voltametria ciclica
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA CENTRO DE CIÊNCIAS FÍSICAS E MATEMÁTICAS DEPARTAMENTO DE QUÍMICA ÁREA DE QUÍMICA ANALÍTICA
QMC 5315 – Métodos Instrumentais I
http://qmc.ufsc.br/~metodos1 Cristiano Giacomelli* - [email protected] Ana Karina Timbola* - [email protected]
(*Estágio de Docência – Curso de Pós-Graduação em Química) Professor Responsável pela disciplina: Dr. Almir Spinelli.
D 2 – Voltametria Cíclica
1. OBJETIVOS GERAIS
Voltametria cíclica é usada para determinar os valores de Eo’ e de n para o sistema FeIII(CN)6
3- /
FeII(CN)64- . Além disso, é possível avaliar a influência da velocidade de variação de potencial, da
concentração das espécies eletroativas e do eletrólito suporte no meio reacional, bem como
determinar se a reação é reversível, irreversível ou quase reversível.
2. MATERIAIS
• potenciostato/galvanostato;
• eletrodo de platina (eletrodo de trabalho);
• eletrodo de Ag/AgCl ou ECS (eletrodo de referência);
• eletrodo de carbono (contra eletrodo); ou eletrodo auxiliar de platina;
• célula eletroquímica
• alumina para polir o eletrodo de trabalho;
• balões volumétricos de 25 mL e de 100 mL;
• pipetas volumétricas de 1 mL e 50 mL.
3. REAGENTES
• Solução de ferrocianeto de potássio [K3Fe(CN)6] 10,0 mmol.L-1 em solução de nitrato
de potássio [KNO3] 1,0 mol.L-1.
• Solução de nitrato de potássio [KNO3] 1,0 mol.L-1.
• Solução de ferrocianeto de potássio [K3Fe(CN)6] 4,0 mmol.L-1 em solução estoque de
sulfato de sódio [Na2SO4] 1,0 mol.L-1.
• Solução desconhecida de ferrocianeto de potássio [K3Fe(CN)6] em solução de nitrato
de potássio [KNO3] 1,0 mol.L-1.
4. TEORIA BÁSICA
A voltametria cíclica compreende um grupo de métodos eletroanalíticos nos quais as
informações sobre a concentração do analito são derivadas a partir das medidas de corrente em
função do potencial aplicado sob condições de completa polarização do eletrodo de trabalho,
através do uso de microeletrodos.
A instrumentação necessária é um potenciostato com gerador de programa de potencial,
computador para registrar os gráficos de corrente em função do potencial, célula convencional de
três eletrodos e uma solução contendo o analito e eletrólito suporte.
A voltametria cíclica é uma modificação da técnica de varredura rápida em que se inverte
a direção de varredura, segundo a redução de interesse. Para conseguir isso se aplica uma
voltagem chamada onda triangular a célula eletrolítica.
0 20 40 60 80
0,8
0,6
0,4
0,2
0,0
-0,2
Efinal
ciclo 1
d
c
b
a
E inicial
E /
V (E
CS
)
t / s
A figura 1 mostra o padrão típico daexcitação do sinal para a técnica devoltametria cíclica. A faixa de variaçãodo potencial aplicado deve ser aquelaonde a espécie em análise é eletroativa eo solvente é estável. Dependendo doanalito pode-se fazer apenas um ciclo oumúltiplos ciclos. Um voltamogramacíclico é obtido pela medida de correntesobre o eletrodo de trabalho (E.T.)durante a variação de potencial (gráficode corrente em função do potencial). Acorrente pode ser considerada o sinalresponsável pelo sinal de excitação dopotencial.
ciclo 2
Figura 1. Típica excitação do sinal para voltametria cíclica,
potencial na forma de onda triangular.
Neste experimento, através da técnica de voltametria cíclica estudou-se as espécies
eletroativas do sistema reversível FeIII(CN)63- / FeII(CN)6
4- , utilizando como eletrodo de trabalho
o eletrodo de platina, como eletrodo de referência o eletrodo de calomelano saturado (ECS) ou
Ag/AgCl e como contra-eletrodo o eletrodo de carbono ou de platina. Observa-se que é possível
gerar eletroquimicamente a espécie FeII(CN)64- a partir da espécie FeIII(CN)6
3- e isto é indicado
pela corrente catódica (redução). No sentido de variação inversa de potencial, a espécie
FeII(CN)64- é oxidada a FeIII(CN)6
3- e isto é indicado pela corrente anódica (oxidação). Assim
através da voltametria cíclica é possível estudar o mecanismo de eletro-oxidação de espécies
eletroativas. Parâmetros importantes extraídos do voltamograma cíclico: o potencial de pico
catódico (Epc); o potencial de pico anódico (Epa); a corrente de pico catódico (ipc) e a corrente de
pico anódico (ipa). A corrente de pico para sistemas reversíveis (considerando apenas um ciclo) é
descrita pela equação de Randles-Sevcik, sendo:
ip = 2,69 X 105 n 3/2AD1/2Cv1/2
Além disso, para sistemas reversíveis:
Eo’ = (Epc + Epa)/2
∆Ep = (Epa - Epc ) ≈ (0,0592)/n
ipa/ipc ≈ 1
, onde:
ip = corrente de pico, A; A = área do eletrodo, cm2;
D = coeficiente de difusão, cm2/s; C = concentração, mol.cm-3;
v = velocidade de variação, V/s;
n = número de equivalentes por mol (número de elétrons adicionados ou removidos por
íon ou por molécula).
5. TRATAMENTO DOS DADOS
(i) Determine os valores de Eo’ e de n para o sistema FeIII(CN)63- / FeII(CN)6
4- em KNO3
1,0 mol.L-1, a partir do primeiro voltamograma sobre eletrodo de platina. Compare os
valores obtidos com os noticiados pela literatura.
(ii) Determine a influência da ‘velocidade de variação de potencial’ (v) na altura dos
picos catódico e anódico, o efeito de v sobre ∆Ep e o efeito da concentração, através dos
gráficos de ipc e ipa em função de v1/2, de ∆Ep em função de v e de ipc e ipa em função de
[FeIII(CN)63-], respectivamente. Discuta cada caso.
(v) Elabore uma discussão sobre o efeito do eletrólito suporte na forma do voltamograma,
Eo’ e reversibilidade.
\\positron\cg\mestrado\estagio_de_docência \d\d2\d2.doc