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Universidade Federal do Rio Grande do Norte Centro de Ciências da Saúde Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva Curso de Especialização sobre Gestão das Políticas de DST/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose LISY MOTA DA CRUZ IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NO NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA HENFIL DO MUNICÍPIO DE PALMAS

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Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Centro de Ciências da Saúde

Núcleo de Estudos em Saúde Coletiva

Curso de Especialização sobre Gestão das Políticas de DST/Aids, Hepatites

Virais e Tuberculose

LISY MOTA DA CRUZ

IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NO NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA HENFIL DO MUNICÍPIO DE PALMAS

PALMAS/TO

2017

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LISY MOTA DA CRUZ

IMPLANTAÇÃO DO SERVIÇO DE MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO NO NÚCLEO DE ASSISTÊNCIA HENFIL DO MUNICÍPIO DE PALMAS

Projeto de Intervenção apresentado ao Curso

de Especialização sobre Gestão das Políticas

de DST/Aids, Hepatites Virais e Tuberculose,

da Universidade Federal do Rio Grande do

Norte.

Orientador: Ângela Fernandes Ferreira

PALMAS/TO

2017

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RESUMO

No cotidiano do trabalho estamos continuamente produzindo informações que tem

relevância significativa para analise e compreensão dos processos de trabalho dos

serviços e servem como instrumento para tomada de decisão. Nesse sentido, as

ações de monitoramento e avaliação são ferramentas importantes que contribuem

com esse processo de analise das informações produzidas. Assim, esse projeto de

intervenção tem como objetivo implantar o serviço de monitoramento e avaliação

dos casos de HIV/AIDS, sífilis e hepatite virais no Núcleo de Assistência Henfil no

município de Palmas para subsidiar intervenções e instrumentalizar a gestão local

do serviço para tomada de decisão visando à eliminação destes agravos como

problema de saúde pública. Acreditamos que a implantação dessa proposta

contribuirá com o processo de acompanhamento contínuo da assistência prestada

aos pacientes com HIV/AIDS, sífilis e hepatites virais e propor ajustes necessários

que garanta a qualidade do serviço e melhoria dos indicadores de saúde.

Descritores: Monitoramento. Avaliação. HIV/Aids.

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SUMÁRIO

RESUMO.....................................................................................................................3

1. INTRODUÇÃO......................................................................................................5

2. OBJETIVOS..........................................................................................................9

2.1. Objetivo Geral....................................................................................................9

2.2. Objetivos Específicos.....................................................................................9

3. MÉTODO............................................................................................................10

3.1. Cenário do projeto de intervenção...................................................................10

3.2. Elementos do Plano de Intervenção................................................................12

3.3. Fragilidades e Oportunidades..........................................................................14

3.4. Processo de Avaliação....................................................................................15

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................................16

REFERÊNCIAS.........................................................................................................17

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1. INTRODUÇÃO

No cotidiano do trabalho estamos continuamente produzindo informações que

tem relevância significativa para analise e compreensão dos processos de trabalho

dos serviços e servem como instrumento para tomada de decisão.

O Monitoramento é habitualmente entendido como o processo de acompanhamento da implementação de determinadas ações, tomando-se como base o que um projeto (ou equivalente) estabelece como metas de sua implementação (planejamento). Refere-se ao “acompanhamento”, “avaliação”, monitoramento, de objetivos e metas alcançadas com uma intervenção (metas pré-estabelecidas, esperadas). É feito na rotina dos serviços, permitindo inclusive maior agilidade na correção de rumos. Para isso são utilizados indicadores que reflitam o alcance (ou não) dessas metas, indicadores esses que podem significar/representar os processos instalados e/ou produtos obtidos. (BRASIL, 2009, p.11)

Indicadores de saúde são medidas quantitativas, elaboradas por meio de

informações da população, que visam sintetizar a situação de saúde bem como o

desempenho do sistema de saúde (BRASIL, 2004, p.7).

Nesse sentindo, o Ministério da Saúde (2014, p.15), no caderno de diretrizes,

objetivos, metas e indicadores de 2013-2015 fala que os indicadores são essenciais

nos processos de monitoramento e avaliação, pois permitem acompanhar o alcance

das metas e servem para:

embasar a análise crítica dos resultados obtidos e auxiliar no processo de

tomada de decisão;

contribuir para a melhoria contínua dos processos organizacionais;

analisar comparativamente o desempenho.

De acordo com parâmetros estabelecidos pela Organização Mundial da

Saúde (OMS), a epidemia de HIV/Aids no país é concentrada, ou seja, apresenta

taxa de prevalência da infecção pelo HIV menor que 1% entre parturientes

residentes em áreas urbanas e maior que 5% em subgrupos populacionais sob

maior risco para infecção pelo HIV, sendo de 5,9% entre usuários de drogas ilícitas,

de 10,5% entre homens que fazem sexo com homens (HSH) e de 4,9% entre

mulheres profissionais do sexo (BRASIL, 2014).

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Considerando estimativa da Organização Mundial da Saúde (OMS),

aproximadamente 25% das gestantes infectadas por sífilis apresentam como

desfecho morte fetal ou aborto espontâneo e 25%, recém-nascido com baixo peso

ao nascer ou infecção grave. No Brasil, estudos de soroprevalência de HIV e sífilis

realizados em parturientes nos anos de 2004 e 2010 apresentaram uma taxa de

prevalência de sífilis em gestantes de 1,6% e 0,85%, respectivamente.

Considerando o último estudo, são estimadas aproximadamente 25 mil gestantes

infectadas com sífilis por ano no Brasil. (BRASIL, 2014).

Percebemos assim a importância da vigilância como ferramenta metodológica

para a prevenção e controle de doenças em saúde pública.

Vigilância é a análise contínua de todos os aspectos da ocorrência e propagação de uma doença pertinentes ao seu controle efetivo. A vigilância inclui a análise, interpretação e retroalimentação de dados coletados de forma sistemática, em geral utilizando métodos que se distinguem por seu aspecto prático, uniformidade e rapidez mais do que por sua precisão e nível de cobertura (OPAS, 2010, p.10).

Na lei 8.080/90 o termo vigilância epidemiológica foi definido como “… um

conjunto de ações que proporciona o conhecimento, a detecção ou prevenção de

qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes de saúde individual

ou coletiva, com a finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e

controle das doenças ou agravos”.

Realizar a análise periódica dos dados fortalece a vigilância epidemiológica e

proporciona a detecção de inconsistências no sistema de vigilância, como a

identificação dos casos sem investigação ou o monitoramento dos casos sem

encerramento (BRASIL, 2006, p.64).

No Brasil, desde os anos de 1980, a vigilância epidemiológica da aids é

baseada na notificação compulsória de casos. A notificação compulsória da infecção

pelo HIV permite caracterizar e monitorar tendências, perfil epidemiológico, riscos e

vulnerabilidades na população infectada, com vistas a aprimorar a política pública de

enfrentamento da epidemia (BRASIL, 2014).

A vigilância da infecção pelo HIV e da aids está baseada num modelo de

vigilância dos eventos: infecção pelo HIV, adoecimento (aids), e óbito, por meio de

sistemas de informação de rotina e de estudos seccionais e longitudinais (BRASIL,

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2014).

A vigilância epidemiológica do HIV e da aids baseia-se em dados fornecidos

pelo Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAM), e em registros de

óbitos, do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), do Sistema de Controle

de Exames Laboratoriais (SISCEL) e do Sistema de Controle Logístico de

Medicamentos (SICLOM).

Outro aspecto importante que merecem destaque nas ações de

monitoramento são as avaliações da qualidade dos serviços prestados, que podem

ser analisados através das atividades de organização do processo de assistência,

gerenciamento técnico do trabalho e disponibilidade de recursos.

Para analisar os indicadores de saúde da assistência prestada pelo Núcleo de

Assistência Henfil e assim propor medidas que visam alcançar as metas

preconizadas pela Organização Mundial de Saúde (OPAS), Ministério da Saúde

(MS), Secretaria Estadual de Saúde (SESAU/TO) e Secretária Municipal de Saúde

de Palmas e melhorar os indicadores de saúde entendemos ser de extrema

importância realizar o monitoramento dos pacientes HIV positivo, gestante HIV

positivo, crianças exposta ao vírus HIV, paciente com AIDS, gestante com sífilis,

sífilis congênita e hepatites virais.

Nesse contexto, a proposta de implantação do Serviço de Monitoramento e

Avaliação do Núcleo de Assistência Henfil visa contribuir com o processo de

acompanhamento contínuo da assistência prestada aos pacientes com HIV/AIDS,

sífilis e hepatites virais e propor ajustes necessários que garanta a qualidade do

serviço e melhoria dos indicadores de saúde.

Para tal, devera ser utilizado como referencia para o monitoramento e

avaliação das informações produzidas pelo Núcleo de Assistência Henfil, os

indicadores e metas preconizados pela UNASUS, OMS, MS, SESAU/TO e

SEMUS/Palmas.

Complementando as ações de monitoramento, poderá ser realizada pesquisa

local para transformar os dados produzidos pelo serviço em informações,

quantificando e qualificando esses dados a fim de subsidiar as propostas de

intervenções para melhoria da qualidade do serviço prestado.

Percebe-se também a necessidade de atuar no desenvolvimento de ações de

educação permanente a fim de contribuir para transformação das práticas

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profissionais, assim como organização do processo de trabalho.

Assim, entendendo educação permanente como aprendizagem no trabalho,

em que o aprender e o ensinar incorporam-se ao cotidiano das organizações e ao

trabalho, o Ministério da Saúde propõe que os processos de capacitação dos

trabalhadores da saúde adotem, como referência, as necessidades de saúde das

pessoas e das populações, da gestão setorial e do controle social em saúde; tenham

como objetivo a transformação das práticas profissionais e da própria organização

do trabalho; e sejam estruturados com base na problematização do processo de

trabalho. (BRASIL, 2004).

Desta forma, espera-se que a proposta do serviço a ser implantado contribua

com o direcionamento das ações de vigilância, monitoramento, pesquisa e educação

permanente a serem realizadas na unidade de saúde Núcleo de Assistência Henfil e

com a garantia da atenção integral, resolutiva e qualificada aos pacientes assistidos

por esse serviço.

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2. OBJETIVOS

2.1. Objetivo Geral

Implantar o serviço de monitoramento e avaliação dos casos de HIV/AIDS,

sífilis e hepatite virais no Núcleo de Assistência Henfil no município de Palmas para

subsidiar intervenções e instrumentalizar a gestão local do serviço para tomada de

decisão visando à eliminação destes agravos como problema de saúde pública.

2.2.Objetivos Específicos

Identificar aspectos relevantes do serviço prestado no Núcleo de Assistência

Henfil para serem monitorados e avaliados;

Identificar a pactuação de metas e indicadores referente HIV/Aids, DST e

hepatites virais definida pela OMS, MS, Secretaria Estadual de Saúde do

Tocantins e Secretaria Municipal de Saúde de Palmas;

Construir instrumentos que possibilite a análise dos dados para a tomada de

decisão;

Coletar os dados nos documentos de registro da assistência, de forma

sistemática, para alimentação dos instrumentos de analise;

Identificar a necessidade de fomentar e articular estudos avaliativos referentes

aos agravos atendidos no N. A. Henfil;

Desenvolver estratégias de disseminação das informações relevantes, precisas

e de forma ágil sobre HIV/Aids, DST e Hepatites Virais.

Fomenta processo de educação permanente aos profissionais do Henfil.

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3. MÉTODO

3.1. Cenário do projeto de intervenção

O município de Palmas, capital do Estado do Tocantins, localizado na região

Norte do país foi criado em 20 de maio de 1989 e instalada em 1º de janeiro de

1990. É constituído de 3 distritos: Palmas, Buritirana e Taquaruçu do Porto. Possui

área territorial de 2.218,943 Km², densidade demográfica de 102,90 hab/Km² e

Índice de desenvolvimento humano de 0,788 (IBGE, 2010).

Segundo Censo IBGE de 2010, Palmas possui uma população de 228.332

habitantes, sendo 50,58% homens e 49,42% mulheres. A população apresenta uma

maior concentração na faixa etária de 20 a 29 anos (23%), seguida da faixa etária 10

a 19 anos (20%) e 30 a 39 anos (18%) e uma concentração menor na população

idosa sendo 4% na faixa etária de 60 a 79 anos e 0,4% acima de 80 anos.

No Plano Diretor de Regionalização, pactuado na CIB de 29 de agosto de

2012, o Estado do Tocantins é composto por 8 Regiões de Saúde, conforme mapa

abaixo: Augustinópolis (Região Bico do Papagaio), Araguaína (Região Médio Norte

Araguaia), Guaraí (Região Cerrado Tocantins Araguaia), Palmas (Região Capim

Dourado), Porto Nacional (Região Amor Perfeito), Paraíso (Região Cantão), Gurupi

(Região Ilha Bananal) e Dianópolis (Região Sudeste). Esta divisão obedeceu aos

critérios adotados pela Portaria Ministerial no 7.508/2001 e Resolução Tripatite

004/2012.

Mapa 01 - Regiões de Saúde do Tocantins

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Fonte: SESAU

O município de Palmas faz parte da Região de Saúde Capim Dourado,

composto por 14 municípios: Aparecida do Rio Negro, Fortaleza do Tabocão, Lagoa

do Tocantins, Lajeado, Lizarda, Miracema do Tocantins, Miranorte, Novo Acordo,

Palmas, Rio dos Bois, Rio Sono, Santa Tereza do Tocantins, São Félix do

Tocantins, Tocantínia. Essa região possui uma população de abrangência de

301.576 habitantes o que representa 21,8% da população total.

O Núcleo de Assistência Henfil (N.A. Henfil) implantado no ano de 2000 é

uma unidade de saúde ambulatorial, de gestão municipal, que realiza atendimento

especializado de média complexidade as doenças tropicais e infecções sexualmente

transmissíveis (IST) como: chagas, brucelose, malária, leishmaniose, filariose

linfática (elefantíase), lyme, hepatites virais, HIV/AIDS, sífilis, condiloma acuminado

(HPV), síndrome do corrimento uretral em homem, síndrome do corrimento cervical

em mulher, herpes genital, síndrome da úlcera genital. É referência para 51

Unidades Básicas de Saúde e Casa de Prisão Provisória do município de Palmas e

para os municípios da Região de Saúde Capim Dourado.

O N. A. Henfil é dividido em quatro serviços: Serviço de Atenção

Especializada (SAE), Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA), Unidade

Dispensadora de Medicamentos (UDM) e Assistência Domiciliar Terapêutica (ADT).

O CTA é responsável por desenvolver ações de prevenção e promoção da

saúde através palestras educativas, campanhas de prevenção as DST, orientações

individuais, testagem rápida para triagem das doenças hepatite B e C e sífilis e

diagnóstico do HIV, ações extramuros e distribuição de preservativo e panfletos

educativos. Esse serviço atende os pacientes por demanda espontânea.

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O SAE é responsável pela assistência multiprofissional aos pacientes que

apresentam alguma das patologias atendidas no serviço. Além da assistência,

realiza a notificação das doenças e monitoramento dos pacientes em tratamento

para as doenças HIV/AIDS, sífilis e hepatites virais. Esse serviço atende os

pacientes conforme agendamento.

A UDM é responsável pelo atendimento aos pacientes referentes a

dispensação de medicamentos para terapia antirretroviral, para doenças

oportunistas e efeitos adversos aos antirretrovirais, medicamentos da atenção

básica, fórmulas infantis e insumos de prevenção (preservativos femininos,

masculinos e gel lubrificante). Além do atendimento individual aos pacientes, o

serviço é responsável por alimentar o sistema de dispensação de medicamentos

como Hórus e SICLOM. Esse serviço atende os pacientes por demanda espontânea

que apresentam prescrição de medicamentos ou fórmulas infantil.

A ADT é responsável pelo atendimento multidisciplinar diferenciado, em nível

domiciliar, às pessoas que vivem com HIV/AIDS. Esse serviço atende os pacientes

conforme demanda identificada pelo SAE.

Os serviços ofertados no N. A. Henfil são realizados por uma equipe

multiprofissional composta por: enfermeiros, técnicos de enfermagem, assistente

social, psicóloga, nutricionista, farmacêutico, medico clinico geral, especialista em

doenças tropicais, infectologista, gastroenterologista, ginecologista, pediatra,

urologista.

3.2. Elementos do Plano de Intervenção

Para alcançarmos o objetivo de implantar o serviço de monitoramento e

avaliação das informações produzidas pelo N. A. Henfil será necessário à realização

de várias atividades. Assim, apresentamos a seguir as atividades que serão

realizadas. Posteriormente outras atividades deverão ser incorporadas à medida que

identificarmos a necessidades de novas estratégias.

Utilizaremos como fonte de dados os prontuários dos usuários, notificações e

informações geradas a partir do Sistema de Informação de Agravos Notificados

(SINAN), Sistema de Controle Logístico de Medicamento (SICLOM), Sistema de

Controle de Exames Laboratoriais (SISCEL).

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Apresentação proposta para profissionais do N. A. Henfil e Secretaria Municipal

de saúde (áreas técnica da atenção especializada e vigilância)

Inicialmente apresentaremos a proposta para os profissionais do N. A. Henfil

a fim de verificar a viabilidade e sugestão da equipe quanto à realização dessa

proposta, tendo em vista que a participação e contribuição de todos serão de suma

importância.

Apresentação da proposta de implantação do serviço de monitoramento e

avaliação do Henfil para os diretores da atenção especializada e vigilância a fim de

buscar apoio na realização das atividades prevista para alcance dos objetivos

propostos.

Organização da matriz do banco de dados

Criaremos uma matriz utilizando o programa excel para montar o banco de

dados de lançamento das informações que será o ponto de partida para inicio da

coleta de dados.

Alimentação dos dados na matriz do programa excel

Os dados serão alimentados semanalmente através das informações

registradas no prontuário, notificações, informações registradas na planilha de

agendamento das consultas médicas, RPI, mapa de registro testes rápidos e

mensalmente com informações geradas pelo SICLOM.

Os dados referentes a resultados de exame de carga viral e CD4 serão

coletados conforme recebimento dos resultados dos exames entregues pelo

laboratório e impressos do SISCEL.

Atualmente o serviço não possui nenhum banco de dados com registro das

informações dos pacientes cadastros e em atendimento na unidade. Assim, será

necessário coletar dados de todos os prontuários ativos no serviço.

Produção de relatórios e analise das informações

Através do programa excel é possível gerar relatórios referente aos dados

coletados e registrado. Assim, os relatórios para analise das informações serão

gerados mensalmente e encaminhados para coordenação do N. A. Henfil.

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Juntamente com a coordenação será realizada a analise das informações

para identificação de ações e estratégias que precisam ser realizadas para garantir

melhor qualidade da assistência.

Após analise das informações as mesmas serão apresentadas para equipe a

fim de socializar os resultados encontrados, bem como discutir e elaborar

estratégias com a equipe para melhoria do serviço prestado.

Busca ativa

A partir do monitoramento serão identificados os pacientes faltosos ao

tratamento ou com pendência na realização dos exames conforme definido nos

protocolos. Assim, esses pacientes serão contactados através da busca ativa para

dar continuidade ao acompanhamento e tratamento do seu problema de saúde.

A busca ativa será realizada pelos profissionais do SAE, conforme protocolo

do serviço. Também poderá ser necessário o apoio de outros serviços como

Unidades de Saúde da Família, CRASS e outros para busca do paciente.

Pesquisa

Sendo a pesquisa uma ação importante, pois através dela é possível

transformar os dados em informações que contribuirão com a análise da situação de

saúde dos pacientes em acompanhamento no Henfil e também analisar a qualidade

da assistência prestada.

Nesse sentido, o serviço de monitoramento e avaliação fomentará o

desenvolvimento de pesquisa a ser realizado pelos profissionais do Henfil, bem

como ser responsável pelo acompanhamento das pesquisas desenvolvidas por

alunos de cursos de graduação ou pós-graduação conforme portarias que

regulamentam a pesquisa.

O desenvolvimento da pesquisa será importante também para dar visibilidade

as ações realizadas pelo serviço, para tal divulgaremos o resultado das pesquisas

através de publicação em revista científica e apresentação em eventos.

3.3. Fragilidades e Oportunidades

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Nessa proposta de implantação do serviço de monitoramento e avaliação

identificamos como fragilidades a ausência de informatização dos registros

produzidos no Henfil como prontuário eletrônico o que tornara o trabalho de coleta

dos dados mais demorado.

Outra fragilidade percebida é a adesão de alguns profissionais, pois

visualizamos que alguns trabalhadores apresentam dificuldades no processo de

mudança.

Apesar das fragilidades identificadas, observamos que essa proposta

contribuirá de forma significativa com as atividades desenvolvidas por alguns

profissionais, como no monitoramento da adesão aos pacientes HIV reagente a

primeira consulta no SAE, bem como com a coordenação do serviço que poderá

utilizar as informações para tomada de decisão que repercutirá na melhoria da

assistência prestada.

3.4. Processo de Avaliação

O projeto de intervenção é de grande importância para o serviço, pois ele traz

na sua proposta estratégias de reorganização do processo de trabalho em busca da

melhoria da assistência prestada a população.

Assim, para avaliar o processo de implantação do serviço de monitoramento e

avaliação do Henfil iremos dividir por etapas.

Entendemos que a primeira avaliação deverá ocorre após a reunião de

apresentação da proposta com a equipe do Núcleo de Assistência Henfil e da

Secretaria Municipal de Saúde, pois a partir dessa reunião já poderemos identificar

pontos facilitadores e dificultados desse processo.

Outro momento importante de avaliação será ao final do primeiro mês após o

inicio da coleta de dados, analisar se as informações coletadas realmente consegue

trazer subsidio para analisa do processo de trabalho e da assistência prestada pelo

serviço. A partir dessa analise pode ser realizada adequações para que o

instrumento de coleta atenda a necessidade do serviço.

Após esse momento, entendemos que o processo de avaliação poderá

acontecer de trimestralmente para avaliar se os dados coletados estão atendendo a

necessidade do serviço e se as intervenções propostas estão sendo executadas.

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Utilizaremos como instrumento de avaliação o registro das opiniões e

sugestões dos trabalhadores que participarem das reuniões, bem como a analise do

instrumento de coleta de dados.

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS

O Projeto de intervenção proposta visa a implantação do monitoramento e

avaliação das informações produzidas pelo Núcleo de Assistência Henfil, tendo em

vista que o mesmo hoje tem dificuldade de realizar esse processo por ausência de

informatização das informações produzidas.

Nessa perspectiva a proposta contribuirá de forma significativa com o

processo de trabalho desenvolvido na unidade, trazendo como resultado

informações que poderão subsidiar a tomada de decisão, bem como a proposição

de intervenções que favoreçam a reorganização do processo de trabalho e melhoria

da assistência prestada.

Acreditamos que esse projeto será de grande utilidade para o Henfil, mas

temos clareza que não será fácil coloca-lo em prática e que todas as suas etapas

irão requerer tempo e atenção para implanta-la.

Visualizamos ainda que com o avançar da proposta a equipe perceberá a

importância desse processo, se tornando colaborador e co-responsável pela

continuidade e permanência do mesmo.

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REFERÊNCIAS

BRASIL. Mistério da Saúde. Secretaria de Vigilância de Saúde. Programa Nacional de DST e Aids. Centers of Diseases Control and Prevention. MonitorAids: Sistema de Monitoramento de Indicadores do Programa Nacional de DST e Aids (versão 1.0). Brasília: Ministério da Saúde, 2004a.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão do Trabalho e da Educação na Saúde. Departamento de Gestão da Educação na Saúde. Política de educação e desenvolvimento para o SUS: caminhos para a educação permanente em saúde: pólos de educação permanente em saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2004b.

Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Curso básico de vigilância epidemiológica em sífilis congênita, sífilis em gestante, infecção pelo HIV em gestantes e crianças expostas. Brasília: Ministério da Saúde, 2006.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Núcleo Técnico da Política Nacional de Humanização. Monitoramento e avaliação na política nacional de humanização na rede de atenção e gestão do SUS: manual com eixos avaliativos e indicadores de referência. Brasília: Editora do Ministério da Saúde, 2009.

BRASIL. Censo Demográfico. IBGE, 2010.

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BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Gestão Estratégica e Participativa. Departamento de Articulação Interfederativa. Caderno de Diretrizes, Objetivos, Metas e Indicadores: 2013 – 2015. Brasília : Ministério da Saúde, 2013. 156 p.

BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de Vigilância em Saúde. Brasília: Ministério da Saúde, 2014.

ORGANIZAÇÃO PAN-AMERICANA DA SAÚDE. Módulos de Princípios de Epidemiologia para o Controle de Enfermidades. Módulo 4: vigilância em saúde pública. Brasília: Organização Pan-Americana da Saúde; Ministério da Saúde, 2010.52 p.: il. 7 volumes.