WOLD ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA, 5ª EDIÇÃO

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Tradução da 5ª edição WOLD Enfermagem Gerontológica

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WOLD – Enfermagem Gerontológica é o livro de Enfermagem geriátrica mais vendido no mundo, pela primeira vez traduzido e com conteúdo adaptado à realidade brasileira! Compre agora -> http://bit.ly/162a6DJ

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Tradução da 5ª edição

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old • 5ª edição

Enfermagem Gerontológica

Classifi cação de Arquivo RecomendadaENFERMAGEM GERONTOLÓGICA

SAÚDE DO IDOSOSAÚDE DO ADULTO

GERONTOLOGIA

www.elsevier.com.br/enfermagem

ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA, 5ª EDIÇÃO WOLD

DESTA

QU

ES

• Discussão atualizada de tópicos e tendências, incluindo os fatores demográfi cos e as infl uências econômicas, sociais, culturais e familiares.

• Ênfase no processo de enfermagem, apontando os diagnósticos, as intervenções e os resultados de enfermagem observados nas principais condições comumente encontradas no envelhecimento.

• ÚNICO! Quadros com alertas de segurança! Destacam os objetivos de segurança da Joint Commission, com atenção especial à segurança do paciente no uso de medicamentos, à comunicação, ao envolvimento dos pacientes em seus próprios cuidados, às infecções, úlceras por pressão e prevenção de quedas.

• ÚNICO! Guia de exames laboratoriais que apontam os valores de referência para idosos, úteis para a prática clínica de enfermagem.

Aborda desde a teoria e conceitos da idade, incluindo as mudanças fi siológicas e psicossociais esperadas no idoso, até a prática do cuidado desse paciente.

Enfermagem Gerontológica, o livro-texto de enfermagem geriátrica mais vendido no mundo, agora no Brasil com conteúdo adaptado à nossa realidade.

Recomendado para a graduação de Enfermagem nas disciplinas de Saúde do Idoso e Saúde do Adulto, apresenta as teorias e os conceitos sobre o envelhecimento, as alterações fi siológicas e psicossociais associadas ao envelhecimento, além de destacar os cuidados colaborativos, os cuidados no fi m da vida, a educação em saúde, a qualidade de vida, a segurança e os cuidados domiciliares. Esta edição contém os últimos assuntos e tendências em enfermagem geriátrica, incluindo dados demográfi cos e as mudanças nos sistema de saúde.

Os conteúdos foram revisados e adaptados à realidade brasileira não só em relação aos aspectos demográfi cos e epidemiológicos do envelhecimento, mas, sobretudo, aos culturais envolvidos nos cuidados direto e indireto para com os idosos no Brasil e legislação brasileira do SUS e competências.

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Enfermagem Gerontológica

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Enfermagem Gerontológica

5 ª e d i ç ã o

Gloria Hoffmann Wold , MS, BSN, RN Nursing Instructor Milwaukee Area Technical College Milwaukee, Wisconsin

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© 2013 Elsevier Editora Ltda. Tradução autorizada do idioma inglês da edição publicada por Mosby, um selo editorial Elsevier Inc. Todos os direitos reservados e protegidos pela Lei 9.610 de 19/02/1998. Nenhuma parte deste livro, sem autorização prévia por escrito da editora, poderá ser reproduzida ou transmitida sejam quais forem os meios empregados: eletrônicos, mecânicos, fotográfi cos, gravação ou quaisquer outros.

ISBN 978-85-352-6111-0 Copyright © 2012 by Mosby, Inc., uma afi liada Elsevier Inc. This edition of Basic Geriatric Nursing, 5 th edition, by Gloria Hoffmann Wold is published by arrangement with Elsevier Inc.

ISBN: 978-0-323-07399-8

Capa Studio Creamcrackers

Editoração Eletrônica Thomson Digital

Elsevier Editora Ltda. Conhecimento sem Fronteiras

Rua Sete de Setembro, n° 111 – 16° andar 20050-006 – Centro – Rio de Janeiro – RJ

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Serviço de Atendimento ao Cliente 0800 026 53 40 [email protected]

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NOTA

Como as novas pesquisas e a experiência ampliam o nosso conhecimento, pode haver necessidade de alteração dos métodos de pesquisa, das práticas profi ssionais ou do tratamento médico. Tanto médicos quanto pesquisadores devem sempre basear-se em sua própria experiência e conhecimento para avaliar e empregar quaisquer informa-ções, métodos, substâncias ou experimentos descritos neste texto. Ao utilizar qualquer informação ou método, devem ser criteriosos com relação a sua própria segurança ou a segurança de outras pessoas, incluindo aquelas sobre as quais tenham responsabilidade profi ssional.

Com relação a qualquer fármaco ou produto farmacêutico especifi cado, aconselha-se o leitor a cercar-se da mais atual informação fornecida (i) a respeito dos procedimentos descritos, ou (ii) pelo fabricante de cada produto a ser administrado, de modo a certifi car-se sobre a dose recomendada ou a fórmula, o método e a duração da adminis-tração, e as contraindicações. É responsabilidade do médico, com base em sua experiência pessoal e no conhecimento de seus pacientes, determinar as posologias e o melhor tratamento para cada paciente individualmente, e adotar todas as precauções de segurança apropriadas.

Para todos os efeitos legais, nem a Editora, nem autores, nem editores, nem tradutores, nem revisores ou colaboradores, assumem qualquer responsabilidade por qualquer efeito danoso e/ou malefício a pessoas ou pro-priedades envolvendo responsabilidade, negligência etc. de produtos, ou advindos de qualquer uso ou emprego de quaisquer métodos, produtos, instruções ou ideias contidos no material aqui publicado.

O Editor

CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO-NA-FONTE SINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ

W834e

Wold, Gloria Enfermagem gerontológica / Gloria Hoffmann Wold ; [tradução de Ana Helena Pereira Correa … et al.]. - Rio de Janeiro : Elsevier, 2013.

Tradução de: Basic geriatric nursing, 5th ed. Apêndice Inclui bibligrafi a e índice ISBN 978-85-352-6111-0

1. Enfermagem geriátrica. 2. Enfermagem geriátrica - Métodos. I. Título.

13-0268. CDD: 618.970231 CDU: 616-083-053.9

14.01.13 16.01.13 042137

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REVISÃO CIENTÍFICA E ADAPTAÇÃO

Maria Inês Nunes ( Caps. 10 a 20 , Apêndices B, C e D, Glossário e Guia de Estudo) Professora e Coordenadora Adjunta do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo Mestre em Ciências da Saúde pelo St. Georgé s Hospital and Medical School da Universidade de Londres. Doutoranda em Bioética pelo Centro Universitário São Camilo Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Humanização em Saúde do Centro Universitário São Camilo Pesquisadora Clínica do Imperial College (Reino Unido) na área de geriatria/gerontologia de 1996 a 2003. Enfermeira Especialista em Administração Hospitalar pela Universidade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) Experiência em Enfermagem Gerontológica, tendo trabalhado em unidade específi ca para reabilitação de idosos no Reino Unido. Realizou curso de extensão em Enfermagem Gerontológica pelo Institute of Nursing and Midwifery da Universidade de Sussex – Reino Unido.

Renata Eloah de Lucena Ferretti-Rebustini ( Caps. 1 a 9 , Apêndice A e Índice) Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da Escola de Enfermagem da USP (EEUSP) Professora Assistente do Curso de Enfermagem do Centro Universitário São Camilo Enfermeira e Especialista em Enfermagem Geriátrica e Gerontológica pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) Doutora em Ciências pela Faculdade de Medicina da USP (FMUSP) Pós-doutoranda pela Universidade de Quebec em Trois-Rivières, Canadá. Coordenadora do Laboratório de Fisiopatologia no Envelhecimento do SGHC-FMUSP/LIM 22.

TRADUÇÃO

Alexandre Aldighieri ( Caps. 4 e 20 ) Médico pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Especialista em Clínica Médica e Endocrinologia

Alexandre Gengo e Silva (Glossário) Farmacêutico Especialista em Análises Clínicas e Toxicológicas

Ana Helena Pereira Correia Carneiro ( Caps. 1 a 3 ) Médica do Serviço de Anatomia Patológica da UFRJ Mestre em Ciências Morfológicas pelo Instituto de Ciências Biomédicas da UFRJ Doutoranda de Medicina (Anatomia Patológica) pela UFRJ

Ana Maria Rossini Teixeira ( Cap. 19 e Apêndice C) Professora Adjunta do Departamento de Bioquímica da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Doutora em Ciências pela UERJ

Ana Paula Teixeira Monteiro ( Caps. 5 a 7 ) Bacharel em Ciências Biológicas pela UERJ Mestre em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica da UFRJ Doutoranda em Ciências Biológicas pelo Instituto de Biofísica da UFRJ

Bruna Romana de Souza ( Caps. 12 e 13 ) Professora Adjunta do Departamento de Histologia e Embriologia da UERJ Mestre em Morfologia pela UERJ Doutora em Ciências (Biologia Humana e Experimental) pela UERJ

Revisão Científi ca e Tradução

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vi REVISÃO CIENTÍFICA E TRADUÇÃO

Carlos Henrique Saraiva Garcia ( Caps. 17 e Índice) Mestre em Bioquímica pela UFRJ Doutorando pela Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília

Frederico Mancuso ( Caps. 8, 10, 15, 18 e Gabarito) Doutor em Ciências (Cardiologia) pela Escola Paulista de Medicina da UNIFESP Médico Assistente da Escola Paulista de Medicina pela UNIFESP

Gabriela Cavalcante Fróes de Souza ( Caps. 9 e 11 ) Mestre em Literaturas de Língua Inglesa Tradutora Técnica

Gisela Cardoso Ziliotto (Guia de Estudo) Enfermeira Especialista em Psiquiatria e Saúde Mental pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro Mestre em Ciências da Saúde pela UNIFESP Doutoranda em Ciências da Saúde pela UNIFESP

Rita de Cassia Gengo e Silva (Apêndices A, B e D) Enfermeira do Serviço de Educação do Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da FMUSP Professora Doutora do Departamento de Enfermagem Médico-Cirúrgica da EEUSP Doutora e Mestre em Ciências pela FMUSP

Rita Lacerda Aquarone ( Caps. 14 e 16 ) Enfermeira Pós-Graduada em Gerontologia e Geriatria, Administração Hospitalar, Clínica Médica e Cirúrgica e Neurologia Mestranda do Programa em Saúde do Adulto – PROESA

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Margaret Barnes , MSN, RN Assistant Professor Indiana Wesleyan School of Nursing RNBSN Post-Licensure Program Florence, KY

Kathy Bredberg , MSN, RN Vocational Nursing Program Director Grayson County College Van Alstyne, Texas

Belinda Douglas , MSN, PMHNP-BC, GNP-BC Four Rivers Regional Nursing Director Tennessee Technology Center - Ripley Ripley, Tennessee

Phyllis Graves , RN, BSN PN Educator Waynesville Career Center Waynesville, Missouri

Donna M. Kuenstler , MSN, RN Director Sul Ross State University Vocational Nursing Program Alpine, Texas

Christina A. Lamb , MSN, RN Director of Practical Nursing Education Bolivar Technical College Bolivar, Missouri

Jennifer Lucsko , BSN, RN Pediatric Specialty Clinic Clinical Team Leader Pediatric Endocrinology Roanoke, Virginia

Carolyn W. Lyon , MSN, RN Assistant Professor Director of Practical Nursing Program Jefferson College of Health Sciences Roanoke, Virginia

Melaine Moore , PhD, MSN, RN Associate Professor Virginia Western Community College Roanoke, Virginia

Teresa G. Newby , MSN, RN Assistant Professor Crown College Saint Bonifacius, Minnesota

Jennifer Ponto , BSN, RN Instructor Vocational Nursing Program South Plains College Levelland, Texas

Beth Jackson-Rumbaoa , RN, BSN Coordinator/Instructor PN Program Boonslick Technical Education Center Boonville, Missouri

Carmen Toca , RN, C Assistant Coordinator/Instructor Skills Lab Practical Nursing Program Union County College Plainfi eld, New Jersey

Laura Travis , MSN, RN Health Careers Coordinator Tennessee Technology Center at Dickson Dickson, Tennessee

Elise Webb , MSN, RN Allied Health Program Coordinator Wilson Community College Wilson, North Carolina

Revisores

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Karin M. Allen , BSN, RN Coordinator, Practical Nurse Program Hutchinson Community College McPherson, Kansas

Tawne D. Blackful , RN, MSN, Med Supervisor of Health Services and School Nurse Lawrence Hall Youth Services Chicago, Illinois

Barbara Carrig , BSN, MSN, APN LPN Nurse Program Coordinator, Academic/Clinical

Instructor Passaic County Technical Institute Wayne, New Jersey

Mary-Ann Cosagarea , RN, BSN Practical Nursing Coordinator Portage Lakes Career Center W. Howard Nicol School

of Practical Nursing Uniontown, Ohio

Dolores Cotton , MSN, RN Practical Nursing Coordinator Meridian Technology Center Stillwater, Oklahoma

Phyllis Del Mastro , RN, MSN Corporate Director, Nursing Porter and Chester Institute Rocky Hill, Connecticut

Laurie F. Fontenot , BSN, RN Department Head, Health Services Division Acadiana Technical College – C.B. Coreil Campus Ville Platte, Louisiana

Shelly R. Hovis , RN, MS Director, Practical Nursing Kiamichi Technology Centers Antlers, Oklahoma

Joe Leija , MS, RN, DON Director of Nursing, Vocational Nursing RGV Careers Pharr, Texas

Janet M. Kane , RN, MSN Director of Nursing NewCourtland Education Center Philadelphia, Pennsylvania

Patty Knecht , MSN, RN Director of Practical Nursing Center for Arts and Technology-Brandywine

Campus Coatesville, PA

Hana Malik , MSN, FNP-BC Family Nurse Practitioner Take Care Health Systems Villa Park, Illinois

Barb McFall-Ratliff , MSN, RN Director of Nursing, Program of Practical Nurse Education Butler Technology and Career Development Schools Hamilton, Ohio

Toni L.E. Pritchard , BSN, MSN, EdD Allied Health Professor, Practical Nursing Program Central Louisiana Technical College – Lamar Salter Campus Leesville, Louisiana

Barbra Robins , BSN, MSN Program Director Leads School of Technology New Castle, Delaware

Fleur de Liza S. Tobias-Cuyco , BSc, CPhT College Dean, Director of Student Affairs, and

Instructor Preferred College of Nursing Los Angeles, California

Conselho Consultivo de Enfermagem

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Para minha mãe, Esther Hoffmann, e para meu sogro, Rev. W.R. Wold,

que sempre me encorajaram e demonstraram a resiliência dos idosos. Que descansem em paz.

Para minha fi lha Rebecca, que me ajuda a me manter jovem de coração;

e para meu marido Norm, com quem desejo continuar a envelhecer.

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O envelhecimento não é bom nem ruim – é uma fase da vida. Começa no dia em que nascemos e termina no dia em que morremos. Todos temos uma visão diferente do que signifi ca envelhecer. Crianças e adolescentes raramente consideram o signifi cado de fi car velho; o envelhecimento está muito longe e eles estão muito ocupados vivendo cada dia para se preocupar com isso. Os jovens estão muito envolvidos com a diária luta por sobrevivência e sucesso para prestar atenção à idade mais velha. A meia-idade traz uma nova consciência sobre a passagem do tempo, especialmente quando os pais de alguém envelhecem e morrem. A realidade sobre o envelhecimento não pode ser mais negada quando se torna parte da geração mais velha de uma família.

O mundo de hoje contém uma porcentagem maior de pessoas de meia-idade e idosos como nunca visto. Essa demografi a instigante apresenta um grande desafi o para os profissionais de saúde e para a sociedade como um todo. Como os enfermeiros estão na linha de frente da as-sistência de saúde, eles devem estar bem-preparados para reconhecer e responder apropriadamente às necessidades de nossa população que envelhece. O objetivo deste texto é dar ao iniciante em enfermagem uma perspectiva equili-brada sobre a realidade do envelhecimento e ampliar o ponto de vista da enfermagem com relação aos idosos, de modo que suas necessidades possam ser atendidas de maneira compassiva, cuidadosa e apropriada.

SOBRE O TEXTO A 5ª edição de Enfermagem Gerontológica apresenta as teo-rias e conceitos do envelhecimento, as alterações fisio-lógicas e psicossociais e os problemas associados a esse processo, e as intervenções de enfermagem adequadas. Muitas características-chave foram mantidas, incluindo cobertura extensiva de questões culturais, situações clíni-cas, delegação, cuidados de saúde domiciliar, promoção de saúde, ensino do paciente e terapias integrativas. Nu-merosos exercícios de Pensamento Crítico tornam prática a síntese de informações e sua aplicação nos cuidados de enfermagem de idosos.

CARACTERÍSTICAS DO LIVRO A 5ª edição de Enfermagem Gerontológica tem em comum com outros livros de enfermagem algumas características e elementos de design: • É realizada uma avaliação do nível de leitura do ma-

nuscrito de cada capítulo durante a elaboração do livro para garantir a coesão entre os capítulos e assegurar que o texto seja fácil de entender.

• Objetivos iniciam cada capítulo e fornecem um resumo do conteúdo.

• Palavras-chave são listadas no início de cada capítulo. Elas aparecem em azul no capítulo e são defi nidas bre-vemente, mas contêm defi nições completas no Glos-sário .

• Pontos-chave no fi nal de cada capítulo se correlacionam com os objetivos e servem como uma revisão do capí-tulo.

• Além do conteúdo consistente, do design e de fontes de apoio, esses livros se benefi ciam das considerações do Conselho Consultivo de Enfermagem (ver p. viii).

ORGANIZAÇÃO A Unidade I apresenta um panorama geral do envelheci-mento, examinando as tendências e questões que afetam o idoso. Essas incluem fatores demográfi cos e infl uências econômicas, sociais, culturais e familiares. A unidade ex-plora várias teorias e mitos associados ao envelhecimento e faz uma revisão das alterações fi siológicas que ocorrem com o envelhecimento.

A Unidade II inclui uma ampla variedade de informa-ções sobre as habilidades básicas da enfermagem para a população idosa. Há um grande foco sobre (1) promoção de saúde e manutenção da saúde dos idosos; (2) comu-nicação verbal e não verbal apropriada para a idade; (3) necessidades nutricionais e de líquidos, alterações na farmacodinâmica e preocupações relacionadas à adminis-tração de medicamentos em idosos; (4) avaliação da saúde dos idosos; e (5) suprir as necessidades de segurança dos idosos.

A Unidade III aborda as necessidades psicossociais do idoso por meio do processo de enfermagem. O cuidado psicossocial precede o cuidado fi siológico, refl etindo a or-dem na qual o conteúdo é mais frequentemente ensinado. Áreas de conteúdo incluem (1) problemas cognitivos, (2) autopercepção e autoconceito, (3) papéis e relacionamentos que mudam, (4) lidar com o estresse e como conduzi-lo, (5) valores e crenças e (6) sexualidade.

A Unidade IV aborda as necessidades físicas do adulto idoso por meio do processo de enfermagem. As áreas de conteúdo incluem (1) segurança, (2) higiene e cuidados com a pele, (3) eliminação, (4) atividades e exercícios físicos e (5) sono e repouso. Ambas as Unidades III e IV oferecem acesso, diagnósticos de enfermagem e intervenções de enfermagem nos centros de cuidados.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS • As seções de processos de enfermagem fornecem uma

forte moldura para discutir os cuidados com idosos no contexto de desordens específi cas

• As intervenções de enfermagem são agrupadas por conjunto de cuidados de saúde (p. ex. cuidados agudos, cuidados extensivos, cuidados domiciliários)

Para o Professor

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xii PARA O PROFESSOR

• Quadros especiais de pensamento crítico, situações clínicas, promoção de saúde, segurança, educação em saúde, terapias integrativas, cuidado colaborativo e mais (ver p. x)

• Aumento do conteúdo cultural sobre o impacto do envelhecimento em várias culturas

• Foco nas mudanças demográfi cas incluindo baby boo-mers e o impacto do seu envelhecimento sobre a assis-tência à saúde

• Informações adicionais sobre saúde domiciliária tanto para os pacientes como para os cuidadores

• Novas Questões de Revisão ao fi nal de cada capítulo • Valores de Exames Laboratoriais para Idosos (Apên-

dice A) • Escala de Depressão Geriátrica (EDG) (Apêndice B) • Informações Nutricionais para idosos (Apêndice C) • Lista revisada de Recursos para Idosos , incluindo web-

sites relevantes (Apêndice D) • Bibliografi a agrupada por capítulo e listada ao fi nal do

livro para fácil acesso

Adaptação à realidade brasileira Os conteúdos foram revisados e adaptados à realida-de brasileira, não só em relação aos aspectos demo-gráfi cos e epidemiológicos do envelhecimento, mas, sobretudo, aos culturais envolvidos nos cuidados direto e indireto para com os idosos no Brasil e à legis-lação brasileira do SUS e às competências.

Além da adaptação à realidade brasileira, foram inseridas ao longo do livro complementações ao texto original e notas de revisão elucidativas. As caixas que trazem o ícone da bandeira brasileira apontam in-formações complementares ao texto, resguardando os aspectos culturais e a aplicabilidade das informações à realidade do país.

AGRADECIMENTOS Eu gostaria de agradecer a Teri Hines Burnham, Jennifer Shropshire, Tiffany Trautwein, Johnny Gabbert e Jessica Williams – assim como outros profi ssionais da equipe da Elsevier – por seus conhecimentos profi ssionais, tenaci-dade, percepções, paciência e encorajamento constante ao longo de todo o desenvolvimento desta edição.

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FERRAMENTAS DE LEITURA E DE REVISÃO • Os Objetivos introduzem os tópicos do capítulo. • As Palavras-chave são listadas no início de cada capí-

tulo e suas defi nições completas estão no Glossário . • Cada capítulo termina com a seção Exercícios de Pensa-

mento Crítico que inclui (1) Pontos-chave que reiteram os objetivos do capítulo e servem como uma revisão útil de conceitos; (2) uma lista extensa de Questões de Revisão com respostas localizadas na página 397 do livro.

• Bibliografia e Referências para o Leitor completas citam informações baseadas em evidências e fornecem recursos para aumentar o conhecimento.

• Um Glossário que fornece definições para todos os termos que aparecem no início dos capítulos.

• Um Guia de Estudo dentro do texto inclui as seções Pensamento Crítico e Aplicação e Atividades Selecionadas por Capítulo com questões de múltipla escolha, de com-pletar e de correspondência.

CARACTERÍSTICAS ESPECIAIS As seguintes características especiais são desenhadas para promover aprendizado e compreensão efi cazes e refl etir o design do livro:

Quadros de Situação Clínica relacionam o texto às situações do paciente e aos cenários de cuidados.

Quadros de Terapias Integrativas abordam tera-pias não tradicionais e auxiliares.

Quadros de Cuidado Colaborativo abordam questões de liderança e incluem tópicos como restrições e cuidados ao fi m da vida.

Quadros de Pensamento Crítico lançam questões destinadas a estimular o pensamento e a ajudar os estudantes a desenvolver e aprimorar suas habilidades de pensamento crítico.

Quadros de Considerações Culturais fornecem conselhos sobre cuidados de idosos culturalmente diferentes.

Quadros de Promoção de Saúde recomendam dicas de qualidade de vida para idosos.

Quadros de Considerações para o Cuidado Do-miciliário são informações essenciais para cuida-dos domiciliários de idosos.

Tabelas de medicamentos fornecem acesso rápido a informações sobre medicamentos comumente utili-zados nos cuidados de enfermagem gerontológica.

Planos de Cuidados de Enfermagem com Ques-tões de Pensamento Crítico fornecem aos estudan-tes exemplos de planos de cuidados de enferma-gem e os encorajam a pensar criticamente sobre os cenários apresentados.

Quadros de Educação em Saúde instruem e in-formam tanto os pacientes idosos como seus cui-dadores sobre promoção de saúde, prevenção de doenças e intervenções específi cas para a idade.

Para o Estudante

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UNIDADE I PANORAMA GERAL DO ENVELHECIMENTO

1 Tendências e Questões, 1Introdução à enfermagem gerontológica, 1

Perspectiva histórica do estudo do envelhecimento, 1

O signifi cado de um nome: geriatria, gerontologia e enfermagem gerontológica, 2

Atitudes com relação ao envelhecimento, 3Gerontofobia, 5

Demografi a, 6Estimativas para o envelhecimento

populacional, 7Disparidade étnica e de gênero, 8Os baby boomers, 8Distribuição geográfi ca da população idosa, 9Estado civil, 10Escolaridade, 10

Economia do envelhecimento, 11Pobreza, 11Rendimentos, 11Riqueza, 14

Tipos de moradia, 14Sistema de saúde, 17

Custos elevados e legislação, 17Custos e cuidados no fi nal da vida, 17Diretrizes antecipadas de vontade, 18

Impacto dos membros idosos sobre a família, 19

Refl exão pessoal, 19Interações entre a enfermagem

e a família, 21Autonegligência, 21Maus-tratos ou negligência da família, 22Maus-tratos cometidos por pessoas

de fora da família, 24Grupos de apoio, 25Descanso temporário para o cuidador, 26

2 Teorias do Envelhecimento, 28Teorias biológicas, 28Teorias psicossociais, 30Implicações para enfermagem, 30

3 Alterações Fisiológicas, 32Sistema tegumentar, 33

Alterações esperadas no envelhecimento, 33

Distúrbios comumente observados no envelhecimento, 35

Sistema músculo-esquelético, 36Ossos, 36Vértebras, 37Articulações, 37Tendões e ligamentos, 37Músculos, 37Alterações esperadas

no envelhecimento, 38Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 39Sistema respiratório, 40

Trato respiratório superior, 41Trato respiratório inferior, 41Troca gasosa (respiração), 41Alterações esperadas

no envelhecimento, 41Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 42Sistema cardiovascular, 44

Coração, 44Vasos sanguíneos, 44Sistema de condução, 44Alterações esperadas

no envelhecimento, 45Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 45Sistemas hematopoiético e linfático, 48

Sangue, 48Sistema linfático, 49Alterações esperadas

no envelhecimento, 49Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 50Sistema gastrointestinal, 50

Cavidade oral, 50Língua, 51Glândulas salivares, 51Esôfago, 51Estômago, 51Intestino delgado, 51Intestino grosso, 51Alterações esperadas

no envelhecimento, 52Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 52Sistema urinário, 54

Sumário

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xvi SUMÁRIO

Rins, 54Ureteres e bexiga, 54Características da urina, 54Alterações esperadas

no envelhecimento, 55Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 55Sistema nervoso, 56

Sistema nervoso central, 56Sistema nervoso periférico, 57Alterações esperadas

no envelhecimento, 57Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 58Sistema sensorial, 61

Refração, 62Alterações esperadas

no envelhecimento, 62Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 63Alterações esperadas

no envelhecimento, 65Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 65Alterações esperadas

no envelhecimento, 66Sistema endócrino, 66

Glândula pituitária, 67Glândula tireoide, 67Glândula paratireoide, 67Pâncreas, 67Glândulas adrenais, 67Ovários e testículos, 67Alterações esperadas

no envelhecimento, 68Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 69Sistemas reprodutor e genitourinário, 70

Órgãos reprodutores femininos, 70Órgãos reprodutores masculinos, 71Alterações esperadas

no envelhecimento, 71Distúrbios comumente observados

no envelhecimento, 72

UNIDADE II HABILIDADES BÁSICAS PARA A ENFERMAGEM GERONTOLÓGICA

4 Promoção da Saúde, Manutenção da Saúde e Considerações de Cuidados Domiciliários, 74Práticas de saúde recomendadas

para os idosos, 75Dieta, 75Atividade física, 75Álcool e tabaco, 75Avaliação clínica e cuidados gerais, 76

Exames dentários e cuidado oral preventivo, 77

Mantendo atitudes saudáveis, 78Fatores que afetam a promoção

e a manutenção de saúde, 78Crenças religiosas, 79Crenças culturais, 79Conhecimento e motivação, 79Mobilidade, 80Percepções do envelhecimento, 80Impacto das alterações cognitivas

e sensoriais, 80Impacto das alterações relacionadas

com a acessibilidade, 80Cuidado domiciliário, 81

Cuidadores informais, 81Cuidadores formais, 82Tipos de serviços domiciliários, 82

5 Comunicando-se com Idosos, 88Troca de informação (construindo

a mensagem), 88Comunicação formal ou terapêutica, 89Comunicação informal ou social, 90Comunicação não-verbal, 90

Símbolos, 90Tom de voz, 90Linguagem corporal, 91Espaço, distância e posição, 91Gestos, 91Expressões faciais, 92Contato visual, 92Ritmo ou velocidade

de comunicação, 92Tempo e afi nação, 92Toque, 93Silêncio, 93

Aceitação, dignidade e respeito na comunicação, 93

Barreiras na comunicação, 94Defi ciência auditiva, 95Afasia, 95Demência, 95Diferenças culturais, 96

Habilidades e técnicas, 97Informação, 97Questionamento direto, 97Perguntas abertas, 97Confrontação, 97Comunicação com familiares

e visitantes, 97Comunicando as más notícias, 98Conversas difíceis, 98Melhorando a comunicação

entre pacientes idosos e médicos, 99Comunicando-se com médicos, 99Educação em saúde, 99

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SUMÁRIO xvii

6 Manutenção do Balanço Hídrico e Atendimento das Necessidades Nutricionais do Idoso, 102Nutrição e envelhecimento, 102

Consumo calórico, 102Nutrientes, 103Água, 109

Desnutrição e os idosos, 110Fatores que afetam a nutrição

em idosos, 110Aspectos sociais e culturais

da nutrição, 112Processo de enfermagem

para o risco de aspiração, 1267 Medicações e Idosos, 131

Riscos relacionados aos métodos usados para testar medicamentos, 131

Riscos relacionados às mudanças fi siológicas do envelhecimento, 132

Farmacocinética, 132Farmacodinâmica, 133

Critérios de beers para uso de medicação potencialmente inapropriada em idosos, 134

Riscos relacionados com mudanças cognitivas e sensoriais, 134

Riscos relacionados a conhecimento inadequado, 137

Riscos relacionados a fatores fi nanceiros, 140Administração de medicação

em uma instituição, 140Investigação clínica de enfermagem

e medicação, 140Medicações e plano de cuidados

de enfermagem, 142Intervenções de enfermagem

relacionadas à administração da medicação, 142

Direitos do paciente e medicação, 146Automedicação e idosos, 146

Em uma instituição, 146Em casa, 147

Ensinando idosos sobre medicamentos, 147Segurança e problemas de não adesão

terapêutica, 1488 Avaliação da Saúde dos Idosos, 151

Rastreio de saúde, 151Avaliações de saúde, 151Anamnese de idosos, 152

Preparando o espaço físico, 152Estabelecendo vínculo, 152Estruturando a anamnese, 153

Obtendo o histórico clínico, 154Exame físico dos idosos, 154

Inspeção, 155Palpação, 155Ausculta, 156Percussão, 156

Avaliando os sinais vitais nos idosos, 156Temperatura, 156Pulso, 156Respiração, 157Pressão arterial, 157

Avaliação dos sentidos nos idosos, 161Avaliações cognitiva e psicossocial dos idosos, 161

Avaliações especiais, 162Avaliação das alterações nas condições

do idoso, 163Acrônimo spices, 163Acrônimo conheppas, 163

9 Atendendo às Necessidades de Segurança dos Idosos, 167Fatores de risco intrínsecos, 167

Quedas, 168Fatores de risco extrínsecos, 169

Riscos de incêndio, 169Segurança em casa, 170Acidentes com automóveis, 170Perigos térmicos, 172

Resumo, 174

UNIDADE III CUIDADOS PSICOSSOCIAIS DOS IDOSOS

10 Cognição e Percepção, 180Funcionamento cognitivo-perceptivo normal, 180

Cognição e inteligência, 181Cognição e linguagem, 181

11 Autopercepção e Autoconceito, 200Autopercepção e autoconceito normais, 200Autopercepção/autoconceito e envelhecimento, 202

Depressão e envelhecimento, 203Suicídio e envelhecimento, 203

12 Papéis e Relacionamentos, 214Papéis e relacionamentos normais, 214Papéis, relacionamentos e envelhecimento, 215

13 Enfrentamento e Estresse, 224Estresse e enfrentamento normais, 224

Sinais físicos do estresse, 224Sinais cognitivos do estresse, 225Estresse e doenças, 227Estresse e eventos cotidianos, 227Redução do estresse e estratégias

de enfrentamento, 22714 Valores e Crenças, 234

Valores e crenças comuns em idosos, 236Valores econômicos, 237Valores interpessoais, 237Valores culturais, 237Valores espirituais ou religiosos, 237

15 Cuidados no Final da Vida, 243Morte nas culturas ocidentais, 243Atitudes em relação ao planejamento no fi nal da

vida, 243Diretrizes antecipadas, 244

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xviii SUMÁRIO

Atitudes dos profi ssionais de saúde em relação ao fi nal da vida, 245

Esclarecimento dos valores relacionados à morte e aos cuidados no fi nal da vida, 245

O que é uma “boa” morte, 246Onde as pessoas morrem, 246Cuidados paliativos, 247Avaliação e intervenções multidisciplinares

nos cuidados ao fi nal da vida, 247Comunicação no fi nal da vida, 247Perspectivas, avaliações

e intervenções psicossociais, 248Perspectivas culturais, 248Comunicação sobre a morte, 248Processo de tomada de decisões, 249Considerações espirituais, 249Depressão, ansiedade e medo, 250

Alterações, avaliações e intervenções fi siológicas, 250

Dor, 250Fadiga e sonolência, 252Alterações cardiovasculares, 252Alterações respiratórias, 253Alterações gastrointestinais, 253Alterações urinárias, 254Alterações de pele, 254Alterações nos sentidos, 254Alterações na cognição, 255

Morte, 255Arranjos para o funeral, 256Luto, 256

16 Sexualidade e Envelhecimento, 259Fatores que afetam a sexualidade dos idosos, 259

Mudanças normais nas mulheres, 259Disfunção erétil em homens, 260Doença e diminuição da função sexual, 260Álcool e medicamentos, 260Perda de um parceiro sexual, 260

Casamento e idosos, 261Cuidadores e a sexualidade dos idosos, 261Saúde sexual e orientação sexual, 261

Privacidade e direitos pessoais de idosos, 262

UNIDADE IV O CUIDADO FÍSICO DO IDOSO

17 Cuidados com o Envelhecimento da Pele e das Membranas da Mucosa, 266Alterações na pele, cabelos e unhas relacionadas

à idade, 266A cor da pele, 267Pele seca, 267Exantema e irritação, 268Pigmentação, 268Integridade do tecido, 268Úlceras por pressão, 269Quantidade, distribuição, aparência

e consistência dos cabelos, 271

Alterações nas membranas da mucosa oral relacionadas à idade, 279

Cáries dentárias, 279Doença periodontal, 279Dor, 279Dentadura, 279Boca seca, 280Leucoplasia, 280Câncer, 280Desordens causadas por defi ciência

de vitaminas, 280Superinfecções, 280Problemas relacionados ao álcool

e ao tabaco, 281Problemas causados por condições

neurológicas, 28118 Eliminação, 286

Padrões normais de eliminação, 286Eliminação e envelhecimento, 286

Constipação, 286Impactação intestinal, 288Diarreia, 291Incontinência intestinal, 292Retenção urinária, 293Infecção do trato urinário, 294Incontinência urinária, 294

19 Atividade e Exercício, 302Padrões normais de atividade, 302Atividade e envelhecimento, 303

Recomendações de exercício para os idosos, 303

Efeitos dos processos patológicos sobre a atividade, 305

Reabilitação, 32420 Sono e Repouso, 328

Padrão saudável de sono e repouso, 328

Sono e repouso normais, 328Sono e envelhecimento, 329Distúrbios do sono, 329

Apêndice A Valores de Exames Laboratoriais para Idosos, 337

Apêndice B A Escala de Depressão Geriátrica (EDG), 341

Apêndice C Informações Nutricionais para Idosos, 343

Apêndice D Recursos para Idosos, 345

Bibliografi a e Referências para o Leitor, 347Glossário, 358Créditos de Ilustração, 363Índice, 365Guia de Estudo, 379Respostas para as Questões

de Revisão, 397

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capí tu lo

131

7

Objetivos

1. Identifi car os fatores que aumentam o risco de problemas relacionados a medicações.

2. Discutir as razões pelas quais cada um desses fatores aumenta o risco para a saúde do idoso.

3. Descrever como a farmacocinética é alterada com o envelhecimento.

4. Descrever as mudanças na farmacodinâmica observadas no idoso.

5. Identifi car a importância dos critérios de Beers. 6. Explicar as precauções específi cas necessárias

ao administrar medicação em idosos em uma instituição.

7. Identifi car os riscos relacionados ao envelhecimento e as observações da enfermagem pertinentes a categorias específi cas de medicamentos.

8. Discutir como as medicações se encaixam no plano de cuidados da enfermagem.

9. Descrever as intervenções específi cas de enfermagem e as modifi cações na técnica relacionadas à administração de medicação em idosos.

10. Descrever os direitos do idoso assim como ele se relaciona com a administração da medicação.

11. Identifi car a informação que deve ser fornecida para o idoso no que tange à medicação.

12. Discutir o impacto das mudanças relacionadas ao envelhecimento na autoadministração de medicação.

13. Descrever as intervenções de enfermagem que podem reduzir os problemas relacionados à autoadministração da medicação em casa.

Medicações e Idosos

Palavras-Chave

absorção distribuição excreção farmacocinética

farmacogeriatria meia-vida metabolismo polifarmácia

Os problemas relacionados às medicações são comuns em idosos, e eles são caros em termos de tempo e dinheiro. Me-dicações podem alterar a capacidade do idoso de realizar as funções normais, podem levar a alterações de compor-tamento e podem ser arriscadas para sua vida. Reações ad-versas são mais comuns em idosos. Os estudos revelaram que 17% das hospitalizações de idosos com idade superior a 66 anos foram relatadas apresentando reações adversas a medicamentos. Além disso, uma em cada três pessoas idosas está propensa a desenvolver complicações iatro-gênicas (relacionadas ao tratamento) secundárias à me-dicação tomada durante a estadia no hospital. As reações adversas à medicação também foram relacionadas ao aumento do risco de quedas e de acidentes automobilís-ticos. Os estudos mostram que as hospitalizações resul-tantes custam aos idosos e aos contribuintes bilhões de dólares a cada ano.

As estimativas indicam que, para um idoso de 65 anos, a média é tomar três ou mais medicações prescritas por dia. Além disso, a média de medicamentos isentos de prescrição (MIP) é de três ou quatro. O custo desses medicamentos excede US$ 3 bilhões por ano. Os estudos mostraram que 40% de todos os medicamentos prescritos são destinados a idosos com mais de 65 anos. Muitos idosos preferem tentar a automedicação com MIP antes de consultar um médico. Os estudos mostram que os idosos compram 40%

dos MIPs vendidos e que 90% desse grupo usa MIPs pelo menos ocasionalmente.

Considerando esses números, não é surpreendente que o uso, mau uso e abuso de medicações represente ameaças sérias para essa população. Medicações são subs-tâncias potentes. Para cada efeito desejado, muitos efeitos colaterais e adversos normalmente ocorrem. Embora os medicamentos sejam frequentemente úteis ou necessários para a manutenção da vida, representam riscos para pes-soas de todas as idades, e os idosos estão em risco maior que a população mais nova ( Quadro 7-1 ).

RISCOS RELACIONADOS AOS MÉTODOS USADOS PARA TESTAR MEDICAMENTOS Em geral, a metodologia usada para testar medicamentos e estabelecer doses terapêuticas não leva em considera-ção as características únicas dos idosos. Muitos testes de medicamentos são realizados em homens adultos e saudáveis. Devido ao fato dos idosos normalmente terem algumas mudanças nas funções corporais e serem mais propensos a sofrer de pelo menos uma doença, eles não são fi siologicamente como os adultos mais novos. Parece óbvio esperar que uma mulher de 80 anos com 42,63 kg com doença cardíaca não reaja da mesma forma que um

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132 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica

homem de 35 anos com 90 Kg. Os medicamentos e as doses apropriados para um podem não ser para outro. Nenhum profi ssional da área médica pensaria em dar uma dose de adulto para uma criança, mas a mesma consideração nem sempre é dada para a situação única observada nos idosos. A farmacogeriatria , o estudo de quanto o idoso responde à medicação, é uma área nova, mas em crescimento. Até que todos os médicos reconheçam a singularidade dos idosos e modifi quem o tratamento de acordo, a superdosagem vai continuar a acontecer.

RISCOS RELACIONADOS ÀS MUDANÇAS FISIOLÓGICAS DO ENVELHECIMENTO As pessoas não vivenciam as mudanças fi siológicas rela-cionadas à idade na mesma intensidade. Quando se consi-dera a resposta dos idosos à medicação, é mais importante considerar a idade fi siológica que a cronológica. Quanto mais mudanças fisiológicas vivenciadas, maior o risco de resposta alterada à medicação. Mesmo as mudanças fi siológicas mais comuns do envelhecimento podem ter um efeito signifi cante na farmacocinética e na farmacodi-nâmica ( Tabela 7-1 ).

FARMACOCINÉTICA A farmacocinética é o estudo das ações do medicamento no corpo, o que inclui absorção, distribuição, metabolismo e excreção.

Absorção dos Medicamentos Muitos medicamentos são tomados oralmente e são absor-vidos através do trato gastrointestinal. A secreção ácida gástrica diminui com a idade, resultando em pH gástrico aumentado. Quando a concentração de ácido é menor que a normal, a absorção do medicamento é reduzida. A acidez diminuída também afeta a quebra de cápsulas e tabletes no estômago, resultando em taxas variáveis de absorção dependendo da forma que o medicamento é fabricado.

Motilidade gástrica diminuída e taxa diminuída de esvaziamento do estômago são comuns com o envelheci-mento. Isso pode aumentar o tempo de contato da medica-ção com a mucosa gástrica e levar a absorção aumentada. Peristaltismo diminuído também pode afetar a velocidade com que cada medicação chega ao intestino. Pode levar mais tempo para um medicamento chegar ao local de absorção; portanto, sua ação seria retardada. Mudanças na capacidade das células do trato gastrointestinal de ab-sorver e transportar o medicamento também infl uenciam na absorção. Se a medicação não é captada efi cazmente através da membrana celular, a quantidade de absorção será diminuída.

Distribuição dos Medicamentos Comumente, há uma diminuição da massa corporal, massa magra corporal e água total do corpo, e aumento na gordura corporal total, com o envelhecimento. Essas mudanças podem alterar signifi cativamente a distribuição dos medicamentos. Como há redução da água corporal total, fármacos solúveis em água, como gentamicina, bloqueadores de receptor de histamina e lítio, tendem a permanecer em altas concentrações na corrente sanguínea. Isso resulta em concentrações sanguíneas aumentadas de medicamentos solúveis em água.

Como a massa muscular diminui e a porcentagem do tecido adiposo aumenta, fármacos solúveis em gordura, como o fenobarbital e os benzodiazepínicos, fi cam depo-sitados no tecido gorduroso, resultando em níveis sanguí-neos anormalmente baixos. Se a dosagem é aumentada baseada nesses níveis sanguíneos, uma concentração exces-siva pode ser administrada. Como os medicamentos so-lúveis em gordura continuam sendo liberados lentamente da gordura para a corrente sanguínea, os idosos podem exibir efeitos retardados e cumulativos. A meia-vida de uma única dose de diazepam, que em um adulto jovem é de 36 horas, pode se estender para até 100 horas em um indivíduo idoso.

Uma diminuição na hemoglobina e na proteína plas-mática albumina é comum com o envelhecimento. Isso resulta em poucos locais disponíveis para medicamentos que se ligam a proteína, tais como warfarina, fenitoína, teofi lina, salicilato e tolbutamida. O perigo de reações ad-versas ou tóxicas é alto, mesmo em doses menores, pois um agente ativo, mas não ligado, ainda está na circulação sanguínea. O risco de toxicidade é maior em idosos des-nutridos. Pessoas com idade avançada que consomem muito carboidrato e pouca proteína são mais propensas a desenvolver toxicidade do que uma pessoa com uma dieta balanceada. Como nem todos os exames de medicamentos sanguíneos conseguem distinguir entre medicações ligadas

Quadro 7-1 Fatores que Aumentam o Risco de Problemas Relacionados à Medicação

• Metodologia usada em estudos com medicação para libe-ração de seu uso.

• Mudanças fi siológicas relacionadas ao envelhecimento. • Uso de múltiplas medicações. • Mudanças cognitivas e sensoriais. • Défi cit de conhecimento. • Preocupações fi nanceiras.

Tabela 7-1 Fatores que Afetam a Resposta à Medicação em Idosos

EFEITO CAUSAAbsorção

do medicamento diminuída

Ácido hipoclórico diminuído; motilidade gastrointestinal alterada

Distribuição do medicamento alterada

Armazenamento de medicamentos solúveis em gordura no tecido adiposo; albumina sérica diminuída para ligação dos medicamentos

Metabolismo do medicamento alterado

Atividade enzimática diminuída no fígado

Excreção do medicamento alterada

Fluxo renal diminuído; taxa de fi ltração glomerular diminuída; número diminuído da função dos túbulos renais

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Medicações e Idosos CAPÍTULO 7 133

e não ligadas, esses exames podem não fornecer medições tóxicas confi áveis.

Metabolismo dos Medicamentos O fígado é o local primário do metabolismo dos medica-mentos. O envelhecimento frequentemente resulta em atividade diminuída das células hepáticas, diminuição das enzimas metabólicas e débito cardíaco diminuído, o que resulta em fluxo sanguíneo reduzido para o fíga-do. Aos 65 anos, o fígado tem apenas 55% a 65% da per-fusão de um adulto jovem. Essa redução na perfusão diminui a eficácia do fígado em metabolizar medica-mentos. Quando os fármacos não são metabolizados eficazmente pelo fígado do idoso, o risco de toxicidade aumenta. A toxicidade é sempre uma preocupação em relação aos medicamentos frequentemente prescritos para os idosos, entre eles, digoxina, � -bloqueadores, bloqueadores de canal de cálcio e antidepressivos tricíclicos.

Excreção dos Medicamentos Os rins de idosos são signifi cativamente menos efi cazes em remover produtos do metabolismo, incluindo os sub-produtos dos medicamentos. Com os rins tornando-se menos eficazes na excreção de medicamentos, mais medicamentos permanecem na circulação, levando a níveis elevados de medicamentos e sintomas de toxici-dade. As mudanças na circulação que reduzem o fl uxo sanguíneo para os rins resultam em acumulação de me-dicamentos na corrente sanguínea e aumentam o risco de toxicidade.

Como as mudanças na função renal são acompanha-das por mudanças na massa magra corporal, os níveis de creatinina sérica frequentemente permanecem constantes, mascarando a diminuição na função. Quando os riscos para toxicidade são avaliados, exames de depuração da creatinina fornecem uma medida mais efi caz da função renal do que a medida da creatinina sérica.

Medicações como aminoglicosídeos, digoxina, lítio, procainamida e cimetidina têm possibilidade de alcançar níveis tóxicos devido a excreção renal prejudicada. Subs-tâncias não prescritas como álcool e nicotina também po-dem afetar a função renal e causar mudanças na eliminação de medicamentos em idosos.

FARMACODINÂMICA As respostas a medicamentos são menos previsíveis em idosos. Mudanças patológicas no órgão-alvo podem afe-tar a resposta aos medicamentos. Os locais do receptor nos órgãos-alvo podem responder com mais ou menos sensibilidade ao medicamento. Os receptores podem res-ponder normalmente a algumas medicações, mas não a outras. Os receptores frequentemente podem ser mais sensíveis aos medicamentos, colocando os idosos em risco aumentado de reações tóxicas. Receptores cerebrais são particularmente sensíveis, ocasionando uma forte res-posta da maioria dos idosos à medicação psicotrópica. Quando os locais do receptor são menos sensíveis, o in-divíduo pode precisar de doses maiores que o normal para atingir os efeitos terapêuticos. Se os locais dos receptores no miocárdio são afetados, os idosos podem precisar de

doses mais altas de medicamentos como propranolol e lidocaína. A administração dessas doses maiores aumenta o risco de toxicidade.

Polifarmácia Polifarmácia , ou seja, a prescrição, administração ou uso de mais medicação do que é clinicamente indicado, é um problema comum nos idosos ( Fig. 7-1 ). De acordo com muitos estudos, os idosos ingerem um número de medi-camentos muito maior que as pessoas mais novas. Uma pesquisa recente revelou que um idoso-padrão em ins-tituição toma 7,5 medicações. Aproximadamente 10% dos que vivem independentemente tomam 12 medicamentos prescritos. Esse número não inclui os MIPs, que podem ser tomados com ou sem recomendação ou conhecimento do médico. É estimado que os idosos compram 40% das medicações não prescritas. Quanto mais medicamentos tomados, maior o risco de reações indesejáveis, intera-ção de medicamentos e toxicidade dos medicamentos. A interação dos medicamentos e a toxicidade em idosos costumam resultar em alterações cognitivas e no com-portamento que são frequentemente confundidas com demência.

Muitos fatores contribuem para o aumento do uso de medicações entre os idosos, incluindo um aumento da probabilidade de múltiplas doenças agudas ou crô-nicas, disponibilidade aumentada de uma variedade de prescrições e MIPs, mudanças nas expectativas dos pacientes, e mudanças no sistema de prestação de tra-tamento.

Medicamentos mais novos, melhores e mais potentes são desenvolvidos todos os dias. Condições médicas de

FIGURA 7-1 O uso concomitante de muitas medicações prescritas pode levar o idoso à polifarmácia.

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134 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica

idosos que foram antes consideradas intratáveis, hoje são tratadas rotineiramente usando-se medicamentos. Como os idosos tendem a ter mais queixas físicas ou doenças que indivíduos mais novos, o uso de medicamentos aumenta exponencialmente.

Os idosos procuram intervenção médica por muitos motivos. Alguns vivem com seus problemas e só procuram intervenção médica quando estão muito preocupados. Quando a pessoa procura orientação médica, sua con-dição pode ter se deteriorado seriamente, precisando de prescrição de múltiplos medicamentos. Outros idosos fazem visitas frequentes aos médicos para garantir que não há nada de grave com eles. Em vez de gastar o tempo necessário para tranquilizar o idoso, alguns médicos en-tregam uma prescrição como forma de encerrar a visita. Infelizmente, essa péssima prática médica ocorre com frequência e pode resultar em idosos tomando medicação desnecessária.

Além disso, outros idosos esperam que seus médicos sejam capazes de eliminar todos os seus problemas e doen-ças com remédios. Cada programa de televisão, artigo de revista ou recomendação de um amigo exaltando os benefícios de um novo medicamento direcionam alguns idosos ao consultório de seus médicos para pedir, ou até mesmo exigir, o novo medicamento. Eles esperam que o médico forneça medicamentos para atenuar sua doença e frequentemente acham que o médico não está fazendo nada por eles a menos que alguma medicação seja pres-crita. Alguns idosos até vão de médico em médico até que achem um que lhes dê o que eles querem. Sob essa pressão, alguns médicos prescrevem medicações que não prescreveriam usualmente.

As mudanças na prestação de cuidados com a saúde, particularmente o aumento da especialização médica, têm contribuído para os problemas relacionados à medi-cação. É crescentemente comum para um idoso ter três ou mais médicos fornecendo tratamento. Quando mais de um médico prescreve medicamentos, o risco de reações a medicações e de supermedicação aumenta dramatica-mente. Se o médico desconhece quais medicamentos o paciente já está tomando, ele não poderá considerar esses fármacos quando determinar a segurança da próxima prescrição. Todos os médicos que fornecem tratamento para um idoso devem estar atentos a todas as medicações que esse idoso está tomando, independente de quem as prescreveu.

Situação Clínica

Efeitos Colaterais da Medicação Um paciente que estava tomando timolol colírio prescrito por um oftalmologista para tratar um glaucoma começou a sentir dor nas articulações. Não vendo nenhuma conexão entre seus problemas no olho e suas dores nas articulações, procurou um reumatologista. Felizmente, o reumatologista perguntou ao paciente se ele estava tomando algum outro medicamento. Quando o timolol foi identi-fi cado, o reumatologista reconheceu a possibilidade de problema induzido por medicamento e contatou o oftalmologista, que então mudou a medicação. A dor nas articulações desapareceu sem intervenção médica adicional.

CRITÉRIOS DE BEERS PARA USO DE MEDICAÇÃO POTENCIALMENTE INAPROPRIADA EM IDOSOS O fato de que os idosos respondem diferentemente às várias medicações quando comparados com os adultos mais novos já foi reconhecido há algum tempo. Até recen-temente, não existiam diretrizes específi cas para ajudar o médico na seleção da medicação menos provável de causar reações adversas. Em 1991, os critérios de Beers, uma lista dos medicamentos que deveriam ser evitados pelos idosos, foram desenvolvidos. Essa lista foi melhorada e expandida em 1997, e novamente em 2002. Duas listas separadas existem. A Parte I identifi ca as medicações mais bem evitadas pelos idosos independentemente do diagnós-tico ou condição ( Tabela 7-2 ). A Parte II usa os diagnósticos ou as condições como consideração primária ( Tabela 7-3 ). Nos Estados Unidos, os sistemas de saúde desenvolveram regulamentos para os locais especializados em atendimen-to de enfermagem que são baseados nos critérios de Beers. Instalações de cuidados especializados são requeridas para ter protocolos que garantam que a prescrição médica está em observância. Penalizações são emitidas para os es-tabelecimentos que falham em seguir as recomendações.

Para proteger o idoso, os médicos e os outros profi ssio-nais que têm autoridade legal para prescrever medicações devem lembrar-se de seis diretrizes básicas: (1) começar com dose baixa e aumentar devagar, (2) começar com um medicamento e interromper dois, (3) não usar um medicamento se o efeito adverso for pior que a doença, (4) usar a menor quantidade de medicamentos e recorrer a abordagens não farmacológicas sempre que possível, (5) frequentemente avaliar a resposta do paciente, e (6) considerar a interrupção dos medicamentos desneces-sários.

RISCOS RELACIONADOS COM MUDANÇAS COGNITIVAS E SENSORIAIS Alterações cognitivas e sensoriais aumentam os riscos de erros de medicação em idosos. Os problemas cognitivos se apresentam de várias formas, o que inclui falta de ha-bilidade com a leitura necessária de rótulos e orientações, inabilidade de entender e obedecer orientações, e inabili-dade de fazer julgamentos corretos sobre a medicação. Em vários casos de comprometimento cognitivo, os indivíduos idosos podem nem mesmo reconhecer que precisam tomar medicação. Se eles tentarem tomar a medicação, erros sé-rios e potencialmente lesivos podem ocorrer. Idosos com problemas cognitivos não devem ser responsáveis por sua própria medicação, mas devem ser supervisionados por um membro da família ou enfermeiro.

Alterações sensoriais, particularmente visuais, e, em uma menor extensão, alterações na audição representam problemas para os idosos. Quando as mudanças na visão impedem ou difi cultam a leitura do rótulo do medicamento pelo idoso ou sua capacidade de reconhecer os diferentes tamanhos, formas e cores dos vários remédios, podem sur-gir sérios problemas. Por não serem capazes de ler a pres-crição médica e as orientações, muitos idosos tomam suas medicações sem nenhum critério, sem seguir a prescrição, frequentemente tomando a medicação errada no horário

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Medicações e Idosos CAPÍTULO 7 135

(Continua)

Tabela 7-2 Critérios de 2002 para Uso de Medicações Potencialmente Inapropriadas em Idosos: Independente de Diagnóstico ou Condições − Critérios de Beers

MEDICAMENTO PREOCUPAÇÃO

GRAVIDADE (ALTA OU BAIXA)

Propoxifeno (Darvon®) e produtos de combinação (Darvon com ASA®, Darvon-N® e Darvocet-N®) *

Oferece pouca vantagem analgésica sobre o acetaminofeno, ainda tem efeitos adversos de outro medicamento narcótico.

Baixa

Indometacina (Indocin® ou Indocin SR®) De todos os medicamentos anti-infl amatórios não esteroidais disponíveis, esse medicamento produz o maior efeito adverso no SNC.

Alta

Pentazocina (Talwin®) Analgésico narcótico que causa mais efeitos adversos no SNC, incluindo confusão e alucinação, mais comumente que outras medicações narcóticas. Além disso, é misturado agonista e antagonista.

Alta

Trimetobenzamida (Tigan®) Uma das medicações antieméticas menos efi cazes, ainda pode causar efeitos adversos extrapiramidais.

Alta

Relaxantes musculares e antiespasmódicos: metocarbamol (Robaxin®), carisoprodol (Soma®), clorzoxazona (Paralon®), metaxalona (Skelaxin®), ciclobenzaprina (Miosan®) e oxibutinina (Ditropan®). Não considerar o Ditropan XL® liberação estendida.

A maioria dos medicamentes relaxantes musculares e antiespasmódicos é pouco tolerada por idosos, uma vez que causam efeitos adversos anticolinérgicos, sedação e fraqueza. Além disso, sua efi cácia em doses toleradas por pacientes idosos é questionável.

Alta

Flurazepam (Dalmadorme®) Esse benzodiazepínico hipnótico tem uma meia-vida extremamente longa em idosos (vários dias), produzindo sedação prolongada e aumentando a incidência de quedas e fraturas. Os benzodiazepínicos de média e curta ações são preferíveis.

Alta

Amitriptilina (Elavil®), clordiazepóxido-amitriptilina (Limbitrol®) e ferfenazina-amitriptilina (Triavil®)

Devido às suas propriedades anticolinérgicas e sedativas, a amitriptilina é raramente o antidepressivo de escolha para pacientes idosos.

Alta

Doxepina (Sinequan®) Devido às suas propriedades anticolinérgicas e sedativas, a doxepina é raramente o antidepressivo de escolha para pacientes idosos.

Alta

Meprobamato (Miltown® e Equanil®) Esse é um ansiolítico altamente ativo e sedativo. Os usuários de meprobamato por períodos prolongados podem tornar-se dependentes e pode ser necessário suspender lentamente.

Alta

Doses de benzodiazepínicos de curta ação: doses maiores de lorazepam (Ativan®), 3 mg; oxazepam (Serax®), 60 mg; alprazolam (Xanax®), 2 mg; temazepam (Restoril®), 15 mg; e triazolam (Halcion®), 0,25 mg

Devido à sensibilidade aumentada a benzodiazepínicos dos pacientes idosos, doses menores podem ser efi cazes assim como mais seguras. A dose total diária raramente deve exceder o máximo sugerido.

Alta

Doses de benzodiazepínicos de longa ação: clordiazepóxido (Librium®), clordiazepóxido-amitriptilina (Limbitrol®), clidiniumclordiazepóxido (Librax®), diazepam (Valium®), quazepam (Doral®), halazepam (Paxipam®) e clorazepate (Tranxeno®)

Esses medicamentos têm uma meia-vida longa em pacientes idosos (frequentemente, vários dias), produzindo sedação prolongada e aumento do risco de quedas e fraturas. Os benzodiazepínicos de ação curta ou intermediária são preferíveis se benzodiazepínicos forem necessários.

Alta

Disopiramida (Norpace® ou Norpace CR®) De todas as medicações antiarrítmicas, essa é o inotrópico negativo mais potente e, portanto, pode induzir falência cardíaca em idosos. Também é fortemente anticolinérgico. Outra medicação antiarrítmica deve ser usada.

Alta

Digoxina (Lanoxina®) (não deve exceder mais de 0,125 mg/dia, exceto quando tratando arritmias)

Remoção renal diminuída pode levar a risco aumentado de efeitos tóxicos.

Baixa

Dipiridamol (Persantine®) de curta ação. Não se deve considerar o dipiridamol de longa ação (que tem melhores propriedades que o de curta ação em idosos), exceto em pacientes com válvulas cardíacas artifi ciais.

Pode causar hipotensão ortostática. Baixa

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136 UNIDADE II Habilidades Básicas para a Enfermagem Gerontológica

Tabela 7-2 Critérios de 2002 para Uso de Medicações Potencialmente Inapropriadas em Idosos: Independente de Diagnóstico ou Condições − Critérios de Beers—cont.

MEDICAMENTO PREOCUPAÇÃO

GRAVIDADE (ALTA OU BAIXA)

Metildopa (Aldomet®) e metildopa-hidroclorotiazida (Aldoril®)

Pode causar bradicardia e exacerbar depressão em pacientes idosos.

Alta

Reserpina em doses > 0,25 mg Pode induzir depressão, impotência, sedação e hipotensão ortostática.

Baixa

Clorpropramida (Diabinese®) Tem uma meia-vida prolongada em pacientes idosos e pode causar hipoglicemia prolongada. Além disso, é o único agente hipoglicemiante oral que causa SIADH.

Alta

Medicamentos antiespasmódicos gastrointestinais: diciclomina (Bentyl®), hiosciamina (Levsin ou Levsinex®), propantelina (Pró-Bantine®) beladona alcaloides (Donatal® e outros) e clidinium-clordiazepóxido (Librax®)

Medicamentos antiespasmódicos do GI são altamente anticolinérgicos e têm efi cácia incerta. Essas medicações devem ser evitadas (especialmente o uso de longa duração).

Alta

Anticolinérgicos e anti-histamínicos: clorfeniramina (Clor-Trimetom®), difenidramina (Benadril®), hidroxizina (Vistaril® ou Atarax®), ciproeptadina (Periactina®), prometazina (Fenergam®), tripelenamina, dexclorfeniramina (Polaramine®)

Todos os anti-histamínicos não prescritos e muitos dos prescritos podem ter propriedades anticolinérgicas potentes. Os anti-histamínicos não anticolinérgicos são os preferidos em pacientes idosos quando se trata de reações alérgicas.

Alta

Difenidramina (Benadril®) Pode causar confusão e sedação. Não deve ser usado como hipnótico; e, quando usado para tratar emergências de reações alérgicas, deve ser dado na menor dose possível.

Alta

Ergot mesiloide (Hydergine®) e ciclandelato (Ciclospasmol®)

Não foi demonstrado tendo efi cácia nas doses estudadas. Baixa

Sulfato ferroso > 325 mg/dia Doses > 325 mg/dia não aumentam consistentemente a quantidade absorvida, mas aumentam bastante a incidência de constipação.

Baixa

Todos os barbitúricos (exceto fenobarbital), exceto quando usados no controle de convulsões

São altamente viciantes e causam mais efeitos adversos que a maioria dos medicamentos sedativos ou hipnóticos em pacientes idosos.

Alta

Meperidina (Demerol®) Não é um analgésico oral efi caz nas doses usadas normalmente. Pode causar confusão e tem muitas desvantagens em relação a outras medicações narcóticas.

Alta

Ticlopidina (Ticlid®) Tem sido mostrado não sendo melhor que a aspirina na prevenção de coágulo e pode ser consideravelmente mais tóxico. Existem alternativas mais seguras e efi cazes.

Alta

Cetorolaco (Toradol®) O uso imediato e de duração longa deve ser evitado em idosos, uma vez que muitos destes têm uma condição patológica assintomática no GI.

Alta

Anfetaminas e agentes anoréxicos Essas medicações têm potencial para causar dependência, hipertensão, angina e infarto do miocárdio.

Alta

Dose inteira com uso de longa duração, meia-vida mais longa, AINES não seletivos de COX: naproxeno (Naprosin®, Avaprox® e Aleve®), oxaprozina (Dayprol®) e piroxicam (Feldene®)

Têm potencial para produzir sangramento no GI, falência renal, pressão sanguínea alta e falência cardíaca.

Alta

Fluoxetina diária (Prozac®) Meia-vida longa da medicação e risco de produzir estimulação excessiva do SNC, distúrbios do sono e aumento na agitação. Existem alternativas mais seguras.

Alta

Estimulantes laxativos de uso de longa duração: bisacodil (Dulcolax®), cáscara sagrada e Neoloide, exceto na presença de analgésico opiáceo

Podem exacerbar disfunção intestinal. Alta

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Objetivos

1. Identifi car os diferentes níveis de avaliação. 2. Descrever as diferenças entre dados objetivos e

subjetivos. 3. Discutir a importância da avaliação global. 4. Descrever os métodos apropriados para estruturação e

condução da anamnese. 5. Identifi car as abordagens que facilitam a realização

de um bom exame físico no idoso.

6. Discutir as modifi cações utilizadas ao preparar um idoso para o exame físico.

7. Descrever as técnicas utilizadas para realização do exame físico.

8. Explicar as adaptações utilizadas na avaliação dos sinais vitais dos idosos.

9. Discutir o signifi cado do Conjunto de Dados Mínimo ( Minimum Data Set ) como ferramenta para avaliação global de idosos institucionalizados.

Palavras-Chave

avaliação ausculta inspeção

palpação percussão rastreio

Avaliação da Saúde dos Idosos

A avaliação da saúde dos idosos pode ser realizada de diversas formas, desde rastreios simples até avaliações mais complexas. Para realizar uma boa avaliação, os en-fermeiros e os outros profi ssionais de saúde devem ter os conhecimentos e as habilidades necessárias para fazer uma avaliação correta. Eles devem saber como utilizar as fer-ramentas e os equipamentos diagnósticos com segurança. Além disso, eles devem ter conhecimento e sensibilidade em relação às necessidades e características particulares dos idosos.

RASTREIO DE SAÚDE Os rastreios são realizados para identifi car quais idosos necessitam uma avaliação mais detalhada ( Tabela 8-1 ). Rastreios para hipertensão arterial, problemas auditivos, problemas nos pés e problemas em atividades diárias são geralmente realizados nos centros de idosos e nas unidades de atendimento básico de saúde. Os serviços de triagem são geralmente organizados por escolas médicas e de en-fermagem ou por outros grupos de saúde comprometidos em ajudar idosos com necessidades. Muitos rastreios são realizados por leigos sob a supervisão de profi ssionais. Os rastreios específi cos para depressão e risco de suicídio, em-bora menos frequentes, são recomendados para a popula-ção idosa. Alguns problemas são mais frequentes em certas etnias. Rastrear os problemas mais frequentes presentes em determinadas etnias pode promover identifi cação e tratamento precoces.

Os rastreios não têm como objetivo fornecer tratamen-to; eles servem para identifi car os idosos com alterações signifi cativas e encaminhá-los para o serviço de saúde

mais apropriado (isto é, médico, assistente social, nu-tricionista ou enfermeiro). Avaliações precoces e encami-nhamentos adequados ajudam a garantir que os idosos, que são os que mais necessitam de cuidados, sejam vistos no momento apropriado. Eles também ajudam a reduzir a frustração nos idosos e a perda de tempo e recursos. Dependendo do que está sendo avaliado, os rastreios de saúde podem ser realizados pessoalmente, por telefone, por teleconferência ou, menos frequentemente, por pes-quisas pelo correio.

AVALIAÇÕES DE SAÚDE As avaliações detalhadas de saúde são demoradas e devem ser realizadas por profi ssionais especializados. Os enfer-meiros realizam avaliações de saúde de idosos na comuni-dade, em clínicas e em instituições de longa permanência. As avaliações de saúde incluem a coleta de todos os dados importantes relacionados à saúde com o uso de diversas técnicas. Dados são todas as informações que o enfermeiro reúne sobre um indivíduo. Estas informações são utilizadas para formular diagnósticos de enfermagem e para planejar os cuidados ao paciente; assim, é essencial que os dados coletados sejam precisos e completos. Os dados podem ser objetivos ou subjetivos.

Dados objetivos são informações que podem ser obti-das utilizando os sentidos da visão, audição, tato e olfato. As informações objetivas são coletadas pela observação direta, exame físico, e exames laboratoriais e de imagem. Como os dados objetivos são concretos por natureza, todos os observadores treinados devem relatar achados seme-lhantes sobre uma pessoa ou sobre seu comportamento

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em qualquer momento. Comportamentos como chorar, mancar e segurar o abdômen podem ser verifi cados por qualquer um que observe o paciente. Erosões, lesões de pele e secreção em feridas também podem ser observadas por todos. Os dados objetivos podem ser mais precisos e específi cos com o uso de monitores, medidores e outros equipamentos. Medida da pressão arterial, peso, tamanho de uma ferida, volume urinário e resultados de exames laboratoriais são exemplos de dados objetivos específi cos. Sempre que possível, os dados objetivos devem ser rela-tados com informações específi cas, já que dados precisos aumentam a capacidade do enfermeiro de detectar altera-ções no estado de saúde de um indivíduo. Por exemplo, é melhor medir diretamente a temperatura do que tocar a pele e sentir se ela está quente. Ambas são observações objetivas; porém, uma é mais precisa que a outra.

Dados subjetivos são informações coletadas do ponto de vista do idoso. Medo, ansiedade, frustração e dor são exemplos de informações subjetivas. Os dados subjetivos são mais bem descritos nas próprias palavras do indivíduo,

tais como: “Eu tenho muito medo do que vai acontecer comigo aqui” ou “Dói tanto que podia morrer!”

Ao avaliar a saúde de uma pessoa idosa, o enfermeiro necessita modifi car sua abordagem e as técnicas habituais para torná-las mais adequadas aos idosos * .

ANAMNESE DE IDOSOS A anamnese realizada na admissão em uma clínica ou em uma instituição de longa permanência geralmente é pla-nejada e conduzida formalmente. Em algumas situações, pode ser espontânea, informal e baseada nas necessidades imediatas reconhecidas pelo enfermeiro. Antes de iniciar uma anamnese com um idoso, o enfermeiro deve planejar estratégias para estabelecer e manter um clima que pro-mova conforto e confi ança. Isto inclui preparar o espaço físico, estabelecer um vínculo com o paciente e estruturar o fl uxo da anamnese. Durante esta fase de planejamento, o enfermeiro deve considerar as necessidades particulares do idoso.

PREPARANDO O ESPAÇO FÍSICO O local onde a anamnese será realizada deve ser cuidado-samente escolhido. As distrações devem ser mínimas; sons de televisão, rádio ou de outros ruídos do ambiente não devem ser altos o sufi ciente que possam distrair o idoso ou interferir na capacidade dele de escutar as palavras e en-tender as questões. A iluminação deve ser difusa, já que luzes brilhantes ou muito fortes podem difi cultar a visão do idoso. Os móveis devem ser confortáveis. Privacidade é muito importante. O ideal é realizar a anamnese em uma sala em que haja chances mínimas de interrupção. Se tal local não for disponível, o quarto do paciente pode fornecer privacidade sufi ciente — as cortinas e a porta devem ser fechadas. O quarto deve estar com temperatura agradável e livre de correntes de ar que possam causar desconforto. Como muitos idosos apresentam aumento do número de micções ou urgência miccional, é recomendável levá-lo ao banheiro ou avisá-lo da disponibilidade de um banheiro próximo, caso ele precise.

ESTABELECENDO VÍNCULO É recomendado que a anamnese seja iniciada cumprimen-tando o paciente e se apresentando. Durante o primeiro contato, é melhor se referir ao indivíduo usando um tom mais formal (p. ex., “Sr. José” ou “Sra. Maria”). ** O uso ade-quado da tratativa indica respeito e ajuda a construir um vínculo. Usar um tom informal sem o consentimento do indivíduo é presunçoso e muito familiar. Esta familiaridade é sentida pelo idoso, mesmo que ele não verbalize. Quando há alguma dúvida sobre a preferência do indivíduo, é melhor que o enfermeiro pergunte para a pessoa como ela prefere ser chamada.

Tabela 8-1 Medicina Preventiva: Recomendações para Rastreamento em Idosos

EXAME RECOMENDAÇÃOPressão arterial Em todas as consultas, a cada

1-2 anos (USPSTF)

Exame clínico da mama Anualmente se > 40 anos (USPSTF)

Mamografi a A cada 1-2 anos se 50-69 anos A cada 1-3 anos se 70-85+ anos

(AGS, USPSTF)

Exame pélvico/Papanicolau

A cada 2-3 anos; após três exames negativos, pode diminuir após 65-69 anos (AGS, USPSTF)

Colesterol A cada 5 anos Sem dados para > 85 anos

Toque retal Anualmente se > 40 anos (ACS)

Pesquisa de sangue oculto nas fezes

Anualmente se > 50 anos (ACS)

Retossigmoidoscopia A cada 3-5 anos se > 50 anos (ACS)

Exame de próstata/PSA Anualmente se > 50 anos (ACS) Não é recomendado (USPSTF)

Exames para défi cit auditivo, acuidade visual, função tireoidiana, ECG; glicemia; pesquisa de glaucoma

Periodicamente (USPSTF)

Exame do coração, pulmões, linfonodos, testículos, pele, boca

Anualmente (ACS)

Estado funcional/mental, pesquisa de osteoporose, radiografi a de tórax

Conforme necessidade (USPSTF)

ACS , American Cancer Society; AGS , American Geriatrics Society; USPSTF , United States Preventive Services Task Force

* Nota da Revisão Científi ca: De um modo geral, pode-se dizer que os dados subjetivos representam os sintomas, enquanto os dados objetivos representam os sinais de uma determinada condição. ** Nota da Revisão Científi ca: Jamais utilize tratativas que infantilizem o idoso, como “vozinho e vozinha”, do mesmo modo que não se deve usar diminutivos durante a comunicação (p. ex., “Vamos tomar um remedinho?”, “O senhor está com fominha?”). Não se deve usar colocações que despersonalizem o idoso.

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Avaliação da Saúde dos Idosos CAPÍTULO 8 153

O enfermeiro deve explicar brevemente os objetivos da anamnese para que o paciente saiba o que esperar. A ex-plicação ajuda a diminuir a ansiedade, que pode interferir no entendimento. O enfermeiro deve orientar quanto ao tempo estimado para a entrevista, assim como o que irá acontecer após o término.

O enfermeiro deve focar e falar diretamente com o idoso que está sendo avaliado ( Fig. 8-1 ). Isto pode parecer óbvio, mas é frequentemente ignorado na prática. Com frequência, um familiar mais jovem presente durante a anamnese responde pelo idoso. Então, a conversa ocorre entre o enfermeiro e o familiar, enquanto o idoso assiste passivamente. Um idoso mais assertivo pode levantar a voz e dizer “Deixe que eu falo por mim!”, enquanto um idoso mais passivo pode se sentir frustrado e pouco importante. O enfermeiro deve continuar a direcionar a conversa para o idoso e, se necessário e com tato, pedir ao familiar que o idoso responda antes do parente acrescentar outras informações. Em alguns casos, como quando o idoso está confuso, não responsivo ou não fala português, será necessário que o familiar participe mais ativamente para fornecer informações.

Considerações Culturais

Avaliação e Cultura Os norte-americanos tendem a abordar os assuntos diretamente. Isto é considerado inapropriado em muitos países hispânicos e asiáticos, onde um contato mais social, delicado, e uma conversa indireta são mais apropriados. Também é culturalmente apropriado incluir familiares e determinar quem irá responder as questões e participar no processo de avaliação.

No Brasil, os assuntos devem ser abordados garantindo a autonomia do idoso, e a família é inserida no proces-so sobretudo quando o idoso apresenta comprome-timento cognitivo. Considerando que os idosos que residem no Brasil são descendentes de muitas culturas diferentes e muitos deles vieram para o país em perío-dos de guerra, há que se considerar que os aspectos culturais devem ser resguardados tanto na anamnese quanto na execução do exame físico, pois, apesar de viverem no Brasil há muito tempo, ainda mantêm as tradições culturais de seus países de origem.

Durante o exame físico, o enfermeiro deve ser cuidadoso para manter os padrões determinados por cada cultura. • Em algumas culturas, é desejável que um familiar esteja presente

durante o exame físico. Na maioria dos casos, isto deve ser per-mitido.

• Os valores culturais devem determinar se o contato físico com um enfermeiro do sexo oposto é inapropriado. Nestes casos, o paciente ou a família podem solicitar um enfermeiro do mesmo sexo do paciente para realizar o exame físico. Na dúvida, um especialista sobre a cultura específi ca ou um

texto de referência deve ser consultado.

No Brasil, as instituições de saúde devem manter dis-poníveis manuais de conduta frente à abordagem de pacientes de diferentes culturas e religiões, seja no que se refere à comunicação efetiva para a boa con-dução da anamnese, seja para a execução do exame físico e também para a realização dos cuidados de enfermagem.

O vínculo aumenta ao iniciar a anamnese conversando

sobre os problemas que mais estão preocupando o paciente e, após, ao focar nestes problemas. Isto ajuda a diminuir a ansiedade e faz com que o idoso perceba que o enfermeiro está realmente preocupado com ele. A avaliação deve ini-ciar com uma visão geral e só depois focar em problemas específi cos.

ESTRUTURANDO A ANAMNESE É importante reservar tempo sufi ciente para a anamnese. Os idosos geralmente têm um histórico de vida longa e complexa para contar. Lembre-se que a velocidade da memória e as repostas verbais fi cam mais lentas com a idade. O indivíduo pode se sentir pressionado ou tenso se a velocidade da anamnese for muito rápida.

O enfermeiro não deve tentar obter todas as informações em uma única conversa. O esforço envolvido na comunica-ção pode ser cansativo para o idoso, particularmente para aqueles com problemas de saúde. É melhor ter algumas interações breves com duração de até 30 minutos cada, do que uma só conversa longa que deixe o paciente exausto. Os enfermeiros devem estar alertas para sinais de cansaço (p. ex., cabeça ou ombros caindo, suspiros, mudança na expressão facial e irritabilidade), os quais indicam a neces-sidade de encerrar a anamnese.

Durante a anamnese, diversas técnicas de comunicação devem ser utilizadas para garantir que o paciente com-preenda corretamente as informações. Os enfermeiros devem evitar o uso de termos técnicos e devem utilizar apenas palavras que os idosos entendam. O enfermeiro deve falar lenta e claramente, e deve conversar de forma simples mas sem ser ofensivo aos idosos. O fato de o idoso precisar de mais tempo não signifi ca que o indivíduo tenha defi ciência mental. Mesmo que o idoso apresente algum grau de defi ciência mental, ele merece respeito e respostas profi ssionais. Os enfermeiros devem permanecer calmos e empáticos. O enfermeiro não deve interromper quando o paciente estiver falando. O enfermeiro deve ouvir tanto as mensagens verbais quanto as não verbais. Muitos idosos tendem a divagar durante a conversa e necessitam serem FIGURA 8-1 Realizando uma anamnese.

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Unidade IV O Cuidado Físico do Idoso

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Objetivos

1. Discutir as alterações relacionadas ao envelhecimento que têm um efeito na pele e em membranas da mucosa.

2. Identifi car os adultos idosos que estão mais em risco de problemas relacionados à pele e às membranas da mucosa.

3. Descrever as intervenções que ajudam os idosos no cuidado com a pele intacta e com as membranas da mucosa.

Palavras-Chave

alopecia asséptico cuidados escabiose exsudato gengivite halitose

hiperqueratose leucoplasia pigmentação prurido úlceras por pressão xerostomia

Cuidados com o Envelhecimento da Pele e das Membranas da Mucosa

A pele sofre diversas alterações com o envelhecimento que a tornam mais susceptível a dano. Ao longo do tempo, a epiderme torna-se mais fina e as camadas subcutâneas diminuem, aumentando o risco de lesões traumáticas como rupturas da pele ou úlceras por pres-são . Os hematomas são mais frequentes devido às pa-redes capilares mais frágeis. As medicações usadas para tratar problemas de saúde diversos podem causar novos problemas. Os corticosteroides tornam a pele mais frágil, e os anticoagulantes aumentam o risco de sangramento até nos menores traumas. Secreção sebácea reduzida e mudanças circulatórias contribuem para a pele seca e para a descamação das extremidades inferiores que é comum no envelhecimento. A pele envelhecida é mais susceptível a infl amação, infecção e exantema. O pruri-do , que é uma reclamação comum dos idosos, pode ser causado por ressecamento, irritação ou infecção, mas pode estar relacionado a doenças como diabetes melito, doença renal, malignidade ou anemia. As alterações na função das células receptoras da derme resultam em uma diminuição da habilidade do indivíduo idoso na percepção de sensações, tais como a de toque e de pressão, elevando o risco de lesões causadas por pres-são. Embora os problemas de pele usualmente não re-presentem risco à vida, eles são importantes porque podem causar ansiedade na pessoa idosa e levar a uma diminuição de sua qualidade de vida. Os problemas de pele deveriam ser prevenidos sempre que possível; eles deveriam ser reconhecidos, tratados e resolvidos em tempo hábil.

ALTERAÇÕES NA PELE, CABELOS E UNHAS RELACIONADAS À IDADE As alterações na pele, cabelos e unhas podem indicar uma variedade de problemas relacionados à adequação nu-tricional e circulatória. Devido a estas estruturas serem as mais facilmente observadas, elas podem fornecer uma grande quantidade de informações sobre a saúde metabó-lica de todo o corpo ( Tabela 17-1 ).

A avaliação completa da pele, cabelos e unhas é mais bem realizada quando o paciente está despido; portanto, toda a superfície da pele pode ser inspecionada. A avaliação da pele pode ser realizada durante o banho, durante a higie-nização pessoal diária, na hora de dormir, ou em qualquer outro horário conveniente para a pessoa idosa. Pessoas idosas autônomas devem estar cientes do que é normal para elas, e devem chamar a atenção do médico para qualquer alteração que percebam. Em um hospital ou em outras modalidades de cuidado, a privacidade deve ser mantida e o pudor, protegido durante a inspeção da pele. A avaliação da pele e das estrutu-ras adjacentes é uma importante responsabilidade dos enfer-meiros. Técnicos, auxiliares de enfermagem e cuidadores que auxiliam com o banho ou outro cuidado devem ser instruídos para relatar imediatamente qualquer observação não usual ou questionável para que um enfermeiro possa fazer inves-tigações adicionais. A inspeção deve seguir uma ordem lógica para que as informações pertinentes não sejam perdidas. A maioria dos enfermeiros acha que a progressão da cabeça aos pés é a mais útil, como também o é um diagrama de corpo livre, no qual as observações são indicadas ( Fig. 17-1 ).

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Cuidados com o Envelhecimento da Pele e das Membranas da Mucosa CAPÍTULO 17 267

A COR DA PELE Mudanças na cor da pele podem indicar uma variedade de desordens. Quando avaliar a cor da pele, é importante estar ciente das diferenças dos pigmentos da pele entre os grupos étnicos. O exame da pele deve ser realizado com

boa luz, preferencialmente luz natural; um lado do corpo deve ser comparado com o outro lado; e o toque deve ser usado para determinar a temperatura da pele ou a presença de exantemas ou irritações. Um estiramento suave da pele pode ajudar na determinação dos tons subjacentes. Mudan-ças de cor, incluindo palidez, cianose, icterícia ou eritema, podem indicar uma variedade de problemas. A extensão e a localização de qualquer mudança de cor devem ser registradas e relatadas prontamente.

Considerações Culturais

Úlceras por Pressão Quando avaliar pessoas com pele de tom escuro, as mudanças na cor do tecido que indicam úlcera por pressão em estágio I podem ser mais bem diferenciadas usando luz halógena, que pode revelar uma tonalidade roxa. Não esqueça de usar o toque para determinar alterações de temperatura do tecido e apalpe em busca de sinais de edema localizado sobre pontos de pressão.

PELE SECA Pele seca é um dos problemas mais comuns do enve-lhecimento. Diversos estudos têm mostrado que de 75% a 85% das pessoas acima dos 65 anos de idade sofrem em algum grau com o problema de pele seca. Alterações fi siológicas, banho excessivo, uso de sabonetes ásperos e ambiente seco, todos contribuem para o aparecimento da pele ressecada.

Tabela 17-1 Alterações na Pele, Cabelos e Unhas Relacionadas à Idade PARÂMETROS ALTERAÇÕES OBSERVÁVEIS CAUSAPele

Cor Palidez em peles brancas Reduzida vascularização da derme; perda de melanócitos

Manchas marrons (lentigos senis) Hiperpigmentação

Áreas roxas (púrpuras senis) Vazamento de sangue de capilares frágeis e fracamente suportados

Umidade Pele seca, perspiração reduzida Redução da atividade das glândulas sebáceas e sudoríparas

Elasticidade, turgor Elasticidade reduzida Perda de fi bras de colágeno e fi bras elásticasDobras da pele e rugasTurgor reduzido

Textura Algumas áreas ásperas Efeitos do ambiente ao longo do tempo; menos umidadeDelgada, pele mais transparente Afi namento da epiderme pela redução da vascularização

da derme; perda de tecido subjacente

Cabelos/Pelos

Cor Acinzentamento Número de melanócitos reduzido nos cabelos/pelos

Consistência Mais fi no na cabeça e no corpo Reduzidas densidade e taxa de crescimento dos cabelos/pelosGrosso no nariz dos homens Densidade dos pelos nasais aumentada

Distribuição Perda de cabelo na cabeça e no corpo Reduzida taxa de crescimento dos cabelos/pelos; redução de hormônios; redução da circulação sanguínea periférica

Aumento de pelos no rosto das mulheres Razão maior entre andrógenos/estrógenos

Unhas

Mais quebradiças Diminuição do crescimento das unhas; redução da circulação sanguínea periférica

Cristas longitudinaisEspessamento e amarelamento das unhas

dos pés

Obtido de Phipps WJ, et al.: Medical-surgical nursing: concepts and clinical practice , ed. 4, St Louis, 1991, Mosby.

FIGURA 17-1 Exemplo de diagrama de corpo que pode ser usado na avaliação de pacientes idosos para pele prejudicada.

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268 UNIDADE IV O Cuidado Físico do Idoso

A pele seca pode resultar em coceira (prurido), quei-madura, e rachadura da pele ( Fig. 17-2 ). Muitas pessoas de idade desenvolvem o hábito de coçar ou descascar a pele seca ou rachada, aumentando o risco de maior dano e infecção do tecido. A irritação da pele pode ser grave e causar desconforto intenso aos idosos. De fato, a irritação pode ser tão dispersiva que os indivíduos afetados param de participar de atividades sociais.

EXANTEMA E IRRITAÇÃO Exantema e irritação da pele podem ser causados por fa-tores outros que não o ressecamento. Medicações, doenças transmissíveis, e contato com substâncias químicas são causas comuns de exantemas e pruridos ( Fig. 17-3 ).

Uma reação alérgica a medicamentos pode manifestar-se como exantemas difusos ao longo do corpo. Sempre que um exantema se desenvolve logo após a administração de uma medicação nova, pode ser suspeitado de uma reação alérgica. O apropriado é a suspensão da medicação em questão e contatar um médico para relatar o sintoma.

Uma fonte transmissora de irritação da pele e de pru-rido intenso é a escabiose. A escabiose é uma infecção superfi cial causada por um ácaro ( Sarcoptes scabiei var. ho-minis ) que faz túneis debaixo da pele ( Fig. 17-4 ). Os idosos, especialmente os que sofrem de doença crônica, demência, ou depressão do sistema imunológico, são particularmente vulneráveis à infecção por escabiose. Os sinais da escabiose

incluem prurido intenso, e linhas onduladas, escuras e es-treitas na superfície fl exora do punho ou do cotovelo, na área interdigital dos dedos, na axila, e nas genitais. O reco-nhecimento da escabiose pode ser difícil nos idosos devido ao período assintomático de incubação de 4 a 6 semanas e porque a manifestação irregular é comum. Quando há suspeita de infestação, uma raspagem da pele deve ser exa-minada para determinar a presença de ovos ou de ácaros.

A escabiose é transmitida de pessoa a pessoa por contato direto. Devido à difi culdade de diagnóstico, o início do tratamento pode demorar, permitindo ao parasita infectar outra pessoa. Para reduzir a ocorrência de surtos dentro das instituições, todos os novos residentes das instituições de longa permanência devem ser avaliados cuidadosamen-te na sua admissão. Todos os casos devem ser identifi cados e tratados prontamente para prevenir contágios ou reinfes-tação com o parasita.

PIGMENTAÇÃO Mudanças na pigmentação da pele são comuns com o enve-lhecimento. Estas mudanças são discutidas no Capítulo 3 . Muitas das mudanças são estéticas e não causam pro-blemas, a menos que estejam localizadas no rosto ou nos braços, onde elas podem ser afl itivas para a pessoa afetada. Condições comuns como acne rosácea podem ser tratadas com medicações de uso tópico, que ajudam a curar a pele e reduzem a vermelhidão; ao passo que outras podem ser disfarçadas através do uso apropriado de cosméticos. Mudanças no tamanho ou na pigmentação de verrugas são de grande signifi cância porque estas alterações podem in-dicar a presença de condições pré-cancerosas ou cancerosas que precisam de atenção médica imediata.

INTEGRIDADE DO TECIDO O rompimento da integridade do tecido aumenta o risco de in-fecção em idosos e, com frequência, resulta na necessidade de tratamentos longos e dispendiosos. Estes rompimentos podem causar desfi guração e são assustadoras para os idosos. Peles rompidas, abrasões, lacerações, e úlceras são com frequência resultado de fricção, forças de cisalhamento, umidade e pres-são. Mesmo incidentes simples como o contato com móveis, deslizar sobre a roupa de cama, uma segurada mais forte

FIGURA 17-2 Pele seca e escamosa vista comumente em idosos.

FIGURA 17-3 As reações na pele induzidas por medicação são vistas mais comumente entre pacientes idosos do que em pacientes mais jovens. O uso de um potente corticosteroide tópico resultou em estria grave. A atrofi a foi tão grande que a pele rachou, formando uma úlcera.

FIGURA 17-4 Lesões de escabiose em três diferentes estágios estão evidentes na mão deste paciente. A lesão na extrema esquerda apresenta uma borda arredondada bem demarcada que circunda uma bolha, enquanto a ferida mais próxima da dobra do polegar já irrompeu e parece estar cicatrizando.

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Tradução da 5ª edição

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Enfermagem Gerontológica

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