Warren · Volatilidade não é o mesmo que risco De uma forma bem simplificada, volatilidade em...

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Warren ABRIL. 19 Foram as águas agitadas de março fechando o verão

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WarrenABRIL. 19

Foram as águas agitadas de março fechando o verão

Volatilidade não é o mesmo que risco

De uma forma bem simplificada, volatilidade em finanças é o quanto algo sobe e desce. Quanto maior a volatilidade, mais os preços vão variar - ou flutuar, como diz o mercado. Aqui no Brasil, os investidores associam essas características às ações. Por isso, os que possuem um perfil mais conservador costumam partir para investimentos de renda fixa com rentabilidade atrelada à Selic - nossa taxa básica de juros - ao CDI ou IPCA.

Mas o que pensa Warren Buffett, um dos investidores mais incríveis da história? Bom, ele enxerga as ações como ativos mais voláteis, mas não necessariamente mais arriscados.

Você deve estar aí se questionando: “como assim, se eu vejo tudo desabando? Isso não é risco de perder?”. Bom, lembre-se: longo prazo. Praticamente tudo na vida funciona melhor assim: relacionamentos de longo prazo, construir uma carreira, viver bastante, ver os filhos crescerem e se desenvolverem, ter amigos de longa data, e por aí vai. O perigo não é a flutuação - até porque ele também é para cima -, é querer ganhar tudo no curto prazo. O perigo somos nós mesmos.

“Os preços das ações sempre serão mais voláteis do que títulos públicos pós-fixados, e outros produtos bancários líquidos de curto prazo. No longo prazo, no entanto, instrumentos atrelados à moeda são investimentos muito mais arriscados do que uma carteira de ações bastante diversificada comprada ao longo do tempo.”

Por Thomaz FortesGestão de Fundos - Warren Brasil

Warren Buffett

Por que o perigo somos nós mesmos e não a volatilidade em si?

Investidores, por seu próprio comportamento, fazem com que investir em ações possa ser altamente arriscado. Trading ativo, como day trade, tentativas de tentar acertar o timing dos movimentos do mercado, diversificação inadequada, altas taxas desnecessárias e o uso de alavancagem podem simplesmente destruir bons retornos que teriam ao longo do anos.

A mesma coisa acontece quando se aplicam em fundos, tentar resgatar quando cai e reaplicar quando sobe. Um conselho: isso não dá certo. O melhor é manter a aplicação.

Um portfólio bem diversificado de ações, comprado ao longo do tempo, com aplicações mensais, se torna muito menos arriscado do que os outros investimentos. “Ah, mas está caindo no curto prazo!”. Ótimo! Aproveite porque são os momentos em que você aplica mais barato.

Uma pesquisa recente da CVM analisou 19.696 pessoas que começaram a operar com day trade. Dessas, apenas 7,9% persistiram por mais de 300 pregões. Dos que persistiram, 91% tiveram prejuízo.

“Quero provas, Thomaz!”

Nos Estados Unidos, no período de 1964 até 2014, o S&P 500, principal índice da bolsa americana, subiu de 84 até 2.059 pontos. Se considerarmos os dividendos reinvestidos, o retorno seria de 11.196%.

No Brasil, entre 1968 e 1994, a bolsa brasileira rendeu 43 vezes o CDI. Nas duas últimas décadas, o famigerado CDI bateu o Ibovespa. Mesmo assim, embora o retorno do CDI tenha sido em torno de duas vezes o Ibovespa, esse último não é dos melhores índices para representar o mercado acionário, por incrível que pareça.

Há outros, mais utilizados na academia, como o IBX (Índice Brasil), ou o IDIV (Índice de Ações Pagadoras de Dividendos). Se quiser, compare com um período recente, como 2005 até 2019, e constate como o IDIV, desde sua criação, ganhou com ótima vantagem do CDI.

Agora, pense comigo: foi difícil bater o CDI nas últimas duas décadas, pois ele estava superalto - chegou a passar dos 18% no início dos anos 2000. Hoje, com ele baixo, não será mais fácil batê-lo? Será que a bolsa não ficará muito mais atrativa? E será que aquilo que Buffett escreveu sobre os EUA não começará a fazer mais sentido ainda para o Brasil?

O que é certo é: tudo irá mudar e os preços irão variar. Hoje são as incertezas com a Previdência, amanhã será outra coisa. Ninguém consegue prever o que irá ocorrer. Por isso, faz mais sentido investir naquilo que funciona no longo prazo, independentemente das circunstâncias, não concorda comigo?

Então, proponho um exercício, quase uma meditação. Imagine que os mercados de ações sejam os oceanos.

Existem temporadas de águas calmas, poucas flutuações e ondulações. São ótimas para começar, quando precisamos sair rápido da água ou quando temos medo do mar. Também existem as temporadas das tormentas, quando surgem as tsunamis. Se você está bem diversificado entre vários oceanos, enquanto no Pacífico ocorre uma tormenta, no Atlântico temos águas calmas e constantes.

Não é à toa que muita gente gosta de velejar, surfar de body ou prancha, fazer kite e windsurf. Precisamos dos ventos, da volatilidade da água e das mudanças. A segurança está em fazer isso pensando no longo prazo. Só nesses períodos que não saímos da água é que pegamos os melhores tubos e pegamos as ondas da vida.

Para quem não pratica esses esportes, mas quer conquistar objetivos, fica o meu convite para você refletir. Se o seu objetivo for de longo prazo, sair do sedentarismo que o excesso de renda fixa pode trazer no longo prazo será ser muito bom. Afinal, muito se ouve dos bilionários da bolsa, mas nunca ouvi sobre os bilionários do CDI.

Volatilidade faz parte do jogo. Precisamos dela para pegar as melhores ondas.

Sobre março/abril no BrasilPolítica/Previdência

No cenário político, todas as fichas estão focadas na Previdência. Essa semana a PEC (proposta de emenda à Constituição) deu seus primeiros passos, já com a escolha do relator, que aparentemente é favorável à reforma. Existe a perspectiva de que o texto seja admitido pela Comissão de Constituição e Justiça na terceira semana de abril.

Porém, os passos seguintes são mais complexos. A provável necessidade de mais tempo para a tramitação na comissão especial e no plenário da Câmara faz com que a chance de concluir a análise do texto da reforma no primeiro semestre siga diminuindo. É o caso do famoso viés comportamental pelo qual tendemos a subestimar o prazo para projetos, aliado às dificuldades políticas do consenso.

O PIB brasileiro cresceu 1,1% em 2018, a segunda alta anual depois de dois anos contraindo. Mesmo abaixo do esperado, a recuperação econômica ajudou nos lucros das empresas. As estimativas para 2019 vem baixando.

Ibovespa

Março foi o mês das fortes correntezas na bolsa brasileira, que ficou entre os 90 mil e 100 mil pontos. Existe uma forte “desconfiança” do mercado em relação aos próximos passos da reforma da Previdência, ainda mais com a troca de farpas entre o presidente Jair Bolsonaro e o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia. O mercado acabou refletindo essa incerteza com bastante volatilidade.

Além disso, tivemos um ex-presidente preso. Isso sempre impacta o mercado de uma certa forma porque desvia o foco das reformas políticas necessárias. A saída dos dados de manufatura da União Europeia também assustaram os investidores e culminou em reajuste de bolsa para baixo, juros futuros e dólar para cima. Em março, muitas empresas divulgaram seus resultados referente ao 4º trimestre de 2018. Com os balanços saindo do forno, vimos que as companhias brasileiras de capital aberto dobraram o lucro em 2018.

O último boletim Focus estima que haja um crescimento de 1,98% no PIB. Mesmo abaixo do estimado há algumas semanas, as projeções para o desempenho das empresas seguem positivas.

Ibovespa Março

Ibovespa 1º Trimestre

-0,18 %

+8,57 %

Juros

Na primeira reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) em 2019, a taxa Selic - nossa taxa básica de juros - foi mantida em 6,5% ao ano. Esse patamar foi atingido em março do ano passado e é o mais baixo da história. Quase 30% dos analistas econômicos estimam que o Banco Central reduza a taxa Selic em, ao menos, 0,5 ponto percentual até o fim do ano, o que reforça que investidores no Brasil não podem mais ficar apenas contando com a renda fixa para objetivos de longo prazo.

Sobre março / abrilno mundoUma tormenta assustou a Europa em março, com os dados de manufatura alemães em mínimas de 79 meses. Esse é um índice antecipatório de atividade econômica, que tende a informar sobre o que pode vir no futuro. O susto vem de ser associado à recessão. Não é possível afirmar nada com certeza, pois não é uma relação de causa e efeito. Até que recentemente, o índice de gerentes de compras (PMI) chinês bateu todas as estimativas, em seu maior ganho desde março de 2012. Um bom dado, em meio a incertezas de guerra comercial e fraco consumo doméstico.

O Brexit Inglês segue extremamente complicado, com Theresa May no quarto voto sobre o acordo, enquanto distintas moções são apresentadas dentre as fortes rivalidades no Parlamento. Os caminhos ainda são muito incertos e o mesmo se pode dizer para o preço da Libra esterlina e os fluxos de comércio e serviços, especialmente nas duas Irlandas.

Nos Estados Unidos, o Federal Reserve (o Banco Central americano) manteve a meta da taxa de juros na banda de 225 a 250 pontos. Jeremy Powell, presidente do FED, sinalizou que não haverão mudanças em 2019, em contraste com dezembro de 2018, quando havia a possibilidade maior de cortes, em torno de 40%. Hoje a probabilidade de manutenção das taxas é de 95%, segundo o Fed Watch Tool.

Se é fato que as bolsas americanas tiveram um mês de dezembro de 2018 horroroso, elas vêm tendo ótima performance desde o início deste ano.

* O S&P 500 é o índice que reúne as 500 maiores empresas listadas nas bolsas americanas.

Bolsas americanas vão muito bem. O primeiro trimestre do S&P 500 é o melhor desde 2009.

S&P 500 Março

S&P 500 1º Trimestre

+1,79 %

+14 %

Performace dos fundos da WarrenNossos fundos performaram bem em março. Nosso fundo de Crédito Privado bateu 109,77% do CDI e segue na missão de entregar retorno superior à renda fixa tradicional, com liquidez em dois dias.

Agora em abril, vamos lançar um novo produto, com estratégia focada em buscar 180% do CDI. A ideia é reunir as melhores mentes dos multimercados para você diversificar entre estratégias quantitativas, sistemáticas, e também discricionárias macro.

Mas não podemos falar muito sobre essa novidade agora! Mais detalhes você vai ver no Warren Day, no dia 16 de abril, no nosso canal do YouTube.

Importante: em março, não fizemos troca na alocação das carteiras. Tínhamos aumentado a alocação em bolsa brasileira nos portfólios mais arrojados e mantivemosessa decisão.

Entendemos que a possibilidade de valorização da bolsa brasileira frente à americana nos próximos anos é maior.

Nossa missão é entregar produtos que unem boaperformance e liquidez

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Warren Brasil Fundo de Investimento em Ações

Nosso fundo de ações vem aproveitando o bom momento da bolsa brasileira, embora a volatilidade neste mês tenha levado um pouco o crédito. O fundo teve uma leve queda de 0,46% no mês. Estamos com algumas novas operações que tenderão a otimizar nossos ativos em carteira. Estimamos um aumento de alguns basis points de retorno por conta dessas melhoras, e a projeção é que a gente consiga reduzir as perdas quando o mercado eventualmente sofrer oscilações. Saiba mais.

Warren USA Fundo de Investimento Multimercado

Tivemos um “descolamento” temporário entre o contrato de S&P que nosso fundo compra e o retorno do S&P 500, por conta de rolagem do contrato que irá se compensar nos próximos meses. Se observar em um período maior, você verá que o nosso fundo está 2% acima do benchmark: 7,85% do Fundo contra 5,36% do S&P 500. Saiba mais.

O mais bacana é que o nosso retorno acumulado, desde o início do fundo - em maio de 2018 - é de 17,74% contra 14,10% do Ibovespa

Warren FIC Renda Fixa Crédito Privado Longo Prazo

Novamente tivemos um mês de ótima rentabilidade para o nosso Fundo de Crédito Privado, que apresentou 109,5% do CDI de rentabilidade no mês, bem acima do seu objetivo que é 108%. O mercado de crédito privado ainda continua bem aquecido, com perspectiva ótima para o ano.

Este produto apresenta ótima rentabilidade, com resgatede apenas 2 dias úteis e muito pouca oscilação. O mercado de crédito privado secundário vem ganhando muita liquidez e mais transparência nos últimos anos, o que é muito positivo. Saiba mais.

Warren 1 Fundo de Investimento Renda Fixa Simples

Nosso fundo de renda fixa simples, pós-fixado, rendeu 97,97% do CDI neste mês. Ele segue a sua estratégia de buscar retorno próximo a 100% do CDI e com resgate no mesmo dia. É um produto bom para objetivos decurtíssimo prazo.

Leituras recomendadasA performance de 2018 dos maiores fundos de renda fixa do país é assustadora: https://papodegrana.com/a-performance-de-2018-dos-maiores-fundos-de-renda-fixa-do-pais-e-assustadora/

Como e por que investir em açõesamericanas?https://papodegrana.com/como-e-por-que-investir-em-acoes-americanas/

Gestor da moda não significa melhores resultadoshttps://papodegrana.com/gestor-da-moda-nao-signifi-ca-melhores-resultados/

Qualquer dúvida que tiver sobre o seu portfólio, pode entrar em contato com a nossa equipe pelo e-mail [email protected].

Um abraço,Equipe Warren

Rentabilidade passada não representa garantia de rentabilidade futura. A rentabilidade divulgada não é líquida de impostos. Fundos de investimento não contam com a garantia do administrador, do gestor, de qualquer mecanismo de seguro ou fundo garantidor de crédito. Os fundos de Crédito Privado, Ações Brasileiras e Ações Americanas têm menos de 12 meses. Para avaliação da performance de um fundo de investimento, é recomendável a análise de, no mínimo, 12 meses.