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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA E INICIAÇÃO À DOCÊNCIA- PIBID
UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAÍBA
SUB-PROJETO GEOGRAFIA
ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO SÃO SEBASTIÃO
PROFESSORA COORDENADORA: Prof.ª Dr.ª JOSANDRA ARAÚJO BARRETO DE MELO
PROFESSOR SUPERVISOR: GIUSEPP CASSIMIRO DA SILVATURMA DE ATUAÇÃO:
BOLSISTA PIBID: GIOVANA TAVARES LOPES
ESTRATÉGIAS METODOLÓGICAS PARA ANALISE E COMPREENSÃO DOS CONTEÚDOS FISICO-NATURAIS DA GEOGRAFIA
CAMPINA GRANDE-PBFEVEREIRO-2016
1. INTRODUÇÃO
O estudo e compreensão dos conteúdos nas aulas de geografia no decorrer do
processo de ensino-aprendizagem incorpora diferentes articulações entre as
possibilidades em propor uma aula dinâmica, participativa onde o compartilhamento de
conhecimentos e experiência torna-se o objetivo principal. Desse modo muitas analises
acerca dessas proposições são necessárias para que essas estratégias sejam disseminadas
no âmbito escolar, trazendo contribuições efetivas para a minimização das rotulações
acerca do aspecto enfadonho da geografia relacionada ao tradicionalismo presente no
contexto de seu ensino.
O espaço geográfico em suas variáveis dimensões é caracterizado por complexas
relações entre a sociedade, espaço e natureza. A interpretação dessas relações recebe
ressignificações decorrentes de estudos e analises concernentes ao espaço e suas
apropriações, sempre relacionadas a perspectivas de poder, disseminação de ideologias
e propagação de exclusão no contexto da sociedade e suas apreensões do espaço.
Nesse sentido compreender o espaço e os fenômenos que nele se encenam, torna-se
efetivamente necessário, no tocante a estabelecer maiores analises e aproximações entre
os conteúdos explícitos nas aulas de geografia e o cotidiano dos alunos. Os aspectos
físico-naturais relacionados aos conteúdos revelam uma expressiva importância e
necessitam de ressaltas e abordagens que tornem os conteúdos significativos no
concernente a aprendizagem.
Diante dos processos de renovação das bases filosóficas da geografia, muitas
analises foram expressivamente postas em uma perspectiva de reflexão e atuação, nesse
contexto cresce o interesse em expandir os estudos sobre o meio e dessa forma
correlacionar os variáveis fenômenos que ocorrem no espaço a vivencia da sociedade.
Mesmo diante do prevalecimento de práticas mnemônicas tradicionais que persistem no
âmbito do ensino de geografia, surge a necessidade de pensar a implementação de
estratégias metodológicas que objetivem, contribuições e maiores compreensões acerca
dos conteúdos físico-naturais no ensino da geografia.
Baseando-se nas abordagens enfatizadas diante das discursões postas até então,
se repensa a busca por novas estratégias de ensino da geografia articulada à realidade.
Por meio dessas contribuições é obtido o ponto de partida para o trabalho do bolsista
PIBID, na E.E.E.F.M. SÃO SEBASTIÃO, Campina Grande-PB, tendo em vista que
todas essas colaborações são importantes para o desenvolvimento de mais projetos
voltados para a temática, para a formação inicial do bolsista e aprofundamento de
conteúdos e inserção na formação continuada pelo professor supervisor.
2. FORMULAÇÃO DO PROBLEMA
As práticas educacionais relacionadas a geografia, são continuamente postas em um
sentido de mudanças e adaptações referentes a necessidade de compreensões acerca da
importância dessa ciência, para a analise do espaço e seus múltiplos contextos. No
entanto ressalta-se a importância de por meio do ensino, criar incorporações de
estratégias didáticas que internacionalizem a significação dos conteúdos, bem como a
desmistificação de concepções mnemônicas que circundam a geografia, que em grande
parte é tida como uma disciplina de caráter decorativo, enfadonha e pouco significativa
no concernente ao cotidiano dos alunos e demais integrantes da sociedade.
Tais concepções sobre o caráter monótono da geografia, são evidenciadas
mediante as analises dos alunos, que vivenciam em suas trajetórias escolares, a
aprendizagem pouco proveitosa no âmbito das ciências não apenas a geográfica. As
analises dos questionários de diagnósticos aplicados na turma de atuação, comprovam
essas ressaltas, principalmente no referente à geografia física. Desse modo o interesse
pelas aulas de geografia está em grande parte articulado a maneira como se processam
as dinâmicas de aula, a forma de exposição de conteúdos e se existe a preocupação em
traçar dinâmicas e projetos, cujos objetivos seja propor novas aquisições de
conhecimentos que não se restringem apenas ao livro didático, mas que ampliem a
capacidade de aprender além dos conteúdos orientados.
No entanto a reflexão sobre as concepções acerca da disciplina, tornam-se
necessárias no tocante ao estabelecimento de propostas, que versem sobre a cooperação
e observância em instaurar em sala de aula, estratégias que objetivem tornar o
conhecimento geográfico proveitoso e caracterizador de pesquisas voltadas para a
problematização e compreensão dos conteúdos da geografia física, que remetem-se a
natureza e influencia da sociedade em suas moldagens. Assim como a aproximação
entre o ensino e realidade vivenciada pelos alunos.
Para tanto, no sentido de compreender essas múltiplas concepções, as observações
das aulas também são importantes no concernentes a analisar as posturas, participações
e anseios pelos aportes oferecidos pela geografia. Nesse sentido, reflexões vão
tornando-se necessárias, no objetivo de propor e implementar recursos, que tornem as
aulas de geografia mais ampliadoras de conhecimento e de articulações entre os
fenômenos físicos e o cotidiano da sociedade, influencias, problemas e propostas
alternativas de soluções.
Na tentativa de compreender as características do espaço geográfico em suas
proporções físicas e humanas, muitas possibilidades são discutidas e atuarão no sentido
de somar a aprendizagem da geografia. Por tanto havendo a colaboração de toda equipe
em aula, muitas possibilidades surgem juntamente com as curiosidades e
questionamentos a respeito dos conteúdos, isso torna o projeto promissor. Por meio de
bases constituídas em meio a intenção de conhecer além toda proposta renderá
superações e minimizações de concepções cercadas pelas marcas da memorização como
ferramenta de conhecimento e avaliação.
3. OBJETIVOS
Geral:
Colaborar com o processo de construção de conhecimentos acerca da geografia, bem
como melhorar a aprendizagem acerca da geografia física, tais contribuições serão
resultantes da utilização de estratégias didáticas, que sejam capazes de alcançar os
objetivos de construir representações leituras e compreensões sobre os fenômenos
físicos que influenciam no cotidiano social.
Específicos:
Relacionar os conteúdos geográficos com os espaços vividos dos alunos;
Cooperar com o desenvolvimento de estratégias que ampliem a capacidade de
percepção dos aspectos físico-naturais da geografia.
Identificar continuamente, as lacunas existentes no conhecimento geográfico e
refletir sobre alternativas que visem à superação dessas dificuldades, ampliando o
aprendizado e despertando novos olhares críticos e compreensivos em relação aos
conteúdos.
JUSTIFICATIVA
A necessidade analisar a dinâmica do espaço geográfico se torna cada vez mais
abrangente, para que novas possibilidades de compreensão sejam constituídas pelos
alunos. A relação entre a sociedade e natureza no espaço é representada por diferentes
sujeitos, apropriações e problemas. Desse modo a utilização de estratégias didáticas que
propõem a analise dos diversos aspectos que compõem a realidade desses espaços,
representa uma contribuição significativa para os estudos geográficos e o conhecimento
sobre os aspectos físicos tratados pelos conteúdos geográficos.
A analise entre os aspectos físico-naturais presentes no espaço evidencia-se
como precisa, no sentido de induzir reflexões sobre a articulação entre essas temáticas e
a sociedade. Haja vista a colaboração para a desmistificação dos aspectos decorativos
atribuídos ao ensino dos fenômenos físicos que compõem o estudo da geografia. Por
meio da reflexão das referidas articulações e compreensões, o ensino de geografia
poderá proporcionar contribuições expressivas relacionais a formação de cidadãos
conhecedores e atuantes em seus espaços de vivencia.
No decorrer do desenvolvimento do projeto muitas colaborações advindas do
uso de estratégias didáticas, irão influenciar na construção de um conhecimento mais
amplo para os alunos. Assim como a presença da Bolsista na escola possibilita muitas
contribuições a medida que também favorece a reflexão sobre as práticas adotadas pelo
professor supervisor. Concomitantemente, por meio das colaborações em conjunto
novas perspectivas de aprendizagem são viabilizadas, em meio às práticas em sala de
aula.
4. CARACTERIZAÇÃO DA ÁREA EM ESTUDO
A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Sebastião, localiza-se na
Rua Estelita Cruz, bairro do Alto Branco em Campina Grande-PB, a escola possui um
corpo discente formado por alunos de diversos bairros da cidade, onde estudam no turno
da manhã e tarde, na modalidade de ensino de nível fundamental e médio.
Figura 1: Localização da Escola São Sebastião
Fonte : Google Earth (2012)
A escola São Sebastião foi fundada a mais ou menos 50 anos atrás, a escola desde
esse período já apresentava um número considerável de alunos cerca de 407, distribuídos
entre a 1° e 4° série, posteriormente a escola passou a ter um número cada vez maior de
alunos. A partir do ano de 1986 a escola obteve a nomeação de Escola Estadual de 1º
grau São Sebastião. As séries existentes até então ainda eram insuficientes para atender a
demanda de alunos, por isso no ano de 1994 foi criado o ensino do 2º Grau, através do
decreto nº 16.112, publicado no Diário Oficial do estado da Paraíba, do dia 23/04/1994.
Com a criação do 2° grau, tornou-se necessário uma área maior, no entanto para
atender a grande demanda de alunos a escola foi transferida para uma parte do seminário
do Alto Branco, permanecendo até o ano de 1997. A partir de 1998 a escola passa a
funcionar em seu próprio prédio, atualmente a escola conta com mais de 1500 alunos
distribuídos entre as modalidades de ensino fundamental e médio.
A escola mesmo estando localizada em meio a uma área nobre da cidade atende a
um contingente de alunos em sua grande maioria de baixa renda, sendo estes moradores
de outros bairros da cidade e de municípios vizinhos. O trabalho do professor supervisor
também colabora de maneira expressiva, contribuindo para a organização das aulas e
desenvolvimento dos projetos vinculados ao programa. A escola busca por meio do
intermédio de suas práticas contribuírem para a consolidação de um ambiente harmonioso
onde o ensino e aprendizagem sejam os objetivos da educação.
Figura 2: Alunos do “1° ano A” tarde, durante uma atividade relacionada à Cartografia.
Fonte: LOPES, Giovana Tavares.
Considerando a atuação da equipe PIBID na escola, muitas possibilidades de
inovações tornam-se significativas, ampliando as perspectivas de integração dos alunos
com toda comunidade escolar. Estabelecendo parcerias com o meio acadêmico, as
equipes envolvidas nos programas e os demais estagiários, possibilita a constituição de
um ensino mais abrangente, onde novas leituras de mundo se visualizam nas práticas
desenvolvidas pelos profissionais envolvidos no processo de educação da escola.
5. REFERENCIAL TEÓRICO
Considerações acerca da importância dos conteúdos físico-naturais na geografia.
A geografia brasileira institucionalizou-se no século XX, tendo contribuições da
Universidade de São Paulo, do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística, desde então
a ciência geográfica passa por uma trajetória de renovações, baseadas em concepções
teóricas que buscavam a analise dos fenômenos e processos desenvolvidos no âmbito da
natureza e sociedade.
Por entre as reformulações e concepções acerca do estudo da ciência geográfica,
as analises dos elementos físicos, estiveram presentes em grande parte das hipóteses e
discursos de geógrafos e estudiosos. Os conteúdos físicos sempre estiveram de forma
mais abrangentes nas escolas, e de certa forma, fortes influencias do caráter descritivo
da geografia física nas escolas, remete-se as abordagens contidas na geografia dos
militares (BRABANT, 2010).
O discurso descritivo e de caráter pouco explicativo, permanece enaltecendo sua
minimizações concernentes a preocupação em sistematizar uma maior abrangência e
enfoque acerca de determinado conteúdo, principalmente os relacionados a geografia
física. Essa falta de analises e maiores interpretações, fortalecem a prevalência de
concepções decorativas relacionadas a geografia. Os alunos se vêem diante de uma falta
de estimulo em compreender e atuar sobre determinada realidade por meio do
conhecimento mais expressivo dos conteúdos que relacionam-se com suas vivencias
cotidianas.
Nesse sentido, atuando na proposta de expandir as abordagens relacionadas aos
conteúdos relacionados ao meio físico, ressalta-se a necessidade de adicionar novas
perspectivas de compreensões e expressividade de um ensino, que seja capaz de atrair as
potencialidades reflexivas dos alunos, bem como o fortalecimento de suas
conscientizações, para posterior atuação concernente aos problemas que são verificados
em suas escolas e em suas próprias comunidades.
As propostas de atuação, frente aa realidade dos espaços devem ser estimuladas,
no âmbito de todos os conteúdos, por meio da articulação entre sociedade e natureza.
Por meio da compreensão dessa correlação, torna-se viável o esforço em incorporar
visões otimistas e complementares ao desejo em investigar e criar subsídios capazes de
ampliar as discussões referentes aos problemas continuamente observáveis no contexto
do espaço geográfico em sua totalidade.
Desse modo o ensino de geografia deve basear-se em uma perspectiva de
identificação, problemetização, cura e prevenção diante dos problemas relacionados ao
meio físico e humano, pois de acordo com Wettstein:Como ocorre na medicina, creio que também em nossa disciplina deve-se
exercitar, ao mesmo tempo, a geografia “curativa” e a geografia
“preventiva”. Através da primeira cuida-se dos males do desconhecimento
sobre os meios físico, humano e econômico que nos rodeiam; por isso é
necessário continuar explicando incansavelmente como funcionam dos
processos geomorfológicos, qual é a interação entre fatores e elementos do
clima, em que consiste o “espaço dividido” e os dois circuitos das
sociedades urbanas, quais são as determinantes do equilíbrio ecológico em
escala regional e mundial, o que é geografia do desenvolvimento
(WETTSTEIN, 2010, p. 125).
Seguindo as propostas citadas anteriormente, o ensino da geografia pode pautar-
se diante da construção de uma aprendizagem consciente e integradora de relações entre
os conteúdos e a realidade que se vivencia. Haja vista as possibilidades em compreender
as correlações entre os aspectos naturais e humanos, suas contribuições, consequências
e planejamento atuante frente aos problemas que são incorporados em meio a sociedade,
economia e natureza. A aprendizagem desse modo passa a ser significativa e não
resumida apenas a meras descrições de caráter simplório.
Professores e alunos devem atuar no sentido de construir um ensino e
aprendizagem significativo, que abarque analises consistentes sobre os aspectos físicos
da geografia. De forma geral o ensino do meio físico sempre remete-se abordagens
reduzidas e muitas vezes minimamente estabelecedoras de enfoques baseados em
analisar a importância dos diversos elementos presentes na geografia física, para a vida
das pessoas, condições econômicas, evoluções históricas e perspectivas de futuro.
O espaço geográfico em suas contextualizações necessita de analises
expressivamente comprometidas em compreender como se processam e se estruturam as
dinâmicas sócias e naturais no âmbito de um espaço. “[...] para o professor de geografia
é essencial compreender a maneira como o espaço é organizado e estruturado, mas
igualmente, é essencial compreender como ele aparece ou desaparece para os alunos “
(KIMURA, 2008, p. 129).
Entretanto, observa-se por meio das ressaltas, que o ensino de geografia envolve
um expressivo contingente de abordagens que sempre articulam os diversos, aspectos do
espaço geográfico. Desse modo compreender como as relações se condicionam é
primordialmente necessário, para que se compreenda as demandas as sociedade, suas
influencias para com a natureza e os problemas que circundam os modos de viver,
principalmente nos grandes centros urbanos.
A sala de aula caracteriza-se como sendo um espaço de compartilhamento de
conhecimentos e de construção da aprendizagem. Nesse sentido, é necessário que o
professor atue no sentido de tornar o conhecimento importante e constituinte de uma
inserção no cotidiano dos alunos. Para tanto se entende que todos os conteúdos que
compõem o currículo da disciplina de geografia, são passiveis de problematizações,
compreensões e inserções de estratégias que objetivem seu maior entendimento.
Concomitantemente, é verificável também, a predominância dos conteúdos
relacionados aos aspectos físicos, no entanto é mínima a verificação de suas abordagens
significativas no âmbito do ensino. Tal fato remete-se a problemática que circunda a
maioria dos conteúdos abordados na geografia, a contingente permanência da simplória
descrição reduzida a técnicas de memorização dos aspectos estudados. Isso resulta em
uma falta de incentivo e anseio por obter maiores conhecimentos a respeito da
disciplina.
Na tentativa de propor a minimização dessas concepções menomicas que são
atribuídas a geografia, o planejamento e execução de projetos que visem a superação de
problemas existentes no âmbito da disciplina e da escola são válidos, assim como afirma
Castrogiovanni: Por outro lado, a linguagem geográfica apresenta características que
precisam ser consideradas, tanto quanto possível, como fonte de explicação
para as dificuldades que os alunos possam vir a ter na sua compreensão,
como para planejar movimentos pedagógicos que facilitem o processo
interativo. Nesse sentido, nosso objetivo é focar experiências pedagógicas
que procuram oferecer (trocar!) oportunidades de significação para alunos
que, muitas vezes, são socialmente desacreditados e que desacreditam no
possível papel social da escola (CASTROGIOVANNI, 2007, p. 42).
Desse modo é possível construir reflexões relacionadas a importância da atuação
de projetos que objetivem a desmistificação de concepções negativas concernentes a
geografia. Haja vista a necessidade de estabelecimento por parte do professor, de um
incentivo a pesquisa, a explicação e problematização dos conteúdos em consonância
com a instrumentalização de princípios de cidadania, noções de sustentabilidade e
estímulos a visões articuladoras dos fatores naturais e humanos que regem o espaço
principal objeto de estudo da ciência geografia.
Eminentemente, que por meio da necessidade dessas inserções estratégicas no
ensino, as possibilidades de aprendizagem alcançam níveis satisfatórios, somando-se
inda as contribuições para uma formação complementar dos professores e demais
integrantes do contexto educacional da escola. A próxima etapa de a discussão ira
basear-se na perspectiva de incorporar elementos positivos relacionados a utilização de
práticas prazerosas no ensino da geografia, em investigação e busca por compreensões
acerca das temáticas físicas e suas articulações com a sociedade em um toldo.
Construindo a significação dos conteúdos mediante a inserção de práticas
prazerosas de ensino
O ensino de geografia em suas múltiplas dimensões e referenciais de abordagem,
envolve contingentes aportes de ensino, que caminham desde a manutenção de aspectos
meramente tradicionais de ensino, até a inovação proposta baseada na reflexão e
atuação mediante o desenvolvimento de aulas que propõem o objetivo em expandir as
abordagens, criar expressivas problematizações e desse modo contribuir para a
formação docente e aprendizagem dos alunos que compõem o espaço escolar.
A constituição de uma aprendizagem que alcance os objetivos esperados diante
da compreensão dos conteúdos, pode basear-se em uma proposta de articulação entre
todos os eixos temáticos que compõem o estudo da geografia, socializando concepções
e refletindo possibilidades de caracterizar um ensino que promova interligações entre
todos os aspectos que compõem o espaço geográfico, esse concretiza-se como um dos
referenciais da geografia.
Seguindo essas analises é possível assimilar o direcionamento da escola no
sentido de fazer uso de diferentes abordagens que ressaltem a importância da
organização e visões articuladoras de mundo, criando desse modo uma leitura de mundo
integrante de várias possibilidades de reflexões acerca da realidade seja ela em uma
escala global ou local (PONTUSCHKA, 2009).
Conforme a apresentação das intencionalidades em construir uma aprendizagem
geográfica significativa, o trabalho desenvolvido mediante as intervenções advindas dos
projetos na escola, contribuem para a ampliação de pesquisas e desenvolvimento da
aprendizagem acerca dos conteúdos geográficos.
Como mecanismos de retomada da atratividade das aulas de geografia, a
pedagogia de projetos constituem amplas possibilidades de criação e desenvolvimentos
de práticas de ensino. Nesse sentido compreende-se que: “ O trabalho com projetos é
uma proposta pedagógica que promove a aprendizagem a partir da investigação. Esta
concepção inclui ações que valorizam a integração e contextualização das
aprendizagens” (GOULART, 2013, p. 398).
No entanto, mesmo diante da atuação decorrente da participação no processo de
inserção de novas estratégias didáticas no ensino de geografia, ainda existe a
necessidade de direcionar a reflexão sobre a importância do dialogo e sistematização do
trabalho coletivo em sala de aula. Haja vista a compreensão de que o ensino de
geografia, bem como o entendimento das relações de se dinamizam no espaço
geográfico, não podem ser analisadas mediante os enfoques apenas do professor. O
conhecimento não é estagnado, nem tão pouco livre de adaptações e influencias dos
mais diversos meios de comunicação que circundam a sociedade no contexto atual da
globalização.
A consciência sobre os aspectos que compõem o espaço geográfico, é verificada
como imprescindível para que se articulem perspectivas de problematizações e
atuações, isso constrói uma aprendizagem geográfica capaz de, romper com as
concepções monótonas e de enciclopedismos na abordagem da geografia física e
humana. Para isso o compartilhamento continuo de experiências e discussões sobre
novas propostas de compreensão dos conteúdos devem ser consideradas, no sentido de
desenvolver um trabalho em sala de aula dialogando e investigando os conteúdos
geográficos em suas amplas abrangências.
Mudanças e adaptações referidas a prática do ensino da geografia evidentemente
merece enfoques e analises, que visem o expressivo crescimento do conhecimento
geográfico. Professores e alunos devem caminhar na objetividade a atuação de novas
estratégias que visam a otimização do ensino. Desse modo: “[...] É preciso haver uma
mudança metodológica que altere a relação professor-aluno, relação esta que, via de
regra, continua fria, distante e burocrática. É preciso haver também uma postura
renovada de maior diálogo, não só entre professor e aluno, mas com o próprio
conhecimento” (KAERCHER, 2010, p. 222).
As propostas didáticas que são passiveis de complementação e auxilio nas aulas
de geografia, são consideradas como ferramentas importantes e sistematizadoras de
maiores entendimentos acerca dos conteúdos e suas temáticas que compõem o espaço
geográfico em sua totalidade de abrangência. Não se pode poupar o emprego de
diferentes recursos que viabilizem um trabalho produtivo e integrador de
conhecimentos.
É preciso superar os frequentes hábitos de desenvolvimento de aulas monótonas
e com poucos enfoques no âmbito dos conteúdos. Entende-se que a geografia é
considerada uma disciplina favorecida pela junção de diversas abordagens que
envolvem a sociedade, natureza, meio ambiente, politica, economia entre outras
temáticas que favorecem contingentes problematizações e correlações com o cotidiano
dos alunos.
No intuito de redobrar esforços em tornar significativo o ensino da geografia,
são insurgentes as inserções de diferentes linguagens que possibilitem a dinamicidade e
compreensão das temáticas abordadas, no entanto de acordo com Filizola e Kozel: Embora a exposição dialogada, o uso do quadro de giz e a lida com o livro
didático sejam bastante empregados em nosso cotidiano escolar, não
podemos negar que outros recursos devem ser utilizados. Mais do que isso,
julgamos da máxima importância a presença de múltiplas linguagens nas
aulas de geografia, bem como nas aulas desenvolvidas por todas as
disciplinas (FILIZOLA; KOZEL, 2009, p. 26).
Concomitantemente, entende-se que a inserção de novas propostas didáticas
como possibilidades de compreensão e ênfase nas abordagens dos conteúdos, remete-se
a uma predominante importância correlacionada ao auxilio referente a maiores
explicitações dos conteúdos da geografia física principalmente, e suas articulações com
os aspectos sociais. Por meio dessas junções concebe-se maiores problematizações e
atuações frente as possibilidades de intervenção junto a realidade vivenciada
cotidianamente.
O ensino de geografia deve oferecer subsídios para a compreensão do espaço
geográfico em suas múltiplas contextualizações. Propostas alternativas como as referentes a
projetos baseados no uso de metodologias remontam um potencial enriquecedor de
conhecimentos sobre a geografia em seu amplo contexto seja ele físico, humano e suas
correlações. A investigação e inquietação diante dos fatos relacionados à realidade
constituinte do espaço geográfico são aspectos propositivos de ações e pesquisas que
objetivem o conhecimento das estruturas que compõem o espaço e suas características.
A articulação entre um projeto baseado no uso de estratégias didáticas e as aulas de
geografia abrem novas perspectivas de aprendizagem e interação durante as aulas. A
utilização e analises de diferentes recursos tornam o projeto promissor, condicionante de um
entendimento do espaço geográfico em confluência com o cotidiano dos alunos. O ensino de
geografia desse modo pode proporcionar expressivas dinâmicas construtoras de aprendizagem
e compartilhamento de conhecimentos, além de estimular a atuação diante dos problemas
presentes no espaço e conscientização da cidadania.
METODOLOGIA
Por meio da observação e avaliação de perfil da turma, espera-se que o projeto a
ser desenvolvido torne propicia uma aprendizagem significativa e instigante no que
concerne a articulação entre as metodologias a serem usadas e os conteúdos
geográficos. Com a participação dos alunos e o apoio do professor supervisor, a atuação
do bolsista possibilitara um trabalho oportuno, onde os conhecimentos envolvidos no
desenvolver do projeto serão colocados em confluência com os saberes e vivencias
cotidianas dos alunos.
Todas as estratégias vinculadas ao projeto se farão representativas de acordo
com cada conteúdo referente ao 1°ano do ensino médio. De forma a unir cada proposta
à realidade e analise do espaço geográfico em seu contexto físico e relacional com os
aspectos sociais, principalmente em ressaltas ao cotidiano dos alunos.
No âmbito do presente projeto pretende-se trabalhar com o objetivo de
evidenciar, questionar e analisar os conteúdos e suas relações de composição do espaço
geográfico em uma perspectiva histórica e atual, valorizando as experiências cotidianas
dos alunos e suas identidades com o lugar onde habitam. Para a realização desse projeto
a intenção e fazer uso de metodologias baseadas na utilização de recursos como:
Vídeos;
Imagens;
Filmes;
Mapas;
Jogos;
Produções discentes.
O uso desses recursos em articulação com demais estratégias será variável de
acordo com os conteúdos trabalhados, sendo necessário todo um planejamento para que
se obtenha respostas positivas no correspondente ao aprendizado do aluno e ampliação
dos conhecimentos relacionados a geografia em suas contextualizações sociais e
naturais.
RESULTADOS ESPERADOS
Durante a observação das aulas e analise dos questionários diagnósticos
aplicados junto a turma de atuação, verifica-se que ainda existem muitas lacunas
referentes ao conhecimento de alguns conteúdos geográficos, portanto torna-se
necessário a inserção de diferentes estratégias metodológicas nas aulas de geografia no
proposito principal de dar sentido às aulas e articular os conteúdos as experiências
trazidas pelos alunos em seu cotidiano.
Para tanto espera-se que por meio das utilizações das metodologias e recursos no
projeto, sejam caracterizadas satisfatórias construções de conhecimentos relevantes a
caracterização de noções de cidadania e entendimento dos processos que regem a
dinâmica dos espaço geográfico.
Espera-se também que no decorrer da realização do projeto, haja a colaboração
entre todos os alunos, professor, bolsista e demais funcionários da escola. Que
contribuições positivas possam ser trazidas e que no final os alunos possam ter
desenvolvido uma compreensão mais ampla no sentido de analisar e refletir sobre seus
próprios espaços de convívio, e os problemas, conflitos e mudanças de relações sociais
com o meio físico dentre uma analise em uma dimensão local e global.
REFERÊNCIAS
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WETTSTEIN, Germán. O que deveria ensinar hoje em geografia. In: OLIVEIRA, Ariovaldo U. de. (Org.). Para onde vai o ensino de geografia?. 9° ed., 3° reimpressão-São Paulo: Contexto, 2010.
KIMURA, Shoko. Geografia no ensino básico: questões e propostas. São Paulo: Contexto, 2008.
CASTROGIOVANNI, Antonio, C. Para entender a necessidade de práticas prazerosas no ensino de geografia na pós-modernidade. In: ___________; REGO, Nelson, et al. Geografia: Práticas pedagógicas para o ensino médio. Porto Alegre: Artmed, 2007.
GOULART, B. L. Pedagogia de projetos em geografia: deslocamentos que impulsionam ou imobilizam a construção de conhecimentos. In: ALBUQUERQUE, A. de S.; FERREIRA, A. de S. (Orgs.) Formação, Pesquisa e Práticas Docentes: reformas curriculares em questão. João Pessoa: Editora Mídia, 2013. (pp.395-430). PONTUSCKA, Nidia N. Para ensinar e aprender geografia.____________; Tomoko Lyda Paganelli, Núria Hanglei Cacete. 3ª ed. São Paulo: Cortez, 2009.
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PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO, Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio São Sebastião. Campina Grande, Paraíba, 2011.