Vocação e Felicidade

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Oração a pedir graças Deus, na Eucaristia a Vossa presença espalha raios de eterna claridade, que se projectam em todas as direcções. A Madre Teresa imergiu até ao fim da sua vida na Vossa presença escondida e silenciosa. Aqui, hauriu a força invencível para tri- lhar o caminho árduo da vida e da perfei- ção. Ela, na terra, procurou sempre a Vos- sa Vontade. Por isso recorremos à sua in- tercessão, implorando a realização da graça que vos pedimos...para Vossa maior glória, e para que a Madre Teresa seja glorificada na Igreja, ó Deus uno e trino. Amen Comunicar graças para endereço em baixo No seio de Maria O Verbo Divino por nós se fez carne No dia bendito da Anunciação E baixando dos esplendores do Pai Tem no seio de Maria habitação Instruída com as palavras do Anjo Vai Maria sua prima visitar E compondo do Magnificat o cânco Fica, pra Jesus a João sanficar (…) Até aos trinta anos viveu oculto Mesmo submisso a Maria e José, Trabalhando como qualquer operário, Na humilde oficina de Nazaré. Oh! Que exemplo tão novo e tão sublime! Oh! Que admirável e grandiosa lição! Que bem reprovais no homem a alvez, A sua loucura e vaidosa ambição. (Madre Teresa) Nos passos de Clara de Assis Madre Teresa (XXV) Amor a Maria Era grande o amor de Madre Teresa por Nos- sa Senhora. Por ela nu- tria um carinho terno e forte, basea- do numa piedade sólida e bem for- mada. Na sua vida, a Mãe de Jesus ocupava um lugar todo especial. De Maria procurava imitar a vida ocul- ta, toda centrada e vivida com Deus e para Deus. Por Maria ia a Jesus. Nela via qualidades que vivia e in- culcava nos demais tais como a sim- plicidade, a humildade, a docilidade e generosidade. Quando era Superiora no Louriçal e depois em Monte Real adquiriu belas imagens do Coração Imacula- do de Maria, por cujo titulo ela mui- to gostava de a invocar. O seu amor a Maria levava-a a dar muito relevo às suas festas. E por- que queria que tudo o que fazia assentasse numa base sólida, quis que tudo ficasse sob a protecção de tão terna Mãe. Assim, como preito de gratidão por tantas graças conce- didas durante a fundação e constru- ção do Mosteiro de Monte Real, quis que em Comunidade, diaria- mente, se rezasse o Rosário. E ain- da hoje, passados mais de quarenta anos, a Co- munidade é fiel a este gesto de amor filial para com Nossa Senhora. Mosteiro de Santa Clara Rua de Santa Clara 2425-054 Monte Real Telef. 244612334 Site: www.clarissasmontereal.com mail: [email protected] Vocação e Felicidade A palavra vocação vem do latim vocare, que significa chamar . Todos nós fomos chamados à vida para cumprir uma determinada missão. Por isso, to- dos nós nascemos com uma vocação. Temos uma estrela a brilhar em cima das nossas cabeças, ou, como dizia Schiler, No fundo do nosso peito, cada um de nós traz a estrela da sua voca- çãoA felicidade da vida — a alegria de viver — consiste precisamente em ser- mos fiéis ao roteiro marcado por essa estrela: o roteiro da nossa vocação. Esta estrela está gravada a fogo no fundo do nosso ser. É ela que marca o sentido da nossa vida. Quando o nosso caminhar percorre essa trajectória, toda a nossa natureza, todo o nosso ser, toda a nossa vida, nas suas raízes mais fundas, se alvoroça e rejubila com um gozo imenso: felicidade! A alegria profunda do coração é um radar que nos mostra se vamos no cami- nho certo. Há dificuldades no caminho da nossa vocação, dificuldades muito reais e, por vezes, muito dolorosas, mas vale a pena lutar e superá-las, para cumprir o eterno desígnio de Deus a nosso respeito. Viver a nossa vocação — a missão a que somos chamados — em união com Cristo, seguindo as Suas pegadas neste mundo, faz com que até a fibra mais escondida do nosso ser estremeça de alegria, uma alegria imensa. Série II Ano IV Nº 13 Maio 2016 Do Papa Francisco Sem a Misericórdia, poucas possibilidades temos de nos inserir num mundo de feridos que têm ne- cessidade de compreensão, perdão e amor. Por isso, não me canso de chamar a Igreja inteira à revolução da ternura Bolem mensal das Irmãs Clarissas de Monte Real

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Page 1: Vocação e Felicidade

Oração a pedir graças

Deus, na Eucaristia a Vossa presença

espalha raios de eterna claridade, que se

projectam em todas as direcções. A Madre

Teresa imergiu até ao fim da sua vida na

Vossa presença escondida e silenciosa.

Aqui, hauriu a força invencível para tri-

lhar o caminho árduo da vida e da perfei-

ção. Ela, na terra, procurou sempre a Vos-

sa Vontade. Por isso recorremos à sua in-

tercessão, implorando a realização da graça

que vos pedimos...para Vossa maior glória,

e para que a Madre Teresa seja glorificada

na Igreja, ó Deus uno e trino. Amen

Comunicar graças para endereço em baixo

No seio de Maria

O Verbo Divino por nós se fez carne No dia bendito da Anunciação

E baixando dos esplendores do Pai Tem no seio de Maria habitação

Instruída com as palavras do Anjo

Vai Maria sua prima visitar E compondo do Magnificat o cântico

Fica, p’ra Jesus a João santificar (…)

Até aos trinta anos viveu oculto Mesmo submisso a Maria e José,

Trabalhando como qualquer operário, Na humilde oficina de Nazaré.

Oh! Que exemplo tão novo e tão sublime!

Oh! Que admirável e grandiosa lição! Que bem reprovais no homem a altivez,

A sua loucura e vaidosa ambição.

(Madre Teresa)

Nos passos de Clara de Assis

Madre Teresa (XXV)

Amor a Maria

Era grande o amor de Madre Teresa por Nos-sa Senhora. Por ela nu-tria um carinho terno e forte, basea-do numa piedade sólida e bem for-mada. Na sua vida, a Mãe de Jesus ocupava um lugar todo especial. De Maria procurava imitar a vida ocul-ta, toda centrada e vivida com Deus e para Deus. Por Maria ia a Jesus. Nela via qualidades que vivia e in-culcava nos demais tais como a sim-plicidade, a humildade, a docilidade e generosidade.

Quando era Superiora no Louriçal e depois em Monte Real adquiriu belas imagens do Coração Imacula-do de Maria, por cujo titulo ela mui-to gostava de a invocar.

O seu amor a Maria levava-a a dar muito relevo às suas festas. E por-que queria que tudo o que fazia assentasse numa base sólida, quis que tudo ficasse sob a protecção de tão terna Mãe. Assim, como preito de gratidão por tantas graças conce-didas durante a fundação e constru-ção do Mosteiro de Monte Real, quis que em Comunidade, diaria-mente, se rezasse o Rosário. E ain-

da hoje, passados mais de quarenta anos, a Co-munidade é fiel a este gesto de amor filial para com Nossa Senhora.

Mosteiro de Santa Clara Rua de Santa Clara 2425-054 Monte Real Telef. 244612334

Site: www.clarissasmontereal.com mail: [email protected]

Vocação e Felicidade A palavra vocação vem do latim vocare, que significa chamar. Todos nós fomos chamados à vida para cumprir uma determinada missão. Por isso, to-dos nós nascemos com uma vocação.

Temos uma estrela a brilhar em cima das nossas cabeças, ou, como dizia Schiler, “No fundo do nosso peito, cada um de nós traz a estrela da sua voca-ção”

A felicidade da vida — a alegria de viver — consiste precisamente em ser-mos fiéis ao roteiro marcado por essa estrela: o roteiro da nossa vocação.

Esta estrela está gravada a fogo no fundo do nosso ser. É ela que marca o sentido da nossa vida.

Quando o nosso caminhar percorre essa trajectória, toda a nossa natureza, todo o nosso ser, toda a nossa vida, nas suas raízes mais fundas, se alvoroça e rejubila com um gozo imenso: felicidade!

A alegria profunda do coração é um radar que nos mostra se vamos no cami-nho certo.

Há dificuldades no caminho da nossa vocação, dificuldades muito reais e, por vezes, muito dolorosas, mas vale a pena lutar e superá-las, para cumprir o eterno desígnio de Deus a nosso respeito.

Viver a nossa vocação — a missão a que somos chamados — em união com Cristo, seguindo as Suas pegadas neste mundo, faz com que até a fibra mais escondida do nosso ser estremeça de alegria, uma alegria imensa.

Série II Ano IV Nº 13 Maio 2016

Do Papa Francisco

Sem a Misericórdia, poucas possibilidades temos de nos inserir num mundo de feridos que têm ne-cessidade de compreensão, perdão e amor. Por isso, não me canso de chamar a Igreja inteira à revolução da ternura

Boletim mensal das Irmãs Clarissas de Monte Real

Page 2: Vocação e Felicidade

Vocação de

Clara de Assis

A 11 de Agosto de 1253, Clara de Offreduccio morre, no pequeno Mos-teiro de S. Damião, com a idade de 60 anos.

No seu funeral, presidido pelo Papa Inocêncio IV, o Sumo Pontífice de-sejou celebrar o Ofício das Santas Virgens, em lugar do Ofício dos de-funtos. Porquê? Que há de tão extra-ordinário na vida desta mulher?

Aos 18 anos, Clara tinha renunciado a todas as esperanças que o mundo oferecia à sua beleza, à sua riqueza e aos seus talentos, para viver segundo as mais elevadas exigências evangé-licas.

Durante 42 anos, perma-neceu fiel, com indomá-vel energia, ao ideal da sua juventude.

Depois da sua conver-são, numerosas senhoras seguiram-lhe os passos. Mais de 50 Mosteiros foram fundados durante a sua vida e no final do século já se espalhavam por toda a Europa.

Clara soube marcar, com traços de fogo, a História da Igreja e a história de muitos milhares de pessoas.

E tu, o queres fazer da tua juventu-de? Nunca pensaste oferecê-la a Deus e os irmãos? Sê ousado/a!

Centenário de

Nossa Senhora de Fátima

Fátima é uma escola de santidade e, por conseguinte, escola de ALEGRIA.

Depois de cada aparição de Nossa Senhora, os três pastorinhos ficavam cheios de ALEGRIA. Com alegria viviam partilhavam tudo entre eles e com alegria procuravam pôr em prá-tica tudo o que a Senhora lhes pedia. Mas esta alegria já vem de trás

Lúcia recorda que Jacinta ficou cheia de ALEGRIA quando foi esco-lhida para lançar pétalas de flores a Jesus Eucaristia, na procissão do Santíssimo Sacramento.

Depois das aparições, Jacinta fazia tudo, com ALEGRIA, por amor de Maria, de Jesus escondido e pelos “pobres pecadores. Nenhum sacrifí-cio era grande demais para ela, que era tão pequenina em tamanho e em idade.

“Sim, eu ofereço tudo pela conver-são dos pecadores e em reparação dos pecados cometidos contra o Imaculado Coração de Maria. Gosto muito de fazer sacrifícios por amor de Jesus e de Maria, só para lhes dar prazer. Eles amam as pessoas que se sacrificam pela conversão dos peca-dores”.

Em Fátima, Nossa Senhora vem lembrar-nos que Jesus tem sede do nosso amor incondicional. Ele deseja ser amado por cada um de nós.

Jacinta diz-nos que só o amor sem reservas é fonte inesgotável de ALE-GRIA.

Como é bom e salutar abrirmo-nos a esse Amor Maior!

A Vida Consagrada

“A Vida Consagrada é escola pri-vilegiada da ternura e da miseri-córdia de Deus”

(D. António Marto)

É lindo recordar e agradecer (Continuação)

A Eucaristia ocupa um lugar de suma importância na vida da Irmã Clarissa. Melhor ainda, a Eucaris-tia é a vida da Irmã Clarissa, na Eucaristia ela en-contra a sua única razão de ser para doar a vida e permanecer com Jesus no cimo do monte na con-templação do Deus que a ela desce por amor. Ali, imersa no silêncio do sa-crário, haure forças para viver em oferta permanente. Para garantir a força eucarística à Comunidade o Pai Celeste providenciou Capelão privativo. Basta recuar ao ano de 1968, três anos apos a chegada da Madre Teresa e suas companheiras, as Irmãs viviam ainda no Casal de Sª Teresinha, quando, de Lamego, chega o Rev.do Pe Augusto Afonso, primei-ro Capelão privativo. Durante dezasseis anos, dia após dia este Sacerdote garantiu a celebração da Eucaristia, e o Pão de Deus descia e alimentava a Comunidade nascente, que agradece a Deus, profundamente reconhecida, o dom inestimável dos catorze Capelães que prestaram serviço no Mosteiro de Monte Real. Cada um a seu modo levaram a Comunidade a mergulhar no imenso amor de Deus e a saboreá-l’O na mesa da Palavra e do Pão. Jesus Cristo “obedecendo” ao sacerdote desce ao altar e coloca-Se nas suas mãos para O comungar e repartir. Grande Mistério de Fé!!!... É belo recordar cada um desses sacerdotes. Alguns já partiram para Deus, outros continuam, na alegria, a aventura de serem sinais e presença de Deus no mundo. Com gratidão fazemos memória dos seus nomes: o já referido Pe. Augusto Afonso, Pe António Carvalho da Cunha, Leiria, Pe. Manuel Duarte Alexandre, Leiria, Pe. Fernando Pereira Ferreira, Leiria, Pe. Júlio Domingos Vieira, Leiria, Pe. Boaventura Domingos Vieira, Leiria, todos já falecidos. Dos que estão ainda entre nós: Pe. Francisco Pais da Mota, Viseu; Pe. Joa-quim Domingues Luís, SVD; Pe. José Augusto Pereira Rodrigues, Leiria; Pe. André Antunes Batista, Leiria; Pe. Joaquim Duarte Pedrosa, Leiria, Pe. Manuel Henriques Gameiro de Jesus, Leiria; Pe. Alcides Rocha dos Santos, Leiria; Pe. António da Piedade Bento, Leiria, actual Capelão. Muitos outros sacerdotes por aqui têm passado, celebrado e concelebrado. A todos a nossa sincera gratidão.

Louvado sejais, Senhor, por cada um destes vossos Sa-cerdotes que, em cada dia destes 50 anos, Vos torna-

ram presente sobre o Altar e vos perpetuaram no Pão eucarístico. Louvado sejas, Senhor, porque também por eles Vos fazeis nosso companheiro de viagem e com

cada Irmã continuais a construir a bela história desta Comunidade...

50 Anos Capelães