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A Lista de Obras Literárias pedidas pela Unicamp e Fuvest foi alterada em 2012, consequentemente outros Vestibulares de São Paulo como Unesp, Unifesp, Puc, Mackenzie,etc, passam a integrar as mesmas obras em seus exames seletivos. Um dos Novos Livros é o romance regionalista Til do autor José de Alencar (que entrou no lugar de Iracema) e é representante da escola literária Romantismo do Brasil. Esse resumo possui as principais características e informações para complementar seu estudo e análise da obra (mas lembre-se que é fundamental ler os livros para se inteirar mais profundamente com os enredos e estar preparado tanto para questões de primeira quanto segunda fase). [“Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.”] Til (livro) Til é uma obra de José de Alencar lançada em 1872. Til retrata a linguagem e os costumes da vida rural na época em que foi escrito. Trata-se de um romance que retrata a vida campesina, e faz parte do regionalismo de José de Alencar, junto com a obra O gaúcho, O sertanejo e O tronco do ipê. O romance retrata as personagens de uma forma extremamente idealizada, uma das principais características do movimento artístico e intelectual chamado romantismo. José de Alencar, assim como outros escritores brasileiros da época, buscava criar uma espécie de literatura nacional, onde a cultura e os valores brasileiros fossem exaltados, alinhado com o romantismo, um movimento marcado pela subjetividade, espiritualidade, valorização das emoções, idealismo, individualismo, busca da liberdade de criação, valorização do passado e nacionalismo. Til é o apelido de Berta, a personagem principal do livro. Berta é a representação da heroína romântica, devido à sua beleza, cantada

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A Lista de Obras Literárias pedidas pela Unicamp e Fuvest foi alterada em 2012, consequentemente outros Vestibulares de São Paulo como Unesp, Unifesp, Puc, Mackenzie,etc, passam a integrar as mesmas obras em seus exames seletivos. Um dos Novos Livros é o romance regionalista Til do autor José de Alencar (que entrou no lugar de Iracema) e é representante da escola literária Romantismo do Brasil. Esse resumo possui as principais características e informações para complementar seu estudo e análise da obra (mas lembre-se que é fundamental ler os livros para se inteirar mais profundamente com os enredos e estar preparado tanto para questões de primeira quanto segunda fase).

[“Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.”]

Til (livro)

Til é uma obra de José de Alencar lançada em 1872. Til retrata a linguagem e os costumes da vida rural na época em que foi escrito. Trata-se de um romance que retrata a vida campesina, e faz parte do regionalismo de José de Alencar, junto com a obra O gaúcho, O sertanejo e O tronco do ipê. O romance retrata as personagens de uma forma extremamente idealizada, uma das principais características do movimento artístico e intelectual chamado romantismo.

José de Alencar, assim como outros escritores brasileiros da época, buscava criar uma espécie de literatura nacional, onde a cultura e os valores brasileiros fossem exaltados, alinhado com o romantismo, um movimento marcado pela subjetividade, espiritualidade, valorização das emoções, idealismo, individualismo, busca da liberdade de criação, valorização do passado e nacionalismo.

Til é o apelido de Berta, a personagem principal do livro. Berta é a representação da heroína romântica, devido à sua beleza, cantada diversas vezes pelo autor, sua compaixão e sua empatia para com o mais vil dos vilões retratados no livro: Jão Fera.

Um livro pouco conhecido de José de Alencar, grande escritor brasileiro do século XIX, chamado “Til” entrou neste ano na Lista de Leituras Obrigatórias de grandes Vestibulares de São Paulo – Fuvest e Unicamp.

‘ Til ‘ foi publicado no ano de 1872, e se enquadra na escola literária do Romantismo. José de Alencar escreveu em três fases sua literatura – Indianismo ou Nacionalismo, Regionalismo e Prosa Urbana – o livro em questão pertence ao momento da Prosa Regionalista do autor, possuindo características desse período.

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Hoje vamos dar algumas Dicas para que você entenda melhor essa Obra, também separamos alguns Exercícios para você treinar e verificar o entendimento da leitura …

Breve Resumo das Características Principais:

* Como romance Romântico que é, em Til as personagens são idealizadas – por exemplo a heroína da trama, Berta, alem de ser encantadora e linda é dotada de valores sublimes como Generosidade com os mais desafortunados (exemplo a escrava louca chamada Zana e Brás que é deficiente); coragem para enfrentar os mais temidos – como Jão Fera – alem de situações de perigo como quando é quase atropelada por uma manada de queixadas (porcos do mato) …

* A narrativa é em terceira pessoa, com narrador onisciente que não é impessoal, pois toma sempre partido de Berta.

* Como um dos objetivos do autor é mostrar características da vida no interior de São Paulo, ele coloca no enredo falas típicas, como diálogos entre capangas e trabalhadores da fazenda; passagens em que descreve a natureza da região; mostra diferenças entre a vida rústica e caipira do interior com a dos centros mais refinados (na época a região Fluminense do Rio de Janeiro).

* A Narrativa começa com vários núcleos de estorias (Bugre; Berta, Luis Galvão; Barroso), gerando um mistério que será desvendado só no fim do livro, quando esses núcleos se fundem revelando os fatos. Assim, em muitos momentos o autor se valeu de suspense e criou uma trama gostosa de ser lida, com momentos de clímax que desfecham um capítulo e incentivam a ler os próximos ….

* Vale a pena a leitura da Obra, o livro não é muito grande e caso no começo seja um pouco cansativo ou difícil de entender, no meio já se encontra um desenrolar mais rápido das ações e a leitura flui. O final do livro é bem diferente do tradicional final feliz, não que seja algo triste, mas ha’ um confronto entre o amor vinculado a caridade e o amor entre um casal.

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Características da Obra* Trata-se de um romance Regionalista da escola literária do Romantismo, seu autor, José de Alencar busca mostrar a vida do Caipira do interior de São Paulo do século XIX, vocabulário e costumes da região, as diferenças sociais da época (escravos, capangas,pobres e ricos donos de terras)

.* O Romance é ambientalizado em Campinas, interior de SP, onde ha’ o contraste entreaspectos sociais, marginalização que sofrem personagens pobres como Miguel (que para casar-se com Linda teve de ir estudar na capital). Mostra-se também um pouco do namoro da época e festas como a de São João.

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* Mostra-se o ambiente dos escravos e senzala e seus conflitos como a rivalidade entre duas negras, além da marginalização consciente dos escravos como Faustino e Monjolo, os quais conspiram para a morte de Galvão.* O Romance segue o clima do Folhetim em que os capítulos são curtos e terminam num momento de clímax. Além disso, a temática do suspense e do soturno são marcas registradas da obra, que é repleta de aventuras, momentos de tensão como quando Bert a corre perigo fugindo de Porcos selvagens furiosos.* No Livro, Berta é sempre comparada a Flor, no capítulo inicial surge uma imagem de flor bela, mas imatura; já no fim do livro (no poente do sol) a imagem da flor se repete mostrando a “Flor Interior” cheia de caridade e abnegação.

O autor cria assim uma ideia nítida de desabrochar, pelos trechos:[ Manhã: "Eram dois, ele e ela, ambos na flor da beleza e mocidade" e no Poente: "Era a flor da caridade, alma soror"

]* Berta sacrifica-se para que todos vivem em paz e felizes, faz com que Miguel e Linda fiquem juntos, e se resigna a cuidar dos que mais sofrem como Zana, Brás, João Fera (a quem ela reconhece como o seu verdadeiro Pai), a galinha sem pernas, etc, e continua morando com nhá Tudinha.[“Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria,que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.”]

Personagens:

· Berta:Era uma menina de 15 anos, muito boa, que gostava muito de ajudar a todos. Era mais conhecida por Inhá, e também tinha o apelido de Til, por causa de Brás que lhe dera esse apelido enquanto ela ensinava a ele o Bê-á-bá. Ela não aceitava o mal nas pessoas e queria ajudar a todos. Ela sempre foi amparada por Nhá Tudinha que foi como uma mãe para ela, já que sua mãe verdadeira, Besita, havia morrido, e Berta desconhecia o porquê.

· Linda:Era uma menina da mesma idade de Berta, que era muito apaixonada por Miguel, que na verdade não gostava de Linda e sim de Berta. Linda era filha de Luís Galvão e de Dona Emerlinda, e era irmã de Afonso.

· Miguel:Era muito apaixonado por Berta, e ficava muito irritado quando Berta ficava conversando com Afonso. Ele gostava muito de caçar, e sempre acompanhava Berta para que ela não andasse sozinha.

· Afonso:Gostava muito de Berta, mas não tanto como Miguel, ele vivia fazendo brincadeiras que Miguel não gostava.

· João Fera:Era um Bugre, um Índio, que quando pequeno foi criado pelo pai de Galvão.Quando ficou mais jovem sempre tinha de ficar defendendo Luís das brigas que arrumava.Quando descobriu que Luís gostava de Besita ficou furioso, e queria mesmo a morte.

Resumo:Vinham caminhando pela mata Miguel e Berta (mais conhecida por Inhá). Berta era uma menina esbelta, e muito admirada por sua bondade pelos outros. Andando pela mata Miguel às vezes parava para poder ficar observando-a, pois, gostava de Berta.

No caminho encontrara João Fera, um homem que era temido por todos, Miguel apontou a arma para ele, mas Berta gritou com império e João Fera foi embora. Berta era muito bondosa, mas quando ficava brava encantava ainda mais o seu companheiro Miguel.No caminho Miguel não quis continuar, eles iam até a fazenda de Luís Galvão, que era o pai de Linda (uma amiga de Berta), mas Berta ficou brava porque Miguel não queria ir, pois não queria ver Afonso com gracinhas para Berta. Mas finalmente foram.No ano de 1846 era de recente fundação a fazenda de Palmas, que Luís Galvão herdara do pai. Ali se combinava uma emboscada para Luís Galvão entre um capanga e um escravo da Luís Galvão.

João Fera viu aproximar-se um cavalheiro, então o cavalheiro perguntou a João Fera se ele ia cumprir o combinado, João Fera disse que sim e perguntou o nome dele, que era Barroso. Barroso havia combinado com João uma emboscada para Luís Galvão. Mas João Fera disse que se soubesse que se tratava de Galvão ele não aceitaria, mas ele teria de aceitar porquê já tinha gastado todo o dinheiro que eram cinquenta mil réis.***Na casa de Luís Galvão estavam todos da família, Dona

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Emerlinda (sua esposa), Afonso e Linda (seus filhos), e Brás, o idiota.Nesse dia Luís Galvão ia fazer uma viagem a Campinas com duração de três dias, e Dona Emerlinda estava muito preocupada, pois por esses dias avistaram na cidade João Fera, e ela receava que assassinassem seu marido.

Seu marido foi, mas minutos depois voltou para pegar papéis, ele escondeu um papel, e Dona Emerlinda desconfiou que ali havia um segredo. E ele foi novamente.Deixando a mãe, os irmãos tomaram rumo a encontrar Berta a quem Linda prometera visita.Afonso também foi para ver Berta, e Linda para ver Miguel.

Afonso namorava Berta abertamente, mas Miguel não gostava de Linda, só tinha olhos para Berta, por isso não gostava desses encontros no Tanquinho. Berta gostava de todos, a todos queria bem. Berta tinha o apelido de Til. Depois Berta conversando com Linda descobriu que seu pai ia a Campinas. Berta receosa de uma emboscada foi ver se João Fera estava à espera de Galvão. Berta correu e viu João Fera à espera, e Luís Galvão vinha na carruagem.Berta repreendeu Jão chamando o de Malvado. Ele ficou muito envergonhado.Ela perguntou se ele estava ali para matar alguém, a resposta foi afirmativa e ele disse que tinham pagado a ele. Berta perguntou–lhe se ele não tinha vergonha, mas era o ofício de João.Berta disse com desprezo que ele era um monstro. Essas palavras deixaram João envergonhado.Ela deu a João o relicário de sua mãe para que ele vendesse e restituísse o dinheiro gasto.

Outro dia Berta foi visitar Zana, uma velha que fora sua Babá quando pequena. Zana há muitos anos ficara louca, e fazia uns gestos estranhos os quais Berta tentava entender. Berta tinha quinze anos e vivia com Nhá Tudinha desde que sua mãe morrera. Mas ela não sabia como Brás vivia perseguindo Berta. Berta era quem ensinava tudo a Brás. Ela fora a única pessoa que o tratava bem, e o ensinava a orar e a ler e escrever. Ele já havia ido pra escola, mas lá todos zombavam dele por ser um idiota. O apelido de Til que fora dado à Berta veio de Brás. Um dia ensinado a ele com a cartilha, Brás apontou para o til, e isso lhe provocou imensa alegria, então Berta disse que ela era o Til, então a partir daí Brás a chamava de Til. Brás era filho de uma irmã de Luís Galvão, quando a mãe dele morreu sobrou–lhe o único parente: Luís Galvão.

Outro dia Miguel como sempre, queria sempre estar com Berta, mas ela sempre fazia a atenção de Miguel voltar-se para Linda.Outro dia João Fera foi falar com Barroso, e disse que não havia cumprido o serviço e não deu mais explicações. Barroso ficou bravo, e disse que até o dia de São João, João Fera teria de acertar a dívida.João tentou conseguir o dinheiro, mas foi em vão. Então depois João achou uma forma de pagar o dinheiro e foi contar a Berta. Berta ficou muito feliz. Era véspera de São João, mas Linda estava triste porque naquela noite todas as moças tinham alguém que pensassem nelas, mas Linda não tinha. Então Berta a animou dizendo que Miguel a amava, e ela não tinha porque se preocupar, mas Linda não acreditou.

Então ali perto Monjolo (escravo) e alguns capangas, combinavam novamente uma emboscada para Luís Galvão. E eles fariam o grito do curiau (o grito que João Fera fazia quando ia matar alguém), só que João não estava envolvido.Luís Galvão chegou de viagem para sossego de Dona Emerlinda. Chegou também Pai Quicé que contou a Berta que iriam prender o Bugre João. Então Quicé fora mostrar à Berta a furna onde Jão morava.

***Em 1826, a mais bonita moça em Santa Bárbara, era Besita. Vários filhos de fazendeiros iam cortejá-la. Mas nenhum chegava aos pés de Luís Galvão. Nesse tempo João era camarada de Galvão. João fora agregado à família de Galvão graças ao pai de Luís. João muitas vezes tinha que brigar em confusões arranjadas por Galvão, que gostava duma briga.Jão gostava muito de Besita, uma paixão que afrontava o impossível. Quando descobriu que Galvão gostava da moça, procurou briga a todo custo, parecendo querer mesmo a morte.

Então apareceu na cidade Ribeiro o qual o pai de Besita indicou a ela, pois Galvão era de origem humilde, já Ribeiro era rico, então sem escolha ela se casou. Mas ao sair da igreja Ribeiro teve de sair para receber sua herança e disse que voltaria logo.Haviam passado alguns meses e Ribeiro ainda não voltara.

Já era noite e Besita ouviu uns passos e pensou que era seu marido. Ele a abraçou e a levou para o quarto. Depois atendendo ao desespero da moça, Zana foi vê-la e vendo- a desesperada, viu que Luís Galvão se afastava. Depois que ficou sabendo, João Fera quis matar Galvão, mas Besita o proibiu. Entretanto Ribeiro não dava sinal.

Besita teve então uma filha. Colocou-lhe o nome de Berta. Passaram-se anos, e Jão sempre ajudando Besita, então Ribeiro chegou. Zana pegou carvão e pintou a criança para fingir que ela fosse sua filha. Mas não adiantou, Zana foi até o quarto acudir o grito de Besita, mas era tarde, ela viu Ribeiro estrangulando Besita com suas tranças. João ouviu o grito, mas quando foi pegar Ribeiro ouviu a voz de Besita. Ela pedia que cuidasse de Berta. Ribeiro planejara o assassinato. Com o dinheiro da fortuna arrumara outra mulher, mas depois resolver voltar, e ficou a espreita e viu que Besita o tinha traído .Ele fugiu, e o bugre ficou com a criança, tentando niná-la, e quando não conseguia de seus olhos caíam lágrimas.Nhá Tudinha sabendo de tudo resolveu ficar com a criança.

Tempos depois Ribeiro voltou aquele lugar, só que com outro nome para que não fosse descoberto, com o nome de Barroso. O homem que João havia feito negócio.***Outro dia brincando com Afonso, Berta reconheceu que só o queria como amigo.

Depois aconteceu a festa de São João. Naquela noite estava combinada a emboscada para Luís Galvão. Berta começou a deixar Miguel e Linda a sós, mas quando viu que eles estavam se entendendo, ela começou a sentir ciúmes, e viu que gostava de Miguel.

Então começou o plano entre escravos e capangas. Eles botaram incêndio no canavial e Luís Galvão foi correndo esperando que os empregados viessem atrás, mas não foi assim. Quando estava perto do fogo, veio um homem e lhe deu uma cacetada.

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Mas veio João e lhe salvou e disse que só o salvou porque certamente Berta pensaria que era João o responsável pela morte de Galvão, mas João sentia muita vontade de matá-lo.

D. Emerlinda ao ver que Linda estava com Miguel resolveu ir embora para o Rio de Janeiro. E quis mais ainda ir, quando o Luís Galvão lhe confessou que tinha uma filha com Besita, e que era Berta. D. Emerlinda quis que Galvão reconhecesse a filha. Então Luís contou a verdade a Berta, mas ela não aceitou Luís como pai, mas ele se pôs a seu dispor.

Miguel veio falar com Berta, veio dizer que a amava e que se ela quisesse eles poderiam se casar.Mas ela lembrou-se de Linda e não aceitou. E continuou a viver sua vida, pois ela foi criada para ajudar a construir sonhos, e não para destruí-los.

Resumo:Em um passeio pela fazenda, Berta, jovem pequena, esbelta, ligeira, buliçosa, grandes olhos, negros, boca mimosa. E Miguel que era, alto, ágil, de talhe robusto e bem conformado, encontram João Fera, homem de grande estatura e vigorosa compleição, que tinha fama de bandido. Após um desentendimento entre Jão Fera e Miguel ele vai embora apedido de Berta.Os dois amigos vão ao encontro de Linda e Afonso, irmãos gêmeos de cabelos castanhos e olhos pardos, filhos de Luís Galvão que era um bonito homem, de fisionomia inteligente e regular estatura, e de D. Ermelinda de 38 anos. Linda ama Miguel. Berta e Miguel se amam.

Mas para não fazer sofrer a amiga Linda, Berta faz de tudo para que Miguel ame Linda. E consegue. Ficam sabendo que Luís Galvão vai fazer uma viagem para Campinas e que a mãe deles estava com mau pressentimento. Berta fica assustada, pois acha que João Fera está por trás disso, e parte pela floresta para evitar a emboscada. Chegando lá discute com ele que lhe tem muito amor, e consegue evitar o assassinato. Havia sido contratado por Barroso homem de cinquenta anos, uma barba ruiva e áspera, de mediana estatura e excessivamente magro. Este fica furioso ao saber que ele não cumprira o acordo. João fica em débito com Barroso e precisa de cinquenta mil réis para saldar a dívida.Todos gostavam muito de Berta, pois era alegre e de bom coração. Visitava constantemente Zana, uma mulher com problemas mentais.

Brás de 15 anos era feio, e descomposto em seus gestos. Tinha um ar pasmo, um olhar morno, com expressão indiferente e parva, ele também tem problemas mentais, ao sentir ciúme de Berta ele tenta matar Zana, é repreendido por Berta e se arrepende. Brás era filho de uma irmã de Luis Galvão, que morrera viúva, e por isso ele vivia na casa de seu tio. Ele dera a Berta o apelido de Til, pois quando ela lhe ensinava o abc ele achava o til do alfabeto gracioso, então o associou a Berta a quem queria muito bem.Pelo assassinato de Aguiar, do Limoeiro, seu filho oferecera uma recompensa a quem matar o assassino João Fera. Avisado do acontecido por Chico, João pede que este vá ate o filho de Aguiar do limoeiro e peça cinquenta mil reis em troca João Fera ira a seu encontro.

Barroso e seu bando planejam provocar um incêndio na casa de Luis Galvão para matá-lo e depois apagando o incêndio Barroso pretende oferecer seus serviços à viúva e conquistá-la. Vingando assim a traição do passado, pois ficaria com a esposa daquele que manchara a honra de sua esposa Besita.

Ribeiro trocara seu nome para Barroso, tinha agora uma irrupção no rosto, João e Ribeiro tinham-se visto poucas vezes na época de Besita, por isso não se reconheceram quando se encontraram.Na noite São João, Gonçalo, o pajem Faustino e Monjolo, trancam a senzala e ateiam fogo no canavial, Luis tenta apagar o fogo e agredido pelas costas por Gonçalo, João o salva, e mata os três bandidos.

Barroso foge. Conforme o combinado, João se entrega ao filho de Aguiar, diz que irá para onde ele quiser desde que ninguém toque nele, pois se isso acontecer, estará desfeito o acordo e ele estará livre novamente. Os capangas tentam amarrá-lo, ele espanca todos e vai embora.Barroso que ficara sabendo dessa prisão, volta para tentar matar Berta, João que estava solto novamente consegue pegá-lo e o mata de forma violenta. “Quem o visse dilacerando a vítima com as mãos transformadas em garras, pensaria que a fera de vulto humano ia devorar a presa e já palpitava com o prazer de trincar as carnes vivas do inimigo.”

Brás que presenciara tudo e como não gosta dele, leva Berta para ver a cena. Ela foge horrorizada. Ele tenta explicar o ocorrido, ela bate-lhe no rosto. Percebendo que ela agora lhe tem asco, João se entrega a policia.

Luís resolve contar tudo a esposa, ela chora e decide que ele deve reconhecer Berta como filha. Contam tudo a Berta, omitindo porém as circunstâncias desagradáveis, Berta sente que estão escondendo algo.

João foge da prisão e procura Berta, ela o faz prometer que nunca mais matará ninguém. Ele fala de Besita sua mãe e ela lhe implora que conte tudo. Ele conta.Besita era a moça mais bonita da cidade, vivia com seu pai Guedes, Luís Galvão e João Fera, que eram amigos, apaixonam-se por ela, João achando que ela nunca o amaria abre mão desse amor para Luís, este só quer divertir-se não pretende casar-se, ela conhece Ribeiro e aceita casar-se com ele, João fica Furioso e se afasta de Luís.

Besita casa-se com Ribeiro que desaparece logo depois do casamento, após receber um bilhete chamando-o com urgência a Itu. Alguns meses depois Besita é avisada por Zana que seu marido chegara, era noite, e no escuro ela se entrega as caricias do marido, depois descobre que não era ele e sim Luís Galvão.

João pensa em matá-lo por isso mas ela o impede. Meses depois Luís casa-se com D.Ermelinda e nasce Berta filha de Besita. Elas vivem isoladas, moram com ela Zana que amamenta o bebe e João Fera, que cuida delas como um cão fiel.Um dia Besita pede a João que vá a Itu comprar algumas coisas para o bebê. Durante sua ausência, aparece Ribeiro, que a acusa de traição e a estrangula, João chega e consegue salvar Berta, Ribeiro foge.

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Nhá Tudinha, mãe de Miguel, ouve choro vindo da casa de Besita e vai ate lá, João conta o acontecido e ela adota Berta como sua filha. Zana enlouquece e continua morando na casa de Besita e tendo alucinações com a morte dela. João torna-se capanga e matador, tentando aplacar a furiosa sede de vingança que tem.

Jão passa a trabalhar na terra. Luís quer que Berta vá morar com ele e sua família, ela se nega e pede que leve Miguel que ama Linda. Miguel tenta convencê-la a ir junto, mas ela recusa. “Não, Miguel. Lá todos são felizes! Meu lugar é aqui, onde todos sofrem.” Eles partem para São Paulo. Berta fica.“Como as flores que nascem nos despenhadeiros e algares, onde não penetram os esplendores da natureza, a alma de Berta fora criada para perfumar os abismos da miséria, que se cavam nas almas, subvertidas pela desgraça.”

Til (livro)

Til é uma obra de José de Alencar lançada em 1872. Til retrata a linguagem e os costumes da vida rural na época em que foi escrito. Trata-se de um romance que retrata a vida campesina, e faz parte do regionalismo de José de Alencar, junto com a obra O gaúcho, O sertanejo e O tronco do ipê. O romance retrata as personagens de uma forma extremamente idealizada, uma das principais características do movimento artístico e intelectual chamado romantismo.

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José de Alencar, assim como outros escritores brasileiros da época, buscava criar uma espécie de literatura nacional, onde a cultura e os valores brasileiros fossem exaltados, alinhado com o romantismo, um movimento marcado pela subjetividade, espiritualidade, valorização das emoções, idealismo, individualismo, busca da liberdade de criação, valorização do passado e nacionalismo.

Til é o apelido de Berta, a personagem principal do livro. Berta é a representação da heroína romântica, devido à sua beleza, cantada diversas vezes pelo autor, sua compaixão e sua empatia para com o mais vil dos vilões retratados no livro: Jão Fera.

Resumo da obraTil é uma menina que foi enjeitada quando nasceu, sendo criada por uma viúva chamado Inhá Tudinha, a qual tinha um filho chamado Miguel. Til, moça "pequena, esbelta, ligeira, buliça", é uma garota a quem todos gostam, e por quem a maioria dos mancebos suspiram de amor. Ela e Miguel são muito amigos dos filhos de dona Ermelinda e Luís Galvão: Afonso e Linda (Linda tem o mesmo nome da mãe, Ermelinda, por isso é conhecida pela alcunha de Linda).

Afonso e Miguel são apaixonados por Berta, e Linda está apaixonada por Miguel, porém Berta trata a todos como irmãos.

Luís Galvão também cuida de um sobrinho, órfão de pai e mãe, chamado Brás, que tem problemas mentais. Luís tenta enviá-lo para a escola, porém ele não consegue aprender, o que leva seu professor, o Domingão, a bater-lhe muito com a palmatória.

Berta se compadece do pobre coitado, que se convulsiona em prazer e alegria ao ver o sinal do til. Portanto, ela resolve ensiná-lo ao alfabeto e, assim ela relaciona todas as letras do alfabeto as pessoas que Brás conhece, sendo que ela representa o til.

Jão Bugre, mais conhecido como Jão Fera, é um temido matador de aluguel da província de Santa Bárbara. Ele nutre um carinho especial por Berta, e sempre a observa quando ela vai visitar a negra Zana, que vive em uma casa caindo aos pedaços. Zana também tem problemas mentais, e tem uma grande terror quando chega perto do quarto da casa, onde parece que ela revive uma terrível lembrança.

Jão Fera foi contratado por um estranho, chamado Barroso, para matar o fazendeiro Luís Galvão. Quando Berta descobre isso, impede Jão Fera de concluir a sua atrocidade, salvando a vida de Luís Galvão.

Jão Fera, antigamente conhecido como Jão Bugre, por causa da cor da sua pele, foi encontrado na fazenda pelo pai de Luís Galvão, quando tinha por volta de um ano de idade. Não se sabe o que aconteceu com seus pais, mas especula-se que, após uma grande enchente que ocorreu na região, seus pais tenham sucumbido à força das águas e só ele tenha sobrevivido. Jão Bugre tinha grande respeito por Luís Galvão, livrando-o de várias brigas que ele arranjava. Ambos se apaixonaram por Besita, a moça mais bonita de Santa Bárbara. Quando Jão descobriu que Luís estava apaixonado por Besita, resignou-se com seu sentimento, por amor ao seu irmão de criação. Besita, no entanto, não correspondia ao amor de Luís Galvão, devido à sua má fama de mulherengo e aproveitador. Ela também sabia que Jão a amava, porém ele a pediu que aceitasse Luís Galvão. O pai dela não aceitou o pedido de casamento de Luís Galvao, e enganou a filha, dizendo que ele não queria nenhum compromisso.

Por fim, Besita casou-se com Ribeiro, filho de um rico fazendeiro da região. No dia do casamento, Ribeiro foi resolver uns negócios em Itu, a respeito de uma herança que recebera. Ribeiro perseguiu o administrador de seus bens até o Paraná, afim de receber sua herança, e depois disso, caiu na "gandaia". Nesse meio tempo, em uma noite, Luís Galvão enganou a negra Zana, mucama de Besita e se passou por

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Ribeiro. Luís passou a noite com Besita, que ao amanhecer, viu o erro que cometera. Besita deu a luz à uma menina. Somente Zana e Jão Bugre sabiam do seu segredo.

Jão Bugre só não matou Luís Galvão a pedido de Besita, que intercedeu pela vida dele. Depois de dois anos, enquanto Jão Bugre estava fora da fazenda, Ribeiro volta para casa e inflama-se de raiva ao ver sua esposa com a criança, que ele sabe não ser sua filha. Ribeiro começa a esganá-la, quando chega Jão Bugre para tentar salvá-la. No seu último suspiro, Besita pede para que Jão proteja sua filha, e Zana chega ao quarto e vê sua ama morrer. Ribeiro foge para Portugal, e Jão tenta cuidar da menina. Inhá Tudinha chega na fazenda e leva a menina para criá-la. Jão fica transtornado com a morte do seu objeto de amor, e torna-se um jagunço, ganhando assim a alcunha de Jão Fera.

Passando-se quinze anos, Ribeiro volta de Portugal, agora conhecido com Barroso e deseja terminar a sua vingança. Vai para Santa Bárbara e contrata Jão Fera para matar Luís Galvão. Nenhum dos dois se reconhece, mas Luís Galvão é salvo por intermédio de Berta. Vendo seu plano inicial fracassar, Ribeiro planeja uma vingança mais engendrada: matar Berta e Luís Galvão, e tomar o lugar dele como marido de dona Ermelinda. Para isso, maquina junto com dois escravos de Luís Galvão, Faustino e Monjolo, para na noite de São João, eles trancarem os negros na senzala e porem fogo no canavial. Assim que Luís Galvão saísse para apagar o incêndio, eles o jogariam no fogo, Ribeiro apareceria para salvar a plantação e tentaria conquistar o amor de dona Ermelinda.

Jão Fera descobriu a trama, e na noite de São João, quando Luís Galvão tentava apagar o incêndio, matou Monjolo, Faustino e outro jagunço contratado por Ribeiro, o Pinta, salvando a vida de Luís Galvão. Após esse episódio, perseguiu o Ribeiro, que só sobreviveu por intermédio de Miguel e Berta. Ribeiro fugiu, mas alguns dias depois, voltou para matar Berta. Jão Fera, que há pouco havia escapado da Justiça, pois havia se entregado às autoridades, salvou Berta e matou o Ribeiro. Berta, ainda sem saber de sua história, ficou horrorizada e Jão Fera fugiu, se entregando novamente às autoridades.

Dias depois, Luís Galvão e sua família vão para a festa do Congo na vila de Piracicaba, para onde Inhá Tudinha, Miguel e Berta também vão.

Afonso escapa de seus pais para ir falar com Berta, porém aparece um homem estranho que diz: "Teu pai matou a mãe dela; tu queres matar a filha, e duas vezes!". Após isso, o estranho dirigi-se à Luís Galvão e diz: "Teu sangue mau quer teu sangue bom! Toma cautela...". E então, se ouve que a cadeia fora arrombada. O estranho era Jão Fera, que havia escapado da cadeia. No caminho de volta, Luís Galvão conta acerca do seu passado à sua esposa, e depois Berta descobre o seu passado. Berta não aceita como pai Luís Galvão, por conta do que ele fez no passado, e diz que o único pai que ela conheceu fora Jão Fera, que sempre zelou por sua segurança. A única coisa que ela pede é que ele dê permissão para que Miguel se case com Linda, contra a vontade de dona Ermelinda.

Miguel é enviado para estudar em São Paulo e, ao final de dois anos, voltar para se casar com Linda. Ele ainda tenta convencer Berta a ir com ele para serem felizes juntos, mas ela, por amor à amiga, não o faz. O livro acaba com Berta e Inhá Tudinha acenando para Miguel e Jão Bugre roçando a terra.[1]

Persongens Afonso, irmão de Linda e apaixonada por Berta; Berta, também conhecida como Til, personagem principal, descrita como "pequena, esbelta, ligeira,

buliça, altruísta"; Besita, mãe de Berta, assassinada pelo seu marido, Ribeiro; Brás, sobrinho deficiente mental de Luís Galvão; Chico Tinguá, dono da hospedagem da estrada de Santa Bárbara, amigo de Jão Fera. Domingão, professor de "primeiras letras", um "mestre latagão de verbo alto e punho rijo";

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Dona Ermelinda, esposa de Luís Galvão, não conhece o passado do marido; Faustino, pajem de Luís Galvão, participante da trama para matar seu amo. Foi morto por Jão Fera; Gonçalo Suçuarana, também conhecido com Pinta, jagunço, tinha inveja da fama ameaçadora de Jão

Fera. Foi morto por Jão Fera; Inhá Tudinha, viúva, mãe de Miguel e mãe adotiva de Berta; Jão Fera, também conhecido como Jão Bugre, jagunço, apaixonado por Besita (mãe de Berta) na

juventude, zela por Berta à pedido de sua amada; Linda, filha de Luís Galvão e amiga de Berta, apaixonada por Miguel; Luís Galvão, pai de Berta, marido de dona Ermelinda; Miguel, filho de Inhá Tudinha, inicialmente apaixonado por Berta, passa a gostar de Linda à pedido de sua

amada; Monjolo, escravo de Luís Galvão, participante da trama para matar seu amo. Foi morto por Jão Fera; Ribeiro, também conhecido como Barroso, marido de Besita, matou sua esposa por ciúmes; Zana, mucama de Besita, enlouqueceu após presenciar a morte da ama;

José de Alencar

José de Alencar

José de Alencar nasceu em 1° de maio de 1829, em Mecejana, CE, e faleceu dia 12 de dezembro de 1877,

no Rio de Janeiro, RJ.

Era filho de José Martiniano de Alencar e Ana Josefina de Alencar. Desde a infância José apreciava a leitura,

a vida sertaneja e a natureza, sob a influência do sentimento nativista que o pai revolucionário lhe passava.

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Em companhia dos pais, viajou do Ceará à Bahia, entre os anos de 1837-38. Seguiram para o Rio de Janeiro

e nessa freqüentou o Colégio de Instrução Elementar.

Foi para São Paulo em 1844, onde cursou Direito. Voltou para o Rio de Janeiro, período em que exerceu sua

profissão e colaborou no Correio Mercantil, além de escrever para o Jornal do Comércio.

Foi eleito Deputado Federal pelo Ceará e Ministro da Justiça, porém não conseguiu ser Senador, sua maior

ambição.

Por não alcançar seu objetivo, abandonou a política e dedicou-se somente à literatura.

Em 1856, publicou Cartas sobre a Confederação dos Tamoios, nesse mesmo ano lançou seu primeiro

romance, Cinco Minutos.

Publicou, em forma de folhetins, O Guarani, no ano de 1857; essa obra lhe rendeu popularidade.

Escreveu romances indianistas, urbanos, regionais, históricos, obras teatrais, poesias, crônicas, romances-

poemas de natureza lendária e escritos políticos.

José de Alencar explorou em suas obras o movimento indianista.

Em 1866, Machado de Assis elogiou fervorosamente a obra Iracema, de forma que o autor sentiu-se

enobrecido.

A admiração de Machado de Assis por José de Alencar era tanta que escolheu-o como patrono de sua

Cadeira na Academia Brasileira de Letras.

José de Alencar se preocupou em retratar sua terra e seu povo de tal forma que muitas obras suas relatam

mitos, lendas, tradições, festas religiosas, usos e costumes observados por ele, com o objetivo de dar a

feição do Brasil aos seus textos.

Foi o escritor que facilitou a nacionalização da literatura no Brasil e consolidou o romance brasileiro.

No ano de 1876, Alencar vendeu tudo o que tinha e viajou para a Europa com Georgina e seus filhos,

buscando tratamento para sua tuberculose.

Em 1877, Alencar morreu no Rio de janeiro, vítima da tuberculose.

Suas principais obras são:

I Romances urbanos:

- Cinco minutos (1857);

- A viuvinha (1860);

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- Lucíola (1862);

- Diva (1864);

- A pata da gazela (1870);

- Sonhos d’ouro (1872);

- Senhora (1875);

- Encarnação (1893, póstumo).

II Romances históricos e/ou indianistas:

- O Guarani (1857);

- Iracema (1865);

- As minas de prata (1865);

- Alfarrábios (1873);

- Ubirajara (1874);

- Guerra dos mascates (1873).

III Romances regionalistas:

- O gaúcho (1870);

- O tronco do ipê (1871);

- Til (1872);

- O sertanejo (1875).

Artigos de "José de Alencar"

A pata da gazela

Cinderela e o retrato irônico da sociedade brasileira do século XIX.

A viuvinha

A intrigante história de amor entre Carolina e Jorge.

Cinco Minutos

Uma carta de amor e o primeiro livro de José de Alencar.

Demônio Familiar

Como cada família tem aquele que traz discórdias.

Diva

As belezas, contradições e conflitos de Emília.

Encarnação

O último romance urbano de José de Alencar.

Iracema

A fase indigenista do autor romântico.

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Lucíola

Romance e crítica numa das melhores histórias de amor contadas pela nossa literatura.

O sertanejo

O sertão brasileiro na ótica da literatura regionalista de José de Alencar.

Senhora

O retrato da decadência do segundo império brasileiro.

Sonhos D’ouro

Um dos romances urbanistas do autor.