VOTA - Revista nº2

67

description

Segunda edicción de la Revista VOTA, con el tema La Crisis de la Imagen Política Segunda edição da Revista VOTA, com o tema A Crise da Imagem Política

Transcript of VOTA - Revista nº2

Page 1: VOTA - Revista nº2
Page 2: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

umarioSumário

Apoio institucionAl

EditoriAl

Pela Política como Solução

Artigos

A Mancha da Corrupção na Espanha

O Meio é o Meio

A Dessacralização da Corrupção

produção

Corrupção: O Fenômeno da corrupção em uma

abordagem político-comunicacional

Artigos

A Corrupção no Setor Público

Os Três Eixos Estruturantes da Corrupção

Corrupção Emocional: A crise da imagem política do chavismo

rEsEnhA Na Vila das Lamentações: “Um País Partido

– 2014: a eleição mais suja da história”.

opinião

Guerrero e Ayotzinapa, Terra de Trabalho: Historia,

de Progreso e Decadência por Corrupção.

AgEndA

MEMbros

Apoyo institucionAl

EditoriAl

Por la Política como Solución

Artículos

La Mancha de la Corrupción en España

El Medio es el Medio

La Desacralización de la Corrupción

producción

Corrupción: El fenómeno de la corrupción en un

enfoque político-comunicacional

Artículos

La Corrupción en el Sector Público

Los Tres Ejes Estructurantes de la Corrupción

Corrupción Emocional: La crisis de la imagen política del chavismo

rEsEñA En la Villa de las Lamentaciones: “Un País Partido –

2014: la elección más sucia de la historia.”

opinión

Guerrero y Ayotzinapa, Tierra de Trabajo: Historia,

de Progreso y Decadencia por Corrupción.

AgEndA

MiEMbros

04

08

1316

30

22

19

3438

42

47

54

58

SOBRE LA REVISTA SOBRE A REVISTALa Revista VOTA se propone un esfuerzo colaborativo que tiene como misión establecer un lugar de interlocución e integración entre consultores políticos y académicos de los países de lenguas ibéricas.

A Revista VOTA se propõe um esforço colaborativo que tem como missão es-tabelecer um espaço de interlocução e integração entre consultores políticos e acadêmicos dos países de línguas ibéricas.

Page 3: VOTA - Revista nº2

3

xpedienteEREALIZACIÓN

REALIZAÇÃO

CoordinaCión Editorial

Caio Manhanelli, Camilo Severino, Maria Alejandra Trujillo

ConsEjo aCadémiCo

Adolpho Queiroz, Carlos Manhanelli, Daniel Ivoskus, Eduardo Reina, Hugo Duarte, Jorge Santiago Barnes,Marcelo Serpa, Ricardo Paz, Wilson Rodriguez.

ConsEjo Editorial

Alexandre Bandeira, Aurizio Freitas, Blanca Angarita, Deméthrius Lucena, Eduardo Valiente, Marina Raffaelli, Nuno Cruz Inácio, Oswaldo Morenvo, Paulo Di Vicenzi, Ricardo Perez, Sérgio Torres Ávila, Thiago Guadalupe.

CoordinaCión dE traduCCión

Ana Estrella Rickli Vargas, Diana Florentin, Ernesto Aguilar Medina, Lívia Sales, Paulo Rezende Jr., Ricardo Calvão.

ProyECto GráfiCo

Lucas Moura

WEbmastEr

Patrícia Beckestein

Coordenação Editorial

Caio Manhanelli, Camilo Severino, Maria Alejandra Trujillo

Conselho Acadêmico

Adolpho Queiroz, Carlos Manhanelli, Daniel Ivoskus, Eduardo Reina, Hugo Duarte, Jorge Santiago Barnes, Marcelo Serpa, Ricardo Paz, Wilson Rodriguez.

Conselho Editorial

Alexandre Bandeira, Aurizio Freitas, Blanca Angarita, Deméthrius Lucena, Eduardo Valiente, Marina Raffaelli, Nuno Cruz Inácio, Oswaldo Moreno, Paulo Di Vicenzi, Ricardo Perez, Sérgio Torres Ávila, Thiago Guadalupe.

Coordenação de Tradução

Ana Estrella Rickli Vargas, Diana Florentin, Ernesto Aguilar Medina, Lívia Sales, Paulo Rezende Jr., Ricardo Calvão.

Projeto Gráfico

Lucas Moura

Webmaster

Patrícia Beckestein

La Manhanelli Editorial es un sello editorial dedicado a publicaciones sobre Comunicación y Marketing Político, de títulos prácticos para los candidatos y

consultores, como académicos dando suporte a la producción sobre el tema.

A Manhanelli Editorial é um selo editorial que se dedica a publicações sobre Comunicação e Marketing Político, desde títulos práticos para candidatos e consultores, como acadêmicos dando suporte à produção sobre o tema.

NOTAS DE LA EDICIÓN

NOTAS DA EDIÇÃO

- Referencias bibliográficas de los artículos académicos (Sección Produc-ción) se presentan únicamente en el idioma original del artículo enviado.

- No se producirán erratas debido a los errores de ortografía, se reemplazará la edición en los servidores si necesario corregir.

- Las palabras extranjeras están subrayadas igual a las énfasis presentadas por los autores en sus textos.

- Notas de traducción estarán marcados por * o, cuando en medio de texto, entre corchetes [].

- La VOTA y/o sus miembros, así como los apoyadores institucionales no son responsables por las opiniones, ideas, conceptos y posiciones

expresadas en los textos, siendo responsabilidad exclusiva de los autores.

Revista Latinoamericana de Comunicación y Marketing Político, Año II, abril de 2015, No. 02. ISSN: 2359-4020

- Referências bibliográficas dos artigos acadêmicos (Seção Produção) serão apresentadas somente no idioma original do artigo enviado. - Não serão produzidas erratas por conta de erros ortográficos, a edição será substituída nos servidores pela corrigida caso seja necessário. - Palavras estrangeiras são grifadas tal qual os grifos submetidos pelos auto-res. - Notas de tradução estarão sinalizadas por * ou, quando no meio do texto, colocadas entre colchetes [ ]. - A VOTA e/ou seus membros, bem como as instituições apoiadoras não se responsabilizam pelas opiniões, ideias, conceitos e posicionamentos ex-pressos nos textos, por serem de inteira responsabilidade de seus autores. Revista Latino-Americana de Comunicação e Marketing Político, Ano II, Abril de 2015, No. 02. ISSN: 2359-4020

Page 4: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

poiosAASSOCIAÇÕESASOCIACIONES

ABCOPwww.abcop.com.br

Fundada em 1991, a Associação Brasileira de Consultores Políticos prima pela seriedade no processo de aceitação de seus membros, e visa pelo profissionalismo de seus associados.

Fundación IDEAR Colombiawww.fundacionidearcolombia.org

La fundación Idear Colombia tiene como misión realizar acciones y proyectos dirigidos al desa-rrollo integral y sostenible de las comunidades en Colombia apoyando a los gobiernos generan-do cultura de gobernabilidad.

Fundada en 1991, la Asociación Brasileña de Consultores Políticos sobresale por la seriedad en su proceso de aceptación de sus miembros, y mira por el profesionalismo de sus asociados.

A Fundação Idear Colômbia tem como missão realizar ações e projetos direcionados para o desenvolvimento integral e sustentável das co-munidades na Colômbia apoiando governos e gerando cultura de governabilidade.

POLITICOMwww.politicom.com.br

La POLITICOM - Sociedade Brasileira dos Pro-fesionales e Investigadores de Comunicación y Marketing Político, fundada en 2002, tiene como objetivo la integración de académicos y profesionales, promoviendo eventos para el de-bate e interlocución.

A POLITICOM - Sociedade Brasileira dos Pro-fissionais e Pesquisadores de Comunicação e Marketing Político, fundada em 2002, tem como objetivo integrar acadêmicos e profissionais, promovendo eventos para debate e interlocu-ção.

EMPRESAS

APPwww.app.org.do

La Academia para la Profesionalización de la Política busca generar un cambio en la cultura política en la República Dominicana, trabajan-do para formar una generación de políticos con capacidades que eleven el debate y el ejercicio político en el país.

EMPRESAS

A Academia para a Profissionalização da Política busca gerar uma mudança na cultura política da Republica Dominicana, trabalhando para formar uma geração de políticos com capacidades que elevem o debate e o exercício político no país.

Page 5: VOTA - Revista nº2

5

CPI Latinoaméricawww.consultorespoliticosindependientes.com

La Empresa Consultores Políticos Independien-tes Latinoamérica ya estebe presente en cam-pañas, programas de formación y consultoría gubernamental en Argentina, Paraguay, Perú, Ecuador, Colombia, Venezuela, Panamá, Hon-duras, México, España y EEUU.

A Empresa Consultores Políticos Independen-tes Latino-América já esteve presente em cam-panhas, programas de formação e consultoria governamental na Argentina, Paraguai, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Panamá, Hon-duras, México, Espanha e Estados Unidos.

Di Vicenzi Voto e Poderwww.divicenzi.com

Di Vicenzi Voto e Poder es una consultoría con más de 20 años de actividades, asesorando a par-tir del diagnóstico político y orientación estraté-gica hasta la creación y dirección de campañas electorales, además de la comunicación guber-namental.

Di Vicenzi Voto e Poder é uma empesa de Con-sultoria com mais de 20 anos de mercado atuan-do desde o diagnóstico político e orientação es-tratégica até a criação e direção da campanha eleitoral, além de comunicação governamental.

El Taller de Políticoswww.eltallerdepoliticos.com

El Taller de Políticos es la primera firma para-guaya de entrenamiento y formación política para líderes, conformada por un equipo multi-disciplinario de consultores políticos, profesio-nales de la comunicación, catedráticos y aliados de nivel internacional.

El Taller de Políticos é a primeira empresa para-guaia de treinamento e formação política para líderes, formada por uma equipe multidiscipli-nar de consultores políticos, profissionais de comunicação, académicos e aliados de nível in-ternacional.

Cumbre Mundial de Comunicación Políticawww.cumbre2015.com

La Cumbre Mundial de Comunicación Políti-ca es un evento que congrega políticos, perio-distas, funcionarios, legisladores, académicos, profesionales, consultores, empresas, medios de comunicación y estudiantes, otorgado por los máximos exponentes de la Comunicación.

A Cumbre Mundial de Comunicação Política é um evento que congrega políticos, jornalistas, funcionários públicos, legisladores, acadêmi-cos, profissionais, consultores, empresas, meios de comunicação e estudantes, outorgado pelos maiores expoentes da Comunicação.

Page 6: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Manhanelli Associadoswww.manhanelli.com.br

Fundada en 1978, la Manhanelli Associados ya estebe presente en varios países latinoamerica-nos, por todo el Brasil e en África, teniendo más de 300 trabajos en campañas electorales, comu-nicación gubernamental y formaciones.

Fundada em 1978, a Manhanelli Associados já es-teve presente em diversos países latino-america-nos, por todo o Brasil e na África, tendo mais de 300 trabalhos em campanhas eleitorais, comuni-cação governamental e treinamentos.

Marketconsultoreswww.marketconsultores.com

Marketconsultores es una compañía que pres-ta servicios integrales electorales y de gobierno, apoyando y fomentando los liderazgos para mejo-rar la capacidad de gestión y de la gobernabilidad.

Marketconsultores é uma empresa que presta serviços completos para eleições e governos, apoiando e fomentando os líderes para melhorar a capacidade de gestão e de governabilidade.

Gaiawww.gaiacm.com.br

Gaia Consultoria y Marketing trabaja con Mar-keting Político/Electoral. Talleres y consultoría personalizada y cualificada para campañas, con énfasis en actualización y soluciones web, uso de redes sociales y desarrollo de contenido para gestión.

Gaia Consultoria e Marketing atua com Marke-ting Político/Eleitoral. Cursos e consultoria per-sonalizada e qualificada para campanhas, com ênfase em aprimoramento e soluções web, uso de redes sociais e desenvolvimento de conteúdo para gestão.

Escola Superior Eleitoralwww.EscolaSuperiorEleitoral.org

La Escuela Superior Electoral destinase a la capa-citación política y electoral. En sus marcos de pro-fesores están los mayores nombres del Marketing Político Brasileño asociados a la ABCOP.

A Escola Superior Eleitoral se destina à capacita-ção política e eleitoral. Seu quadro de professo-res conta com os maiores nomes do Marketing Político Brasileiro associados à ABCOP.

Page 7: VOTA - Revista nº2

7

Qualidatawww.qualidata.org

La Qualidata Informaciones Estratégicas, fundada en 1989, allá que la simples oferta de encuestas de marketing y opinión, proporciona a sus clientes la seguridad de una verdadera consultoría, con solu-ciones ideales y adecuadas para cada necesidad.

A Qualidata Informações Estratégicas, fundada em 1989, mais que a simples oferta de pesquisas de marketing e opinião, proporciona aos clientes a segurança de uma verdadeira consultoria, com soluções ideais e adequadas para cada necessi-dade.

Tripé Comunicaçãowww.tripecomunicacao.com.br

La Tripé es una agencia de publicidad especialista en desarrollo de proyectos con cualidad creativa, formada por un equipo de grandes profesionales para llevar los mejores resultados a sus clientes.

A Tripé é uma agência de publicidade voltada para desenvolvimento de projetos com qualidade cria-tiva, formada por uma equipe de grandes profis-sionais para levar os melhores resultados aos seus clientes.

Paralelo Cerowww.paralelo-cero.com

Fundada por Daniel Ivoskus, especialista en Nuevas Tecnologías y Marketing Público, Para-lelo Cero cuenta con un staff de profesionales y asociados para brindarle un servicio integral de asesoramiento en diversas áreas de Comunica-ción y Marketing Político.

Fundada por Daniel Ivoskus, especialistas em Novas Tecnologias e Marketing Público, a Para-lelo Cero conta com um staff de profissionais e associados para prestar um serviço integral de assessoramento em diversas áreas de Comuni-cação e Marketing Político.

Page 8: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

ditorialE

POR LA POLÍTICA COMO SOLUCIÓN

PELA POLÍTICA COMO SOLUÇÃO

Caio ManhanelliCoordinador Editorial Coordenador Editorial

Esta edición tendrá una disposición distinta de la propuesta iniciada en nuestro primer número, gracias a una feliz sintonía entre los autores. No, ellos no se conocen personalmente, tal vez los vene-zolanos, seguramente no los brasileños, pero ese hecho ha trans-

formado esa edición de manera sorprendente. Al contrario de la VOTA #1, donde los textos fueran presen-tados en secciones distintas - artícu-los y producción - dividiendo textos libres y académicos, y en bloques de países, la edición número 2 tiene una línea narrativa propia, así, des-de el primer texto - este editorial - hasta el último, se estará haciendo la lectura de una obra editorial, no solo una revista, pero prácticamente un libro con comienzo, medio y fin. Cuando propusimos el tema “La Crisis de la Imagen Política”, incitamos nuestros autores a escri-bieren sobre corrupción del punto de vista crítico. No de la crítica mezquina cargada por valores morales que penalizan y condenan, sin dar el derecho a toda la clase política de una defensa digna; pero sí, del punto de vista crítico a la propia idea de corrupción, justamente por ser esa la raíz de la crisis de imagen que asola toda La Política y no solo los políticos en sus personas, por consecuencia atingiendo todo el ideario del sistema democrático. Ese tema surgió cuando recibimos un texto para la primera edición

Esta edição terá uma disposição diferente da proposta iniciada em nos-so primeiro número, graças a uma feliz sintonia entre os autores. Não, eles não se conhecem pessoalmente, talvez os venezuelanos, certa-mente não os brasileiros, mas esse fato é que transformou essa edi-

ção de forma surpreendente.Ao contrário da VOTA #1,

onde os textos foram apresenta-dos em seções distintas - artigos e produção - dividindo textos livres e acadêmicos, e em blocos de paí-ses, a edição número 2 tem uma linha narrativa própria, assim, des-de o primeiro texto - este editorial - até o último, se estará lendo uma obra editorial, não só uma revista, mas praticamente um livro com começo meio e fim.

Quando propusemos o tema “A Crise da Imagem Política”,

incitamos nossos autores a escreverem sobre corrupção do ponto de vista crítico. Não da crítica mesquinha carregada por valores morais que penalizam e condenam, sem dar direito a toda a classe política uma defesa digna; mas sim, do ponto de vista crítico à própria ideia de corrupção, justamente por ser essa a raiz da crise de imagem que assola toda A Política e não só os políticos em suas pessoas, por consequência, atingindo todo o ideário do sistema de-mocrático.

Corrupción, justamen-te por ser esa la raíz de la crisis de imagen que asola toda La Política y no solo los políticos en sus perso-nas, por consecuencia atingiendo todo el ideario del sistema de-mocrático.

Corrupção, justamente por ser essa a raiz da crise de imagem que

assola toda A Política e não só os políticos

em suas pessoas, por consequência, atingin-

do todo o ideário do sistema democrático.

Page 9: VOTA - Revista nº2

9

Esse tema surgiu quando recebemos um texto para a primeira edi-ção que não caberia na temática proposta naquele número, mas que estava extremamente interessante, principalmente do ponto de vista brasileiro, pois aqui se valoriza muito aquilo que se pensa existir fora de nosso país e se exe-cra tudo e todos de dentro das fronteiras que José Bonifácio suou para unir; para os brasileiros só existem corruptos em terras tupiniquins. Aqui, como em alguns outros países, e pelo que poderemos ver nesta edição, por toda a comunidade ibérica, há uma onda de escândalos envolvendo políticos e cor-rupção, alardeados pela mídia aos quatro ventos como o maior pecado capital que cometera seus políticos. Mas, igualmente, os jornalistas só falam de cor-rupção interna nos países, alimentando, com a falta de termos comparativos, o isolamento dos cidadãos em suas percepções de que esse é um fenômeno local. Como alerta María Martinez Pérez, jornalistas fazem seu trabalho, bus-cam seu papel nessa democracia moderna colaborando para o paradigma da transparência, apregoado, mas nem sempre seguido, pelos judiciários, aliás, como exposto no mesmo texto, fonte principal das reportagens sobre corrup-ção. De quem então seria o interesse de manter os políticos com uma imagem suja, de transformar a corrupção em uma mácula de caráter de toda uma clas-se de dirigentes, ao invés de compreendê-la como um fenômeno mais amplo? Seria dos editores e donos dos meios de comunicação, ou do próprio “terceiro poder”, ou “poder regulador”? Nesta queda de braço comunicacional, os políticos parece que fica-ram para trás, mesmo sendo os primeiros a se valerem da comunicação e do

marketing para alcançar seus obje-tivos eleitorais. É o que nos alerta Luis Enrique Alcalá, quando diz “as ideologias perderam seu poder de produzir soluções”, questionando a mensagem política atual que não se renovou, apesar de toda a socie-dade ter se renovado nas formas e meios de comunicar-se, mostran-do que o velho bode expiatório na frase “o meio é a mensagem” não funciona mais como desculpa para os políticos esperarem ganhar eleições com ótimos trabalhos de

agências, de comunicadores e de marquetólogos - não fazemos milagres, se não há uma boa “mensagem”, não há “meio” que ganhe eleição, se não há político, não se faz campanha de verdade com fantoches. Sintomático, desta perda de efetividade da ideologia ou de velhas categorias como esquerda e direita, foi o surgimento do PSD no Brasil, que por seu fundador se definia pelo não: “não será de direita, não será de esquerda, nem de centro”, e a sigla não quer dizer Partido Sem Destino... Esse contraponto nos leva a percepção de que, se a corrupção pre-cisa ser desacralizada, como nos explica Fernando Neisser, o político também precisa se apresentar como um ser mais mundano e menos divino, como vem fazendo Obama. A corrupção aplaca os políticos e é tratada de forma sacra, justamente porque o “organismo” onde essa “doença” opera em nossa so-ciedade não é visto, não se apresenta, de forma racional, científica. A cor-

que no cabría en la temática propuesta en aquél número, pero que estaba extre-mamente interesante, principalmente del punto de vista brasileño, porque aquí se valora mucho lo que se piensa existir fuera de nuestro país y se execra todo y todos de dentro de las fronteras que José Bonifacio ha sudado para unir; para los brasileños sólo hay corruptos en tierras tupiniquins. Aquí, como en algunos otros países, y por lo que podremos ver en esta edición, por toda la comunidad ibérica, hay una ola de escándalos envolviendo políticos y corrupción, alardea-dos por los medios de comunicación a los cuatro vientos como el mayor pe-cado capital que han cometido sus políticos. Pero, igualmente, los periodistas solo hablan de corrupción interna en los países, alimentando, con la falta de términos comparativos, el aislamiento de los ciudadanos en sus percepciones de que ese es un fenómeno local. Como alerta María Martinez Pérez, periodis-tas hacen su trabajo, buscan su papel en esta democracia moderna colaborando para el paradigma de la trasparencia, proclamado, pero ni siempre seguido, por el poder judiciario, por cierto, tal como se expone en el mismo texto, fuente principal de los informes sobre la corrupción. ¿De quién sería, entonces, el interés de mantener los políticos con una imagen sucia, de transformar la co-rrupción en una macula de carácter de toda una clase de dirigentes, al revés de comprenderla como un fenómeno más amplio? ¿Sería de los editores y dueños de los medios de comunicación, o del propio “tercer poder”, o “poder regula-dor”? En esta lucha de brazo comunicacional, los políticos parece que quedaron atrás, aun siendo los pri-meros a usar la comunicación y el marketing para lograr sus objetivos electorales. Es lo que nos alerta Luis Enrique Alcalá, cuando dice “ideologías han perdido su poder para producir soluciones”, cues-tionando el mensaje político actual que no se ha renovado, a pesar de toda la sociedad haberse renovado en las maneras y medios de comuni-carse, mostrando que el viejo chivo expiatorio de la frase “el medio es el mensaje” no funciona más como excusa para los políticos esperar ganar elecciones con grandes trabajos de agencias, de comunicadores y de marquetó-logos - no hacemos milagros, si no hay un buen “mensaje” no hay un “medio” para ganar las elecciones, si no hay político, no se hace verdadera campaña con marionetas. Sintomático, de la pérdida de eficacia de la ideología o de viejas categorías como derecha e izquierda, fue la aparición del PSD en Brasil, que por su fundador fue definido por el ni: “ni será de derecha, ni será de izquierda, ni de centro”, y la sigla no significa Partido Sin Destino… Ese contrapunto nos lleva a la percepción de que, si la corrupción necesita ser desacralizada, como nos explana Fernando Neisser, el político también necesita presentarse como un ser más mundano y menos divino, como está haciendo Obama. La corrupción aplaca los políticos y es tratada de ma-nera sacra, justamente porque el “organismo” donde esa “enfermedad” opera

En esta lucha de brazo comunicacional, los políticos parece que quedaron atrás, aun siendo los primeros a usar la comunicación y el marketing para lograr sus objetivos electorales.

Nesta queda de braço comunicacional,

os políticos parece que ficaram para trás,

mesmo sendo os primeiros a se valerem

da comunicação e do marketing para

alcançar seus objetivos eleitorais.

Page 10: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

en nuestra sociedad no se ve, no se presenta, de manera ra-cional, científica. La corrup-ción política aún es tratada de manera política, porque son los propios que manejan las herramientas para lidiar con ella. La crisis de imagen política tiene raíz en la propia manera como la imagen polí-tica se presenta, como hom-bres más allá del bien y mal, ungidos por la providencia divina como semidioses. Esta lógica es realimentada por la cobertura de los medios so-bre los eventos políticos y escándalos, por sus propias campañas electorales realizadas por las agencias de publicidad. Teniendo los políticos el propio destino en sus manos, pensar de forma más práctica y científica, tanto su forma de co-municarse, como la manera de combatir los conceptos negativos de su imagen, en especial la corrupción, es el camino que se presenta en la contribución de Maria João Neves, al exponer conceptualmente el fenómeno de la corrupción, bien como recordar que la corrupción es tanto política cuanto empresarial - y aquí las empresas mediáticas también se incluyen -, y de que el camino de la transparencia es el instrumento actual de combate y enfrentamiento de la corrupción en las esferas en que se presentan. Pero para tomar ese camino es necesario más que propaganda, es necesario Marketing, estrategia comunica-cional, y principalmente, disposición de aceptar que las acciones de los políti-cos serán cuestionadas. Seguimos entonces para la segunda parte de esta “obra”, las perspec-tivas locales sobre el fenómeno, y en este sentido Juan Carlos Morales Var-gas nos presenta, desde la experiencia colombiana, elementos que nos hacen percibir opciones de combate a la corrupción, tanto institucionales como de ingeniería social, además de también reiterar el aspecto privado y más nebulo-so de la corrupción, presenta la esencia del buen trabajador del sector público como una potencial herramienta de combate a la corrupción, y la flaqueza de sistemas partidarios fundamentados en el exclusivismo de sus directivas so-bre las decisiones como una base de la estructura de la corrupción. Falta de transparencia; falta de contacto con la sociedad, por la unidad fundamental de la democracia representativa, el partido. Si hay una reforma política que real-mente necesita ser implementada, serían a los partidos, estos sí deberían ser reformados, sus leyes y prácticas, y no las leyes y prácticas electorales, como se cogita en Brasil, como se hizo en México e Italia. La tradición del análisis de las Ciencias Sociales divide el conjunto social y la literatura en tres grandes ejes, Antropología, Sociología y Ciencia Política. La propia Sociología, precursora institucional de las Ciencias Socia-

rupção política ainda é tratada de forma política, pois são os próprios que manejam as fer-ramentas para lidar com ela. A crise da imagem política tem raiz na própria forma como a imagem política se apresenta, como homens acima do bem e do mal, ungidos pela provi-dência divina como semideu-ses. Essa lógica é realimentada pela própria cobertura midiá-tica sobre os eventos políticos e escândalos, pelas próprias campanhas eleitorais feitas por agências de publicidades. Tendo os políticos o

próprio destino em suas mãos, pensar de forma mais prática e científica, tanto sua forma de se comunicar, como a forma de combater os con-ceitos negativos de sua imagem, em especial

a corrupção, é o caminho que se apresenta na contribuição de Maria João Neves, ao expor conceitualmente o fenômeno da corrupção, bem como lem-brar que a corrupção é tanto política quanto empresarial - e aqui as empresas midiáticas também se incluem -, e que o caminho da transparência é o instru-mento atual de combate e enfrentamento da corrupção nas esferas em que se apresentam. Mas para tomar esse caminho é necessário mais que propa-ganda, é necessário Marketing, estratégia comunicacional, e principalmente, disposição de aceitar que as ações dos políticos serão questionadas. Seguimos então para a segunda parte desta “obra”, as perspectivas locais sobre o fenômeno, e nesse sentido Juan Carlos Morales Vargas nos apresenta, a partir da experiência colombiana, elementos que nos fazem per-ceber opções de combate à corrupção, tanto institucionais como de enge-nharia social, além de também reiterar o aspecto privado e mais nebuloso da corrupção, mostra a essência do bom trabalhador do setor público como uma potencial ferramenta de combate à corrupção, e a fraqueza de sistemas partidários fundamentados no exclusivismo de suas diretivas sobre as deci-sões como uma base da estrutura da corrupção. Falta de transparência; falta de contato com a sociedade, pela unidade fundamental da democracia re-presentativa, o partido. Se há uma reforma política que realmente necessita ser implementada, seria a dos partidos, estes que deveriam ser reformados, em leis e práticas, e não as leis e práticas eleitorais, como se cogita no Brasil, como se fez no México e na Itália. A tradição de análise das Ciências Sociais divide o conjunto social e a literatura em três grandes eixos, Antropologia, Sociologia e Ciência Políti-ca. A própria Sociologia, percussora institucional das Ciências Sociais, por isso referência para análise bibliográfica aqui, é apresentada mundialmente em três clássicos, Durkheim, Marx e Weber. No Brasil, a instituição de tal disci-plina apresenta Gilberto Freyre, Caio Prado Jr. e Sérgio Buarque de Holanda como o tripé clássico para a interpretação sociológica de nossa sociedade.

Imagen del vídeo producido

para la página web Buzzfeed

donde Obama termina

diciendo “¿Puedo vivir?”

Imagem do vídeo produzido

para o site Buzzfeed onde

Obama termina dizendo

“Posso viver?”

Page 11: VOTA - Revista nº2

11

les, por eso referencia para la análisis bibliográfica aquí, es presentada mun-dialmente en tres clásicos, Durkheim, Marx y Weber. En Brasil, la institución de tal disciplina presenta Gilberto Freyre, Caio Prado Jr. y Sérgio Buarque de Holanda como el trípode clásico para la interpretación sociológica de nuestra sociedad. Con reservas para el clásico brasileño Freyre, que a pesar de presen-tar la estructura social brasileña a partir de la proposición clásica de Durkheim, fundada en la categoría analítica de la familia, tiene su obra fuertemente aso-ciada a la metodología y bibliografía weberiana, análogamente podemos decir que las disciplinas de las ciencias sociales, bien como, los temas cultura, eco-nomía y política, están relacionados directamente y respectivamente con esos autores. De esta forma, para entender estructuralmente la corrupción en Brasil, Monica Nabhan articula un análisis de estos ejes a partir de los clásicos sociológicos, que cuentan un poco de la formación de nuestra socie-dad, con vistas a lo que se propaga hoy por los medios de comunica-ción. Competentemente, la crítica no puede basarse solo en la actuali-dad, sin la comprensión de que fue la formación de una sociedad, no es posible hablar de corrupción en se-rio sin comprender la cultura de un pueblo. La narrativa de los hechos que se sucedieran para el estableci-miento del actual régimen es lo que la venezolana Lorena Arraiz Rodríguez presenta, demostrando que, la estructura social del país, basada en la desigual-dad social y en el distanciamiento de los predecesores de Chávez de la reali-dad social, dio la oportunidad para que un líder militar fuera electo, y que su gabinete estableciese un sucesor sin historia, sin liderazgo, solo con el hecho de ser el indicado por el moribundo “salvador”. Comprendiendo esa realidad social, los elementos manejados para movilizar una gran parte de la población, el proceso del mensaje política de la muerte de Chávez para que la sucesión fuera efectiva, la autora apunta un tipo de corrupción que no es viable de ser juzgada o mensurada: la corrupción emocional, la movilización de la creencia para perpetuar un régimen autoritario - tal vez lo mismo que vimos en otros momentos históricos en otros países, pero algo sui generis en el actual contex-to político. La primera reseña producida para nuestra revista nos trae una nueva, o no tan nueva, pero poco estudiada, arma de fundamentación ideológica o mismo de propaganda. La producción bibliográfica sobre escándalos políti-cos y de corrupción en Brasil ha aumentado substancialmente en los últimos años, después del “Mensalão”, y la más reciente fue reseñada por Salomão de Castro. La reseña demuestra como el arte de escribir, valiéndose de títulos universitarios y capital académico, ha transformado autores en militantes po-líticos y partidarios. El peso de la legitimidad académica, la impresión de un trabajo de referencia, el valor que tiene un libro, una obra que se dedica tiempo

Si hay una reforma política que realmen-te necesita ser im-plementada, serían a los partidos, estos sí deberían ser reforma-dos, sus leyes y prác-ticas, y no las leyes y prácticas electorales, como se cogita en Bra-sil, como se hizo en México e Italia.

Com ressalvas para o clássico brasileiro Freyre, que apesar de apresentar a estrutura social brasileira a partir da proposição clássica de Durkheim, fun-dada na categoria analítica da família, tem sua obra fortemente associada à metodologia e bibliografia weberiana, analogamente podemos dizer que as disciplinas das ciências sociais, bem como, os temas cultura, economia e

política, estão relacionados dire-tamente e respectivamente com esses autores. Desta forma, para entender estruturalmente a cor-rupção no Brasil, Monica Nabhan articula uma análise destes eixos a partir dos clássicos sociológicos, que contam um pouco da forma-ção de nossa sociedade, tendo em vista o que se propaga hoje pela mídia. Competentemente, a crítica não pode se basear só no hoje sem a compreensão do que foi a forma-ção de uma sociedade, não é pos-sível falar de corrupção a sério sem

compreender a cultura de um povo. A narrativa dos fatos que se sucederam para o estabelecimento do atual regime é o que a venezuelana Lorena Arraiz Rodríguez apresenta, mostrando que, a estrutura social do país, baseada na desigualdade social e no distanciamento dos predecessores de Chavéz da realidade social, deu a oportunidade para que um líder militar fosse eleito, e que seu gabinete es-tabelecesse um sucessor sem história, sem liderança, só com o feito de ser o indicado pelo moribundo “salvador”. Compreendendo essa realidade social, os elementos manejados para mobilizar uma grande parte da população, e o processo da mensagem política da morte de Chavéz para que a sucessão fosse efetiva, a autora aponta um tipo de corrupção que não é viável de ser julgada ou medida, a corrupção emocional, a mobilização da crença para perpetuar um regime autoritário, talvez o mesmo que vimos em outros momentos his-tóricos em outros países, mas algo sui generis no atual contexto político. A primeira resenha produzida para nossa revista nos traz uma nova, ou não tão nova, mas pouco estudada, arma de fundamentação ideológica ou mesmo de propaganda. A produção bibliográfica sobre escândalos políticos e de corrupção no Brasil tem crescido substancialmente nos últimos anos, após o “Mensalão”, e a mais recente foi resenhada por Salomão de Castro. A resenha mostra como a arte de escrever, se valendo de títulos universitários e capital acadêmico, transformou autores em militantes políticos e partidá-rios. O peso da legitimidade acadêmica, a impressão de obra de referência, o valor que tem um livro, uma obra que se dedica tempo e conhecimento para produzir, que deveria ser, mas nesse caso não se configura, uma exposição lógica e fundamentada, arrazoada dos fenômenos; toda essa imagem é arti-culada para, mesmo que não haja leitores, com uma capa forte atacar algum político ou partido, defender alguma perspectiva política ou partidária. Peça importante da sustentação do que outrora fora chamado da atividade de “in-telectuais orgânicos”, a resenha aponta as falhas conceituais e a artimanha de se valer de todo esse capital simbólico como arma de destruição de imagem,

Se há uma reforma política que realmente

necessita ser imple-mentada, seria dos partidos, estes que

deveriam ser reforma-dos, em leis e práticas, e não as leis e práticas

eleitorais, como se cogita no Brasil, como se fez no México e na

Itália.

Page 12: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

y conocimiento para producir, que debería ser, pero en este caso no se configura, una exposición lógica y fundamentada, razonada de los fe-nómenos; toda esa imagen es arti-culada para que, mismo que no haya lectores, con una portada fuerte , se pueda atacar algún político o parti-do y defenderse alguna perspectiva política o partidaria. Pieza importante de la sustentación de lo que otrora fuera llamado de la actividad de los “intelectuales orgánicos”, la reseña apunta las fallas conceptuales y la artimaña de valerse de todo ese capital simbólico como arma de destruición de imagen, sustentándose siempre, la corrupción como elemento discursivo de ataque y descrédito político. Por fin, estrenamos la sección Opinión, abriendo la tribuna donde miembros de la comunidad del Marketing Político Latinoamericano podrán expresar sus puntos de vistas particulares, no hegemónicos sobre un tema. En este debut, traemos una visión, sesgada, pero valida, de las manifestaciones mexicanas reclamantes sobre los 43 de Ayotzinapa. Claramente una posición gubernamental, y articulando elementos valorativos y no científicos, el texto de José de Castro y Manuel Lino Vallejo es un buen ejemplo del tipo de biblio-grafía que busca poner en descredito un lado político y defender otro. Apren-demos, al leerlo, cuales tipos de elementos discursivos se manejan para desa-creditar la legitimidad de reclamantes y manifestantes, tal cual se ha pasado en Brasil con las manifestaciones del 2013. La sustentación de la idea de que hay una corrupción moral en aquellos que se valen de canales no estatales o ins-titucionales para demandaren sus reclames, hace del texto un óptimo ejemplo de arma ideológica y todavía nos presenta el manejo del ideario revolucionario mexicano para una pieza contrarrevolucionaria. De esta forma completamos un ciclo editorial en este número 2 de la VOTA, presentando una variación de perspectivas que toma una línea de ra-ciocinio sobre lo que estamos pasando en ter-mos de crisis de imagen política, y alertando, que está en la política, en el hacer político, la solución para tal crisis, para que en este mo-vimiento pendular entre ampliación de la de-mocracia y constreñimiento de derechos, no se deje prevalecer el camino excluyente, que los políticos asuman su papel de forma adecuada, de facto representativa, y aprendan a lidiar con la principal demanda de los días de hoy, la transparencia.

El arte de escribir, valiéndose de títulos universitarios y ca-pital académico, ha transformado autores en militantes políticos y partidarios.

Cartel en las manifestaciones mexicanas de 2014 que de-

mandaban respuesta sobre la muerte de los 43 estudiantes

de Ayotzinapa.

Cartaz nas manifestações mexicanas de 2014 que demandavam resposta sobre a morte dos 43

estudantes de Ayotzinapa.

se sustentando, sempre, na corrup-ção como elemento discursivo de ataque e descredibilização política. Por fim, estreamos a seção Opi-nião, abrindo a tribuna onde mem-bros da comunidade do Marketing Político Latino-Americano poderão expressar seus próprios pontos de vista, não hegemônicos sobre um tema. Nesta estreia, trazemos uma

visão, enviesada, mas válida, das manifestações mexicanas reclamantes sobre os 43 de Ayotzinapa. Claramente uma posição governamental, e articulando elementos valorativos e não científicos, o texto de José de Castro e Manuel Lino Vallejo é um bom exemplo do tipo de bibliografia que busca descredi-bilizar um lado político e defender outro. Aprendemos, ao ler, quais tipos de elementos discursivos se manejam para desacreditar a legitimidade de recla-mantes e manifestantes, tal qual se passou no Brasil com as manifestações de 2013. A sustentação da ideia de que há uma corrupção moral naqueles que se valem de canais não estatais ou institucionais para demandarem seus recla-mes, faz do texto um ótimo exemplo de arma ideológica e ainda nos apresen-ta o manejo do ideário revolucionário mexicano para uma peça contrarrevo-lucionária. Desta forma completamos um ciclo editorial neste número 2 da VOTA, apresentando uma variação de perspectivas que toma uma linha de raciocínio sobre o que estamos passando em termos de crise de imagem polí-tica, e alertando, que está na política, no fazer político, a solução para tal crise, para que neste movimento pendular entre ampliação da democracia e cons-trangimento de direitos, não se deixe prevalecer o caminho excludente, que os políticos assumam seu papel de forma adequada, de fato representativa, e aprendam a lidar com a principal demanda dos dias de hoje, a transparência.

A arte de escrever, se valendo de títulos universitários e capi-tal acadêmico, trans-

formou autores em militantes políticos e

partidários.

Page 13: VOTA - Revista nº2

13

rtículosArtigos

Un largo invierno ha llegado a España, cargado de tormentas eléc-tricas, lluvias intensas, fuertes vientos o bajas temperaturas, y no me refiero al clima, este huracán se llama corrupción. Decenas de cargos políticos y sindicales implicados en tramas multimillo-

narias, millonarias o sólo mileuristas. Pero la cantidad, en monedas o billetes, ya no importa, lo que sí importa es el escándalo que forman y el polvo que levantan. Los medios de comunicación no paran de hablar de ello, por eso po-líticos y periodistas están condenados a convivir. Son dos partes de un mismo engranaje, de la misma maquinaria, y la ausencia de alguna de las dos figuras es el quiebre asegurado del sistema, que en mejor o peor estima y estilo es la democracia. Un periodista es solo el que ordena las palabras para dar sentido a la idea de los tres poderes, a ser posible separados: ejecutivo, legislativo y ju-dicial. Y escribo ‘a ser posible’ porque casualidades, o causalidades, ocurren todos los días en la política actual es-pañola. El último escándalo, objeto de portadas en periódicos y de informati-vos ocurre el mismo día en el que que escribo estas letras. Es la dimisión de la ministra de Sanidad porque un juez de la Audiencia Nacional la ha llamado a declarar por un caso de corrupción. Ha ocurrido a menos de 24 horas de que en el Congreso de los Diputados se debata sobre nuevas medidas para luchar contra la corrupción. La conclusión de la jornada ha sido la dimisión de la ministra, aun sin estar imputada. ¿Por qué? Sencillo, un presidente del gobierno no puede defender nuevas medidas de lucha contra la corrupción, ni tampoco la transparencia de su partido, si sólo unas horas antes una persona de

Um longo inverno chegou à Espanha, carregado de tormentas elétri-cas, chuvas intensas, fortes ventos ou baixas temperaturas, e não me refiro ao clima, este furacão se chama corrupção. Dezenas de cargos políticos e sindicais envolvidos em tramas multimilionárias,

milionárias ou apenas mileuristas [NT: abaixo de mil]1. Mas por quantida-de, em moedas ou notas de dinheiro, já não importa, o que sim importa é o escândalo que forma e o povo que levanta. Os meios de comunicação não param de falar dele, por isso políticos e jornalistas estão condenados a con-viverem. São parte de uma mesma engrenagem, da mesma maquina, e a au-sência de qualquer uma das duas figuras é a certeza de ruptura do sistema, que em melhor ou pior estima e estilo é a democracia. Um jornalista é apenas aquele que organiza as palavras para dar sen-tido à ideia dos três poderes, se possível separados: executivo, legislativo e judiciário. E eu escrevo “se possível” porque casualidades, ou causalidade, ocorrem todos os dias na política espanhola atual. O mais recente escândalo, objeto de primeiras páginas de periódicos e jornais acontece no mesmo dia em que escrevo estas letras. Foi a demissão da Ministra da Saúde porque um juiz do Supremo Tribunal a chamou para depor em um caso de corrupção. Ocorreu menos de 24 horas do debate do Congresso dos Deputados sobre novas medidas para combater a corrupção. A conclusão do dia foi a demis-

são da ministra, mesmo sem ser culpa-da. Por quê? Simples, um Presidente de Governo não pode defender novas medidas de combate à corrupção, nem tão pouco a transparência de seu parti-do, se apenas algumas horas antes uma pessoa do seu executivo foi chamada por um tribunal para se apresentar e dar explicações. E muitos se perguntam se a decisão do juiz havia chegado um

María Martínez Pérez@MiaMartinezSPN

Un periodista es solo el que ordena las palabras para dar sentido a la idea de los tres po-deres, a ser posible separados

Um jornalista é apenas aquele que

organiza as pala-vras para dar senti-do à ideia dos três poderes, se possí-

vel separados

LA MANCHA DE LA CORRUPCIÓN EN ESPAÑA

A MANCHA DA CORRUPÇÃO NA ESPANHA

Licenciada em Jornalismo. Máster em Negócios Interna-cionais. Máster em Marketing Político e Comunicação Estratégica. Coordenadora de Política Nacional, Interna-cional e Economia dos Informativos da cadeia espanhola Telemadrid. Conferencista internacional em comunicação estratégica e consultora política.

Licenciada en Periodismo. Máster en International Business. Máster en Marketing Político y Comunicación Estratégica. Coordinadora de Política Nacional, Internacional y Econo-mía en los Informativos de la cadena española Telemadrid. Ponente internacional sobre comunicación estratégica y con-sultora política.

Page 14: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Barack Obama y Abdullah II encuentran con la prensa. Fonte: Wikipédia Commons.

su ejecutivo ha sido llamada por un tribunal a presentarse y dar explicaciones. Y muchos se preguntan si la decisión del juez ha llegado un día antes de la cita en la Cámara Baja por casualidad. Y en todo este juego ¿Dónde quedan los periodistas? En carreras, llamadas, mentidos y desmentidos, porque lo que realmente busca un infor-mador es que los políticos no den problemas. Poco importa que sea presidente del gobierno, diputa-do, alcalde de un pueblo de 200 habitantes o presidente de la co-munidad de vecinos. Sin entrar en excepciones y matizaciones, los periodistas creen que la base de cualquier estructura política es explicar sus acciones, medidas y procedimientos. Y con la acucian-

Pero si de corrupción hablamos, en la mayoría de las ocasiones se destapa porque hay una investigación de por medio y citaciones judiciales

dia antes da nomeação na Câmara por casualidade. E em todo este jogo, onde estão os jornalistas? Nas estradas, chama-das, mentidos e desmentidos, porque o que realmente busca um repórter é que os políticos não deem problemas. Pouco importa quem é o Presidente de Governo, deputado, prefeito de uma cidade de 200 habitantes, ou presiden-te da associação de moradores. Sem entrar em exceções e qualificações, os jornalistas acreditam que a base de qualquer estrutura política é explicar suas ações, medidas e procedimentos. E com a premente corrupção pressionan-

do nossos calcanhares, que expli-quem no mesmo dia como conse-guem o dinheiro e no que gastam. Os sistemas de controle econô-mico dos partidos políticos, ou de organizações como o Tribunal de Contas, já não são mais suficien-tes. Os jornalistas na Espanha que-

Mas se falamos de corrupção, na maioria

dos casos, se desco-bre algo porque existe

uma investigação e intimações judiciais.

Barack Obama e Abdullah II encontra a empresa. Fonte: Wikipédia Commons.

Page 15: VOTA - Revista nº2

15

te corrupción pisándonos los talones, ya de paso que expliquen cómo consi-guen el dinero y en qué se lo gastan. Los sistemas de control económico de los partidos políticos, o de or-ganismos como el Tribunal de Cuentas, ya no son suficientes. Los periodistas en España quieren saber todo lo que hacen los cargos públicos. El país vive su-mido en la sensación de que político es sinónimo de ladrón y por eso está obli-gado según reporteros y población (es decir lectores, oyentes y espectadores) a dar explicaciones de lo que ha desayunado, de quién lo compró, dónde, cuánto costó y cuándo se adquirió. Aunque ese cargo sea un concejal de un diminuto pueblo de la más profunda España, aun así, deberá hablar de sus magdalenas, de su mujer que las compró y de José el panadero del pueblo. Y si no está dis-puesto a justificar de dónde sacó las magdalenas que se comió esta mañana se dará por hecho que es porque las robó o porque se las regaló José el panadero para conseguir un favor político a cambio. Independientemente de los fuegos artificiales que rodean la información real, y que decoran y acompañan infor-mativos, diarios o boletines de radio, siempre hay un trasfondo de actualidad que mucho o todo tiene que ver con la política. Lo que espera un periodista es tener acceso fácil y rápido a las figuras políticas y sus equipos para generar información, para recibirla o para contrastarla. Pero si de corrupción hablamos, en la mayoría de las ocasiones se destapa porque hay una investigación de por medio y citaciones judiciales. Por eso, y para no infundir miedo a los profesionales de la política, hay que aclarar que los periodistas son comúnmente vistos como enemigos peligrosos, pero no lo son. Cierto es que su capacidad de influir en la sociedad es potente, que son los altavoces de lo que hacen los políticos, y más de lo malo que de lo bueno. También es verdad que en-fadarlos puede acarrear que utilicen sus bolígrafos, teclados, grabadoras y cámaras como armas arrojadizas. Pero no es verdad que España esté plagado de “periodistas watergate”, es decir aquel que en teoría puede tumbar un gobierno. Aun así la relación entre medios y gestores es en general lejana e incluso hostil. Lo que debe fomentar un equipo político es la relación personal con los informadores para que dejen de considerar al cargo como un muñe-co inalcanzable, y que entiendan que es simplemente un ser humano, porque cuanto más humano sea, mejor será tratado informativamente. De hecho que un periodista haga caer un gobierno es tan poco común, que la dimisión de la ministra ha sido precipitada por una decisión de un juez que se ha hecho públi-ca en un mal momento en el contexto político español. Sin entrar en valora-ciones de si esa ministra debía dimitir, aun sin estar imputada. O si la decisión de un juez a unas horas de la cita parlamentaria para proponer soluciones a la corrupción fue casualidad, lo cierto es que la corrupción en España existe en todos los niveles, pero es igual de verdad que se trata de un juego de niños en comparación con otros países. De hecho, este mal, aunque endémico, lleva a la cárcel a pocos y el dinero ‘desaparecido’ nunca se recupera. Porque en España la corrupción mancha muchos nombres, pero vacía pocos bolsillos.

rem saber tudo o que fazem em cargos públicos. O país vive mergulhado na sensação de que político é sinônimo de ladrão, portanto, está obrigado se-gundo repórteres e a população (ou seja, os leitores, ouvintes e espectadores) a dar explicações do que ele comeu no café da manhã, de quem comprou, onde, quanto custou e quando foi adquirido. Ainda que este cargo seja de um vereador de uma pequena cidade da mais profunda Espanha, ainda sim precisa falar de seus muffins, de sua esposa que comprou, e de José o padeiro da cidade. E se não estiver disposto a justificar de onde ele tirou os muffins que foram comidos esta manhã, vai assumir que é porque ele as roubou, ou porque foi presenteado por José o padeiro, por um favor político em troca. Independentemente de fogos de artifício que rodeiam a informação real, e que decoram e acompanham os informativos, jornais ou programas de rádio, há sempre uma tendência de que, atualmente, muito ou tudo tem a ver com a política. O que espera um jornalista é ter acesso fácil e rápido as figuras políti-cas e suas equipes para gerar informações, para receber ou para contrastá-la. Mas se falamos de corrupção, na maioria dos casos, se descobre algo porque existe uma investigação e intimações judiciais. Portanto, a fim de não difundir o medo entre os profissionais políticos, devemos esclarecer que os jornalistas são comumente vistos como inimigos perigosos, mas eles não são. É certo que, a sua capacidade de influenciar a sociedade é potente que são os alto-falantes do que os políticos fazem, e mais do que fazem de ruim do que de bom. Também é verdade que deixa-los nervosos pode levar a utilizar as suas canetas, teclados, gravadores e câmeras como armas de arremesso. Mas não é verdade que a Espanha é atormentada por “jornalistas Watergate”, o que significa que, em teoria, podem derrubar um governo. No entanto, a relação entre mídia e gestores é geralmente distante e até mesmo hostil. O que deve promover a equipe política é a relação pessoal com jornalistas para deixar de considerar o mandatário como um boneco inatingível, e entender que ele é simplesmente um ser humano, porque quanto mais humano for, melhor tratado será jornalisticamente. De fato um jornalista fazer cair um go-

vernante é tão pouco comum, que a demissão da ministra foi precipitada por uma deci-são de um juiz que se tornou pública num mau momento no contexto político espanhol. Sem entrar em avaliações de

se esta ministra deveria ser demitida, mesmo sem ser condenada. Ou, se a decisão de um juiz antes de algumas horas do evento parlamentar para pro-por soluções para a corrupção foi uma coincidência, o certo é que a corrupção na Espanha existe em todos os níveis, mas é igualmente verdade que é uma brincadeira de criança em comparação com outros países. De fato, este mau, embora endêmico, leva para a cadeia a poucos e o dinheiro “desaparecido” nunca se recupera. Porque na Espanha a corrupção mancha muitos nomes, mas esvazia poucos bolsos.

En España la corrupción mancha muchos nombres, pero vacía pocos bolsillos.

Na Espanha a corrupção mancha

muitos nomes, mas esvazia poucos bolsos.

Page 16: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

rtículosArtigos

EL MEDIO ES EL MEDIO O MEIO É O MEIO

Luis Enrique Alcalá

Quien tiene que hacerlo bien es el cliente. Caricatura de Forges: www.forges.com

Nacido en Caracas (1943). Completó estudios de Sociología tras dejar la carrera médica por la mitad, pero se aproxima a la Política como arte de carácter médico. Ejerció cargos importantes en la administración pública y privada. De ex-periencia ejecutiva y periodística exitosa, es autor de textos políticos con tino predictivo.

Nascido em Caracas (1943). Completou seus estudos de So-ciologia depois de deixar a medicina na metade, mas se apro-xima da política como arte de caráter médico. Exerceu cargos importantes na administração pública e privada. Tem experi-ência executiva e jornalística exitosa, é autor de textos políti-cos de tom preditivo.

@doctorpolitico

Quem tem que fazer bem é o cliente. Caricatura de Forges: www.forges.com

Page 17: VOTA - Revista nº2

17

Si hay una crisis de la imagen política en una sociedad intensamente comunicada no es por el medio; medios hay ahora como nunca antes. Si hay una crisis de la imagen es por el mensaje. Es lo que produce la imagen lo que está en crisis, no su proyección.

Los mercadólogos políticos pueden ser los más competentes, pero si los políticos no tienen mensaje pertinente en el campo temático o en el personal, la imagen política seguirá en crisis. Uno habla de crisis en un cierto espacio cuando las acciones que allí se ponen en práctica ya no funcionan. En verdad, cuando la innovación se ha hecho imprescindible. La crisis del mensaje político es planetaria porque la política misma está en crisis, la profesión política está en crisis. Madrid y Ciudad de México publicaron el mismo día de la muerte de Carlos Fuentes su último artículo. (Viva el socialismo. Pero...) En él preguntaba: ¿Cómo responderá François Hollande a este nuevo desafío, el de una sociedad que al cabo no se reconoce en ninguna de las tribus políticas tradicionales: izquierda, centro o derecha? Las ideologías han perdido su poder de producir soluciones. El re-gistro de la Organización Internacional del Trabajo hace tiempo que superó el millón de oficios diferentes en el mundo. ¿Cómo puede un partido represen-tar en la única categoría de trabajadores una riqueza así, una complejidad de esa escala? Ya no vivimos la Revolución Industrial, cuando toda ideología se inventara; ahora vivimos la de la Internet, la telefonía móvil, las tabletas, las interacciones instantáneas, las enciclopedias democráticas, las apps. La de la biogenética, la cirugía mínimamente invasiva, la posibilidad de introducir al planeta especies vegetales o animales nuevas. La de una sonda espacial posa-da sobre un cometa, la comprobación experimental de la partícula de Dios o Bosón de Higgs, la fotografía cada vez más extensa y detallada de los com-ponentes del cosmos, la materia oscura, la geometría fractal y las ciencias de la complejidad. La de la explosión de la diversidad cultural, la del referendo, del escrutinio inmisericorde de la privacidad de los políticos y el espionaje universal. La del híper-terrorismo, las agitaciones políticas a escala subconti-nental, el cambio climático. Nada de esta incompleta enumeración cabe en una ideología, en la cabeza de Stuart Mill, Marx, Bernstein o León XIII. Cualquier ideología—la pretensión de que se conoce cuál debe ser la sociedad perfecta o preferible y quién tiene la culpa de que aún no lo sea—es un envoltorio con-ceptual enteramente incapaz de contener ese enorme despliegue de factores novísimos y revolucionarios. Ésta es una revolución de revoluciones. Uno puede buscar consuelo en la hermosura sentimental. Nos dice Ryszard Kapuściński: Caídas las grandes ideologías unificadoras y, a su ma-nera, totalitarias, y en crisis todos los sistemas de valores y de referencia apro-piados para aplicar universalmente, nos queda, en efecto, la diversidad, la convivencia de opuestos, la contigüidad de lo incompatible. Puede derivarse de todo ello una conflictividad abierta y sanguinaria, arcaica, el enfrentamien-to difuso, el renacimiento de los localismos y de los más feroces tribalismos, pero también podría surgir un lento aprendizaje de la aceptación de lo distinto

Se há uma crise da imagem política em uma sociedade intensamente comunicativa não é pelo meio; meios existem agora como nunca an-tes. Se há uma crise da imagem política é pela mensagem. É aquele que produz a imagem que está em crise, não sua projeção.

Os marketólogos políticos po-dem ser os mais competentes, mas se os políticos não tem uma mensa-gem pertinente no que se refere ao tema e ao pessoal, a imagem política seguirá em crise. Fala-se de crise em certo espaço quando as ações que se

colocam em prática já não funcionam. Na verdade, quando a inovação se faz imprescindível. A crise da mensagem política é planetária porque a política em si está em crise. A profissão política está em crise. Madri e Cidade do Méxi-co publicaram no mesmo dia da morte de Carlos Fuentes seu último artigo (Viva o socialismo. Mas...). No qual ele perguntava: Como responderá Fran-çois Hollande a este novo desafio, o de uma sociedade que no limite não se reconhece em nenhuma das tribos políticas tradicionais: esquerda, centro ou direita? As ideologias perderam seu poder de produzir soluções. O registro da Organização Internacional do Trabalho ultrapassou faz tempo a casa do milhão de ofícios diferentes no mundo. Como pode um partido representar uma única categoria de trabalhadores com neste cenário tão rico, com uma complexidade nesta escala? Já não vivemos a Revolução Industrial, quando toda ideologia se inventara; agora vivemos a da internet, da telefonia móvel, dos tablets, das interações instantâneas, das enciclopédias democráticas, dos apps. Da biogenética, da cirurgia minimamente invasiva, da possibilidade de introduzir no planeta espécies vegetais ou animais novas. Da sonda espacial pousada em um cometa, da comprovação experimental da partícula de Deus ou Bóson de Higgs, da fotografia cada vez maior e mais detalhada dos com-ponentes do cosmos, da matéria escura, da geometria fractal e das ciências da complexidade. Da explosão da diversidade cultural, do referendo, do es-crutínio sem misericórdia da privacidade dos políticos e da espionagem uni-versal. Do hiperterrorismo, das agitações políticas em escala subcontinental, da mudança climática. Nada, nesta incompleta enumeração, cabe em uma ideologia, na cabeça de Stuart Mill, Marx, Bernstein ou León XIII. Qualquer ideologia – a pretensão de se conhecer qual deve ser a sociedade perfeita ou preferível e quem tem a culpa de ainda não sermos – é um envoltório concei-tual inteiramente incapaz de conter esse enorme desdobramento de fatores novíssimos e revolucionários. Esta é uma revolução das revoluções. Pode-se buscar consolo na beleza sentimental. Nos disse Ryszard Kapuściński: Caídas as grandes ideologias unificadoras e, a sua maneira, tota-litárias, e em crise todos os sistemas de valores e de referências apropriados para aplicar universalmente, nos resta, de fato, a diversidade, a convivência de opostos, a contiguidade do incompatível. Pode derivar-se de tudo isso uma conflitualidade aberta e sanguinária, arcaica, o enfrentamento difuso, o re-nascimento dos localismos e dos mais ferozes tribalismos, mas também pode-ria surgir uma lenta aprendizagem da aceitação do distinto para o si mesmo, da renúncia de um centro, de uma representação única. Como a arte pós-mo-

Es lo que produce la ima-gen lo que está en crisis, no su proyección.

É aquele que produz a imagem que está

em crise, não sua projeção.

Page 18: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

a uno mismo, de la renuncia a un centro, a una representación única. Como el arte posmoderno nos enseña, quizás podríamos darnos cuenta de que hay es-pacio para todos y que nadie tiene más derecho de ciudadanía que los demás. (EnLos cínicos no sirven para este oficio). Pero es preciso ir más allá: hay asuntos cuya verdad no depende de la mera diversidad. Es misión profesional de la política establecer su conexión con la verdad, y hoy en día los marcos mentales que soportan la idea de la po-lítica como lucha por el poder han dejado de funcionar (Ver John Vasquez, The Power of Power Politics, 1983). Son marcos mentales más recientes, derivados de las ciencias de la complejidad y el caos, de las avalanchas, de los enjambres, aquellos que pueden ofrecer la gramática necesaria, ésa que Arturo Úslar Pietri ansiaba en artículo suyo de 1991: Toda una retórica sacramentalizada, todo un vocabulario ha perdido de pron-to significación y validez sin que se vea todavía cómo y con qué substituirlo. Hasta ahora no he-mos encontrado las nuevas ideas para la nueva situación. Esas ideas existen: no son otra cosa que una aproxima-ción clínica a la Política, como arte que se ocupe de soluciones a problemas públicos, exigible por una sociedad cada vez más informatizada. Necesitamos políticos nuevos: “Exhibirán otras conductas y serán in-congruentes con las imágenes que nos hemos acostumbrado a entender como pertenecientes de modo natural a los políticos. Por esto tomará un tiempo aceptar que son los actores políticos adecuados, los que tienen la competencia necesaria, pues, como ha sido dicho, nuestro problema es que ‘los hombres aceptables ya no son competentes mientras los hombres competentes no son aceptables todavía’”. En noviembre de 1974 un ministro venezolano reunió un grupo al que planteó su in-tención de optar por la Presi-dencia de la República en las siguientes elecciones. Uno de sus invitados le habló así: “En tu anuncio distingo dos problemas diferentes. No me interesa el primero de ellos: cómo llegarías a ser presidente, con cuánta publicidad, cuantos mítines. Me parece más importante el segundo: ¿qué harías tú como presidente? ¿Por qué los venezolanos votaríamos por ti?” El interpelado se recuperó con rapidez y contestó: “Aquel presidente que se rodee de gentes tan capaces como las que están acá será un gran presidente”. No necesitaba tener contenido; su ambición debía bastar para construir una imagen ganadora. La mera mercadotecnia política no es suficiente. No bastó peinar como Evita Perón a Irene Sáez, otrora Miss Universo, o hacer muñecas Barbie con su efigie. La imagen no puede sustituir el contenido; especialmente en política, el medio no es el mensaje.

derna nos ensina, talvez poderíamos dar-nos conta de que há espaço para todos e que ninguém tem mais direito de cidadania que os demais. (Em Os cínicos não servem para este ofício). Mas é preciso ir além: há assuntos cuja verdade não depende da mera diversidade. É missão profissional da política estabelecer sua conexão com a verdade, e hoje em dia os marcos mentais que suportam a ideia da política como luta pelo poder deixaram de funcionar (Ver John Vasquez, The Power of Power Politics, 1983). São marcos mentais mais recentes, derivados das ciências da complexidade e do caos, das avalanches, dos enxames, daque-les que podem oferecer a gramática necessária, essa que Arturo Úslar Pietri ansiava em seu artigo de 1991: Toda uma retórica sacramentalizada, todo um vocabulário há perdido de repente significação e validade sem que, entretan-to, se veja como e com que substituí-lo. Até agora não encontramos as novas

ideias para a nova situação. Essas ideias existem: não são ou-tra coisa que uma aproximação clí-nica da Política, como arte que se ocupa das soluções dos problemas públicos, exigida por uma socieda-de cada vez mais informatizada. Necessitamos de políticos no-vos: “Exibirão outras condutas e

serão incongruentes com as imagens que nos acostumamos a entender como pertencentes de modo natural aos políticos. Por isso tomará tempo aceitar que são os atores políticos adequados, os que têm a competência necessária, pois, como já foi dito, nosso problema é que ‘os homens aceitáveis já não são competentes enquanto os homens competentes não são aceitáveis ainda’”. Em novembro de 1974 um ministro venezuelano reuniu um grupo para anunciar sua intenção de concorrer à presidência da República nas próxi-mas eleições. Um dos convidados falou assim: “Em seu anúncio distingo dois problemas. Não me interessa o primeiro deles: como chegaria a ser presiden-te, com alguma publicidade, alguns comícios. Parece-me mais importante o segundo: o que você faria como presidente? Por que os venezuelanos vota-

riam em você?” O interpelado se re-cuperou com rapidez e respondeu: “Aquele presidente que se cerca de pessoas tão capazes como as que estão aqui será um grande presiden-te”. Não necessitava ter conteúdo; sua ambição devia bastar para cons-truir uma imagem ganhadora. A mera mercado-técnica política

não é suficiente. Não bastou o estilo Evita Perón ou Irene Saez, ex-Miss Uni-verso, ou fazer bonecas Barbie com sua cara. A imagem não pode substituir o conteúdo; especialmente em política, o meio não é a mensagem.

La imagen no puede sustituir el contenido; especialmente en política, el medio no es el mensaje.

A imagem não pode substituir o conteúdo; especialmente em po-lítica, o meio não é a

mensagem.

Hoy en día los marcos mentales que soportan la idea de la política como lucha por el poder han dejado de funcionar.

Hoje em dia os marcos mentais que suportam

a ideia da política como luta pelo poder deixa-

ram de funcionar.

Page 19: VOTA - Revista nº2

19

rtículosArtigos

A evolução da sociedade ocidental pode ser entendida a par-tir da dessacralização paulatina dos aspectos da vida humana. É compreensível que nos primórdios desta civilização o âm-bito do sagrado tenha preenchido a necessidade de explicação

dos mais diversos fenômenos, cujas raízes eram até então desconhecidas. A chuva e a seca; a noite e o dia; as doenças e a morte; o certo e o erra-do; o bem e o mal; tudo podia ser compreendido com apoio na religião.

Com o avanço da compreensão humana, contudo, pouco a pouco a ciência foi ocupando estes espaços, trazendo explicações que não apenas co-locavam ponto final nas perguntas, mas que efetivamente permitiam a toma-da de providências para melhor organizar a vida. A superação da metafísica pela física levou ao entendimento da composição de tudo que há no Univer-so, até se chegar à manipulação dos átomos e à investigação das estranhas regras que vigem no mundo quântico. Quando as doenças deixaram de ser vistas como castigo divino a medicina floresceu a higiene foi massificada e a

expectativa de vida aumentou exponen-cialmente ao longo dos séculos. A dessa-cralização do firmamento, com tropeços que queimaram Giordano Bruno e con-denaram Galileu, conduziu ao domínio dos céus, ao voo espacial e aos robôs que perambulam no solo de Marte. O mesmo fenômeno, aplicado à distinção do certo e do errado, trouxe a ciência para o Di-

Fernando Neisser

La evolución de la sociedad occidental puede ser comprendida a par-tir de la desacralización paulatina de los aspectos da vida humana. Es comprensible que en el comienzo de esta civilización el ámbito del sagrado tenga ocupado la necesidad de explanación de los más

diversos fenómenos, cuyas raíces eran hasta entonces desconocidas. La lluvia y la sequía; la noche y el día; las enfermedades y las muerte; el correcto y el errado; el bien y el malo; todo podría ser comprehendido con apoyo en la religión.

Con avanzo de la comprensión humana, con todo, poco a poco la cien-cia fue ocupando eses espacios, trayendo explanaciones que no apenas coloca-ban punto final en las preguntas, pero que efectivamente permitían la tomada de providencias para mejor ordenar la vida. La superación de la metafísica por la física ha llevado al entendimiento de la composición de todo que ha en el Uni-verso, hasta se llegar a la manipulación de los átomos y a la investigación de las extrañas reglas que rigen en el mundo cuántico. Cuando las enfermedades de-jaron de ser vistas como castigo divino la medicina floreció, la higiene fue ma-sificada y la expectativa de vida aumentó exponencialmente al largo de los siglos. La desacralización del firmamento, con tropiezos que quemaran Gior-dano Bruno y condenaran a Galileu, condujo al dominio de los cielos, al vuelo

Cuando las enfer-medades dejaron de ser vistas como castigo divino la medicina floreció.

Quando as doenças deixaram de ser vistas como

castigo divino a medicina floresceu.

LA DESACRALIZACIÓN DE LA CORRUPCIÓN

A DESSACRALIZAÇÃO DA CORRUPÇÃO

@neisser

Mestre e Doutorando em Direito pela USP. Membro das comissões de Direito Eleitoral e Penal da OAB/SP e do Conselho Deliberativo do Instituto Paulista de Direito Eleitoral. Advoga na área do Direito Eleitoral em campa-nhas municipais, estaduais e nacionais.

Maestro y Doctorando en Derecho por la USP. Miembro de las comisiones de Derecho Electoral y Penal de la OAB/SP y del Consejo Deliberativo del Instituto Paulista de Derecho Electoral (IPADE). Aboga en el área del Derecho Electoral en campañas municipales, estaduales y nacionales.

Page 20: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

1 LAFER, CELSO. Corrupção. http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?in-

foid=9389&sid=656. Acesso em 27/02/2014.

2 UNDERKUFFLER, LAURA. Captured by Evil: The Idea of Corruption in Law. New Haven:

Yale University Press, 2013, p. 1 et passim.

1 LAFER, CELSO. Corrupção. http://www.academia.org.br/abl/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?in-

foid=9389&sid=656. Acesso em 27/02/2014.

2 UNDERKUFFLER, LAURA. Captured by Evil: The Idea of Corruption in Law. New Haven:

Yale University Press, 2013, p. 1 et passim.

especial y a los robots que andan por el suelo de Marte. El mismo fenómeno, aplicado a la distinción de lo cierto o errado, trajo a la ciencia para el Derecho; permitió la creación de nuevas modalidades de contratos, en el ámbito civil, conduciendo al desarrollo, y la racionalización de las puniciones, en el penal. El apartamiento de la religión sobre la economía retiró la carga moral a la usu-ra, vio nacer el sistema bancario y alavanco la actividad económica y el capitalismo. Cada sector del conocimiento hu-mano que adopto métodos científicos para explicar sus fenómenos vivió progresos y permitió la adopción de soluciones mejo-res y avanzos palpables. Aunque vivamos en el pos-modernidad, en el cual resta poco de sagrado, el entendimiento sobre la corrupci-ón aun no superó este límite. Cuando se ha-bla en corrupción, inmediatamente viene a la mente la analogía con la putrefacción del cuerpo, a descomposición de la carne, tal vez por su raíz latina en el verbo currumpe-re. En la filosofía aristotélica, esta acción ha-cía alusión al movimiento de destruición de las substancias y para Políbio, ya se refiriendo a su vertiente política, se asemejaba al papel ejercido por la “oxidado en relación al hierro o al de las termitas en relación a la madera”¹ Esta forma de ver el fenómeno de la corrupción como pecado o defec-to de carácter de quienes la practican, impide que el fenómeno sea tratado de forma científica; con apoyo en reglas empíricas de observación, visando efec-tivamente formular propuestas de acción que extrapolen la mera condenación moral. Para Laura Underkuffler, profesora de Derecho en la Universidad de Cornell, habiendo lesionado en las universidades de Pensilvania, Duke y Har-vard, a pesar del Derecho haber pasado por un proceso de racionalización en los últimos años, este movimiento no atingió la comprensión de la corrupción. Según la autora, el concepto vulgar que se tiene es “pre Iluminista, intuitivo y emocional”, “reposando sobre ideas reveladas por la religión sobre e bien o el mal, la falsedad y la verdad”. Filosófica-mente, sería un con-cepto “degenerado” o “incomensurable”². Este modo de com-prender el fenómeno de la corrupción in-

Esta forma de ver el fenómeno de la corrupción como pecado o defecto de carácter de quienes la practican, impide que el fenómeno sea tratado de forma científica;

reito; permitiu a criação de novas modalidades de contratos, no âmbito civil, impulsionando o desenvolvimento, e a racionalização das punições, no penal. O afastamento da religião da economia retirou a carga moral sobre a usura, viu nascer o sistema bancário e alavancou a atividade econômica e o capitalismo. Cada setor do conhecimento humano que adotou métodos científi-

cos para explicar seus fe-nômenos viveu progres-sos e permitiu a adoção de soluções melhores e avanços palpáveis. Ape-sar de vivermos em uma pós-modernidade na qual resta pouco de sagrado, o entendimento sobre a corrupção ainda não su-perou este limiar. Quan-do se fala em corrupção, imediatamente vem à mente a analogia com a putrefação do corpo, a decomposição da carne,

talvez pela sua raiz latina no verbo corrumpere. Na filosofia aristotélica, esta ação fazia alusão ao movimento de destruição das substâncias e para Políbio, já se referindo à sua vertente política, se assemelhava ao papel exercido pela “ferrugem em relação ao ferro ou ao dos cupins em relação à madeira”1. Esta forma de enxergar o fenômeno da corrupção, como pecado ou de-feito de caráter de quem a pratica, impede que o fenômeno seja tratado de forma científica; com apoio em regras empíricas de observação, visando efetivamen-te formular propostas de ação que extrapolem a mera condenação moral. Para Laura Underkuffler, professora de Direito na Universidade de Cornell, já tendo lecionado nas universidades da Pensilvânia, Duke e Harvard, apesar do Direito ter passado por um processo de racionalização nos últimos dois séculos, este movimento não atingiu a compreensão da corrupção. Se-gundo a autora, o conceito vulgar que se tem é “pré-Iluminista, intuitivo e

emocional”, “repousando em ideias reveladas pela religião so-bre o bem e o mal, a falsidade e a verdade”. Filosoficamente, seria um conceito “degenerado” ou “incomensurável”2. Este modo de compreender o fenômeno da corrupção individualiza seus pro-tagonistas. Vislumbra a questão como um exercício individual de escolha entre o bem e o mal; um

Esta forma de enxergar o fenômeno da

corrupção, como pecado ou defeito de

caráter de quem a pratica, impede que o

fenômeno seja tratado de forma científica;

Page 21: VOTA - Revista nº2

21

dividualiza sus protagonistas. Vislumbra la cuestión como un ejercicio indivi-dual de escoja entre el bien y el mal; un uso inadecuado del libre-arbitrio, una debilidad humana. Se esa es la lectura, entonces la solución habría de ser también indi-vidual, extirpando de la cesta la manzana podrida que tuvo su alma capturada por Mefistófeles, para remeter a Goethe y la escoja desastrada de Fausto. Ocurre que por más manzanas podridas que sean retiradas de la cesta; por más condenaciones morales expuestas en las páginas de los periódicos; la corrupción permanece un fenómeno sistémico, epidémico, ubicuo y perma-nente. Así como los sortilegios de los sacerdotes no impedían la muerte por las infecciones, lo que solo vino a ocurrir con la descubierta de la península por Alexander Fleming en 1928; el remedio que viene siendo dado al problema de la corrupción no tiene conseguido aplacarla. Por estas razones, se hay efectivamente voluntad de tratar de la cues-tión de la corrupción sin hipocresía, es necesario desacralizarla, dejar de ver-la como resultado de malas escojas personales. Los profesionales que necesitan debruzarse sobre la cues-tión no son los filósofos morales, los columnistas de los periódicos y de los blogs o los juristas con el mora-lismo entre los dientes. La cuestión debe ser ana-lizada, disecada, estudiada por eco-nomistas, estadísticos, ingenieros, politólogos y sociólogos. Hay que desenvolverse herramientas probabilísticas que identifiquen desvíos mediante el analice de gran cantidad de datos, el lla-mado “big data” de los tiempos actuales. Las instituciones deben ser alteradas para que se blinden contra este fenómeno que de excepcional no tiene nada, ya que no hay gobierno que no lo conozca. Estas alteraciones no deben ser fruto de bien intencionados palpites; mas de investigaciones empíricas que midan el resultado de cada propuesta. Esta forma de encarar el problema tiene hoy como exponente la profesora Susan Rose-Ackerman, de la Universidad de Yale, con la experiencia de sus trabajos anteriores en la Transparencia Internacional y en el Banco Mundial3. Mientras no se torne dominante esta lectura de la realidad, seguire-mos lanzando a la hoguera los chivos de la vez, en cuanto el dinero público seguirá siendo desviado para fines privados.

3 De relevo sobre o tema, recomenda-se: ROSE-ACKERMAN, SUSAN. Corruption and

government: causes, consequences and reform. New York: Cambridge University Press, 1999 e

ROSE-ACKERMAN, SUSAN e CARRINGTON, PAUL D. Anti-Corruption Policy: Can Inter-

national Actors Play a Constructive Role? Durham: Carolina Academic Press, 2013.

3 De relevo sobre el tema, se recomienda: ROSE-ACKERMAN, SUSAN. Corruption and

government: causes, consequences and reform. New York: Cambridge University Press, 1999 e

ROSE-ACKERMAN, SUSAN e CARRINGTON, PAUL D. Anti-Corruption Policy: Can Inter-

national Actors Play a Constructive Role? Durham: Carolina Academic Press, 2013.

uso inadequado do livre-arbítrio, uma fraqueza humana. Se essa é a leitura, então a solução haveria de ser também indivi-dual, extirpando da cesta a maçã podre que teve sua alma capturada por Mefistófeles, para remeter a Goethe e à escolha desastrada de Fausto. Ocorre que por mais maçãs podres que sejam retiradas da cesta; por mais condenações morais expostas nas páginas dos jornais; a corrupção permanece um fenômeno sistêmico; epidêmico, ubíquo e permanente. Assim como os sortilégios dos sacerdotes não impediam a morte pelas infecções, o que só veio a ocorrer com a descoberta da penicilina por Alexander Fleming em 1928; o remédio que vem sendo dado ao problema da corrupção não tem

conseguido aplacá-la. Por estas razões, se há efetiva-mente vontade de lidar com a questão da corrupção sem hipo-crisia, é necessário dessacralizá--la, deixar de enxergá-la como re-sultado de más escolhas pessoais. Os profissionais que precisam se debruçar sobre a questão não são os filósofos morais, os colunistas

dos jornais e dos blogs ou os juristas com o moralismo entre os dentes. A questão deve ser analisada, dissecada, estudada por economistas, estatísticos, engenheiros, cientistas políticos e sociais. Há que se desenvolver ferramentas probabilísticas que identifiquem desvios mediante a análise de grandes quantidades de dados, o chamado “big data” dos tempos atuais. As instituições devem ser alteradas para se blindarem contra este fenômeno que de excepcional não tem nada, já que não há governo que não o conheça. Estas alterações não devem ser fruto de bem intencionados palpites; mas de inves-tigações empíricas que meçam o resultado de cada proposta. Esta forma de encarar o problema tem hoje como expoente a professora Susan Rose-Acker-man, da Universidade de Yale, com a experiência de seus trabalhos anteriores na Transparência Internacional e no Banco Mundial3. Enquanto não se tornar dominante esta leitura da realidade, seguire-mos lançando à fogueira os bodes da vez, enquanto o dinheiro público seguirá sendo desviado para fins privados.

Por mais condenações morais expostas

nas páginas dos jornais; a corrupção permanece

um fenômeno sistêmico.

Por más condenacio-nes morales expues-tas en las páginas de los periódicos; la corrupción permanece un fenómeno sistémico,

Page 22: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

roduçãoroducciónP

CORRUPCIÓN: EL FENÓMENO DE LA CORRUPCIÓN EN UN ABORDAJE POLÍTICO-COMUNICACIONAL

CORRUPÇÃO: O FENÓMENO DA CORRUPÇÃO NUMA

ABORDAGEM POLÍTICO-

COMUNICACIONAL

Maria João Neves

Resumo: La corrupción es un fenómeno de compra de favores que existe desde los tiempos más remotos de la Humanidad. En Roma de la Antigüedad fuera ya tipificada como crimen por el ius romanum. En la actualidad, prácticamente todos los ordenamientos jurídicos tipifican el crimen de corrupción, activa y pasiva, bien como de otras figuras jurídicas cercanas. Este fenómeno, aunque no exclusivo de la clase política, mina y destruye lentamente la imagen de los políticos, las instituciones y la democracia misma. Por lo tanto, varias organi-zaciones internacionales, gubernamentales (ONU, Consejo Europeo) y/o no gubernamentales (Transparency International) se reúnen en los esfuerzos para tratar de reducir y minimizar el fenómeno. La imagen del político corrupto, y/o sólo su sospecha, es un desafío para la comunicación y el marketing político, puesto que no es fácil establecer estrategias de combate electoral y de campaña permanente en ambientes hostiles que son creados en la mente del elector. La solución pasa por uno de los paradigmas fundamentales de las democracias actuales: la transparencia.

Llegado a la barca del Infierno un Juez, cargado de procesos, pregunta al Diablo

para dónde va la barca. El Diablo, contestando el Juez, el cual apodó “amador de

perdiz”, pregúntale, cínicamente: “¿Cómo allá va el Derecho?” De seguida invíta-

lo a entrar en la barca del Infierno. Confrontado con su penoso descenso al Inferno,

el Juez rechaza adentrar, argumentando en latín que por trabajar con las leyes no

podría ser un pecador. El Diablo, respondiendo en el mismo lenguaje hermético del

acusado, para que no quedasen dudas, acusa el Juez de tener pervertido la justicia,

dando tratamiento preferencial a las personas de que recibiera soborno. El Juez

busca sin éxito un chivo expiatorio

Chegado à barca do Inferno um Juíz, carregado de processos, pergunta ao Diabo

para onde vai a barca. O Diabo, contestando o Juíz, o qual apelidou de “ama-

dor de perdiz”, pergunta-lhe, cinicamente: “Como lá vai o Direito?” De seguida

convida-o a entrar na barca do Inferno. Confrontado com a sua penosa descida

ao Inferno, o Juíz rejeita entrar, argumentando em latim que por trabalhar com

as leis não poderia ser um pecador. O Diabo, respondendo na mesma linguagem

hermética do acusado, para que não quedassem dúvidas, acusa o Juíz de ter per-

vertido a justiça, dando tratamento preferêncial às pessoas de quem recebera

peitas. O Juíz procura sem sucesso um bode expiatório na sua mulher, acusando-a

Resumo: A corrupção é um fenômeno de compra de favores que existe desde os tempos mais remotos da Humanidade. Em Roma da Antiguidade era já tipificada como crime pelo ius romanum. Na actualidade, praticamente todos os ordenamentos jurídicos tipificam o crime de corrupção, activa e passiva, bem como de outras figuras jurídicas próximas. Este fenómeno, embora não seja exclusivo da classe política, mina e destrói lentamente a imagem dos políticos, das instituições e da própria Democracia. Por isso mesmo, várias organizações internacionais, governamentais (ONU, Conselho da Europa) e/ou não governamentais (Transparency International) reúnem-se em esforços para tentar diminuir e minimizar o fenómeno. A imagem do político corrupto, e/ou apenas da sua suspeita, é um desafio para a comunicação e para o Mar-keting político pois não é fácil estabelecer estratégias de combate eleitoral e de campanha permanente em ambientes hostis que se criam na mente do eleitor. A solução passa por um dos paradigmas fundamentais das actuais De-mocracias: a transparência.

Portuguesa, licenciada y cursando maestría en Ciencia Polí-tica en la Universidad de Lisboa y finalista de Derecho en la Universidad de Coímbra, además de post-graduada en Estu-dios Europeos por la misma Universidad. Entre sus áreas de interés están la Comunicación y el Marketing Político.

Portuguesa, licenciada e mestranda em Ciência Política pela Universidade de Lisboa e finalista de Direito da Uni-versidade de Coimbra, para além de pós-graduada em Es-tudos Europeus pela mesma Universidade. Entre suas áreas de interesse estão a Comunicação e o Marketing Político.

[email protected]

Page 23: VOTA - Revista nº2

23

en su mujer, acusándola en vano de ser quien aceptaba los sobornos, pero el Diablo

ordénale que adentrase en la barca sin demora, sugiriendo que todo aquel papel de los

procesos sería un óptimo combustible para el fuego del Infierno. Estaban el Diablo y

el Juez en una discusión acalorada, cuando sin embargo llega un Procurador, también

cargado de libros y que se dirigió al Juez, su conocido, “besando sus manos” y pregun-

tando lo que estaba pasando. El Diablo interrumpe la conversación y señala que tanto

el Juez como el Procurador serían grandes remeros hacia el Infierno. El Procurador,

que se considera una persona dedicada a la causa popular, pensó que era una broma de

mal gusto, y responde en latín al Diablo que esperaría a Dios, al cual el Diablo respon-

dió cínicamente y en el mismo lenguaje que adentrasen pronto en su barca. El Procura-

dor decide ir con el Juez hasta la barca de la Gloria. En el camino de la barca celestial,

el Juez dice al Procurador que, antes de morir se había confesado pero que ocultara del

confesor todo aquello que había robado en vida. Cuando llegaron, pidieron lugar en la

barca y todo lo que se escuchó fue insultos y acusaciones por parte del Ángel y de Juan,

El Parvo, reforzando la humillación. Ambos habrían sido

injustos con los débiles y complacientes con los podero-

sos, a cambio de paga o regalos y por eso merecían ir

para el inferno, cargados con los fardos de sus procesos.

Volvieran a la barca del Diablo inconformes. El Procura-

dor intentó todavía desesperadamente consultar las leyes

de exilio, pero el Diablo, harto de la letanía, los ordenó

adentrar antes que se hiciera tarde. Y embarcaron.

Auto de La Barca del Infierno, Gil Vicente, 1517

1° Introducción: Clarificación del concepto.

La palabra corrupción deriva del latín corruptio y significa deteriorar, sobornar, alterar el estado normal de una realidad y, ya en la Roma Antigua, la corrupción era severamente punida, considerada un crimen contra la gratuidad de las funciones públicas. La corrupción es un problema de venta de poder, o sea, necesita de la existencia de un comprador y un vendedor. El compra-dor normalmente paga para que le sea retribuido beneficios a él, que de otro modo no serían atribuidos, o que serían atribuidos en circunstancias diversas, violando de esta forma varios principios constitucionales, y aun más que eso, varias leyes naturales. La corrupción existe tanto en las democracias cuanto en las dictaduras, pero en democracias ella está mucho más abierta, más visible. Podemos considerar las dictaduras como regímenes totalitarios, en los cuales el análisis de sus variables permiten percibir el tipo de dictadura en cuestión, esto para referir que la corrupción viola los principios de cualquier Estado de Derecho, aunque este Estado de Derecho pueda estar o en segmento del Estado de Derecho Democrático o del Estado de Derecho .No Democrático (siendo que este último ni siquiera podrá ser un verdadero Estado de Derecho). Efecti-vamente, los principios violados por este acto ilícito son mayoritariamente los principios de la igualdad, de la transparencia, y de la legalidad. El principio de la igualdad afirma que todos deben ser tratados por igual (ciudadanos y

1º Introdução: Clarificação do conceito.

A palavra corrupção deriva do latim corruptio e significa deteriorar, subornar, alterar o estadonormal de uma realidade e, já na Roma Antiga, a corrupção era severamente punida, considerada um crime contra a gratui-tidade das funções públicas. A corrupção é um problema de venda de po-der, isto é, necessita da existência de um comprador e de um vendedor. O comprador normalmente paga para que lhe sejam retribuídos benefícios a ele, que de outro modo não seriam atribuídos, ou que seriam atribuídos em circunstãncias diversas, violando desta forma vários princípios constitu-cionais, mas mais do que isso, várias leis naturais. A corrupção existe tanto nas democracias quanto nas ditaduras, mas nas democracias ela está mui-to mais aberta, mais visível. Podemos considerar as ditaduras como regimes totalitários, nas quais a análise das suas variáveis permite perceber o tipo de ditadura em questão, isto para referir que a corrupção viola os principios de qualquer Estado de Direito, ainda que este Estado de Direito possa es-tar ou no segmento do Estado de Direito Democrático ou do Estado de Di-reito. Não Democrático (sendo que este último nem sequer poderá ser um verdadeiro Estado de Direito). Efectivamente, os princípios violados por este acto ilícito são maioritariamente os princípios da igualdade, da transparên-cia, e da legalidade. O princípio da igualdade afirma que todos devem ser tratados por igual (cidadãos e empresas) nas suas relações orgânicas e com

em vão de ser quem aceitava os subornos, mas o Diabo ordenou-lhe que entrasse na

barca sem demora, sugerindo que todo aquele papel dos processos seria um óptimo com-

bustível para o fogo do Inferno. Estavam o Diabo e o Juíz numa discussão acesa, quando,

entretanto, chega um Procurador, também carregado de livros e que se dirigiu ao Juíz,

seu conhecido, “beijando-lhe as mãos” e querendo saber o que se estava a passar. O

Diabo interrompe a conversa e refere que tanto o Juíz como o Procurador seriam ópti-

mos remadores rumo ao Inferno. O Procurador, que se considera uma pessoa dedicada à

causa popular, achou que aquilo era uma brincadeira de mau gosto, e responde em latim

ao Diabo que aguardariam por Deus, ao qual o Diabo replicou cinicamente e na mesma

linguagem que entrassem apressadamente na sua barca. O Procurador decide ir com

o Juíz até à barca da Glória. A caminho da barca celestial, o Juíz disse ao Procurador

que, antes de morrer se havia confessado, mas que ocultara do confessor tudo aquilo que

roubara em vida. Ao chegarem, pediram lugar na barca e tudo o que ouviram foi insultos

e acusaões por parte

do Anjo e de João, O Parvo, reforçando o vexame.

Ambos teriam sido injustos para com os fracos e com-

placentes para com os poderosos, em troca de soldo

ou dádivas e mereciam por isso ir para o Inferno, ca-

rregados com os fardos dos seus processos. Voltaram

à barca do Diabo inconformados. O Procurador ainda

tentou desesperadamente consultar as leis de degredo,

mas o Diabo, farto da ladaínha, mandou-os entrar an-

tes que se fizesse tarde. E embarcaram. Auto da Barca do Inferno - Gil Vicente, 1517

Page 24: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

empresas) en sus relaciones orgánicas y con el Estado, siendo por esto visible, que sacando una situación ventajosa para sí, el corruptor desnivela este prin-cipio, la igualdad deja de existir, sea ella una igualdad entre pares, o compe-tidores, sea frente a terceros, o sea, se verifica la distorsión del principio de la igualdad en términos horizontales, como en términos verticales. El principio de la transparencia, fundamento necesario a la existencia de cualquier Estado Democrático, préndese precisamente con el facto de cómo estamos delante a un acto ilícito, este necesita de alguna opacidad del propio sistema para poder existir, por lo que la transparencia es una exigencia de los ciudadanos frente no solo a este tipo legal de crimen como también de otros, hasta con él relaciona-dos. El principio de la legalidad es violado por la corrupción de dos formas. La Administración Pública se regla por el principio de la legalidad de la siguiente manera: las leyes no son apenas el límite de su actuación, como son, también, además, el propio fundamento, significando esto que la administración está prohibida no solo de efectuar actos ilícitos, como también está prohibida de efectuar actos que no estén de acuerdo con lo que la ley establece. Para el aná-lisis del fenómeno de la corrupción esto es importante una vez que las propias leyes penales hacen esa distinción. Montesquieu escribió que “la corrupción de los gobernantes casi siempre empieza con la corrupción de sus principios” (1988). Por eso tenemos que señalar el carácter ético y moral del problema cor-rupción. Así como es necesario señalar que la corrupción puede no involucrar directamente las instituciones y los actores políticos. Por cierto, los ciudada-nos, a través del Estado, o mejor, de la lesión inferida al Estado, son, más a menudo, los objetivos o víctimas de la corrupción del llamado sector privado de la economía. La corrupción es un tipo legal de crimen punible por prácticamen-te todos los ordenamientos jurídicos, pero la pena correspondiente bien como la moldura penal prevista es variable de Estado para Estado. Si, a la luz de la teoría de la prevención, pensamos que no estamos contra un crimen de sangre, podemos también considerar que, como afirmaba Nietzsche, para conocer una civilización basta leerle el código penal ([1877] 2009). O sea, en teoría, la corrupción entendida como crimen público puede en práctica ser más o menos tolerada por los ciudadanos y por la comunidad en general consonante a una serie de factores. Esos factores se prenden también con el tipo de corrupción a que nos estamos a referir. Así, podemos establecer diferencias entre los varios tipos o niveles de corrupción: la corrupción esporádica, la estructural, la sistémica y la meta-sistémica. La corrupción esporádica se manifiesta por observarse una situación de baja fre-cuencia y de bajo recurso, es decir, importa valores muy pequeños y se sucede

o Estado, sendo por isso visível, que tirando uma situação vantajosa para si,o corruptor desnivela este princípio, a igualdade deixa de existir, seja ela uma igualdade entre pares, ou concorrentes, seja face a terceiros, ou seja, verifica--se a distorção do princípio da igualdade tanto em termos horizontais, como em termos verticais. O princípio da transparência, fundamento necessário à existência de qualquer Estado Democrático, prende-se precisamente com o facto de como estamos perante um acto ilícito este precisar de alguma opa-cidade do próprio sistema para poder existir, pelo que a transparência é uma exigência dos cidadãos face não só a este tipo legal de crime como também a outros, com ele até relacionados. O princípio da legalidade é violado pela corrupção de duas formas. A Administração Pública rege-se pelo princípio da legalidade da seguinte modo: as leis não são apenas o limite da sua actuação como são, também, para além disso, o seu próprio fundamento, singnifican-do isto que a administração está proibida não só de efectuar actos ilícitos, como também está proibida de efectuar actos que não estejam de acordo com o que a lei estabelece. Para a análise do fenómeno da corrupção isto é importante uma vez que as próprias leis penais fazem essa distinção. Mon-tesquieu escreveu que“A corrupção dos governantes quase sempre começa com a corrupção dos seus princípios.” (1988). Temos, por isso, de assinalar o carácter ético e moral do problema da corrupção. Mas temos também de assinalar que a corrupção pode não envolver directamente as instituições e os actores políticos. Aliás, os cidadãos, através do Estado, ou melhor, da lesão inferida ao Estado, são, mais das vezes, os alvos, ou as vítimas da corrupção do chamado

sector privado da economia. A corrupção é um tipo legal de crime punível por prati-camente todos os ordenamentos jurídicos, mas a pena correspondente bem como a moldura penal prevista é variável de Estado para Estado. Se, à luz da teoria da preven-ção, pensarmos que não estamos perante um crime de sangue, podemos também

considerar que, como afirmava Nietzsche, para conhecer uma civilização bas-ta ler-lhe o código penal ([1877] 2009). Isto é, na teoria, a corrupção enten-dida como crime público pode na prática ser mais ou menos tolerada pelos cidadãos e pela comunidade em geral consoante uma série de factores. Esses factores prendem-se também com o tipo de corrupção a que nos estamos a referir. Assim, podemos estabelecer diferenças entre os vários tipos ou níveis de corrupção: a corrupção esporádica, a estrutural, a sistémica e a meta-sis-témica. A corrupção esporádica manifesta-se por se observar uma situação de baixa frequência e de baixo recurso, isto é, importa valores muito pequenos e acontece pontualmente. Já a corrupção estrutural importa baixo recurso, mas elevada frequencia. A corrupção sistémica por outro lado apresenta recursos altos e frequencia também alta e, em último lugar a corrupção metasistemáti-

La corrupción puede no involucrar directamente las instituciones y los actores políticos.

A corrupção pode não envolver

directamente as instituições e os

actores políticos.

El corruptor desnivela este principio, la igualdad deja de existir, sea ella una igualdad entre pares, o competidores,

sea frente a terceros.

O corruptor desnivela este princípio, a igualdade deixa de existir, seja ela uma igualdade entre pares, ou concorrentes,

seja face a terceiros.

Page 25: VOTA - Revista nº2

25

puntualmente. Ya la corrupción estructural importa bajos recursos, pero eleva-da frecuencia. La corrupción sistémica por otro lado presenta recursos altos y frecuencia también alta y, en último lugar, la corrupción meta-sistémica exige elevadísimos recursos y se manifiesta en ámbito internacional. Delante este pa-norama del tipo de corrupción cumple percibir de qué forma se establece en la legislación penal. Tenemos así, la corrupción activa, que se refiere al agente, al comprador, la corrupción activa, que se refiere a lo que vende, vendedor (o ven-dido). En la corrupción pasiva distinguimos entre corrupción pasiva para actos lícitos y cor-rupción pasiva para acto ilícito, siendo esta última más gravosa que la anterior. Después tene-mos la corrupción para agentes en funciones públicas, o sea, el ciudadano que ejerza funciones públicas, y/o políticas, tiene un régimen penal especial, también más gravoso, pero mu-chos titulares de cargos públicos gozan de regímenes de inmuni-dad que los colocan en una posición mucho más confortable que tendrían sin la existencia de los mismos. No obstante, el sistema penal como fragmenta-rio y subsidiario del orden jurídico, respeta los derechos constitucionalmente consagrados, como sea el principio de un juzgamiento justo, con derecho a contradicción, como el principio de presunción de inocencia hasta que recaiga la sentencia firme de condena. Existe, entretanto, un debate actual sobre el principio de la inversión de la carga de prueba en el crimen de enriquecimiento ilícito, fenómeno directamente ligado a la corrupción.

2º Saldo actual del fenómeno.

Encuadrada en los tipos de corrupción, la llamada corrupción meta--sistemática ha ganado mucha fuerza con la globalización a par del dominio económico-financiero verificado en nivel mundial. El estrechamiento del glo-bo y la fragmentación de los centros de decisiones de las relaciones internacio-nales, la multiplicación de instituciones y organizaciones, estatales y no esta-tales, ayudó a que el poder político fuera capturado por el poder económico y la creciente posición de la sociedad de consumo hizo disparar la codicia de los ciudadanos en general y de algunos políticos en particular. Con el desarrollo de las tecnologías y sus consecuencias en los sistemas de información, se convier-te mucho más perceptible el modo de vida de las sociedades. Se demuestran sociedades más desiguales tendencialmente más creadores de corrupción, por una especie de lucha por sobrevivencia, un darwinismo social desenfrenado en busca del éxito y ascensión social. Felizmente, diversas instituciones percibieran la corrosión creciente del fenómeno de la corrupción en las sociedades, sobre todo en las sociedades democráticas, y por esto, las Naciones Unidas “Preocupados con la gravedad

El estrechamiento del glo-bo y la fragmentación de los centros de decisiones de las relaciones interna-cionales, la multiplicación de instituciones y organi-zaciones, estatales y no estatales, ayudó a que el poder político fuera captu-rado por el poder econó-mico.

ca exige elevadíssimos recursos e manifesta-se de âmbito internacional. Face a este panorama dos tipos de corrupção cumpre perceber de que forma ela é estabelecida na lei penal. Temos assim, a corrupção activa, que se refere ao agente, ao comprador, a corrupção passiva, referente ao que vende, vende-dor, (ou vendido). Na corrupção passiva distinguimos entre corrupção passiva para acto lícito e corrupção passiva para acto ilícito, sendo esta última mais gravosa do que a anterior. Depois temos a corrupção para agentes em fun-ções públicas, ou seja, o cidadão que exerça funções públicas, e/ou políticas, tem um regime penal especial, também mais gravoso, mas muitos titulares

de cargos públicos gozam de re-gimes de imunidades que os co-locam numa posição muito mais confortável do que teriam sem a existência dos mesmos. Porém, o sistema penal enquanto fragmen-tário e subsidiário da ordem jurí-dica, respeita os direitos constitu-cionalmente consagrados, como seja o principio de um julgamento justo, com direito a contraditório, bem como a presunção de ino-cência até trânsito em julgado da sentença final. Existe, no entanto,

um debate actual sobre o princípio da inversão do ónus de prova no crime de enriquecimento ilícito fenómeno directamente ligado à corrupção.

2º Balanço atual do fenómeno.

Enquadrada nos tipos de corrupção, a designada corrupção meta--sistemática ganhou muita força com a globalização a par do domínio eco-nómico-financeiro verificado a nível mundial. O estreitamento do globo e a fragmentação dos centros de decisão das relações internacionais, a multipli-cação de instituições e organizações, estaduais e não estaduais, ajudou a que o poder político fosse capturado pelo poder económico e a crescente posição da sociedade de consumo fez disparar a ganância dos cidadãos em geral e de alguns políticos em particular. Com o desenvolvimento das tecnologias e suas conseguências nos sistemas de informação, tornou-se muito mais perceptível o modo de vida das sociedades. Mostraram-se sociedades mais desiguais ten-dencialmente mais criadoras de corrupção, por uma espécie de luta pela so-brevivência, um darwinismo social desenfreado em busca do êxito e ascenção social. Felizmente, diversas instituições perceberam a corrosão crescente do fenómeno da corrupção nas sociedades, sobretudo nas sociedades demo-cráticas, e, por isso, as Nações Unidas “Preocupados com a gravidade dos problemas e com as ameaças decorrentes da corrupção, para a estabilidade e a segurança das sociedades, ao enfraquecer as instituições e os valores da democracia, da ética e da justiça e ao comprometer o desenvolvimento susten-tável e o Estado de Direito” assinaram a Convenção adoptada pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 31 de Outubro de 2003 e tendo sido ratificada por 158 Estados. Esta assenta em quatro eixos: a prevenção, a penalização, a recu-peração de activos e a cooperação internacional. Também a Europa, através do Conselho da Europa, criou, em 1999, o Grupo de Estados contra a Corrupção

O estreitamento do globo e a fragmentação dos centros de decisão

das relações internacio-nais, a multiplicação

de instituições e organizações, estaduais e não estaduais, ajudou

a que o poder político fosse capturado pelo

poder económico.

Page 26: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

de los problemas y con las amenazas derivadas de la corrupción, para la es-tabilidad y la seguridad de las sociedades, al enflaquecer las instituciones y los valores de la democracia, de la ética y de la justicia, y al comprometer el desarrollo sustentable y el Estado de Derecho” firmaron la Convención adop-

tada por la Asamblea General de las Naciones Unidas en 31 de octubre de 2003 ratificada por 158 Estados. Esta asienta en cuatro pilares: la prevención, la pe-nalización, la recuperación de activos y la cooperación internacional. También la Europa, a través del Consejo de la Europa, ha creado, en 1999, el Grupo de los Estados contra la Corrupción (GRECO)1, para ayudar los Estados a moni-torear el combate a la corrupción, de acuerdo con los indicadores de la Organi-zación. El grupo posee actualmente 49 Estados-miembros, incluso los EEUU, no se limitando, por eso, al espacio europeo y previéndose un alargamiento con países asiáticos y con el México, para adentrar en esta organización. Sus raíces remontan a los años 90, nombradamente a 1994, cuando los ministro de la Justicia de los Estados Miembros, en la 19ª conferencia en Valleta, Italia, estuvieron de acuerdoque la corrupción debería ser combatida a un nivel euro-peo ya que configuraba una amenaza seria a la estabilidad de las instituciones democráticas. Con todo, una de las más visibles fases de la lucha contra la corrupci-ón es la ONG, creada en 1993 y basada en Berlín, “Transparencia Internacio-

(GRECO)1, para ajudar os Estados a monitorizar o combate à corrupção, de acordo com os indicadores da Organização. O grupo possui actualmente 49 Estados-membros. incluindo os EUA, não se cingindo, por isso, ao espaço europeu e prevêndo-se um alargamento com países asiáticos e com o México, na entrada desta organização. As suas raízes remontam aos anos 90, nomea-

damente a 1994, quando os ministros da Justiça dos Estados Membros, na 19ª conferência em Valletta, Itália, concordaram que a corrupção deveria ser com-batida a um nível europeu pois configurava uma ameaça séria à estabilidade das instituições democráticas. Contudo, um dos mais visíveis rostos da luta contra a corrupção é a ONG, criada em 1993 e sediada em Berlim, “Transparência Internacio-nal”2. A organização estabeleceu cinco eixos prioritários: a corrupção polí-tica; a corrupção em contratos internacionais; a corrupção no setor privado; o instrumento das convenções internacionais para prevenir a corrupção e a questão da pobreza e do desenvolvimento. Estas prioridades vão de encon-tro às particularidades do fenómeno da corrupção no seu todo bem como de outros actos ilícitos ligados a ela como o branqueamento de capitais3, o tráfico de influências, a fraude fiscal e o enriquecimento ilícito. O fenómeno encontra-se ligado, desta forma, a questões delicadas como o sigilo bancário e as offshores, pelo que é um combate extremamente exigente e complexo.

Mapa do Índice de Percepção de Corrupção 2014. Fonte: www.transparency.orgMapa del Índice de Percepción de Corrupción 2014: Fuente: www.transparency.org

1 http://www.coe.int/t/dghl/monitoring/greco/default_en.asp

2 http://www.transparency.org

3 Lavagem de dinheiro, money laundry1 http://www.coe.int/t/dghl/monitoring/greco/default_en.asp

Page 27: VOTA - Revista nº2

27

Os sistemas políticos são determinantes na

qualidade da Democracia.

3º O fenómeno numa abordadem de âmbito da comunica-ção e do marketing político - análise prática

Os sistemas políticos são deter-minantes na qualidade da Democra-cia O monopólio do recrutamento da classe política pode ser maior ou menor, através dos partidos políticos consoante o sistema em questão. A possibilidade de escolha do candida-

to pelo cidadão, ou a imposição completa do candidato por parte do partido político, varia de país para país dependendo do tipo de eleição (Presidencial, Legislativa ou Local), como também dependendo do modelo político adopta-do. Ambas as bases dos modelos apresentam vantagens e desvantagens. Num modelo em que qualquer cidadão pode ser candidato, sem, ou com pouco controlo partidário, o eleitor tem maior probabilidade de exigir proximidade e qualidade representativa, uma vez que o mandato do candidato depende quase exclusivamente do eleitor. A desvantagem que este tipo de modelo apresenta é o de que a eleição favorece candidatos economicamente mais abastados e também, favorece candidatos que sejam prévias figuras publicas sem qualquer ligação à política, pelo que, nestes casos, a verdadeira ideolo-gia, o verdadeiro pensamento político próprio do candidato é completamente desconhecido, se é que o tem. Por outro lado, o modelo que dá o mono-pólio da escolha dos candidatos eleitorais aos partidos políticos padece da desvantagem contrária ao modelo anterior, ou seja, em princípio saberemos as linhas políticas orientadoras do candidato apresentado, a sua ideologia política e, por outro lado, cada candidato é “igual” uma vez que não é finan-ciado por si próprio e sim pelo partido de que faz parte, mas o eleitor não o pode “mandar embora”, pois este é impingido nas listas pelo partido político. Onde entra aqui a questão da corrupção? Na comunicação e no marketing político é necessário conhecer o sistema de forma a calcular e dar resposta à situação porque o tipo de sistema existente produz diferentes con-sequências. A corrupção é um fenómeno e quando se manifesta protagoni-zado por agentes políticos em exercício de funções ou fora do exercício de funcões, tanto na forma passiva quanto na forma activa, em maior ou menor

escala, precisa ser analisado enquanto escândalo político, porque é disso mesmo que se trata. A comunicação é, desta forma, o factor determinante, por excelência, do escândalo corruptivo, aquele que é sen-tido como o pior escândalo para um político, em grau de gravidade, comparativamente com outros tipos de escânda-

los políticos, principalmente nos dias de hoje em que toda a classe política se encontra descredibilizada aos olhos do cidadão comum, precisamente por causa do fenómeno em análise. A comunicação do fenómeno da corrupção

nal”2. La organización estableció cinco ejes prioritarios: la corrupción política; la corrupción en contratos internacionales; la corrupción en el sector privado; el instrumento de las convenciones internacionales para prevenir la corrupción; y la cuestión de la pobreza y del desarrollo. Estas prioridades van de encuentro a las particularidades del fenómeno de la corrupción en su todo, bien como de otros actos ilícitos ligados a ella como el blanqueamiento de capitales3 , el tráfico de influencias, la fraude fiscal y el enriquecimiento ilícito. El fenómeno encontrase ligado, de esta forma, a cuestiones delicadas como el sigilo bancario y las of-fshores, por lo que es un combate extremamente exigente y complejo.

3º El fenómeno en una abordaje de ámbito de la comunica-ción y del marketing político – análisis práctica Los sistemas políticos son determinantes en la calidad de la Demo-cracia. El monopolio del reclutamiento de la clase política puede ser mayor o menor, a través de los partidos políticos consonante el sistema en cuestión. La posibilidad de elegir el candidato por el ciudadano, o la imposición completa del candidato por parte del partido político, varía de país para país, depen-diendo del tipo de elección (Presidencial, Legislativa o Local), como también dependiendo del modelo político adoptado. Ambas las bases de los modelos presentan ventajas y desventajas. En un modelo en que cualquiera ciudadano puede ser candidato, sin, o con poco controlo partidario, el elector tiene mayor probabilidad de exigir proximidad y cualidad representativa, una vez que el mandato del candidato depende casi exclusivamente del elector. La desventaja que este tipo de modelo presenta es lo de que la elección favorece candidatos económicamente más abastados y también, favorece candidatos que sean pre-vias figuras públicas sin cualquiera vínculo a la política, porque, en estos casos, la verdadera ideología, el verdade-ro pensamiento político propio del candidato es completamente desco-nocido, si es que lo tiene. Por otro lado, el modelo que da el monopo-lio de elegir los candidatos electo-rales a los partidos políticos padece de desventaja contraria al modelo anterior, o sea, en principios sabre-mos la líneas políticas orientadoras del candidato presentado, la su ide-ología política y, por otro lado, cada candidato es “igual” una vez que no es financiado por si propio y sin por el partido de que hace parte, pero el elector no lo puede “despedir” ya que este es endilgado en las listas por el partido político.

2 http://www.transparency.org

3 Lavaje de dinero, money laundry

La inercia y la capaci-dad de respuesta (o falta de ella) al fenó-meno viene contri-buyendo para la lenta corrosión de los pila-res del Estado de Derecho democrático y del propio contracto social

A inércia e a capacida-de de resposta (ou falta dela) ao fenómeno vêm contribuindo para a len-ta corrosão dos alicerces do Estado de Direito de-mocrático e do próprio

contrato social.

Los sistemas políticos son determinantes en la calidad de la Democracia.

Page 28: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

¿Dónde adentra aquí la cuestión de la corrupción? En la comunicaci-ón y, en marketing político es necesario conocer el sistema de forma a calcular y dar respuesta a la situación porque el tipo de sistema existente produce di-ferentes consecuencias. La corrupción es un fenómeno y cuando se manifiesta protagonizado por agentes políticos en ejercicio de funciones o mismo fuera del ejercicio de sus funciones, tanto en la forma pasiva cuanto en la forma activa, en mayor o menor escala, necesita ser analizado como escándalo polí-tico, porque es exactamente de eso que se trata. La comunicación es, de esta forma, el factor determinante, por excelencia, del escándalo corruptivo, aquel que es sentido como el peor escándalo para un político, en grado de gravedad, comparativamente con otros tipos de escándalos políticos, principalmente en los días de hoy en que toda la clase política se encuentra descreditada a los ojos del ciudadano común, precisamente por causa del fenómeno en análisis. La comunicación del fenómeno de la corrupción al nivel político a través de los medios de comunicación social, hace con que este se convierta cognoscible al pueblo todo en lugar de quedar restricto a media docena de per-sonas. Son necesariamente atingidos el poder y capitales simbólicos no solo del político en cuestión, como también del partido político de que hace parte y por fuerza de la razón, las instituciones políticas. La inercia y la capacidad de res-puesta (o falta de ella) al fenómeno viene contribuyendo para la lenta corrosión de los pilares del Estado de Derecho democrático y del propio contracto social. La disputa por el poder es la mayoría de veces, la fuente no-oficial del escándalo político de corrupción. O sea, el “vale todo” para el acceso al poder basado en la idea amigo-enemigo o en las palabras bien explicitas de Norberto Bobbio “mors tua vita mea”, su muerte mi vida (1998), es la traducción más ob-via de la necesidad de sobrevivencia política de los políticos. Por esto mismo, la comunicación social, el llamado 4º poder ¡tiene tanta fuerza! Se vale, mu-chas veces apenas de insinuaciones, provenidas del espacio político del adver-sario. Es necesaria una vida toda para construir una reputación, en un sentido dinámico que nunca se puede descuidar, pero bastan unos minutos para que se destruya cualquier reputación. Es por esto que la corrupción es el peor de los es-cándalos políticos, el más difícil de lidiar por parte de cualquiera actor político. A pesar de su “presunción de inocencia”, puede significar automáticamente la muerte política del agente una vez que el juzgamiento mediático es más rápido, más emocional e indepen-diente del poder judicial. En una cultu-ra en que la corrupción es menor, el abordaje es siempre más demorado y hecho indirectamente, por intermediarios, atingien-do con menor gravedad y más difícilmente los agen-te políticos “del topo”. El agente político que en Portugal recibe “luvas” [guantes], en Brasil “pro-

ao nível político através dos meios de comunicação social faz com que este se torne cogniscível ao povo todo ao invés de ficar restringido a meia dúzia de pessoas. São necessariamente atingidos o poder e capitais simbólicos não só do político em questão, como também do partido político de que faz par-te e por força de razão, as instituições políticas. A inércia e a capacidade de resposta (ou falta dela) ao fenómeno vêm contribuindo para a lenta corrosão dos alicerces do Estado de Direito democrático e do próprio contrato social. A disputa pelo poder é as mais das vezes, a fonte não-oficial do es-cãndalo político da corrupção. Ou seja, o “vale tudo” para o acesso ao poder baseado na ideia amigo-inimigo ou nas palavras bem explícitas de Norberto Bobbio “mors tua vita mea”, a tua morte é a minha vida (1998), é a tradução mais óbvia da necessidade de sobrevivência política dos políticos. Por isso mesmo, a comunicação social, o chamado 4º poder tem tanta força! Vale-se, muitas vezes apenas de insinuações, provindas do espaço político do adver-sário. É preciso uma vida inteira para construir uma reputação, num sentido dinâmico que nunca se pode descurar, mas bastam uns minutos para destruir qualquer reputação. É por isso que a corrupção é o pior dos escãndalos políti-cos, o mais difícil de lidar por parte de qualquer actor político. Apesar da sua “presunção de inocência”, pode significar automaticamente a morte política do agente uma vez que o julgamento mediático é mais rápido, mais emocio-nal e é independente do poder judicial. Numa cultura em que a corrupção é menor a abordagem é sem-pre mais demorada e feita indirectamente, por intermediários, atin-gindo com menor gravidade e mais dificilmente os agentes políticos “de topo”. O agente político que em Portugal recebe “luvas”, no Brasil “propina”, em Angola “gasosa”, e “refresco” em Moçambique, tende a ser, com o passar do tempo e dos actos de corrupção, menos cauteloso pelo que a sua imprudência pode ditar o seu destino. Por outro lado, a sabedo-ria popular traduzida no ditado “não há fumo sem fogo” atribui a compor-

tamentos ostensivos e a boatos veiculados pela imprensa o indicio de prácticas crimino-sas, sendo estes inimigos do político e da sua reputação. Thompson diferen-cia dois tipos de reputação: a de caráter, directamente relacionada com a integrida-de da pessoa e a específica da competência, consegui-da através da demonstração de competências concretas (2002). A reputação de carác-ter é aquela que é abalada pelo escândalo corruptivo, pelo que o eleitor tende a diferen-

ciar, gradualizar e valorar diferentemente o político em questão, consoante a imagem que este oferecia ao eleitor nas suas duas vertentes de carácter. Isto tem a ver com factores psicológicos, históricos, culturais e, até, eco-nómicos. Podemos recordar a classificação de Max Weber ([1919] 1982),

De acuerdo con estudios efectuados, más del 60% de la población portuguesa acepta la corrupción, desde que produzca efectos pro-vechosos para la población general y tiene tendencia a tolerar más ese fenómeno, visto como un defecto del poder, pero necesario para progresar en tiempos de prosperidad económica.

Em estudos efectuados, mais de 60 % da

população portuguesa aceita a corrupção desde

que ela produza efeitos benéficos para a

população em geral e tem tendencia a tolerar mais o fenómeno, visto como defeito do poder,

mas necessário ao progresso, em tempos de prosperidade económica.

Page 29: VOTA - Revista nº2

29

4 En el año 2005 ya caminaba el proceso judicial. Isaltino Morais se candidata independiente, sin

apoyopartidário. Es reelecto en el 2009

quanto aos tipos de líderes: o líder carismático funda a sua legitimidade de dominação sobre os outros em dons pessoais extraordinários sendo que isso produz na mente do eleitor um sentimento de maior apoio ao agen-te faltoso, podendo este apoio até traduzir-se em novo mandato político! É conhecido o slogan não oficial “rouba mas faz”, atribuído a uma campa-nha eleitoral do governador de São Paulo Ademar Barros à prefeitura da capital, em 1957, ou o caso Isaltino Morais, em Portugal, na Câmara Municipal de Oeiras4. Em estudos efectuados, mais de 60 % da população portuguesa acei-ta a corrupção desde que ela produza efeitos benéficos para a população em geral e tem tendencia a tolerar mais o fenómeno, visto como defeito do po-der, mas necessário ao progresso, em tempos de prosperidade económica. Os casos de escândalos políticos de corrupção vêem-se dando em ca-tadupa: o Governo espanhol de Mariano Rajoy vem sendo alvo de sucessivos escândalos políticos relacionados com a corrupção, tendo mesmo existido a demissão de Ana Mato, Ministra da Saúde espanhola, em novembro de 2014 por um caso de corrupção activa. No mesmo mês, no país vizinho Portugal, o ex-primeiro ministro José Sócrates foi também detido por corrupção. Mesmo o recém-presidente da Comissão Europeia, Jean Claude Juncker não escapou ao escândalo, sobre dezenas de multinacionais que sob seu governo terão beneficiado de vantagens comparativas fiscais absolutamente fabulosas. Do outro lado, no Brasil, também a recém-eleita Dilma Rousseff não foi poupa-da a críticas dos cidadãos face a escândalos como o mensalão e a Petrobrás. Em conclusão, o fenómeno corruptivo dentro do poder político é de-terminante para a imagem dos agentes políticos e influi na qualidade das de-mocracias. O crescente descontentamento dos cidadãos, um pouco por todo o mundo democrático, tem como pano de fundo sucessivos escândalos de fenómenos de corrupção.

pina”, en Angola “gasosa” [gasolina] y “refresco” en Mozambique, tiende a ser, con el pasar del tiempo y de los actos de corrupción, menos cauteloso por lo que su imprudencia puede dictar su destino. Por otro lado, la sabidu-ría popular traída en el dictado “no hay humo sin fuego” atribuye a com-portamientos ostensivos y a rumores vehiculados por la prensa el indicio de prácticas criminosas, siendo estos enemigos del político y de su reputación. Thompson diferencia dos tipos de reputación: la de carácter, directa-mente relacionada con la integridad de la persona y la específica de competen-cia, alcanzada a través de la demonstración de competencias concretas (2002). La reputación de carácter es la que se abala por el escándalo corruptivo, por lo que el elector tiende a diferenciar, graduar y valorar diferentemente el político en cuestión, consonante la imagen que este ofrecía al elector en sus dos ver-tientes de carácter. Esto tiene a ver con factores psicológicos, históricos, cul-turales y, hasta, económicos. Podemos recordar la clasificación de Max Weber ([1919] 1982), cuanto a los tipos de líderes: el líder carismático funda su legiti-midad de dominación sobre los otros en dones personales extraordinarios sien-do que esto produce en la mente del elector un sentimie nto de mayor apoyo al agente faltoso, que puede incluso traducirse en un ¡nuevo mandato político! Es conocido el slogan no oficial “roba pero hace”, atribuido a una campaña electoral del gobernador de São Paulo Ademar de Barros a la alcaldía de la capital, en 1957, o el caso Isaltino Morais, en Portugal, en la Cámara Municipal de Oeiras4.

De acuerdo con estudios efectuados, más del 60% de la población portu-guesa acepta la corrupción, desde que produzca efectos provechosos para la pobla-ción general y tiene tendencia a tolerar más ese fenómeno, visto como un defecto del poder, pero necesario para progresar en tiempos de prosperidad económica. Los casos de escándalos políticos de corrupción se ven uno tras otro, en cascada: el Gobierno español de Mariano Rajoy ha sido objeto de sucesivos escándalos políticos relacionados con la corrupción, incluso existiendo la de-misión de Ana Mato, Ministra de la Salud española, en noviembre de 2014 por un caso de corrupción activa. En el mismo mes, en el país vecino, Portugal, el ex-Primero Ministro José Sócrates fue también detenido por corrupción. Inclu-so el recién presidente de la Comisión Europea, Jean Claude Juncker no escapó al escándalo, sobre decenas de multinacionales que sub su gobierno tendrán beneficiado de ventajas comparativas fiscales absolutamente fabulosas. Del otro lado, en Brasil, también la recién-electa Dilma Rousseff no fue salva de las críticas de los ciudadanos frente a los escándalos como el Mensalão y la Petrobrás. En conclusión, el fenómeno corruptivo dentro del poder político es determinante para la imagen de los agentes políticos e influye en la calidad de las democracias. El creciente descontentamiento de los ciudadanos, un poco por todo el mundo democrático, tiene como fondo sucesivos escándalos de fenómenos de corrupción.

Referências:BOBBIO, Norberto; MATTEUCCI, Nicola; PASQUINO, Gianfranco. Dicionário de Política. Brasília, Brasil: Editora Universidade de Brasília, 1998.

CÓDIGO PENAL. Coimbra, Portugual: Almedina, 2015.

MONTESQUIEU, Barão de. O Espírito das Leis, Livro VIII. São Paulo, Brasil: Abril Cultural, 1988.

NIETZSCHE, Friedrich W. Genealogia da Moral, uma polêmica. São Paulo, Brasil: Companhia das Letras, [1877] 2009.

PAIXÃO, Bruno. Escândalo político em Portugal. Coimbra, Portugual: Minerva Coimbra, 2010.

SOUSA, Luis. Corrupção. Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2011

THOMPSON, John B. O Escândalo Político: poder e visibilidade na era da mídia. Petrópolis, Brasil: Vozes.

VICENTE, Gil. Auto da Barca do Inferno. Porto, Portugual: Porto Editora, [1517], 2000.

WEBER, Max. “A Política como Vocação” IN Ensaios de Sociologia, 5ª Edição, H. H. Gerth & C. Wright Mills (orgs.), Waltensir Dutra (trad.). Rio de Janeiro, Brasil: LTC Editora, [1919] 1982.

4 No ano de 2005 corria já o processo judicial. Isaltino Morais candidata-se enquanto independen-

te, semapoio partidário. É reeleito em 2009.

Page 30: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

rtículosArtigos

Juan Carlos Vargas Morales

A nivel mundial existen o existieron en algún momento, algunos fla-gelos que minaron la institucionalidad y su legitimidad ante sus ciudadanos que generaron en últimas, grandes revoluciones. Des-de fenómenos de excesiva concentración de la riqueza, agrupación

de poderes, limitación de libertades voluntades y hasta decisiones de gobierno mal recibidas, han volcado a los pueblos hacia reformas y nuevos sistemas que han fortalecido los sistemas de participación ciudadana. En todos estos procesos hay un elemento en común por el cual se pueden identificar los gobernantes (en su individualidad extendida a equipos de gobierno), sea cual fue-re su sistema. Este elemen-to en común se refiere a la existencia de unos inte-reses personales, que son puestos por encima de los intereses colectivos, enten-diendo por colectivo no el círculo cercano del gobernante, sino extendido a una población en general. Recurrentemente se infiere de la palabra corrupción un tema mone-tario, pero para este caso, quiero asociar el término a la superposición de esos intereses personales, por encima de los intereses colectivos. Esa es a la corrup-ción a la que haré referencia en este artículo.Ahora bien, también es muy dado a que cuando se escucha la palabra corrup-ción, inmediatamente el imaginario colectivo se traslada al sector público. No

Em nível mundial existem ou existiram em algum momento, alguns flagelos que minaram o aparato institucional e sua legitimidade ante seus cidadãos, o que levaram em última instância a grandes revolu-ções. Desde fenômenos de excessiva concentração de riqueza, agru-

pamento de poderes, restrição de liberdades e até mesmo as decisões do governo com baixa aceitação popular, voltaram-se aos povos no sentido de reformas e de novos sistemas que têm fortalecido os mecanismos de partici-pação cidadã. Em todos estes processos há um elemento comum, pelo qual é pos-

sível identificar os governantes (em sua individualidade esten-dida às suas equipes de gover-no), seja qual for o seu sistema. Este elemento em comum refe-re-se à existência de interesses pessoais, que são colocados acima dos interesses coletivos, entendendo por coletivo não o

círculo interno que cerca o governante, mas sim estendido a uma população em geral. Recorrentemente se infere da palavra corrupção um sentido mone-tário, mas para este caso, quero associar o termo a superposição desses inte-resses pessoais acima dos interesses coletivos. Essa é a corrupção a qual me refiro neste artigo. Atualmente, também é muito propenso quando se ouve a palavra

Por cuanto la corrupción para los intereses de una sociedad, existe o se da tanto en el sector público como en el sector privado.

A corrupção enquanto interesse da sociedade

ocorre tanto no setor público como no setor

privado.

@Juankvargasm

Profesional en Finanzas y Relaciones Internacionales, Espe-cialista en Gestión Pública e Instituciones Administrativas, Experto en Paz, Desarrollo y Gobernabilidad de la Univer-sidad Complutense de Madrid y Magíster en Seguridad y Defensa Nacionales. Miembro del Curso Integral de Defensa Nacional - CIDENAL 2003.

Formado em Finanças e Relações Internacionais, Espe-cialista em Gestão Pública e Instituições Administrativas, Consultor em Paz, Desenvolvimento e Governabilidade da Universidade Complutense de Madri e Mestre em Seguran-ça e Defesa Nacional. Membro do Curso Integral de Defesa Nacional – CINENAL 2003.

LA CORRUPCIÓN EN EL SECTOR PÚBLICO A CORRUPÇÃO NO SETOR PÚBLICO

Page 31: VOTA - Revista nº2

31

puede haber mayor equivocación que esta, por cuanto la corrupción para los intereses de una sociedad, existe o se da tanto en el sector público como en el sector privado. ¿Cuál es más grave? Ustedes dirán, que la del público toda vez que, referido ahora si al tema estrictamente económico, se manejan los dineros que son de todos y que provienen de hecho en gran parte, del propio bolsillo de la sociedad, vía impuestos, gravámenes y demás tributos. Quiero decirles, que tan grave es la corrupción en el sector público, como la que se da en el sector privado, e incluso, que el fenómeno ha desbor-dado tanto la capacidad de control, que ya hasta esa línea que identifica quien genera un mayor grado de corrupción, se convierte en una zona gris. No en vano, para el caso de Colombia, a pesar de la creación de una institucionalidad para prevenir la lucha contra este flagelo, ni más ni menos que una Consejería Presidencial, la expedición de la Ley 1712 de 2014 que promueve la transparencia y otras herramientas jurídicas dadas bajo ese pro-pósito, muestran que son esfuerzos insuficientes. Las diferentes encuestas rea-lizadas para medir la percepción ciudadana sobre el particular, nos muestran resultados como siguientes, para nada alentadores:

corrupção, imediatamente o imaginário coletivo se move para o setor públi-co. Não pode haver erro maior do que este, porque a corrupção enquanto interesse da sociedade ocorre tanto no setor público como no setor privado. Qual é o pior? Vocês dirão a do público, toda vez que no instante se refere ao problema estritamente econômico, quando manuseiam dinheiros que são de todos e que vem de fato, em grande parte, do próprio bolso da sociedade por meio de impostos, taxas e demais tributos. Quero dizer-lhes que tão grave é a corrupção no setor público, quan-to a que ocorre no setor privado, e inclusive que o fenômeno já ultrapassou a capacidade de controle, que já esta linha que identifica quem gera maior corrupção, tornou-se uma área cinzenta.Não em vão, no caso da Colômbia, apesar da criação de instituições para pre-venir a luta contra este flagelo, nem mais nem menos que um Conselho Pre-sidencial – com a sanção da Lei 1.712 de 2014, que promove a transparência e outras ferramentas jurídicas, dados sob o efeito mostram que os esforços foram insuficientes. As diversas pesquisas realizadas para medir a percepção do público sobre o particular nos mostram os resultados a seguir, não muito animadores:

Tomado de: Trasparencia por Colombia (2013). Barómetro de corrupción. Disponible en http://issuu.com/transparenciaporcolombia/docs/informe-barometro-global-corrupcion.

Fonte: Transparência por Colômbia (2013). Pesquisa de corrupção. Disponível em http://issuu.com/transparenciaporcolombia/docs/informe-barometro-global-corrupcion.

Page 32: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

1 Tasa Representativa del Mercado TRM U$1= $2.398 pesos colombianos al 16 de enero de 2015

2 Más información al respecto en http://www.finanzaspersonales.com.co/trabajo-y-educacion/arti-

culo/las-diferencias-entre-empleado-publico-privado/51323

3 No olvidemos que no necesariamente hago referencia a recursos económicos. También es dado

que se favorezcan decisiones políticas hacia grupos o intereses de terceros que pueden ser cobra-

dos en respaldos políticos futuros, por poner solo un ejemplo. Eso también es corrupción.

1 Taxa representativa do mercado TRM U$1= $2.398 pesos colombianos em16 de janeiro de 2015

2 Informações adicionais em: http://www.finanzaspersonales.com.co/trabajo-y-educacion/articu-

lo/las-diferencias-entre-empleado-publico-privado/51323

3 Devemos lembrar que não necessariamente faço referência a recursos econômicos. É também

porque as decisões políticas em grupos ou interesses de terceiros que podem ser cobrados favores

políticos futuros, para dar apenas um exemplo. Isto é também a corrupção.

Se refleja en estos datos el alto nivel de conciencia ciudadana sobre la gravedad de este problema, que más allá que sean cifras por ahora no compara-bles con investigaciones o fallos contra este delito, si denotan la vulnerabilidad que representa para el sistema en términos de ilegitimidad. En cada uno de sus países con seguridad se tendrán datos estadísticos que reflejan el impacto mayor o menor, de cómo esta nefasta práctica se ha vuelto algo ya “normal” y la manera como ella influye en la legitimidad de las instituciones y por tanto sus sistemas de go-bierno. Pero y entonces ¿porque el problema de la corrupción es tan relevante en el sector público y que acciones nos quedan como ciudadanos adoptar? En cuanto a lo primero, el servicio público, al menos en Colombia, tiene mucho de vocación. La remuneración salarial del sector en general, está muy por debajo de los ingresos que se perciben en el sector privado. En el sector privado, según la 38 investigación de salarios de la Federación Colom-biana de Gestión Humana - ACRIP Nacional, un ejecutivo en Colombia recibe mensualmente entre 51 y 98 salarios mínimos, lo que equivale a una cifra que oscila entre $33.660.0001 y $64.680.000; por su parte, un gerente devenga en-tre 35 y 77 salarios mínimos, es decir, alrededor de $23.100.000 y $50.820.000 millones de pesos, lo que puede representar al menos 3 e incluso hasta 11 veces el salario de un directivo del sector público que oscila entre los $3.800.000 y $10.132.000 pesos mensuales2. No quiero decir con esto ni mucho menos, justificar el “cuadre” del salario a través de coimas o sobornos. A muchos, podría decir que la mayoría, de quienes hemos laborado en el sector público y lo puedo decir con la frente en alto, nos mueven motivaciones de verdadero servicio a la sociedad y de aportar en la construcción de mejores sistemas, mejores instituciones y por tanto, mayor bienestar para la sociedad en general; pero claro, y no podemos pecar de ingenuos, para saber también que en las estructuras organizacionales oficiales, algunas veces paquidérmicas, existen algunos grupos en posiciones estratégicas, que superponen sus intereses personales sobre los colectivos y son quienes fomentan la corrupción en el sector3. De otra parte, las debilidades del sistema democrático que para nues-tro caso se tienen unas estructuras de partidos políticos obsoletos, poco demo-cráticos y atados a familias “tradicionales”, aunado a una gran falta de cultura política de la sociedad, permean el sistema para que no se ejerzan altísimas

Pero y entonces ¿porque el problema de la corrupción es tan relevante en el sector público y que acciones nos quedan como ciudadanos adoptar?

Estes dados refletem o elevado nível de consciência cidadã sobre a gravidade deste problema, que além de cifras não são por hora comparáveis com a in-vestigação de fatos contra este delito, porém denotam a vulnerabilidade que representam para o sistema em termos de ilegitimidade.Em cada um dos seus países com certeza terão dados estatísticos que reflitam impacto maior ou menor sobre como esta nefasta prática se tornou algo já “normal” e a maneira como ela influencia a legitimidade das instituições, por-tanto seus sistemas de governo.

Então por que o problema da corrupção é tão relevante no setor público? Quais ações cabem a nós cidadãos adotar-mos? Relativamente à pri-meira, o serviço público, pelo menos na Colômbia, tem mui-to de vocação. A remuneração salarial do setor em geral, está

muito por baixo dos ingressos que se percebem no setor privado. No setor privado, segundo a pesquisa nacional de salários 38 realizada pela Federação Colombiana de Gestão Humana – ACRIP Nacional, um executivo na Colômbia recebe mensalmente entre 51 e 98 salários mínimos, o que equivale uma ci-fra que oscila entre $33.660.0001 e $64.680.000; por outro lado, um gerente recebe por seu trabalho entre 35 e 77 salários mínimos, ou seja, em torno de $23.100.000 a $50.820.000 milhões de pesos, o que pode representar ao menos 3 ou mesmo até 11 vezes o salário de um gestor do setor público que varia entre os $3.800.000 a $10.132.000 pesos mensais2. Não quero dizer e nem muito menos justificar o “quadro” de salários através de subornos ou propinas. Para muitos, poderia dizer que a maioria, daqueles que trabalharam no setor público e, posso dizer com a minha cabeça erguida, o que nos movem é o verdadeiro serviço para a sociedade e para a construção de melhores sistemas, melhores instituições, portanto, mais bem--estar para a sociedade em geral; mas é claro que não podemos ser ingênuos, pois sabemos também que nas estruturas organizacionais oficiais, algumas vezes paquidérmicas, existem alguns grupos em posições estratégicas, que sobrepõem seus interesses pessoais sobre os coletivos e são os que fomen-tam a corrupção no setor3. Além disso, os pontos fracos do sistema democrático que no nosso caso tem estruturas de partidos políticos obsoletos, pouco democráticos e amarrados às famílias “tradicionais”, juntamente com a falta de cultura polí-tica na sociedade, permeiam o sistema de modo que não sejam exercidas as altíssimas responsabilidades cidadãs de controle de gestão e de participação ativa nos processos de prestação de contas. Aqui não valem as leis, decretos

Então por que o proble-ma da corrupção é tão

relevante no setor públi-co? Quais ações

cabem a nós cidadãos adotarmos?

Page 33: VOTA - Revista nº2

33

ou regulamentos, é uma questão de internalização, responsabilidade e com-promisso no exercício de nossos deveres políticos. Os grandes movimentos de “massa eleitorais”, discursos, promessas e programas de governo, só são vistos nesses estágios nos quais se supõem que devem ser conhecidos quais são os aspirantes a cargos de liderança e também se supõe que os cidadãos devem se informar devidamente para tomar a melhor decisão. Curiosamen-te essas mesmas massas desaparecem assim que se terminam as eleições e, também curiosamente, aqueles que chegam essas altas dignidades se esque-cem dessas massas que os elegeram. É aí onde nos igualamos com o papel que nos cabe enquanto cida-dãos frente à corrupção: entender de uma vez por todas que VOTAR não é apenas o exercício de um direito político. Nossos direitos vão mais além e, se estendem ao que podemos e devemos exigir a prestação de contas. Mes-

mo que em algum momento de nossas vidas não confie-mos nestes direitos, existem mecanismos de participação que devemos nos apropriar e exercê-los. Vocês podem di-zer que isto está mais do que diagnosticado. Então, como se

faz? Despertando os mais profundos valores de solidariedade, comunidade, fraternidade; compreendendo o famoso ditado que “uma andorinha só não faz verão” tem sua exceção e como uma sociedade organizada e unida, pode ter um papel mais importante e permanente a tempo em que se poderia até mesmo controlar, este nefasto problema da corrupção, o qual gostaríamos que já tivesse sido erradicado... mas como? Simples, EDUCAÇÃO. Educação desde o seio dos lares, nos bairros, nas escolas e nos municípios; desde os menores aos maiores. Vocês se dão conta que por maior que seja o problema, ainda sim temos muito por fazer?

Nuestros derechos van mu-chos más allá y se extienden a que podemos y debemos exigir cuentas. Nossos direitos vão mais

além e, se estendem ao que podemos e devemos

exigir a prestação de contas.

responsabilidades ciudadanas de control a la gestión y la participación activa en los procesos de rendición de cuentas. Acá no valen leyes, decretos o norma-tivas, es un tema de interiorización, responsabilidad y compromiso en el ejerci-cio de nuestros deberes políticos. Los grandes movimientos de “masas electo-rales”, discursos, promesas y programas de gobierno, solo se ven en esas etapas donde se supone deben darse a conocer quienes aspiran a cargos dirigentes y en las que se supone los ciudadanos deben informarse debidamente para tomar la mejor decisión. Curiosamente esas mismas masas, desaparecen apenas se ter-minan las elecciones y también curiosamente, quienes llegan a esas altas digni-dades se olvidan de esas masas que los eligieron. Allí es donde empatamos con el pa-pel que nos queda a los ciudadanos frente a la corrupción: Entender de una vez por todas, que VOTAR no es solo un ejercicio de un derecho políti-co. Nuestros derechos van muchos más allá y se extienden a que podemos y debemos exigir cuentas. Que aunque en algún momento de nuestras vidas no confiemos en ellos, existen mecanismos de participación de los que debemos apropiarnos y ejercerlos. Ustedes dirán, eso ya está más que diagnosticado. ¿Y entonces como se hace? Despertando los más profundos valores de soli-daridad, comunidad, hermandad; entender que el famoso dicho que “una sola golondrina no hace verano” tiene su excepción y que como una sociedad orga-nizada y unida, se puede tener un papel más valioso y permanente en el tiempo que podría incluso controlar en algo, ese nefasto problema de la corrupción, que ya quisiéramos que se erradicara… ¿pero y…. cómo? Sencillo, EDUCA-CION. Educación desde el seno de los hogares, en los barrios, en las escuelas, en las comunas, de lo más pequeño a lo más grande.Se dan cuenta que por más grande que sea el problema, ¿si tenemos mucho por hacer?

Page 34: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

rtículosArtigos

Monica Nabhan de Barros

Entre los diferentes significados de la pa-labra corrupción tenemos deterioración, actuar para beneficio e interés propio o de otros, sobornar a personas interesadas

en sí u otros.¿Quién en nuestro país no conoce a alguien que haya intentado alguna vez evitar el mal rato de una multa por una violación de tránsito, que ya retuvo impuestos, compró imitaciones de marcas recono-cidas, que también ha firmado la lista de asistencia por un colega en el trabajo o en la escuela o incluso haber practicado tantas otras acciones “pequeñas” en beneficio de su propio interés o el de los demás?Sin embargo, en Brasil en los últimos años, hay una tendencia de asociar el término corrupción sólo a la clase política.Para entender esto, es necesario analizar la sociedad brasileña desde sus tres ejes que están interrelacio-nados: el cultural, el económico y el político. Obras clásicas, que estudiaron profunda-mente la formación cultural del pueblo brasileño, nos auxilian con cortes ocasionales para basar una secuencia lógica.

Dentre os vários significados da palavra corrupção temos deterioração, agir em inte-resse próprio e de outrem,

subornar pessoas em causa própria ou alheia. Quem no nosso país não conhe-ce alguém que já tentou se desvenci-lhar da penalidade de uma infração de trânsito, que já sonegou impostos, que já comprou produtos “importados” em camelôs, que já assinou lista de presen-ça por um colega no trabalho ou na es-cola ou praticou tantas outras “peque-nas” ações em interesse próprio ou de outrem? Entretanto no Brasil, nos últi-mos anos, percebemos que existe uma tendência explícita, sem ambiguidade, de associar o termo somente à classe política. Para entendermos esse fato, é preciso analisar a sociedade brasileira sobre seus três eixos que se inter-rela-

Maestra en Comunicación Social, Post-Graduada en Marke-ting. Directora de Desarrollo de ZN Marketing. Trabaja hace 25 años como Consultora en Marketing Político Guberna-mental y Electoral. Secretaria de Comunicación de la Unión Latinoamericana de Mujeres – Sección Brasil/MS, actual-mente Directora Regional de la ABCOP/MS.

Mestra em Comunicação Social, Pós-Graduada em Marke-ting. Diretora de Desenvolvimento da ZN Marketing. Atua há 25 anos como Consultora em Marketing Politico Gover-namental e Eleitoral. Secretária de Comunicação da União Latino-Americana de Mulheres – Secção Brasil/MS, atual-mente é Diretora Regional da ABCOP/MS.

LOS TRES EJES ESTRUCTURALES DE LA CORRUPCIÓN

OS TRÊS EIXOS ESTRUTURANTES DA CORRUPÇÃO

@ZnMkt

Page 35: VOTA - Revista nº2

35

cionam: o cultural, o econômico e o político. Obras clássicas, que estudaram profundamente a formação cultural do povo brasileiro, nos subsidiam com recortes pontuais para fundamentar um encadeamento lógico.O antropólogo Darcy Ribeiro em “O Povo Brasileiro”, conclui que todos nós so-mos descendentes de índios, escravos e senhores de escravos, e temos como cicatriz a doçura mais terna e a crueldade mais atroz. Em “Raízes do Brasil”, Sergio Buarque de Holanda analisa a subser-viência, nos feudos rurais inicialmente nas fazendas engenho e posteriormen-te nas de café, à classe politica rural, enquanto Paulo Freire em “Pedagogia do Oprimido” aprofunda o tema sobre opressores e oprimidos e afirma que o ensinar a não pensar é uma estratégia, dos que possuem o poder, para man-ter os oprimidos sempre fragilizados e dependentes dos opressores para sua sobrevivência. Durante séculos os meios de pressão para a subserviência da cole-tividade, se restringiam apenas aos contatos sociais. A partir do século XIX

a tecnologia propiciou que os meios de comunicação pas-sassem a exercer esse poder com a cultura de massa ser-vindo a interesses econômicos, como teorizou o célebre Noam Chomski. Sérgio Caparelli afirma em “Comunicação de Massa sem Massa”, que no Brasil o rádio agiu como um mediador

dos discursos das classes hegemônicas para a manutenção de um modelo que a favorecia, em detrimento dos demais estratos da sociedade. Já Pedri-nho Guareschi em “Comunicação e Poder: a presença e o papel dos meios de comunicação de massa estrangeiros na América Latina”, reporta-nos que logo após o golpe militar, a instalação em 1965 da Rede Globo passa a servir de ca-nal de entrada do capital estrangeiro no país, como já acontecera nos outros países da América Latina, e com participação ativa no enfraquecimento da opinião publica para a manutenção do regime ditatorial. Caparelli, no mesmo livro acima citado, correlaciona fortemente os vínculos políticos com os meios de comunicação privados através das conces-sões de emissoras de rádio e televisão não só no regime ditatorial com tam-bém durante o governo do presidente José Sarney (1985-1990), funcionando como moeda de troca para políticos apoiarem a aprovação do mandato de cinco anos para presidente. Observamos, portanto que principalmente nos últimos cinquenta anos, os meios de comunicação privados e o poder, mantem uma relação es-treita de interesses. Em maio de 2014, a revista Exame divulgou a lista da Forbes das quinze famílias mais ricas do Brasil, onde a família Marinho, do fundador da Rede Globo, se posiciona em primeiro lugar com um patrimônio estimado em 28,9 bilhões de dólares ultrapassando a de banqueiros como os Safra, Moreira Salles, Villela, Aguiar e de construtores como Camargo e Ode-brecht entre outras. A família Civita, também do setor de mídia, possui um patrimônio de

Ensinar a não pensar é uma estratégia, dos que

possuem o poder, para manter os oprimidos sempre fragilizados e

dependentes dos opressores para sua

sobrevivência.

El antropólogo Darcy Ribeiro en su artículo “El Pueblo Brasileño”, concluye que todos somos descendientes de indios, esclavos y dueños de escla-vos, y nosotros tenemos como cicatriz la dulzura más tierna y la crueldad más atroz. En “Raíces de Brasil”, Sergio Buarque de Holanda analiza el servilis-mo en los feudos rurales inicialmente en las granjas de molinos y más tarde en las de café, a la clase política rural, mientras que Paulo Freire en “Pedagogía del Oprimido” profundiza el tema de opresores y oprimidos y afirma que en-señar a no pensar es una estrategia, de los que tienen el poder, para mantener a los oprimidos siempre frágiles y dependientes de los opresores para su super-vivencia. Durante siglos, las formas de presión para el sometimiento de la co-lectividad, fueran restringidas sólo a los contactos sociales. A partir del siglo XIX, la tecnología ha proporcionado que los medios de comunicación pudie-sen ejercer un poder con la cultura de masas subordinado a los intereses eco-nómicos, como ha teorizado el célebre Noam Chomsky. Sergio Caparelli afirma en “Comunicación de Masas sin masa”, que en Brasil la radio actuó como mediador de los discursos de las clases hege-mónicas de mantener un modelo que la favorece, a expensas de otros estratos de la sociedad.Sergio Caparelli afirma en “Comunicación de Masas sin masa”, que en Brasil la radio actuó como media-dor de los discursos de las clases hegemónicas para la manutención de un mode-lo que la favorecía, a expensas de otros estratos de la sociedad. Ya Pedrinho Guareschi en “Comunicación y poder: la presencia y el papel de los medios de comunicación extranjeros en América Latina”, nos lleva que poco después del golpe militar, la instalación en 1965 de la Rede Globo pasa a servir como canal de entrada para el capital extranjero en el país, como había ocurrido en otros países de América Latina, y con la participación activa en el debilitamiento de la opinión pública para el mantenimiento del régimen dictatorial. Caparelli en el mismo libro mencionado anteriormente, correlaciona fuertemente los vínculos políticos con los medios privados a través de con-cesiones de radio y televisión no sólo en el régimen dictatorial sino también durante la administración del presidente José Sarney (1985-1990), trabajando como cambio de divisas para el apoyo político de la aprobación del mandato de cinco años para presidente. Observamos, sin embargo, que en los últimos cincuenta años, los me-dios de comunicación privados y el poder, mantienen una estrecha relación de interés. En mayo de 2014, la revista Exame publicó una lista de Forbes de las quince familias más adineradas de Brasil, en donde se nombraron la familia Marinho (el fundador de la Rede Globo) que ocupa el primer lugar con un valor neto estimado de 28,9 billones de dólares por delante de banqueros como

Enseñar a no pensar es una estrategia, de los que tienen el poder, para mantener a los oprimidos siempre frágiles y dependientes de los opresores para su supervivencia.

Page 36: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Safra, Moreira Salles, Villela, Aguiar y constructores como Camargo y Ode-brecht, entre otros. La familia Civita, también de los medios de comunicación, cuenta con un patrimonio de 3,3 billones de dólares, más que la familia Setubal, de banqueros, y otros tres que operan en la industria del gas y productos petroquí-micos. En las elecciones del año pasado compitieron candidatos accionistas de 32 empresas de televisión, 141 estaciones de radio y 16 periódicos impre-sos. El candidato que se postuló para la presidencia Aécio Neves es accionista de un grupo que opera 10 estaciones de televisión, 12 estaciones de radio y 11 periódicos del país. No tenemos datos - y no nos cabe a nosotros aquí analizar la construc-ción de estas fortunas en un espacio de tiempo tan corto -, lo que nos mueve es despertar la reflexión sobre cómo los grupos empresariales de medios han actuado en la formación cultural de la sociedad; si, como pensaba Paulo Freire, el enseñar a no pensar ocurre no apenas en las escuelas, sino también a través de herra-mientas de comunicación, traduciendo este enseñar a no pensar como la poca oferta de productos adecuados para la formación ética, cultural e informativa, lo que genera por consecuencia, la alienación, la mala formación del pensamiento crítico y la apatía por los valores morales. Mediante el análisis de los productos culturales de las cadenas de televisión abierta más grandes del país y su innegable poder de formación de la opinión pública y de la transmisión de los valores éticos, constatamos que ellas tienen su mayor parte destinada a las telenovelas, fútbol y programas de entretenimiento. ¿Qué podemos concluir sobre el contenido de los noticiarios? ¿Cómo y quién decide las prioridades, en los 30 minutos de dura-ción de sus telenoticias, las noticias más importantes del mundo que deberán ser significativas para la sociedad? Lo que observamos son destaques a los casos de violencia, accidentes, corrupción, noticias de celebridades y otra in-fluencia económica.¿Qué valores se transmiten en las novelas y miniseries? Sensualidad exacerbada, sexo en demasía, golpes finan-cieros, falta de escrúpulos y de nuevo la violencia.¿Y los programa de entretenimiento? Rifas, concursos, shows musicales de mala calidad. Un paréntesis aquí. ¿Quiénes son los responsables de hacer los cantantes de canciones culturalmente cuestionables en celebridades instantáneas? ¿Podría ser que el pueblo brasileño acepte estos géneros musicales vacíos porque les gusta o no tienen la oportunidad de acceder a otros de mejor calidad para mejorar sus criterios? El enfoque más grande está siendo dado a la televisión, pues debido a lo bajo poder adquisitivo de la mayoría de la población es la más consumida. Pero las revistas y los periódicos más importantes del país también actúan

3,3 bilhões de dólares, possuindo mais que a família Setúbal, de banqueiros, e de três outras que atuam no setor de gás e produtos petroquímicos. Nas eleições do ano passado concorriam candidatos acionistas de 32 empresas de televisão, 141 rádios e 16 jornais impressos. O candidato que concorreu à presidência Aécio Neves é acionista de um grupo que opera 10 emissoras de TV, 12 rádios e 11 jornais no país. Não temos dados - e não nos cabe aqui analisar construção dessas fortunas em tão curto espaço de tempo -, o que nos move é despertar a re-flexão sobre como os grupos empresariais de mídia tem agindo na formação cultural da sociedade; se, como pensava Paulo Freire, o ensinar a não pen-sar acontece não apenas nas escolas, mas também através dos instrumen-tos midiáticos, traduzindo esse ensinar a não pensar como a baixa oferta de produtos adequados para formação ética, cultural e informativa, o que gera por consequência, a alienação, a não formação de senso crítico e a apatia por

valores morais. Ao analisar os produtos culturais dos maiores canais de televisão aber-ta do país e de seu inegável poder de formação de opinião e transmissão de valores éticos, constatamos que eles têm sua maior parte destinada às novelas, futebol e programas de entretenimento. O que podemos con-cluir sobre o conteúdo dos programas jornalísticos? Como e quem escolhe as prioridades, nos 30 minutos de du-ração dos seus jornais eletrônicos, as notícias mais importantes do mundo que deverão ser significativas para a sociedade? O que observamos são destaques aos casos de violência, aci-dentes, corrupção, notícias sobre ce-lebridades e um outro destaque eco-nômico.Que valores são transmitidos nas novelas e minisséries? Sensualidade exacerbada, sexo em demasia, golpes financeiros, falta de escrúpulos e de novo, violência.E os programas de entretenimento? Sorteios, gincanas, shows musicais de péssima qualidade e aqui cabe um parêntese, quem sãos os responsá-veis por tornar cantores, de músicas culturalmente questionáveis, em ce-

lebridades instantâneas? Será mesmo que o povo brasileiro consome esses gêneros musicais vazios porque gostam ou porque não tem a oportunidade de acesso a outros de melhor qualidade para apurar seus critérios? O enfoque maior está sendo dado aqui para o meio televisivo, pois devido ao baixo poder aquisitivo da maioria da população é o mais consumi-

Page 37: VOTA - Revista nº2

37

así, con muy pocas excepciones. Además, un medio de comunicación ejerce influencia en los demás. Y ahora con la llegada de las redes sociales, todo llega instantáneamente. Y por hablar en redes sociales, en donde debería haber un capítulo aparte, vamos a tocar sólo en el hecho de que han transformado todos los brasileños en narcisistas, fotógrafos de sí mismos, intolerantes a los textos con más de un párrafo y replicadores de dibujos acerca de sus mancilles. Y esta debilidad cultural fue explorada con sabiduría por los “marquetineros” en la última elección realizada en el país. No sería exagerado decir que fue la elección del Whatsapp y del Face-book, donde los posts rabiosos y calumniadores, en su mayoría, contaminaron y forjaron la opinión pública. Esta es la actual e peligrosa innovación tecnoló-gica para la manipulación de la masa. Esto es porque la gente recibe mensajes de sus amigos, lo que en teoría sería confiable, pero ellas tienen su autoría clandestina. Desafortunadamente la corrupción es parte estructural de nuestra so-ciedad y de nuestros gobiernos. Y los políticos son un estrato de esta sociedad, elegidos legítimamente por ella, con el apoyo financiero de los grupos de inte-rés e incluso criminales, en algunas ocasiones disfrazados hasta mismo como religiosos. Si la sociedad es corrupta, los políticos, por consecuencia, también lo serán. Esto no es una defensa, es una constatación. La corrupción en Brasil es histórica y cultural y sólo se minimizará con grandes inversiones en educación, con igualdad de oportunidades para que todos puedan salir de la marginalidad, con una prensa regulada, con mayores controles sobre la administración pública y severos castigos por las malas con-ductas. Conocedor del clamor social para cambio, en los últimos años, el go-bierno federal ha dado plena autonomía a la policía federal para actuar libre-mente y esforzarse para desvelar y desmantelar esquemas corruptos existentes desde hace décadas. Respeta la autonomía de los poderes y también adoptó como la bandera principal de la actual administración, la educación. Promete invertir también en la expansión del acceso a Internet y en una decisión polé-mica, pero necesaria, que es el marco regulador de las comunicaciones. En él, el objetivo es la regulación económica y la democratización de los medios de comunicación para evitar los monopolios y oligopolios, ya que la concentra-ción del poder económico rara vez conduce a relaciones democráticas. Sigue el ejemplo de nuestro país vecino, donde la presidenta Cristina Kirchner, ganó la batalla legal contra el oligopolio del grupo de multimedia Clarín. En Brasil, seis familias son responsables por el 70% del control de la prensa, lo que es temeroso, y mientras no se restrinja el contenido, la democra-tización permitirá nuevos titulares de concesiones en donde pueden ofrecer los productos más adecuados para una formación cultural estructurante. Difícilmente esta medida será aprobada por el Congreso, pero segu-ramente esta intención explica por qué la actual presidente, su gobierno y su partido son masacrados a diario en los medios de comunicación nacionales.

do. Mas as revistas e jornais de maior circulação do país também agem assim, com raríssimas exceções. Além do que, um veículo pauta o outro. E agora com o advento maciço das redes sociais, isso ocorre instantaneamente. E por falar nelas, onde caberia um capítulo à parte, vamos registrar apenas o fato de terem tornado todos os brasileiros narcisistas, fotógrafos de si mesmo, intole-rantes à leitura de textos com mais de um parágrafo e replicadores de charges sobre suas mazelas. E essa fragilidade cultural foi explorada com sabedoria pelos “marqueteiros” nas última eleição realizada no país. Não seria exagero dizer que foi a eleição do Whatsapp e do Face-book, onde posts raivosos e caluniadores, em sua maioria, contaminaram e formaram a opinião pública. Essa é atual e perigosa inovação tecnológica para a manipulação da massa. Isto porque, as pessoas recebem mensagens de seu meio de relacionamento, o que em tese seria confiável, porém elas têm sua autoria clandestina. Infelizmente a corrupção é parte estrutural da nossa sociedade e dos nossos governos. E os políticos são um estrato dessa sociedade, eleitos legitimamente por ela, com o apoio financeiro de grupos de interesses e até criminosos, em algumas vezes travestidos até de religiosos. Se a sociedade é corrupta os políticos, por consequência, também serão. Isto não é uma defesa, é uma constatação. A corrupção no Brasil é histórica e cultural e só será minimizada com grandes investimentos em educação, com oportunidades igualitárias para que todos possam sair da marginalidade, com uma imprensa regulamentada, com maiores controles sobre a máquina pública e com severas punições por des-

vios de conduta. Sabedor do clamor social por mudanças, nos últimos anos, o governo federal tem dado total autonomia para que a polícia federal possa agir livremente e em-penhar-se em desvelar esquemas corruptos existentes há décadas. Respeita a autonomia dos poderes e adotou também como prin-cipal bandeira da atual gestão, a educação.

Promete investir também na ampliação do acesso à internet e numa medida polêmica, mas necessária, que é o marco regulatório das comunicações. Nele, o que se pretende é a regulação econômica e a democratização da mídia para evitar monopólios e oligopólios, visto que a concentração do poder econômi-co raramente leva a relações democráticas. Segue o exemplo do nosso país vizinho, onde a presidente Cristina Kirschner, venceu a batalha judicial contra o oligopólio do grupo multimídia Clarim. No Brasil, seis famílias são responsáveis por 70% do controle da im-prensa o que é temeroso, e embora não se pretenda restringir conteúdos, a democratização vai permitir que novos detentores de concessões possam oferecer produtos mais apropriados para uma formação cultural estruturan-te. Dificilmente essa medida será aprovada pelo congresso, mas com certeza essa intenção explica porque a atual presidenta, seu governo e seu partido são massacrados diariamente nos meios de comunicação nacionais.

No Brasil, seis famílias são

responsáveis por 70% do controle

da imprensa

En Brasil, seis familias son res-ponsables por el 70% del control de la prensa

Page 38: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

rtículosArtigos

Cinco de março de 2013, Cara-cas: Hugo Rafael Chávez Frías há muerto. O Presidente ve-nezuelano três vezes reeleito;

o líder carismático que conseguiu mo-bilizar aos mais apáticos; o que incluiu aos excluídos; o que falou de amor e redenção até semear a fé em sua gen-te; o que onze anos antes, com aquele

“por agora” havia deixado clara a sua meta: a con-quista do poder, o poder político, econômico, social e, sobre tudo, emocional; o que mudou a maneira de falar e pensar dos venezuelanos; o comunicador por excelência; o dono, amo e senhor dos novos conceitos políticos, sociais e econômicos que os ve-nezuelanos desconhecíamos e que passaram a ser parte do dia-a-dia; o messias. No dia cinco de março de 2013 houve choro e de-sesperança. No dia cinco de março de 2013, come-çava uma nova etapa para o chavismo. O que não estava claro era se essa etapa seria em ascensão ou declínio. Hoje, dois anos mais tarde, parece que O

Gigante segue intacto na memória dos seus seguido-

Cinco de marzo de 2013, Ca-racas: Hugo Rafael Chávez Frías ha muerto. El Presiden-te venezolano tres veces ree-

lecto; el líder carismático que logró mo-vilizar a los más apáticos; el que incluyó a los excluidos; el que habló de amor y redención hasta sembrar la fe en su gente; el que once años antes, con aquel “por ahora” había dejado clara su meta: la conquista del poder, el poder polí-tico, económico, social y, sobre todo, emocional; el que cambió la manera de hablar y pensar de los venezolanos; el comunicador por excelencia; el dueño, amo y señor de los nuevos conceptos po-líticos, sociales y económicos que los venezolanos desconocíamos y que pasaron a ser parte del día a día; el mesías. El cinco de marzo de 2013 hubo llanto y desesperanza. El cinco de marzo de 2013, comen-zaba una nueva etapa para el chavismo. Lo que no estaba muy claro es si esa etapa sería en ascenso o en descenso. Hoy, dos años más tarde, pareciera que El Gigante sigue intacto en la memoria de sus

La crisis se produce cuando lo viejo no acaba de morir y cuando lo nuevo no acaba de nacer

Bertolt Brecht

A crise se produz quando o velho não acaba de morrer e quando o novo não acaba de nascer

Bertolt Brecht

“CORRUPCIÓN EMOCIONAL”: LA CRISIS DE LA IMAGEN POLÍTICA DEL CHAVISMO

“CORRUPÇÃO EMOCIONAL”: A CRISE DA IMAGEM POLÍTICA

DO CHAVISMO

Lorena Arraiz Rodríguez

Hugo Chávez en entrevista en 1992

Hugo Chávez em entrevista em 1992

Consultora en Estrategias de Comunicación Política y Em-presarial. Profesora en la Escuela de Comunicación Social de la Universidad Católica Andrés Bello (Caracas). Comu-nicadora Social; Magister en Ciencia Política; Postgrado en Dirección de Campañas Electorales; Doctoranda en Perio-dismo de la Universidad Complutense de Madrid-España.

Consultora em Estratégias de Comunicação Política e Em-presarial. Professora na Escola de Comunicação Social da Universidade Católica Andrés Bello (Caracas). Comunica-dora Social; Mestra em Ciências Políticas; Pós-graduada em Direção de Campanhas Eleitorais; Doutoranda em Jor-nalismo da Universidade Complutense de Madrid-Espa-nha.

El cinco de marzo de 2013 hubo dolor honesto de quienes volvieron a creer, gracias a él.

No dia cinco de março de 2013 houve

dor verdadeira daqueles que

voltaram a acreditar, graças a ele.

@Larraizr

Page 39: VOTA - Revista nº2

39

res, mas a imagem do projeto político que instaurou na Venezuela, está em franca decadência. A imagem do chavismo começou a se formar aquele dia 04 de feve-reiro de 1992, quando o então Tenente Coronel da Guarda Nacional, Hugo Chávez, foi capturado por ter impulsionado um golpe de estado contra o en-tão presidente Carlos Andrés Pérez. Isso era Chávez até essa tarde de princí-

pio dos anos 90: um militar rebelde que quis tomar o poder pela força, não con-seguiu e teve a sorte(?) de estar diante algumas câmeras para enviar uma men-sagem a seus soldados, mas sobre tudo, à Venezuela inteira: “Companheiros, la-mentavelmente, por agora, os objetivos que planejamos não foram realizados na cidade capital. Nós aqui em Caracas, não conseguimos controlar o poder. Vo-cês o fizeram muito bem por lá, mas já é tempo de refletir e virão novas situações

e o país tem que direcionar-se definitivamente a um destino melhor(...)”. E assim começou a semente de um movimento revolucionário, seis anos antes de apresentar-se às eleições que ganhou com 56,2% dos votos (a segunda porcentagem mais alta em quatro décadas).

A eleição democrática de um militar golpista como presidente não foi casualidade, foi produto do descontentamento social, da aversão à política do venezuelano dado os rumores e fatos de corrupção em que haviam estado en-volvidos os recentes “inquilinos” do palácio de Miraflores, em última análise, da necessidade que as pessoas tinham de voltar a acreditar em um governante que fosse capaz de falar-lhes de perto, de tê-las em conta. E o mais parecido a isso, foi um militar com boina vermelha que fez uma promessa, como todos os políticos, mas formulada de forma diferente. Começava já a penetrar o discur-so do comandante. O jogo de palavras para fisgar, para convencer, para persua-dir, para apaixonar, para se conseguir o que quer, parecia estar causando efeito. A gente acreditava nele. Ao menos mais da metade dos venezuela-

nos. Mas essa quantidade foi aumentan-do à medida que o discurso se foi fazen-do mais e mais profundo, à medida que Chávez deixava de ser mais um político, mais um presidente, para converter-se no amigo, no salvador, naquele que “sim, nos entende”, o que “sim, nos faz partici-par”, no que pela primeira vez “nos têm em conta”. E foi assim como “o extraor-dinário se tornou cotidiano”, tal como rezava o slogan de sua campanha para a reeleição em 2006. A alta porcentagem de venezuelanos que vivem em condi-ções de pobreza extrema não diminuiu, nem teve melhor qualidade de vida, nem mais oportunidades, mas teve algo “me-lhor” (para a imagem do chavismo, claro

seguidores, pero la imagen del proyecto político que instauró en Venezuela, está en franca decadencia. La imagen del chavismo comenzó a formarse aquel 4 de febrero de 1992, cuando el entonces Teniente Coronel de la Guardia Nacional, Hugo Chá-vez, fue capturado por haber impulsado un golpe de estado contra el entonces presidente Carlos Andrés Pérez. Eso era Chávez hasta esa tarde de princi-pios de los años 90: un militar rebelde que quiso tomar el poder por la fuerza, no pudo hacerlo y tuvo la ¿suerte? de tener unas cámaras al frente para enviar un mensaje a sus soldados, pero sobre todo, a Venezuela entera: “Compañe-ros, lamentablemente, por ahora, los objetivos que nos planteamos no fueron logrados en la ciudad capital. Nosotros acá en Caracas, no logramos controlar el poder. Ustedes lo hicieron muy bien por allá, pero ya es tiempo de reflexio-nar y vendrán nuevas situaciones y el país tiene que enrumbarse definitivamen-te hacia un destino mejor (...)”. Y así comenzó la siembra de un movimiento revolucionario, seis años antes de presentarse a las elecciones que ganó con el 56,2% (el segundo porcentaje más alto en cuatro décadas).

La elección democrática de un militar golpista como presidente no fue casualidad, fue producto del descontento social, de la desafección política del venezolano dados los rumores y hechos de corrupción en los que habían estado inmiscuidos los recientes inquilinos de Miraflores, en definitiva, de la necesi-dad que tenía la gente de volver a creer en un gobernante capaz de hablarle de cerca, de tomarla en cuenta. Y lo más parecido a eso, fue un militar con boina roja que hizo una promesa, como todas las políticas, pero formulada distinto. Comenzaba ya a calar el discurso del comandante. El juego de palabras para engatusar, para convencer, para persuadir, para enamorar, para lograr lo que quiere, parecían estar causando efecto. La gente creía en él. Al menos más de la mitad de los venezolanos. Pero esa cantidad fue aumentando a medida que el discurso se fue hacien-do más y más profundo, a medida que Chávez dejaba de ser un político más, un presidente más, para convertirse en el amigo, el salvador, el que “sí nos en-tiende”, el que “sí nos hace participar”, el que por primera vez “nos toma en cuenta”. Y fue así como “lo extraor-dinario se volvió cotidiano”, tal como rezaba el slogan de su campaña para la reelección en 2006. El alto porcentaje de venezolanos que viven en condicio-nes de pobreza extrema no disminuyó, ni tuvo mejor calidad de vida, ni más oportunidades, pero tuvo algo “mejor” (para la imagen del chavismo, claro está), que fue la percepción de oportu-

A eleição democrática

de um militar golpista como

presidente não foi casualidade, foi

produto do descontentamento

social.

Chávez en capilla ardiente Chávez no velório de corpo presente

La elección democrática de un militar golpista como presidente no fue casualidad.

Page 40: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

que está), que foi a percepção de oportunidades para todos, a percepção de um sentido de pertencimento, a percepção de estar perseguindo ideais como a justiça social, o bem comum, ou a democracia participativa e protagonista. Sua retórica histriônica, sem dúvida, foi parte importante da cons-trução de sua imagem. Uma imagem política que facilmente podia penetrar profundamente em quem tivesse carências afetivas do ponto de vista político e – porque não? – pessoal. Falamos agora do resentimento, esse que Chá-vez soube aproveitar para criar uma clara divisão de sociedade venezuelana, polarizando as percepções de sua própria imagem para assim evitar confron-tações racionais, já que quando se está cegado pela obseção da polarização, não se pensa de maneira coerente, mas se reage emocionalmente e isso dói o que mais fez Chávez, converter o seu povo (seus seguidores) em máquinas do seu discurso, em crescentes fieis de sua palavra, como se de uma religião se tratasse. E essa imagem se fortaleceu ano após ano até o ponto das lágrimas sentidas daqueles que se apresentaram na Academia Militar da Venezuela du-rante aqueles dias de março em que seus “fieis seguidores” se perguntavam “Por que te foste, Comandante?”. Em suma, as dúvidas sobre sua ideologia, seu projeto de país, suas propostas e a condução que durante 15 anos deu o rumo da Venezuela são infinitas e dão margem para intermináveis análises, mas o que não entra em questão é a condução e manipulação que Chávez dera às emoções dos ve-nezuelanos que acreditavam nele. O fizeram “messias” e ele usou isso. E o usou muito bem, até o ponto de deixar um “sucessor” como si a liderança, o carisma e o messianismo pudessem transpassar-se como quem entrega uma faixa presidencial... ou a vida.

E se lhe foi a vida. E chegou Nicolás Maduro, “O Eleito”, o sucessor, o filho pródigo, o novo responsável de manter o rumo socialista, revolucionário e bolivariano da Venezuela. O “primeiro presidente chavista”, o “Pre-sidente Operário”. E com ele, chegou também a corrupção, essa mesma que havia levado

Chávez ao poder em 1998. Mas com uma diferença: além dos escândalos de corrupção que deixaram os assessores especiais de economia e finanças do gabinete do agora finado Comandante, há uma corrupção incapaz de ser leva-da a juízo - nem político, nem militar -, uma corrupção que me permiti chamar corrupção emocional e que está derru-bando as bases do chavismo. Como bem é conhecido, o con-ceito de corrupção tem um referente negativo nas sociedades democráticas e se relaciona diretamente com o uso

nidades para todos, la percepción de un sentido de pertenencia, la percepción de estar persiguiendo ideales como la justicia social, el bien común, o la demo-cracia participativa y protagónica. Su retórica histriónica, sin duda, fue parte importante de la construc-ción de su imagen. Una imagen política que fácilmente podía calar profunda-mente en quienes tuvieran carencias afectivas desde el punto de vista político y -¿por qué no?- personal. Hablamos ahora del resentimiento, ese que Chávez supo aprovechar para crear una clara división de la sociedad venezolana, pola-rizando las percepciones de su propia imagen para así evitar confrontaciones racionales, ya que cuando se está cegado por la obsesión de la polarización, no se piensa de manera coherente, sino que se reacciona emocionalmente y eso fue lo que más hizo Chávez, convertir a su pueblo (sus seguidores) en autóma-tas de su discurso, en creyentes fieles de su palabra, como si de una religión se tratara. Y esa imagen se fortaleció año tras año hasta el punto de las lágrimas sentidas de quienes se convocaron en la Academia Militar de Venezuela duran-te aquellos días de marzo en que sus “fieles seguidores” se preguntaban “¿Por qué te fuiste, Comandante?”. En definitiva, las dudas sobre su ideología, su proyecto de país, sus propuestas y la conducción que durante 15 años dio al rumbo de Venezuela son infinitas y dan para interminables análisis, pero lo que no está en duda es el manejo y la manipulación que diera Chávez a las emociones de los vene-zolanos que creyeron en él. Lo hicieron “Mesías” y él usó eso. Y lo usó muy bien, hasta el punto de dejar un “sucesor”, como si el liderazgo, el carisma y el mesianismo pudieran traspasarse como quien entrega una banda presidencial... o la vida. Y se le fue la vida. Y llegó Nicolás Maduro, “El Elegido”, el su-cesor, el hijo pródigo, el nuevo respon-sable de mantener el rumbo socialista, revolucionario y bolivariano de Vene-zuela. El “primer presidente chavista”, el “Presidente Obrero”. Y con él, llegó también la corrupción, esa misma que había llevado a Chávez al poder en 1998. Pero con una diferencia: Ade-más de los escándalos de corrupción que dejaron los personeros de economía y finanzas del gabinete del ahora difunto Comandante, hay una corrupción incapaz de ser llevada a juicio -ni político, ni mili-tar-, una corrupción que me he permitido llamar corrupción emocional y que está tumbando las bases del chavismo. Como bien es conocido, el con-cepto de corrupción tiene un referente negativo en las sociedades democráticas y se relaciona directamente con el uso del poder para lograr fines personales, gene- Peça Publicitária da campanha

de MaduroPeça Publicitária da campanhade Maduro

El nuevo tren ejecutivo, a partir de aquel 5 de marzo de 2013, comenzó a utilizar la imagen de Chávez como bastión, pasado, presente y futuro de Venezuela.

O novo gabinete executi-vo, a partir de 05 de março

de 2013, começou a utili-zar a imagem de Chávez como bastião, passado,

presente e futuro da Venezuela.

Page 41: VOTA - Revista nº2

41

ralmente económicos o políticos, sobornando o extorsionando a las perso-nas para lograr lo anhelado. En el concepto que aquí expongo, el elemento utilizado para ese soborno o extorsión, no es otra cosa que las emociones de los venezolanos que creyeron en Hugo Chávez con vehemencia y honestidad (por algunas de las razones que hemos explicado más arriba y sin entrar en otros asuntos relacionados con el trasfondo del proyecto político del fallecido presidente). El nuevo tren ejecutivo, a partir de aquel 5 de marzo de 2013, comen-zó a utilizar la imagen de Chávez como bastión, pasado, presente y futuro de Venezuela, había que usar hasta lo más profundo las emociones revueltas de los venezolanos comprometidos con el Comandante recién fallecido - y aún en capilla ardiente - para comenzar con los discursos que buscaban afianzar ese compromiso, asegurar el apoyo a lo que denominaron “El Legado” y, por supuesto, los votos para cumplir “la última voluntad” del Presidente Chávez, quien había manifestado el 8 de diciembre de 2012, en su última aparición en televisión, que era si algo le sucediera en medio del proceso médico al que sería nuevamente sometido, “mi opinión firme, plena, como la luna llena, irrevocable, absoluta, total, es que en un escenario que obligaría a convocar de nuevo a elecciones presidenciales, ustedes elijan a Nicolás Maduro como presidente de la República Bolivariana de Venezuela. Yo se los pido desde mi corazón”. Y allí estaba entonces el lema de la campaña electoral exprés de abril de 2013: “Maduro, desde mi corazón”. ¿Quién -de sus seguidores fieles- podía negarse a las propias palabras de su Mesías? Nadie. Y así ocurrió una campaña de 11 días donde jamás se es-cuchó una propuesta del candidato chavista, pero sí se escuchó sin cesar la voz del difunto presidente llamando a elegir a Maduro, sí se vieron fotos conmove-doras de la última campaña de Chávez, historias del “héroe de Sabaneta” pre-sentes en cada mitin y en cada cadena nacio-nal de radio y televisi-ón, que buscaban para Nicolás Maduro la misma fidelidad que para Hugo Chávez. El “poder” de ser “el elegido” fue utilizado para “extorsionar” a los fieles seguidores de aquel Teniente Coronel del ‘92, que, aun llorando su par-tida, salieron a votarle a Maduro y no fue sino hasta un año después, en 2014, cuando comenzaron a verse las costuras del hijo pródigo, cuando ya el dolor de la partida se había apaciguado, cuando ya el duelo por el Comandante había cumplido su ciclo y solo quedaba el recuerdo en quienes siempre creyeron en él, que se dieron cuenta que sus emociones más vulnerables fueron utilizadas para un fin político burdo que está tumbando la Revolución de su Comandan-te por el suelo. Así, la corrupción emocional de los personeros del gobierno que uti-lizaron la sensibilidad del pueblo chavista para permanecer en el poder, deja en evidencia aquella frase del dramaturgo alemán Bertolt Brecht: “La crisis se produce cuando lo viejo no acaba de morir y cuando lo nuevo no acaba de nacer”.

do poder para fins pessoais, geralmente econômicos ou políticos, subornando ou extorquindo às pessoas para conseguir o desejado. No conceito que aqui exponho, o elemento utilizado para esse suborno ou extorsão, não é outra coisa que as emoções dos venezuelanos que acreditaram em Hugo Chávez com veemência e honestidade (por algumas das razões que explicamos acima e sem entrar em outros assuntos relacionados com o projeto político do fale-cido presidente). O novo gabinete executivo, a partir de 05 de março de 2013, come-çou a utilizar a imagem de Chávez como bastião, passado, presente e futuro da Venezuela, havia que se usar o mais profundo das emoções reviradas dos venezuelanos comprometidos com o Comandante recém-falecido - e ainda sendo velado - para começar com os discursos que buscavam afiançar esse compromisso, assegurar o apoio ao que denominaram “O Legado” e, conse-quentemente, os votos para cumprir “a última vontade” do Presidente Chá-vez, que havia manifestado o dia 08 de dezembro de 2012, na última vez que apareceu na televisão, que se algo lhe sucedera em meio ao processo médi-co ao que seria novamente submetido, “minha opinião firme, plena, como a lua cheia, irrevogável, absoluta, total, é que em um cenário que obrigaria a convocar novas eleições presidenciais, vocês elejam a Nicólas Maduro como presidente da República Bolivariana de Venezuela. Eu peço a vocês desde o meu coração”. E ali estava então o lema da campanha eleitoral “Express” de abril de 2013: “Maduro, desde o meu coração”. Quem - de seus seguidores fiéis - podia se negar às próprias palavras de seu Messias? Ninguém. E assim ocorreu uma campanha de 11 dias onde jamais se ouviu uma proposta do candidato chavista, mas sim, se escutou sem cessar a voz do falecido presidente chamando a eleger Maduro, sim, se viram fotos comovedoras da última campanha de Chávez, histórias do “herói de Sabaneta” presentes em cada comício e em cada cadeia nacional de rádio e televisão, que buscavam para Nicolás Maduro a mesma fidelidade que para Hugo Chávez.

O “poder” de ser “o eleito” foi utilizado para “extorquir” dos fieis seguidores daquele Tenente Coronel de 92 que, ainda chorando sua partida, saíram para votar em Madu-ro e não foi apenas até um

ano depois, em 2014, quando começaram a se ver as costuras do filho pró-digo, quando já a dor da partida havia apaziguado, quando já o luto pelo Co-mandante havia cumprido seu ciclo e ficavam apenas as lembranças naqueles que sempre acreditaram nele, que se deram conta que suas emoções mais vulneráveis foram utilizadas para um fim político torpe que está derrocando a Revolução de seu Comandante por terra. Assim, a corrupção emocional dos pessoalistas do governo que utili-zaram a sensibilidade do povo chavista para permanecer no poder, deixa em evidência aquela frase do dramaturgo alemão Bertolt Brecht: “A crise acon-tece quando o velho não terminou de morrer e o novo ainda não acabou de nascer”.

El “poder” de ser “el elegido” fue utilizado para “extorsionar” a los fieles seguidores de aquel

Teniente Coronel del 92.

O “poder” de ser “o eleito” foi utilizado para

“extorquir” dos fieis seguidores daquele Tenente

Coronel de 92.

Page 42: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

esenhaReseña

La elección presidencial brasileña vista por el historiador Marco An-tonio Villa traes la corrupción como plan de fondo de los verdade-ros conflictos que oponen partidarios y contrarios a los gobiernos de Lula y Dilma.

Analizar en perspectiva los hechos que en-volvieron la elección presidencial brasileña en 2014 es tarea de las más arduas. Sea por la multiplicidad de situaciones que envolvieron sus protagonistas y atra-jeron la atención de los brasileños, sea por el desafío de entender los factores de definición de los votos que llevaron a la reelección de la presidenta Dilma Rousseff, del Partido de los Trabajadores (PT), por pequeña margen, en una disputa feroz con el sena-dor Aécio Neves, del Partido de la Social Democra-cia Brasileña (PSDB). A esa tarea se ha dedicado el historiador Marco Antonio Villa en el libro Un País Partido – 2014: la elección más sucia de la historia (Editora LeYa, 224 páginas). Un recorte es necesario para que se com-prendan las sesgas escogidas por Villa al proponerse a relatar, casi cotidianamente, los temas-claves de la elección: reconocidamente hostil al PT y, por exten-sión, a Dilma y al ex presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Villa es figura frecuente en debates en la prensa brasileña, como comentarista del Jornal de la TV Cul-tura (Emisora de São Paulo) y de la TV Veja, canal de vídeos de la revista semanal de mismo nombre, publicación de las más hostiles al Gobierno Federal. Cualquiera lector con conocimiento mínimo sobre el currículo de Villa sabe por antelación el curso

EN LA VILLA DE LAS LAMENTACIONES

NA VILA DAS LAMENTAÇÕES

Salomão de Castro

Periodista, egreso de la Universidad Federal del Cea-rá (UFC). Experto en Marketing Político por la Facultad Christus, de Fortaleza (CE). Asesor de Prensa de la Asam-blea Legislativa del Estado de Ceará. Ya ha trabajado en campañas mayoritarias (alcalde, gobernador y senador) y proporcionales (diputados estaduales y concejales) en las elecciones de 2008, 2012 y 2014.

Jornalista, graduado pela Universidade Federal do Ceará (UFC). Especialista em Marketing Político pela Faculdade Christus, de Fortaleza (CE). Assessor de Imprensa da Assem-bleia Legislativa do Estado do Ceará. Atuou em campanhas majoritárias (prefeito, governador e senador) e proporcio-nais (deputados estaduais e vereadores) nas eleições de 2008, 2012 e 2014.

@salomao_castro

A eleição presidencial brasileira vista pelo historiador Marco Antonio Villa traz a corrupção como pano de fundo dos verdadeiros confli-tos que opõem partidários e contrários aos governos Lula e Dilma. Analisar em perspectiva os fatos que envolveram a eleição

presidencial brasileira em 2014 é tarefa das mais árduas. Seja pela multiplicidade de situações que envolveram seus protagonistas e atraíram olhares dos brasileiros, seja pelo desafio de en-tender os fatores de definição dos votos que le-varam à reeleição da presidente Dilma Rousseff, do Partido dos Trabalhadores (PT), por pequena margem, numa disputa acirrada com o senador Aécio Neves, do Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). A essa tarefa se dedicou o his-toriador Marco Antonio Villa no livro Um País Partido – 2014: a eleição mais suja da história (Editora LeYa, 224 páginas). Um recorte é necessário para que se compreendam os vieses escolhidos por Villa ao se propor a relatar, quase cotidianamente, os te-mas-chaves da eleição: reconhecidamente hostil ao PT e, por extensão, a Dilma e ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Villa é figura frequente em debates na imprensa brasileira, como comen-tarista do Jornal da TV Cultura (emissora de São Paulo) e da TV Veja, canal de vídeos da revista semanal de mesmo nome, publicação das mais hostis ao Governo Federal. Qualquer leitor com conhecimento mí-nimo sobre o currículo de Villa sabe por anteci-

pação os rumos que o historiador toma em Um Portada del libro Un País

Partido Capa do livro Um País Partido

Page 43: VOTA - Revista nº2

43

que el historiador toma en Un País Partido. Villa intenta ejercer el papel de in-telectual crítico al actual gobierno brasileño, en un ensayo del que el politólogo norteamericano Dick Morris hace a través del Lunch ALERT, serie de vídeos publicados casi que diariamente en Youtube conteniendo críticas duras en rela-ción al presidente Barack Obama y al Partido Demócrata. Después de un capítulo inicial que, en once páginas, hace un relato de las elecciones brasi-leñas desde 1891, Villa sigue para la elección presidencial de 2014, en una narrativa cronológica, prio-rizando los factores que resultaron en la consolidación de las candidaturas de Dilma, Aécio y del ex gobernador de Pernambuco, Eduardo Campos, del Partido Socialista Brasileño (PSB) - siempre por la óptica de un vehículo grande de la prensa brasileña. El libro transcribe las partes principales de entrevistas individuales que los candidatos concedieron al noticiario Jornal Nacional, de la Rede Globo de Televisión, en la etapa inicial de la primera volta.

Mapeos comparativos de los enfoques cuantitativas de los resultados de la segunda volta de la elección presidencial de 2014 en Brasil.

Mapas comparando as abordagens quantitativas dos resultados do segundo turno da eleição presidencial de 2014 no Brasil.

Reconocidamente hos-til al PT y, por extensi-ón, a Dilma y al ex pre-sidente Luiz Inácio Lula da Silva, Villa es figura frecuente en debates en la prensa brasileña,

País Partido. Villa tenta exercer o papel de intelectual crítico ao atual governo brasileiro, num ensaio do que o cientista político norte-americano Dick Morris

faz através do Lunch ALERT, série de vídeos veiculados quase que diariamente no Youtube conten-do críticas ferrenhas em reação ao presidente Barack Obama e ao Partido Democrata.

Após um capítulo inicial que, em onze páginas, faz um relato das eleições brasileiras desde 1891, Villa segue para a eleição presi-dencial de 2014 numa narrativa cronológica, priorizando os fatores que resultaram na consolidação das candidaturas de Dilma, Aécio

e do ex-governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do Partido Socialista Brasileiro (PSB) - sempre pelo olhar de um grande veículo da imprensa brasi-leira. O livro transcreve os principais trechos de entrevistas individuais que os candidatos concederam ao Jornal Nacional, da Rede Globo de Televisão, na

Reconhecidamente hostil ao PT e, por extensão,

a Dilma e ao ex-presidente Luiz

Inácio Lula da Silva, Villa é figura

frequente em debates na

imprensa brasileira

Page 44: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

etapa inicial do primeiro turno. A trágica morte do candidato Eduardo Campos, vítima de um aciden-te aéreo em Santos (SP), no dia 13 de agosto de 2014, é alvo de um capítulo no livro. Nele, o autor discorre sobre o que representaria a candidatura de

Campos para a disputa e, ainda, sobre sua substituição pela ex-se-nadora Marina Silva (PSB), que vi-ria a disputar sua segunda eleição presidencial.

Frustrada nos planos de lançar o partido Rede Sustentabi-lidade para as eleições de 2014, Marina estava temporariamente no PSB, como vice de Campos. Com a tragédia, foi alçada à condi-ção de protagonista.

Ao retomar a narrativa após a tragédia que envolveu o presidenciável do PSB, Villa oscila entre a ex-posição dos números das pesquisas, com o vigoroso crescimento de Marina entre a segunda quinzena de agosto até a primeira de setembro, passeia por abordagens da mídia brasileira sobre os três principais candidatos e faz um recorte sobre os programas iniciais do horário eleitoral gratuito. A leitura episódica de Um País Partido, no entanto, encontra seu ele-mento orgânico apenas em seu sétimo capítulo, depois de o leitor ter percor-rido 88 páginas. Tem-se a sensação, com o perdão do irresistível trocadilho, de que este é um livro partido. “Um novo mensalão rondava a eleição”, anun-cia Villa no título, para discorrer sobre o tema:

“A um mês da realização do primeiro turno, em 5 de setembro, uma sexta-feira, a revista Veja, antecipando o conteúdo da edição que che-garia às bancas, publicou em seu site que Paulo Roberto Costa final-mente havia aceitado fazer uma delação premiada das irregularidades cometidas na Petrobras. Ex-diretor da empresa, responsável durante oito anos (2004-2012) pela área de abastecimento, Costa pretendia di-minuir sua pena graças à colaboração que faria à Justiça. Inicialmente, o objetivo era sair da prisão: lá estava há três meses”.

Nos oito capítulos seguintes, que desdobram o andamento da dispu-ta até o resultado da eleição, o foco nas denúncias de corrupção que envolveu os governos Dilma e Lula, com maior peso factual para as denúncias refe-rentes a irregularidades na Petrobras, dita o andamento do livro. Não faltam referências variadas a outras denúncias que envolveram os governos petistas, dentre os quais o caso da compra de votos de parlamentares do Congresso Nacional pelo governo Lula, conhecido como Mensalão. Da avaliação do resultado do primeiro turno até a conclusão da dis-puta, a narrativa de Villa torna-se ainda mais burocrática. Ao longo de quatro páginas do décimo capítulo (O dia 5 de Outubro), o historiador enumera os dados do primeiro turno, por exemplo, justificando o peso que o estado de São Paulo (mais populoso do País) teve na ascensão de Aécio Neves, que re-sultou na chegada do candidato do PSDB ao segundo turno, contra Dilma. Villa chega a citar nominalmente a capital, São Paulo, e as principais cidades

La trágica muerte del candidato Eduardo Campos, víctima de un ac-cidente aéreo la ciudad de Santos (Estado de São Paulo), en el día 13 de agosto de 2014, tiene un capítulo en el libro. En ese, el autor discurre sobre lo que representaría la candidatura de Campos para la disputa y, todavía, sobre su sustitución por la ex senadora Ma-rina Silva (PSB), que disputaría su segunda elección presidencial. Frustrada en los planos de lanzar el partido Rede Sustentabilidad para las elecciones de 2014, Marina es-taba temporariamente en el PSB, como vice de Campos. Con la tra-gedia, fue elevada a condición de protagonista. Al retomar la narrativa después de la tragedia que envol-vió el presidenciable del PSB, Villa oscila entre la exposición de los números de sondeos, con el vigoroso crecimiento de Marina entre la segunda quincena de agosto hasta la primera de septiembre, pasea por enfoques de la media brasi-leña sobre los tres principales candidatos y hace un recorte sobre los programas iniciales del horario electoral gratuito. La lectura episódica de Un País Partido, entretanto, encuentra su ele-mento orgánico apenas en su sétimo capítulo, después del lector ter recorrido 88 páginas. Se tiene la sensación, con perdón del irresistible retruécano, de que este es un libro partido. “Un nuevo mensalão rondaba la elección”, anuncia Villa en el título, para discurrir sobre el tema:

“Faltando un mes para la realización de la primera volta, en 5 de sep-tiembre, un viernes, la revista Veja, anticipando el contenido de la edi-ción que llegaría a los quioscos, publicó en su sitio que Paulo Roberto Costa finalmente había aceptado hacer una delación premiada de las irregularidades cometidas en la Petrobras*. Ex director de la empresa, responsable durante ocho años (2004-2012) por el área de abastecimien-to, Costa pretendía disminuir su pena gracias a la colaboración que haría a la Justicia. Inicialmente el objetivo era salir de la prisión: allí estaba hacía tres meses.”

En los ocho capítulos siguientes, que desdoblan el andamiento de la disputa hasta el resultado de la elección, el foco en las denuncias de corrup-ción que envolviera los gobiernos Dilma y Lula, con mayor peso factual para las denuncias referentes a irregularidades en la Petrobras, dicta el andamiento del libro. No faltan referencias variadas a otras denuncias que envolvieran los gobiernos petistas, entre los cuales el caso de la compra de votos de parlamen-tares del Congreso Nacional por el gobierno Lula, conocido como Mensalão. De la evaluación del resultado de la primera volta hasta la conclusión

* Petrobras es la sigla para Petróleo Brasileño S.A., una empresa de capital abierto (sociedad anó-

nima), cuyo accionista mayoritario es el Gobierno de Brasil. Es, por lo tanto, una empresa estatal

de economía mista. La Petrobras ha sido objeto de denuncias de corrupción y de investigaciones

que fueran debatidas en la campaña presidencial de 2014.

El foco en las denun-cias de corrupción que envolviera los gobier-nos Dilma y Lula, con mayor peso factual para las denuncias referentes a irregulari-dades en la Petrobras, dicta el andamiento del libro

O foco nas denúncias de corrupção que

envolveu os gover-nos Dilma e Lula, com

maior peso factual para as denúncias re-

ferentes a irregularida-des na Petrobras, dita o andamento do livro.

Page 45: VOTA - Revista nº2

45

de la disputa, la narrativa de Villa se torna aún más burocrática. Al largo de cuatro páginas del décimo capítulo (El día 5 de Octubre), el historiador enumera los datos de la primera volta, por ejemplo, justificando el peso que el estado de São Paulo (más populoso del país) tuve en la ascensión de Aécio Neves, que resultó en la llegada del candidato del PSDB a la segunda volta, contra Dilma. Villa llega a citar nominalmente la capital, São Paulo, y las principales ciudades paulistas en que Aécio ha superado la presidenta. Esa mirada sesgada, que Villa repite y el análisis del resul-tado final de la elección, desconsidera una visión más amplia sobre la división del voto - cuya forma más eficaz de evaluar se da obser-vando los desempeños de Dilma y Aécio de forma matizada, y no por estados. Se ha establecido, en Brasil, un sentido común según el cual PT y PSDB se revezan disputando las elecciones presidenciales desde 1994, sin caber espacio para una tercera fuerza competitiva. Esta lectura merece una división. Si, en 1994 y 1998, las eleccio-nes fueran vencidas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), y en 2002, por Lula, sin contornos regionales antagónicos, con la mayoría del País optando por el candidato victorioso con mayor organicidad, el juego cambió a partir de la elección de 2006. Fue a partir de esta disputa, en que Lula obtuvo la reelección derrotando Geraldo Alckmin (PSDB), que el electorado de las regiones Norte y Nordeste pasaron a manifestarse mayoritariamente en favor del PT, en cuanto la región Sul pasó a ser reducto tucán**. El electorado del Centro-Oeste y del Sudeste se ha movido de forma pendular en las elecciones de 2006 y 2010, migrando en su mayoría para el PSDB en 2014. Esta perspectiva global, sumada a un análisis que tenga en cuenta las alianzas estaduales firmadas en torno de las candidaturas de Dilma y Aécio, hace mucha falta a Un País Partido. Falta a Villa disposición para comprender, por ejemplo, lo que las políticas sociales representan en la decisión del voto en favor del PT, o las razones para los defensores de la agroindustria optaren, en su mayoría, por los candidatos tucanes a partir de 2006. Quedan, sin embargo, hiel y maledicencias contra Lula y el PT. En cuanto el papel del ex presidente en la elección de 2014, dice el autor:

“Y, una vez más, caso único en nuestra historia, hemos tenido como pro-tagonista de una elección presidencial - por la séptima volta consecutiva - Luiz Inácio Lula da Silva. Él representa lo que ha de más atrasado en la política brasileña. Tiene una personalidad que oscila entre Mussum*** y Stalin. Atacó las elites - sin definirlas - y apoyó José Sarney, Jader Bar-balho y Renan Calheiros. Habló en poder popular y trasfirió billones de

** Tucano en portugués, es como se designa los partidarios del PSDB, por cuenta del símbolo

consagrado del partido, un tucán, azul y amarillo.

*** Mussum fuera uno de los cuatro personajes protagonistas del programa humorístico “Os Tra-

palhões”, en español, “Los Chambones”, de la emisora Rede Globo. Marcadamente negro (no

aparentando miscegenación en su color de piel), se caracterizaba por las hablas en que al final

de las frases adicionaba al final de las palabras el terminativo “is”, como “cacildis” o “ampolis”,

claramente erradas, pero referenciando un pobre que intentaba hablar difícil para parecer ilustrado.

paulistas em que Aécio superou a presidente. Esse olhar enviesado, que Villa reprisa na análise do resultado final da eleição, desconsidera uma visão mais ampla sobre a divisão do voto no Brasil - cuja forma mais eficaz de avaliar se dá observando os desempenhos de Dilma e Aécio de forma matizada, e não por estados. Estabeleceu-se, no Brasil, um senso comum segundo o qual PT e PSDB se revezam disputando as eleições presidenciais desde 1994, não ha-vendo espaço para uma terceira força competitiva. Esta leitura merece uma divisão. Se, em 1994 e 1998, as eleições foram vencidas por Fernando Hen-rique Cardoso (PSDB), e em 2002, por Lula, sem contornos regionais anta-gônicos, com a maioria do País optando pelo candidato vitorioso com maior organicidade, o jogo mudou a partir da eleição de 2006. Foi a partir desta disputa, em que Lula obteve a reeleição derrotando Geraldo Alckmin (PSDB), que o eleitorado das regiões Norte e Nordeste passou a se manifestar majori-tariamente a favor do PT, enquanto a região Sul passou a ser reduto tucano. O eleitorado do Centro-Oeste e do Sudeste se movimentou de forma pendular nas eleições de 2006 e 2010, migrando em sua maioria para o PSDB em 2014. Esta perspectiva global, somada a uma análise que leve em conta as alianças estaduais firmadas em torno das candidaturas de Dilma e Aécio, faz muita falta a Um País Partido. Falta a Villa disposição para compreender, por exemplo, o que as políticas sociais representam na decisão do voto a favor do PT, ou as razões para os defensores do agronegócio optarem, em sua maioria, pelos candidatos tucanos a partir de 2006. Sobram, no entanto, fel e maledicência em relação a Lula e ao PT. A respeito do papel do ex-presidente na eleição de 2014, fala o autor:

“E, mais uma vez, caso único na nossa história, tivemos como protago-nista de uma eleição presidencial - pela sétima vez consecutiva - Luiz Inácio Lula da Silva. Ele representa o que há de mais atrasado na política

Logotipia del PSDB, disponible en la página web del partido.

Logotipia do PSDB disponível no site do partido.

Page 46: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

reales de los banco públicos para empresarios aven-tureros. Hizo de todo para que esta elección fuese la más sucia de nuestra historia. Y lo ha logrado”.

Cuanto al Partido de los Trabajadores, evalúa el his-toriador en la conclusión del libro:

“El PT no sobrevive lejano de los beneficios del Es-tado. Tiene de sustentar millares de militantes profe-sionales. El socialismo marxista fue substituido por el oportunismo, por la despolitización, por el rebaja-miento de la política a las prácticas tradicionales del coronelismo****. La socialización de los medios de producción, macunaimicamente*****, se ha trans-formado en el mayor saque del Estado brasileño en provecho del partido y de sus secuaces en mayor o menor grado”.

El lector de Un País Partido tiene a su disposición un eficiente almanaque con datos cronológicos de la elección de 2014, que o dispensará de buscar en el Google inúmeras veces para encontrar los números de los sondeos o de que Dil-ma, Aécio y Marina hablaran en los debates. Su autor, entre-tanto, termina por deber un análisis más consistente y menos tozudo de una de las elecciones más complejas vividas por Brasil.

brasileira. Tem uma personalidade que oscila entre Mussum e Stálin. Atacou as elites - sem defini-las - e apoiou José Sarney, Jader Barbalho e Renan Calheiros. Falou em poder popular e transferiu bilhões de reais dos bancos públicos para empresários aventureiros. Fez de tudo para que esta eleição fosse a mais suja da nossa história. E conseguiu”.

Quanto ao Partido dos Trabalhadores, avalia o historiador na conclu-são do livro:

“O PT não sobrevive longe das benesses do Estado. Tem de sustentar milhares de militantes profissionais. O socialismo marxista foi substitu-ído pelo oportunismo, pela despolitização, pelo rebaixamento da polí-tica às práticas tradicionais do coronelismo. A socialização dos meios de produção, macunaimicamente, se transformou no maior saque do Estado brasileiro em proveito do partido e de seus asseclas em maior ou menor grau”.

O leitor de Um País Partido tem à disposição um eficiente almanaque com dados cronológicos da eleição de 2014, que o dispensará de ir ao Google inúmeras vezes em busca dos números das pesquisas ou do que Dilma, Aécio e Marina falaram nos debates. Seu autor, no entanto, fica devendo uma aná-lise mais consistente e menos turrona de uma das eleições mais complexas vividas pelo Brasil.

Sátira de la propaganda política de Obama con Mussum.

Sátira da propaganda política de Obama com Mussum.

**** Coronelismo es el término que se usa teóricamente para designar el fenómeno político-social

que tuvo lugar en la Primera Republica Brasileña (la Republica Vieja, 1889-1930), donde una

extensa red de intercambios recorría desde el poder federal hasta el poder local de los Coroneles,

liderazgos políticos-económicos rurales que manejaban los votos de los campesinos, asemejado

con el Caciquismo de la América Hispana. Hoy, en sentido común, se dice de los políticos que

tienen fuerte componente de fisiologismo/clientelismo en su base de sustentación de poder.

***** Macunaimicamente hace referencia al personaje-título del romance del autor Mário de An-

drade, un héroe sin ningún carácter (anti-héroe), es un indígena que representa el pueblo brasileño,

mostrando la atración por la ciudad grande de São Paulo y por la máquina. La frase característica

del personaje es “Ay, que pereza!”. Como en la lengua indígena el sonido “aique” significa “pe-

reza”, Macunaíma seria duplamente perezoso. La parte inicial de la obra así lo caracteriza: “En el

fondo del mato-virgen nasció Macunaíma, héroe de nuestra gente. Era negro retinto [negro como

el azabache] e hijo del miedo y de la noche.”

Page 47: VOTA - Revista nº2

47

piniónOpinião

É lamentável ver como no transcorrer do tempo nas terras sulistas do México do século XXI, do México próspero, dia-a-dia vivemos com o assombro de realizar nossas atividades cotidianas sob a conduta de um grupo de pessoas que se intitulam estudantes - os mesmos que

em algum momento educarão às crianças guerrerenses e mexicanas. Lamen-tável ver como atrasam o progresso de um Estado já detido pela corrupção, semeando medo na sociedade. Valores não se aplicam, não se cumprem, não se podem ocultar, es-tão presentes, mas não se vivem, penso que por serem norma para a vida e por se preferir viver sem regras, solapados por cacicados de gerações de políticos, que só saquearam esta bela terra de gente esforçada e de sentimen-to puro. Esse sistema obsoleto, que só conseguiu nos submergir no retardo social e marginalização, traçando assim o caminho do fracasso em todos os âmbitos, apesar de estarmos a tão somente 300 quilômetros da capital do país.

Es lamentable ver como en el transcurrir del tiempo en tierras suria-nas del México del siglo XXI, del México próspero, día a día vivi-mos con la zozobra de realizar nuestras actividades cotidianas bajo las conductas de un grupo de quienes se intitulan estudiantes - los

mismos que en algún momento prepararán a la niñez guerrerense y mexicana. Lamentable ver cómo retrasan el progreso de un Estado, ya detenido por la corrupción, sembrando miedo a la sociedad. Valores no se manejan, no se cumplen, no se pueden ocultar, están presentes, pero no se viven, pienso que porque son norma de vida y por prefe-rirse vivir sin reglas, solapados por los cacicazgos de generaciones de políti-cos, que solo han saqueado a esta bella tierra de gente de esfuerzo y sentimien-to puro. Ese sistema obsoleto, que solo logró sumergirnos en el rezago social y marginación, trazando así la senda del fracaso en todos sus ámbitos, a pesar de que estemos a tan solo 300 kilómetros de la capital del país. Todo esto trataré de explicarlo - que es Guerrero y que es Ayotzinapa

GUERRERO Y AYOTZINAPA: TIERRA DE TRABAJO, HISTORIA DE PROGRESO Y DECADENCIA

GUERRERO E AYOTZINAPA: TERRA DE TRABALHO, HISTÓRIA DE PROGRESSO E DECADÊNCIA

José Castro

Manuel Lino Vallejo

Analista del Ámbito Municipal, con experiencia en el estu-dio y elaboración de esquemas descriptivos de la Tipología Socioeconómica Regional y Nacional para la generación de Estrategias dirigidas al Desarrollo Integral del Munici-pio. Actualmente colabora en la integración y ejecución de proyectos de inversión dirigidos al Desarrollo Sustentable por medio de diversas Organizaciones Sociales y Académi-cas en México.

Analista de Âmbito Municipal, com experiência em estudos e elaboração de esquemas descritivos de Tipologia Socioeconô-mica Regional e Nacional para a geração de Estratégias diri-gidas ao Desenvolvimento Integral do Município. Atualmen-te colabora na integração e execução de projetos de pesquisas dirigidos ao Desenvolvimento Sustentável através de diversas Organizações Sociais e Acadêmicas no México.

[email protected]

Posgrado en Competencias Profesionales para el Magisterio. Se ha desarrollado en el ámbito académico y docente desde 1983; cuenta con la experiencia de 30 años en el sistema edu-cativo mexicano y actualmente se desempeña desarrollando planes y programas de formación estudiantil y docente en la Secretaria de Educación Pública del Estado de Guerrero.

Pós-graduado em Competências Profissionais para o Magis-tério. Trabalha no âmbito acadêmico e docente desde 1983; conta com a experiência de 30 anos no sistema educacional mexicano e atualmente atua desenvolvendo planos e progra-mas de formação estudantil e docente na Secretaria de Edu-cação Pública do Estado de Guerrero.

Page 48: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

- aunque de manera breve. Guerrero es una de las 31 entidades federativas que junto al Distrito Fede-ral conforman la República de los Estados Unidos Me-xicanos. Ubicada al sur de México con una población de 3.388.768 habitantes, se-gún el más reciente censo, del año 2010, realizado por el Instituto de Estadística, Informática y Geografía (INEGI), con un Índice de Desarrollo Humano (IDH) de 0,66, mientras que la me-dia nacional se encuentra en 0,73; se compone por 81 mu-nicipios, la mayoría en gra-do de marginación, y cuen-ta además con el municipio más pobre y rezagado de América Latina, Cochoapa el Grande. Durante años y décadas, hemos tenido lo que me permito llamar “seu-doestudiantes” - y los llamo así debido a que son los sujetos que hacen uso de instalaciones que, alguna vez, fueron cuna de ideólogos de izquierda, pero que se fueron hundiendo en la llamada lucha armada, hoy llamados radicales.

Historia y Función de las Escuelas Normales Rurales en México.

Las Escuelas Normales, en particular las Rurales, nacieron con la idea de dar la oportunidad a las comunidades más pobres de México de acceder a una educación que ayudara al mejoramiento de sus vidas. Pero el abandono de este modelo educativo, hizo con que muchas desaparecieran - y que las restan-tes lucharan por sobrevivir. En el gobierno de Lázaro Cárdenas, esas Escuelas Normales Rurales recibieron un fuerte impulso. Llegaron a existir hasta 36 en todo el país. Pero actualmente de las 245 Escuelas Normales Públicas, en las 32 entidades fede-rativas del país, solamente 17 son Escuelas Normales Rurales, de acuerdo con el conteo del CONEVAL . Hace muchos años fueran el alma mater del profesor de Educación Primaria y posteriormente Revolucionario, y fundador del llamado Partido de los Pobres, Lucio Cabañas Barrientos - hijo de campesinos de la región de Costa Grande del estado, que vivió en carne propia la pobreza y marginación, que lo obligó a buscar en la educación la llave que le permitiera abrirse puertas y salir adelante haciéndose un hombre preparado y consciente, en especial, de que lo que le faltaba al pueblo de Guerrero, era preparación, por la vía de la superación. Los que hoy en día dicen estudiar y prepararse para ser los futuros

Tudo isso tentarei ex-plicar - o que é Guerrero e o que é Ayotzinapa - ainda que de maneira breve.Guerrero é uma das 31 entidades federativas que junto com o Distrito Fede-ral formam a República dos Estados Unidos Mexicanos. Localizada ao sul do Méxi-co com uma população de 3.388.768 habitantes, segundo o mais recente censo, do ano de 2010, realizado pelo Instituto de Estatística, Informática e Geografia (INEGI), com um Índice de Desenvolvimen-to Humano (IDH) de 0,66, enquanto a média nacional se encontra em 0,73; se compõe por 81 municípios,

a maioria em nível de marginalização, e conta ainda com o município mais pobre e atrasado da América Latina, Cochoapa el Grande. Durante anos e décadas temos tido o que me permito chamar “pseu-doestudantes” - e os chamo assim por serem sujeitos que fazem uso de insta-lações que, em algum momento, foram berço de ideólogos de esquerda, mas que foram se afundando na chamada luta armada, hoje chamados radicais.

História e Função das Escolas Normais Rurais no México

As Escolas Normais, em particular as Rurais, nasceram com a ideia de dar a oportunidade às comunidades mais pobres do México a acessar uma educação que ajudaria no melhoramento de suas vidas. Mas o abandono des-te modelo educativo, fez com que muitas desaparecessem - e que as restan-tes lutassem para sobreviver. No governo de Lázaro Cárdenas, essas Escolas Normais Rurais rece-beram um forte impulso. Chegaram a existir até 36 em todo o país. Mas atu-almente, das 245 Escolas Normais Públicas, nas 32 entidades federativas do país, apenas 17 são Escolas Normais Rurais, de acordo com a contagem do CONEVAL . Há muitos anos foram a alma mater do professor de Educação Pri-mária e posteriormente Revolucionário, e fundador do chamado Partido dos Pobres, Lucio Cabañas Barrientos - filho de camponeses da região de Costa Grande do estado, que viveu na própria pele a pobreza e marginalização, o que o obrigou a buscar na educação a chave que lhe permitiria abrir portas e seguir adiante, tornando-se um homem preparado e consciente, em especial, de que aquilo que faltava ao povo de Guerrero, era preparação, pela via da superação. Os que hoje em dia dizem estudar e preparar-se para serem os futu-

Foto antigua de la Escuela Normal de Ayotizinapa. Foto antiga da Escola Normal de Ayotizinapa.

Page 49: VOTA - Revista nº2

49

formadores de las nuevas gene-raciones han denegrido la noble carrera de Profesor de Educación Primaria, actualmente llamada pomposamente Licenciatura en Educación Preescolar y Primaria. Pero, ¿de qué le sirvió a la Secre-taria de Educación Pública darle tal rango, no quieren ir a dar clases en las escuelas más alejadas de la geografía guerrerense para cumplir con la misión de enseñar al que no sabe? Hoy somos sus rehenes porque han sabido sembrar el caos en las ciudades de Chilpancingo, Acapulco, Iguala, entre otras - y solo eso en la geo-grafía guerrerense. Pero lo mismo han ido a hacer en el estado de Morelos y el Distrito Federal, con sus bloqueos, tomas de edificios, marchas, mítines y plan-tones, que solo desquician el tránsito vehicular, retienen involuntariamente a transportistas y viajeros, dejándolos por horas varados en Chilpancingo - entre otras cosas porque es una ciudad mal planeada, porque la miopía política de los gobernantes no ha permito el pleno desarrollo de la ciudad como la capital política, administrativa y educativa que es. Por otra parte, es necesario tener en cuenta que, el estudiante norma-lista trae cargando sobre su espalda una serie de carencias que no le permiten acceder a otro tipo de estudios, por los costos de los semestres y materiales necesarios para sus prácticas y desarrollo de competencias profesionales. Entre esas carencias, se destaca lo económico, porque proviene de familias de bajos recursos que mucho hacen para soste-nerlos cuatro años, asumien-do privaciones. Los académicos son otros porque traen bajo el brazo documentos que am-paran promedios por demás deficientes y no son capaces de desarrollar todas las ha-bilidades, destrezas, conoci-mientos, actitudes, aptitudes, valores y hábitos, para trans-mitírselos a sus futuros alum-nos. Pero el estudiante de Ayotzinapa está todavía peor, porque sale de su comunidad para desarraigarse en princi-pio, porque no se siente iden-tificado con la tierra que lo vio nacer, porque solo puede

El abandono de este modelo educativo, hizo con que muchas desa-parecieran - y que las restantes lucharan por sobrevivir.

Tabla con los datos cuantitativos de las escuelas normales rurales.

Tabela com dados quantitativos das escolas normais rurais.

ros formadores das novas gerações têm denegrido a nobre carreira de Professor de Educação Primária, atualmente chamada pomposa-mente de Licenciatura em Educa-ção Pré-Escolar e Primária. Mas de que serviu à Secretaria de Educa-ção Pública dar-lhes tal título, se os formados não querem ir dar aulas

nas escolas mais longínquas da geografia guerrerense para cumprir com a missão de ensinar a quem não sabe? Hoje somos seus reféns porque souberam semear o caos nas cida-des de Chilpancingo, Acapulco, Iguala, entre outras - e isso só na geografia guerrerense. Mas o mesmo estão fazendo no estado de Morelos e no Distrito Federal, com seus piquetes, invasões de edifícios, marchas, comícios e acam-pamentos, que só dificultam o trânsito veicular, retêm involuntariamente os passageiros e viajantes, deixando-os por horas engarrafados em Chilpancingo - entre outras coisas, porque é uma cidade mal planejada, porque a miopia política dos governantes não permitiu o pleno desenvolvimento da cidade como a capital política, administrativa e educacional que é. Por outro lado, é necessário ponderar que, o estudante normalista carrega nas costas uma série de carências que não lhe permite acessar ou-tro tipo de estudos, devido aos custos dos semestres e materiais necessários para suas práticas e desenvolvimento de competências profissionais. Entre essas carências, se destaca a econômica, porque provem de famílias de baixos

recursos que fazem muito para sustentá-los por qua-

tro anos, assumindo pri-vações.Os acadêmicos são ou-tros, porque trazem debaixo do braço docu-mentos que apresen-tam notas médias muito deficientes e não são capazes de desenvolver todas as habilidades, destrezas, conhecimen-tos, atitudes e aptidões, valores e hábitos, para transmiti-los aos seus futuros alunos. Mas o estudante de Ayotzinapa está ainda pior, porque sai de sua comunidade a princí-pio para desarraigar-se, porque não se sente identificado com a terra que o viu nascer, porque

O abandono deste modelo educativo, fez

com que muitas de-saparecessem - e que as restantes lutassem

para sobreviver.

Page 50: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

ver que le ha proporcionado miseria y resentimiento. Todo esto es producto de la extrema marginación en la que viven. Así que, una vez que logran salir, se “preparan”, obtienen el flamante título de Licenciado en Educación, y se olvidan de regresar. Una vez titulados, reclaman lugares preferentes en las mejores zonas escolares y regiones de las llamadas de vida cara, en donde el porcentaje de sobresueldo es mayor. Vale clarearlo: hablando de Acapulco y Zihuatanejo, olvidando que hay maestros en todas las regiones del estado con menores in-gresos que haciendo un esfuerzo con su exiguo salario, salen en los periodos vacacionales para hacer una licen-ciatura, maestría o doctorado en alguna disciplina o asignatura con la finalidad de mejorar su perfil profesional, su práctica docente, buscar un cambio y tener una me-jor percepción salarial. Aunque hay que recono-cer que, otro sector del magisterio, se encuentra en lugares poco accesibles y no han intentado superarse en ello, porque ya perdieron el interés al ver que no pueden acercarse a zonas más cercanas a su lugar de origen, puesto que allí es-tán ocupados en tomar edificios, bloquear carreteras, hacer plantones en zonas específicas de la ciudad, entre otras cosas.Cabría aquí reflexionar sobre lo siguiente: ¿es justo que los años pasen y la gente no pueda salir de los lugares donde hoy trabajan por la parálisis generada con la actitud de los que no quieren sufrir privaciones, mal comer, o caminar varias horas para llegar a su centro de trabajo? Si no mal recuerdo al mediado de la década de los 70´s, Ayotzinapa cambió su política, y en consecuencia su accionar, al encontrar cobijo en las autoridades educativas, que a todos sus pliegos petitorios encontraron respues-tas favorables. En aquellos años era el líder el que definía el tipo y marca de calzado para todo el alumnado, así como la marca del pantalón para el uniforme, de la ropa de cama y de colchón, para su descanso. Estos artículos eran ven-didos a la población en general, y los colchones quemados en la explanada de la escuela. Este último acto se repite en promedio dos veces por año, aunado a su compensación semanal que sigue siendo el apoyo en efectivo para gastos menores de fin de semana y el alumno pueda trasladarse desde las puertas de la escuela a su casa ida y vuelta, siempre; y cuando el viaje sea en distancias cortas, para ir y venir desde la tarde del viernes al domingo en la noche, para estar en clases el día lunes por la mañana.

Todo esto es producto de la extrema marginación en la que viven.

Tudo isso é produto da

extrema marginalização em que vivem.

Plantón en predio público durante las manifestaciones de 2014.

só pôde ver que lhe há proporcionado miséria e ressentimento. Tudo isso é produto da extrema marginalização em que vivem. Desta forma, uma vez que conseguem sair, se “preparam”, obtêm o reluzente título de Licenciado em Educação, e se esquecem de voltar. Uma vez titulados, reclamam lugares de preferência nas melhores zonas escolares e regiões mais valorizadas, de custo de vida mais elevado, onde a porcentagem de adicionais é maior. Vale esclarecer: tratando-se aqui de Acapulco e Zihuatenejo, esquecendo que há professores em todas as re-giões do estado com menores ingressos, que fazendo um esforço com seu

exíguo salário, saem em suas férias para fazer uma licenciatura, mestrado ou dou-torado em alguma disciplina ou carreira com a finalidade de melhorar seu perfil profissional, sua prática docente, buscar uma troca e ter uma melhor percepção salarial.

No entanto, é necessário reco-nhecer que outra parte do magistério se encontra em lugares pouco acessí-veis e não estão tentando superar-se nisso, porque já perderam o interesse ao ver que não podem aproximar-se às zonas mais próximas de seus lugares de origem, porque lá estão ocupados em invadir edifícios, bloquear rodovias, fazer acampamentos em zonas específicas das cidades, entre outras coisas. Caberia aqui refletir sobre o seguinte: é justo que os anos passem e as pessoas não possam sair dos lugares onde hoje trabalham por conta da pa-ralisia gerada com a atitude dos que não querem sofrer privações, mal comer, ou caminhar várias horas para chegar ao seu local de trabalho? Se me recordo bem, em meados da década de 70, Ayotzinapa mu-dou sua política, e consequentemente sua forma de atuar, ao encontrar aco-lhimento nas autoridades educacionais, que a todas suas petições encontra-ram respostas favoráveis. Naqueles anos era o líder quem definia o tipo e

marca de calçado para todo o alunado, assim como a mar-ca da calça do uniforme, da roupa de cama e do colchão, para seu descanso. Estes ar-tigos eram vendidos para a população em geral, e os col-chões queimados nos fundos das escolas. Este último ato se repete em média duas ve-zes por ano, juntamente com a compensação semanal que ainda é o apoio em dinheiro para gastos menores de fim de semana, e para que o alu-no possa mover-se da porta da escola para sua casa, ida e vol-ta, sempre; e quando a viagem é de curta distância, para ir e vir a partir da tarde de sexta ao

Acampamento em frente a prédio público durante as manifestações em 2014.

Page 51: VOTA - Revista nº2

51

Hoy se gasta 90 pesos diarios de alimentos, quinientos cincuenta pe-sos diarios de salario a cada uno de los docentes (que entre otras claves osten-tan las titulares a, b y c, de las más altas en el tabulador de educación normal), totalizando los gastos por los quinientos alumnos que tiene inscritos la escuela tenemos la cantidad de $80.440,00 pesos diarios, entonces el gasto de un ciclo escolar de diez meses es en promedio $16.880.000 pesos y, aun así, los seu-doestudiantes dicen tener problemas financieros al interior de la institución que alguna vez fuera una casa de estudios en donde los verdaderos estudiantes aprendían a ordeñar, a preparar queso, crema y yogurt, a sacrificar un cerdo y a elaborar manteca, chicharrones, a recolectar miel y envasarla, a inyectar pollos y guajolotes, a sembrar maíz, fríjol, calabaza, hortalizas y flores, entre muchas otras actividades, muchos de estos productos eran comercializados en el mercado de la ciudad de Tixtla, y en algunos casos, en el de la ciudad de Chilpancingo. En Ayotzinapa se habla de Ernesto “El Che” Guevara, Lucio Cabañas y Genaro Vázquez, pero solo por eso, por hablar, porque ninguno de ellos es capaz de argumentar sobre la filosofía manejada por estos hombres, que mediante sus estudios e inquietudes tuvieron otra visión de lo que debería ser la América Latina (como Guerrero) para no caer en las garras del opresor y oportunista explotador de las masas. Es preciso que la autoridad competente tome muy en serio su papel y deje de pensar en el costo político y los cientos de votos que perderá en las próximas elecciones para diputados locales, federales, senadores, gobernado-res o presidente de la República por hacer valer la ley para poner fin con los desmanes cometidos. Ya basta de contemplaciones, que se aplique en estricto sentido el estado de derecho. No más chantajes y respuesta a presiones, esto es maquiavélico. Recuérdese que Nicolás Maquiavelo en su libro, El Príncipe, define todas aquellas perversiones que existen y se eje-cutan para evitar perder el poder que en sí mismo es embriagador y nada fácil de dejar por todos los que tienen o han tenido contacto con él. Sí vale luchar, pero que lo hagan con el rostro descubierto, ¿o no que-rer dar la cara no es falta de valor? Los verdaderos luchadores, revolucionarios, líderes o guerrilleros siempre pelearon con el rostro a la vista de todos. Jamás Miguel Hidalgo, José Maria Morelos y Pavón, Vicente Guerrero Saldaña, Do-roteo Arango “Pancho Villa”, Ernesto “El Che” Guevara se cubrieron el rostro, los primeros los conocemos como los insurgentes independentistas de México, pero también eran guerrilleros, porque la lucha era muy desigual, así que no hacían la guerra, luchaban en pequeños grupos debidamente estructurados, de ahí que la táctica a seguir sea lo que se conoce como guerra de guerrillas, que es una táctica militar de conflictos armados consistente en hostigar al enemigo en su propio terreno con destacamentos irregulares y mediante ataques rápidos y sorpresivos; esto tiene que ver con volar instalaciones, puentes y caminos, o captura de armas y provisiones.

domingo de noite, para estar nas salas de aula nas segundas pela manhã. Hoje são gastos 90 pesos diários de alimentos e quinhentos e cin-quenta pesos diários de salários para cada um dos docentes (que entre outros planos, ostentam as titularidades a, b e c, das mais altas na tabela da educa-ção normal), contabilizando os gastos por mais de quinhentos alunos que tem inscritos na escola, nos leva a cifra de $80.440,00 pesos diários, assim que o gasto de um ciclo escolar de 10 meses é em média $16.880.000 pesos, e ainda assim, os pseudoestudantes dizem ter problemas financeiros dentro daquele lugar que em algum momento foi uma casa de estudos onde os verdadeiros estudantes aprendiam a ordenhar, a preparar queijo e iogurte, a sacrificar um porco e a elaborar manteiga, torresmo, a coletar e envasar mel, a injetar fran-gos e perus, a semear milho, feijão, abobora, hortaliças e flores, entre muitas outras atividades, muitos destes produtos eram comercializados no mercado da cidade de Tixtla, e em alguns casos, no da cidade de Chilpancingo. Em Ayotzinapa se fala de Ernesto “El Che” Guevara, Lucio Cabañas e Genaro Vázquez, mas só por isso, por falar, porque nenhum deles é capaz de argumentar sobre a filosofia articulada por estes homens, que mediante seus estudos e inquietudes tiveram outra visão do que deveria ser a América Latina (como Guerrero) para não cair nas garras do opressor e oportunista explora-dor das massas. É preciso que a autoridade competente leve muito a sério seu papel e deixe de pensar nos custos políticos e nas centenas de votos que perderá nas próximas eleições para deputados locais, federais, senadores, governa-dores ou presidente da República, para fazer valer a lei e acabar com os des-mandos cometidos. Já basta de contemplações, que se aplique no sentido estrito o estado de direito. Basta de chantagens e respostas a pressões, isto

é maquiavélico. Recordando que Nicolau Maquiavel em seu livro, O Príncipe, define todas aquelas per-versões que existem e se executam para evitar perder o poder que, em si mesmo, é embriagante e nada fácil de se deixar, por todos os que têm ou tiveram contato com ele. Sim, vale lutar, mas que o fa-çam com o rosto descoberto, ou não querer dar a cara não é falta

de valor? Os verdadeiros lutadores, revolucionários, líderes ou guerrilheiros sempre lutaram com o rosto à vista de todos. Jamais Miguel Hidalgo, José Maria Morelos y Pavón, Vicente Guerrero Saldaña, Doroteo Arango “Pancho Villa”, Ernesto “El Che” Guevara cobriram seus rostos, os primeiros são conhe-cidos como os insurgentes independentistas do México, mas também eram guerrilheiros, porque a luta era muito desigual, desta forma, não estavam em guerra, lutavam em pequenos grupos devidamente estruturados, daí que a tática a seguir é o que se conhece como guerra de guerrilhas, que é uma tá-tica militar de conflitos armados consistente em hostilizar o inimigo em seu próprio terreno, com destacamentos irregulares e mediante ataques rápidos e de surpresa; isto tem a ver com abater instalações, pontes e caminhos ou capturar armas e provisões. Este método de guerra se utiliza com frequência em situações de

Es el combatiente de la libertad por excelen-cia; es el elegido del pueblo, la vanguardia combatiente del mis-mo en su lucha por la liberación.

É o combatente da liberdade por exce-

lência; é o eleito pelo povo, a vanguarda

combatente do mes-mo em sua luta pela

libertação

Page 52: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

guerra assimétrica que, graças a sua mobilidade, a sua fácil dispersão em pe-quenos grupos e sua habilidade para desaparecer entre a população civil, se tornam muito difíceis de neutralizar.

Por que se chama guerra assimétrica? Porque é uma guerra onde não existe proporção alguma, é um en-contro entre um exército devidamente equipado - ou seja, os soldados estão devidamente uniformizados, treinados com o manejo e uso do armamento, descansados, alimentados em tempo e forma - contra um grupo de poucos homens destros no manejo das armas, mas que nem sempre estão descansa-dos e alimentados adequadamente. Mas quem é ou o que é um guerrilheiro? É o combatente da liberdade por excelência; é o eleito pelo povo, a vanguarda combatente do mesmo em sua luta pela libertação. A guerra de guerrilha é a guerra do povo inteiro contra a opressão dominante. O guerri-lheiro é sua vanguarda armada; o exército é constituído por todos os habitan-tes de uma região ou de um país. Essa é a razão de sua força, do seu triunfo, a curto ou longo prazo, sobre qualquer poder que trate de oprimi-lo; isto é, a base e o fundamento da guerrilha está no povo. O exército guerrilheiro, é o exército popular por excelência, deve ter em sua composição individual as melhores virtudes do melhor soldado do

Este método de guerra se utiliza con frecuencia en situaciones de guerra asi-métrica que, gracias a su movilidad, a su fácil dispersión en pequeños grupos y a su habilidad para desaparecer entre la poblaci-ón civil, resultan muy difíciles de neutrali-zar.

¿Por qué se le llama guerra asi-métrica? Porque es una guerra en donde no existe proporción alguna, es un encuentro entre un ejército debidamente pertrechado - es decir: los soldados están debidamente uniformados, adiestrados en el manejo y uso del armamento, descansados y alimen-tados en tiempo y forma - y un grupo de pocos hombres diestros en el manejo de las armas, pero que no siempre están descansa-dos y alimentados adecuadamente.

Pero ¿quién es o que es un guer-rillero? Es el combatiente de la libertad por excelencia; es el elegido del pueblo, la vanguardia combatiente del mismo en su lucha por la liberación. La guerra de guer-rillas es la guerra del pueblo entero contra la opresión dominante. El guerrillero es su vanguardia armada; el ejército lo constituyen todos los habitantes de una región o de un país. Esa es la razón de su fuerza, de su triunfo, a corto o largo plazo, sobre cualquier poder que trate de oprimirlo; es decir, la base y el basamento de la guerrilla está en el pueblo. El ejército guerrillero, es el ejército popular por excelencia, debe tener en cuanto a su composición individual las mejores virtudes del mejor soldado del mundo. Debe basarse en una disciplina estricta. La disciplina guerrillera es interior, nace del convencimiento profundo del individuo, de esa necesidad de obedecer al superior, no solamente para mantener la efectividad del organismo armado que está integrado, sino también para defender la propia vida. En la guerra de guerrillas, donde cada soldado es unidad y es un gru-po, un error es fatal. Nadie puede descuidarse, nadie puede cometer el más mí-nimo desliz, pues su vida y la de los compañeros le van en ello. El guerrillero es, además de un soldado disciplinado, un soldado muy ágil, física y mental-mente. Por lo que no puede concebirse una guerra de guerrillas estática. Por lo que no existe país en el mundo en que la palabra “guerrillero” no sea simbólica de una aspiración libertaria para el pueblo. Pero el término alcanzó su consagración durante las campañas napo-leónicas en España, destacando Jerónimo Merino, Francisco Chaleco, Agusti-na de Aragón, Juana “La Galana” y Juan Martín Díez; ensalzado, si se quiere,

Enfrentamiento de manifestantes y policía en las manifestaciones

de 2014.

Enfrentamento de manifestantes e polícia nas manifestações de 2014.

Page 53: VOTA - Revista nº2

53

por el propio Napoleón que llegó a considerar a la resistencia española la causa principal de su derrota; por encima incluso, según su opinión, de las catástrofes en Rusia que, según los historiadores, fueron mucho más sangrientas que las españolas.

La lucha de guerrillas es de resis-tencia a un invasor y está coronada por motivos patrióticos, revolucio-narios o religiosos.Este grupo de jóvenes está lejos de esa definición, los intereses que lo mueven son perversos y sólo bus-can dinero, ni buscan el adoctrina-miento de las nuevas generaciones para hacerlas cambiar de mentali-

dad, ni buscan ser un grupo de gente pensante que con bases sólidas dirija las nuevas rutas de la lucha. Quieren inconformes sin preparación, que se dejen arrastrar sin preguntar, ni reflexionar - entonces no están buscando la mejor opción. Deben olvidar de luchar por luchar, gritar por gritar, crear conflicto por crearlo. Lo que sí consideran importante es la creación de inconformidades de enfrentamientos, que ni son tales porque los cuerpos de seguridad tienen prohibido tocarlos. Todo para ellos debe ser destrucción, confusión, caos, desorden, vio-lencia, rapiña, vandalismo, despojo, ataque, porque así les dijo alguien y no se han detenido a reflexionar ni a cuestionar. Creen que atacando a las grandes empresas se cobran la afrenta de que se roben a la ciudadanía en complicidad con el gobierno - y se les olvida que esas empresas, sean nacionales o trans-nacionales, llegan a las ciudades, hacen acuerdos con los gobiernos y crean fuentes de trabajo, sacando a esas personas de la inactividad. Cierto es que los sueldos son bajos, pero ya el trabajador tiene algunas ganancias como son: ser-vicio médico, derecho a vivienda, pensión o jubilación… Se les olvida que si la tienda no vende no hay para pagar nóminas, seguro, proveedores, servicios, contribuciones. No lo saben porque no lo han estudiado - ellos solo ven que nos roban y que por eso deben ser atacados una y otra vez, vaciándoles los ana-queles como justo pago a su atrevimiento de haber creado 50 o más empleos directos y otros tantos indirectos. Guerrero y México es tierra de gente de trabajo, que somos más allá de conflictos y problemas sociales.

mundo. Deve basear-se na disciplina estrita. A disciplina guerrilheira é inte-rior, nasce do conhecimento profundo do indivíduo, dessa necessidade de obedecer ao superior, não somente para manter a efetividade do organismo armado ao que se está integrado, mas também para defender a própria vida.Na guerra de guerrilhas, onde cada soldado é unidade e é um grupo, um erro é fatal. Ninguém pode descuidar-se, ninguém pode cometer o menor deslize, pois sua vida e de seus companheiros estão em risco. O guerrilheiro é, além de um soldado disciplinado, um soldado muito ágil, física e mentalmente. Pelo que não pode se conceber uma guerra de guerrilhas estática. Pois não existe país no mundo em que a palavra “guerrilheiro” não seja simbólica de uma aspiração libertária para o povo. Mas o termo alcançou sua consagração durante as campanhas na-poleônicas na Espanha, destacando Jerônimo Merino, Francisco Chaleco, Au-gustina de Aragón, Juana “La Galana” e Juan Martin Diéz; enaltecido até pelo próprio Napoleão, que chegou a considerar a resistência espanhola a causa principal de sua derrota; mais forte inclusive, segundo sua opinião, que as ca-tástrofes na Rússia que, segundo historiadores, foram muito mais sangrentas que as espanholas. A luta de guerrilha é de resistência a um invasor e está co-roada por motivos patrióticos, re-volucionários ou religiosos.Este grupo de jovens está longe dessa definição, os interesses que o movem são perversos e só bus-cam dinheiro, não buscam o dou-trinamento das novas gerações para fazê-las mudar de mentalidade, nem buscam ser um grupo de gente pensante que com bases sólidas dirija as novas formas da luta. Eles querem inconformados sem preparação, que se deixem arrastar sem perguntar, nem refletir – então, não estão buscando a melhor opção. Precisam deixar de lutar por lutar, gritar por gritar, criar conflito por criar. O que sim consideram impor-tante é a criação de ilegalidades nos confrontos - que nem são tantas, porque as forças de segurança estão proibidas de tocá-los. Tudo, para eles, deve ser destruição, confusão, caos, desordem, vio-lência, rapina, vandalismo, despojo, ataque, porque assim lhes disse alguém e não se detiveram a refletir nem a questionar. Creem que atacando às gran-des empresas, cobram a afronta de que roubem à cidadania em cumplicida-de com o governo - e se esquecem que essas empresas, sejam nacionais ou transnacionais, chegam às cidades, fazem acordos com os governos, criam fontes de trabalho, tirando essas pessoas da inatividade. É verdade que os salários são baixos, mas já o trabalhador tem algum ganho como: convênio médico, direito à moradia, pensão ou aposentadoria... Esquecem que se a loja não vende, não há para pagar salários, seguro, fornecedores, serviços, contri-buições. Não sabem, porque não o estudaram, eles só veem que nos roubam e que por isso as empresas devem ser atacadas sempre e de novo, esvaziando as prateleiras como pagamento justo pela ousadia de terem criado 50 ou mais empregos diretos e outros tantos indiretos. Guerrero e México é terra de gente trabalhadora, somos muito mais que conflitos e problemas sociais.

La lucha de guerrillas es de resistencia a un invasor y está corona-da por motivos patrió-ticos, revolucionarios o religiosos.

A luta de guerrilha é de resistência a um invasor e está

coroada por motivos patrióticos,

revolucionários ou religiosos.

Page 54: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Agenda

12 Y 13 DE JUNIO 12 E 13 DE JUNHONome do eveNto: Inmersión Total en Marketing Político/Electoraltipo de eveNto: tallerpaís: BrasilRealizacióN: Manhanelli Associadosapoyo: ABCOPmás iNfoRmacioNes: www.cursomarketingpolitico.org.br

6 Y 7 DE MAYO 6 E 7 DE MAIONome do eveNto: 1er Congreso Internacional de Comunicación Pública y Mar-keting Políticotipo de eveNto: Congresopaís: ColombiaRealizacióN: Corporación FORJAR & Publicityapoyo: ABCOP, El Taller de Políticos, MarketConsultores, VOTAmás iNfoRmacioNes: www.congresocpmp.com

Nome do eveNto: 1º Congresso Internacional de Comunicação Pública e Mar-keting Políticotipo de eveNto: Congressopaís: ColômbiaRealização: Corporación FORJAR & Publicityapoio: ABCOP, El Taller de Políticos, MarketConsultores, VOTAmais iNfoRmações: www.congresocpmp.com

15 Y 16 DE MAYO 15 E 16 DE MAIONome do eveNto: Asesoría de Prensa y Comunicación Política para Mandatos y Oficinas Políticastipo de eveNto: Tallerpaís: BrasilRealizacióN: Manhanelli Associadosapoyo: ABCOPmás iNfoRmacioNes: www.cursomarketingpolitico.org.br

Nome do eveNto: Assessoria de Imprensa e Comunicação Política para Mandatos e Gabinetestipo de eveNto: Cursopaís: BrasilRealização: Manhanelli Associadosapoio: ABCOPmais iNfoRmações: www.cursomarketingpolitico.org.br

15 DE MAYO 15 DE MAIONome do eveNto: Poder y Marketing: VI Encuentro Internacional de Marke-ting Políticotipo de eveNto: Seminariopaís: EcuadorRealizacióN: CPI - Consultores Políticos Independientesapoyo: ABCOPmás iNfoRmacioNes: www.poderymarketing.com

Nome do eveNto: Poder e Marketing: VI Encontro Internacional de Marketing Políticotipo de eveNto: Semináriopaís: EquadorRealização: CPI - Consultores Políticos Independientesapoio: ABCOPmais iNfoRmações: www.poderymarketing.com

Nome do eveNto: Imersão Total em Marketing Político/Eleitoraltipo de eveNto: Congressopaís: BrasilRealização: Manhanelli Associadosapoio: ABCOPmais iNfoRmações: www.cursomarketingpolitico.org.br

14 Y 15 DE MAYO 14 E 15 DE MAIONome do eveNto: Congreso Internacional de Comunicación Política Campañas Electoralestipo de eveNto: Congresopaís: ArgentinaRealizacióN: Paralelo Ceroapoyo: Cumbre Mundial de Comunicación Políticamás iNfoRmacioNes: www.congresos.paralelo-cero.com

Nome do eveNto: Congresso Internacional de Comunicação Política Campa-nhas eleitoraistipo de eveNto: Congressopaís: ArgentinaRealização: Paralelo Ceroapoio: Cumbre Mundial de Comunicação Políticamais iNfoRmações: www.congresos.paralelo-cero.com

Page 55: VOTA - Revista nº2

55

20 Y 21 DE JUNIO

25, 26 Y 27 DE JUNIO

10 Y 11 DE JULIO

03 Y 04 DE SETIEMBRE

20 E 21 DE JUNHO

25, 26 E 27 DE JUNHO

10 E 11 DE JULHO

03 E 04 DE SETEMBRO

Nome do eveNto: Campañas Electorales En El Siglo XXI: De La Improvisación A La Ciencia – Tercer Ciclo: Marketing y Publicidad, Monitoreo de Campaña, Herramientas Estadísticas y Movilización Electoral.tipo de eveNto: Congresopaís: República DominicanaRealizacióN: APP - Academia para la Profesionalización de la Políticaapoyo: Fundación Idear Colombiamás iNfoRmacioNes: www.app.org.do

Nome do eveNto: Cumbre Mundial de Comunicación Políticatipo de eveNto: Cumbrepaís: República DominicanaRealizacióN: Paralelo Ceroapoyo: ABCOP, El Taller de Políticos, Fundación Idear Co-lombia, MarketConsultores, POLITICOM más iNfoRmacioNes: www.cumbre2015.com

Nome do eveNto: Formación, Capacitación y Actualización para Consultoria en Marketing Políticotipo de eveNto: Tallerpaís: BrasilRealizacióN: Manhanelli Associadosapoyo: ABCOP,más iNfoRmacioNes: www.cursomarketingpolitico.org.br

Nome do eveNto: XIV Congreso Brasileño de Comunicación y Marketing Político - POLITICOMtipo de eveNto: Congresopaís: BrasilRealizacióN: Paralelo Ceroapoyo: Universidad Federal do Rio de Janeiro & Universi-dad Federal del Estado del Rio de Janeiromás iNfoRmacioNes: www.politicom.com.br

Nome do eveNto: Campanhas Eleitorais no Século XXI: Do improviso à Ciên-cia - Terceiro Ciclo: Marketing e Publicidade, Monitoramento de Campa-nhas, Ferramentas Estatísticas e Mobilização Eleitoral.tipo de eveNto: Congressopaís: República DominicanaRealização: APP - Academia para Profissionalização da Políticaapoio: Fundación Idear Colombiamais iNfoRmações: www.app.org.do

Nome do eveNto: Formação, Capacitação e Atualização para Consultoria em Marketing Políticotipo de eveNto: Cursopaís: BrasilRealização: Manhanelli Associadosapoio: ABCOPmais iNfoRmações: www.cursomarketingpolitico.org.br

Nome do eveNto: Cumbre Mundial de Comunicación Políticatipo de eveNto: Congressopaís: República DominicanaRealização: Paralelo Ceroapoio: ABCOP, El Taller de Políticos, Fundación Idear Colombia, Market-Consultores, POLITICOMmais iNfoRmações: www.cumbre2015.com

Nome do eveNto: XIV Congresso Brasileiro de Comunicação e Marketing Político - POLITICOMtipo de eveNto: Congressopaís: BrasilRealização: Paralelo Ceroapoio: Universidade Federal do Rio de Janeiro & Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiromais iNfoRmações: www.politicom.com.br

Page 56: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

ELECCIONES 2015 ELEIÇÕES 2015

URUGUAY - 10 DE MAYO - DEPARTAMENTALES Y MUNICIPALES

URUGUAI - 10 DE MAIO - DEPARTAMENTAIS E MUNICIPAIS

ESPAÑA - 24 DE MAYO - MUNICIPALES ESPANHA - 24 DE MAIO – MUNICIPAIS

MÉXICO - 7 DE JUNIO - LEGISLATIVAS FEDERALES

MÉXICO - 7 DE JUNHO - LEGISLATIVAS FEDERAIS

MÉXICO - 7 DE JUNIO - LOCALES EN 16 ESTADOS (MÚLTIPLOS PUESTOS)

MÉXICO - 7 DE JUNHO - LOCAIS EM 16 ESTADOS (VÁRIOS CARGOS)

MÉXICO - 19 DE JUNIO - LOCAL EN CHIAPAS (DIPUTADOS Y JEFES DELEGACIONALES)

MÉXICO - 19 DE JUNHO - LOCAL EM CHIAPAS (DEPUTADOS E CHEFES DELEGACIONAIS)

PARAGUAY - 26 DE JULIO - INTERNAS PARTIDAR-IAS MUNICIPALES

PARAGUAI - 26 DE JULHO - INTERNAS PARTIDÁRIAS MU-NICIPAIS

GUATEMALA - 6 O 13 DE SEPTIEMBRE - GENERA-LES (TODOS LOS PUESTOS)

GUATEMALA - 6 OU 13 DE SETEMBRO - GERAIS (TODOS OS CARGOS)

PORTUGAL - 14 DE SEPTIEMBRE A 14 DE OCTUBRE - LEGISLATIVAS NACIONALES

PORTUGAL - 14 DE SETEMBRO A 14 DE OUTUBRO- LEGISLATIVAS NACIONAIS

HAITÍ - 9 DE AGOSTO - LEGISLATIVAS PRIMERA VOLTA

HAITI - 9 DE AGOSTO - LEGISLATIVAS PRIMEIRO TURNO

Page 57: VOTA - Revista nº2

57

ELECCIONES 2015 ELEIÇÕES 2015

HAITÍ - 25 DE OCTUBRE - PRESIDENCIAL PRIMERA VOLTA, LEGISLATIVAS SEGUNDA VOLTA

HAITI - 25 DE OUTUBRO - PRESIDENCIAL PRIMEIRO TURNO, LEGISLATIVAS SEGUNDO TURNO

ESPAÑA - HASTA 20 DE DICIEMBRE - GENERALES (PARLAMENTOS)

ESPANHA - ATÉ 20 DE DEZEMBRO - GERAIS (PARLAMENTOS)

HAITÍ - 27 DE DICIEMBRE - PRESIDENCIAL SE-GUNDA VOLTA

HAITI - 27 DE DEZEMBRO - PRESIDENCIAL SEGUNDO TURNO

VENEZUELA - SEPTIEMBRE - PARLAMENTARES NACIONALES

VENEZUELA - SETEMBRO - PARLAMENTARES NACIONAIS

PARAGUAY - 15 DE NOVIEMBRE - MUNICIPALES PARAGUAI - 15 DE NOVEMBRO - MUNICIPAIS

COLOMBIA - 25 DE OCTUBRE - LOCALES COLÔMBIA - 25 DE OUTUBRO - LOCAIS

ARGENTINA - 25 DE OCTUBRE - PRESIDENCIALES Y LEGISLATIVAS NACIONALES

ARGENTINA - 25 DE OUTUBRO - PRESIDENCIAIS E LEGISLATIVAS NACIONAIS

Page 58: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

iembrosM

Cientista Social, Antropólogo, Consultor Político. Consultor da Manhanelli Associados e Coorde-nador do Departamento de Pesquisas. Asso-ciado à ABCOP, ALACOP e membro fundador e diretor do IPADE.

Administradora com ênfase em Gerência e Pla-nejamento Estratégico, Relações Internacionais e Estudos Políticos. Altos estudos em Gerência Política e Governabilidade. Coordenadora Polí-tica do Partido da U, Diretora da Fundação Idear e da Marketconsultores.

Científico Social, Antropólogo, Consultor Po-lítico. Consultor de la Manhanelli Asociados y Coordinador del Departamento de Investigación. Asociado a ABCOP, ALACOP y miembro fun-dador y director del IPADE.

Administradora con énfasis en Gerencia y Pla-neación Estratégica, Relaciones Internacionales y Estudios Políticos. Altos estudios en Gerencia Política y Gobernabilidad. Coordinadora Políti-ca del Partido de la U, Directora de la Fundación Idear y de Marketconsultores.

Caio manhanElli

maria alEjandra trujillo

@CaioManhanelli

@MarialeTrujillo

COORDENAÇÃO EDITORIAL

COORDINCACCIÓNEDITORIAL

Consultor en Comunicación Política. Ha realiza-do campañas en Ecuador, Perú y Paraguay. Se formó como Director Creativo en Argentina y es Master en Imagen y Consultoria Política (MAI-COP) en Salamanca, España.

Consultor en Comunicación Política. Ha reali-zado campañas en Ecuador, Perú y Paraguay. Se formó como Director Creativo en Argentina y es Master en Imagen y Consultoria Política (MAI-COP) en Salamanca, España.

Camilo sEvErino@camiloseve

Page 59: VOTA - Revista nº2

59

Presidente del Comité Organizador de la Cum-bre Mundial de Comunicación Política, CEO de Paralelo Cero. Magíster en Desarrollo Económi-co Local. Docente de la UNSAM y del Master en Dirección de Comunicación y Nuevas Tecno-logías de la Universidad de Oviedo.

daniEl ivoskus

@divoskusPresidente do Comitê Organizador da Cumbre Mundial de Comunicação Política, CEO da Pa-ralelo Cero. Mestre em Desenvolvimento Eco-nômico Local. Docente da UNSAM e do Master em Direcionamento de Comunicação e Novas Tecnologias da Universidade de Oviedo.

CONSELHO ACADÊMICOCONSEJO ACADÉMICO

Presidente da ABCOP, 18 livros publicados, Pro-fessor do MAICOP, atua na área desde 1974. In-tegrante do “Hall da Fama” da revista “Campaig-ns & Elections” e ganhador do prêmio “Gigante da América Latina do Marketing Político”.

Presidente de la ABCOP, 18 libros publicados, Profesor en MAICOP, trabaja en área desde 1974. Integra el “Hall de la Fama” de la revista “Campaigns & Elections” y ganador del premio “Gigante de Latinoamérica del Marketing Polí-tico”.

Carlos manhanElli

@manhanelli

Pós-doutor em comunicação pela Universidade Federal Fluminense/RJ, doutor em comunicação pela UMESP. Professor da Faculdade Anhangue-ra e da Universidade Presbiteriana Mackenzie/SP. Pesquisador bolsista da FUNADESP no pro-jeto “Mídias sociais: tendências e desafios da comunicação em rede”.

Post-doctor en comunicación por la Universidad Federal Fluminense/RJ, doctor en comunicación por UMESP. Profesor de Facultad Anhanguera y de la Universidad Presbiteriana Mackenzie/SP. Investigador bolsista de FUNADESP en el pro-yecto “Medias sociales: tendencias y desafíos de la comunicación en red”.

aolPho QuEiroz

@aqrz

Page 60: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Doctor en Comunicación Política, experto en la creación y análisis de imágenes de políticos e instituciones. Director del MAICOP de la Uni-versidad Camilo José Cela y director del área de formación y consultoría del CIGMAP.

jorGE santiaGo barnEs

@masterpoliticaDoutor em Comunicação Política, especialista em criação e análise de imagens de políticos e instituições. Diretor do MAICOP da Universida-de Camilo José Cela e Diretor da área de forma-ção e consultoria do CIGMAP.

Bacharel em Ciências Políticas, Mestre em His-tória, Especialização em Comunicação Política. Professor na Universidade Nacional de Asun-ción, na Universidade Nacional de Caaguazú e na Universidade Americana. Pesquisador e Con-sultor Sócio Fundador de El Taller de Políticos.

Licenciado en Ciencias Políticas, estudios de Maestría en Historia. Especializado en Comuni-cación Política. Profesor en la Universidad Na-cional de Asunción, en la Universidad Nacional de Caaguazú y en la Universidad Americana. Investigador y Consultor Socio Fundador de El Taller de Políticos.

huGo duartE

Profesor de la USAL y UCA (Argentina), en MAICOP (España), UCLA (EEUU). Consultor Sénior del Banco Mundial, Miembro de la AL-ACOP y fundador de la ASACOP, ha trabajado en diversas campañas y gobiernos. Ganador de premios nacionales e internacionales.

Eduardo rEina

@OssoreinaProfessor na USAL e UCA (Argentina), no MAI-COP (Espanha), UCLA (EUA). Consultor Sênior do Banco Mundial, Membro da ALACOP e fun-dador da ASACOP, trabalhou em diversas cam-panhas e governos. Ganhador de prêmios na-cionais e internacionais.

Page 61: VOTA - Revista nº2

61

Sociólogo boliviano graduado en la Universidad Nacional Autónoma de México. Entre 1989 y 2014 ha dirigido 37 campañas electorales presi-denciales y locales en Argentina, Bolivia, Ecua-dor, Perú, Paraguay, México y Colombia.

riCardo Paz ballivián

@ricardopazbSociólogo boliviano graduado na Universidade Nacional Autônoma do México. Entre 1989 e 2014 coordenou 37 campanhas eleitorais presi-denciais e locais na Argentina, Bolívia, Equador, Peru, Paraguai, México e Colômbia.

Economista y Comunicólogo, Doctor en Comu-nicación por la UFRJ (Brasil). Miembro de la AAPC, ABCOP, ALACOP, ALAIC, ALICE y POLITICOM. Profesor de la UFRJ, FGV y Cen-tro de Estudios de Personal del Ejército (Brasil).

marCElo sErPa

@serpabrEconomista e Comunicador, Doutor em Comu-nicação pela UFRJ (Brasil). Membro da AAPC, ABCOP, ALACOP, ALAIC, ALICE e POLITICOM. Professor da UFRJ, FGV e Centro de Estudos de Pessoal do Exército (Brasil).

Sociólogo, Comunicador Social, presidente da empresa de pesquisas Mercado e Quantifica-ções, é consultor político associado ao Centro Interamericano de Gerência Política. Membro da ALACOP e da AICOP.

Sociólogo, Comunicador Social, presidente de la firma encuestadora Mercado y Cuantificacio-nes, es consultor político asociado al Centro In-teramericano de Gerencia Política. Miembro de ALACOP y de AICOP.

Wilson rodriGuEz

Page 62: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Consultor Político actuante en nordeste de Bra-sil, Director de la ABCOP en estado de Ceará, Director de la empresa MP&Cia, Posgrado en Marketing Político, Gerencia Pública y Comu-nicación Institucional.

aurizio frEitas@aurizio

Consultor Político com atuação no nordeste brasileiro, Diretor da ABCOP no Ceará, Diretor da empresa MP&Cia, Pós-Graduado em Mar-keting Político, Gestão Pública e Comunicação Institucional.

CONSELHO EDITORIALCONSEJO EDITORIAL

Consultor político, diretor da ABCOP-DF, mestre em administração pela UnB e especialista em estratégia e marketing pela FGV, diretor execu-tivo da Strattegia Consultoria Política com sede em Brasília/DF.

Consultor político, director de la ABCOP-DF, magister en administración por la UnB y espe-cialista en estrategias y marketing por la FGV, director ejecutivo de la Strattegia Consultoria Política con sede en Brasília/DF.

alExandrE bandEira@strattegia

Abogada egresada de la Universidad Central de Venezuela. Magister en Derecho Adminis-trativo. Líder Emergente IESA 2003. Cursando Doctorado en Derecho Constitucional. Tallerista en Liderazgo y Organización Social. Vicepresi-denta Nacional del Partido Progreso Social en Venezuela y Locutora.

blanCa anGarita@blancangarita

Advogada formada pela Universidade Central da Venezuela. Mestra em Direito Administrati-vo. Líder Emergente IESA 2003. Doutoranda em Direito Constitucional. Palestrante em Lideran-ça e Organização Social. Vice-Presidenta Nacio-nal do Partido Progresso Social na Venezuela e Radialista.

Page 63: VOTA - Revista nº2

63

Cursando maestría en Ciencia Política, espe-cialista en Gerencia Pública y Marketing. Con-sultor y Conferencista en Marketing Político e Electoral. Director de la ABCOP-PA y Director de Comunicación del Instituto Federal de Edu-cación Ciencia y Tecnología del Pará.

dEméthrius luCEna@campanhananet

Mestrando em Ciência Política, especialista em Gestão Pública e Marketing. Consultor e Confe-rencista em Marketing Político e Eleitoral. Dire-tor da ABCOP-PA e Diretor de Comunicação do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecno-logia do Pará.

Director General en El Taller de Políticos. Ha trabajado como Asesor Parlamentario, en políti-ca partidaria, en campañas electorales para gre-mios y movimientos, en equipos sobre dirección creativa y comunicación política. Colaborador internacional del Proyecto SPQ Consulting.

Eduardo valiEntE@EduValiente

Diretor Geral da El Taller de Políticos. Trabalhou como Assessor Parlamentar, em política parti-dária, em campanhas eleitorais para grêmios e movimentos, em equipes de direção criativa e comunicação política. Colaborador internacio-nal do Projeto SPQ Consulting.

Comunicadora social (UBA). Equipo de Comu-nicación en Gobierno de la Provincia de Buenos Aires. Docente de Comunicación Institucional en la Universidad Nacional de Tres de Febrero, Argentina. Docente de Posgrado en Gestión y Desarrollo Gubernamental (UBA).

marina raffaElli@marinaraff

Comunicadora Social (UBA). Equipe de Comuni-cação de Governo da Província de Buenos Aires. Docente de Comunicação Institucional na Uni-versidade Nacional Três de Fevereiro, Argentina. Docente de Pós-graduação em Gestão e Desen-volvimento Governamental (UBA).

Page 64: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Consultor Político, especialista en estrategia y diseño de campañas electorales. Con más de diez años de experiencia ha asesorado candida-tos y partidos políticos en prácticamente toda la América Latina.

osWaldo morEno@OswaldoMoreno

Consultor Político, especialista em estratégia e desenho de campanhas eleitorais. Com mais de dez anos de experiência já assessorou candida-tos e partidos políticos em praticamente toda a América.

Estratega electoral, director de la Consultoria Di Vicenzi Voto e Poder. Ha fundado la Escuela Superior Electoral y desarrolló el modelo 5C de Diagnostico de Oportunidad Electoral. Director de la Qualitada Encuesta y de la ABCOP-RS.

Paulo di viCEnzi@PauloDiVicenzi

Estrategista eleitoral, diretor da consultoria Di Vicenzi Voto e Poder. Fundou a Escola Superior Eleitoral e desenvolveu do modelo dos 5 C´s de Diagnóstico de Oportunidade Eleitoral. Diretor da Qualidata Pesquisas e da ABCOP-RS.

Especialista en Comunicación Política y Planea-miento Estratégico. Director de la versión portu-guesa y docente en la versión española del MAI-COP. El único orador Portugués en las últimas tres ediciones de la Cumbre Mundial. Opera en Europa, África y América Latina.

nuno Cruz ináCio@nunocruzinacio

Especialista em comunicação política e planifi-cação estratégica. Diretor da versão portuguesa e docente na versão espanhola do MAICOP. Úni-co orador Português nas ultimas três edições da Cumbre Mundial. Atua na Europa, África e Amé-rica Latina.

Page 65: VOTA - Revista nº2

65

Economista, especialista en Análisis Económico Aplicado, tiene especialización en Ciencias Po-líticas por la Universidad George Washington. Presidente de la APP, ha sido director del Centro de Estudios Electorales e Investigador Económi-co de la FUNGLODE.

riCardo PérEz fErnándEz@RicardoPerezFde

Economista, especialista em Análises Econômi-cas Aplicadas, tem especialização em Ciências Políticas pela Universidade George Washington. Presidente da APP, foi diretor do Centro de Es-tudos Eleitorais e Pesquisador Econômico da FUNGLODE.

Fundador y Estratega de Politiks360. Trabajó en la Presidencia de la República y en la Cámara de Diputados Federal. Miembro de la ALACOP. Ha sido nominado a cinco Reed Latino y a un Reed Award (USA).

sérGio torrEs ávila@sergiotorresa

Fundador e Estrategista da Politiks360. Traba-lhou na Presidência da República e na Câmara de Deputados Federais. Membro da ALACOP. Foi indicado a cinco Reed Latino e a um Reed Award (EUA).

Científico Social, Magister en Sociología, Inves-tigador y Consultor de Marketing Político de la Logos Consultoria y Encuestas. Especialista en Estudios y Encuestas Gubernamentales del IJSN – Gobierno del Espírito Santo.

thiaGo GuadaluPE@thiagoguadalupe

Cientista Social, Mestre em Sociologia, Pes-quisador e Consultor de Marketing Político da Logos Consultoria e Pesquisa. Especialista em Estudos e Pesquisas Governamentais do IJSN - Governo do Espírito Santo.

Page 66: VOTA - Revista nº2

revista vota - 04/2015 - nº 02 - ISSN: 2359-4020

Politólogo Especialista en Opinión Pública y Mercadeo Político. Aluno del MAICOP. Traba-jó como Coordinador de Juventud en campaña departamental y en la Dirección de Democracia & Participación del Ministerio del Interior en Colombia.

ErnEsto aGuilar mEdina@aguimedernesto

Cientista Político Especialista em Opinião Pú-blica e Marketing Político. Aluno do MAICOP. Trabalhou como Coordenador de Juventude em campanha departamental e na Direção de De-mocracia & Participação do Ministério do Inte-rior na Colômbia.

Licenciada en Ciencia Política por la Universi-dad de Brasília y Especialista en Políticas Públi-cas por la UPIS. Trabaja desde 2009 con moni-toreo de actividades de los poderes Legislativo y Executivo brasileños.

lívia salEs

@LiviaconsulpolBacharel em Ciência Política pela Universidade de Brasília e Especialista em Políticas Públicas pela Upis. Atua desde 2009 com monitoramen-to das atividades dos Poderes Legislativo e Exe-cutivo brasileiro.

Comunicadora Social, Asistente de Coordina-ción del Área Social de la Entidad Binacional Yacyreta. Becaria del Programa “Vocational De-velopment Program for Women 2012”, visitando Corea del Sur para exponer la situación general de la Mujer Paraguaya.

diana florEntin@dianaflorentin

Comunicadora Social, Assistente de Coordena-ção da Área Social da Entidade Binacional Ya-cyreta. Bolsista do Programa “Vocational Deve-lopment Program for Women 2012”, visitando a Coreia do Sul para expor a situação geral da Mulher Paraguaia.

Socióloga por la Escuela de Sociología y Políti-ca, maestranda en Ciencias Sociales por la Pon-tificia Universidad Católica. Tiene experiencia en Administración Pública Municipal y Cam-pañas Electorales, con foco en Sustentabilidad y Cultura.

ana EstrElla riCkli varGas@estrellavargas

Socióloga pela Escola de Sociologia e Política, mestranda em Ciências Sociais pela Pontifícia Universidade Católica. Tem experiência na Ad-ministração Pública Municipal e Campanhas Eleitorais, com foco em Sustentabilidade e Cul-tura.

COORDENAÇÃO DE TRADUÇÃOCOORDINACIÓN DE TRADUCCIÓN

Page 67: VOTA - Revista nº2

67

Politólogo, Master en Asesoramiento de Ima-gen y Consultoría Política - MAICOP, por la Universidad Pontificia de Salamanca. Consultor en encuesta, estrategia y comunicación política. Miembro de ABCOP.

Paulo rEzEndE jr.@rezende85

Cientista Político com Master em Assessoria de Imagem e Comunicação Política – MAICOP, pela Universidade Pontifícia de Salamanca. Consul-tor em pesquisa, estratégia e comunicação polí-tica. Membro da ABCOP.

Publicista. Consultor de marketing políti-co, electoral y de gobierno. Miembro del ABCOP, POLITICOM, ALACOP y AAPC. Especialista en Desarrollo de campañas, la marca y la publicidad subliminal.

riCardo Calvão@ricardocalvao

Homem de publicidade. Consultor de marketing político, eleitoral e do governo. Membro da AB-COP, POLITICOM, ALACOP e AAPC. Especialista em Desenvolvimento de campanhas, branding e propaganda subliminar.

@PBeckestein

WEBMASTERWEBMASTERConsultora política com ênfase e aprimoramen-to em assessoria web. Treinamento de equipe, organização e planejamento estratégico, uso de redes sociais e desenvolvimento de conteúdo para gestão de marketing pessoal.

Consultora política con énfasis en el actua-lización y asesoramiento web. Capacitación de equipa, organización y planeamiento es-tratégico, uso de redes sociales y desarrollo de contenido para gerencia de marketing per-sonal.

PatríCia bECkEstEin

PROJETO GRÁFICOPROYECTO GRÁFICO

Publicitário, Diretor de Arte, Consultor Politico, e fundador da Tripé Comunicação. Especialista em Planejamento estratégico para propagandas políticas.

Publicista, Director de Arte, Consultor Polí-tico, y fundador de la Tripé Comunicación. Especialista en Planeamiento Estratégico para propagandas políticas.

luCas moura