evitem o excesso.

6 – Verifique o rótulo dos alimentos e observe o que contém e quantidade de

substâncias.

OUTRAS DICAS PARA UMA VIDA MAIS SAUDÁVEL

1 – Controle seu próprio peso, pois a obesidade faz a pressão subir. Procure o

nutricionista.

2 – Não fume. O cigarro aumenta o risco de doenças.

3 – Reduza a ingestão de bebidas alcóolicas, pois o excesso faz a pressão arterial subir.

4 – Beba no mínimo dos litros de líquidos por dia, água, sucos ou refrescos, porém fora

das refeições.

5 – Faça atividade física regularmente, a caminhada pode ajudar, mais consulte o seu

médico.

6 – Não tome remédios e não interrompa sua medicação sem orientação médica.

7 – O stress pode agravar a hipertensão, desta forma, procure no dia a dia uma

atividade de relaxamento que lhe der prazer. Bom humor faz bem a saúde. Sorria.

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Anabolizantes

Os custos escondidos

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Definição

Os esteroides anabolizantes, mais conhecidos com o nome de anabolizantes, são

drogas relacionadas ao hormônio masculino testosterona fabricado pelos testículos. Os

anabolizantes possuem vários usos clínicos, nos quais sua função principal é a

reposição da testosterona nos casos em que, por algum motivo patológico, tenha

ocorrido um déficit.

Além desse uso médico, eles têm a propriedade de aumentar os músculos e por

esse motivo são muito procurados por atletas ou pessoas que querem melhorar a

performance e a aparência física. Esse uso estético não é médico, portanto é ilegal e

ainda acarreta problemas à saúde.

Os esteroides anabolizantes podem ser tomados na forma de comprimidos ou

injeções e seu uso ilícito pode levar o usuário a utilizar centenas de doses a mais do

que aquela recomendada pelo médico. Frequentemente, combinam diferentes

esteroides entre si, para aumentar a sua efetividade.

Muitas das substâncias vendidas como anabolizantes são falsificadas e

acondicionadas em ampolas não esterilizadas ou misturadas a outras drogas.

Alguns usuários chegam a utilizar produtos veterinários à base de esteroides,

sobre os quais não se tem nenhuma ideia sobre os riscos do uso em seres humanos.

Alternativas naturais ao uso de anabolizantes

Podemos melhorar a nossa performance e aumentar a musculatura através de

algumas alternativas naturais que substituem as drogas e não apresentam efeitos

colaterais nem risco para a saúde.

Para utilizá-las, no entanto, é necessário um médico especializado em nutrição

esportiva para descobrir o que melhor funcionará com você!

Aminoácidos

Creatina

Glutamina

Vitamina B12

Não podemos esquecer que para um programa de exercícios funcionarem, um

bom descanso e alimentação são essenciais!

Para diferençar os suplementos dos esteroides anabolizantes:

Certifique-se de que o produto vendido possui autorização do Ministério da

Saúde – Ms, através do rótulo, que identificará o número de registro do Ms;

Verifique com nutricionista a necessidade do consumo do produto e as doses

recomendadas;

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Se o produto for importado é necessário verificar a homologação do MS no

rótulo;

Certifique-se também com um profissional especializado se no produto existem

substâncias que provoquem alteração na taxa hormonal, ou são proibidas na

listagem da Agência Mundial de Antidoping, que poderá ser consultada através do

site: www.wadeama.org

Se alguém lhe oferecer anabolizantes em uma academia você deve:

Certificar-se de que as pessoas e o estabelecimento são registrados no

Conselho Regional de Educação Física – CREF;

Denunciar para a gerência do estabelecimento a conduta do Instrutor ou

aluno;

Denunciar à Associação Brasileira de Estudos e Combate ao Doping ou ao

Conselho Regional de Educação Física do seu estado, após esgotadas as medidas

enumeradas acima.

Efeitos adversos (ambos os sexos)

Alguns dos principais efeitos do abuso dos asteroides anabolizantes são:

tremores, acne severa, retenção de líquidos, dores nas juntas, aumento da pressão

sanguínea, icterícia e tumores no fígado. Além desses, os usuários de asteroides

anabolizantes injetáveis ainda correm o risco de compartilhar seringas e contaminar-se

com o vírus da AIDS ou hepatite.

O abuso de anabolizantes pode causar ainda, uma variação de humor incluindo

agressividade e raiva incontroláveis, que podem levar a episódios violentos. Usuários,

frequentemente, tornam-se clinicamente deprimidos quando param de tomar a droga,

sendo que a depressão pode durar mais de um ano após a parada.

Outros efeitos

No homem: os testículos diminuem de tamanho, a contagem de

espermatozoides é reduzida, impotência, infertilidade, calvície, desenvolvimento de

mamas, dificuldade ou dor para urinar e aumento da próstata.

Na mulher: crescimento de pelos faciais, alteração ou ausência de ciclo

menstrual, aumento do clitóris, voz grossa e diminuição de seios.

No adolescente: Maturação esquelética prematura, puberdade acelerada levando

a uma interrupção no crescimento.

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Como funciona o Esteroide Anabólico

Os esteroides anabólicos são drogas. Em muitos casos as drogas alteram a

permeabilidade de várias estruturas. Os esteroides alteram o receptor químico das

células musculares. Quer dizer, os esteroides alteram (abrem) os locais dos receptores

celulares e chegam ate o núcleo. Nesse momento, há necessidade de bastante calorias e

proteínas no sistema, de forma que quando os ribossomos são comandados para

sintetizar mais proteínas, a proteína proveniente da dieta esteja disponível. Os

esteroides agirão somente se houver uma dieta adequada de proteínas e um estímulo

físico adequado (treinamento). A contração muscular e a lesão celular são os sinais

para o aumento do músculo estragentético com a musculação.

O esteroide anabólico interfere no processo químico pela abertura dos receptores

da célula, estimulando-a a produzir mais crescimento por indução de proteínas, acima

da quantia que seria induzido apenas pela musculação.

Por isso é possível obter mais músculos com a musculação e com os esteroides

anabólicos do que com a musculação sozinha.

É um fato bastante conhecido que os esteroides anabólicos, por si só, sem contratação

muscular, não fazem crescer o músculo. Pelo contrário, sem o treinamento a proteína

extracelular é armazenada como gordura. Quer dizer, se ganha peso, mas não peso

muscular.

Ao se eliminar o esteroide do sistema, os receptores celulares não têm mais nada

para entregar aos núcleos, os ribossomos não são mais comandados a suprir o músculo

extragenético com proteína, por isso, ele se atrofia. O tecido muscular extragenético

permanece apenas o tempo em que a fonte de estímulo está presente.

Contudo os esteroides anabólicos são drogas, e drogas tem efeitos colaterais. Com o

aumento do processo de induzimento de proteína celular, o fígado deve desintoxicar o

esteroide e outros resíduos do corpo. Essa desintoxicação é o mesmo que processar

pequenas doses de veneno, de forma que depois de um certo tempo as células do

fígado se tornam empenadas e porosas. As áreas vasculares de tecidos inflamados

podem formar tumores de vasos sanguíneos que, se aumentados, podem danificar os

nervos e as vias biliares. Há ainda suspeitas de que os esteroides podem induzir a

hepatite e outros males a longo prazo.

Além do mais, ao mesmo tempo que os esteroides anabólicos causam situações

favoráveis para o aumento muscular, eles também diminuem ou suprimem os níveis

naturais de testosterona no corpo.

Treinar uma parte do músculo!

Muitas pessoas, especialmente aquelas que são adeptas da musculação,

acreditam Ter controle de como cada um de seus músculos ficará após o treino.

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O treino, se feito corretamente, poderá dentro de alguns limites, alterar a

aparência do músculo. A forma do músculo porém, jamais poderá ser mudada, pois ela

é determinada geneticamente. Muitos pensam que é só mudar o ângulo do exercício ou

do segmento para o músculo ficar diferente.

Do ponto de vista anatômico e fisiológico isso e impossível de acontecer pelo

seguinte: os nervos que entram nos músculos se dividem em ramificações. Cada

ramificação termina em uma célula muscular e com isso faz chegar a ela os estímulos

eletroquímicos que a faz contrair. Quando chega o estímulo pelo nervo para a

contração, todas as células inervadas se contraem (a chamada lei do tudo ou nada);

como elas se contraem no mesmo nível de força. Dessa maneira, é possível isolar uma

parte do músculo. Como as células associadas a cada unidade motora se espalham por

todo o músculo, todas as porções do músculo são afetadas simultaneamente por um

exercício e se desenvolvem igualmente. Isso se chama Princípio da Inervação Não

Contígua.

Usando muitas variações de um exercício para um músculo, não assegura maior

hipertrofia ou um padrão diferente de crescimento do músculo do que aquele que

conseguido com outro exercício. As variações de exercício pode variar (e é isso que

mais ocorre!) o envolvimento dos músculos vizinhos, Os sinergistas, os

estabilizadores, mas o músculo principal do exercício não tem benefício adicional além

daquele que a carga proporciona. A forma do músculo não será afetada por variações

no ângulo ou posição do exercício.

Isso quer dizer que se deve fazer exercício sempre do mesmo jeito?

Não, porque para uma simetria geral, os sinergistas e estabilizadores afetados

podem ser importantes. Então a variação deve fazer parte do treinamento, apenas não

deve fazer parte a crença de que variando os exercícios ou posições o músculo fica

com forma diferente.

A capacidade de conseguir total isolamento de um músculo em um exercício é

funcionalmente impossível, porque os sinergistas e estabilizadores estão quase sempre

participando, para ajudar o músculo principal a realizar o movimento exigido.

A forma do músculo, sua vascularização, feição, e outros aspectos de sua

aparência são afetados por muitos fatores, sendo os mais comuns:

1. A retenção de fluido nas células e nos espaços entre elas:

2. Os depósitos de gorduras, principalmente os depósitos subcutâneos;

3. O volume de sangue que irriga o músculo;

4. O estoque de glicogênio dentro do músculo;

5. A capilarização;

6. Hereditariedade.

A forma exata do músculo deve ser atribuída principalmente a hereditariedade,

sendo o método de treinamento um fator com pouca influência para alterar sua forma.

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Atividade Física e Morte Súbita

Um jornal, certa vez, descreveu a morte de uma pessoa de 52 anos assim:

"MORREU CORRENDO NO PARQUE DO IBIRAPUERA."

Parece que, pelo titulo, a corrida nesse dia não foi benéfica, ate causou sua morte.

De cada cem ataques cardíacos, nove ocorrem durante alguma atividade física, e então

se poderia dizer que a atividade é perigosa.

Contudo, pelo mesmo pensamento, perigoso também seria dormir, pois 13% dos

ataques cardíacos fatais ocorrem durante o sono. Como também o é, ficar de pé

falando, porque 37% têm ataques cardíacos dessa maneira.

Os médicos sabem que o exercício ou qualquer atividade física não é causa de

ataque que podem prejudicar coração, mas nunca foi demonstrado que o exercício

possa ser uma causa direta da doença coronária, em uma pessoa com um coração

normal, sadio.

Mesmo em pessoas com doenças coronarianas, a morte súbita durante o exercício é

um tanto rara: a chance de morrer, contudo, existe. Logicamente, por uma questão de

bom senso, e recomendável que estas pessoas sejam cuidadosas e não se excedam.

Atividade Física e Osteoporose

Uma das mudanças mais notadas que ocorre com o envelhecimento, é a

osteoporose, um aumento anormal da porosidade dos ossos, com conseqüente

diminuição da resistência dos mesmos.

A osteoporose caracteriza-se pelo alargamento da cavidade medular e pela

diminuição da massa óssea.

Geralmente, a perda da massa óssea pode ser atribuída a vários fatores: mudanças

hormonais, deficiências nutricionais e diminuição da atividade física.

A inatividade associada com o envelhecimento, é considerado a major causa da alta

incidência da osteoporose entre os idosos. Ela afeta principalmente as mulheres, que

após os 35 anos mais ou menos, perdem cerca de 10% da massa óssea por década,

devido a diminuição dos níveis de estrógeno, e possivelmente pelo insuficiente

consumo de cálcio e pelo sedentarismo.

Nos homens a perda de massa óssea começa aproximadamente 20 anos mais tarde e

a perda é cerca da metade que ocorre nas mulheres. A osteoporose é responsável pelas

milhares de fraturas anuais, que ocorrem principalmente nas mulheres idosas.

Estudos que compararam massas musculares de atletas e sedentários, concluíram

que o conteúdo de mineral nos ossos e o tamanho dos ossos eram significativamente

maiores nos atletas.

Também nos esportes em que se usa um membro mais do que outro, como no tênis, a

massa óssea era maior no membro dominante.

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O mecanismo específico pelo qual a atividade física, o exercício, influencia o sistema

esquelético, ainda não está precisamente definido, mas a maioria dos estudos sugerem

que ele é efetivo na manutenção ou mesmo no aumento do conteúdo de mineral dos

ossos.

Como nós temos controle algum sobre nossa hereditariedade, ou nos nossos níveis de

hormônios, a, nutrição adequada e a atividade física regular são as áreas que podemos

influenciar, desenvolvendo bons hábitos alimentares, consumindo uma variedade de

alimentos, incluindo aqueles ricos em cálcio e exercitando regularmente para melhorar

a força, flexibilidade e resistência e regular o peso corporal.

Atividade Física e Clima

O homem pode regular na temperatura corporal apenas dentro de certos limites.

A temperatura basal do corpo em repouso varia de 36.5 a 37.5 graus C e é mantida

nesse nível por um sistema regulador muito eficiente, mesmo quanto a temperatura

ambiente está muito elevada.

O mecanismo que dissipa o calor corporal envolve uma vasodilatação periférica, que

aumenta a radiação e a convecção do calor, e a evaporação da água pela pele em forma

de suor. Quando o corpo está exposto ao frio, ele reage com uma vasoconstrição e

aumenta o metabolismo com tremor, calafrio.

Graças a esses mecanismos que controlam o equilíbrio do calor através da

dissipação e da produção de calor corporal, e também graças a roupas apropriadas, o

homem pode viver trabalhar e se exercitar em vários climas.

Para se praticar exercícios no inverno, (isto vale apenas a região Sul e Sudeste do

País), o uso de agasalhos funciona como material isolante para se manter a temperatura

corporal.

O problema de roupa apropriada para praticar atividades físicas é bastante complexo

porque não existe roupa que pode oferecer proteção suficiente contra o frio e ao

mesmo tempo em que facilite a dissipação do calor durante a atividade física. O

método convencional é usar várias camadas de roupas leves e ir retirando-as a medida,

do necessário. Se a roupa molhar, o isolamento diminui e a pessoa pode sentir mais

frio.

Atividade física em Clima Quente

Quando o corpo nu e exposto ao calor (como na sauna) a temperatura corporal tende

a aumentar, dependendo da temperatura, do ar, da umidade. Em tal condição, os vasos

sangüíneos da pele se dilatam e a dissipação do calor aumenta.

Se o calor for intenso, as glândulas sudoríparas são ativadas e a pele é esfriada a

medida que a água do suor evapora. A atividade física no calor aumenta a temperatura

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corporal em função do tipo de carga, leve, moderada ou forte. Isso se deve à produção

de calor corporal originado pelo exercício, podendo alcançar índices muito elevados.

O ideal seria usar a menor quantidade de roupa possível, para auxiliar o mecanismo

de dissipação do calor.

Em regiões de clima quente (Norte, Nordeste, Centro-Oeste) e em outras, durante o

verão, é desaconselhado o uso de muitas roupas, principalmente aquelas que dificultam

a dissipação do calor (como as de tecido plástico).

Porque suamos

Em dias quentes, ou durante o exercício, o suor é o principal meio do corpo de se

esfriar.

O esfriamento resulta com a troca de calor que ocorre quando o suor evapora.

Cada litro de suor evaporado remove cerca de 580 Kcal de energia da pele. A

evaporação depende da umidade relativa. Quando a umidade relativa é alta, o ar está

saturado com vapor de água e a evaporação do suor diminui. A falta de evaporação

pode causar um aumento da temperatura com grandes riscos para a saúde.

Por outro lado, suar demais aumenta o risco de desidratação. Por isso, as academias

devem sempre ter a disposição muita água para seus alunos.

Beba sempre que puder!

Efeitos do Destreinamento

O destreinamento, palavra inexistente em português, mas que como tantas outras

fazem parte do nosso palavreado diário, significa o término ou interrupção de uma

atividade física ou de um treinamento com conseqüentes efeitos fisiológicos.

O que acontece quando para de treinar ou quando (por qualquer motivo) paramos de

fazer exercícios? Durante o destreinamento, os vários sistemas do corpo reagem

diferentemente.

Coyle e colaboradores (1984) realizaram um estudo em corredores que estavam

treinando há 10 anos e pararam de treinar. Três semanas de destreinamento, fez com

que houvesse um rápido declínio do volume sistólico. Já. em 12 dias parados, o

volume sistólico.declinou 14% abaixo do nível de treinamento. O VO2 máximo

declinou 7% nos primeiros 21 dias. No fim de 8 semanas, os níveis de enzimas

oxidativas nos músculos, diminuíram 40% dos níveis de treinamento.

A capilarização dos músculos, foi a que sentiu o menor efeito do destreinamento,

caiu apenas 7% abaixo dos níveis de treinamento após 84 dias.

Um outro estudo, feito por Costill (1985) em nadadores, também verificou a mesma

tendência. Em apenas uma semana parados, os nadadores perderam cerca de 50% das

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enzimas mitocondriais, que são as principais responsáveis pela capacidade respiratória

dos músculos.

Esses estudos evidenciam o fato de que cessar o treinamento ou a prática regular de

uma atividade física provoca a perda das adaptações fisiológicas adquiridas durante o

treino ou prática.

'A pratica da atividade deve ser freqüente, continua regular, se queremos reter seus

benefícios. "PARAR DE PRATICAR NÃO É BOM, MAS PIOR AINDA E VOLTAR

E TENTAR FAZER EM ' APENAS UM DIA TUDO O QUE VOCÊ NÃO FEZ

ENQUANTO ESTEVE PARADO."

Gasto Energético de Várias Atividades Físicas

ATIVIDADES Gastos (Kcal/hora)

Andar 6,5 Km/H no plano 420

Basquetebol 360-660

Boliche 150-300

Canoagem 425

Ciclismo

16 Km/h

19 Km/h

21 Km/h

420

600

660

Corrida

8.0 Km/h

11.3 Km/h

14.54 km/h

600

870

1.020

Futebol 700

Judô 1.360

Natação 550

Remo 550

Rugby 820

Tênis

Simples

Dupla

660

550

Atividade física e Doenças Coronarianas

Nos países desenvolvidos, os índices de mortalidade em função das doenças

cardiovasculares só começaram a cair depois que a população começou a se

conscientizar da importância de certas medidas preventivas, o que se traduziu na

mudança de hábitos de vida. Países como os Estados Unidos, Canadá, Áustria, Japão,

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Suíça, estão firmemente empenhados na luta contra as doenças cardiovasculares,

através do controle dos fatores de riscos que são removíveis. Porque não existe no

Brasil essa mesma preocupação?

E verdade que, nessa área, nossa medicina está num estágio muito avançado (não

precisa ir a Cleveland para se fazer uma cirurgia do coração, na verdade, muitos

médicos de La vêm estudar e aprender aqui, com os nossos!); e também já temos

disponíveis muitas drogas para tratamento dos males cardiovasculares, mas nada se

compara a prevenção dos fatores de risco pela mudança do comportamento.

Fatores de Risco para as Doenças Coronarianas

Possível diminuir ou até mesmo

eliminar

Não temos controle

Hipertensão arterial Hereditariedade

Colesterol elevado Idade

Hábito de fumar Sexo

Padrão de comportamento tipo A

Diabetes

Sedentarismo

Obesidade

Triglicerídeos elevados

O problema não é cada fator de risco isoladamente, mas a associação deles faz com

que se aumente exponencialmente a possibilidade da doença coronariana. Por exemplo,

o fumo duplica o risco; se ele for associado ao colesterol elevado, o risco cresce quatro

vezes mais. E se aparecer três fatores juntos, como a hipertensão, o colesterol elevado

e o fumo, o risco aumenta oito vezes.

Qualidade de vida é uma ideia subjetiva e está ligada a

cultura de um povo, mas de maneira geral, ela é um conceito

multifatorial, que envolve a sensação de bem-estar e

satisfação do individuo, sua condição física, seu estado

emocional na sua função intelectual, seu desempenho no

trabalho e sua participação social. Ha evidências de que as

pessoas interessadas em fazer exercícios, praticar esportes, são também levadas a

comporta-se de forma sadia em todos os aspectos de vida.

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ESCOLA SANTA BÁRBARA

4º BIMESTRE

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Construir e manter uma vida saudável é mais simples do que se pensa.

Muitas doenças seriam realmente evitáveis se mantivéssemos hábitos saudáveis de

vida, cujo costume se adquire na infância e na Juventude, estabelecendo uma rotina de

saúde. Estes “hábitos não são complicados ou difíceis de adquirir. No entanto, alguns

costumes modernos, e a publicidade, exigem um esforço para os mantermos

regularmente.

NUTRIÇÃO

Conceito

Através da nutrição se dá ao organismo as substâncias necessárias para mantê-lo

vivo e sadio. Os alimentos têm uma tripla função: formação de matéria orgânica

regulação do metabolismo e produção de energia. Costuma-se dividir em organógenos

e energéticos. Os primeiros que incluem proteínas, vitaminas e sais minerais, tem

como função principal reparar o desgaste orgânico e armazenar materiais para o

crescimento.

Os segundos, chamados também termogêneos, proporcionam quase toda a energia

orgânica. Neste grupo encontram-se os hidratos de carbono e as gorduras.

O valor calorífico médio de cada um dos princípios imediatos (proteínas, hidratos

de carbono e gorduras) é o seguinte: 1g de proteína proporciona 4,1 Calorias, 19 de

gordura 9,3 Calorias.

OBESIDADE

Conceitos

É uma condição patológica caracterizada por um anormal excesso de peso corporal

de acordo com os valores que se consideram normais para um determinado tamanho.

Esta maior abundância de células gordurosas, chamadas também de adipose,

acumulam gordura. Para que se produza a obesidade é necessário um desajuste entre a

quantidade de energia armazenada no organismo e a que este consome.

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Causas da obesidade

A obesidade pode ser exógena (comer muito) ou endógena (transtornos

hormonais). A mais freqüente é a exógena. .

A obesidade exógena não é devida exclusivamente a ingestão excessiva de

alimentos sólidos, a obesidade também pode advir da ingestão de líquidos

“concentrados” como álcool e refrigerantes.

Como conseqüência dos problemas que gera a obesidade, pode-se afirmar que a

média de vida de um obeso é inferior 5 anos a média normal.

As gorduras vem dos alimentos como os azeites e as manteigas. No entanto, o

organismo também pode produzi-las a partir dos hidratos de carbono quando

consumidos em excesso e inclusive a partir das proteínas, ainda que a ingestão destas

seja mais rara.

A gordura atua como isolante térmico de nosso organismo e é também, sua

reserva energética em caso de falta de alimento.

Diagnóstico da Obesidade

Diz-se que uma pessoa é obesa, quando seu

peso é superior ao ideal teórico correspondente. Este

aumento de peso deve corresponder a uma

acumulação excessiva de gordura, não de água.

Nos casos em que o excesso é inferior a 10

por cento, considera-se que a obesidade é leve ou

discreta. Quando se alcança valores compreendidos entre 11 e 25 por cento, a

obesidade é moderada, quando oscila entre 26 e 50 por cento, pode-se dizer que a

obesidade é extrema.

As mais freqüentes causas de obesidade são a super alimentação e a falta de

exercícios.

Existem também causas neurológicas, devidas a lesões do hipotálamo, onde

estão as glândulas endócrinas, como a síndrome de Cushing (excesso de

funcionamento das glândulas supra-renais), que produz uma distribuição típica de

gordura no rosto, tronco e abdômen, com magreza nas extremidades.

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O hipotireoidismo (pouca atividade das tiróides), e a excessiva secreção de

insulina que parece como conseqüência de certos tumores pancreáticos. Nas mulheres

menopáusicas e nos sujeitos castrados também é fácil que se produza a obesidade.

A obesidade depende tanto da quantidade de alimentos que se ingerem como de

seu conteúdo energético. Uma alimentação rica em gorduras, açúcares e féculas

conduz com maior freqüência a obesidade que está constituída por alimentos cujo

conteúdo energético é mais alto, por isso mesmo pessoas que comem pouco, mas

comem errado, podem ser obesas.

Problemas causados pela obesidade

Os problemas causados pela obesidade variam de acordo com o grau, idade e o

sexo da pessoa atingida. Nos casos leves costuma causar poucos problemas, como uma

certa dificuldade respiratória ao se fazer esforços e dores nos joelhos.

Se a obesidade é mais intensa, apresentam-se problemas psicológicos

(sentimento de inferioridade, depressão e cansaço) e diminui-se, a capacidade que o

pulmão tem para expandir-se, com o que aumenta a freqüência de bronquite e de asma.

Nos casos de obesidade extrema produz-se uma retenção de anidrido carbônico,

que diminui a proporção de oxigênio e gera sonolência. Este tipo de obesidade costuma

dar lugar também a arteriosclerose, diabetes, infecções do sistema venoso (varizes,

flebite, hemorróidas, trombose), problemas digestivos (prisão

de ventre) e dores nos joelhos, tornozelos e coluna vertebral.

A pele é mais grossa e são freqüentes as infecções por fungos nas zonas que se

roçam (dobras submamárias e pélvis). Nas mulheres costuma-se produzir problemas

menstruais.

Tratamento da Obesidade

Dieta e atividade física - Consiste na redução das calorias da dieta abaixo das que

precisa a pessoa, assim obriga o organismo a consumir suas próprias reservas de

gordura. Ao regime hipocalórica tem que se acrescentar o exercício físico que ao

precisar de maior consumo de calorias ajuda a perder o peso mais facilmente.

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Consegue-se baixar o consumo calórico da

alimentação através de uma dieta que estabeleça o

máximo de 1200 calorias por dia. O número de calorias

pode aumentar ou diminuir ligeiramente de acordo com

a atividade física que realiza o indivíduo.

A prática de exercícios físicos, moderadamente, é um

excelente complemento para uma dieta baixa em calorias.

Se o sobrepeso é discreto e a dieta se mantém por pouco tempo, não é preciso de

acompanhamento médico. Quando o regime dietético for prolongado, é conveniente

um controle médico cada 2 ou 3 meses.

Em geral não é necessário dar vitaminas às pessoas submetidas a estas dietas já que

na maioria das dietas abundam a fruta, a verdura e a carne, ricas em vitaminas e sais

minerais. O leite e o queijo proporcionam cálcio.

Deve-se suprimir o uso de álcool, pois por um lado aumenta as calorias, e por outro

lado, aumenta o consumo de vitaminas (especialmente as do complexo B), com os

problemas que provocam sua deficiência.

Pode-se comer numa dieta carne sem gordura, como a de vitela ou a de vaca, peixe

branco, ovos duros, verduras, saladas, chá, café, fruta, leite desnatado, etc. É

conveniente evitar as dietas exclusivamente vegetarianas, uma vez que são pobres em

vitaminas.

É uma crença muito comum a que fruta não engorda, mas não é verdadeira.

Algumas frutas contêm grande quantidade de hidratos de carbono (banana, uva,

castanhas, etc.), devendo-se evitar sua ingestão. Outras como o melão, cerejas, ameixas

e tangerinas devem ser tomadas em quantidades moderadas.

Existem algumas dietas em que se pode comer grande quantidades de carne,

inclusive gorduras e as pessoas que a fazem emagrecem. Contudo, trata-se de dietas

bem especiais, nas que estão totalmente restringidos os hidratos de carbono trazidos

pela fruta, o leite e as verduras.

As gorduras, que se podem comer, livremente, produzem uma sensação de

saciedade que em pouco tempo faz diminuir o apetite de forma rápida. São difíceis de

tolerar, pois ocasionam digestões pesadas e náuseas e ocasionam um escasso consumo

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de sais minerais e de certas vitaminas. Aumentam o nível de colesterol e de ácido

úrico, por isto não são aconselháveis.

Tanto com o jejum como com o sono conseguem-se bons resultados. No entanto,

devem ser realizados nos casos de obesidade extrema e sempre num centro hospitalar.

A dieta de jejum consiste na ingestão exclusiva de água durante um certo tempo. Ás

vezes permite-se comer um 1g de proteínas por quilo ideal ao dia. Portanto, não devem

ser praticadas no ambiente caseiro.

Quando um obeso chega a seu peso ideal, pode deixar a dieta para emagrecer, mas

esta deve ser substituída por uma dieta de manutenção pobre em calorias. Se não fizer

assim, tornará a ganhar peso com uma rapidez surpreendente.

Os moderadores do apetite

Estão indicados sob estrito controle médico ao se iniciar o tratamento da

obesidade extrema.

São remédios que reduzem o apetite. Por este motivo, às vezes são utilizados no

tratamento da obesidade. Estes produtos são também chamados de anoréxicos.

Exercem uma ação direta sobre os centros, cerebrais reguladores do apetite;

situados no hipotálamo.

Sua função é alterá-los para que queixem de sentir esta sensação.

Seus efeitos são múltiplos. São potentes estimulantes do sistema nervoso, tiram

a sensação de sono e de cansaço, aumentam a temperatura corporal, a freqüência

cardíaca e a pressão arterial e produzem a sensação de bem-estar e euforia.

Paralelamente, podem provocar náuseas, secura ha boca, dor de cabeça, prisão de

ventre, frigidez, dilatação da pupila (que determina a má tolerância a luz), e em alguns

casos, a retenção de urina.

A necessidade de alimentar-se e de descansar é a mesma como se não se tivesse

tornado remédios. Por isto existe o perigo de desnutrição e de esgotamento se não se

regula devidamente sua dosagem sob um controle médico rigoroso. .

Alguns atuam levemente como ativadores da destruição das gorduras, no

entanto, seu poder emagrecedor é pequeno em si. Os efeitos, que neste sentido se

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produzem, devem-se a anorexia que provocam e ao aumento de atividade física que se

desenvolve.

Não permitem, contudo emagrecer sem a necessidade de fazer regime. O

exercício físico e a dieta pobre em calorias são fundamentais no tratamento da

obesidade. A ação depressora do apetite, que possuem estes remédios, deve ser

aproveitada para ingerir menor quantidade de alimentos e para que estes sejam de valor

calórico bem baixo. É sabido que uma alimentação rica em calorias pode chegar a

engordar, mesmo que se coma pouco.

Emagrece-se mais rapidamente com esses remédios? No princípio do tratamento

sim, Já que a pessoa que os toma come menos, descansa menos horas e está mais ativa.

Com o tempo estas ações são mais fracas, a não ser que se aumente a dose, o que

conduz a um estado de intoxicação crônica.

A maioria são remédios derivados de anfetaminas, que, como se sabe, criam

dependência. Isto obriga a pessoa que as toma corriqueiramente a aumentar de forma

progressiva a dose para que seus efeitos

não se vejam diminuídos.

Podem também, causar uma

intoxicação que se manifesta por uma

sudoração profunda, palpitações, dor'

precordial, ansiedade, insônia e, em

alguns casos, alucinações. Se forem retirados bruscamente, apresentam grande apetite,

depressão e tendência ao suicídio.

Já que a sensação de fome origina-se no hipotálamo, pode-se também inibi-la

mantendo alguma atividade que distraia a mente, evitando lembrar que se tem apetite

ou aplacando a fome com comidas escassas e pobres em calorias. É freqüente enganar

a fome à base de chá, café, água carbônica ou refrescos sem açúcar.

As saunas e os diuréticos - A base do tratamento da obesidade é fazer perder a

gordura, e isto só se consegue quando o organismo consome as reservas. Através da

sauna e dos diuréticos perde-se somente água, que posteriormente é restituída ao se

beber.

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Dietas especiais

A regulação da dieta ou regime alimentício é

um fator importante para a manutenção da saúde de

uma pessoa sadia ou para que se recupere uma

pessoa doente.

As dietas especiais, chamadas também

terapêuticas, caracterizam-se pela abolição ou

adição de alguns elementos nutritivos da dieta

básica normal. Existem varias tipos de dietas especiais, que o profissional (médico ou

nutricionista) pode estabelecer de acordo com as necessidades do paciente.

As dietas especiais precisam ser preparadas de forma específica. Os pratos

tradicionais da culinária brasileira não se prestam a elas.

Dieta rica em Proteínas

É necessária em pessoas que sofrem de esgotamento, cansaço e abatimento. Seu

conteúdo protéico deve ser duas vezes superior ao da dieta normal. Além do mais, deve

proporcionar ao organismo uma quantidade adequada de calorias, vitaminas,

substâncias minerais e água.

Dieta pobre em proteínas

Consiste na eliminação das proteínas da dieta, substituindo seu conteúdo

calórico por hidratos de carbono e gorduras. É útil para quem sofre descompensação

hepática grave ou lesões renais com oligúria ou anúria (diminuição ou supressão da

secreção de urina).

Dieta rica em calorias

Devem segui-Ia as pessoas mal nutridas ou com pouco peso, as quais necessitam

um uso adicional de calorias para recuperar-se.

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Dieta pobre em calorias

Recomendada nos casos de obesidade. Consiste na eliminação de hidratos de

carbono para evitar que aumente o depósito de gorduras subcutâneas. Também deve

seguir uma dieta deste tipo o diabético, já que a deficiente secreção de insulina

pancreática não lhe permite utilizar os hidratos de carbono.

Dieta branda

Tem como fim neutralizar a acidez gástrica através da ingestão de alimentos não

irritantes várias vezes ao dia. Aplica-se nos casos de gastrite, úlcera péptica e hérnia

diafragmática.

Dieta pobre em gorduras

Baseia-se na ingestão de alimentos ricos em hidratos de carbono, que são de

fácil digestão, e na restrição de alimentos gordurosos. Recomenda-se nos casos de

doenças da vesícula biliar (cálculos biliares) e na síndrome de má absorção.

Dieta pobre em sal

Consiste na redução ou eliminação da quantidade de sal usada numa dieta

normal e em não ingerir aqueles produtos que o contém (mariscos, conservas, frios

etc.). Está indicada nos casos de hipertensão arterial e nos edemas associados a

doenças cardiovasculares; renais ou hepáticas.

Exercício Físico

Pode-se definir exercício físico, como o resultado

do funcionamento do aparelho locomotor, entendendo

como tal, o conjunto de ossos, músculos e articulações

que intervém nos movimentos.

O exercício físico realiza-se devido à ação dos

músculos estriados, que são massas dotadas de contração,

propriedade que lhe permite a capacidade de desenvolver

movimentos.

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Importância

Sua prática é extraordinariamente benéfica para a saúde, sempre que realizada em

boas condições.

No entanto, atualmente não se realiza o exercício físico necessário devido, sem

dúvida, à crescente mecanização do trabalho e ao uso generalizado do automóvel

próprio ou dos transportes públicos. A falta de exercício conduz a uma atrofia do corpo

e produz alterações no equilíbrio anímico e a hipersensibilidade diante da dor.

A contração dos músculos e possível devido a que estes queimam a reserva

energética que contêm (glicogênio), a qual recebe através do sangue.

A oxidação do glicogênio produz energia que utiliza o músculo para contrair-se

durante a realização do esforço, aumenta-se a demanda muscular de oxigênio e de

glicogênio; com o que a freqüência respiratória fica mais elevada, o ritmo cardíaco

mais rápido e o fluxo sanguíneo aos músculos mais intenso.

Ao utilizar o glicogênio, produz-se uma reação metabólica que desprende calor,

que resulta prejuízos para o corpo se não for eliminado. Para evitá-lo, os vasos

sanguíneos que vão a pele, se dilatam, aumentando a sudorização. Tanto o aumento da

freqüência respiratória e o latejar cardíaco, como a sudorização, devem-se considerar

como fenômenos compensadores por parte do organismo.

As vantagens da prática dos exercícios são 3 múltiplas, especialmente se

praticam durante a juventude; já que é neste período de vida que se consegue o maior

desenvolvimento da caixa torácica; com o conseguinte aumento da capacidade

pulmonar.

O exercício físico contribui no desenvolvimento dos músculos respiratórios e

exerce efeitos positivos sobre o coração e o aparelho circulatório. No indivíduo

treinado, o coração aumenta de volume e diminui a freqüência do ritmo cardíaco,

devido a isto, seu rendimento durante o exercício é superior.

Em que idade deve começar uma criança a praticá-lo? Quanto antes melhor, mas

não se pode fixar uma idade concreta, já que vai depender das condições físicas da

criança, do esforço exigido, do ambiente familiar e de uma boa disposição pessoal. Em

geral, as crianças já realizam bastante exercício físico por si só, mas é conveniente

canalizar de modo gradual e progressivo estes esforços para a prática esportiva.

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Treinamento

Na prática repetida de determinados

exercícios, o que origina uma serie de

modificações no organismo que dão

lugar a um aumento da força devido ao

desenvolvimento da musculatura e a

uma maior resistência ao cansaço devido

ao aumento de tamanho do coração e da

caixa torácica. O treinamento permite ganhar agilidade, precisão e segurança na

realização dos movimentos.

O excesso de treinamento, em lugar de proporcionar uma melhora nas condições

físicas, acarreta um estado de cansaço crônico que produz astenia generalizada, dores

difusas nas costas e abdômen, hipertensão, perda de memória, alterações do sono e do

humor e um estado psíquico de depressão. Pode também produzir inflamações nos

tendões, na epífise do osso etc.

Sempre que se realiza um exercício excessivo e se descansa pouco. É freqüente

em esportistas que, para recuperar-se de uma lesão, submetem-se a um intenso ritmo

de treinamento. Com isto, obtêm-se os resultados opostos aos desejados, pois se vêem

obrigados a suspender por um tempo os exercícios.

Cansaço

Na diminuição da capacidade para realizar um esforço, derivado de uma

realização previa da tarefa.

No surgimento desta, tem que se destacar o esgotamento das reservas energéticas do

organismo e a acumulação de substâncias nocivas para o corpo que se produz durante a

utilização do material energético.

Existem vários fatores como o treinamento e a torcida do público nas

competições que atrasam o surgimento do cansaço. Existem outros fatores; como o

calor, a umidade, a altura, a idade e o sedentarismo que o produzem. Se o cansaço tem

caráter agudo, desaparece facilmente, se é crônico sua cura é mais lenta.

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Quando falamos de esgotamento

geralmente nos referimos ao cansaço produzido

pela realização de um exercício durante muito

tempo, sem descansos que permitam sua

recuperação.

Não existe nenhum inconveniente em a

mulher realizar exercícios físicos durante a menstruação, inclusive no caso de esportes

aquáticos. No entanto, muitas mulheres suspendem durante estes dias a prática de

qualquer exercício devido aos incômodos próprios da menstruação.

Riscos

Os riscos que trazem dependem, por um lado, do tipo de exercícios que se

realizam e por outro, as condições físicas do esportista.

Em geral são características os traumatismos e as

fraturas de ossos, assim como a ruptura ou distensão

dos tendões e fibras musculares.

Entre as alterações específicas de alguns tipos de

exercícios, podemos citar o caso dos tenistas, que

apresentam um processo inflamatório do osso do braço

(úmero) que se chama epicondilite, inflamação que

obriga a pessoa a suspender o esporte. Também os trabalhadores do campo sofrem com

freqüência de lumbago e ciática pelo fato de estarem abaixados muitas horas do dia.

Sedentarismo

A pessoa sedentária é aquela que tem hábitos inativos e passa a maior parte do

dia sentada ou movendo-se muito pouco. Não realiza exercícios musculares para

manter-se em boa forma física.

Sem duvida nenhuma, o sedentarismo é um mal próprio de países ou áreas com

um elevado nível de vida.

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Um estudo realizado sobre o grau de incidência do exercício físico em

determinadas doenças demonstrou que enfartos do miocárdio, as tromboses coronárias,

as úlceras duodenais, o fígado adiposo, as hemorroidas, o prostatismo, a esofagite

crônica, a constipação e a obesidade são mais freqüentes em pessoas que vivem

sedentariamente num meio urbano do que pessoas do mesmo sexo e idade que vivem

em zonas rurais, e que, por razões óbvias, desenvolvem atividades físicas.

Por outro lado, é perigoso o repouso excessivo na cama, especialmente em

pessoas de idade avançada, já que predispõem a sofrer de alterações renais, úlceras por

decúbito (joelhos, tornozelos, região sacra) e morte súbita por embolia pulmonar.

Atualmente tende-se a encurtar o tempo de permanência em cama depois de uma

intervenção cirúrgica, especialmente no caso de anciãos.

Um exemplo disto constitui o atual tratamento da fratura do fêmur. Antes se

engessava a perna e ordenava-se o repouso na cana, agora, coloca-se cirurgicamente

um prego ou placa no osso fraturado e mobiliza-se o doente o antes possível. O

período de repouso ficou reduzido a um terço do que era antes.

A prática de exercício físico tem uma grande importância em qualquer idade,

sempre que se realiza de acordo com as características próprias de cada pessoa. É um

excelente moderador do sistema nervoso vegetativo e contribui em grande medida para

descarregar as tensões originadas pela vida cotidiana em nossa sociedade.