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Quem somos? Porque somos? Para onde vamos? Quando você tiver as respostas sua vida vai mudar radicalmente. Roberto Felippe Maria QUEM SOMOS? PORQUE SOMOS? PARA ONDE VAMOS? Quando você tiver as respostas sua vida vai mudar radicalmente. __________________________________________

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Quem somos? Porque somos? Para onde vamos? Quando você tiver as respostas sua vida vai mudar radicalmente. Roberto Felippe Maria

QUEM SOMOS?

PORQUE SOMOS?

PARA ONDE VAMOS?

Quando você tiver as respostas sua vida vai mudar radicalmente.

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O homem é capaz de transformar a matéria em tudo aquilo que deseja e necessita. É capaz igualmente de transformar energia, para obter calor, luz, armas, enviar dados e para uma infinidade de outros usos.

A ferramenta mais sensacional que o homem possui é o poder de transformar tudo através do desejo e do pensamento.

Aprenda a utilizar o pens amento para transformar seu mundo. Desemprego, fome, violência, desamor, ódio, falta de moradia e carências de toda espécie nascem, antes de mais nada, no próprio pensamento.

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Aprenda a canalizar seu pensamento e obtenha tudo o que desejar. É um direito seu. É uma lei do Universo!

Roberto Felippe Maria

Direitos Autorais Reservados. Esta obra não pode ser copiada no seu total ou em partes sem o prévio consentimento do autor. Os infratores serão penalizados na forma da lei.

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INDICE

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1. O autor pelo autor 6 2. Introdução 8 3. Ciência ou Religião? O que elas sabem hoje? 10 4. O Nada 12 5. A constituição do Nada 14 6. O Pensamento-Maior, a Mente Cósmica e as interferências 16 7. O primeiro mecanismo físico 18 8. Constituição, natureza e leis do primeiro mecanismo 20 9. Primeiro mecanismo como base para os demais 21 10. Espaço, Tempo e Relatividade 23 11. A Lei das Massas e a grande aglomeração 26 12. O Big-Bang 27 13. A transformação da Energia Prima e do Pensamento- Maior nas demais energias 29 14. As galáxias, estrelas, planetas e demais sólidos 31 15. A Luz e sua natureza 34 16. Quem somos, afinal? 37 17. Virtualidade e Realidade 41 18. A experimentação e a comprovação da verdade 43 19. Presente, Passado e Futuro – Onde estamos? 45 20. A natureza cíclica da energia e da matéria 47 21. O pensamento como ferramenta de criação 49 22. Crer ou não crer – eis a questão 55 23. O trinômio Alegria, Verdade e Amor 58 24. O que realmente somos? 61 25. O Eu e o verbo 63 26. Ser ou Estar – Qual a diferença? 67 27. O cérebro como equipamento transmissor/receptor 70 28. Pensamento – Palavra – Ação 73 29. Como pensar corretamente evitando interferências 79 30. Agradecendo pelo que não se tem! 86 31. A fé e o medo 88 32. O ciclo se repete – até quando? 91 33. Depois dos Experimentos para onde eu vou 93 34. Queira ou não você estará presente na festa final 96

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35. Porque a Bíblia relata a criação de forma diferente? 98 36. Quem é Jesus Cristo neste contexto? 102 37. O Grande Mentor e sua postura diante da criação 107 38. Resumo do Método 109

SEGUNDA PARTE

39. Introdução 115 40. O desígnio das almas 119 41. A genética mental ou genética cósmica 121 42. Características genéticas da alma 124 43. O nascimento do Ego 126 44. Auto Análise 129 45. Gabarito de Resultados da Auto Análise 139 46. Palavras Finais 140

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Agradecimento

Agradeço à Deus por abrir meus olhos e o meu entendimento com relação às Suas verdades.

Agradeço à Deus pelo sucesso que este livro tem feito entre aqueles que a ele tiveram acesso.

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Agradeço à Deus pela facilidade que tenho encontrado para divulgá-lo e que ao mesmo tempo me permite divulgar Seu Nome e Seu fabuloso

sistema.

Roberto Felippe Maria

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O AUTOR PELO AUTOR

Nasci e me criei em meio à uma miscelânea religiosa. Meus avós por parte de mãe eram Católicos Ortodoxos, meus avós por parte de pai, Espíritas Kardexistas – de mesa branca, como diziam – minha mãe Católica Apostólica Romana não muito convicta já que frequentava outros cultos e meu pai era daqueles que queria ver para crer. No primário, vivendo num país dito católico, tive aulas de catecismo e alguns amiguinhos me incentivavam a frequentar a Igreja Católica.

Aos 16 anos de idade comecei a me interessar realmente pelo assunto e passei a frequentar os diversos cultos mais conhecidos na época. Fui em igrejas Batista, do Reino de Deus, Pentecostal, Testemunhas de Jeová, frequentei centros de Umbanda, Candomblé e Quimbanda e lia tudo aquilo que pudesse saciar minha curiosidade mística. Nenhuma religião ou seita conseguia dar respostas precisas às minhas indagações. Evangélicos chegavam ao extremo de dizer que eu estava com Satanás no corpo quando minha curiosidade extrapolava o poder de resposta dos pastores. Não sabendo responder acabavam me agredindo com frases e palavras amedrontadoras. Nos cultos afros passei um bom tempo entre curioso, cético e crente. Curioso pelo misticismo que representavam as incorporações de espíritos que diziam ter o poder de saber e resolver tudo, cético porque não podia comprovar a veracidade daquilo que assistia e porque na maioria das vezes não via a resolução dos problemas que para lá levavam e crente quando alguma coincidência me fazia acreditar que realmente sabiam e podiam tudo. Estudante de

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química desde os 15 anos de idade exigia respostas cada vez mais técnicas e coerentes com a física, matemática, biologia e a própria química e insisti durante anos nesta mal fadada peregrinação até que desisti.

Incansável, na busca de respostas coerentes, comecei procurar outras fontes e nesta busca encontrei a AMORC – Antiga e Mística Ordem Rosa Cruz. A Ordem Rosa Cruz é uma entidade não religiosa e como tal se utiliza de uma metodologia própria onde o neófito é induzido, inicialmente pela curiosidade e pela ânsia de saber, a conhecer, entender, praticar e comprovar as leis Universais. Saciada a curiosidade inicial e já um tanto quanto ciente da capacidade que a Ordem possui para administrar seus ensinos o neófito passa a praticar exercícios cada vez mais complexos que demonstram mais claramente o funcionamento dos mecanismos Universais. A AMORC edita livros fantásticos sobre vários temas místicos já que coleciona em seus arquivos escritos de mais de 3.000 anos de história, fatos e sabedoria humana e muitos destes livros abriram um novo horizo nte para mim e para minha família. O livro “Mansões da Alma” por exemplo, me fez aceitar e entender com clareza o ciclo das reencarnações que até então eu não queria adotar como verdade. Por motivos alheios à minha vontade deixei a Ordem mas continuei lend o muitos livros sobre o assunto que tanto me empolgava e intrigava.

Li centenas de livros de auto ajuda, místicos, religiosos e alguns científicos que serviam de apoio técnico ao entendimento de certos fenômenos. Apesar destas leituras minha vida nunca foi muito promissora. Profissionalmente sofri muita discriminação, no plano

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das amizades, muita decepção, e passei por muitas privações materiais e financeiras que hoje eu entendo como escolhidas e permitidas pelo meu próprio, melhor dizendo, impróprio pensamento.

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Já com 50 anos de idade, diante de uma vida comum, sem grandes progressos materiais e na verdade sem grandes progressos espirituais e diante de uma nova crise financeira que se apresentava fiquei ainda mais perdido. Voltei então, novamente a buscar apoio no plano espiritual já que não sabia mais como dominar a vida material e os relacionamentos com os homens. Nesta altura o que eu queria mesmo era poder saber tudo e dominar tudo, falar com Deus, com os Anjos, com os Santos ou com quem quer que fosse que pudesse me mostrar um caminho melhor. Entretanto nada do que lera até então me mostrava uma maneira de falar com algum ser cósmico que pudesse me dar ajudar. Nesta busca caiu em minhas mãos o livro de Neale Donald Walsch, “Conversando com Deus”.

Tal como eu, Donald passara por situações bastante difíceis e numa dessas ocasiões conseguiu estabelecer contato com Deus. O contato lhe forneceu material para escrever três livros, dois dos quais editados no Brasil. Tais livros caíram-me como uma luva. Li, reli e ainda os releio e descobri que também podia falar com Deus. Até então não sabia como, mas, que felicidade, descobri que podia! Passei a ficar atento, noites e noites a fio, tentando enviar minhas indagações e obter respostas.

Resumindo. Tudo que aqui relato me foi transferido, não verbalmente como muitos esperam que aconteça, mas intuitivamente. Comecei a ver imagens e a cada

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imagem nasciam mais e mais indagações cujas respostas fluíam com extrema facilidade. Resolvi escrever, coisa que nunca havia feito antes e o resultado está aí.

Sinceramente, não alimento expectativas com relação à gostarem ou não. Espero apenas que façam o mesmo. Que este singelo material sirva para alavancar sua coragem de perguntar, de se comunicar e por fim, receber mais verdades, maiores e mais próximas da Verdade Suprema, do que estas que pude receber. Afinal a verdade é uma só e por mais que busquemos estamos ainda muito longe das verdadeiras respostas, não por desmerecimento, mas porque não estamos aptos a entendê-las ple namente.

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INTRODUÇÃO

Fomos criados por um Ser Superior ou somos obras do acaso? Estaríamos sendo vigiados em nossas ações? O pecado realmente existe? Devemos seguir regras de conduta e ética? Quem somos? Por que estamos aqui? Para onde vamos depois da morte? Existem outras vidas ou outros planos de existência? Será que existe mesmo uma justiça transcendental? Por que os injustos muitas vezes conseguem atingir seus desejos e os justos e corretos nem sempre alcançam a realização?

Desde os primórdios da humanidade o homem busca respostas para estas questões e muitas outras mais. Percebendo-se como os animais mais inteligentes e criativos do planeta o ser humano tem necessidade de explicar-se e conhecer melhor suas origens, sua finalidade e seu destino final.

Brancos, negros, amarelos, vermelhos, não importa a raça ou cor, todos têm conceitos religiosos ou científicos cujo intento é explicar e entender nossa presença e permanência no grande e misterioso universo.

Que a vida é curta todos sabemos. No enta nto, ao contrário dos animais irracionais, o ser humano está sempre em busca de riqueza e poder julgando que com tais recursos encontrará a plena felicidade. É prática comum, também, a busca de explicações religiosas que justifiquem ou perdoem seus atos, nem sempre justos ou éticos. Mas afinal, quem definiu justiça e ética?

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Por outro lado cientistas, físicos, químicos, matemáticos, médicos, arqueólogos, biólogos, psicólogos e outros, buscam explicações naturais para justificar nossa existência e a formação de todo universo.

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A ciência explica tudo? Não. A religião explica tudo? Não. Para cada resposta que conseguimos nascem duas ou três outras perguntas e a verdade única parece ficar ainda mais distante a cada nova descoberta num processo que parece interminável.

Esta obra não tem cunho religioso ou científico e também não tem a pretensão de explicar tudo. Sua finalidade principal é dar subsídios suficientes e necessários para que o leitor busque em seu próprio interior respostas cada vez mais satisfatóri as e precisas como vem ocorrendo desde os primórdios da vida humana. Se Deus existe ou não, se somos obras do acaso ou não isto não importa. A única verdade que podemos constatar até então é que todas as questões surgidas foram formuladas pelo homem e foram respondidas pela mente humana o que nos faz deduzir que a fonte de toda sabedoria ou está dentro de nós ou algo desconhecido nos coloca em contato com ela.

O ser humano é na sua grande maioria conservador. Quanto mais avançamos em idade tanto mais conservadores ficamos. Velhos conceitos, regras e hábitos e vícios de pensamento ficam enraizados em nossas mentes o que nos torna cada vez menos abertos a novas idéias. Portanto, sugerimos que ao ler esta obra deixe de lado todo e qualquer conceito preestabelecido e analise cada idéia apresentada com a maior neutralidade possível. Ao final de cada capítulo

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tente compará-lo com seus conhecimentos anteriores, buscando perceber se a nova idéia é ou não mais consistente, mais coerente ou mais explicativa que a ante rior. Pode ocorrer que você intua algo ainda mais coerente que a soma do aqui apresentado e suas certezas anteriores. Com certeza esta sua nova intuição estará ainda mais próxima da grande verdade.

Sempre foi, é e sempre será assim que a humanidade irá se aproximar da única e verdadeira explicação de tudo, ou seja buscando sinceramente dentro de si mesmo.

A ciência, principalmente a astrofísica, busca no espaço sideral, provas da existência de outras civilizações. O homem teme estar sozinho neste imensurável universo. Não aceita ou não quer aceitar a solidão cósmica da humanidade. A maior parte da população do planeta acredita na existência de um Deus ou Criador de tudo. Se pudéssemos estabelecer um contato com seres de outros planetas, com certeza, uma das primeiras perguntas que faríamos é se acreditam em

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Deus e se a resposta for sim, se já provaram Sua existência e se podem manter contato com Ele.

Os primeiros tópicos deste livro podem ser um tanto quanto cansativos, entretanto é impossível explicar coisas complexas sem bases compreensíveis. Faça um esforço para ler os primeiros tópicos pois eles serão muito úteis no entendimento dos mecanismos e do sistema que nos propomos a relatar. Pelo menos durante a leitura, deixe os antigos conceitos e a religiosidade de lado. Depois de ler um ou mais capítulos deixe fluir seu pensamento e procure,

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sinceramente, perceber se nesta nossa proposta existem coerências com a justiça e o amor divinos que sua crença religiosa prega. Na pior das hipóteses acate só aquilo que julga ser verdadeiro e interessante para sua vida. Habitue-se, antes de dormir, expor suas dúvidas e incertezas e aguarde. Mais dia menos dias você terá respostas que surpreenderão. Aceite-as como suas verdades pois, a Verdade Suprema é a soma das verdades de cada indivíduo. Fomos criados sábios e perfeitos entretanto por não nos lembrarmos disso, julgamo-nos menores, motivo pelo qual temos dificuldades para aceitar nosso “eu interior” como sendo o elo de ligação com as energias cósmicas e como capaz de nos proporcionar todas as respostas. Comece agora mesmo a dar ouvidos para suas respostas interiores e descubra que o Universo todo está dentro de você.

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CIÊNCIA OU RELIGIÃO? O QUE ELAS SABEM HOJE?

Ciência e Religião nunca andaram juntas.

Enquanto a ciência tenta explicar o nascimento do Universo através do Big-Bang (ver capítulo específico) a religião prega a existência de um Criador responsável por tudo o que existe.

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Apesar da alta tecnologia, alcançada principalmente na segunda metade do século XX, a ciência ainda não consegue compreender direito muitos dos fenômenos e leis da natureza. Existem muitas lacunas na física, na química, na biologia, na astrofísica e em várias outras matérias. A cada achado arqueológico surgem mais mistérios do que respostas. Cada nova descoberta científica traz consigo mais perguntas que por sua vez exigem respostas cada vez mais complexas. A tecnologia é incansável e não se contenta com o que foi descoberto ou inventado até agora. Impulsionada pelo capitalismo e pelas riquezas que traz, a tecnologia de ponta trabalha, pesquisa e ensaia vinte e quatro horas por dia na busca de novos produtos cuja finalidade é, não só ajudar, mas também conquistar e iludir o homem.

A ciência conhece a existência da energia cósmica que permeia todo o Universo físico mas ainda não conseguiu conhecer sua essência.

Através de sofisticados aparelhos a medicina consegue elaborar gráficos de nossas ondas cerebrais mas a tecnologia ainda não foi capaz de inventar um aparelho capaz de ler, ouvir, transmitir ou decifrar pensamentos.

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A ciência consegue qualificar e quantificar um grande número de energias presentes no Universo tais como energia luminosa, energia elétrica, energia eletromagnética, energia cinética, energia potencial, energia atômi ca, entre outras. No entanto, muitas formas de energia ainda são um grande enigma para os cientistas, incluindo aí, como já dissemos, a energia cósmica e o pensamento.

É fato notório que desde a descoberta do fogo a ciência progrediu enormemente, mas ao que parece, quanto mais respostas encontramos mais e mais dúvidas surgem e mais e mais questões são formuladas, cada vez mais profundas e complexas.

A religião por sua vez sofreu modificações profundas para se adaptar às modernidades de cada época mas muito pouco mudou em dogmas e conceitos. Claro que não se matam mais bruxas, não se queimam mais livros e nem tampouco contesta-se a ciência como em épocas medievais

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mas ainda se conquistam muitos adeptos através do medo, da promessa de rendição de pecados e da garantia de salvação.

Embora os escritos bíblicos, budistas, maometanos e outros estejam repletos de filosofia e bons conselhos torna-se difícil sua adaptação aos dias de hoje já que estes foram escritos para povos e costumes de épocas que nada têm em comum com os dias atuais. Algumas religiões ainda insistem em proibir o corte de cabelo para as mulheres, a transfusão de sangue, a ingestão de carne de porco, exigem a guarda dos sábados entre outros conceitos que provavelmente foram elaborados com base na s necessidades políticas, resguardo da

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saúde e a manutenção da boa conduta necessárias para época em que foram escritos.

Não resta dúvidas que a liberdade de expressão religiosa ganhou espaço neste século mas os lideres religiosos estão longe de permitir reformulações em suas antigas escrituras com o fito de adaptá -las aos dias de hoje, à tecnologia e à ciência.

Apesar da enorme lacuna entre religião e ciência ambas as partes já vislumbram uma verdade única. A cada dia descobrem mais fatos que convergem para um final comum. Muitos cientistas já aceitam e até defendem a existência de um criador ou mentor de todas as maravilhas do Universo. Os religiosos já perceberam que a tecnologia e a ciência possuem hoje meios não para descartar a existência de Deus mas para, sob a ótica da religião, confirmá-Lo.

Lacunas existem e sempre existirão, mas tendem a se reduzir a medida que ciência e religião se aproximarem da grande, máxima e única verdade.

É fato notório que tanto a ciência como a religião se baseiam em conceitos, regras e leis, motivo pelo qual se prendem a um conservadorismo que, embora tolerável, retardam sua evolução e seus resultados. Quando cientistas ou religiosos ousam acrescentar idéias novas são rapidamente contestados, criticados e alienados. Mais tarde, depois de perceberem que suas ousadas teorias tinham fundamento, são perdoados, aplaudidos e aclamados.

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Recentemente a Igreja Católica aboliu de seus cultos e ensinamentos a figura de Satanás. Será que só agora o

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catolicismo descobriu que a figura do Diabo era apenas uma alegoria? Será que os Bispos, Sacerdotes, Cardeais e o próprio Papa já não sabia disso? Também não é certo que poderiam tê -lo feito há mil anos atras? Se não fizeram antes é porque algum interesse havia. Iludir o povo, imprimir ao homem medo e fragilidade não só dá poder às igrejas como também incrementa adeptos e renda. Hoje, no entanto, não aceitamos mais respostas sem base, motivo pelo qual este livro tem sido bem aceito. Nossas crianças não são mais tão ingênuas e, pelo volume de informações que recebem nos dias de hoje, não aceitam mais respostas sem fundamento lógico. Interessante é que os adultos, mais conservadores e estagnados em antiquados conceitos, ainda aceitam certas imposições religiosas.

A ciência é, sem dúvida, mais ousada, mas assim mesmo alguns relutam em aceitar novas e fantásticas teorias, principalmente no campo da física e da astrofísica.

Nossa pretensão aqui não é a de lançar uma nova polêmica mas ensinar aos leitores uma nova postura mental que, comprovadamente, permite uma melhor qualidade de vida. Como veremos estamos muito longe da Verdade Suprema, mas ousar um novo caminho é sempre bom. Quem busca, encontra!

Ao praticar o que aqui sistematizamos, com certeza o leitor irá perder o medo da vida e deixará de temer pelo futuro já que, acreditando na eternidade e no objetivo final do Criador, não terá mesmo o que temer.

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O NADA

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Recentemente o telescópio espacial Huble pode enxergar se não os confins do Universo, pelo menos uma região nunca antes vista pela humanidade.

Cento e vinte bilhões de galáxias já puderam ser vislumbradas através deste telescópio estimando-se ainda que cada uma contenha entre cem milhões e um bilhão de estrelas e provavelmente cinco vezes mais em quantidade de planetas e asteróides.

Sabe-se ainda que nos espaços intergalaxiais e interestelares não existe nada além de energia cósmica, esta energia que permeia todo o Universo mas que ainda não é bem conhecida pela ciência. Sabe-se ainda que a energia cósmica é o fluido Universal no qual todas as demais energias se locomovem de modo que podemos ver e ouvir o Universo através de nossos próprios olhos, telescópios ópticos e rádio telescópios. A luz, as ondas eletromagnéticas geradas pelas nossas antenas de rádio e televisão navegam pelo Universo através da energia cósmica.

É óbvio que a ciência sabe um pouco mais sobre a energia cósmica do que esta pequena obra pretende relatar, entretanto como nosso objetivo é outro não vamos nos alongar nesta parte.

Mesmo a olho nu, quando olhamos para o céu noturno vemos milhares de pontos luminosos que são estrelas e planetas próximos. Estrelas nada mais são do que sóis parecidos com o nosso Sol diferenciando apenas em tamanho e intensidade de luz e calor que dispostas

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a gigantescas distâncias nos aparecem como pequenos pontos de luz. É o máximo que nós, cidadãos comuns, podemos ver mas que nos permite imaginar como era antes de existir.

Imagine-se no meio da floresta Amazônica numa noite fria, sob um silêncio absoluto, olhando para um céu noturno sem lua e nem estrelas. Apenas uma profunda escuridão e um profundo silêncio se faz presente. Não é possível enxergar um palmo adiante do nariz. Para complementar imagine-se voando, leve, como se não tivesse corpo e sem sensação de vento ou ar mas tão somente um frio muito intenso. Esta seria mais ou menos a descrição do Universo antes da existência da matéria. O Nada.

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A primeira impressão que se tem é que o Nada seria absoluto mas não é verdade. O Nada está repleto de energia cósmica, a mesma que permeia todas as galáxias, estrelas e planetas que hoje vemos.

Esta energia básica ou fundamental é a energia da qual tudo se formou motivo pelo qual vamos, daqui para frente, intitulá-la simplesmente de Energia Prima.

Nossa existência consciente é material, motivo pelo qual a maioria das pessoas têm dificuldade de vislumbrar o Nada. No entanto, para construir é necessário saber destruir. Se você quer aprender a fabricar relógios é bem provável que tenha que desmontar um, para conhecer-lhe o mecanismo, cada uma de suas peças e a finalidade de cada uma das partes. Só então, depois de estudar minuciosamente, será capaz de montar outro igual ou acrescentar-lhe outras inovações e utilidades.

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Logo, se você tem dificuldades em intuir o Nada, faça o seguinte exercício:

Vá para um quarto completamente escuro. Cuide para que nenhuma fresta de luz esteja visível. A escuridão deve ser absoluta. Faça-o num horário em que o silêncio também possa ser absoluto mas evite estar muito cansado ou com sono. Deite -se ou sente-se confortavelmente. Relaxe o mais possível o seu corpo não permitindo que nada o incomode, tais como dobras nos lençóis, coceiras ou posição incômoda. Feche os olhos e comece a comandar cada uma das partes do seu corpo, dos dedos dos pés ao couro cabeludo, ordenando-as mentalmente para que se aquietem e se relaxem. Comece pelos dedos dos pés, pés, pernas, batata das pernas, joelhos, coxas, quadris, nádegas, abdômen inferior, órgãos sexuais, intestinos, fígado, rins, estômago, pulmões, respiração, coração, costas, peito, ombros, nuca, pescoço, garganta, olhos, ouvidos, nariz, boca, cabeça, músculos da face, couro cabeludo e por fim o cérebro. Esta fase não deve demorar mais do que dois ou três minutos. Desta forma você estará extremamente relaxado e pronto para iniciar a segunda fase do exercício.

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Em seguida comece uma contagem regressiva de 20 para 0 mentalizando que a cada número que você decresce reduz também o ritmo cerebral. Procure não pensar em absolutamente nada a não ser na contagem regressiva e no fi rme propósito de fazer com que sua mente se acalme. A sensação é muito relaxante e gostosa e não há motivo algum para temer. O máximo

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que pode acontecer é adormecer mas evite que isto aconteça para não interromper o exercício.

Na primeira vez muitas interferências mentais poderão ocorrer. Problemas do dia a dia, insistência em pensar alguma coisa ou outros desvios mentais poderão atrapalhar o exercício. No entanto, com a prática, consegue-se um relaxamento absoluto. Ao atingir este estágio de relaxamento t otal e livre dos pensamentos do dia a dia, sinta-se no meio do Nada, no centro da energia cósmica, como parte integrante da Energia Prima.

Neste ponto você destruiu todo o Universo que o rodeia e está pronto para construir seu próprio Universo de acordo com seus desejos e anseios como você verá mais adiante. Pratique este exercício várias vezes antes de partir para os ensaios de pensamento. Ao terminá-lo volte às suas atividades normais ou durma sem pensar no assunto.

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A CONSTITUIÇÃO DO NADA

Como vimos anteriormente o Nada é apenas um vazio físico mas não energético. O Nada está repleto de Energia Prima ou Cósmica.

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Como vimos também, esta Energia Prima é a base de tudo que existe. Tudo o que existe, inclusive seu corpo e sua alma são produtos oriundos da Energia Prima e da Consciência Cósmica.

Lavoisier, químico francês enunciou:

Neste mundo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma.

Para enunciar esta verdade, Lavoisier descobriu em suas experiências que a soma dos pesos dos produtos elaborados é igual a soma dos pesos das matérias primas que os originaram. Mal sabia ele que anos mais tarde outros cientistas viriam a descobrir que este mesmo enunciado, originalmente feito para materiais líquidos, sólidos e gasosos também servia para as transformações da energia.

Desta forma, podemos afirmar também que a transformação da energia resulta em outras energias cuja quantidade é igual à quantidade originalmente fornecida, por exemplo, a luz e o calor dissipados por uma lâmpada é, em quantidade energéti ca, igual à quantidade de energia elétrica fornecida.

Por outro lado, Einstein, maior cientista deste século, concluiu que a matéria também é pura energia condensada.

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Logo, o Universo que conhecemos é formado de pura energia manifestada na forma de matéria sólida, líquida ou gasosa e manifestada também em energias diversas, como luz, calor, eletricidade, movimento, entre outras, podendo ainda intercambiarem-se entre si.

Portanto não é muito difícil intuir que tudo o que vemos ou não, sentimos ou não é proveniente de uma energia básica que aqui resolvemos chamar de Energia Prima – a origem de tudo. O pensamento é, igualmente, oriundo desta Energia Prima.

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A energia se manifesta em forma de ondas, conforme figura 1. A física sabe que uma onda pode existir de duas formas diferentes: positiva, quando a primeira onda está para cima e negativa ou invertida quando a primeira onda está para baixo, conforme comparação com a figura 2. Ambas têm a mesma qualidade e funcionam exatamente iguais quando possuem o mesmo tamanho e a mesma quantidade de ciclos entretanto, quando se encontram anulam-se mutuamente – conforme figuras 3 e 4.

Figura 1

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Onda Positiva Onda Invertida

Figura 3 Linha Resultante

Figura 4

Se pegarmos duas caixas acústicas, ambas emitindo o mesmo som, porém com inversão de fase, colocarmos uma de frente para a outra e nos posicionarmos exatamente no meio, não ouviremos som algum já que no meio tanto a intensidade como a qualidade são exatamente iguais porém invertidas e consequentemente se anulam. Note que os sons

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existem, provenientes de duas fontes diferentes, mas não podem ser ouvidos.

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A Energia Prima, enquanto no Nada, tem esta qualidade, ou seja quantidades iguais de Energia Prima positiva e invertida ocupando o mesmo espaço e consequentemente anulando-se mutuamente resulta aparente vazio, silêncio e absoluta tranqüilidade.

A Energia Prima auto anulada não provoca efeito algum de modo que no Nada não há luz, som, calor ou quaisquer outras manifestações e sem luz nada é visível.

A temperatura ambiente no Nada é Zero Absoluto ou seja 0º Kelvin que corresponde a – 273,15º C (duzentos e setenta e três graus Celsius negativos). Pela leis químicas o volume da matéria nesta temperatura é zero ou seja não pode existir matéria alguma nesta temperatura e de fato não existe. Tanto é verdade que experiências próximas a esta temperatura comprovaram que até a eletricidade pára de fluir.

A Energia Prima se estende por todo Universo, ocupando todo seu tamanho, que é infinito, de modo que é impossível dimensioná -la.

Por falar em infinito, sabemos que para algumas pessoas é difícil intuir este conceito motivo pelo qual tentaremos dar uma idéia simples do mesmo.

Imagine, para tanto, que você tenha recebido a incumbência de cortar o espaço infinito ao meio, dividindo-o em dois.

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Matematicamente falando:

Infinito = Infinito

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Imaginando como seria na prática: pegue uma faca e comece a cortá-lo caminhando até onde sua vista alcanç a. Lá chegando perceberá que deverá caminhar mais outro tanto e continuar cortando e cada etapa perceberá que a fronteira não aparece ou seja, na verdade não existe tal fronteira. O mesmo vale se fizer o mesmo para trás, para os lados, para cima, para baixo ou para quaisquer outras direções que escolher. Não há fim e consequentemente não há inicio e nem meio.

As religiões costumam dizer que para Deus, Ser Único, nada é impossível, mas pelo acima exposto podemos concluir que Deus não pode dividir-Se a Si mesmo sob pena de transformar-Se em dois deuses. Desta forma ou Ele não consegue ou se conseguisse perderia a autonomia uma vez que teria que dividir o poder com um segundo Deus. Por outro lado, se Deus começasse a se dividir ao meio o que é que separaria ambos que não fosse Ele mesmo. Logo, é impossível para Deus dividir-Se ao meio e tampouco, como teremos oportunidade compreender, lançar algo para fora de Si.

Na condição de Nada a Energia Prima é inerte, no entanto alguma coisa ocorreu que abalou esta cond ição de repouso e fez surgir o Universo físico tal como o conhecemos. É o que veremos a seguir.

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O PENSAMENTO-MAIOR, A MENTE CÓSMICA E AS INTERFERÊNCIAS

Sob a ótica da ciência poderíamos afirmar que a Energia Prima sofreu um abalo involuntário que provocou o aparecimento da matéria. Já sob a ótica da religião poderíamos concluir que o desejo de Deus transformou a Energia Prima em matéria e posteriormente criou ambientes propícios onde fez surgir os seres vivos vegetais e animais.

Sendo a mente humana cheia de mistérios impossíveis, por enquanto, de serem desvendados pela medicina e pela ciência e sendo o pensamento um mecanismo complexo, igualmente impossível de ser desvendado pela tecnologia, podemos deduzir ou intuir que, tanto a Energia Prima como o Pensamento, são energias primárias, cuja compreensão é, ainda, inacessível aos homens, à ciência e à religião.

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Por este motivo o autor prefere optar pela idéia de que a Energia Prima foi voluntariamente abalada por um Pensamento-Maior que você pode, se assim o desejar, intitular de Mente Universal ou simplesmente de Deus.

A princípio, com dissemos, a Energia Prima mantinha- se num mar de tranqüilidade, sem luz, calor, som e qualquer outra forma derivada de energia ou presença de matéria. A partir de um desejo provocado pelo Pensamento-Maior, a Energia Prima é separada em suas duas fases distintas: ondas positivas de um lado e ondas invertidas de outro. Esta interferência provocou a manifestação bilateral das Energias Primas opostas que antes se anulavam mutuamente.

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A manifestação da Energia Prima de mesma fase se dá na forma de coágulos de energia. Tais coágulos não chegam a ser matéria dada sua natureza leve e sutil como também ainda não chegam a constituir partículas subatômicas. Partículas subatômicas são ingredientes dos átomos e que explicaremos em capítulo posterior.

Na natureza física os opostos se atraem, já na natureza energética são os iguais que se atraem. Deste modo os coágulos atraem-se uns aos outros formando com isto um corpo energético maior que, à medida que cresce, perde sua leveza e sutileza. Alguns autores chamam estes coágulos de “mônadas”.

O mesmo fenômeno ocorre em ambas as bandas de Energia Prima criadas: positiva e invertida. Neste estágio os coágulos são mantidos separados uma ve z que sua mistura iria provocar a anulação mútua.

Concluindo: coágulos ou mônadas são aglomerações de Energia Prima que servirão de base para a constituição da matéria.

Como vimos, partimos do desejo do Pensamento-Maior para justificar o início de uma atividade que culminou com a formação do Universo físico. Este desejo ou interferência

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nasceu e se formou na Mente Cósmica que nada mais é do que o reservatório de toda sabedoria contida no Universo. Neste reservatório estavam e estão latentes todas as leis físicas, químicas, matemáticas, biológicas, filosóficas, científicas e tecnológicas que a partir da formação da matéria passaram a se manifestar e que até os dias de

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hoje e para todo o sempre será onde a humanidade se alimentará em sabedoria, ética, a mor e verdade.

Todo pensamento humano, bem como suas criações, descobertas e inventos se originam neste reservatório de sabedoria ou na Mente Cósmica e de forma alguma podem ter efeitos que contrariem as leis e regras preestabelecidas.

Logo, até prova em contrário, todos os atos dos homens e da humanidade, mesmo que ilícitos, anti- éticos, desumanos ou qualquer adjetivo que se queira dar, são autorizados já que estão de conformidade com as leis científicas e com o chamado livre-arbítrio tão propagado pela s religiões, não esquecendo que as conseqüências também fazem parte delas através da lei da ação e da reação.

A lei da ação e da reação prega que para toda ação surge uma reação contrária, ou seja em sentido oposto. Logo quando empurramos algo para frente, este algo nos impulsiona para traz. Da mesma forma quando enviamos um pensamento, uma energia oposta reage como retorno. Logo, quem pensa o mal ou de forma errada tem como reação de retorno o mal ou algo tão errado quanto o pensamento e quem pensa o bem ou de forma correta recebe de retorno o bem ou algo condizente com o pensamento.

É exatamente esta postura mental de pensar corretamente que pretendemos passar aos leitores.

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O PRIMEIRO MECANISMO FÍSICO

Como vimos, os coágulos aglomeram-se formando, inicialmente, corpos sutis. À medida que a quantidade de coágulos cresce ao redor do núcleo inicial a leveza decresce e a compactação aumenta. Por fim, milhares e milhares de coágulos aglomerados acabam formando uma minúscula quantidade de matéria.

Estas aglomerações ocorrem simultaneamente em ambas as fases da Energia Prima ora separadas entre si. Devido a mecanismos ou regras ainda não compreendidas, a matéria formada pela aglomeração de coágulos atinge dois tamanhos limites sendo o pequeno cerca de mil ve zes menor que o maior.

Na fase positiva da Energia Prima formam-se partículas - de dois tamanhos como já vimos – ambas com carga elétrica também positivas. Na fase invertida da Energia Prima as partículas formadas possuem carga elétrica negativa.

Neste estágio da formação da matéria temos um lado com partículas positivas e outro com partículas negativas criando-se assim uma polarização universal. Por já se tratar de um estágio material o fenômeno de atração se inverte.

Como vimos anteriormente, no Universo energético energias iguais se atraem e energias diferentes se repelem. Já no Universo material matérias iguais se repelem e matérias diferentes se atraem. Logo devido à polaridade formada nas duas bandas da Energia Prima um novo fenômeno físico ocorre. As partículas pequenas e mais leves da banda positiva tendem a

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migrar para a banda negativa e vice-versa. Neste estágio migratório quando duas partículas pequenas e de polaridades diferentes se encontram, destróem-se mutuamente, o mesmo ocorrendo quando duas partículas grandes de polaridades diferentes se encontram.

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Entretanto, quando uma partícula grande encontra uma partícula pequena de carga oposta ambas se juntam e formam um par harmonioso.

Esta explanação nos leva a crer que a Energia Prima é composta por mais de uma forma de onda motivo pelo qual formam-se partículas de mais de um tamanho.

Terminado o processo migratório o sistema se estabiliza mantendo ainda as duas bandas. De um lado a banda de Energia Prima positiva onde os pares formados possuem partícula grande positiva e partícula pequena negativa e por outro lado a banda de Energia Prima negativa onde os pares formados são invertidos, ou seja partícula grande negativa e partícula pequena positiva.

Este par harmonioso de partícula grande com pequena e de cargas opostas nada mais é do que o átomo mais simples que existe no Universo e possui uma forma que pode ser representada conforme ilustrado na figura 5.

O átomo acima representado é denominado Hidrogênio e é o elemento mais simples que existe desde que considerado como elemento químico.

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Como elementos físicos as partículas nascidas da aglomeração de coágulos de Energia Prima são muitas e recebem nomes como: prótons, elétrons, neutrons, além de diversas partículas ainda menores que os elétrons chamadas genericamente de partículas subatômicas. Quando harmoniosamente reunidas recebem o nome de átomo.

Elétron

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Próton

Átomo de Hidrogênio

Como vimos, a Energia Prima aglomerada se transforma em matéria. Esta transformação foi impelida pela Mente Cósmica, pelo desejo do Criador e é dessa matéria que é feito nosso corpo físico, nossas plantas, nossos animais, nosso planeta e todo o Universo físico que vemos.

Figura 5

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Até aqui dá para perceber que somos feitos da Energia Prima, ou seja somos um corpo biológico formado à partir da condensação da Energia Prima ou, se preferirem, do corpo original do Criador, já que Ele construi tudo à partir de si mesmo.

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CONSTITUIÇÃO, NATUREZA E LEIS DO PRIMEIRO MECANISMO

O átomo de Hidrogênio é portanto o primeiro mecanismo físico que possui características químicas próprias. Com ele, algumas leis da física também foram criadas no sistema ora constituído pelas duas bandas de Energia Prima.

Como vimos, cada uma dessas bandas possuem agora átomos de Hidrogênio de duas naturezas distintas. Um com próton (partícula maior) positivo e elétron (partícula menor) negativo. Outra com próton negativo e elétron positivo que a física já reconhece sua existência e por ser invertido intitula de anti -maté ria.

A física moderna aceita a existência da anti-matéria e acredita existir um Universo paralelo formado totalmente por este material que funciona exatamente igual ao nosso Universo. Este Universo paralelo deve conter, teoricamente, exatamente a mesma quantidade de matéria existente em nosso Universo. Ambos Universos encontram-se fisicamente separados uma vez que se fundirem-se num só aniquilar-se-ão mutuamente numa tremenda explosão de pura energia que faria com que o Universo físico voltasse às suas ori gens, ou seja, de pura Energia Prima. Sofisticadíssimos laboratórios de física já conseguem produzir átomos de anti-matéria mas devido à presença de átomos de matéria ao seu redor e por não ser possível criar um recipiente que o possa conter, sobrevive apenas alguns bilionésimos de segundo, até encontrar-se com um átomo de matéria e se aniquilarem mutuamente.

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A partir da existência do Hidrogênio podemos notar algumas leis ou regras que com ele surgiram:

1. Atração polar. O próton atrai o elétron, ou seja, a carga positiva atrai a carga negativa. 2. Esta atração é somente para a manutenção do equilíbrio elétrico de ambas as partículas e

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portanto, embora atraídos mutuamente, mantém-se a uma distância criando-se aí um movimento orbital. O elétron gira (na verdade saltita) em torno do próton. 3. O átomo possui agora duas dimensões: peso e tamanho. 4. O peso do átomo é constante e devido à sua massa surge o conceito de atração. Massa atrai massa. Com isto os átomos tendem a se aglomerar. 5. O tamanho do átomo (diâmetro) pode variar. Para aumentá-lo em volume basta dar-lhe mais energia. Mais energizado, o elétron passa a saltitar mais distante do próton. Ao voltar à sua condição normal de energia mínima, o átomo libera uma quantidade de energia que pode ser vista como um flash de luz . 6. O átomo só pode existir e ter volume próprio se contiver uma quantidade mínima e suficiente de calor já que a 0ºK (Zero Absoluto) seu volume seria zero.

Diversas outras leis e regras fazem parte da constituição da matéria e consequentemente deste novo mecanismo físico chamado átomo de Hidrogênio. Não é nosso intento e nem seria possível nos aprofundarmos nesta área. Se houver interesse por

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parte do leitor em conhecer mais conceitos da química e da física atômica e molecular aconselhamos a aquisição de vasta literatura especifica encontrada nos livros acadêmicos.

PRIMEIRO MECANISMO COMO BASE PARA OS DEMAIS

Cientificamente falando, poderíamos encerrar a criação do Universo neste ponto, uma vez que as demais ocorrências derivam deste primeiro mecanismo.

Como vimos, o átomo de Hidrogênio possui um único próton e um único elétron ao seu redor motivo pelo qual, na físico-química, diz-se que tem peso atômico 1 (um). Este Hidrogênio, quando sozinho é quimicamente muito ativo pois uma de suas principais propriedades é unir-se a outros átomos. Devido a esta super atividade química o Hidrogênio é, por assim dizer, extremamente agitado. Esta agitação só é abrandada quando um Hidrogênio encontra outro. Formando um par de hidrogênios a atividade química se anula e a dupla torna-se mais estável e menos agitada.

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Como vimos no tópico anterior, massa atrai massa, motivo pelo qual, as moléculas (reunião de dois ou mais átomos) formadas pela dupla de hidrogênios tendem a se aglomerar.

O hidrogênio, quando sozinho, tem como símbolo a letra H. Quando em dupla com outro hidrogênio tem por símbolo H2.

No início da atividade física no Universo somente a molécula de hidrogênio (H2) se fazia presente. Estas

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moléculas atraídas umas às outras passaram a formar uma grande massa de hidrogênio. O hidrogênio é um gás e no início a massa era, consequentemente, gasosa. À medida que foi crescendo em volume e em massa este gás adquiria ainda mais poder de atração, atraindo para si todas as moléculas próximas.

À medida que mais e mais moléculas se aglomeravam a esta bola gasosa mais e mais as moléculas centrais eram comprimidas passando então ao estado líquido e por fim sólido. Deste modo, em curto espaço de tempo, surge uma grande esfera sólida composta de hidrogênio. O processo porém continua. Cada vez mais moléculas de hidrogênio se juntam à esfera.

Para se ter uma idéia de dimensões, se ampliarmos um átomo para o tamanho de um quarteirão, o próton seria uma azeitona no meio do quarteirão e o elétron seria uma cabeça de alfinete saltitando na calçada à velocidade da luz. Na verdade, porém, o átomo tem dimensões reais tão pequenas que só pode ser visto em um poderosíssimo microscópio eletrônico.

Logo a esfera gasosa de hidrogênio atinge tamanho gigantismo que nem mesmo os elétrons em volta do próton conseguem mais manter a distância mínima. Quando a compressão atinge níveis críticos os elétrons estão quase encostados no próton. Prótons estão também muito próximo uns dos outros e por terem polaridades iguais tendem a se repelir forte mente. Enquanto existe uma forte pressão de fora para dentro devido ao acúmulo de matéria, começa

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existir também um forte pressão de dentro para fora devido à força de repulsão de um próton contra outro e, também, devido ao achatamento dos volumes dos átomos.

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Neste momento, dois prótons juntam-se a um neutron e conseguem se estabilizar. Como cada próton possui seu elétron eis que surge um novo elemento, desta feita formado por dois prótons e um neutron no centro e dois elétrons saltitando ao redor. Este no vo elemento, agora de peso atômico 2, chama-se Hélio. O Hélio, em estado natural, é também um gás, mas no estado em que ele nasceu é sólido, devido às pressões as quais está submetido.

Assim, neste ambiente altamente comprimido, outros elementos foram sendo gerados com pesos atômicos 3, 4, 5, e assim por diante, chegando a atingir números acima de 100. Como exemplo de outros elementos nascidos com base na compressão do hidrogênio podemos citar o Carbono, com 12 prótons, o Oxigênio, com 16, Nitrogênio, 14, Ferro, 56, e outros mais.

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ESPAÇO, TEMPO E RELATIVIDADE

Definições encontradas nos dicionários:

ESPAÇO s. m. 1. Fís. Extensão tridimensional ilimitada ou infinitamente grande, que contém todos os seres e coisas e é campo de todos os eventos. 2. Astr. O universo todo além do invólucro atmosférico da Terra; o quase vácuo em que existem o sistema solar, as estrelas, as nebulosas e as galáxias.

TEMPO s. m. 1. Medida de duração dos seres. 2. Uma época, um lapso de tempo futuro ou passado. 3. A época atual. 4. A idade, a antiguidade, um longo lapso de anos.

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RELATIVIDADE s. f. 1. Caráter, estado ou qualidade de relativo. 2. Fís. Teoria segundo a qual o tempo e o espaço são grandezas inter-relativas.

Como vimos em tópicos anteriores, a Energia Prima e o Pensamento-Maior ocupam um espaço infinito ou melhor dizendo: imensurável.

Temos então um espaço físico que contem tudo o que vemos e percebemos mas que não podemos medir uma vez que não tem início, meio ou fim. Temos ainda, pela definição física, que espaço é a extensão tridimensional ilimitada ou infinitamente grande, que contém todos os seres e coisas e é campo de todos os eventos.

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Se não podíamos medir enquanto vazio, depois do evento do primeiro mecanismo passamos, pelo menos a poder medir a distancia entre dois átomos. Com o advento da matéria passamos a contar com um ponto de partida e um ponto de chegada cuja distância, medida em metros, pés, jardas, ou outra qualquer é chamada de espaço.

Quando só existia um único átomo de hidrogênio não podíamos sequer definir sua posição no Universo já que não contávamos com um segundo ponto de apoio. Onde estaria este único átomo, no meio do Nada? Em cima? Em Baixo? No canto direito ou esquerdo? Impossível dizer. Com dois átomos já podemos contar com uma posição relativa uma vez que podemos afirmar que um está, por exemplo, a 10 metros de distância do outro. Onde estão ambos, no Universo, continua sendo uma incógnita, mas com certeza entre eles existe uma distância mensurável.

Descobrindo a existência de um espaço e podendo medi-lo é fácil perceber que para percorrermos esta distância poderemos contar o tempo, em segundos, por exemplo.

Quanto tempo levaremos para percorrer uma distância de 10 metros entre um átomo e outro? É evidente que dependerá da velocidade do movimento.

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Com o advento da matéria dois fenômenos novos surgiram: Espaço e tempo. Tais fenômenos são interdependentes ou seja não existem em separado. Ou existem ambos e não existe nenhum.

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Mas quanto tempo o Nada ficou inerte, antes do nascimento da matéria? Impossível dizer pois o Nada sempre existiu e sempre existirá, eternamente. Deste modo, também não podemos contar tempo sem que haja ocorrido pelo menos dois eventos. Por exemplo, o tempo pode ser contado entre o nascimento do primeiro átomo e o nascimento do segundo. Não poderíamos contar o tempo se não houvesse nascido o segundo átomo uma vez que não haveria outro evento relativo. Logo podemos contar o tempo desde o nascimento do Universo até a sua extinção e em decorrência disto contar o tempo entre quaisquer outros eventos intermediários. O mesmo ocorre com o espaço e a distancia.

Somente pouco antes da metade deste século é que Einstein surgiu com as idéias revolucionárias sobre tempo e espaço e com a tão discutida Teoria da Relatividade. Até então a humanidade não havia feito quaisquer estudos a respeito. Após os estudos de Einstein e suas teorias, a física moderna passou por uma reformulação geral culminando inclusive com uma nova postura da ciência com relação à existência ou não de um Criador.

Einstein chegou a confessar sua crença em um Engenheiro do Universo notadamente por ter descoberto que as regras e leis eram tão perfeitas e precisas que seria impossível terem surgido por força do acaso.

Com a relatividade surge também o conceito de velocidade já que para percorrermos uma distância entre dois pontos levaremos tanto mais tempo quanto menor for a velocidade de locomoção.

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No Universo físico, ou melhor dizendo na matéria, a maior velocidade conhecida pela ciência é a velocidade da luz – cerca de 300.000 km por segundo. Quando a ciência começar a estudar o antes, ou seja, o Nada, a Energia Prima e o Pensamento-Maior, descobrirá que a velocidade máxima neste plano é a do Pensamento- Maior que é infinita.

Para se ter uma idéia entre velocidade de locomoção e velocidade do pensamento lembre-se que para ir de São Paulo para o Rio de Janeiro a 100 km por hora leva-se de 4 a 5 horas. No pensamento você já pode estar lá neste instante. O pensamento é instantâneo porque sua velocidade é infinita. Desta forma você poderá estar em qualquer ponto do Universo agora, se assim o desejar.

Com o envio de satélites e naves para o espaço a ciência pôde confirmar as teorias de Einstein sobre a relatividade pois descobriram que quanto maior a velocidade de locomoção mais lentamente o relógio registra o tempo. Como o limite de velocidade conhecido é o da luz, sabe-se hoje que se um astronauta pudesse viajar a esta velocidade, o relógio em sua nave pararia. Quando retornasse perceberia que, enquanto o tempo em sua nave parou, na Terra teriam passados algumas centenas de anos. Notaria também que neste percurso não envelheceu, enquanto na Terra todos seus parentes e descendentes de várias gerações já teriam morrido. Aliás este foi o tema do filme Planeta dos Macacos, primeiro do gênero.

Sabemos, agora, que no mundo físico tudo é relativo. O espaço é relativo entre dois pontos, o tempo é relativo

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entre dois eventos, a velocidade é relativa entre dois corpos em movimento, o peso é relativo, o tamanho é relativo e assim para toda e qualquer comparação física que fizermos. Mais adiante você perceberá que no mundo mental tudo é relativo também. O feio e o bonito, o certo e o errado, o justo e o injusto, o amor e o ódio, o egoísmo e o altruísmo, etc.

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A LEI DAS MASSAS E A GRANDE AGLOMERAÇÃO

Coloque migalhas de isopor em um tanque com água. Cubra-o com uma lona para protege-lo do vento ou de qualquer movimentação do ar. No dia seguinte você notará que as migalhas de isopor se aglomeraram em vários grupos ou talvez até num único grupo. Massa atrai massa.

Esta lei da física surgiu com o aparecimento da matéria no Universo. Primeiramente, dois hidrogênios se juntaram, quimicamente, adquirindo, com isto, estabilidade. Dois hidrogênios juntos formaram uma molécula de hidrogênio. Pela lei das massas tais moléculas se juntaram formando pequenos grupos. Grupos maiores atraiam os grupos menores. Quanto maiores se tornavam os grupamentos maior era sua atração gravitacional. Sempre crescendo, este grande aglomerado de moléculas de hidrogênio adquiria cada vez mais poder de atração até determinado momento em que todas as moléculas de hidrogênio contidas no Universo se aglomeraram num único e gigantesco corpo celeste.

Para ter uma idéia melhor, imagine que todo o Universo conhecido hoje, com suas estrelas, planetas, asteróides, poeira inter-estelar e tudo que existe, se juntasse num único e grande corpo celeste. O peso deste corpo seria incalculavelmente grande. Nem a luz escaparia à sua enorme capacidade de atração. Qualquer raio de luz seria atraído por ele e engolido em sua massa. A pressão interna, por sua vez, seria também incalculavelmente grande.

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A ciência sabe que este grande depósito de matéria se fez presente um dia, antes mesmo do aparecimento do que hoje vemos no céu a olho nu ou através dos poderosos telescópios terrestres e siderais.

Este grande aglomerado era inicialmente de moléculas de hidrogênio que, como vimos, foram tão pressionadas pela pressão e pelo peso do conjunto que acabaram se fundindo e desta fusão nasceu todos os demais elementos químicos conhecidos como o carbono, o ferro, o ouro, a prata, o cálcio, o oxigênio, etc., etc. Devido à pressão cada vez maior, os elementos se

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juntaram também uns com outros formando os minerais tais como óxido de chumbo, cloreto de sódio (sal de cozinha), óxido de silício (areia), óxido de cálcio (cal), óxido de ferro (ferrugem), entre tantos outros que vemos na terra e nas jazidas minerais.

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O BIG-BANG

A pressão nesta esfera formada através da atração de todo material sólido do Universo aumentou tanto que acabou tornando um poderosa bomba, pronta para explodir. E de fato explodiu.

A explosão da grande esfera foi de tal proporção que até hoje o Universo está se expandindo, ou seja, até hoje todos os estilhaços da grande esfera ainda estão sendo projetados para fora do centro da explosão.

A energia que estava acumulada na grande esfera era muitíssimo grande. Com a explosão a quantidade de calor gerada foi tamanha que toda massa ficou incandescente, literalmente derretida. Desta forma a esfera explodiu espalhando gotas gigantescas de massa derretida, gotas estas que no quase vácuo do Universo transformaram-se em esferas. Girando em alta rotação e ainda incandescentes muitas dessas esferas resultantes soltaram pedaços ou gotas menores de massa. Estas gotas menores, mais estáveis, esfriaram mais rapidamente, dando origem aos planetas. Gotas ainda menores deram origem a asteróides e pedras que ainda hoje navegam pelo espaço sideral. E como não poderia deixar de ser, muita poeira, chamada de poeira cósmica está espalhada por todo Universo que conhecemos.

Devido a lei da atração das massas muitas dessas esferas, pedras e poeira cósmica se aglomeraram novamente e continuam se aglomerando até hoje de modo que tais aglomerações, embora não atinjam proporções tão gigantescas quanto da primeira, ainda são grandes o suficiente para provocar novas

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explosões localizadas. Estas aglomerações que ainda ocorrem são chamadas de “buracos negros” já que conseguem atrair até a luz que passa por perto. Não refletindo a luz aparecem no espaço sideral como pontos cegos ou invisíveis e a ciência moderna só os descobriu porque tudo ao seu redor parece estar sendo sugado por um enorme rodamoinho. No centro do rodamoinho um ponto cego, sem luz alguma, invisível, que nada mais é do que uma gigantesca esfera de matéria.

Estes buracos negros quando atingem seu limite de pressão explodem novamente, como ocorreu com a grande explosão inicial, gerando estrelas. Na astronomia tais estrelas recebem nomes, conforme o estágio em que estão, tais como “super nova”, “anão branco”, entre outros.

Para se ter uma idéia da grandiosidade deste astros basta lembrar que nosso Sol é 1.300.000 vezes maior do que a Terra. Ainda assim nosso Sol é classificado como sendo de quinta grandeza, ou seja, está em quinto lugar em tamanho. Por ser um astro muito velho, nosso Sol já está num estágio considerado em extinção o que quer dizer que está em processo rápido de resfriamento, devendo extinguir-se totalmente e tornar- se mais um astro frio no Universo. Para nossa sorte, breve, na escala Universal, quer dizer alguns milhões ou bilhões de anos.

Como vimos, o Universo está em franca expansão, mas a velocidade com que se expande diminui gradativamente devido às forças de atração exercidas pela própria matéria universal. Chegará o dia em que o processo de expansão cessará totalmente. Quando isto

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ocorrer, a lei da atração das massas fará com que um processo inverso ocorra. O Universo começará então a se contrair e fatalmente voltará às suas origens, ou seja uma única e gigantesca esfera. Então explode novamente e todo processo se repete.

A ciência atual busca respostas e dados à respeito da última grande explosão, também chamada de “Big- Bang”. No entanto outras podem ter ocorrido. Só a intuição poderá nos fornecer certezas sobre explosões anteriores já que entre uma explosão e outra não sobra

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nem um resquício de luz que é o veículo de informação que possuímos e que será explicado nos próximo tópicos.

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A TRANSFORMAÇÃO DA ENERGIA PRIMA E DO PENSAMENTO-MAIOR NAS DEMAIS ENERGIAS

Antes do Tudo era o Nada.

Melhor dizendo: antes da matéria e das formas de energia conhecidas só havia Energia Prima e o Pensamento-Maior.

Conforme já relatado, a Energia Prima foi perturbada pelo Pensamento -Maior, dividindo a Energia Prima em duas bandas, positiva e invertida. Devido a separação cada uma das bandas se aglutinou formando coágulos de energia que acabaram por se condensar em material sólido, migraram de suas polaridades e se transformaram no primeiro mecanismo físico conhecido: o átomo de hidrogênio. Por fim, este átomo serviu de base para a criação de todos os demais.

O elétron que saltita em torno do próton é uma partícula material altamente energizada. A primeira energia presente neste mecanismo é a Energia Elétrica. Próton positivo e elétron negativo.

A convivência destas duas partículas, embora atraídas pela polaridade, é difícil uma vez que precisam manter uma distancia mínima entre uma e outra. Desta forma a atração elétrica se transforma em calor chamado também de Energia Térmica.

Por serem polarizados, os átomos contêm uma outra forma de energia chamada de Energia Eletromagnética.

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O movimento do elétron em torno do próton é chamado de Energia Cinética.

Enquanto o elétron se mantém em torno do próton a uma distancia estável ele está com uma Energia Potencial. Se um reforço de energia é enviado para o átomo esta Energia Potencial cresce.

Ao liberar esta Energia Potencial excessiva o átomo libera um fóton que nada mais é do que a menor quantidade de luz que se conhece. Este fóton é conhecido pela ciência como Energia Luminosa. Quanto mais energia em excesso se dá ao átomo tanto mais Energia Potencial ele adquire. Ao retornar à condição original de estabilidade o átomo irá liberar tantos fótons quanto for a energia em excesso enviada. Este trem de fótons chama-se Raio de Luz.

Como vimos a compressão fez com que dois ou mais prótons se juntassem a neutrons e elétrons e desta combinação nasceram outros elementos químicos presentes na natureza. Como os prótons têm carga positiva, mantê -los unidos no centro do átomo requer uma quantidade de energia violenta. Átomos muito pesados, com cerca de 70, 80 prótons em seu núcleo são chamados de átomos radiativos e são muito instáveis. Sua tendência é a de se partirem em átomos de menor peso atômico. Ao se partirem liberam a energia que os mantinha unidos e esta energia é chamada de Energia Atômica.

Como neste mundo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, podemos afirmar com absoluta certeza que todas estas modalidades de energia e outras que por não se tratarem do alvo principal não relatamos

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nesta obra, originam-se da energia mãe, a Energia Prima.

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Quando a ciência entender melhor o pensamento humano irá entendê-lo como Energia do Pensamento que, com a mesma certeza, se origina do Pensamento- Maior.

Nesta obra você irá compreender com bastante clareza que a Energia do Pensamento é na verdade a grande criadora de tudo. Vai entender também que a Energia Prima, embora seja o “material” de onde tudo se originou não poderia ter se transformado em matéria e energias derivadas se não houvesse o desejo presente única e exclusivamente no Pensamento-Maior e de onde se origina o pensamento humano. Saberá ainda que o pensamento humano poderá também desejar e criar tal como ocorreu e ocorre com o Pensamento- Maior que lhe deu origem.

Este é o grande segredo, às vezes inconsciente, do sucesso de alguns: utilizar o pensamento com criatividade e absoluta certeza da conquista, como veremos em tópicos posteriores.

Somos, portanto, fruto da Energia Prima que se transformou em matéria e somos ainda fruto do Pensamento-Maior que se derivou em consciências menores que chamamos de Pensamento-Menor e que o nosso pensamento cotidiano.

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AS GALÁXIAS, ESTRELAS, PLANETAS E DEMAIS SÓLIDOS

Neste tópico daremos apenas uma idéia das dimensões do Universo físico para que o leitor possa vislumbrar sua magnitude e grandeza.

Em astronomia a unidade de medida é a luz.

A luz caminha há 300.000 km por segundo o que equivale dizer que em apenas um segundo a luz pode dar sete voltas e meia ao redor da Terra.

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Quando olhamos para uma estrela não temos a menor idéia de sua distância mas os estudiosos do assunto sabem que ela está a milhares de anos luz distante de nosso planeta.

Como exemplo , podemos citar uma estrela que está a 4.000 anos luz de distância. Tal distância equivale a distância que a luz percorre num período de 4.000 anos à velocidade de 300.000 km por segundo:

4.000 X 365 X 24 X 60 X 60 = 126.144.000.000 segundos (anos) X (dias) X (horas) X (minutos) X (segundos)

126.144.000.000 s X 300.000 km = 37.843.200.000.000.000 km.

Logo tal estrela está há aproximadamente 38 quatrilhões de km de distância da Terra. Esta é a distância da estrela mais próxima do nosso sistema solar.

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A luz proveniente do nosso Sol demora 8 segundos para nos atingir o que representa uma distância de 2.400.000 km. (8 seg, X 300.000 km)

Como vimos, a astronomia detectou através do telescópio Huble cerca de 120 bilhões de galáxias sendo que cada uma contem entre 100 milhões e 1 bilhão de estrelas.

Partindo destes números conhecidos e calculando-se que cada estrela tenha, em média, dois planetas ao seu redor e calculando ainda que apenas um planeta em cada um trilhão deles tenha condições de ter vida animal inteligente – como na Terra – podemos concluir que podem existir cerca de 132 milhões de planetas semelhantes ao nosso, com vida, no Universo.

É, portanto, impossível duvidar que existam outros planetas habitados. Tanto é que astrônomos do mundo inteiro rastreiam o Universo, através de gigantescos radio-telescópios,

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em busca de sinais que possam ser produzidos inteligentemente por outros seres, tais como sinais de voz ou imagem.

Tais sinais, igualmente à luz, viajam pelo Universo à velocidade de 300.000 km por segundo. Deduz-se daí que se viermos a escutar um som produzido por um ser extraterrestre, provavelmente este som foi produzido há alguns milhares de anos atras. Manter um diálogo então, nem dá para imaginar, seria totalmente impossível.

Considerando-se as distâncias e a velocidade com que a luz e os sinais eletromagnéticos viajam é fácil deduzir

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que se a estrela mais próxima de nós explodir hoje, só veremos esta explosão daqui a 4.000 anos.

Por outro lado, se você tivesse o privilégio de encontrar um E.T. e lhe desse seu celular de presente para manter um futuro diálogo, a primeira ligação seria mais ou menos assim:

Você liga. O sinal de chamada irá atingir o celular de seu amigo E.T. daqui há, digamos 10.000 anos. Ele responde: Alô. Você ouvirá o Alô daqui há mais 10.000 anos e para cada frase trocada passarão 10.000 anos.

Se a luz e sinais eletromagnéticos (ondas de rádio e TV, por exemplo) podem viajar pelo Universo a 300.000 km por segundo o mesmo não ocorre com a matéria. Ao deslocarmos qualquer corpo material a esta velocidade, tal corpo se desintegrará em pura energia. Portanto, o mundo material, os veículos espaciais e os seres, bem como qualquer apetrecho material só pode se locomover pelo Universo a ve locidades inferiores à da luz.

Partindo-se dessa premissa, se fomos ou somos visitados por seres extraterrestres, das duas uma: ou eles possuem vida muito longa e viajam durante milhares de anos para chegar à Terra ou eles nos visitam viajando por outros meios ainda totalmente desconhecidos pela ciência. A física já vislumbra mecanismos que estão denominado de “buracos de minhoca” pelos quais é

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possível efetuar viagens no tempo e no espaço, não só atingindo outros planetas habitados como também outros planos de existência. Não sabem ainda como utilizá -los mas diante do

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vislumbre de sua existência novas expectativas passam a povoar a mente dos cientistas.

Mais cedo ou mais tarde a ciência descobrirá que este mecanismo é o pensamento, pois, é a única energia que pode viajar pelo Universo instantaneamente. Como já vimos, o Pensamento-Maior está em todo Universo e em tudo que nele existe. Desta forma, conectando-se com ele, podemos nos posicionar em qualquer ponto do Universo instantaneamente, não só sentind o-nos presente no local como também fazendo- nos ou não visíveis. Isto justifica a presença de OVNI’s (Objetos Voadores Não Identificados) bem como a presença de seres estranhos, que se fazem ver ou não de acordo com suas conveniências ou necessidades.

Os místicos falam em viagem astral. É sabido que em momentos de grande aflição pessoas têm se materializado para amigos e parentes a quilômetros de distancia com o fito de enviar uma mensagem urgente. Gurus orientais confessam poder estar onde quiserem, no momento em que quiserem, através da locomoção da alma ou do espírito. Estes fenômenos são, apesar das dúvidas que geram, prenúncios de que muito em breve, talvez já no terceiro milênio, venhamos a confirmar sua veracidade e descobrir seus mecanismos.

Na verdade não importa o quão grande é o Universo, quantas galáxias, estrelas e planetas contem ou se existe ou não vida extraterrestre. O importante e verdadeiro é que somos parte integrante do sistema e mais dia, menos dia chegaremos a conhecer-lhe totalmente, com liberdade para estarmos onde quisermos e na hora que desejarmos. Se olharmos

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para o avanço da ciência e da tecnologia nestes 6.000 anos de história escrita podemos afirmar com toda certeza que a humanidade caminha para o conhecimento pleno que trará, à luz da sabedoria, o domínio de todas as energias e toda a matéria.

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A LUZ E SUA NATUREZA

A luz é o mecanismo mais complexo derivado da Energia Prima. Ela é o elo de ligação entre a matéria e a energia. É a única energia visível a olho nu, já que as demais só podem ser sentidas.

Devido a esta natureza peculiar, a luz ora se comporta como energia ora se comporta como matéria.

Comportando-se como energia, a luz pode se transformar em calor e em energia elétrica, por exemplo. Como matéria a luz se rende à força da gravidade, ou seja ela é atraída, como a matéria, pela força gravitacional dos astros pela mesma lei da atração das massas que vimos em tópicos anteriores.

A luz branca é composta pela mistura de três cores básicas: vermelho, azul e amarelo. As demais cores que conhecemos são misturas de pelo menos duas cores básicas ou das três, em proporções diferentes daquela que forma a luz branca. A possibilidade de combinações nos permite obter milhões de cores e tonalidades diferentes.

Tudo que é visível possui em si uma combinação de cores que lhe é característica. Desta forma, um objeto branco, possui em si todas as cores básicas em proporção igual à da luz branca. Um objeto negro não possui cor alguma. Quando a luz branca encontra um objeto branco ela é totalmente refletida para nossos olhos de modo que entra pela nossa retina todas as três cores básicas misturadas em proporções que nos dão a sensação da cor branca. Um objeto azul não contem em si o vermelho e o amarelo motivo pelo qual

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quando a luz branca o intercepta ele absorve o que não tem, no caso o vermelho e o amarelo, e reflete o que já possui, ou seja o azul. Desta forma nossa retina só capta o que sobrou, ou seja o azul e portanto é assim que o vemos nesta cor. O objeto negro, por sua vez, não contem luz alguma. Quando a luz branca incide sobre o objeto negro é totalmente absorvida não refletindo nada para nossas retinas. Nada de luz na retina faz com que percebamos o negro. Tonalidades diferentes de azul, vermelho ou amarelo ou de quaisquer outras combinações possíveis faz com que seja refletida para nossas retinas partes de cada cor básica que não foram absorvidas o que nos permite perceber milhões de nuances diferentes de uma mesma cor.

Se não houver luz alguma, nada é refletido para nossas retinas e consequentemente não podemos enxergar. Deduz-se daí que o mundo físico só é visível devido ao fenômeno da luz. A luz é, portanto, o veículo que leva para nossas mentes – o pensamento – informações sobre o mundo material. É o elo de ligação entre a matéria e o pensamento que é a energia criadora de tudo. Cabe dizer que pessoas destituídas da visão percebem o mundo ao seu redor de forma muito limitada já que não se formam imagens em suas retinas. É devido à falta da luz que os cegos aprimoram os demais sentidos e com isto podem perceber o mundo embora sem a mesma clareza que o é para pessoas normais.

Neste século de grandes descobertas tecnológicas a ciência descobriu que a luz não só é capaz de transmitir sensações de forma, cor ou tamanho mas pode conduzir dados como som, palavras, números e

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outros, através de mecanismos de condução, como a fibra ótica, por exemplo, o que, mais uma vez demonstra sua alta complexidade.

Como vimos, a luz caminha a 300.000 km por segundo e carrega, naturalmente em suas ondas, informações visuais, podendo levar, artificialmente, conforme explicado acima, outras informações.

Um evento luminoso navega pelo espaço sideral indefinidamente, sem se perder em quantidade ou qualidade, até que um forte campo gravitacional o absorva. Um buraco negro é

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um desses fortes campos gravitacionais que atrai inclusive a luz e acaba eliminando um registro de luz. Não fossem os buracos negros, o Universo teria acumulado em sua memória sideral todos os eventos que ocorreram desde o nascimento do primeiro raio de luz. Entretanto, como os raios de luz partem em todas as direções nem todos são fatalmente absorvidos do que se deduz que a luz remanescente de qualquer evento universal está em algum lugar guardando, portanto, todos os registros de eventos ocorridos.

Para esclarecer melhor reportemo-nos à explosão da bomba de Hiroshima. Quando os Estados Unidos lançou a bomba sobre a cidade japonesa, há cerca de 50 anos atras, a luz gerada pela explosão e consequentemente as imagens do fato se espalharam para todos os lados do Universo. Milhares de raios de luz partiram em direção ao infinito e continuam caminhando em algum ponto do Universo. Imagine que estes raios estejam sendo captados por um poderosíssimo telescópio de um extraterrestre que vive a 50 anos luz de nosso planeta. Ele estará vendo

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pela ocular um evento que já ocorreu, que já é passado para nós mas que lhe parece uma imagem do presente. Se pudéssemos sair daqui agora numa super nave que caminhasse a 3.000.000 de km por segundo dentro de 5 anos estaríamos junto da imagem da explosão de Hiroshima e poderíamos vê -la através de um telescópio. Estaríamos olhando para o passado.

É evidente que não podemos caminhar pelo espaço a 300.000 km por segundo pois como já vimos a matéria se desintegraria em pura energia. Nem tampouco poderíamos caminhar a velocidades maiores já que sabe-se ser este o limite. Entretanto, poderíamos, após dominar a técnica, nos transportar para qualquer ponto do Universo, através do pensamento e rever todo e qualq uer evento que nos interessasse.

É provável que você já tenha ouvido dizer que tudo aquilo que o homem pensa é passível de realizar, caso contrário ele nem consegue conceber. A ciência e a tecnologia têm provado que isto é verdade. O que era pura ficção cientifica anos atras é realidade hoje. Enciclopédias do fim do século passado diziam ser impossível um objeto mais pesado que o ar voar e no entanto hoje o avião é um meio de locomoção vulgar em nossas vidas.

Ora, se tudo que o homem pensou no passado tornou- se realidade hoje, porque duvidar que tudo que pensamos hoje será a realidade do amanhã?

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Com certeza absoluta teremos, daqui para frente, um progresso muito maior do que aquele que assistimos, notadamente neste século, pois hoje somos auxiliados por poderosos computadores e equipamentos que não

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só facilitam os cálculos e a elaboração de novas teorias como também aceleram a pesquisa, os resultados e a obtenção de conhecimentos.

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QUEM SOMOS, AFINAL?

A esta altura você deve estar se perguntando o porque de tanta explanação teórica. Infelizmente, para entender quem é e qual seu papel na vida física, se faz necessário entender um pouco a origem do Universo e da matéria para, com isso, entender como funciona a porção mais sutil do ser – a mente, o pensamento e o poder criativo que existe em nós. Por outro lado, se você é parte do sistema, interage com ele, influenciando-o e recebendo suas influências, é mais do que conveniente conhece-lo bem.

Algumas definições contidas nos dicionários:

CONSCIÊNCIA s. f. 1. Capacidade que o homem tem de conhecer valores e mandamentos morais e aplicá-los nas diferentes situações. 2. Rel. Testemunho do nosso espírito, aprovando ou reprovando os nossos atos. 3. Cuidado escrupuloso. 4. Honradez, retidão. 5. Conhecimento.

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PENSAR v. 1. Intr. Combinar idéias, formar pensamentos. 2. Tr. ind. Meditar, refletir em. 3. Intr. Ser de tal ou qual parecer. 4. Tr. dir. Julgar, supor. 5. Intr. Raciocinar. 6. Tr. ind. Estar preocupado, ter cuidado. S. m. 1. Pensamento. 2. Opinião. 3. Prudência, tino.

Se a entendermos como conhecimento, conforme definição acima, podemos afirmar que todo ser vivo, do mais simples vírus ao ser humano, possui alguma forma de consciência. Os vírus possuem um único conhecimento que é o de se multiplicar indefinidamente

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sem perder suas características principais e até aprimorando-as, se necessário. A planaria – minúsculo ser formado de apenas uma célula – não só tem consciência de sua necessidade de se multiplicar como também já reconhece certos estímulos, evitando um choque elétrico, por exemplo. Os cães, por sua vez, reconhecem seus donos, reconhecem seu próprio nome, atendem a comandos e expressam emoções. Já os humanos são os seres com a mais completa consciência que julgamos conhecer.

O ato de pensar, ao contrário da consciência, não se faz presente em todos os seres vivos. Minúsculos seres tais como vírus, bactérias, insetos, entre outros, não possuem a capacidade de formar idéias, tomar decisões, raciocinar ou ter pré ocupações. Animais de maior porte já possuem formas de pensamento que lhes permite tomar algumas decisões, tais como buscar abrigo seguro, mudar de rumo, alimentar e cuidar dos filhotes, construir abrigos entre outras. Entretanto, não possuem capacidade inventiva, emoções complexas, espírito investigativo, imaginação profunda e criatividade, adjetivos tão comuns nos seres humanos.

Na verdade, todos os seres vivos têm consciência. A diferença é que o ser humano sabe disso.

A consciência humana pode ser traduzida como: ato de pensar com lógica. Ocorre em nossa mente de forma muito complexa como pode ser percebido através de um eletroencefalograma.

Observando os desenhos de um exame eletroencefalográfico percebemos que nosso cérebro emite centenas de ondas eletromagnéticas provocadas

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pelos fluxo elétrico que ocorre em suas células. Estas perturbações elétricas ocorrem nos mais diversos pontos da massa encefálica, sendo que algumas são entendidas como pensamento consciente, outras como pensamento subconsciente.

Embora a ciência ainda não entenda dessa forma, nosso cérebro é um transmissor – receptor de informações, tendo ainda a capacidade de processa-las com ou sem nosso consentimento consciente.

O bater do coração, o aspirar e expirar dos pulmões, o processamento de alimentos no sistema digestivo, entre outros, são exemplos do trabalho inconsciente do cérebro. Atravessar a rua com cuidado, ler, escrever, assistir um programa de televisão e outras atividades são exemplos da atividade consciente de nossos atos. Estas atividades, além do sonho, da criatividade e tantas outras com as quais nos ocupamos, ocorre em nosso cérebro e muitas podem ser medidas, comparadas e analisadas não só pelo eletroencefalograma mas também por métodos ainda mais modernos de que a medicina dispõe hoje.

Entretanto tudo cessa, imediatamente, ao morrermos.

Seria a morte o fim de tudo? Será que tudo aquilo que aprendemos durante a vida se perde eternamente? Se tudo realmente se perde quando morremos, de que servem tantos conceitos sociais, éticos e comportamentais que acumulamos durante a vida? Se de nada serve a prática do bem, não seria melhor viver egoisticamente?

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Essas e outras milhares de perguntas o ser humano se faz desde que se percebeu como o mais evoluído do planeta, desde que soube possuir uma forma de cons ciência que o diferenciava de outros espécimes.

Partindo-se de tudo o que foi exposto até agora, podemos afirmar, com toda certeza, que nós também somos produto da Energia Prima criados pela ação do Pensamento-Maior.

Para ter uma idéia melhor imagine que você encheu uma garrafa de um litro com água do mar, fechou-a com uma rolha e jogou no meio do oceano. Ela afunda. A água contida no litro é exatamente igual ao restante do oceano só que está acondicionada dentro da garrafa. Se a garrafa é bem transparente é bem provável que você não consiga vê-la no meio da massa de água que a rodeia. Logo, não será errado afirmar que a garrafa está no oceano e o oceano está na garrafa.

Faça, agora, a seguinte comparação. Nosso corpo físico é a garrafa, só que, ao invés de estar cheio de água do mar, está cheio de Energia Prima e Pensamento-Maior. Analogamente podemos afirmar que nos estamos no Universo e o Universo está em nós.

Algumas religiões e seitas dizem que Deus está em nós e nós estamos em Deus. Eu, particularmente, prefiro dizer que nós somos o próprio Deus encapsulados num frasco que também é Deus, vivendo num Universo de corpos celestiais – galáxias, estrelas e planetas – que também é Deus, tudo permeado pela energia cósmica, que também é Deus.

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A verdadeira e única simbologia do “somos um” é esta. Só existe um único ser: o Universo como um todo, a Energia-Mãe, Energia Prima + Pensamento-Maior, Deus, se preferir.

Vamos aprofundar um pouquinho a explicação:

Uma vez criado o ambiente físico, algo ou alguém deveria experimentá -lo. Quem?

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O próprio Criador, é claro. Entretanto o ambiente criado, embora gigantescamente grande, é ainda pequeno para conter o infinito de seu Criador. Este então desmembrou-se em pequenas cápsulas contendo cada uma um pouco de sua própria consciência e essência. Estas cápsulas contendo um pouco do Criador são delimitadas por uma capa feita de coágulos de energia que como vimos é Energia Prima condensada num estágio muito anterior ao da matéria e portanto invisível aos nossos olhos. Esta capa é chamada pelos Kardexistas de “perespírito” e a energia que dele emana chama-se “aura”. A fotografia Kirlian, ainda combatida pela ciência moderna, que registra o contorno energético de nossos corpos físicos vivos, fotografa, nada mais nada menos que, esta capa ou perespírito.

Estas cápsulas de consciência, são, em essência, o próprio Criador ou a Energia Prima, mas tal como a garrafa contendo água do mar, iguais em qualidade porém diferentes em quantidade. Guardamos as mesmas qualidades do Cri ador ou da Energia Prima porém com conhecimentos e poder criativo proporcional. Isto ocorre porque devido seu tamanho a

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cápsula não pode conter o Pensamento -Maior, o reservatório de toda sabedoria. Em contra partida foi lhe dado um mecanismo muito parecido, que chamamos de Pensamento -Menor, com o qual podemos acessar o Pensamento -Maior. Com este mecanismo simples podemos buscar no reservatório de sabedoria ou Pensamento-Maior tudo aquilo que necessitamos para a experimentação física.

Cada cápsula de consciência, também chamada de alma ou espírito, comporta-se como se fosse um indivíduo isolado dos demais já que está delimitada pela capa ou perespírito. Deste modo, cada elemento pode fazer suas experimentações materiais individualmente, compará-las com a fonte de sabedoria e tirar suas próprias conclusões. Para tanto se utiliza de um corpo material e pode acessar fisicamente a matéria que o rodeia.

Conclusão: Somos cápsulas de Energia Prima ou do Criador ou de Deus, dotados de um mecanismo mental que nos permite acessar o grande reservatório de sabedoria ao mesmo tempo em que nos permite conhecer uma sensação de individualidade. Guardamos ainda as mesmas características qualitativas da energia original ou Criador.

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Esta conclusão simplória, à princípio, nos deixa céticos, entretanto a natureza é simples. Nós é que a complicamos demais. O ser humano tende a pensar que tudo é extremamente complexo e sempre que cria algo novo ou tenta entender uma lei ou princípio parte sempre para o mais difícil, para o mais complicado. Veja, por exemplo o transistor. Um simples mecanismo composto por dois cristais encontrados na natureza

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que tem por finalidade manipular sinais elétricos, substituiu as antigas e complicadas válvulas que muitos de nós pudemos ver nos rádios de nossos pais e avós. Tais válvulas, extremamente frágeis, consumiam uma quantidade enorme de energia elétrica, esquentavam os equipamentos e não permitiam a sua miniaturização, sem levar em conta que a qualidade final deixava muito a desejar. Não fossem os transistores e os circuitos integrados não teríamos hoje micro computadores, sofisticadíssimos aparelhos de som e televisão, câmeras de vídeo e centenas de aparelhos médico- hospitalares e científicos que tanto contribuem para a qualidade de vida.

Apesar de sermos um mecanismo extremamente simples estamos dotados de um incalculável poder de comunicação que nos permite criar e ao mesmo tempo estabelecer correlações entre certo e errado, bom e mal, amor e ódio e outras dicotomias que pudermos imaginar.

O poder de criação dado ao ser humano é, evidentemente, proporcional às suas dimensões (quantidade de Energia Prima da alma). Por este motivo não foi dado ao ser humano o poder de criar do nada mas tão somente o poder de manipular a matéria de acordo com seus desejos e necessidades. É exatamente isto que temos feito desde que nos descobrimos como seres racionais.

Se você fizer uma análise mais profunda notará que o homem, na realidade, não inventa nada. Cria, sim, maneiras diferentes de utilizar modelos já existentes ou então se utiliza das leis Universais existentes para obter seu intento. Apenas para citar alguns exemplos: a

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máquina fotográfica é uma cópia de nossos olhos, o microfone é uma cópia de nossos ouvidos, o alto- falante assemelha-se às nossas cordas vocais, a transmissão e recepção de ondas assemelha-se às transmissões cósmicas e às transmissões de nosso cérebro, os aviões assemelham-se às aves, veículos de locomoção em solo lunar ou marciano são projetados com base na locomoção das aranhas e uma infinidade de outros artefatos que possuem seus respectivos paralelos na natureza e no Universo. Por outro lado, leis físicas e químicas criadas originalmente com o Universo físico são manipuladas pelo homem no sentido de obter seu intento. O homem não inventou e nem criou nenhuma lei da física ou da química. Ele apenas as descobriu.

Tais manipulações da matéria e da energia, bem como de suas regras e leis não diminui o ser humano. Muito pelo contrário. Só vem demonstrar sua enorme capacidade criativa e sua incrível adaptabilidade ao meio em que vive, bem como comprovar que o Criador, Deus ou o Pensamento -Maior forneceu ao homem a maior ferramenta que um animal biológico poderia desejar, o pensamento. Sim porque o primeiro passo que todo chamado “inventor” ou descobridor precisa dar, para atingir seu intento ou produzir sua obra, é pensar. Muitas vezes, entretanto, só pensar não basta. É preciso intuir, que nada mais é do que buscar no reservatório Universal de sabedoria as respostas de que necessita.

Nos tópicos que se seguem teremos oportunidade de explicar como se utilizar da ferramenta “pensar” e “intuir” de tal modo que possa contribuir para uma melhor qualidade de vida. O processo, extremamente

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simples, é dificilmente praticado pela grande maioria devido à forma errônea como pensamos e devido aos piores inimigos da humanidade: o medo, a incerteza, a ansiedade, a expectativa, etc.

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VIRTUALIDADE E REALIDADE

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Real é, por definição, tudo aquilo que existe de fato, que é verdadeiro. Virtual é algo que existe como potência ou faculdade porém não exerce efeito atual, ou seja é uma ilusão.

O termo “realidade virtual” tem sido muito utilizado depois do advento dos micro computadores. Jogos de efeitos incríveis, muitos dos quais só possíveis na ficção, nos transmitem sensações quase reais de velocidade, espaço infinito, vácuo, vôo, guerras espaciais, seres monstruosos e outras aventuras. Tais efeitos podem ser vistos na tela do micro computador, num super telão ou através de óculos especiais que transmitem sensações de terceira dimensão e tornam a aventura virtual ainda mais próxima da realidade, oferecendo a sensação de estarmos realmente no cenário criado.

Por certo deveríamos utilizar o termo “virtualidade” para a “realidade virtual” criada pelos programadores de jogos, uma vez que os eventos não são, de fato, reais.

Se atentarmos detidamente para o Universo em que vivemos poderemos compará-lo a esta “virtualidade” dos computadores modernos. Tudo aquilo que julgamos ser “real” no mundo físico não passa de energia condensada. A solidez dos materiais é, também, ilusória, pois como vimos no átomo de hidrogênio, o próton, responsável por 99,99% de seu peso, compara-se em tamanho à uma azeitona no meio de um quarteirão. Na verdade o átomo de hidrogênio e todos os demais, bem como as moléculas formadas pela junção de dois ou mais átomos, são na

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verdade 99,99% ou mais de espaço vazio. Um ventilador de duas pás é um bom exemplo de como um átomo se apresenta diante de nossos olhos. A hélice, quando parada ocupa um determinado espaço. Girando em alta rotação se nos apresenta como um disco. No átomo, o elétron faz um papel semelhante. Saltitando numa capa esférica ao redor o próton, à velocidade da luz, ocupa todos os espaços quase que instantaneamente dando-nos a impressão de ser uma esfera sólida e de fato o átomo ocupa todo o espaço visual que cria.

Se extraíssemos todos os espaços vazios, inclusive os interatômicos existentes num dos maiores edifícios de Nova York, o Empire State, obteríamos um volume real do tamanho de uma agulha de costura. Este seria o real volume ocupado pelo edifício todo se todos os

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prótons e elétrons se colassem uns aos outros. Sob o mesmo raciocínio nosso planeta seria pouco maior do que uma bola de boliche.

Sob esta ótica não estaríamos vivendo, ta l como nos vídeo games, uma tremenda ilusão?

Podemos concluir que o que é realidade para nós, enquanto vivos, é uma virtualidade para a alma enquanto no seu habitat natural – no seio da infinita da Energia Prima. Quando entra no jogo, ou seja, quando passa a ocupar um corpo físico, a alma fica tão imbuída da realidade que se esquece totalmente da virtualidade.

A diferença entre o jogo no computador e o jogo da vida é que no computador paramos para um café, para tomar banho, para dormir e para outras atividades,

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desligando-nos totalmente do brinquedo. Na vida, entramos para o ambiente da experiência e nele vivemos, comemos, dormimos e acordamos, sem nenhuma pausa para descanso, fato este que nos faz crer que é real.

Se colocássemos um bebê recém nascido, durante anos a fio, num ambiente ilusório, controlado por computadores, provavelmente, quando adulto, não conseguiria viver nossa realidade uma vez que estaria condicionado à virtualidade que conhecera durante toda sua vida.

Este ambiente ou cenário em que vivemos é, na realidade, um projeto virtual de seu Criador e como tal deve ter um significado ou utilidade.

Nota-se também que o homem também não criou a realidade virtual existente nos jogos de computador. Copiou-a também do modelo Universal existente há bilhões e bilhões de anos.

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A EXPERIMENTAÇÃO E A COMPROVAÇÃO DA VERDADE

Tal como Júlio Verne e Monteiro Lobato escreveram histórias de ficção que se tornaram realidade, o homem atual cria virtualidade em seus programas de computador que fatalmente, um dia, poderão se tornar realidade.

Como já dissemos, tudo o que o homem pensa é passível de se realizar, caso contrário ele nem conseguiria conceber em sua mente.

O ser humano está sempre em busca de novas experiências. Quando pensamos que o homem já inventou tudo aquilo de que necessita para uma boa qualidade de vida, novos inventos e descobertas surgem e com elas mais questões em busca de respostas.

Este espírito inquiridor do ser humano é uma dádiva do Universo. A fonte de sabedoria e seu grande reservatório cósmico é inesgotável motivo pelo qual sempre temos e sempre teremos algo mais a descobrir. Tal comportamento também não é invenção humana, é na verdade uma lei do Universo, um legado de seu Criador para a humanidade.

A esta altura fica cada vez mais difícil duvidar da existência de um Engenheiro criador de todo o Universo e de suas leis, dada sua perfeição, precisão e infalibilidade. Torna-se difícil, também, acreditar que tudo aconteceu por acaso, sem a interferência de um idealizador. Cientista s famosos já aceitam a existência de “Deus”.

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Se há mesmo um Criador de tudo, qual foi seu propósito ao criar a matéria e a consciência humana?

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Deste ponto em diante vamos aceitar a existência de um Criador, Engenheiro do Universo, Pensamento- Maior ou Deus e vamos tentar explicar seu propósito.

Como vimos em tópicos anteriores a Energia Prima é composta de duas bandas ou fases energéticas opostas, sendo uma positiva e outra invertida. Tais fases convivendo juntas, embora existam, se anulam mutuamente e com isto não apresentam efeito algum. Vimos também o exemplo do som que existe mas se anula quando som iguais, de fases diferentes, se chocam ou se misturam. Tanto a Energia Prima como o som quando separados apresentam efeitos. A Energia Prima se coagulou e fez nascer a matéria. O som pode ser ouvido igualmente nas duas caixas acústicas se cada uma estiver em um ambiente separado. Desta forma, toda e qualquer energia se anula e permanece num aparente repouso quando em contato com sua fase invertida.

Embora a ciência ainda não reuna conhecimentos suficientes para comprovar, podemos afirmar que amor e ódio ou a fé e o medo por exemplo, são frequências existentes na Energia Prima. O amor e a fé são frequência positiva e o ódio e o medo os seus inversos. Quando juntos têm seus efeitos anulados embora presentes. O mesmo ocorre com todas as dualidades que você puder conceber tais como egoísmo e altruísmo, honestidade e desonestidade, bondade e maldade, compaixão e desprezo, lealdade e

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deslealdade, certo e errado, verdadeiro e falso, bonito e feio e demais sentimentos.

Deus, na sua vasta sabedoria, sabia da existência destas dualidades, mas não podia experimentá-las. Conhecia-as exclusivamente em teoria já que, em repouso, não podiam ser sentidos seus efeitos. Para experimenta -las precisaria criar um ambiente adequado onde a relatividade se fizesse presente. Ao separar a Energia Prima em duas fases, Deus não só conseguiu criar a matéria, tempo, espaço e seus relacionamentos como também a dualidade dos sentimentos que, apesar de acharmos que sejam exclusivamente humanos, são sentimentos Divinos. Aliás, diga-se de passagem, tudo é divino.

Só é possível valorizar o bem se conhecermos o mal, só é possível saber o que é amor se conhecermos o ódio e assim ocorre com quaisquer outros sentimentos ou comportamentos.

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Por outro lado só a experimentação prática permite a qualquer ser optar por um entre dois conceitos opostos. Deus sabia que entre dois conceitos opostos somente um seria positivo mas não tinha experiência prática, apenas teórica. Tal como a história do relógio contada acima, precisava destruir para poder construir.

Criado o ambiente propício aos experimentos surgiu outro problema. Deus, na sua imensidão, não poderia penetrar totalmente no ambiente e vivenciar cada experiência. O espaço físico criado era menor do que seu corpo espiritual. Decidiu então criar pequenas cápsulas contendo um pouco de si mesmo, sua essência, e faze -las fluir através do ambiente. Devido nossa limitação, com certeza, não poderemos, em

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tempo algum, dimensionar o espaço ocupado pelo Universo físico. Cada novo telescópio que surgir surpreenderá os astrônomos ao mostrar cada vez mais galáxias no sistema. Isto já ocorreu, ocorre e continuará ocorrendo porque o Universo físico ocupa todo o Corpo Espiritual de Deus e portanto é também infinito.

Com isto podemos ampliar a definição de nós mesmos da seguinte forma:

Somos cápsulas repletas da essência de Deus vivenciando e experimentando, na prática, os conceitos teóricos de amor e ódio, certo e errado, bem e mal, entre outros. E até que não tenhamos experimentado todas as dualidades estaremos entrando e saindo no ambiente de experimentos, este fantástico laboratório de provas, que chamamos de Universo Físico.

Cada cápsula é livre para decidir qua ndo, onde e quais experimentos deseja ou precisa vivenciar. Uma vez completado o ciclo de conhecimentos estará liberada para retornar ao corpo principal que é o corpo do Criador.

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PRESENTE, PASSADO E FUTURO – ONDE ESTAMOS?

Conforme já comentamos, tempo e espaço são conceitos relativos, ou seja só existe espaço se houverem pelos menos dois pontos separados entre si e só existe tempo se houverem dois eventos distintos ocorridos em instantes diferentes.

Para exemplificar, suponhamos que o espaço ocupado pelo Universo Físico esteja limitado em um circulo de 1.000.000.000 de km de diâmetro. Para sabermos qual porcentagem este circulo ocupa do espaço todo, deveremos dividir 1.000.000.000 de km pelo infinito, já que pressupomos que o Universo como um todo é imensurável.

Matematicamente:

Se dividirmos 1 por 1.000 teremos

1 = 0,001

1.000

Se dividirmos 1 por 1.000.000.000

1 = 0,000000001 1.000.000.000

Logo, se dividirmos 1 por Infinito teremos:

1 = 0,00000.......... ........1

Infinito infinitos zeros antes do n.º 1

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Trata-se de um número infinitamente pequeno, com infinitos zeros depois da virgula que ao final tem o n.º 1. Por se tratar de infinitos zeros antes do 1, sempre caberá mais zeros, logo o n.º 1 só será colocado no limite, ou seja, tende a zero.

Qualquer que seja o número divido por infinito o resultado será sempre o mesmo, ou seja tende a zero. 1.000.000.000 de km de diâmetro dividido por infinito tende a zero. Multiplicando-se o resultado desta conta por 100 para obtermos o resultado em percentual teremos que zero X 100 = Zero. Logo o espaço ocupado pela parte material do Universo é de 0% do total.

Isto é o mesmo que dizer que o Universo Físico é algo infinitamente pequeno diante da grandiosidade de seu Criador.

Analogamente o mesmo ocorre com o tempo. Se contarmos o tempo de existência da matéria e dividirmos pelo tempo total do Universo, que também supõe-se infinito, teremos seu resultado tendendo a zero. Da mesma forma que para o espaço podemos afirmar que o tempo decorrido entre o inicio da materialização e os dias de hoje é infinitamente pequeno diante da grandiosidade de Deus.

A sensação de tempo e espaço é infinitamente pequena ou zero para Deus porque Sua Mente se utiliza do Pensamento-Maior cuja velocidade é infinita. Deus se posiciona mentalmente no Universo instantaneamente, podendo estar atento para onde quiser no instante que quiser, daí sua onipresença e oniconciência. Nós, que somos pequenas cápsulas

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com Sua essência temos em nossas mentes uma forma de pensamento mais lenta, mais condizente com a natureza vagarosa da matéria e das energias, motivo pelo qual assistimos o tempo passar lentamente e temos uma sensação espacial gigantesca.

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Apesar de constituídos da mesma energia e da mesma essência, este encapsulamento ao qual fomos submetidos, nos colocou dentro do conceito de relatividade. Melhor dizendo: olhamos para as cápsulas – almas ou pessoas que nos rodeiam – como sendo algo externo e distante de nós, esquecendo-nos que somos como bilhões de garrafas do mesmo oceano. Por outro lado, como nossas mentes se utilizam do Pensamento-Menor, não podemos estar onipresentes e oniscientes o tempo todo, somente quando nos conectamos com o Pensamento-Maior.

Desde pequenos somos condicionados a nos percebermos como seres isolados, valorizando excessivamente nossos Egos de tal modo que esquecemos completamente nossas origens e o real propósito do experimento.

Conforme demonstramos acima, sob a ótica do Criador, tempo e espaço não existem. Consequentemente não existe presente, passado ou futuro, nem tampouco aqui, ali ou acolá (inicio, meio e fim). Tudo ocorre num mesmo instante, num tempo tão pequeno que se torna impossível, separar presente, passado e futuro e num espaço tão restrito que também dificulta dar-lhes coordenadas ou posições espaciais. Algumas seitas denominam as diversas fases daquilo que chamamos de vida e de vida após a

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morte de planos paralelos, não temporais, onde tudo está ocorrendo ao mesmo tempo.

Devido à máscara de individualidade que utilizamos, raramente permitimos que nosso Pensamento-Menor se conecte ao Pensamento-Maior. Nas raras vezes que isto ocorre conscientemente temos sensações estranhas tais como achar que já passamos por esta ou aquela situação, achar que já estivemos num determinado lugar ou que já fizemos determinada tarefa. Outras pessoas têm visões de fatos que vão ocorrer no futuro ou têm, de fato, o dom da premonição.

O sono profundo é um mecanismo de fuga que nos permite sair da realidade (ou seria virtualidade?) em que vivemos de modo que possamos manter, mesmo que precariamente, um elo de ligação com nossa verdadeira natureza e com os propósitos de nossas vidas.

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Conclusão: presente, passado, futuro e localização são conceitos tão relativos quanto os são tempo e espaço. Só existem enquanto nos mantemos na baixa velocidade em que vivemos (velocidade da luz). Na velocidade do Pensamento-Maior ou onipresença Divina não passam de meros eventos infinitamente pequenos.

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A NATUREZA CÍCLICA DA ENERGIA E DA MATÉRIA

Se neste mundo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma, inclusive a energia, é fácil perceber que, apesar de infinito, o Universo é um sistema fechado.

Em química, diz-se que um sistema é fechado quando nele nada entra ou sai. Todos os processos que nele ocorrem são de pura transformação. Nada é acrescentado e nada é extraído. Quando misturamos dois líquidos que reagem entre si, como por exemplo, ácido muriático e soda cáustica a produção de calor é muito intensa e o resultado da reação será sal (de cozinha) e água. O calor gerado pela reação pode ser traduzido como sendo uma minúscula quantidade de matéria que se transformou em energia. Logo, se somarmos os pesos do sal e da água resultantes da reação, tal peso deverá ser ligeiramente menor que a soma dos pesos do ácido e da soda colocados no recipiente. Porém se adicionarmos o peso teórico da quantidade de calor gerada, os resultados serão iguais. Conclusão: nada se perdeu, tudo se transformou.

No Universo como um todo, em toda sua infinita vastidão, ocorre exatamente a mesma coisa. Nada se perde, nada se cria, tudo se transforma. Deus, na sua infinita sabedoria, transformou a Energia Prima em matéria e em outras energias, derivou um Pensamento- Menor do Pensamento -Maior e criou cápsulas individuais contendo sua essência. Na soma tudo o que foi criado é, quantitativamente, igual a soma da Energia Prima + Pensamento -Maior. Um dia, quando o processo terminar, todas as energias voltarão a ser Energia Prima e todo Pensamento-Menor voltará para

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o Pensamento-Maior. Quando isto ocorrer, o Universo terá voltado ao seu estado de repouso absoluto original porém o Pensamento-Maior estará repleto das experimentações sentidas pelos diversos módulos de Pensamento-Menor. Na prática, voltamos a ser um com Deus e Ele por sua vez terá confirmado tudo o que já sabia na teoria.

Enquanto isto não ocorre, o sistema se transforma, o tempo todo, matéria em energia, energia em matéria, uma forma de energia em outra, um átomo em outro, uma molécula em outra, um sistema biológico em minério, minérios em plantas, plantas em animais, etc. É comum arqueólogos encontrarem fósseis milenares de animais e plantas, petrificados, calcificados ou, melhor dizendo, transformado em minerais. Os astrônomos assistem com certa frequência o nascimento e a morte de estrelas, planetas e asteróides, que nada mais são do que fenômenos da constante transformação da matéria. Nosso Sol envia raios de luz para a Terra e outros planetas do Sistema Solar, luz esta que se transforma em calor e que a tecnologia moderna nos permite transformar em eletricidade e outras fontes de energia.

O Pensamento não foge à regra. Recebe as energias sutis oriundas da energia do amor, do ódio, da compaixão, do medo, da leald ade, da honestidade, da maldade, da bondade e de outras tantas que conhecemos e as transforma em consciência. O resultado de cada experimento humano ou de cada alma vivente pode ser traduzido como obtenção de consciência, conhecimento do bem e do mal, do certo e do errado. Mais uma vez, nada se cria, nada se perde, tudo se transforma. Por outro lado, quando você pensa,

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seu pensamento sai de seu cérebro em forma de ondas e viaja pelo espaço. Este pensamento deve transformar-se em algo ou sintonizar algo. Esta transformação ou sintonia do pensamento acaba se tornando sua realidade. Volta para o sujeito depois de devidamente transformado.

Todos os organismos biológicos, do mais simples vírus, passando pelas bactérias, plantas e animais irracionais, até o ser humano são dotados de consciência. Todos possuem cápsulas da essência Divina agregadas aos seus corpos materiais e todos estão experimentando, na matéria, os efeitos opostos (polaridades positiva e invertida) que todas as emoções apresentam e que a ilusão material lhes proporciona. Os resultados destes experimentos, deste grande jogo virtual, ficam listados em suas consciências e um dia voltarão para a grande

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Consciência Universal na forma de conhecimentos práticos e não teóricos como antes do evento.

Tal como é encima é embaixo. Tal como o corpo vem da terra e para ela volta, a alma ou cápsula também entra e sai do ambiente de experimentos várias vezes, tantas quantas forem suficientes e necessárias para levar a cabo seus propósitos espirituais de comparar. Como seu objetivo é comparar todas as dualidades existentes no Universo e sendo a vida curta demais para tal, a alma nasce e renasce centenas, talvez milhares de vezes até que o processo de reconhecimento e conclusões ocorram.

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O PENSAMENTO COMO FERRAMENTA DE CRIAÇÃO

O pensamento é a ferramenta mais importante que Deus deu ao homem. O restante do corpo é apenas acessório. O corpo biológico, os elementos químicos e as matérias que deles derivam, as energias, o ambiente, os cenários, os eventos (jogos) e demais acessórios servem-nos apenas como meios para atingirmos a plena consciência. São, na verdade, elementos suficientes e necessários para nos proporcionar a experimentação das emoções e confirmar seus efeitos.

Assim como Deus desejou, pensou e por últi mo criou, também o homem inicia seus experimentos a partir do desejo, do pensamento e por último da ação.

Do invento da roda ao micro computador, houve inicialmente o desejo, que nascido da necessidade, fez o homem pensar e posteriormente partir para a construção do seu intento – a ação. Mesmo os atos tidos como irracionais ou instintivos nascem de uma memória genética contida em nossas células. Isto ocorre porque, embora o pensamento seja uma função cerebral, ele impregna todas as células do corpo e nelas deixa um registro genético que é passado de geração a geração. Este é um sinal de que o Pensamento-Menor não só está encapsulado na alma ou no Ego, mas acumula-se em centros de registro Universais e passa de uma geração à outra com o fito de proporcionar maiores e melhores condições para os novatos enfrentarem seus experimentos, ao mesmo tempo que registra na Consciência Cósmica os experimentos tidos como individuais. Poderíamos

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chamar estes registros Universais de Genética do Pensamento, sendo cada receptáculo um gene.

Dada sua complexidade convém que façamos uma analogia do pensamento com algo conhecido para facilitar o entendimento.

Você liga seu aparelho de rádio FM Estéreo. Seu aparelho de som Estéreo recebe os sinais transmitidos pela estação de rádio e divide o sinal em duas caixas acústicas separadas ou em dois alto falantes dispostos nas laterais de seu equipamento. FM é uma abreviação de Frequência Modulada. Este tipo de frequência ou ondas é utilizado, não só pelas estações de FM, como também pelas emissoras de TV. É composto de uma onda principal, chamada também de portadora, que é modulada pela voz do locutor ou pela música de um CD conforme pode ser visto no próximo desenho.

A portadora é quem na realidade transporta ou carrega os sons originados pelos CDs ou pela voz do locutor. Juntamente com a onda principal ou portadora é transmitido um sinal, chamado de sinal piloto, que carrega informações de como seu aparelho receberá o sons transmitidos de forma estereofônica.

As transmissões em som estereofônico consistem em enviar sinais em dois canais diferentes, esquerdo e direito. Os CDs são gravados desta forma ou seja em dois canais e consequentemente sua transmissão via FM Estéreo é feita em dois canais. É comum, ao ouvir música pelo rádio, percebermos que o violão, por exemplo, se faz mais presente na caixa acústica da direita, o piano na caixa esquerda e a voz do cantor por ter aproximadamente a mesma intensidade em ambas

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as caixas parece estar no meio das mesmas. O locutor da rádio, por sua vez, para transmitir sua voz em estéreo, precisa se utilizar de dois microfones. Um à sua direita e outro à sua esquerda. Se ele falar mais perto do da direita, você receberá um maior volume de voz no sua caixa acústica direita e vice-versa.

Como em geral ele fala à uma distância equidistante dos dois microfones a sensação é de que a voz recebida está num ponto intermediário entre as duas caixas. O sinal piloto é o responsável pela direção que cada um dos sinais, esquerdo e direito, tomará em seu equipamento de som, ou seja ele é decodificado em seu aparelho e distribui cada um dos sons em cada canal da mesma forma que foi transmitido pela emissora.

Suponha agora que o locutor precise transmitir um programa de rádio de madrugada e por motivos quaisquer não possa estar presente no estúdio naquele horário. Ele então grava, num gravador de fita, toda a programação musical, textos e comerciais e no horário previsto o técnico coloca a fita gravada no ar.

Programas de FM e TV são, em geral, transmitidos localmente, atingindo uma região delimitada pela potência do transmissor. Entretanto, através dos modernos satélites de comunicação os programas podem cobrir um Estado, um País e até mesmo o mundo todo.

Nosso cérebro é um equipamento biológico que tem por propriedade transmitir e receber os sinais que chamamos de pensamento. Os pensamentos podem transitar dentro de nossos corpos, tal como ocorre com

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os controles automáticos de pulsação, respiração, digestão, etc. ou com as sensações de frio, calor, dor, cheiro, sabor, imagens, cor, etc. Embora algumas das sensações sejam provocadas por condições externas ao corpo, seus estímulos transitam pelo sistema nervoso e se processam no cérebro. Na verdade, o cérebro não sente nada, apenas processa as informações recebidas. Os pensamentos podem também ser externados e os mecanismos mais comuns para tal são os gestos, as expressões faciais e o ato de falar. Dificilmente nos utilizamos do cérebro para transmitir, de forma consciente, pensamentos à distância, entretanto, aquilo que chamamos de “coincidência” é, na maioria das vezes, uma transmissão involuntária do pensamento. Por exemplo, você pensa num amigo e minutos depois ele lhe telefona dizendo

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que lembrou-se de você ou então, desiste de uma viagem e descobre, mais tarde, que o avião sofreu uma pane gravíssima.

Como comentado anteriormente, nos utilizamos do Pensamento-Menor e com ele processamos todo nosso cotidiano. Vamos, voltamos, trabalhamos, comemos, dormimos, assistimos televisão, conversamos, atravessamos ruas e nos envolvemos em centenas de atividades diariamente sem nos darmos conta disso. O Pensamento-Menor, diretor de nosso cotidiano e de nossas funções básicas, chamado normalmente de consciente e inconsciente é o responsável por praticamente todas estas atividades. Dificilmente nos reportamos conscientemente ao Pensamento-Maior, fonte de inspirações, de respostas, de sabedoria, de criatividade e de realização. Andamos tão ocupados com nosso cotidiano, e por julgar que somos aptos a resolver tudo só com o Pensamento-Menor,

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esquecemos quem realmente somos e acabamos mergulhados num mar de preocupações, receios, ansiedade e infelicidade.

Plantas e animais possuem vida (leia o livro: A Vida Secreta das Plantas) e portanto também são dotados de cápsulas contendo a essência Divina. O nível de experimento que estão praticando não exige que tenham em suas cápsulas uma quantidade muito grande de Pensamento -Menor, apenas o suficiente para contatar o Pensamento-Maior e transmitir seus experimentos e sensações. Por este motivo as plantas e a grande maioria dos animais não sofrem, quase não adoecem, não se preocupam com conceitos de presente, passado e futuro, temem apenas por sua vidas (preservação da espécie) e não por suas consequências, não acumulam riquezas, entre outras coisas, comuns aos humanos. Alguns animais, cujas necessidades de experimentação estão num estágio superior, já experimentam alguns dissabores e sentem- se obrigados a optar por uma entre duas decisões, acumular alimentos, entre outras.

Nossa mente é um complexo formado pelo consciente, inconsciente, subconsciente e alguns autores falam também em super consciente.

O homem inventou o computador “copiando” o cérebro humano e suas funções. Por analogia podemos dizer que os olhos são o “scanner” (aparelho que capta imagens para dentro do computador), o tato poderia ser a “tela do micro” quando esta é sensível ao toque ou

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periféricos sensíveis ao calor, por exemplo e os ouvidos, o “microfone”. Já o olfato e o paladar ainda não foram incorporados ao computador dada sua

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extrema complexidade, embora já existam grandes avanços nesta área. O consciente poderia ser comparado ao “teclado ou mouse” , o inconsciente ao “hardware” (fonte de energia, placas, o equipamento em si, propriamente dito), o subconsciente ao “processador” e aos “programas” e o super consciente ao “sistema operacional”.

Quando pensamos em uma questão complexa e ficamos horas, dias ou semanas buscando uma solução estamos fazendo uso do teclado sem dar o “Enter”. Com isto não transferimos a questão para o processador ou para o programa (subconsciente). A questão não sendo processada não nos proporciona resposta. Ao esquecermos o assunto, agimos como se tivéssemos dado um “enter” para a questão. Desta forma o subconsciente assume o trabalho de processamento, juntando todos os conceitos fornecidos ou armazenados na memória e, de repente, a resposta aparece. Às vezes o subconsciente (processador e programas) se vê obrigado a buscar outros recursos no super consciente (sistema operacional). Quando o inconsciente deixa de controlar o corpo e suas funções vitais age como se o “hardware” tivesse quebrado. Neste ponto adoecemos ou morremos.

Einstein dizia:

Penso 99 vezes e nada acontece. Porém quando deixo de pensar a resposta me aparece.

Desta forma alimentava seu processador (subconsciente) com toda sorte de informações e depois aposentava o assunto – dava um “enter”. Uma vez processadas todas as coordenadas a resposta

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aparecia em sua mente automaticamente. Muitas das teorias de Einstein brotaram-lhe intuitivamente como se suas dúvidas e questionamentos fossem buscar respostas no grande reservatório Universal de sabedoria.

Voltando à estação de FM vamos tentar mostrar como este intrincado sistema, chamado pensamento, funciona.

Ao contrário da estação de FM (que só transmite) nosso cérebro tanto transmite como recebe informações. Como vimos a estação de FM transmite uma onda chamada de portadora que transporta nela sons modulados. Analogamente o Pensamento -Maior é a onda portadora ou principal e é nela que, através do Pensamento-Menor, modulamos nossas transmissões e recepções. Da mesma forma que nas transmissões de FM, o Pensamento -Maior carrega junto de si um sinal piloto que funciona como filtro das informações transportadas. As transmissões de rádio transportam dois canais (estéreo) e o sinal piloto os direciona para as caixas acústicas direita e esquerda. O Pensamento- Maior opera com centenas, milhares de canais e a função do sinal piloto é a de decodificar as transmissões (filtrá-las) e depositá-las nos respectivos receptáculos que são similares às caixas acústicas. Nem tudo aquilo que pensamos, entretanto, é levado pelo Pensamento -Maior para os devidos receptáculos. Agimos como aquele locutor que não pode estar no estúdio na hora do programa e para tanto deixa-o gravado em fita para ser transmitido posteriormente. Usando o Pensamento-Menor gravamos centenas de fitas por dia, cada uma com um programa diferente como por exemplo um medo, um desejo, um pedido,

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um agradecimento, uma dúvida, uma alegria ou uma insatisfação, entre tantos outros. Às vezes transmitimos uma ou outra destas gravações através do Pensamento-Maior, mas a grande maioria de nossas fitas ou programas são abandonadas, ora por não serem consistentes, ora por não estarem muito bem definidas, ora porque mudamos de idéia, ora porque não era bem aquilo que queríamos, ora porque não estava adequadamente detalhada e, em verdade, na grande maioria das vezes por desconhecimento total do sistema.

As centenas ou milhares de receptáculos em cujo interior o sinal piloto irá depositar cada tipo de sinal (pensamento) acumulam informações similares de todos aqueles que se utilizam do Pensamento-Maior para transmitir seus Pensamentos-Menores. Desta forma, quando você transmite um sentimento de ódio, por exemplo, o receptáculo de ódio recebe seu sinal e soma-o a todas as transmissões de ódio geradas pelos demais seres dotados de Pensamento -

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Menor que as transmitiram. Quando você deseja um carro novo, para citar outro exemplo, e envia de fato este desejo para o receptáculo de desejos, este também se soma aos milhares de desejos transmitidos por outras pessoas. Deste modo, cada tipo de pensamento que você transmite é depositado num receptáculo próprio.

Até agora falamos sobre transmissão. Porém, como dito anteriormente, nosso cérebro funciona também como receptor. O mesmo canal que acionamos para cada quesito é utilizado tanto para transmitir como para receber. Quando ligamos nosso receptor, enviamos um sinal que irá sintonizar um dos receptáculos e seu conteúdo estará à nossa disposição.

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Certamente você já ouviu frases como estas:

O castigo vem a cavalo. Que Deus lhe dê em dobro tudo que me desejares. A graça de Deus é sempre superior àquela que pedimos. Eu não mereço um castigo tão grande.

Imagine então uma pessoa cheia de ódio e rancor, transmitindo seus pensamentos para o respectivo receptáculo. Num dado momento, por não saber operar bem o sistema, esta pessoa libera o sinal para recepção. Todo ódio e rancor ali acumulado cai sobre sua cabeça. A desgraça toma conta de sua vida e em geral tal pessoa acaba por aceitar tal fato como castigo.

Será castigo mesmo ou um erro operacional?

Se optarmos pelo “erro operacional” teremos acertado pois todos nós conhecemos pessoas que cometem crimes horrendos ou são extremamente negativas ou são maldosas e nada lhes acontece. Teria Deus Se esquecido de castigá-las ou será que tais pessoas, por desconhecimento ou por não se “ligar” nestes assuntos nunca tenham ligado seus receptores?

Experimentar não é pecado e embora não saibamos, é nosso principal desígnio. Logo o fato dos seres alimentarem o receptáculo do ódio ou do amor ou qualquer outro é indiferente para

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Deus. Entretanto se você entrou no ambiente de experimentos, neste gigantesco laboratório, neste grandioso jogo virtual e esqueceu-se de quem realmente e é iludido pela

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matéria ou pelo poder fez transmissões negativas, corre o risco de acionar a recepção errada e sofrer suas consequências. Pior do que isto é pagar não só pelos seus atos mas pela somatória dos atos similares de todos aqueles que alimentaram o receptáculo. O castigo vem a cavalo. Por outro lado existem também consequências agradáveis como para aqueles que conseguem não só alimentar como também receber transmissões do receptáculo do amor, da bondade, da honestidade, da cura, da riqueza material, entre outros. Quase sempre nestas horas diz-se que a pessoa alcançou uma graça muito maior do que aquela que esperava. Um milagre ou uma cura fantástica ou grande prêmio de loteria são algumas das cons equências agradáveis que costumam ocorrer.

Nos acostumamos a adotar o termo “criar” para designar as transformações da matéria feitas pelos seres humanos. Entretanto criar significa tirar do nada, coisa que o homem não é capaz. Ao homem foi dado o dom de transformar, modificar, modelar, recompor, adaptar e inventar novas utilidades para os materiais e energias existentes no Universo.

Deus criou a matéria. O homem apenas a modela.

É possível para o homem partir do átomo de hidrogênio e construir outros modelos atômicos, combiná -los em moléculas, fabricar novos materiais, etc. mas lhe é impossível condensar Energia Prima e fabricar um próton ou um elétron enquanto encapsulados em seus Egos. Fora de suas cápsulas o homem volta a ser um com Deus e aí sim, tudo pode. O método, no entanto, é o mesmo. Primeiro precisa desejar, sentir necessidade, depois pensar, repensar e estudar sua idéia e por

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último agir, partir para a construção ou aguardar até que algum dia alguém o faça. O mesmo procedimento é válido quando quer receber do Cósmico respostas para questões complexas,

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como estas, tratadas aqui neste livro. Pense na questão, formule-a adequadamente, modifique a estrutura da pergunta até que esteja de acordo com seus anseios, pense 99 vezes e depois de transmiti-la ao respectivo receptáculo, aposente o assunto. Não pense mais nele, não modifique mais nada. Quando menos esperar a resposta virá. Às vezes na calada da noite, outras vezes através de uma criança ou pessoa estranha e por vezes num filme, num programa de TV, etc. Entretanto, a resposta, na maioria das vezes, vem diretamente para seu Pensamento -Menor. Logo, necessário se faz começar a acreditar no sussurro interior.

No início, a quantidade de receptáculos que o Pensamento-Maior acumulava para guardar desejos e sentimentos era pequena. Há milhares de anos atrás, nossos ancestrais, pouco evoluídos e dotados de pouquíssimos conhecimentos, possuíam muito poucos desejos. Até seus sentimentos, sensações e emoções eram diferentes não só em qualidade como em quantidade. Para citar apenas um, o dos “direitos humanos” é um receptáculo bastante recente. Milhares de receptáculos foram gerados durante a evolução humana. Cada novo conceito, cada nova idéia, cada novo desejo, cada novo sentimento nascidos no Pensamento-Menor da humanidade são filtrados pelo sinal piloto que acompanha o Pensamento-Maior e colocado num novo receptáculo criado para armazená- los.

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Para entender melhor como funcionam estes depósitos de idéias, desejos, sentimentos e necessidades, vamos supor que centenas de pessoas sintam a necessidade de possuir uma máquina fotográfica portátil que fosse capaz de fotografar os ossos de pessoas vivas. Tal equipamento não existe e as pessoas que a desejam ou dela necessitam não são dotadas de recursos técnicos ou financeiros para inventá-la ou construí-la. É característica comum dos inventores, dos chamados “gênios” ou de alguns cientistas parecerem estar no “mundo da lua” ou possuírem um ar de malucos. Na verdade, este ar apalermado de alguns cientistas, gênios e inventores nada mais é do que um estado semi letárgico que facilita a recepção de idéias dos receptáculos.

Einstein tinha essa característica. Diziam até que era maluco. No entanto foi considerado um dos maiores cientistas deste século. Dizem as biografias que Einstein era muito intuitivo mas, pelo exposto, é fácil perceber que seu aparente desligamento era uma maneira de sintonizar os receptáculos e o grande reservatório Universal de sabedoria para que pudesse captar respostas para suas intrigantes questões. Einstein passava dias e até semanas trancado num quarto escuro e só abria a porta para apanhar o alimento que lhe deixavam no corredor. Por

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certo, no escuro, não fazia cálculos matemáticos ou desenhava fórmulas físicas e químicas, apenas pensava. Transmitindo e recebendo informações, Einstein apresentou teorias que revolucionaram a física moderna, muitas das quais só foram comprovadas cientificamente após sua morte.

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Esta dádiva, ao contrário do que muitos pensam, não é privilégio de uns poucos. Trata-se de uma lei Universal acessível a todos nós. Resta -nos aprender ou melhor, relembrar como utilizá -las. Nos próximos tópicos teremos ocasião de oferecer alguns métodos que irão contribuir em muito para o bom uso desta lei.

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CRER OU NÃO CRER – EIS A QUESTÃO

Você, que certamente já levou um choque elétrico, diz ao seu filho: não ponha o dedo naqueles dois buraquinhos da tomada porque você vai levar um choque.

Que subsídios você ofereceu para seu filho acreditar em suas palavras?

Provavelmente nenhum. Seu filho, talvez, por respeito a você nunca coloque o dedo na tomada, entretanto nunca saberá o que é um choque elétrico até senti-lo. Só, e somente só, a partir de seus próprios experimentos poderá comprovar a veracidade ou a falsidade daquilo que, ao seu ver, é teoria.

Se ao invés disso você administrasse no seu filho um pequeno e inofensivo choque de 60 V e lhe dissesse: isto é um choque e naqueles dois buraquinhos ou num fio desencapado ele é

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muito mais intenso e mortal, provavelmente teria feito melhor do que proibi-lo. Em geral a proibição se torna desafio – um encorajamento ao experimento.

Ver para crer.

Este é um dos paradigmas mais aceitos pela humanidade e, de fato, um dos menos utilizados. Aceitamos regras, conselhos e tantas imposições de nossos pais, antepassados e da sociedade em que vivemos e no entanto nem sequer as analisamos, testamos ou fazemos esforços para repensá-las. É muito mais fácil acatar o conservadorismo – a experiência dos outros - do que tentar modificar antigas

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e arcaicas estruturas comportamentais e sociais. Entretanto, muitos se rebelam diante do sistema e fazem o possível e o impossível para modificá-lo.

Por certo, diante de nosso principal desígnio que é o de experimentar, faríamos muito melhor nos rebelando do que conservando conceitos e comportamentos antiquados.

As religiões são, com certeza, as maiores incentivadoras do conservadorismo não só religioso, como também ético e comportamental. Nos longínquos tempos bíblicos Moisés proibia que a população ingerisse certas carnes (a de porco, por exemplo) e induzia os homens, alegando ser vontade Divina, a não dormir com a esposa durante o período menstrual e pelos sete dias subsequentes. Como determinadas carnes, quando mal cozidas, podem provocar sérias doenças, é obvio que a boa intenção de Moisés era a de preservar a saúde do povo. Por outro lado, proibidos de estarem com as esposas durante um determinado período, os homens retornavam com muito maior predisposição ao sexo, justamente no período fértil. A gravidez, quase certa, contribuía para o rápido aumento da população. Utilizando-se de argumentos religiosos, mandamentos Divinos e outros métodos Moisés fortalecia o povo em termos de saúde ao mesmo tempo em que aumentava a população, fato este que facilitaria a tomada da Palestina. Tendo retirado do Egito uma pequena população escrava, fraca e mal nutrida Moisés se viu forçado a andar 40 anos em círculos pelo deserto enquanto preparava quantitativa e qualitativamente seu povo para a grande batalha.

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Apesar de Moisés ter agido mais como um grande estadista e estrategista do que um líder religioso, se utilizava da fé do povo para atingir seu intento. Sua técnica foi de grande valia para a época e para os propósitos mas, com certeza, de nada servem nos dias de hoje. Entretanto, muitas religiões seguem as leis Mosaicas até hoje e os fiéis se rendem à costumes e comportamentos completamente desatualizados sem o menor questionamento.

Este é um pequeno exemplo das centenas de dogmas que as diversas religiões impõem e que os devotos aceitam, às vezes com naturalidade, outras vezes com sacrifício e resignação, porém sem contestação.

É muito mais fácil acatar experiências alheias, regras, normas e comportamentos preestabelecidos do que ter de pensar. Pensar é trabalhoso. Requer esforço, raciocínio, busca, pesquisa, experimentos, erros e acertos.

O que é certo e o que é errado? O que é bom e o que é mal? Os dogmas religiosos e as leis impostas pelos homens são tão desencontradas que rituais, conceitos religiosos, hábitos e costumes são completamente diferentes nas diferentes religiões e nações. Aquilo que achamos certo no Brasil é inadmissível em outros países e vice-versa. O que é permitido numa religião e proibido em outra.

Adjetivos opostos tais como bom e mal, certo e errado, bonito e feio, e outros são conceitos relativistas criados quando da separação das energias e com o consequente aparecimento da matéria. Do um se fez dois. Daí nasce a comparação e a experimentação.

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Se você é capaz de construir um relógio absolutamente perfeito, que não atrasa e nem adianta um milésimo de segundo sequer e tem plena certeza de sua perfeição, precisa de instante em instante, de tempos em tempos conferir se ele realmente está marcando a hora certa? Evidentemente que não. Então, porque achar que Deus, o Criador ou o Engenheiro do Universo deveria fazê-lo?

Se você acredita que o Universo não é obra do acaso, que foi realmente planejado e criado por Deus e que Sua obra é perfeita, vai concordar que Ele já sabe tudo o que vai ocorrer e qual será o resultado final e portanto não tem com que se preocupar e nem tampouco de ficar conferindo e corrigindo o rumo dos acontecimentos.

Entretanto, se você é daqueles que acredita que o Universo é obra do acaso, que Deus não existe e que a morte representa o fim de tudo, há de concordar que sua descrença não muda uma vírgula das leis Universais. Há de concordar também que pode estar errado pois constantemente se depara com centenas de mistérios inexplicáveis tanto pela ciência como pela religião.

Conclusão: Para Deus não importa nem um pouco se você acredita ou não. Se acredita e não consegue praticar corretamente as regras do jogo estará somente atrasando o processo mas jamais irá interrompê-lo. Se pratica corretamente as regras e consegue viver harmoniosamente consigo mesmo o fato de acreditar ou não se torna um mero detalhe. Por fim se não acredita e não pratica terá tantas chances para fazê-lo

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quantas forem necessárias, nesta ou em outras vidas. Deus não precisa de reverência, não faz questão de ser lembrado, não é vingativo, não castiga ninguém e não interfere mais em Sua obra. Tudo que tinha que fazer Ele já fez e agora, quando muito, aprecia Seu sistema e até Se diverte com nossos medos, nossas descobertas e nossas alegrias tal qual fazemos quando colocamos nossos filhos na montanha russa, no trem fantasma ou na roda gigante. Deus sabe que não corremos perigo algum e portanto permite que pratiquemos toda e qualquer sorte de experimento. Afinal Deus não permitiria a perda ou mutilação daquilo que é parte de Si mesmo.

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O TRINÔMIO ALEGRIA, VERDADE E AMOR

A motivação é o sentimento que nos impulsiona para a vida e para a ação. Pessoas descrentes que vivem na incerteza, na insegurança, cheias de medo, ansiedade e expectativas negativas,

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em geral são desanimadas e certamente tendem à inanição e à doença. Por outro lado, pessoas dotadas de confiança, seguras de si, audaciosas e cujas expectativas são positivas, são sempre risonhas e animadas, motivo pelo qual estão sempre com plena saúde e dispostas a agir, construir ou modificar.

É muito raro encontrarmos pessoas totalmente desmotivadas, pois, por pequenas que sejam suas ambições ou necessidades, sempre há algo que as levam à ação, como sobrevivência, por exemplo. O mais comum, no entanto, são motivações básicas que mais nos impulsionam para a ação, tais como: melhoria nos rendimentos, compra da casa própria, a troca do carro, a cultura dos filhos, a manutenção da saúde, entre outras.

Existe, porém, o lado negativo da motivação. A grande maioria das pessoas cultiva suas motivações com base na motivação dos outros. O fato de o vizinho ter trocado de carro ou de móveis, o fato de o colega de trabalho ter sido promovido, o fato de um parente próximo ter mudado para uma casa mais bonita ou mais ampla e outros motivos gerados por terceiros, em geral, mais por competição do que por inveja, impulsionam o ser humano a agir ou a buscar um maior conforto ou uma renda maior e ainda a trocar de carro ou de imóvel, comprar eletrodomésticos, etc.

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Enquanto a motivação é gerada por fatos externos, a auto motivação é gerada internamente. Uma pessoa auto motivada tem objetivos próprios e particulares que independem dos atos daqueles que a rodeiam. Uma pessoa auto motivada não está interessada nos objetivos dos outros e nem tampouco está preocupada em se igualar ou competir com ninguém. Também não se preocupa se seus objetivos irão ou não agradar aos outros, dispensando qualquer tipo de crítica ou elogio. A auto motivação é mais conceitual do que material.

Uma pessoa auto motivada a exercer o “poder” está pouco interessada se o fará da cadeira da Presidência da República, do gabinete da presidência de uma empresa multinacional ou no comando de um grupo de guerrilheiros. Para ela o importante é atingir o “poder”. Uma pessoa em busca de “conforto” não está preocupada com a localização do imóvel, se a casa é bonita ou não ou se existem críticas por parte de amigos e parentes. Seu único objetivo é que sua vivenda ofereça os itens de conforto que ela julga ideais para si, mesmo que sejam contrários a todas as regras e convenções. A diferença entre o motivado e o auto motivado está no fato de

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o segundo querer viver suas próprias experiências, independentemente dos objetivos de terceiros ou de conceitos preestabelecidos.

Por certo, conhecemos muitas pessoas que conquistaram muitos bens materiais e que são, literalmente, ricas. Na sua grande maioria, tais pessoas preocupam-se em aumentar cada vez mais seu patrimônio, juntando cada vez mais e pouco se importando com o que ocorre com o restante da humanidade. Umas poucas, no entanto, dividem o que

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possuem e dedicam seu tempo em prol da humanidade, às vezes fazendo caridade, outras trabalhando como colaboradores em creches, hospitais, centros de recuperação e outros do gênero. Por certo, para tais pessoas, o dinheiro não é mais tão motivador como o foi outrora, fato este que por si só poderia motivá-lo a, pelo menos nos finais de semana ou nas férias, viajar pelo mundo, comprar imóveis belíssimos nos Alpes Suíços, nas Quintas portuguesas, em balneários badaladíssimos e viver uma vida digna de bilionário. No entanto, dispensando os prazeres da vida, algumas pessoas se auto motivam com o grave problema social brasileiro e sua inabalável fé no país faz com que dediquem seus finais de semana e mesmo suas vidas à obras de caráter social.

Estes exemplos ilustram o quão gratificante pode ser a experimentação livre de conservadorismo, regras e convenções. Quando se segue o tradicional, quando se pratica o esperado, quando não há inova ção, estamos simplesmente seguindo o rumo pré planejado, instituído por nossos pais ou pela sociedade. Experimentar é muito mais do que isto. É errar para aprender a acertar, destruir para aprender a construir, é praticar o mal para saber praticar o bem, brincar com os relativos para conhecer o absoluto.

Vimos que destruir é muito mais fácil do que construir. Vimos também que para aprender a construir é preciso, primeiro, destruir. O ato de pensar também requer destruição. Destruir velhos conceitos, antigos dogmas, estúpidas convenções e estabelecer novas idéias, novas visões e novos conceitos. Só assim poderemos experimentar novos modelos. Por isso, pensar é difícil. É mais fácil se acomodar no conservadorismo das

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religiões, nos modelos científicos estabelecidos e na conduta ética e social vigente do que tentar novos pensamentos relativos a Deus, à ciência, à ética e ao relacionamento social. Fazê-lo é expor-se a críticas, ao ridículo e à contenda.

No entanto, quando alguém ousa expor novos pensamentos e idéias, logo uma legião de adeptos se forma ao seu redor, o que vem a provar que os anseios latentes e preguiçosamente guardados na mente de muitos só precisavam de uma centelha, de um líder, para se tornar um novo modelo ou conceito. Experimentar é, antes de mais nada, ousar, buscar, pesquisar e por fim divulgar. A divulgação abre novos debates. Novos debates abrem novas questões. Novas questões buscam respostas cada vez mais complexas e só a complexidade das questões nos leva a caminhar em busca da verdade suprema.

Não existem duas verdades. Os caminhos podem ser muitos, mas a verdade é uma só. Ciência e religião trilham caminhos diferentes. Houve época em que o abismo entre ambas era muito grande. Hoje, apesar de uma certa aproximação, ainda são grandes as diferenças. Em sendo a verdade uma só, chegará o tempo em que as diferenças serão tão pequenas que religião e ciência se fundirão numa única disciplina. Neste dia estaremos muito mais próximos da verdade do que poderemos imaginar. Logo, para abreviar este tempo precisamos ousar, pensar, repensar e acima de tudo expor e divulgar.

Idéias novas são sempre motivo de alegria, já que nos aproximam da verdade. Muitas religiões parecem que se comprazem com a tristeza. Seus adeptos estão

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sempre melancólicos, não esboçam nem um sorriso sequer, choram, sofrem e se penitenciam em nome de Deus. Se você fosse Deus (e na verdade é) teria prazer em ver suas criaturas agirem desta forma? E porque achar que o Criador se compraz com estas atitudes?

Deus criou um ambiente (virtual para as almas, real para nós) para que nele possamos experimentar os opostos. A tristeza é oposta à alegria. Precisa ser experimentada mas não precisa ser perpetuada. Neste gigantesco “play ground” é desejo de Deus que reconheçamos rapidamente a diferença entre as energias positiva e inversa. Deus é alegria, é verdade, é amor.

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Felizmente, muitas religiões ousaram alegrar seus cultos e com isto não só conquistaram mais adeptos como também se aproximaram mais da verdade e do amor uma vez que não é possível conceber verdade triste e muito menos amor triste. Verdade e amor são coisas alegres. Idéias falsas e mentiras são sempre decepcionantes.

O amor, por sua vez, é o ingrediente mais importante que o ser humano pode usar em suas novas idéias e pensamentos. Amar se confunde com beneficiar e agradar à todos, indiscriminadamente. Entretanto, o homem não sabe e nem consegue agradar a gregos e troianos. Invariavelmente seus atos agradam uns poucos, desagradam outros tantos e são indiferentes para aquela grande maioria que prefere ficar com conceitos e idéias antigas. Só a experimentação individual de cada cápsula pode ser traduzida como amor verdadeiro pois a experiência de cada um canaliza resultados para os receptáculos e é neles que

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o restante da humanidade, quando busca, se alimenta da verdade.

Quando acionamos um receptáculo qualquer através de nosso Pensamento-Menor e sintonizamos algo que pode nos trazer um entendimento, em geral, ficamos na dúvida entre acatar ou não acatar a idéia que dele flui. Quando sintonizamos com o reservatório de sabedoria do Universo e nos vem uma idéia ou um conceito completamente novos, também, dele duvidamos, temerosos de estarmos sintonizando algo que não seja do agrado de Deus ou que fere antigos conceitos éticos ou sociais. Para filtrar um conceito novo e não confundi-lo com conceitos vindos de um receptáculo negativo basta verificar o seguinte:

Se lhe causa alegre, vem de Deus. Se parece justo e verdadeiro, vem de Deus. Se contém amor, vem de Deus.

Portanto, se seu pensamento for alegre, lhe parecer justo e verdadeiro e sua ação puder beneficiar e agradar a todos então é sabedoria. Vem de Deus, vem das leis do Universo. Vem do lado positivo da energia.

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O QUE REALMENTE SOMOS?

Como vimos, somos cápsulas contendo a essência Divina, as regras do jogo Universal e liberdade para experimentar (livre-arbítrio). Como tal, desenvolvemos tamanha individualidade que esquecemos quem realmente somos.

O cenário em que vivemos foi o ambiente criado para experimentarmos e compararmos os dois lados da moeda que toda sensações e emoções possuem.

Tal como num vídeo game, assumimos papeis, ora de bandido, ora de mocinho, ora de herói, ora de comandante, ora de comandado, ora de piloto e acabamos nos imbuindo de tal maneira nesta falsa realidade (virtualidade para alma) que ela se nos apresenta como real. Ainda comparando aos vídeo games passamos de um estágio ao outro do jogo (vidas sucessivas) que nos permitem experimentar todos os recursos existentes no Universo e em cada estágio somos agraciados, conforme nosso desempenho, com mais saúde, mais fôlego, mais combustível ou mais vidas.

A densidade da matéria e o peso do corpo físico não só retém a liberdade original da alma como também lhe impõe um penoso exercício. O sono funciona como o comando de “pausa” de um vídeo game e a morte significa a mudança de “estágio”. Logo, da mesma forma que “salvamos” um jogo de computador entre um estágio e outro ou apertamos o “pause” para um cafezinho, no jogo da vida, morremos e dormimos.

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Apesar de 95% da população do planeta possuir uma outra forma de fé ou crença, o ser humano reluta em acreditar que a vida é um mero exercício repleto de experimentos cujo final, queiramos ou não, será feliz.

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Entre o invento da roda e o fim do século passado o ser humano quase nada fez. Neste século, notadamente na sua segunda metade, o desenvolvimento tecnológico e cientifico deu um salto gigantesco. Considerando-se a proporcionalidade populacional, hoje impera muito menos violência do que na época das cruzadas, dos bárbaros e do período medieval. Há 500 anos atras dizimavam-se cidades inteiras em poucos dias com a única finalidade de tomar-lhes as riquezas, tal como ocorreu com os Incas, Maias, Aztecas e outras civilizações. Conclui-se daí que o ser humano evoluiu não só tecnologicamente mas, também, ética e socialmente. Direitos humanos, direitos da criança, direito dos trabalhadores, (quase) fim do trabalho escravo, respeito ao limite territorial das nações, respeito às culturas e religiões, liberdade de pens amento, democracia, entre outros, são aspectos evolutivos nascidos neste final de milênio.

O reservatório Universal de sabedoria sempre existiu, desde a eternidade, em estado latente, antes do evento da matéria e das almas. Entretanto, os receptáculos são como depósitos dos experimentos, sensações, desejos e necessidades do ser humano e como tal começaram a ser formados à partir do momento em que o homem se tornou consciente, quando “comeu da árvore do conhecimento do bem e do mal”.

No início da civilização humana e por muitos milhares de anos os receptáculos não eram numerosos uma vez

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que os seres eram dotados de poucos desejos, necessidades e quase nenhum sentimento ético, moral, religioso e social. A revolução tecnológica e industrial proporcionou, notadamente no Século XX, um aumento significativo de receptáculos relativos aos desejos e necessidades e outro tanto de receptáculos relativos às emoções, sentimentos, comportamento, etc. Recebemos mais informações em um dia do que nossos antepassados podiam receber durante uma vida inteira. Preenchemos os receptáculos com incontáveis experiências oriundas de experimentos cada vez mais evoluídos e complexos. Logo o fluxo de informações não ocorre só nos meios físicos tais como rádio, televisão, telefonia, livros, revistas, Internet, comunicação de dados via satélite, etc. mas também em grande volume através do Pensamento-Maior. Temos hoje um registro permanente (nada se perde) de todos os experimentos físicos, intelectuais e emocionais da humanidade deposita dos nos respectivos receptáculos e pasmem.... ainda não sabemos usá-lo. Uma diminuta fração da humanidade utiliza-o conscientemente, outra fração ligeiramente maior utiliza-o sem saber

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mas a grande maioria dos seres humanos nem sequer sabem de sua existênc ia. Felizmente este desprezo pelos registros eternos está prestes a acabar. O próximo milênio será o período da descoberta de que o pensamento é a maior ferramenta que Deus deu ao homem.

Conclusão: Somos seres altamente espiritualizados dotados do poder da transformação, poder este que nos permite obter tudo aquilo que necessitamos e desejamos e nos permite ainda tornar o mundo um lugar melhor, onde poderemos alcançar a alegria, felicidade, amor e a verdade suprema.

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Este mecanismo existe e sempre existiu. Não nos utilizamos dele porque nos vestimos com a máscara da individualidade e esquecemos quem realmente somos, verdadeiras miniaturas de Deus. Embora não possamos criar, à partir do nada, temos a ferramenta suficiente e necessária para transformarmos nã o só nossas vidas como o destino do planeta.

Que tal começarmos agora?

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O EU E O VERBO

Temos dois pais, quatro avós, oito bisavós e assim sucessivamente. Em trinta gerações somamos em nossas árvores genealógicas cerca de um bilhão de pessoas. Se considerarmos que 20 anos se passam entre uma geração e outra (antigamente as pessoas se casavam mais cedo), podemos considerar que estes um bilhão de ancestrais viveram há aproximadamente 600 anos atras. Considerando-se ainda que há 600 anos, um bilhão de pessoas era aproximadamente a população do planeta podemos deduzir que somos filho de toda humanidade. Somos, até a presente data, seu produto final.

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As lembranças genéticas oriundas dessas gerações, desse contingente de pessoas, ainda se fazem presentes em nossas células. Evoluímos fisicamente, aumentamos nossas resistências às doenças e condições climáticas, nos adaptamos melhor ao planeta e melhoramos nossas aparências num processo genético evolutivo e constante mas não perdemos nossas características principais. Ainda hoje nos arrepiamos quando sentimos frio. Lembrança genética de quando o ser humano era coberto de pêlos que se arrepiavam para formar um colchão térmico mais eficiente. Apesar de desnecessário nos dias de hoje o arrepio é ainda uma lembrança genética que ainda não foi eliminada no processo evolutivo. Embora os humanos mantenham, em todo o mundo, uma mesma postura e compleição física, variações genéticas são notadas, tais como cor da pele, textura dos cabelos, estatura, resistência à doenças e condições climáticas, etc.

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A expressão facial é um mecanismo que nos permite expressar a dor, o medo, o ódio, o pavor, o riso, o choro, a alegria, a compaixão e tantas outras emoções e se revela igual em qualquer ser humano quer sejam índios, orientais, negros ou brancos. Ao contrário da herança genética, as expressões faciais não variam de raça para raça e de região para região. Podem ser reconhecidas por qualquer um em qualquer lugar, motivo pelo qual é mais coerente atribuí-la à alma do que à genética. Muitos gestos com as mãos e com o corpo também se enquadram neste conceito.

Enquanto livres do peso da matéria as almas se comunicam através do pensamento - transferência direta de emoções, sensações e quaisquer comunicações que se façam necessárias. Quando muito utilizam de sons, gerados através de transformação de energia, em frequências inaudíveis para nós e baseados nas vogais (a, e, i, o, u). Quando encarnadas, as almas se utilizam das expressões manuais, corporais e faciais para se comunicarem já que a linguagem humana, além de ser expressa em vários idiomas, não é suficiente para expressar todos os sentimentos (veja a dificuldade que temos para definir amor, saudade, dor, etc.).

Todo material com o qual é composta nossas células, órgãos e tecidos foram formados à partir dos alimentos que ingerimos e suas funções estabelecidas e resguardadas graças à lembrança genética que trazemos de nossos ancestrais. Absorvemos alimentos oriundos do solo terrestre, ingerindo vegetais e carne animal que, por sua vez os extraem da terra. Nosso corpo é,

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portanto, integralmente formado à partir da transformação dos elementos e substâncias da Terra,

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elementos estes que foram criados à partir da transformação da Energia Prima que é o corpo de Deus. Para que os corpos biológicos perdessem a inanição, algo precisaria ser agregado para que pudessem adquirir consciência e com isto perceber sensações. Este algo, que chamamos de Pensamento- Menor, foi extraído do Pensamento-Maior do Criador, isolado em uma cápsula e por fim agregado aos seres biológicos. Com isto todos os seres passaram a ter o que chamamos de vida. Cada ser vivo possui maior ou menor quantidade de Pensamento -Menor, que em essência é exatamente igual ao Pensamento-Maior, mas tem poderes diferentes em função da qua ntidade. Em nosso planeta, chamamos de humanos, aqueles que foram agraciados com a maior quantidade de Pensamento-Menor e consequentemente com muito mais consciência do que os demais. A quantidade de Pensamento-Menor que foi depositada nos seres humanos não lhes permite criar, entretanto lhes atribui um imensurável poder de transformar. Este poder de transformação não se limita à matéria, estendendo-se também à energia e às emoções (A ciência ainda não reconhece emoções como sendo formas de energia).

Assim criados, os seres receberam a incumbência de experimentar todas as leis Universais ao seu bel prazer, ou seja, com total liberdade de decidir o momento exato para participar de cada experimento e sua durabilidade. Logo, por se tratar de experimentos cuja finalidade é a de confirmar que as sensações positivas são melhores que suas inversas, cabe a cada um decidir quanto tempo deverá participar de cada experimento para concluir o que já é, teoricamente, sabido. Todos devem, no entanto, experimentar de tudo um pouco, pois, em assim sendo, não haverão,

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em tempo algum, discussões e nem tampouco formações de opinião diversas. Como dissemos, o resultado é teoricamente sabido e os eventos são para mera confirmação. Por enquanto, só Deus sabe que o resultado final será a confirmação absoluta da qualidade infinitamente superior das sensações positivas. Nós, no entanto, enquanto na experiência, vivemos as

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dúvidas, incertezas e medos uma vez que tais sensações fazem parte do experimento (mas podem ser eliminadas ou abreviadas depois de se obter o devido entendimento).

Cada ser criado possui maior ou menor grau de consciência e cada um vive seus experimentos em função deste grau. Só ao ser humano, no entanto, foi concedido o maior grau de consciência possível neste plano , motivo pelo qual o homem se socializou e, em seu íntimo, conhece a diferença entre o certo e o errado, o bem e o mal, o feio e o bonito, o honesto e o desonesto, etc. O pior dos assassinos, o pior dos ladrões e o pior dos malfeitores reconhece seus erros de conduta. Crianças mal orientadas ou de famílias desunidas, criadas com pouco ou nenhum apoio cultural, intelectual ou comportamental, embora cometam delitos desde a mais tenra idade, sabem o que não é correto. Alguns animais, principalmente os mais facilmente domesticáveis, se bem que em menor grau, encabulam-se quando fazem travessuras.

Como vimos, o ambiente dos experimentos é tão envolvente e fascinante que ao ingressar nele somos tomados de tamanho êxtase que nos esquecemos que somos feitos do barro e vivemos da essência Divina. Pelo fato de estarmos encapsulados adquirimos um forte senso de individualidade e moldamos nossa

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própria personalidade (Persona quer dizer máscara, logo personalidade indica uma ocultação do verdadeiro “eu”).

A missão que foi imposta é tão imperiosa e por ter de cumpri-la a qualquer custo, acabamos fazendo de nosso “egos” o centro das atenções. Tudo que fazemos visa, única e exclusivamente, satisfazer nosso “eu”, embora ajamos demonstrando o contrário e na maioria das ve zes nem nos damos conta disso. Veja por exemplo: quando dizemos que amamos alguém exigimos reciprocidade, caso contrário deixamos de amar; exigimos que nossos filhos sigam caminhos por nós delineados, impedindo, na maioria das vezes, que vivam seus próprios experimentos, uma vez que seguindo nossos ideais estarão compondo nossos experimentos e não o deles; agredimos pessoas para nos mantermos no poder; utilizamo-nos de subterfúgios para obtermos vantagens.

De fato é importante cultuar o próprio “eu” e Deus não se importa nem um pouco com isso já que todas essas ações nos permitem experimentar. Entretanto, agimos sem conhecimento das

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leis de causa e efeito e na maioria das vezes acabamos sofrendo consequências indesejáveis. Só depois do entendimento, do pleno domínio das leis, é que podemos e devemos agir com liberdade. Quem não sabe brincar com fogo, não deve faze-lo pois, por certo acabará se queimando.

Devido a esta individualidade, a palavra “eu”, quando pensada ou falada, exerce um efeito muito grande no fluxo de energias. Sendo uma espécie de chamamento, possui um poder de atração muito grande. Evidenciando o “eu”, fazemos crescer nosso ego e

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atraímos para o cenário da experimentação aquilo que o verbo que se segue indica. Sim, porque toda vez que pensamos “eu” adicionamos um verbo para indicar um estado ou ação. Diante disso, não só o corpo reage, mas todo um fluxo de energias é movimentado no cosmos. Por exemplo: eu sou, eu faço, eu estou, eu vou, eu como, eu bebo, eu durmo e por ai a fora.

Por falar em verbo vamos atribuir-lhe significados:

Gramaticalmente, “verbo” é a palavra que exprime o modo de atividade ou estado que apresentam as pessoas, animais ou coisas de que se fala.

Cosmicamente, o “verbo” deixa de ser palavra e passa a ser uma sensação que serve de “senha” para acionar os canais de comunicação com os milhares de receptáculos.

O verbo é a chave que Deus forneceu para abrir os canais de comunicação cósmicos e ao mesmo tempo imprimir uma ação. Com uma única palavra o homem interage física e espiritualmente. O verbo imprime ao homem uma ação física, por exemplo, ir para casa, atravessar a rua, dirigir o carro, trabalhar, etc. Cosmicamente, com o verbo, o homem desencadeia um fluxo de energia acumulada como por exemplo amar, odiar, desejar, pedir (a Deus), etc. Dizemos acumulada por que no sentido da transmissão a sensação ou emoção, desencadeada pelo verbo, só é liberada pelo consciente quando aliada à fé ou medo. Enquanto você deseja ou pede ou implora, sem acreditar na recompensa ou duvidando do resultado, está simplesmente acumulando pensamento em seu consciente. Entretanto, quando acredita que irá

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conseguir seu intento, através de uma fé inabalável, pára de pensar no assunto e a sensação ou senha é liberada. O medo, por sua vez, representa a falta de fé e também provoca a liberação da sensação ou senha. Neste momento, o Pensamento -Maior colhe sua mensagem e a encaminha para o respectivo receptáculo permitindo que você sintonize todo seu conteúdo e receba todas suas influencias, positivas ou negativas.

Quando, através da verbalização correta, você sintoniza um receptáculo, recebe suas influências, mas não o esvazia, pois como vimos, o receptáculo não é apenas o depósito, mas o registro de todos os experimentos humanos. Bons pensamentos trazem boas influências cósmicas. Daí o perigo. Verbalizar errado ou coisas más, por seu lado, nos trarão influências ruins juntamente com todas suas consequências.

Todas nossas ações no plano físico são expressas por um verbo. Todas nossas emoções e sentimentos são antecedidas por um verbo. Todos nossos desejos e objetivos são antecedidos por um verbo. As palavras não são verbalizadas igualmente em todo o mundo. Cada país possui seu idioma, sendo que alguns praticam ainda vários dialetos. No entanto, a senha propriamente dita não é a palavra, mas o seu sentido. Tanto faz desejar uma casa em inglês, francês, espanhol, italiano, chinês ou em tupi-guarani. A senha e a consequente mensagem é a mesma. A fé, crença, confiança, certeza absoluta ou o medo, ansiedade, insegurança dá energia ao verbo e libera-o para o cósmico. Quem não acredita não recebe nada ou recebe o oposto, o inverso. Os provérbios “querer é

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poder”, “quem espera sempre alcança”, “quem com ferro fere, com ferro será ferido” como tantos outros, não nasceram em mentes torpes. Antes pelo contrário, foram enunciados por grandes mestres, filósofos e pensadores, quase sempre oriundos de um profundo poder intuitivo e transcendental e cujo objetivo era a evolução espiritual da humanidade. Já não se fazem provérbios como antigamente porque a humanidade está muito ocupada com o consumismo, aplicações financeiras e os prazeres da vida. Nesta ânsia de ter ou estar, o homem esqueceu-se de ser. Ser quem realmente é. Por conta disso vem sub -utilizando sua

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maior fe rramenta, o pensamento e perdendo contato com a fonte de tudo, a sabedoria de Deus e o registro dos experimentos da humanidade.

É objetivo desta obra transmitir ao leitor um pouco de entendimento sobre o mecanismo do pensamento e como utilizá -lo corretamente.

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SER OU ESTAR – QUAL A DIFERENÇA?

Sendo o “eu” uma expressão de atração ou chamamento que induz a uma ação ou sensação provocada pelo “verbo” que se segue, é fácil deduzir que a utilização do verbo num dado momento nem sempre irá provocar o resultado esperado. Conhecer, portanto, o real significado de cada verbo é condição absolutamente necessária para a condução correta de nossas ações e seus respectivos resultados cósmicos.

Para esclarecer melhor esta verdade, vamos analisar os verbos “ser” e “estar” que, por sinal, são uns dos mais utilizados.

“Ser” nos transmite a sensação de um estado “definitivo”, enquanto que “estar” nos coloca numa condição “temporária”. “Eu sou doente” é muito diferente de “Eu estou doente”. Ser doente se nos apresenta como definitivo, incurável, enquanto que estar doente significa uma condição passageira, temporária, curável.

Países de língua inglesa não possuem verbos separados para “ser” e “estar”. O verbo “to be” é usado indiscriminadamente para estados definitivos ou temporários. Por este motivo, tais países, notadamente os Estados Unidos da América, são ricos e poderosos. O povo americano diz “Eu sou rico” e não “Eu estou rico”, “Somos a maior potência mundial” e não “Estamos colocados como a maior potência mundial”. Por outro lado, o povo americano nunca “está” doente pois sempre “é” doente, motivo pelo qual possui saúde frágil (imagine o povo americano vivendo situação semelhante ao povo do nordeste brasileiro).

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Para reforçar ainda mais o poder do verbo, povos de língua inglesa utilizam o “eu” sempre escrito com letra maiúscula, mesmo quando escrito no interior de frases, fato este que aumenta ainda mais o poder de atração aliado ao verbo. Mesmo quando falado, este engrandecimento do “eu” engrandece o “ego”. Por este motivo os povos de língua inglesa “são” também arrogantes, dominadores e autoritários.

Os povos de língua inglesa estão tão condicionados ao “ser” que mal conseguem entender o que é “estar”. Quando este livro for traduzido para seu idioma as dificuldades de expor este tópico serão grandes e com certeza o tradutor terá que reescrevê -lo para dar-lhe o sentido correto.

Quando Shakespeare escreveu a imortal frase “ser ou não ser, eis a questão” imprimiu ao verbo “ser” um cunho filosófico. Aqui, no entanto, a intenção é dar-lhe um cunho técnico já que seu uso envolve o desencadeamento de reações energéticas que podem transformar a humanidade.

Ser ou estar – qual a diferença? Eis a nova questão.

Outros verbos, muito utilizados em nosso dia a dia, se comporta m de forma semelhante. Utilizamos expressões esperando um resultado e obtemos outro, completamente diferente.

Felizmente a grande maioria da população do planeta pratica uma ou outra forma de fé, religião ou crença. Os céticos e descrentes são minoria. Muçulmanos, Budistas, Cristãos (católicos e evangélicos), Hindus e

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outros grupamentos religiosos menores povoam os quatro cantos da Terra. Todos se valem de rituais e orações, ora para apelar, ora para agradecer, ora para implorar a Cristo, a Buda, a Khrisna, a Maomé e outros mestres ou diretamente a Alá ou Deus. Digo, felizmente, porque, mesmo discordando da maneira como as religiões tratam de tais assuntos, acredito que o exercício da fé é um bom começo, mesmo quando aliada a verbos errados. O verbo sem a fé opera somente no plano físico. Uma vez dotados de fé bastará ao povo e aos líderes religiosos escolherem os verbos mais adequados e dirigir a humanidade para o caminho da flores e não das pedras como o fazem hoje. Muitos líderes religiosos já conhecem o mecanismo aqui descrito, no entanto o exercício do poder, a manipulação política e o dinheiro coíbem e impedem sua divulgação. Basta lembrar que o Vaticano detém, a sete chaves, uma das maiores bibliotecas do mundo, repleta de escritos antigos e altamente filosóficos, escritos em épocas cujo poder intuitivo do homem não estava tão camuflado pela vida atribulada e materializada que vivemos hoje. Alguém deve lê -los e estudá-los mas estão proibidos de revelá-los. Bispos, Sacerdotes, Padres e Pastores sabem que no dia em que o ser humano descobrir seus poderes a igreja estará fadada a desaparecer e com ela a arrecadação de fundos e poder de manipulação de massas. Só os grandes mestres, cujo desprendimento material já se faz presente e que atingiram extrema sabedoria, ousam divulgar suas verdades. Assim mesmo o fazem de forma velada e restrita pois sabem que grande parte da humanidade ainda não está preparada para o exercício pleno do poder uma vez que fatalmente os utilizariam de forma mesquinha e egoísta (lembre-se que a lei e as

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regras do jogo funcionam tanto para o positivo como para o negativo).

Rituais são fatos constantes em nossas vidas. Praticamos rituais, simples em algumas ocasiões, complexos em outras, seja para comer, para dormir, para escovar os dentes, para trabalhar e principalmente para orar. Deus não tem a menor necessidade de rituais para Consigo pois sua lei funciona indepentemente deles. No entanto, o ritual cria um ambiente, um clima e uma postura mental que facilita a utilização da lei, o envio de senhas (verbos), a sintonia com os receptáculos e o exercício da fé. Tanto o medo ou pavor como a fé possuem seus próprios rituais, porém levam a resultados diferentes.

Deus desmembrou os relativos tais como amor e ódio, coragem e medo, fé e desconfiança entre tantos outros e a cada uma destas sensações permitiu ao homem agregar-lhe uma senha (verbo). Desta forma a humanidade pode usar amar para amor, odiar para ódio, crer para fé, temer para a desconfiança, respeitar para a lealdade, trair para a deslealdade, etc. e com o verbo acessar o respectivo receptáculo.

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O grande problema é que fazemos uso indiscriminado dos verbos, desconhecendo seu real sentido e poder, seja no nosso dia a dia, seja nas orações, seja nos nossos pedidos, seja nos nossos rituais, motivo pelo qual são raros os homens que podem afirmar que passaram pela vida ricos e felizes, livre de dissabores, contendas, disputas, problemas, questões mal resolvidas, relacionamentos difíceis, etc.

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Riqueza não traz felicidade. Felicidade é bom, mas o dinheiro ajuda. Amar é fácil, difícil é ser amado. Dinheiro não dá em árvore. Dinheiro é sujo. Deus castiga os pecadores. Sexo é pecado. Tais jargões povoam nossas mentes e se enraízam de tal forma que acabamos praticando sua verbalização de forma constante e inconsciente. Depois só resta vivenciá-los, materializando as afirmações e, por fim, nos queixarmos das consequências.

Verbos simples como “ir”, “pedir”, “desejar”, “querer”, entre outros, mal utilizados desencadeiam resultados negativos quando sintonizam seus respectivos receptáculos. Cada verbo funciona como senha para um receptáculo através da sensação que transmite. Logo, quando se diz “vou ser rico” a senha é o verbo “ir” que transmite uma ida interminável (ir não é chegar e o certo é dizer “sou rico”). O verbo “pedir” transmite uma sensação de carência. Quem pede, pede o que não tem. A sensação de carência será o resultado perpetuado pelo respectivo receptáculo. O mesmo ocorre com o verbo “desejar” e “querer”.

Os receptáculos são centros de energia onde se acumulam pensamentos iguais, ou seja cada receptáculo guarda um único tipo de energia referente à uma única emoção ou sensação. Neles estão registradas todas as emoções sentidas pelos seres viventes desde o início da vida no planeta Terra e dos demais planetas habitados do Universo. Como cada alma ou cápsula já vivenciaram em outras vidas várias destas emoções, guardam consigo um índice destas, motivo pelo qual algumas pessoas têm mais facilidade de lidar com certas emoções e sensações do que outras pois já experimentaram-nas e quando

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necessário sabem localizá-las mesmo que inconscientemente. Outras almas ainda não vivenciaram certas emoções e por este motivo, tendo dificuldade de localizá-las, não conseguem lidar bem com elas. Ao nascer, cada alma traz consigo, em seu receptáculo individual uma lista dos experimentos que já viveu, reconheceu e concluiu e uma outra lista de experimentos que pretende vivenciar para dar continuidade ao grande objetivo da vida. Esta lista de experimentos vivi dos e por viver é o código genético da alma ou genética do pensamento.

Mais adiante teremos oportunidade de oferecer mais subsídios para o uso correto dos verbos mais utilizados no dia a dia, verbos estes que são as senhas para sintonizar cada um dos receptáculos.

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O CÉREBRO COMO EQUIPAMENTO TRANSMISSOR – RECEPTOR

O cérebro, tal como o restante de nosso corpo, é composto de células, formadas também com os ingredientes e elementos da terra. Como matéria, o cérebro em nada difere dos rins, fígado, aparelho digestivo, coração, músculos, ossos e outros componentes do nosso corpo. Funcionalmente, porém, difere dos demais pelo seu poder de manipular a eletricidade. Os neurônios, além de conduzir eletricidade, possuem a característica de poder formar conexões, agrupando-se uns aos outros. Tais grupamentos variam em quantidade e em forma pois o formato estrelado dos neurônios permite conexões que podem seguir direções das mais variadas.

Divirto -me muito quando vejo pessoas pagando fortunas para congelar o corpo ou a cabeça. A alma, quando abandona o corpo, o faz porque, uma vez cumprida aquela etapa dos experimentos, o descarta. Aquele corpo, nascido em um determinado país, numa determinada família e numa determinada condição social e financeira serviu para os propósitos da alma visando passar por determinados experimentos. Mesmo que tal corpo ou cérebro pudessem ser recuperados a alma que o utilizou não retornaria. Primeiro pelo acima exposto e segundo porque provavelmente estará habitando outro corpo e vivenciando outros experimentos que lhe foram impostos quando da criação.

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Como dissemos, o cosmos mantém um receptáculo para cada sensação, cada qual agregado a um verbo que, como vimos, é a senha para a sua sintonia. A

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alma, por sua vez, mantém em sua cápsula um registro próprio, como se fosse um diário de bordo, no qual lista seus experimentos. Esta lista não contém os relatos dos experimentos, mas tão somente seus títulos e localização nos respectivos receptáculos comuns à todos os viventes. De posse desta lista , a alma pode voltar a acessar todas suas experiências passadas, compará-las com as atuais e extrair conclusões. Os receptáculos são semelhantes às lembranças genéticas que trazemos em nossas células. Os experimentos individuais, relacionados à emoções e sensações, trazem dos receptáculos universais os experimentos de todos os seres viventes, da mesma forma que as células trazem de seus ancestrais, e em seu DNA, os registros relacionados à matéria, sua forma biológica e sua finalidade funcional.

Quando a alma deixa o corpo, veículo de seus experimentos, leva consigo, em seu receptáculo individual, seu diário de bordo ou lista, motivo pelo qual o corpo ressuscitado jamais poderá responder aos estímulos que tal alma lhe proporcionava a não ser que ela pudesse ou quisesse retornar ao corpo. O mesmo vale para a cabeça ou cérebro. Os transplantes, tão comuns na medicina moderna, são possíveis, e via de regra funcionam corretamente, porque os órgãos transplantados são meros apêndices e não estão diretamente relacionados com a alma. Até mesmo o cérebro físico poderá ser transplantado um dia, entretanto seu funcionamento será extremamente confuso por estar sendo operado por outra alma.

O cérebro, quando começa a ser formado no corpo do feto, recebe informações gené ticas básicas para fazer funcionar cada um dos apêndices responsáveis pela

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manutenção da vida. Desta forma cada órgão do corpo humano tem no cérebro conexões que lhe permitem exercer suas funções sem a necessidade de comandos conscientes. De animal para animal, a quantidade de neurônios destinada a exercer as funções corpóreas varia. Assim, a galinha possui 95% de seus neurônios destinados à manutenção de seus órgãos e 5% disponíveis para conexões experimentais, o cachorro, 80% contra 20% para as conexões

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experimentais, fato este que lhe permite um maior grau de emoções, sensações, recordações e inteligência. No ser humano, as conexões básicas ocupam 5% do cérebro, ficando 95% livres para manusear experimentos, sabedoria, inteligência, emoções, sensações e tudo mais que lhe aprouver. Não é atoa, portanto, que o homem é o ser mais dotado de liberdade de experimentar que existe no planeta. Deduz-se daí que o ser humano não é o único ser dotado de livre-arbítrio (capacidade de administrar seus próprios experimentos). Muitos animais possuem livre-arbítrio em maior ou menor escala, mas não deixam de possui -lo.

A ciência e a medicina insistem em trilhar caminhos que concluem que o cérebro é o depósito de tudo aquilo que o homem fala, aprende, registra, guarda ou lembra mas, na verdade o caminho é bem outro.

Vimos que o cérebro manipula energia elétrica e como todo equipamento elétrico gera ondas eletromagnéticas. A alma se liga ao feto aproximadamente no terceiro mês de gravidez, motivo pelo qual muitos admitem o aborto quando praticado antes do final deste período e motivo também para tornar o aborto após o terceiro mês mais difícil e arriscado. O bebê, enquanto no útero, começa a fazer

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as primeiras conexões experimentais e emocionais imediatamente após a ligação da alma com o corpo. As primeiras conexões estão relacionadas com a sensação térmica, sons, luz, sensação de conforto e segurança e outras do mesmo porte. As conexões relacionadas ao funcionamento de seus órgãos vão sendo transferidas pela lembrança genética à medida que os órgãos vão se formando e tendo que cumprir suas tarefas. Ao nascer, o bebê começa a experimentar outras sensações e a participar de novos eventos que eram estranhos para o seu corpo. Respirar, chorar, emitir gemidos, mover-se, apreciar cores e objetos, comer, beber, liberar excrementos, rir, reconhecer, etc. são as primeiras conexões levadas a efeito após o nascimento. Uns meses mais e começam a surgir conexões relativas à fala, ao gatinhar, ao andar, etc. Enquanto não reconhece as palavr as, o bebê só pensa sensações - sente sem verbalizar. À medida que aprende a reconhecer vocábulos o pensamento do bebê começa a pensar palavras e formular frases. O aprendizado das palavras é o aprendizado de todas as senhas (comandos) que irá praticar durante sua vida física.

Cada conexão envolve um diferente número de neurônios, neurônios estes localizados em locais aproximadamente padronizados, Assim a fala se processa num determinado local, a audição noutro, a visão em outro mais e assim sucessivamente para cada sensação, emoção ou

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conceitos intelectuais, éticos e sociais. Vimos ainda que cada conexão possui seu próprio desenho, ou seja não são necessariamente retas, podendo se estabelecer em curvas, círculos, cubos, triângulos e outras figuras geométricas planas ou espaciais. Deste modo, cada conexão manipula

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uma quantidade de energia elétrica diferente, percorrendo ainda circuitos diferenciados e consequentemente transmitindo ondas eletromagnéticas com características próprias e individuais. Algumas dessas ondas são captadas pelos aparelhos de eletroencefalograma utilizados na medicina, mas apenas algumas, já que a quantidade é absurdamente grande.

Vimos em tópicos anteriores que no plano energético (ou espiritual) energias iguais se atraem. Em música costuma-se dizer que notas iguais ou oitavadas misturam-se em duplas sonantes (agradáveis ao ouvido) e notas diferentes formam duplas dissonantes (nem sempre agradáveis aos ouvidos mais exigentes). As diversas frequências emitidas pelo cérebro juntam- se a outras emitidas por toda humanidade viva ou que tenha vivido no passado, respeitando cada qual sua frequência. O ponto de conjunção ocorre no respectivo receptáculo. Então, na verdade, o cérebro não armazena absolutamente nada, apenas estabelece conexões das mais variadas que lhe permite sintonizar ondas eletromagnéticas de mesma natureza que estão armazenadas no cosmos. O cérebro não passa de um aparelho de rádio, semelhante ao do rádio amador, que transmite e recebe informações. Não havendo para onde transmitir ou de onde receber o rádio não serve para nada. No começo do processo evolutivo da humanidade haviam pouquíssimos receptáculos estabelecidos no cosmos e uma das poucas fontes conectáveis era o reservatório Universal de sabedoria (a mente de Deus) motivo pelo qual Deus estabelecia um contato mais estreito com os homens do que o faz hoje em dia. O vocabulário era também restrito, formado por poucas senhas. Éramos como bebês

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cósmicos e para tanto exigíamos maiores cuidados. Hoje somos adolescentes cósmicos, longe ainda da sabedoria suprema. No terceiro milênio, quem sabe, passemos a ser considerados adultos cósmicos.

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Este fabuloso transmissor – receptor que chamamos de cérebro, como todo aparelho eletrônico, dissipa uma certa potência. A fé e o medo turbinam o cérebro e aumentam, em muito, tanto a potência de transmissão como a sensibilidade da recepção. Os verbos são como o botão para troca de estações, permitem sintonizar o receptáculo que queremos, na hora que queremos ou necessitamos e que nos permite experimentar cada uma das energias (emoções) existentes no Universo.

A titulo de ilustração, quando eu era menino vi um homem comum levantar a frente de um jipe debaixo do qual, sob a roda, estava seu filho que havia sido atropelado. A fé, a coragem e a chamada “presença de espírito” fizeram este homem conectar um receptáculo que lhe enviou tamanha força muscular, força esta que lhe permitiu salvar a criança. Por certo, este homem jamais conseguiu repetir tal façanha em sua vida. Isto prova que a potê ncia pode ser modificada de acordo com nossas necessidades e desejos, bastando, para tanto, acreditar. Que tal usar esta energia para se manter no emprego, conquistar um melhor salário, uma casa própria, um carro novo, um amor verdadeiro, um relacionamento de amizade sincera e vários outros anseios?

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PENSAMENTO – PALAVRA – AÇÃO

Uma vez conhecido o funcionamento eletrônico do cérebro veremos como se processam os pensamentos.

Vimos em tópicos anteriores que as funções cerebrais se dividem em consciente, inconsciente, subconsciente e super consciente.

O ser é o cérebro (órgão que abriga a alma) e o corpo seu apêndice. A cabeça humana, principal parte do corpo humano, tal como os astros e toda criação Divina, é esférica. O corpo possui duas funções básicas: manter as funções básicas do cérebro, oxigenando-o e garantindo seu pleno funcionamento e procriar. A função sexual do corpo tem por finalidade reproduzir cópias semelhantes das porções materiais que irão permitir o fluxo de cápsulas (almas) no ambiente das experimentações.

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O cérebro é o centro operacional de todo o complexo humano. É nele que se processam os comandos que permitem o bom funcionamento do corpo, seus órgãos e funções e o experimento de emoções.

O inconsciente manipula as funções físicas do corpo, aqueles 5% de neurônios pré programados geneticamente, cujas frequências percorrem o corpo humano controlando o funcionamento dos rins, ritmo cardíaco, ritmo respiratório, músculos, pâncreas, fígado, sistema digestivo, etc.

O consciente funciona de forma semelhante à função “scan” existente nos aparelhos de rádio modernos que, quando acionada, fica varrendo todas as estações

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transmissoras locais e mostrando um pedacinho de cada programa. Quando o ouvinte se agrada de uma das amostras ou programa, interrompe a função “scan” e fica sintonizado na estação de rádio escolhida. Assim, cabe ao consciente varrer todas as frequências, cada qual relacionada à um receptáculo. O verbo é a senha que permite interromper o “scaneamento” das frequências. Por exemplo, um objetivo muito forte, libera a senha “almejar” e faz com que o consciente fique sintonizado no objeto de seu desejo.

Como já dissemos, pensar é trabalhoso, difícil até, motivo pelo qual o ser humano não se esforça em aprender a utilizar sua função “scan”. Em geral, por não usar a senha correta (verbo) ficamos sintonizados numa frequência que, de fato não queremos e, portanto, não nos trará os benefícios desejados. Outras vezes, parece que o consciente nos prega uma peça, queremos pensar numa coisa e pensamos em outra, queremos mentalizar algo e voltamos ao pensamento anterior, queremos evitar um pensamento e não conseguimos. Isto ocorre única e exclusivamente por falta de conhecimento operacional do sistema e, para os poucos que já o conhecem, por falta de treinamento. Aliás, esta é uma característica típica do ser humano. Adquire um sofisticadíssimo aparelho de som, repleto de funções, com controle remoto super completo e no fim utiliza-o para ouvir rádio da mesma forma que o faria com um aparelho simples e barato. Faz um alto investimento na compra do equipamento e depois não utiliza mais do que 20% dos seus recursos, não lê o manual, não consegue dominar o controle remoto com todos os seus botões e acaba por não extrair-lhe todos os recursos. Quando tenta, lê o manual (somente a página que interessa), usa uma ou duas vezes um

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determinado recurso, abandona -o e quando pretende utilizá-lo novamente não se recorda mais das instruções.

O subconsciente é a parte do cérebro que a alma utiliza para gerar frequências relacionadas com a lista de seus experimentos. Esta lista é um índice ou melhor, um mapa de localização dos receptáculos que o ser aciona no decorrer de seus experimentos. Este mapa não é composto de histórico dos fatos, de sensações, de emoções ou de experiências, mas simplesmente de frequências que sintonizam seus respectivos endereços cósmicos. A alma, através de seu receptáculo individual guarda sua lista de experimentos vividos nesta e em outras vidas. Os experimentos de cada cápsula ou alma se iniciaram quando da formação do Universo e como no inicio não existiam corpos físicos tão elaborados com os do ser humano e outros seres evoluídos que povoam outros planetas e galáxias é de se deduzir que os experimentos mais simples se iniciaram em corpos biológicos mais simples, tais como vírus, bactérias, insetos, etc. À medida que seres biológicos mais complexos foram surgindo na face dos planetas habitáveis, as almas foram tendo oportunidade de vivificá-los e experimentá-los. Cada vida, cada experimento, cada sensação e cada emoção foram e continuam sendo mapeadas pela alma de modo que seu receptáculo individual acumula toda sua evolução e experiência. Deste modo, quando o consciente solicita o subconsciente para resolver qualquer questão que surja, a alma busca no mapa o respectivo receptáculo, aciona -o e analisa seu conteúdo. Em seguida extrai a conclusão e a devolve ao consciente na forma de resposta, intuição, sensação, emoção, etc. Embora a alma guarde em seu

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receptáculo individual o mapa de suas realizações particulares, tem acesso a todos os receptáculos que conhece e pode extrair deles não só seus próprios experimentos como os experimentos de todo ser vivente que ali se acumula. Isto explica e justifica a força que aquele homem obteve para suspender a frente do jipe e salvar seu filho. Naquele instante de desespero e na certeza de poder (fé), tal homem acionou a senha “salvar”. Seu subconsciente achou na lista o receptáculo relacionado, acionou-o, sintonizou seu conteúdo e derramou-se sobre o ho mem uma energia transcendental que lhe proporcionou uma força hercúlea. Milagre? Não, apenas bom uso do sistema, suas regras e suas leis. Ao mesmo tempo em que este homem (ou sua alma) se utilizou dos registros universais acumulados durante milhares de

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ano s no receptáculo “salvar”, também enviou para este receptáculo seu experimento. Desta forma o receptáculo cresce em quantidade (de informações) e em qualidade (fatos novos). Quem utilizá-lo daqui em diante contará com mais esta experiência. Isto é evolução. Esta é a genética do pensamento. Não é a individualidade da alma que evolui e sim o Universo todo. Toda esta evolução está disponível, agora, para quem quiser usufruí-la.

Neste ponto cabe perguntar:

Deus já não sabia disso tudo? Por que a necessidade de experimentar?

Deus sabia e sabe disso tudo tanto quanto um cidadão que sabe o que é futebol mas nunca jogou. Não conhece a dor de um chute na canela, não conhece a emoção de fazer um gol, não conhece o êxtase de

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ganhar um campeonato, não sabe o quanto é árduo um treinamento, etc. Delicia-se no estádio ou na frente da televisão mas não conhece a complexidade e as dificuldades que o espetáculo final exige para ser levado a bom termo. Deus sabia e sabe que as emoções positivas são melhores do que seus opostos, mas só na teoria, como um espectador diante da TV. Vivenciá-las é, para Deus, consagrar e confirmar o que já sabe. Nós somos Deus! Embora nos vejamos como individualidades, somos aquela garrafa com água do mar. No dia em que a garrafa se quebrar, o invólucro se desfizer, voltaremos para o mar, voltaremos para o Corpo de Deus. Neste dia, extremamente feliz, Deus dirá: está consumado. Na verdade já disse. Lembre-se que para Deus não existe presente, passado e futuro, apenas o instante. O instante é um tempo infinitamente pequeno diante da eternidade e na verdade, tudo o que estamos vivenciando como Universo físico, se passa dentro deste instante, deste devaneio do Criador, desta rapidíssima conclusão a que Deus chegou. Os bilhões de anos que parecem compor a existência do Universo é ilusória. Só nossa lentidão é que pode percebê-la. Quando voltarmos ao Corpo de Deus, ao Pensamento- Maior, teremos a mesma sensação que Deus tem agora. Um instante, apenas um instante, nada mais do que um instante!

O super consciente ocupa uma pequena quantidade de neurônios e utiliza-se de uma minúscula glândula situada no centro da massa encefálica. Esta glândula, de nome Pineal, já foi maior, mais desenvolvida e mais atuante em nossos antepassados distantes. Hoje, nem

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mesmo a medicina conhece bem suas funções. No inicio do processo evolutivo da humanidade a glândula pineal era a antena que permitia ao homem se

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comunicar, de forma mais direta, com a Fonte de Sabedoria, Deus, propriamente dito. Neste inicio, como já dissemos, a quantidade de receptáculos era muito pequena e neles se reuniam poucos experimentos não tão qualificados quanto o são hoje. A intervenção direta por parte de Deus era, então, necessária. Quando o homem comeu da arvore do conhecimento do bem e do mal (simbologia utilizada nas Escrituras), Deus passou a batuta para suas mãos e pouco a pouco foi deixando de intervir, permitindo, dessa forma, que o sistema funcionasse do modo como foi originalmente concebido. Com isso, por falta de uso, a glândula pineal foi se atrofiando e perdendo boa parte de seu poder de comunicação direta com o Criador. No entanto, quando acionada corretamente, ainda funciona.

Outrora, a função principal do super consciente era a de fazer vibrar uma determinada frequência que induzia a glândula pineal a estabelecer contato com o Criador e Seu reservatório de sabedoria. A vontade, o desejo, a necessidade e ignorância eram as senhas que ativavam o super consciente e estabeleciam a comunicação. Quando o processo passou a funcionar de acordo com as novas regras, ou seja, sem interferência do Criador, o super consciente passou a exercer suas funções de forma diferente.

Hoje, quando desencadeamos pensamentos conscientes que acionam o super consciente, ao invés de estabelecermos comunicação direta com o Criador, acionamos frequências auxiliares de fé ou de medo (conhecimento do bem e do mal). Como já vimos, tais frequências estabelecem sintonia com os receptáculos e permitem colher e nos fazer fluir sua força. Deste

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modo, com fé colhemos forças positivas, construtivas e de ajuda e com medo, forças negativas, destrutivas e que nos atrapalham. Este acionamento de fé ou de medo “turbinam”, reforçam o poder do verbo, da senha que abre o respectivo receptáculo. Entretanto, a pineal ainda funciona, de modo que se elevarmos nossa vontade e nosso desejo de estabelecer contato com o Criador ainda poderemos obter respostas diretas. Isto ocorre porque nem

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todos os receptáculos suficientes e necessários para o atingimento pleno da evolução foram criados. Como faltam determinados receptáculos, passíveis de surgirem devido ao constante aprimoramento das questões humanas, da religiosidade, da ciência, da biologia e da filosofia, muitas vezes necessitamos buscar respostas que só podem ser encontradas no reservatório Universal de sabedoria administrado por Deus. Muitos receptáculos, recém criados pelas novas indagações humanas, ainda não registram suficiente volume de experimentos para prover novos investigadores. Logo, quando o turbinamento não consegue encontrar o receptáculo requerido, o super consciente aciona a pineal e estabelece contato com o Criador. Quanto mais buscamos respostas para questões não respondidas ou sem solução imediata, quanto mais transcendentalizamos nossos pensamentos, mais fácil se torna a comunicação direta. Tome, como exemplo dessa conduta, os monges do Tibete, gurus da Índia e outros.

Deus dificilmente estabelece comunicação por meio de palavras. Preferencialmente e nessa ordem Deus se comunica com exemplos, sensações e emoções, imagens e quando estritamente necessário pode se utilizar de palavras que podem surgir como sussurros

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em nossos ouvidos, escrita involuntária (psicografia) ou imagens com palavras ou números escritos. O grande problema é que o ser humano costuma rejeitar estas coisas julgando serem frutos de sua imaginação. Quantas e quantas vezes você está queixoso da vida e assiste uma cena ou ouve um fato que o faz envergonhar-se de suas queixas. Este é a típica resposta através do exemplo. Outras tantas vezes você reformula conceitos e altera suas atitudes e emoções, principalmente quando, não satisfeito com elas, fica recriminando-se a si mesmo. Com certeza, isto ocorre, porque Deus, assistindo sua aflição diante de suas próprias emoções e sentimentos e percebendo sua vontade de modificar, envia novos conceitos que fazem alterar seu comportamento. Visões e sons ocorrem, na maioria da vezes, nos sonhos. Embora possam ocorrer em estado consciente, dificilmente estamos preparados para recebê-los, ora porque estamos ocupados demais com os problemas do cotidiano, ora porque estamos desfrutando os prazeres da vida, ora porque não entendemos como vindos de Deus. Em geral, a obtenção de comunicação através deste mecanismo só ocorre quando, de fato, nos predispomos para tal, ou seja, qua ndo nos aquietamos e buscamos, com sinceridade, ver e ouvir as verdades supremas do Criador.

O alto falante é um equipamento que recebe sinais elétricos de frequência variável, sinais estes que convertidos em eletromagnéticos fazem vibrar um cone de papelão. A vibração do cone de papelão movimenta o ar que está à sua frente. Esta movimentação do ar se traduz em ondas sonoras. Dizemos, então, que o alto falante é o transdutor dos sinais elétricos recebidos

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pelo rádio ou das frequências geradas pela música de um CD.

A alma, quando fora do corpo, não pode se comunicar com palavras ou sons audíveis por falta de um transdutor. Entretanto, quando de posse de certos corpos biológicos, a alma pode converter frequências geradas no cérebro e transformá-la em sons, que são emitidos por membranas. Os seres vivos dotados de tais transdutores podem emitir sons. Porém, só ao ser humano foi dado o dom de falar de forma inteligível e padronizada. A palavra falada ou escrita é um mero símbolo de uma sensação, emoção, forma, objeto, cor, etc. Assim um monte de palavras pode se fazer necessária para a descrição minuciosa de uma cena. Por vezes uma única palavra, adotada por convenção, nos faz entender algo que seriam necessárias diversas palavras para descrever. Tente descrever um cubo ou uma pirâmide e veja quantas palavras são necessárias. Entretanto, quando ouvimos a palavra cubo ou pirâmide, imediatamente entendemos do que se trata. Podemos até vê-los com os olhos da mente (na imaginação). Nos utilizamos de milhares de palavras para exprimir tudo que pensamos. Todos os dias palavras novas são incorporadas em nosso vocabulário para exprimir objetos e novos experimentos inventados pelo homem. As coisas materiais, depois de convencionados seus nomes, são fáceis de entender. Há 50 anos a palavra “computador” era desconhecida da maioria das pessoas. Quando ouviam-na não podiam aliá-la a nada pois não conheciam a aparência do objeto e nem tampouco sua serventia. Hoje, depois de estabelecida e divulgada, a palavra “computador” é perfeitamente compreensível levando-nos inclusive a imaginar o aparelho. Se, por um lado, a palavra escrita

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ou falada pode definir com certa facilidade objetos, fatos e tudo que é visível, por outro é extremamente deficiente para definir sensações e emoções. Por exemplo, cada pessoa entende “amor” de uma forma, em função de sua experiência e vivência. Definir amor, dor, medo, pavor, ódio, susto, etc. é muito difícil já que seus efeitos são apenas sentidos, não podem ser vistos. Como cada um sente um efeito diferente, entende, por conseguinte de forma diferente.

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Conclui-se daí que as palavras funcionam de modo perfeito para as coisas materiais e de forma muitíssimo vaga para as emoções. De que vale dizer para uma pessoa “eu te amo” se no fundo a pessoa que está recebendo o afeto não sabe o que você entende por amor. É por este motivo que os relacionamentos amorosos são tão cheios de controvérsias, desconfiança e insegurança. Se a alma, tal como o faz quando fora do corpo, pudesse transmitir de cérebro para cérebro suas reais emoções e sentimentos, é bem provável que os relacionamentos entre as pessoas seriam muito melhores. No entanto, quando encarnada, a alma precisa fazer um esforço descomunal para apresentar as outras seu intimo intento. Ao entrar no corpo a alma perde as facilidades para vivenciar as dificuldades. Para construir é preciso destruir. Quando das dificuldades o empenho aumenta e a experimentação se torna muito mais produtiva. Este é o nosso verdadeiro desígnio. Experimentar o bem e o mal, o fácil e o difícil, o certo e o errado, o amor e o ódio e por fim concluir que o positivo é melhor e mais fácil de lidar que o negativo.

Nosso consciente é levado, desde a infância, a formular palavras. Pensamos mais palavras do que

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sensações, sentimentos e emoções. O fato de darmos nome a tudo é que nos condiciona a pensar palavras. Entretanto em momentos de grande aflição ou de extrema alegria, esquecemos momentaneamente as palavras e exprimimos nossas emoções através de expressões faciais, manuais ou corporais. Tal maneira de expressar emoção é infinitamente mais poderosa do que a palavra e aciona com muito maior facilidade os respectivos receptáculos. A fé incontestável e o medo têm esta força. Como estamos habituados, nos utilizamos do pensamento formulando palavras na mente e como estas não estão carregadas de emoção suficiente e necessária para acessar os respectivos receptáculos é necessário que a turbinemos através da fé. Quando, ao invés da fé, utilizamos o medo para turbiná-las obtemos resultados negativos.

A palavra, como vimos, nos imprime dois comportamentos (ações): o físico e o mental. Quando dizemos “vou para casa” agimos no sentido de nos dirigirmos para o local especificado. Quando dizemos “vou comprar uma casa” e imprimimos na frase um sentimento de certeza (fé) agimos no plano mental onde o receptáculo acionado registra sua intenção de “comprar” uma casa. Mais adiante teremos oportunidade de mostrar a diferença entre “vou comprar” e “tenho”, entre outros exemplos.

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Quando exprimimos um verbo, turbinado pelo medo ou pela fé, enviamos para o cosmos uma frequência que vai direto para o receptáculo relacionado. Se você aciona um receptáculo com medo, a sintonia é uma, se o faz com fé a sintonia é outra. O medo ou não lhe traz nada ou traz a soma dos medos de todos aqueles pensamentos que ali se acumulam. Desta forma ou

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você continua com seu medo ou adquire ainda mais tal sentimento. Lembre que insegurança, depressão, desconfiança, dúvidas, etc., são formas pensamento variantes do medo. Ao contrário do medo, a fé move frequências positivas. Quando você turbina seu pensamento com fé, com certeza, com convicção, invariavelmente envia suas emoções, desejos e necessidades para receptáculos de mesma natureza. Esta ação espiritual liga-o às energias de mesma natureza, que somadas, enviam-lhe muito mais força e agilidade do que você possui e com isto lhe imprime uma ação física que o levará à solução de seu intento.

A genética da alma ou do pensamento faz com que algumas pessoas nasçam com mais ou menos tendências para a fé ou para o medo de modo que enquanto umas são extremamente otimistas, outras são extremamente pessimistas. Algumas pessoas conseguem tudo que querem enquanto outras ficam apenas no desejo. Para umas tudo o que fazem dá certo, para outras dá sempre tudo errado.

Tal como no corpo físico, a genética pode predispor mas não impor. Algumas pessoas nascem predispostas ao câncer e nunca o contraem. Do mesmo modo, algumas pessoas podem nascer predispostas para a depressão, mas serem tão combativas que evitam que tal mal as perturbem. Ao nascer, cada alma traz em seus registros não só o mapa de tudo que já experimentou em outras vidas como traz também uma lista de experimentos que pretende praticar para atingir seu objetivo cósmico. Esta genética da alma é que vai lhe permitir experimentar diversas emoções e sensações. A alma, antes de nascer e já de posse da lista de experimentos que pretende praticar, escolhe a

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família, o país, o “status” social, a condição financeira, entre outras coisas. Ao nascer, sua missão é experimentar sensações agradáveis e desagradáveis. No entanto, se lhe sugerirem

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para experimentar um bolo de chocolate, por acaso você precisará experimentar durante sua vida toda? Claro que não. Logo, para a alma é a mesma coisa. Se seu objetivo é experimentar a pobreza, isto não quer dizer que deverá ser pobre durante toda sua estada neste plano. Experimenta por um tempo, tira conclusões, dá a experiência como concluída e parte para outra sensação. Faz parte de seu livre arbítrio permanecer indefinidamente na experiência ou abreviá-la. Para abreviá-la, o melhor caminho é a resignação. Quanto mais rápido você aceitar a condição e entendê-la como parte de seus experimentos e quanto mais rápido você puder ver o lado bom de uma experiência dita ruim ou dolorosa, tanto mais rápido poderá encerrá-la e iniciar outra, menos dolorosa ou melhor, mais agradável. A escolha é sua.

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COMO PENSAR CORRETAMENTE EVITANDO INTERFERÊNCIAS

Um cidadão saiu em viagem de férias com a família rumo à uma capital do nordeste brasileiro. Lá chegando, encantou-se com a cidade, as praias, a natureza e a qualidade de vida e sentiu um enorme desejo de para lá se mudar. Devido à vínculos profissionais e materiais percebeu a dificuldade de se mudar com a família para outro extremo do país. Homem religioso e fervoroso em sua fé, ao regressar, começou a orar à Deus, pedindo que seu intento se realizasse. Sua oração era mais ou menos assim:

“Senhor, fiquei encantado com Fortaleza e adoraria me mudar para lá. Gostaria muito de contar com Sua ajuda e lhe peço, Senhor, que me ajude a vender nossa casa em São Paulo, nosso terreno na praia e, se possível, me ajude também a conseguir um bom emprego onde possa ganhar o suficiente para manter o mesmo padrão de vida que tenho aqui. Com o dinheiro da venda dos imóveis é minha intenção comprar um casa ou apartamento naquela cidade e caso não consiga um bom emprego, pretendo me estabelecer com um pequeno negócio. Tenho muita fé e espero contar com Sua ajuda. Amém.”

Passados muitos e muitos meses nada havia acontecido que levasse o cidadão a crer que teria condições de se mudar para a sonhada cidade. Apesar das constantes orações e da extrema fé em Deus nada aconteceu.

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Deus fez o mundo em seis dias e no sétimo descansou. Achar que Deus se cansou é subestimar Sua força. O

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mais provável é que esta frase simboliza o momento em que Ele, depois de instituir todas as regras e leis que garantissem o perfeito funcionamento de Sua obra, deixasse que passasse a funcionar de forma automática. Logo, o mais lógico é que, diante da perfeição, Deus não precisa ficar ouvindo e atendendo pedidos uma vez que o sistema se encarrega de atendê-los ou não, conforme bem ou mal operado por aqueles que o utilizam.

Nosso cidadão errou nos seguintes pontos:

Quando ele diz que “adoraria mudar” para Fortaleza utilizou como senha o verbo “adorar mudar” no condicional (“se pudesse” mudar eu adoraria). Novamente se utiliza do verbo no condicional para dizer “gostaria muito de contar com sua ajuda” ao invés de “conto com sua ajuda”. Quando o cidadão pede “ajuda” está querendo dizer que terá que fazer sua parte e espera que Deus auxilie. O auxilio solicitado neste primeiro pedido de ajuda não tem nada a haver com o objetivo principal que é o de mudar para Fortaleza. Se o objetivo principal é morar em Fortaleza, certo é focalizar somente isso, desconhecendo qualquer outro, uma vez que ir para Fortaleza não implica necessariamente em vender isto ou aquilo. Por outro lado o cidadão não define com clareza se quer um bom emprego em Fortaleza ou um negócio ou ainda se pretende comprar uma casa ou um apartamento. Na dúvida nenhum é atendido.

Logo, a melhor oração, juntamente com uma sensação de absoluta certeza, seria esta:

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“Senhor, meu Deus, agradeço-lhe por morar em um belíssimo apartamento em Fortaleza, cidade que eu adoro e também por possuir um rendimento saudável que garante o conforto e a boa qualidade de vida da minha família.”

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Um bom reforço é, neste caso especifico, sentir-se fisicamente no local, na cidade, no apartamento, ver seus detalhes e se não souber que tipo de negócio irá operar para obter renda, visualizar-se atendendo muitos clientes satisfeitos e recebendo muito dinheiro. As leis Divinas, através dos receptáculos, irão prover tudo aquilo que, corretamente sintonizado e acreditado, povoar sua mente.

Se você é do tipo de pessoa que consegue boa concentração em qualquer lugar que esteja, qualquer hora é hora de visualizar, acreditar e transmitir seus desejos e emoções. Entretanto, se você não tem capacidade para se concentrar em qualquer lugar ou se distrai facilmente, a melhor hora de fazer a sintonia é quando estiver na tranquilidade do seu lar ou escritório. Neste momento, faça um bom relaxamento físico, como descrito no final do tópico “O Nada”, visualize seu intento, sinta-se participando ou de posse daquilo que quer. Em seguida, saia do relaxamento, repita várias vezes, em voz alta, uma frase, sempre no verbo presente, sintetizando seu desejo, usando de preferência “eu sou” ou “eu tenho” e daí em diante diri ja todas as suas ações no sentido de atingir os resultados desejados. Repita este exercício várias vezes não mudando uma virgula daquilo que originalmente pretendeu. Derrame sobre o desejo uma fé inabalável de conquista. Sinta como se já tivesse ocorrido. Sinta- se de posse do bem que busca. Depois de praticá-lo

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algumas dezenas de vezes, esqueça o assunto. O resultado virá. Os eventos, ao seu redor, irão fluir de modo a levá-lo pelo melhor caminho na direção do seu desejo. É assim que o sistema funciona.

Você terá oportunidade de se deparar com eventos que lhe parecerão coincidência mas que na verdade são provocados pela energia do respectivo receptáculo que está sendo enviada ao seu ambiente, às suas ações e às ações daqueles que podem contribuir para com o seu intento.

Acredite! Isto funciona mesmo!

Se não funcionar, analise seus pensamentos a respeito do assunto. É provável que tenha mudado mentalmente algum detalhe (como a cor do carro, por exemplo, caso este seja seu

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intento), ou não está convicto do que deseja ou ainda por ter inserido no contexto quaisquer sensações de medo, insegurança e outros que acabam por provocar dúvidas, acionando um receptáculo negativo. Alterar um intento e não ter convicção muda o rumo da energia enviada e o resultado poderá não vir ou vir de forma a não agradá- lo.

Vimos a diferença entre “ser” e “estar”. Vimos também que o “eu” na frente do verbo fortalece sua atração. Mesmo que não seja escrito com letras maiúsculas o “eu” precisa ser vibrante para provocar a atração.

Eu sou forte. Eu sou rico. Eu sou feliz. Eu sou sadio. Eu sou competente. Eu sou vencedor. Mesmo não sendo, diga que é. Utilize sempre o verbo “ser” no presente para afirmar aquilo que pretende ser. A afirmá-lo sinta-

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se de posse do adjetivo. Sinta-se forte, rico (material e espiritualmente), feliz, sadio, competente e vencedor. Quando menos esperar estará agindo da maneira que projetou. Diga “eu sou” de modo vibrante, sempre que puder fale a frase em voz alta, mas se não puder pense com a certeza de que o resultado já ocorreu no espaço cósmico e que a realização no plano físico ocorrerá em pouco tempo. Se quiser afirmá-la várias vezes ao dia e teme esquecer, escreva-a em etiquetas auto adesivas e cole -as no espelho do banheiro, no painel do carro, na mesa de trabalho e onde mais lhe aprouver. Cada vez que olhar para a etiqueta repita a afirmação. Faça este exercício até sentir que está enraizado em sua mente e depois de estar convicto do bom resultado (fé) esqueça-o. Não fique na expectativa do resultado. Esqueça mesmo. Quando menos esperar estará de posse do seu efeito, resultado ou bem desejado.

O verbo “ser” transmite a sensação de estado definitivo. Por este motivo evite dizer “sou doente”, “sou pobre”, “sou infeliz”, “sou incompetente”, “não sou capaz” ou coisas do gênero, pois poderá prolongar seu efeito indefinidamente ou até que mude de postura mental.

O mesmo ocorre com outros verbos importantes para a obtenção de resultados. O verbo “ter” é outro que possui um poder muito grande. Quem “tem” o tem de forma definitiva. “Tenho saúde”, “tenho dinheiro”, “tenho boa sorte”, “tenho boas idéias”, “tenho casa própria” são frases que reforçam a posse de sentimentos ou coisas, mesmo que ainda não as tenha e principalmente quando ditas com fé.

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Considerando o exposto, relacionaremos abaixo uma coleção de verbos mais usados em nossos objetivos e desejos.

Pedir O verbo pedir transmite uma sensação de carência. Quem pede, pede o que não tem e desta forma o receptáculo acionado é o de falta, carência e o resultado será a manutenção da falta. Não peça, afirme que já possui e terá.

Querer, desejar, almejar Tais verbos transmitem a sensação de desejo, de objetivo futuro, motivo pelo qual vai continuar desejando e nunca obtendo. Não queira, sinta-se de posse e terá.

Ir Utilizado em frases do tipo “vou ser promovido”, “vou ficar rico”, transmitem a sensação de obtenção de resultado num futuro incerto. Quem vai, continuará indo indefinidamente. Se for necessário o uso do verbo “ir” una-o à uma data ou prazo tais como: “dentro de um ano vou ser promovido”, “até o próximo Natal vou ficar rico”. Entretanto procure trocar o “vou ser” por “eu sou”. É mais eficaz.

Ganhar O verbo ganhar é um ato presente. Frases como “ganho muito bem”, “ganhei na loteria”, “ganhei um emprego” são boas mesmo quando ditas antes do evento e reforçadas com fé. Por outro lado dizer “ganho pouco”, “o que ganho é insuficiente”, “nunca ganhei nada de graça”, só vai reforçar tais situações e por conseguinte perpetuá -las.

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Haver Deus disse “haja luz” e a luz se fez. Veja que Deus também verbalizou para obter Seu intento o que demonstra que o verbo provoca a ação, seja no Universo energético, seja no

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Universo material. Desta forma você pode generalizar estados para si ou para a família utilizando-se de frases do tipo “haja felicidade nesta casa”, “haja riqueza material em minha vida”, “haja paz e harmonia”, entre outras.

Mais uma vez reforçamos a idéia de que para construir é preciso, antes, destruir. Destrua suas antigas frases e conceitos preestabelecidos e renove -os utilizando verbos imediatos e sempre no presente. Não utilize verbos no futuro ou no condicional tais como “serei”, “terei”, “irei”, “queria”, “gostaria”, etc. Policie seus pensamentos. Toda vez que se pegar pensando de forma negativa mude, imediatamente, sua conduta mental. No começo é um pouco difícil, devido aos vícios de pensamento, entretanto, com o tempo, estará pensando de forma correta e adequada. Quando seus pensamentos positivos virarem uma rotina, bastará acrescentar-lhes a fé inabalável, transformá-los em palavras ou desenhos e, por certo, quando menos esperar, farão parte da sua realidade.

Tomemos a seguinte afirmação e vamos ver como ela opera cosmicamente:

“Eu sou rico, tenho muito dinheiro e com ele compro tudo que quero. Eu faço bom uso dele e ele nunca me falta.”

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Quando afirmamos com fé “eu sou rico”, mesmo que ainda não o sejamos e transmitimos tal Pensamento- Menor através do Pensamento-Maior, pelos mecanismos que já vimos, iremos acionar o receptáculo de riquezas. Este receptáculo contém registros de todos aqueles que conquistaram riquezas no decorrer de suas vidas. Lá estão registradas as formas de conquista, os pensamentos positivos de quem as conquistou, as histórias das conquistas e outros registros que levaram pessoas a conquistar riqueza. Como o verbo “ser” induz a uma ação e você está sintonizado com todas as ações que redundaram em riqueza, inconscientemente, você será levado a praticar ações semelhantes que o levarão à riqueza. Como riqueza pode representar riqueza de espírito, de idéias, de saúde, etc. o reforço “tenho muito dinheiro” sintoniza as ações que relacionam a riqueza ao dinheiro e/ou bens materiais. O reforço seguinte “...e com ele compro tudo que quero” evita que você se torne um colecionador de notas de dinheiro e realmente transforme o dinheiro (papel moeda) em prazer. Sem este reforço você correrá o risco de ser mesquinho, ou seja, ter muito dinheiro e não usufruir dos prazeres que o dinheiro pode oferecer. Quando diz “Eu faço bom uso dele” também está

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evitando a mesquinhez, dando a entender ainda que poderá, quando necessário, prestar auxilio a outras pessoas, ajudar os necessitados e a praticar outros atos de caridade. Por fim “...e ele nunca me falta” reforça que a fonte ou o rendimento decorrente de aplicações nunca cessará uma vez que muitas pessoas conquistam a sorte grande e depois de um determinado tempo perdem tudo, acumulam dívidas e ao invés de conseguir multiplicar o dinheiro que ganharam acabam sem nada.

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Percebe-se daí que não basta criar uma frase simples do tipo “eu sou rico” para garantir a riqueza. Necessário se faz reforçá-la com frases de apoio para perpetuar e tornar a riqueza um estado definitivo e não temporário. Por outro lado, enquanto estiver formulando sua frase mágica a sintonia não será perfeita. Crie uma frase completa com o efeito que deseja obter, formule-a várias vezes durante o dia e por várias semanas e depois esqueça (esquecê-la completamente significa confiança no resultado, fé, propriamente dita). Deixe que a energia flua para o receptáculo. Quando a energia retornar você estará agindo de encontro ao seu intento e todas as ações o levarão para o atingimento dos objetivos.

Perceba que os homens mais bem posicionados que você conhece agem exatamente assim. São confiante s de si, determinados, incansáveis e vitoriosos. Sempre chegam onde querem. Na maioria das vezes nem conhecem ou nem se preocupam com o mecanismo cósmico que aqui relatamos. Entretanto o sistema pertence a todos, ricos, pobres, bondosos, maldosos, altruístas, egoístas, fracos ou poderosos e funciona. É lei Universal e está disponível para quem quiser dela se utilizar. Infelizmente a grande maioria prefere ficar com velhos e antigos conceitos e acaba não usufruindo as dádivas de Deus e do poder que lhe foi concedido. Não se utiliza de sua principal ferramenta: pensar, falar e acreditar. Quando o faz, ao invés de temperar o pensamento com fé, tempera com o medo, a ansiedade, a expectativa e a angústia e os resultados obtidos são coerentes com tais emoções.

O pensamento pode ser individual ou coletivo.

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Pensamento individual é aquele praticado por uma única pessoa cujo intento é atingir um objetivo para sua vida. Pensamentos coletivos podem ser os pensamentos dirigidos de uma família, de uma comunidade, de uma cidade, de um país ou até de toda humanidade.

Quando uma pessoa pratica um pensamento individual e revestido da necessária fé é conveniente que não compartilhe com ninguém, nem mesmo com a esposa, filhos, parentes ou amigos. Como vimos, somos todos cápsulas com a essência Divina e como tal, com poderes para acionar os registros (receptáculos) Universais. Logo, se você compartilha seu fervoroso intento com pessoas que possam duvidar de sua conquista, tais pessoas irão, mesmo que inconscientemente, interferir em sua sintonia. Sua sintonia positiva será enviada em meio a ruídos negativos do tipo “fulano está sonhando”, “fulano não vai conseguir o que quer”, “fulano pensa que é o bom”, e outros mais. Uma pura sintonia individual acaba se tornando uma sintonia coletiva que nem sempre leva ao mesmo objetivo.

Uma família pode e deve pensar unida quando o objetivo é comum. A compra da casa própria, a reforma da casa, a compra de um carro novo, o aumento da renda familiar são exemplos de pensamentos familiares (coletivos) que quando bem sintonizados podem redundar positivos. No entanto se algum membro da família é do tipo negativo, destituído de fé ou derrotista é conveniente não permitir sua participação no intento. Melhor mesmo é que nem saiba dos planos da famíli a.

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Um time de futebol, uma torcida ou uma comunidade qualquer pode alcançar seu intento desde que todos almejem o mesmo ideal e desde que todos tenham absoluta confiança no resultado. Entretanto, em uma comunidade diversificada é quase impossível traçar objetivos comuns e mais difícil ainda conseguir unanimidade na fé. Sempre haverá aqueles que intentam algo diferente e sempre haverão aqueles que não acreditam muito na obtenção do resultado. Entretanto quando deparamos com um time alegre, confiante e objetivo é praticamente certo apostarmos em sua vitória.

Pelos mesmos motivos é que vemos cidades e países sendo mal administrados por maus governantes. Tornou-se um hábito tão generalizado o povo duvidar da qualidade e da honestidade dos políticos que invariavelmente os governantes escolhidos possuem tal perfil.

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Quando têm pretensões honestas acabam sendo derrotados pelo inconsciente coletivo do povo e acabam governando sob forte oposição ou com poucos recursos ou ainda atingidos por catástrofes climáticas que minam o poder econômico. Tudo isto é resultado de uma postura mental que atrai para a cidade, estado ou país o pensamento de seu povo.

A população do planeta, como um todo, gera pensamentos negativos e o inconsciente coletivo do povo acaba sendo derramado em algum ponto do planeta cuja comunidade esteja com ele sintonizada. Desta forma fome, guerras, guerrilhas e catástrofes ocorrem em determinados lugares dando vazão à energia acumulada em receptáculos específicos.

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Os receptáculos são poderosas fontes de energia. Acumulam energias geradas pelo pensamento humano e pelas seus experimentos, energias estas que podem ser positivas ou negativas. Os receptáculos são parte do sistema criado por Deus mas são, desde sua fundação, preenchidos pelos seres vivos (dotados de alma vivente). Os registros não são manipulados por Deus mas tão somente pelo seres vivos deste e de outros planetas. Quando Deus criou o sistema, os receptáculos eram pontos cósmicos vazios. À medida que os seres começaram a provar os experimentos, os receptáculos foram sendo alimentados. De modo inverso, os receptáculos transmitem, para aqueles que o sintonizam, seu conteúdo juntamente com toda energia que contêm. Pessoas sensitivas, dotadas do chamado dom da premonição, têm a capacidade de captar um determinado receptáculo, observar seu conteúdo e prever certos acontecimentos. Tais acontecimentos estão na eminência de ocorrerem quando o conteúdo energético de um receptáculo está a ponto de “transbordar”. Apesar de ilimitados no que se refere a registros, os receptáculos são suscetíveis ao “transbordamento” quando o volume de energia é demasiadamente grande. Quando Deus terminou a construção do Universo, descansou de sua obra, ou seja deixou que funcionasse por si mesma dentro da perfeição a que foi sujeita. Ele sabe que o resultado final de sua obra é o retorno de todas as cápsulas (almas) para o seio de seu corpo, intactas e perfeitas, aliás mais perfeitas, pois que, ao conviver com os opostos, puderam comparar e comprovar Sua verdade suprema. Sabendo do final feliz, Deus não se preocupa nem um pouco com a criação e uso dos receptáculos uma vez que a função destes é prover os seres de registros Universais e suas consequências. As

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consequências, por sua vez, não são destruidoras mas tão somente instrutoras, permitindo aos seres reconhecerem suas qualidades e defeitos, experimentarem, compararem e concluírem. As conclusões no entanto, como Deus já sabe, são óbvias.

Infelizmente a humanidade não só desconhece o sistema como faz mal uso dele. À medida que tomar conhecimento das leis Universais e começar a fazer bom uso delas, a humanidade acabará destruindo os receptáculos negativos e passará a reforçar os positivos possibilitando um fluxo de energia que só virá a beneficiar o planeta e o Universo. Este será o início da verdadeira evolução. Nós, que já tomamos o primeiro contato com as verdadeiras leis, podemos ser os pioneiros da verdadeira evolução do Universo.

A propósito, convém comentar que os receptáculos são comuns à todos os seres viventes de to dos os planetas habitados do Universo de modo que recebemos influências de seres mais evoluídos e de seres menos evoluídos. Esta influência é que permite que algumas pessoas tenham a sensação de verem ou estarem juntos de seres extra terrestres, conhecendo-lhes seus aspectos, suas vestimentas, seus veículos espaciais e suas emoções e desejos. É somente através do pensamento que poderemos vir, um dia, a viajar para locais distantes anos-luz da Terra e por conseguinte é desta forma que recebemos visitas de seres extra terrestres, já que fisicamente tais viagens são totalmente impossíveis. Os cientistas deveriam procurar os chamados “buracos de minhoca” que, como já admitem, podem encurtar distâncias intergaláticas e nos permitir visitar outros planos, em

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nosso Pensamento ou na Mente Universal da qual nossa mente faz parte.

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AGRADECENDO PELO QUE NÃO SE TEM!

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Como sabemos, as palavras não são suficientes para expressarmos todos nossos sentimentos e desejos. Formular frases no pensamento que não firam as leis Universais muitas vezes se torna uma tarefa difícil, senão impossível. Escrevê-las, então, pior ainda. Entretanto, quando o objeto de nossos desejos é algo conhecido é mais fácil visualizarmos do que descrevê- lo em palavras.

Partindo dessa idéia, se o objeto de seu desejo é um carro novo, defina-se. Escolha o carro de seus sonhos, cor, acessórios, rodas e tudo que achar de direito e vislumbre-o em sua mente. Procure ver (com os olhos da mente) todos seus detalhes ao mesmo tempo em que se sinta de posse dele . Entre em seu interior, visualize os detalhes, dirija-o, passeie, sempre com um forte sentimento de posse e certeza da conquista. O mesmo mecanismo pode ser usado para uma casa, apartamento, um cargo mais elevado ou qualquer coisa que queira. Se você não tem muita idéia da casa ou apartamento que deseja, folheie revistas especializadas e escolha aquele ambiente, fachada, terreno, quintal e acabamento que mais se aproxima do seu gosto e passe a visualizar-se morando neste ambiente. Se pretende um cargo mais elevado na empresa, sinta -se nele. Se quer dinheiro veja-se recebendo um cheque preenchido com o valor e nominal a você ou uma pasta repleta de uma quantidade definida de dinheiro.

Se você ganhasse um prêmio de loteria de cinco milhões de dólares hoje, com certeza iria agradecer a Deus, ao Criador, às forças cósmicas, ao Universo ou à

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qualquer força em que acreditasse. Agradeça então pelo que não tem utilizando-se do mesmo entusiasmo que teria ao ganhar o prêmio de loteria. Agradeça com fé, com todo o coração, mesmo por aquilo que ainda não conquistou. O ato de agradecer por aquilo que não se tem, mobiliza uma energia tão grande quanto qualquer senha (verbo) positiva que viesse a utilizar, com a diferença de que o agradecimento já incorpora uma certeza de posse, uma fé.

Uma oração de agradecimento poderia ser assim:

Agradeço, Senhor, pela minha nova casa, pelo meu carro novo, pela minha promoção na empresa, pelo excelente salário que recebo, pela minha boa saúde, pela minha felicidade, pelo fato de conhecer e saber aplicar Suas regras e leis. Agradeço também pela saúde, bem estar e felicidade da minha família, da minha esposa e dos meus filhos. Agradeço, Senhor, pelas amizades honestas e sinceras que cruzam meu caminho, pelo dinheiro que consigo economi

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zar, pela boa administração e compras que faço com o dinheiro que tenho e agradeço pela oportunidade de experimentar as energias de Seu grandioso e perfeito Universo. Que assim seja, Amém.

Quando passar por situações difíceis, agradeça desta forma:

Agradeço ao Senhor pelos experimentos que passei certo de que serviram para engrandecer minha experiência e evolução. Agradeço por ter tirado proveito de tais experimentos e por ter atingido plena compreensão de seus efeitos e consequências, não

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havendo, daqui por diante, necessidade de repeti-los. Amém.

Lembre-se de que ninguém paga a mesma dívida duas vezes. Uma experiência ruim e dolorosa é necessária quando se está experimentando emoções negativas. Uma vez experimentada não há necessidade de perpetuá -la. Procure compreender rapidamente o significado cósmico da experiência, já que a compreensão plena não só abrevia o evento como também impede que se prolongue até atingir o entendimento.

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A FÉ E O MEDO

Fé e medo são ingredientes essenciais para remeter o verbo (senha) ao respectivo receptáculo. Tanto um como outro são energias tão fortes que conseguem não só reforçar o conteúdo emocional do verbo como reverter radicalmente seu sentido. Por exemplo, se você diz “eu sou rico” mas tem medo das consequências de ser rico (risco de sequestro, risco de se tornar

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arrogante, etc.) tal medo irá reverter o “eu sou rico” por “será que eu quero ser rico?”. Na dúvida o receptáculo não libera sua energia. Por outro lado se você se utiliza da frase no futuro (sem data limite), dizendo “eu serei promovido” é remete esta sensação juntamente com uma poderosa certeza, uma fé inabalável, tal sensação pode reverter o futuro incerto para o presente, embora seria melhor dizer, por exemplo: “até o Natal eu serei promovido”.

Infelizmente, por se tratarem de sensações, não temos condições de avaliar o que é um profundo temor ou uma fé inabalável e consequentemente não saberemos que resultado tais sensações irão desencadear, motivo pelo qual sugerimos sempre o uso de verbos positivos e aplicados no tempo presente. Sugerimos ainda o agradecimento sincero como melhor fórmula de conquistar objetivos. Entretanto é fundamental descartar quaisquer tipos de medos.

Timidez, introversão, desconfiança, insegurança, ansiedade, depressão, angústia, remorso, entre outros são formas de medo e como já vimos todos estes sentimentos alavancam o lado negativo das energias coligadas. Querer com medo não é querer, ser com

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medo não é ser, ter com medo não é ter, e assim com qualquer outro desejo.

Analogamente, audácia, extroversão, confiança, segurança, despreocupação, convicção, alegria de viver entre outros são sensações de fé que, contrárias ao medo, alavancam o lado positivo dos desejos. Querer com alegria é poder, ser com segurança é ser melhor, ter despreocupadamente é nunca perder, dar com convicção é nunca faltar.

Enquanto a fé age como um expansor de forças o medo age como um gargalo onde a energia não pode fluir com todo seu vigor. O pavor, no entanto, estoura o gargalo e permite fluir todo o negativismo acumulado no respectivo receptáculo. Procure observar: as pessoas que têm pavor de serem assaltadas são as mais sujeitas a esse tipo de abordagem; quem teme pelo desemprego são sempre os primeiros a serem despedidos; quem vive se queixando de dores e doenças são realmente mais doentes e suscetíveis à dor.

Fé e medo agem como imãs. A fé atrai o positivo, o medo atrai o negativo.

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Desvencilhar-se do medo e cultivar a fé é o ideal que todo ser humano deveria buscar, porém sabemos o quanto isto é difícil de ser conquistado. Por incrível que possa parecer, a conquista da fé é mais facilmente atingida do que a perda do medo.

Para praticar a fé comece almejando pequenas coisas. Um pequeno presente, um elogio por parte de alguém, o recebimento de um tele fonema de alguém que há

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muito não se comunica. Vislumbre e acredite que pequenos objetivos estão se concretizando. Faça-o como explicado acima, sempre no presente, repetindo- se varias vezes e depois despreocupe-se com o assunto. Aguarde e verá o resultado. Não se esqueça de carregá-lo com o maior sentimento de certeza que lhe for possível. À medida que for adquirindo confiança no sistema, sua fé irá crescer e novos e maiores objetivos poderão ser conquistados. Com prática, tudo é passível de conquista. Deus nos deu o planeta para dele usufruirmos da melhor forma possível. Se alguns conseguem, por que você não conseguiria também? Se pessoas, inclusive de má índole, mal comportadas ética e socialmente conseguem galgar poder e riqueza, porque você não consegue? É só uma questão de querer e acreditar. Tente.

O medo, no entanto, está enraizado em nossas mentes. A idéia de pecado, de inferno, de purgatório, de juízo final e tantas outras colocadas pelas religiões, desde a mais tenra idade, nos colocam de sobre aviso e nos causam uma tremenda sensação de insegurança, preocupação, medo da morte, insatisfação e outras. A sociedade como um todo, incluindo nossos pais, induzem-nos a pensar em dificuldades. Dificuldade de galgar uma posição profissional, dificuldade de entrar numa faculdade, dificuldade de ganhar e acumular dinheiro, dificuldade de pagar dívidas, dificuldade de viver em grandes centros urbanos e muitas outras de todo tipo e qualidade. Abandonar estes temores realmente não é tarefa muito fácil.

Apesar de estar muito longe da verdade suprema, este livro pode ser um bom começo para se desvencilhar do

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medo. Se você, no decorrer da leitura, se convenceu de que foi feito da essência de Deus e que portanto é Deus, se convenceu de que o objetivo do Criador é o experimento das verdades supremas sem incorrer em consequências graves, se convenceu de que Deus criou o ambiente de experimentação que, tal como um teatro, é o palco das experimentações e que ao final da apresentação só haverá aplausos, então temer o quê? Viva, experimente, comprove, compare, não tenha medo, no final tudo é festa, tudo é alegria.

Pense bem. Deus não está se depurando com o processo que criou. Deus está simplesmente tomando contato pleno com as verdades que já conhece e sabe são perfeitas. Estivesse Deus se auto depurando teria que jogar Sua parte ruim para fora de si ao final do processo. Pergunto: jogar onde se não existe nada exterior a Deus? Jogar onde se Deus é infinito e não existe outro lugar que esteja fora de seus limites? Para onde Deus poderia enviar as almas rebeldes? O que mais Deus poderia fazer com aqueles que ainda não se convenceram das verdades se não dar-lhes tantas oportunidades quantas necessárias forem?

Não existe sensação mais gostosa do que a inocência. Por isso, no início da civilização, o homem teve medo de encarar o conhecimento. A alegoria bíblica da serpente que desperta a curiosidade no ser humano é prova de que o medo do conhecimento do bem e do mal (dos opostos em geral) foi um salto para o desconhecido e como tal gerou grande temor. A serpente simboliza a perda da inocência e o momento em que Deus julgou estar o ser humano pronto para experimentar e concluir por si mesmo. Por enquanto estamos experimentando. Logo começaremos chegar

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às conclusões. O inconsciente coletivo gerado pela expectativa de que o terceiro milênio será vivido num ambiente mais amistoso, mais conclusivo do que experimental, fez nascer um receptáculo de grandes esperanças. Assim sendo, quando toda a humanidade espera por um acontecimento, a energia respectiva é derramada. Com certeza o tão esperado terceiro milênio será o portal de entrada para a reta do entendimento e da compreensão. A compreensão é o melhor antídoto contra o medo.

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O CICLO SE REPETE – ATÉ QUANDO?

Tal como é em cima é embaixo.

Esta antiga frase mística tem por objetivo dizer que o microcosmo (ambiente em que vivemos) é cópia do macrocosmo (Universo). Vimos que o homem não inventa nada, apenas copia modelos preexistentes encontrados na natureza e no Universo.

Desta forma, um dos modelos copiados pelo homem é o modelo de ensino. Uma criança entra no pré primário, passa para o primeiro grau, para o segundo grau e por último se profissionaliza numa universidade. Cada etapa é cumprida no decorrer de alguns anos e entre um e outro, um período de férias (descanso). Este modelo foi inconscientemente concebido através da fonte suprema de sabedoria uma vez que a alma humana também se sujeita a um processo semelhante.

Tudo que tem vida possui uma alma vivente. Do mais simples vírus até o modelo humano, todos os seres possuem essência Divina e seu receptáculo individual. O receptáculo de cada indivíduo lista todos seus experimentos desde o inicio do processo. Assim sendo as cápsulas começam sua carreira de experimentos no mais simple s dos seres vivos, passam por vegetais, animais irracionais e posteriormente entram para a “faculdade” humana. Vão e voltam varias vezes até garantir a plena compreensão dos processos de cada etapa. Repetem-nos quando não plenamente compreendidos. Assim vã o subindo na escala evolucionária até chegar a ocupar o corpo humano. A alma não poderia ter pleno domínio do complexo de atividades do corpo humano se não tivesse aprendido a

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manusear os poucos processos físicos e químicos dos vírus, bactérias, insetos, animais inferiores e dos vegetais em geral. Este aprendizado prévio se fez necessário a todas as almas que habitam corpos mais elaborados. Entre uma etapa e outra a morte física se faz presente, fato este que permite a troca para outro corpo igual ou corpos cada vez mais elaborados. Uma vez em corpos bem mais elaborados a alma começa a vivenciar e experimentar, além das atividades químicas e físicas, atividades emocionais e sensoriais. É no corpo humano, no entanto, que a alma adquire a compreensão de emoções extremamente complexas. Como já

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possui experiência suficiente adquiridas nas demais etapas, deveria concentrar-se nas emoções mais complexas e desvincular-se de medos e emoções menores. Entretanto, devido ao hábito adquirido em bilhões de anos de experimentos, a alma guarda resquícios das etapas passadas e acaba reagindo de forma instintiva, comum aos animais inferiores. Tal como o aluno repete de ano quando não assimila bem os ensinamentos, a alma renasce em vários corpos nas diversas etapas até que tenha adquirido toda a experiência suficiente e necessária para encerrar suas conclusões.

Embora os cristãos insistam em transmitir a idéia de que vivemos uma única vida, mais de 60% da humanidade (cerca de três bilhões e seiscentos milhões de habitantes) acredita na reencarnação. Na verdade, a reencarnação é parte do processo de evolução e do aprendizado. Como não poderia deixar de ser, na etapa humana, a alma se utiliza de vários corpos até atingir plena compreensão de todos os experimentos pelos quais precisa passar. Nasce e renasce tantas vezes quantas forem necessárias,

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podendo abreviar o processo e sujeitar-se menos ao materialismo e aos procedimentos conservadores. Todos evoluem, queiram ou não. Dizem que quem aprende a andar de bicicleta ou dançar nunca mais esquece. Pode até perder um pouco a prática, mas o faz. Na verdade não existe desaprendizado. Uma vez aprendido nunca mais é esquecido. Por este motivo sempre sabemos diferenciar o certo do errado. Está registrado na alma. Voltar significa praticar e praticar até garantir que a prática adquirida tenha se tornado um procedimento natural, rotineiro. Ai o ciclo termina.

É provável que existam outros planos de existência onde novos e mais profundos conhecimentos devam ser adquiridos. Nestes planos, ainda desconhecidos para nós, provavelmente iniciam-se outras etapas de experimentos para as almas. Por enquanto nos convém dominar este em que vivemos.

Cabe lembrar que na verdade não estamos aprendendo mas apenas exercitando o que já sabemos. Nossa estada neste plano não é um aprendizado mas tão somente o exercício dos opostos, dos relativos, cuja finalidade é concluir que o positivo é mais sublime do que o negativo. Não nos lembramos de quem realmente somos e isso faz parte do plano mas se, de alguma forma, você já percebe que é parte do todo e como tal, indestrutível, que é parte de Deus experimentando a matéria e perde o medo de viver neste cenário, neste palco, abrevia ou dilata os experimentos ao seu bel prazer. Pode, portanto, deixar de sofrer e prolo ngar os

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momentos de alegria e felicidade. Pode ainda atrair mais rapidamente para si os experimentos agradáveis e afastar os experimentos desagradáveis imediatamente após tê-los

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compreendido. Você decide. Este é o verdadeiro livre arbítrio.

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DEPOIS DOS EXPERIMENTOS PARA ONDE EU VOU?

Depois de alguns anos, após ter deixado as carteiras escolares, descobri que as dificuldades agiram como que catalisadores dos meus conhecimentos. Tudo aquilo que tinha extrema dificuldade de compreender e que exigia horas de estudo e exercício é a que melhor ficou registrada em minha mente e posso, hoje, dizer que a sei. Entretanto, as matérias nas quais tinha maior facilidade de compreender, estas esqueci ou não domino bem. Percebi também que as férias serviam para assentar os conhecimentos. Depois de um período de descanso voltava às aulas sabendo mais e compreendendo melhor do que havia imaginado. Tanto é verdade que até hoje me recordo das lições e de palavras em latim, matéria há muito abolida das escolas.

Para a alma não é diferente. As dificuldades solidificam os conhecimentos. Aprendemos a dar valor aos alimentos quando passamos por um período de fome. Aprendemos a administrar o dinheiro quando a falta dele nos causa constrangimentos. Aprendemos a respeitar os outros quando passamos por diversas experiências de desrespeito.

Temos em nossos receptáculos individuais a lista contendo todas nossas experiências e conclusões e com ela podemos acessar todos os respectivos receptáculos. No entanto esta lista não é algo trans parente. Está escondida em algum lugar da alma que nosso cérebro ainda não foi capaz de reconhecer com clareza e isto, com certeza, nos causa grandes dificuldades. Temos, à disposição, um sistema

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completo de acesso a quaisquer informações que desejamos mas não temos a devida perícia para utilizá- lo com frequência e facilidade. Isto também nos causa grandes dificuldades.

Estas dificuldades todas acabam se traduzindo em medo, ansiedade, angústia e toda sorte de desconforto que podemos imaginar. Entretanto são as dificuldades que nos levam a experimentar. Se tudo fosse fácil estaríamos acomodados na vida e pouco nos importando em aprender mais e mais. Por outro lado as facilidades não assentariam os conhecimentos já que tudo que é fácil não tem grande valor. Aprendemos a valorizar os bens materiais, as emoções e os sentimentos graças à dificuldade que os catalisa e eterniza.

Sabendo deste principio básico, Deus impôs um sistema de busca e pesquisa que cria dificuldades e cuja finalidade é dar o devido valor a cada experimento. Algumas religiões pregam que o sofrimento é uma benção mas eu, particularmente, não encaro isto como certo. Melhor que sofrer é entender e quem entende, mesmo quando diante das dificuldades, goza de satisfação pois sabe que o procedimento é necessário ao atingimento pleno da experimentação.

Deus não prega o sofrimento. Deus, antes de mais nada, prefere que você entenda e pratique o que sabe, o que há bilhões de anos vem aprendendo. É certo que este conhecimento é meio escondido, no enta nto, para quem compreende e aceita o sistema, não existem motivos para sofrer mas tão somente para buscar os recursos necessários, dentro de si mesmo e colocá-los

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em funcionamento, sem medo, sem dor, sem sofrimento.

A morte física é o início do período de férias da alma. Neste período a alma está livre do peso do material escolar (corpo), livre da responsabilidade de frequentar as aulas (viver na matéria) e livre para correr pelos quatro cantos do Universo tal como quando foi criada originalmente.

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Mesmo encapsulada no corpo sutil, a liberdade que a alma experimenta quando liberta do corpo físico, é extasiante, é emocionante. Neste período a alma tem liberdade de visitar todos os receptáculos e conhecer-lhe o conteúdo, analisar sua lista de experimentos e compor o novo curriculum que deverá experimentar no próximo ano letivo (próxima vida). A auto análise, já que tem pleno acesso ao depósito de sabedoria, é inevitável. A alma sabe o que fez bem feito, o que fez mal feito, o que deve repetir, o que deve iniciar, o que deve praticar, reconhecendo todos erros e acertos de seus experimentos. Uma vez tudo assentado, está a alma pronta para reiniciar seus experimentos e obter novas e melhores conclusões. Entretanto, se alma concluir que já cumpriu todas as etapas e reuniu as conclusões corretas estará livre deste plano.

Como dissemos anteriormente, outros planos mais elevados, mais próximos da verdade suprema devem existir, mas fogem à nossa compreensão e portanto não são tratados neste livro.

O carma ou “karma” é, segundo os místicos e segundo algumas religiões, um processo pelo qual toda alma em débito ou crédito volta para a vida física com a finalidade de resgatá-los. Se fez algo errado, volta para

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pagar, se fez algo louvável volta para receber os louros. Algum as religiões orientais acreditam, inclusive, em retorno para o reino animal ou vegetal, dependendo da natureza dos débitos e dos créditos de certas almas.

Na verdade, o carma é um programa que, criado originalmente, precisa ser cumprido por todas as almas mas não necessariamente numa determinada ordem. Existe a ordem física que precisa ser cumprida à risca já que esta fase do carma é uma preparação para a ocupação de corpos mais bem elaborados, como é o caso do ser humano. Logo, para poder administrar o imenso laboratório que é nosso corpo físico, a alma precisa primeiramente aprender a lidar com corpos mais simples como dos vírus, das bactérias, dos insetos, dos vegetais e dos animais inferiores, subindo gradativamente até estar completamente apta a dominar o corpo humano. Na segunda fase do carma, quando a alma começa a lidar com as emoções e sentimentos, não há um ordem pré-estabelecida a ser seguida.

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Suponha que as almas tenham recebido a incumbência de experimentar 1.000 emoções e sensações diferentes, entendê-las e tirar suas conclusões. Deste modo, é lhes dada uma lista de deveres e cabe única e exclusivamente a cada alma estabelecer seu programa. Devido ao grande número de itens a serem experimentados, é fato que uma única vida não seria suficiente não só para experimentar a todos como também compreendê-los plenamente. Logo, em cada vida, a alma analisa o que já vivenciou e traça novo programa para vivenciar o que ainda não experimentou ou revivenciar aquilo que não ficou perfeitamente assentado nas primeiras vezes ou vidas. Verdade é

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que o carma não perdoa. Todos têm que passar por todas as emoções e sensações por si mesmo. A experiência dos outros não vale. Cada um tem que viver sua própria experiência.

Pelo exposto, dá para perceber que o carma, embora não necessite de uma ordem absoluta, caminha de modo coerente, pois se você, numa determinada vida, compreendeu perfeitamente o que é justiça não voltará em outra para ser injusto. Seria incoerente se o fizesse. No entanto, se escapar ao controle e cometer injustiças, com certeza tal experimento terá que ser repetido até a plena compreensão. Não existe como optar definitivamente pelo lado negativo de uma emoção. Mais dia, menos dia, toda alma percebe que o lado positivo da emoção está mais próximo do amor. O amor, é na verdade a soma de todas as experiências positivas e só estará completo quando todas forem vivenciadas e compreendidas. A plena compreensão do amor é o verdadeiro objetivo do carma e para tanto, todos teremos que compreender cada energia de seu complexo espectro.

Compreender rapidamente cada um dos dissabores da vida é uma excelente maneira de abreviar os chamados débitos cármicos. É, na verdade, uma prova de que aquele determinado experimento foi assimilado e que, por certo, não precisa mais ser tolerado. Um caminho a seguir nesta compreensão dos fatos pode ser este:

Analise seus atos. Veja se suas atitudes estão prejudicando alguém. Veja se suas atitudes têm provocado tristezas e dissabores para seus familiares, amigos e colegas de trabalho. Analise seus

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sentimentos para com as pessoas que possam estar sofrendo com seus atos. Tente perceber se seus sentimentos são frios com relação às suas atitudes e com as consequências que têm provocado. Se perceber que tudo isto está ocorrendo, algo está errado e a consequência final e mais desastrosa será sua. Lembre-se que sofre mais quem alimenta o ódio do que o próprio odiado que, na maioria das vezes, não está nem aí para com seu ódio. Procure reformular seus atos e seu pensamento à respeito e seu carma será aliviado. Só a plena compreensão alivia o carma ou o experimento, como prefiro chamar. Quando não souber realmente o que fazer, pergunte-se: “o que o amor faria diante desta situação”. Com certeza a resposta lhe será fornecida.

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QUEIRA OU NÃO VOCÊ ESTARÁ PRESENTE NA FESTA FINAL

No Livro “Conversando com Deus” volume I de Neale Donald Walsch editado pela Ediouro Publicações S.A. Deus diz:

Hitler foi para o céu.

Espantoso porém compreensível. Hitler foi para o céu simplesmente porque, ao sairmos do plano material, não existe outro lugar para ir. A idéia de purgatório, juízo final e inferno nasceu com o medo. O verdadeiro inferno é a razão. Enquanto induzidos a experimentar vivemos no dilema da dúvida, somos obrigados a vivenciar o certo e o errado, o bem e o mal, o justo e o injusto, e a busca da conclusão nos deixa ansiosos, temerosos e inseguros. Como relatamos, as dificuldades nos levam a solidificar o aprendizado mas, ao mesmo tempo, cria nosso inferno particular. O juízo final nada mais é do que a análise que a alma faz ao liberar-se da matéria, entre uma vida e outra. Percebendo não ter cumprido o roteiro de experimentos, por si só planeja o retorno à vida para sujeitar-se aos experimentos restantes, suficientes e necessários, para o cumprimento de seu objetivo original.

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É de se deduzir, pelo que já foi exposto, que Hitler não errou sozinho. Os Judeus sempre foram invejados por grande parte da humanidade não só por serem considerados os preferidos de Deus, conforme os relatos bíblicos, como também pela extrema facilidade de juntar riquezas e dinheiro. Por não possuírem, até pouco tempo atras, um Estado próprio, os Judeus se

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espalhavam pelos demais países e neles se estabeleciam, gerando grandes fortunas. Os Judeus não são cristãos e por motivos religiosos não se misturam, gerando ainda mais motivos para serem mal vistos pelos demais povos da Terra. Por milhares de anos o inconsciente coletivo alimentou o receptáculo de rejeição aos Judeus. Hitler apenas sintonizou-o. Ao sintonizá-lo derramou-se sobre ele toda ira aos Judeus, acumulada no respectivo receptáculo. Hitler foi, então, a ferramenta, o motor, que, energizado pelo pensamento da humanidade, saqueou, espoliou e massacrou milhões de Judeus. Por acaso Hitler errou sozinho? Entretanto, o fato de ter ido para o céu, não o isenta da consequências. Hitler, com absoluta certeza, analisou e se auto julgou por ter mal utilizado energias negativas. Auto julgou-se também por praticar barbaridades convicto de estar certo e com certeza terá que exercitar muitos e muitos experimentos, em uma ou mais vidas, para concluir o que não foi perfeitamente concluído naquela vida. Incapaz de distinguir o certo do errado, Hitler terá de fazê-lo utilizando-se de outros corpos e outras experiências, pois como sabemos, Deus oferece tantas oportunidades quantas forem necessárias para o cumprimento de Seu objetivo Universal.

O comportamento de Deus diante de Sua obra é semelhante ao do operador de máquinas de um cinema. Ele abre as portas para o publico, aciona o projetor e começa a passar o filme. Não precisa assisti- lo, não precisa interessar-se pelo enredo e não precisa se preocupar com a reação da platéia. Ao final, desliga o equipamento, acende as luzes e assiste sua platéia saindo do cinema. Não se preocup a se estão realizados ou decepcionados com o que assistiram pois

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sabe que na próxima sessão passará outro filme para quem quiser assisti-lo. Após a última sessão fecha a casa consciente de ter cumprido perfeitamente seu papel.

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Deus criou o cinema e o publico. Quanto ao filme, deixou que cada um criasse o seu, de acordo com seu livre arbítrio. O público se reveza. Uns participam dos filmes de outros. Entra público, sai público e as sessões continuam, uma após outra. O processo só termina quando todos tiverem assistido e participado do filme de todos e quando todos chegarem às mesmas conclusões. Quando isto acontecer Deus fecha o cinema e promove uma grande festa.

Queira ou não, você estará presente na festa final.

Entretanto você conta com duas opções: ou você assiste o mesmo filme várias vezes até compreendê-lo, comprimindo-se desconfortavelmente no meio da multidão ou presta máxima atenção e assiste uma única vez cada um dos temas e ao final retira-se para a confortável sala de espera para aguardar a festa de encerramento.

Na vida é a mesma coisa. Ou você se obriga a viver várias vezes até compreender cada face de cada emoção, sentimento, comportamento, etc. ou faz um grande esforço para compreendê-las rapidamente, se livrar da cansativa e estafante sucessão de vidas e aguardar, confortavelmente, no seu habitat natural, no seio da Energia Prima, a festa final. É livre arbítrio, você decide.

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Ocorre que decidir não é uma postura pura e simples. Para decidir é necessário, antes de mais nada, conhecer o mecanismo, praticar o sistema e por fim utilizá-lo corretamente. Este livro pode ser uma, das muitas oportunidades, que você já teve e terá de conhecer, praticar e utilizar o bom uso das energias Universais.

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PORQUE A BÍBLIA RELATA A CRIAÇÃO DE FORMA DIFERENTE?

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Se uma nova tribo indígena for encontrada hoje, provavelmente os pesquisadores irão descobrir que são dotados de princípios sociais básicos, que cultuam um ou mais deuses, que colaboram uns com os outros, que possuem uma hierarquia, que possuem regras de boa conduta estabelecidas, entre outras coisas. Não se surpreenderão por isso, uma vez que em todas tribos encontradas até a presente data tais comportamentos se faziam presentes.

De onde vem estas regras? Como é que comunidades, que nunca tiveram contato externo com grupos civilizados, podem possuir conceitos básicos de certo e errado, bem e mal, cultuar deuses e estabelecer regras de conduta por conta própria?

A inocência é um facilitador incontestável para o estabelecimento de sintonia com o reservatório de sabedoria Universal e com receptáculos criados pelo inconsciente coletivo. Veja, por exemplo, o grau de intuição de crianças, indígenas, monges isolados do mundo civilizado e pessoas tidas como inocentes.

Desta forma podemos dizer que os indígenas são como Adão e Eva quando foram expulsos do paraíso. Vivem para se alimentar, se abrigar e procriar, de modo inocente e livres dos males da vida moderna dos grandes centros urbanos sem, entretanto, estarem alheios ao conhecimento do bem e do mal e de sua origem divina.

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Todas as tribos, povos e comunidades encontradas pelos ditos civilizados possuem uma ou outra forma de organização política e social e possuem uma ou outra fé. Invariavelmente contam histórias e lendas que falam sobre a criação do mundo, das pessoas, dos espíritos e outras tidas como místicas ou transcendentais.

A Bíblia Sagrada, o Alcorão, o Livro dos Mortos e outros livros tidos como sagrados possuem, por sua vez, relatos escritos por povos antigos e pessoas ilustres da antiguidade que nada mais faziam do que escrever aquilo que compreendiam diante das informações intuitivas que recebiam. As recepções não eram diferentes das que podemos receber hoje. A compreensão

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sim. Era diferente devido aos poucos conhecimentos científicos, tecnológicos, filosóficos e religiosos disponíveis na época.

Embora descendente de Hebreus, Moisés foi criado pelos Egípcios. A cultura Egípcia era, na antiguidade, uma das mais evoluídas do planeta e Moisés teve a sorte ou o destino (plano prévio de experimentação) de vivenciá-la. Instruído que foi por Sacerdotes, Magos e Assessores do Faraó, Moisés reunia conhecimentos de magia, ilusionismo, religião politeísta (culto à vários deuses) e tinha acesso aos poucos conhecimentos de astronomia, matemática, alquimia (antigo nome da química), geometria, escrita hieroglífica, entre outros. Moisés era, portanto, um homem bastante culto para sua época. Ao descobrir-se hebreu despertou-se-lhe a cultura de seus ascendentes e Moisés passou a olhar para seus conterrâneos, escravizados, com outros olhos. Decidiu, então, libertá-los, prometendo-lhes a posse de uma cidade para morarem. Moisés poderia fundar uma nova cidade e com a experiência dos

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escravos construi-la com os próprios punhos. Ao invés disso optou por tomar a Palestina (a terra prometida) já que lá encontrariam toda uma estrutura, pronta para o bem estar dos novos moradores. Esta atitude, nada digna nos dias de hoje, era bem aceita pelos povos religiosos daquela época pois consideravam ímpios e pecadores populações que não cultuavam a Deus. Julgavam eles que, por acreditarem em Deus, eram mais merecedores e, literalmente, tomavam cidades e territórios de outros povos, digamos, nada merecedores. Dadas as condições do povo, como já pudemos relatar em outro tópico, Moisés viu-se obrigado a se utilizar da fé do povo para impor regras de comportamento e conduta que visavam não só fortalecer a saúde da comunidade como também aumentá-la em número, resistência física, fé, etc. Em grande número, dotados de boa saúde, fisicamente resistentes e cheios de fé o povo estaria bem preparado para expulsar os antigos moradores e tomar para si a terra prometida.

Durante os 40 anos de caminhada pelo deserto – trajeto que teria cumprido em menos de um ano – Moisés se utilizou de um plano estratégico, tático, político e religioso para induzir o povo a fazer o que tinha em mente. Os hebreus (depois de longos anos de cativeiro) eram rebeldes e indisciplinados, mas fervorosos em sua fé. Dada estas características Moisés viu-se obrigado a utilizar a religiosidade como única ferramenta de convencimento de seus seguidores. Temerosos dos castigos que Deus pudesse lhes impor, os hebreus cumpriam as leis e regras ditadas por Moisés (sempre em nome de Deus) e com isto puderam levar a cabo a conquista da Palestina.

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Como grande estadista, Moisés era obrigado a pensar, planejar e acreditar nos seus planos pois os longos anos de caminhada e o prometido sucesso na empreitada não lhe davam margem para erro. Seu enorme desejo de tomar a Palestina (verbo conquistar), aliada à sua fé em Deus, fez com que Moisés sintonizasse os receptáculos que lhe transfeririam a força e o poder necessários para o evento. Como já dissemos, nesta época, como os receptáculos eram poucos, Deus se comunicava mais com aqueles que o sintonizavam. As constantes comunicações com a fonte de toda sabedoria propiciaram a Moisés visões do início do mundo e da humanidade, fato este que o levou a escrever os cinco livros de Gênesis.

As visões que Moisés teve não foram nada diferentes das visões que podemos ter hoje sobre os mesmos eventos. A diferença é que, hoje, temos conhecimentos tecnológicos, conhecimentos de física, de química, de astronomia e outros que nos permitem relatá -los de forma bem diferente, tal como neste livro ou em outros que por certo virão ainda mais precisos. Tivesse Moisés os conhecimentos que temos hoje, por certo, relataria Gênesis de forma muito diversa da que foi escrita. Diante dos conhecimentos que Moisés possuía só lhe era possível relatar suas visões de maneira simplista e alegórica. Além disso, a limitação de vocábulos, ainda mais deficiente do que nos dias de hoje, impedia um relato mais detalhado e condizente com a verdade. Imagine Moisés descrevendo um automóvel. Por certo seria o relato mais curioso e engraçado que você já leu.

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A título de curiosidade vamos analisar alguns trechos da Bíblia Sagrada.

O primeiro livro de Moisés, chamado Gênesis, tem o seguinte título: “A criação do céu e da terra e de tudo o que neles contém”. Tem como primeira frase o seguinte: “No principio Deus criou os céus e a terra.” Como se pode notar, o título contém uma afirmação de que Deus criou, literalmente tudo (...e de tudo que neles contém). Na primeira frase Moisés generaliza o

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Universo como “céus”, no plural, o que demonstra que deve ter tido uma visão da formação dos primeiros átomos do Universo mas, por não entender, preferiu generalizar. Mais adiante, no versículo 2, encontramos a frase: “e o espírito de Deus se movia sobre a face das águas.” Moisés deve ter tido uma visão das primeiras criaturas animadas pelas almas viventes tais como bactérias, vírus, seres uni e multicelulares primitivos, porém não enxergando-as viu apenas a força vivente que banhava o caldo primordial (água contendo aminoácidos e demais substâncias necessárias para o nascimento de seres biológicos).

O versículo 3 diz: “E Deus disse: Haja luz. E houve luz” o que demonstra que Deus verbalizou, criou a senha “haver”. Sua imposição somada à certeza de tudo poder proporcionou a luz e houve luz. Nos versículos que se seguem Moisés apresenta sua visão do resfriamento da terra quando esta se separou, ainda muito quente, da massa do Sol. Vapores, liquefação das águas, empoçamento da água resultando em porções secas (terra). Mais adiante cita o aparecimento da ve getação e dos animais de maior porte que derivaram, certamente, do caldo primordial e das primeiras células vivas.

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No versículo 14 Moisés relata o aparecimento de luminares na expansão dos céus o que nos leva a crer que viu o Big-Bang mas não soube como descrevê -lo.

Não somos capazes de encontrar criatura mais bonita e perfeita que nós mesmos. Partindo dessa premissa, Moisés deve ter desenhado em sua mente a figura de Deus e, por falta de opção, escolheu a imagem humana, a mais perfeita que conhecia. Logo, relata no versículo 26: “Façamos o homem à nossa imagem, conforme à nossa semelhança...”. Mais adiante Moisés relata que Deus deu ao homem o domínio sobre as demais criaturas.

Uma vez feito o homem, Deus “descansou no sétimo dia de toda sua obra, que tinha feito.” Vimos anteriormente que o termo “descansar” é inconcebível para Deus ou para a Energia Prima. Na visão de Moisés, Deus deve ter deixado sua obra caminhar conforme as regras num aparente abandono, fato este que levou-o a pensar em descanso.

Nos versículos 16 e 17 Deus proíbe o homem de comer determinado fruto (ciência do bem e do mal), dizendo que, se comesse, certamente morreria. Deus criou a matéria e sabia desde o

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princípio que a matéria é passível de deterioração e transformação e portanto , sabia também que o corpo humano jamais seria perpétuo. Logo, Deus sabia, desde que criou que o homem, que depois de determinado tempo este perderia seu corpo físico. Portanto, é de se deduzir que a morte, dita por Deus, não representava a morte física tal como poderíamos entender pelo texto, mas a mudança de estágios visando, depois de conhecer o

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bem e o mal, experimentar os opostos por um período de milhares e milhares de anos, tempo este impossível de se manter a alma vivente num único corpo físico. Desde o princípio, o homem está sujeito à morte física. Geneticamente o homem envelhece, deteriora e morre. Mesmo que a moderna genética venha resolver definitivamente este problema, a morte ainda poderá ocorrer quando da mutilação de algum órgão vital, provocada por acidentes, armas, etc. Deste modo, jamais poderemos afirmar que o corpo humano um dia será definitivo. Tal representação, relatada por Moisés, certamente indica a sucessão de vidas por quais passamos durante todo o período de experimentações.

Entre os versículos 18 e 25 Moisés descreve a criação da mulher. A visão de Moisés deve ter sido semelhante a estas metamorfoses que vemos em computação onde um ser se transforma noutro ou noutros. Embora os arqueólogos não tenham encontrados vestígios que comprovem, é provável que nos primórdios da humanidade o homem era hermafrodita, tal como ocorre com alguns animais inferiores. Hermafrodita é um ser que possui ambos os sexos no mesmo corpo e em geral a reprodução ocorre sem contato com outro da mesma espécie. A medicina, há muito, sabe que o homem possui partes atrofiadas de órgãos femininos e seus hormônios e a mulher, por sua vez, possui partes atrofiadas de órgãos masculinos e seus hormônios. Ainda hoje ocorrem aberrações sexuais em seres humanos que na scem com ambos os órgãos. O próprio homossexualismo pode ser uma lembrança genética que modifica o comportamento humano, lembrança esta oriunda dos primórdios da humanidade. Moisés deve ter recebido visões da transição orgânica que deu origem a homens e mulheres e por não tê-la entendido

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descreveu exatamente o que viu, ou seja uma visão alegórica do fato.

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Por certo, crer em Adão e Eva intriga até a inocência das crianças. Lembro-me que, quando criança, não conseguia entender com quem Caim haveria de se casar, depois que Deus o expulsou para longe, já que não existiam outras famílias a não ser a de Adão e Eva. Casaria ele com alguma de suas irmãs? Porque Deus rejeitou a oferta de Caim e aceitou a de Abel se não informou a ninguém suas preferências? Muitas coisas me intrigavam durante meus estudos de catecismo e nem os padres conseguiam oferecer uma resposta convincente. Aliás, ainda hoje é assim, mas a preguiça mental acomoda tanto adultos como crianças, que acabam aceitando qualquer coisa sem questionamentos.

Não descarto o papel histórico e o poder gerador de fé que tanto a Bíblia como os demais livros tidos como sagrados imprimem nos povos. Fazer nascer e alimentar a fé é de grande importância como já pudemos apreciar nos tópicos anteriores entretanto, não acho que tais escritos devam ser levados ao pé da letra como são levados até hoje. Não concordo em sujeitar pessoas à regras e leis que foram estabelecidas para épocas remotas e com propósitos completamente distintos dos que temos em nossos dias. Leio e analiso tais escritos única e exclusivamente para comprovar que o sistema funcionou, desde o princípio, de modo igual funciona hoje. Nada foi mudado. Até mesmo a comunicação direta com Deus pode ser conseguida por aqueles que assim o desejarem. Nesta questão podemos até aceitar que os métodos mudaram mas Deus jamais poderá deixar de

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se comunicar com partes de seu próprio corpo. Quem atenta, percebe e reconhece esta comunicação e pode, com isso, caminhar em busca da verdade suprema.

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QUEM É JESUS CRISTO NESTE CONTEXTO?

Muitos mestres passaram pela Terra nos últimos seis mil anos de história escrita. Todos, sem sombra de dúvida, deixaram marcas indeléveis na fé, religiosidade e conduta da humanidade. Moisés, Abraão, Buda, Khrisna, Maomé e mais recentemente, Madre Teresa, Gandhi e outros

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menos comentados porém não menos importantes. Ainda hoje muitos dos gurus da Índia, monges tibetanos e sábios filósofos nos transmitem grandes lições de vida. Jesus é considerado o Mestre dos mestres não só pela sua profunda filosofia mas também por manter-se por quase dois mil anos na mente e na religiosidade de uma grande multidão de adeptos.

Embora nascido no Oriente Médio, Jesus se notabilizou mais no Ocidente do que em sua região e, passados dois mil anos, seus ensinamentos são atuais e a cada dia cresce o contingente de fiéis que se rendem à sua filosofia. Diante dos escritos Bíblicos é impossível não dar crédito aos seus sermões e seus ensinamentos. Suas parábolas, suas respostas e seus conselhos valiam tanto para a época em que viveu como para os dias de hoje, motivo pelo qual são bem recebidos até mesmo pelos não cristãos.

Curiosamente, todos os escritos Bíblicos que falam de Jesus interrompem sua história aos 12 anos e a retomam aos 32 ou 33 anos. Sobre este hiato de 20 anos, nenhum autor tece quaisquer comentários que pudessem sugerir seu destino e seus feitos. Alguns relatos da época falam de um místico que peregrinou por diversos países próximos à região de nascimento e morte de Jesus e alguns autores modernos tentam

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relacionar tais fatos mas, a relação é incerta e obscura, nada podendo ser evidenciado ou provado. Entrementes podemos chegar à algumas conclusões, conforme se segue.

Jesus era um homem como todos os outros no que se refere ao corpo físico já que era feito de carne, ossos e sangue e necessitava de alimento e água para a manutenção de sua vida. Tanto é verdade que sentiu dores e morreu como acontece com qualquer um de nós. Entretanto, como ser espiritual, Jesus era extremamente evoluído não só para a época em que viveu como para esta em que vivemos. Seus ensinamentos são, até hoje, intrigantes pois guardam nas entrelinhas muito do que modernamente chamamos “auto ajuda”, “poder do pensamento positivo” e que Jesus resumia por “fé”. Os milagres que promovia são comuns em muitas de nossas igrejas atuais e Jesus afirmava categoricamente que o que curava era, tal como hoje, a fé inabalável. É muito provável que durante sua ausência (entre 12 e 30 anos) Jesus tenha buscado aprimorar seus dotes naturais estudando e praticando os conceitos de países como Egito, China, Índia, Tibete e outros.

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Melhor do que tentar tirar conclusões é analisar alguns de seus ensinamentos e fazer um paralelo com aquilo que pretendemos passar neste livro.

Em Mateus 4,4, Jesus diz: “Nem só de pão viverá o homem, mas de toda palavra que sai de sua boca”. Coerentemente com tudo que aqui relatamos, Jesus já pregava em sua época a força que a palavra falada ou pensada exerce sobre o sistema universal, modulando energias que fatalmente regressarão, para quem as

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profere ou pensa, com todas suas benéficas ou maléficas consequências. Afirmava ainda em Mateus 5,18 que “nem um jota ou um til se omitirá da lei, sem que tudo seja cumprido” ensinamento este afirma que o sistema foi criado perfeito e permanecerá inalterado até o final do processo de experimentação das almas viventes.

Em Mateus 6,6 Jesus sugere que oremos sozinho em um local calmo, confortável e quieto para obter a devida recompensa, já que Deus nos assiste secretamente. Embora não fale, é certo que Jesus sabia que ao elevarmos nosso pensamento e nos aquietarmos obteremos respostas intuitivas oriundas da mais pura fonte de sabedoria. Em seguida (Mateus 6,7) Jesus nos incita a pensar, não repetindo frases feitas ou “vãs repetições”, como diz. Entre os versículos 6,31 e 6,33 do livro de Mateus Jesus condena nossas preocupações com coisas do cotidiano, tais como comer, beber e vestir – que praticamente eram as únicas preocupações da época – onde, nas entrelinhas podemos captar que, tentava demonstrar que o medo mais nos afasta do que nos aproxima das necessidades ou desejos.

Só por estes poucos exemplos é possível afirmar que Jesus já conhecia os mecanismos aqui expostos e não os explicava da maneira que o fizemos porque os conhecimentos da época não permitiriam fazer com que o povo compreendesse. Se valia de parábolas, exemplos e alegorias, tal como o fazemos com nossas crianças, para sugerir ao povo uma conduta que poderia estabelecer vínculos com os receptáculos positivos, o que demonstra que as leis do sistema

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funcionam independente de estarmos ou não conscientes dos mecanismos.

Lendo o Novo Testamento você encontrará centenas de versículos que demonstram que Jesus conhecia muito bem o sistema e aplicava o Pensamento-Menor com o intuito de modular o Pensamento -Maior e estabelecer comunicações com o inconsciente coletivo. Sua sensibilidade era tal que conseguia filtrar pensamentos individuais e com isto saber o que pensavam amigos e inimigos e dar-lhes respostas antes mesmo que pudessem exp ressar suas certezas ou dúvidas. Mais do que isto, Jesus podia se alimentar na fonte de Sabedoria Universal, sintonizando-se diretamente com o Deus, Pai de todos nós e Criador de todo o sistema.

Veja alguns dos versículos do Livro de Mateus e quando puder leia os demais livros do Novo Testamento:

7,1. Não julgueis para que não sejais julgado. (Utilização da senha: “julgar”)

7,7 / 7,8. Pedi e dar-se-vos-á, buscai e encontrareis, batei e abrir-se-vos-á. Porque aquele que pede, recebe, e, o que busca, encontra, e, ao que bate, se abre. (Usando a senha certa com a devida fé)

7,12. Portanto, tudo o que vós quereis que os homens vos façam, fazei-lho também vós, porque esta é a lei e os profetas. (Ação positiva gera retorno positivo)

9,22. Jesus disse: “Tem ânimo, filha, a tua fé te salvou. E imediatamente a mulher ficou sã.

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9,29. Tocou então os olhos deles, dizendo: Seja-vos feito segundo vossa fé. (Jesus não curava os que não possuíam fé mas tão somente àqueles que a transmitiam fortemente)

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10,28. E não temais os que matam o corpo, e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno a alma e o corpo. (Aqui cabe dizer que o inferno é o pensamento humano negativo que faz padecer o corpo)

11,25. Naquele tempo, respondendo Jesus disse: Graças te dou, ó Pai, Senhor do Céu e da Terra, que ocultaste estas coisas dos sábios e entendidos, e as revelaste aos pequeninos. (Uma afirmação de que a inocência e humildade facilitam a sintonia com os receptáculos e com o reservatório de sabedoria Divina)

12,37. Porque por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado. (Substitua “palavras” por “pensamento” e o sentido não muda)

14,31. E logo Jesus, estendendo a mão, segurou-o e disse-lhe: Homem de pouca fé, porque duvidaste? (Quando Pedro teve “medo” e afundou no mar enquanto tentava andar em sua superfície tal como fazia Jesus)

15,11. O que contamina o homem não é o que entra na boca, mas o que sai da boca isso é o que contamina o homem. (O ato de falar é precedido pelo pensar e quem pensa, se não profere aos homens, profere ao sistema e contamina da mesma forma)

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16,13. ...Quem dizem os homens ser o Filho do homem? 16,14. Uns João Batista, outros Elias e outros Jeremias ou um dos profetas. 16,15. ...E vós, quem dizeis que eu sou? 16,16. ...Tu és Cristo, o Filho de Deus vivo. 16,17. E Jesus respondendo, disse-lhe: Bem aventurado és tu... ...porque não revelou a carne e o sangue, mas meu Pai, que está nos céus. (Estes versículos demonstram que o povo daquela época acreditava em reencarnação já que muitos pensavam que Jesus seria a reencarnação de Elias, Jeremias ou algum profeta. Quando Simão Pedro disse que Jesus era o filho de Deus, este o abençoou porque não fez alusão a antigos corpos usados pela alma mas à própria alma de Jesus que é uma cápsula contendo a essência Divina do Criador)

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16,19. E eu te darei as chaves do reino dos céus; e tudo que ligares na terra será ligado nos céus, e tudo que desligares na terra será desligado nos céus. (Neste versículo a instrução de Jesus é clara e nítida. Cada pensamento, cada verbo, cada senha aciona um receptáculo e extrai dele o seu conteúdo)

17,12. Mas digo-vos que Elias já veio, e não o conheceram mas fizeram-lhe tudo o que quiseram. Assim farão eles também padecer o Filho de Deus. (Aqui Jesus mais uma vez faz alusão à reencarnação. Elias reencarnou como João Batista e por ocupar outro corpo não o conheceram como também não iriam reconhecer Jesus e finalmente o crucificariam)

17,20. ...porque em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis para este monte:

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Passa daqui para acolá – e há de passar; e nada vos será impossível. (Perceba aí que a força da fé é o catalisador de todos os nossos desejos. Se podemos remover montanhas o que dirá com os nossos pequenos d esejos materiais e espirituais?)

18,19. Também vos digo que, se dois de vós concordarem na terra acerca de qualquer coisa que pedirem, isso lhe será feito por meu Pai, que está nos céus. 18,20. Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí, estou eu no meio deles. (Aqui Jesus faz alusão ao inconsciente coletivo e logicamente ao consciente coletivo e diz que Deus atenderá qualquer coisa – boa ou má – que pedirem)

19,23. ...Em verdade vos digo que é difícil entrar um rico no reino dos céus. (A riqueza cria facilidades e consequentemente acomodação. A pobreza cria dificuldades e nos incita a buscar. Só quem busca encontra)

Lendo atentamente o Novo Testamento é fácil perceber que o modelo que aqui apresentamos é coerente com os ensinamentos de Jesus e uma prova irrefutável disso é o capítulo 14,12 do Livro de S. João onde diz: “Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em mim também fará as obras que eu faço e as fará maiores do que estas; porque eu vou para meu Pai”. Quando Jesus diz que podemos fazer o que fez e muito mais nos diz nas entrelinhas que

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somos iguais a ele, seus irmãos de alma, de conhecimento e de sabedoria. Demonstrando que somos irmãos e que vai para o Pai, afirma mais uma vez que o Pai é comum a todos nós. Quando ele diz “...aquele que crê em mim...” não quis

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dizer crer nele, mas acreditar nas obras que fez, não como mágico ou ilusionista mas com os poderes que o sistema lhe permitia operar.

Jesus nunca diminuiu o ser humano dizendo-se superior. Sempre procurou demonstrar que o que fazia era passível de ser feito por qualquer um que tivesse fé e condutas adequadas pois sabia que a conduta errada poderia descarregar o lado negativo das energias. Logo, bons pensamentos e boas condutas aliadas à uma fé inabalável são, como já dissemos, o alicerce do sistema que nos permite sintonizar bons resultados tais como cura, manutenção do emprego, aquisição de bens, conquista da felicidade e o bem estar em geral.

Como sabemos, tudo aquilo que juntamos na Terra aqui fica. A alma não l eva nada a não ser o resultado de seus experimentos. É óbvio, portanto, que quando tiver pleno domínio do sistema e um perfeito entendimento dos objetivos da alma, virá o desprendimento tal como ocorreu com Jesus e seus apóstolos e tal como ocorre com mong es e sacerdotes que, estando num estágio por demais elevados, relegam a segundo plano as posses materiais e até mesmo os experimentos dos demais, já que a evolução de cada um virá no devido tempo, queiram ou não.

Jesus se dizia Filho do Homem, Filho de Deus mais com o intuito de fortalecer este elo de ligação que todos nós temos do que para se apresentar como o maior dos Mestres e o canal da salvação, como apregoam as religiões. Deus não precisa de intermediários e na verdade não era essa a finalidade de Jesus. Quando Jesus afirmava que ninguém chegaria ao Pai senão por ele, queria dizer que ninguém alcançaria a liberdade

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final até que não tivesse experimentado todos os opostos, todas as polaridades da energia, e como, em essência, somos “um” com ele (Jesus) e com o Pai, ninguém terá encerrado seu objetivo até que se sinta “um”.

Não é nossa pretensão excluir Jesus da fé e religiosidade dos Cristãos mas apenas demonstrar – como ele próprio demonstrou – que a “salvação” está única e exclusivamente na fé e na boa conduta mental e ativa das pessoas e que cada um tem dentro de si a mesma força e poder de comandar suas vidas. Por outro lado o termo “salvação” não se refere à alma, visto que esta é imortal e isenta de castigos, mas ao evento, ao objetivo, ao experimento. Se viemos para cá experimentar, protelando a experiência, estaremos prolongando nossa estadia neste plano. “Salvar” é abreviar o evento e alcançar a plena experiência e liberdade.

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O GRANDE MENTOR E SUA POSTURA DIANTE DA CRIAÇÃO

Vimos que toda Criação de Deus é oriunda da polarização da Energia Prima. A polarização da energia não só permitiu a sua concentração para tornar-se matéria como também permitiu polarizar o “amor” em seus componentes. O “amor” é a soma de todas as energias do universo, incluindo aquelas que estão encerradas na matéria física. A polarização desmembrou o “amor” em duas grandes porções energéticas ficando do lado positivo o bem, a bondade, a honestidade, a lealdade, a caridade, o altruísmo, a justiça, o certo, o perfeito, a moral e toda sorte de emoções e sentimentos positivos e do lado negativo seus opostos, o mal, a maldade, a desonestidade, etc.

Se tudo que você vê fosse branco e alguém lhe perguntasse o que você acha do azul, do vermelho e do amarelo, por certo que, não tendo nenhum meio para comparar, não poderia exercer sua opinião. Mesmo que lhe dissessem que o branco é a soma de todas as outras cores e que portanto é a mais perfeita, sem experimentar o desmembramento delas, não poderia jamais compará-las. Mas se a mesma pessoa lhe ensinasse como desmembrar o branco e depois de algum tempo viesse com a mesma pergunta, por certo, estaria apto a dar sua opinião a respeito e não teria como negar a perfeição do branco já que ele reúne todas as demais cores.

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Deus sabia e sabe que o “amor” é a única, verdadeira e perfeita emoção. Sabia e sabe também que o “amor” engloba todas as demais emoções menores e seus opostos. Sabia e sabe que a mistura de todas essas

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energias menores resulta numa neutralização perfeita e num equilíbrio absoluto impossível de ser abalado. Entretanto, a neutralização, o equilíbrio e a mistura perfeita impedia-O de experimentá-las individualmente e comprovar a perfeição do “amor”.

Determinado a experimentar cada desmembramento, decidiu Deus, criar um ambiente adequado para faze- Lo. Para tanto precisaria desmembrar o bem e o mal do “amor”. Só com a criação da relatividade poderia Deus permitir a comparação e a mensuração. Sabia que poderia misturá-los novamente e retornar todo o sistema para o seu estado natural.

Todo este imenso laboratório foi criado dentro de Seu próprio corpo uma vez que nada existe que possa estar fora Dele. Portanto, se o laboratório está dentro Dele, Ele não poderia estar Todo, dentro do laboratório. Para poder participar de cada experimento, Deus Se desmembrou em pequenas cápsulas cada qual contendo parte de Sua Mente e do Seu Pensamento, cápsulas estas que Lhe permitiriam sentir cada emoção. Ao mesmo tempo, cada cápsula precisaria estar capacitada a receber e transmitir dados que , somados, iriam compor o resultado dos experimentos e a comprovação do teoricamente sabido. Como vimos, estas cápsulas somos nós, nossas almas, parte de Deus exercendo atividades previamente estabelecidas. Apesar das atividades terem sido estabelecidas, uma vez que temos que experimentar todo o espectro do amor, não houve imposição com relação à ordem de ocorrência e ao tempo de cada evento. Tampouco estabeleceu-se a qualidade e a quantidade de cada experimento, ficando a cargo de cada cápsula decidir o que fazer, como fazer e quando fazer o que bem lhe

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aprouver (livre arbítrio) . Assim foi feito porque o resultado já era sabido e a finalidade do experimento seria apenas de comprova -lo.

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Conhecendo o ponto de partida e o ponto de chegada, Deus não tem que Se preocupar com os experimentos propriamente ditos. Ao mesmo tempo que criou o ambiente de experimentos, Deus criou também mecanismos que reunissem cada registro, cada evento e cada conclusão, registros estes que poderiam ser compartilhados com qualquer participante do experimento. Uma vez que tudo foi perfeitamente programado, Deus acionou o sistema e “descansou”, ou seja deixou que funcionasse por conta própria até que todas as experiências tenham ocorrido. Em qualquer momento, Deus pode, portanto, mistur ar tudo e recompor o branco, recompor o “amor” original mas como Seu propósito é levar a cabo toda sorte de experimentação que venha a comprovar o que já sabe, com certeza deixará que todas as experiências sejam cumpridas.

Alheias a isto tudo, a maioria das religiões prega um Deus bondoso e paradoxalmente vingativo. Um Deus bondoso que castiga, pune e julga (Sua própria obra). Um Deus que expurgará o mal de Seu próprio Corpo e não terá onde jogar já que é infinitamente grande e nada existe externo a Ele. Um Deus que criou uma serpente e depois atribuiu a ela o ingresso do pecado entre os homens. Um Deus de bom coração que vê prazer na dor e no sofrimento das almas que criou. Um Deus Todo Poderoso que precisou “descansar” de sua obra no sétimo dia, cujo poder não foi suficiente para sufocar Seu opositor, chamado de Satanás, Diabo ou Anjo Caído e cujo poder não foi suficiente para levar à

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cabo Sua obra e por isso precisou enviar Seu Filho para interceder e “salvar” a humanidade. Um Deus sério e reverente como se não tivesse sido Ele que inventou o riso, a irreverência, a alegria de viver e os prazeres da carne.

Deus não é nada disso. Deus ri, Deus é irreverente, é zombeteiro, é alegre e realmente bondoso. Deus não julga, pois sabe que tudo o que criou é ilusório e que a alma, tendo sido criada perfeita, não precisa de juízo final. Deus vê alegria no prazer pois o prazer é uma demonstração que o resultado e a comprovação das verdades está próxima. Deus sabe que, à medida que Seus Filhos se aproximam do entendimento e da verdade, tendem a despreocuparem-se com os resultados e com a ânsia de juntar coisas materiais e com isto tendem também à alegria e ao prazer de viver. Só o medo, emoção típica de quem ainda não compreende que o final é feliz, faz sofrer, faz chorar, faz juntar e faz pedir por misericórdia.

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Quem crê num Deus bom nada tem a temer e crer significa manipular o lado positivo de cada uma das emoções e sentimentos. Quem crê realmente nada teme.

Portanto, creia e será feliz, creia e tudo o mais lhe será acrescentado. Creia! Pratique o puro amor, pratique o lado positivo do amor. Na dúvida pergunte -se: Se eu fosse Deus (e você é Deus) o que faria? A resposta será sempre a mais alegre, a mais verdadeira e a mais repleta do mais puro amor. De posse da resposta retirada de seu próprio íntimo (que sabe tudo), aja de acordo e estará no caminho certo. Entretanto se fizer o contrário, não se preocupe, não tem como errar. Você

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terá todo o tempo que precisar para corrigir, acertar e se consagrar diante da Verdade A bsoluta.

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RESUMO DO MÉTODO

À primeira impressão, podemos imaginar que é muito difícil mudar nossa postura mental. Desde a mais tenra idade seguimos padrões de comportamento que nos foram impostos por nossos pais, pela sociedade, pela religião e principalmente pela simples imitação do comportamento das pessoas em geral. Os padrões de pensamento, palavras e ações seguem rituais estabelecidos há milhares de anos e portanto modificá- los, realmente, requer dedicação, boa vontade e mais do que isto, absoluta certeza de bons resultados.

Para tanto, vamos tentar oferecer um método prático que deverá facilitar sua postura futura. Siga, metodicamente, cada passo a seguir e em breve terá atingido um modo de pensar, falar e agir que, como já sabemos, irá modificar as energias que o rodeiam e, com isto, fazer fluir seus mais íntimos desejos e necessidades.

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1. MÓDULO BÁSICO

1.1. Escolha um objeto de desejo ou fato de pequeno porte que você queira possuir ou fazer acontecer, como por exemplo um relógio de pulso novo ou receber o telefonema de uma pessoa que há muito não tem notícias.

1.2. Se você escolheu o relógio, comece agradecendo ao cósmico pelo seu relógio novo. Agradeça por ele, mesmo sem tê -lo. Se possível identifique-o numa revista ou numa vitrine e mesmo antes de possuí-lo veja-o em seu braço. Não escolha um modelo extremamente caro

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para não dificultar sua obtenção. Escolha algo que esteja de acordo com suas posses ou que seja passível de adquirir com seus recursos ou ganhar de algum parente ou amigo próximo. Uma vez identificado o modelo que deseja, não mude mais de idéia, de cor, de tamanho ou de mostrador. Veja sempre em sua mente o modelo originalmente concebido. Não é nossa intenção que daí para frente você saia por aí tentando comprá-lo. A intenção neste exercício é que as energias que você está movimentando irão criar uma oportunidade de comprá-lo ou até de ganhá-lo de presente no momento que você menos esperar. Faça este exercício dezenas ou, se possível, centenas de vezes. Veja-o, sinta-o em seu pulso, agradeça sua posse, repita várias vezes que o possui. Quando estiver sozinho, no quarto, no banho, no escritório ou qualquer lugar, repita em voz alta seu agradecimento ou diga “eu tenho um relógio novo”, sempre visualizando-o em sua mente.

1.3. Não desconfie do processo, não gere expectativas, não fique ansioso, não duvide e não mude de idéia. Se, sem querer, perceber que está gerando qualquer negatividade sobre o assunto, mude imediatamente o pensamento e sobreponha um pensamento positivo por cima do pensamento negativo, reforçando seu intento.

1.4. Acredite piamente naquilo que programou. Saiba que esta absoluta certeza é que fará com que as grandes forças cósmicas ajam em seu benefício. Não receie que possa não acontecer. Acredite, só acredite. Cada vez que ver as horas, mesmo

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que no velho relógio, veja, com os olhos da mente, seu relógio novo no pulso. Quando esta absoluta convicção estiver presente em sua mente, pode deixar o exercício de lado e aguardar. Esqueça o assunto, não fique se perguntando sobre a demora ou sobre o fato de ainda não ter ocorrido: isto é expectativa. Assuma a tranquilidade de quem já possui o que deseja. Quando menos esperar alguém ou lhe dará o relógio de presente ou lhe oferecerá um, para compra, dentro de sua capacidade de pagamento. Acredite.

1.5. Se seu intento for o de receber notícias de uma pessoa que há muito tempo não vê, aja da mesma forma. Pense na pessoa. Envie a ela uma mensagem mental na qual exprime seu desejo de contato. Imagine-se conversando com ela ao telefone ou lendo sua carta. Fale seu nome em voz alta. Converse com ela em voz alta, quando estiver tomando banho, por exemplo. Quando o telefone tocar ou quando o carteiro bater em sua porta, sinta que está recebendo o contato da pessoa. Exercite isto dezenas de vezes. Acredite. Não duvi de. Este tipo de exercício se materializa mais rápido do que você imagina. Quando menos esperar estará recebendo notícias da pessoa. É evidente que se você espera noticias de pessoas que sabem como localizá -lo o fato ocorrerá mais rapidamente do que se esperar que pessoas que há muito perderam o contato e portanto não mais possuem uma forma de localizá-lo. Logo, saiba separar estes dois casos diferentes pois mesmo que a pessoa não possa localizá-lo irá

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lembrar e pensar em você e terá forte desejo de revê -lo ou de contactá-lo, mas por não saber de seu paradeiro poderá não fazê -lo. Escolha o contato certo e logo receberá notícias.

Depois de fazer alguns exercícios de pequeno porte e constatar sua ocorrência você estará muito mais convicto dos excelentes resultados que este método pode proporcionar e desta forma poderá partir para a obtenção de desejos e necessidades maiores. Para Deus não importa o tamanho do seu desejo e sim o tamanho de sua fé. Seu desejo – bom ou mal – é o desejo de Deus. Ele concede tudo. Pense errado e obterá errado. Pense certo e obterá o que realmente deseja.

2. MÓDULO AVANÇADO

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2.1. Convicto de que as energias agem de acordo com seu modo de pensar fica mais fácil desejar coisas grandiosas e ter absoluta certeza de que virão ao seu encontro. Para tanto, pegue duas folhas de papel em branco e coloque numa tudo aquilo que deseja para si. Casa, emprego, relacionamento de amizade, relacionamento romântico, carro, dinheiro, renda, felicidade, saúde, disposição e não esqueça o mais importante: a fé. Sem ela tudo o mais fica impossível e portanto seu maior desejo deve ser o de ter fé absoluta. Na outra folha de papel coloque tudo aquilo que não deseja mais para si. Desemprego, fome, falta de dinheiro, dificuldades profissionais, desânimo, depressão, tristeza, relacionamentos difíceis, desamor, falta de moradia, etc. Não tenha pressa na

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elaboração desses dois documentos. Faça-os com consciência. Escreva-os como se fosse um guia para toda sua vida. Nestes escritos não há necessidade de ser preciso. Escreva simplesmente o que deseja, sem maiores detalhes como por exemplo: Uma casa ou um apartamento, um carro, um bom emprego, um bom salário, boa saúde, alegria e felicidade e no outro simplesmente o que não deseja tais como: desamor, desemprego, doenças graves, desânimo, incompetência, falta de dinheiro, falta de rumo, etc.

2.2. Leia e releia estes dois documentos, acrescente aquilo que acha que estava faltando e quando achar que estão bem elaborados leia-os dezenas de vezes afirmando para o seu Eu superior tudo aquilo que deseja e tudo aquilo que não deseja em sua vida. Ao lê -los não o faça rapidamente, como se fosse a leitura de uma receita. Faça-o de forma pausada, pensando profundamente sobre cada item, namorando cada palavra e cada frase, ligando- as intimamente à sua alma. Passe semanas de posse desses dois documentos, lendo-os pelo menos duas vezes ao dia, de preferência pela manhã, ao se levantar e à noite, antes de dormir.

2.3. Uma vez assentados seus pedidos, faça o seguinte ritual: pegue o papel com aquilo que você não deseja e queime-o numa vasilha juntamente com uma forte sensação e certeza de que está queimando para todo o sempre tudo aquilo que você não deseja em sua vida. Pegue o papel com todos os seus desejos e mande

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emoldurar. Pendure este quadro no seu quarto ou num local que possa vê-lo diariamente e de modo que possa lê -lo de vez em quando. Faça desse quadro seu amuleto.

2.4. Comece então a trabalhar cada item de seus desejos e necessidades da mesma forma que o explicado para o relógio ou para o contato. Se quer uma casa, folheie revistas especializadas e defina cada aposento, cada ambiente. Passeie pela casa, sinta-se nela, sinta-se dono dela. Se quer um carro pegue uma foto dele e coloque em sua frente. Escolha a foto de modo que contenha a cor, os acessórios, o modelo, a marca, etc. e namore-o. Passeie com ele, dirija-o em sua mente. Sinta-se como um proprietário feliz. Se quer um emprego ou um cargo novo sinta-se nele. Veja-se atuando, dando boas idéias, sendo competente, sendo o melhor em sua função e veja-se recebendo um polpudo salário como prêmio de sua capacidade. Para cada item que desejar ou necessitar faça a mentalização correta. Use sempre verbos no presente como “eu sou”, “eu tenho”, “me pertence”, etc. Nunca use verbos no futuro tais como “eu serei” ou “eu terei” e quando usar o verbo “ir”, use-o com uma data limite como por exemplo: “até o fim deste ano vou comprar um carro zero quilometro”. Se não souber aplicar um verbo adequado simplesmente agradeça. Agradecer antecipadamente para o cósmico aquilo que se deseja, faz fluir a energia de maneira mais adequada do que qualquer outro verbo, já que agradecer significa para Deus que você já conquistou energéticamente aquilo que

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quer. Quando menos esperar, esta energia se transformará em matéria ou sensação.

2.5. Não vacile nos seus desejos. Não fique modificando-os. Seja sensato nos seus desejos e não queira conquistar coisas fora da ordem lógica como, por exemplo, desejar ter os pneus antes mesmo de ter o carro. Coloque seus desejos dentro de um cronograma lógico como por exemplo: saúde, emprego, bom cargo, bom salário, promoção, carro, casa, amor, família, filhos, segurança, felicidade, bem estar, etc. Acredite sinceramente na obtenção de cada desejo ou necessidade. Coloque toda fé disponível nos fatos e se achar que é pouca, exercite sua fé. Acredite que Deus lhe deu o dom de modelar sua própria vida e que se você não o fez até agora é porque não sabia ou se sabia não acreditava. Você foi feito à imagem e semelhança de Deus e portanto pode, tal como Ele, criar seu ambiente de vida. Você é tão filho de Deus quanto Jesus o foi e como o próprio Jesus dizia: “tudo que faço qualquer um pode fazer, basta ter fé”. Acreditar é o começo de tudo.

2.6. Lembre-se que a vida é o exercício de uma série de experimentações. Logo, haverá sempre bons e maus exercícios. Com certeza você terá que passar por experimentos

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desagradáveis e quando isto ocorrer não desanime. Exercícios desagradáveis devem ser entendidos, para que sejam abreviados. Quando estiver passando por um desprazer procure tirar proveito da experiência perguntando-se: “O que posso

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extrair de bom dessa experiência?”; “O que posso aprender com isto?”; “Qual é a mensagem que vem por traz deste experimento?”, “Que pensamentos eu tive no passado que pudessem ter gerado estes acontecimentos atuais?”. Logo, quanto mais rápida forem suas respostas, mais rapidamente se libertará da experiência. Em geral cada experiência envolve mais de uma pessoa e portanto, para abreviar os fatos, procure entender que a pessoa que lhe causa sentimentos e emoções negativas também está passando por um experimento e provavelmente sua alma irá aprender algo com os fatos. Para abreviar experiências negativas evite guardar rancor, ódio, vingança ou qualquer outro sentimento negativo. Passe por cima dos fatos e veja-os com os olhos do “amor”. Entenda que Deus permitiu e permite todo tipo de experimentações cujo intento é a evolução. Todos estamos evoluindo. Cada um está num estágio da evolução e por este motivo você não pode e não deve esperar que o comportamento dos outros seja exatamente igual ao seu. Compreenda o estágio que cada alma está vivenciando e ao compreendê-lo seu drama se encerra.

2.7. Elimine de sua vida o mau hábito de maldizer aquilo que não lhe agrada ou de que não esteja gostando. Quando você começa num novo emprego levanta pela manhã cheio de entusiasmo, boas idéias e boas intenções. Passado algum tempo já não vê tanto prazer no trabalho e levanta como se estivesse indo para a guerra. Não leva boas idéias ao seu

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empregador e portanto não vai trabalhar tão bem intencionado como deveria. Acha que está ganhando pouco, acha que não lhe dão crédito quando apresenta alguma idéia nova, acha que está cheio de concorrentes desleais e que por isso torna -se difícil uma promoção e por conta destes pensamentos negativos começa a desgostar do emprego e até sonhar ter seu próprio negócio ou outro emprego. Mal se utilizando dos verbos (das senhas) você acaba promovendo aquilo que menos queria: ser despedido na hora errada. Quando ama alguém teme perder o amor da pessoa e com isto alimenta tensões de ciúme, medo, insegurança, entre outras que acabam minando o relacionamento, gerando brigas, separações temporárias e culminando

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com o fim do relacionamento. Anda pela rua como se tivesse quatro olhos, olhando obstinadamente para todos os lados com medo de ser assaltado. O medo é como um imã que atrai para si tudo aquilo que pensa. Logo, deixe de pensar de modo negativo. Agradeça o que tem, mesmo que seja pouco, pois quem agradece o pouco que tem mais lhe será acrescentado. Quem se desprende das coisas as tem com maior facilidade do que aqueles que temem perde-las. Todos nós gostamos de ter conforto, dinheiro, saúde, felicidade, etc. mas aquele que agradece o pouco que tem e não se preocupa muito em juntar e guardar, em ser mesquinho, acaba não só perpetuando suas posses como também é agraciado com mais do que quer ou necessita. Se olhar ao seu redor, com certeza encontrará dezenas de

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pessoas desprendidas que, no intimo, são felizes e conseguem tudo o que querem. Esta falta de ansiedade é sinônimo de fé. Exercite e elimine de sua vida a expectativa, a ansiedade, a depressão e todos os sentimentos que transmitam insegurança.

Pratique estes e outros procedimentos que possam lhe trazer confiança. Crie seu próprio método. Acredite que fluidos ainda maiores e melhores virão através do cósmico para ensinar-lhe como pensar, falar e agir se você mentalizar e desejar realmente conhecer as leis criadas por Deus. Com certeza Deus lhe concederá pois como dissemos: o seu desejo é o desejo de Deus e tudo aquilo que pensar lhe será dado. Faça de seu pensamento uma ferramenta útil eliminando toda e qualquer negativismo que vier a alimentar. Exercite até a exaustão e conseguirá.

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SEGUNDA PARTE

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INTRODUÇÃO

Há alguns séculos atrás os homens tinham muito pouco com que se preocupar. Suas preocupações básicas eram moradia, alimentação, vestimenta, saúde, trabalho e religião. Não havia o consumismo que existe hoje de modo que os objetos de desejo eram muito poucos. Como consequência, as ansiedades e os medos eram menores e, sem estes sentimentos, a rotina de vida era mais previsível. Bastava ter onde morar, onde conseguir renda e praticamente todas as necessidades estavam garantidas. É evidente que outros medos rondavam suas mentes tais como doenças, pragas, guerras, roubos, entre outras. Os grandes centros europeus como Roma, Paris, Londres, etc. já se constituíam de cidades organizadas onde haviam leis e regras a serem seguidas. Entretanto, para a maioria da população a vida era bem simples, metódica e rotineira. Diante disso, tanto o povo como cientistas, médicos, sacerdotes e outros seguiam rotinas diárias sem grandes expectativas ou ansiedades. Por si só, esta aparente tranquilidade, se mostrava mais condizente com a prática da fé. Não havia rádio ou TV e o lazer de finais de semana se resumia em dança, bebida, circos e teatros que faziam a alegria de homens, mulheres e crianças. A religião, sempre atuante e dominadora, imprimia nas pessoas o medo do além, a dúvida do pós-morte e os eventuais castigos e punições divinos. Este estilo de vida, tranquilo, religioso, cheio de fé e relativamente livre de ansiedade e medo foi uma das forças que alavancou o crescimento da Europa há alguns séculos atrás.

Nesta época, o catolicismo era por demais severo com aqueles que, por motivos quaisquer, tentassem

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contestar fatos bíblicos ou elaborar novas teorias sobre a física, a química, a matemática, a medicina e sobre a astrofísica. Eram considerados ímpios, bruxos e feiticeiros os que se intrometiam nestas áreas. Eram queimados vivos, decapitados e esquartejados. Todo seu

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material de pesquisa era incinerado em praça pública juntamente com seus corpos, de modo a servir de exemplo para a população.

Escondidos em escuros porões e escrevendo através de códigos a ciência, no entanto, não parava. Caminhava, ao seu modo e veladamente, para os grandes descobrimentos. Não foi atoa que Nostradamus escreveu as Centúrias de forma velada. Seus escritos, que até hoje intrigam os homens, profetizava o futuro. A igreja contestava qualquer forma de profecia que não viessem dos escritos ditos sagrados e por este motivo Nostradamus relatou suas visões futuras na forma de versos que poucos podiam compreender.

A alquimia era, naquela época, o estudo dos compostos químicos e biológicos e também era contestada pela igreja. Os alquimistas, na tentativa de burlarem a vigilância dos sacerdotes, escreviam suas fórmulas e seus estudos de forma também velada. Tais escritos só eram compreendidos pelas pessoas do ramo que, já naquela época, trocavam informações, resultados e dados.

Dada a simplicidade da vida, a intuição se fazia mais presente do que nos dias de hoje já que não era atrapalhada pela correria da vida moderna, pelo consumismo, pela insegurança pessoal e profissional e

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muito menos pelos veículos de comunicação que nos absorvem totalmente nas horas vagas.

Para os alquimistas, terra, água, ar e fogo eram os quatro elementos básicos dos quais tudo se derivava. Esta teoria tinha fundamento já que tudo o que o homem produzia, extraia, e continua extraindo, destes quatro elementos. Seus estudos eram um misto de química, farmácia e biologia que nos dias de hoje são estudados por profissionais distintos. Esta mistura de temas dava aos alquimistas um espectro muito maior de atividades correlacionadas, de modo que atentavam para tudo.

Já naquela época, os alquimistas falavam da existência de três reinos: mineral, vegetal e animal. Sabendo que nos reinos vegetal e animal se faziam presente o semen, o ovário e o útero para a reprodução de cada espécime, os alquimistas deduziram que no reino mineral

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também deveria existir semen, ovário e útero para que os diversos materiais existentes na terra pudessem nascer e se reproduzir e partiram em busca destes. Como o ouro sempre foi moeda comercial, conseguir produzi-lo seria uma benção de Deus. Era intenção dos alquimistas descobrir uma maneira de transformar chumbo em ouro. Com isto, teriam os recursos suficientes e necessários não só para elaborar outras experiências químicas como também ajudar os necessitados. Pretendiam também desbancar a igreja, a arrogância e a intransigência dos sacerdotes, já que o dinheiro, em qualquer época e através do suborno, sempre suplantou as regras e o autoritarismo.

Habituados a mexer com plantas e adeptos da urinoterapia e da fezesterapia, os alquimistas

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pretendiam agora se utilizar dos mesmos princípios para transformar minerais. Tais cientistas já conheciam a cura através dos iguais ou seja curavam os doentes administrando-lhes pequenas doses do mesmo material que lhes havia feito mal, tal como ocorre hoje com a homeopatia. Entretanto, diferentemente da homeopatia moderna, os alquimistas se utilizavam de um processo intuitivo que era o de destruir para reconstruir. Enquanto na homeopatia moderna se extraem essências e sais de plantas, na alquimia o processo era ligeiramente diferente e, ao meu ver, mais condizente.

Os alquimistas extraiam as essências das plantas que julgavam curativas se utilizando de álcool puríssimo. Este álcool, extraído de vinho, era destilado várias vezes até se tornar absoluto e com ele destilavam plantas em recipientes de vidro que chamavam de extrator. Retirada todas as essências das plantas curativas, seu bagaço era calcinado em forno, a milhares de graus, moído até se tornar um pó muito fino e depois reincorporado ao extrato de essências que havia sido reservado. Achavam que com isto todo o poder curativo da planta havia sido restabelecido e portanto o remédio se tornava mais forte e mais eficiente.

Faziam o mesmo com urina e fezes humanas. Extraiam do doente sua urina ou fezes, dependendo da doença, destilavam as essências, calcinavam o restante e juntando essência mais o pó calcinado, preparavam um elixir extraído do próprio doente que ao tomá-lo em pequenas quantidades era curado pelo próprio mal.

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Até hoje se cura envenenamento de cobras, aranhas e escorpiões utilizando método semelhante. A própria vacina é, de certa forma, uma cura pelo próprio mal, o que leva a crer que a alquimia não estava errada. Com o advento da alopatia, modernos laboratórios farmacêuticos tomaram conta do mercado com vistas nos grandes lucros e acabaram enterrando de vez pesquisas alquímicas que poderiam dar melhor resultado. A própria urinoterapia, recentemente divulgada, tenta, de forma errônea, resgatar estes antigos conhecimentos. Se pessoas sérias vierem a estudar esses assuntos novamente, talvez venhamos a descobrir que determinadas curas se realizarão de forma muito mais eficaz e barata, já que a maioria dos bons remédios têm suas ori gens na flora medicinal.

Voltando à mineralogia, os alquimistas descobriram que um fluido muito quente sai do âmago da terra e denominaram-no de enxofre, não só para camuflar sua verdadeira essência mas também porque possui cheiro e cor semelhantes. Diziam que este fluido era o semen da terra, semen este que ao subir para a superfície encontra óvulos diferentes ou locais diferentes (úteros) que proporcionam reações diferentes e deste modo formam os diversos minerais, metais e pedras preciosas que encontramos no seio da terra. Extraindo esse fluido de um minério de chumbo, calcinando o minério e depois juntando ambos, obtiveram o que chamaram de “pedra fundamental”, pedra esta que seria capaz de transformar o chumbo metálico em ouro metálico.

Tais estudos há muito foram abandonados pelos modernos cientistas mas não é difícil prever que um dia eles serão retomados com sucesso pois a natureza é

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mais simples do que parece. Veja o exemplo do transistor que desbancou a válvula eletrônica. Dois simples materiais quando encostados um ao outro têm o mesmo poder amplificador que a complexa válvula usada nos rádios que nossos avós possuíam. Além de gastarem menos energia e se queimarem com maior dificuldade, proporcionaram a miniaturização dos equipamentos eletrônicos, sem contar o enorme progresso que nos trouxe. Quem sabe a revolução da química ainda esteja por chegar!

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Apesar do enorme poder de intuição, os alquimistas não conseguiram perceber que havia mais um reino: o espiritual, principal assunto de nosso livro. Hoje no entanto não é difícil para a ciência entender que o planeta não contém apenas minerais, vegetais e animais. Contém também uma mente que forma a nossa quarta dimensão. Desta forma poderíamos atribuir os quatro elementos básicos aos quatro reinos conforme se seguem:

MINERAL = TERRA VEGETAL = ÁGUA ANIMAL = AR ESPIRITUAL = FOGO

É até fácil perceber a ligação já que o mineral é a própria terra, o vegetal se utiliza da água e da terra para se manter vivo, o animal se utiliza da terra, da água e do ar e o espiritual se utiliza da terra, da água, do ar e do fogo, lembrando que fogo neste caso é a essência, a alma, a energia prima ou o amor primordial.

Por outro lado a planta se alimenta da terra e é através da água que os minerais se incorporam em seu corpo

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vegetal. O animal se alimenta da planta e necessita da água para poder extrair os alimentos dos vegetais e para poder sintetizar outros produtos químicos em seu corpo e necessita do ar para poder queimar os alimentos em seu organismo mais complexo. A alma, por fim, se utiliza do corpo para vivenciar seus experimentos sobre a relatividade da matéria e das emoções. Se lembrarmos que o minério foi criado por Deus à partir da Energia Prima e que a alma foi criada a partir do Pensamento-Maior de Deus, vemos que o ciclo se fecha harmoniosamente. Tudo é um só e todos são interdependentes.

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O DESÍGNIO DAS ALMAS

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Vimos que quando Deus resolveu experimentar a relatividade de seu próprio conceito que chamamos de Amor, Ele se polarizou, criou a matéria sólida e por fim criou pequenas cápsulas contendo sua essência para brincar com os relativos no ambiente criado.

A essência colocada em cada alma não poderia ser outra senão o próprio Amor, única energia que Deus tem a oferecer. O Amor enquanto Energia Prima é calmo, tranquilo, não manifestado já que reúne em si todas as frequências. Quando polarizado o Amor se torna relativo e se nos apresenta como tendo muitas facetas. Da mesma forma que a luz branca se dispersa nas gotas d’água para formar o arco-íris com todas suas cores, o amor se dispersa na relatividade mostrando todas as suas milhares frequências ou facetas. Como todas as almas foram criadas iguais, nenhuma contém mais ou menos Amor, nenhuma possui mais ou menos atributos e nem tampouco mais ou menos atribuições. Todas são literalmente iguais. Todas têm os mesmos direitos e deveres.

O Amor divino é um conjunto de sensações, emoções e sentimentos cada qual com dois sentidos ou, melhor dizendo, dois pólos. Quando juntos, cada um desses dois pólos se neutralizam mutuamente e se tornam não manifestados, ou seja embora existam não podem ser percebidos. Nesta condição cada sensação, cada emoção, cada sentimento ficam tão silentes que nem mesmo Deus os percebia, dada a quietude que era o Nada ou a Energia Prima. Embora soubesse da existência do pólo de cada sensação, emoção e sentimento, Deus não os experimentava, apenas sabia.

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Esta sensação de não experiência provocou em Deus o desejo da experiência, motivo pelo qual resolveu fundar o Universo tal como o conhecemos. A sensação que Deus sentia é parecida com um programa de televisão onde você vê alguém ensinando e preparando a receita de um bolo, sabe que deve ter um cheiro e um gosto deliciosos mas não pode senti-los através do tela.

Para poder adentrar no mundo físico, Deus deu a cada alma duas atribuições básicas. Primeiro a alma teria que lidar com a matéria mais simples, conhecer-lhe o mecanismo e à medida que adquiria experiência iria gradativamente convivendo com corpos mais elaborados. Segundo a alma teria que começar a lidar com sensações, emoções e sentimentos no momento em que, se utilizando de corpos mais elaborados, poderia fazê -los funcionar sem prestar-lhe a máxima atenção.

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Desta forma, cada alma começou a experimentar corpos físicos bastante simples como vírus, bactérias, seres unicelulares, seres multicelulares simples, pequeninos seres aquáticos, etc. Mais adiante saltou da água para o ar e começou a lidar com seres mais elaborados no que se refere à respiração, alimentação, sobrevivência, etc. Num estágio superior a alma começou a lidar com emoções simples tais como preservação da vida, procriação, cuidados com as crias, proteção contra as intempéries, etc. Num estágio mais avançado ainda começou a conviver com humanos na forma de animais domésticos ou domesticáveis ou animais que de certa forma são tratados pelos homens. Começou aí a conviver em sociedade, não só com os de sua espécie mas apreciando, mesmo que de longe, a sociedade

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humana. Seu último e mais elaborado estágio seria o de viver no corpo humano e à partir dele sentir toda a sorte de sensações, emoções e sentimentos.

Todo o mecanismo de criação de corpos foi elaborado por Deus, mas foi totalmente automatizado, já que Deus só fez, de fato, o átomo de hidrogênio. Os demais átomos, seus compostos, os demais minerais, os compostos orgânicos e os compostos biológicos se compuseram sozinhos graças às leis da física e da química que nasceram juntamente com o átomo de hidrogênio. É evidente que Deus já sabia que o simples átomo iria formar todos os demais bem como seus derivados minerais e orgânicos.

Quando apareceu sobre a face da terra o primeiro corpo humanóide que o Criador julgou estar apto a experimentar emoções, sensações e sentimentos mais elaborados, Deus resolveu deixar o ambiente ao livre arbítrio de cada alma, já que a experiência só teria valor se pudesse ser experimentada sem interferência alguma de sua parte. É óbvio que se Deus estivesse aqui o tempo todo dando instruções de como sair ou entrar em cada experimento, cada jogo (game) ou cada estágio, não teria a menor graça. A graça do jogo está na descoberta feita pela individualidade de cada alma. Na verdade não chega a ser uma descoberta, já que a alma contém a essência e a sabedoria de seu Criador. É uma lembrança. A finalidade do jogo é, ao final, fazer com que cada alma se recorde de que é parte de Deus e que nada de ruim poderá lhe ocorrer. Enquanto não se recordar e ter absoluta convicção disto, a alma estará no jogo. O espírito da coisa foi criar uma gincana Universal onde cada alma teria que recordar e reconhecer cada faceta ou cada frequência do Amor

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divino, reconhecer o bem e o mal e por fim reverenciar o bem como sendo a energia mais prazerosa e mais gratificante.

Para tanto cada alma recebeu uma lista de todas as sensações, emoções e sentimentos que deverá experimentar e liberdade total para escolher quais, quantos e quando deverá fazê-lo e liberdade ainda para vivenciá-los por quanto tempo achar necessário. Um dever, no entanto, deve ser cumprido, experimentar toda lista. Para isso a alma pode ocupar tantos corpos físicos quantos forem necessários para dar cumprimento à sua imensa tarefa. Terminada sua lista de experimentos a alma estará livre para voltar ao seio energético do Criador e aguardar a grande festa final que só ocorrerá quando todas as almas tiverem cumprido todas suas tarefas. Deus sabe de antemão que todas as almas chegarão ao final com as mesmas conclusões já que não há outra opção. Mais dia, menos dia, todos descobrem que o pólo positivo é mais gratificante, mais fácil de lidar do que o pólo negativo. As energias positivas são sempre mais alegres, mais verdadeiras e mais agradáveis de se sentir.

Embora o Amor contenha todas as sensações, emoções e sentimentos, quando polarizado, seu lado negativo representa o Medo. Portanto, o Medo é o oposto do Amor. Nas sensações de Medo estão a impaciência, o repúdio, o ódio, a insegurança, a traição, a desonestidade, a deslealdade, o vicio, a injustiça e todas as energias negativas que você puder imaginar. Nas sensações do Amor estão a paciência, a convicção, a justiça, a honestidade, a liberdade, a fidelidade, o amor ao próximo, o carinho, etc. Mesmo não tendo ainda recordado de toda sua santidade é

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fácil perceber que lado é que vai ganhar a gincana. Não há na verdade ninguém, nenhuma alma, que ao fim dos experimentos queira optar pelo lado negativo já que durante sua vivência os experimentou de uma forma ou de outra e não gostou.

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A GENÉTICA MENTAL OU GENÉTICA CÓSMICA

Se cada alma fosse feita completamente isolada das demais e da grande Energia Prima é provável que levaria muito mais tempo para experimentar toda sua lista de atribuições. Por este motivo Deus permitiu que os experimentos pudessem ser feitos não só isoladamente, mas também por grupos, por sociedades, por regiões e por países. Por este motivo os animais vivem em bandos. Tendem a viver em grupos sociais que permitem não só estabelecer contatos entre si como também compor regras comportamentais que os levam a cumprir seus verdadeiros desígnios.

Cada alma te m por obrigação vivenciar toda sua lista de experimentos e para tal deve manter um controle sobre ela, marcando o que já fez e o que está por fazer. Deus não impôs uma ordem na lista, ficando ao encargo de cada alma escolher cada experimento no momento que mais lhe convier. Se Deus tivesse imposto uma ordem seríamos todos iguais, vivendo praticamente os mesmos experimentos num determinado tempo e o jogo seria meio sem graça já que seria previsível. O livre arbítrio permitiu que cada qual escolhesse seus experimentos o que nos dá, a cada um, uma personalidade diferente. Esta imprevisibilidade do ser humano é que torna o jogo interessante e ao mesmo tempo intrincado. Não sabemos o que cada um pensa, o que pretende, aonde quer chegar, o que quer experimentar e de certa forma nem sabemos qual será nossa reação diante do inusitado de cada personalidade com a qual nos deparamos ou convivemos.

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Mais uma vez afirmamos: Tal como é em cima, é em baixo.

Na genética dos corpos notamos que vírus, bactérias, insetos, pequenos animais campestres, macacos de uma mesma espécie, elefantes, girafas, peixes, aves etc. são praticamente todos iguais. Seu modelo genético não apresenta diversidade física já que a finalidade da alma nestes estágios é a de tão somente lidar com os corpos materiais e não com emoções extremas. Animais domésticos tais como gatos, cachorros, cavalos, entre outros, já possuem em sua genética física detalhes que os diferenciam mesmo entre aqueles de sua própria espécie ou linhagem. Tais animais são animados por almas que já estão num estágio um pouco mais elevado, no qual já necessitam possuir personalidade espiritual e física. Entretanto, só no ser

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humano existe uma variedade física incalculável. Dificilmente você encontra duas pessoas fisicamente iguais. É certo que podem existir sósias mas, mesmo assim, cada qual possui características físicas que permitem saber quem é quem. Somente gêmeos idênticos, nascidos do mesmo óvulo e semen, é que são exatamente iguais. Assim mesmo, no decorrer de suas vidas podem surgir pequenas diferenças físicas que os tornam reconhecíveis individualmente. Esta variedade de aspectos presente única e exclusivamente no ser humano é que torna cada experimento emocional e físico diferenciado.

Esta mesma variedade genética que se faz presente nos corpos humanos ocorre na genética da mente. Tal como nosso pensamento, nossa genética mental é subjetiva. Para compreendê-la se faz necessário uma série de explicações que daremos a seguir.

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Dada a diversidade de frequências que Amor ou Energia Prima contém e devido a incumbência que cada cápsula ou alma recebeu de experimentar cada uma destas frequências, Deus criou leis físicas que fazem com que energias iguais, de mesma frequência ou seus harmônicos (frequências que estão em harmonia com a frequência original) se unam, se juntem. Cada sensação, emoção ou sentimento emitem, através do cérebro, uma frequência específica. Tal frequência, quando emitida, se junta com suas iguais em locais do cosmos que chamamos, neste livro, de receptáculos. Ao lidar com tal frequência, a alma relaciona em sua lista o respectivo endereço do receptáculo que acionou e passa portanto a conhecer seu lugar e, de certa forma, seu conteúdo. Os receptáculos são alimentados pelas próprias almas, que ali reúnem suas experiências. À medida que as almas experimentam, os receptáculos se tornam mais elaborados já que passam a conter cada vez mais experiências relacionadas. Como vimos, cada receptáculo atende por um verbo ou senha, verbos estes que não só os definem como também nos permitem acessá-los. Palavras ligadas aos verbos definem receptáculos diferentes de modo que quando você diz “eu sou feliz” aciona um receptáculo e quando diz “eu sou forte” aciona outro. Um é o receptáculo “ser feliz” e o outro é o receptáculo “ser forte”. Deus não cria ou criou cada receptáculo mas simplesmente seu conceito. Isto permite que cada novo desejo que a raça humana inventa, um novo receptáculo é criado para armazená-lo. A dinâmica de funcionamento e a criação de novos receptáculos compõem a genética mental. Neles estão armazenados bilhões de anos de experimentos, sensações, emoções, sentimentos,

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históricos, resultados, dados e tudo aquilo que cada alma experimentou desde a fundação do Universo.

Os receptáculos constituem, portanto, um gigantesco banco de dados acessível à qualquer alma que queira experimentá -lo ou dele extrair dados para sua experiência individual. Os receptáculos evoluem tanto em quantidade como em qualidade de modo que a cada novo experimento da alma mais e mais dados, com resultados cada vez mais precisos, vão sendo armazenados. Os místicos chamam o conjunto de receptáculos de inconsciente coletivo.

Milhares e milhares, talvez bilhões de receptáculos existem no cosmos e enquanto almas, temos que experimentar e reconhecer cada um deles para que possamos cumprir nosso desígnio. Entretanto, apesar da enorme quantidade de receptáculos, cada grupo deles está relacionado com apenas uma sensação, emoção ou sentimento de modo que ao experimentar a bondade, por exemplo, a alma está acionando milhares de receptáculos relacionados com esta sensação. Assim, reconhecendo-se que é um ato bondoso dar esmolas, reconhece-se também que é igualmente bondoso prestar socorro, dar alimento aos necessitados, ajudar alguém numa tarefa, ser prestativo, etc., etc., etc.

A genética da mente, como não poderia deixar de ser, é tão complexa como a genética de nossos elaborados corpos físicos, motivo pelo qual achamos difícil lidar com todas as emoções e sentimentos que conhecemos.

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Durante bilhões de anos cada uma de nossas almas viveu em vegetais e animais inferiores aprendendo a lidar com a matéria, com os minerais, com os átomos, com a química, com a física e com a biologia. Os resultados deste longo treinamento também estão armazenados em receptáculos de modo que, hoje, podemos lidar de forma absolutamente tranquila com nosso corpo biológico, por mais elaborado que seja. A manutenção do corpo físico ficou tão bem aprendida que hoje o fazemos de forma automática. Não temos a necessidade de ficar cuidando para que nosso coração bata, que nossos pulmões respirem, que nossos rins filtre líquidos, etc. já que o acesso aos receptáculos que guardam tais informações é liquido e certo, independente de controle consciente.

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Neste momento, nossas preocupações conscientes estão voltadas aos sentidos que nos conferem sensações, emoções, sentimentos, desejos, necessidades e outras energias subjetivas. Diferentemente do que ocorre com os vegetais e animais inferiores, estamos relativamente livres do controle de nossas funções orgânicas, sobrando tempo e espaço para lidarmos com as energias mais sublimes. Passamos bilhões de anos para superar a parte física e, há alguns milhares de anos, estamos prontos para lidar com outros aspectos da divindade. Com certeza, dentro de mais alguns milhares de anos estaremos tão bem preparados para lidar com as emoções tal como estamos hoje preparados para lidar com o corpo físico que possuímos.

Embora este processo todo possa parecer longo demais não passa de um momento de reflexão aos olhos de Deus e até mesmo para a alma, quando está

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desencarnada. O tempo, como vimos, não existe de fato. Existe somente em nossa consciência e assim mesmo somente enquanto estamos lidando com a parte física do Universo. Livres da matéria não percebemos o tempo e portanto não julgamos sua longevidade.

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CARACTERÍSTICAS GENÉTICAS DA ALMA

De posse de sua lista de atribuições, cada alma, como vimos, tem liberdade total para escolher seus experimentos emocionais, uma vez que, neste estágio, já lidou e domina todos os experimentos materiais. Sabendo que tem que cumprir o programa, cada alma, antes de nascer, analisa sua lista e escolhe os experimentos pelos quais ainda não passou e que deseja passar. Escolhe, quando necessário, repetir alguns experimentos que não puderam ficar bem assentados em outras vidas e com isso prepara um projeto de vida. Como alguns dos experimentos exigem condições físicas adequadas, a alma, ainda em seu habitat natural, escolhe a família que vai lhe proporcionar um corpo físico com os padrões genéticos que quer experimentar (macho ou fêmea, gordo ou magro, bonito ou feio, sadio ou doente, cor dos

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olhos, da pele, dos cabelos, etc.), escolhe a condição financeira dentre as várias famílias possíveis e o local geográfico do globo terrestre onde pretende desenvolver seus experimentos, tais como país, estado, cidade, etc. e por fim as condições sócio- econômicas mais adequadas às suas necessidades didáticas.

Com isto, a alma compôs um padrão genético mental e está pronta para retornar ao ambiente de experimentos. A mãe gestante que vai receber esta alma espera um inocente bebê mas na verdade vai receber uma alma tão antiga quanto a dela.

O padrão genético mental desenhado pela alma sugere-lhe um nome e ao adentrar no feto, a alma passa a intuir nos pais ou parentes próximos seu nome.

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Na verdade o nome da criança é escolhido pela própria alma já que ele é um código onde se pode extrair seu padrão genético mental. Durante sua estada nesta encarnação, a alma encarnada pode, através de especialistas, consultar seu padrão genético mental se sentir necessidade de recordar seu plano de vida. Os especialistas neste assunto são almas que encarnaram e que escolheram o dom de decifrar nomes através da numerologia e das cartas do Tarot (alguns destes especialistas são realmente competentes porém, a grande maioria não passa de enganadores e de pretensos sábios). O sobrenome é o padrão genético mental da família (do pai, da mãe ou de ambos), padrão este anteriormente analisado pela alma e que está de acordo com suas necessidades de experimentação.

Percebe-se daí que a alma escolhe não só o ambiente em que irá viver, como também a experiência coletiva da família que escolheu, do bairro, da cidade, do estado, do país e da região geográfica. Escolhe ainda um padrão genético que vai compor sua aparência física e suas eficiências e deficiências orgânicas, escolhe seu próprio nome e suas próprias experiências. Tanto é verdade que, como pais, por mais que façamos em prol de nossos filhos, estes sempre seguem seus próprios padrões e vivenciam suas próprias experiências emocionais, muitas das quais não gostaríamos de vê-los passar, mas que, entretanto, nada podemos fazer a não ser confortar e dar alento.

Gêmeos univitelinos, ou seja aqueles que nasceram do mesmo óvulo e que portanto possuem exatamente a mesma aparência física compartilham uma única alma. A alma que se insere em dois ou mais corpos, o faz

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devido à uma necessidade imperiosa de passar por muitos experimentos ao mesmo tempo. Ela programa se utilizar de dois, três ou mais corpos físicos para poder vivenciar um número maior de experimentos ao mesmo tempo. Tanto é que gêmeos univitelinos possuem sensações e emoções muito parecidas mesmo quando criados por famílias diferentes. As sensações e emoções não são exatamente iguais porque os gêmeos possuem nomes diferentes. Entretanto, mesmo não se conhecendo, frequentemente os gêmeos possuem os mesmos gostos, as mesmas maneiras de ser, a mesma inteligência, vivacidade e estado de espírito. Nestas condições, a alma se utiliza de dois ou mais corpos geneticamente iguais e imprime neles quase a mesma genética mental. O mesmo não ocorre com gêmeos multivitelinos (nascidos de dois óvulos distintos). Neste caso, cada corpo possui sua alma e cada qual vivencia experimentos diferentes.

Tanto a genética física como a genética mental são predisposições ou seja, da mesma forma que você pode ter herdado o gene do câncer e nunca tê-lo desenvolvido pode também ter uma predisposição emocional para o sofrimento e jamais passar por ele. Isto ocorre porque tanto a genética física como a genética mental necessitam de ambientação adequada para se manifestarem. O gene do câncer, por exemplo, pode deixar de se manifestar se você é uma pessoa que leva uma vida sadia, não fuma, não bebe, não se expõe à poluição atmosférica e principalmente se é do tipo que não guarda rancor, não leva desaforo para casa e liberta integralmente seu emocional pois o câncer é uma degeneração que pode ser causada tanto por produtos químicos como por energias

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negativas. Da mesma forma, você pode ter uma predisposição para doença renal e cuidar tão bem de seus rins que seus males nunca chegarão a surtir um efeito físico tão grande. Com a genética mental não é muito diferente. Embora dificilmente a alma adie sua programação, é possível passar pelos experimentos emocionais negativos sem necessidade de prolongá- los indefinidamente. Da mesma forma que a medicina alivia as predisposições genéticas físicas, a fé alivia as predisposições genéticas da mente. Quando falamos em fé não é no sentido mais religioso da palavra mas no sentido de reconhecer que você é parte integrante de Deus e nada de ruim pode lhe acontecer. No momento em que descobrir ou lembrar de quem você realmente é e o que realmente está fazendo aqui e no momento em que lembrar que você é

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parte de um todo que não pode ser dividido, descartado ou punido, estará tão imbuído de fé quanto necessita para superar o sofrimento que certas emoções, sensações e sentimentos podem causar para aqueles que não a possuem. Como já dissemos repetidas vezes, o medo é o principal ingrediente que faz com que os experimentos negativos se prolonguem ao extremo e nos faz sofrer desnecessariamente. Ao adquirir a certeza de que o sistema só tem por finalidade comparar o bem e o mal e relembrá-lo de que as energias positivas causam sensações mais agradáveis do que as negativas, o medo desaparece e ao desaparecer alivia suas predisposições genéticas mentais. Ainda assim você pode alimentar o medo de fazer a opção errada, porém afirmo com todas as letras que isto é impossível. Queira ou não você fará a opção certa, ou seja, para o bem, porque não existe como negar que o bem supera o mal nas sensações que causa. Mesmo sabendo que ainda existe um enorme

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caminho a percorrer, você e todos nós já sabemos o quanto é ruim alimentar sensações negativas tais como rancor, ódio, desejo de vingança, raiva, etc. Sofre mais quem os sente do que aquele que objeto de tais sentimentos. Em geral as pessoas que são odiadas, invejadas, malditas, etc. nem sequer se perturbam com tais energias. Na verdade só sofre mesmo é quem as alimenta. Sabendo disso, que tal mudar sua postura mental com relação a estas energias? Ao senti-las, simplesmente mude-as. Reverta seu pensamento e com certeza se sentirá melhor. Não há outro jeito. Deus sabe disso.

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O NASCIMENTO DO EGO

Para explicarmos o nascimento do Ego, vamos imaginar uma alma que nunca encarnou e que irá iniciar neste exato momento seu circulo de encarnações. Tal alma, feita da essência divina, composta da Energia Prima é tão perfeita quanto seu Criador. Ela é sábia porém inexperiente para lidar com a matéria e as emoções.

Como vimos a alma recebe duas incumbências iniciais: aprender a lidar com a matéria e depois experimentar emoções, sensações e sentimentos nobres, oriundos do espectro do amor que é a Energia original que permeia todo o Universo. Os místicos sabem que outras incumbências

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são dadas às almas mas estas atribuições são por demais elevadas para que possamos percebê-las neste plano. Somente depois de cumprir as duas primeiras incumbências é que poderemos perceber as demais que estão por vir. Percebe-se daí que, mesmo depois de Ter experimentado todas a emoções, ainda haverão outros caminhos a percorrer para que alma atinja o objetivo final.

Para o cum primento da primeira incumbência, a alma começa lidar com a matéria biológica vivendo em pequenos seres, tais como vírus, bactérias, insetos, etc. Fazem parte dos deveres, nesta fase, a reprodução e a manutenção da vida a qualquer custo. Assim sendo, desde seus primeiros contatos com a matéria, a alma começa a se condicionar a guardar e cuidar de seu corpo material e também de garantir que este corpo se reproduza de tal modo a perpetuar e fazer evoluir a espécie. Este apego ao corpo físico, por

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mais simples que ele seja, começa a criar na alma um sentimento de individualidade que vai crescendo continuamente enquanto passa pelos demais animais do reino. Este contato da alma com os corpos biológicos e seu dever de cuidá-lo faz nascer o Ego. Desde o mais simples vírus e posteriormente nos demais animais da escala evolutiva da matéria, o Ego vai se fortalecendo e, ao mesmo tempo, aprendendo mecanismos de proteção, segurança e procriação dos corpos que está utilizando. Este fortalecimento do Ego vai se fixando na alma e criando uma personalidade egoísta, ou seja, uma forte tendência de centralizar em si e no corpo que possui tudo aquilo de que necessita para mantê -lo sadio, protegido e apto e se reproduzir. À medida que o Ego se fortalece, o Eu Superior, que é a essência da alma, vai se aquietando e deixando o comando para o Ego de forma que este possa exercer plenamente seu dever de cuidar do corpo. Este processo de adaptação da alma à matéria não passa de um momento de reflexão para o Criador mas que para a alma, convivendo com a lentidão da matéria, parece levar bilhões de anos (tempo criado pela ilusão da matéria e sua relatividade). Logo, depois de bilhões de anos convivendo com corpos simples, animais de genética física inferior, a alma está apta a conviver num corpo mais elaborado e pronta para lidar com as emoções. Neste estágio a alma incorpora o corpo humano para então iniciar o cumprimento de sua segunda incumbência.

Ocorre que, devido aos bilhões de anos de cuidados com os corpos físicos que possuiu, a alma gerou um Ego tão fortalecido que acabou por esquecer que esta personalidade criada é inferior à sua essência, inferior ao seu Eu Superior. Por este motivo é que nascemos

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com um forte espírito de individualidade, de egoísmo e de centralização. Tais sentimentos, embora derivado de bilhões de anos de treinamento, acabam por interferir na segunda parte do programa.

Nesta segunda parte do programa é dever da alma experimentar todos os sentimentos, sensações e emoções derivados do Amor e de seu oposto: o medo.

Plenamente consciente, mas esquecida de sua verdadeira natureza, a alma começa a conviver com toda sorte de emoções e sentimentos. Apesar disso precisa ainda se utilizar de toda experiência adquirida para manter saudável e em bom estado o novo corpo que possui. Precisa manter tal corpo apto, também, a procriar.

Neste estágio, o Ego pode contar com duas novidades que não contava antes, enquanto convivia com animais inferiores: a consciência plena e poder de pensar com lógica. Estas duas ferramentas aumentam a altivez do Ego, já que agora pode programar e preparar suas necessidades e desejos. Apesar de evoluído e mais bem equipado, o Ego evita reconhecer a presença, nos bastidores, do Eu Superior já que este, por ser a essência de Deus, não está muito preocupado com os corpos físicos. O Eu Superior não se preocupa com corpos pois sabe que, em sendo a alma eterna, esta pode substituí-los à vontade sem prejuízo da programação. O Ego, por sua vez, treinado para cuidar da manutenção do corpo não aceita esta idéia e portanto irá fazer o possível e o impossível para mantê- lo. Por este motivo o Ego não permite que o Eu Superior assuma o comando da vida pois sabe que se isto ocorresse não haveria muita preocupação com a

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manutenção do corpo já que este é descartável. Toda vez que o Eu Superior tenta interferir no comando o Ego faz tudo para impedir.

Quando uma pessoa começa a espiritualizar-se, inicia, de fato, uma aniquilação de seu Ego e portanto uma maior presença de seu Eu Superior. Nesta fase, pelo fato do Ego ainda estar

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muito presente, inicia-se na consciência e no pensamento do praticante um enorme conflito. Nasce uma busca incansável pela verdade e consequentemente muitas dúvidas do tipo “o que sou?”, “porque sou? “ e “para onde vou?”. Sabendo que o aumento da espiritualidade vai fazer com que o praticante se torne menos preocupado com seus bens materiais e até mesmo com seu próprio corpo, como ocorre com místicos, gurus e outros espiritualistas, o Ego incentiva o conflito e tenta de qualquer maneira demover o praticante de tais idéias. O Ego é, na verdade, o Satanás bíblico que instiga o homem ao egoísmo e ao egocentrismo através da razão e não da verdadeira sabedoria.

Vimos que o pensamento é a ferramenta mais importante que Deus deu ao homem pois é através dele que a humanidade pode e deve fazer a opção entre o materialismo e a espiritualidade. À medida que a fé se estabelece o Ego tende a perder espaço já que uma das características da fé é o desprendimento. Quanto mais os homens se convencerem de que são mini deuses, feitos da substância original, que nada mais é do que o próprio Deus, tanto menos temores terão. Ao perder o medo, a fé se estabelece, o Ego desaparece e o Amor floresce. Envolvido pelo Amor o homem passa a diferenciar os opostos e consequentemente valorizar as emoções positivas.

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Passa também a reconhecer em si mesmo os poderes originais que o Criador lhe concedeu e com isto pode possuir tudo aquilo que necessitar ou desejar para sua vida. Tanto a fé como a utilização das leis universais, por si só, são suficientes para a conquista de tudo. Não há necessidade alguma de se acreditar em Deus estereotipado como o fazem os fanáticos religiosos. Basta, única e exclusivamente, acreditar que somos, todos, parte do “Um”, parte de um sistema fechado onde nada se perde, nada se cria, tudo de transforma através da mente universal e através da mente humana.

Ao acreditar na unidade universal e ao se utilizar corretamente do pensamento e dos verbos, o homem pode conquistar tudo aquilo que quer. É evidente que a espiritualidade faz com que desejemos menos, com que partilhemos mais com os mais necessitados e que nos tornemos menos materialistas mas, de qualquer forma, nos permite ter o mínimo necessário para viver dignamente. As leis universais não impedem que seu desejo seja desmedido. Se a busca for feita com fé e dentro das regras tudo lhe será concedido. Entretanto, ao reconhecer nossa própria divindade e ao reconhecer que todos somos iguais perante ao Criador, estabelecer-se-á em nossos corações uma forte tendência a compartilhar.

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O “Eu sou” é o verbo ou senha mais precioso que pode existir. Não peça, não implore, não esteja, simplesmente “seja” e tudo aquilo que pensar ser, assim será.

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AUTO ANÁLISE

Marque com um X a resposta que achar mais adequada. Após responder a todas as perguntas calcule a quantidade de pontos e veja qual é o seu potencial espiritual.

1. Você concorda que a verdade do Universo é uma só?

A. Sim B. Não

2. Você acredita que o ser humano é capaz de intuir a verdade sobre a formação do Universo ou chegar perto dela?

A. Sim B. Não

3. Você sente necessidade de saber quem é, porque é e para onde vai?

A. Sim. Tenho necessidade de saber sobre estas coisas B. Sim. Só por curiosidade C. Não.

4. Você acredita que fomos criados por um Ser Superior ou somos obra do acaso?

A. Somos obra de um Ser Superior. B. Somos obra do acaso.

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5. Você acredita em Deus?

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A. Sim B. Não D. Às vezes sim, às vezes não.

6. Você se julga um conservador ou uma pessoa aberta para novos conceitos?

A. Conservador B. Aberta para novos conceitos. C. Depende da questão

7. Seus pensamentos são mais religiosos ou mais científicos?

A. Religiosos B. Científicos C. Ambos, religiosos e científicos

8. Você tem religião

A. Sim, mas não frequento B. Sim e frequento C. Não

9. Sua religião explica o que você tem necessidade de saber?

A. Não tenho religião B. Sim C. Às vezes D. Não

10. O que você acha da Bíblia?

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A. É um documento sagrado e devemos segui -la ao pé da letra. B. É um documento sagrado mas deveria ser atualizada para nossos dias C. Não é um documento sagrado e portanto não há necessidade de segui -la D. Traz nas entrelinhas alguns ensinamentos que deveríamos nos aprofundar

11. Você busca em outros livros respostas para suas dúvidas?

A. Constantemente B. Às vezes C. Não tenho buscado D. Já o fiz

12. O que você acha da ciência e da tecnologia?

A. Está cada dia mais próxima da verdade de Deus B. Está cada dia mais próxima de provar que fomos criados ao acaso C. Está longe das grandes verdade de Deus D. Está longe de provar que fomos criados ao acaso E. A ciência e a tecnologia não trazem nada de novo para os assuntos filosóficos.

13. Você acredita que antes de existir o Universo tal como o conhecemos não existia nada, apenas a energia cósmica?

A. Sim B. Não C. Às vezes

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14. Você fez o exercício proposto aqui para perceber o Nada?

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A. Sim e consegui ter uma boa idéia do que é o Nada B. Sim, mas não consegui perceber o Nada C. Não

15. Você acredita que o Nada ou a Energia Prima é Deus?

A. Sim B. Não C. Às vezes

16. Você consegue entender o que infinito?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

17. Você acredita que Deus pensa?

A. Sim B. Não C. Não acredito em Deus

18. Você acredita que na formação do Universo houve aquilo que chamamos de polarização e que fez surgir a matéria, a anti-matéria, as emoções positivas e as emoções negativas?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

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19. Você entendeu o que é o átomo?

A. Sim B. Não C. Gostaria de ter recebido mais informações a esse respeito

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20. Você entendeu que juntamente com o átomo nasceram várias leis químicas e físicas?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

21. Você acredita que a criação do átomo tornou possível a auto-construção dos demais?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

22. Você conseguiu intuir o que é espaço, tempo e relatividade?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

23. Você conseguiu entender o que é lei das massas e que esta lei foi responsável pela grande aglomeração de matéria que antecedeu o Big- Bang?

A. Sim B. Não

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C. Mais ou Menos

24. Você entendeu como ocorreu o Big-Bang?

A. Sim B. Não C. Mais ou Menos

25. Você acredita que as demais energias que a ciência conhece é derivada da Energia Prima existente no Universo todo?

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A. Sim B. Não C. Mais ou Meno s

26. Analisando as galáxias, estrelas e planetas você consegue ter uma idéia da grandiosidade do Universo?

A. Sim B. Não C. Mais ou Menos

27. Você conseguiu entender o que é luz e como ela funciona?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

28. Você acredita que todo ser vivo, inclusive os vegetais, têm uma forma de consciência?

A. Sim

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B. Não C. Mais ou menos

29. Você entende que a consciência cósmica ou Pensamento-Maior é a soma do pensamento de todos os seres viventes?

A. Sim B. Não C. Tenho dúvidas.

30. Como você vê Deus?

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A. Uma energia que está fora do meu corpo B. Uma energia do qual faço parte C. Não existe como ser

31. Você acredita na existência da alma?

A. Sim B. Não C. Às vezes

32. Como você vê a alma?

A. Passível de trocar informações com o cosmos e com as demais B. Individual, isolada e impossível de trocar informações com o cosmos e com as demais

33. Você crê que o pensamento é maior ferramenta que o homem possui?

A. Sim B. Não

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C. Talvez

34. Você acredita que estamos neste plano para experimentar e comprovar as grandes verdades de Deus?

A. Sim B. Não C. Talvez

35. Você acredita que para conhecermos e valorizarmos o bem precisamos conhecer o mal?

A. Sim B. Não

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36. Sabendo que o Universo é infinito e que Deus é eterno é possível compreender que espaço e tempo não existem de fato mas apenas em nossa lenta consciência?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

37. Você concorda que no Universo nada se cria, nada se perde, tudo se transforma sendo que Deus transformou-se em tudo aquilo que existe?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

252

38. Você acredita que os pensamentos também são fontes de energia que transformam-se como a matéria o faz?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

39. Você acredita em inconsciente coletivo?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

40. Acredita que podemos acessar o pensamento coletivo e dele tirar informações?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

41. Como você vê o comportamento de Deus?

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A. Deus castiga e pune os que erram B. Deus não castiga e nem pune. O sistema que Ele criou é que reage com o modo de agir das pessoas e lhe dão o troco

42. Você acredita que Hitler foi para o Céu?

A. Sim B. Não C. Tenho dúvidas

253

43. Você entendeu o conceito de receptáculos que acumulam todos nossos pensamentos e experiências e nos transmitem seu dados quando os sintonizamos corretamente?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

44. Como você se define?

A. Sou daqueles que gostam de ver para crer B. Acredito que posso receber respostas através de meu eu interior

45. Você se julga:

A. Uma pessoa que necessita de estímulos externos para se motivar B. Uma pessoa que se auto motiva sozinho C. Uma pessoa desanimada com a vida

46. Você concorda que para construir novos conceitos é necessário, antes de mais nada, destruir conceitos antigos e ultrapassados?

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A. Sim B. Não C. Mais ou menos

47. Você acredita que, se quiser, pode conversar com Deus?

A. Sim B. Não

254

C. Talvez

48.Você acredita que os verbos que pensa ou fala interferem em sua vida?

A. Sim B. Não C. Nunca tinha pensado nisso

49. Você acredita que mudando a maneira de pensar, sua vida pode mudar para melhor?

A. Sim B. Não C. Talvez

50. Você acredita que a fé pode turbinar seus pensamentos para melhor e como que o medo pode exercer um poder de atração negativo?

A. Sim B. Não C. Nunca tinha pensado nisso

51. Você entendeu a diferença entre “ser” e “estar”?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

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52. Você acredita que a forma de pensar e verbalizar pode manipular energias no Universo que irão interferir em sua vida?

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A. Sim B. Não C. Mais ou menos

53. Se reunisse condições para tal, você congelaria seu corpo ou sua cabeça depois de morto para aguardar uma possível reviravolta na ciência que pudesse ressuscitá-lo?

A. Sim B. Não

54. Como você ora?

A. Não oro B. Repito sempre a mesma oração que aprendi na igreja C. Em cada oração recito meus momentos, meus desejos e meu dia-a-dia e portanto nunca repito uma oração

55. Você concorda que verbalizar errado ou pensar verbos errados ou pensar verbos no futuro altera seus resultados?

A. Sim B. Não C. Talvez

56. Você costuma agradecer a Deus mesmo pelo que ainda não tem?

A. Sim B. Não, nunca agradeci antes de receber

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57. Você é uma pessoa ansiosa?

A. Sim B. Não C. Às vezes

58. Você acredita em Satanás?

A. Sim B. Não C. Às vezes

59. Você acredita em reencarnação e em vidas passadas?

A. Sim B. Não C. Tenho dúvidas

60. O Deus de seu coração:

A. Sempre pune B. Nunca pune C. Pune mas sempre perdoa D. Pune e poderá descartar para sempre as pessoas que não se remediarem

61. Você acredita que no final do plano de Deus:

A. Haverá o juízo final e os pecadores serão descarta dos para sempre B. Não haverá juízo final porque até lá todos terão atingido a evolução

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C. Todo plano terá sido cumprido, todos passarão no teste e haverá uma enorme e alegre confraternização.

62. Você acredita que Deus descansou no sétimo dia como diz a Bíblia?

A. Sim B. Não

63. Você acredita em Adão e Eva?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

64. Você acredita que Jesus foi:

A. Um ser mais especial B. Um ser igual com mais compreensão das verdades divinas

65. Você acredita que a salvação só poderá vir através de Jesus?

A. Sim B. Não C. Talvez

66. Conforme dito por Jesus, você acredita que pode fazer todos ou alguns milagres que ele fez?

A. Sim B. Não

258

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C. Talvez

67. Você acredita que Deus está, neste momento, de plantão aguardando nossas queixas, nossos pedidos, nossos agradecimentos, nossa reverência e outras reivindicações?

A. Sim B. Não pois Ele automatizou tudo C. Talvez

68. Você acredita que Deus é sério, reverente e alheio à brincadeiras?

A. Sim B. Não C. Talvez

69. Você acredita que em vidas passadas você já passou por vários estágios, do vírus ao ser humano?

A. Sim B. Não C. Talvez

70. Você entendeu o que vem a ser genética mental?

A. Sim B. Não C. Mais ou menos

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71. Você acredita que todas as almas foram feitas iguais, receberam as mesmas instruções e têm os mesmos objetivos?

A. Sim B. Não C. Talvez

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TABELA DE PONTUAÇÃO PARA SEU EXERCÍCIO DE AUTO ANÁLISE

QUESTÃO A B C D E QUESTÃO A B C D E 1 10 1 - - - 36 10 1 5 - - 2 10 1 - - - 37 10 1 5 - - 3 10 5 1 - - 38 10 1 5 - - 4 10 5 - - - 39 10 1 5 - - 5 10 1 5 - - 40 10 1 5 - - 6 1 10 5 - - 41 1 10 - - - 7 3 3 7 - - 42 10 1 5 - - 8 1 3 6 - - 43 10 1 5 - - 9 6 1 6 10 - 44 1 10 - - - 10 1 3 5 7 - 45 5 10 1 - - 11 10 7 1 3 - 46 10 1 5 - - 12 10 1 10 1 1 47 10 1 5 - - 13 10 1 5 - - 48 10 1 5 - - 14 10 5 1 - - 49 10 1 5 - - 15 10 1 5 - - 50 10 1 3 - - 16 10 1 5 - - 51 10 1 5 - - 17 10 1 5 - - 52 10 1 5 - - 18 10 1 5 - - 53 1 10 - - - 19 10 1 5 - - 54 1 3 7 - - 20 10 1 5 - - 55 10 1 5 - - 21 10 1 5 - - 56 10 3 - - - 22 10 1 5 - - 57 1 10 5 - - 23 10 1 5 - - 58 1 10 5 - - 24 10 1 5 - - 59 10 1 5 - - 25 10 1 5 - - 60 3 10 7 1 - 26 10 1 5 - - 61 1 5 10 - - 27 10 1 5 - - 62 1 10 - - - 28 10 1 5 - - 63 1 10 5 - - 29 10 1 5 - - 64 5 10 - - - 30 5 10 1 - - 65 1 10 5 - - 31 10 1 5 - - 66 10 1 5 - -

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32 10 1 - - - 67 1 10 5 - - 33 10 1 5 - - 68 1 10 5 - - 34 10 1 5 - - 69 10 1 5 - - 35 10 1 - - - 70 10 1 5 - -

71 10 1 5 - - TOTAL DE PONTOS

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RESULTADOS CLASSIFICAÇÃO Entre 84 e 206 pontos Péssimo Entre 207 e 328 pontos Mau Entre 329 e 450 pontos Razoável Entre 451 e 572 pontos Bom Entre 573 e 697 pontos Excelente

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PALAVRAS FINAIS

Você pode escalar uma montanha por qualquer lado que queira. Pode escolher o caminho das rampas, mais longo e menos sacrificante ou escolher o caminho dos penhascos, mais curto, porém extremamente árduo. Quando vários alpinistas escalam uma montanha ao mesmo tempo, cada qual busca seu caminho preferido, entretanto o objetivo final de todos é o cume principal, o mais alto, o mais difícil de ser atingido.

A busca da verdade segue a mesma regra. Cada qual escolhe seu caminho, uns mais árduos, outros mais amenos, porém todos difíceis. Cada passo rumo ao cume nos aproxima da mesma verdade, embora cada um procure trilhar seu próprio e escolhido caminho.

Se eu disser que o conteúdo deste livro é a pura expressão da verdade já estarei mentindo. Embora tenha assistido as mesmas cenas que provavelmente Moisés assistiu, descrevi-as conforme meus conhecimentos e meu entendimento. Se quiser, você poderá faze -lo também, pelo seu caminho e de acordo com seu entendimento e conhecimentos científicos e tecnológicos e relatá-la de outra forma, com outra visão, muito mais ampla e precisa. A Verdade Suprema, Absoluta, no entanto, sempre foi e sempre será a mesma. Não existem duas verdades mas tão somente uma.

O que pretendo com este material não é garantir que o caminho sugerido por mim deva ser o seu caminho. Para aqueles que nunca pensaram em algo melhor, este material servirá para aguçar a curiosidade e induzir uma busca mais profunda em seus próprios

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âmagos e quem sabe vir a escrever um novo material, muito mais próximo da verdade, do que este humilde e pequeno tratado. Para aqueles que já tiveram o prazer de conceber pensamentos semelhantes, com certeza, terão encontrado aqui um pouco mais de material para induzi-los a novos pensamentos. A Verdade Suprema está ainda muito longe de nossa compreensão motivo pelo qual sempre se faz necessário repensar, recomeçar.

Eu vou recomeçar agora mesmo. Tão logo termine este último tópico voltarei a me aquietar em meu próprio “eu” mais profundo em busca de novas e mais aprimoradas respostas e entendimento para novas questões que surgiram durante este trabalho e que surgirão durante o restante de minha passagem por esta vida. É provável que a segunda edição deste livro contenha mais material originado de minha constante ânsia de compreender cada vez mais os desígnios do Criador.

Qualquer que seja sua posição neste contexto é bom lembrar que a busca é árdua. É preciso pensar, repensar, apagar antigos conceitos e reescreve-los em sua mente e antes de mais nada agarrar-se com todas as suas forças à fé. Somente a absoluta certeza de que nada de mal pode lhe ocorrer é que trará a tranquilidade suficiente e necessária para estabelecer ligações com as energias positivas e poder para extrair- lhe seu conteúdo benéfico. Quaisquer medos, ansiedades e expectativas porão por terra quaisquer de seus desejos e intentos. Só o conhecimento liberta-nos do medo. Só a compreensão dos propósitos nos assegura a fé. Só o

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entendimento do sistema nos permite acessá-lo. Comece por aqui: Deus é bom. Acredite!

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LIVROS RECOMENDADOS

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Conversando com Deus Vol. I Neale Donald Walsch Ediouro

Conversando com Deus Vol. II Neale Donald Walsch Ediouro

Conversando com Deus Vol. III Neale Donald Walsch Ediouro

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O PENSAMENTO É A MELHOR FERRAMENTA DO HOMEM

Qualquer objeto solto no ar, vai ao chão. A lei da gravidade é a responsável por este acontecimento físico. Trata-se de um fenômeno universal e imutável.

O pensamento é, também, um fenômeno universal imutável. Suas ondas permeiam to do o universo e movimentam energias ainda desconhecidas pela ciência. Pensar é o primeiro passo do homem para tudo. Antes de existir fisicamente toda e qualquer criação, invento ou descoberta humana nasceu, antes de mais nada, no pensamento. Tudo aquilo que foi ficção científica no passado é hoje nossa realidade graças ao pensamento. O pensamento gera a forma física e a disponibiliza.

Vivemos nos queixando de faltas, carências e da forma como os eventos de nosso cotidiano ocorrem. A queixa, por si só, é uma geradora de eventos. Pior do que se queixar é estar sempre alerta para os maus acontecimentos. Diz o ditado que “quem espera, sempre alcança”. Logo violência, assaltos, desemprego, fome, falta de moradia, crise e outras desgraças nos ocorrem porque já contamos com elas em nosso dia-a-dia.

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SUAS MÃOS SER BEM SUCEDIDO, ESTAR BEM EMPREGADO, MORAR BEM, SER FELIZ, SER AMADO, POSSUIR DINHEIRO E TUDO AQUILO QUE ELE PODE COMPRAR. SÓ DEPENDE DE VOCÊ.

EDITADO PELO AUTOR EDIÇÃO 993 (MARÇO/99) CONTRATAÇÃO DE PALESTRAS

PELO FONE: (0xx11) 4229-1186

Os verbos são as senhas que abrem ou fecham as portas energéticas do universo e que nos permitem “ser” ou “não ser”, “estar” ou “não estar”, “possuir” ou “não possuir”, etc. É da forma como transmitimos o verbo para o cósmico que obtemos este ou aquele resultado. As leis universais respondem ou não nosso apelo dependendo do modo como operamos o sistema.

Nesta obra damos uma idéia de como funcionam tais leis e como aplicá-las corretamente para, com isto, obter tudo, todos os seus anseios e desejos.

DAQUI PARA FRENTE ESTARÁ EM