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História Matéria: Brasil Colônia Contexto: Tratado de Tordesilhas e especiarias da Índias valorizadas. Século 16 (1550-1530)- A coroa portuguesa deixou o Brasil de lado para se dedicar à rota asiática (índias), pois era um investimento mais certeiro. Assim, os lusitanos só exploraram o pau brasil (madeira que era utilizada para extrair o pigmento), e usavam da mão de obra LIVRE indígena. (escambo). Nesse tempo, houve alguns piratas (invasões estrangeiras), como os franceses que chegaram ao Brasil e fundaram a França Antártida, além disso, houve a queda do preço das especiarias. Isso levou o envio da primeira expedição colonizadora para o Brasil (1530). Assim, a coroa dividiu o Brasil em capitanias hereditárias para uma melhor organização do território e entregou aos capitães donatários. ( o rei não quer investir e nem se preocupar com muita coisa, ele dá obrigações e recebe lucro). Eles tinham como obrigações produzir, proteger, povoar e pagar impostos para a coroa, mas tinham como direitos, cobrar impostos dos governados, conceder lotes (sesmarias) e se apropriar de uma sesmaria. Mas como sistema não estava fluindo muito bem (muitos donatários estavam abandonando seus cargos em virtude do excesso de responsabilidades), a coroa criou o cargo de Governador geral. Este era um português de confiança que era responsável por representar os donatários junto ao Rei, era como se ele fosse o representando do rei na colônia. Além disso, para cada vila fundada era criada uma Câmara Municipal, que era o órgão comandado pelos Homens bons. Os Homens Bons eram a elite local (luso brasileira), eles eram responsáveis pela política e justiça locais, ou seja, eram os ficais da vila. Atualmente não há órgão que pode ser comparado à coroa. Mas presidente (federal), governador (estadual) e prefeito (municipal) possuem correspondência respectivamente com Governador Geral, donatários e homens bons. Ambos seguem uma lógica de hierarquia. O sistema administrativo português só foi alterado durante a União Ibérica (1580-1640), quando o rei da Espanha também governou Portugal e consequentemente o Brasil. Os espanhóis por não se darem bem com os holandeses, impediram a participação da Holanda no comércio açucareiro brasileiro. Isto levou a invasão por parte dos holandeses de Pernambuco (1630-1654). Os pernambucanos adoravam Nassau que era o comandante holandês porque ele conseguia empréstimos, construía zoológicos, casas... Mas foi retirado pelos próprios holandeses devido ao excesso de gastos, o que levou a expulsão dos holandeses em geral de Pernambuco, já que o governador colocado no poder era muito autoritário. Ao serem expulsos, os holandeses passaram a produzir açúcar na América Central, o que gerou concorrência e crise para o Brasil, já que eram eles que conseguiam e faziam a refinação e distribuição do açúcar. A cana de açúcar que veio da Ásia, se adaptou bem ao litoral nordestino brasileiro, onde era manufaturada em regime de plantation (latifúndio, monocultor em larga escala e para o mercado externo). Bandeirantismo Logo que a produção açucareira entrou em crise, houve uma intensificação das bandeiras (“bandos”, expedições rumo ao sertão(interior, nada relacionado a seca).

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HistóriaMatéria: Brasil ColôniaContexto: Tratado de Tordesilhas e especiarias da Índias valorizadas. Século 16 (1550-1530)- A coroa portuguesa deixou o Brasil de lado para se dedicar à rota asiática (índias), pois era um investimento mais certeiro. Assim, os lusitanos só exploraram o pau brasil (madeira que era utilizada para extrair o pigmento), e usavam da mão de obra LIVRE indígena. (escambo). Nesse tempo, houve alguns piratas (invasões estrangeiras), como os franceses que chegaram ao Brasil e fundaram a França Antártida, além disso, houve a queda do preço das especiarias. Isso levou o envio da primeira expedição colonizadora para o Brasil (1530). Assim, a coroa dividiu o Brasil em capitanias hereditárias para uma melhor organização do território e entregou aos capitães donatários. ( o rei não quer investir e nem se preocupar com muita coisa, ele dá obrigações e recebe lucro). Eles tinham como obrigações produzir, proteger, povoar e pagar impostos para a coroa, mas tinham como direitos, cobrar impostos dos governados, conceder lotes (sesmarias) e se apropriar de uma sesmaria. Mas como sistema não estava fluindo muito bem (muitos donatários estavam abandonando seus cargos em virtude do excesso de responsabilidades), a coroa criou o cargo de Governador geral. Este era um português de confiança que era responsável por representar os donatários junto ao Rei, era como se ele fosse o representando do rei na colônia. Além disso, para cada vila fundada era criada uma Câmara Municipal, que era o órgão comandado pelos Homens bons. Os Homens Bons eram a elite local (luso brasileira), eles eram responsáveis pela política e justiça locais, ou seja, eram os ficais da vila. Atualmente não há órgão que pode ser comparado à coroa. Mas presidente (federal), governador (estadual) e prefeito (municipal) possuem correspondência respectivamente com Governador Geral, donatários e homens bons. Ambos seguem uma lógica de hierarquia.O sistema administrativo português só foi alterado durante a União Ibérica (1580-1640), quando o rei da Espanha também governou Portugal e consequentemente o Brasil. Os espanhóis por não se darem bem com os holandeses, impediram a participação da Holanda no comércio açucareiro brasileiro. Isto levou a invasão por parte dos holandeses de Pernambuco (1630-1654). Os pernambucanos adoravam Nassau que era o comandante holandês porque ele conseguia empréstimos, construía zoológicos, casas... Mas foi retirado pelos próprios holandeses devido ao excesso de gastos, o que levou a expulsão dos holandeses em geral de Pernambuco, já que o governador colocado no poder era muito autoritário. Ao serem expulsos, os holandeses passaram a produzir açúcar na América Central, o que gerou concorrência e crise para o Brasil, já que eram eles que conseguiam e faziam a refinação e distribuição do açúcar. A cana de açúcar que veio da Ásia, se adaptou bem ao litoral nordestino brasileiro, onde era manufaturada em regime de plantation (latifúndio, monocultor em larga escala e para o mercado externo).

BandeirantismoLogo que a produção açucareira entrou em crise, houve uma intensificação das bandeiras (“bandos”, expedições rumo ao sertão(interior, nada relacionado a seca).O bandeirante (paulista, tropeiro) era geralmente homem, mestiço (tinha que ser um pouco “indígena” para conhecer a mata) e não muito rico. Tinham como objetivo escravizar indígenas/nativos (para a compra deles nos engenhos), capturar escravos foragidos (recompensa- procuravam quilombos) e procurar ouro. Os portugueses montaram um sistema que escravizaram os indígenas e isto causou a destruição de suas culturas. Obs.: quilombo era uma sociedade/vila ilegal e os próprios ex-escravos escravizaram outros.O bandeirante é uma figura contraditória pois pode ser visto como herói ou vilão. Por exemplo, ele é bom pois abriu rotas fundamentais para nossa colonização, mas é ruim para os jesuítas por “roubavam os cristões bons para a escravização”. Se por um lado os paulistas foram importantes para a interiorização, por outro, foram prejudiciais aos nativos.

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Obs.: entradas- expedições financiadas pela coroa. Bandeiras- expedições sem financiamento.