Aumentar a agilidade do diag-

nóstico é outro grande objetivo

da busca pela evolução tecnoló-

gica em saúde, o que desenvolve

novos exames e aprimora testes

laboratoriais.

Um exemplo é o novo teste para zika vírus, que há alguns meses pre-ocupa o país pela ligação estreita do vírus com casos de microcefa-lia em bebês. Esse exame é capaz de identifi car o anticorpo logo nos primeiros dias que seguem o con-tato do paciente com o mosquito transmissor. O resultado do exame é, além de tudo, importante para o controle de gestantes antes mesmo do surgimento de qualquer sintoma, tal como é feito com outras doenças infecciosas pesquisadas no pré-natal. O teste constata se a pessoa está com o vírus ativo no organismo,

Diagnóstico

PRECISOse já teve contato e está imune ou se nunca entrou em contato. Em Curi-tiba, é ofertado pelo Laboratório de Análises Clínicas (Lanac).

AlergiaA Siemens Healthineers lançou

um teste de alergia, o 3gAllergy, que promete um diagnóstico completo e rápido em apenas 65 minutos. O teste é feito por meio de um equipa-mento que ajuda especialistas a de-terminarem o tratamento, a reduzir a incidência de sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Esse teste foi o primeiro de terceira geração aprovado pela Food and Drug Administration (FDA), a agên-cia reguladora para medicamentos e alimentos dos Estados Unidos e abrange grande variedade de alér-genos, o que amplia as possibilida-des de diagnósticos nos pacientes. Em Curitiba pode ser encontrado no

3.344 Este é o número de atendimentos realizados entre 2010 e abril de 2016, em todo o Brasil, por causa de alergia a alimentos no Sistema Único de Saúde (SUS), segundo o Ministério da Saúde.

Centro de Diagnóstico por Imagens Nações e no Laboratório São Lucas de Análises Clínicas.

TumoresTerceiro tumor mais frequente

entre as brasileiras, o câncer do colo do útero é iniciado a partir de lesões precursoras que podem não apresentar sintomas. Para identifi cá-las com maior precisão e diminuir a necessidade de biópsia, pesquisadores iniciaram um proje-to para desenvolver um sensor óti-co capaz de dar suporte ao médico ginecologista no diagnóstico da doença. A tomografi a ótica, cha-mada OCT (Optical Coherence To-mography), conta com um sensor equipado com câmera e sonda, que permite um exame equivalente à microscopia e dá ao médico uma avaliação em tempo real do tecido do colo do útero.

22

DIABETEMonitorar a glicose sem picadas é a promessa do FreeStyle Libre, da Abbott, aprovado pela Anvisa. O sensor vai à parte traseira superior do braço e capta os níveis de glicose por um microfi lamento que mensura a cada minuto o nível de glicose presente. O leitor é escanea-do sobre o sensor e mostra, para o paciente, o valor da glicose medida em menos de um segundo.

CABELOSDesenvolvida pelo cirurgião plásti-co Mauro Speranzini, a técnica Dull Needle Implanter (DNI) possibilita a colocação de unidades foliculares por pinças na área calva com menor manuseio delas, lesionando menos as unidades foliculares. Há menor agressão à circulação san-guínea e a retirada e a colocação de fi os podem ser simultâneos, melhorando o aproveitamento.

QUIMIOUma técnica recente no Brasil, a Terapia Intraperitonial Adjuvante, indicada ao câncer de ovário, faz uma entrega “expressa” dos quimioterápicos diretamente no tumor, sem que precisem passar pela corrente sanguínea. Assim, mais droga chega ao tumor, em um “banho” de quimioterapia. A técnica pode ser associada a proce-dimentos tradicionais e pode servir ao câncer de cólon e a situações específi cas de câncer de estômago.

A TECNOLOGIA ESTÁ A SERVIÇO DE TRATAMENTOS ESPECÍFICOS DE DOENÇAS COMO O CÂNCER, QUE TEM INCIDÊNCIA CRESCENTE EM TODO O MUNDO. MAS O ATENDIMENTO DEVE SER EXTREMAMENTE INDIVIDUALIZADO E PODE REQUERER, MUITAS VEZES, UMA ABORDAGEM MULTIDISCIPLINAR.

Andrea Petruzziello, cirurgião oncológico do Instituto de Oncologia do Paraná (IOP)

REFLUXO SOB CONTROLE

Problema comum do aparelho digestivo e presente em mais de 20% da população brasileira, o refl uxo gastro-esofágico ganha uma nova alternativa de tratamento, o dispositivo EndoStim. A técnica consiste na implanta-ção de um dispositivo, de forma minimamente invasiva, na região do esfíncter inferior do esôfago. Ele induz a contração através de estimulação elétrica, a fi m de corri-gir problemas em seu funcionamento. Isso impede que os alimentos e líquidos voltem em direção ao esôfago, o que provoca sintomas como queimação, regurgitação e azia. Os tratamentos com o dispositivo vão iniciar no Brasil neste mês, com o médico Richard Gurski, na cida-de de Porto Alegre. Segundo ele, 90% dos pacientes que foram submetidos ao procedimento não tomam mais medicação. Hoje, são mais de 300 pacientes tratados no mundo e a expectativa é de realizar 50 procedimentos este ano no Brasil.

Biomodelos podem reduzir em até 40% o tempo da cirurgia.

23