Weslley fornari monografia redes gpon
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ETEP FACULDADES
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA
EM REDES DE COMPUTADORES
WESLLEY RICHARD FORNARI
TECNOLOGIA GPON EM REDES DE FIBRA PTICA
MONOGRAFIA
Jacare
2015
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2
ETEP FACULDADES
CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA
EM REDES DE COMPUTADORES
WESLLEY RICHARD FORNARI
TECNOLOGIA GPON EM REDES DE FIBRA PTICA
Monografia apresentada ao Curso Superior em
Redes de Computadores da ETEP Faculdades como
parte dos requisitos para a aprovao na disciplina
de Projeto Integrador.
Orientador: Prof. Vitor Machado
Jacare
2015
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RESUMO
FORNARI, Weslley Richard. Tecnologia GPON em Redes de Fibra ptica. 2015. 51p.
Monografia (Tecnlogo em Redes de Computadores) Programa de Graduao em Tecnologia,
ETEP Faculdades, 2015.
O propsito desta monografia elaborar um estudo da rede passiva GPON. Sero apresentadas
as vantagens desta tecnologia em comparao as redes existentes, como uma das melhores
solues para entrega dos servios de voz, dados e vdeo. Para que esses objetivos sejam
alcanados, sero abordados o conceito de fibra ptica e rede GPON, sua topologia, tcnicas de
multiplexao, seus protocolos, componentes da rede, equipamentos utilizados na implantao
e manuteno, assim como uma anlise terica para validao e aceitao da rede. Alm disso,
ser demonstrado de forma simplificada um estudo de caso na cidade de So Jos dos Campos,
onde a tecnologia foi implantada.
Palavras-chave: GPON. Rede ptica Passiva. OLT, ONU. Servios Triple Play.
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4
ABSTRACT
FORNARI, Weslley Richard. GPON technology in fiber-optic networks. 2015. 56p.
Monograph (Technologist in Software) - Graduate Program in Technology, ETEP Colleges,
2015.
The purpose of this thesis is to conduct a study of GPON passive network. They will be
presented the advantages of this technology compared to existing networks, as one of the best
solutions for delivery of voice, data and video. For these objectives to be achieved, GPON will
discuss the concept of fiber optic and network, its topology, multiplexing techniques, its
protocols, network components, equipment used in the implementation and maintenance as well
as a theoretical analysis to validation and acceptance network. It will also be shown in
simplified form a case study in So Jos dos Campos, where the technology was deployed.
Keywords: GPON. Passive Optical Network. OLT, ONU. Triple Play services.
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LISTA DE ILUSTRAES
Figura 4.1 - Insero de luz em uma fibra........................................................................................15
Figura 4.2 - Reflexo da luz......................................................................................................15
Figura 4.3 - Comparao entre tipos de fibras...........................................................................16
Figura 4.4 - Disperso Modal....................................................................................................17
Figura 4.5 - Disperso Cromtica..........................................................................................................17
Figura 5.1 Exemplo de uma rede GPON...............................................................................19
Figura 5.2 Representao dos comprimentos de Onda para Tx e Rx na rede PON...............20
Figura 5.3 - Trfego downstream.......................................................................................................20
Figura 5.4 - Trfego upstream...................................................................................................21
Figura 5.4 Multiplexao do T-CONT..................................................................................24
Figure 5.5: G-PON downstream frame.25
Figure 5.6: Upstream frame and overheads..26
Figura 5.7: Camada do protocolo GTC.....................................................................................27
Figura 6.1 Multiplexao utilizando tecnologia WDM.........................................................28
Figura 6.2 Transmisso TDM................................................................................................29
Figura 6.3 Transmisso TDMA.............................................................................................29
Figura 6.4 Multiplexao de uma Rede GPON.....................................................................30
Figura 7.1 - Topologia em Barra..............................................................................................31
Figura 7.2 Topologia em rvore...........................................................................................32
Figura 7.3 Topologia em Anel...............................................................................................32
Figura 7.4 - Proteo Tipo B.....................................................................................................33
Figura 8.1 OLT......................................................................................................................34
Figura 8.2 ONU / ONT..........................................................................................................35
Figura 8.3 - Divisores pticos................................................................................................35
Figura 8.4 Transmissor ptico de LASER............................................................................36
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Figura 8.5 Conectores mais comuns......................................................................................38
Figura 9.1 - OTDR em funcionamento..................................................................................39
Figura 9.2 Exemplo de Medio........................................................................................39
Figura 9.3 Multifunction Tester e resultado de testes............................................................40
Figura 9.4 Power Metter e resultado de teste.........................................................................40
Figura 9.5: Kit de limpeza de fibras.......................................................................................41
Figura 10.1 Rede GPON........................................................................................................42
Figura 11.1 Proteo Tipo-B..................................................................................................46
Figura 11.2 Localizao do Ponto Central e dos Armrios de Distribuio..........................47
Figura 11.3 Distribuio da Rede...........................................................................................49
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LISTA DE TABELAS
Tabela 3.1 - Requerimento de banda para servios IP...............................................................13
Tabela 3.2 - Lista de algumas caractersticas e padres de cada PON.....................................14
Tabela 8.1 Perda em divisores pticos balanceados..............................................................36
Tabela 8.2 - Classe de LASERS...............................................................................................37
Tabela 10.2 - Perda de divisores pticos balanceados..............................................................43
Tabela 10.3 - Valores de atenuao por Km de fibras pticas..................................................43
Tabela 10.4 - Valores de perda de retorno por conectores........................................................44
Tabela 10.5 Parmetros GPON..............................................................................................44
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SUMRIO 1. INTRODUO ............................................................................................................ 10
1.1. MOTIVAO .............................................................................................................. 10
1.2. JUSTIFICATIVA ......................................................................................................... 11
1.3. OBJETIVO ................................................................................................................... 11
1.4. OBJETIVOS ESPECFICOS ........................................................................................ 11
2. METODOLOGIA ......................................................................................................... 12
3. HISTRICO PON ........................................................................................................ 13
4. FIBRAS PTICAS ....................................................................................................... 15
4.1. FIBRA MULTIMODO ................................................................................................. 16
4.2. FIBRA MONOMODO .................................................................................................. 16
4.3. ATENUAO ............................................................................................................. 16
4.4. DISPERSO MODAL ................................................................................................. 17
4.5. DISPERSO CROMTICA ........................................................................................ 17
4.6. ORL .............................................................................................................................. 18
5. GPON ........................................................................................................................... 19
5.1. PROTOCOLOS ............................................................................................................ 22
5.1.1. DBA - DINAMIC BANDWIDTH ALLOCATION ................................................ 23
5.1.2. GEM - MTODO DE ENCAPSULAMENTO GPON ........................................... 23
5.1.3. FORMATO DO QUADRO GPON DOWNSTREAM ........................................... 25
5.1.4. FORMATO DO QUADRO GPON UPSTREAM .................................................. 25
5.1.5. GTC - CONVERGNCIA DE TRANSMISSO GPON ......................................... 26
6. MULTIPLEXAO ..................................................................................................... 28
6.1. WDM ............................................................................................................................ 28
6.2. TDM ............................................................................................................................. 28
6.3. TDMA .......................................................................................................................... 29
7. TOPOLOGIAS ............................................................................................................. 31
7.1. BARRA ........................................................................................................................ 31
7.2. RVORE ..................................................................................................................... 31
7.3. ANEL ........................................................................................................................... 32
8. COMPONENTES DA REDE ....................................................................................... 34
8.1. OLT .............................................................................................................................. 34
8.2. ONU / ONT .................................................................................................................. 35
8.3. SPLITTER .................................................................................................................... 35
8.4. TRANSMISSORES PTICOS ..................................................................................... 36
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8.5. CONECTORES ............................................................................................................ 38
9. EQUIPAMENTOS PTICOS....................................................................................... 39
9.1. OTDR ........................................................................................................................... 39
9.2. MULTIFUNCTION LOSS TESTER ............................................................................ 40
9.3. POWER METTER ....................................................................................................... 40
9.4. KIT DE LIMPEZA ....................................................................................................... 41
10. ANALISE TERICA DE UMA REDE GPON ............................................................. 42
10.1. PERDA POR DIVISOR PTICO .......................................................................... 43
10.2. PERDA POR FIBRA ............................................................................................. 43
10.3. PERDA POR CONECTOR ................................................................................... 44
10.4. PERDA POR FUSO............................................................................................ 44
10.5. PARAMETROS GPON ......................................................................................... 44
10.6. PERDA TOTAL .................................................................................................... 45
11. ESTUDO DE CASO ..................................................................................................... 46
12. CONSIDERAES FINAIS ........................................................................................ 50
13. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS ........................................................................... 51
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1. INTRODUO
A atual demanda por banda no mercado faz com que Empresas de Telecomunicaes
desenvolvam novas tecnologias. Porm, algumas dessas tecnologias apresentam mau
planejamento da rede e nos lanamentos de cabos pticos, gerando desperdcio, alm
necessidade de ter uma gama de equipamentos eltricos espalhados pela rede metropolitana,
dificultando a sua manuteno e elevando custos.
Os novos servios disponibilizados no mercado exigem a substituio de algumas dessas
tecnologias, empregando fibras pticas no conceito FTTx, utilizando-se de elementos passivos,
os divisores pticos sem necessidade de alimentao eltrica, numa topologia ponto-
multiponto, a tecnologia GPON une a grande largura de banda disponvel com a alta
disponibilidade dos servios, agregando os servios de voz, dados e vdeos em um nico meio,
so as redes convergentes hoje disponveis no mercado.
1.1. MOTIVAO
A tecnologia GPON uma das melhores solues no mercado, pois atravs de uma
nica porta PON podemos fornecer servios para at 128 clientes sem a necessidade de
equipamento eltricos entre o transmissor e o receptor. Sendo assim, somente com a
necessidade dos armrios pticos de distribuio e os terminais pticos nos clientes,
conseguimos facilitar a manuteno da rede, diminuir custos com equipamentos e lanamento
de fibras com um maior aproveitamento.
A motivao surge pelo fato da tecnologia usar o meio fsico em fibra ptica,
considerada hoje a melhor soluo para fornecer servios de banda larga, links dedicados e
servios agregados, alm de acreditar que existam poucos profissionais qualificados no
mercado e a tecnologia tende a ser predominante no mercado mundial para redes FTTx como
soluo para redes convergentes.
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1.2. JUSTIFICATIVA
Devido ao constante aumento no consumo de banda, a rede de fibra ptica aliada a
tecnologia GPON vem a sanar essas necessidades e inovar a rede de acesso para entregar os
servios de voz, vdeo e dados de forma eficiente. Um projeto onde visa uma melhor
distribuio e aproveitamento dos cabos pticos.
Demonstrar que podemos agregar mais clientes em menos equipamentos, mostrar as
alternativas da rede e suas solues de baixo custo.
1.3. OBJETIVO
Este trabalho tem como objetivo fazer um estudo sobre redes de fibra ptica FTTH
utilizando tecnologia GPON, seus equipamentos, seu funcionamento, principais caractersticas,
suas vantagens em relao as outras tecnologias existentes, sendo uma das melhores solues
no mercado para entrega de servios agregados em redes metropolitanas.
1.4. OBJETIVOS ESPECFICOS
Descrever de forma bsica o conceito de fibra ptica multimodo e monomodo, os tipos
de multiplexao e suas topologias utilizando GPON, os equipamentos utilizados durante a
implantao: pticos, passivos e de medio. Abordar o conceito de GPON, seus protocolos,
equipamentos e seus fabricantes.
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2. METODOLOGIA
Os mtodos adotados durante todo processo desta pesquisa sero realizados atravs de
dissertaes, fruns, artigos cientficos, monografias, sites de internet e manuais das fabricantes
sobre a tecnologia GPON, onde sero abordados os elementos de uma rede ptica FTTH
baseado em GPON. No sero abordadas outras arquiteturas FTTx.
Um estudo de caso baseado no projeto executado na cidade de So Jos dos Campos,
material cedido pela prestadora de servios que por questes de confidencialidade, no sero
descritas as configuraes dos equipamentos.
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3. HISTRICO PON
Com a popularizao da internet nos anos 90, a crescente demanda por banda, devido
ao crescimento da utilizao dos servios de dados, voz, jogos online, trafego P2P, VoD entre
outras aplicaes conforme (Tabela 3.1), motivou as empresas de telecomunicaes a
desenvolver tecnologias de rede de acesso banda larga cada vez mais eficientes para os usurios,
como por exemplo xDSL.
Tabela 3.1 - Requerimento de banda para servios IP
APLICAO BANDA
Vdeo (HDTV) 15Mbps
Voz 64Kbps
Fonte: Lam, 2007
O rpido crescimento dos servios, aumentaram a oportunidade de negcios. Isso fez
que as empresas desenvolvessem novas tecnologias para fornecimento dos servios, o que traria
um aumento das receitas, porem tinham que criar algo que fosse com um custo que viabilizasse
o negcio, neste perodo foram criadas as redes HFC, sistema hibrido de cabo coaxial e fibra.
Essas redes apesar de eficientes geram um alto custo de implantao e manuteno, pelo
fato de existir uma gama de equipamentos eltricos nos postes, entre o cliente e o centro de
distribuio, dificultando a manuteno e aumentando o custo.
Com a criao da rede de dados convergentes, que no somente prove transporte de
dados, mas tambm fornecimento de voz e vdeo (triple play), o qual definimos como a
integrao de todos os servios, fez com que em 1995, um grupo de sete operadoras de
telecomunicaes cria-se a FSAN, como o objetivo de criar padres e normas para os servios
de acesso ptico.
Estas recomendaes tinham como foco criar um modelo econmico de grande escala e
Vdeo (SDTV) 3.5Mbps
Vdeo games 10Mbps
Peer-to-peer download 100 Kbps 100Mbps
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baratear o custo das redes FTTx e facilitar sua manuteno. Em 1998, os primeiros padres
foram adotados pela ITU, dando origem a recomendao ITU-T G.982. Em 1999, a ITU-T
aprovou as novas especificaes como o sistema PON 155 Mbits/s, recomendao ITU-T
G.983, o APON ou ATM-PON, por ser baseado em modo de transferncia assncrona.
Melhorias nesta tecnologia criaram BPON ou Banda Larga PON, com a capacidade de
prove 622 Mbits/s de downstream e 155Mbps/s de upstream.
Enquanto a FSAN e ITU-T foram melhorando o BPON, a ETHERNET foi ganhando
popularidade, tanto que em 2001, a IEEE (Instituto de Engenheiros de Eletrnica e Eltrica)
criou o padro IEEE 802.3ah, onde surgiu o EPON ou Ethernet PON, com taxas de 1Gbit/s
simtrica. O trabalho foi finalizado em 2004 sendo a primeira verso do padro a transportar os
dados no meio ptico em OLT e ONU. Este ganhou popularidade em pases como Coreia e
Japo, sendo escolhida como o padro que se propagou em larga escala do servio FTTH.
Durante este perodo, a ITU-T e a FSAN estavam trabalhando para desenvolver a nova
gerao PON, chamado de GPON ou Gigabit PON, com velocidades de 2.5 Gbits/s de
downstream e 1.25 Gbits/s de upstream, este estudo culminou o padro ITU-T G.984, projeto
finalizado em 2007.
Em 2008, a Verizon Communications j havia instalado mais de 800000 linhas GPON
nos EUA e pases da Europa, e hoje a tecnologia GPON vista como uma das melhores
solues do mercado para entrega de servios triple play das redes convergentes. A tabela 3.2
faz a comparao entre as tecnologias PON:
Tabela 3.2: Lista de algumas caractersticas e padres de cada PON
Caractersticas APON BPON EPON GPON
Recomendaes ITU-T G.983 ITU-T G.983 IEEE 802.3ah ITU-T G.984
Protocolo ATM ATM Ethernet Ethernet, TDM
Velocidade de
Transmisso
155 Upstream
155
Downstream
155 Upstream
622
Downstream
1244 Upstream
1244
Downstream
1244 Upstream
2488
Downstream
Distncia (km) 20 20 10 20 - 60
Divisores pticos
16 32 16 / 32 64
Fonte: Teleco, 2008
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4. FIBRAS PTICAS
Uma fibra ptica uma longa estrutura cilndrica, formada por um material dieltrico
(slica ou plstico) em duas camadas, o ncleo e a casca, com ndices de refrao diferentes,
permitindo a propagao da luz por reflexes consecutivas. As principais vantagens da
transmisso de informao utilizando fibras pticas so:
Capacidade de transportar grandes quantidades de informao;
Baixa atenuao, imunidade interferncia eletromagntica;
O sinal pode ser transmitido por longas distncias sem necessitar ser regenerado;
Cabo de fibra ptico mais leve e menor que cabos metlicos;
Vida-til de mais de 25 anos;
Figura 4.1 - Insero de luz em uma fibra. Fonte: JSDU, 2011.
Quando a luz entra na fibra ela sofre o efeito da reflexo total e transmitida at a
outra extremidade da fibra atravs de mltiplas reflexes (Figura 3).
Figura 4.2 - Reflexo da luz. Fonte: JSDU, 2011.
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4.1. FIBRA MULTIMODO
Com um maior dimetro do ncleo, facilita o acoplamento de fontes luminosas,
necessitando de pouca preciso nos conectores. utilizada para curtas distncias.
4.2. FIBRA MONOMODO
Por possuir uma menor dimenso de ncleo, a luz sofre menor disperso, alcanando
distncias maiores de transmisso. Normalmente utilizado um laser como fonte de gerao de
sinal (Figura 4.3).
Figura 4.3 - Comparao entre tipos de fibras. Fonte: Rodriguez, 20112.
Dentro da transmisso em fibra tica, existem alguns aspectos que devem ser levados
em conta: Atenuao, Disperso e Perda por Reflexo (ORL).
4.3. ATENUAO
Ao atravessar a fibra, o nvel de potncia cai conforme a distncia. Essa perda expressa
em dB/km. A atenuao causada por vrios fatores: o primeiro devido a impurezas no
material da fibra, a luz absorvida e sua energia convertida em calor; outro fato importante a
Disperso, causada pela incidncia da luz nas impurezas do material onde ela est se
propagando. Essa disperso varia conforme o comprimento de onda da luz transmitida.
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4.4. DISPERSO MODAL
Ocorre principalmente em fibras multimodos, onde o sinal acaba sofrendo diferentes
atrasos devido a ter percorrido diferentes caminhos pticos (Figura 4.4).
Figura 4.4 - Disperso Modal. Fonte: JDSU, 2011.
4.5. DISPERSO CROMTICA
Ocorre principalmente em fibras monomodo, o atraso diferencial que as vrias
componentes espectrais do sinal sofrem (Figura 4.5).
Figura 4.5 - Disperso Cromtica. Fonte: JDSU, 2011
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4.6. ORL
a perda de potncia resultante da reflexo causada por descontinuidade numa fibra
ptica, causada por conectores, terminaes, equipamentos ou descontinuidades na prpria
fibra. Ocorre devido descontinuidade no ndice de refrao, por exemplo, nas interfaces ar-
vidro, onde ocorre a reflexo do sinal. Esse fenmeno conhecido como Reflexo de Fresnel.
O valor de ORL medido em dB, quanto maior o valor de ORL, menor a potncia refletida,
o que uma caracterstica de bons acoplamentos. Grandes reflexes podem causar:
Aumento do rudo de transmisso, piorando o SNR (relao sinal-rudo) e
Aumentando o BER (erros por bits).
Aumento da interferncia na fonte de luz, influenciando na potncia e at mesmo no
comprimento de onda.
Danos no transmissor.
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5. GPON
uma tecnologia de camada de acesso baseada na norma ITU-T G.984 que utiliza
dispositivos passivos para transportar a informao entre o transmissor e o receptor sem a
necessidade de equipamentos eltricos nos postes. O princpio compartilhar uma porta PON
da OLT (Central de Linha ptica) atravs de uma fibra alimentadora para vrias unidades de
rede ptica (ONU), com o menor custo possvel, no caso, para at 128 clientes (Figura 5.1).
Figura 5.1 Exemplo de uma rede GPON Fonte: PadTech, 2010.
Esta tecnologia trabalha com taxas de transmisso de 2.5 Gbits/s para downstream com
comprimento de onda de 1490nm e taxas de 1.25 Gbits/s para upstream em comprimentos de
1390nm. Para vdeo trabalha em um comprimento de onda reservado em 1550nm, seu alcance
mximo entre transmissor e receptor de 60km, e para o funcionamento do protocolo GTC a
distncia entre ONUs de 20km.
O fluxo das informaes feito utilizando-se da tecnologia WDM para que a
informaes seja feita de forma bidirecional. Os elementos passivos so utilizados ao longo do
enlace como os acopladores WDM e Splitters. (Figura 5.2).
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Figura 5.2 Representao dos comprimentos de Onda para Tx e Rx na rede PON
Fonte: Huawei, 2009.
O trfego downstream transmitido atravs de TDM em modo broadcasting, a OLT
transmite as informaes para todas as unidades de rede ptica (ONU), ou seja, a informao
chega para todos os usurios, por isso ela utiliza a criptografia do tipo AES de 128 bits para
manter a privacidade das informaes (Figura 5.3).
Figura 5.3 - Trfego downstream Fonte: Alcatel, 2011.
O trfego downstream recebido por todas as ONUs. A ONU filtra os dados
descartando aqueles que no so destinados a ela.
J no sentido de upstream, o mtodo utilizado o TDMA (Figura 5.4).
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Figura 5.4 - Trfego upstream. Fonte: Alcatel, 2011.
O OLT controla o espao de tempo de acesso de cada ONU, evitando colises de
pacotes.
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5.1. PROTOCOLOS
O protocolo GPON dotado de alguns elementos chave para que possa ocorrer a
transmisso e recepo dos dados corretamente. Isso necessrio, devido principalmente
natureza ponto-multiponto das arquiteturas e topologias empregadas nessa tecnologia. Esses
elementos so listados a seguir:
ONU-ID: um identificador de 8 bits que cada ONU recebe da OLT durante a ativao
da ONU. O ONU-ID uma sequncia nica que no se repete em nenhuma ONU ligada
mesma OLT.
ALLOC_ID: um nmero de 12 bits que a OLT designa para a ONU para identificar
uma entidade portadora de trfego que receptora de alocaes de largura de banda no
sentido upstream (ONU para OLT) dentro da mesma ONU. Cada ONU recebe um
ALLOC_ID padro, que igual ao ONU-ID daquela ONU.
T-CONT: um objeto da ONU que representa um grupo de conexes lgicas que
serve para atribuio da largura de banda e transmisso no sentido upstream. Para uma
determinada ONU, o nmero de T-CONTs fixo, e a ONU cria automaticamente o
nmero de T-CONTs necessrios durante sua ativao (dependendo dos servios conectados
s suas portas). Os T-CONTs podem tambm ser criados manualmente na configurao da
ONU. A OLT descobre automaticamente a quantidade de T-CONTs em cada ONU.
Para ativar um T-CONT que carregar o trfego da ONU para a OLT, necessrio que
a OLT estabelea uma tabela ligando o T-CONT e o ALLOC_ID de cada ONU. Cada
ALLOC_ID pode ser associado com um nico T-CONT. H cinco tipos de T-CONTs, que
so:
Tipo 1: Largura de banda fixa, utilizado para servios sensveis ao atraso, como VoIP.
Tipo 2 e 3: Largura de banda garantida, usado para vdeo chamadas e servios de
Dados de alta prioridade, como jogos e aplicativos de interao.
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Tipo 4: do tipo melhor esforo (Best-Effort), utilizado para servios de internet e
Baixa prioridade, que no requerem alta largura de banda.
Tipo 5: misturado, suportando vrias larguras de banda e diversas aplicaes.
5.1.1. DBA - DINAMIC BANDWIDTH ALLOCATION
A OLT responsvel por alocar a largura de banda entre as ONUs. Como a rede de
acesso dividida, o trfego entre as ONUs poderia colidir ao chegar OLT. Alm disso, todas
as ONUs ficam a distncias diferentes da OLT, e cada uma tem um tempo de atraso nico. A
OLT registra todos esses detalhes, e envia uma mensagem a cada uma das ONUs via
PLOAM, e faz a equalizao do tempo de atraso de cada uma das ONUs. Esse processo
chamado Ranging. Uma vez registrado o atraso da ONU, a OLT transmite uma
autorizao de transmisso em uma janela especfica de tempo denominada grants, para
cada ONU. Esse mapeamento feito constantemente com intervalo de milisegundos, para
que cada ONU receba a largura de banda necessria, de acordo com suas necessidades.
A metodologia DBA permite que a largura de banda de cada ONU cresa ou
encolha baseada no trfego e na demanda upstream do momento. As funes do DBA so
aplicadas nos T-CONTs, que so timeslots no sentido upstream. A maioria das ONUs possui
mais de um T-CONT, cada um com sua prioridade ou classe de trfego, e cada um
corresponde a um timeslot.
5.1.2. GEM - MTODO DE ENCAPSULAMENTO GPON
Este mtodo de encapsulamento destinado ao transporte de circuito e comutao de
pacotes de dados em r e d e s G-PON. Os quadros de G-PON podem levar tambm trfego
ATM, o T-CONT suporta cinco classes de prioridade e atualizado para suportar
multiplexao com ATM e o servio GEM. Uma ONU pode suportar um ou ambos regimes
de servio de multiplexao e um tipo T-CONT deve ser atribudo a cada sistema de
multiplexao e classe de prioridade (Figura 5.4).
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Figura 5.4 Multiplexao do T-CONT. Fonte: Transport Concept, 2008.
Os dados so encapsulados para serem distribudos pela rede. O GEM baseado no
protocolo GFP - Protocolo Genrico baseado em Frame, este usado para interoperabilidade
com redes SONET/ SDH com algumas pequenas alteraes para torn-lo mais otimizado
topologia GPON. Ele prov um mecanismo genrico adaptativo para trfego com uma maior
variedade de servios na rede. Uma vez que o GEM fornece um mecanismo genrico para o
transporte de diferentes servios de maneira simples e eficiente atravs de uma rede de
transportes sncrona, ele roda em cima do protocolo GTC Convergncia de Transmisso
GPON, de forma transparente utilizando o padro estrutural do SONET 8 kHz (125 s),
permitindo o suporte a servios TDM.
O GEM suporta o transporte nativo de voz, vdeo, e dados sem a adio de
camadas de encapsulamento ATM e IP. No sentido downstream, os quadros so transmitidos
da OLT para as ONUs utilizando a parte da carga til do GEM. A OLT pode atribuir toda a
durao necessria no sentido downstream, at preencher quase todo o quadro downstream.
A subcamada do quadro da ONU filtra os quadros recebidos com base no Port-ID (Port
Identifier), e os entrega adequadamente ao cliente GEM da ONU.
No sentido upstream, os quadros so transmitidos das ONUs para a OLT utilizando a
atribuio de tempo GEM configurada. A ONU armazena na memria os quadros GEM
conforme eles chegam, e os transmite em rajadas, durante os tempos atribudos para eles, pela
OLT, ela recebe os quadros e os multiplexa junto com as rajadas provenientes das outras
ONUs, repassando-os ao cliente GEM da OLT.
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5.1.3. FORMATO DO QUADRO GPON DOWNSTREAM
Um quadro GPON tem a durao de 125us e tem 38880 bytes, o que corresponde a
uma taxa de 2.48832 Gbps. A Figura 5.5 mostra o quadro de downstream em detalhe:
Figure 5.5: G-PON downstream frame. Fonte: Transports Concepts, 2008.
5.1.4. FORMATO DO QUADRO GPON UPSTREAM
Cada quadro upstream contm um nmero de bursts de transmisso provenientes de
uma ou mais ONUs. Cada burst contm uma sesso de PLOu cabealho de camada fsica e
uma sesso com um ou mais intervalos de alocao de banda associados com ALLOC_IDs. O
mapa da OLT quem organiza o arranjo dos quadros em cada burst, e a alocao de intervalo
entre os bursts, conforme a Figura 5.6.
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Figure 5.6: Upstream frame and overheads. Fonte: Transports Concepts, 2008.
5.1.5. GTC - CONVERGNCIA DE TRANSMISSO GPON
A Recomendao ITU-T G.984.3 descreve a quadro TC como sendo o equivalente a
camada de enlace de dados do modelo OSI. Ela especifica o formato do frame GPON, o
protocolo de controle de acesso ao meio, processos OAM e o mtodo de criptografia das
informaes.
A Figura 5.7 mostra a estrutura de quadro do GTC nas direes downstream e
upstream. No sentido downstream o quadro GTC consiste no Physical Control Block
downstream, e na sesso de payload, alm de fornecer a referncia de tempo para o GPON e
o controle de sinalizao upstream.
No sentido upstream, contm vrios bursts de transmisso, e cada um composto
pelo Physical Layer Overhead upstream (PLCu) e um ou mais intervalos de alocao de
banda, relacionados com um ALLOC_ID especfico.
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Figura 5.7: Camada do protocolo GTC. Fonte: Transports Concepts, 2008.
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6. MULTIPLEXAO
O conceito de multiplexao nada mais que, a capacidade de transmitir uma variedade
de sinais (informao), em um nico meio de transmisso (fibra). A tecnologia abordada neste
estudo adota trs tipos de multiplexao: WDM Multiplexao por comprimento de onda,
TDM Multiplexao por diviso de tempo e TDMA Diviso de tempo com mltiplos
acessos.
6.1. WDM
Tecnologia capaz de multiplexar vrios sinais em comprimento de ondas diferentes,
formando canais de cores distintas em uma nica fibra. A tecnologia utiliza multiplexao
ptica para compartilhar diversos sinais de diferente comprimento de ondas, denominados
canais de cores. (Figura 6.1).
Figura 6.1 Multiplexao utilizando tecnologia WDM. Fonte: Huawei, 2009.
6.2. TDM
Mtodo de multiplexao onde vrios sinais trafegam em um nico canal, dado que para
cada sinal determinado um intervalo de tempo, denominados Time-Slot, fixo para cada um na
transmisso de um grupo de bits. A transferncia feita de forma sncrona onde os sinais dos
dados so emitidos em intervalos precisos que so regulados pelo clock da OLT, todos os slots
de tempo so de igual tamanho. O primeiro byte do primeiro sinal passa primeiro em um
intervalo de tempo, em seguida, o primeiro byte do segundo sinal vai em segundo noutro
intervalo de tempo. O processo continua at que todos os dados tenham sido transmitidos
(Figura 6.2).
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Figura 6.2 Transmisso TDM. Fonte: INFOCELLAR, 2011.
6.3. TDMA
o inverso do TDM, a transmisso feita de vrios transmissores para um nico
receptor. A OLT reserva um intervalo de tempo para cada cliente transmitir as informaes,
evitando a coliso dos pacotes recebidos (Figura 6.3).
Figura 6.3 Transmisso TDMA. Fonte: INFOCELLAR, 2011.
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Na Figura 6.4, exemplo de uma rede GPON utilizando multiplexao WDM para
comunicao bidirecional, e TDM / TDMA para transmitir informao entre a OLT e as ONUs:
Figura 6.4 Multiplexao de uma Rede GPON. Fonte: FIBERSTORE, 2010.
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7. TOPOLOGIAS
Existem trs topologias comuns, utilizadas para redes PON, conhecidas como:
anel, rvore e barramento. A proposta ideal para a diviso de potncia inclui a busca
pela melhor eficincia na distribuio da largura de banda entre OLT e ONUs e a reduo
dos gastos com instalao de novas fibras. Todas as transmisses dentro de uma rede GPON
so realizadas entre a OLT e as ONUs.
7.1. BARRA
A Topologia prov uma conectividade ponto-multiponto entre OLT e ONU, mas
qualquer falha no enlace principal causa a desconexo dos usurios (Figura 7.1).
Figura 7.1 - Topologia em Barra. Fonte: OLIVEIRA, 2010
7.2. RVORE
A topologia uma arquitetura ponto-multiponto que oferece a vantagem de
infraestrutura compartilhada entre todos os usurios, possuindo assim uma importante reduo
nos custos de implementao e manuteno na rede de acesso. a topologia mais utilizada
em redes de acesso e utiliza uma nica fibra da OLT a um ponto de diviso intermedirio
(Splitter). A partir deste ponto de separao, h uma fibra para cada ONU. A principal
vantagem da topologia em rvore que a diviso se concentra em um nico ponto, tornando
mais simples a deteco de algum problema na rede (Figura 7.2).
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Figura 7.2 Topologia em rvore. Fonte: OLIVEIRA, 2010
7.3. ANEL
A topologia utilizada principalmente em redes metropolitanas porque ela oferece
uma alta capacidade com um nmero mnimo de enlaces. Como existem dois caminhos
possveis para transmisso de dados pela OLT, ainda ser possvel mant-la funcionando
caso uma das fibras seja interrompida. Entretanto, ser necessrio o uso de duas fibras capazes
de enviar e receber sinais nos dois sentidos do anel (Figura 7.3).
Figura 7.3 Topologia em Anel. Fonte: OLIVEIRA, 2010.
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A Topologia em Anel oferece a vantagem ponto-multiponto da OLT para a ONU,
permitindo facilmente a implementao de mecanismos de proteo (Figura 7.4), enlace com
redundncia.
Figura 7.4 - Proteo Tipo B. Fonte: ITU-T, 2003.
A segunda configurao possvel tambm duplica as fibras at o Divisor ptico,
porm o hardware do lado da OLT tambm duplicado. Desta forma, duas portas PON
em placas de linha diferentes so responsveis por iluminar um nico divisor ptico 2xN.
No caso de alguma falha na rede ptica entre a OLT e o Divisor ptico, a OLT (LT(0))
identifica esta falha e comuta automaticamente para a outra porta protegida (LT(1)).
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8. COMPONENTES DA REDE
Uma rede ptica passiva composta por trs elementos principais: A Central de Linha
ptica (OLT) o equipamento localizado no armrio ptico da empresa de telecomunicaes.
J a Unidade de Rede ptica (ONU ou ONT), o equipamento instalado no cliente, e o
Splitter o elemento passivo que inserido na rede de acesso ptico, entre a OLT e ONU e
que permite que mais de um usurio utilize a rede de distribuio primria de forma
compartilhada.
8.1. OLT
Esse equipamento possui as funes de efetuar a conexo dos usurios das redes de acesso
rede de transporte, transmitir os dados no sentido operadora-usurio, para todos os usurios
conectados na rede, gerenciar a comunicao de dados no sentido usurios-central, controlar
a largura de banda alocada para cada usurio e caso seja necessrio, controlar a alocao
dinmica de largura de banda. Alm disso, responsvel por processar os sinais GPON,
realizar a sincronia entre as ONUs, e realizar as verificaes de segurana.
Possui interfaces para comunicao com switches em direo ao core da rede, e interfaces
pticas GPON para comunicao com os assinantes (Figura 8.1).
Figura 8.1 OLT Fonte: Alcatel, 2011.
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8.2. ONU / ONT
Uma ONU usada para encerrar o circuito no interior de um cenrio FTTH, situado nas
instalaes do cliente, servindo de interface entre a fibra ptica e o cobre (Figura 8.2).
Figura 8.2 ONU / ONT Fonte: Alcatel, 2011.
8.3. SPLITTER
O elemento passivo a ser inserido em uma rede PON o Splitter. Sua principal funo efetuar
a diviso do sinal ptico recebido do OLT para todos os equipamentos de usurios alocados
na rede, as ONUs.
Figura 8.3 - Divisores pticos. Fonte: Furukawa, 2008.
O Divisor ptico Passivo situa-se no circuito local, entre o OLT e a ONU. O Splitter divide
o sinal de downstream, que parte do OLT, em vrios outros sinais. Splitters pticos
normalmente so desenvolvidos utilizando mltiplos divisores de potncia cascateados
na razo 1:2, onde o sinal de entrada dividido em duas sadas, introduzindo assim uma
perda de diviso de 3,0dB por derivao.
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Desta forma, podemos calcular a tabela de perda terica em funo do nmero de divises:
8.4. TRANSMISSORES PTICOS
O transmissor ptico composto por um dispositivo emissor de luz, um modulador e um
acoplador. O dispositivo emissor de luz o responsvel pela tarefa de converso eletro-ptica
dos sinais. A capacidade de transmisso assim como a potncia a sua principal funo, sendo
que os com LASERS geralmente so superiores aos de LEDs (Figura 8.4).
Figura 8.4 Transmissor ptico de LASER Fonte: Alcatel, 2012.
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Para operar em taxas de Gigabit/s e ainda cobrir a rea total da rede, os lasers utilizados
devem ser mais sensveis e potentes. Com a evoluo dos lasers, maiores distncias puderam
ser alcanadas (Tabela 8.2).
Esta informao importante para realizar o projeto da rede GPON. Os fatores que devem
ser levados em conta:
1. Distncia mxima de fibra entre OLT e ONU.
2. Divises ticas necessrias.
3. Tipo de laser que ser utilizado.
Com a primeira informao, a distncia mxima entre OLT e ONU, podemos saber a perda de
potncia que teremos neste trecho. Com o restante da potncia, podemos balancear a escolha
do Divisor ptico que ser utilizado e o tipo de laser.
Na norma GPON, o nvel mximo de divises que podem ser feitas de 128. Supondo o cenrio
de queremos atender 64 clientes por porta PON (perda terica de 18dB e real de 21,3dB),
utilizando um laser Classe B+ (oramento de potncia de 28dB), temos: 28dB 21,3dB =
6,7dB. Considerando uma perda de 0,4dB/km na fibra ptica, temos: 6,7dB/0,4dB/km =
16,75km.
Desta forma, ao usar um laser Classe B+ com um Divisor ptico Balanceado de 64 divises,
nossa distncia mxima entre OLT e ONU de 16,85km.
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8.5. CONECTORES
Para cada tipo de fibra, h um tipo de transmissor / receptor e um tipo de conector, conforme
(Figura 8.5), os conectores mais utilizados em redes GPON:
Figura 8.5 Conectores mais comuns.
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9. EQUIPAMENTOS PTICOS
Os equipamentos estudados para medies e manuteno so descritos a seguir.
9.1. OTDR
Utilizado para construo e verificao da rede tica. Utilizado principalmente
na fase construtiva e na manuteno para identificao de rompimentos, atenuaes e
reflexes.
Figura 9.1 - OTDR em funcionamento. Fonte: EXFO, 2011.
O resultado do OTDR deve ser analisado caso a caso, identificando o
comprimento total do enlace, a perda no enlace, nos conectores, nas fuses e divisores
pticos, caracterizando e validando todo o enlace. A figura abaixo explica como entender o
trao exibido pelo OTDR (Figura 9.2).
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9.2. MULTIFUNCTION LOSS TESTER
Utilizado para certificao de links de fibra ptica. Para o teste, necessrio que
tenhamos um equipamento na ponta A e outro na ponta B do trecho a ser testado. Os
resultados da medio so exibidos diretamente na tela do equipamento. A facilidade de uso
que ambos os equipamentos mostram o resultado A->B, B->A e a mdia destes valores,
com cores indicando se o valor est fora do Threshold definido (Figura 9.3).
FIGURA 9.3 Multifunction Tester e resultado de testes.
9.3. POWER METTER
Utilizado para verificar nveis de potncia nos comprimentos de onda utilizados na
rede GPON: 1310nm, 1490nm e 1550nm.
Na Figura 9.4, temos uma medio realizada do lado do cliente. Recebemos
2.7dBm da ONU, -27,6dBm da OLT, e para o comprimento de 1550nm, para operaes
de vdeo, como no possumos este servio na rede, apresenta o valor LO.
Figura 9.4 Power Metter e resultado de teste.
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9.4. KIT DE LIMPEZA
O procedimento de limpeza de conectores extremamente importante e deve ser
o primeiro ponto a ser validado antes de qualquer certificao. O procedimento de
limpeza de fibras deve ser feito antes de qualquer conectorizao de equipamentos.
O kit de limpeza de fibras contm equipamentos necessrios para a limpeza dos
conectores e cordes (Figura 9.5).
Figura 9.5: Kit de limpeza de fibras. Fonte: EXFO, 2011
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10. ANALISE TERICA DE UMA REDE GPON
A anlise da qualidade do sinal ptico feita levando em conta a perda de potncia de
diversos elementos que formam a rede ptica:
Conectores;
Cordes internos;
Atenuadores;
Divisores pticos;
Fibras e cabos externos (fuses, emendas, etc).
Com base nos valores de potncia medidos em cada extremidade e nos valores
padres de fbrica dos elementos que compem a rede, podemos calcular o valor da atenuao
por km de cada trecho de comunicao entre POP e Cliente, seja qual for a tecnologia
(Figura 10.1).
Figura 10.1 Rede GPON.
O valor calculado com base na seguinte frmula:
Os valores de P_OLT, P_ONU/CLIENTE, so mensurados atravs de equipamentos de
medies pticas (OTDR e Power Meter). O valor D obtido atravs do OTDR ou conforme
o projeto da rede.
Os valores de P_SPLITTER, P_CONECTORES e P_ATENUADORES so baseados nos valores
informados pelos fabricantes.
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10.1. PERDA POR DIVISOR PTICO
A atenuao de cada Divisor ptico funo do nvel de divises que este executa, a cada
diviso por 2, a potncia em dB diminui em 3. Desta forma, podemos consultar o datasheet
fornecido pelo fabricante para conferir a perda mxima aceitvel (Tabela 10.2).
10.2. PERDA POR FIBRA
A atenuao nas fibras varia conforme o comprimento de onda e os valores so
informados por km (Tabela 10.3).
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10.3. PERDA POR CONECTOR
Devido aos conectores, alm da perda por insero, devemos nos atentar a perda
de retorno / reflexo devido troca de meios e angulao do conector (Tabela 10.4).
10.4. PERDA POR FUSO
A valor mximo aceito por fuso de 0,1dB.
10.5. PARAMETROS GPON
Abaixo os parmetros GPON que devem ser considerados para projeto e validao dos links
(Tabela 10.5).
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10.6. PERDA TOTAL
Todo valor superior a 0,4dB/km um indicativo de problema e no deve ser aceito.
Para clculo do valor terico deve ser considerado 0,3dB/km como perda da fibra e mais 0,1dB
por fuso.
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11. ESTUDO DE CASO
O estudo de caso foi baseado na aplicao da tecnologia GPON em uma rede
metropolitana na cidade de So Jos dos Campos, que por questes de confidencialidade, no
sero descritos detalhes da rede, assim como os equipamentos utilizados e suas configuraes.
O seguinte projeto foi todo idealizado pela HORIZONS TELECOMUNICAES
E TECNOLOGIA, que uma empresa de servios de comunicao multimdia com sede em
Curitiba que prove servios aos clientes comercias em uma rede constituda de 100% fibra
ptica provendo servios de altssima qualidade, e de tecnologia de ponta para atendimento aos
usurios.
O projeto inicial foi para prover acesso de internet e dados a prefeitura de So Jos dos
Campos, somando um total de 319 unidades, 541 cmeras do COI e 70 Semforos inteligentes
espalhados pela cidade. Interligando-as atravs de uma nica rede ptica, aumentando a
velocidade de trfego e diminuindo drasticamente o custo da prefeitura que utiliza de links
privativos da TELEFONICA com velocidades de 256, 512Kbps e 1 Mega.
A arquitetura escolhida para o projeto da rede foi a FTTH associado a tecnologia GPON,
por ser a mais utilizada e por ter a melhor relao custo benefcio.
Pela rede ptica ser essencialmente area, ela est susceptvel a danos causados
por acidentes de trnsito, caminhes com carga alta que enroscam nos fios, vandalismo,
danos causados por meios naturais, etc. Desta forma, para garantir um melhor atendimento,
toda a rede GPON utilizou-se da proteo do Tipo-B citada nesta monografia, como
mostra a Figura 11.1, oferecendo um melhor SLA ao cliente e menor tempo para manuteno.
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Esta topologia muito pouco usada em outras redes GPON, pois necessita do dobro
de portas para atender a mesma quantidade de clientes, alm disso, o tamanho do anel
entre a OLT e o Divisor ptico acrescenta dificuldades por conta de sua assimetria nas
distncias.
Todos os detalhes do projeto, desde a topologia da rede at os materiais utilizados,
devem levar em considerao, alm dos custos, os tempos envolvidos para a instalao,
manuteno e operao desta rede. Esta rede deve proporcionar uma reduo significativa
dos custos operacionais em relao rede de cabo metlico, j que redes GPON no contm
elementos ativos.
A definio da area geogrfica foi elaborada de forma minuciosa, pois consiste em
determinar a melhor localizao do Ponto Central e os Armrios de Distribuio Optica,
como mostra a Figura 11.2, levando-se em considerao tanto os aspectos econmicos
envolvidos na implantao da rede em relao central, e os aspectos tcnicos.
Figura 11.2 - Localizao do Ponto Central e dos Armrios de Distribuio da Rede.
POP Ponto Central da Rede. AOD Armrio de Distribuio ptica.
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A rede ptica foi constituda de cabos pticos de 24, 36 e 72 fibras, primrio e
secundrio, caixas de emenda onde so alocados os Splitters. Sua funo na Rede GPON
permitir que os dados oriundos de vrios usurios possam ser trafegados em uma nica fibra
ptica. Para isso, os splitters desempenham um papel importante, multiplexando os sinais
entre a OLT e os ONTs.
Para uma maior qualidade da rede foi utilizado a topologia do tipo ANEL, sendo
divididos em anis de CORE entre o Ponto Central e os Armrios de Distribuio, e anis
secundrios em cada ponto de distribuio para atender todas as regies da Cidade de So Jos
dos Campos.
Foram utilizados 890km de cabos pticos distribudos por toda a cidade, divisores
pticos de 2:4 no primeiro nvel da rede e divisores de 2:8 e 2:16 no segundo nvel, sendo
possvel uma distribuio para at 128 ONUs em uma fibra na OLT.
Nas unidades foram utilizados de cabos Drops contendo 4 fibras, com distncia mxima
de 1000 metros at a rede secundaria, onde so feitas as fuses, utilizando equipamentos
apropriados.
A Figura 11.3 demonstra a Rede Secundaria, os Drops e as Unidade e Cmeras
distribudas pela cidade de So Jos dos Campos.
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Figura 11.3 Distribuio da Rede.
Com a tecnologia GPON implantada na cidade, so ofertados links dedicados de
5Mbps at 500Mbps, por opo da operadora, velocidades acima de 500Mb devem ser
feitas em rede ponto--ponto, garantindo assim banda garantida para crescimento da rede.
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12. CONSIDERAES FINAIS
A tecnologia GPON aparece como uma grande opo no mercado como soluo em
redes metropolitanas, fornecendo os servios de voz, dados e vdeo em um nico meio. Sua
tecnologia diferenciada, distribuindo servios uma grande gama de clientes atravs de apenas
uma porta fsica e no se utilizando de elementos eltricos entre os armrios de distribuio e
os clientes, barateando o custo da rede e simplificando sua manuteno.
A tecnologia majoritria em pases de primeiro mundo e uma realidade no mercado
brasileiro, adotado por empresas como GVT, TIM e Vivo Fibra.
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13. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
MELO, Leonardo Borges. Projeto de Rede via Fibra ptica FTTH. Universidade do
Sul de Santa Catarina UNISUL. Publicado em 2011. Disponvel: <
Http://busca.unisul.br/pdf/105267_Leonardo.pdf >.
CASTRO, Eric Lopes de. Desenvolvimento de uma interface homem-mquina para o
projeto de redes GPON. Universidade de So Carlos UFSCAR. Publicado em 2011.
Disponvel: < www.tcc.sc.usp.br/tce/disponiveis/.../ERIC_LOPES_DE_CASTRO.pdf >.
LAGE, Luza Baslio; OLIVEIRA, Maria Clara Alcntara de. Estudo de uma rede de
acesso via fibra ptica. Universidade de Braslia UnB. Publicado em fevereiro de 2010.
< http://bdm.unb.br/bitstream/10483/849/1/2006_LuizaLage_MariaClaraOliveira.pdf>.
TELECO, Inteligncia em telecomunicaes. Redes PON.
http://www.teleco.com.br/tutoriais/tutorialblgpon
CORREA, Pedro Miguel. Introduo da Rede GPON de Fibra ptica. Faculdade de
Engenharia da Universidade do Porto FEUP. Publicado em fevereiro de 2009.
http://repositorio-aberto.up.pt/bitstream/10216/58224/1/000137587.pdf
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Federal do Paran. Publicado em maro de 2014. Disponvel em: <
http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/bitstream/1/1829/1/CT_GESER_II_2012_06.pdf
GUIMARES, Marcelo Alves. Transporte TDM em redes GPON. Universidade de So
Paulo USP. Publicado em agosto de 2011. Disponvel em: <
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A3o%20-%20Transporte%20TDM%20em%20redes%20GPON.pdf
LOEPPER, Luiz Gustavo Villela. GPON: uma abordagem prtica. 2013. Trabalho de
Concluso de Curso (Especializao) Universidade Tecnolgica Federal do Paran,
Curitiba, 2013. Disponvel em: http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/jspui/handle/1/3243