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Contextos Etnográficos – Opção RegionalContextos árabes e Islâmicos2016-2017

مرحباI. Introdução

A cadeira de Contextos Etnográficos Árabes e Islâmicos procura um difícil equilíbrio tentando atentar, concomitantemente, nas especificidades culturais do Médio Oriente, entre as quais a própria diversidade cultural interna a este contexto, sem, com isso, deixar de sublinhar as partilhas e semelhanças culturais com outras regiões etnográficas. Para obviar mais riscos de reducionismo ou impressionismo sociológico, privilegiar-se-á,

sempre que possível, a área mediterrânica ocidental (Magrebe), sobretudo na sua vertente urbana, não descurando outros contextos que deem conta da diversidade do universo cultural em causa

Para minorar os riscos de leituras essencialistas, explorar-se-ão, amiúde, as etnografias e os debates antropológicos decorrentes das análises feitas nestes contextos

Para reduzir os riscos de territorialização das culturas, incluir-se-ão igualmente insights etnográficos sobre contextos em que o Islão é religião minoritária

Para articulação da disciplina em termos curriculares e pedagógicos definiram-se os seguintes objectivos

II. Objectivos*

Análise histórica e contemporânea das principais áreas fundamentais de teorização da antropologia nos contextos árabes/islâmicos

Iniciação etnográfica aos contextos árabes/islâmicos Aplicação dos modelos de leitura antropológica para interpretação dos dados etnográficos

sobre os contextos em causa Introdução aos grandes debates da Antropologia contemporânea sobre o Islão, o Médio

Oriente e Norte de África Aquisição de ferramenta conceptual que permita a análise crítica de certos fenómenos da

contemporaneidade relacionados com os mesmos contextos

III. Funcionamento da disciplina

A cadeira funciona em regime de seminário. São alternados momentos de enquadramento teórico com sessões temáticas de discussão em torno de textos, filmes e estudos de caso apresentados e discutidos com os alunos para cada um dos módulos temáticos. A participação dos alunos nas aulas será imprescindível e avaliada de acordo com calendário pré-definido. O ritmo de trabalho obrigará à leitura de, pelo menos, um texto para cada aula, para além da leitura progressiva das obras consideradas de formação teórica geral.

O decurso das aulas expositivas e de discussão em torno de textos organizados em painéis temáticos é interrompido por pausa de revisão e para realização de teste diagnóstico (quiz). Assim

* Os conteúdos específicos são explicitados no calendário.

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se trabalham as competências argumentativas, de sistematização e de escrita, ao lado das de oralidade, treinada e avaliada no decurso das moderações e participação nas discussões.

IV. Material pedagógico

O regime de lecionação contempla cinco tipos de material:

1. Material de apoio bibliográfico fundamental 2. Material de apoio bibliográfico e documental – textos de referência – para análise e

discussão nas aulas3. Outro material informativo – documental ou visual – para análise e discussão nas aulas4. Material de apoio às aulas produzido pela docente – (PPTs de apresentação de aulas, ou

pequenos resumos teóricos e bibliográficos estruturantes da disciplina).

O material é disponibilizado no blogue http://direitosehumanos.wordpress.com .A disponibilização de material complementar no blog, por parte dos alunos, sujeita a moderação da docente, é bem-vinda.

Para cada aula será calendarizada e assinalada a bibliografia relativa aos temas a tratar. Os textos serão disponibilizados no blog http://direitosehumanos.wordpress.com em ‘Materiais da disciplina’. No entanto, consideram-se como obras de referência de leitura obrigatória para diversos pontos do programa os seguintes textos e obras de referência

ALTORKI, Soraya (Ed.), 2015. A Companion to the Anthropology of the Middle East . Wiley-Blackwell.

EICKELMAN, Dale 2004.The Middle East and central Asia - An Anthropological Approach. New Jersey: Prentice Hall

PINTO, Paulo G.Hilu 2014 “Islã: Religião e Civilização. Uma abordagem antropológica. Edit. Santuário.

V. Avaliação

A avaliação contemplará

a) a participação regular nas aulas, nomeadamente nos debates temáticos (30%)b) a elaboração de testes intermédios (quizzes 15%+15%)c) a elaboração de um teste final (40%)

Em caso de avaliação insuficiente em a) e b) os estudantes deverão submeter um trabalho temático escrito final baseado em bibliografia indicada pelo docente (máximo de 6 páginas) que contemple um mínimo de referências integrantes do fundo bibliográfico da disciplina. A realização dos testes intermédios e final é obrigatória.

VI. Horário de atendimento2ª feira, das 12h às 13h,30, Gab. 406 Torre A. [email protected]

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Data Conteúdos programáticos Tipo de aula / Textos em discussão

Outros textos de apoio Inscrições para moderação

13.2 Apresentação geral da disciplina e modos de funcionamento

Expositiva /

16.2 Alerta para os riscos de outrificação e essencialismo nos area studies

Expositiva /

20.2 Organização de grupos de trabalho e iniciação a conceitos gerais

Expositiva / Power Point PINTO, Paulo G.Hilu 2014 Islã: Religião e Civilização. Uma abordagem antropológica. S.PAulo Edit. Santuár

23.2 1. Acervos culturais dos contextos árabes e islâmicos. Sua constituição histórica e sua construção académica. 1.1 Objectivação dos conceitos de Médio Oriente, Próximo Oriente, Magrebe, e arabidade e contribuição das tradições regionalistas da antropologia para a construção das áreas culturais

Expositiva / Power Point ABU-LUGHOD, Lila 1989 “Zones of Theory in the Anthropology of the Arab World”, Annu. Rev. Anthropol., 18:267-306. MD

EICKELMAN, D. 2004.The Middle East and central Asia - An Anthropological Approach. New Jersey: Prentice Hall – introd. CS 7512 (UNLFCSH) E MD

PINTO, Paulo G.Hilu 2014 “Islã: Religião e Civilização. Uma abordagem antropológica. S.PAulo Edit. Santuário.

2.3 (cont) Expositiva Power Point6.3 1.2 Processos de expansão cultural

e histórica árabe/islâmica. 1.3 Expansão e decadência, rapidez e vulnerabilidade Imperalismo colonial e orientalismo. 1.4 Discussão do filme Lawrence da Arábia (D. Linch)

Expositiva Power Point PINTO, Paulo G.Hilu 2014 “Islã: Religião e Civilização. Uma abordagem antropológica. S.PAulo Edit. Santuário. EICKELMAN, D. 2004. CS 7512 (UNLFCSH) E MD

13.3 1.5 Orientalismo vs Choque de civilizações

SAID, Edward. (1978) Orientalismo. Prefácio 2003, Introdução, Cap1 (Conhecer o Oriental) e Pós-Fácio à edição de 1995. HUNTINGTON, Samuel P., 1993. «The Clash of Civilizations?» Foreign Affairs. Vol. 72, nº3.

SILVA, Maria Cardeira da, 2003 “A culpa é de Said….”in Os Meus Livros, Novembro (citar apenas versão publicada) MDhttp://www.academia.edu/1107837/2001._A_cultura_como_pretexto

Todos os participantes da disciplina

16.3 1.2 Processos de expansão cultural e histórica árabe/islâmica. 1.3 Expansão e decadência, rapidez e vulnerabilidade Imperalismo colonial e orientalismo.(cont.)

Expositiva Power Point PINTO, Paulo G.Hilu 2014 “Islã: Religião e Civilização. Uma abordagem antropológica. S.PAulo Edit. Santuário. EICKELMAN, D. 2004. CS 7512 (UNLFCSH) E MD

20.3 MINITESTE 23.3 3. Bons muçulmanos, maus

muçulmanos. Islamofobia e IslamofiliaLutas religiosas no espaço publico

Discussão de TextosMAHMOOD MAMDANI, 2002. “Good Muslim, Bad Muslim: A Political Perspective on Culture and Terrorism”. American Anthropologist, 104(3):766-775.HAENNI, Patrick e Moos, Olivier, 2011. “From the Top of the Minaret: Symbols and Social Obliviousness” in The Swiss Minaret Ban: Islam in question.

CATARINA SARA

27.3 1.2 Processos de expansão cultural e histórica árabe/islâmica. 1.3 Expansão e decadência, rapidez e

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vulnerabilidade Imperalismo colonial e orientalismo.(cont.)2. Conceitos, categorias e práticas básicas do Islão enquanto religião2.1. Ortopraxis ou ortodoxia: os cinco pilares do Islão.

30.3 3. O Espaço representado e vivido: a medina. Colonialismo, apartheid urbanístico e musealização das medinas. Fronteiras, limites e dispositivos de controle Migrações, fachadismos e processos de gentrificação

Expositiva Power Point ABU-LUGHOD, Janet, 1987. “The Islamic city – Historic Myth, Islamic Essence, and Contemporary Relevance”. International Journal of Middle East Studies / Volume 19 / Issue 02 SILVA, Maria Cardeira da 1993. “Marrocos: Turistas, Indígenas e Antropólogos” Antropologia Portuguesa, Vol-11. Coimbra MDPETONNET, C. 1972 “Espace, Distance et Dimension dans une Société Musulmane”, L’Homme T. XII

3.4 Paulo Pinto 2.2 O que é a Xa’ria?. As fontes da lei islâmica; as diferentes escolas jurídicas ; A Xa’ria hoje. Orientalismo legal e Euroxa’ria.

PINTO, Paulo G.Hilu 2014 “Islã: Religião e Civilização. Uma abordagem antropológica. S.PAulo Edit. Santuário.

6.4 Raquel Carvalheira 6.Direito Islâmico, Direitos das Mulheres

COULSON, N. J., 1964. A History of Islamic Law. Edinburgh, Scotland: Edinburgh University Press CS 4040 (UNLFCSH) e MD

20.4 5. Prescrições Islâmicas e suas leituras contemporâneas. As noções de Haram e de Halal. O Islão de Mercado. A Liberalização e mercadorização do Islão, Novos predicadores.

Apresentação/ Discussão de TextosHAENNI, P., 2005, L’Islam de Marché: L’Autre Révolution Conservatrice. Paris: Seuil. (cap. seleccionados)

JOVITA Pedro Machado

24.4 Francisco Freire 8. 3 O que é uma tribo? O debate da segmentaridade .Tribo e Estado . O ressurgimento da tribo.

Expositiva / Power Point EICKELMAN, D. 2004. CS 7512 (UNLFCSH) MD

27.4 8.2 Relações sociais e pessoais: segmentaridade, casamento, parentesco, e vizinhança e amizade São os árabes endogâmicos? O casamento com a bint al’amm,. O escândalo etnográfico. O parentesco prático de Bourdieu. Laços de sangue e a força dos laços fracos

Aula expositiva e discussão conjunta dos textos BOURDIEU, Pierre. [1972] 2002. Esboço de uma teoria da prática. Oeiras: Celta. (Cap. Parentesco) GEERTZ, Hildred 1979 “The Meaning of Family Ties”, in Meaning and Order in Moroccan Society. GEERTZ, C. GEERTZ, H., ROSEN, L. Cambrige U.Press e ABU-LUGHOD, Lila. 1986 Veiled Sentiments. Honour and Poetry in a Bedouin Society. Berk. e A: U. of Calif. Press. Intr., Cap2, 3. e Cap.8 Conclusão.

EICKELMAN, D. 2004. CS 7512 (UNLFCSH) MD

4.5 MINITESTE8.5 9 Women Studies, Género e

Feminismo. A evolução do debate. 9.1 Patriarcado. Agência. Feminismo Islâmico e seus descontentes.

MOGHADAM, Val, 2002. “Islamic Feminism and its Discontents. Notes on a Debate”. Signs 7 (4), 1135-71

Clara??Matilde

11.5 PATRÍCIA JERÓNIMO10 . Islão, Direitos Humanos e Direito Internacional

Expositiva *

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15.5 9.2 Subjectividades devotas. Agência nem sempre é resistência: os novos movimentos pios A ‘Guerra’ das mulheres.

ABU-LUGOD, Leila 2002. "Do Muslim Women really need Saving? " American Anthropologist (108)3 MAHMOOD, S. 2006, “Teoria Feminista, Agência e Sujeito Liberatório” Etnográfica, Vol. X-1,1pps 121-158

Nicole??Hanna

18.5 Angeles Ramirez y Anna Planet11.2 O véu transnacional

Aula expositiva e discussão conjunta dos textos RAMIREZ, Angeles. 2011. La Trampa del Vielo. El Debate sobre el uso del pañuelo musulmán (Int. caps. 1, 3 e epílogo)

22.5 Virtudes Tellez Delgado 11.3 Transnacionalismo e muçulmanos em Portugal e em Espanha. A diversidade das comunidades islâmicas residentes em Portugal e em Espanha

Aula expositiva e discussão conjunta dos textos VAKIL,Ab.Karim,2004. «Do Outro ao Diverso Islão e Muçulmanos em Portugal: história, discursos, identidades» R. Lusófona de C. das Religiões – Ano III, n.º 5/6 – 283-312 MDTIESLER, Nina, 2005 “Novidades no terreno: muçulmanos na Europa e o caso português”. Análise Social. n. 173. pps 827-849

Aula expositiva e discussão conjunta dos textos

25.5 7.Transnacionalismo, secularismo e muçulmanos na Europa.e Revisões e preparação para o teste

Apresentação/ Discussão de Textos BOWEN, J. R., 2012, A New Anthropology of Islam. Cambridge: Cambridge University Press. (cap. seleccionados)

MARIANA FIGUEIREDO ?

29.5 TESTE FINAL

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