Voz da Madeira | Abril 2013

120
www.vozdamadeira.pt Madeira não aproveita alguns dos seus principais recursos A TECNOLOGIA COMO EXPANSÃO DO SER HUMANO CIÊNCIA E TECNOLOGIA E DEPOIS DE CHÁVEZ? DIÁSPORA FÁTIMA LOPES: O PERFIL DA ESTRELA DA MODA PERFIL MENSAL • 1 • ABRIL 2013 IGREJA ORTODOXA PÕE ESPÓLIO À DISPOSIÇÃO PARA SALVAR CHIPRE INTERNACIONAL FUTEBOL: TUDO SE DECIDE EM ABRIL DESPORTO SARA SANTOS É A MISS MADEIRA CASINO 2013 ESPETÁCULOS ENTREVISTA | DOMINGOS ABREU MARÍTIMO RENOVA COM PEDRO MARTINS DESPORTO

description

Uma publicação, editada mensalmente, que visa dar eco às mais variadas áreas de intervenção da nossa sociedade. Num propósito de esclarecer, entreter, informando com rigor e imparcialidade os que vierem a ser nossos leitores.

Transcript of Voz da Madeira | Abril 2013

Page 1: Voz da Madeira | Abril 2013

www.vozdamadeira.pt

Madeira não aproveita alguns

dos seus principais recursosA TECNOLOGIA COMO

EXPANSÃO DO SER HUMANO

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

E DEPOIS DE CHÁVEZ?

DIÁSPORA

FÁTIMA LOPES:O PERFIL DA ESTRELA DA MODA

PERFIL

MEN

SAL

• 1

• AB

RIL

201

3

IGREJA ORTODOXA PÕE ESPÓLIO À DISPOSIÇÃO PARA SALVAR CHIPRE

INTERNACIONAL

FUTEBOL: TUDO SE DECIDE EM ABRIL

DESPORTO

SARA SANTOS É A MISS MADEIRA CASINO 2013

ESPETÁCULOS

ENTREVISTA | DOMINGOS ABREU

MARÍTIMO RENOVA COM PEDRO MARTINS

DESPORTO

Page 2: Voz da Madeira | Abril 2013

2

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SUMÁRIO

3 Diretor Convidado4 Editorial6 Região8 Nacional10 Internacional16 Opinião20 Entrevista28 Política32 Economia34 Finanças35 Turismo38 Cultura42 Saúde44 Ciência e Tecnologia49 Desporto56 Flash58 Cinema62 Música64 Espetáculos70 Livros72 Vinhos75 Frase86 SMS78 Perfil80 Pessoas82 O Outro Lado...84 Aquintrodia86 Passeios87 Gastronomia88 Porto Santo90 Local92 Autonomia94 História98 Diáspora100 Social114 Publicidade

Edição: Voz da Madeira http://www.vozdamadeira.pt [email protected]

Propriedade: Letras e Vírgulas - LDA

Diretor: Maurício Pereira

Distribuição: Gratuita Online

Periocidade: Mensal

Registado na ERC: 126332

ISSN: 2182-8786

FICHA TÉCNICA

ESTATUTO EDITORIAL1 - “Voz da Madeira” é uma publicação online, actualizável a qualquer hora, acessível na World Wide Web através do endereço www.vozdamadeira.pt, que disponibiliza informação generalista, dando enfase às questões ligadas à Região Autónoma da Madeira.

2 - “Voz da Madeira” defende a liberdade de expressão e a liberdade de informar.

3 - “Voz da Madeira” publica informação credível, objetiva e atual.

4 - “Voz da Madeira” distingue entre géneros informativos, opinativos e interpretativos.

5 - “Voz da Madeira” assume o compromisso de respeitar sempre o sigilo das suas fontes de informação e de nunca quebrar esse princípio fundamental.

6 - “Voz da Madeira” é concebido, redigido e produzido no cumprimento das orientações e princípios definidos neste Estatuto Editorial e pela sua Direção.

Page 3: Voz da Madeira | Abril 2013

3

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DIRETOR CONVIDADO

BIOGRAFIAAntónio Cunha Vaz é, desde 2003, Presidente do Conselho de Administração da Cunha Vaz & Associados, consultores, S.A., empresa que funda depois de largos anos de experiência como administrador de empresas no sector das telecomunicações e da banca. Entre Janeiro 2001 e Maio de 2003 foi Administrador da Teleweb S.A. (empresa de telecomunicações fixas do grupo Finantel) e Administrador da ONI Telecom, S.A.. De Setembro de 1995 a Dezembro de 2000 foi Director no Grupo Banco Comercial Português.

Passou pelo governo como Adjunto do Secretário de Estado da Cooperação e dos Negócios Estrangeiros e entre 1986 e 1995 foi quadro da Comissão Europeia

nas direcções gerais do orçamento e da informação comunicação e cultura e assistente de um deputado português ao Parlamento Europeu.

Entre 1993 e 1995 foi consultor do Laboratório Nacional de Engenharia Civil e da Espírito Santo Commerce para assuntos europeus, bem como professor convidado de direito comunitário. Entre 1981 e 1985 foi Redactor do Parlamento Português. Paralelamente à sua actividade profissional foi ainda autor de diversos livros e trabalhos técnicos sobre assuntos europeus; Autor e apresentador de vários programas de televisão; Colunista semanal do “Diário Económico” e outros órgãos de Comunicação Social.

É Licenciado em Direito pela Faculdade de Direito da Universidade Clássica de Lisboa, fez um programa de gestão para executivos no INSEAD, frequentou um curso de pós-licenciatura em Relações Internacionais na Université Libre de Bruxelles e uma pós-graduação em Economia Europeia no ISEG (este último não concluiu a defesa da tese).

É membro activo de algumas organizações não governamentais e administrador não executivo de sociedades nas quais detém participação financeira minoritária.

ANTÓNIO CUNHA VAZConsultor de ComuniCação

PRÓXIMO DIRETOR CONVIDADO

FRANCISCO SANTOSGestor de empresas

Page 4: Voz da Madeira | Abril 2013

4

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

EDITORIAL

Eu não sou da Madeira: Não nasci na Região Autónoma, nem vivo nela.

Mas eu sou da Madeira: Vivi no Funchal uma boa parte da minha vida, suficiente para hoje poder dizer, com convicção e orgulho, ich bin ein Madeirer.Paradoxo? Apenas aparente. Nasci em Angola e “retornei” a Portugal em 75. Com 14 anos apenas, não me cabia evidentemente escolher para onde, e segui portanto os meus pais. Quase quatro décadas depois, porém, continuo a agradecer-lhes a opção que então fizeram, e que me trouxe até às ilhas de Zarco.

Na Madeira encontrei tudo o que podia desejar: a beleza da terra e a doçura do clima, claro, mas muito mais do que isso: um liceu que me marcou, e me formou para a vida fora, e amizades, sobretudo, que perduram até hoje e estou certo que durarão para sempre. Seguidos, não morei mais do que meia dúzia de anos no Funchal, mas foi quanto bastou: venho à Região sempre que posso, muitas vezes por ano; vivo em Lisboa e já vivi no estrangeiro, mas a Madeira é sempre a minha segunda casa; e para meu grande orgulho, as minhas filhas sabem que o pai “é” da Madeira.

Ter vindo para a Madeira em 75 e não mais ter perdido contacto com a Região permitiu-me além disso assistir a uma construção histórica ímpar, ao desenvolvimento de um arquipélago injustamente esquecido na periferia europeia, que graças à solidariedade da União, mas sobretudo ao trabalho tenaz dos seus próprios habitantes, foi arrancado a uma letargia de séculos e desperto para um futuro de progresso.

Nem tudo são rosas, é certo: a Madeira continua a sofrer de um défice de compreensão, particularmente grave em Portugal continental. Vivendo eu com um “pé” de cada lado do mar – um no Funchal e outro em Lisboa – sinto-me particularmente bem localizado para reconhecer o problema. Mas se diagnosticar a doença é condição necessária para a vencer, o diagnóstico, por si só, não equivale à cura – e esta exige uma terapêutica forte, que pressupõe boa-fé e exige muita, muita informação.

Ora a voz da Madeira tem de fazer-se ouvir fora da Madeira, e é para isso que existe também este jornal online – não por acaso intitulado “A Voz da Madeira”! – ao qual tenho o grato prazer de me associar, na sua presente edição; ora possa esta voz fazer-se ouvir, e levar a realidade destas ilhas magníficas ao resto do mundo, e este seu filho adoptivo dar-se-á por satisfeito.

Os tempos, ocioso será repeti-lo, são de crise, na Região Autónoma e em todo o País, em Portugal e em toda a Europa; mas as crises são também, como é sabido, janelas de oportunidade – e, de facto, os sinais de esperança estão também presentes entre nós, para quem os queira e saiba ver. Dentre estes, o maior será o novo Papa, que, pelo estilo que logo evidenciou e o aplauso que de imediato colheu, confirmou já que será uma inspiração espiritual para uma humanidade carente de valores e de quem os incarne e os exemplifique, como é sem dúvida o caso do Papa Francisco.

Fidelidade aos valores e preocupação pelo próximo, no plano espiritual como na cidade dos homens – eis a mensagem que o novo Pontífice, que tomou o nome do Santo dos Pobres, transmitiu; assim nós a saibamos ouvir, e em particular aqueles de nós com a responsabilidade de pilotar a barca em que pouco mais somos do que passageiros em trânsito, nas tormentosas águas desta hora que corre.

António Cunha Vaz

Page 5: Voz da Madeira | Abril 2013

5

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

EDITORIAL

Page 6: Voz da Madeira | Abril 2013

6

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

MADEIRA-ITI: O FUTURO ESTÁ NA INOVAÇÃO E NAS NOVAS TECNOLOGIAS

Madeira Interactive Technologies Institute quer ser o melhor da Europa

O Madeira-ITI inaugurou novas instalações, no Madeira Tecnopolo, e de acordo com Nuno Nunes, presidente da direção, o volume de negócios gerados pelo instituto rondou nos dois primeiros anos de existência os 750 mil euros, chegando este ano aos 1,2 milhões de euros, o equivalente a 10% da despesa em investigação e desenvolvimento da Madeira.

O Madeira Interactive Technologies Institute é um instituto de inovação sem fins lucrativos, resultado de uma pareceria entre a Universidade da Madeira, o Madeira Tecnopolo e a Carnegie Mellon University. Dá emprego direto a mais de 25 pessoas. No total são 26 professores e investigadores, de 12 nacionalidades, e 163 estudantes que estão ligados ao Madeira-ITI, direta ou indiretamente.

Com “casa nova” e ajustada à dimensão do projeto, Nuno Nunes acredita que o instituto tem todas as condições para se transformar num centro de excelência a nível europeu.

ESTRATÉGIA DE INTERNACIONALIZAÇÃO DA ECONOMIA DA MADEIRA

Com o propósito de impulsionar a economia, a Madeira lançou uma estratégia de internacionalização, focalizada na criação de um ambiente de inovação financeira, de aposta na qualificação e, igualmente, de reforço da cooperação inter-regional e internacional.

Neste âmbito, foram estabelecidos protocolos, com o IAPMEI, com a ADI (Agência de Inovação) e com a Proexca (o correspondente ao Instituto de Desenvolvimento Empresarial, em Canárias) e, futuramente, com a AICEP (Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal), no sentido de potenciar um salto qualitativo e de aconselhamento das empresas, privilegiando a troca de conhecimentos e de experiências que potenciem o dinamismo empresarial.

Nesta estratégia de internacionalização foi já apresentado um novo Sistema de Incentivos cujos apoios a fundo perdido são da ordem dos 7.500 euros.

Os interessados deverão obter informação complementar junto do Instituto de Desenvolvimento Empresarial ou através do endereço www.ideram.pt

REGIÃO

Page 7: Voz da Madeira | Abril 2013

7

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

REGIÃOPLANO DE AÇÃO CONTRA A DENGUE ENVOLVE SECTOR EMPRESARIAL

A Madeira tem um Plano de Ação Contra a Dengue. Um instrumento de trabalho que surge numa altura em que tanto o Ministério da Saúde como a Organização Mundial de Saúde declararam que o surto de dengue na Madeira está controlado e que desde 4 de Fevereiro não foram confirmados casos na Região.

O plano aponta para a gestão clínica e epidemiológica, para a vigilância vetorial e para a destruição dos criadouros com ações que envolvem ainda estruturas governamentais, instituições, escolas e Centros de Saúde, autarquias, aeroportos e portos, com o reforço da comunicação e da prevenção, numa articulação entre a Direção-geral de Saúde e a European Centre for Disease

Prevention and Control.

Tudo isto com o objetivo de prevenir e limitar a ocorrência de um surto de dengue na Região, minimizar o impacto sanitário e socioeconómico de um surto e ainda prevenir a exportação do vetor ‘Aedes aegipty’.

O Plano vai implicar a mobilização de todo o sector social, com o patrocínio do sector empresarial, nomeadamente da hotelaria, sendo a ACIF um parceiro importante nesta estratégia.

O modelo pode, inclusivamente, levar à criação de grupos de voluntários oriundos de vários núcleos habitacionais, tendo em vista a prevenção e controlo do mosquito, sendo que as associações culturais e desportivas, a comunidade escolar e os escuteiros podem também ser chamados a intervir.

UNIVERSIDADE PARA MAIORES DE 23

A Universidade da Madeira deu conta que as inscrições para as provas decorrem de 8 de Abril a 10 de Maio, sendo que as mesmas realizam-se de 11 a 15 de Junho.

No entanto, para quem queira esclarecimentos adicionais, há sessões de esclarecimento nos dias 4 e 23 de Abril dirigidas a potenciais interessados e candidatos ao ingresso nos cursos ministrados pela

Universidade da Madeira.

“Podem inscrever-se nas referidas provas os cidadãos, nacionais ou estrangeiros, que completem 23 anos até ao dia 31 de Dezembro do ano que antecede a realização das mesmas, desde que não sejam titulares da habilitação de acesso ao ensino superior”, lê-se num comunicado enviado pela Uma.As inscrições podem ser formalizadas através do endereço https://candidaturas.uma.pt

Page 8: Voz da Madeira | Abril 2013

8

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

como uma espécie de vampiro, que suga as vítimas a quem concede empréstimos a juros elevados, e cujas economias ao mesmo tempo condena à recessão por via da austeridade que impõe, a ideia de financiar o resgate dos bancos de Chipre com o dinheiro de pensionistas e reformados, desempregados e outros pequenos depositantes – violando a garantia que existe em toda a zona euro para os depósitos bancários até 100.000€, e podendo precipitar uma corrida aos bancos de proporções imprevisíveis – parecia, politicamente falando, a pior de todas as escolhas possíveis.

NACIONAL

PORTUGAL, CHIPRE E EUROPA

União Europeia: Entre o pior e o melhor

À medida do país que a pedia, a ajuda financeira da União Europeia a Chipre deveria ser a mais pequena e, logo, a menos problemática de todas quantas a Europa (a Comissão e o BCE), coadjuvada pelo FMI, já haviam concedido, na presente crise financeira e monetária. Não obstante, o resgate de Chipre, e em particular do seu sector bancário, tornou-se provavelmente no mais difícil de todos, inovando tanto pelas piores como pelas melhores razões.

Começando pelas piores: a ajuda a Chipre não foi apresentada, num primeiro momento, como um acto de solidariedade entre pares, mas como uma imposição dos mais fortes, ainda para mais a recair sobre os mais fracos de entre os mais fracos. Se a Alemanha, por muitas e variadas razões (nomeadamente a ajuda que ela própria teve para a sua reconstrução, no pós-guerra, e que envolveu nomeadamente o perdão parcial da sua dívida externa), goza hoje de uma indesmentível e indisputada posição de força, deve saber usá-la, sem se comportar como o célebre elefante que visita a loja de porcelana nem acordar indesejáveis fantasmas do passado.

Na sua versão inicial, o plano do “Eurogrupo” (obviamente inspirado por Berlim) previa usar, para ajudar a salvar a banca cipriota, o dinheiro dos pequenos depositantes: ora se a Alemanha já é vista, nomeadamente na Grécia e até na Itália (como as recentes eleições deixaram perceber),

Page 9: Voz da Madeira | Abril 2013

9

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

NACIONALTal foi o coro de críticas que a ideia de taxar os depósitos abaixo de 100.000€ foi abandonada. E em boa hora o foi, realmente, porque o precedente que criaria seria gravíssimo – embora a desconfiança que gerou também não se tenha evaporado como por magia... Em abono da verdade, diga-se porém que a versão final do resgate de Chipre foi bastante melhor do que a inicialmente apresentada – e não só porque os pequenos depositantes foram poupados. No caso de Chipre, começaram a ser trilhados novos caminhos, e afirmou-se um novo paradigma. Com efeito, para evitar que um banco vá à falência, só há

uma de duas opções: ou se castigam os contribuintes, como até aqui, ou se chamam à responsabilidade os maiores interessados em que o banco não feche portas - accionistas, detentores de obrigações e mesmo grandes depositantes. Salvaguardadas que estão, agora, as contas abaixo dos 100 mil euros, a estratégia finalmente adoptada não coloca em causa as garantias que blindam os depósitos até esse valor. A nova ortodoxia do Eurogrupo, cujo diktat coloca os stakeholders dos bancos e não os contribuintes a pagar quando um banco está em dire straits, não pode deixar de ser saudada. Entre nós, se tivesse sido adoptada mais cedo, e aplicada ao BPN, teria permitido poupar alguns milhares de milhões aos depauperados cofres do nosso pobre Estado…

António Figueira

Page 10: Voz da Madeira | Abril 2013

10

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

IGREJA ORTODOXA PÕE ESPÓLIO À DISPOSIÇÃO DO GOVERNO PARA SALVAR CHIPRE

Numa primeira reação, perante o cenário de crise, o chefe da igreja ortodoxa do Chipre, Chrysostomos II, apelou à demissão do ministro das Finanças cipriota, Michalis Sarris, e do governador do banco central, Panicos Demetriades, que considera responsáveis pela crise bancária.

Chrysostomos II acusa os dois responsáveis de não fazerem nada para impedir a reestruturação do sistema bancário, imposta por Bruxelas como contrapartida do plano de resgate, que implica enormes perdas para os grandes depositantes, incluindo a igreja ortodoxa.

Interrogado sobre se está satisfeito pela forma como Demetriades e Sarris estão a gerir a crise, o líder religioso respondeu aos jornalistas: “Se estivesse satisfeito, não lhes tinha pedido para se demitirem”.

Chrysostomos II foi ainda mais longe, defendendo a

saída da zona euro: “não resistimos, e isto me parece inaceitável”.

“A desgraça que se abateu sobre o nosso país parece ser um problema económico mas não é. O pecado está noutro lado. Vivemos todos uma vida louca, quisemos grandes coisas porque pensávamos que se tínhamos dinheiro e trabalho, íamos ser felizes (...) Se tivéssemos vivido nos limites dos nossos meios, não estaríamos aqui”, disse.

O responsável, que defende a saída de Chipre da zona euro, afirmou que as perdas da igreja ortodoxa podem superar os 100 milhões de euros, mas ofereceu-se para ajudar a retirar o país da crise financeira colocando os bens da Igreja à disposição do Governo.

“Todo o espólio da igreja está à disposição deste país para prevenir o colapso da economia”, disse o arcebispo após uma reunião com o presidente Nicos Anastasiades, horas depois de os deputados do país rejeitarem as condições do resgate europeu.

O religioso disse que a Igreja se ofereceu para hipotecar todas as suas propriedades para comprar obrigações do Governo, mas escusou-se a estimar o

INTERNACIONAL

Page 11: Voz da Madeira | Abril 2013

11

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

valor que este processo permitiria angariar.

A igreja ortodoxa é a maior proprietária de terrenos na ilha de Chipre e detém ainda ações de numerosas empresas, nomeadamente o banco Hellenic, com

ativos estimados em dezenas de milhões de euros.

O assunto promete dar que falar, nomeadamente nos países que atravessam dificuldades e onde a Igreja dispõe de um espólio enormíssimo.

Fotos: Bol Noticias

INTERNACIONAL

Page 12: Voz da Madeira | Abril 2013

12

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

INTERNACIONALO ADMIRÁVEL MUNDO NOVO DA COMUNICAÇÃO DIGITAL

A enciclopédia está a dar lugar à wikipédia, a televisão ao youtube, o livro ao ibook, o telegrama ao twitter. Os fazedores de opinião, que outrora apareciam depois de carreiras de grande fôlego, podem agora ser blogueiros sem rosto, imberbes ou veteranos desconhecidos com ou sem credencial ou tradição no mercado e na vida pública. Com o facebook a catalisar revoluções, como as que têm tido lugar no Norte de África e no Médio Oriente, com as investigações na rede a conduzirem à demissão de figuras de Estado ou à emergência de novas lideranças, a comunicação 2.0 passou a ser definitivamente levada a sério e já não há quem, pleno de juízo, a desdenhe.

Chamam-lhe Rede, e já ninguém lhe resiste. Inicialmente desprezada e desconsiderada, tida como pouco mais que uma brincadeira de adolescentes, a rede assumiu um lugar de destaque na maioria das empresas, partidos, instituições, e

não mais foi confrontada com o sorriso malicioso de quem não a leva a sério.

Tim O’Reilly, fundador da O’Reilly Media e entusiasta de movimentos de apoio ao software livre, é tido como o criador da expressão Web 2.0. Formado em Harvard, em 1975, procura “mudar o mundo divulgando o conhecimento dos inovadores” e o conceito de “Web 2.0” nasceu numa sessão de ‘brainstorming’ entre O’Reilly conferência e Internacional ‘MediaLive’. Em apenas um ano e meio, o termo “Web 2.0” chega às 9,5 milhões de citações no Google.Pedro Passos Coelho ou Cavaco Silva usam o facebook para comunicar as mensagens que antes não prescindiam de todo o protocolo, do horário nobre da televisão e de um cenário idêntico ao usado para receber um chefe de Estado. As solenes comunicações ao país passaram a ser feitas por ‘post’ e a sua cronologia da rede ou nas suas páginas institucionais passaram a ser fontes importantes da comunicação política. A formalidade da terceira pessoa está a dar lugar à informalidade da primeira.

Page 13: Voz da Madeira | Abril 2013

13

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

INTERNACIONALEm diferentes escalas e produtos, a Sumol, a Samsung ou a Microsoft, confrontadas com as críticas de alguns dos seus consumidores, adaptaram a sua capacidade de resposta para que ninguém fique sem tratamento personalizado. Ainda que não tenham acabado o tempo das multidões – basta para isso ver um concerto de Psy - o famoso interprete do “Gandman Style” - ou um comício de Barack Obama, o quotidiano das organizações, das empresas e das figuras de Estado ou do ‘show business’, já não prescindem uma abordagem específica na hora de definir o caminho que quer percorrer na comunicação em rede. Há uns meses a Economist fazia uma capa em que perguntava - “Quem matou o jornal?” - e nas suas páginas era dada a resposta, partindo de dados concretos e sem deixar margem para dúvidas: “Em 1946 existiam em França 28 diários nacionais e vendiam, em média, mais de 6 milhões de exemplares por dia. Agora, contam-se 11 diários, que vendem 2 milhões”.

No mesmo sentido, Jacques Attali, escrevia: “A imprensa diária, no sentido de imprensa paga, está

morta, simplesmente porque a Internet acabou por impor o modelo da rádio – gratuito.”

Manuel Castells, um sociólogo espanhol que se especializou na evolução das redes e na sua relação com a comunicação política e empresarial, defende o conceito de “capitalismo informacional”, argumentando que o impacto é de tal ordem que até teve impacto na natureza do sistema económico. A “Sociedade em Rede”, como lhe chama, mapeia um cenário mediado pelas novas tecnologias de informação e comunicação - TICs - e como estas interferem nas estruturas sociais.

Berardi, outro cientista social, vai mesmo mais longe, e advogar que o papel que outrora desempenhou o proletariado industrial, entre o século XIX e XX, será agora ocupado por um cognitariado que emerge das redes e dos novos movimentos sociais, e que tem como principal ferramenta o seu domínio sobre a informação e a capacidade de a difundir para a multidão, novo sujeito histórico em potência.

Renato Teixeira

Page 14: Voz da Madeira | Abril 2013

14

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

INTERNACIONALA COMUNICAÇÃO EM REDE PODE MATAR OS JORNAIS MAS NÃO O JORNALISMO

Não se aconselha, nesta matéria, nenhuma nostalgia. O que lá vai, lá vai, e o futuro será de quem melhor o conseguir abraçar. Este lugar-comum resume na perfeição a dimensão do desafio de todos os agentes do mercado da comunicação. Dos jornalistas às agências de comunicação.

O tempo é de arriscar novos horizontes, de dar passos concretos no marketing digital e não deixar o mercado jornalístico à mercê dos que insistem em caminhar de costas para o futuro. O ‘word’ deu lugar ao ‘wordpress’, os longos lençóis de texto analítico ao ‘punchline’ curto, conciso e mordaz, que molda a opinião pela sua corrosibilidade, acutilância e pertinência. É o tempo das multiplataformas, dos turbo-repórteres, onde a mesma reportagem terá que ser a matéria-prima para o maior número de plataformas possíveis. O caderno de notas do jornalista da especialidade é o municiador de vários textos, que serão adaptados tantas vezes quantas forem necessárias. É preciso filmar, gravar, fotografar e cada um desses suportes levará a notícia por um canal diferente e, em alguns casos, para públicos-alvos com características muito próprias.

O trabalho realizado pela Al Jazira, à data dos acontecimentos que moldaram o contexto político do Egipto, catapultou a estação para a linha da frente de um mercado onde os comunicadores habituais tinham décadas de experiência. A razão disso obedece a uma máxima, já antiga, do jornalista norte-americano John Reed, que dizia que o melhor jornalista é aquele que mais perto conseguir estar dos factos que mudam o curso da história. Hoje, a máxima do autor que escreveu “Os dez dias que abalaram o mundo” continua válida, mas terá que ser articulada com a capacidade de transmitir a história no mesmo momento em que ela acontece, para milhões de telespectadores em todo o mundo. É aqui que as redes se tornam determinantes uma vez que as várias plataformas são visitadas diariamente por 2/3 da população global, números que até aqui nem as maiores cadeias de televisão se davam ao luxo de poder sonhar.

No caso do especial que a Al Jazira realizou na praça

que mudou o Cairo, o Egipto e a geopolítica da região, teve nas redes sociais o seu principal difusor e a capacidade, histórica, de colocar dois terços da população mundial com os olhos postos na Praça Tahrir.

Do mercado global ao mercado em rede

As mudanças trazidas pelo crescimento acelerado da rede 2.0 e a consolidação das redes sociais é, como temos visto, incontornável. Criar um site, blog corporativo ou perfis no facebook e no twitter passaram a ser prática corrente, reforçando o feedback dos consumidores e aumentando o fluxo contínuo de trocas de informações.

A monitorização das redes sociais passou a ser crucial para que a empresa ou o político esteja atento às críticas e às tendências, saiba o que foi alvo de elogio e qual o impacto que o seu ‘spin’ teve nas comunidades e nos fóruns de discussão.

A página de facebook da sua empresa pode ser a sua sucursal mais produtiva, mas não se julgue que a adesão à rede é um toque de midas, capaz de ‘per si’ garantir o sucesso do seu produto. Quando pedir à sua agência ou gabinete de comunicação uma página para o seu negócio, certifique-se que não descura o negócio para a página de facebook.

Um estudo realizado em Setembro de 2008, pela empresa americana ‘Cone INC - Business in Social Media Study’ – concluiu que 93% dos utilizadores das redes sociais acreditam que as empresas deveriam estar na rede e 85% acreditava que estas empresas devem não só estar nas redes sociais, mas também interagir com os seus clientes. Empresas como a Petrobrás, o Ikea ou a IBM criaram ‘blogs’ corporativos. A Dell, a Starbucks ou a Ford aderiram ao twitter para manter os clientes informados das suas novidades. Pequenas ou grandes, as empresas encontraram na rede o espaço ideal para a disseminação da sua mensagem e o mesmo se passa na esfera política ou no mundo dos mercados financeiros e da macroeconomia. Um mediador de uma região recôndita tem ao seu dispor a mesma ferramenta de um Nobel de economia.

Gestão de crise

Quando uma empresa desenha uma estratégia

Page 15: Voz da Madeira | Abril 2013

15

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

INTERNACIONALpara intervir na rede, a megalomania pode ser o maior dos seus obstáculos, uma vez que corre o risco de definir metas tão colossais que fogem do cenário profissional, gerando consequentemente problemas sérios para a empresa.

O caso mais evidente deste processo são os famosos vídeos virais. Não há empresa com um mínimo de envergadura que não peça à sua agência ou gabinete de comunicação um viral para promover a sua marca ou um produto específico, mas não raras vezes o vídeo tem o efeito contrário. A sua descontextualização, por exemplo, pode tornar esta ferramenta numa arma contra os objectivos a que se propôs, levando a marca ou o produto em causa a ser alvo de ‘cyberbullying’ e a conspirar, durante semanas e meses, contra quem o financiou.

Outro exemplo é a colecção de ‘likes’ nas páginas institucionais das empresas ou das personalidades. Cada clique hoje vale dinheiro mas nem todos os cliques se compram. Se a concorrente da sua empresa tem uma página com 1 milhão ‘likes’, não acredite se lhe prometerem o mesmo de um dia para o outro. Pode até ser que consigam, mas dificilmente esses ‘likes’ terão uma correspondência efectiva no seio do público-alvo e o mais certo é eles serem fictícios. No final do mês ninguém vive de ilusões e se as vendas do seu produto não corresponderem à sua audiência e aceitabilidade na rede, desconfie. Neste campo, apesar de tudo, muito pouca coisa mudou. O prestígio de uma marca pode ser potenciado pela

rede, não inventado. Leva anos a forjar.

Se o registo das boas notícias e do impacto positivo de uma dada estratégia é importante para a motivação da equipa, a identificação dos erros é igualmente fundamental, sobretudo para que a gestão da crise seja feita da forma mais célere que se consiga. O problema é tanto maior quanto maior for o tempo que se levar a identificar. O número de soluções desce a cada minuto que cresce a avalanche de críticas.

Na política como na generalidade dos mercados, uma má notícia para alguém é regra geral uma boa notícia para outrem. Assim se saiba a cada momento o que acontece. Uma disputa eleitoral pode ganhar-se pela qualidade das ideias de um dado candidato, mas também pelos erros que os adversários possam cometer. Um dado produto pode afirmar-se pela sua qualidade, mas a sua afirmação também depende do infortúnio dos produtos que lhe fazem sombra.

É preciso tomar consciência do potencial sem perder o realismo, aprendendo a sonhar sem tirar os pés do chão. O enorme potencial das redes sociais não deve ser subvalorizado, mas tão pouco se deve ser impressionista. Por isso mesmo, nem se deve anunciar a morte da comunicação tradicional, apostando tudo nas novas tecnologias, nem definir objectivos impossíveis face ao imenso potencial que a rede tem vindo a abrir na última década. Renato Teixeira

Page 16: Voz da Madeira | Abril 2013

16

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

OPINIÃO

DUARTE RODRIGUESadministrador da porto santo line

VÁ PARA FORA CÁ DENTRO

Nunca como hoje foi tão importante relançar a nível regional uma campanha como a que o Turismo de Portugal lançou no início da década de 90 com a assinatura ”Vá para fora cá dentro”.

A dinamização do turismo é claramente uma aposta que, se a nível nacional faz sentido, para a RAM é de importância crucial, uma vez que se trata do principal sector de actividade regional, sendo que o seu crescimento tem um importante efeito multiplicador no resto da economia.

No caso concreto da pequena economia do Porto Santo marcada pela dupla insularidade e forte sazonalidade este tema torna-se ainda mais importante. Se é verdade que 2012 não foi um ano

bom para o turismo na Madeira, de acordo com os últimos dados registados pela DRE referentes a Novembro de 2012, esse desempenho foi ainda pior no Porto Santo onde se registou uma taxa de ocupação de 45,7% (56,1% na RAM), quebras de 10,5% nas dormidas (-1,4% na RAM) e quebras de 13% no numero de hospedes entrados (-5,3% na RAM). Até o famoso REVPAR, que já é muito baixo na Madeira (32,08€), assume uma dimensão ainda mais reduzida no Porto Santo (30,05€). É também como consequência deste fraco desempenho no turismo que o Porto Santo confronta-se hoje com 667 desempregados, elevando a taxa de desemprego para próximo dos 23%, muito superior aos 19,7% da Madeira. O número de desempregados no Porto Santo cresceu 24% de Fevereiro de 2012 a Fevereiro de 2013, tornando-se assim no Concelho da RAM com maior crescimento neste indicador.

O Porto Santo terá de contar com a ajuda do turismo em geral e, em particular, com o que é proveniente da Madeira para relançar a sua economia. Trazer mais turistas ao Porto Santo significa crescimento económico e criação de mais riqueza. Desde logo pela venda de estadias nos hotéis, pelas compras nas lojas de comércio e pelo consumo na restauração local, entre outros. Só assim poder-se-ão criar postos de trabalho e reduzir de forma estrutural o desemprego. Do ponto de vista do orçamento público qualquer esforço nesse sentido valerá a pena pois, para além do Estado deixar de pagar o subsídio de desemprego a estes 667 cidadãos, pelo facto de passarem a receber ordenado, aumentarão as receitas regionais de IRS bem como as contribuições para a Segurança Social (34,75%); Os turistas ao fazerem compras no Porto Santo contribuirão também para o aumento da receita da Região através do IVA que pagam. Se esses turistas forem madeirenses que optaram por ir ao Porto Santo em vez de irem para outros países, tanto melhor, pois é um IVA adicional que a Região recebe, quando a alternativa seria entregar essa receita a um outro país.

Assim, ajudar uma região insular e deprimida como o Porto Santo não é um custo mas sim um investimento público, dados os benefícios que o orçamento público retirará a prazo.

Em boa verdade não estou a dizer nada de novo pois as nossas vizinhas ilhas Canárias já se aperceberam

Page 17: Voz da Madeira | Abril 2013

17

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

deste potencial há muitos anos. A dinamização do turismo entre as ilhas é um desígnio regional nas Canárias, investindo o Governo daquela região e o estado espanhol numa contribuição atribuída aos residentes que utilizem o transporte marítimo para gozarem férias noutras ilhas do mesmo arquipélago.

O mais curioso é que a comparticipação pública no valor da passagem marítima tem vindo a aumentar ao longo dos anos, certamente devido ao retorno positivo que os governos têm registado. Actualmente os residentes em qualquer ilha das Canárias beneficiam de um apoio público de 50% do valor da passagem marítima inter-ilhas, sendo que metade deste valor é suportado pelo orçamento do

Estado espanhol e a outra metade pelo orçamento regional. Uma excepção é a ligação entre as ilhas de Lanzarote e La Graciosa em que o apoio público à passagem marítima não é de 50% mas sim de 75% (!).

Os tempos de grandes dificuldades que atravessamos impõem que se encontrem soluções que alterem o paradigma e que conciliem o crescimento económico com a obtenção de receitas fiscais e parafiscais. A dinamização do turismo interno apresenta-se como uma solução fundamental para atingir esse desígnio, particularmente em regiões pequenas, insulares e economicamente fragilizadas como o Porto Santo.

OPINIÃO

Page 18: Voz da Madeira | Abril 2013

18

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

OPINIÃO

Page 19: Voz da Madeira | Abril 2013

19

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

OPINIÃOMUSEU CASA DA LUZ: UM ESPAÇO DINÂMICO E INTERACTIVO

“A função do museu deve centrar-se em poder colocar a população local em contato com sua própria história, com as suas tradições e valores. Por meio destas atividades o museu contribui para que a comunidade tome consciência de sua própria identidade (ICOM, 1996).”

Vivemos numa era, em que se assiste à criação de espaços globais, que produz efeitos directos nas atividades culturais que passaram a ter uma crescente importância pela sua singularidade, pelo que nos distingue dos demais, passando os nossos Museus a ter importância acrescida como espaços de identidade regional e fator de diferenciação de base territorial.

A presença ativa num mundo globalizado exige a necessidade dos museus de ciência se abrirem a novas dinâmicas. O desenvolvimento de novas estratégias de intervenção nesta área requer uma concertação de esforços combinados entre os diversos organismos culturais e instituições públicas e privadas conduzindo a uma crescente valorização da forma como se transmite o conhecimento histórico científico e cultural.

É fundamental alavancar estratégias culturais que permitam a construção de um melhor e mais vasto conhecimento da nossa história. Neste sentido, é prioritário articular e integrar os contributos tradicionais dos Museus com diferentes indústrias criativas que podem incluir actividades diferenciadoras pela produção de software e de novos produtos para cativar os diferentes públicos.

Atualmente, existe uma rede transversal do conhecimento, fazendo com que as fronteiras outrora bastante demarcadas no sector cultural se tornem cada vez mais ténues. O sentimento de identidade e de coesão conduzirão a novas iniciativas e apelarão à criatividade. A criatividade no

sector cultural é fundamental pois traz, sem dúvida, valor acrescentado atendendo às características diferenciadoras que contribuem também para a transmissão de novos conhecimentos à comunidade, resultantes da inserção dos museus de ciência em redes de investigação de desenvolvimento aplicadas aos domínios culturais e em comunidades criadoras de novos conteúdos.

Nos últimos doze anos, vivenciei de forma direta a importância que um museu de ciência, como o Museu de Electricidade, que se assume como um espaço dinâmico, interactivo complementar da educação comunitária pode reflectir na comunidade.

Este espaço museológico traduz-se num suporte de comunicação institucional, com enfoque, como não podia deixar de ser, no legado histórico do sector de que a EEM-Empresa de Electricidade da Madeira, SA é fiel depositária.

O Museu Casa da Luz pretende contribuir para a formação de cidadãos que sensibilizados são capazes de participar ativamente na sociedade, transformando-se em agentes de mudança. Desde a invenção da máquina a vapor até à atualidade o setor energético sofreu grandes transformações, estando a temática da energia intrinsecamente relacionada

com os aspectos económicos, sociais, históricos e ambientais. As exposições relacionadas com a energia desempenham um papel importante na concretização das aprendizagens, estimulando a criatividade dos mais jovens, despertando a curiosidade e aumentando a sua motivação. O que os atrai é o desafio e a sua correspondência com os fenómenos da realidade. Saem mais enriquecidos ao nível dos saberes que poderão ser, posteriormente, explorados. Estamos certos que, como referiu Albert Einstein “A mente que se abre a uma nova ideia jamais voltará ao seu tamanho original”.

LUÍSA GARRIDOdiretora do museu da eem

Page 20: Voz da Madeira | Abril 2013

20

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ENTREVISTA

MADEIRA NÃO APROVEITA ALGUNS DOS SEUS PRINCIPAIS RECURSOS

A Madeira tem ativos com um valor incalculável, como sejam a sua biodiversidade, a natureza, o mar e todos os recursos que se lhes encontram associados.

Para o biólogo Domingos Abreu, neste domínio, temo-nos quedado por uma visão e práticas ultrapassadas, estáticas e conservadoras, hoje contrárias até à própria defesa e salvaguarda dos recursos regionais.

Voz da Madeira (VM) - Num contexto europeu de crise acentuada, em que continua a haver grande incerteza nos mercados - situação agravada pelos contornos do recente resgate financeiro ao Chipre e da tributação sobre os depósitos bancários - e o receio de que a situação possa alastrar a outros Estados-membros, como encara o atual estado do projeto europeu? Domingos Abreu (DA) - O projeto Europeu, é hoje, em si mesmo, um conceito muito vago que não significa o mesmo para todos os que estão envolvidos no turbilhão que desagua na falência do modelo económico em vigor. Se, por um lado, se registam sinais de consciência desta falência de um modelo de desenvolvimento baseado numa visão redutora da economia, por outro, há uma insistência absurda numa prática continuada desse modelo, como se o propósito fosse o esgotar dos recursos e agentes sem pensar no que deveriam ser os

DOMINGOS ABREUBióloGo | Consultor do amBiente e enerGia

limites necessários para assegurar a transição para uma nova economia, mais sustentável, integrando inovação e eficiência na gestão dos recursos e, ao mesmo tempo, mais justa e equitativa. O projeto Europeu precisa sobretudo de ganhar essa capacidade de se soltar de premissas e preconceitos que o vêm impedindo de ser um verdadeiro instrumento ao serviço dos povos Europeus. Esta crise, apesar dos seus custos sociais e de se lamentar as consequências negativas que poderiam ser evitadas, é também uma oportunidade de refazer a Europa, voltando a centrá-la naquilo que ela deve ser na essência: um espaço de paz, cultura e progresso, produtivo, preocupado com a sustentabilidade global e consciente do seu papel e responsabilidade no futuro próximo da humanidade. A estabilidade na Europa é um elemento determinante para a sustentabilidade à escala planetária.

VM - É certo que durante muitos anos Portugal e outros países da União foram acumulando défices excessivos e basearam as suas economias no crédito e na contração de endividamento externo. A pergunta é: será que o ajustamento teria de ser feito de forma tão brutal e em tão curto espaço de tempo?

Page 21: Voz da Madeira | Abril 2013

21

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ENTREVISTA

DA - Um dos erros fatais da análise à situação atual é o cimentar da ideia de que houve países e sobretudo os cidadãos desses países que viveram acima das suas posses e que esbanjaram recursos. Esquece-se, nessa perspetiva, que o grosso do investimento e as respetivas regras e a própria fiscalização da utilização dos recursos que efetivamente estavam disponíveis foi patrocinado pelos que agora acusam estes países de má gestão e esbanjamento. Não podemos nem devemos esquecer que havia (e ainda persistem) assimetrias enormes nos níveis de desenvolvimento entre os países da União Europeia sendo que isso foi o que motivou a tipologia dos investimentos e os modelos de gestão que agora se questionam. O ajustamento, para além de brutal e apressado não terá sucesso porque está orientado para o restabelecimento de uma situação que não é sustentável, longe do que se espera em termos do crescimento. Mesmo que as economias recuperassem a níveis aceitáveis, o problema de fundo manter-se-ia porque não seguem uma lógica de sustentabilidade. Curiosamente, os países que hoje lideram as forças que impõem o

ajustamento, não seguem o mesmo modelo e estão a trabalhar com afinco numa transição para uma nova economia, sustentável, a economia verde e, paradoxalmente, não promovem esse caminho junto dos países mais vulneráveis.

VM - A situação da União e do país reflete-se obviamente na realidade regional e na sua economia, particularmente dependente do exterior e sobretudo da atividade turística. A conjugação de fatores como o Plano de Ajustamento económico e financeiro, a crise nos mercados emissores de turismo e a previsível diminuição das fontes de financiamento provenientes de fundos comunitários levam-nos a questionar o modelo de desenvolvimento económico da Madeira. Será que estamos preparados para mudar? DA - A questão nem é se estamos preparados para mudar pois, mesmo que estivéssemos (e creio que estamos, mesmo que não ao ritmo desejável), restaria saber se nos deixam mudar, se

Page 22: Voz da Madeira | Abril 2013

22

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

temos capacidade e autonomia para decidir ou se, neste processo, não nos colocámos (ou fomos colocados) numa posição do tipo beco sem saída. A economia regional é diminuta, insignificante, não merecendo a consideração exagerada que lhe tem sido dedicada, pela negativa, pelos agentes políticos e, consequentemente, pelos media. Parece que a Madeira é a responsável pela crise nacional ou mesmo Europeia quando em boa verdade, a economia regional é uma gota no oceano e se resolvido o seu défice específico, nada mudaria no cenário macroeconómico nacional. Os madeirenses, se conseguissem de um dia para o outro pagar a sua dívida global, continuariam a ser pobres portugueses entalados numa teia de incompetência e subserviência nacional face ao que nos é imposto por aqueles que nos guiaram e patrocinaram nos últimos anos.

Sem prejuízo dessa pequenez importa contudo olhar para a economia regional numa perspetiva de mudança rumo a uma sustentabilidade a nível local. Para tal é necessário inventariar os nossos ativos, os nossos pontos fortes e identificar oportunidades que hoje, num mundo aberto, global e dotado de

instrumentos poderosos de comunicação nos pode colocar de forma competitiva no mercado. Muito do que a Madeira tem vindo a adiar tem agora a oportunidade de ser promovido e, nesse exercício, será possível reencontrar uma identidade própria, que se valoriza e projeta para um futuro mais sólido, e que nos liberte deste espartilho que aponta para um desalento de que convém fugir o quanto antes.

VM - Parece haver um consenso generalizado sobre a necessidade de mudança de rumo, mas paradoxalmente muita dificuldade em encontrar um conjunto de prioridades que deviam ser coletivamente assumidas como um desígnio de todos. Sabemos para onde vamos?

DA - Não sabemos para onde vamos. Nem nunca o saberemos se não formos nós a querer saber. As dificuldades não estão em encontrar prioridades mas sim em assumir aquilo que somos e queremos ser sem pretender agradar a gregos e troianos. E há também um outro risco que tem vindo a surgir nos tempos mais recentes. Esse risco é o de se querer partir para um novo rumo sem que se reconheça que o caminho feito nos últimos anos foi de progresso e

ENTREVISTA

Page 23: Voz da Madeira | Abril 2013

23

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ENTREVISTA

Page 24: Voz da Madeira | Abril 2013

24

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

globalmente muito positivo. Parece querer instalar-se uma lógica, tremendamente errada, a meu ver, até fatal, de que o que se fez foi mau, que não resolveu coisa alguma e que não nos serve de nada nem para nada. Esta memória curta e julgamento injusto começa a impedir a Madeira de dispor de clarividência suficiente para definir o ponto de partida para o patamar seguinte. O pior que se pode fazer em matéria de desenvolvimento é rejeitar o que somos e o que fizemos de bom e não estruturar o futuro a partir daí. É por isso que algumas propostas que se vão fazendo ouvir, por mais descabidas que sejam, acabam por ter acolhimento, só porque não derivam ou se identificam com o passado recente. É um erro crasso, que nos custará muito caro.

O caminho feito foi definido, explicado e vivido de forma coletiva com muitos momentos de orgulho e regozijo, resolvendo problemas estruturais

imensos e repondo injustiças seculares, dando aos madeirenses dignidade, direitos e condições que mesmo sendo justas e devidas nunca nem ninguém as havia assegurado. Só os madeirenses as conquistaram. E é esse o nosso património e a matriz que deve moldar o futuro, em conjunto com uma análise dos nossos recursos, potencialidades e desafios mas, também, e agora, com as nossas competências e condições que entretanto fomos construindo. E precisamos faze-lo em união, com sentido coletivo e identidade. É um assunto de e para madeirenses.

VM - Os novos paradigmas a nível europeu, consubstanciados na Estratégia UE 2020 apontam para a necessidade de um crescimento sustentável, inclusivo e inteligente. Apontam-nos caminhos relacionados com a inovação, as tecnologias de informação e o empreendedorismo como forma

ENTREVISTA

Page 25: Voz da Madeira | Abril 2013

25

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

de combater os elevados níveis de desemprego e de falta de formação. A Região tem dado suficiente atenção a estes novos desafios? DA - A Estratégia 2020 e os seus pressupostos identificam-se, no meu entender, com aquilo que a Madeira necessita. Sustentabilidade, inclusão e inteligência deverão ser as linhas orientadoras das nossas intervenções. Se formos capazes de olhar para as nossas opções e intervenções, submetendo-as a testes de sustentabilidade, inclusão e inteligência, poderemos com alguma naturalidade e facilidade perceber quais as prioridades e quais os caminhos a seguir. Mas devemos ser verdadeiros, não confundindo inovação com tecnologia. Tecnologia é ferramenta, inovação é um modo de estar e fazer, que pode ou não precisar de ferramentas mais ou menos complexas. O que a Região Autónoma da Madeira deveria

fazer é transformar os desafios da sustentabilidade, inclusão e inteligência em desígnios, modos de estar e fazer. Não tem sido essa a atenção nem a visão os últimos tempos. A instabilidade tem-nos obrigado mais a medidas de emergência, que sendo necessárias, não deveriam esgotar o espaço de manobra. É preciso ver para além da emergência.

VM - A Madeira tem ativos com um valor incalculável, como sejam a sua biodiversidade, a natureza, o mar e todos os recursos que se lhes encontram associados. Como se pode caminhar para uma economia sustentada na gestão inteligente e duradoura destes recursos?

DA - A primeira coisa a fazer é ser honesto e olhar para estes ativos e considerá-los como verdadeiros ativos e não apenas como argumentos e conceitos úteis no discurso e abandonar de vez a perspetiva

ENTREVISTA

Page 26: Voz da Madeira | Abril 2013

26

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ENTREVISTAde que são incalculáveis, precisamente, tratando de os quantificar e qualificar. Em segundo lugar, não deixar de acompanhar e influenciar o que está a acontecer no contexto em que nos movemos (Europa) nestes domínios. E em terceiro lugar, assumir, objetivamente esses desafios. Pelo caminho é preciso apostar no conhecimento, na informação e na utilização sustentável desses ativos e mudar radicalmente as estrutura de gestão dos mesmos que, olhando para realidade regional, os coloca fora da economia real.

Não tem sido este o caminho seguido pela Região nestes domínios, antes quedando-se por uma visão e práticas ultrapassadas, estáticas e conservadoras, hoje contrárias até à própria defesa e salvaguarda dos recursos.

VM - Uma das apostas da Europa e do país centra-se na Estratégia para o Mar e para a região do atlântico. A dimensão marítima da economia pode e deve ser melhor explorada no futuro? DA - A Estratégia para o Mar ilustra bem o que acima menciono. O Mar é a maior parcela da Região e, por isso ela é, por excelência, uma região marítima e atlântica. A definição da política europeia para o mar e para o Atlântico em particular é, em última análise, algo que nos diz respeito e que importa acompanhar e participar mas, no Forum Atlântico, a Região nunca participou, até à data. Se juntarmos a essa ausência ou demissão, o facto de não termos sequer começado a elaborar o nosso Plano de Ordenamento do Espaço Marítimo, nem possuirmos qualquer Estratégia Regional para o Mar, nem termos dado cumprimento pleno à Estratégia do Meio Marinho, constatamos que estamos longe de acreditar naquilo que parece ser uma aposta interessante. Não estamos nem fazemos, não participamos nem cumprimos, ou seja, enquanto região marítima e atlântica, somos talvez a única a quem o processo de construção da política marítima europeia não tem sido suficientemente atrativo para que nos posicionemos como atores ativos. Não podemos continuar assim, distantes e ausentes como se nada tivesse a ver connosco. É lamentável mesmo esta não participação.

VM - É possível fazer a ponte entre o mar e a biodiversidade como sector potencial de investigação e desenvolvimento mas também

como produto turístico alternativo aos modelos puramente baseados em sol e mar?

DA - Não só é possível como é desejável e até deveria ser prioridade. E esta oportunidade não deve ser vista apenas como uma possibilidade ao nível da investigação ou promoção do conhecimento, o que já seria suficientemente interessante. A bioeconomia azul é uma realidade, ou seja o potencial económico do mar, que não deve continuar a ser visto apenas na perspetiva redutora das pescas e aquacultura, é uma oportunidade para o desenvolvimento de atividades de alto valor acrescentado, quer realizadas por nós quer realizadas cá, por parceiros com quem estabeleceríamos as condições de exploração e distribuição de resultados. Estas possibilidades não conflituam com outros usos do mar, designadamente o turismo, transportes, energia, pescas, e constituem oportunidades de crescimento e emprego qualificado. Mas, uma vez mais, é preciso decidir e fazer. E não o temos feito.

VM - Noutra dimensão, a da internacionalização da economia, e num contexto de depressão no continente europeu, será que estamos atentos ao manancial de oportunidades que surgem no mundo da lusofonia, particularmente nos países africanos de língua oficial portuguesa? DA - Sem dúvida que os mercados emergentes em África, pela sua proximidade linguística e pela sua dimensão são oportunidades que estão ao nosso alcance e que merecem muita atenção. E é na perspetiva do que atrás referi, quanto ao que hoje somos, mais qualificados, mais conhecedores e mais capazes, que podemos perfeitamente posicionar-nos na prestação de serviços nas novas economias africanas que necessitam de conhecimento e experiência. A língua pode constituir uma vantagem comparativa perante outros competidores. Falta contudo uma cultura de olhar para o mercado para além da Baía do Funchal, sobretudo ao nível das pequenas e médias empresas regionais e mesmo dos prestadores de serviços em termos individuais. É algo que se tem que melhorar, eventualmente com pequenos sistemas de incentivos, especificamente orientados para os que já demonstraram essa potencialidade ou que já estando nesses espaços, possam consolidar posicionamentos.

Page 27: Voz da Madeira | Abril 2013

27

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

VM - A Madeira encontra-se à beira de um processo de mudança política que decorrerá da anunciada sucessão de Alberto João Jardim. Como olha para o momento político actual e o que perspectiva para o futuro?

DA - O momento politico actual necessita, precisamente de politica. Ao contrario do que se faz crer, as pessoas precisam de políticos com ideias, com propostas e desafios, mobilizadores e capazes de encarar os desafios do futuro com responsabilidade, coragem e criatividade. Talvez se necessite de um parlamento em que se perceba o que fazem os deputados, cuja maioria não tem voz, não porque não possam falar mas porque não têm simplesmente nada para dizer. E mesmo que o espaço no hemiciclo, por via dos regulamentos, seja exíguo em termos de projecção das suas ideias, bem poderiam trabalhar mais próximo das populações sem ser nas inócuas visitas de cortesia para o discurso repetitivo do costume. Creio é que um momento em que haverá naturalmente grandes mudanças a este nível, com mais exigência, mais trabalho e, sobretudo mais qualidade e iniciativa. Espera-se.

VM - Acha que depois de uma liderança de mais de 35 anos, necessariamente forte e carismática,

os partidos políticos estarão à altura do momento e saberão focar na transição para um novo ciclo?

Esta é uma questão muito sensível e complexa pelo que a minha visão quanto à percepção da capacidade dos partidos políticos e da classe politica em geral que tem a responsabilidade de dar continuidade ao nosso processo de desenvolvimento, segue um sentido o mais simplista possível. E essa simplicidade reside na avaliação da capacidade de reconhecer trabalho feito, o mérito e as dificuldades que foram necessárias ultrapassar para mudar a face da Madeira como foi feito nos últimos anos. Qualquer político ou proposta politica que não seja capaz de fazer esse reconhecimento, estará limitada na sua observação, fundamentos e, consequentemente resultados. No momento actual, há uma certa tendência, dentro e fora do PSD para um ignorar ou desvalorizar a mudança extraordinária que se verificou na Madeira nas últimas décadas e isso até pode ser perigoso porque há uma geração que agora entra na sua fase adulta que já nasceu no pós-autonomia e a quem não foi explicado nem mostrado o que era o antes nem o que foi necessário fazer. E povo sem memoria e história, ou sem políticos com respeito por ela é povo à deriva. Não podemos correr esse risco, até porque os desafios que ai vêm são muito sérios.

ENTREVISTA

Page 28: Voz da Madeira | Abril 2013

28

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

POLÍTICA

CRIMINALIZAÇÃO DAS DROGAS JUNTA DEPUTADOS DA MADEIRA

Os deputados madeirenses Cláudia Monteiro de Aguiar (PSD), Rui Barreto (CDS) e Jacinto Serrão (PS) defenderam na Assembleia da República a proposta do parlamento regional que visa a criminalização em todo o país das chamadas drogas legais.

Já em vigor na Madeira, a Assembleia da República prepara-se agora para estender ao país a criminalização às referidas drogas.

A proposta da Assembleia Legislativa da Madeira foi discutida na generalidade e o plenário aprovou um requerimento para baixar à comissão da especialidade.

Na apresentação desta atividade parlamentar, os deputados madeirenses do PSD, CDS e PS

congratularam-se pelo facto de a Madeira ter tomado a iniciativa e ser um exemplo para o país nesta matéria.

A SEMEAR FUTURO

No passado dia 22 de Março, no Hotel The Vine, realizou-se mais uma reunião da “Plataforma Semear Futuro 2020”, desta vez dedicada ao tema do Emprego, e em que foi orador o Dr. Ricardo Fabrício, Professor da Universidade da Madeira e responsável pelo Observatório de Emprego da UMa, que fez uma análise aos problemas do desemprego num contexto europeu, nacional e regional.

Segundo a o pinião de Ricardo Fabrício, “o desemprego é o resultado de um processo socioeconómico com impacto muito significativo na organização e no funcionamento das sociedades contemporâneas, que importa decifrar e contextualizar em função das suas diferentes esferas. Perante um contexto global muito difícil, mais do que nunca, exige-se aos decisores políticos que enfrentem a incerteza e invistam no estabelecimento de condições favoráveis à criação de empregos; que promovam o ajustamento dos mercados de trabalho (adequação entre competências procuradas e competências oferecidas) e fomentem as mudanças estruturais necessárias, sem as quais agravar-se-ão os impactos geracionais no domínio laboral, como é o caso da ameaça que representa o aumento inevitável do desemprego estrutural.

Face à dimensão do fenómeno do desemprego jovem, em particular, importa reforçar os esforços de promoção do emprego dos jovens e dissipar as taxas de desemprego de longa duração deste grupo social.

Se é verdade que quem gera emprego é a economia e as empresas, face à delicadeza do contexto em curso, o papel a cargo da intervenção e da intermediação estatal é mais premente do que nunca, sobretudo, através da criação de quadros macroeconómicos mais favoráveis e propícios à criação de novos empregos”.

A Plataforma Semear Futuro 2020 reúne pessoas da sociedade civil, com percursos profissionais e

Page 29: Voz da Madeira | Abril 2013

29

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

POLÍTICAacadémicos distintos, com ou sem filiação partidária, que têm como elemento agregador o interesse em debater o futuro da região onde vivem ou onde nasceram.

De acordo com a sua declaração de princípios, “são sobretudo pessoas de uma geração que tem

estado arredada deste tipo de discussão, mas que estão agora dispostas e empenhadas a dar o seu contributo e a partilhar a sua visão para a Madeira”.

A Plataforma Semear Futuro 2020 encontra-se disponível online através do site www.semearfuturo2020.pt.

CDU QUER REABILITAÇÃO DOS BAIRROS DO FUNCHAL

Vereador responsabiliza empresa municipal Sociohabita e autarquia do Funchal

A CDU/M alertou para a necessidade de implementar iniciativas de reabilitação e de intervenção nos bairros sociais, tendo em vista a preservação da saúde pública e a salvaguarda dos cidadãos residentes naquelas infraestruturas habitacionais.

“Muitos destes bairros sociais utilizam materiais que são prejudiciais à saúde pública, sendo que alguns deles são pré-fabricados. Paralelamente, os anunciados projetos de reabilitação marcam passo e não avançam, devido ao facto do orçamento camarário apenas permitir a realização de obras de pequena envergadura. São exemplos os bairros da Quinta Falcão, da Quinta das Freiras e da Penha de França ou até mesmo o bairro de São Gonçalo, onde só avançou a primeira fase de reabilitação”, denunciou o vereador da CDU na Câmara Municipal do Funchal.

Page 30: Voz da Madeira | Abril 2013

30

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

POLÍTICA

“PORTUGAL PRECISA DE UM NOVO GOVERNO”

“… é preciso rapidamente encontrar um governo no atual quadro parlamentar para que não haja eleições antecipadas”, isto face ao “caos que vão ser as eleições municipais se o País continuar assim”. Foi assim que o Presidente do Governo Regional da Madeira lançou o alerta, salientando: “pode ser um governo PSD-PS, PSD-CDS outra vez, com outras pessoas, mas isso passa também por dentro dos partidos as pessoas se mexerem”, acrescentando: “Não é a mim que cabe fazer isso, pois sou presidente de um governo e tenho outras responsabilidades, não tenho que entrar nesses jogos partidários. Mas é preciso mudar”.

Esta é a posição de Alberto João Jardim. Outros, como Freitas do Amaral, defende um novo primeiro-ministro da atual maioria PSD/CDS-PP.

Para o fundador do CDS, que foi membro do executivo socialista liderado por José Sócrates, “O Governo está perante um dilema, ou muda de política ou o país muda de Governo. Quem fez a declaração mais sábia e acertada nos últimos tempos foi Alberto João Jardim, que preconizou que a melhor solução para Portugal, neste momento, era outro governo da atual maioria, sem eleições, mas com outro primeiro-ministro, escolhido, naturalmente, pelo PSD”, afirmou Freitas do Amaral, à margem da apresentação, em Lisboa, de uma biografia de outro “histórico” da democracia portuguesa, o antigo Presidente da República Mário Soares.

Por outro lado, há cada vez mais vozes sociais-democratas, e não só, a aconselhar o primeiro-ministro Pedro Passos Coelho a fazer uma remodelação governamental. Até a saída do primeiro-ministro não é posta de lado.

António Capucho defendeu, citado pela Rádio

Page 31: Voz da Madeira | Abril 2013

31

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

POLÍTICARenascença, que o Governo precisa de profundas alterações na sua composição e que uma eventual remodelação do executivo não pode deixar de apontar para a substituição dos ministros das Finanças e dos Assuntos Parlamentares.

Já em declarações à TSF, o social-democrata Ângelo Correia, considerado próximo do primeiro-ministro, aconselha Passos a antecipar-se politicamente, o que significa remodelar: “Ele deve pensar bastante e antecipar-se a outras questões, órgãos e outras solicitações, outras requisições que lhe possam ser feitas”.

Também o ex-ministro do PSD, Nuno Morais Sarmento, admitiu, na Renascença, que o Governo «está em causa» se o Tribunal Constitucional chumbar as medidas do Orçamento do Estado em análise.

CDS-PP/M QUER ATRAIR INVESTIMENTO ESTRANGEIRO E TURISTAS

O líder do CDS-PP/Madeira defendeu que a Região deve criar condições para atrair mais investimento estrangeiro e turistas. Após uma reunião com o Embaixador da Bélgica em Portugal, José Manuel Rodrigues disse que existem boas perspetivas de poder haver investimento belga na Região, em conjunto com empresas portuguesas e madeirenses, bem como a possibilidade de incrementar o número turistas daquele país na Madeira. Para o efeito, exige “uma melhor promoção da Região na Bélgica” e “um regime fiscal mais competitivo”, por via de um Centro Internacional de Negócios. José Manuel Rodrigues lembrou que irá decorrer brevemente, em Lisboa, uma reunião entre grupos empresariais portugueses e belgas com o propósito

de avaliar eventuais projetos de investimento em ambos os países e em África. “Havendo este bom ambiente de cooperação entre os dois países é necessário que se criem as condições também para que possa haver algum investimento na Região, fator essencial para a retoma da atividade económica e criação de emprego”, acrescentou o líder do CDS-PP Madeira.

MPT SAI EM DEFESA DOS ANIMAIS

O Movimento Partido da Terra (MPT) apresentou duas iniciativas legislativas relacionadas com a defesa dos direitos dos animais.

O deputado Roberto Vieira exige um maior controlo na exibição de animais exóticos: “As autoridades regionais têm de estar atentas e fazer garantir a aplicação da legislação em vigor, no que concerne à proteção dos animais exóticos. A utilização destes animais para fins de espetáculo comercial é uma realidade no Funchal e é preciso averiguar se a lei está a ser cumprida pelos proprietários dos animais”.

O Partido da Terra voltou a alertar para o abandono dos animais domésticos, uma situação que segundo o MPT poderá estar relacionada com os problemas económicos das famílias e sugeriu aqui a criação de canis intermunicipais, assim como a realização de esterilizações gratuitas com o apoio das autarquias e do Governo Regional.

Page 32: Voz da Madeira | Abril 2013

32

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ECONOMIA

TRÊS ECONOMIAS EMERGENTES

Colômbia

Colômbia, com a conquista da paz, tornou-se um destino seguro e estratégico para o investimento, uma das mais atractivas economias da América do Sul.

Com características que a posicionam como um mercado global atractivo, uma posição geográfica estratégica apta para fornecer bens ou serviços para os Estados Unidos da América, Europa e América Latina, e uma ampla oferta regional de valor agregado e Zonas Francas competitivas, a Colômbia é hoje um destino atractivo para o capital estrangeiro.

O bom desempenho da economia colombiana na última década converteu o país num destino atractivo e estratégico para os negócios, especialmente para o investimento. Em 2011, o fluxo de capital estrangeiro para a Colômbia alcançou o montante recorde de 13.234 milhões de dólares, que catapultou a Colômbia para o quinto lugar dos países do mundo com maior índice de investimento estrangeiro.

Vários factores fazem da Colômbia um destino apelativo para o investimento privado. Entre eles, o crescimento económico que, em 2011, foi superior à média da América Latina, fixando-se em 5,9%. Além disso, acrescem outros factores como: a estabilidade política, o elevado índice de população jovem, a mão-de-obra competitiva, a localização geográfica estratégica, a oferta sectorial e os incentivos para os investidores estrangeiros.

O país adquire hoje um novo atractivo. É uma das principais economias da América Latina e uma das economias emergentes com maior potencial. Numa publicação recente, o Wall Street Journal, qualificou a Colômbia como um dos “tigres da América Latina”, com potencial para desafiar o abrandamento mundial.

Um dos seus atractivos são as Zonas Francas, que têm um enquadramento legal competitivo e oferecem amplas vantagens para os investidores. Instalar-se na Colômbia, especialmente através das Zonas Francas, permite que os investidores iniciem e expandam os seus negócios a mercados terceiros. Bogotá oferece oportunidades para atrair investidores estrangeiros dos sectores de BPO (Business Process Outsourcing - Contact Center, ITO, BPO Administrativo e KPO), software e serviços de TI, fundos de capital privado, cosméticos e produtos de higiene (centros de I&D e produção), automotor e infra-estruturas hoteleiras e turísticas. Entre 2007 e o primeiro trimestre de 2012, Bogotá foi a principal região receptora de IDE do país, captando 63,8%, o que equivale a 7.949 milhões de dólares. Cundinamarca (a região onde se situa Bogotá) ocupa o quinto lugar, com 2.29% do total dos fluxos de investimento, o que equivale a 307.71 milhões de dólares.

Na Colômbia criaram-se incentivos tributários que consistem em não pagar o imposto sobre rendimentos por um determinado tempo, isto em comparação com a tarifa geral do imposto sobre rendimentos de 33%, o que a torna muito atractiva, sobretudo para os investidores europeus.

Page 33: Voz da Madeira | Abril 2013

33

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ECONOMIACabo Verde

Cabo Verde é um arquipélago que se tornou independente desde 1975. Descoberto em 1460 por Diogo Gomes, na altura as ilhas não tinham qualquer indício de anterior presença humana.

Uma vez independente aderiu à CEDEAO em 1977, dois anos após de se afirmar como nação independente e depois de alguns anos de impasse e de até alguma marginalidade económica, nas últimas décadas a sua economia ganhou fulgor e tem desenvolvido uma actividade diplomática activa, sobretudo no contexto regional. Com uma economia maioritariamente de serviços, Cabo Verde tem apostado numa integração diferenciada na região, nomeadamente, do ponto de vista da segurança e circulação de pessoas, do comércio e da modernização do seu sistema bancário e financeiro.

A Agenda de transformação do Governo e da Presidência da República, apostou no desenvolvimento sustentável, na valorização da sua posição geoestratégica e como plataforma de serviços e de negócios internacionais, apoiando-se, para o efeito, num conjunto de clusters em torno da economia marítima, dos serviços aéreos, das TIC, das finanças, do turismo, das pescas, das energias renováveis e das indústrias ligeiras.

Para além da posição geoestratégica, Cabo Verde reúne um conjunto de outras vantagens comparativas como sejam a estabilidade política, a maturidade democrática enraizada num Estado de direito que oferece garantias ao investimento privado, um clima de negócios atraente e uma oferta crescente de infra-estruturas económicas

e tecnológicas de grande qualidade. A posição geoestratégica de Cabo Verde aparece de novo em evidência no recrudescer da importância que vem ganhando o espaço do Atlântico Sul, como um nova zona de paz e de cooperação, mas também na perspectiva de dinamização das relações com o Norte Euro – Atlântico, de forma a contrabalançar a emergência do eixo do Pacifico na esfera estratégica e económica mundial.

Moçambique

Moçambique tem registado taxas de crescimento económicas assinaláveis nos últimos anos, em torno dos 7% anuais nos últimos 10 anos, e, de acordo com as perspectivas actuais, esse crescimento deverá acentuar-se na próxima década. De acordo com informações recentes, a dimensão da economia de Moçambique poderá superar a de Angola dentro de 10 anos. Este crescimento será sustentado, essencialmente, por três factores: o país tem das maiores reservas mundiais de gás e carvão do Mundo, ambas por explorar; tem um potencial enorme de produção e exportação de energia eléctrica; e está na fase inicial de desenvolvimento do seu (gigante) potencial agrícola. É importante não esquecer, contudo, que o retorno directo desses produtos e do investimento que está a ser feito neste momento, por algumas das maiores empresas do mundo, apenas deverá acontecer dentro de três, cinco anos, principalmente pois as infraestruturas que são necessárias ao desenvolvimento do país estão agora a ser criadas. A estabilidade política e a paz que se vive há mais de 20 anos sustentam o desenvolvimento que o país vive, e as taxas de literacia e formação profissional são agora das mais elevadas em décadas.

Page 34: Voz da Madeira | Abril 2013

34

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

FINANÇAS

PAEF: LISBOA DIZ QUE MADEIRA FEZ “ESFORÇO NOTÁVEL”

PS garante que foi o pior que podia acontecer à Madeira

A Madeira realizou um “esforço notável” para alcançar as metas do programa de assistência financeira, anunciou o Ministério das Finanças. Ainda assim, o Governo da República considera que que existem para 2013 “riscos orçamentais relacionados com obras em curso”, tendo a Região

de implementar medidas para os ultrapassar. O comunicado do Ministério de Vítor Gaspar realça que este esforço acontece num momento em que a Madeira, como o resto do país, passa por um “contexto macroeconómico particularmente adverso, marcado por uma forte contração da receita”.

“Região cumpre”“Este é o resultado dos esforços e sacrifícios realizados pela Madeira e pelos madeirenses”, afirmou o Secretário Regional do Plano e Finanças.

“Um pouquinho de credibilidade”Rui Barreto, Vice-Presidente do CDS/PP considera que o Governo Regional da Madeira “fez aquilo que tinha que fazer”, admitindo que o cumprimento das metas “aumenta um pouquinho a credibilidade” da Região. “O pior que podia acontecer à Madeira”Carlos Pereira, líder da bancada do PS na Assembleia Legislativa da Madeira, lembrou que o Partido Socialista “sempre disse que o pior que poderia acontecer à Madeira era cumprir o programa, porque o ajustamento previsto é demasiado duro para os madeirenses e retira à Região a possibilidade de assegurar uma saída equilibrada da crise”.

Page 35: Voz da Madeira | Abril 2013

35

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

TURISMO

LAURISSILVA PATRIMÓNIO DA HUMANIDADE

É na exuberância da paisagem que se encontra um dos maiores atrativos turísticos da ilha da Madeira. A sua luxuriante vegetação, cuja floresta indígena foi reconhecida como Património Mundial Natural da Humanidade pela UNESCO fascina os nossos visitantes.

A Floresta Laurissilva da Madeira foi reconhecida em 1999 como Património Mundial Natural da Humanidade pela UNESCO.

Esta floresta remonta ao Período Terciário da Terra, e nas últimas glaciações viu a sua existência reduzida

à área geográfica da Macaronésia, ou seja Madeira, Açores, Canárias e Cabo Verde.

Compõe-se de árvores como o til (Ocotea foetens), o loureiro (Laurus novo canariensis), o vinhático (Persea indica), o folhado (Clethra arbórea) e o pau branco (Picconia excelsa), bem como de musgos e muitos outros arbustos como as urzes (Erica scoparia ssp maderensis e Erica aborea), a uveira da serra (Vaccinium padifolium) e o azevinho (Ilex perado ssp perado). Entre as plantas herbáceas há a destacar as leitugas (Sonchus pinnatus), o piorno (Genista tenera), o goivo da serra (Erysimum bicolor), a ameixieira de espinho (Berberis maderensis) e a raríssima orquídea da serra (Dactylorhiza foliosa), única no Mundo.

Ao nível da avifauna destacam-se raras espécies como o pombo trocaz (Columba trocaz), espécie endémica exclusiva da Ilha da Madeira, a freira da Madeira (Pterodroma madeira), o francelho (Falco tinnunculus canariensis), o tentilhão (Fringila coelebs maderensis) e o bisbis (Regulus ignicapillus maderensis).

Sendo considerada uma relíquia viva, a quase totalidade da sua área de ocorrência está incluída no Parque Natural da Madeira com o estatuto máximo de Reserva Integral.

Foto: Madeira Islands Tourism

Page 36: Voz da Madeira | Abril 2013

36

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

AS ORIGENS DO TURISMO NA MADEIRA: QUINTAS E HOTÉIS

Quinta da Achada

Esta bonita e histórica Quinta tem origem numa construção rural de meados de setecentos. Durante as guerras Napoleónicas, o General Bersford, Comandante das forças inglesas que ocupavam a ilha, escolheu esta Quinta como sua residência oficial. O seu magnífico aparador “sideboard”, uma das lembranças da sua estadia nesta Quinta, continua a adornar a sala de jantar.

Ao longo do tempo, de acordo com o gosto e a necessidade dos vários proprietários, a casa foi sendo objeto de inúmeras alterações. Manteve-se, todavia, sempre dominante, o carácter popular da construção original: telhados com beiral duplo, paramento rebocados e caiados com vãos retangulares guarnecidos a cantaria. A varanda rasgada no último piso e os alpendres laterais, ambos da era do betão armado, introduziram alguma erudição no traçado da casa, sem nunca por em causa a coerência da sua arquitetura.

Através dos alpendres, invadidos por vasos e

TURISMO

Page 37: Voz da Madeira | Abril 2013

37

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

TURISMO

trepadeiras, a casa sempre teceu uma relação permeável com o jardim. A Quinta da Achada possui ainda um parque botânico de árvores centenárias, como a magnólia, a qual constituiu um pretexto para Maria Lamas (1893-1983) relatar uma lenda romântica associada à história da quinta.

Residência de famílias francesas e inglesas bem conhecidas, a quinta foi objeto de uma ampliação em finais do século passado, da autoria do Atelier Caires, que a transformou numa unidade hoteleira, a Quinta Jardins do Lago.

Hoje, a Quinta Jardins do Lago, com 31 quartos duplos, 4 Suítes Júnior e 5 Suítes Premier, todos virados a sul para os jardins luxuriantes e para o mar azul do atlântico. É sem dúvida alguma um dos mais belos exemplares de interligação perfeita entre a riqueza histórica e patrimonial e as exigências de bem-estar e conforto de pessoas que procuram excelentes férias num ambiente genuíno das Quintas da Madeira.

Origem: Quinta Jardins do Lago e Livro de Rui Campos Matos “As origens do Turismo na Madeira”Fotos: Museu “Vicentes” e www.quintajardinsdolago.com

Page 38: Voz da Madeira | Abril 2013

38

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CULTURA

CHICK COREA NO FUNCHAL JAZZ 2013

Já estão confirmadas as datas para o funchal Jazz de 2013. Dias 4, 5 e 6 de Julho no Parque de Santa Catarina.

O Festival de Jazz tem confirmadas as presenças de Concha Buika, Miles Smiles, Jacinta, John Ellis, Quarteto Santos Melo e da “estrela” Chick Corea, grande figura de cartaz.

Armando Anthony “Chick” Corea é um pianista de jazz norte-americano e um compositor bastante conhecido pelo seu trabalho na década de 1970 no chamado “jazz fusion”, apesar de ter dado contribuições significativas para o jazz tradicional.Participou da criação do movimento “electric fusion” como membro da banda de Miles Davis na década de 1960 e, nos anos 70, fez parte do grupo “Return to Forever”.

Depois, continuou a explorar vários estilos e géneros musicais nos anos 80 e 90.

Entre os pianistas de jazz, Corea é considerado um dos mais influentes, desde Bill Evans (junto com Herbie Hancock, McCoy Tyner e Keith Jarrett).

MAX RÖMER NO CENTRO DAS ARTES CASA DAS MUDAS

Exposição de março a novembro 2013

“[…] Na Madeira, em paisagem, não há o feio. Há o bonito, há o belo e o grandioso. A paisagem é sempre diferente em cada trecho. Não há a monotonia. Pela costa recortada e acidentada, toda ela altos promontórios e pequenas praias, pelas

vertentes, cheias de cultura, em que o verde varia até o verosímil, pelas montanhas, pelas povoações tão fortemente cheias de pitoresco, nós os artistas, encontramos em excesso os quadros que desejamos fixar. Em um pequeno passeio, surgem ante os nossos olhos, motivos para numerosas telas […]”.

Max Römer, 1952

EXPOSIÇÃO: LAURISSILVA PATRIMÓNIO MUNDIAL DA UNESCO

Uma exposição mágica, no Centro de Ciência Viva do Porto Moniz.

A Floresta Laurissilva da Madeira é uma relíquia que data do Período Terciário, tempos em que o Homem Primitivo ainda nem existia. Agora é recriada numa mágica e surpreendente exposição interativa.

De segunda a Domingo, das 10:00 às 18:00.

Page 39: Voz da Madeira | Abril 2013

39

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CULTURA

UMA PORTA PARA O MUNDO

O antigo solar da Calheta deu lugar ao Centro das Artes Casa das Mudas, que foi inaugurado em Outubro de 2004 com uma exposição da Coleção Berardo.

Da autoria do arquiteto Paulo David, o edifício é considerado uma das melhores obras da arquitetura portuguesa dos últimos tempos e mereceu diversas referências elogiosas em revistas internacionais da especialidade.

Mas não foi só em termos arquitetónicos que a Casa das Mudas se conseguiu destacar. O Centro das Artes tem-se revelado um verdadeiro sucesso cultural.

Conseguiu superar as expectativas e é hoje a prova de que é possível descentralizar a oferta cultural na Região Autónoma da Madeira, que estava concentrada na cidade do Funchal.

Os objetivos foram amplamente alcançados na medida em que a Madeira desenvolveu uma boa política de oferta cultural, permitindo a diferentes grupos o acesso à cultura e ao lazer.

Page 40: Voz da Madeira | Abril 2013

40

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CULTURA

GRANDES EXPOSIÇÕES

Depois da exposição “Grande Escala”, uma das maiores coleções de arte contemporânea ao nível mundial, que inaugurou o Centro das Artes Casa das Mudas, outras mostras de pintura e fotografia abriram aos madeirenses as portas para o Mundo. Nomeadamente, as exposições fotográficas de Thomas Cooper, Paulo Catrica e Kimiko Yoshida, a mostra “Surrealismo na Colecção da Fundação Cupertino Miranda”, a exposição de Maria Teresa Crawford Cabral “A Mãe das Mães”, a fantástica obra de “Man Ray: Unconcerned But Not Indifferent” e uma das mais importantes coleções de Arte Déco: “What a Wonderful World”.

TRÊS IMPORTANTES DISTINÇÕES

O Centro das Artes Casa das Mudas já foi distinguido três vezes com prémios nacionais e internacionais.

O edifício, declarado obra selecionada e incluído no catálogo e exposição itinerante da edição de 2005 do prémio europeu de

arquitetura contemporânea “Miesvan der Rohe”, foi obra finalista no prémio Fad Arquitetura Ibérica 2005, recebeu a distinção “A Pedra na Arquitetura”, e ganhou o galardão de Portugal na primeira edição do Prémio de Arquitectura Ascensores Enor.

O Centro conta com uma área coberta de construção de doze mil metros quadrados e possui uma ampla área para exposições temporárias e permanentes, auditório, biblioteca, loja/livraria, cafetaria, restaurante,

Page 41: Voz da Madeira | Abril 2013

41

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CULTURA

áreas de administração, uma ampla zona de animação cultural com ateliers e oficinas artísticas e um parque de estacionamento subterrâneo com c a p a c i d a d e para 92 lugares.

A forma como o edifício foi concebido permitiu criar um ambiente sóbrio e aprazível, proporcionando uma vista sobre o mar e as encostas circundantes.

No exterior do edifício, espaço verdes intercalam os corredores e as amplas zonas soalheiras que permitem a exposição de esculturas que são cedidas

temporariamente ao abrigo de protocolos.

Page 42: Voz da Madeira | Abril 2013

42

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SAÚDEGRIPES E CONSTIPAÇÕES

As melhores maneiras de as prevenir Apesar da constipação comum e da gripe serem duas infecções causadas por vírus e provocarem um aumento da mucosidade, lacrimejo, espirros ou tosse, nem todos os seus sintomas coincidem. Os vírus que provocam estas duas infecções respiratórias altas são diferentes.

O processo gripal caracteriza-se por produzir uma temperatura corporal elevada, mal-estar geral e, por vezes, estomacal, dores no corpo e de cabeça, espirros e perda de apetite.

O seu vírus é mais contagioso do que o da constipação. Para além disso, afecta a população em geral, pode ter consequências graves, obrigar à hospitalização e levar à morte. A constipação

Page 43: Voz da Madeira | Abril 2013

43

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SAÚDEcomum apresenta, sobretudo, manifestações respiratórias como aumento de mucosidade e tosse, congestão e secreção nasal, sensação de picadas e ardor na garganta, mas não produz febre e o mal-estar é mais leve. A constipação afecta mais as crianças, dura menos tempo e as suas complicações são muito menos frequentes.

São ambas causadas por vírus (ainda que vírus diferentes), são muito contagiosas, têm uma alta incidência sobre a população e atacam nas estações frias. Chegam através das vias respiratórias e causam um grande mal-estar. Uma vez contraídas, a única coisa a fazer é aliviar os seus sintomas e reduzir a duração ou a intensidade do processo. Existem medidas eficazes para não as contrair ou para diminuir a sua intensidade. Apenas tem de as pôr em prática.

Estas duas infecções costumam ser confundidas. No entanto, não são a mesma coisa. Coincidem apenas no facto de saturarem as consultas médicas e de ainda estarem envoltas em muito desconhecimento.

De qualquer das formas, apesar da sua incubação, sintomas, evolução e tratamentos apresentarem certas diferenças, as medidas de prevenção são muito semelhantes, com uma excepção, só a gripe pode ser prevenida através da vacinação anual. Apesar destas medidas de protecção não serem eficazes a 100% (nem mesmo a vacina contra a gripe), ajudam a minimizar a possibilidade de contágio.

Se faz parte daquele grupo de pessoas que não prestam atenção aos conselhos médicos ou que, simplesmente, não os seguem, por acharem que se tiverem de adoecer, adoecem mesmo, independentemente daquilo que fizerem (como se fosse uma imposição do destino) está completamente enganado. O primeiro passo consiste em acreditar que a prevenção é eficaz, porque realmente funciona! Eis as 11 medidas higiénicas e naturais que pode adoptar para que os germes o respeitem:

1. Evite as aglomerações em lugares fechados

2. Cuidado com os ambientes extremos ou mutáveis

3. Afaste-se dos cigarros. Dos seus e dos alheios!

4. Mantenha uma boa higiene

5. Tome precauções perante pessoas infectadas

6. Actividade física regular

7. Conheça as formas de contágio

8. Se as suas defesas baixarem, esteja alerta!

9. Vírus sob controlo em ambiente humidificado

10. Beba líquidos com abundância

11. Equinácia e propólis

VACINA CONTRA A GRIPE

A imunização é a melhor arma para combater a gripe em grupos de pessoas com um risco acrescido. Para saber se deve vacinar-se deve falar com o seu médico.

A imunização está indicada, sobretudo, para pessoas com mais de 65 anos, doentes crónicos (pulmonares, cardiovasculares ou metabólicos), pessoas imuno-deprimidas e grupos expostos a contrair ou a propagar a doença, como profissionais de saúde, professores, assim como pessoas que vivam em lares ou estejam em contacto com pacientes de risco.

Fonte: saude.sapo.pt

Page 44: Voz da Madeira | Abril 2013

44

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

A TECNOLOGIA COMO EXPANSÃO DO SER HUMANO

A tecnologia tem evoluído terrivelmente na última década. Passámos de ter um telefone normal, para um smartphone, de um mundo sem google, para outro onde tudo se encontra, numa altura onde o conhecimento estava nas bibliotecas, para outro acessível em qualquer lado, com mais detalhe e pesquisável. O conhecimento foi assim a primeira revolução, seguida do acesso ubíquo ao mesmo. Estamos agora neste preciso momento a assistir à revolução das ligações humanas, com o advento das redes sociais, nomeadamente Facebook, Twitter e Google Plus.

Foi assim lentamente introduzida tecnologia nas nossas vidas e relacionamentos. Nesta próxima fase, a tecnologia torna-se mais pessoal e intransmissível. Olhamos para equipamentos que se podem usar e interligar connosco diariamente, seja para nos ajudarem nas tarefas, ou apenas por laser.

Entre estes equipamentos, assistimos atualmente a uma feroz luta entre o mundo Apple e Samsung, nomeadamente nos smartphones, contudo está-se a alastrar para outros campos da computação pessoal, passando para os nossos pulsos, com relógios destas marcas, que se ligam aos telefones, controlando-os ou sendo extensões.

IWATCH

O iWatch, suposto relógio da Apple, é ainda um

rumor, mas torna-se mais consistente pela patente pedida em 2011. Parece então ser algo com um ecrã flexível, que pode ser colocado no pulso, ligando-se a vários dispositivos Apple por bluetooth ou wifi. Ainda não se sabem detalhes do software ou das suas funcionalidades, contudo pode-se presumir que atende chamadas, vendo no ecrã quem nos telefona, controlando também a música que se ouve, ou até mesmo tirando partido da parte lúdica, fazendo alguma interação com os jogos instalados nos iPhones/iPads. Poucos detalhes ainda se sabe sobre a autonomia destes equipamentos, mas claramente os tempos de ter um relógio em que se troca a pilha de ano a ano, terminou.

http://www.patentlyapple.com/patently-apple/2013/02/talk-about-timing-apples-wristwatch-patent-arrives.html

SAMSUNG NÃO FICA ATRÁS

O mercado coreano não fica parado e a Samsung já veio afirmar que também se encontra a desenvolver um relógio inteligente. Este não é o primeiro

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Page 45: Voz da Madeira | Abril 2013

45

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

equipamento de pulso que irá comercializar. Já em 1999, lançou o SPH-WP10, um misto de telefone com relógio, mas que claramente não tinha o aspecto visual que muitos deles tem hoje.

Uma década depois, em 2009, a Samsung apresentou-nos o S9110, em conjunto com uma gama de acessórios. Neste caso mais que um relógio ou extensão do smartphone, funcionava mesmo como um substituto integral do telefone, podendo fazer e atender chamadas.

A grande vantagem da Samsung quando comparada com a Apple é que ela própria fabrica componentes para a Apple, logo poderá estar numa posição mais vantajosa relativamente ao seu concorrente direto, para além de controlar toda a cadeia de valor, desde a produção à distribuição.

PEBBLE

Efetivamente, o Pebble é primeiro relógio a ser desenvolvido de raiz como extensão do telefone. Ao contrário dos modelos da Samsung e concorrentes, este equipamento visa apenas simplificar a vida de

quem usa smartphones, mas que curiosamente foi o rastilho para se voltar a falar dos relógios como um verdadeiro equipamento digital. O Pebble, começou como um projeto protótipo, algo meramente para testes, onde depois de submetido à comunidade, obteve uma reação fantástica. Foi então pedido investimento comunitário, cada “investidor” poderia comprar, sem ainda sequer ter sido produzido um exemplar do relógio. Com vários modelos e preços, foram abertas um número mínimo de encomendas. Num mês angariou 4 milhões de dólares, só de encomendas, pagas de clientes, mais do que o suficiente para dar inicio ao produto.

Até agora o Pebble é o projeto que mais sucesso teve, sem financiamento de bancos ou grandes

Page 46: Voz da Madeira | Abril 2013

46

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

investidores, mas apenas de clientes, com compras efetivas. Olhando para os detalhes técnicos, o Pebble é terrivelmente simples, que ao ligar a qualquer smartphone (iPhone, Android), funciona como uma extensão mesmo, podendo interagir

com a lista telefónica ou de música, apresentando o tempo, informações úteis ou até mesmo mudar o aspecto por completo do mesmo a nível gráfico. Será certamente o primeiro de muitos.

http://getpebble.com/

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Afastando-nos do mundo dos relógios, encontramos outros dispositivos úteis, que nos ajudam a controlar as nossas ações.

NIKE FUELBAND

Para os amantes de desporto, há muito que já existem soluções que auxiliam nas corridas, onde um exemplo recente vem da Nike com o seu

Fuelband, que controla a nossa atividade desportiva ou até mesmo as nossas atividades físicas. Para além de funcionar como relógio, diz-nos quantas calorias foram gastas. Não sendo uma verdadeira extensão do smarphone, liga-se através de aplicação que nos mostra os resultados de forma mais gráfica. O mote é “set a goal” e funciona perfeitamente para nos ajudar a atingir esse objectivo.

Page 47: Voz da Madeira | Abril 2013

47

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

GOOGLE GLASSA mais recente maravilha do Google é o Glasses; uma espécie de óculos que funcionam como um dispositivo que nos ajuda na vida diária, com atividades, mas que também funciona como um pequeno computador que nos liga à internet, funcionando como telefone, câmara de vídeo para registar todos os momentos da nossa vida, como ajudando nas tarefas, dando-nos informações úteis

sobre as mesmas, apenas controlado pela nossa voz e contexto em que ele está. Neste caso não estamos a falar de uma extensão, mas sim um dispositivo completo que nos pode moldar o mundo de forma visual. Entre os vários problemas de privacidade que levanta, dado estar sempre ligado e a registar momentos da nossa vida, coloca os óculos novamente na moda.

MYO

Por fim a última novidade, de todas a mais espetacular, que vem revolucionar a forma como interagimos com computadores, consolas de jogos, robots, gadgets ou dispositivos electrónicos de forma geral.

O Myo é um equipamento que se “veste” e que pode ser usado para controlar basicamente tudo. Usa sensores para detectar o movimento dos nossos músculos, podendo para isso ser programado para controlar desde o volume do computador, ações em consolas de jogos, apresentações, ou até mesmo auxiliar médicos a controlar robots para operar pacientes com uma precisão inigualável.

Sendo este um verdadeiro equipamento topo de gama, esperava-se um preço também avultado, mas por 150 dólares consegue-se o equipamento.

https://getmyo.com/

Vitor Domingos

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Page 48: Voz da Madeira | Abril 2013

48

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PHEED – SOCIAL NETWORKING

O Pheed fornece aos utilizadores uma plataforma de partilha de fotos, texto, áudio, notas de voz, vídeo e transmissão ao vivo.

FODOR´S - CITY GUIDES

A aplicação Fodor torna simples a descoberta do melhor de uma cidade. Encontramos comentários fidedignos de restaurantes, lojas, pontos turísticos e hotéis.

THE CROODS – JOGO DE ENTRETENIMENTO

O jogo é inspirado no universo do filme de mesmo nome produzido pela DreamWorks. No enredo, uma família do tempo das cavernas precisa descobrir novas maneiras de executar as tarefas do dia a dia, como caçar, desenvolver armadilhas e arrecadar elementos.

REPIX – REMIX & PAINT FOTOS

É uma aplicação que permite adicionar efeitos nas fotografias, dando uma nova textura para cada imagem.

MONEYWIZ – FINANÇAS PESSOAIS

É uma aplicação que permite controlar as contas, orçamentos, vencimentos e gera relatórios.

FIND A WAY, JOSÉ- JOGO DE ENTRETENIMENTO

É um clássico quebra cabeças bem conhecido das crianças, onde temos de libertar blocos, mas o que chama aqui à atenção é o tema, que é hilariante. Temos de ajudar o ressacado José a chegar à sua adorada Tequila. E para o fazer temos de arrastar blocos com o dedo de modo a que nos livremos de todos os obstáculos, e consigamos levar o bloco do José até ao seu destino.

JOGOS

CIÊNCIA E TECNOLOGIA

Page 49: Voz da Madeira | Abril 2013

49

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DESPORTO

F.C.PORTO

Porto - Braga

Moreirense - Porto

Porto - V. Setúbal

Nacional - Porto

Porto - Benfica

P. Ferreira - Porto

Pontos: 60

Previsão VM: 74

S.L.BENFICA

Olhanense - Benfica

Benfica - Sporting

Marítimo - Benfica

Benfica - Estoril

Porto - Benfica

Benfica - Moreirense

Pontos: 64

Previsão VM: 78

C.S.MARÍTIMO

Marítimo - P. Ferreira

Nacional - Marítimo

Marítimo - Benfica

Beira Mar - Marítimo

Marítimo - V. Guimarães

Olhanense - Marítimo

Pontos: 33

Previsão VM: 40

C.D.NACIONAL

Estoril - Nacional

Nacional - Marítimo

Sporting - Nacional

Nacional - Porto

Braga - Nacional

Nacional - Académica

Pontos: 31

Previsão VM: 36

1ª LIGA AO RUBROTudo se decide em Abril

O Campeonato de futebol da Primeira Liga portuguesa está competitivo.

Benfica e Porto lutam pelo título e aceitam-se apostas.

Marítimo e Nacional espreitam um lugar que dê acesso às competições europeias e estão bem posicionados.

Com seis jogos por disputar, aqui ficam os palpites do Voz da Madeira.

Page 50: Voz da Madeira | Abril 2013

50

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DESPORTO

Já estava acordado desde Dezembro mas agora ficou contratado. Pedro Martins renovou o contrato de trabalho que o ligava ao Marítimo, permanecendo assim no comando técnico do principal plantel verde-rubro por mais uma época desportiva. Tanto quanto conseguiu apurar o VOZ DA MADEIRA, o entendimento entre Carlos Pereira e Pedro Martins não foi difícil, até porque ambos estão satisfeitos com os proventos do trabalho que, em conjunto, vêm desenvolvendo há três anos.

Pedro Martins, recorde-se, assumiu o comando da equipa B do MARÍTIMO na recta final da época 2009/2010, numa altura em que a mesma se encontrava numa situação aflitiva da tabela

classificativa. Os brilhantes resultados então conseguidos deram nas vistas e a saída de Mitchell Van der Gaag, no início da época 2010/2011, catapultou-o para a equipa principal. Desde então o Marítimo tem sido reconhecido como uma das melhores equipas a praticar futebol em Portugal.

Atualmente, e não obstante o início de época antecipado e sobrecarregado, por via da disputa das pré-eliminatórias da Liga Europa, o Marítimo mantém-se na luta pela conquista de novo lugar europeu. Contudo, embora ainda haja muito campeonato por disputar e nada esteja decidido, Carlos Pereira não deixou de dar este voto de confiança ao treinador.

MARÍTIMO RENOVA COM PEDRO MARTINS

Page 51: Voz da Madeira | Abril 2013

51

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DESPORTO

Page 52: Voz da Madeira | Abril 2013

52

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

MARÍTIMO ATACA LIGA EUROPAPedro Martins fala do projeto da Equipa B e do desejo de ver concluído o novo Estádio

Voz da Madeira: São já alguns anos ligado ao MARÍTIMO. Que balanço faz desta sua passagem pelo clube e pela ilha?

Pedro Martins: Tem sido uma experiência extremamente enriquecedora, quer a nível pessoal, quer a nível profissional. No que diz especificamente respeito aos aspetos profissionais, devo confessar que o 5.º lugar alcançado naquela que foi a minha primeira época completa como treinador na I Liga e o consequente acesso à Liga Europa são pontos deveras marcantes. VM: Falou da Liga Europa. Qual o balanço que faz da participação do MARÍTIMO na edição 2012/2013?

PM: Estou convencido que tivemos uma excelente

prestação. Lutámos dentro de campo de igual para igual, mas contra adversários que têm armas muito diferentes das nossas. Sem dúvida que dignificámos o clube, a Madeira e os madeirenses.

VM: E quanto ao acesso à Liga Europa 2013/2014? Continua a ser um objetivo, certo?

PM: O MARÍTIMO, pela sua dimensão, historial e importância, tem a responsabilidade de perseguir sempre esse objetivo. Não nos podemos esquecer que este clube é reconhecido por diversas Instituições como o 5.º maior clube português, superado apenas por SL Benfica, FC Porto, SC Portugal e SC Braga.

VM: Muito se fala da equipa B do MARÍTIMO? Qual a sua opinião sobre este projeto?

PM: A equipa B tem duas valências essenciais. Como último patamar na preparação dos jovens atletas madeirenses antes da sua inclusão na equipa principal e como primeiro patamar de integração de novos jogadores oriundos do exterior. Em qualquer destes casos assume um papel de relevância capital. Aliás, não é por acaso que os maiores

PEDRO MARTINStreinador C.s. marítimo

DESPORTO

Page 53: Voz da Madeira | Abril 2013

53

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DESPORTO

clubes portugueses optaram por seguir o modelo do MARÍTIMO. Note-se por exemplo que, no jogo realizado contra o Vitória de Guimarães, o MARÍTIMO jogou em simultâneo com 5 jogadores madeirenses em campo - o Briguel, o Luis Olim, o Ruben, o João Diogo e o Marakis -, facto que certamente teremos de recuar muito no tempo para encontrar paralelo e que foi possível, pelo menos no caso dos três últimos jogadores que referi, graças à sua passagem pela equipa B. VM: O Pedro, seja enquanto jogador, seja enquanto treinador, já passou por diversos clubes. O que acha das condições de trabalho que o MARÍTIMO oferece?

PM: O MARÍTIMO oferece excelentes condições. E não falo só ao nível das infraestruturas. A estabilidade diretiva é crítica para o sucesso de qualquer projeto e o futebol profissional não foge à regra. Não posso contudo deixar de mencionar que a conclusão do novo Estádio seria a cereja em

cima do bolo, permitindo ao clube proporcionar aos seus adeptos assistir a espetáculos de futebol em alternativa a “ir ver a bola”.

VM: E como vê o MARÍTIMO enquanto Instituição que vai além do futebol?

PM: Admito que a dimensão e dinâmica do MARÍTIMO impressionaram-me quando cá cheguei. Seja pelas suas dezenas de modalidades e milhares de atletas, seja através do seu colégio, da sua televisão ou da sua fundação, o MARÍTIMO está em permanente diálogo com a sociedade madeirense e isso é a todos os títulos louvável. E, no contexto atual, que apenas se consegue com muito esforço e dedicação de todos os dirigentes e colaboradores. VM: Ambições para o seu futuro profissional?

PM: Ser cada vez melhor treinador. E isso só se consegue com resultados.

Page 54: Voz da Madeira | Abril 2013

54

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DESPORTO‘FEBRE’ DE SÁBADO DE MANHÃ NO CRISTIANO RONALDO CAMPUS FUTEBOL

Duas centenas de crianças, com idades entre os 3 e os 10 anos, praticam futebol semanalmente nas ‘escolas’ do C.D. Nacional. Ao sábado de manhã reúnem-se todas no Cristiano Ronaldo Campus Futebol para fazer aquilo que mais gostam: jogar futebol!

Os sábados de manhã são sempre dias de festa no Cristiano Ronaldo Campus Futebol. Festa, porque jogar futebol é para os mais novos motivo de alegria e, por isso mesmo, as atividades desenvolvidas durante toda a manhã pelas ‘escolinhas’ do C.D. Nacional acabam por ser uma autêntica festa para a pequenada, que se deixa vencer pela ‘febre’ do futebol.

No total, são duas centenas de crianças com idades entre os 4 e os 10 anos, dividi- dos por 10 núcleos e que, exceção feita aos mais novos (tem apenas dois treinos, à 4a feira e ao sábado), cumprem três treinos por semana. Os dois primeiros em diversos locais do Funchal. O terceiro, o tal do sábado de manhã, sempre no Cristiano Ronaldo Campus Futebol.

Conforme se pode aferir pelo elevado número de atletas, esta é uma aposta de sucesso e muito bem vista pelos pais dos jovens ‘craques’.

Porque há sempre lugar para mais um, fica a porta aberta a todos os interessados. Basta se dirigir ao Cristiano Ronaldo Campus Futebol na manhã de sábado, falar com um dos responsáveis do Clube (Paulo Fernandes: 962 683 116; Pedro Talhinhas: 916 879 512) e começar também a participar nesta ‘Festa’.

Page 55: Voz da Madeira | Abril 2013

55

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DESPORTOOS OBJETIVOS

POSSIBILITAR a todas as crianças interessadas a prática do futebol como um desporto de recreação, tempo livre e competição, promovendo a mística de clube.

PROMOVER o gosto e o hábito pela prática desportiva, proporcionando prazer e alegria aos jovens praticantes.

POTENCIAR e VALORIZAR as conquistas recentes do clube como fonte de dinamização social. AUMENTAR a base de atletas do clube.

FACULTAR a todos os nossos atletas uma evolução adaptada às capacidades de cada um, procurando proporcionar condições de igualdade na prática desportiva

A OPINIÃO DOS PAIS

O Voz da Madeira foi ouvir alguns pais:

“É muito interessante em vários aspetos, muito para além do desporto. É também o convívio entre os miúdos de várias idades, é a socialização dos pais, que formam quase que uma família, e que acabam por criar laços de amizade e de convívio extrafutebol. Enfim, são momentos muito bem passados e que deixam todos muito satisfeitos.”Edgard Alencastre

“Já é quase quem uma reunião de família. Os filhos divertem-se, os pais assistem, pelo que mais do que uma atividade, isto é quase uma festa. O meu filho gosta imenso e eu também, e sempre que posso ao sábado de manhã estou lá.”Marco Batista Rosa

“O meu filho adora, e ao contrário do que acontece no resto da semana, ao sábado nem é preciso insistir para ele se levantar da cama. Eu também gosto muito de lá ir, pois tem bom ambiente e cria-se muitas amizades. Não só entre eles, mas também entre os pais, proporcionando momentos de convívio muito bons.”José Sotero

Page 56: Voz da Madeira | Abril 2013

56

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

FLASH

Page 57: Voz da Madeira | Abril 2013

57

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

Chegou a PrimaveraMadeira, 20 de Março de 2013

FLASH

Page 58: Voz da Madeira | Abril 2013

58

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CINEMA

BÁRBARA

Estamos no Verão de 1980, a quase uma década da queda do muro. Barbara (Nina Hoss) é cirurgiã pediátrica em um hospital a leste de Berlim e, quando as autoridades desconfiam que ela deseja passar para o lado oriental da cidade, ela é transferida para uma pequena clínica no interior, num local isolado e longe dos meandros da oposição à Alemanha socialista. Enquanto seu amante, Jörg, que vive em Berlim oriental, prepara a

sua fuga, Barbara começa a receber grande atenção do chefe do hospital, André (Ronald Zehrfeld). Será que este homem está apaixonado por ela ou apenas espionando e relatando os seus actos para o governo? Até que ponto estará disposta a ir? Com um final surpreendente, este é um bom postal para se revisitar a Alemanha debaixo da direcção do Partido Comunista, do partido único e da bitola, muito baixa, dos soviéticos. António Cunha Vaz

Page 59: Voz da Madeira | Abril 2013

59

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CINEMA

COMBOIO NOTURNO PARA LISBOA

Realizador: Bille August

Atores :Jeremy Irons, Mélanie Laurent, Jack Huston, Bruno Ganz, Nicolau Breyner, Charlotte Rampling, Beatriz Batarda, Christopher Lee

Sinopse: Numa tarde chuvosa, uma mulher vestida com um casaco vermelho prepara-se para se atirar para a morte da ponte de Kirchenfeld, em

Berna, Suíça. Raimund Gregorius, um professor de latim, grego e hebreu, convence-a a não o fazer. Subitamente, a mulher desaparece, deixando o casaco atrás de si. Tudo o que ele sabe é que ela é portuguesa. Mas, no bolso da veste esquecida, encontra um livro de um autor português, Amadeu do Prado, médico, poeta e resistente durante o salazarismo, e um bilhete de comboio para Lisboa com data desse mesmo dia. E é então que aquele professor antiquado, habituado a uma vida regrada e monótona, toma uma decisão inusitada: mete-se no comboio e viaja para Lisboa, a cidade que será o lugar de todas as revelações: dos mistérios da vida humana, da coragem, do amor e da morte.

SUGESTÃO FILME

Page 60: Voz da Madeira | Abril 2013

60

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CINEMA

OZ, MÁGICO E PODEROSO

Realizador: Sam Raimi

Atores: Abigail Spencer, James Franco, Michelle Williams, Mila Kunis, Rachel Weisz

Sinopse: Oscar Diggs, um medíocre mágico de circo de ética questionável, é levado do empoeirado Kansas para a vibrante Terra de Oz, fica convencido que ganhou a lotaria e que está a um passo da

fama e da fortuna. Isto, até conhecer as três bruxas, Theodora, Evanora e Glinda, que não estão assim tão convencidas de que ele é realmente o grande feiticeiro por quem todos esperavam. Arrastado com relutância para os problemas épicos relacionados com a terra de Oz e os seus habitantes, Oscar terá agora que distinguir o bem do mal antes que seja tarde demais. Recorrendo às suas artes mágicas através da ilusão, perspicácia - e ainda um pouco de feitiçaria - Oscar transforma-se não apenas no Grande Feiticeiro de Oz mas também num homem melhor.

SETE PSICOPATAS

Realizador: Martin McDonagh

Atores: Michael Pitt, Michael Stuhlbarg, Sam Rockwell, Colin Farrell, Christopher Walken

Sinopse: Marty Faranan é um argumentista em crise de inspiração que se esforça por terminar o manuscrito para um filme que se chamará “Sete Psicopatas”. Billy, o seu melhor amigo, é um actor falhado que, para ganhar uns trocos, encontrou um esquema de rapto de cães com vista a gratificações

dos seus donos. Até que, cansado de ver o amigo deprimido Billy decide ajudá-lo. Porém, nem tudo corre como previsto e, quando dão conta, acabam envolvidos com a pior escumalha de Los Angeles: um gangster temperamental obcecado por encontrar o seu amado Shih Tzu, um misterioso assassino mascarado, um serial-killer reformado e vários outros criminosos com pinta de psicopatas. E é então que Marty se vê dentro de uma história de tal modo rocambolesca que ultrapassa, em muito, a ficção das suas próprias narrativas. E será que problemas com verdadeiros assassinos de elite o ajudarão a sair da crise em que se encontra?

Page 61: Voz da Madeira | Abril 2013

61

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

CINEMA

A VIDA DE PI

Realizador: Ang Lee

Atores: Suraj Sharma/Irrfan Khan

Sinopse: Filho do administrador do jardim zoológico de Pondicherry, na India, Pi Patel possui um conhecimento enciclopédico sobre animais e

uma visão da vida muito peculiar. Quando Pi tem dezasseis anos, a família decide emigrar para a América do Norte num navio cargueiro juntamente com os habitantes do zoo. Porém, o navio afunda-se logo nos primeiros dias de viagem e Pi vê-se na imensidão do Pacifico a bordo de um salva-vidas acompanhado de uma hiena, um orangotango, uma zebra ferida e um tigre de Bengala. Em breve restarão apenas Pi e o tigre, e a única esperança de sobreviverem é descobrirem, de alguma forma, que ambos precisam um do outro.

SUGESTÃO DVD

Page 62: Voz da Madeira | Abril 2013

62

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

MÚSICAVIDEOCLIP DE MÚSICA DOS MUSE É PORTUGUÊS

Inês Freitas e Miguel Mendes, dois estudantes do curso de Design de Animação e Multimédia foram os vencedores de um concurso internacional que teve como finalidade escolher o videoclip para o tema ‘Animals’ da banda Muse.

A animação foi escolhida através de uma votação online no site da banda.

A concurso estiveram 129 vídeos oriundos dos quatro cantos do Mundo, dos quais a banda liderada por Matt Bellamy escolheu cinco, que passaram para uma votação na página de facebook dos autores de êxitos como ‘Starlight’ ou ‘Time is Running Out’. “Tivémos o video mais votado e comentado, mas a decisão final foi da banda, que acabou por concordar com a tendência dos fãs”, explicou. O tema ‘Animals’ faz parte do mais recente trabalho discográfico dos Muse, The 2nd Law, lançado em 2012.

Page 63: Voz da Madeira | Abril 2013

63

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

MÚSICA

SUGESTÃO ÁLBUM

BEST OF BOND… JAMES BOND 50 YEARS

COMEDOWN MACHINE – THE STROKES

ASAF AVIDAN & THE MOJOS - ONE DAY/RECKONING

BRUNO MARS - WHEN I WAS YOUR MEN

INDIAN SUMMER - STEREOPHONICS

IMAGINE DRAGONS - ON THE TOP OF THE WORLD

SUGESTÃO SINGLE

MUMFORD & SONS - BABEL

BRUNO MARS - UNORTHODOX JUKEBOX

IMAGINE DRAGONS - NIGHT VISIONS

Page 64: Voz da Madeira | Abril 2013

64

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ESPETÁCULOS

SARA SANTOS MISS MADEIRA CASINO 2013

A escolha surgiu de um conjunto de 14 candidatas, avaliadas num espetáculo que juntou música, cor, alegria e “glamour”.

A eleição da Miss Madeira Casino 2013 decorreu no passado dia 23 de Março no restaurante Bahia do Casino da Madeira.

Page 65: Voz da Madeira | Abril 2013

65

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ESPETÁCULOS

Page 66: Voz da Madeira | Abril 2013

66

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ESPETÁCULOS

Page 67: Voz da Madeira | Abril 2013

67

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ESPETÁCULOS

Page 68: Voz da Madeira | Abril 2013

68

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ESPETÁCULOS

Page 69: Voz da Madeira | Abril 2013

69

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

ESPETÁCULOS

Page 70: Voz da Madeira | Abril 2013

70

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

LIVROS

“ISTO NÃO É UM CONTO”

A violência sobre as mulheres e as crianças é um flagelo de sempre da nossa sociedade, mas para a qual esta começa a acordar, por se generalizar e impor progressivamente a consciência de que o problema não é apenas de cada família, a esconder na privacidade de cada lar, mas constitui um verdadeiro drama social, que a sociedade como um todo não pode tolerar e deve combater. Um tal

despertar das consciências começou já, há algum tempo, noutros países; Portugal está agora a segui-los, procurando recuperar tempo perdido e corrigir estatísticas que nos envergonham.

O trabalho de sensibilização do público e de ajuda às vítimas devem ir a par; com essa ideia em mente, seis escritores contemporâneos escreveram conjuntamente um livro de contos, baseados em seis histórias verídicas de violência, cujas receitas revertem integralmente para apoiar casas que abrigam mulheres e crianças sobreviventes de situações de violência doméstica.

Apresentado há pouco, em Lisboa, numa concorrida cerimónia presidida pelo sociólogo António Barreto, o livro – intitulado “Isto não é um conto” – inclui histórias tanto de autores consagrados (Alice Vieira ou Maria Teresa Horta) como de promessas seguras da literatura portuguesa (como António Figueira ou Patrícia Reis). À venda nas livrarias Bertrand por apenas seis euros, é, ao mesmo tempo, um bom livro ao serviço de uma boa causa.

António Cunha Vaz

Page 71: Voz da Madeira | Abril 2013

71

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

LIVROSA CONFISSÃO

Sinopse: A poucos dias de ser executado, só um assassino o pode salvar.

Em 1998, numa pequena cidade do Texas, Travis Boyette raptou, violou e estrangulou uma rapariga da sua escola. Enterrou o seu corpo para que nunca fosse encontrado e em seguida, assistiu com espanto à prisão e condenação de Donté

Drumm, uma estrela local do futebol. O Corredor da Morte foi o seu destino.

Agora, nove anos depois, Donté está a quatro dias da sua execução e Travis, pela primeira vez na vida, decide fazer o que está certo e confessar. Mas como pode um homem culpado convencer advogados, juízes e políticos de que estão prestes a executar um homem inocente?

O ÚLTIMO MINUTO

Sinopse: Sam Capra tem uma única razão para viver: recuperar o filho das pessoas que o raptaram. Agora, os raptores fazem-lhe uma proposta mortal: entregam-lhe o bebé… se Sam concordar em cometer um assassinato espetacular. Aliando-se a uma jovem mãe cuja filha desapareceu, Sam parte em busca do seu filho pelo país fora numa corrida perigosa e desesperada contra o tempo.

HISTÓRIA DA INQUISIÇÃO PORTUGUESA – 1536-1821

Sinopse: A primeira história da Inquisição portuguesa desde a sua fundação em 1536 ao seu ocaso em 1821.

Uma pesquisa única e original na consulta de arquivos e documentação que permitem destapar este momento sombrio da nossa história.

A história do Tribunal do Santo Ofício, das suas vítimas (judeus, bruxas, feiticeiros e outros), dos que morreram à sua mercê.

A FILHA DO PAPA

Sinopse: Será o antissemitismo a verdadeira razão para o Papa Pio XII não ter sido beatificado?

Quando Niklas, um jovem padre, é raptado, ninguém imagina que esse acontecimento é apenas o início de uma grande conspiração que tem como objetivo acabar com um dos segredos mais bem guardados do Vaticano : a filha do Papa Pio XII.

Rafael, um agente da Santa Sé fiel à sua Igreja e à sua fé, tem como missão descobrir quem se esconde por detrás de todos os crimes que se sucedem e evitar a todo o custo que algo aconteça à filha do Papa.

Conseguirá Rafael ser uma vez mais bem-sucedido? Ou desta vez a Igreja Católica não será poupada?

Page 72: Voz da Madeira | Abril 2013

72

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

VINHOS

SOCIEDADE AGRÍCOLA PINHAL DA TORRE

Situada em pleno coração do Ribatejo, a Sociedade Agrícola Pinhal da Torre é responsável pela produção de vinhos que se diferenciam pela sua qualidade e elegância e que têm vindo a ser alvo dos melhores elogios por parte da crítica especializada. A produção destes vinhos que proporcionam momentos únicos de degustação posiciona a empresa como um produtor de vinhos de excelência da região ribatejana.

A alta qualidade e uma identidade muito própria dos seus vinhos são duas das premissas-chave que a Pinhal da Torre rege a produção dos seus vinhos. Na produção vinícola, nenhum pormenor é esquecido, sendo antes empregue como factor de diferenciação — desde o método de vindima, que é totalmente manual, à hora da colheita das uvas, que ocorre somente entre as 07h00 a as 13h00 para evitar que o calor afecte a fermentação da uva — respeitando meticulosamente o processo de produção para poder proporcionar um vinho com sabor diferenciado e qualidade extrema.

A Pinhal da Torre recorre basicamente a castas portuguesas, como a Touriga Nacional, Tinta Roriz, Touriga Franca, Trincadeira, Castelão, Arinto, Fernão Pires, entre outras, que alia a castas estrangeiras distintas como Syrah, Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc, Verdot e Petit Verdot, entre outras. Em alguns casos, a aliança entre estas castas confere aos vinhos da Pinhal da Torre um carácter diferenciado e distintivo face à grande maioria dos produtores.A Pinhal da Torre tem as suas duas quintas situadas em Alpiarça: a Quinta do Alqueve, que ocupa 35

hectares e a Quinta São João, com 20 hectares de vinhas.

Na Quinta São João, a Sociedade Agrícola Pinhal da Torre concentra toda a sua produção de vinhos numa adega histórica, construída em 1947, e que actualmente está numa fase de remodelação, e é ímpar na região.

Vinho Quinta do Alqueve

Das marcas de vinhos produzidas pela Sociedade Agrícola Pinhal da Torre destacam-se a Quinta do Alqueve, um vinho Premium que tem obtido, quer pelos críticos nacionais quer internacionais, grande distinção.

A Pinhal da Torre recorre aos métodos tradicionais (pisa a pés da maioria dos seus vinhos tintos) aliado às melhores tecnologias, nomeadamente a utilização de frio, o que faz com que esta Sociedade Agrícola se posicione como um produtor único na região, tendo actualmente como vinho emblemático o vinho que alia duas castas de excelência – a Touriga Nacional com a Syrah.

A Pinhal da Torre conta actualmente com alguns dos melhores profissionais do sector como o conceituado enólogo António Azóia e Russell Burns (consultoria).

Uma das maiores personalidades do sector de vinhos a nível mundial — Robert Parker — considera o importador de vinhos americano Robert Kacher, uma das personalidades com maior influência e importância no mundo do vinho dos últimos 20 anos.

O que distingue Robert Kacher da grande maioria dos importadores é a sua obsessão por vinhos de qualidade e a sua exigência de apenas trabalhar com vinhos de excelência e qualidade irrefutável. É por isso, que o simples facto de uma garrafa mencionar o seu nome no rótulo é considerado como sendo uma garantia de qualidade desse vinho. Robert Kacher até 2003 só importava vinhos de nacionalidade francesa, a única excepção é que passou a passou a integrar uma única marca portuguesa de vinhos: a Quinta do Alqueve.

António Cunha Vaz

Page 73: Voz da Madeira | Abril 2013

73

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

VINHOS

Ficha Técnica do Quinta do AlqueveTouriga Nacional/Syrah 2001

Descrição: Vinho regional Ribatejano

Tipo: Tinto

Castas: Touriga Nacional e Syrah

Produção: 4.000 garrafas

Longevidade prevista: 10 anos

Graduação: 13,4%

Acidez: 5,90 g/L (ácido tartárico)

PH: 3,43

Sugestão: Deve ser servido à temperatura de 18º C. perfeito para acompanhar pratos de carne e de caça bem condimentados e queijos.

Armazenamento: Garrafa deitada num espaço escuro e arejado, entre os 12º e os 13 C e com humidade relativa perto dos 60%

Enólogos: António Saramago e Cristina Sérgio

Locais de venda: Nas principais lojas da especialidade e garrafeiras. Pode também ser encontrado em restaurantes de topo em Lisboa e Porto, como o XL, o Solar dos Presuntos, Fernando em Pedras Rubras, o D. Manuel no Porto, o Tromba Rija, a Casa da Emília, entre outros.

Page 74: Voz da Madeira | Abril 2013

74

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

VINHOSNO TOPO...

SELEÇÃO...

DO SUPERMERCADO...

Malhadinha Quanta Terra

Vinha Grande Grous

Criseya BatutaPera Manca

Pequeno João

Cartuxa

(Reserva)

Tipo:Tinto

Região: Douro

Castas :Touriga Nacional e Touriga: Franca/ Francesa

Álcool: 14,4 %

Tipo:Tinto

Região: Alentejo

Castas :Aragonez e Trincadeira

Álcool: 15 %

Tipo:Tinto

Região: Douro

Castas :Tinta Amarela, Touriga Franca, Tinta Roriz, Rufete e Malvazia Preta

Álcool: 14 %

Tipo:Tinto

Região: Alentejo

Castas :Aragonês, Alicante Boushet, Tinta Miuda, Cabernet e Sauvignon

Álcool: 14,5 %

Tipo:Tinto

Região: Alentejo

Castas :Touriga Nacional, Syrah e Aragonez

Álcool: 15 %

Tipo:Tinto

Região: Douro

Castas :Touriga Nacional, Tinta Barroca, Touriga Franca e Sousão

Álcool: 14,5 %

Tipo:Tinto

Região: Douro

Castas :Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Roriz e Tinta Barroca

Álcool: 13,5 %

Tipo:Tinto

Região: Alentejo

Castas :Alicante Bouschet, Aragonez e Trincadeira

Álcool: 14,5 %

Tipo:Tinto

Região: Alentejo

Castas :Alicante Bouschet, Syrah, Touriga Nacional e Aragonês

Álcool: 14 %

Page 75: Voz da Madeira | Abril 2013

75

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

FRASE

“A desvantagem do capitalismo é a desigual distribuição das riquezas; a vantagem do socialismo é a igual distribuição das

misérias.”

Winston Churchill

Sir Winston Leonard Spencer-Churchill foi um político conservador e estadista britânico, famoso principalmente por sua actuação como primeiro-ministro do Reino Unido durante a Segunda Guerra Mundial. Orador brilhante, polémico pensador e brilhante estratega, é tido como um dos mais vibrantes líderes da história do século XX e é, incontestavelmente, uma das figuras de proa da política do velho continente.

Page 76: Voz da Madeira | Abril 2013

76

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

“Faz nove anos que não bebo álcool. Foi por causa do consumo excessivo de álcool que estive internada aos 14 anos. Bebia todos os dias. Bebia sozinha. Achava que era “cool”. Muito do que escrevi no disco “Born to Die” é sobre esses anos selvagens.(…)E quando escrevo nas minhas músicas sobre as coisas que perdi, estou a escrever sobre o álcool, porque ele foi o meu primeiro amor. Era o mais importante.”

Lana Del Rey - Cantora- Revista GQ

“O Presidente está para a política como John Cage está para a música. Cage compôs a célebre peça 4’33”, em que a orquestra fica em silêncio durante quatro minutos e meio; Cavaco tem composto silêncios ainda mais duradouros, como os 35 dias deste ano que esteve sem aparecer.”

Ricardo Araújo Pereira - Visão

“Um Ministro das Finanças consciente no fim desta conferência de imprensa dirigia-se a S. Bento e pediria a sua imediata demissão. Um Primeiro-Ministro normal metia-se no carro e dirigia-se a Belém para anunciar a sua própria demissão ao Presidente da República. Para quem não percebeu: está tudo muito pior, não há um número que tenha batido certo, não há um único sinal de esperança, não há nada de nada de bom. Desemprego vai ter um pico de 19% ?????? ou seja, vamos para os 21 ou 22% facilmente.”

Pedro Marques Lopes, comentador - Relativamente à conferência de imprensa de apresentação dos resultados da sétima avaliação do Programa de Assistência Económica.

SMS

Page 77: Voz da Madeira | Abril 2013

77

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SMS

“Sou muito activa no Twitter e no Instagram e é verdade, tem sempre gente que tem algo a dizer sobre as coisas que lá escrevo. Já tem algum tempo que percebi que não posso agradar todas as pessoas, por isso nem tento, nem sinto qualquer pressão para o fazer.”

Bar Refaeli - Modelo - namorada do jogador do Barcelona, Thiago Alcântara - Revista GQ

“Um lindo lugar a Madeira.”

James Rodriguez – Jogador do FCP

“O perfume ou a roupa nunca se devem sobrepor a quem o está a usar ou vestir.”

Giorgio Armani

“O exito não é a vitória mas sim tudo o que lutei para ganhar. A certeza de que fiz tudo para conseguir o que queria.”

Rafael Nadal, tenista espanhol

Page 78: Voz da Madeira | Abril 2013

78

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PERFIL

DA MADEIRA PARA O MUNDO

Fátima Lopes é uma das mais reconhecidas estilista portuguesa. Natural da ilha da Madeira, Fátima Lopes cresceu na cidade do Funchal, com a qual se identifica a à qual regressa sempre que pode, seja para descansar seja para desenvolver o seu trabalho.

Desde criança revelou um interesse pelo mundo da moda e durante a sua adolescência, insatisfeita com a roupa que era vendida num Funchal mais tradicionalista, lançou-se na criação da sua própria roupa. Graças à sua fluência em línguas estrangeiras, trabalhou no Funchal como guia turística de uma agência de viagens.

Em 1990 mudou-se para Lisboa com o objectivo de prosseguir uma carreira como estilista. Na capital abriu uma loja chamada “Versus”, onde vendia essencialmente roupa de criadores internacionais. Em 1992 o nome da loja mudou para “Fátima Lopes” e desde então a projecção o seu nome – e com ela o nome da Madeira – não mais cessou.

Em 1994 mostra as suas roupas pela primeira vez no “Salon du Prêt-à-Porter Feminin” em Paris, no ano seguinte participa no grande evento de moda nacional, o “Portugal Fashion” e dois anos depois abre a sua primeira loja fora de Portugal, precisamente

em Paris, na prestigiada Rue de Grenelle: “Na altura, aquela era a zona in da moda na cidade. Nomes como Yves Saint Laurent tinham lojas na rua de Grenelle. Depois de algum tempo, a zona passou a ser o local das sapatarias. Eu mesma vendi, há seis anos, a minha para uma sapataria. Agora estou com intenções de abrir uma loja na Saint Honoré, que é actualmente um dos lugares de culto dos estilistas em Paris”, disse então aos jornalistas.

Entre 1996 e 1998, começa a desenhar sapatos e carteiras dirigidos quer ao público feminino, quer ao público masculino, alargando o espectro da sua criatividade e a dimensão do seu negócio.

Participa no Salão da Moda de Paris, sendo actualmente a única portuguesa presente. Em 2000 causa grande atenção mediática por desfilar na capital francesa o mais caro biquini em ouro e diamantes, avaliado em cerca de um milhão de dólares. Em 2002 foi convidada pela Mattel a criar uma boneca Barbie, tendo decidido reproduzir na boneca o biquini de ouro e diamantes que usou em Paris. Em 2003 chega aos Estados Unidos da América, e abre uma loja em Los Angeles. Em 2010 apresentou o programa da SIC “À Procura do sonho “Face model of the year 2010”

Hoje em dia é possível ter quase toda a casa decorada por Fátima Lopes, uma vez que a estilista desenha desde acessórios na área do vestuário, a matérias de uso doméstico como louças, azulejos e muito mais, num universo artístico que honra, e muito, a ilha que a viu nascer e crescer.

Fátima Lopes

Page 79: Voz da Madeira | Abril 2013

79

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PERFIL

Fátima Lopes

Page 80: Voz da Madeira | Abril 2013

80

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PESSOAS

FABRÍCIO SOUSAartesão

LUCIANOVendedor de Fruta

Page 81: Voz da Madeira | Abril 2013

81

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PESSOASILDA SILVEIRA

Florista

LUIS GONÇALVESVendedor de peixe

Page 82: Voz da Madeira | Abril 2013

82

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

O OUTRO LADO...

João Carlos Abreu

Page 83: Voz da Madeira | Abril 2013

83

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

O OUTRO LADO...

João Carlos Abreu

Page 84: Voz da Madeira | Abril 2013

84

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

“AQUINTRODIA”

Page 85: Voz da Madeira | Abril 2013

85

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

“AQUINTRODIA”

JOSÉ PRADApresidente do Conselho distrital da madeira da ordem dos adVoGados

Page 86: Voz da Madeira | Abril 2013

86

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PASSEIOS

PASSEIOS A PÉ NA MADEIRA E NO PORTO SANTO

Não há melhor forma de ver a Madeira e sentir a natureza do que percorrê-la a pé. Com trilhos desafiantes e espectaculares por serras selvagens, atravessando túneis e sob quedas de água, rodeados de natureza de uma beleza deslumbrante, passear a pé nas levadas da Madeira é um prazer infindável. A Madeira é uma ilha vulcânica e é considerada uma das melhores do mundo no que diz respeito a caminhadas e passeios a pé. De uma beleza natural de cortar a respiração, a Madeira oferece uma variedade de trilhos que atravessam a ilha, todos com maravilhosas paisagens de vales profundos e verdejantes.

Os mais conhecidos são os passeios de levada. As levadas são cursos de água artificiais criados para levar água excedente das chuvas no interior para os campos agrícolas de toda a ilha. São propriedade pública e qualquer pessoa pode caminhar ao longo delas. A construção destes admiráveis canais começou no século XV. Muitos homens (escravos e prisioneiros) se perderam na sua construção pois eram suspensos de cordas e martelavam e dinamitavam a rocha.

As primeiras eram feitas com tábuas de madeira mas à medida que a procura aumentava foram sendo aperfeiçoadas e construídas em pedra. São geridas pelo levadeiro que é quem as mantém e quem distribui a água pelos agricultores. As levadas mais recentes são a Levada do Norte e a Levada dos Tornos que ficaram prontas em 1970, um

projecto importante levado a cabo pelo governo português para providenciar energia hidroeléctrica. Desde os anos oitenta que os passeios de levada se popularizaram. Todas as levadas oferecem paisagens fantásticas e enquanto algumas são fáceis de caminhar, existem outras mais desafiantes nas mais altas montanhas que atravessam a floresta laurissilva. Esta floresta pré-histórica tem um grande valor pela biodiversidade da sua flora e fauna. A floresta laurissilva da Madeira é considerada em todo o mundo a maior do seu género e em 1999 foi classificada como Património da Humanidade pela UNESCO. Recomenda-se que os caminhantes estudem os percursos antes de explorar a Madeira pois há alguns deles que são mais desafiantes e que não são recomendáveis a pessoas com medo de alturas ou que não tragam o equipamento necessário. Para os menos experientes estão disponíveis durante todo o ano muitos passeios com guia, com todo o equipamento necessário e formação em primeiros-socorros.

Fonte: www.madeira-live.comFoto: Madeira Islands Tourism

Page 87: Voz da Madeira | Abril 2013

87

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

GASTRONOMIA

A MADEIRA EM LISBOA

Madeirenses com saudades, continentais connoisseurs da cozinha insular ou simples curiosos, que queiram descobrir as delícias da gastronomia madeirense, não se perdem em Lisboa: na mais central das localizações – o Centro Comercial das Amoreiras – têm à sua disposição um dos mais icónicos representantes da arte de bem servir da Madeira, o restaurante simples mas convincentemente intitulado “O Madeirense”, que cumpre funções de verdadeira embaixada da

cozinha da Região Autónoma no Continente. Para uns filetes de espada ou um bife de atum com milho frito – ou, caso prefira as carnes, uma espetada de lombo em pau de louro, quem for ao “Madeirense” dará sempre o seu tempo por bem empregue. Para acompanhar o seu almoço ou jantar, caso se abstenha do vinho e queira matar saudades, encontra a mítica Brisa Maracujá, e para concluir, caso o regime não o obrigue a ficar-se pela fruta (sempre excelente) com certificado de origem madeirense, tem sempre à disposição um magnífico pudim de maracujá, que se sugere seja acompanhado de um bom Verdelho da Ilha. Se não conhece, descubra – e se já conhece, insista, que vale sempre a pena.

Page 88: Voz da Madeira | Abril 2013

88

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PORTO SANTOPORTO SANTO COM GASOLINA 95

A população porto-santense sempre reivindicou a instalação nos postos de abastecimento de combustível do Porto Santo da gasolina de 95 octanas, essencialmente devido ao seu menor preço relativamente à de 98 que até o passado dia 28 de Março era o único tipo de gasolina disponível em Porto Santo.

Com as actuais dificuldades económicas acentuou-se ainda mais essa motivação, a qual foi correspondida com apuradas negociações entre a

Page 89: Voz da Madeira | Abril 2013

89

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PORTO SANTOúnica empresa que abastece de combustível a ilha dourada e a Vice-Presidência do Governo Regional da Madeira, através da Direcção Regional de Comercio, Industria e Energia, as quais resultaram na disponibilização desse tipo de combustível aos residentes e visitantes na última quinta-feira santa.

Esta medida, que na prática diminui uma despesa das famílias e empresas porto-santenses, ao que tudo indica potenciará a dinâmica empresarial da ilha, tanto mais que o consumo da antiga gasolina disponível reduziu-se no ano passado em cerca de 20%, algo que deverá ser recuperado com a diminuição de preço desse combustível.

Conforme referido pelo Vice-Presidente do governo, a poupança em cerca de 10 cêntimos por cada litro de gasolina “é efectivamente uma despesa que ficará menos onerosa para as famílias porto-santenses, correspondendo à conquista de um direito há muito reivindicado pela população local”.

Em época pascal a chegada da gasolina 95 foi sem dúvida uma boa noticia para as famílias e empresas do Porto Santo que vêm assim e mais uma vez concretizar-se uma medida necessária e justa para a melhoria do seu nível de vida, em tempo de reconhecidas dificuldades .

Page 90: Voz da Madeira | Abril 2013

90

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

LOCAL

ARLINDO GOMESpresidente da Câmara muniCipal de Cãmara de loBos

DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

O Município de Câmara de Lobos evoluiu muito nos últimos anos, segundo o Presidente da Câmara Municipal, Arlindo Gomes, fruto de uma política de intervenção estruturada e estruturante.

Uma sociedade trilha os caminhos do progresso e do desenvolvimento socioeconómico sustentável, se conseguir planear e prever os acontecimentos e sua evolução no futuro, com planeamento estratégico e objetivos definidos e ajustáveis a cada momento do seu percurso.

Essa parece ter sido a estratégia política e a prática no exercício do poder autárquico dos últimos anos em Câmara de Lobos. Por essa razão, o Voz da Madeira quis ouvir o Presidente da Autarquia: “Nos últimos anos, realizaram-se muitas novas obras, desenvolveram-se muitas atividades e ações que culminaram a que hoje este município se apresente de cara lavada, com espaços públicos e de lazer asseados, jardins tratados e aprazíveis, com as suas urbes planeadas e preparadas para competir e potenciar mais-valias em termos de economia local e qualidade de vida sem descurar um todo regional que traduzem uma Madeira contemporânea, autónoma e dinâmica,” disse ao Voz da Madeira, Arlindo Pinto Gomes, presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos.

Mas não foi só no aspeto urbanístico e físico que foi empenhado esforços, foi também na formação das pessoas dotando os mais novos com argumentos e competências, através de uma moderna rede escolar, cultural e desportiva, lançando desafios e fazendo com que participem na comunidade ativa através da prática social, cultural e desportiva, fomentando a auto estima e sedimentação populacional.

Segundo Arlindo Gomes, “hoje as diferentes gerações coabitam e fazem parte de uma

Page 91: Voz da Madeira | Abril 2013

91

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

LOCALcomunidade dinâmica não tendo preconceitos das suas origens e promovem a sua cidadania nos mais longínquos pontos do mundo por onde se encontram dispersos os seus conterrâneos e aqueles que nos visitam, transformando Câmara de Lobos num autêntico cartaz de promoção onde quer que se encontrem”.

Desta forma, frisou “acreditamos que é possível chegar mais longe, é possível tornear as crises e as dificuldades que o mundo atual nos coloca, é possível ser-se cidadão do mundo numa pequena ilha que todos nós acreditamos que faz parte do futuro, um futuro onde todos temos lugar mas só os audazes é que vencem e se conseguem impor na disputa constante por um mundo melhor, onde a vida não se traduz no conformismo e no passar do tempo, mas sim um percurso contínuo de desafios e confrontos de ideais que a tornem uma aliciante viagem no tempo e na realização dos sonhos de cada um de nós, pois só assim vale a pena lutar e enfrentar desafios, persistência e acreditar que podemos tornear os obstáculos e as barreiras em desafios, torna a vida mais aliciante e é assim que vale a pena vive-la”.

É na “conjunção de esforços” que segundo o Presidente da Câmara Municipal de Câmara de Lobos “conseguiremos atingir as metas a que nos propusemos, se assim o fizermos de certeza teremos mais sustentabilidade e maior qualidade de vida, lançando a esperança nas novas gerações e a certeza de que vale a pena enfrentar desafios a atual geração”.

RALI DE SÃO VICENTE

O VII Rali de São Vicente, prova inaugural do Campeonato da Madeira “Coral” de Ralis, vai para a estrada nos dias 19 e 20 de Abril.

A prova organizada pelo C.D. Nacional, com a colaboração do Município de São Vicente, começa na noite de sexta-feira, com a realização da Super-Especial em Ponta Delgada. No sábado os pilotos fazem dupla passagem pelas classificativas da Vila, Boaventura e Lameiros.

CERTIFICAÇÃO DO PARQUE TEMÁTICO DA MADEIRA

O Parque Temático da Madeira, localizado em Santana, recebeu no passado dia 14 de março a certificação “Santana Madeira Biosfera” e, neste âmbito, as entidades envolvidas (Câmara Municipal e Sociedade de Desenvolvimento) procederam à outorga da Declaração de Compromisso.

1.ª EDIÇÃO DO TRAIL FUNCHAL

O Clube Aventura da Madeira realizará a 1.ª edição do Trail Funchal, uma prova de Trail Running que será organizada com o apoio da Câmara Municipal do Funchal, no dia 21 de Abril de 2013.

O Trail Running leva os participantes à descoberta da natureza por caminhos integralmente sinalizados, onde encontrarão várias etapas/controlos que darão informação sobre a distância e desnível percorridos e o que falta para finalizar o percurso.

Inscrições em http://trailfunchal.camadeira.com/?page_id=710

Page 92: Voz da Madeira | Abril 2013

92

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

AUTONOMIA

IDENTIDADE INSULARA Autonomia só entrou em pleno no debate político nas décadas finais do século XIX, mas foi no primeiro quartel da centúria seguinte que ela encontrou espaço de afirmação e debate.

De uma forma genérica a Autonomia é uma opção de quase todos os políticos madeirenses, mas varia o vigor reivindicativo consoante o grupo a que pertencem os seus promotores, estejam no governo ou na oposição.

O discurso de combate pela Autonomia é um discurso de oposição. Até 1910 foi a palavra de ordem dos republicanos. Implantada a República passou para a trincheira conservadora e monárquica.

O governo da ditadura, a partir de 1926, acabou com este fervor que teve na década de vinte o momento de apogeu.

As comemorações do quinto centenário do descobrimento da Madeira deram o mote para o último grande debate e combate pela Autonomia. A partir de então apagaram-se as questões autonómicas do breviário político e jornalístico, e até à sua plena concretização na década de setenta, houve dois momentos de esperança. O primeiro em 1931, com a Revolta da Madeira e, em 1969, com a esperança da abertura do regime anunciada por Marcelo Caetano.

O discurso autonomista madeirense enquadra-se no movimento regionalista europeu e o seu debate incide em domínios quase sempre controversos. A constatação da necessidade de autonomia parte de algumas situações fundamentais, que alicerçaram o discurso, nomeadamente o tratamento colonial a que o arquipélago foi sujeito ao longo da História, materializado no abandono e na espoliação dos recursos financeiros.

Raras vezes surgiram projetos definidos daquilo que se pensava que pudesse ser a autonomia de que o arquipélago necessitava. Também não foi consensual a forma de expressão, que passava por uma autonomia meramente administrativa, política e no extremo a ligação a um qualquer país e a independência.

A questão da independência não surgiu apenas no “Verão Quente” de 1975, sendo uma questão muito forte no discurso político durante a República. Os autonomistas insulares tiveram dificuldade em entender-se quanto à forma de reivindicação dos seus anseios. Em finais do século XIX foi dado um tratamento preferencial aos Açores, que tiveram direito antecipado à Autonomia, em 1895. No primeiro quartel do século XX foram várias as tentativas no sentido de uma conjugação de esforços entre os políticos autonomistas dos dois arquipélagos, sem nunca se conseguir definir uma estratégia de consenso. Deste modo, madeirenses e açorianos estavam condenados a lutar isoladamente contra a indiferença do poder central às suas reivindicações autonomistas.

O discurso autonomista insular também teve grande dificuldade de implantação na metrópole. As intervenções parlamentares ou os textos publicados em jornais de expansão nacional não foram suficientes para desfazer os equívocos e a suspeita quanto à Autonomia das ilhas. Salazar acusa os autonomistas de gastadores e, por isso, o Estado Novo foi um momento negro da Autonomia das ilhas, que nem Marcelo Caetano foi capaz de alterar o rumo no papel e na prática. Desta forma a Autonomia alcançada em 1976 assume-se como uma conquista insular que ainda hoje continua a não ser entendida e a gerar alguns equívocos.

Fonte: “O discurso da identidade insular no Atlântico” - Alberto Vieira

Page 93: Voz da Madeira | Abril 2013

93

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

AUTONOMIA

PRÓXIMA EDIÇÃO: 1931 REVOLTA DA MADEIRA

Page 94: Voz da Madeira | Abril 2013

94

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

HISTÓRIA

AEROPORTO DA MADEIRA

A História

1921Em 1921, Sacadura Cabral, Gago Coutinho, Ortins Bettencourt e Soubiran amararam no Funchal um hidroavião proveniente de Lisboa. Quarenta e três anos mais tarde, começa a história do Aeroporto da Madeira. A 8 de Julho de 1964, era inaugurada uma pista de 1600 metros de extensão. Isto depois de rigorosos testes relacionados com as condições meteorológicas, onde foi utilizado um avião Dakota

Primeira travessia aérea Lisboa-Funchal -Chegada do hidroavião pelo Capitão-de-mar-e-guerra,

Carlos Viegas Coutinho (1869–1959) acompanhado pelo Capitão-tenente, Artur Freire Sacadura Cabral (1881–1924)

22 de Março 1921

Obras de terraplanagem para a construção do aeroporto de Santa Catarina

1957 - 1960

CS-DGA. O arquipélago da Madeira ganhou assim novas ligações ao continente já que até então as viagens se faziam de barco.

Com mil e seiscentos metros de pista, o Aeroporto do Funchal fica operacional e, no primeiro ano de voos comerciais, regista-se um movimento de passageiros na ordem das 80 chegadas e 66 partidas. Finalmente, uma porta aberta para o Mundo nesta pequena Ilha do Atlântico.

Page 95: Voz da Madeira | Abril 2013

95

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

HISTÓRIA

1972Em 1972, dada a incapacidade da pequena pista em receber aviões capazes de dar resposta ao fluxo de turistas que procuravam a Madeira, começou a ser pensada uma ampliação para que fosse possível reconhecer voos intercontinentais. Um projeto do engenheiro Edgar Cardoso foi então apresentado e, no ano seguinte, foi inaugurado um novo terminal, capaz de receber 500 mil passageiros por ano.

1975Em 1975, duas empresas estrangeiras, a “Dixon Spies Association” e a “The Economist Int. Unit”, iniciam estudos para a construção de um aeroporto intercontinental na Madeira. Os documentos são

entregues em Outubro do mesmo ano, após o que é selecionada a empresa.

Apesar de ser difícil a escolha de um local, dada a orografia do terreno e, também, a ocupação populacional dos melhores sítios, a Dixon Spies estuda 15 áreas, que à partida oferecem condições para o funcionamento de uma infraestrutura com carácter intercontinental: Ponta do Pargo, Ponta São Lourenço, Santo Amaro, São Martinho, Prazeres, São Jorge, Santana, Porto da Cruz, Caniçal, Camacha, Câmara de Lobos, Porto Moniz, Santo da Serra, Paul da Serra e Caniço.

Apesar de tudo, conclui-se que o melhor lugar

Aeroporto de Santa Catarina, vendo-se as duas aeronaves, Super-Constellation e o Boeing 727

Década de 70

Aeródromo na Vila de Santa Cruz. Campo de aviação experimental

26 de Junho 1957

Page 96: Voz da Madeira | Abril 2013

96

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

continua a ser no sítio de Santa Catarina, em Santa Cruz.

1982/1986Entre 1982 e 1986 a pista foi aumentada para 1800 metros, assim como se procedeu à ampliação da plataforma de estacionamento de aviões. O incremento é realizado nas duas extremidades da pista - 50 metros na cabeceira 06, atual 05, no sentido Funchal-Machico, e 150 metros na cabeceira 24, atual 23, no sentido Machico-Funchal. Amplia-se também a plataforma de estacionamento de aeronaves, que passa de cinco para nove posições.

2000Entretanto, o engenheiro António Segadães Tavares adaptou os estudos de Edgar Cardoso e planeou uma nova ampliação da pista. Assim, a 15 de Setembro de 2000 teve lugar a inauguração da extensão da pista para 2781 metros, uma obra grandiosa, de primordial importância estratégica para a Região e para todo o País. Esta é construída parcialmente em laje sobre o mar, ficando assente em 180 pilares.

No ano seguinte, esta estrutura de ampliação foi distinguida com o Prémio Secil, um dos mais

Ampliação do Aeroporto da Madeira para 1800 metros

1 de Fevereiro 1986

HISTÓRIA

Futura localização do aeroporto de Santa Catarina

1957 - 1960

Page 97: Voz da Madeira | Abril 2013

97

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

importantes a nível nacional. Em 2004 a mesma obra ganhou o Prémio Mundial de Engenharia de Estruturas, para além de ter sido selecionada pela Ordem dos Engenheiros como uma das “100 Obras de Engenharia Civil do Século XX”.

O prémio mundial reveste-se da maior importância, dado que é a primeira vez que é atribuído a uma obra nacional, concebida e executada pela engenharia portuguesa.

2002Entretanto, em 2002 deu-se a inauguração de um novo terminal de passageiros no Aeroporto

da Madeira, com quarenta balcões de check-in, dezasseis portas de embarque, três tapetes rolantes para bagagens à partida e quatro para bagagens à chegada.

Para além da reformulação de todos os sistemas e infraestruturas de apoio, nesta obra do aeroporto são igualmente considerados os aspetos ligados aos novos acessos, aos estacionamentos de viaturas, tendo sido ainda dada atenção especial à recomposição da estrutura viária circundante ao aeroporto e ao acesso à cidade de Machico.

Fontes: ANAM e Infopédia da Porto EditoraFotos: Museu Photographia Vicentes

HISTÓRIA

Page 98: Voz da Madeira | Abril 2013

98

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

E DEPOIS DE CHÁVEZ?

O Presidente interino da Venezuela, Nicolas Maduro, assumiu o poder em condições difíceis, uma vez que a figura de Hugo Chávez não será facilmente esquecida por uma parte significativa dos venezuelanos. Henrique Capriles, líder da oposição, aposta tudo numa viragem de página na autoproclamada revolução bolivariana mas muitos lhe apontam os piores defeitos de Chávez. Para onde caminhará a Venezuela?

Polémico e populista ou revolucionário e popular, independentemente da simpatia ou antipatia que se teve relativamente a Hugo Chávez, a verdade é que ele ficará na história da Venezuela.

A sua morte, chorada por milhões, é vista pelos oposicionistas como uma oportunidade para uma mudança estrutural ao nível do poder.

Não são fáceis as relações sociais e políticas do território. Há verdadeiramente uma Venezuela de Chávez e outra contra ele, o seu governo e a sua rede de poder. O líder da oposição venezuelana, o também carismático governador do Estado de Miranda, Henrique Capriles, tem um estilo igualmente extrovertido e é tão capaz como Chávez de despoletar sentimentos contraditórios.

Chávez chegou ao poder em 1999 e alimentou um discurso contra o poder dos EUA e consentâneo com o jargão de uma esquerda que muitos já pensavam fora de moda. Criou alianças com todos os que, como ele, antagonizavam as principais lideranças mundiais, dos outros líderes da América do Sul do espectro bolivariano à República Islâmica do Irão.

A Venezuela acusou os Estados Unidos em várias ocasiões de terem planeado derrubar ou matar Chávez e de tentarem desestabilizar o seu Governo, mas Capriles, alegadamente a figura de proa das preferências norte-americanas, sempre negou as acusações.

A verdade é que depois do desaparecimento de Hugo Chávez, tudo pode mesmo mudar na Venezuela.

DIÁSPORA

Page 99: Voz da Madeira | Abril 2013

99

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

DIÁSPORA

O momento de transição enfrenta dois grandes obstáculos. O primeiro é o mito de que Chávez terá blindado o poder do PSUV, o maior partido que o apoia e produto da sua criação, em segundo o estilo igualmente populista de Capriles.

Há quem pense que a morte de Chávez pode constituir um factor automático para a mudança de poder, mas isso pode estar longe de ser verdade.

A Venezuela obedece a uma Constituição elaborada por Chávez e pelos seus seguidores e deve realizar eleições num prazo relativamente curto face à morte do líder e à consternação nacional que se seguiu. Votar PSUV, que é como quem diz votar em Nicolas Maduro, será entendido por muitos defensores de Chávez como a última homenagem que lhe devem prestar, antes de qualquer outro fundamento político. Em qualquer dos casos, Maduro precisará de toda a ajuda que encontre para conseguir ser eleito, mas o

mesmo não deixa de ser verdade para Capriles.

Há rumores de que há um ressentimento considerável entre os venezuelanos em relação ao poder militar e ao excesso de influência de Havana, que é também quem recebe uma parte das divisas conseguidas na exploração petrolífera. Como o agravar da situação económica, tendem a aumentar as queixas sobre o financiamento da Venezuela para o regime de Castro ou outros amigos da dita revolução bolivariana, e esse factor joga a favor de Capriles. Em sentido inverso, um sentimento de preservação favorece a eleição do sucessor natural de Chávez.

Em todo o caso a situação na Venezuela é periclitante e as próximas eleições podem, paradoxalmente, ser apenas o princípio de um novo problema no território.

António Cunha Vaz

Page 100: Voz da Madeira | Abril 2013

100

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

Page 101: Voz da Madeira | Abril 2013

101

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIALFEDERAÇÃO PORTUGUESA DE FUTEBOL ESTEVE NA MADEIRA

Uma delegação da Federação Portuguesa de Futebol, encabeçada pelo Vice-Presidente Humberto Coelho, visitou as instalações do C. S. Marítimo e do C.D. Nacional, no âmbito dos contactos efetuados a clubes que cedem jogadores às seleções portuguesas.

Page 102: Voz da Madeira | Abril 2013

102

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIALMARÍTIMO INAUGURA “LOJA MUSEU”

O C.S. Marítimo inaugurou, no dia 12 de Março, a sua ‘Loja Museu’, situada nas imediações do Estádio dos Barreiros.

Page 103: Voz da Madeira | Abril 2013

103

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

Page 104: Voz da Madeira | Abril 2013

104

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIALGUARETA MOSTRA PINTURAS

Foi inaugurada no Ateneu Café, no Funchal, a exposição de pintura ‘Commedia Dell’ Arte’ de Guareta Coromoto.

Page 105: Voz da Madeira | Abril 2013

105

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIALGUARETA MOSTRA PINTURAS

Foi inaugurada no Ateneu Café, no Funchal, a exposição de pintura ‘Commedia Dell’ Arte’ de Guareta Coromoto.

Page 106: Voz da Madeira | Abril 2013

106

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

CORAL COM NOVA IMAGEM

A Empresa de Cervejas da Madeira pretende exportar 50% da produção da cerveja Coral, a sua marca mais conhecida, cuja nova imagem foi lançada em ambiente de festa no Mercado dos Lavradores.

Page 107: Voz da Madeira | Abril 2013

107

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

Page 108: Voz da Madeira | Abril 2013

108

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIALLIGA ZON KIDS’.

Aproximadamente mil crianças entre os cinco e os 12 anos participaram em mais uma edição do torneio infantil de futebol ‘Liga ZON Kids’. A prova oficial da Liga Portuguesa de Futebol Profissional dirigida aos mais novos disputou-se no Campo do Liceu Jaime Moniz.

Page 109: Voz da Madeira | Abril 2013

109

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

Page 110: Voz da Madeira | Abril 2013

110

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

Page 111: Voz da Madeira | Abril 2013

111

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

MADEIRA INTERACTIVE TECHNOLOGIES INSTITUTE (M-ITI) INAUGURA INSTALÃÇÕES

O M-ITI inaugurou as suas instalações no Madeira Tecnopolo, mantendo assim a proximidade à Universidade e ao centro empresarial.

O Instituto, que mantém uma parceria com a Universidade de Carnegie Mellon, albergará cerca de 180 pessoas (150 alunos), entre professores, investigadores, alunos e serviços de apoio.

Page 112: Voz da Madeira | Abril 2013

112

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

CURSO INTENSIVO EM EMPREENDEDORSIMO E INOVAÇÃO EMPRESARIAL

Realizou-se na Estalagem de São Vicente a cerimónia de encerramento e entrega de prémios do Curso Intensivo em Empreendedorsimo e Inovação Empresarial, no âmbito do rs4e – road show for entrepreneurship.

Uma iniciativa promovida pela Vice-Presidência do Governo Regional, através do CEIM - Centro de Empresas e Inovação da Madeira, em parceria com o AUDAX - Centro de Investigação e Apoio ao Empreendedorismo e Empresas Familiares do ISCTE - Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa.

Page 113: Voz da Madeira | Abril 2013

113

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

SOCIAL

Page 114: Voz da Madeira | Abril 2013

114

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PUBLICIDADE

Page 115: Voz da Madeira | Abril 2013

115

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PUBLICIDADE

Page 116: Voz da Madeira | Abril 2013

116

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PUBLICIDADE

Page 117: Voz da Madeira | Abril 2013

117

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PUBLICIDADE

Page 118: Voz da Madeira | Abril 2013

118

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PUBLICIDADE

Page 119: Voz da Madeira | Abril 2013

119

É

PR

EC

IS

O

FA

LA

R

AL

TO

P

AR

A

QU

E

SE

O

A

LO

NG

E

|

WW

W.

VO

ZD

AM

AD

EI

RA

.P

T

PUBLICIDADE

Page 120: Voz da Madeira | Abril 2013

www.vozdamadeira.pt

VOZ DA MADEIRA MOBILE

Aceda ao Voz da Madeira através do seu dispostitivo móvel. Digite no seu browser http://m.vozdamadeira.pt e adicione a página ao ecrá principal para consultar a nossa publicação de forma mais cómoda e com acesso mais célere.

VOZ DA MADEIRA VERSÃO IMPRESSA

Através do nosso portal http://www.vozdamadeira.pt poderá imprimir o Voz da Madeira.Terá de descarregar o ficheiro e guardar a versão PDF no seu ambiente de trabalho. Assim ficará apto a imprimir o documento.