WAGNER JOSÉ OPOLSKI SISTEMA LAST PLANNER: DIAGNÓSTICO E ... · Trabalho de Conclusão de Curso na...
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WAGNER JOSÉ OPOLSKI
SISTEMA LAST PLANNER: DIAGNÓSTICO E PROPOSTA
DE MELHORIAS EM UMA EMPRESA CONSTRUTORA DO
RN
NATAL-RN
2018
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE
CENTRO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL
Wagner José Opolski
SISTEMA LAST PLANNER: DIAGNÓSTICO E PROPOSTA DE MELHORIAS EM UMA
EMPRESA CONSTRUTORA DO RN
Trabalho de Conclusão de Curso na modalidade
Artigo Científico, submetido ao Departamento
de Engenharia Civil da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte como parte dos
requisitos necessários para obtenção do Título
de Bacharel em Engenharia Civil.
Orientador: Prof. Dr. Reymard Savio Sampaio
de Melo
Natal-RN
2018
Universidade Federal do Rio Grande do Norte - UFRN
Sistema de Bibliotecas - SISBI
Catalogação de Publicação na Fonte. UFRN - Biblioteca Central Zila Mamede
Opolski, Wagner José.
Sistema Last Planner: diagnóstico e proposta de melhorias
em uma empresa construtora do RN / Wagner José Opolski. - 2018.
22 f.: il.
Artigo Científico (graduação) - Universidade Federal do Rio
Grande do Norte, Centro de Tecnologia, Curso de Engenharia
Civil. Natal, RN, 2018.
Orientador: Prof. Dr. Reymard Savio Sampaio de Melo.
1. Sistema Last Planner - TCC. 2. Planejamento e controle
da produção (PCP) - TCC. 3. Construção civil - Natal/RN - TCC.
I. Melo, Reymard Savio Sampaio de. II. Título.
RN/UF/BCZM CDU 658.5:69
Wagner Jose Opolski
Sistema last planner: diagnóstico e proposta de melhorias em uma empresa construtora do
RN.
Trabalho de conclusão de curso na modalidade
Artigo Científico, submetido ao Departamento
de Engenharia Civil da Universidade Federal
do Rio Grande do Norte como parte dos
requisitos necessários para obtenção do título
de Bacharel em Engenharia Civil.
Aprovado em 2018:
___________________________________________________
Prof. Dr. Reymard Savio Sampaio de Melo – Orientador
___________________________________________________
Prof(a). Laise Kelley Lemos Barbosa – Examinador interno
___________________________________________________
Eng. Clécido Kennedy Rocha Gomes – Examinador externo
Natal-RN
2018
RESUMO
Esse artigo avaliou a eficiência e a adequação da implementação do Sistema Last Planner (SLP)
em uma construtora situada na cidade de Natal, capital do estado do Rio Grande do Norte (RN),
buscando assim preencher uma lacuna de conhecimento observada nas empresas locais. O
método utilizado para esta avaliação foi o estudo de caso, adaptando uma sistemática avaliativa
utilizando 14 práticas. A coleta de dados foi feita através de entrevistas, observações em campo
e documentos analisados. Ao final da avaliação foi possível apresentar dois indicadores sendo
eles: Adaptação do modelo na empresa e Eficácia desta implementação. Por fim, foram feitas
recomendações a empresa buscando melhorar a eficiência do modelo implementado. O estudo
de caso realizado poderá fornecer uma perspectiva geral da situação do modelo de gestão
adotado pela empresa, possibilitando futuras manutenções no SLP. Foi possível fazer também
uma comparação da mesma frente às demais empresas nacionais. Este estudo é o primeiro
realizado em uma empresa potiguar buscando avaliar seu método de planejamento e controle
de produção, podendo abrir as portas para futuros estudos buscando diminuir a lacuna de
conhecimento nesta área do mercado construtor do estado do RN.
Palavras-chaves: Sistema Last planner. Natal. Rio grande do norte. Estudo de caso
ABSTRACT
The purpose of this paper is to evaluate the efficiencies and how adequate was the
implementation of a Last Planner System (LPS) in a building company located in Natal, capital
of Rio Grande do Norte, trying to fill a lack of knowledge observed in the local industry. The
methodology used to evaluate was study of case, adapting an evaluative systematic using 14
good practices. The data collection was made through interviews, observations in the
construction field and documental analyses. In the end of the evaluation was possible to present
two indicators: suitability to the propose model and efficiency of the model implementation.
To conclude, recommendations were made to the company, trying to develop the efficiency of
the model adopted. This paper evaluates the company using the data collected in four months
of analyses. This study case will provide an overview of the management model situation
adopted by the company, making possible futures adjustments in the LPS. This paper was the
first study made in a company from Natal, evaluating its model of planning and control of
production, opening the opportunity for future studies searching to decrease the lack of
knowledge in this regional market.
Keywords: Last planner system. Natal. Rio grande do norte. Case stud
7
Aluno: Wagner Jose Opolski, graduando em Engenharia civil, UFRN
Prof(a). Dr(a). Reymard Savio Sampaio de Melo, Departamento de Engenharia Civil da UFRN
1. INTRODUÇÃO
De acordo com a Confederação Nacional da Industria, em 2015 o país apresentou uma
perda de lucratividade, uma alta ociosidade marcada pela queda na capacidade de operação e
uma queda vertiginosa nas intenções de investimentos na construção civil (CNI, 2018). Junto a
este quadro econômico, foi observado uma necessidade de aumento na eficiência dos processos
produtivos das construtoras nacionais, podendo ser feito com o uso do planejamento e controle
da produção (PCP). Esta análise foi observada em estudos realizados em alguns estados, como
na Bahia (BULHOES; FORMOSO, 2005), Rio de Janeiro (MAGALHÃES, R.M. et al, 2015)
e no Rio Grande do Norte (MOURA, 2015). No estudo realizado por Moura (2015), foi
observado que 93,33% das empresas construtoras que atuam a mais de 10 anos no RN
desconhecem ou não aplicam ferramentas de planejamento e controle da produção (PCP).
Buscando preencher essa lacuna de conhecimento, este artigo tem como objetivo avaliar e
propor melhorias no sistema de PCP de uma empresa construtora de Natal.
Este estudo de caso irá avaliar o PCP de uma empresa a qual implantou o Sistema Last
Planner (SLP). Será empregada uma adaptação da sistemática avaliativa proposta por
Bernardes (2003) na qual são apresentadas 14 boas práticas associadas ao PCP. A adaptação
foi necessária devido ao fato de Bernardes (2003) usar parâmetros que utilizam dados referentes
ao um período anterior a implementação do SLP e a empresa estudada não possuía tais dados.
Este estudo de caso entrega 2 indicadores, sendo um deles de adequação ao modelo e outro de
eficácia de implementação.
Por fim, foi possível fazer recomendações para melhorar o sistema avaliado, abrindo
espaço para futuros estudos dentro deste. Com isso, se busca fomentar as empresas locais com
o compartilhamento de informações sobre uma realidade local da implementação de um modelo
de PCP, proporcionando a melhoria continua no setor, como se prevê na filosofia da construção
enxuta.
2. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA
Este trabalho usa como referência o modelo de planejamento e controle de produção
proposto por Bernardes (2003), onde se propõe uma avaliação sistemática do PCP em uma
empresa construtora. Importante salientar que existe uma diferença entre controle e
monitoramento, onde o controle pode ser visto como um processo de supervisão, em que os
responsáveis estão encarregados pelos colaboradores e a verificação dos resultados obtidos
8
pelos mesmos (SHINGO, 1996) incluindo fazer as ações corretivas em tempo real. Já o
monitoramento, se faz somente por meio de comparações do executado com o que se foi
planejado e determina as causas fundamentais da ocorrência das falhas (GHINATO, 1996).
O processo de planejamento e controle da produção (PCP), pode ser dividido em dois
planos. A dimensão horizontal, inclui etapas como preparação do processo de planejamento,
coleta de informações, preparação de planos, difusão das informações e avaliação do processo
de planejamento (Laufer; Tucker, 1987). Temos também a dimensão vertical, sendo
caracterizada por representar as decisões tomadas no ambiente organizacional, estando
relacionada com a hierarquia na elaboração e execução dos planos (Oliveira, 2004). De acordo
com Laufer e Tucker (1987), a dimensão vertical serve para conectar os horizontes do
planejamento de acordo com os níveis gerenciais das empresas e objetivos distintos, sendo eles:
estratégico, tático e operacional. Em outras palavras, a dimensão horizontal apresenta etapas
pelas quais o processo de planejamento e controle é realizado e a dimensão vertical apresenta
as etapas vinculadas entre os níveis gerenciais de uma organização.
Figura 1 - Níveis hierárquicos do PCP (Adaptado de BALLARD e HOWELL, 1997)
Fonte: Autor, Adaptado de Ballard e Howell (1997).
Uma das mais conhecidas ferramentas que facilitam a implementação de um sistema de
controle de produção é denominada Last Planner. O sistema Last Planner de controle de
produção foi desenvolvido por Ballard, sendo fortemente baseado em conceitos e princípios da
produção enxuta. Este sistema começou a ser desenvolvido inicialmente para aumentar a
confiabilidade do planejamento a curto prazo (BALLARD e HOWELL, 1997), sendo definido
pelo próprio Ballard como uma filosofia, onde o conjunto de ferramentas facilitam a
implementação de seus procedimentos, tendo seu foco na manutenção do fluxo de trabalho.
Com os princípios mencionados acima, BERNARDES (2003) propôs um modelo
contendo 14 boas práticas para avaliar como o Last Planner foi implementado em uma empresa,
fornecendo assim dois indicadores: Indicador de eficácia de implementação e Indicador de
adequação do modelo na empresa. No quadro 1 é possível visualizar essas 14 boas práticas e
quais os objetivos principais delas na empresa.
9
Quadro 1 - Objetivo das 14 boas práticas
№ Boas práticas Objetivo da aplicação da prática
1 Padronização do PCP Minimizar as falhas que ocorrem na produção,
aumentando produtividade.
2 Hierarquização do Planejamento Reduzir o impacto da incerteza no ambiente
produtivo e reduzir o retrabalho
3 Análise e Avaliação qualitativa dos
processos
Aumentar o desempenho global da produção,
melhorando primeiramente os processes e depois
as operações.
4 Análise do fluxo físico Eliminação ou redução das perdas inerentes ao
processo produtivo.
5 Análise de restrições Aumento da continuidade das operações no
canteiro, melhorando a eficácia do planejamento.
6 Utilização de dispositivos visuais Aumentar a transparência dos processos.
7 Formalização do Planejamento de Curto
Prazo
Facilitar a designação das metas às equipes de
trabalho e controle de produção
8 Especificação detalhada das tarefas Diminuir a ocorrência de erros pela falta de
informação
9 Programação de tarefas reservas Absorção dos efeitos de incerteza existente no
ambiente produtivo
10 Tomada de decisão participativa Identificar formas possíveis de melhorar o
desempenho global dos processos, minorar
retrabalhos e interferências entre equipes.
11 Utilização do PPC e identificação das
causas dos problemas
O acompanhamento do PPC indica se as ações
para combater problemas na obra estão sendo
efetivas.
12 Utilização de sistemas de indicadores de
desempenho
Estabelecer padrões através de medições e
avaliações de desempenho, facilitando a eficiência
do planejamento.
13 Realização de ações corretivas a partir das
causas dos problemas
Aumentar a confiabilidade do planejamento,
aumentando o tamanho dos pacotes de
planejamento.
14 Realizações de reuniões para a difusão de
informações
Aumentar a facilidade de alcançar os resultados
almejados, não comprometendo as metas fixadas.
Fonte: Autor
3. METODOLOGIA
O método logístico e científico adotado para este artigo será o estudo de caso. O estudo
de caso é definido como uma investigação empírica de um fenômeno dentro de um contexto
10
contemporâneo, sendo eles não definidos claramente (YIN, 2005). Segundo Yin, este método
é ideal para pesquisas que procuram responder questões tipo “como” e “porquê”, se mostrando
ideal para este artigo em questão.
A estratégia deste estudo de caso se baseia inicialmente em fazer uma avaliação da
implementação do sistema Last Planner dentro de uma empresa Norte Riograndense,
verificando se as práticas gerenciais aplicadas em um determinado empreendimento estão de
acordo com o modelo de planejamento e controle de produção proposto por Bernardes (2003).
O sistema de coleta de dados foi baseado em entrevistas semiestruturadas, observações
em campo e análise de planilhas e gráficos. As entrevistas foram feitas com os responsáveis por
manter e organizar a implementação do sistema Last Planner (diretor de engenharia,
coordenador de planejamento, engenheiros, responsáveis pelos setores de compras e qualidade
e mestres de obra). Buscou-se responder perguntas do tipo “como” e “porquê”, com tempo
médio de duração variando entre 30 a 60 minutos, sendo realizadas em um período de 4 meses.
Todas as entrevistas foram gravadas com o intuído de facilitar a análise das respostas dos
entrevistados e facilitar a execução das entrevistas.
As observações em campo foram realizadas no mesmo período das entrevistas. Foi
observado o andamento de reuniões de curto e médio prazo, levando em conta também a
observação direta e a percepção do pesquisador. Ambas as reuniões foram gravadas para
facilitar as análises.
Por fim, os documentos analisados foram: planilhas de Percentagem do Planejamento
Concluído (PPC), tabelas de planos de médio prazo, gráficos do acompanhamento físico dos
pacotes de trabalho, gráficos resultantes das análises dos PPC e indicadores de médio prazo.
Com posse das informações coletadas das entrevista e observações realizadas dentro do
empreendimento junto com os documentos utilizados para gerir esta implementação, pode-se
realizar uma triangulação de informações e assim aumentar a confiabilidade do estudo de caso,
mantendo sua legitimidade (YIN, 2005). O quadro 2 descreve como foi feito a coleta de
informações e as fontes de evidências estudadas.
Quadro 2 - Esquema de coleta de informações
Fonte de evidências Estudo de caso
Entrevistas Foram realizadas 9 entrevistas semiestruturadas com todos os envolvidos nas
etapas de planejamento.
Observações em campo Foram realizadas 2 visitas para a observação das reuniões do planejamento,
sendo uma de curto e outra de médio prazo. E uma visita técnica para
observação em campo da aplicação do planejamento.
Documentos Foram analisados mais de 35 documentos, envolvendo gráficos e planilhas
que fazem parte do planejamento da empresa.
Fonte: Autor
11
Por fim, esta sistemática apresenta um checklist, o qual se avaliou o grau de
implementação de 14 boas práticas associadas ao PCP de acordo com BERNARDES (2003).
Para melhor se adaptar ao objetivo da pesquisa, foi decidido adotar somente 3 dos 6 critérios
para a avaliação das práticas avaliadas.
• M – Prática implementada integralmente conforme o modelo;
• MP – Prática implementada parcialmente conforme o modelo;
• NI – Prática não implementada.
Conforme esta avaliação, foram adotados dois indicadores: coeficiente de adequação do
modelo e eficácia da implementação.
O coeficiente de adequação é calculando a partir de uma média ponderada onde cada
prática corresponde a um percentual de 7,15% isto é (1 /14) x 100. Portanto, as práticas que
foram implementadas integralmente receberem peso 1 e as que foram implementadas
parcialmente receberam peso 0,5.
O indicador de eficácia foi mensurado considerando a média dos pontos obtidos em
cada um dos itens avaliados, seguindo o mesmo critério de pesos do coeficiente anterior. Ao
atribuir valores a estes indicadores, recomendações foram feitas a empresa em questão para que
se possa melhorar esta implementação e fornecer uma perspectiva diferente dessa ferramenta
gerencial.
A análise das 14 boas práticas foi validada pelos responsáveis envolvidos diretamente
com o sistema last planner, para assim ter uma melhor confiabilidade na análise feita no estudo
de caso. Nesta validação algumas práticas exigiram uma segunda análise, como será discutido
nos resultados.
4. RESULTADOS
Após reunir e analisar os dados coletados foi possível avaliar as 14 boas práticas e
apresentar seus resultados.
Na padronização do processo e controle do planejamento, pode-se utilizar
procedimentos ou manuais que especifiquem como esses processos devem ser conduzidos2. O
que se pode constatar na empresa é que para os processos construtivos existe sim um manual
de orientação que detalha cada processo com figuras e orientações, porém ao longo das
entrevistas ficou entendido que aqueles procedimentos impressos faziam parte do material
presente no treinamento das equipes e que este manual não estaria disponível para todos os
colaboradores ao longo da obra. No entanto, ao realizar a reunião de apresentação dos dados
12
analisados ao diretor de engenharia e o coordenador de planejamento, foi esclarecido que o
material presente em campo e deveria sim ser para todos os colaboradores utilizarem e
consultarem. Outra observação feita ao analisar os manuais, foi o fato de não haver a presença
de fotos dos procedimentos, somente a ilustração de como deveria ser feito, podendo existir
uma subjetividade dos procedimentos ao serem analisados pelos colaboradores. Portanto, com
o esclarecimento dado pelos responsáveis pelo planejamento e as observações feitas em campo,
ficou decidido considerar a prática como implementada integralmente pela empresa.
Quanto a hierarquização do planejamento, temos em mente como as metas de produção
são vinculadas (BERNARDES, 2003). Em entrevista com os responsáveis pelo planejamento
e analisando os documentos fornecidos, ficou claro que os detalhamentos das tarefas são mais
específicos conforme se aproxima da data de execução da atividade, conforme indica o modelo
do sistema Last Planner proposto por Bernardes (2003). Foi possível constatar concordância
entre os engenheiros responsáveis quanto a hierarquização do planejamento e coerência na
análise dos dados apresentados, considerando então como prática implementada de acordo com
o modelo.
Através da análise a avaliação qualitativa dos processos, tem-se o aumento do
desempenho global da produção, melhorando inicialmente os processos e, em segundo plano,
as operações (SHINGO, 1996). Na melhoria dos processos produtivos, foi confirmada a
realização de um estudo qualitativo do espaço físico destinado ao armazenamento, a
movimentação e a disposição dos materiais em obra, existindo profissionais responsáveis por
estes setores. Ao analisar os documentos fornecidos, foi constatado que não existem problemas
rotineiros quanto a falta de material em obra, onde as poucas causas de problemas encontrados
pelo PPC estavam relacionadas a atrasos com fornecedores.
Quanto a melhoria das atividades, temos a análise de como que o trabalho está sendo
realizado, onde os estagiários têm acesso a um dispositivo que possibilita fazer observações e
registrar fotograficamente os trabalhos realizados em obra, e armazenar estes dados em um
aplicativo.
Apesar de existir uma reunião semanal na empresa com os responsáveis no
planejamento a curto prazo onde se busca identificar e diagnosticar problemas, não foi
observado a execução de planos para a melhoria na execução dos serviços ou alguma ação para
evitar a reincidência dos problemas encontrados. O que se tem são reuniões onde os engenheiros
recebem as informações dos mestres e discutem entre si os problemas encontrados. Devido a
esta falta de reuniões semanais para discutir melhorias no planejamento a curto prazo, adotou-
se a classificação de prática parcialmente adotada.
13
Na análise dos fluxos físicos, busca-se a eliminação ou redução das perdas referentes ao
processo produtivo. Bernardes (2003), aponta 4 formas de reduzir os efeitos da incerteza, sendo
eles: proteger a produção no comprimento do plano de curto prazo (BALLARD; HOWELL,
1997); Realizações de ações para reduzir as interferências nas metas fixadas no plano de médio
prazo (TOMMELEIN; BALLARD, 1997); desenvolver parcerias com fornecedores (ALVES,
2000); estabelecer buffers (HOWELL; BALLARD, 1997).
Analisando o primeiro item mencionado na redução dessas incertezas, temos que a
prática não foi observada nas reuniões de curto prazo, já que os problemas que ocorriam eram
registrados pelos colaboradores e não era feito um estudo destes problemas para evita-los
futuramente. O segundo item, referente a proteção da produção foi percebido na reunião
referente ao médio prazo, sendo feito o estudo das restrições futuras na obra. O terceiro item
foi verificado pelos responsáveis pelo setor de compras e qualidade que não existe parceria com
fornecedores, devido a problemas enfrentados no passado. Este problema fez com que a
empresa focasse em desenvolver o possível, o que fosse necessário na obra, com a equipe em
campo. O último e quarto item, foi confirmado por todos os entrevistados, apontando que existe
o espaço conhecido como buffer no planejamento da empresa.
Portanto, devido ao fato de não haver um planejamento da proteção da produção de
curto prazo e da incerteza de não haver ações corretivas no PCC, a classificação para esta
atividade foi de implementada parcialmente conforme o modelo.
Alguns exemplos de análise de restrições, conforme Bernardes (2003), são: cláusulas
contratuais, projetos inacabados, processo de aprovação de projetos, problemas de execução de
pacotes, entre outras. Essa prática tem fundamental importância no cumprimento das metas
fixadas no plano de curto prazo. Conforme Ballard (2000) uma das maiores razões do não
comprimento das metas fixadas no plano de curto prazo está na não remoção das restrições já
citadas.
O que se observou na implementação desta prática foi a sua utilização somente quando
se refere ao plano de médio prazo. Os responsáveis pelo planejamento mencionavam a análise
de restrições somente nessa etapa do planejamento, ignorando a sua prática no planejamento de
curto prazo. Conforme a figura 2, extraída dos documentos referentes ao planejamento de curto
prazo, foi possível observar que os motivos dos atrasos no planejamento apresentavam uma
considerável porcentagem nas causas referentes a “Atrasos de tarefas antecedentes” e “Desvios
de programação”, possivelmente tendo relação na não análise das restrições nos processos de
curto prazo. Por esse motivo, a prática foi considerada como implementada parcialmente pela
empresa.
14
Figura 2 – Causas dos problemas mensais
Fonte: Autor, adaptado de documentos fornecidos pela empresa.
De acordo com Koskela (1992), a utilização de dispositivos visuais para facilitar a
identificação, pelos funcionários, de padrões e desvios existentes no processo pode ser
considerada uma prática que aumente a transparência dos mesmos. Os entrevistados afirmaram
o uso desta prática dentro do empreendimento e foi possível fazer a confirmação dessa prática
com observações em campo, classificando-a como implementada integralmente.
De acordo com Ballard E Howell (1997), o envolvimento dos mestres de obra na
formalização do planejamento de curto prazo se faz necessário para a implementação dessa
prática. A fixação de metas deve ser feita com a participação desse profissional, já que em
teoria o mesmo tem a noção da real potencialidade do sistema produtivo.
Foi confirmado em entrevistas com os mestres de obras que o planejamento de curto
prazo é feito com a sua direta participação, conforme previsto pelo modelo. Porém, analisando
os documentos fornecidos, é necessário fazer um estudo da produtividade da equipe para que
se adeque a realidade em campo, já que “Baixa produtividade” representa um percentual alto
nas causas de atraso no planejamento a curto prazo, conforme o gráfico em pizza acima. Devido
à falta deste estudo, a prática foi considerada como parcialmente implementada.
A identificação das causas dos problemas que ocorrem na produção é de fundamental
importância para a garantia do uso eficiente dos recursos disponíveis e a consequente melhoria
continua. Pensando nisso, outra observação a se fazer se refere ao fato de não existir um estudo
19%
40%
37%
4%
Gráfico de Causas - Junho 2017
Desvio de programação
Baixa produtividade
Atraso de tarefasantecedentes
Fornecedor nãoentregou
15
dos problemas identificados em campo, ou um planejamento de como esses problemas podem
ser evitados, como já mencionado neste artigo. Portanto, pelos fatos já mencionados adotou-se
como prática parcialmente adotada.
Na prática relacionada a especificação detalhada das tarefas, os entrevistados falaram
que as tarefas são detalhadas e passadas para os colaboradores no início as atividades. Porém,
de acordo com os documentos fornecidos e analisados, os retrabalhos existentes em campo
demonstram que deve ser feito um estudo de como melhorar este sistema de especificação. Em
entrevista para verificação das análises feitas no estudo de caso, o diretor de engenharia
informou que todos colaboradores que começam a trabalhar na empresa passam por um exame
prático e um treinamento para se adequar ao padrão de qualidade da empresa, onde as tarefas a
serem exercidas pelos colaboradores são detalhadas. Portanto, devido aos retrabalhos
constatados no PPC da empresa, caracterizou-se como prática parcialmente adotada.
A programação de tarefas reservas tem como finalidade principal de minimizar os
atrasos que ocorrem no ambiente produtivo (BALARD; HOWELL, 1997). Sendo mais uma
forma de proteger a produção contra os efeitos da incerteza. Nas entrevistas realizadas aos
responsáveis pelo planejamento a curto prazo, ficou claro a não utilização da prática pela
empresa.
Na prática relacionada a tomada de decisão participativa é necessário que haja uma
discussão das metas do plano de curto prazo entre os responsáveis pela obra e os encarregados
das equipes de produção para que se chegue em um consenso. Porém, se a reunião ocorre de
maneira individual entre cada encarregado e os mestres de obra ou engenheiro no próprio local
aonde está executando o serviço, considera-se que a prática foi implantada de maneira parcial
(BERNARDES, 2003), e foi justamente isso que se pode observar em campo.
Nas entrevistas foi mencionado pelo engenheiro da obra e pelo responsável do
planejamento que a tomada de decisão participativa é incentivada pela forma de pagamento dos
colaboradores, onde os pacotes de trabalho são divididos de forma a bonificar ao seu término,
onde uma boa eficiência no processo construtivo significaria uma gratificação maior no final
do mês. Outra forma de incentivar a tomada de decisão participativa dos colaboradores seria o
reconhecimento do trabalho dos mesmos perante a um desempenho diferenciado. Conforme
mencionado pelo diretor de planejamento, existe um quadro de funcionário destaque do mês,
que todos podem observar na obra. Porém, o próprio diretor de planejamento vê dificuldades
nesta prática, já que foi dito em entrevista: “Ainda não consegui fazer o operacional estar mais
participante no planejamento, eu sei que existe a conversa do mestre com ele, ele sabe a meta,
o que tem o que fazer, mas eu preciso que isto chegue mais visualmente, de forma mais
16
sistemática, para o operacional, para quem está mais lá na ponta...”. Portanto, a prática foi
considerada implementada de maneira parcial.
A utilização do PPC e a identificação das causas dos problemas devem ocorrer
simultaneamente. Foi constatado na obra a utilização do PPC e a identificação das causas dos
problemas, conforme documentos fornecidos pela empresa, e observações feitas em campo.
Logo, conforme visto na tabela abaixo, temos como é feita a utilização do PPC na empresa, e
assim considera-se como prática implementada integralmente conforme o modelo. Na figura 3,
temos um quadro onde mostra um modelo de PPC adaptado do utilizado pela empresa.
Figura 3 – Planilha de curto prazo utilizado na empresa
Fonte: Autor, adaptado do modelo utilizado pela empresa.
A utilização de sistemas de indicadores de desempenho nos processos gerencias e
produtivos facilita a análise de eficácia do planejamento e do ambiente no qual a produção está
inserida (OLIVEIRA,1999). A empresa faz uso destes indicadores e os apresenta como
dispositivos visuais em campo, facilitando a difusão da realidade do planejamento, onde é feito
o acompanhamento destes indicadores. Em observações feitas nas reuniões a médio prazo, foi
possível constatar a discussão e análise dos indicadores contabilizados em campo. Foi
mencionado em entrevista que ao atingir uma divergência de 10% do planejamento esperado e
o atual, é realizada uma reunião de longo prazo, mostrando que existe um sistema de
acompanhamento dos indicadores que indicam o andamento da obra. Portanto, considerou-se a
prática como implementada integralmente pela empresa.
A realização de ações corretivas a partir das causas dos problemas tem como função
a proteção da produção organizacional, onde busca evitar a interrupção da produção,
vinculando o médio e o curto prazo, aumentando a confiabilidade do planejamento e
aumentando o tamanho dos pacotes planejados. Conforme Bernardes (2003), para aumentar a
confiabilidade do planejamento, deve-se trabalhar para o minorar a variabilidade do PPC,
17
através da análise dos problemas que causam alguma interferência na produção. Porém, foi
mencionado em entrevista que as tarefas simplesmente são reprogramadas para a próxima
semana. Devido aos fatos mencionados, esta prática ficou classificada como não implementada
pela empresa.
A prática relacionada a Reuniões para a difusão de informações se refere à existência
de uma alteração na forma de execução dos serviços por solicitação do cliente, ou ainda,
problemas na execução dos serviços dentro da semana, é a última prática proposta.
Entrevistando os engenheiros e mestres de obra, foi possível constatar que não existe este tipo
de reunião especificamente entre os responsáveis pelo planejamento e os operários em campo.
Porém, foi mencionado que a informação é difundida durante as reuniões de curto e médio
prazo que são realizadas na empresa, e como esta prática está associada à prática de tomada de
decisão participativa, temos uma implementação de maneira parcial pela empresa.
Por fim, temos a quadro 3 representando as 14 boas práticas propostas por Bernardes,
(2003), a qual apresentou uma eficácia de implementação de aproximadamente 71% do modelo
Last Planner adotada pela empresa, e uma adequação do modelo de aproximadamente 61%
aproximadamente, conforme é possível conferir abaixo.
Quadro 3 - Avaliação das 14 boas práticas
nº Boas Práticas
Analise das
boas práticas
1 Padronização do PCP M
2 Hierarquização do planejamento M
3 Analise e avaliação qualitativa dos processos MP
4 Analise dos fluxos físicos MP
5 Analise de restrições MP
6 Utilização de dispositivos visuais M
7 Formalização do planejamento de curto prazo MP
8 Especificação detalhada das tarefas MP
9 Programação de tarefas reservas NI
10 Tomada de decisão participativa MP
11 Utilização do PPC e identificação das causas dos problemas M
12 Utilização de sistemas de Indicadores de desempenho M
13 Ações corretivas a partir das causas dos problemas NI
14 Reuniões de difusão da informação MP
Eficácia da implementação: 70.83%
Adequação do modelo na empresa: 60.71%
M – Prática implementada de acordo com o modelo (peso 1,0)
MP – Prática implementada de acordo com os elementos do modelo, mas que está sendo utilizada de
forma parcial na empresa (peso 0,5)
NI – Prática não implementada (peso 0,0)
Fonte: Autor, adaptada de Bernardes (2003).
Comparando estes valores com o trabalho feito por Bulhões e Formoso (2015) na Bahia,
temos que a empresa se encontra próximo da média de eficácia de 66%. Importante salientar
18
que mesmo semelhantes, ambos os estudos realizados apresentam modificações e adaptações
do modelo proposto.
Para melhorar a percepção da análise realizada, foi feita uma tabela que mostra as
práticas separadas hierarquicamente, relacionadas com as práticas gerais e planejamento de
curto, médio, longo prazo. No quadro 4 foi considerado cada seção como 100%, e dividiu pelo
número de atividades relacionadas com as respectivas seções, mostrando assim a adequação
para cada seção. Com isso, fica mais evidente aonde se tem maior adequação do modelo
proposto, em que as práticas relacionadas ao longo prazo têm uma adequação de 100% do
modelo, de médio prazo de 50%, curto prazo de 43% e práticas gerais de 83%.
Quadro 4 - Práticas separadas hierarquicamente
Boas práticas Class. %
Práticas relacionadas ao planejamento de curto prazo 43%
Tomada de decisão participativa MP 7,14%
Ações corretivas a partir das causas dos problemas NI 0,00%
Programação de tarefas reservas NI 0,00%
Especificação detalhada das tarefas MP 7,14%
Formalização do Planejamento de Curto Prazo MP 7,14%
Utilização do PPC e identificação das causas dos problemas M 14,30%
Análise e Avaliação qualitativa dos processos MP 7,14%
Práticas relacionadas ao planejamento de médio prazo 50%
Análise do fluxo físico MP 25%
Análise de restrições MP 25%
Práticas relacionadas ao planejamento de longo prazo 100%
Utilização de sistemas de indicadores de desempenho M 50%
Hierarquização do Planejamento M 50%
Práticas gerais relacionadas ao processo de planejamento 83%
Utilização de dispositivos visuais M 33%
Padronização do PCP M 33%
Realizações de reuniões para a difusão de informações MP 17% Fonte: Autor
Com esta hierarquização, é possível ter uma clara ideia das atividades que devem ser
desenvolvidas pela empresa para melhorar os índices estudados. Caso a prática de ações
corretivas e a programação de tarefas reservas passem a ser adotadas pela empresa, teremos um
aumento de aproximadamente 30% nos índices de práticas relacionados ao planejamento de
curto prazo, e um aumento de aproximadamente 15% nos índices de adequação e 5% no de
eficácia, deixando a empresa com indicadores acima da média vistas em outros estudos.
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No início da avaliação foi esclarecido pelo diretor de engenharia que a maior dificuldade
na implementação, conforme se acreditava, estava no planejamento a médio prazo. Porém, com
os resultados encontrados foi possível analisar que a maior dificuldade está no planejamento de
curto prazo, mostrando uma perspectiva diferente do modelo. Essa visão do planejamento pode
ser fundamental no desenvolvimento do planejamento futuro da empresa.
5. RECOMENDAÇÕES
A primeira recomendação se refere a padronização do PCP e ao detalhamento das
tarefas. Pode-se procurar por melhoria nos manuais fornecidos aos colaboradores, apresentando
fotos dos procedimentos e busca-se incentivar as equipes de trabalho a consulta-los a qualquer
momento ao longo da obra, não deixando margem a erros de execução. Aliado a essa
recomendação, pode-se fazer um estudo entre os colaboradores de forma a buscar uma forma
de deixar mais explicita o passo a passo das tarefas realizadas em campo, tentando evitar o
retrabalho.
Quanto à análise a avaliação qualitativa dos processos e à análise de restrições, se
recomenda elaborar um sistema de proteção de produção semelhante a de médio prazo, porém
no curto prazo, revisando semanalmente as restrições presentes nos processos da semana
seguinte. Outra recomendação seria buscar realizar parceria com fornecedores mais confiáveis.
Quanto a tomada de decisão participativa, pode-se fazer a inserção de um colaborador
que represente cada equipe de trabalho nas reuniões de curto prazo, buscando aumentar a
transparência do planejamento em nível operacional.
A recomendação para a realização de ações corretivas a partir das causas dos
problemas seria a incorporação, na reunião de curto prazo, de um costume de realizar as ações
corretivas nos problemas encontrados durante o PPC e realizar o registro destas analises,
criando assim um banco de dados de soluções sugeridas e com o tempo verificar se estão
surtindo efeito na produção.
6. CONCLUSÕES
Pouco estudos anteriores focaram em avaliação do planejamento e controle da
produção, diante deste contexto, buscou-se avaliar como se encontra o nível da implementação
do SLP adotado em uma empresa do RN. A partir do estudo de caso realizado, avaliando as 14
boas práticas adotadas nessa implementação, foi possível apresentar índices de adequação e
eficácia, e assim realizar recomendações visando sua melhoria. Quanto à adequação de 61% do
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modelo adotado pela empresa do modelo proposto, vimos que se aproxima da média encontrada
em outras empresas nacionais, as quais foram avaliadas com modelos próximos aos adotados
por este estudo de caso.
Ao fazer a separação das atividades conforme a dimensão vertical de cada uma, foi
possível analisar que a maior dificuldade enfrentada pela empresa estava no planejamento de
curto prazo, podendo assim redirecionar a atenção dos envolvidos no planejamento para estas
práticas.
Quanto ao preenchimento da lacuna encontrada no mercado potiguar, este trabalho pode
ser o começo de novos estudos voltados ao planejamento e controle de produção, preenchendo
assim esta falta de conhecimento. É sugerido que se faça um estudo mais elaborado da
implementação do SLP, aumentando o período de coleta de dados para uma melhor veracidade
das análises. Outra sugestão seria um estudo mais detalhado do planejamento a curto prazo na
empresa.
Se espera que este trabalho tenha criado o interesse na aplicação do planejamento e
controle de produção e aberto novas oportunidades para futuros estudos na área. A avaliação
da implementação de ferramentas e modelos gerenciais não são práticas novas, porém o atraso
no desenvolvimento destes modelos na indústria do RN faz com que se busque maiores
informações da realidade local.
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