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Fundamentos do Velho Testamento CPD Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 1

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apostila do professor israel

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 1

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I. AS LÍNGUAS DO VELHO TESTAMENTO

O Velho Testamento foi escrito em duas línguas semíticas: o hebraico e o aramaico. 1. Aramaico

O aramaico, língua que tem origem bem próxima do hebraico, e não derivado deste, é o idioma em que estão escritas as passagens de Dn 2:4-7; Ed 4:8 - 6:18; 7:12-26; Jr 10:11; duas palavras em Gn 31:47. A referência em II Re 18:26 demonstra que, já no tempo de Senaqueribe (705-681 a.C.), o aramaico era um idioma diplomático. No império persa (550-450) esse era o idioma oficial. A forma escrita é a mesma que no hebraico, pois o aramaico tem aproximadamente as mesmas características fonológicas.

Sete dialetos do Aramaico Ocidental eram falados na época de Jesus. Eles eram provavelmente distintos ainda que mutuamente inteligíveis. O Velho Judaico era o dialeto proeminente de Jerusalém e da Judéia. A Samaria tinha seu Aramaico Samaritano distinto, onde as consoantes 'he', 'heth' e '`ayin' todas se tornaram pronunciadas como 'aleph'. O Aramaico Galileu, a língua da região natal de Jesus só é conhecida de alguns poucos lugares, das influências no Targúmico Galileu, de alguma literatura dos rabinos e algumas poucas cartas privadas. Ela parece ter um número de características distintas, como: ditongos nunca são simplificados a "monotongos". A leste do Jordão, os vários dialetos de Jordaniano Oriental eram falados. Na região de Damasco e no Líbano, o Aramaico Damasceno era falado (deduzido na sua maioria do Aramaico Ocidental Moderno. Finalmente, bem ao norte, como em Aleppo, o dialeto do Aramaico de Orontes era falado.

Além desses dialetos de Aramaico, o Grego era usado extensivamente nos centros urbanos. Há pouca evidência do uso do Hebraico durante esse período. Algumas palavras em Hebraico continuaram como parte do vocabulário Aramaico Judeu (em sua maior parte palavras religiosas, mas também algumas do cotidiano, como `ēṣ, árvore) e a língua escrita do Tanakh era lida e entendida pelas classes cultas. Contudo, o Hebraico deixou de ser a língua do dia a dia. Em adição, as várias palavras no contexto Grego do Novo Testamento que não são traduzidas, são claramente Aramaico ao invés de Hebraico.

2. O hebraico O Hebraico pertence ao grupo ocidental dos idiomas semíticos. No antigo testamento é

chamado de “a língua de Canaã” (Is 19:18), ou “judaico” (II Re 18:26;Is 36:11 e Ne 13:24). A primeira designação “hebraico” ocorre pela primeira vez no livro de Ben-Siraque (130 a.C).

Umas das características dos idiomas semíticos e a raiz tri-consonatal que age como uma espécie de arcabouço para uma série de padrões vocálicos. Os sinais vocálicos não eram usados, mas, em conseqüência de certas alterações fonéticas, surgiram soletrações etimológicas em w e y, e essas letras passaram então a ser usadas em outros lugares a fim de representarem as vogais longas.

Quando o hebraico entrou em declínio como língua falada, foram inventados os sinais vocálicos com a finalidade de conservar a pronúncia aproximada das palavras. Este sinais foram inventados pelos massoretas (de “massorah” que significa tradição - eles viveram entre os século V e X d.C.). Por isso, esses sinais são também chamados de sinais massoréticos.

Sinais massoréticos

a ¨n / ma ©n / ma e ¥n / mê ¤n / me i ¦n / mi h¦n / mi o «n / mo ¨n / mô In / mô u ªn / mu Un /mu

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¨n: este sinal massorético, de acordo com a etimologia da palavra, pode corresponder tanto a letra “o” como a letra “a” do alfabeto português.

Exemplo:

h k¢j (hºli) = doença i¨,²b (Nathan) = Natã

Alfabeto Hebraico Nome Letra Pronúncia provável Palavra Tradução

‘aleph

t

‘ - Consoante muda, como o h de homem

ct

pai

c Som equivalente a b, só que aspirado; algo parecido com v oh cIy bons beth B b i�C filho

g Som equivalente a g de gato, porém aspirado s³d�C agir gimel D g (como de gato) hID povo

d Som equivalente ao th da palavra inglesa this o¨st homem, Adão daleth S d r"cS palavra, coisa

h Som equivalente ao h da palavra inglesa his th¦v Ela he V Som equivalente ao h da palavra inglesa his V�F&k©n O rei dela

waw w v/w (em algumas palavras como a vogal o ou u) i®u¨t sofrimento

zayin z z r²z forasteiro

heth x Som equivalente ao j do espanhol trabajo h k¢j doença

Teth j t cIy bom

yodh y i rh g cidade

k / l Som equivalente a k, porém aspirado rIf&C primogênito kaph

K q (como em queijo) ,©r�F Cortar / fazer

lamedh l l tO não

mem m / o m Q/k¤n rei

nun n / i n h°b£t Eu

samekh s s xUx cavalo

‘ayin [ ‘ i¤s�g Éden

p / ; Som equivalente ao p, porém aspirado; algo parecido com f y"p¨a julgar pe

P p r"P touro

tsadeh c / . Som inexistem em português, equivalente ao zz do italiano pizza

eh¦S"m justo

qoph q Som inexistente em Português, equivalente ao nosso q, só que pronunciado mais enfaticamente com a língua retraída

oUe estável

resh r r v/g«r pastor

sin f s ra�C carne

shin v sh oh ©nJ céus

t Som equivalente ao th do inglês thin t¨yj pecado taw

T t v¨rIT Lei

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3. Vocabulário

Tradução Tradução Tradução Tradução ct pai

,h"C casa

r�cS palavra

s«t§n muito

i�C filho oIk¨J paz o¨S sangue v�k«g holocausto

kIe voz v¨rIT lei r"P touro J/p®b alma

Jh¦t homem eh¦S"m Justo, reto y"p¨J julgar ©jUr espírito

o ¥J nome i¨,²b Nata c¤r/g tarde ,h¦r&C aliança

i¥v«F sacerdote v¤a«n Moisés hID povo oh¦r�c§S palavras

th¦v ela h³b«s£t adonay ra�C Carne oh ©nJ céus

tUv ele r©v monte .�g árvore o°h ©n águas

rh g cidade J¤n¤ ¤J sol h¦r£t leão o°hb�P face

cIy bom .¤r¤t terra h k¢j doença o²h mar

oIh dia Q/k¤n Rei r¤e«C manhã ,¤n¡t verdade

rIt luz ,"C Filha rIC sepultura g©r®z semente

tO não o¥t mãe k©t²D resgatar s¤x¤j bondade

k¥t Deus r"g©©J porta k"k¨v louvar J¤s«e santidade

h°b£t eu t¥X F trono t¨yj pecar i¤s�g Éden

o"g povo v¨¨J¦t mulher r²z forasteiro oIH©v hoje

xUx cavalo o¤j/k pão i¨j&kª ªJ mesa ,°h "C casa

o¨st homem iIst senhor v©Jn ungir eh¦S"m Justo, reto

r©J©©h ser reto, justo v¨ns£t terra v¨rIT lei g©r mal

r²z²u culpado i°h©e Cain o°h"k¨J Ur±h Jerusalém oh°b�C filhos

th¦a²b príncipe r²dv Agar J©se ser santo c©v¨t amar

v/g«r pastor Jt«r cabeça ,©r�F Cortar/fazer ,Un morrer

oh cIy bons oUe estável v²h¨j Ser vivente ,IcIy boa

4. Frases

Ao fazermos a leitura de textos na língua hebraica não devemos nos esquecer que esta língua tem uma particularidade: sua leitura deve ser efetuada da direita apara a esquerda. Vejamos alguns exemplos.

.¤rt¨v ,¥t±u oh ©nA©v ,¥t oh¦vO¡t tr�C ,h¦Jt¥r&C (Gn 1:1) No princípio criou Deus os céus e a terra

oIv§, h¯b&P-k"g Q¤a«j±u Uv«c²u Uv«, v¨,±h¨v .¤rt¨v±u (Gn 1:2)

E a terra estava sem forma e vazia; e havia trevas sobre a face do abismo

o°h¨N©v h¯b&P-k"g ,/p¤j©r§n oh¦vO¡t ©jUr±u E o Espírito de Deus pairava sobre as águas

rIt hv±h³u rIt h¦v±h oh¦vO¡t r¤nt«H³u (Gn 1:3) E disse Deus: haja luz e houve luz

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5. O Texto Hebraico Consonantal

GÊNESIS 1 e 2:1-17

#rah taw ~ymvh ta ~yhla arb tyvarb 1 ~ymh ynpÄl[ tpxrm ~yhla xwrw ~wht ynpÄl[ $vxw whbw wht htyh #rahw 2 rwaÄyhyw rwa yhy ~yhla rmayw 3

$vxh !ybw rwah !yb ~yhla ldbyw bwjÄyk rwahÄta ~yhla aryw 4 dxa ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw hlyl arq $vxlw ~wy rwal ~yhla arqyw 5

~yml ~ym !yb lydbm yhyw ~ymh $wtb [yqr yhy ~yhla rmayw 6 !kÄyhyw [yqrl l[m rva ~ymh !ybw [yqrl txtm rva ~ymh !yb ldbyw [yqrhÄta ~yhla f[yw 7

ynv ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw ~ymv [yqrl ~yhla arqyw 8 !kÄyhyw hvbyh hartw dxa ~wqmÄla ~ymvh txtm ~ymh wwqy ~yhla rmayw 9

bwjÄyk ~yhla aryw ~ymy arq ~ymh hwqmlw #ra hvbyl ~yhla arqyw 10 !kÄyhyw #rahÄl[ wbÄw[rz rva wnyml yrp hf[ yrp #[ [rz [yrzm bf[ avd #rah avdt ~yhla rmayw 11

bwjÄyk ~yhla aryw whnyml wbÄw[rz rva yrp hf[ #[w whnyml [rz [yrzm bf[ avd #rah acwtw 12 yvylv ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw 13

~ynvw ~ymylw ~yd[wmlw ttal wyhw hlylh !ybw ~wyh !yb lydbhl ~ymvh [yqrb tram yhy ~yhla rmayw 14 !kÄyhyw #rahÄl[ ryahl ~ymvh [yqrb trwaml wyhw 15

~ybkwkh taw hlylh tlvmml !jqh rwamhÄtaw ~wyh tlvmml ldgh rwamhÄta ~yldgh tramh ynvÄta ~yhla f[yw 16 #rahÄl[ ryahl ~ymvh [yqrb ~yhla ~ta !tyw 17

bwjÄyk ~yhla aryw $vxh !ybw rwah !yb lydbhlw hlylbw ~wyb lvmlw 18 y[ybr ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw 19

~ymvh [yqr ynpÄl[ #rahÄl[ @pw[y @w[w hyx vpn #rv ~ymh wcrvy ~yhla rmayw 20 bwjÄyk ~yhla aryw whnyml @nk @w[Älk taw ~hnyml ~ymh wcrv rva tfmrh hyxh vpnÄlk taw ~yldgh ~nynthÄta ~yhla arbyw 21

#rab bry @w[hw ~ymyb ~ymhÄta walmw wbrw wrp rmal ~yhla ~ta $rbyw 22 yvymx ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw 23

!kÄyhyw hnyml #raÄwtyxw fmrw hmhb hnyml hyx vpn #rah acwt ~yhla rmayw 24 bwjÄyk ~yhla aryw whnyml hmdah fmrÄlk taw hnyml hmhbhÄtaw hnyml #rah tyxÄta ~yhla f[yw 25

#rahÄl[ fmrh fmrhÄlkbw #rahÄlkbw hmhbbw ~ymvh @w[bw ~yh tgdb wdryw wntwmdk wnmlcb ~da hf[n ~yhla rmayw 26 ~ta arb hbqnw rkz wta arb ~yhla ~lcb wmlcb ~dahÄta ~yhla arbyw 27

#rahÄl[ tfmrh hyxÄlkbw ~ymvh @w[bw ~yh tgdb wdrw hvbkw #rahÄta walmw wbrw wrp ~yhla ~hl rmayw ~yhla ~ta $rbyw 28 hlkal hyhy ~kl [rz [rz #[Äyrp wbÄrva #[hÄlkÄtaw #rahÄlk ynpÄl[ rva [rz [rz bf[ÄlkÄta ~kl yttn hnh ~yhla rmayw 29

!kÄyhyw hlkal bf[ qryÄlkÄta hyx vpn wbÄrva #rahÄl[ fmwr lklw ~ymvh @w[Älklw #rah tyxÄlklw 30 yvvh ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw dam bwjÄhnhw hf[ rvaÄlkÄta ~yhla aryw 31

~abcÄlkw #rahw ~ymvh wlkyw 1 hf[ rva wtkalmÄlkm y[ybvh ~wyb tbvyw hf[ rva wtkalm y[ybvh ~wyb ~yhla lkyw 2 twf[l ~yhla arbÄrva wtkalmÄlkm tbv wb yk wta vdqyw y[ybvh ~wyÄta ~yhla $rbyw 3

~ymvw #ra ~yhla hwhy twf[ ~wyb ~arbhb #rahw ~ymvh twdlwt hla 4

hmdahÄta db[l !ya ~daw #rahÄl[ ~yhla hwhy ryjmh al yk xmcy ~rj hdfh bf[Älkw #rab hyhy ~rj hdfh xyf lkw 5 hmdahÄynpÄlkÄta hqvhw #rahÄ!m hl[y daw 6

hyx vpnl ~dah yhyw ~yyx tmvn wypab xpyw hmdahÄ!m rp[ ~dahÄta ~yhla hwhy rcyyw 7 rcy rva ~dahÄta ~v ~fyw ~dqm !d[bÄ!g ~yhla hwhy [jyw 8

[rw bwj t[dh #[w !gh $wtb ~yyxh #[w lkaml bwjw harml dmxn #[Älk hmdahÄ!m ~yhla hwhy xmcyw 9 ~yvar h[bral hyhw drpy ~vmw !ghÄta twqvhl !d[m acy rhnw 10

bhzh ~vÄrva hlywxh #raÄlk ta bbsh awh !wvyp dxah ~v 11 ~hvh !baw xldbh ~v bwj awhh #rah bhzw 12

vwk #raÄlk ta bbwsh awh !wxyg ynvh rhnhÄ~vw 13 trp awh y[ybrh rhnhw rwva tmdq $lhh awh lqdx yvylvh rhnh ~vw 14

hrmvlw hdb[l !d[Ä!gb whxnyw ~dahÄta ~yhla hwhy xqyw 15 lkat lka !ghÄ#[ lkm rmal ~dahÄl[ ~yhla hwhy wcyw 16

twmt twm wnmm $lka ~wyb yk wnmm lkat al [rw bwj t[dh #[mw 17

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II. OS NOMES DE DEUS NO ANTIGO TESTAMENTO

Gênesis 1 e 2:1-17

#rah taw ~ymvh ta ~yhla arb tyvarb 1 ~ymh ynpÄl[ tpxrm ~yhla xwrw ~wht ynpÄl[ $vxw whbw wht htyh #rahw 2 rwaÄyhyw rwa yhy ~yhla rmayw 3

$vxh !ybw rwah !yb ~yhla ldbyw bwjÄyk rwahÄta ~yhla aryw 4 dxa ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw hlyl arq $vxlw ~wy rwal ~yhla arqyw 5

~yml ~ym !yb lydbm yhyw ~ymh $wtb [yqr yhy ~yhla rmayw 6 !kÄyhyw [yqrl l[m rva ~ymh !ybw [yqrl txtm rva ~ymh !yb ldbyw [yqrhÄta ~yhla f[yw 7

ynv ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw ~ymv [yqrl ~yhla arqyw 8 !kÄyhyw hvbyh hartw dxa ~wqmÄla ~ymvh txtm ~ymh wwqy ~yhla rmayw 9

bwjÄyk ~yhla aryw ~ymy arq ~ymh hwqmlw #ra hvbyl ~yhla arqyw 10 !kÄyhyw #rahÄl[ wbÄw[rz rva wnyml yrp hf[ yrp #[ [rz [yrzm bf[ avd #rah avdt ~yhla rmayw 11

bwjÄyk ~yhla aryw whnyml wbÄw[rz rva yrp hf[ #[w whnyml [rz [yrzm bf[ avd #rah acwtw 12 yvylv ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw 13

~ynvw ~ymylw ~yd[wmlw ttal wyhw hlylh !ybw ~wyh !yb lydbhl ~ymvh [yqrb tram yhy ~yhla rmayw 14 !kÄyhyw #rahÄl[ ryahl ~ymvh [yqrb trwaml wyhw 15

~ybkwkh taw hlylh tlvmml !jqh rwamhÄtaw ~wyh tlvmml ldgh rwamhÄta ~yldgh tramh ynvÄta ~yhla f[yw 16 #rahÄl[ ryahl ~ymvh [yqrb ~yhla ~ta !tyw 17

bwjÄyk ~yhla aryw $vxh !ybw rwah !yb lydbhlw hlylbw ~wyb lvmlw 18 y[ybr ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw 19

~ymvh [yqr ynpÄl[ #rahÄl[ @pw[y @w[w hyx vpn #rv ~ymh wcrvy ~yhla rmayw 20 bwjÄyk ~yhla aryw whnyml @nk @w[Älk taw ~hnyml ~ymh wcrv rva tfmrh hyxh vpnÄlk taw ~yldgh ~nynthÄta ~yhla arbyw 21

#rab bry @w[hw ~ymyb ~ymhÄta walmw wbrw wrp rmal ~yhla ~ta $rbyw 22 yvymx ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw 23

!kÄyhyw hnyml #raÄwtyxw fmrw hmhb hnyml hyx vpn #rah acwt ~yhla rmayw 24 bwjÄyk ~yhla aryw whnyml hmdah fmrÄlk taw hnyml hmhbhÄtaw hnyml #rah tyxÄta ~yhla f[yw 25

#rahÄl[ fmrh fmrhÄlkbw #rahÄlkbw hmhbbw ~ymvh @w[bw ~yh tgdb wdryw wntwmdk wnmlcb ~da hf[n ~yhla rmayw 26 ~ta arb hbqnw rkz wta arb ~yhla ~lcb wmlcb ~dahÄta ~yhla arbyw 27

#rahÄl[ tfmrh hyxÄlkbw ~ymvh @w[bw ~yh tgdb wdrw hvbkw #rahÄta walmw wbrw wrp ~yhla ~hl rmayw ~yhla ~ta $rbyw 28 hlkal hyhy ~kl [rz [rz #[Äyrp wbÄrva #[hÄlkÄtaw #rahÄlk ynpÄl[ rva [rz [rz bf[ÄlkÄta ~kl yttn hnh ~yhla rmayw 29

!kÄyhyw hlkal bf[ qryÄlkÄta hyx vpn wbÄrva #rahÄl[ fmwr lklw ~ymvh @w[Älklw #rah tyxÄlklw 30 yvvh ~wy rqbÄyhyw br[Äyhyw dam bwjÄhnhw hf[ rvaÄlkÄta ~yhla aryw 31

~abcÄlkw #rahw ~ymvh wlkyw 1 hf[ rva wtkalmÄlkm y[ybvh ~wyb tbvyw hf[ rva wtkalm y[ybvh ~wyb ~yhla lkyw 2 twf[l ~yhla arbÄrva wtkalmÄlkm tbv wb yk wta vdqyw y[ybvh ~wyÄta ~yhla $rbyw 3

~ymvw #ra ~yhla hwhy twf[ ~wyb ~arbhb #rahw ~ymvh twdlwt hla 4 hmdahÄta db[l !ya ~daw #rahÄl[ ~yhla hwhy ryjmh al yk xmcy ~rj hdfh bf[Älkw #rab hyhy ~rj hdfh xyf lkw 5

hmdahÄynpÄlkÄta hqvhw #rahÄ!m hl[y daw 6 hyx vpnl ~dah yhyw ~yyx tmvn wypab xpyw hmdahÄ!m rp[ ~dahÄta ~yhla hwhy rcyyw 7

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trp awh y[ybrh rhnhw rwva tmdq $lhh awh lqdx yvylvh rhnh ~vw 14 hrmvlw hdb[l !d[Ä!gb whxnyw ~dahÄta ~yhla hwhy xqyw 15 lkat lka !ghÄ#[ lkm rmal ~dahÄl[ ~yhla hwhy wcyw 16

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Gênesis 12:1-3 Çara rva #raÇhÄla $Çyba tybÇmÇw $ÇtdlwmÇmÇw $ÇcraÇm $ÇlÄ$l ~rbaÄla hwhy rmayÇw 1

hkrb hyhÇw $Çmv hldgaÇw $ÇkrbaÇw lwdg ywgÇl $Çf[aÇw 2 hmdaÇh txpvm lk $Çb wkrbnÇw raa $ÇllqmÇw $Çykrbm hÇkrbaÇw 3

Gênesis 26:2-6

$Çyla rma rva #raÇb !kv hÇmyrcm drtÄla rmayÇw hwhy wÇyla aryÇw 2 $Çyba ~hrbaÇl yt[bvn rva h[bvÇhÄta ytmqhÇw laÇh tcraÇhÄlkÄta !ta $Ç[rzÇlÇw $ÇlÄyk $ÇkrbaÇw $Çm[ hyhaÇw tazÇh #raÇb rwg

3 #raÇh yywg lk $Ç[rzÇb wkrbthÇw laÇh tcraÇhÄlk ta $Ç[rzÇl yttnÇw ~ymvÇh ybkwkÇk $Ç[rzÄta ytybrhÇw 4

yÇtrwtÇw yÇtwqx yÇtwcm yÇtrmvm rmvyÇw yÇlqÇb ~hrba [mvÄrva bq[ 5 rrgÇb qxcy bvyÇw 6

Gênesis 2810-16

hÇnrx $lyÇw [bv rabÇm bq[y acyÇw 10 awhÇh ~wqmÇb bkvyÇw wÇytvarm ~fyÇw ~wqmÇh ynbaÇm xqyÇw vmvÇh abÄyk ~v !lyÇw ~wqmÇb [gpyÇw 11

wÇb ~ydryÇw ~yl[ ~yhla ykalm hnhÇw hÇmymvÇh [ygm wÇvarÇw hÇcra bcm ~ls hnhÇw ~lxyÇw 12 $Ç[rzÇlÇw hnÇnta $Çl hÇyl[ bkv hta rva #raÇh qxcy yhlaÇw $Çyba ~hrba yhla hwhy yna rmayÇw wÇyl[ bcn hwhy hnhÇw 13

$Ç[rzÇbÇw hmdaÇh txpvmÄlk $Çb wkrbnÇw hÇbgnÇw hÇnpcÇw hÇmdqÇw hÇmy tcrpÇw #raÇh rp[Çk $Ç[rz hyhÇw 14 $Çl ytrbdÄrva ta ytyf[Ä~a rva d[ $Çbz[a al yk tazÇh hmdaÇhÄla $ÇytbvhÇw $ltÄrva lkÇb $ÇytrmvÇw $Çm[ ykna hnhÇw 15

yt[dy al yknaÇw hzÇh ~wqmÇb hwhy vy !ka rmayÇw wÇtnvÇm bq[y #qyyÇw 16

Êxodo 3:13-18 ~hÇla rma hm wÇmvÄhm yÇlÄwrmaÇw ~kÇyla ynÇxlv ~kÇytwba yhla ~hÇl ytrmaÇw larfy ynbÄla ab ykna hnh ~yhlaÇhÄla hvm rmayÇw

13 ~kÇyla ynÇxlv hyha larfy ynbÇl rmat hk rmayÇw hyha rva hyha hvmÄla ~yhla rmayÇw 14

rd rdÇl yÇrkz hzÇw ~l[Çl yÇmvÄhz ~kÇyla ynÇxlv bq[y yhlaÇw qxcy yhla ~hrba yhla ~kÇytba yhla hwhy larfy ynbÄla rmatÄhk hvmÄla ~yhla dw[ rmayÇw 15

~yrcmÇb ~kÇl ywf[ÇhÄtaÇw ~kÇta ytdqp dqp rmaÇl bq[yÇw qxcy ~hrba yhla yÇla harn ~kÇytba yhla hwhy ~hÇla trmaÇw larfy ynqzÄta tpsaÇw $l 16

vbd Çw blx t bz #r a Äla y s w by ÇhÇw y w x ÇhÇw y zr p ÇhÇw y r m a ÇhÇw y tx ÇhÇw y n [n k Çh #r a Äla ~yr cm yn[Çm ~k Çt a hl[a r ma Çw 17 w n Çy hla hw hy Çl hx bzn Çw r bd m Çb ~y m y t vlv $ r d a n Ähk ln ht [Çw w n Çy l[ hr qn ~y yr b[Çh y hla hw hy w Çy la ~t r ma Çw ~y rc m $ lm Äla la r f y

y n qzÇw ht a ta bÇw $ ÇlqÇl w [m v Ç w 18

Daniel 9:1-4 ~ydfk twklm l[ $lmh rva ydm [rzm vwrwvxaÄ!b vwyrdl txa tnvb 1

hnv ~y[bv ~lvwry twbrxl twalml aybnh hymryÄla hwhyÄrbd hyh rva ~ynvh rpsm ~yrpsb ytnyb laynd yna wklml txa tnvb 2 rpaw qfw ~wcb ~ynwnxtw hlpt vqbl ~yhlah yndaÄla ynpÄta hntaw 3

wytwcm yrmvlw wybhal dsxhw tyrbh rmv arwnhw lwdgh lah ynda ana hrmaw hdwtaw yhla hwhyl hllptaw 4

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III. A CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO

LIVROS DO ANTIGO TESTAMENTO (LXX) LIVROS DO VELHO TESTAMENTO (TM)

A Lei

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IV. INTERPRETANDO O VELHO TESTAMENTO

Segundo as Escrituras Sagradas os dois Testamentos, que ela compõem, estão em um constante fluxo e refluxo de interpretação, ou seja, tanto o V.T. deve ser interpretado à luz do N.T. como o N.T. à luz do V.T.

Neste movimento interpretativo temos a relação entre sombra e realidade, antítipo e tipo, profecia verbalizada e profecia cumprida (Cl 2:16,17; Hb 10:1 / Hb 7:1-3; Jo 1:29; At 2:29-36; Mt 1:1-16).

Diante deste fato, necessário se faz que entendamos alguns aspectos da revelação bíblia no Velho Testamento:

a) Ela não é exaustiva, ou seja, não trata sobre todos os assuntos e de uma forma completa. Exemplo disto é a doutrina da expiação e intercessão limitada de Cristo (Ex 39:6-14 - Lv 16:20,21).

b) Ela é progressiva (Ex. O plano da salvação, a Trindade, escatologia, etc)

c) Ela é, em muitos fatos e aspectos, uma sombra (Cl 2:16,17; Hb 10:1), e, como sombra, devem ser consideradas algumas verdades:

c.1 Uma sombra é incompleta: a circuncisão era menos abrangente quando comparada ao batismo, pois aquela era ministrada tão somente aos descendestes do sexo masculino (Gn 17:10), já este tanto aos homens como às mulheres (At 16:14,15).

c.2 Uma sombra é transitória: em sua própria essência, toda sombra se esvai

quando vem plena luz e quando a realidade que representa se aproxima mais e mais, até assumir completamente o seu lugar (Dn 9:26,27; Hb 9:1, 10, 11); ou seja, apresença da realidade exclui necessariamente a sombra.

c.3 Não é o retrato real do que representa: embora se assemelhe a realidade,

a sombra nada mais é do que um contorno daquilo que representa (Hb 10:1). Exemplo disto temos a cerimônia da unção naqual o óleo representava a presença do Espírito Santo na vida daquele que era ungido.

c.4 Apresenta parcialmente a realidade: as várias cerimônias existentes na lei

mosaica nos demonstram que o ministério de Cristo, em sua totalidade, não poderia ser representado por apenas um só ato cerimonial ou litúrgico (Cl 2:16,17; Lv 16:5-10)

c.5 Aponta para uma realidade: os rituais do V.T. não foram dados por Deus

em função de si mesmos (I Co 7:19), mas para comunicar ao seu povo realidades futuras que certamente já existiam e que estavam “prestes” a se manifestarem (Cl 2:16,17). A sombra era, portanto, a testemunha daquilo que certamente Deus faria.

d) Ela é profética, no sentido em que Deus inspirou homens santos a proclamarem e escreverem sobre fatos que ainda viriam acontecer na nova dispensação (Mt 1:18-23; At 2:29-36).

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Profecia Onde Cumprimento

Como Filho de Deus Sl 2.7 Lc 1.32,35 Como descendente de mulher Gn 3.15 Gl 4.4 Como descendente de Abraão Gn 17.7; 22.18 Gl 3.16 Como descendente de Isaque Gn 21.12 Hb 11.17-19 Como descendente de Davi Sl 132.11; Jr 23.5 At 13.23; Rm 1.3 Sua vinda em tempo certo Gn 49.10; Dn 9.23,25 Lc 2.1 Seu nascer de uma virgem Is 7.14 Mt 1.18; Lc 2.7 Ser chamado Emanuel Is 7.14 Mt 1.22,23 Nascer em Belém Mq 5.2 Mt 2.1; Lc 2.4-6 Grandes viriam adorá-lo Sl 72.10 Mt 2.1-11 Matança dos meninos de Belém Jr 31.15 Lc 2.16-18 Ter chamado do Egito Os 11.1 Mt 2.15 Ser precedido por João Is 40.3; Ml 3.1 Mt 3.1-3; Lc 1.17 Sua unção com o Espírito Sl 45.7; Is 11.2, 61.1 Mt 3.16; Jo 3.34; At 10.38 Ser profeta semelhante a Moisés Dt 18.15-18 At 3.20-22 Ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque Sl 110.4 Hb 5.5,6 Sua entrada no ministério publico Is 61.1,2 Lc 4.16-21, 43 Se ministério iniciado na galiléia Is 9.1,2 Mt 4.12-16, 23 Sua entrada publica em Jerusalém Zc 9.9 Mt 21.1-5 Sua vinda ao templo Ag 2.7,9; Ml 3.1 Mt 21.12; Lc 2.27-32; Jo 2.13-16 Sua pobreza Is 53.2 Mc 6.3; Lc 9.58 Sua humildade e falta de ostentação Is 42.2 Mt 12.15,16,19 Sua ternura e compaixão Is 40.11; 42.3 Mt 12.15, 20; Hb 4.15 Sua ausência de engano Is 53.9 1Pe 2.22 Seu zelo Sl 69.9 Jo 2.17 Sua pregação por parábola Sl 78.2 Mt 13.34,35 Seus milagres Is 35.5,6 Mt 11.4-6; Jo 11.47 Ter sido injuriado Sl 22.6; 69.7,9,20 Rm 15.3 Ter sido rejeitado por seus irmãos Sl 69.8; Is 63.3 Jo 1.11; 7.3 Ser uma pedra de escândalo aos judeus Is 8.14 Rm 9.32; 1Pe 2.8 Ter sido odiado pelos judeus Sl 69.4; Is 49.7 Jo 15.24,25 Ter sido rejeitado pelos lideres judeus Sl 118.22 Mt 21.42; Jo 7.48 Os judeus e os gentios, contra Ele Sl 2.1,2 Lc 23.12; At 4.27 Seria traído por um amigo Sl 41.9; 55.12-14 Jo 13.18-21 Seus discípulos O abandonariam Zc 13.7 Mt 26.31-56 Seria vendido por trinta moedas Zc 11.12 Mt 26.15 Seu preço seria dado pelo campo do oleiro Zc 11.13 Mt 27.7 A intensidade de seus sofrimentos Sl 22.14,15 Lc 22.42,44 Seu sofrimento em lugar de outros Is 53.4-6,12 Mt 20.28 Sua paciência e silencio sob os sofrimentos Is 53.7 Mt 26.63; 27 12-14 Ser esbofeteado Mq 5.1 Mt 27.30 Sua aparência maltratada Is 52.14; 53.3 Jo 19.5 Terem-No cuspido e flagelado Is 50.6 Mt 14.65; Jo 19.1 Cravação de seus pés e mãos à cruz Sl 22.16 Jo 19.18; 20.25 Ter sido esquecido por Deus Sl 22.1 Mt 27.46 Ter sido zombado Sl 22.7,8 Mt 27.39-44 Mel e vinagre ser-Lhe-iam dados Sl 69.21 Mt 27.34 Suas vestes seriam divididas e sortes lançadas Sl 22.18 Mt 27.35 Seria contado com os transgressores Is 53.12 Mc 15.28 Sua intercessão pelos Seus assassinos Is 53.12 Lc 23.34 Sua morte Is 53.12 Mt 27.50 Nenhum dos Seus ossos seria quebrado Ex 12.46; Sl 34.20 Jo 19.33,36 Seria traspassado Zc 12.10 Jo 19.34,37 Seria sepultado com o rico Is 53.9 Mt 27.57-60 Não veria a corrupção Sl 16.10 At 2.31 Sua ressurreição Sl 16.10; Is 26.19 Lc 2.6,31,34 Sua ascensão Sl 68.18 Lc 24.51; At 1.9 Seu assentar à direita de Deus Sl 110.1 Hb 1.3 Seu exercer o oficio sacerdotal, no céu Zc 6.13 Rm 8.34 Seria a pedra principal da igreja Is 28.16 1Pe 2.6,7 Seria Rei em Sião Sl 2.6 Lc 1.32; Jo 18.33-37 Conversão dos gentios a Ele Is 11.10; 42.1 Mt 1.17-21; Jo 10.16; At 10.45-47 Seu governo reto Sl 45.6,7 Jo 5.30; Ap 19.11 Seu domínio universal Sl 72.8; Dn 7.14 Fp 2.9-11 A perpetuidade de Seu reino Is 9.7; Dn 7.14 Lc 1.32,33

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V. A LINHA HISTÓRICA O Velho Testamento compreende um espaço de tempo de milhares anos, pois é o registro

do que ocorreu entre a criação de todas as coisas (Gn 1:1) até última profecia a respeito da vinda do Messias (Ml 4:2). Neste caminhar da humanidade podemos destacar os seguintes fatos históricos que são importantes na história do povo de Israel e sua relação com a revelação do Novo Testamento.

1. A Criação

O Velho Testamento logo em seu início nos apresenta elohim (~yhla~yhla~yhla~yhla) criando todas as coisas. O registro da criação é um dos argumentos das Escrituras para afirmar o direito que Deus tem sobre tudo que nos rodeia, e sobre nós mesmos. O texto de Gênesis desconhece a teoria da evolução. Para o escritor sagrado, tudo quando existe é obra de um único Deus (~yhla~yhla~yhla~yhla) pessoal que, em seu infinito poder e graça, comunica a realidade de sua existência aos homens, criados à sua imagem e semelhança.

2. O Pacto das Obras

Tendo criado os seres humanos à sua imagem e semelhança (Gn 1:26), o Senhor Deus (~yhla hwhy~yhla hwhy~yhla hwhy~yhla hwhy) estabelece com estes um pacto de obras (Gn 2:16,17), através do qual Ele promete a perpetuidade da vida edêmica através da obediência perfeita de nossos primeiros pais. Que as palavras de Gn 2:16,17 são palavras pactuais, isto nós sabemos pois nelas encontramos os seguintes elementos:

a. Duas partes envolvidas: estas partes envolvidas logicamente são a humanidade, representada em Adão, e Deus, como criador e soberano sobre todas as coisas.

b. Uma promessa: a promessa é a vida eterna

c. Uma condição: plena obediência no ato de não comer da árvore do conhecimento do bem e do mal.

d. Uma sentença de juízo: a morte Neste pacto Deus não propôs nada que estivesse além daquilo que Adão e Eva poderiam

realizar. Muito pelo contrário, Deus concedeu a eles todos os meios e condições para que triunfassem sobre a prova. Vejamos:

a. Eles foram criados seres racionais (Gn 1:26; 2:16,17), portanto entenderam a proposta de Deus.

b. Foram criados positivamente retos (Ec 7:29), portanto poderiam praticar o bem. c. Possuíam livre arbítrio o que tornava cada ação uma livre expressão da vontade

de cada um. d. Tinham uma excelente motivação material para não desobedecerem: a vida

eterna e. Tinham uma infinita motivação espiritual para não desobedecerem: a comunhão

com Deus f. Possuíam abundância de alimento. g. Foram orientados enfaticamente sobre o perigo da desobediência.

3. A Queda

Mesmo diante de todas as graças que Deus concedeu aos nossos primeiros pais, eles desobedeceram a lei divina e ficaram sob o domínio da morte. De fato, eles ficaram sob o julgo da morte física, espiritual e eterna. E as conseqüências de tal rebelião se estenderam também a toda descendência deles (Gn 4; Rm 3).

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4. O Anúncio do Pacto da Redenção Como conseqüência da quebra da lei divina, o que caberia ao ser humano

instantaneamente era tão somente o justo juízo de Deus. Entretanto, por mais paradoxal que seja, aquele mesmo que fora o agente da tentação recebe de Deus a demonstração da Sua graça à humanidade caída, prometendo-lhe um salvador que viria para esmagar-lhe a cabeça (Gn 3:15). Aí, então, temos o primeiro registro do pacto da redenção, a promessa de um salvador. E tendo feito esta promessa, o próprio Deus derrama o sangue de um animal e faz para Adão e Eva vestimentas para que se cobrissem. E, aí, então, temos o princípio de cobertura de pecados por morte substitutiva, que norteará todo o Velho Testamento.

4. O Chamado de Noé

Com o crescimento do pecado, Deus separa para si Noé (Gn 6) e salva sua família através de uma arca. Neste ato salvífico Deus confirma o pacto da graça (Gn 9) e à humanidade é dada a continuidade de existência.

5. O Chamado de Abrão

Da linhagem de Sem (Gn 11:10-26), filho de noé, Abrão recebe o chamado de Deus para ir à uma terra que lhe mostraria e na qual ele e sua descendência seriam abençoados ricamente (Gn 12).

De Abraão nasce Isaque, de Isaque nasce Jacó. Até que Jacó viesse a se converter muitas tristezas sua família teria que suportar. Mas no

encontro que teve com Deus no val de Jaboque, seu nome foi mudado para Israel e sua vida transformada. De seus casamentos Jacó, teve doze filhos e destes vieram as doze tribos (Gn 49), que seriam chamadas mais à frente de “povo de Israel”.

6. A Ida de Israel Para o Egito

Avançado em dias, Israel tinha José como filho predileto. Isto causou tanto ódio a seus outros filhos que José foi vendido, por estes, como escravo. Contudo, José tudo sofreu pacientemente até que veio a ser uma grande autoridade no Egito e meio de livramento à sua família que passava grandes necessidades. Através de José, a família toda de Israel foi para o Egito, no qual por anos gozou de toda a consideração das autoridades daquela nação estrangeira (Gn 37 – 50).

7. O Chamado de Moisés

Após a morte de José subiu ao trono egípcio um faraó que começou a explorar os israelitas. Na aflição o povo clama por libertação, e Deus chama Moisés para liberta-lo (Ex 3). Este Moisés, embora viver na corte egípcia como filho da filha do faraó, era na verdade um israelita que pela providência divina havia sido poupado da morte, quando o faraó tinha decretado a morte das crianças hebréias.

Este Moisés, juntamente com seu irmão Arão, apresentam-se a faraó; contudo, mesmo diante de cada praga, o líder egípcio fica cada vez mais duro em seu coração. Com a morte dos primogênitos o povo de Israel e liberado (Ex 12). E isto o povo faz após realizar a primeira páscoa, na qual um cordeiro sem defeito e sem mácula é morto, assado e comido pelas famílias hebréias e seu sangue é posto nos umbrais das portas.

Com Moisés o povo atravessa o Mar Vermelho e caminha rumo a terra que Deus havia prometido a Abraão.

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AS DEZ PRAGAS DO EGITO

Praga

Texto

Aviso

O Deus Egípcio Zombado

O Coração de Faraó

Produziu Efeito em Gósen?

Os Magos Copiaram?

Comentário

Água do rio Nilo

se tornou sangue

7:14-24

Sim

Os deuses do Rio Nilo

Coração dele se endureceu

- 7:22

Sim - 7:20-21

Sim

Ficou 7 dias. O Nilo era um rio sagardo do Egito. Os magos copiaram as pragas, mas

porque? O que pricisaram foi água, não mais sangue. Eles não puderam desfazer

o que Deus tinha feito, nem fazer água para o povo beber.

Rãs

8:1-15

Sim

Pta e Heca - deus

e deusa de cabeça de rã

Endureceu o seu coração -

8:15

Sim - 8:6

Sim

Fizeram de novo. Para que? Não precisaram mais rãs. De novo não

puderam desfazer o que Deus tinha feito. A rã representou para o Egoto a vida

humana em embrião. Deus mostrou que Ele é a fonte de toda vida.

Piolhos

8:16-19

Não

Leb - deus da

terra

Coração dele se endureceu

- 8:19

Sim - 8:17

Não

Piolhos são pulgas ou mosquitos. Esta vez os magos disseram a Faraó que “isto

é o dedo de Deus, 8:19. As pulgas ficaram sobre a terra como o pó.

Moscas

8:20-32

Sim

Quepara - deus-

besouro

Endureceu

ainda esta vez seu coração -

8:32

Não 8:22-23

Não

Um tipo de mosca chamado “mosca de cachorro”que morde a pálpebra, pode dar

doença dos olhos e até cegueira. Começando com esta praga Deus fez diferença entre Egito e Israel, 8:22-23,

11:7. Observa os comprissos de Faraó,, v. 25 e 28.

Pestilênc

ia Gravíssi

ma

9:1-7

Sim

Seráfis (Ápis) –

deus sagrado de Mênfis do gado

O coração de

Faraó se agravou - 9:7

Não 9:4 e 7

Não

Os magos não puderam desfazer nem curar a doença. Uma doença que atacou o gado. Todo gado do Egito morreu, mas

nenhum morreu de Israel.

Sarna

9:8-12

Não

Neite - deusa e rainha do céu

O Senhor

endureceu o coração de Faraó - 9:12

Não - 9:11

Não

Deus nesta praga zombou a deusa e rainha do céu do Egito. Moisés jogou o pó para o céu que deu um tumor ulceroso na pela do povo que doeu demais. Os magos

também pegaram a doença e não puderam adorar a sua deusa e rainha

religiosa.

Saraiva

9:13-35

Sim

Íris - deus da água e

Osiris - deus de fogo

O coração de Faraó se

endureceu - 9:35

Não 9:26

Não

Todos que creram na Palavra de Deus escaparam desta praga, 9:20-21. Deus

mandou saraiva cair na terra e fogo correr no chão. Mostou que seus deuses da água e do fogo eram mesmo nada.

Gafanhotos

10:1-20

Sim

Xu - deus do ar e Sebeque - deus-

inseto

O Senhor

endureceu o coração de

Faraó – 10:20

Não - 10:6

Não

Deus encheu o ar de gafanhotos. Os deuses egípcios (Xu E Sebeque) não puderam fazer nada para não deixar

acontecer. Ó que deuses fracos! Observa o terceiro comprisso oferecido por Faraó,

10:11.

Trevas

10:21-23

Não

Rá - deus-sol. Ele era o deus

principal do Egito

O Senhor

endureceu o coração de

Faraó – 10:27

Não - 10:23

Não

Com esta praga Deus derrubou o deus principal do Egito, Rá, o deus-sol. A

palavra Faraó significa sol, ele era um deus. Egito ficou nas trevas (sem ver

nadinha) durante 3 dias, mas Israel ficou na luz. Observa o quarto comprisso de

Faraó, 10:24.

Morte do primogên

itos

11-12

Não

Jeová reina! Ele destruiu todos os deuses falsos do

Egito. Agora mostra que Ele é

a vida.

Pela última vez o seu

coração se endureceu -

14:1-10, 21-28

Aqueles que

tinham o sangue do

cordeiro não morreram

Não puderam aliviar o povo

Depois disto todos souberam que Deus era o Senhor e Seu nome ficou anunciado em toda a terra. Deus destruiu todo deus falso do Egito. Na morte do primogênito

Deus mostoru que Ele tem na Sua mão o poder de morte e de vida. Depois vamos estudar mais detalhadamente a Páscoa.

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8. O Chamado de Josué Com a morte de Moisés Deus chama Josué para substituí-lo (Js1). Muitas batalhas são

travadas, mas o povo conquista a terra prometida a seus pais (Js 24:14-33).

9. O tempo dos juízes

Shoftim ou Juízes (em hebraico: שפטים) do Velho Testamento que trata da história dos israelitas entre a conquista da terra de Canaã no final da vida de Josué até o estabelecimento do primeiro reinado. Escrito originalmente em hebraico, sua autoria é até hoje incerta, embora alguns afirmem que poderia ter sido profeta Samuel, durante o reinado de Saul, em torno de 1050 a.C..

Juízes retrata um período de aproximadamente três séculos em que os israelitas, encontrando-se na terra prometida, desviaram-se dos mandamentos divinos praticando a idolatria e que por isso chegaram a ser derrotados pelas nações vizinhas ou próximas que passavam a oprimir o povo. Então os israelitas arrependiam-se e pediam a ajuda de Deus. Surgiam assim líderes heróicos para resgatarem o povo de Israel dos inimigos e restabelecerem a obediência à lei mosaica.

O primeiro juiz teria sido Otniel, o qual teria libertado os israelitas do rei Cusã-Risataim. Após a morte de Otniel, os israelitas novamente afastam-se dos mandamentos de Deus e são dominados pelos moabitas. Novamente é levantado um novo juiz, Eúde que livra o povo de seus opressores. Assim, seguem novos períodos sob a liderança dos juízes em que, repetidamente, os israelitas voltam a adorar deuses pagãos, são dominados por outros povos, arrependem-se e são mais uma vez libertos. O último juiz da história dos israelitas foi Sansão, o qual possuía uma força excepcional e teria liderado o povo contra os filisteus, mas foi traído por Dalila ao lhe revelar que o segredo de sua força encontrava-se nos seus cabelos. Entre alguns juízes durante essa época que mais se destacam no livro estão Débora, Gideão e Sansão.

O livro termina relatando a decadência moral dos israelitas, assim concluindo no verso 6 do caítulo 17: Naqueles dias, não havia rei em Israel; cada qual fazia o que achava mais reto.

Cronologicamente pode-se mencionar os seguintes líderes que teriam julgado Israel, com suas respectivas tribos de origem e referências bíblicas:

JUÍZES DE ISRAEL Juíz Origem Texto Bíblico

Otniel Judá Jz 1:11-15; Jz 3:7-11 Eúde Benjamim Jz 3:12-30; Jz 4:1 Sangar desconhecido a origem Jz 3:31; Jz 5:6 Débora Efraim Jz 4:1; Jz 5:31 Gideão Manassés Jz 6:1-8; Jz 6:32 Abimeleque Manassés Jz 8:33-9:57 Tola Issacar Jz 10:1-2 Jair Manassés Jz 10:3-5 Jafté Manassés Jz 10:6-12; Jz 7 Ibsã Judá ou Zebulom Jz 12:8-9 Elom Zebulom Jz 12:11-12 Abdom Efraim Jz 12:13-15 Sansão Dã Jz 13:1-16 e Jz 31

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10. O Reino Vendo Israel que os povos ao seu redor possuíam reis, pedem a Samuel que lhes dê um

rei. Deus se mostra desgostoso com o povo pois tal pedido era a prova que os israelitas não estavam satisfeitos com a teocracia. Saul então é o escolhido (I Sm 10). Porém, sua personalidade instável, ciúme excessivo quanto ao trato do povo a favor de Davi e sua deliberada desobediência a Deus fizeram com este primeiro perdesse o seu reinado para o jovem Davi (I Sm 16).

11. O Chamado de Davi

Com a morte de Saul, Davi reina em Israel. Seu reinado é próspero e os inimigos dos israelitas são postos longe dos muros de Jerusalém. A construção um templo para YAHWEH (hwhy) é dado a seu filho Salomão (I Re 1:11-39), uma vez que Davi havia derramado muito sangue em seu reinado.

Entretanto, antes mesmo de Davi partir, Deus lhe faz a promessa de que nunca lhe faltaria um sucessor em seu trono e que seu reinado seria eterno (II Sm 7:12-16).

12. O Chamado de Salomão

Às portas da morte de Davi, Salomão já experimenta as lutas políticas próprias da monarquia. Seu irmão Adonias (I Re 1:5-10) usurpa o trono; todavia, Nata e Bate-seba advogam a favor de Salomão (I Re 1:11-31) e Davi ordena a Zadoque (o sacerdote) e Natã (o profeta) que proclamem a Salomão como rei sobre Israel. E assim é feito (I Re 1:32-40).

13. A Divisão do reino

Com a proximidade da morte de Salomão, mais uma vês o reinado sofre abalo e cisão. O filho de Salomão, Roboão, sobe ao trono, mas mostra-se desqualificado para tal posto de liderança. Nisto, Jeroboão (filho de Nebate, eframita de Zeredá, servo de Salomão – I Re 11:26-40) levantou-se contra a posição de Roboão e dez tribos seguem-no (I Re 12:12-20).

Com isto a monarquia judaica se divide: a. Reino de Judá: sob a liderança de Roboão e tendo como capital Jerusalém. b. Reino de Israel: sob a liderança de Jeroboão e tendo como capital Samaria.

14. O Exílio

Pelos muitos pecados dos reinos do norte (reino de Israel) e do sul (Reino de Judá), o povo judeu foi para o cativeiro.

O reino do Norte foi para exílio assírio no ano 722 a.C. e o reino do sul foi para o cativeiro babilônico em 587 a.C.

Contudo, mesmo diante da término da monarquia judaica; sempre o povo de Israel acalentou em seu coração a esperança que um filho de Davi novamente reinaria em Jerusalém e traria à nação judaica os tempo áureos de outrora.

14. O Retorno Para a Palestina

Tendo purificado o povo de Israel da idolatria por meio do cativeiro (Dn 3), Deus levanta Ciro (o medo-persa) para repatriar seu povo à terra prometida. Para a reconstrução da cidade e fortalecimento da fé, Deus envia Neemias e Esdras (Ne 1).

15. A última Profecia

Com Malaquias ouvimos a última profecia com respeito à vinda do Messias (Ml 4:5,6). A revelação da velha dispensação está selada e o povo instruído quanto a vindo do Filho de Davi, o Messias.

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Reino Hebraico Unido: 1102 – 982 a.C.

Saul (40) - Davi (40) - Salomão (40)

Reino Hebraico Dividido

Reino de Judá Reino de Israel

Roboão 17 Profetas do V. T. Jerobão 22

Abias 3 Judá Israel Nadabe 2

Asa 41 Baasa 24

Josafá 25 Elá 2

Josafá 8 Zinri 7 dias

Acazias 1

Onri 12

Atalia 6 Elias Acabe 22

Joás 40

Eliseu Acazias 2

Amazias 29 Obadias Josafá 12

Uzias 52 Isaías Jeú 28

Jotão 16 Miquéias

Jeoacaz 17

Acaz 16 Jonas Joás 16

Ezequias 29 Oséias Jeroboão II 41

Judá Só 135 anos Amós Zacarias 6 meses

Manassés 55 Salum 1 mês

Amom 2 Menaém 10

Josias 31 Pecaías 2

Jeocaz 3 meses

Peca 20

Jeoaquim 11 Jeremias Oséias 9

Zoaquim 3 meses Naum Cativeiro Assírio 722 a.C.

Zedequeias 11 Sofonias Habacuque

Cativeiro Babilônico 587 a.C. (49 anos)

Jerusalém Destruída Daniel e Ezequiel

Restauração (147 anos)

Zorobabel

Esdras

Neemias

Ageu

Zacarias

Malaquias

Entre Os Testamentos (386 anos)

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16. O Período Intertestamentário

a. Desenvolvimento Político A Expressão “400 anos de silêncio”, freqüentemente empregada para descrever o

período entre os últimos eventos do A.T. e o começo dos acontecimentos do N.T. não é correta nem apropriada. Embora nenhum profeta inspirado se tivesse erguido em Israel durante aquele período, e o A.T. já estivesse completo aos olhos dos judeus, certos acontecimentos ocorreram que deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente, prepararam o caminho para a vinda de Cristo e a proclamação do Seu evangelho.

a.1 Supremacia Persa

Por cerca de um século depois da época de Neemias, o império Persa exerceu controle sobre a Judéia. O período foi relativamente tranqüilo, pois os persas permitiam aos judeus o livre exercício de suas instituições religiosas. A Judéia era dirigida pelo sumo sacerdotes, que prestavam contas ao governo persa, fato que, ao mesmo tempo, permitiu aos judeus uma boa medida de autonomia e rebaixou o sacerdócio a uma função política. Inveja, intriga e até mesmo assassinato tiveram seu papel nas disputas pela honra de ocupar o sumo sacerdócio. Joanã, filho de Joiada (Ne 12.22), é conhecido por ter assassinado o próprio irmão, Josué, no recinto do templo.

A Pérsia e o Egito envolveram-se em constantes conflitos durante este período, e a Judéia, situada entre os dois impérios, não podia escapar ao envolvimento. Durante o reino de Artaxerxes III muitos judeus engajaram-se numa rebelião contra a Pérsia. Foram deportados para Babilônia e para as margens do mar Cáspio.

a.2 Alexandre, o Grande

Em seguida à derrota dos exércitos persas na Ásia Menor (333 AC), Alexandre marchou para a Síria e Palestina. Depois de ferrenha resistência, Tiro foi conquistada e Alexandre deslocou-se pra o sul, em direção ao Egito. Diz a lenda que quando Alexandre se aproximava de Jerusalém o sumo sacerdote Jadua foi ao seu encontro e lhe mostrou as profecias de Daniel, segundo as quais o exército grego seria vitorioso (Dn 8). Essa narrativa não é levada a sério pelos historiadores, mas é fato que Alexandre tratou singularmente bem aos judeus. Ele lhes permitiu observarem suas leis, isentou-os de impostos durante os anos sabáticos e, quando construiu Alexandria no Egito (331 AC), estimulou os judeus a se estabelecerem ali e deu-lhes privilégios comparáveis aos seus súditos gregos.

a.3 A Judéia sob os Ptolomeus

Depois da morte de Alexandre (323 AC), a Judéia, ficou sujeita, por algum tempo a Antígono, um dos generais de Alexandre que controlava parte da Ásia Menor. Subseqüentemente, caiu sob o controle de outro general, Ptolomeu I (que havia então dominado o Egito), cognominado Soter, o Libertador, o qual capturou Jerusalém num dia de sábado em 320 AC Ptolomeu foi bondoso para com os judeus. Muitos deles se radicaram em Alexandria, que continuou a ser um importante centro da cultura e pensamento judaicos por vários séculos. No governo de Ptolomeu II (Filadelfo) os judeus de Alexandria começaram a traduzir a sua Lei, i.e., o Pentateuco, para o grego. Esta tradução seria posteriormente conhecida como a Septuaginta, a partir da lenda de que seus setenta (mais exatamente 72 - seis de cada tribo) tradutores foram sobrenaturalmente inspirados para produzir uma tradução infalível. Nos subseqüentes todo o Antigo Testamento foi incluído na Septuaginta.

a.4 A Judéia sob os Selêucidas

Depois de aproximadamente um século de vida dos judeus sob o domínio dos Ptolomeus, Antíoco III (o Grande) da Síria conquistou a Síria e a Palestina aos Ptomeus do Egito (198 AC). Os governantes sírios eram chamados selêucidas porque seu reino, construído sobre os escombros do império de Alexandre, fora fundado por Seleuco I (Nicator).

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Durante os primeiros anos de domínio sírio, os selêucidas permitiram que o sumo sacerdote continuasse a governar os judeus de acordo com suas leis. Todavia, surgiram conflitos entre o partido helenista e os judeus ortodoxo. Antíoco IV (Epifânio) aliou-se ao partido helenista e indicou para o sacerdócio um homem que mudara seu nome de Josué para Jasom e que estimulava o culto a Hércules de Tiro. Jasom, todavia, foi substituído depois de dois anos por uma rebelde chamado Menaém (cujo nome grego era Menelau). Quando partidários de Jasom entraram em luta com os de Menelau, Antíoco marcho contra Jerusalém, saqueou o templo e matou muitos judeus (170 AC). As liberdades civis e religiosas foram suspensas, os sacrifícios diários forma proibidos e um altar a Júpiter foi erigido sobre o altar do holocausto. Cópias das Escrituras foram queimadas e os judeus foram forçadas a comer carne de porco, o que era proibido pela Lei. Uma porca foi oferecida sobre ao altar do holocausto para ofender ainda mais a consciência religiosa dos judeus.

a.5 Os Macabeus

Não demorou muito para que os judeus oprimidos encontrassem um líder para sua causa. Quando os emissários de Antíoco chegaram à vila de Modina, cerca de 24 quilômetros a oeste de Jerusalém, esperavam que o velho sacerdote, Matatias, desse bom exemplo perante o seu povo, oferecendo um sacrifício pagão. Ele, porém, além de recusar-se a fazê-lo, matou um judeu apóstata junto ao altar e o oficial sírio que presidia a cerimonia. Matatias fugiu para a região montanhosa da Judéia e, com a ajuda de seus filhos, empreendeu uma luta de guerrilhas contra os sírios. Embora os velho sacerdote não tenha vivido para ver seu povo liberto do jugo sírio, deixou a seus filhos o término da tarefa. Judas, cognominado “o Macabeu”, assumiu a liderança depois da morte do pai. Por volta de 164 AC Judas havia reconquistado Jerusalém, purificado o templo e reinstituído os sacrifícios diários. Pouco depois das vitórias de Judas, Antíoco morreu na Pérsia. Entretanto, as lutas entre os Macabeus e os reis selêucidas continuaram por quase vinte anos.

Aristóbulo I foi o primeiro dos governantes Macabeus a assumir o título de “Rei dos Judeus”. Depois de um breve reinado, foi substituído pelo tirânico Alexandre Janeu, que, por sua vez, deixou o reino para sua mãe, Alexandra. O reinado de Alexandra foi relativamente pacífico. Com a sua morte, um filho mais novo, Aristóbulo II, desapossou seu irmão mais velho. A essa altura, Antípater, governador da Iduméia, assumiu o partido de Hircano, e surgiu a ameaça de guerra civil. Conseqüentemente, Roma entrou em cena e Pompeu marchou sobre a Judéia com as suas legiões, buscando um acerto entre as partes e o melhor interesse de Roma. Aristóbulo II tentou defender Jerusalém do ataque de Pompeu, mas os romanos tomaram a cidade e penetraram até o Santo dos Santos. Pompeu, todavia, não tocou nos tesouros do templo.

a.6 Roma

Marco Antônio apoiou a causa de Hircano. Depois do assassinato de Júlio Cesar e da morte de Antípater (pai de Herodes), que por vinte anos fora o verdadeiro governante da Judéia, Antígono, o segundo filho de Aristóbulo, tentou apossar-se do trono. Por algum tempo chegou a reina em Jerusalém, mas Herodes, filho de Antípater, regressou de Roma e tornou-se rei dos judeus com apoio de Roma. Seu casamento com Mariamne, neta de Hircano, ofereceu um elo com os governantes Macabeus.

Herodes foi um dos mais cruéis governantes de todos os tempos. Assassinou o venerável Hircano (31 AC) e mandou matar sua própria esposa Mariamne e seus dois filhos. No seu leito de morte, ordenou a execução de Antípater, seu filho com outra esposa. Nas Escrituras, Herodes é conhecido como o rei que ordenou a morte dos meninos em Belém por temer o Rival que nascera para ser Rei dos Judeus.

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V. A LEI

1. Lei Civil: Esta lei incluía todas as determinações referentes à vida social e comunitária de Israel, regulando o comportamento do povo, estabelecendo o padrão de santidade em todos os aspectos do cotidiano e requerendo a punição justa pelos delitos cometidos. Esta lei era, contudo, peculiar ao povo de Israel, pois fora promulgada em um clima de pacto entre Deus e este povo, o que dava a esta lei o caráter restrito e transitório [Ex 21 e 22].

2. Lei Cerimonial: Esta lei incluía todas as determinações referentes a vida religiosa

(festas, rituais, símbolos, etc) do povo de Israel. E, como e religião vetero-Testamentária era profética e apontava, em sombras, para Aquele que haveria devir, deduzimos que esta lei também tinha caráter transitório e sua permanência era assegurada até a vinda daquilo que ela representava (cordeiro pascal=Jesus; sábado=vida eterna; unção com óleo=recebimento do E.S.; Festa dos Tabernáculos=encarnação de Cristo, etc) [Ex 25 – 30].

3. Lei Moral: Esta lei estabelecia o padrão de comportamento ético e moral pelo qual o povo de Deus deveria se guiar. Enquanto a Lei Civil apontava para as conseqüências de uma vida em pecado, a lei moral inspirava o povo a ter o caráter dAquele que o vocacionara. Disto concluímos que a lei moral é eterna e universal pois revela o caráter santíssimo do Deus Eterno [Ex 20].

Para ilustrarmos estes três aspectos da lei de Deus no V.T. damos o exemplo da

guarda do sábado. Relacionado a este dia de culto, temos nele um aspecto cerimonial, um aspecto moral e outro civil.

a. Por aspecto cerimonial, nos referimos a guarda literal do sétimo dia da semana e aquele significado espiritual para o qual ele apontava, ou seja, a vida eterna;

b. por aspecto moral, dizemos aquele princípio que encontramos em Ex 20:9 que diz “seis dias trabalharás...mas o sétimo dia é o sábado do Senhor”, ou seja, após seis dias trabalhados, o próximo pertence ao Senhor para o culto;

c. e, por aspecto civil nos referimos as sanções e punições pala quebra deste ou de qualquer mandamento.

Portanto, dizer que o Evangelho nos desobriga a guardar um dia de culto ao Senhor é uma compreensão errada da Lei de Deus. Não é razoável asseverarmos que Deus ordena que pratiquemos todos os nove mandamentos do decálogo e venhamos a esquecer exatamente aquele nos intima a cultuá-lo. Daí segue-se que a guarda do sábado ainda é um princípio válido para todo povo de Deus ainda hoje. Contudo, não segundo o cerimonialismo do V.T., entretanto, de acordo com o espírito da lei que trás vida. O que nos faz concluir que, quando os sabatistas condenam a cristandade por guardar o domingo, como dia de culto, estes hereges se mostram ainda agrilhoados pelas sombras da antiga dispensação, pois são incapazes de perceber que o princípio moral da Lei não é quebrado, pois o trabalho de segunda a sábado perfaz um total de seis dias, e, que foi exatamente no dia de domingo que aquilo que o sábado representava foi-nos dado, ou seja, a vida eterna através da ressurreição de Cristo, no primeiro dia da semana.

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VI. O TABERNÁCULO, O EVANGELHO EM SOMBRAS (Ex 25:1-9)

1. O Sumo Sacerdote (Lv 21; Hb 5:1-9): a. Seu corpo: As leis que estabeleciam o sacerdócio eram

extremamente rígidas. Não eram quaisquer descendentes de Arão que poderiam oficiar diante de YAHWEH, pois o próprio Deus estabelecera uma série de regras, as quais citamos a baixo:

a.1 Não poderia tocar em mortos, exceto o pai, mãe, filho, filha, irmão ou irmã virgem.

a.2 Não poderiam fazer calva a cabeça. a.3 Não poderiam cortar as extremidades da barba. a.4 Não poderiam ferir a sua carne. a.5 Só deveriam casar com uma virgem. a.6 Não poderiam ter alguma deformidade: cego, coxo, rosto

mutilado desproporcionado, pé quebrado, mão quebrada, corcovado, anão, sarna, impinges, testículo quebrado.

b. Suas vestes sacerdotais (Ex 28)

b.1 Em seu vestuário o sumo sacerdote trazia com sigo as cores: branco, carmesim, púrpura e azul.

b.2 No peitoral leva 12 pedras, e cada uma delas representava cada uma tribo de Israel. b.3 Nas ombreiras, o sacerdote possuía também 2 pedras de ônix, nas quais estavam

escritas os nomes das doze tribos de Israel. Seis em cada uma delas.

c. Aplicação Teológica: Diante destes elementos algumas conclusões podemos tirar, vejamos:

c.1 O sacerdócio era uma sombra da pessoa e ministério de Cristo (Cl 2:16,17; Hb 5:1-9). c.2 A verdade da expiação limitada se faz presente no ofício sacerdotal, pois o Sumo-

sacerdote representava diante de Deus tão somente aqueles que estavam incluídos nas doze pedras do seu peitoral e nas duas pedras de ônix em suas ombreiras. Ou seja, assim como o sumo sacerdote oficiava diante de Deus somente a favor do povo de Israel, assim também, Jesus, o sumo sacerdote da nova aliança, intercede tão somente pelos eleitos (Jo 17:9-20).

2. Os levitas (Nm 3)

Levi do Hebraico Lêwi ligado a raiz IÃWÂ significa “juntar”, ou ainda HILLAWEH que significa UNIR. O nome HILLAWEH (LEVÍ) é da mesma família onomatopaica da palavra HALELUIA.

"Outra vez concebeu Lia, e deu à luz um filho, e disse: Agora, desta vez, se unirá mais a mim meu marido, porque lhe dei à luz três filhos; por isso, lhe chamou Levi." (Gn 29:34)

2.1 Responsabilidades com o Tabernáculo

O papel dos levitas como ministros do tabernáculo era de cooperarem na construção do tabernáculo, sob a supervisão do filho de Arão, Itamar. Nas leis preparatórias para a marcha pelo deserto, Levi foi separado por Deus, das outras tribos, e colocado sob a responsabilidade de desmanchar, transportar e erigir o tabernáculo alem de servirem como uma espécie de pára-choque para protegerem as demais tribos israelitas da indignação de Deus, que os ameaçava se

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despercebidamente entrassem em contato com a tenda sagrada ou com os seus móveis (Números 1: 47-54).

2.2 O Levita e a Santificação

A santificação é o elemento chave para que um levita tenha o seu ministério bem sucedido e é também a maior responsabilidade de um servo de Deus. "Segui a paz com todos e a

santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor" (Hebreus 12:14 RA). Nenhum Levita pode fazer a obra de Deus sem estar com sua vida em santidade:

"Os levitas se purificaram e lavaram as suas vestes, e Arão os apresentou por oferta movida perante o SENHOR e fez expiação por eles, para purificá-los. Depois disso, chegaram os levitas, para fazerem o seu serviço na tenda da congregação, perante Arão e seus filhos; como o SENHOR ordenara a Moisés acerca dos levitas, assim lhes fizeram." (Números 8:21-22 RA)

3. Ordem para a construção do tabernáculo (Ex 25:8,9) a ordem divina concernente à construção do tabernáculo era que o mesmo deveria ser

construído e feitos seus utensílios exatamente como Deus havia revelado a Moisés; isto porque, segundo o plano sábio do Senhor; o tabernáculo seria para os irmãos velha dispensação o meio didático pelo qual o próprio Deus os ensinaria sobre a vinda do messias, sua vida e morte, seu ministério, e, por fim, as bênçãos decorrentes do penoso trabalho de sua alma. Retirar ou acrescentar algo à revelação de Deus acarretaria uma real deturpação da pessoa do salvador.

4. Propósito da Construção (Ex 25:9 = Gn 3:8 = Jo 1:14 = Ap 21:3):

o propósito do tabernáculo é muito bem posto pelo próprio Deus, ou seja, “para que eu

possa habitar no meio deles”. Esta assertiva apresenta-se não somente neste texto, mas sim, durante todo o transcurso histórico da revelação bíblica, o que certamente é testemunha inequívoca daquele anelo maior de Deus que foi, é, e sempre será, de habitar no meio do seu povo.

Kai o logoj sarx egeneto kai eskhnwsen em hmin (Jo 1:14) E o Verbo carne se fez e habitou entre nós

Idou h skhnh tou çqeou meta twn antrwpwn, kai skhnwsei meta autwn (Ap 21:3)

Eis o tabernáculo de Deus com os homens e habitará com eles

5. Localização (Nm 2): A orientação quanto a localização do tabernáculo foi dado por Deus por cinco motivos

diferentes. a. Ele deveria ficar no centro do acampamento do povo de Israel afim de que este pudesse a

cada dia lembrar que o centro de sua vida deveria ser a vida espiritual. b. Ele deveria ser no centro para ilustrar que todos os fatos históricos na vida do povo

convergiriam para a vinda do messias representado no tabernáculo. c. Deveria ser no centro para lembra-los da constante presença de Deus na direção do

destino do seu povo. d. A porta do átrio deveria estar direcionada para o leste, ou seja, para o oriente (Nm 3:38)

d.1 Foi exatamente desta banda que os magos viram a estrela que anunciava o nascimento de Jesus (Mt 2:2),

d.2 Em Apocalipse, Jesus é chamada de a radiante estrela da manhã (Ap 22:16).

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d.3 Para a banda do oriente pois era exatamente nesta localização em a tribo de Judá se acampava (Nm 2:1-3), o que nos lembra as várias profecias concernentes a origem do Messias como vindo desta tribo (Gn 49:8-11).

d.4 Este era a “entrada” do Éden Gn 3:24)

6. Estrutura do Tabernáculo (Ex 38:9-20): 6.1 Átrio (Ex 27:9-19; 38:4-20):

a. Era cercado por cortinas de linho fino retorcido, seguras em colunas, cujos ganchos e

vergas eram de prata e cujas as bases eram de bronze.

b. Possuía uma só porta (Ex 38:13,14), o que nos lembra as palavras de cristo “eu sou a

porta” (Jo 10:9,10), e certamente nos assevera que só existe um caminho de salvação (Jo 14:6). b.1 Esta porta possuía quatro colunas (Ex 38:19). O número quatro é símbolo da

terra pois nos lembra dos quatro pontos cardeais (norte, sul, leste e oeste); nisto os irmãos do V.T. eram doutrinados sobre a universalidade da graça que era oferecida a todas às nações, bem como a universalidade do único meio de salvação que Deus propôs ao homem.

Judá Issacar Zebulon

Leste Oriente

Efraim Manassés Benjamim

Oeste Ocidente

Dã Aser

Naftali

Norte

Ruben Simeão Gade

Sul

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b.2 Nesta única porta de quatro colunas havia um reposteiro de estofo azul, púrpura, carmesim e linho fino retorcido. Disto concluímos que este único salvador oferecido à todas nações não poderia ser qualquer pessoa, antes, sim, deveria agregar em seu ser determinadas características e virtudes imprescindíveis para efetuar com poder a salvação. E estas características eram:

* Azul: tinha que ter origem celestial * Púrpura: ser grande em poder * Linho fino retorcido: sem nenhum pecado. * Carmesim: disposta a morrer pelos seus em uma morte expiatória e

vicária.

c. No átrio, entre a sua porta e a tenda da congregação, ficavam o Altar do Holocausto e a Bacia de Bronze.

c.1 Altar do Holocausto (Ex 27): feito de madeira de acácia revestida de ouro, simbolizando a humanidade de Cristo revestida do esplendor da glória de Deus; em seus quatro cantos haviam quatro chifres, que simbolizavam o poder da morte vicária de Cristo para salvar a quem ele queira dos quatro cantos da terra.

c.2 Bacia de Bronze (Ex 30:17-21): feita de bronze, na qual se colocava água para purificações. O bronze é símbolo de juízo e a água, símbolo de purificação. Arão e seus filhos deveriam ser purificados antes de entrarem na tenda da congregação ou antes de ministrarem no altar para acender a oferta queimada. Disto retiramos a verdade que o nosso mediador deveria ser perfeito e santo, pois somente assim ele seria aceito diante de Deus e intercederia com eficácia a nosso respeito (). [Jo 13:1-11]

6.2 A Tenda da Congregação (Ex 25 e 26) a. A cobertura: o Tabernáculo, ou Tenda da Congregação, era coberto por peles de

animais que em suas texturas e cores (Ex 26:1-14) traziam ao povo de Israel conhecimento sobre a vida e o ministério do Messias, vejamos:

a.1 Pelos de cabras (Ex 25:4) a.2 Peles de carneiro tintas de vermelho (Ex 25:5). a.3 Peles finas (Ex 25:15)

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b. As divisões da Tenda da Congregação (Ex 26:31-33; Hb 9:3): a tenda da congregação estava dividida em “santo lugar” e “Santo dos santos”, por meio de uma cortina (Hb 10:20; Mt 27:51; Mc 15:38; Lc 23:45; Hb 6:19). Esta cortina era feita de estofo azul, púrpura, carmesin e linho fino retorcido, tendo querubins bordados (Ex 26:31). [Gn 3:23,24 // Ex 26:31]

c. Os Utensílios:

c.1 Mesa dos Pães da proposição (Ex 25:23-29). Na mesa eram postos 12 pães asmos (sem fermento). Um para cada tribo de Israel. [Jo 6:35-51; I Co 5:1-8]

c.2 O Candelabro (Ex 25:31-40): o candelabro possuía 7 lâmpadas e seu óleo era especialmente preparado. [Jo 8:12]

c.3 O Altar do Incenso (Ex 30:1-10; Hb 9:4): O incenso era continuamente

queimado na presença de Deus. [Lc 1:9-11; Ap 5:8; Ap 8:3,4]

c.4 A Arca da Aliança (Êxodo 25:10-16): a arca da aliança era o mais sagrado de todos os utensílios no tabernáculo. Aqui os hebreus guardavam uma cópia dos dez mandamentos, que eram o resumo de toda a Aliança.

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* O propiciatório (Ex 25:17-22; Hb 9:5): o propiciatório era o nome dado à tampa da arca da aliança. Nele o sangue era aspergido como o fim de se pedir o perdão de pecados. [Rm 3:25; Hb 2:17; I Jo 2:2; I Jo 4:10]

* O testemunho (Ex 25:16; Hb 9:4): A figura abaixo mostra a Arca aberta para

que você possa ver o seu conteúdo, que eram estes:

1. As duas tábuas da Lei 2. A vara de Arão que floresceu 3. O maná

7. A Lei Sobre as Coisas Puras e Impuras 7.1 Aquilo que era impuro

Em todo o Velho Testamento, um dos atributos marcantes de Deus é a sua santidade. E o meio didático de Deus ensinar ao povo este princípio espiritual foi a separação de um série de coisas que tornavam o israelita cerimonialmente impuro, vejamos os exemplos:

a. Tocar em um morto (Lv 5:2; Lv 21:1; Nm 19:13) b. A menstruação (Lv 15:19) c. A mulher após o parto (Lv 12:2) d. A lepra (Lv 13:1,2) e. Comer animais considerados imundos (Lv 11:26,27).

Estas questão certamente tinham apenas um valor cerimonial; apontavam tanto para a realidade da santidade de Deus, como convocava os israelitas à uma vida de contínua consagração e purificação aos olhos de Deus. Aprova disto é que a separação entre animais limpos e imundos vem após a queda de Adão. Antes disto, a palavra de Deus afirma que tudo “era muito bom”. Vejamos também At 10:15, At 11:9; I Co 10:25,26; Cl 2:16,17; Rm 14:6.

7.2 Atos de purificação

A lei mosaica era precisa em questões de purificação. Para cada forma de impureza cerimonial havia respectivamente um ritual de purificação oferecido ao povo comum e aos sacerdotes. Isto porque, a intenção de Deus através dessas leis não era de esmagar a consciência do povo com a idéia de pecado e impureza, mas, sim, mostrar que eles necessitavam de um purificar poderoso para todos os seus pecados. E o próprio Deus oferecia isto a eles através da lei mosaica. Vejamos:

a. Leproso (Lv 14) b. A mulher após o parto (Lv 12) c. Tocar num morto (Nm 19:11-22) Entretanto, todos estes rituais não eram um fim em si mesmos. Desde o início da

revelação bíblica, a promessa divina recaía sobre “o” descendente da mulher que viria para esmagar a cabeça da serpente (Gn 3:15). Todos os rituais de purificação apontavam para o mesmo purificador futuro, Jesus Cristo (Cl 2:16,17; Hb 10:1-10). Mas, enquanto ele não vinha, o próprio Deus Pai estabeleceu, pela Lei de Moisés, uma série de atos ritualísticos que apontavam para a sua obra vicária na cruz do calvário (Hb 9:11-14; I Pe 1:18-20).

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VII. SACRIFÍCIOS E RITUAIS Logo após Deus ter retirado o povo de Israel do Egito, Ele ordena a Moisés não só a

construção do tabernáculo, mas também estabelece uma série leis e rituais que deveriam dirigir a vida espiritual do povo de Israel até a chaga do Messias prometido em Gn 3:15.

1. Holocausto

A palavra original é derivada de uma raiz que significa ‘ascender’, e aplicava-se à oferta que era inteiramente consumida pelo fogo e no seu fumo subia até Deus. Uma pormenorizada descrição dos holocaustos se pode ler nos primeiros capítulos do Levítico. Pertenciam à classe dos sacrifícios expiatórios, isto é, eram oferecidos como expiação daqueles pecados, que os oferentes tinham cometido - eram, também, sacrifícios de ação de graças - e, finalmente, constituíam atos de adoração. Os altares para holocaustos eram invariavelmente edificados com pedras inteiras, à exceção daquele que foi feito para acompanhar os israelitas na sua jornada pelo deserto, e que se achava coberto de chapas de cobre. Os holocaustos, bem como as ofertas de manjares, e as ofertas de paz, eram sacrifícios voluntários, sendo diferentes dos sacrifícios pelos pecados, pois estes eram obrigatórios - e tinham eles de ser apresentados de uma maneira uniforme e sistemática, como se acha estabelecido em Lv caps. 1 a 3. os três primeiros (holocaustos, ofertas de manjares, e as ofertas de paz) exprimem geralmente a idéia de homenagem, dedicação própria, e ação de graças - e os sacrifícios pelos pecados tinham a idéia de propiciação. os animais, que serviam para holocaustos, podiam ser reses do rebanho ou da manada, e aves - mas se eram novilhos ou carneiros, ou rolas, tinham de ser machos, sem defeito, e deviam ser inteiramente queimados, sendo o seu sangue derramado sobre o altar, e as suas peles dadas aos sacerdotes para vestuário. Havia holocaustos de manhã e de tarde - e eram especialmente oferecidos todos os sábados, também no primeiro dia de cada mês, nos sete dias dos pães asmos, e no dia da expiação. o animal era apresentado pelo oferente, que punha nele a sua mão, e depois o matava, fazendo o sacerdote o resto. Realizavam-se holocaustos nos atos de consagração dos sacerdotes, levitas, reis, e lugares - e na purificação de mulheres, dos nazireus, e dos leprosos (Êx 29.15 - Lv 12.6 - 14.19 - Nm 6 - 1 Rs 8.64). Antes de qualquer guerra também se efetuavam holocaustos, e em certas festividades, ao som das trombetas.

Lv 1

1 Chamou o SENHOR a Moisés e, da tenda da congregação, lhe disse: 2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando algum de vós trouxer oferta ao SENHOR, trareis a vossa oferta

de gado, de rebanho ou de gado miúdo. 3 Se a sua oferta for holocausto de gado, trará macho sem defeito; à porta da tenda da congregação o trará,

para que o homem seja aceito perante o SENHOR. 4 E porá a mão sobre a cabeça do holocausto, para que seja aceito a favor dele, para a sua expiação. 5 Depois, imolará o novilho perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes, apresentarão o sangue e o

aspergirão ao redor sobre o altar que está diante da porta da tenda da congregação. 6 Então, ele esfolará o holocausto e o cortará em seus pedaços. 7 E os filhos de Arão, o sacerdote, porão fogo sobre o altar e porão em ordem lenha sobre o fogo. 8 Também os filhos de Arão, os sacerdotes, colocarão em ordem os pedaços, a saber, a cabeça e o redenho,

sobre a lenha que está no fogo sobre o altar. 9 Porém as entranhas e as pernas, o sacerdote as lavará com água; e queimará tudo isso sobre o altar; é

holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR. 10 Se a sua oferta for de gado miúdo, de carneiros ou de cabritos, para holocausto, trará macho sem defeito. 11 E o imolará ao lado do altar, para o lado norte, perante o SENHOR; e os filhos de Arão, os sacerdotes,

aspergirão o seu sangue em redor sobre o altar. 12 Depois, ele o cortará em seus pedaços, como também a sua cabeça e o seu redenho; e o sacerdote os porá

em ordem sobre a lenha que está no fogo sobre o altar; 13 porém as entranhas e as pernas serão lavadas com água; e o sacerdote oferecerá tudo isso e o queimará

sobre o altar; é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR. 14 Se a sua oferta ao SENHOR for holocausto de aves, trará a sua oferta de rolas ou de pombinhos. 15 O sacerdote a trará ao altar, e, com a unha, lhe destroncará a cabeça, sem a separar do pescoço, e a

queimará sobre o altar; o seu sangue, ele o fará correr na parede do altar; 16 tirará o papo com suas penas e o lançará junto ao altar, para o lado oriental, no lugar da cinza;

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17 rasgá-la -á pelas asas, porém não a partirá; o sacerdote a queimará sobre o altar, em cima da lenha que está no fogo; é holocausto, oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR.

Lv 6 8 Disse mais o SENHOR a Moisés: 9 Dá ordem a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei do holocausto: o holocausto ficará na lareira do altar

toda a noite até pela manhã, e nela se manterá aceso o fogo do altar. 10 O sacerdote vestirá a sua túnica de linho e os calções de linho sobre a pele nua, e levantará a cinza, quando

o fogo houver consumido o holocausto sobre o altar, e a porá junto a este. 11 Depois, despirá as suas vestes e porá outras; e levará a cinza para fora do arraial a um lugar limpo. 12 O fogo, pois, sempre arderá sobre o altar; não se apagará; mas o sacerdote acenderá lenha nele cada

manhã, e sobre ele porá em ordem o holocausto, e sobre ele queimará a gordura das ofertas pacíficas. 13 O fogo arderá continuamente sobre o altar; não se apagará.

2. Ofertas de Manjares Minhah [vj±b¦n] (oferta-refeição, oferta de cereais ou de manjares). Esse vocábulo é usado

de três maneiras diferentes no AT. Significa “presente, “tributo” (Jz 3:15; I Rs 4:21); em Levítico faz referência à oferta de cereais (Lv 2) e em outras instância faz referência a sacrifícios em geral (I Sm 26:19; 2:29).S. R. Driver definiu corretamente o minha como um sacrifício que não expressa, meramente a idéias neutra de presente, mas também que denota “um presente feito para obter ou reter e boa-vontade” (I Sm 3:10-14; 26:19).

De conformidade com Lv 2, devia constituir ou de farinha (2:1-3), ou de bolos cozidos (2:4-10) ou de cereal cru (2:14-16), juntamente oferecido com azeite e incenso puro. Outros ingredientes podiam ser o sal (Lv 2:13) e o vinho (Lv 23:13). Nenhuma dessas ofertas eram consumidas pelo ofertante. Pertenciam aos sacerdotes depois que uma porção memorial (L 2:2) houvesse sido queimada sobre o altar.

Lv 2

1 Quando alguma pessoa fizer oferta de manjares ao SENHOR, a sua oferta será de flor de farinha; nela, deitará azeite e, sobre ela, porá incenso.

2 Levá-la -á aos filhos de Arão, os sacerdotes, um dos quais tomará dela um punhado da flor de farinha e do seu azeite com todo o seu incenso e os queimará como porção memorial sobre o altar; é oferta queimada, de aroma agradável ao SENHOR.

3 O que ficar da oferta de manjares será de Arão e de seus filhos; é coisa santíssima das ofertas queimadas ao SENHOR.

4 Quando trouxeres oferta de manjares, cozida no forno, será de bolos asmos de flor de farinha amassados com azeite e obreias asmas untadas com azeite.

5 Se a tua oferta for de manjares cozida na assadeira, será de flor de farinha sem fermento amassada com azeite. 6 Em pedaços a partirás e, sobre ela, deitarás azeite; é oferta de manjares. 7 Se a tua oferta for de manjares de frigideira, far-se -á de flor de farinha com azeite. 8 E a oferta de manjares, que daquilo se fará, trarás ao SENHOR; será apresentada ao sacerdote, o qual a levará

ao altar. 9 Da oferta de manjares tomará o sacerdote a porção memorial e a queimará sobre o altar; é oferta queimada, de

aroma agradável ao SENHOR. 10 O que ficar da oferta de manjares será de Arão e de seus filhos; é coisa santíssima das ofertas queimadas ao

SENHOR. 11 ¶ Nenhuma oferta de manjares, que fizerdes ao SENHOR, se fará com fermento; porque de nenhum fermento e

de mel nenhum queimareis por oferta ao SENHOR. 12 Deles, trareis ao SENHOR por oferta das primícias; todavia, não se porão sobre o altar como aroma agradável. 13 Toda oferta dos teus manjares temperarás com sal; à tua oferta de manjares não deixarás faltar o sal da

aliança do teu Deus; em todas as tuas ofertas aplicarás sal. 14 Se trouxeres ao SENHOR oferta de manjares das primícias, farás a oferta de manjares das tuas primícias de

espigas verdes, tostadas ao fogo, isto é, os grãos esmagados de espigas verdes. 15 Deitarás azeite sobre ela e, por cima, lhe porás incenso; é oferta de manjares. 16 Assim, o sacerdote queimará a porção memorial dos grãos de espigas esmagados e do azeite, com todo o

incenso; é oferta queimada ao SENHOR.

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Lv 6 14 Esta é a lei da oferta de manjares: os filhos de Arão a oferecerão perante o SENHOR, diante do altar. 15 Um deles tomará dela um punhado de flor de farinha da oferta de manjares com seu azeite e todo o incenso

que está sobre a oferta de manjares; então, o queimará sobre o altar, como porção memorial de aroma agradável ao SENHOR.

16 O restante dela comerão Arão e seus filhos; asmo se comerá no lugar santo; no pátio da tenda da congregação, o comerão.

17 Levedado não se cozerá; sua porção dei-lhes das minhas ofertas queimadas; coisa santíssima é, como a oferta pelo pecado e a oferta pela culpa.

18 Todo varão entre os filhos de Arão comerá da oferta de manjares; estatuto perpétuo será para as vossas gerações dentre as ofertas queimadas do SENHOR; tudo o que tocar nelas será santo.

3. Ofertas pelo Pecado

Lv 6

24 Disse mais o SENHOR a Moisés: 25 Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da oferta pelo pecado: no lugar onde se imola o holocausto,

se imolará a oferta pelo pecado, perante o SENHOR; coisa santíssima é. 26 O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comerá; no lugar santo, se comerá, no pátio da tenda da

congregação. 27 Tudo o que tocar a carne da oferta será santo; se aspergir alguém do seu sangue sobre a sua veste, lavarás

aquilo sobre que caiu, no lugar santo. 28 E o vaso de barro em que for cozida será quebrado; porém, se for cozida num vaso de bronze, esfregar-se -

á e lavar-se -á na água. 29 Todo varão entre os sacerdotes a comerá; coisa santíssima é. 30 Porém não se comerá nenhuma oferta pelo pecado, cujo sangue se traz à tenda da congregação, para fazer

expiação no santuário; no fogo será queimada.

Lv 6 24 Disse mais o SENHOR a Moisés: 25 Fala a Arão e a seus filhos, dizendo: Esta é a lei da oferta pelo pecado: no lugar onde se imola o holocausto,

se imolará a oferta pelo pecado, perante o SENHOR; coisa santíssima é. 26 O sacerdote que a oferecer pelo pecado a comerá; no lugar santo, se comerá, no pátio da tenda da

congregação. 27 Tudo o que tocar a carne da oferta será santo; se aspergir alguém do seu sangue sobre a sua veste, lavarás

aquilo sobre que caiu, no lugar santo. 28 E o vaso de barro em que for cozida será quebrado; porém, se for cozida num vaso de bronze, esfregar-se -

á e lavar-se -á na água. 29 Todo varão entre os sacerdotes a comerá; coisa santíssima é. 30 Porém não se comerá nenhuma oferta pelo pecado, cujo sangue se traz à tenda da congregação, para fazer

expiação no santuário; no fogo será queimada.

4. O Bode Emissário - Azazel

O termo ‘ªzazel (em nossa versão, ‘bode emissário’) ocorre quatro vezes e somente na descrição sobre o Dia da Expiação (Lv 16:8,10,26). Em todas as quatro ocorrências da palavra, ela é prefixada pela preposição “para”. Há quatro interpretações possíveis.

a. As versões antigas (LXX, Símaco, Teodócio e Vulgata) entendem que a palavra indica o “bode que se vai”, considerando-a como derivada de duas palavras hebraicas: ‘ez, “bode”, e ‘azal, “virar-se”.

b. Mediante associação com o árabe ‘azala, “banir”, “tirar”, ela tem sido traduzida como “para remoção total”.

c. A interpretação rabínica em geral tem considerado que esta palavra designa o local aonde o bode era enviado, um deserto (Lv 26:22).

d. Uma possibilidade final é considerar o vocábulo como a designação de um ser pessoal de modo a contrapor-se à palavra “SENHOR”. Nesse sentido Azazal poderia ser um espírito maligno (Enoque 8:1 10:4; II Cr 11:15; Is 34:14) ou até mesmo o próprio demônio, numa posição de antítese ao Senhor. Derivado de ‘azaz, “ser forte” e de ‘el, “Deus”.

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Alguns eruditos preferem esta última possibilidade, já que no versículo 10 o nome ‘ªzazel aparece em paralelismo ao nome do Senhor, e pelo fato de ser citado num livro apócrifo (Enoque 6:6; 8:1 ) como um anjo caído.

Contudo, diante desta posição se faz necessária algumas objeções importantes:

a. Além do escrito apócrifo de Enoque não ser inspirado, e, portanto, não ser autoritativo para definir uma doutrina, é, também, fora de qualquer dúvida que aquele que escreveu tal obra literária valeu-se do que já estava escrito em Levítico para compor a sua obra com os conceitos que melhor lhe pareciam.

b. Na própria Lei havia uma proibição clara sobre o sacrificar a demônios (Lv 17:7). c. O sistema sacrificial do V.T. era cristocêntrico, ou seja, apontava para algum

aspecto da pessoa ou abra que Cristo viria realizar a favor dos pecadores (Cl 2:16,17).

d. Outro fato importante era o ato do sacerdote impor as mãos sobre a cabeça do bode confessando todos os pecados dos filhos de Israel, e, assim, simbolicamente, os pecados do povo eram postos sobre o animal (Lv 16:21,22)

e. O Significado do ritual é que o pecado é removido da sociedade humana e levado para a região da morte (Mq 7:19). Deus provê ao povo arrependido um meio para lançar para longe os seus pecados (Sl 103:12).

f. Na teologia bíblica é Cristo que leva sobre si os nossos pecados (Is 53:4-6). g. A presença de dois animais (um que morre, e outro que é solto no deserto)

simplesmente apresenta diante de nós a fragilidade do sistema sacrificial do V.T. Os vários rituais demonstram que era impossível uma só cerimônia retratar fiel e completamente tudo o que o Messias seria e faria. Pode-se ver um paralelo no bode expiatório no ritual de purificação de um leproso curado. Dois pássaros eram escolhidos. Um deve ser sacrificado, e tanto o ex-leproso como o pássaro vivo eram tocados com o seu sangue. Então, o pássaro vivo era solto. Este pássaro levava embora o mal, a lepra propriamente dita, para o campo aberto, e o leproso era declarado limpo (Lv 14:1-9).

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VIII. ATOS DE CONSAGRAÇÃO

1. Circuncisão c. Este ritual consistia no corte do prepúcio da criança do sexo masculino aos oito dias de

nascimento (Gn 21:1-7). d. A criança só poderia ser circuncidada se tivesse debaixo daquele pacto que Deus

havia feito entre Deus e a descendência de Abraão; pacto este no qual YAHWEH prometia ser o Deus dos que exerceriam fé em seu nome, e Deus da descendência destes (Gn 17:9-14).

e. Os gentios adultos poderiam ser circuncidados, bastando-lhes para isto a conversão ao Deus de Israel. Nesta conversão e circuncisão, os gentios obtinham para si a graça de colocarem seus filhos sob o pacto da graça.

f. A circuncisão possuía, também, um caráter nacionalista, pois a circuncisão diferia aqueles que pertenciam ou não a nação judaica.

g. Embora a circuncisão tivesse de fato um aspecto nacional e político pois indicava quem pertencia ou não a nação de Israel, contudo não são poucos os textos do V.T. que a representam como tendo um aspecto mais profundo e espiritual (Dt 10:16;Cl 2:11), ou seja, uma purificação espiritual pela qual o povo judeu deveria passar afim de poderem estar em plena comunhão com Deus; e não somente isto, mas também esta circuncisão praticada no Velho testamento representava na mente dos escritores inspirados aquela purificação que o Messias viária trazer sobre o povo do pacto da graça. Diante disto, asseveramos que a circuncisão, de fato, em sombra, representava a graça da regeneração tão claramente exposta no Novo Testamento. É por isso, então, que encontramos as várias citações tanto no V.T.como no N.T. a respeito da circuncisão no coração (Dt 10:16, 30:6). Esta afirmação que a circuncisão simbolizava a regeneração decorre do fato que, assim como a água é um símbolo universal de purificação, a circuncisão também o é, pois é profilaxia contra doenças, e, simbolicamente é a retirada da carne = carnalidade = pecado. Vejamos a baixo o quadro ilustrativo sobre os aspectos relacionados à circuncisão.

TEXTOS A CIRCUNCISÃO Simbologia

O BATISMO CRISTÃO Simbologia

TEXTOS

Gn 17:11

Aliança

Aliança

At 2:39

Gn 17:14

Nacionalidade terrena

Nacionalidade espiritual

I Pe 2:9

Rm 4:9-12

Realidades espirituais

Realidades espirituais

Mc 16:16

Gn 17:14

Pertencia ao povo de Deus

Pertencia ao povo de Deus

At 2:38-41

Rm 4:9-12

Mc 16:16

At 15:1-5

Conversão

Conversão

At 9:17,18

Dt 10:16 e Cl 2:11

Purificação

Purificação

At 2:37-38

As crianças deviam participar

As crianças devem participar

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2. Unção

Conceito Ungir era o ato de se derramar um precioso óleo sobre a cabeça de certas pessoas

com o fim de separa-las para um ofício ou objetos, tirando-os do uso comum para o uso exclusivo do culto a Deus (Lv 8:1-12).

Material O material usado para nesta cerimônia era um óleo especialmente feito para estas

ocasiões importantes e que não poderia ter outra utilização, a não ser esta (Ex 30:22-33). Símbolo

Este óleo representava a presença do Espírito Santo na vida do homem de Deus (Lc 4:16-18).

Quem recebia Sacerdotes (Lv 8:1-12), reis (I Sm 16:11-13) e profetas (Is 61:1)

Implicações A unção foi o ritual pelo qual o Salvador veio a ser identificado no V.T. uma vez que

todos esperavam a vinda do x;yvime, ou seja, aquela pessoa cheia do poder do Espírito Santo, autoridade e poder, descendente de Davi (Sl 2:2 // At 13:32 // Hb 1:5; Dn 9:25, 26), para realizar cabalmente a vontade de YAHWEH sobre a vida de Israel.

Por isso, não foi sem propósito, que Mateus em seu Evangelho (Mt 1:16,21), escreveu:

Ihsouj o legomenoj Cristo,j... Jesus o chamado Cristo...

autoj gar swsei ton laon autou/ ele pois salvará o povo dele

De fato, todas as unções apontavam para aquela unção maior na qual, em uma só pessoa, se faria plena. Jesus, como profeta, sacerdote e rei, em seu batismo, recebeu realísticamente aquilo que a cerimônia da unção representava, ou seja, a plena presença do Espírito Santo na sua vida. Isto posto, então, entendemos que o nome de Jesus Cristo era tão somente Jesus, mas veio a ser designado como o Cristo,j [o Cristo], pois:

1. tanto os seus discípulos (Mt 16:16),

Su ei o Cristoj o uioj tou Qeou tou zwntoj Tu eis o Cristo o filho do Deus vivo

2. como os samaritanos (Jo 4:29), mhti ou-toj estin o Cristo,j não este será o Cristo?

reconheceram que ele era o messias. E assim nós escrevemos paralelamente os termos “Cristo” e “Messias” para lembrarmos que estas duas palavras tem o mesmo significado, ou seja, “ungido”. Vejamos isto no texto de Jo 4:25.

legei autw h gunh Oida oti Messiaj ercetai o legomenos Cristo,j

Diz ele a mulher: Sei que Messias vem o chamado Cristo

x;yvime messiaj Cristo,j ungido

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3. Nazireado (Nm 6) Narizeu, em hebraico rh°z²b, derivado de r³z²b “separar”, “consagrar”, “abster-se”. Em Israel,

nazireu era aquele que se separava dos outros ao consagrar-se a YAHWEH mediante um voto especial.

A origem da prática é pré-mosaica e obscura. Os semitas e outros povos primitivos freqüentemente deixavam seus cabelos compridos durante algum empreendimento que exigia o auxílio divino, e depois consagravam seus cabelos.

3.1 Proibições

O nazireu impunha sobre si mesmo certas observâncias que tinham como finalidade evidenciar diante da comunidade a sua completa consagração a Deus e abstinência das coisas consideradas comuns. Vejamos cada uma delas:

a O nazireu tinha que abster-se de vinho e bebidas intoxicantes, de vinagre e de

passas, em fim, de tudo que tinha relação coma vide. b. Não podia cortar o cabelo durante o período de sua consagração. Fato

interessante é que apalavra ryzin é aplicada a uma vinha em Lv 25:5,11; vinha esta que devia ficar sem poda durante o ano sabático e deixada para crescer por si só.

c. Não podia aproximar-se de qualquer cadáver, nem mesmo de seus parentes mais chegados, proibição essa que também se aplicava no caso do sumo sacerdote.

3.2 Violação Se esta última regra chegasse a ser violada, o nazireu tinha de submeter-se a ritos

purificatórios. É notável, todavia, que as condições do voto do nazireado não excluía a realização de outros deveres domésticos e sociais.

3.3 Término

No fim do seu período de voto, o nazireu tinha de oferecer diversos sacrifícios prescritos,e em seguida cortar seus cabelos e queimá-los sobre o altar. Depois de certas ações rituais levadas a efeito pelo sacerdote, o nazireu ficava livre de seu voto.

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 33

IX. AS FESTAS 1. Sábado

O sábado era visto como dia de festa para culto e consagração a Deus, após uma semana de trabalho.

Êx 23

1 Disse o SENHOR a Moisés: 2 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: As festas fixas do SENHOR, que proclamareis, serão santas

convocações; são estas as minhas festas. 3 Seis dias trabalhareis, mas o sétimo será o sábado do descanso solene, santa convocação; nenhuma obra

fareis; é sábado do SENHOR em todas as vossas moradas.

2. Páscoa - Pães Asmos

Esta festa foi estabelecida para lembrar i livramento do povo de Israel do Egito (Ex 10:12; 12:8,14). Era observada no décimo quarto dia do primeiro mês do ano. Durante sete dias eram comidos pães fermento e nenhum trabalho servil podia ser realizado. O primeiro e último dia da festa eram convocações santas e os sacrifícios eram oferecidos (Nm 28:16-25; Dt 16:1-8). Êx 23

4 São estas as festas fixas do SENHOR, as santas convocações, que proclamareis no seu tempo determinado: 5 no mês primeiro, aos catorze do mês, no crepúsculo da tarde, é a Páscoa do SENHOR. 6 E aos quinze dias deste mês é a Festa dos Pães Asmos do SENHOR; sete dias comereis pães asmos. 7 No primeiro dia, tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; 8 mas sete dias oferecereis oferta queimada ao SENHOR; ao sétimo dia, haverá santa convocação; nenhuma

obra servil fareis.

3. Primícias

Êx 23

9 Disse mais o SENHOR a Moisés: 10 Fala aos filhos de Israel e dize-lhes: Quando entrardes na terra, que vos dou, e segardes a sua messe,

então, trareis um molho das primícias da vossa messe ao sacerdote; 11 este moverá o molho perante o SENHOR, para que sejais aceitos; 12 no dia imediato ao sábado, o sacerdote o moverá. No dia em que moverdes o molho, oferecereis um

cordeiro sem defeito, de um ano, em holocausto ao SENHOR. 13 A sua oferta de manjares serão duas dízimas de um efa de flor de farinha, amassada com azeite, para

oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR, e a sua libação será de vinho, a quarta parte de um him. 14 Não comereis pão, nem trigo torrado, nem espigas verdes, até ao dia em que trouxerdes a oferta ao vosso

Deus; é estatuto perpétuo por vossas gerações, em todas as vossas moradas.

4. Festas das Semanas – Festa da Colheita - Pentecostes

A Festa das Semanas também é chamada de “Festa da Colheita” e “Dia das Primícias” (Ex 23:16; 34:22; Nm 28:26). Posteriormente tornou-se conhecida como “Festa de Pentecostes” visto que era celebrada cinqüenta dias depois do sábado que começada com a páscoa. Era assinalada com santa convocação e por oferta de sacrifícios.

Êx 23

15 Contareis para vós outros desde o dia imediato ao sábado, desde o dia em que trouxerdes o molho da oferta movida; sete semanas inteiras serão.

16 Até ao dia imediato ao sétimo sábado, contareis cinqüenta dias; então, trareis nova oferta de manjares ao SENHOR.

17 Das vossas moradas trareis dois pães para serem movidos; de duas dízimas de um efa de farinha serão; levedados se cozerão; são primícias ao SENHOR.

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18 Com o pão oferecereis sete cordeiros sem defeito de um ano, e um novilho, e dois carneiros; holocausto serão ao SENHOR, com a sua oferta de manjares e as suas libações, por oferta queimada de aroma agradável ao SENHOR.

19 Também oferecereis um bode, para oferta pelo pecado, e dois cordeiros de um ano, por oferta pacífica. 20 Então, o sacerdote os moverá, com o pão das primícias, por oferta movida perante o SENHOR, com os

dois cordeiros; santos serão ao SENHOR, para o uso do sacerdote. 21 No mesmo dia, se proclamará que tereis santa convocação; nenhuma obra servil fareis; é estatuto

perpétuo em todas as vossas moradas, pelas vossas gerações. 22 Quando segardes a messe da vossa terra, não rebuscareis os cantos do vosso campo, nem colhereis as

espigas caídas da vossa sega; para o pobre e para o estrangeiro as deixareis. Eu sou o SENHOR, vosso Deus.

23 Disse mais o SENHOR a Moisés: 24 Fala aos filhos de Israel, dizendo: No mês sétimo, ao primeiro do mês, tereis descanso solene, memorial,

com sonidos de trombetas, santa convocação. 25 Nenhuma obra servil fareis, mas trareis oferta queimada ao SENHOR.

5. Tabernáculos

Durava sete dias sendo que o primeiro e último dia eram convocações santas. As frutas eram colhidas e o povo habitava em cabanas feitas de ramos e galhos de árvores (Lv 23:39-43; Nm 29:12-38) Êx 23

33 Disse mais o SENHOR a Moisés: 34 Fala aos filhos de Israel, dizendo: Aos quinze dias deste mês sétimo, será a Festa dos Tabernáculos ao

SENHOR, por sete dias. 35 Ao primeiro dia, haverá santa convocação; nenhuma obra servil fareis. 36 Sete dias oferecereis ofertas queimadas ao SENHOR; ao dia oitavo, tereis santa convocação e oferecereis

ofertas queimadas ao SENHOR; é reunião solene, nenhuma obra servil fareis. 37 São estas as festas fixas do SENHOR, que proclamareis para santas convocações, para oferecer ao

SENHOR oferta queimada, holocausto e oferta de manjares, sacrifício e libações, cada qual em seu dia próprio,

38 além dos sábados do SENHOR, e das vossas dádivas, e de todos os vossos votos, e de todas as vossas ofertas voluntárias que dareis ao SENHOR.

39 Porém, aos quinze dias do mês sétimo, quando tiverdes recolhido os produtos da terra, celebrareis a festa do SENHOR, por sete dias; ao primeiro dia e também ao oitavo, haverá descanso solene.

40 No primeiro dia, tomareis para vós outros frutos de árvores formosas, ramos de palmeiras, ramos de árvores frondosas e salgueiros de ribeiras; e, por sete dias, vos alegrareis perante o SENHOR, vosso Deus.

41 Celebrareis esta como festa ao SENHOR, por sete dias cada ano; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações; no mês sétimo, a celebrareis.

42 Sete dias habitareis em tendas de ramos; todos os naturais de Israel habitarão em tendas, 43 para que saibam as vossas gerações que eu fiz habitar os filhos de Israel em tendas, quando os tirei da

terra do Egito. Eu sou o SENHOR, vosso Deus. 44 Assim, declarou Moisés as festas fixas do SENHOR aos filhos de Israel.

6. Dia da expiação (Lv 23:26-31)

Era observado no décimo dia do sétimo mês, e era de “convocação santa”, duranet a qual as almas se afligiam e uma expiação anual era efetuada pelo pecado de todo o povo. Era realizada apenas uma vez por ano (Ex 30:10).

Êx 23

26 Disse mais o SENHOR a Moisés: 27 Mas, aos dez deste mês sétimo, será o Dia da Expiação; tereis santa convocação e afligireis a vossa alma;

trareis oferta queimada ao SENHOR. 28 Nesse mesmo dia, nenhuma obra fareis, porque é o Dia da Expiação, para fazer expiação por vós perante o

SENHOR, vosso Deus. 29 Porque toda alma que, nesse dia, se não afligir será eliminada do seu povo. 30 Quem, nesse dia, fizer alguma obra, a esse eu destruirei do meio do seu povo. 31 Nenhuma obra fareis; é estatuto perpétuo pelas vossas gerações, em todas as vossas moradas.

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32 Sábado de descanso solene vos será; então, afligireis a vossa alma; aos nove do mês, de uma tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado.

7. Purim

A Festa do Purim (nome que vem do termo babilônico pur, que significa sorte) descrita em Ester (capítulo 9), foi estabelecida por Mordecai no tempo de Assuero a fim de comemorar o notável livramento dos judeus das intrigas de Hamã, sendo dia de festividade e regozijo. Celebrada no 14° e 15° dias do 12° mês (Adar).

Et 9

1 No dia treze do duodécimo mês, que é o mês de adar, quando chegou a palavra do rei e a sua ordem para se executar, no dia em que os inimigos dos judeus contavam assenhorear-se deles, sucedeu o contrário, pois os judeus é que se assenhorearam dos que os odiavam;

2 porque os judeus, nas suas cidades, em todas as províncias do rei Assuero, se ajuntaram para dar cabo daqueles que lhes procuravam o mal; e ninguém podia resistir-lhes, porque o terror que inspiravam caiu sobre todos aqueles povos.

3 Todos os príncipes das províncias, e os sátrapas, e os governadores, e os oficiais do rei auxiliavam os judeus, porque tinha caído sobre eles o temor de Mordecai.

4 Porque Mordecai era grande na casa do rei, e a sua fama crescia por todas as províncias; pois ele se ia tornando mais e mais poderoso.

5 Feriram, pois, os judeus a todos os seus inimigos, a golpes de espada, com matança e destruição; e fizeram dos seus inimigos o que bem quiseram.

6 Na cidadela de Susã, os judeus mataram e destruíram a quinhentos homens, 7 como também a Parsandata, a Dalfom, a Aspata, 8 a Porata, a Adalia, a Aridata, 9 a Farmasta, a Arisai, a Aridai e a Vaizata, 10 que eram os dez filhos de Hamã, filho de Hamedata, o inimigo dos judeus; porém no despojo não tocaram. 11 No mesmo dia, foi comunicado ao rei o número dos mortos na cidadela de Susã. 12 Disse o rei à rainha Ester: Na cidadela de Susã, mataram e destruíram os judeus a quinhentos homens e os

dez filhos de Hamã; nas mais províncias do rei, que terão eles feito? Qual é, pois, a tua petição? E se te dará. Ou que é que desejas ainda? E se cumprirá.

13 Então, disse Ester: Se bem parecer ao rei, conceda-se aos judeus que se acham em Susã que também façam, amanhã, segundo o edito de hoje e dependurem em forca os cadáveres dos dez filhos de Hamã.

14 Então, disse o rei que assim se fizesse; publicou-se o edito em Susã, e dependuraram os cadáveres dos dez filhos de Hamã.

15 Reuniram-se os judeus que se achavam em Susã também no dia catorze do mês de adar, e mataram, em Susã, a trezentos homens; porém no despojo não tocaram.

16 Também os demais judeus que se achavam nas províncias do rei se reuniram, e se dispuseram para defender a vida, e tiveram sossego dos seus inimigos; e mataram a setenta e cinco mil dos que os odiavam; porém no despojo não tocaram.

17 Sucedeu isto no dia treze do mês de adar; no dia catorze, descansaram e o fizeram dia de banquetes e de alegria.

18 Os judeus, porém, que se achavam em Susã se ajuntaram nos dias treze e catorze do mesmo; e descansaram no dia quinze e o fizeram dia de banquetes e de alegria.

19 Também os judeus das vilas que habitavam nas aldeias abertas fizeram do dia catorze do mês de adar dia de alegria e de banquetes e dia de festa e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros.

20 ¶ Mordecai escreveu estas coisas e enviou cartas a todos os judeus que se achavam em todas as províncias do rei Assuero, aos de perto e aos de longe,

21 ordenando-lhes que comemorassem o dia catorze do mês de adar e o dia quinze do mesmo, todos os anos, 22 como os dias em que os judeus tiveram sossego dos seus inimigos, e o mês que se lhes mudou de tristeza

em alegria, e de luto em dia de festa; para que os fizessem dias de banquetes e de alegria, e de mandarem porções dos banquetes uns aos outros, e dádivas aos pobres.

23 Assim, os judeus aceitaram como costume o que, naquele tempo, haviam feito pela primeira vez, segundo Mordecai lhes prescrevera;

24 porque Hamã, filho de Hamedata, o agagita, inimigo de todos os judeus, tinha intentado destruir os judeus; e tinha lançado o Pur, isto é, sortes, para os assolar e destruir.

25 Mas, tendo Ester ido perante o rei, ordenou ele por cartas que o seu mau intento, que assentara contra os judeus, recaísse contra a própria cabeça dele, pelo que enforcaram a ele e a seus filhos.

26 Por isso, àqueles dias chamam Purim, do nome Pur. Daí, por causa de todas as palavras daquela carta, e do que testemunharam, e do que lhes havia sucedido,

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27 determinaram os judeus e tomaram sobre si, sobre a sua descendência e sobre todos os que se chegassem a eles que não se deixaria de comemorar estes dois dias segundo o que se escrevera deles e segundo o seu tempo marcado, todos os anos;

28 e que estes dias seriam lembrados e comemorados geração após geração, por todas as famílias, em todas as províncias e em todas as cidades, e que estes dias de Purim jamais caducariam entre os judeus, e que a memória deles jamais se extinguiria entre os seus descendentes.

29 Então, a rainha Ester, filha de Abiail, e o judeu Mordecai escreveram, com toda a autoridade, segunda vez, para confirmar a carta de Purim.

30 Expediram cartas a todos os judeus, às cento e vinte e sete províncias do reino de Assuero, com palavras amigáveis e sinceras,

31 para confirmar estes dias de Purim nos seus tempos determinados, como o judeu Mordecai e a rainha Ester lhes tinham estabelecido, e como eles mesmos já o tinham estabelecido sobre si e sobre a sua descendência, acerca do jejum e do seu lamento.

32 E o mandado de Ester estabeleceu estas particularidades de Purim; e se escreveu no livro.

8. Festa da Dedicação

Era uma festa de origem extra-bíblica de celebração da recuperação e purificação do templo de Jerusalém por Judas Macabeu, em 164 a.C., a pós a sua profanação por Antíoco Epifânio. Também é chamada de Festa das Luzes. Veja em Jo 10:22, onde é chamada pelo nome grego, enkainia [egkainia ], ou seja, “dedicação”. Um festa com 8 dias de duração, celebrada no nono mês (Quisleu).

Festas Anuais de Israel (Lv 23:1-44)

Festa

Texto

Dia Mês do Ano Sagrado

Mês

Sábado

Ex 20:8-11; Ex 31:12-17; Lv 23:3; Dt 5:12-15

Celebrado durante todo o ano, no sétimo dia da semana

Páscoa Ex 12:1-14; Lv 23:5; Nm 9:1-14; Nm 28:16; Dt 16:1-7

14

1 - Abibe

Março-Abril

Pães Asmos Ex 12:15-20; Ex 13:3-10; Lv 23:6-8;

Nm 28:17-25; Dt 16:3,4,8

15 - 21

1 - Abibe

Março-Abril

Primícias Lv 23:9-14; Nm 28:26 16

06 1 – Abibe 3 – Sivã

Março-Abril Maio - Junho

Semanas Colheita ou Pentecoste

Ex 23:16; Ex 34:22; Lv 23:15-21;

Nm 28:26-31; Dt 16:9-12

06 (50 dias após a colheita da cevada)

3 – Sivã

Maio - Junho

Trombetas Rosh Hashanah

Lv 23:23-25; Nm 29:1-6

1

7 - Tisri

Setembro - Outubro

Dia da Expiação Yom Kippur

Lv 16; Lv 23:26-32; Nm 29:7-11

10

7 - Tisri

Setembro - Outubro

Tabernáculos Cabanas ou Colheita

Ex 23:16; Ex 34:22; Lv 23:33-36,39-43; Nm 29:12-38; Dt 16:13-15

15 - 22

7 - Tisri

Setembro - Outubro

Outras Épocas Sagradas de Israel Ano Sabático

Ex 23:10,11; Lv 25:1-7

Cada sétimo ano era designado como “ano de descanso”. A terra não deveria ser cultivada.

Ano do Jubileu

Lv 25:8-55; Lv 27:17-24; Ez 46:17

O 50° ano, que vinha após sete anos sabáticos, era para proclamar liberdade àqueles que tinham tornado-se escravos por causa de dívida e para devolver as terras aos seus antigos donos.

Lua Nova

Nm 28:11-15; Sl 81:3

O primeiro dia do mês hebreu, que tinha entre 20 e 30 dias, era um dia de descanso, sacrifícios especiais e toques de trombetas.

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X. MEIOS REVELACIONAIS NO VELHO TESTAMENTO 1. Natureza: Sl 19

2. Sonhos: Gn 37:5-8

3. Visões: Gn 15:1; Nm 12:6

4. Profecias: II Cr 15:8; Dn 9:24

5. Teofanias: Jz 2:1; Ex 3:2 6. Urin e Tumin: Ex 28:30; I Sm 28:6;

Nome de um ou mais objetos pertencentes ao Racional do Juízo que o sumo pontífice trazia ao peito de modo que estivesse sobre o coração do sacerdote quando se apresentava diante do Senhor (Ex 28.30; Lv 8.8). Estes objetos, provavelmente, eram guardados em uma dobra do Racional do Juízo, ou por baixo dele. Por meio do Urim e Tumim, o sumo sacerdote consultava a vontade de Deus em casos difíceis. Este processo não era aplicável a casos particulares, nem a interesses privados, e somente sobre negócios de interesse público. Por isso mesmo, o lugar do Urim e Tumim era no Racional do Juízo, onde se achavam gravados os nomes das doze tribos de Israel sobre pedras preciosas. Por meio do Urim e Tumim, se consultava a vontade de Deusa acerca de assuntos judiciais e de negócios públicos (Nm 27.21; cp. Js 9.14; Jz 1.1; 20. 18,23,27,28; 1Sm 10. 22; 14.36-42; 22.10,13; 23. 9-12; 28. 6; 30.7,8; 2Sm 2.1; 5.19, 23,24. O Urim e Tumim eram consultados, não só no onde estava a arca, Jz 20.27,28; 1Sm 22.10, como em qualquer outro lugar onde estivesse presente o pontífice devidamente autorizado. As respostas eram simples, consistindo em afirmativas ou negativas, nem sempre era este o caso, 1Sm 10.22; 2Sm 5.23,24. Ocasionalmente, também, quando o pecado havia interrompido a comunhão com Deus, não havia respostas, 1Sm 14.37; 28.6. Não se encontram referências ao Urim e Tumim, depois do reinado de Davi. Depois da volta do cativeiro, nenhum dos sacerdotes usava o Urim e Tumim, Ed 2.63; Ne 7.65. Somente o sumo sacerdote poderia gozar o privilégio de consultar o Senhor por meio do Urim e Tumim. Este privilégio constituiu a glória da tribo de Levi, Dt 33.8.

Tem havido diferentes explicações sobre o Urim e Tumim. Por exemplo: procuram descobrir analogia com as insígnias de que usava o sacerdote egípcio, quando funcionava como supremo juiz. Dizem os escritores clássicos que ele trazia um emblema suspenso ao pescoço por uma cadeia de ouro, representando a verdade, somente enquanto duravam as suas funções de juiz, que colocava sobre a pessoa a favor de quem pronunciava a sentença. Não existem provas que indiquem que tal insígnia também servisse para consultar a vontade divina. Outros são de parecer, que por ocasião de o sacerdote vestir o éfode com o Urim e Tumim e fazer oração a Deus, ocorria-lhe uma idéia, cuja origem divina se confirmava por um brilho estranho produzido pelas pedras preciosas do Racional do Juízo, ou peitoral. Deste fenômeno se originou a palavra Urim, que quer dizer luzes. Tem-se pensado que as respostas se percebiam através de um brilho sucessivo das letras que formavam os nomes próprios, gravados nas pedras; mas para nada dizer sobre o fato de que o alfabeto completo não havia produzido estes nomes, e que em várias das respostas de que há notícia, existem letras que não se encontram nas pedras, a idéia integral cheira aos milagres inventados pelos sacerdotes gregos e romanos, inteiramente estranhos aos métodos e concepções do ritual hebraico. Existem apenas duas teorias dignas de atenção.

a. O Urim e o Tumim eram um ou mais acessórios do éfode e que dele se podiam separar para serem usados à maneira de dados, e pelo modo por que caíam, revelavam a vontade de Deus. Esta é realmente uma concepção possível, mas sem provas a seu favor. Procuram firmar esta teoria, dizendo que duas vezes se

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faz referência ao lançamento de sortes, em íntima conexão com as consultas ao Urim e Tumim (1Sm 10. 19-22; 14.37-42). Neste último caso, Saul rogou ao Senhor que lhe desse a conhecer por meio da sorte porque é que não respondia ao seu servo. A palavra usada no original é thamim; que se pronunciava thummim. Assim sendo, o Urim e Tumim era uma espécie de sorte. Mas nas duas passagens citadas, o lançar as sortes é ato distinto de consultar o Senhor, e se realizava para propósito diferente daquele que pedia conselhos.

b. O Urim e Tumim não fazia manifestações exteriores, era antes um símbolo. O sumo sacerdote vestia o éfode com o Urim e Tumim, sinais de sua investidura para obter a luz e a verdade, como as duas palavras indicam, a fim de que pudesse buscar o conselho de Jeová da maneira por Ele indicada. Humildemente punha diante de Deus a sua petição. A resposta vinha-lhe à mente; e como tivesse feito o seu pedido de acordo com as Instruções divinas e baseada na promessa de que receberia luz e verdade, tinha-a como a expressão da vontade de Deus. A fé em Deus baseava-se na evidência das cousas não vistas. Esta interpretação do Urim e Tumim harmoniza-se com o espírito de todo o ritualismo do tabernáculo. A resposta consistia em uma iluminação interna, sem nenhum sinal exterior em paralelo com as revelações dos profetas.

7. Escritura Sagrada: Ex 17:14; Ex 34:27; Sl 19; Jr 30:2

A revelação escrita (A Escritura Sagrada) era o alvo de toda a revelação divina. Durante séculos Deus usou homens santos para registrarem sua perfeita vontade. E no período intertestamentário, quando todos os outros meios revelacionais cessaram, Deus nutriu a fé de seus eleitos por meio de sua Escritura e, por meio dela e suas gloriosas promessas com referência ao Messias, preparou o seu povo para a vinda de seu filho Jesus.

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XI. O CRISTO DOS PACTOS

1. O que é uma aliança Um dos conceitos fundamentais a ser compreendido no estudo do Velho Testamento é o

de PACTO. Em toda a extensão da revelação divina, Deus nunca mantém um relacionamento desprovido de compromisso com suas criaturas racionais. Ele, como SENHOR, estabelece Seu pacto, e, durante a história revelacional, confirma-o em cada fase importante da história da salvação.

E, por PACTO queremos dizer aquela “aliança de sangue, soberanamente administrada”, como expõe Palmer Robertson em sua obra O Cristo dos Pactos. No VT encontramos.

Em seu aspecto mais essencial, aliança é aquilo que une pessoas. Nada está mais perto do coração do conceito bíblico de aliança do que a imagem de um laço inviolável. A preeminência de juramentos e sinais nas alianças divinas realça o fato de que a aliança, em sua essência é um pacto. A aliança estabelece compromisso de pessoa com outra. Um juramento obrigatório da aliança podia assumir várias formas:

a. Um juramento verbal (Gn 21:23-31; Ex 19:8; Dt 7:8,12; Ez 16:8). b. A concessão de uma dádiva (Gn 21:28-31). c. Comer uma refeição (Gn 26:28-30; Gn 31:54; Ex 24:11) d. O erguimento de um memorial (Gn 31:44ss; Js 24:27) e. O aspergir de sangue (Ex 24:8) f. O oferecimento de sacrifício (Sl 50:5) g. O passar debaixo do cajado (Ez 20:37) h. Ou dividir animais (Gn 15:10,18)

Em várias passagens da Escritura a relação integral do juramento com aliança é apresentada mais claramente pelo paralelismo da construção (Dt 29:12 e I Cr 16:16). Essa estreita relação entre juramento e aliança enfatiza o fato de que a aliança em sua essência é um pacto. Pela aliança, as pessoas tornam-se comprometidas umas com as outras. Da mesma forma, como uma noiva e um noivo trocam as alianças como um “sinal e penhor” de sua “fidelidade constante e amor permanente”, assim também os sinais da aliança divina simbolizam a permanência do pacto entre Deus e o seu povo.

A frase “pacto de sangue”, ou pacto de vida e morte, expressa o caráter absoluto do compromisso entre Deus e o homem no contexto da aliança. Deus jamais entra em relação casual ou informal com o homem. As implicações de seus pactos entendem-se às últimas conseqüências de vida e morte.A terminologia básica para descrever o estabelecimento de uma relação de aliança vivifica a intensidade de vida e morte das alianças divinas. A frase “fazer aliança”, no VT, significa, literalmente “cortar uma aliança”. Esta frase, “cortar aliança” ocorre em toda a extensão do VT. Tanto na lei (Gn 15:18), como nos profetas (I Sm 11:1,2) e como nos escritos (Jó 31:1). Vejamos o texto de Gn 15:18. 18 Naquele mesmo dia, fez o Senhor aliança com Abraão

œ‹¹šA �šƒµ‚-œ¶‚ †‡†‹ œµšJ ‚E†µ† �ŸIµA 18181818

Particularmente notável é o fato de que o verbo “cortar” pode ficar só e, ainda assim,

significar claramente “cortar uma aliança” (I Sm 11:1,2). Este uso indica quão essencialmente o conceito de “cortar”veio a relacionar-se com a idéia de aliança nas Escrituras. Vejamos o texto de I Sm 20:16:

16 Assim, fez Jônatas aliança com a casa de Davi, dizendo: Vingue o Senhor os inimigos de Davi”

…¹‡… ‹·ƒ‹¾‚ …µI¹� †‡†‹ �·R¹ƒE …¹‡C œ‹·A-�¹” ‘œ’Ÿ†‹ œ¾š�¹Iµ‡ 16161616

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Não somente a terminologia, mas o ritual comumente associado com o estabelecimento da aliança reflete, de maneira dramática um processo de “cortar”. Na medida em que se faz uma aliança, animais são “cortados” em cerimônia ritual. (Gn 15). A divisão do animal simboliza um “penhor de morte”, no momento do compromisso da aliança. Os animais desmembrados representam a maldição que o autor do pacto invoca sobre si mesmo caso viole o compromisso que fez (Jr 34:20).

Esta frase “pacto de sangue” concorda idealmente com a ênfase bíblica de que “sem derramamento de sangue não remissão” (Hb 9:22). O sangue tem significação nas Escrituras porque representa vida, não porque seja bruto e sangrento. A vida está no sangue (Lv 17:11), e por isso o derramamento de sangue representa um julgamento sobre a vida. O derramar de vida-sangue significa o único caminho de livramento das obrigações de aliança uma vez contraídas. Uma aliança é um pacto de sangue” que compromete os participantes à lealdade sob pena de morte. Uma vez firmada a relação de aliança, nada menos do que o derramamento de sangue pode libertar das obrigações no evento de violação da aliança.

Por fim, é soberanamente administrado pois é o Próprio Deus que o estabelece e dita as suas normas. Este direito é somente dEle, pois Ele é o criador, e tem todos os diretos sobre suas criaturas racionais.Tanto as evidências bíblicas como as extrabíblicas indicam a forma unilateral do estabelecimento da aliança. Nada de barganha, troca ou contrato caracteriza as alianças divinas da Escritura. O soberano Senhor do céu e da terra dita os termos da sua aliança. De fato, a aliança divina é um pacto de sangue soberanamente administrado.

2. As alianças do Velho Testamento

No VT encontramos, basicamente, o registro de 2 (duas) alianças: 1. Pacto das Obras: Gn 2:16, 17 2. Pacto da Redenção: Gn 3:15

a. Pacto do começo: Gn 3:15 b. Pacto Noético: Gn 9 c. Pacto Abraâmico: Gn 15:12-18 d. Pacto Sináitico: Dt 29 e. Pacto Davídico: II Sm 7; Jr 33:17

3. A unicidade das alianças divinas

As Escrituras obviamente apresentam uma série de relacionamentos em termos de alianças instituídas pelo verdadeiro Deus. As alianças primárias nas Escrituras são as que foram feitas com Noé, Moisés e Davi, e a nova aliança. Além disso, forte evidência favorece ver como tendo caráter de aliança tanto no relacionamento criador original entre Deus e o homem na criação, como o primeiro pacto estabelecido entre Deus e o homem, depois da queda.

Diante desta verdade, perguntamos: devem as alianças ser vistas como compromissos distintivos e sucessivos que se substituem em seqüência temporal? Ou são as alianças construídas uma sobre a outra de sorte que cada aliança sucessiva suplementa a precedente sem, ao mesmo tempo, suplantar a continuação do papel do pacto mais antigo entre Deus e o seu povo?

A evidência acumulativa das Escrituras apontam definitivamente em direção ao caráter unificado das alianças bíblicas. Os múltiplos pactos de Deus com o seu povo unem-se basicamente em um único relacionamento. Detalhes particulares das alianças podem variar. Pode-se notar uma linha definida de progresso. Todavia, as alianças de Deus são uma. Esta unicidade pode ser vista de duas maneiras: na unicidade estrutural e na unicidade temática, vejamos.

3.1 A Unidade Estrutural das Alianças

Considerando a unidade das várias ministrações da aliança pode-se começar examinando primeiramente as alianças feitas com Abraão, Moisés e Davi.

Nestas percebemos uma unidade na experiência histórica. Deus estabelece sua aliança com Abraão e sua descendência. Os descendentes de Abraão viveram também sob as alianças

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mosaicas e davídicas. Em vez de “limpar o quadro” e começar de novo, cada aliança sucessiva com os descendentes de Abraão avança os propósitos originais de Deus a um nível superior de realização.

Deus fez um compromisso de aliança com os patriarcas. Prometeu-lhes a terra de Canaã. Por causa dessa promessa, Deus agiu soberanamente nos dias de Moisés para livrar Israel do Egito (Ex 2:24; Ex 6:4-8). Os Dez mandamentos, que formam o coração da aliança mosaica, firma-se solidamente sobre a libertação do Egito, alcançada em cumprimento aos compromissos feitos a Abraão. O altar que Moisés edificou, em associação com o estabelecimento da aliança do Sinai, oferece ulterior evidência de que a aliança mosaica estava inseparavelmente ligada à a abraâmica. Moisés edifica o altar “de doze colunas, segundo as doze tribos de Israel (Ex 24:4).

Este mesmo quadro de continuidade emerge no tempo do estabelecimento da aliança davídica. As promessas chegam a Davi, não como palavras novas ou descontínuas com o passado. Ao contrário, tanto as palavras de Deus a Davi, como a resposta de Davi ao Senhor, refletem a experiência passada da libertação do Egito (II Sm 7:6,23).

Ainda mais, Davi em seu leito de morte, ordena a Salomão a reconhecer o fundamento mosaico da sua aliança. Ele exorta Salomão a guardar as leis de Deus, “como está escrito na lei de Moisés ... para que o Senhor confirme a palavra que falou a mim” (I Rs 2:3s).

Assim, os pontos cruciais do estabelecimento das alianças sob Moisés e Davi refletem a continuidade delas. Quando Deus institui uma nova aliança com a nação de Israel, ordena a ocasião de sorte que reflita especifica,mente a continuidade a não a descontinuidade, com o passado.

Outro fator que enfatiza a unidade das alianças abraâmica, mosaica e davídica é a unidade na administração geneológica. Esta ministração genealógica sublinha a conexão de cada aliança sucessiva com as prévias ministrações. Quando deus determinou relacionar-se com seu povo em termo da aliança, Ele segue critério geneológico. Este aspecto geneológico da aliança está presente nas alianças abraâmica, mosaica e davídica, e manifesta-se especificamente na referência ao conceito de “semente” (Gn 15:18 // Ex 20:5,6; Dt 7:9 // II Sm 7:12). O filho de Davi não é simplesmente herdeiro da promessa da aliança feita a Davi. É também herdeiro das promessas da aliança feita com Moisés e Abraão.

É no contexto do princípio geneológico que devem ser entendidas as palavras de Pedro

aos israelitas de seus duas: “Vós sois filhos dos profetas e da aliança que Deus estabeleceu com vossos pais”. (At 3:25). As estipulações geneológicas das alianças com Abraão, Moisés e Davi entendem-se até à nova aliança.

A nova aliança, prometida pelos profetas não aparece como uma unidade distintiva de aliança não relacionada com as ministrações prévias de Deus. Ao contrário, a nova aliança representa o cumprimento consumado das alianças anteriores.

Em Jr 31:31ss vemos que na nova aliança alei de Deus continuará em vigor e será escrita ano coração; ou seja, a essência da nova aliança relaciona-se diretamente com a aliança-lei do Sinai. E no capítulo seguinte, Jeremias combina a referência à nova aliança com alusão à velha aliança feita com Abraão. Deus “plantará fielmente” seu povo “na terra” (Jr 31:41). Mas, ao mesmo tempo, lê “lhes porá um coração e um caminho” para que eles o temam para sempre (Jr 32:39,40).

O profeta Ezequiel também relaciona a nova aliança com as dispensações prévias de Deus. Ezequiel 34:20ss refere-se a uma “aliança de paz” que Deus ainda vai estabelecer com Israel. Deus colocará sobre um pastor, seu “servo Davi”, que será príncipe sobre eles (Ez 34:23,24). Assim, a perspectiva da nova aliança se funde com a antiga aliança davídica. Uma notável passagem de Ezequiel é o texto de Ez 37:24-26, no qual o profeta faz uma lausão relacional entre as quatro alianças (Davídica -- moisaica -- Abraaânica-- nova aliança). Vejamos o texto.

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24 O meu servo Davi reinará sobre eles; todos eles terão um só pastor, andarão nos

meus juízos, guardarão os meus estatutos e os observarão. 25 Habitarão na terra que dei a meu servo Jacó, na qual vossos pais habitaram;

habitarão nela, eles e seus filhos e os filhos de seus filhos, para sempre; e Davi, meu servo, será seu príncipe eternamente.

26 Farei com eles aliança de paz; será aliança perpétua. Estabelecê-los-ei, e os multiplicarei, e porei o meu santuário no meio deles, para sempre.

27 O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

Todas essas três alianças antigas combinam-se em uma única ordenança divina. Pela nova aliança, todas as promessas de Deus se consumam. A nova aliança não aprece na promessas do VT como alguma novidade previamente desconhecida ao povo de Deus. Ao contrário, a nova aliança representa a fusão de todas as velhas promessas da aliança em termos de uma futura expectação. E até onde concerne à história do povo de Deus do VT, as estipulações e expectações da nova aliança nunca acham realização.

Não foi antes das glórias da era do novo testamento que a nova aliança recebeu esclarecimento formal. Pelo ministério do Filho de Deus , a nova aliança finalmente trouxe à fruição as promessas das alianças abraâmica, mosaica e davídica. Jesus indica o momento de estabelecimento formal da nova aliança por ocasião da instituição da refeição da aliança da Ceia do Senhor (Lc 22:20).

20 Este é o cálice da nova aliança no meu sangue derramada em favor de vós 20 touto to pothrion h kainhkainhkainhkainh diaqhkh en tw aimati mou to uper umwn ekcunnomenon

O Cristão celebra a realidade deste novo relacionamento de aliança cada vez que

participa da Ceia do Senhor (I Co 11:25). E o escritor de Hebreu reconhece o cumprimento destas novas promessas de aliança para a era presente citando a profecia de Jeremias em dois momentos (Hb 8:6-13; Hb 10:15-18). Assim, pode-se concluir que as alianças abraâmica, mosaica e davídica cumprem-se na realidade da nova aliança do dia presente. As alianças de Deus através das era são uma. Esta singularidade encontra esplêndido testemunho no caráter consumado da nova aliança.

Tendo visto, então, a unidade entre as alianças abraâmica, mosaica, davídica e a nova aliança, uma pergunta fica para ser respondida: Como se relacionam as ministrações de aliança antes de Abraão com estas alianças posteriores? A unidade da aliança de Deis inclui essas ministrações mais antigas? Respondendo à pergunta, respondemos concisamente:

A aliança com Noé provê a estrutura preservativa pela qual o propósito de Deus de redimir um povo para si deve ser realizado (Gn 8:22).

De maneira semelhante, a maldição proferida logo depois da queda do homem foi ao mesmo tempo um compromisso pelo Todo-poderoso no sentido de redimir um povo para si mesmo [a semente da mulher]. O apóstolo Paulo, de forma dramática em sua carta aos Romanos, alude ao compromisso de aliança de Deus para garantir o triunfo da semente dos redimidos sobre Satanás (Rm 16:20 // Gn 3:15). As palavras de compromisso de Deus, ditas primeiro à serpente, têm permanente significação para hoje.

3.2 Unidade Temática da Alianças

Esta unidade de tema é o coração da aliança na medida em que relaciona Deus com o seu povo. Através do registro bíblico uma frase única se repete como sumário da relação de aliança: “eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo”. A constante repetição desta frase ou sua equivalente indica a unidade da aliança de Deus( Abraão: Gn 17:7; Moisés: Ex 6:6,7; Davi: II Re 11:17; nova aliança: Ez 34:24; Zc 2:11; Hb 8:10; II Co 6:16).

Este tema unificador é desenvolvido em associação com a real habitação de Deus no meio do seu povo. A realidade de Deus morar com o seu povo revela significação sempre crescente através da Escritura. Move-se da imagem do tabernáculo (Ex 25:8) à do templo (I Re 9:3) à da cidade de Deus (Sl 87:1-3) à encarnação de Cristo (Jo 1:14) e à nova Jerusalém (Ap 21:3) . Por

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morar no meio deles, deus sela a realidade do fato de que Ele é, na verdade, o seu Deus e eles são, na verdade o seu povo.

Finalmente, o tema “eu serei o vosso Deus e vós sereis o meu povo” alcança seu clímax através da sua incorporação em uma única pessoa. Não no tabernáculo, mas em Cristo, é que o tema encontra cumprimento consumado. Assim, a essência do conceito da aliança se une com as expectações messiânicas de Israel. A antecipação futura é focalizada sobre um único indivíduo que incorpora em si mesmo a essência da aliança, enquanto funciona ao mesmo tempo como cabeça messiânica. Esse indivíduo cumpre seu papel como personificação da aliança através de sofrimento em lugar de outros. É o servo do Senhor, real em seu caráter, mas destinado a sofrer (Is 42:6; Is 49:8; Is 55:3,4).

Porque os vários filamentos de esperança de redenção convergem nesta pessoa única, ela se torna foco unificador de toda a Escritura. Tanto o “reino” como a “aliança” se unem sob o “Emanuel”. Não é sangue da aliança que Ele ministra como fizera Moisés (Ex 24:8). Pelo contrário, Ele solenemente declara: “isto é o meu sangue, sangue da nova aliança” (Mt 26:28; Lc 22:20). Como mediador real da aliança, Ele não ministra meramente as leis do reino. Ministra-se a si mesmo ao povo.

As alianças de Deus são uma. Na pessoa de Cristo as alianças de Deus encontram unidade encarnada. Porque Jesus, o Filho de Deus e mediador da aliança, não pode ser dividido, também as alianças não podem ser divididas. Ele mesmo garante a unidade das alianças porque e, Ele mesmo, o coração de cada uma das várias ministrações da aliança.

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XII. A ESPERANÇA MESSIÂNCICA

1. As Personalidades Bíblicas

No ponto de vista teológico sobre a vida neste mundo, como já foi mencionado, esta enraizado no conhecimento do único Deus, que se revelou pessoalmente a eles. A esperança Messiânica, ela começou com a criação do mundo. A fidelidade de Deus e auto-coerência do Deus de Israel lhes concedeu uma chave para o futuro, até o ponto em que seria necessário a fé discernir as coisas futuras. Deus havia agido tipicamente e caracteristicamente por meio de certos grandes indivíduos.

a. Adão: Existem certas características do futuro messiânico que nos faz lembrar o estado do Éden. O (meio ambiente perfeito em que foram criados e de paz e harmonia do mundo de criaturas vivas, e do mundo de ralações humanas. Devido a desobediência de Adão e Eva, que originou a queda do homem, e conforme Deus nos disse: És Santo quem os criou. E os efeitos sobre este mundo, essas eram as coisas perdidas quando a maldição de Deus entrou em ação. Deus prometeu um “redentor”; e quando esta maldição for revertida e o homem de Deus restaurar todas as coisas, então a cena edênica reaparecerá (Am. 9:13; Is. 4:2; 32:15,20; 55:13; Sl. 72:16; Is. 32:18). Todas as passagens acima citadas dizem respeito ao Rei messiânico à natureza de seu governo e reino. Adão tinha total “domínio”, sobre o resto das coisas criadas (Gn. 1:28;2:19,20), mas caiu permitindo que Satanás usurpasse o seu “domínio” (Gn. 3:13). Esse “domínio” será restaurado no Messias. Além destes aspectos, lembremos também que Jesus é chamado pelo N.T. como sendo o segundo Adão (I Co 15:45), aquele que tomou para si a tarefa de cumprir cabalmente a Lei de Deus e garantir ao seu povo , a quem representou, todos os dons e graças decorrentes da obediência.

b. Moisés: Na época em que o povo de Israel estava sendo escravizado no Egito. Onde Moisés foi chamado por Deus, para libertar o povo de Israel das mãos de Faraó. Aqui revelação eterna de Deus (Ex. 3:11). Podemos ver como Deus operou por intermédio de Moisés libertando povo da escravidão do Egito. Êxodo é messiânica (Os. 2:14-23; Jr. 31:31-34; Ez. 20:33-44), (Is. 51:9-11); (52:12; Jr. 23:5-8), pois encontramos em sua própria profecia registrada em (Dt. 18:15-19), a “qual diz que o Senhor levantará um profeta ‘semelhante’ a mim”. Moisés foi um originador, os profetas foram propagadores. Com Moisés a religião de Israel entrou numa nova fase, os profetas lutaram pelo estabelecimento e manutenção dessa fase, prepararam o caminho para a próxima fase, para a qual olhavam como sendo coisa futura. Portanto cada profeta devia ser, dentro do máximo de sua capacidade, semelhante ao profeta do passado (Moisés) até a vinda daquele que seria capaz de reformular o tipo mosaico e o ser profeta, legislador e mediador da aliança futura e nova.

c. Josué: Alguns fatos da vida deste servo de Deus devem nos chamar a atenção: primeiramente, ele foi escolhido por Deus para suceder a Moisés na tarefa de conduzir o povo de Israel até a terra prometida; sombra esta da Canaã celestial, o céu, o eterno descanso para o povo de Deus. Este homem era o legítimo representante de Deus que conduziria os israelitas vitoriosos em todas as coisas. Seu nome a princípio não era Josué, mas sim Oseias; este significando “salvo” e aquele “YAHWEH É SALVADOR” (Nm 13:16), nisto entendemos que Deus estava ensinando que Josué era penas um canal pelo qual a salvação de YAHWEH se manifestaria na história do podo. De fato, Deus estava ensinando o povo que não somente o descanso terreno viria por sua intervenção poderosa, mas também, que a vida celestial lhes seria concedida mediante a vinda de um outro Josué,não terreno, mas sim celestial, ou seja, Jesus; este que lhes garantiria a entrada na Canaã celestial. Essa relação entre Josué e Jesus encontra-se claramente exposta em Mt 1:21 quando o anjo diz a José:

kai kale,seij to. o[noma autou Ihsoun autoj gar swsei ton laon autou

e chamarás o nome dele Jesus ele pois salvará o povo dele

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Nesta anunciação Deus claramente fala a José que a salvação procedia de seu amor. Que assim como no passado Josué tinha salvado o seu povo de todos os seus inimigos e tinha lhes dado descanso em Canaã, assim também Deus estava enviando, naqueles dias, a realidade daquilo que Josué era apenas uma pálida sombra, o seu filho JESUS, cujo nome possuía exatamente o mesmo sentido de JOSUÉ.

d. Davi: Em Davi está a promessa da restauração do Reino Messiânico. Num sentido inicial e ao mesmo tempo normativo, isso verificou no caso de Davi, de Judá, com quem todos os reis todos os reis de Judá e de Israel, quere pelo bem, quer pelo mal, foram comparados (I Rs. 14:46; 14:8; 15:3, 11-14; II Rs. 18:3; 22:2). A profecia de Natã (2ª Sm. 7:12-16) não requer precisamente um único rei como cumprimento, mas antes prediz uma casa, um reino e um trono estáveis para Davi. No Trono de Davi fracasso e glória, ia cristalizando a esperança no “Davi” do Futuro (Ez. 34:23). Esse rei enfrentou oposição por parte do mundo (Sl. 2:1-3; 110:1) mais se saindo vitorioso; (Sl. 45:3-5; 89:22, 23), estabeleceria um governo mundial, (Sl. 2:8-12; 18:43-45; 45:17; 72: 8-11) baseado Sião (Sl. 2:6), seu governo seria eterno (Sl. 21:4; 45:6) seu reino seria pacífico (Sl. 72:7); ele seria o amigo dos pobres e o adversário dos opressores (Sl. 72:2-4 12-14). Debaixo de seu governo os justos florescerão (Sl. 72:7); Ele será lembrado para sempre (Sl. 45:17), Ele é o herdeiro do pacto davídico (Sl. 89:28-37).

2. O Tabernáculo

O tabernáculo, como já vimos anteriormente, foi dado ao povo de Israel como meio didático pelo qual Deus ensinaria o seu método de salvação. Portanto, a cada ministração das coisas sagradas o povo era conclamado a olhar para o futuro com esperança na grande expectativa da chegada do cordeiro que viria para tirar o pecado do mundo.

3. O Templo

A ordem para a construção do templo foi dada a Israel em um período no qual esta nação

havia deixado a vida semi-nômade e havia se fixado na terra de Canaã, tendo em sua estrutura política a estabilidade de um reinado sábio e justo na pessoa do rei Salomão. Esta construção trazendo consigo a mesma estrutura, utensílios e cerimônias do tabernáculo, nos faz concluir que, também, o templo era uma sombra do Messias que viria e que deveria ser aguardado.

4. As Profecias

As profecias bíblicas certamente foram a base central de toda a esperança messiânica do

povo de Israel. A fé dos primórdios de Israel estava enraizada na promessa primeira de Gn 1:15, denominada de proto-evangelho. Promessa esta que foi a base de todas as demais profecias; aliás, sem esta promessa, da semente da mulher que viria para esmagar a cabeça da serpente, não teríamos a própria Bíblia, pois esta é o registro inspirado de como Deus agiu providencialmente na história da humanidade para executar este seu plano de destruir Satanás de salvar o homem. Dentre as profecias temos:

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Profecia Onde Cumprimento

Como Filho de Deus Sl 2.7 Lc 1.32,35 Como descendente de mulher Gn 3.15 Gl 4.4 Como descendente de Abraão Gn 17.7; 22.18 Gl 3.16 Como descendente de Isaque Gn 21.12 Hb 11.17-19 Como descendente de Davi Sl 132.11; Jr 23.5 At 13.23; Rm 1.3 Sua vinda em tempo certo Gn 49.10; Dn 9.23,25 Lc 2.1 Seu nascer de uma virgem Is 7.14 Mt 1.18; Lc 2.7 Ser chamado Emanuel Is 7.14 Mt 1.22,23 Nascer em Belém Mq 5.2 Mt 2.1; Lc 2.4-6 Grandes viriam adorá-lo Sl 72.10 Mt 2.1-11 Matança dos meninos de Belém Jr 31.15 Lc 2.16-18 Ter chamado do Egito Os 11.1 Mt 2.15 Ser precedido por João Is 40.3; Ml 3.1 Mt 3.1-3; Lc 1.17 Sua unção com o Espírito Sl 45.7; Is 11.2, 61.1 Mt 3.16; Jo 3.34; At 10.38 Ser profeta semelhante a Moisés Dt 18.15-18 At 3.20-22 Ser sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque Sl 110.4 Hb 5.5,6 Sua entrada no ministério publico Is 61.1,2 Lc 4.16-21, 43 Se ministério iniciado na galiléia Is 9.1,2 Mt 4.12-16, 23 Sua entrada publica em Jerusalém Zc 9.9 Mt 21.1-5 Sua vinda ao templo Ag 2.7,9; Ml 3.1 Mt 21.12; Lc 2.27-32; Jo 2.13-16 Sua pobreza Is 53.2 Mc 6.3; Lc 9.58 Sua humildade e falta de ostentação Is 42.2 Mt 12.15,16,19 Sua ternura e compaixão Is 40.11; 42.3 Mt 12.15, 20; Hb 4.15 Sua ausência de engano Is 53.9 1Pe 2.22 Seu zelo Sl 69.9 Jo 2.17 Sua pregação por parábola Sl 78.2 Mt 13.34,35 Seus milagres Is 35.5,6 Mt 11.4-6; Jo 11.47 Ter sido injuriado Sl 22.6; 69.7,9,20 Rm 15.3 Ter sido rejeitado por seus irmãos Sl 69.8; Is 63.3 Jo 1.11; 7.3 Ser uma pedra de escândalo aos judeus Is 8.14 Rm 9.32; 1Pe 2.8 Ter sido odiado pelos judeus Sl 69.4; Is 49.7 Jo 15.24,25 Ter sido rejeitado pelos lideres judeus Sl 118.22 Mt 21.42; Jo 7.48 Os judeus e os gentios, contra Ele Sl 2.1,2 Lc 23.12; At 4.27 Seria traído por um amigo Sl 41.9; 55.12-14 Jo 13.18-21 Seus discípulos O abandonariam Zc 13.7 Mt 26.31-56 Seria vendido por trinta moedas Zc 11.12 Mt 26.15 Seu preço seria dado pelo campo do oleiro Zc 11.13 Mt 27.7 A intensidade de seus sofrimentos Sl 22.14,15 Lc 22.42,44 Seu sofrimento em lugar de outros Is 53.4-6,12 Mt 20.28 Sua paciência e silencio sob os sofrimentos Is 53.7 Mt 26.63; 27 12-14 Ser esbofeteado Mq 5.1 Mt 27.30 Sua aparência maltratada Is 52.14; 53.3 Jo 19.5 Terem-No cuspido e flagelado Is 50.6 Mt 14.65; Jo 19.1 Cravação de seus pés e mãos à cruz Sl 22.16 Jo 19.18; 20.25 Ter sido esquecido por Deus Sl 22.1 Mt 27.46 Ter sido zombado Sl 22.7,8 Mt 27.39-44 Mel e vinagre ser-Lhe-iam dados Sl 69.21 Mt 27.34 Suas vestes seriam divididas e sortes lançadas Sl 22.18 Mt 27.35 Seria contado com os transgressores Is 53.12 Mc 15.28 Sua intercessão pelos Seus assassinos Is 53.12 Lc 23.34 Sua morte Is 53.12 Mt 27.50 Nenhum dos Seus ossos seria quebrado Ex 12.46; Sl 34.20 Jo 19.33,36 Seria traspassado Zc 12.10 Jo 19.34,37 Seria sepultado com o rico Is 53.9 Mt 27.57-60 Não veria a corrupção Sl 16.10 At 2.31 Sua ressurreição Sl 16.10; Is 26.19 Lc 2.6,31,34 Sua ascensão Sl 68.18 Lc 24.51; At 1.9 Seu assentar à direita de Deus Sl 110.1 Hb 1.3 Seu exercer o oficio sacerdotal, no céu Zc 6.13 Rm 8.34 Seria a pedra principal da igreja Is 28.16 1Pe 2.6,7 Seria Rei em Sião Sl 2.6 Lc 1.32; Jo 18.33-37 Conversão dos gentios a Ele Is 11.10; 42.1 Mt 1.17-21; Jo 10.16; At 10.45-47 Seu governo reto Sl 45.6,7 Jo 5.30; Ap 19.11 Seu domínio universal Sl 72.8; Dn 7.14 Fp 2.9-11 A perpetuidade de Seu reino Is 9.7; Dn 7.14 Lc 1.32,33

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5. Os Tipos

No V.T. existem várias figuras que são postas diante de nós, dentro dos rituais da Lei, e que nos apresentam de alguma forma aquilo que o Messias seria, o que faria e quais seriam os resultados do penoso trabalho de sua alma, vejamos:

a. O Cordeiro: deveria ser sem defeito (Ex 12:5), seus ossos não poderiam ser

quebrados (Ex 12:46 // Jo 19:36). b. O Sumo-Sacerdote: Não poderia ter nenhuma deformidade (Lv 21:17-20 // Hb

7:28), deveria casar-se somente com uma virgem (Lv 21:13 // Ef 5:25)

c. Os dois bodes: No Dia da Expiação um bode era morto (Lv 16:9 // Jo 19:30) e outro era levado ao deserto (Lv 16:10 // Sl 103:12)

d. Os utensílios do tabernáculo:

6. As Ratificações Pactuais

O Pacto do começo: Gn 3:15, Pacto Noético: Gn 9, Pacto Abraânico: Gn 15:12-18, Pacto Sináitico: Dt 29, Pacto Davídico: II Sm 7; Jr 33:17, cada um destes pactos, na verdade, apontavam para a nova aliança (Jr 31:31ss) que Cristo viria inaugurar (Lc 22:20). Não eram pactos distintos, mas ministrações de uma mesma realidade espiritual que Jesus apresentaria à humanidade através de seu ministério.

7. A Literatura Apócrifa

Este tipo de literatura apareceu especialmente naquele período compreendido entre Malaquias e Mateus, espaço de tempo este denominado de Período Intertestamentário, e que teve como característica a completa cessação da palavra profética. E é nesta carência que surgem tais escritos com o fim de motivarem os judeus na caminhada e relembra-los de muitos dos seus valores, dentre estes estava a esperança messiânica que, aliás, era o centro de convergência, o elemento unificador da comunidade judaica espalhada em toda a parte do mundo.

TIPOS SIGNIFICADO

Altar do holocausto

Jesus, aquele que se submete ao juízo de Deus, mas é poderoso para perdoar pecados.

A bacia de bronze

Jesus, aquele que se submete ao juízo de Deus e nos purifica

Os pães da proposição

Jesus, o puro pão do céu, alimento espiritual para o seu povo eleito

O candelabro

Jesus, a perfeita luz do mundo que ilumina o seu povo escolhido

O altar do incenso

Jesus, o poderoso intercessor dos predestinados

A arca da aliança

Jesus, o glorioso, que cobre os pecados dos eleitos

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XIII. AS RELIGIÕES PAGÃS 1. Sistema Religioso

a. Politeísmo As nações no tempo do Velho testamento possuíam as mais variadas formas de

religião e cultos e criam na existências de vários deuses.

2. Rituais a. Adivinhação

A adivinhação é, de modo geral, a tentativa de discernir os acontecimentos distantes no tempo e no espaço e que, conseqüentemente, não podem ser percebidos pelos meios naturais. A adivinhação é proibida na Palavra de Deus (Lv 19:26; Dt 18:9-14; II Re 17:17, etc).

A palavra usualmente traduzida como “adivinhação” ou adivinho é a raiz qsm. A raíz nhsh é usada em Gn 4:5,15,e outros lugares, e é traduzida por “adivinhação” ou “encantamento” ou “usar de encantamentos”. A raíz ‘nn é algumas vezes aliada às formas anteriores e é traduzida por “augúrio”, “predição”, etc.

As seguintes formas de adivinhação são mencionadas na Bíblia:

1. Radomancia: Pauzinhos ou flexas eram atirados ao ar, e os presságios eram deduzidos da posição em que caíam (Ez 21:21; Os 4:12).

2. Hepatoscopia: Exame do fígado ou entranhas dos animais, que supostamente

forneciam orientação (Ez 21:21).

3. Terafim: São associados com a adivinhação em I Sm 15:23; Ez 21:21;Zc 10:2. Se os terafins eram imagens de antepassados mortos, essa adivinhação era provavelmente uma forma de espiritismo.

4. Necromancia: A consulta aos mortos. Essa é associada à adivinhação em Dt 18:11; I

Sm 28:8; II Re 21:6, é condenada na Lei (Lv 19:31; 20:6), nos profetas (Is 8:19), e nos livros históricos (I Cr 10:13). O médium era referido como alguém que tinha um ’ôbh, palavra esta traduzida como “espírito familiar”.

5. Astrologia: Que tira conclusões da posição do sol, da lua e dos planetas em relação

aop zodíaco e em relação uns com os outros (Is 47:13; Jr 10:2).

6. Hidromancia: Ou seja, adivinhação por meio da água. Aqui, as formas e figuras aparecem na água colocada num vaso. A única referência a essa prática, na Bíblia, fica em Gn 44:5,15, onde parece que José usou seu cálice de prata para esse propósito.

e. Sacrifícios de crianças: Lv 18:21; Jr 32:35 f. Autoflagelação: Lv 19:28

3. Moralidade: Lv 18, 19, 20

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XIV. A SOCIEDADE 1. Família

a. Determinação de Companheiros

Na seleção de cônjuges, certos parentes chegados, tanto por nascimento como por casamento eram excluídos (Lv 18:6-18; Dt 27:20-23). Fora desses graus de parentesco o casamento dentro do clã era preferido, conforme demonstrado pelos casamentos de Isaque com Rebeca (Gn 24:4), de Jacó com Raquel e Lia (Gn 28:2; Gn 29:19). Por outro lado, casamentos com estrangeiros, como heteus (Gn 26:34), egípcios (Gn41:45), midianitas (Ex 2:21), Moabitas (Rt 1:4) e outros tiveram lugar. Um caso especial em que o cônjuge é determinado com antecedência é o caso da lei do levirato, mediante a qual se um homem casado morresse sem filhos, seu irmão seguinte estava na obrigação de casar-se com a viúva a fim de gerar filhos que perpetuassem o nome do falecido.

b. Métodos de Adquirir Esposa Na maioria dos casos, as escolha do cônjuge eram feitos pelos pais. O método usual

de adquirir esposa era por compra; embora que o pagamento feito pelo novo ao pai da noiva, tinha mais a natureza de compensação dada à família pela perda de um membro valioso, do que um pagamento em dinheiro. Serviço poderia ser prestado em lugar de dinheiro, no caso de jacó que serviu Labão por 14 anos em troca de Lia e Raquel. Meios não ortodoxos incluía a captura durante a guerra (Dt 21:10-14) ou durante assaltos (Jz 21), ou ainda a sedução, no qual caso o sedutor estava obrigado a casar-se com a jovem violada (Ex 22:16; Gn 34:1-4).

c. Residência Os casamentos israelitas eram patrilocais; a mulher deixava a casa de seu pai e ia

viver com seu marido. Nos tempos patriarcais isso envolvia frequentemente a necessidade de viver no mesmo grupo do pai e dos irmãos do marido. Nos tempos da monarquia o filho saía da casa para estabelecer sua própria casa.

d. Número de Cônjuges Apesar de que, por ocasião da criação, a monogamia tenha sido estabelecida, pelo

tempo da época patriarcal a poligamia podia ser encontrada (Gn 16:1,2). A posse de duas pessoas era evidentemente suposta dentro da legislação mosaica (Dt 21:15) e sob os juízes e a monarquia ainda havia menos restrições, e o fator econômico era o único que impunha limitação. Mas, que esse não era o plano de Deus é demonstrado pela apresentação profética de Israel como esposa única de Deus (Is 50:1; Jr 2:2). Em adição às esposas e às criadas, aqueles que podiam possuíam concubinas e aos filhos nascidos dessas ligações podiam receber posição equivalente à dos filhos legítimos, se o pai assim o quisesse.

e. Marido e Mulher

Até o seu casamento, a jovem estava sujeita a seu pai, e depois do casamento ao seu marido. O homem podia divorciar-se de sua mulher, mas provavelmente ela não podia divorciar-se dele; ela não herdava sua propriedade que pertencia aos seus filhos.

Os deveres das esposas incluíam antes de mais nada o cuidado pelos filhos, e aquelas tarefas caseiras como a cozinha, em adição à ajuda ao marido quanto houvesse oportunidade para isso.

A fidelidade era importante e havia provisão escrita na lei, para o castigo contra o adultério. A função mais importante da esposa era dar à luz filhos, e ser estéril era motivo de opróbrio.

f. A concubina

Esposa secundária adquirida por compra ou como cativa de guerra. Quando os casamentos não produziam herdeiro, as esposas apresentavam uma escrava como concubina aos

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seus esposos a fim de que lhe dessem filhos (Gn 16:2,3). As amas, dadas como presente de casamento às mulheres, frequentemente se tornavam concubinas (exemplo Zilpa [Gn 29:24] e Bila [Gn 29:29]). As concubinas eram protegidas pela lei mosaica (Ex 21:7-11; Dt 21:10-14), embora fossem distinguidas das verdadeiras esposas (Jz 8:31), e estavam sujeitas a um divórcio mais fácil (Gn 21:10-14).

g. Pais e Filhos

O maior desejo de marido e mulher era terem muitos filhos (Sl 127), mas especialmente filhos homens.

O filho mais velho ocupava posição especial, e, por ocasião do falecimento do pai, herdava dupla porção da herança e se tornava chefe da família. Algumas vezes, contudo, o pai demonstrava favor especial para com o filho mais jovem, como Jacó demonstrou para com José e depois para com Benjamim. A filha nada herdava do pai, a não ser que não houvesse filhos homens.

h. Educação

Quando ainda eram bem pequenas, todas as crianças eram cuidadas pela mãe; porém, conforme os meninos iam crescendo, era-lhes ensinado o ofício de seu pai, de tal maneira que em geral o pai governava a educação dos rapazes, enquanto a mãe dirigia a educação das jovens.

i. Solidariedade Entre os Parentes

Dois fatores explicam a solidariedade nos tempos patriarcais: a descendência comum e a habitação comum. Um dos resultados dessa unidade era o direito que cada membro de um grupo tinha de ser protegido pelo mesmo grupo. De fato, o grupo estava na obrigação de prestar certos serviços a cada um de seus membros. Dentre esses serviços o mais importante era a obrigação de go’el, cujas obrigações podiam estender-se até à necessidade de casar-se com a viúva de um parente chegado (Rt 2:20; Rt 3:12), de redimir um parente da escravidão que , por motivo de dívida insolúvel seria obrigado a ser reduzido.

j. O Levirato

Quando um homem casado morria sem filhos, esperava-se que seu irmão solteiro se casasse com a cunhada viúva. Os filhos desse segundo casamento eram reputados como filhos do primeiro marido. Dt 25:5-10 assevera que essa lei se aplicava a irmãos que moravam juntos, mas permite ao irmão vivo a opção de recusar-se.

k. A Adoção Na antiga Mesopotâmia a prática da adoção da parte de casais sem filhos é bem

atestada. E foi de conformidade com essa prática que Abraão considerou em tornar seu herdeiro a um dos seus servos (Gn 15:3). Entretanto, não existe legislação bíblica específica a respeito da adoção. Mas encontramos o caso em que Jacó adota os filho de José (Gn 48:5,12) e de Noemi e do filho de Rute (Rt 4:16,17). O livro de Rute demonstra que tal costume se estendia além do irmão do marido. Aqui um parente cujo nome não é dado, tinha o dever primário e foi somente quando ele se recusou que Boaz pode casar-se com Rute.

2. Escravos

a. Fonte de escravos a.1 Por captura: Os cativos, especialmente prisioneiros de guerra, eram comumente

reduzidos à escravidão (Gn 14:21; Nm 31:9; Dt 20:14; Jz 5:30; I Sm 4:9). a.2 Por Compra: Os escravos podiam ser prontamente adquiridos de outros proprietários

ou dos comerciante em geral (Gn17:12,13,27; Ec 2:7). A lei permitia que os judeus comprassem escravos estrangeiros em sua própria terra ou no exterior (Gn 37:36; Gn 39:1; Lv 25:44).

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a.3 Por nascimento: Os filhos “nascidos na casa” de pais escravos tornavam-se “escravos nascidos em casa” (Gn15:3; Gn 17:12,13,27; Ec 2:7; Jr 2:14).

a.4 Como restituição: Se um ladrão comprovado não pudesse fazer restituição e pagar os danos de multas, os fundos necessários para tanto podiam ser levantados vendendo-o como um escravo (Ex 22:3).

a.5 Por falta de fundo para pagar dívidas: Os devedores que caíssem em bancarrota eram frequentemente forçados a vender os seus filhos como escravos, ou seus filhos seriam confiscados como escravos pelo credor (II Re 4:1; Ne 5:5-8). O próprio devedor falido, bem como a sua esposa e família comumente se tornavam escravos do credor e lhe prestavam trabalho por seis anos em pagamento da dívida e então seguiam livres (Dt 15:18), e ao ser-lhe dada liberdade, era-lhe concedido algum estoque para dar início novamente à vida por seus próprios meios.

a.6 Auto-venda: Vender-se voluntariamente à escravidão a fim de escapar da pobreza era algo largamente conhecido. Lv 25:39-43 é passagem que reconhece isso, ainda que apresenta meios do indivíduo redimir-se por ocasião do ano do jubileu ou até mesmo antes.

a.7 Rapto: raptar uma pessoa e reduzir à escravidão era ofensa punida com a morte, tanto na lei de Hamurabi como na lei de Moisés (Ex 21:16; Dt 24:7). Os irmãos de José se tornaram culpados essencialmente desse crime (Gn 37:27-28; 45:4), e bem podiam ficar atemorizados, precisando de palavras para que não ficassem entristecidos (Gn 45:3-5; Gn 50:15).

b. Escravos possuídos por particulares em Israel

b.1 Escravos hebreus A lei procurava evitar o risco de populações inteiras caírem na escravidão e na

servidão sob a pressão econômica exercida sobre os pequenos proprietários de terras mediante a limitação da duração do serviço que os devedores falidos tinham que dar até no máximo seis anos, ao mesmo tempo que sua libertação deveria ser acompanhada pela provisão de riquezas suficientes que pudessem ter um novo começo (Ex 21:2-6; Dt 15:12-18). O homem que já fosse casado, quando assim escravizado levava sua esposa consigo quando libertado; porém, se antes de ser escravo fora solteiro e seu senhor lhe dera esposa, tal esposa e quais quer filhos ficavam pertencentes ao senhor. Por conseguinte, aqueles que desejassem permanecer no serviço do proprietário e ficar com a própria família, podiam faze-lo permanentemente (Ex 21:6; Dt 15:16); no ano do jubileu seria solto de qualquer modo (Lv 25:40) em conexão com a restauração da herança (Lv 25:28), ainda que preferisse permanecer definitivamente com seu senhor. Os devedores insolventes, em escravidão temporária semelhante à que se encontra em Ex 21:2ss, são provavelmente o sujeito de Ez 21:26,27, quando a perda permanente de um membro cancelava a dívida e tornava obrigatória a liberdade do escravo.

As criadas-escravas da principal esposa de um homem podiam dar filhos ao seu senhor em lugar de sua esposa estéril (Gn 16). Se uma jovem hebréia fosse vendida como escrava (Ex 21:7-11) a sua condição marital era cuidadosamente salvaguardada:

* Podia casar-se com o seu senhor (e redimida se depois disso viesse a se rejeitada)

* Podia ser dada em casamento ao filho de seu senhor. * Podia tornar-se uma concubina apropriadamente sustentada, mas em

todos os casos seria libertada se o seu senhor não cumprisse qualquer das três possibilidades concordadas.

Na Mesopotâmia tais contratos eram usualmente mais cruéis, pois frequentemente a jovem não tinha garantia alguma.

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b.2 Escravos estrangeiros

Diferentemente dos escravos hebreus, esses podiam ser escravizados permanentemente e podiam ser transmitidos em herança como as demais propriedades da família (Lv 25:44-46). Não obstante, estavam incluídos na comunidade de Israel à base do precedente patriarcal (Circuncisão, Gn 17:10-14,27), e, participavam da festividades anuais (Ex 12:44, a páscoa; Dt 16:11,14), além de descansarem no sábado (Ex 20:10; Ex 23:12).

Uma mulher capturada na guerra podia ser tomada como legítima esposa por um hebreu, e então deixaria de ser escrava; assim sendo, se seu marido subsequentemente de divorciasse dela, recebia a liberdade e não se tornava mais escrava (Dt 21:10-14).

c. Condições gerais

O tratamento dispensado aos escravos dependia diretamente da personalidade dos senhores. Podia ser uma relação de confiança (Gn 24:; Gn 39:1-6) e de afeição (Dt 15:16), ainda que a disciplina pudesse ser violenta e até mesmo fatal (Ex 21:21), ainda que assassinar voluntariamente um escravo estava sujeito a certa penalidade (Lv 24:17,22).

Nos tempos patriarcais um senhor sem filhos podia adotar um escravo da casa e torná-lo seu herdeiro, conforme é registrado sobre Abraão e Eliezer, antes do nascimento de Ismael e Isaque (Gn 15:3).

d. Alforria

Nas leis hebraicas um devedor escravizado tinha de ser libertado depois de seis anos de servidão (Ex 21:2; Dt 15:12,18).

Ou então como compensação por injúrias físicas recebidas (Ex 21:26,27). Uma jovem escrava podia ser redimida ou libertada se viesse a ser repudiada, ou

então se as condições estipuladas de serviço não fossem cumpridas pelo senhor (Ex 21:8,11). Um hebreu que se vendesse à escravidão tinha de ser libertado ao chegar o ano do

jubileu. Ou, então podia ser redimido mediante resgate em qualquer tempo, caso seu senhor

fosse estrangeiro (Lv 25:39-43, 47-55). A mulher cativa podia tornar-se liberta por meio de casamento (Dt 21:10-14).

e. Escravidão ao estado e ao templo

e.1 Escravidão ao estado: Era praticada em pequena escala. Davi fez com que os amonitas conquistados se tornassem trabalhadores forçados (II Sm 21:31).

e.2 Escravidão ao templo: Depois da guerra contra Mídia, Moisés assinalou dentre os guerreiros e de Israel em geral, uma pessoa em cada quinhentas, e um em cada cinqüenta, respectivamente de seus despojos em pessoas e bens, para que servissem ao sumo-sacerdote e aos levitas no tabernáculo, obviamente como trabalhadores braçais (Nm 31:28,30,47). Então foram adicionados a estes os gibeonitas, poupados por Josué, os quais se tornaram “rachadores de lenha e tiradores de água para a congregação e para o altar do senhor” (Js 9:3-27). Semelhantemente, Davi e seus oficiais contavam com estrangeiros dedicados para serviço semelhante aos levitas que serviam no templo; alguns de seus descendente retornaram do cativeiro em companhia de Esdras (Ed 8:20). Sob Neemias (Ne 3:26,31) alguns desses viviam em Jerusalém e ajudaram a reparar os seus muros.

3. Duas Gentes

a. Os circuncidados

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Os circuncidados eram aqueles que tinham sobre si o sinal da aliança feita com Abraão (Gn 17:9-14). Eram considerados do povo de Deus, e quem não possuísse tal sinal deveria ser retirado do arraial israelita por ter quebrado a aliança de YAHWEH (Gn 17:14).

b. Os não circuncidados

Para o VT, não por os filhos do sexo masculino sob o sinal da aliança era algo terrível, passível até de morte, como foi o caso de Moisés, aquém o Senhor quase matou por não ter circuncidado seus filhos (Ex 4:24-26).

Os não circuncidados não eram considerados parte do povo de Israel e deveriam ser expulsos do arraial, pois eram considerados impuros e alheios à aliança de YAHWEH (Gn 17:14).

4. Os judeus e Samaria

Samaria é uma cidade que durante o reino dividido de Israel foi a capital do reino do norte. Foi tomada pelos Assírios em aproximadamente 722 a.C. Samaria segundo a Bíblia (Fonte: Bíblia Online): A província da Samaria compreendia primeiramente todo o território ocupado pelas dez tribos revoltadas, as quais se reuniram sob o governo de Jeroboão. Estendia-se desde Betel até Dã, e desde o mar Mediterrâneo até à Síria e Amom.

Este território foi diminuído pela inclusão das tribos de Simeão e Dã no reino de Judá - pelas conquistas de Hazael (2 Rs 10.32), de Pul e Tiglate-Pileser (2 Rs 15.29 - 1 Cr 5.26), e finalmente pelas vitórias de Salmaneser (2 Rs 17.5,6). Depois deste último foi Samaria terra de completa desolação (2 Rs 17.23 - 21.13), sendo depois repovoada por estrangeiros durante os anos do cativeiro (2 Rs 17.24 - Ed 4.10).

A cidade de Samaria, capital das dez tribos, era uma cidade forte, semelhante à de Jerusalém. Estava situada a meio caminho do Jordão ao Mediterrâneo, ao oriente da planície de Sarom, no alto de um alto monte, acessível de uma parte, e bem protegido pela outra. Foi edificada por Omri, rei de Israel, que comprou o monte de Samaria a Semer por dois talentos de prata (1 Rs 16.24). Os reis empreenderam muitas obras na cidade de Samaria para a tornarem forte, bela, e rica. Acabe construiu uma casa de marfim (1 Rs 22.39) - e o profeta Amós descreve a cidade como sendo a sede do luxo e efeminação (Am 3.15 - 4.1,2). A vida de Acabe e a sua morte, e também o culto a Baal, acham-se relacionados com a cidade de Samaria (1 Rs 16.32 - 22.38 - 2 Rs 10.1 a 28 - 2 Cr 18).

Foi ali que, o profeta Eliseu exerceu o seu ministério (2 Rs 5 - 6.1 a 20 - 7). Por duas vezes foi cercada a cidade de Samaria, mas sem resultado, pelos sírios (1 Rs 20.1 a 34 - 2 Rs 6.24 - 7.20), sendo tomada mais tarde, depois de um cerco de três anos. o assédio, principiado por Salmaneser IV, foi concluído por Sargom no ano 722 a.C. (2 Rs 17.5,6). os habitantes sofreram horrivelmente durante esse tempo, e esses sofrimentos acham-se descritos por Oséias (10.4,8,9) Em Miquéias (1.6) diz que a cidade foi reduzida a um montão de pedras. Subjugada a cidade, mandou Sargom os seus habitantes para longe, estabelecendo-os em sítios que ficavam muito longe do país de Israel. Em conformidade com a política dos conquistadores da antigüidade, Sargom e, mais tarde, Esar-Hadom, repovoaram Samaria com gente da Babilônia, de Cuta, e de outras províncias longínquas, sendo o seu fim certamente destruir os sentimentos nacionais entre os povos conquistados (2 Rs 17.24 - Rd 4.2).

Os cutitas reedificaram até certo ponto a destruída cidade, e, quando os judeus voltaram do seu cativeiro, foi residiram alí um certo número deles que casaram com suas mulheres estrangeiras (Ed 4.17 - Ne 4.2). A Samaria continuou, sem grandes mudanças, até que Aulo Gabínio, enviado de Pompeu, a reedificou no ano 60, mais ou menos. Permaneceu ainda como lugar insignificante até que Herodes a mandou novamente edificar, adquirindo essa cidade um

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esplendor ainda maior do que o de outros tempos, recebendo, então, o nome de Sebastia, que quer dizer Augusta, segundo o nome do imperador romano. Por vontade de Herodes foi aquela antiga povoação convertida em cidadela, maior do que tinha sido em qualquer tempo, e para mais a embelezar mandou construir um magnífico templo, do qual apenas se podem-se ver hoje algumas colunas. Estas ruínas acham-se na parte exterior da atual pequena vila de Sebastia, que representa hoje a antiga capital dos reis de Israel. Depende da presença ou da ausência do artigo grego, em At 8.5, o ser ou não ser a cidade de Samaria mencionada no N.T. Herodes morreu no ano 4 (a.C.), quando a Samaria fazia parte dos domínios de seu filho Arquelau.

Segundo a tradição, foi João Batista sepultado em Sebastia, e como prova desse fato se mostram as ruínas de uma igreja com o nome do pregador do deserto. A província de Samaria, nos tempos do N.T., estava situada entre a Judéia e a Galiléia (Lc 17.11) - era limitada ao norte pela série de montes que formam o limite meridional da planície de Esdrelom e ao sul pela fronteira setentrional de Benjamim. Foi atravessada por Jesus Cristo (Jo 4.4 a 43), e em parte muito cedo recebeu a luz do Evangelho (At 8.5 a 25).

A questão entre samaritanos e judeus na época de Cristo remonta aos tempos do velho Testamento. Com a divisão da nação judaica entre o reino do norte (Israel), tendo como capital Samaria, e reino do Sul (Judá), tendo como capital Jerusalém, temos um dos fatos históricos que nos apresenta o início das grandes dificuldades que encontramos entre os judeus e os samaritanos no NT, uma vez que Jerusalém era tida como a Cidade de Deus (Sl 87:3) o centro do culto israelita.

Além desta questão temos o fato de que os reis do reino do norte (Israel) foram muito mais incrédulos, desobedientes a lei de Deus e cometeram as mais terríveis idolatria (I Re 16:29-33) ao ponto deste reino ser o primeiro a ir para o cativeiro (cativeiro assírio), ao passo que no reino do Sul (Judá), alguns reis piedosos apareceram e até fizeram reformas religiosas (II Cr 34:33).

Com o cativeiro assírio, aqueles judeus do reino do norte que ficaram na terra se casaram com pessoas de outros povos e seus filhos, portanto, não eram judeus racialmente puros.

Quando os judeus voltam para a Palestina com o fim de reconstruir Jerusalém, os samaritanos, não poucas vezes se opuseram a tal obra (Ne 4:2; Ne 6).

Então, é dentro deste contexto histórico que percebemos que já no VT

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XV. DÍZIMO

O costume de dar o dízimo não se originou com a lei mosaica (Gn 14:17-20), nem era peculiar aos hebreus. Era praticada entre outros povos antigos. E quanto a esta prática há três questões principais a considerar:

1. Sobre o que os judeus deveriam dizimar A Torah legislava que a semente da terra, o fruto da árvore, e a erva ou rebanho (Lv

27:30-32) deveriam render dízimos. A maneira de pagar o dízimo do gago era como segue: o proprietário contava os

animais conforme iam passando para o pasto, e cada décimo animal era dado a Deus. Dessa maneira não havia a possibilidade de selecionar os animais inferiores (Lv 27:32).

Se um hebreu preferisse dedicar a décima parte da produção de seus cereais e frutas, na forma de seu valor monetário, tinha a liberdade de fazê-lo mas um quinto dessa somas tinha de ser adicionado. Não lhes era permitido redimir a décima parte de seus rebanhos de gado vacum e de gado miúdo dessa maneira (Lv 27:31,33).

2. Para quem eram pagos os dízimos Deviam ser entregues aos levitas (Nm 18:21). Por causa da natureza de sua posição e

de suas funções na comunidade os levitas não tinham meios de renda, nem gado, nem herança que lhes assegurasse o sustento; por conseguinte, em recompensa “pelo serviço que prestavam, serviço da tenda da congregação”, recebiam “os dízimos dos filhos de Israel” (Nm 18:21,24).

Os levitas, entretanto, não tinham a permissão de conservar para si a totalidade dos dízimos recebidos. Mas receberam ordens para apresentar “uma oferta ao Senhor” que representava o dízimos dos dízimos (Nm 18:26) que eram dados aos sacerdotes (Lv 18:28; Ne 10:39).

3. Onde é que os hebreus deveriam oferecer os seus dízimos Competia-lhes trazê-los ao lugar que o Senhor escolhesse (Dt 12:5,17), isto é

Jerusalém. Se Jerusalém ficasse por demais distante o adorador poderia levar o seu dízimo em forma de dinheiro (Dt 14:22-27). Em cada terceiro ano, os dízimos deveriam ser oferecidos na própria localidade em que habitava o dizimista (Dt 14:28), embora nessa ocasiões apesar disso estava ainda na obrigação de subir a Jerusalém a fim de adorar, após ter oferecido os seus dízimos em sua própria comunidade (Dt 26:12).

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XV. TABELAS: PESOS, DINHEIRO, CAPACIDADE, COMPRIMENTO E DISTÂNCIA

PESOS

DINHEIRO

CAPACIDADE

COMPRIMENTO

DISTÂNCIA

Siclo (Unidade básica ) Gn 24:22 Equivale atual 11,424 g Gera (1/20 de um siclo) Êx. 30:13 Equivale atual 571 g Beca (meio siclo) Êx. 38:26 Equivale atual 5,712 g Mina (50 siclos) Ed. 2:69 Equivale atual 571,2 g Talento (3000 siclos) Ed. 2:69 Equivale atual 34,272 Kg Talento Ap 15:21 equivale a 40 Kg

Lepto (1/128 de um denário) Moeda de cobre ou de bronze Mt.12:42 Quadrante (1/64 de um denário) Moeda romana de cobre Mc. 12.42 Asse (1/16 de um denário) Moeda romana de cobre Mt 10:29 – Centil Drácma (Unidade básica) Moeda grega de prata Equivale a um denário Lc. 15:8 Denário (Unidade Básica) Moéda romana de prata Equivale a um Drácma Mt. 20:2 Didrácma Moeda grega de prata Equivale a 2 drácmas Mt. 17:24 Tetradrácma Moeda grega de prata Equivale a 4 drácmas Mt. 26:15 Estáter Moeda grega de prata Equivale a 4 drácmas Mt. 17:27 Mina Moeda grega de ouro Equivale a 100 denários Lc. 9:13 Talento Moeda de prata ou ouro Equivale a 6.000 denários Mt. 15:25

Cabo (1/18 do Efa) Equivalente atual 1 litro II Rs. 6:25 Gômer (1/10 do efa) Equivalente atual 1,76 litros Êx. 16:16 Alqueire (1/3 do efa) Equivalente atual 5,87 litros II Rs. 7:1 Efa (Unidade básica) Equivalente atual 17,62 litros Lv. 19:36 Leteque (5 efas) Equivalente atual 88,1 litros Os. 3:2 Coro (10 efas) Equivalente atual 176,2 litros Ed. 7:22 ou ômer Ez. 45.11 Almude (Metreta) Equivalente atual 40 litros João 2:6

Dedo Equivalente atual 1,8 cm Jr. 22:21 Quatro Dedos Equivalente atual 7,4 cm Êx. 37:12 Palmo Equivalente atual 22,2 cm Êx. 28:16 Côvado (Quatro palmos) Equivalente atual 44,4 cm Gn. 6:15 Braça (Quatro côvados) Equivalente atual 1,8 cm At. 27:28

Jornada de um sábado At 1:12 888m Jornada de um dia Gn 31:23 30 a 40 Km

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A T I V I D A D E S

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 58

1. As consoantes do alfabeto hebraico

2. As vogais da língua hebraica

EXERCÍCIO

a. Escreva o alfabeto hebraico e suas respectivas transliterações

b. Escreva os sinais vocálicos da língua hebraica

a a a a a a e e e e e e i i i i i i o o o o o o u u u u u u c. Escreva o texto hebraico

.¤rtv ,¥t±u oh ©n¨A©v ,¥t oh¦vO¡t tr�C ,h¦Jt¥r&C (Gn 1:1)

________________________________________________________________________________________________

oIv§, hb&P-k"g Q¤a«j±u Uv«c²u Uv«, v,±hv .¤rt¨v±u (Gn 1:2)

________________________________________________________________________________________________

o°hN©v hb&P-k"g ,/p¤j©r§n oh¦vO¡t ©jUr±u

________________________________________________________________________________________________

rIt hv±h³u rIt h¦v±h oh¦vO¡t r¤nt«H³u (Gn 1:3)

________________________________________________________________________________________________

Algabeto Hebraico l m o n i s [ p ; P c . q r f v t T

Transliteração l m m n n s ‘ f p p ts ts q r sh s t t

Algabeto Hebraico a b B g D d S h V w z x j y k l K

Transliteração ‘ v b g g d d r r v z r t i k k q

Alfabeto Hebraico Transliteração

Alfabeto Hebraico

Transliteração

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 60

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P , _______ p , _______ c, _______ q , _______ r , _______

P e _______ p e _______ ce _______ q e _______ r e _______

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 61

e. Faça a transliteração

Adg; z;q; Almeq;

L;m; Sm;q; T;syjiB;

q;PoyP [ejyle nepolEt/

[;lt, rm;v; [;ld,k;

aEd[Eh !Ahm; ;d;l;m,rm;

Atnm,z;w; D;L;p,p; l;pi

Hl;Pu Alm,r;K; Ownglim;

N;yvp; Adl;m/ rt;pumOK

f. Faça como o exemplo

Tradução Tradução Tradução Tradução ct pai

,h"C casa

r�cS palavra

s«t§n muito

i�C filho oIkJ paz o¨S sangue v�k«g holocausto

kIe voz vrIT lei r"P touro J/p®b alma

Jh¦t homem eh¦S"m Justo, reto y"pJ julgar ©jUr espírito

o ¥J nome i¨,²b Nata c¤r/g tarde ,h¦r&C aliança

i¥v«F sacerdote v¤a«n Moisés hID povo oh¦r�c§S palavras

th¦v ela h³b«s£t adonay r¨a�C Carne oh ©n¨J céus

tUv ele r©v monte .�g árvore o°h ©n águas

Algabeto Hebraico a b B g D d S h V w z x j y k l K

Transliteração ‘ v b g g d d r r v z r t i k k q

Algabeto Hebraico l m o n i s [ p ; P c . q r f v t T

Transliteração l m m n n s ‘ f p p ts ts q r sh s t t

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 62

QUESTIONÁRIO 1. Quais as duas línguas nas quais o V.T. foi escrito?

2. Como devemos entender a relação existente entre o V.T. e o N.T.?

3. O que se quer dizer quando se afirma que a revelação bíblica não é exaustiva, mas sim suficiente?

4. Em que sentido a revelação bíblica é progressiva?

5. Sendo o V.T. sombra do N.T., quais as implicações desta verdade? 6. Quais os três aspectos da Lei dada por Deus a Israel e a que esferas da vida do povo

se referiam?

7. Quais dos três aspectos da lei cessaram e por quê?

8. Como os três aspectos da lei se fazem presentes na ordem de se guardar o sábado?

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 63

9. É certo afirmar que o 4º mandamento não é mais válido para a igreja cristã? Por quê?

QUESTIONÁRIO

1. Olhando o tabernáculo como “sombra dos bens vindouros” qual o propósito de Deus em ordenar sua construção a Moisés?

2. Por que Deus ordena taxativamente que Moisés tinha que construir o tabernáculo exatamente como lhe fora mostrado?

3. Além de ter um propósito didático qual o outro propósito para o qual Deus ordenou a construção do tabernáculo (Ex 25:9)? Este fim apresenta-se apenas neste contexto?

4. A centralidade do tabernáculo ensinava o que para os judeus?

5. Para qual banda a porta da tenda da congregação deveria ficar e qual a relação disto com a pessoa de Cristo?

6. Qual a cor das cortinas do átrio e o que simbolizava?

7. Diante deste cercado de cortinas, quantos portas tinham que possibilitavam o ingresso do pecador à presença de Deus? e o que esta quantidade simboliza?

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 64

8. Quantas colunas havia na porta e o que significa?

9. quais as cores da cortina da porta e o que cada cor representa? E qual a lição que podemos tirar, quando relacionamos estas verdades com a única porta existe no átrio?

10. Quais os dois utensílios existentes no átrio?

11. Quais os significados dos seguintes símbolos: prata, bronze, ouro, madeira de acácia, chifre, fermento?

12. Como era o altar do holocausto e qual o seu significado tipológico?

13. Como era pia e qual o seu significado tipológico?

14. Quais eram os compartimentos da tenda da congregação?

15. Quais eram os utensílios existentes na tenda da congregação?

16. Quanto aos pães da proposição responda: quantos eram; como eram feitos e qual significado tipológico destes.

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 65

QUESTIONÁRIO 1. Como devemos entender a relação de interpretação existente entre o V.T. e o N.T.? 2. O que se quer dizer quando se afirma que a Bíblia não é exaustiva, mas sim

suficiente? 3. Em que sentido a revelação bíblica é progressiva?

4. O V.T. é sombra do N.T., portanto, cite 3 implicações desta verdade relacionando-as

a revelação do V.T. 5. Quais os três aspectos da Lei que encontramos no V.T.?

6. É certo afirmar que o 4º mandamento não é mais válido para a igreja cristã? Por

que? 10. Olhando o tabernáculo como “sombra dos bens vindouros” qual o propósito de

Deus em ordenar sua construção a Moisés?

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Fundamentos do Velho Testamento CPD

Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 66

11. Por que Deus ordena taxativamente que Moisés tinha que construir o tabernáculo exatamente como lhe fora mostrado?

12. Para qual banda a porta da tenda da congregação deveria ficar e qual a relação disto

com a pessoa de Cristo?

13. Diante deste cercado de cortinas, quantos portas tinham que possibilitavam o ingresso do pecador à presença de Deus? e o que esta quantidade simboliza?

14. Quantas colunas haviam na porta e o que significa? 15. quais as cores da cortina da porta e o que cada cor representa?

16. Quais os significados dos seguintes símbolos: prata, bronze, ouro, madeira de acácia, chifre, fermento?

17. No Velho Testamento, como sabemos que Jesus só morreu e intercede pelo seu povo eleito? 18. Quais a três classes de pessoas que eram ungidas e o que elas tem haver com Cristo?

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 67

19. Localize os elementos do tabernáculo e dê seus significados tipológicos.

( ) Bacia de bronze: ( ) Arca da Aliança: ( ) Oriente: ( ) Colunas da porta do tabernáculo: ( ) Castiçal: ( ) Santo dos Santos: ( ) Mesa dos pães da proposição: ( ) Santo Lugar: ( ) Altar do Incenso: ( ) Altar do Holocausto: ( ) Átrio: ( ) Tribo de Judá:

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Fundamentos do Velho Testamento CPD

Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 68

Mapas das histórias Bíblicas: Da origem ao término da monarquia

Anotações: __________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________ _______________________________________________________________

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 69

Mapas das histórias Bíblicas: Os impérios

Anotações: _________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________ ______________________________________________________________________________________________

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Só a Escritura, Só Cristo, Só a Graça, So a Fé , Só a Deus Glória 71

Bibliografia A História de Israel, John Bright. Edições Paulinas. 1980. A história de Israel no antigo testamento, Samuel J. Schultz. Vida Nova. 1992. Cristo dos Pactos, O. Palmer Robertson. Luz para o caminho. 1997. Revelação Messiânica no Velho Testamento, Gerard Van Groningen. Luz para o caminho. 1995. Teologia do Antigo Testamento, Paul R. House. Vida. 2001. O Novo Dicionário da Bíblia, Org. J. D. Douglas. Vida Nova. 1990. Dicionário da Bíblia, John D. Davis. Juerpe/Candeia. 2000 Vocabulário bíblico, J. J. Von Allmen. ASTE. 1972.