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SER UM ENGENHEIRO CIVIL A engenharia civil é uma das profissões de engenharia mais estabelecidas atualmente. Ela lida com o design, construção e manutenção de diferentes estruturas. Um engenheiro civil também está envolvido com a manutenção de ambientes construídos naturalmente e projetos de infra- estrutura como represas, estradas, canais, e edifícios. A disciplina é talvez a mais natural de todos os domínios da engenharia. Desde os tempos antigos, o homem pondera questões que permitem a uma nação construir estruturas confiáveis, funcionais, e históricas. Das Pirâmides de Gaza aos grandes templos Gregos, engenheiros civis desempenharam um grande papel no desenvolvimento e identidade das civilizações. Portanto, é a disciplina da engenharia mais antiga ao lado da engenharia militar. Até a virada do século XIX, não havia uma linha distinta que separasse as aptidões de engenheiros e arquitetos. Entretanto, quando a demanda por infra-estruturas maiores como portos, rodovias, canais e faróis aumentou, a filosofia da construção separou o design da estrutura. A ciência e filosofia por baixo da engenharia civil descrevem a habilidade e responsabilidade do homem de alterar a natureza para sua conveniência. A construção de infra-estruturas permitiu economias mais largas e trocas mais livres ao custo da transformação do ambiente natural. Por esta razão, há várias escolas de engenharia que buscam apaziguar o poder de engenheiros civis relativos à harmonia ambiental. fonte:http://www.artigosinformativos.com.br /engenheirocivil Disponível em: http://duffalengenharia.blogspot.com.br/2009/03/ser-um- engenheiro-civil.html Acesso em; 27/01/2014

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SER UM ENGENHEIRO CIVIL

A engenharia civil é uma das profissões de engenharia mais estabelecidas atualmente. Ela lida com o design, construção e manutenção de diferentes estruturas. Um engenheiro civil também está envolvido com a manutenção de ambientes construídos naturalmente e projetos de infra-estrutura como represas, estradas, canais, e edifícios. A disciplina é talvez a mais natural de todos os domínios da engenharia. Desde os tempos antigos, o homem pondera questões que permitem a uma nação construir estruturas confiáveis, funcionais, e históricas. Das Pirâmides de Gaza aos grandes templos Gregos, engenheiros civis desempenharam um grande papel no desenvolvimento e identidade das civilizações. Portanto, é a disciplina da engenharia mais antiga ao lado da engenharia militar. Até a virada do século XIX, não havia uma linha distinta que separasse as aptidões de engenheiros e arquitetos. Entretanto, quando a demanda por infra-estruturas maiores como portos, rodovias, canais e faróis aumentou, a filosofia da construção separou o design da estrutura. A ciência e filosofia por baixo da engenharia civil descrevem a habilidade e responsabilidade do homem de alterar a natureza para sua conveniência. A construção de infra-estruturas permitiu economias mais largas e trocas mais livres ao custo da transformação do ambiente natural. Por esta razão, há várias escolas de engenharia que buscam apaziguar o poder de engenheiros civis relativos à harmonia ambiental.

fonte:http://www.artigosinformativos.com.br/engenheirocivil

Disponível em: http://duffalengenharia.blogspot.com.br/2009/03/ser-um-engenheiro-

civil.html Acesso em; 27/01/2014

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Filosofia e Engenharia – Gilberto Cunha

Logo após sua formatura em Engenharia Civil (1980), Gilberto Cunha ingressa no corpo docente da UCPel para lecionar no curso de sua formação. Permanece na docência por dois anos, quando em 1982 se transfere para Brasília designado para exercer funções no DNER e posteriormente no Ministério dos Transportes. Na capital federal é nomeado sucessivamente Assessor da Sec. de Transportes Terrestres, Assessor da Sec. de Transportes Urbanos, Assessor da Sec. de Transportes Ferroviários e finalmente Coordenador de Transportes Urbanos Ferroviários. Autor do livro Indicadores de Desempenho de Sistemas Metro-Ferroviários, catalogado pela Biblioteca Central do Ministério dos Transportes.          Em 1987, retorna a Pelotas, assumindo seu trabalho como engenheiro no Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. No ano seguinte, retoma suas aulas na UCPel, lecionando até hoje, repassando seu conhecimento e experiência aos estudantes de Engenharia Civil, Engenharia Elétrica/Eletrônica e Arquitetura e Urbanismo.           Ao longo destas décadas, sua atividade docente sempre esteve ligada às áreas dos sistemas estruturais da construção e dos sistemas de transportes, tendo recebido de seus alunos, por diversas vezes, a distinção de ser: Paraninfo; Patrono e Professor Homenageado.

ENTREVISTA

          Em 2004, o Eng. Gilberto Cunha, cumpria seu mandato de representação popular na

Câmara de Vereadores e foi entrevistado pela estudante Érika, aluna do Colégio Gonzaga,

sobre a importância do ensino de Filosofia na formação dos Engenheiros. Eis as respostas

do Prof. Gilberto Cunha:

 

ÉRIKA – Na sua opinião, qual a importância do ensino da filosofia para nossa vida?GILBERTO CUNHA – Se ensinar filosofia significa propiciar o desenvolvimento de atitudes

e capacidades do aluno para o conhecimento crítico, podemos dizer que tem grande

importância para a vida.

          Por conhecimento crítico entende-se aquele conhecimento que se forma como

resposta a alguma pergunta e que está aberto à reformulação diante de novas perguntas.

Juntamente com outras ciências que são ensinadas, a filosofia aponta para as perguntas

gerais e fundamentais cujas respostas tem que ser gerais e ter significados específicos para

a vida do homem.

 

ÉRIKA – Quando você escuta falar em filosofia qual a primeira coisa que lhe vem à mente?GILBERTO CUNHA – A primeira coisa é de que se trata de um conhecimento que não se

aplica às questões do dia a dia e que é até incompatível com as atividades produtivas que

se sustentam em conhecimentos técnicos, científicos e políticos.

          Em segundo lugar, que se trata de um conhecimento que é dispensável na medida

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em que as ciências preencheram o espaço do conhecimento crítico em diversas áreas do

interesse humano.

          Um terceiro aspecto, que é contraditório com o respondido na primeira questão, é ser

dispensável a inclusão de filosofia como um conteúdo de ensino.

          Porém, se nos determos a analisar o fato de que as ciências e as técnicas estão

devendo pagar uma dívida ou a promessa de que os males da humanidade poderiam ser

resolvidas por elas, abrimos nossas mentes para o conhecimento filosófico e, com isto, aos

poucos, rompemos com a tendência do pensamento único, para adquirir a maturidade

intelectual que permite dizer um sim, um não ou um talvez, justificados para nós e para os

outros. E isto é muito bom para todos.

 

ÉRIKA – Qual a importância da filosofia em sua profissão? Ela é útil? Por quê?GILBERTO CUNHA – Sou engenheiro civil de profissão.

          Para a profissão de engenheiro a filosofia adquire importância ao longo do tempo no

exercício profissional. Não se pode negar que a formação do engenheiro é

fundamentalmente técnico-científica.

          O engenheiro é formado para identificar problemas e propor soluções, tendo as

ciências e técnicas como instrumentos adequados. Um outro aspecto da profissão trata da

preocupação com a prevenção, para que os problemas não ocorram.

          Entretanto, na prática profissional, muitas vezes, as decisões ultrapassam os recursos

disponíveis da ciência e da técnica, porque as soluções dos problemas ou a necessidade de

prevenção envolvem interesses e saberes outros, que obrigam a considerar outros pontos

de vista e a engolir qualquer pretensão de um saber definitivo e absoluto. Quando pude ter

tal experiência, minha consciência me apontou para a atitude de sabedoria, não dogmática,

que é própria do saber filosófico.

          Daí me vem o sentido de utilidade da filosofia, o de buscar o melhor caminho e não de

apresentar uma resposta pronta. Ter a atitude para ouvir, mesmo que isto custe mais tempo

do que da pura aplicação da solução oferecida à título de exemplo nos manuais de

engenharia.

          A filosofia tem este caráter de utilidade mais amplo, de permitir buscar o melhor,

pesando o maior número de possibilidades relevantes para todos os envolvidos, porque tem

afinidade com o universal, o bem, o justo, o verdadeiro, mas, também, com o razoável e o

possível.

Disponível em: http://www.gilbertocunha.com.br/profissional/index.php?r=3&tit=Profissional%20-

%20O%20Professor Acesso em 27/01/2014