x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à...

40
Saúde Jornal Ano 4 - Nº 37 Março 2013 - Mensal Director Editorial: Rui Moreira de Sá Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro Preço:150 KZ da A saúde nas suas mãos A MaiorRiqueza é a Saúde MINISTÉRIO DA SAÚDE GOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA saúde a crescer Consenso no XXII Conselho Consultivo do Minsa sobre o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário e reforma do SNS. Mas o sector está subfinanciado. Saiba quais são os próximos oito passos. |20 a 26 HoriZonTe 2025 Para o desenvolvimento da inteli- gência, raciocínio lógico, pensa- mento estratégico, concentração, determinação e disciplina dos seus filhos basta um investimento de 1500 kwanzas. Saiba como. |30 Crianças mais inTeligenTes A hipertensão sem tratamento pode aumentar o risco de sofrer um ataque cardíaco, acidente vas- cular cerebral (AVC) ou insufi- ciência renal. Poderá ainda causar cegueira, arritmia ou paragem car- díaca. Dia Mundial da Saúde. |31 saBe qual é a sua Tensão arTerial? Farmacêuticos lusófonos reúnem em Luanda Biossegurança pArA onde cAminhAmos? Gestores debatem e recomendam. |4 Tosse persisTenTe? A tuberculose tem AumentAdo. sAibA o que fAzer pArA evitAr. |12

Transcript of x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à...

Page 1: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

SaúdeJornalAno 4 - Nº 37 Março 2013 - Mensal Director Editorial: Rui Moreira de Sá

Directora-adjunta: Maria Odete Pinheiro Preço:150 KZ

da

A saúde nas suas mãos

A MaiorRiqueza é a Saúde

MINISTÉRIO DA SAÚDEGOVERNO DA REPÚBLICA DE ANGOLA

saúde a crescerConsenso no XXII Conselho Consultivo do Minsa sobre o Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário e reforma do SNS. Mas o sector está subfinanciado.Saiba quais são os próximos oito passos. |20 a 26

HoriZonTe 2025

Para o desenvolvimento da inteli-

gência, raciocínio lógico, pensa-

mento estratégico, concentração,

determinação e disciplina dos seus

filhos basta um investimento de

1500 kwanzas. Saiba como. |30

Crianças mais inTeligenTes

A hipertensão sem tratamento

pode aumentar o risco de sofrer

um ataque cardíaco, acidente vas-

cular cerebral (AVC) ou insufi-

ciência renal. Poderá ainda causar

cegueira, arritmia ou paragem car-

díaca. Dia Mundial da Saúde. |31

saBe qual é a suaTensão arTerial?

Farmacêuticos lusófonos reúnem em Luanda

Biossegurança pArA onde cAminhAmos?

Gestores debatem e recomendam. |4

Tosse persisTenTe?A tuberculose tem AumentAdo.

sAibA o que fAzer pArA evitAr. |12

Page 2: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

2ll ediToRiaL

Conselho editorial: Prof. Dr. Miguel Bettencourt Mateus, decano daFaculdade de Medicina a UAN (coordenador), Dra. Adelaide Car-valho, Prof. Dra. Arlete Borges, Dr. Carlos (Kaka) Alberto, Enf. Lic. Con-ceição Martins, Dra. Filomena Wilson, Dra. Helga Freitas, Dra. Isa-bel Massocolo, Dra. Isilda Neves, Dr. Joaquim Van-Dúnem, Dra. Jo-seth de Sousa, Prof. Dr. Josinando Teófilo, Prof. Dra. Maria Manuelade Jesus Mendes, Dr. Miguel Gaspar, Dr. Paulo Campos.Director Editorial: Rui Moreira de Sá [email protected]; Directora-adjunta: Maria Odete Manso Pinheiro [email protected];

Redacção: Andreia Pereira; Esmeralda Miza; Luís Óscar; Maria Ri-beiro; Patrícia Van-Dúnem.Correspondente provincial: Elsa Inakulo(Huambo) Publicidade: Maria Odete Pinheiro Tel.: 935 432415 [email protected] Revisão:Marta Olias;Fotografia: António Paulo Manuel (Paulo dos Anjos). Editor: Marke-ting For You, Lda - Rua Dr. Alves da Cunha, nº 3, 1º andar - Ingom-bota, Luanda, Angola, Tel.: +(244) 935 432 415 / 914 780 462, [email protected]. Conservatória Registo Comercial deLuanda nº 872-10/100505, NIF 5417089028, Registo no Ministé-rio da Comunicação Social nº 141/A/2011, Folha nº 143.

Delegação em Portugal: Beloura Office Park, Edif.4 - 1.2 - 2710-693Sintra - Portugal, Tel.: + (351) 219 247 670 Fax: + (351) 219 247679E-mail: [email protected] Geral: Eduardo Luís Morais Salvação BarretoPeriodicidade: mensal Design e maquetagem:Fernando Almeida; Impressão e acabamento:Damer Gráficas, SATransportes: Francisco Carlos de Andrade (Loy) Distribuição e assinaturas: AfricanaTiragem: 20 000 exemplares. Audiência estimada: 100 mil leitores.

l FICHA TÉCNICA Parceria:

O Jornal da Saúde chega gratuitamente às suas mãos gra-ças ao apoio das seguintes empresas e entidades social-

mente responsáveis que contribuem para o bem-estar dosangolanos e o desenvolvimento sustentável do país.

l empresas socialmente

responsáveis

SecretariadO e inScriçõeS: rua Vereador Ferreira da cruz, 64, Miramar, Luandatel.: +244 931 298 484 / 923 276 837 / 932 302 822 e-mail:[email protected] | www.indeg.iscte.pt

2 Módulo - Gestão de Operações e Logística na Saúde

Receba todos os meses no seu e-mail o Jornal da Saúde em pdf. Envie pedido para: [email protected]

Damos destaque nesta edição ao XXIIºConselho Consultivo do Ministério daSaúde que, sob o lema “Mais e Melhor

Saúde” e com o tema “A Saúde: um Compro-misso de Todos”, teve lugar de 21 a 23 deMarço, em Benguela, antecedido pela Con-ferência sobre a Reforma do Sistema e doServiço Nacional de Saúde, nos dias 18 e 19.

A Conferência teve como objectivo geral par-

tilhar e debater novas modalidades de finan-

ciamento e de funcionamento para optimizar

a prestação de cuidados de saúde.

O Conselho Consultivo teve como propósito

fazer o balanço dos resultados das acções

implementadas, partilhar e consensualizar o

Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitá-

rio (PNDS) 2012-2025, transmitir novas

orientações metodológicas, bem como ana-

lisar e discutir as perspectivas e linhas de for-

ça do sector no âmbito do Plano Nacional de

Desenvolvimento 2012-2013.

O evento constituiu também uma oportuni-

dade para dinamizar o diálogo e o intercâm-

bio entre os cerca de 500 gestores e quadros

de saúde de todas as províncias, e do nível

nacional, Vice-Governadores provinciais,

Forças Armadas, responsáveis de outros sec-

tores do Executivo, instituições e parceiros,

que partilharam a sua experiência, visão e

perspectivas para o reforço do SNS e do seu

impacto sobre a saúde e bem-estar das nos-

sas populações.

Face ao anterior Conselho Consultivo reali-

zado em 2010, no Moxico, as comunicações

apresentaram um maior rigor técnico-científi-

co e observou-se uma maior coesão e con-

vergência entre os vários actores da família

da saúde num momento decisivo de consoli-

dação das políticas, nomeadamente da mu-

nicipalização.

Agora, há que implementar no terreno, saber

aproveitar o aumento das verbas para as

províncias e municípios – que beneficiaram

de uma fatia de 60 por cento do orçamento

total – e encontrar soluções para os constran-

gimentos, entre os quais o subfinanciamento

do sector a nível nacional e a carência de re-

cursos humanos qualificados.

O compromisso é de todos, inclusive de si,

caro leitor.

Rui MoReiRa de SáDirector [email protected]

Um compromissode todos

Page 3: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

ll 3Março 2013 lJSAll actualidade

O responsável considera o apoio à melhoria dosindicadores da saúde de Angola como um dosprincipais desafios da sua Organização, O novo representante da OMS em Angola de-sempenhou nos últimos trinta anos funções comomédico em áreas como pediatria, ginecologia,educação para a saúde e assistência técnica in-ternacional para a melhoria dos sistemas de saú-de. Até à sua nomeação para Angola, trabalhoupara as ONG’s Médicos sem Fronteiras e Save the

Children, e serviu o Fundo das Nações Unidas pa-ra a População (FNUAP) no Nepal, Cambodja,Madagáscar, Timor Leste e na Jamaica. Hernando Agudelo é médico cirurgião, nasceuem Cali, Colômbia, em Abril de 1957, e comple-tou os seus estudos nas Universidades Libre da Co-lômbia, Universidade de Nantes, em França e naLondon School of Hygienne and Tropical Medici-ne. Fala fluentemente o português, inglês, francêse espanhol.

OMS nomeia novo representante para Angola

Angola acolhe o X CongressoMundial de Farmacêuticos deLíngua Portuguesa, de 30 a 31de Maio de 2013. O evento,promovido pela Associação deFarmacêuticos de Língua Por-tuguesa (AFPLP), com o apoioda Direcção Nacional de Me-dicamentos e Equipamentos,reunirá, em Luanda, centenasde farmacêuticos vindos de to-do o mundo lusófono.O Congresso constitui umgrande fórum de aproximaçãoentre a comunidade farmacêu-tica lusófona, para troca de ex-periências profissionais, cultu-rais e científicas. Este ano, oevento celebrará os 20 anos detrabalho e cooperação daAFPLP que realizará, também,no dia 29, a sua 13ª Assem-bleia Geral.

Programa científicoO programa do Congresso inclui sessões dedicadas à produção e ao circuito de medicamentos,à regulamentação do sector farmacêutico, à intervenção dos farmacêuticos nos sistemas de saú-de e à formação pré e pós-graduada. Entre os temas em foco, destaca-se a sessão sobre “Produ-ção de medicamentos como potenciador de desenvolvimento local”. Estarão presentes representantes da OMS África, do Ministério da Saúde de Angola, dos gover-nos e das instituições dos sectores da saúde e do medicamento de todos os países lusófonos.

EXPO FARMA Angola 2013Em simultâneo, decorre a EXPO FARMA 2013 onde os participantes têm a oportunidade de co-nhecer as inovações apresentadas pela indústria farmacêutica, de equipamentos, e interagir comos fabricantes e distribuidores, num ambiente profissional.Inscrições congressistas:Capacitarh RH e Eventos E-mail: [email protected] Tel.:(+ 244) 945 454 490; (+ 244) 927 706 624 Alexandra Telles; (+ 244) 932 860 149 Jenifa.

Inscrições expositores e patrocinadores: Marketing For You / Jornal da Saúde de Angola - Rua Vereador Ferreira da Cruz, Nº 64, Miramar,Luanda, Tel: +(244) 923276837, +(244) 928013347, +(244)938210800 E-mail:[email protected]; [email protected] [email protected]:http://www.afplp.org ; www.marketingforyou.co.ao

A gestão das operações e logística na saúdeé o tema do 2º módulo do Programa de Es-pecialização em Gestão da Saúde que de-corre de 17 a 21 de Junho, em Luanda.Contempla, entre outros, os seguintes tópi-cos: gestão logística e da cadeia de abaste-cimento, gestão dos pacientes (inbound,permanência e outbound dos serviços de ur-gência), gestão dos materiais e dos forneci-mentos e serviços externos na saúde, instru-mental de gestão logística usado em presta-dores de cuidados de saúde, gestão destocks na prestação de cuidados de saúde,noções de gestão de filas de espera nosprestadores de cuidados de saúde e layoutdas infra-estruturas de prestação de cuida-dos de saúde.

O formador José Crespo de Carvalho é pro-fessor catedrático no ISCTE-IUL. Licenciadoem Engenharia Civil e Pós-Graduado emGestão de Projectos (IST), MBA, Mestrado eDoutorado em Gestão de Empresas pelo(ISCTE – IUL). Formações internacionais:MIT, Harvard University, INSEAD, AIF eCranfield University). Tem 25 livros publica-dos e variados artigos publicados em jornaisinternacionais. Consultor em Estratégia, Lo-gística e Gestão da Cadeia de Abasteci-mento. Foi diretor e administrador de váriasempresas nacionais e multinacionais. A for-madora Tânia Ramos é professora auxiliarno ISCTE-IUL. É licenciada em Organiza-ção e Gestão de Empresas pela ISCTE Busi-ness School, Mestre em

Investigação Operacional e Engenharia deSistemas e Doutora em Engenharia e Ges-tão (Instituto Superior Técnico – Universida-de Técnica de Lisboa). Tem vários artigospublicados em jornais internacionais. Con-sultora nas áreas de Logística e Gestão daCadeia de Abastecimento.

O programa de especialização é lecciona-do pelo ISCTE / INDEG –  a Universidadeportuguesa número 1 de formação de Exe-cutivos –, com o apoio do Jornal da Saúde,e visa o desenvolvimento de competênciasgenéricas e específicas na área da gestãoda saúde para quadros que desempenham,ou venham a desempenhar, cargos de ges-tão nas suas organizações e pretendam ob-

ter, ou actualizar, as ferramentas básicas degestão no mais curto espaço de tempo.

O êxito do 1º módulo sobre gestão dos re-cursos humanos e mudança na saúde(57,1% dos participantes consideraram Ex-celente e 42,9 % Muito Bom) obrigou à suarepetição nos próximos dias 27 a 31 deMaio para atender às solicitações dos pro-fissionais de saúde que não puderam parti-cipar na primeira edição.

Mais informações:Elizabeth Domingos Tel.:+244 931 298 484 / 923 276 837 E-mail:[email protected]

Formação Gestão das operações e logística na saúde

O novo Representante da Organização Mundial da Saúde (OMS) em Angola, Hernando Agudelo, apresenta as

suas cartas credenciais ao Ministro angolano das Relações Exteriores, George Chikoti

O número de unidades de saúde na provínciade Luanda passou de 76, em 2006, para 153,em 2012, com destaque para os novos hospi-tais municipais. Os dados foram avançados pe-la directora provincial de saúde de Luanda, Ro-sa Bessa, no Encontro Metodológico sobre Ges-tão da Saúde que decorreu este mês na capital. De acordo com esta responsável, as pessoas po-dem agora ser atendidas em unidades mais pró-ximas das suas residências, evitando a desloca-ção aos hospitais centrais como até agora acon-tecia. A redistribuição e a formação dos quadrosexistentes é a forma encontrada para superar a fal-ta de profissionais de saúde. Para além da apresentação do relatório de

2012, o Encontro teve como principal objecti-vo convergir para a padronização em termos,clínicos, administrativos e financeiros das váriasunidades de saúde, para que “possam dar o re-torno que a população espera”.

Proximidade ao cidadão

Luanda já tem 153 unidades de saúdeFalta de profissionais de saúde qualificados é a principal dificuldade

X Congresso Mundial

Farmacêuticos de língua portuguesa reúnem-se em Luanda

Page 4: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

4ll BIOSSEGURANÇA Março 2013 lJSA

Sensibilizar os

profissionais de

saúde de uma for-

ma geral, e os

gestores mais es-

pecificamente, para as me-

lhorias necessárias com vis-

ta à sustentabilidade das ac-

ções de Biossegurança, de

modo a criar um ambiente

seguro para o trabalhador da

saúde e melhorar a qualida-

de da assistência à popula-

ção – controlo das infecções

relacionadas com a assistên-

cia a saúde – constituiu o ob-

jectivo principal do 1º Sim-

pósio para Gestores de Saú-

de em Angola que, sob o te-

ma Biossegurança e susten-

tabilidade - para onde quere-

mos caminhar, reuniu a 14

de Março, em Luanda, 110

participantes de 16 provín-

cias.

O Projecto de Biossegu-

rança entrou no seu 6º ano de

actividade e apresenta resul-

tados concretos: as cinco ac-

ções básicas e as Normas

Técnicas de Biossegurança

já estão implantadas em 32

hospitais, em 13 províncias.

Entre outros, foram prepara-

dos e editados o guia de

biossegurança, o regula-

mento de biossegurança

(Decreto 62/11) e o manual

de higienização das mãos.

De acordo com a coorde-

nadora do projecto, Sonia

Harter, e com o responsável

Laurindo Lukumua Francis-

co, a cobertura nacional e o

início da implementação a

nível municipal são as próxi-

mas metas a atingir.

A abertura do Simpósio

esteve a cargo do Inspetor

Geral da Saúde, Miguel dos

Santos Oliveira, e o encerra-

mento foi presidido pelo Mi-

nistro da Saúde, José Van-

Dúnem, que reforçou a im-

portância dos temas debati-

dos com o enfoque na higie-

nização das mãos como a

medida prioritária para a re-

dução da mortalidade mater-

no-infantil.

A importância

da biossegurança

Entende-se por Biosse-

gurança o conjunto de medi-

das preventivas destinadas a

manter o controlo de facto-

res de risco laboral proce-

dentes de agentes biológi-

cos, físicos ou químicos que

podem pôr em risco a segu-

rança dos trabalhadores, pa-

cientes, visitantes ou do

meio ambiente.

Recorde-se que o Minis-

tério de Saúde iniciou a rea-

bilitação dos hospitais em

2006 e, com as novas unida-

des, houve a necessidade de

implementar novos procedi-

mentos, entre os quais, em

2008, os de Biossegurança,

com objectivo de controlar a

transmissão de infecções re-

lacionadas com a assistên-

cia à saúde e prevenção de

acidentes de trabalho.

A mudança de comporta-

mento na área de saúde é um

processo lento e trabalhoso,

pois pressupõe a mudança

de comportamento dos pro-

fissionais envolvendo ele-

mentos como a decisão, ac-

ção, disciplina, monitora-

mento por parte dos gesto-

res e lideranças das unida-

des sanitárias para que as

acções tenham sustentabili-

dade.

Biossegurança esustentabilidade:

para onde queremos caminhar

Iº SIMPÓSIO PARA GESTORES DE SAÚDE EM ANGOLA

As 5 acções

básicas

— Lavagem das mãos

— Descarte de material

perfuro-cortante (EPC)

— Exposição ocupacional

— Máscara N95 (EPI)

— Organização e fluxo

de trabalho

Quem esteve

presente

no Simpósio

— 110participantes de 16

províncias:

— Hospitais Nacionais (8)

— Hospitais Provinciais (15)

— Hospitais Municipais (6)

— Hospitais Privados

(Multiperfil e Clínica

Girassol)

Os gestores presentes participaram activamente no debate.

Com vista à sustentabilidade da Biossegurança, os pontos crí-

ticos alvo de recomendações são os seguintes:

Melhorar a oferta de água nos Hospitais 24/24 horas – buscar

fontes alternativas de água, pois esta é essencial na questão da

higiene e controlo das infecções hospitalares.

Aumentar o conhecimento dos profissionais em relação aos

procedimentos de segurança, organização e fluxos de trabalho

e processos; investir na formação permanente dos trabalhado-

res.

Melhor utilização dos insumos e aumentar o investimento na

sua aquisição, especialmente na questão da lavagem das mãos.

Imunização dos trabalhadores da saúde contra o vírus da He-

patite B.

Implementação das Normas de Biossegurança de acordo com

o Regulamento para mudar a realidade e o benefício da melho-

ria de qualidade na assistência à população.

Conclusões e recomendações

Page 5: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll 5Março 2013 l JSA

Page 6: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

6ll hospitais Março 2013 lJSA

— Pode falar-nos resumi-

damente da história do

Hospital?

— O nosso hospital, comomuitos outros construídosdepois da independência,data dos finais da década de70, tendo surgido como umcentro médico. A cidade es-tava a expandir-se para estazona da periferia e houve ne-cessidade de dotá-la comuma estrutura para prestarcuidados de saúde. Poste-riormente, introduziu-se amaternidade, passando acentro materno-infantil, e sódepois, devido ao cresci-mento demográfico, setransformou em hospital po-livalente, com quatro valên-cias: medicina, pediatria, gi-necologia/obstetrícia e orto-pedia. Em 2005, com a re-qualificação do sistema desaúde, foi elevado de hospi-tal polivalente municipal ahospital geral provincial ma-terno-infantil. Eu fui um dosidealistas da fundação destehospital que, desde o primei-ro momento, sempre traba-lhou na formação, sobretudona carreira de enfermagem.O Hospital do Kilamba é umdos únicos hospitais quemantém o quadro de forma-ção de parteiras actualizado.Tem colaborado com váriasentidades, sobretudo univer-sidades sedeadas em Luan-da. É uma pretensão nossaque, um dia, se transformenum hospital-escola.— Hospital-escola?

— Sim, tanto em enferma-gem, como nas especialida-des médicas que são o nossoforte: materno-infantil e pe-

diatria. Vemos que os qua-dros formados pelo HospitalPediátrico são exíguos paraatender as necessidades deLuanda e do país. Devería-mos gizar algumas políticaspara desconcentrar a forma-ção do Hospital Pediátrico,mesmo que o núcleo perma-necesse lá. Se outros hospi-tais, na periferia, tivessemalgumas valências da forma-ção isso permitiria dotá-los

de alguns recursos e dariauma visão mais ampla aosalunos no momento de fazero trabalho social e escolheras suas especialidades. — Os estudantes sairiam

da faculdade e viriam para

aqui fazer o estágio?

— Um estudante que queirafazer Pediatria pode fazer apropedêutica, a iniciação,num hospital como o nosso.E pode ter aqui prática clíni-ca, para entender melhor osfenómenos da periferia, quesão diferentes.— Conhecer a comunida-

de…

— Conhecer, envolver-se,ter contacto com as determi-nantes que o tornariam maiscompleto do ponto de vistaformativo e normativo. Apartir do momento em quehouvesse aqui formação, osestudantes teriam outra no-ção da grandeza que temLuanda. É esta a visão que

temos estado a transmitir aosnossos superiores hierárqui-cos, no intuito de ajudar acontornar este fluxo centrí-peto que existe em direcçãoaos hospitais centrais. Aspessoas chegam aqui, vêemque não existe um especia-lista e, claro, preferem diri-gir-se a um hospital central.Mas a estrutura física não di-lata. Se tivermos duzentosespecialistas numa sala, elesnão vão ter o mesmo desem-penho. É preciso desconcen-trar e mostrar às pessoas queexistem especialidades naproximidade das suas resi-dências. A participação dacomunidade no processo as-sistencial do hospital é outracomponente forte do nossoprojecto.— O envolvimento da co-

munidade em que se tra-

duz?

— Na primeira reunião doConselho Consultivo vamosconvidar os líderes desta co-munidade do Kilamba a es-cutarem os nossos proble-mas e limitações para, deuma forma interactiva, po-derem aportar as suas solu-ções e dizerem como gosta-riam que o hospital respon-desse às suas necessidades.Serão sensibilizados sobre anossa missão e objectivos noatendimento da comunidadee da Província de Luanda,pois estamos integrados noaparato do Estado. Quere-mos criar sinergias com a co-munidade para que ela fiqueligada activamente à gestãoda assistência que existe.Num caso hipotético, sabe-riam do mapeamento dasgrávidas do município, po-deriam aprender os sinais dealarme numa grávida de ris-co e seriam eles, familiaresou outros munícipes, a enca-minhá-la para o centro médi-co.— O que faria em concre-

to?

— Forneceríamos informa-ção à comunidade para queela tivesse um ABC de comolidar com o Hospital e issoserviria também para orien-tá-la a interagir com esteHospital, que está inserido,estrategicamente, numa re-gião paupérrima e cujos ser-viços prestados são total-mente gratuitos. Não temoscomparticipações nem salasde rendibilização. Mas, doponto de vista empresarial,isto não é rendível. Por isso,temos de começar a partici-par com a comunidade na

consciencialização de queexistem alguns serviços queeles vão ter de comprar, en-tre os quais estão os serviçosde laboratório, imagiologia,raios X, serviços que, pelacomplexidade do seu meca-nismo de funcionamento, re-querem uma certa dose deauto-financiamento.— Quantas camas tem o

Hospital?

— Temos 70 mas, quandoterminar a segunda fase, va-mos ter 300 camas.— E quantos médicos?

— O Hospital está dimen-sionado para 48 médicos,aproximadamente, e, nestemomento, temos apenas 15.E destes 15 apenas cinco sãoespecialistas. No planea-mento de quadros para a fei-tura dos bancos de urgência,há dias em que não temos es-pecialistas. Isto provocauma avalancha de pacientesem direcção aos hospitaiscentrais, porque as limita-ções de conhecimento levamos próprios médicos a teremreceio de lidar com algunscasos e transferem os doen-tes. — E ao nível da enferma-

gem?

— Também temos dificul-dades. Do ponto de vista nu-mérico estamos bem servi-dos mas do ponto de vistaqualitativo não. Devíamoster 12 a 15 licenciados emenfermagem e temos dois.Devíamos ter entre 40 e 80técnicos médios e temos 15. — Quantas pessoas aten-

dem por dia?

— Estamos num período debaixa, entre Dezembro eMaio. Na Pediatria, atende-mos entre 100 e 125 pacien-tes por dia, só no Banco deUrgência. Na área da Mater-nidade são entre 50 e 90 ca-sos diários. Temos um regis-to de 27 a 35 partos por dia.Não estamos a fazer cirur-gias. O Hospital foi reabili-tado e estamos na fase deinstalação de equipamentospara, ainda no primeiro tri-mestre deste ano, reabrir obloco operatório.

Rui MoReiRa de Sá

n integrado na equipadesde a fundação do po-pular Hospital avô Kumbi,Renato Palma é o respon-sável máximo da institui-ção desde Junho de 2007.Médico cirurgião fez ummestrado em administra-ção Hospitalar, uma for-mação que lhe permiteambicionar transformaresta unidade de saúde emhospital-escola, sujeita auma gestão com participa-ção da comunidade, atra-vés de um conselho con-sultivo.

“Se tivermosduzentosespecialistasnuma sala, elesnão vão ter omesmodesempenho. Éprecisodesconcentrar emostrar àspessoas queexistemespecialidadesna proximidadedas suasresidências”

“É umapretensão nossaque, um dia, setransforme numhospital-escola”

Renato Palma, diRectoR do HosPital GeRal do Kilamba

«Queremos potenciar a participação dos munícipes»

Page 7: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll 7Março 2013 lJSA

Page 8: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

8ll vih/sida Março 2013 lJSA

No parecer dadirectora-ge-ral adjunta doINLCS, “odesemprego e

os níveis de pobreza” estãoentre as principais causas dadisseminação do VIH/SIDAem Angola. Segundo os da-dos da ONUSIDA, divulga-dos em 2011, o país apresen-ta uma taxa de prevalência de2,1% em todo o território. Aespecialista admite que “aprostituição torna-se, por ve-zes, um dos meios de subsis-tência” do agregado familiar,o que favorece a propagaçãoda infecção.

Os dados, divulgados em2010 pelo Instituto Nacionalde Estatística, revelam que20% da população jovem,com idades compreendidasentre os 15-24 anos, indicia-ram a sua vida sexual antesdos 15 anos de idade. “Estasituação propicia a prática derelações sexuais transaccio-nais e interageracionais, comum consequente aumento dataxa de infecções sexual-mente transmissíveis e gravi-dezes indesejáveis”, notaMaria Lúcia Furtado.

Este inquérito do INE re-velou, ainda, que 45% da po-pulação identificou as princi-pais formas de transmissãoda infecção por VIH/SIDA.Porém, segundo lembra Ma-ria Lúcia Furtado, a taxa deanalfabetismo no país, asso-ciada a barreiras culturais,regionais e à poligamia, alémde outros comportamentos

de risco, dificultam a imple-mentação de estratégias jun-to da população. “Não pode-mos perder a oportunidadede transmitir a informaçãonas escolas, igrejas e junto dacomunidade”, fundamenta aresponsável.

Além das estratégiasadoptadas pela ComissãoNacional de Luta Contra aSIDA, Maria Lúcia Furtadoadmite que “há um compro-misso político”, que visa im-plementar medidas de com-bate à infecção, como consta,aliás, no Plano EstratégicoNacional 2010/2014, um do-cumento que procura “umapolítica de descentralizaçãono reforço das acções”.

Conforme adianta a direc-tora-geral adjunta do IN-LCS, além do acesso ao tra-

tamento antiretroviral, dis-ponibilizado gratuitamentedesde 2004, o Programa deTransmissão Vertical, queprocura reduzir o número deinfecções por VIH/SIDA pa-ra recém-nascidos, assume-se como uma das prioridadesgovernativas. “O combate aoVIH/SIDA está entre as prin-cipais prioridades do Execu-tivo e consta, inclusivamen-te, do Plano de Governaçãode 2012-2017. O INLCS é,também, o órgão técnico queexecuta as políticas traçadaspelo Ministério da Saúde.”

Referindo-se ao panora-ma actual, Maria Lúcia Fur-tado lembra que os serviçoscom valências no tratamentodo VIH/SIDA estão presen-tes em cerca de 70% de todosos hospitais (municipais,

provinciais, gerais ou nacio-nais) e em 90% dos centrosde saúde. Contudo, esta co-bertura ainda é, de acordocom a especialista, manifes-tamente inferior nos postosde saúde (apenas 20%). “Es-tes números devem-se, so-bretudo, à estratégia de im-plementação dos serviços emunidades com recursos médi-cos”, frisa.

Serviços

de aconselhamento

e testagem

No âmbito da prevenção,foram criados, em 2003, oitoserviços de aconselhamentoe testagem, um número que,até ao final do ano passado,aumentou para 834 serviços.“Nessas Unidades, de Janei-ro a Novembro do ano tran-

sacto, realizaram-se cerca de500 mil testes, sendo que aseropositividade foi encon-trada em 4.5% dos indiví-duos (74% dos quais adul-tos).”

A especialista recorda queo número de Serviços deAcompanhamento e Atendi-mento de crianças e adultosregistou “um aumento consi-derável”, estando, neste mo-mento, disponíveis 148 uni-dades de atendimento deadultos e 136 para acompa-nhamento de crianças infec-tadas pelo VIH/SIDA, em to-do o país. “ Nestes serviçosestão registados e em acom-panhamento 108.933 pes-soas, das quais 52.347 estãosob terapêutica.”

Bié regista o maior

número de casos

de grávidas infectadas

pelo VIH/SIDA

De acordo com Maria Lú-cia Furtado, o Programa deTransmissão Vertical preco-niza a redução do número decasos de VIH/SIDA emcrianças, através da informa-ção e do acompanhamentodas mulheres grávidas, que,segundo o que está descritona literatura médica, não de-vem amamentar, atendendoao risco de transmissão parao recém-nascido.

A especialista tambémnota que a percentagem demulheres sob terapêutica an-tiretroviral (uma medida quepermite controlar a carga ví-rica e, assim, diminuir o riscode transmissão ao bebé du-rante o parto) tem registado

uma redução progressivadesde 2010 (63% de taxa deadesão ao tratamento) até2012 (menos de 50%). “É ne-cessário fomentar a confian-ça no profissional de saúdepara que o doente adira aotratamento com antiretrovíri-cos. À luz das recomenda-ções da OMS toda a grávidaque começa o tratamentocom antiretrovirais deveráprosseguir a terapêutica apóso parto.”

O Estudo de Seropreva-lência de 2011, um trabalhorealizado periodicamente dedois em dois anos, desde2004, mostra que a provínciado Bié apresenta o maior nú-mero de casos de mulheresgrávidas infectadas peloVIH/SIDA, avaliadas duran-te a consulta pré-natal. “Estaprovíncia, à luz do estudo de2011, apresentou uma preva-lência de 5,8%, ultrapassan-do o Cunene, que, desde2004, tem apresentado amais elevada taxa de preva-lência. Ainda assim, existem11 províncias com taxas deprevalência (na população degrávidas, avaliadas durante aconsulta pré-natal) superio-res à mediana nacional (3%).No entanto, segundo as pro-jecções, julgamos que essataxa se manterá estável (abai-xo dos 2,5%) até 2015.”

Segundo Maria LúciaFurtado, estão previstas al-gumas metas até ao final dopróximo ano, nomeadamen-te, a “redução da incidênciado VIH/SIDA entre gestan-tes (15-24 anos) de 1,7%, em2010, para 1%, em 2014”.Até ao final do mesmo perío-do, também está preconizado“o alargamento da coberturade mulheres que beneficiamdo Programa de TransmissãoVertical, de 20% até 80%”.

“Queremos priorizar asunidades de aconselhamen-tos e testagem. Tínhamos808 serviços que faziamaconselhamento e testagem,queremos atingir 1500 em2015. Em relação à Unidadesque fazem a CPN e preven-ção da transmissão verticalqueremos atingir 800. E emrelação ao acompanhamentode crianças queremos atingiras 200 unidades até 2015. Asmetas são ambiciosas masacredito que conseguimoschegar. Se nos empenharmosaté ao final de 2013 conse-guimos criar 153 novos ser-viços da prevenção da trans-missão vertical.”

AndrEiA PErEirA

n Maria Lúcia Furtado, di-

rectora-geral adjunta do

instituto nacional de Luta

Contra a SidA (inLCS),

adianta que é necessário

travar o avanço da infec-

ção no país, através da im-

plementação de estraté-

gias dirigidas a grupos-al-

vo. A médica reconhece

que a faixa etária dos 20

aos 44 anos é a mais atin-

gida pela infecção por

ViH/SidA, registando-se,

nestes escalões, uma pre-

dominância de doentes do

sexo feminino. Contudo,

nem tudo são más notícias

e, de acordo com Maria

Lúcia Furtado, entre os jo-

vens (15-24 anos) a ten-

dência parece demonstrar

uma redução do número

de casos de infecção.

Número de casos da infecção por VIH/SIDA está a aumentar nos escalões etários dos 20 aos 44 anos de idade

Maria Lúcia Furtado Entre os jovens (15-24 anos) a tendência parece demonstrar uma redução

do número de casos de infecção

A taxa de analfabetismo no país, associada a barreiras culturais, regionais e à poligamia, além de outros comportamentos de risco,

dificultam a implementação de estratégias junto da população

Page 9: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Especialistas em equipamentosde imagiologia

e electromedicinaFarmácia, Material Hospitalar

e Equipamentos Médicos

Rua Cónego Manuel das Neves, 97, luandaTel.: 923329316 / 917309315 Fax: 222449474 E-mail: [email protected]

Rua Comandante Gika, nº 225, luanda -AngolaTel.: 226 698 000 / 226 698 415 / 226 698 416 FAX: 226 698 218www.clinicagirassol.co.ao

TEMOs AO DIsPOR DOs NOssOs ClIENTEs UMA VAsTA GAMA DE sERVIçOs ClíNICOs NAs MAIs VARIADAs áREAs DE ATENDIMENTOHOsPITAlAR.

PARA O CUMPRIMENTO DOs NOssOs sERVIçOs, POssUíMOs EqUIPAMENTO MODERNOE INsTAlAçõEs COM PADRãO TOPO DE GAMA.

ESPECIALIDADES

MÉDICAS

- Dermatologia - Gastrenterologia- Medicina Interna - Medicina Intensiva- Nefrologia - Neurologia - Cardiologia - Endocrinologia - Hematologia Clínica - Reumatologia - Oncologia - Infecciologia - Fisioterapia - Psiquiatria - Hemoterapia

ESPECIALIDADES

PEDIÁTRICAS

- Neonatologia - Puericultura - Cirurgia Pediátrica- Cardiologia Pediátrica

CONSULTAS

EXTERNAS

- Psiquiatria- Pneumologia - Fonoaudiologia- Maxilo Facial - Nutrição

ESPECIALIDADES

CIRÚRGICAS

- Neurocirurgia - Oftalmologia - Ortopedia - Cirurgia Plástica - Reconstrutiva e Estética- Cirurgia Pediátrica- Ginecologia – Obstétrica - Cirurgia Geral - Cirurgia Maxilofacial- Angiologia - Cirurgia Vascular - Urologia- Otorrinolaringologia - Cirurgia Cardiotorácica - Odontologia - Anestesiologia

Page 10: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

10ll SAÚDE MATERNO-INFANTIL Março 2013 lJSA

ANestlé lançouem Luanda oprojecto Co-meçar Saudá-vel Crescer

Saudável, uma iniciativa re-lacionada com a nutrição in-fantil e que visa formar pro-fissionais de saúde que tra-balham em Pediatria e, maisespecificamente, com oaconselhamento sobre oaleitamento materno.

O projecto contempladois aspectos fundamentais:promover o aleitamento ma-terno e o uso adequado dealimentos complementaresde crianças até aos dois anos.

A apresentação do projec-to teve lugar na Sala Magnada Faculdade de Medicina daUniversidade Agostinho Ne-to, com a participação deprofissionais de saúde de to-dos os municípios da provín-cia de Luanda ligados a estaárea. No evento, puderam as-sistiram a palestras sobre ali-mentação antes, durante eapós a gestação e aleitamen-to materno, feitas pela gine-cologista Aurora Cândido,do Hospital Geral de Luan-da, e pela pediatra Esperançada Silva, do Hospital Muni-cipal de Viana.

O projecto é educacionale não está relacionado comas marcas da empresa multi-nacional. A Nestlé apenasproporciona formação e ma-terial adequado para que osprofissionais de saúde este-jam devidamente capacita-

dos com ferramentas impor-tantes sobre os bons hábitosnutricionais, desde o proces-so de gestação da mulher atéaos dois anos de vida dacriança.

O objectivo é que os pro-fissionais possam passar in-formações nutricionais e so-bre o aleitamento materno àsmulheres que se deslocamaos centros de saúde e hospi-tais, no sentido de dotá-lasde conhecimentos relevantessobre questões do dia-a-dia,evitando práticas erradas denutrição e aleitamento ma-terno.

O projecto da Nestlé estáser implementado em paísesda região, como Moçambi-que, Quénia e Zimbabué,desde o ano passado e já estámais avançado noutros paí-ses, como o Brasil e a Índia.

Em Angola está a come-çar. Em Agosto haverá o lan-çamento oficial do postercom o título “O leite do peitoé o melhor”, em parceriacom o Ministério da Saúde, eo projecto será estendido àsdemais províncias do país.

ESMERAldA MizA

n A Nestlé lançou emluanda o projecto Come-çar Saudável Crescer Sau-dável, uma iniciativa rela-cionada com a nutrição in-fantil e que visa formarprofissionais de saúdeque trabalham em Pedia-tria e, mais especifica-mente, com o aconselha-mento sobre o aleitamen-to materno.

Começar Saudável Crescer SaudávelPROjECTO DA NESTLé PARA MELhORAR A ALiMENTAçãO DOS BEBéS O aleitamento

maternoA Organização Mundial deSaúde (OMS) recomenda oaleitamento materno exclusi-vo até aos 6 meses de vida ecomo complemento alimen-tar até aos 2 anos de idade.Amamentar oferece vanta-gens para o bebé e para amãe:

VANTAGENS PARA O BEBÉAlimento de fácil digestão eabsorção, possui todos osnutrientes nas formas equantidades que o bebé ne-cessita nos primeiros 6 me-ses de vida; Pronto a tomar, sem risco dediluições incorrectas; Diminui o risco de desenvol-vimento de obesidade; Reforça o sistema imunitáriodiminuindo o risco de infec-ções e alergias; Desenvolve os músculos daface diminuindo as dificulda-des da fala; Promove o contacto físico e arelação afectiva mãe/filho.

VANTAGENS PARA A MÃE Diminui o risco de hemorra-gia pós-parto; Diminui o risco de desenvol-vimento de cancro da mamãe ovário; Diminui o risco de desenvol-vimento de osteoporose; Facilita a recuperação do pe-so corporal prévio à gravidez.

Composição do

leite materno

(100ml)

Energia ................70 kcalProteína ..................1,1 gCaseína:albumina .40:60Lipídios.................... 4,2gCarboidrato ................7gVitamina A .........190 mcgVitamina D..........2,2 mcgVitamina E ..........0,18 mgVitamina K ..........1,5 mcgVitamina C............4,3 mgTiamina ...............16 mcgRiboflavina...........36 mcgNiacina..............147 mcgPiridoxina ............10 mcgFolato .................5,2 mcgVitamina B12 - 0,03 mcgCálcio ................... 34 mgFósforo .................14 mgFerro...................0,05 mgZinco ....................0,3 mgÁgua ................... 87,1 mlSódio .................0,7 mEqCloro .................1,1 mEqPotássio.............1,3 mEq

1Uma gra-videz an-tes dos 18

ou depois dos35 anos apre-senta mais ris-cos de saúdepara a mãe e pa-ra o bebé.

2Para a saú-de da mãe eda criança,

uma mulher deveesperar até que oseu bebé tenhapelo menos 2anos de idade, an-tes de engravidarnovamente.

3Os riscos decomplica-ções duran-

te a gravidez e oparto são maioresse a mulher já tivertido muitas gravi-dezes.

4Os serviços de Pla-neamento Familiaroferecem aos ho-

mens e as mulheres em ida-de fértil, o conhecimento eos meios para planear quan-do começar a ter filhos,quantos filhos a ter, a que in-tervalo entre um nascimentoe outro e quando parar.

5Existemmuitos mé-todos se-

guros, eficazes eaceitáveis de pla-near e de evitar agravidez não de-sejada.

6Tanto os ho-mens comoas mulheres

incluindo adoles-centes, são res-ponsáveis peloplaneamento fa-miliar.

7Ambos par-ceiros preci-sam de co-

nhecer os benefí-cios do planea-mento familiar e asopções disponí-veis nos Centrosde Saúde

Fixe estes sete princípios

Page 11: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Rua Eça de Queiroz, nº 62, Alvalade (em frente às bombas de combustível da RNA), Luanda

Tel: 939 771 633 E-mail: [email protected] WEB: www.bsenso.com

Page 12: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

12ll DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A TUBERCULOSE Março 2013 lJSA

ATB continuaa ser umgrande pro-blema de saú-de pública na

Região Africana que regis-tou 26% dos casos notifica-dos de TB em todo o mun-do, em 2011. Calcula-se quea TB tenha vitimado maisde meio milhão de pessoas

na Região Africana e queapenas 62% dos casos deTB existentes tenham sidodetectados durante esseano. A situação é agravadapela ameaça da TB resisten-te aos medicamentos e daTB resistente a múltiplosfármacos, que continuam aser um grave problema e acomplicar ainda mais o tra-tamento da doença.

Dever-se-á notar que aepidemia da TB em Áfricadeve-se principalmente afactores relacionados com apobreza e os efeitos negati-vos da co-infecção TB eVIH. As pessoas que vivemcom o VIH são mais suscep-tíveis do que outras a con-traírem a TB. Segundo oRelatório Mundial sobre aTuberculose, de 2012, 46%das pessoas que em 2011 ti-nham TB eram também por-tadores do VIH e, infeliz-mente, apenas 46% destasreceberam a terapêutica an-tiretroviral recomendadapela OMS.

Métodos

de detecção rápida

Um aspecto positivo aregistar nos últimos cincoanos é que os países africa-nos têm vindo a utilizar ca-da vez mais novos métodosde detecção rápida que re-duzem significativamenteo atraso no diagnóstico eaumentam a detecção decasos de TB. Em resultado,

a tendência crescente decasos de TB foi interrompi-da, com a melhoria da taxade êxito do tratamento. Domesmo modo, a taxa demortalidade e o número depessoas que não comple-tam o tratamento para a TBcontinua a diminuir.

A despeito destas reali-zações, não há lugar paracomplacências, pelo que

gostaríamos de frisar a im-portância do diagnósticoprecoce como a forma maiseficaz de prevenir a propa-gação da TB. Aconselha-sequalquer pessoa com tossepersistente por mais deduas semanas a procurarassistência médica.

Travar a TB no nossotempo de vida vai exigirque os governos e os par-ceiros do desenvolvimentoaumentem e mantenham oscompromissos financeirose políticos para o controloda TB. Isto é essencial paragarantir que todos possamter acesso aos serviços deprevenção e tratamento daTB em todos os países daRegião. São fundamentaisparcerias estratégicas sóli-das entre governos, comu-nidades, organizações bila-terais e multilaterais e osector privado para comba-ter o flagelo da TB.

Juntos, congreguemosesforços para travar a TBno nosso tempo de vida.

“Gostaríamos defrisar aimportância dodiagnósticoprecoce como aforma mais eficazde prevenir apropagação daTB”

“Aconselha-sequalquer pessoacom tossepersistente pormais de duassemanas aprocurarassistênciamédica”

Luís Gomes sambo | Director

Regional da OMS

n o Dia mundial de Lutacontra a Tuberculose co-memora-se a 24 de março.É um dia em que o mundointeiro é lembrado sobre osofrimento que a Tubercu-lose (Tb) continua a exer-cer nas pessoas, emboraestejam disponíveis medi-das eficazes de controloda doença. o lema desteano para o Dia mundial deLuta contra a Tb é “Travara Tb no nosso tempo de vi-da”.

Travar a tuberculose no nosso tempo de vida

Page 13: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll15Março 2013 l JSA

Page 14: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

O que é A tuberculOSe?A tuberculose é uma doença infecciosa causada por ummicróbio chamado "bacilo de Koch". É uma doença conta-giosa, que se transmite de pessoa para pessoa e que atin-ge sobretudo os pulmões. Pode também atingir outros ór-gãos e outras partes do nosso corpo, como os gânglios,os rins, os ossos, os intestinos e as meninges.

quAiS SãO OS SintOmAS mAiS evidenteS?– Tosse crónica;– Febre;– Existência e persistência de suores nocturnos (dos queensopam o lençol);– Dores no tórax;– Perda de peso, lenta e progressiva;– Falta de apetite, anorexia, apatia completa para comquase tudo o que está à volta.

cOmO Se trAnSmite?A transmissão do micróbio da tuberculoseprocessa-se pelo ar, através da respiração,que o faz penetrar no nosso organismo.Quando um doente com tuberculose tosse,fala ou espirra, espalha no ar pequenas gotasque contêm o bacilo de Koch. Uma pessoasaudável que respire o ar de determinado am-biente onde permaneceu um tuberculoso po-de infectar-se.

Note-se que um espirro de um doente comtuberculose projecta no ar cerca de dois mil-hões de bacilos. Através da tosse, cerca de3,5 mil partículas são igualmente projectadaspara a atmosfera.

tOdAS AS peSSOAS que entrAm em cOntActO cOm dOenteS tuberculOSOS pOdem Ser cOn-tAgiAdAS?Não. A maior parte das vezes o organismo re-siste e a pessoa não adoece. Contudo, por ve-zes, o organismo resiste no momento, mascontinua a albergar o micróbio, motivo peloqual quando fragilizado por alguma outradoença, como a sida, o cancro, a diabetes ouo alcoolismo, acaba por não resistir. Os ido-sos têm também mais possibilidades de adoe-cer logo após estarem em contacto com umtuberculoso, ou seja, com o ar que este respi-ra.

Entre as pessoas que mais probabilidadestêm de contrair esta infecção, contam-se osidosos, as crianças e as pessoas muito debili-tadas por outras doenças.

tOdOS OS pAcienteS cOm tuberculOSe pOdem trAnSmitir A dOençA?Não, apenas os doentes com o bacilo de Koch no pulmãoe que sejam bacilíferos, isto é, que eliminem o bacilo noar, através da tosse, espirro ou fala.

Quem tem tuberculose noutras partes do corpo nãotransmite a doença a ninguém porque não elimina o baci-lo de Koch através da tosse.

Os doentes com tuberculose que já estão a ser tratadosnão oferecem perigo de contágio porque a partir do iníciodo tratamento este risco vai diminuindo dia após dia.Quinze dias depois de iniciado o tratamento, é provávelque o paciente já não elimine os bacilos de Koch.

que fActOreS fAcilitAm O cOntágiO?– Estar na presença de um doente bacilífero (aquele que eli-mina muitos bacilos através da tosse, dos espirros, da fala);– Respirar em ambientes pouco arejados e nos quais há pre-dominância de pessoas fragilizadas pela doença;– Permanecer vários dias em contacto com doentes tubercu-losos.cOmO Se previne?A prevenção é a arma mais poderosa e genericamente usa-da em todo o mundo. É feita através da vacina BCG (Bacilode Calmette e Guérin), que é aplicada nos primeiros 30 diasde vida e capaz de proteger contra as formas mais graves detuberculose. É, por isso, obrigatória e tomada por milhões decrianças em todo o mundo.

Deve ainda tratar-se, o mais breve possível, os doentescom tuberculose, para que o contágio não prolifere, e pro-curar não respirar em ambientes saturados, pouco arejadose pouco limpos.

A tuberculOSe tem curA?Sim. Se o doente seguir a prescrição do médico e as suas in-dicações, as oportunidades de cura atingem os 95 por cen-to. Mas para que assim seja, é fundamental não interrompero tratamento em hipótese alguma, nem mesmo se os sinto-mas desaparecerem.

cOmO Se trAtA?Quando alguém adoece por causa do micróbio da tubercu-lose e fica tuberculoso, o tratamento consiste na combina-ção de três medicamentos: rifampicina, isoniazida e pirazi-namida. Este tratamento dura cerca de seis meses e deve sersempre acompanhado pelo médico de família do seu centrode saúde.

em que SituAçõeS é preciSO internAr um dOente cOm tuberculOSe?Na maior parte dos casos, o tratamento deve ser ambulató-rio, ou seja, feito em casa e acompanhado no centro de saú-de ou no hospital da área de residência do doente. Porém, seo diagnóstico não for feito no início da doença e os pulmõesdo doente ficarem gravemente afectados, inclusive originan-do outras complicações, o médico tem que observar o pa-ciente e decidir se precisa do internamento. Nestas circuns-tâncias, as pessoas ficam muito fragilizadas e precisam demuito apoio.

No caso de um doente com tuberculose noutras partes docorpo, cabe ao médico tomar a decisão. Quando o doentecontrai uma meningite tuberculosa tem forçosamente de serinternado.

A tuberculOSe mAtA?Sim. Se uma pessoa com tuberculose não recorrer aos servi-ços médicos competentes e se não for tratada atempada e

convenientemente, a probabilidade de vir amorrer na sequência da tuberculose é muitoelevada.

Quando um doente abandona ou inter-rompe o tratamento que lhe foi prescrito, au-menta também a probabilidade de vir a mor-rer da doença, uma vez que possibilita oaparecimento de novos bacilos de Koch, re-sistentes aos medicamentos actualmenteusados pelos médicos para o tratamento econtrolo da tuberculose.

cOmO Se diAgnOSticA?Se tossir consecutivamente durante cerca detrês semanas, é recomendável que consulteo médico do centro de saúde da sua área deresidência. Este médico pode pedir-lhe parafazer o exame do escarro ou baciloscopia etambém uma radiografia ao tórax. Atravésdos resultados destes dois exames estará, en-tão, em condições de avançar com o dia-gnóstico e encaminhá-lo para os serviçosmédicos competentes.

Se fOr diAgnOSticAdA umA tu-berculOSe, é neceSSáriO pA-rAr de beber e de fumAr?Sim. Não é aconselhável, como se sabe, aassociação entre medicamentos e bebidasalcoólicas. Podem até gerar-se outras com-plicações, como, por exemplo, o apareci-mento de hepatite. É também desejável e ne-cessário que o paciente pare de fumar, até

porque isso melhorará a sua saúde como um todo e benefi-ciará a recuperação dos pulmões.

Caso persistam dúvidas ou alguma impossibilidade porparte do paciente em seguir estas recomendações, aconsel-ha-se conversar com o médico ou com o responsável desaúde do centro de saúde da sua área de residência.

AS grávidAS pOdem Ser trAtAdAS cOm OS medicAmentOS hAbituAiS pArA A tuberculOSe?Sim, pois os medicamentos costumam ser seguros. Mas tam-bém neste caso se aconselha a consulta e uma conversacom o médico assistente para esclarecimento de dúvidas,designadamente as que se relacionem com a saúde da mãee do bebé.

Perguntas Respostas

14ll DIA MUNDIAL DA LUTA CONTRA A TUBERCULOSE Março 2013 lJSA

&

Page 15: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Sede: Rua N´Kwamme N´Krumah n.º 11, 1º d, Luanda, Angola. Tlm.:+244 924 602 581

Estação de carregamento de

garrafas de oxigénio modelo ifill

Planta Geradora de Oxigénio

e Gases Medicinais - PSA

Câmaras de Medicina Hiperbáricas

A estação de oxigénio iFillde deVilbiss é única nomercado angolano.Incorpora a última tecnologia fornecendo uma flexibilidade ímpar e a conveniência na facilidade de utilização.

O sistema é capaz de fabri-car o Oxigénio e Ar Medici-

nal no local, fornecendogás no local a um baixocusto, suprindo todas as

necessidades do hospital.As plantas são construídas

na dinamarca, e desenvol-vidas para atender as condi-

ções específicas de cadalocalidade.

A câmara hiperbáricaé o equipamento

destinado as pessoasque se submeterão

a sessões de oxigeno-terapia

hiperbárica(OHb) afim de respirar oxigê-

nio 100% puro apressões superiores a

pressão ao nível domar.

O concentrador Compact devillbiss® é um dispositi-vo eletrónico que fornece uma fonte ininterrupta de

oxigénio de acordo com as necessidades do paciente.O concentrador do oxigénio extrai ar ambiente, sepa-

ra o oxigénio de outros gases e fornece oxigénio emconcentrações elevadas ao paciente. Embora o con-

centrador filtre o oxigénio do ar ambiente, não afeta-rá a quantidade normal de oxigénio ambiente.

Concentradores

de Oxigénio

VENdEMOS E INSTALAMOS FábRICAS dE OxIGéNIO E GASES MEdICINAIS – PSA (HOSPITAIS PúbLICOS E CLíNICAS PRIVAdAS)INSTALAMOS REdES dE GASES MEdICINAIS, AR MEdICINAL E VáCUO

TECNOLOGIA E INOVAÇÃO EM EQUIPAMENTOS HOSPITALARES

OxigéniO e gases medicinais

MáquinaConverter H- ResíduosHospitalares

Page 16: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

16ll ODONTOLOGIA Março 2013 lJSA

Básicos

Especializados

de Próteses

e Ortodontia

Os serviços estomatoló-

gicos básicos incluem res-

tauração dentária, extrac-

ções tanto de dentes tempo-

rários como de permanentes,

tratamentos endodónticos,

profilaxia (limpeza), bran-

queamento de dentes, radio-

grafias (RX) periapicais e

panorâmicas. A Clínica Es-

tomatológica Meditex tam-

bém presta serviços de ur-

gência como drenagem de

abcessos, cura de alveolitis,

sangramentos alveolares, ci-

mentação de brackets, ban-

das e próteses fixas, além de

reparações de próteses.

O que é a cárie

dentária?

A cárie dentária define-se

como um processo, ou enfer-

midade dinâmica crónica,

que ocorre na estrutura den-

tária em contacto com os de-

pósitos microbianos. Devido

ao desequilíbrio entre a

substância dental e o fluido

de placa circundante, obtém-

se uma perda de mineral da

superfície dentária, cujo si-

nal é a destruição localizada

de tecidos duros do dente.

A cárie dentária é uma en-

fermidade de origem multi-

factorial, na qual existe a in-

teracção de três factores

principais: o hóspede (parti-

cularmente a saliva e os den-

tes), a microflora e o substra-

to. Além destes três factores,

deverá ter-se em conta mais

um, o tempo. Para que se for-

me uma cárie é necessário

que as condições de cada

factor sejam favoráveis,

quer dizer, um hóspede sus-

ceptível, uma flora oral ca-

riogénica e um substrato

apropriado, que deverá estar

presente durante um deter-

minado período.

Uma vez instalada a cárie,

torna-se imprescindível um

tratamento especializado

com o objectivo de eliminar

do tecido dentário toda a le-

são cariosa e restaurar o

mesmo com materiais com-

patíveis, para manter a vita-

lidade do dente e, assim,

conservá-lo na cavidade bu-

cal. Esta é, precisamente, a

missão dos estomatologistas

cubanos nesta clínica: devol-

ver o sorriso aos nossos pa-

cientes.

O que é a Ortodontia?

A Ortodontia é uma espe-

cialidade da Estomatologia

dirigida para a resolução dos

problemas que afectam a es-

tética dentária, quer dizer a

má oclusão dentária, a qual

não é mais que a alteração

das relações que se estabele-

cem como resultado dos

contactos oclusais entre to-

dos os elementos integrantes

do sistema estomatognático.

A Ortodontia estuda e atende

o desenvolvimento da oclu-

são e a sua correcção por

meio de aparelhos mecâni-

cos que exercem forças físi-

cas sobre a dentição e o seu

meio ambiente. Tem como

objectivo fundamental o es-

tabelecimento de uma oclu-

são harmónica e a boa saúde

do aparelho estomatognáti-

co através do uso de apare-

lhos para a sua correcção, os

quais podem ser fixos ou re-

movíveis. Dentro dos apare-

lhos fixos, na nossa Clínica,

incluem-se os de aço inoxi-

dáveis e os cerâmicos. Anti-

gamente, esta especialidade

só podia ser aplicada em

crianças. No entanto, com o

desenvolvimento da ciência

e da técnica, o surgimento de

materiais inovadores e a alta

preparação científica dos

nossos especialistas, esten-

deu-se a todas as idades.

Especialidade

de prótese

Na especialidade de Pró-

tese encontram-se os servi-

ços encaminhados para de-

volver aos nossos pacientes

os dentes perdidos por múlti-

plas causas. A perda de es-

truturas dentárias, dentes e

elementos de suporte não é

mais do que a destruição da

porção coronária ou radicu-

lar dos mesmos, por múlti-

plas causas que levam à sua

exérese (extracção). Uma

vez que produziu a perda

dentária, se o paciente não se

reabilitar, pode trazer conse-

quências clínicas directas

sobre o aparelho estomatog-

nático como implicações es-

téticas, transtornos psicoló-

gicos, rápida reabsorção dos

rebordes residuais, dificul-

dades na mastigação que le-

vam a transtornos gastro-

duodenais, transtornos do

sistema neuromuscular e

transtornos das articulações

temporomandibulares. Para

evitar estas implicações clí-

nicas derivadas da perda

dentária, no nosso Centro

confeccionam-se próteses

acrílicas totais e parciais,

próteses metálicas tanto su-

periores como inferiores e

próteses fixas elaboradas

com materiais de alta quali-

dade e com um acabamento

que demonstra a alta qualifi-

cação dos especialistas que

aqui trabalham. O nosso

principal objectivo é a saúde

integral do aparelho estoma-

tognático.

Cuide da sua dentição e,

perante qualquer incómodo,

dirija-se à Clínica Estomato-

lógica Alvalade da MEDI-

TEX.

Contactos:

Rua Ramalho ortigão nº. 21Bairro alvalade, luandaTel: 222 32 08 42E-mail: [email protected]ário: de segunda a sex-ta-feira, das 8:00 às 16:00horas. no segundo e quartosábado de cada mês, das8:00 às 12:00 horasas urgências de noite e fins-de-semana são atendidasna Clínica mEditEx, Rua damissão nº. 52, ingombota,luanda.

n A Clínica Estomatológi-

ca Meditex, situada no

Bairro Alvalade, em Luan-

da, presta serviços com

vista à melhoria da saúde

bucal da população ango-

lana. Desde o início das

suas actividades, esta en-

tidade, onde trabalham

estomatologistas cuba-

nos com alta qualificação

científica e vasta experiên-

cia no tratamento das

afecções bucais, com os

seguintes serviços esto-

matológicos.

Um sorriso saudável é a nossa razão de ser

ClíniCa EstomatológiCa mEditEx

Page 17: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Rua da Missão, nº 52, Ingombota, Luanda, Angola -Telefones: 928616507 / 912300744

ATENçãO hUMANA E PROFISSIONALISMO MéDICO

uMedicina InternauPediatriauPuericultura uNeonatologiauNeurologiauGastroenterologiauCardiologiauDermatologiauPodologia uEndocrinologiauSaúde mentaluFisiatria

uMedicina geral Integral

uOzonoterapiauReumatologiauCuidados intensivos

do adulto e da criança

uCheck-up médico para trabalhadores e pessoas com pretensão de realizar estudos no estrangeiro

24 HORAS

SERVIÇOS DE MEIOS DE DIAGNÓSTICOLaboratório Clínico; Microbiologia

Neuorofisiologia; Rx e Ecografia

Endoscopia do espaço digestivo supe-

rior e inferior e laparoscopia diagnóstica

u Cirurgia Geralu Cirurgia Pedriátricau Cirurgia

Videoendoscópicau Máxilofacialu Cirurgia

Ginecológica e Obstetra

u Ortopedia e Traumatologia

u Neurocirurgiau Urologia

u Otorrinolaringologiau Cirurgia Estéticau Cirurgia Vascularu Angiologiau Estomatologia básica, ortodôncia eprótese bucalu Oftalmologia e cirurgia oftalmológicapediátricau Anestesiologia e tra-tamento da dor crónica

Especialidades Cirúrgicas Especialidades Clínicas

CENTRO

OFTALMOLÓGICO E CLÍNICA

ESTOMATOLOGIGA

NOVAS CONSULTAS

2º E 4º SÁBADO DE CADA MÊS

SERVIÇO DE AMBULÂNCIA, BANCO DE URGÊNCIA E INTERNAMENTO

Page 18: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

18ll terapia da fala Março 2013 lJSA

Denomina-seconsciênciafonológica ahabilidademetalinguísti-

ca de tomada de consciênciadas características formais dalinguagem. Esta habilidadecompreende dois níveis:— A consciência de que a lín-gua falada pode ser segmen-tada em unidades distintas,ou seja, a frase pode ser seg-mentada em palavras; as pa-lavras, em sílabas e as sílabas,em fonemas.—A consciência de que essasmesmas unidades repetem-seem diferentes palavras fala-das.

Diferentes pesquisas têmapontado o papel do desen-volvimento da consciênciafonológica para a aquisição

da leitura e escrita. Estas pes-quisas referem que o desem-penho das crianças na fasepré-escolar em determinadastarefas de consciência fono-lógica é preditivo de seu su-cesso ou fracasso na aquisi-ção e desenvolvimento daLeitura e da escrita. Criançascom dificuldades em cons-ciência fonológica geralmen-te apresentam atraso na aqui-sição da leitura e escrita, eprocedimentos para desen-volver a consciência fonoló-gica podem ajudar as crian-ças com dificuldades na es-crita a superá-los.

A consciência fonológica,ou o conhecimento acerca daestrutura sonora da lingua-gem, desenvolve-se nascrianças ouvintes no contatodestas com a linguagem oralde sua comunidade. É na rela-ção dela com diferentes for-mas de expressão oral que es-sa habilidade metalinguísticase desenvolve, desde que acriança se vê imersa no mun-do linguístico. Diferentesformas linguísticas a quequalquer criança é expostadentro de uma cultura vãoformando sua consciência fo-nológica, entre elas destaca-mos as músicas, cantigas deroda, poesias, parlendas, jo-gos orais, e a fala, propria-mente dita.

As sub habilidades da

consciência fonológica são:

— Rimas e aliterações— Consciência

de palavras— Consciência silábica— Consciência fonémica

Rimas e aliterações

A rima representa a cor-respondência fonémica entreduas palavras a partir da vo-gal da sílaba tónica. Porexemplo, para rimar com apalavra SAPATO, a palavradeve terminar em ATO, pois apalavra é paroxítona, mas pa-ra rimar com CAFÉ, a pala-vra precisa terminar somenteem É, visto que a palavra éoxítona. A equidade deve sersonora e não necessariamen-te gráfica, ou seja, as palavrasOSSO e PESCOÇO rimam,pois o som em que terminamé igual, independente da for-ma ortográfica.

Já a aliteração, também re-curso poético, como a rima,representa a repetição damesma sílaba ou fonema naposição inicial das palavras.Os trava-línguas são um bomexemplo de utilização da ali-teração, pois repetem, no de-correr da frase, várias vezes omesmo fonema.

Os pesquisadores Goswa-mi e Bryant (1997) realiza-ram estudos a respeito daconsciência fonológica ecomprovaram que a habilida-de de detetar rima e aliteraçãoé preditora do progresso naaquisição da leitura e escrita.Isto ocorre, porque a capaci-dade de perceber semelhan-ças sonoras no início ou no fi-nal das palavras permite fazerconexões entre os grafemas eos fonemas que eles repre-sentam, ou seja, favorece ageneralização destas rela-ções.

É comum vermos criançasde 4 ou 5 anos brincando com

nomes dos colegas em jogosde rimas como: "Gabriel carade pastel, Fabiana cara de ba-nana". Mesmo sem saber queisto é uma rima, a brincadeiraespontânea das crianças ates-ta sua capacidade de cons-ciência fonológica.

Consciência de palavras

Também chamada deconsciência sintática, repre-senta a capacidade de seg-mentar a frase em palavras e,além disso, perceber a rela-ção entre elas e organizá-lasnuma sequência que dê senti-do. Esta habilidade tem in-fluência mais precisa na pro-dução de textos e não no pro-cesso inicial de aquisição deescrita. Ela permite focalizaras palavras enquanto catego-rias gramaticais e sua posiçãona frase. Contar o número depalavras numa frase, referin-do-o verbalmente ou batendouma palma para cada palavra,é uma atividade de consciên-cia de palavras. Por exemplo:Quantas palavras há na frase:"O cão correu atrás do gato?"Ao responder corretamenteesta questão ou batendo umapalma para cada palavra, en-quanto repete a frase, a crian-ça demonstra sua habilidadede consciência sintática.Além disso, ordenar correta-mente uma oração ouvidacom as palavras desordena-das também é uma capacida-de que depende desta habili-dade.

Défice nesta habilidadepode levar a erros na escritado tipo aglutinações de pala-vras e separações inadequa-

das. Embora esses erros se-jam comuns no processo ini-cial de aquisição da escrita,como por exemplo, escrever:OGATO (aglutinação) ouSABO NETE (separação), apersistência destes tipos deerros pode ser motivada poruma dificuldade de consciên-cia sintática. Esta habilidadeimplica numa capacidade deanálise e síntese auditiva dafrase.

Consciência da sílaba

Consiste na capacidade desegmentar a palavras em síla-bas. Esta habilidade dependeda capacidade de realizaranálise e síntese vocabular.

A criança só avança para afase silábica de escrita, quan-do se torna atenta às caracte-rísticas sonoras da palavra,especialmente quando elachega ao nível do conheci-mento da sílaba.

Atividades como contar onúmero de sílabas; dizer qualé a sílaba inicial, medial ou fi-nal de uma determinada pala-vra; subtrair uma sílaba daspalavras, formando novosvocábulos, são bastante úteis.

Consciência fonémica

Consiste na capacidade deanalisar os fonemas que com-põe a palavra. Tal capacida-de, a mais refinada da cons-ciência fonológica, é tambéma última a ser adquirida pelacriança.

É no processo de aquisi-ção da escrita que esse tipoespecífico de habilidade pas-sa a se desenvolver. As escri-tas de um sistema alfabético,como o português, o inglês eo francês, por exemplo, per-mitem que os indivíduos to-mem contato com as estrutu-ras mínimas da linguagem: osfonemas; o que não é possívelnum sistema de escrita silábi-co ou ideográfico.

Desta forma, percebemosque um certo nível de cons-

ciência fonológica é impres-cindível para a aquisição dalecto-escrita, ao mesmo tem-po em que, com domínio daescrita, a consciência fonoló-gica se aprimora. Ou seja, es-tágios iniciais da consciênciafonológica contribuem para odesenvolvimento dos está-gios iniciais do processo deleitura e estes, por sua vez,contribuem para o desenvol-vimento de habilidades deconsciência fonológica maiscomplexas.

Atividades como dizerquais ou quantos fonemasformam uma palavra; desco-brir qual a palavra está sendodita por outra pessoa unindoos fonemas por ela emitidos;formar um novo vocábulosubtraindo o fonema inicialda palavra (por exemplo,omitindo o fonema /k/ da pa-lavra CASA, forma-se a pala-vra ASA), são exemplos emque se utiliza a consciênciafonémica.

A consciência fonológicaassociada ao conhecimentodas regras de correspondên-cia entre grafemas e fonemaspermite à criança uma aqui-sição da escrita com maiorfacilidade, uma vez que pos-sibilita a generalização e me-morização destas relações(som-letra).

Crianças e jovens com di-ficuldades de aprendizagemde leitura e escrita devemparticipar de atividades paradesenvolver a consciênciafonológica, em programas dereforço escolar ou terapiascom profissionais especiali-zados, como Terapeuta daFala ou Psicopedagogo.Além disso, as escolas po-dem desenvolver desde apré-escola, atividades deconsciência fonológica comobjetivo preventivo, a fim deminimizar as possíveis difi-culdades futuras na aquisi-ção da escrita (Guimarães,2003).

n numa altura em que se

iniciou mais um ano esco-

lar e algumas crianças se-

rão confrontadas pela pri-

meira vez com a árdua ta-

refa da aprendizagem da

leitura e da escrita, penso

que alguns de vós devem

colocar a questão: “O meu

filho está preparado para

iniciar a aprendizagem da

leitura e da escrita?”

O seu filho está preparado para iniciar a aprendizagem da leitura e da escrita?

ConsCiênCia FonológiCa versus leiTura e esCriTa

Vanda Sardinha | Terapeuta da Fala

[email protected]

Page 19: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll19Março 2013 l JSA

Crievant – Comércio Geral, Lda.

Rua da Samba, nº 12 – PR – 16, Bairro Prenda, Zona 6, Luanda

Tel. 921669838 / 915739955. e-mail: [email protected]

www.crievant.com

Dispomos de uma equipa multidisciplinar ao seu serviço:– Imagiologia– Ortopedia– Anestesiologia– Oftalmologia– Bloco Operatório– Odontologia– Instrumental Cirúrgico– Maxilo-Facial– Ginecologia/Obstetrícia– Gastroenterologia– Cardiologia– Urologia– ORL - Otorrinolaringologia– Neurologia– Emergência Médica– Assistência Técnica Especializada– Consultoria/Soluções Integradas– Mobiliário Hospitalar– Consumíveis: Películas de Raio-x, Revelador e Fixador, Papel de Ecografia e ECG, Gel de Ecografia, Produtos de Contraste Iomeron, Gastrografina

Criamos sinergias“Acções sincronizadas superam limites”

A CRIEVANT diferencia-se no mercado pela

dedicação, experiência, profissionalismo,

know how, especialização técnica, rigor,

qualidade e abrangência de produtos, formação

e assistência integral pós-venda.

Page 20: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

AConferênciateve como ob-jectivo geralpartilhar e de-bater novas

modalidades de financia-mento e de funcionamentopara optimizar a prestaçãode cuidados de saúde.

O XXII Conselho Con-sultivo teve como objectivoproceder ao balanço dos re-sultados das acções imple-mentadas, partilhar e con-sensualizar o Plano Nacionalde Desenvolvimento Sanitá-rio (PNDS) 2012-2025,transmitir novas orientaçõesmetodológicas, nomeada-mente sobre a elaboração doOrçamento Geral do Estado2014, bem como analisar ediscutir as perspectivas e li-nhas de força do sector noâmbito do Plano Nacional deDesenvolvimento 2012-2013.

Constituiu também umaoportunidade para dinami-zar o diálogo e o intercâmbioentre gestores e quadros desaúde de todas as províncias,e do nível nacional, Vice-Governadores provinciais,responsáveis outros sectoresdo Executivo, instituições eparceiros, para partilharem asua experiência, visão eperspectivas para o reforçodo SNS e do seu impacto so-bre a saúde e bem-estar das

nossas populações.O lema escolhido “Mais e

Melhor Saúde” e o tema “ ASaúde: um compromisso deTodos ” propõem-se poten-ciar um maior envolvimentodos profissionais da saúde e

de todos os outros actorescom influência directa ou in-directa no processo de refor-ma da saúde e no desenvol-vimento de planos para seatingirem as metas e objecti-vos traçados pelo Executivo.

20ll XXII CONSELHO CONSULTIVO DO MINSA Março 2013 lJSA

A Conferência sobre a Re-

forma do Sistema e do Servi-

ço Nacional de Saúde decor-

reu com a abordagem de te-

mas livres e mesas redondas,

enquadradas em quatro pai-

néis.

A Conferência abriu com otema “a Reforma do Sistema edo Serviço Nacional de Saú-de” proferida pelo Secretáriode Estado da Saúde, CarlosAlberto Masseca. A reformaacontece num contexto detransição epidemiológica e deaceleração do desenvolvimen-to socio-económico, depois doSector ter elaborado a PolíticaNacional de Saúde, em 2010,o Plano Nacional de Desen-volvimento Sanitário em2012, com base no documen-to estratégico orientador “An-gola 2025” que traça as pers-

pectivas macro e micro do de-senvolvimento económico esocial de Angola a médio elongo prazo.

Boukar Traoré, do EscritórioRegional da OMS-Afro, fo-cou os processos geracionaisda reforma da saúde em Áfri-ca desde Alma-Ata até a Ci-meira que definiu os Objecti-vos de Desenvolvimento doMilenio (ODM) e as perspec-tivas após 2015. Enfatizou queos processos de reforma dasaúde devem ser apropriadose conduzidos pelos países, de-vem ser regidos pelos princí-pios de gestão transparente eprestação de contas e que ospaíses da Região podem con-tar com o apoio técnico daOMS. Por outro lado, devemincidir na melhoria das fun-

ções dos ministérios da saúde,nos domínios de financiamen-to, produção e gestão dos re-cursos humanos, descentrali-zação e desconcentração derecursos em saúde, bem comoa melhoria do desempenho equalidade da prestação de cui-dados.

Foram realizados painéis so-bre a Estrutura e Financia-mento e outro sobre Funciona-mento e Regulação de Siste-mas de Saúde. Apresentadostemas sobre a ” Intersectoriali-dade em saúde” e Mesas Re-dondas que abordaram temasrelacionados com a Reformado Sistema Nacional de Saúdena óptica dos parceiros e sobremodelos de financiamentosustentável e Parcerias Públi-co-Privadas.

A reforma do Sistema e do SNS

Dos cerca de 500 presentes aoevento, destacou-se a presen-ça de convidados, de sete an-tigos Ministros e vice-minis-tros da saúde, dezasseis Vice-Governadores Provinciais pa-ra a esfera Política e Social,Administradores Municipais,representantes das Ordens eAssociações Profissionais, doDecano da Faculdade de Me-dicina da UAN, membros doExecutivo da província deBenguela, representantes dasForças Armadas Angolanas,representes dos sindicatos ,

Directores Nacionais do Mi-nistério da Saúde e de outrosMinistérios e Directores Pro-vinciais e Municipais da Saú-de, Directores Hospitalares,docentes Universitários, Pro-fissionais de Saúde, represen-tantes das Agencias das Na-ções Unidas, representantesdo Sector Privado e parceirosdo MINSA, representantes deBancos e de Seguradoras, For-necedores de Medicamentos eEquipamentos, Parceiros deImplementação e Peritos In-ternacionais em Saúde.

Quem esteve presente

n Sob o lema “Mais e Me-

lhor Saúde” e com o tema

“A Saúde: um compromis-

so de Todos”, realizou-se

de 21 a 23 de Março de

2013, na cidade de Ben-

guela, o XXIIº Conselho

Consultivo do Ministério

da Saúde, que foi antece-

dido pela Conferência so-

bre a Reforma do Sistema

e do Serviço Nacional de

Saúde, nos dias 18 e 19 de

Março, com a presença de

cerca de 500 participan-

tes.

Futuro da saúde debatido em Benguela Os cinco eixos

de orientação

programática

No discurso de abertura o

Ministro da Saúde, José Van-

Dúnem, indicou os cinco ei-

xos de orientação programá-

tica nomeadamente:

1. Acelerar o alcance dos

Objectivos de Desenvol-

vimento do Milénio;

2. Continuar a promover o

acesso universal aos ser-

viços de saúde e reduzir as

assimetrias;

3. Consolidar a reforma do

sector e o reforço institu-

cional;

4. Continuar a melhorar a

mobilização, administra-

ção e gestão dos recursos,

com realce à formação inicial

e permanente da força de tra-

balho, ao abastecimento de

medicamentos e equipa-

mentos, ao financiamento

em saúde, a cooperação

multifacetada como a Coo-

peração Cubana;

5. Revitalizar a colabora-

ção intersectorial em ge-

ral e nos domínios específi-

cos de prevenção e controlo

da cólera, da raiva, do VIH/SI-

DA, da sinistralidade rodoviá-

ria e das mortes maternas.

Por outro lado, destacou a

necessidade de se continuar

a definir políticas transver-

sais, a alinhar o Plano Nacio-

nal de Desenvolvimento Sa-

nitário com o sector público e

privado, parceiros de coope-

ração bilateral e multilaterais,

a promover a coordenação

horizontal e vertical, envol-

vendo os níveis nacional,

provincial e municipal com

um apoio metodológico e

técnico a esses níveis.

Page 21: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

soro fisiológico ll21Março 2013 l JSA

Page 22: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

22ll XXII CONSELHO CONSULTIVO DO MINSA Março 2013 lJSA

Os próximospassos da saúde

Plano nacional de

desenvolvimento

sanitário 2012-2025

n Após a apresentação das suas contribuições, os

participantes no Conselho Consultivo chegaram a con-

senso sobre o Plano Nacional de Desenvolvimento Sa-

nitário 2012-2025 (PNDS) e recomendaram:

Reforma do sistema e do serviço nacional de saúde: oaprofundamento do processo através de estudos e de medi-das relativas aos modelos de financiamento sustentável,optimização da estrutura e do funcionamento dos mesmos,tendo em conta as contribuições dos diversos apresentado-res;

Plano Nacional de Desenvolvimento Sanitário

(ora consensualizado com as devidas emendas): asubmissão à Comissão Social e ao Conselho de Mi-nistros para apreciação e aprovação;

Planos Municipais e Provinciais de Desenvolvi-

mento Sanitário: as províncias devem iniciar deimediato a sua elaboração, respeitando os prazosestabelecidos, contando com o apoio técnico e me-todológico do nível central do Ministério da Saúdee tendo o PNDS como documento de referência;

Processos de planeamento em curso nos dife-

rentes órgãos do Ministério da Saúde e a nível dos

Parceiros de Implementação em Saúde: alinhar todas asmetas, estratégias e actividades dos seus Planos Estratégi-cos e Planos de Acção para 2014, ao Plano Nacional de De-senvolvimento Sanitário;

Orçamento da Saúde 2014: cada Órgão e Unidade Orça-mentada do MINSA deve elaborar os orçamentos em estri-to alinhamento com as metas e actividades previstas noquadro do PNDS;

Execução do Orçamento Geral do Estado para 2013

atribuído aos Municípios (no âmbito da municipaliza-

ção do Serviço Nacional de Saúde): colaboração estreitaentre os Administradores Municipais, os Directores Muni-cipais de Saúde e as equipas provinciais de saúde;

Recursos Humanos: conclusão da elaboração do PlanoNacional de Desenvolvimento de Recursos Humanos paraa Saúde 2012-2017 e a organização, nos próximos seis me-ses, de um Fórum Nacional específico para discussão ebusca de consensos sobre o Plano;

Mecanismos de monitorização: a elaboração de relató-rios periódicos de progresso, a criação de equipas multidis-ciplinares de supervisão e a finalização dos instrumentosde monitorização de indicadores indispensáveis para se al-cançarem os objectivos traçados.

Page 23: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll23Março 2013 l JSA

Page 24: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Oquadro actual é cla-ramente de uma si-tuação de subfinan-ciamento do sectorda saúde, com uma

tendência para o aumento dos cus-tos de manutenção e funcionamen-to das unidades hospitalares e deuso inadequado dos recursos finan-ceiros disponíveis”.

De acordo com a comunicaçãoapresentada pelo Secretário-geraldo Minsa, Manuel Caetano, noConselho Consultivo, o orçamento2013 “é insuficiente para imple-mentação com sucessos das estra-tégias do Executivo, no período de2012 a 2017, a saber, a consolida-ção do processo de reforma do sec-tor e do reforço da sua capacidadede desempenho das mesmas, a re-dução da mortalidade materna, in-fantil e infanto-juvenil, bem comoa morbi-mortalidade por doençasdo quadro nosológico nacional, acapacitação dos quadros da saúde,dos indivíduos, das famílias e dascomunidades para promoção e pro-tecção da saúde”.

Entretanto, considerando o fac-to de ser um orçamento de transiçãode uma situação de sub - financia-mento para uma condição de finan-ciamento sustentável, Manuel Cae-tano sugere que “no ano de 2013 sefaça um estudo aprofundado paradeterminar o estado actual de sub -financiamento do sector, a fim depermitir que, gradualmente, o orça-mento do sector seja ajustado às ne-cessidades reais de funcionamentodas unidades hospitalares e dosProgramas, com vista a atingir osobjectivos e metas traçados”.

Diagnóstico da

situação actual

Segundo o estudo das ContasNacionais de Saúde, realizado como apoio da OMS em 2008, o finan-ciamento público corresponde a65,2% das despesas totais em saú-de, seguido das contribuições dasfamílias com 22,5%, as empresaspúblicas e privadas com 8,9% e osparceiros internacionais com 3,4%.

O OGE tem recursos da funçãosaúde alocados a todos os prestado-res públicos, designadamente, oMINSA, o MININT e o MINDEF.

Os recursos do Serviço Nacional deSaúde são alocados ao Ministérioda Saúde, Governos Provinciais eAdministrações Municipais, Hos-pitais Gerais e Centrais, Hospitaispúblico-privados, bem como aosInstitutos Públicos, sendo que amaior fatia é atribuída aos Órgãosdo Poder Local (Governos Provin-ciais e Administrações Munici-pais). Calcula-se que cerca de 60%do Orçamento é utilizado para osserviços hospitalares. O financia-mento privado é feito pelas famí-lias, através de pagamentos direc-tos ou por via de seguros privados,bem como pelas empresas públicasou privadas.

De acordo com o Secretário-ge-ral do Minsa, a percentagem doOGE alocada à função saúde subiude 4,65% em 2006, para 8,38% em2009, ao passo que em 2010 e 2011essa percentagem baixou para5,02%. Lembra que “em 2008 naConferência de Ougadogou, Ango-la subscreveu o compromisso decriar um ambiente favorável ao au-mento dos recursos afectados parao sector da saúde, de modo a elevá-los, progressivamente a, pelo me-nos, 15 % do Orçamento Nacional.Tendo em conta a desejada susten-tabilidade financeira, essa reduçãoobservada no Orçamento para osector, configura uma série amea-ça, numa altura de crescimento dademanda, do aumento da coberturasanitária e dos crescentes custosdos serviços de saúde, face ao cum-primento da Declaração de Ouaga-dougou”.

O modelo de

financiamento futuro

Segundo este responsável, omodelo de financiamento que sepretende para o futuro deverá evo-luir de uma situação com financia-mento público e ajuda internacio-nal e humanitária para uma situa-ção de pluralidade de fontes de fi-nanciamento, mas em que os cuida-dos primários permanecerãocomo tendo os recursos públi-cos e a ajuda como as fontes lar-gamente dominantes de finan-ciamento.

Acções prioritárias

Para Manuel Caetano, a priori-dade aos cuidados primários desaúde justifica que os mesmos se-jam suportados por financiamentopúblico e ajudas internacional, masnuma base de eficiência e qualida-de. O mesmo é dizer que o sistemade saúde caminhará necessaria-mente, a prazo, em particular ao ní-vel de cuidadosterciários, parauma pluralidade defontes de financia-mento.

“A introduçãode comparticipa-ções e de outrosmodelos de finan-ciamento terá deser efectuada deforma selectiva egradual, a fim denão impedir oacesso de pobres egrupos vulnerá-veis, pela que a suaarticulação com osistema de protec-ção social é obriga-tória”.

Princípios do modelo

de financiamento

Manuel Caetano defende que omodelo de financiamento deva es-truturar-se na base dos seguintesprincípios:

A prestação de cuidados primá-rios de saúde deve ser, pelo menosaté 2015, gratuita para os pobres egrupos vulneráveis (refugiados,adolescentes, desmobilizados,reassentados);

Gratuidade de cuidados de saú-de em todas as doenças e ende-mias consideradas prioritá-rias, como sejam: VIH/SI-DA, Malária, Tuberculosee Tripanosomíase;

Gratuidade de cuidadosde saúde materno-infantil

nas redes primárias e secundáriasdo SNS;

Introdução de um sistema de pa-gamentos directos (taxas modera-doras e reembolso de custos), comcaracterísticas de progressividadedos hospitais provinciais aos hospi-tais centrais e diferenciados, articu-lando-o com o sistema de protec-ção social, a quem competirá o pa-

gamento, total ouparcial, dos custosde doença dos be-neficiários dossistemas de segu-rança social (regi-me de doença nossistemas obrigató-rios). Este sistemade pagamentos di-rectos deverá terregimes de isen-ção, abrangendoos pobres e gruposvulneráveis;

Promoção desistemas de parti-lha de riscos, co-mo seja a mutua-lização de âmbito

nacional, provincial e até local;Introdução de outros seguros

privados de saúde, que vão desdeseguros de empresas a seguros in-dividuais, para cuidados prestadosnos sistemas público ou privado,com modalidades e custos diferen-ciados.

Abertura à iniciativa privada,em regime de parceria público-privada, de financiamento dareabilitação e expansão darede terciária.

24ll XXII CONSELHO CONSULTIVO DO MINSA Março 2013 lJSA

n Orçamento 2013 é insuficiente para reformar o sector e atingir metas de redução da mortalidade materno-infantil

“O sector da saúde está

claramente subfinanciado”

“O sistema desaúde caminharánecessariamente,a prazo, emparticular aonível decuidadosterciários, parauma pluralidadede fontes definanciamento”

SECREtáRiO-GERAl dO MiNSA, MANuEl CAEtANO

Conclusões

e propostas

Para se alcançar as metas e os objecti-vos preconizados na Estratégia Angola2025, no Plano Nacional Sanitário e noPrograma do Governo 2012-2017, oSecretário-geral do Minsa propõe:Construir um novo modelo de financia-mento, com pluralidade de fontes de fi-nanciamento, ampliando ao máximoas respostas de saúde e possibilitandoa convergência para as metas de saú-de de Angola;Garantir o financiamento público doscuidados primários e contribuir para aefectiva distribuição de recursos emfunção das necessidades, promoven-do o acesso universal e a utilização dosServiços; Reforçar o modelo de organização egestão de Serviço Nacional de Saúde,com vista à utilização eficaz e progres-sivamente mais eficiente dos recursosdisponíveis;Adequar a sustentabilidade financeirado Serviço Nacional de Saúde, aos ob-jectivos e desempenho do Serviço Na-cional de Saúde.

O desenvolvimento de um novo mode-lo de financiamento para o Serviço Na-cional de Saúde deverá ter as seguin-tes componentes:Estudo de modelos de financiamento erecomendação do modelo conceptualfuturo, quer a nível de fontes de finan-ciamento, quer de modelo de distribui-ção;Construção do modelo de financia-mento das unidades de cuidados desaúde para as várias tipologias, definin-do as regras de contratualização, osfactores de determinação da remune-ração e os mecanismos de controlo domodelo.

Page 25: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll 25Março 2013 l JSA

Page 26: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

?

26ll XXII CONSELHO CONSULTIVO DO MINSA Março 2013 lJSA

Aexpansão dos interna-

tos de especialidades

médica, a formação

pós graduada de enfermeiros,

técnicos de diagnóstico e tera-

pêutica, a especialização para o

nível médio e a capacitação em

metodologias de investigação

constituem as prioridades de

formação para o Ministério da

Saúde.

De acordo com o Director-ge-

ral dos Recursos Humanos,

António Costa, os desafios que

se colocam no sector que diri-

ge passam pela criação de in-

centivos para a fixação de pro-

fissionais na periferia, a aposta

na sua formação, a criação de

uma rede de escolas de forma-

ção de técnicos de saúde e a re-

visão e actualização das carrei-

ras existentes. A formação de

gestores de recursos humanos

da saúde a nível local, a forma-

ção de formadores, a criação do

sistema de informação de re-

cursos humanos, a consolida-

ção dos internatos médicos nas

províncias e a criação de pre-

missas para a extensão das es-

pecialidades de nível médio as

províncias e para a introdução

de novas carreiras no sector são

outros dos desafios que este

gestor revelou durante o Con-

selho Consultivo.

Segundo António Costa, veri-

fica-se um desequilíbrio na dis-

tribuição dos recursos huma-

nos no país (85% em Luanda e

nas capitais provinciais e 15%

no restante território), uma dé-

bil gestão dos recursos huma-

nos a nível local e dos órgãos

tutelados do MINSA e, ainda,

escassez de recursos humanos

diferenciados.

As prioridades da formação

Como acelerar a

elaboração dos

Planos de Desen-

volvimento Mu-

nicipais?

Como acelerar o

acesso universal

aos Cuidados

Primários de

Saúde, tendo em

conta as particu-

laridades do

meio urbano e do

meio rural?

Como acelerar a

operacionaliza-

ção dos Conse-

lhos de Ausculta-

ção Concertação

Social e a partici-

pação intersecto-

rial?

Como acelerar a

capacitação das

equipas munici-

pais, incluindo os

Administrado-

res, os quadros

da saúde e os

Agentes Comu-

nitários de Saú-

de?

Como mobilizar

mais e gerir me-

lhor os recursos

financeiros a ní-

vel local?

n Melhorar a planifica-

ção, gestão e monitoria

das acções do Sistema

Municipal de Saúde, me-

lhorar os mecanismos de

coordenação das acções

dos parceiros, integran-

do-as num só plano de ac-

ção, incluindo o financia-

mento, acelerar a integra-

ção da promoção, preven-

ção e tratamento das

doenças crónicas não

transmissíveis no pacote

essencial de cuidados e

serviços de saúde do nível

primário de atenção e re-

forçar a liderança e a parti-

cipação comunitária, de-

verão ser os próximos

passos a dar na municipa-

lização dos serviços de

saúde, de acordo com Hel-

ga Freitas.

Municipalização: os próximos passos

António Costa defende a expan-

são dos internatos de especialida-

des médica e a formação pós gra-

duada de enfermeiros e técnicos

Uma maior acessibili-

dade, qualidade,

equidade, eficiência e

sustentabilidade é o resultante

esperado das funções de um

sistema de saúde, de acordo

com um dos autores citados

pela Directora Nacional de

Saúde Pública, Adelaide Car-

valho. De acordo com esta res-

ponsável, os resultados finais

traduzem-se ao nível da pro-

moção da saúde (aumenta os

conhecimentos e melhora as

atitudes e práticas na popula-

ção), da saúde materna (au-

menta a utilização dos servi-

ços essenciais da saúde repro-

dutiva e nutrição), da saúde in-

fantil (aumenta a utilização

dos serviços essenciais da saú-

de infantil e nutrição), do

VIH/SIDA (aumenta a utiliza-

ção de respostas sustentáveis

para reduzir a transmissão e

reduzir o impacto) e das doen-

ças endémicas (aumenta a uti-

lização das intervenções para

reduzir a sua ameaça).

Segundo Adelaide Carvalho,

um bom sistema de saúde deve

responder de forma equitativa

às necessidades e expectativas

da população, indo de encontro

à melhoria do estado de saúde

dos indivíduos, famílias e co-

munidades, à defesa das amea-

ças à saúde da população, à

protecção das pessoas contra as

consequências financeiras dos

problemas de saúde, garantin-

do o acesso equitativo aos cui-

dados e, ainda, promove a par-

ticipação das pessoas nas deci-

sões que afectam a sua saúde e

o sistema.

Um bom sistema de saúde

As perguntas sacramentais

Neste âmbito, segundo a comunicação apresentada por esta responsável do Ministério da Saúde no Conselho Consultivo, os

grandes desafios que se colocam nos próximos anos constituem as respostas às seguintes perguntas:

Helga Freitas conclui que

o Sistema Nacional de

Saúde a nível municipal

assentará numa estrutura

sólida de Cuidados Primá-

rios de Saúde que encontra

no Município o pilar mais

forte, por nele se concen-

trar a convergência das ac-

ções intersectoriais, per-

mitindo assim garantir

maior acessibilidade,

equidade, satisfação das

necessidades das popula-

ções, bem-estar e redução

da pobreza.

Page 27: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll27Março 2013 l JSA

Page 28: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

28ll congressos Março 2013 lJSA

Page 29: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Jsa l Março 2013 l 29

Saúde huambo

— O hospital municipal do

Bailundo funciona em vá-

rias infraestruturas, algu-

mas distantes da principal.

Porquê e para quando a sua

integração?

— De facto, neste momento o

hospital não tem serviços inte-

grados porque alguns estão se-

parados da nossa infra-estrutu-

ra principal, fruto da ausência

de uma unidade sanitária com

dimensões que pudesse alber-

gar todos os serviços.

Dispomos de algumas na-

ves que congregam o maior

número de internamentos, on-

de funcionam os serviços de

medicina, orto-traumatologia,

odontologia, radiologia, labo-

ratório e os serviços de ecogra-

fia. Outra estrutura anexa, rei-

naugurada a 28 de Agosto do

ano passado, anteriormente

denominado hospital munici-

pal, hoje centro materno infan-

til, com a mais-valia de estar

acoplado ao espaço para o blo-

co operatório.

A missão evangélica do

Chilume, a cerca de três quiló-

metros da vila sede, onde fun-

cionam os serviços de pedia-

tria, nutrição e um laboratório,

constitui mais uma unidade

anexa ao Hospital municipal

do Bailundo.

O hospital municipal dis-

põe de dois laboratórios clíni-

cos: um a funcionar neste mo-

mento nas naves e outro no

Chilume.

— Qual a capacidade hospi-

talar actual?

— Em termos de recursos hu-

manos, dispomos de um efec-

tivo de 549 funcionários in-

cluindo um corpo médico ca-

pacitado: dois angolanos e seis

estrangeiros, entre os quais

dois especializados em obste-

trícia. Estes já estão prepara-

dos para proceder às cirurgias

obstétricas, logo que o bloco

operatório entre em funciona-

mento. Temos ainda uma mé-

dica de atenção primária de

saúde e duas enfermeiras li-

cenciadas em estatística e en-

fermagem.

As deficiências são em téc-

nicos de laboratório e radiolo-

gia.

Em termos de material de

enfermagem também estamos

bem servidos.

O hospital tem uma capaci-

dade de 210 camas. Nas naves

estão dispostas 130, no Chilu-

me 50 e no centro materno in-

fantil 30 camas. A principal

causa de internamento e de

morte hospitalar deixou de ser

a malária que passou para o

quarto lugar. Neste momento,

entre as principais causas estão

as broncopneumonias, doen-

ças diarreicas agudas, intoxi-

cações medicamentosas e os

acidentes de viação. A reabili-

tação das estradas facilitou o

aumento de número de aciden-

tes… Quanto às intoxicações

são essencialmente etílicas.

De salientar que continuamos

a receber pacientes que recor-

reram inicialmente aos cuida-

dos de indivíduos leigos, sem

formação, que associam a me-

dicina moderna com a tradi-

cional e tem como resultado o

agravamento da doença com a

incapacidade funcional dos

principais órgãos-alvos, e a

quem, por vezes, já não conse-

guimos dar resposta.

— Quais as prioridades pa-

ra aplicação do orçamento?

— O orçamento – que este ano

aumentou satisfatoriamente –

reparte-se pelo pagamento ao

pessoal e aquisição de bens e

serviços.

A primeira prioridade são

as infra-estruturas, de forma a

podermos integrar os vários

serviços.

Constitui outra prioridade a

implementação da rede de

abastecimento de água potável

corrente, de forma a evitar

doenças, sobretudo as diarrei-

cas agudas, e implementar os

princípios de biossegurança.

Investimos ainda na ilumi-

nação eléctrica para que os

doentes não deixem de ser

consultados por falta de ener-

gia.

Também pretendemos,

com o aumento orçamental,

pôr em funcionamento o bloco

operatório dentro de dois me-

ses, de forma a evitar a transfe-

rência para o hospital geral

provincial dos casos de mater-

nidade que obrigam a cirurgia.

Queremos também perso-

nalizar e humanizar os servi-

ços de saúde. O doente tem

que chegar ao hospital e sentir-

se como se estivesse em casa.

Estamos a falar da distribuição

de roupas de cama e outro ma-

terial de higiene pessoal, na

melhoria do atendimento do

doente no sentido de dar mais

privacidade entre o médico e o

doente, como exigem as nor-

mas.

Os serviços de raio -X e

ecografia também carecem de

reabilitação.

Estamos também a imple-

mentar consultórios ambulan-

tes junto das áreas mais recôn-

ditas do município onde não

temos instaladas unidades sa-

nitárias. Importa referir que

tem de haver uma gestão parti-

cipativa, para evitar dualidade

de aquisições, trabalhando to-

dos com um único objectivo

que é o melhoramento da pres-

tação do serviço no município.

Os valores estão alocados

até Dezembro. Estamos a tra-

balhar sob orientação da Di-

recção Provincial da Saúde e

do Gabinete de Estudos, Pla-

neamento e Estatística do Go-

verno Provincial para que as

nossas acções sejam fiscaliza-

das e acompanhadas.

— Quais são os casos que

ainda são transferidos para

hospital geral?

— Sobretudo os de maternida-

de. Não temo o bloco opera-

cional e os partos que não cor-

rem em condições na nossa

unidade hospitalar temos que

fazer a transferência. Outros

casos são os de orto-traumato-

logia, pois além da falta de blo-

co operatório não temos pro-

fissionais na área.

Elsa Inakulo |

correspondente no HuaMBo

n o Hospital Municipal

do Bailundo vai ter o seu

bloco operatório a funcio-

nar nos próximos dois me-

ses, graças ao aumento

do orçamento viabilizado

pela municipalização. a

garantia foi dada ao Jornal

da saúde pelo seu direc-

tor, Evaristo Paulino Chis-

sende, a braços com a dis-

persão das infra-estrutu-

ras sanitárias pelo municí-

pio, mas determinado a lu-

tar pelo abastecimento de

água potável, energia,

princípios de biossegu-

rança, redução da morbi-

mortalidade e por um

atendimento humanizado

que “permita ao doente

chegar ao hospital e sen-

tir-se como se estivesse

em casa”.

Bloco operatório à vista! Hospital Municipal do Bailundo

“Queremostambémpersonalizar ehumanizar osserviços desaúde: o doentetem que chegarao hospital esentir-se comose estivesse emcasa”

“Dispomos dedois médicos jápreparados paraproceder àscirurgiasobstétricas, logoque o blocooperatório entreemfuncionamento”

Page 30: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

“O desenvolvimento da in-teligência, raciocínio lógi-co, pensamento estratégico,determinação e disciplinasão alguns dos benefíciosda prática regular do xa-drez, o que se traduz na me-lhoria significativa do ren-dimento escolar dos jo-vens”. A garantia foi dadapelo presidente da Federa-ção Angolana de Xadrez,Aguinaldo Jaime, por oca-sião do lançamento do pro-jecto “Xadrez nas Escolas”,apoiado pela BP Angola,no dia 15 de Março, noMarco Histórico, em Luan-da.

Para este responsável, oinvestimento traduz a ge-nuinidade das práticas deresponsabilidade social cor-porativa da BP. “É difícilobter patrocínios para uma

modalidade em que o retor-no ao nível da visibilidademediática é inferior à de ou-tros jogos, pelo que é delouvar o esforço desta em-presa ao apoiar um progra-ma que permitirá massificara modalidade – garantia dasua sustentabilidade”.

De acordo com o presi-dente da Associação Pro-vincial de Xadrez de Luan-da, Domingos Ferraz, a ini-ciativa abrange, nesta pri-meira fase, 20 escolas nosmunicípios do Cazenga,Viana, Cacuaco e Luanda,onde 10 professores, entreos quais o mestre ucranianoRoman Chemerys, darãoaulas gratuitas aos jovensestudantes.

O vice-presidente para acomunicação e assuntosgovernamentais da BP An-

gola, e jogador de xadrezdesde jovem, Paulo Pizarro,afirmou que o projecto estáalinhado com a estratégia

da BP no apoio à educaçãono país. “A nossa visão é ade proporcionar a existên-cia de academias de xadrez

em todas as escolas, oubairros, ajudando as crian-ças no seu desenvolvimen-to intelectual e social”.

30ll responsabilidade social Março 2013 lJSA

“Xadrez nas escolas melhora o rendimento escolar dos nossos jovens”

Na retina de ca-da angolanoainda estão asimagens queilustram os

piores momentos que Ango-la viveu durante a guerra. Jo-sé Capamba é o exemplo deum homem que carrega con-sigo o fardo do conflito ar-mado. Foi vítima de mina etornou-se deficiente visual.Mas não cruzou os braços ehoje é o presidente da direc-ção da AACAG.

Para este responsável, aextensão do projecto, agoradenominado “Réplica doBraille aos Cegos”, vai per-mitir “alfabetizar os cegosem letra Braille o que lhespossibilitará prosseguir os

estudos no ensino oficial, au-mentar as suas qualificaçõese consequente inserção so-cial”.

De acordo com o assessorda AACAG, Manuel Diaba-ca, a acção de formação in-cluída no projecto, com doismeses de duração e 180 horasde aulas, inicia já este mês etem como grupo-alvo 40 ce-gos, beneficiários directos, e120 familiares. Inclui maté-rias como a história e noçõesbásicas de Braille, práticaeducativa para uma vida in-

dependente, orientação emobilidade, educação inclu-siva e a aprendizagem de lei-tura e escrita em Braille.

Educação é a chave da in-serção social

Segundo o representantedo Ministério da Assistênciae Reinserção Social (MI-NARS), presente na cerimó-nia, “a educação é a chave dainserção social” e “este apoioda BP Angola viabiliza acontinuação dos estudos noensino básico, médio e supe-rior e ainda nos programas

que estão a ser desenvolvi-dos pelo Executivo”.

Por sua vez, o Secretário-geral da Associação Nacio-nal dos Deficientes de Ango-la (ANDA), Pedro ManuelLourenço, lançou o repto pa-ra a extensão do Alfa Brailleàs províncias, recordou queos longos anos passados naguerra impediram os estudose incentivou os invisuais aengajarem-se agora naaprendizagem do Braille pa-ra conquistar empregos.“Frequentemente, damos

mais rendimento no sectorprodutivo do que as pessoasque não têm deficiências”.

O Comandante da Subu-nidade dos Deficientes Vi-suais das Forças Armadas,Francisco Adão Jorge, subli-nhou que “este dia significamais uma vitória para os de-ficientes visuais” ao criar aoportunidade para a forma-ção em Braille. “Os deficien-tes visuais não estão amputa-dos das suas faculdades men-tais, antes pelo contráriomuitos deles têm sobressaí-

do”. O exemplo de Sayovo“A condição física do in-

divíduo não deve ser vistacomo um impeditivo para oseu enquadramento na socie-dade e só tendo todas as for-ças vivas envolvidas no de-senvolvimento o país podecrescer com um rumo”, dis-se, na ocasião, o director decomunicação e relações ex-ternas da BP Angola, Antó-nio Vueba. “Por esta razão,quando a AAGAC nos apre-sentou o seu projecto não ti-vemos qualquer dúvida emapoiá-lo. A BP acredita naeducação inclusiva”.

A este propósito recordouque a BP patrocinou o Comi-té Paralímpico angolano e apreparação e deslocação dasua equipe aos Jogos, emLondres. “A única medalhade ouro que o país conquis-tou foi precisamente a de Jo-sé Sayovo – um invisual”, re-matou.

A cerimónia contou aindacom a presença do directoradjunto do Centro de Reabi-litação Profissional de Via-na, do MAPESS, ManuelSebastião. Para além dasmáquinas de Braille, foramainda oferecidos relógios emáquinas de calcular falan-tes, medidores de tensão ar-terial, cartas de jogar emBraille e bengalas, entre ou-tros.

n A segunda fase do pro-

jecto Alfa Braille arrancou

a 7 de Fevereiro, em Luan-

da, com uma cerimónia de

entrega simbólica pela BP

Angola de diverso mate-

rial e equipamento – entre

os quais 40 máquinas de

escrever Braille – à Asso-

ciação Angolana de Ce-

gos e Amblíopes de Guer-

ra (AACAG). O objectivo é

reduzir o analfabetismo

no seio da comunidade

deficiente visual em Ango-

la, formar 40 cegos e am-

blíopes em técnica de

Braille e 120 familiares em

orientação e mobilidade.

Mais invisuais vão aprender a ler e escrever BrailleEduCAção INClusIVA Projecto AlfA BrAille ArrAncA PArA A 2ª fAse

PrEsIdENtE dA FEdErAção ANgolANA dE XAdrEz, AguINAldo JAIME

O xadrez e a saúde mental

Quando jogamos xadrez estamos, primeiro,a desenvolver a coordenação motora estáti-ca, onde colocamos o corpo numa situaçãode repouso em relação aos movimentos glo-bais. Isto proporciona-nos o sentido da con-centração, tão essencial para a leitura e o es-tudo em geral. Neste estágio conseguimossair da realidade ao nosso redor trazendo osnossos pensamentos para um estado desimbiose mental produzindo o afastamentodos problemas do nosso quotidiano, o queprovoca o relaxamento das outras estruturascerebrais. Enquanto jogamos, estimulamos as áreasmentais que desenvolvem a memória,  pa-ciência e o autocontrole, a imaginação,  cria-tividade, inteligência, além do raciocino lógi-co, o espírito de decisão e a coragem – ele-mentos tão essenciais na nossa vida.A saúde física deve ser cuidada sempre, masnunca esquecer a saúde mental, fazendoprevalecer a máxima dos filósofos “Mente sãem corpo são”.

Um tabuleiro de xadrez custa 1500 kwanzas. Os professores da AssociaçãoProvincial e da Federação Angolana de Xadrez ensinam.

Page 31: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

DIA MUNDIAL DA SAÚDE ll 31Março 2013 l JSA

AOrganizaçãoMundial daSaúde (OMS)assinala, a 7de Abril, o

Dia Mundial da Saúde. Esteano, a OMS sensibiliza paraa importância da prevençãoda tensão arterial alta paramelhorar os índices de so-brevivência.

Confeccionar refeiçõescom pouco sal, adoptar hábi-tos equilibrados de alimenta-ção, evitar excesso de álcoole de tabaco, praticar activi-

dade física de forma regulare manter um peso saudávelsão algumas medidas de pre-venção que reduzem o riscoda hipertensão.

A hipertensão arterial éum dos problemas médicosmais comuns da populaçãomundial. É muito sério, por-que é silencioso e só reco-nhecido pelas lesões dos ór-gãos atingidos. É uma doen-ça vascular de todo o orga-nismo e deixa "marcas" nosórgãos atingidos: coração,cérebro, rins, vasos e visão.

Há duas formas de trata-mento: sem e com medica-mentos.

O tratamento sem medi-camentos tem como objecti-vo auxiliar na diminuição dapressão, e se possível evitaras complicações e os riscospor meio de modificaçõesnas atitudes e formas de vi-ver, são elas: — Reduzir o peso corporalatravés de dieta calórica con-trolada: substituir as gordu-

ras animais por óleos vege-tais, diminuir os açúcares eaumentar a ingestão de fi-bras; — Reduzir o sal de cozinha,embutidos, enlatados, con-servas, bacalhau e queijossalgados; — Reduzir o consumo de ál-cool; — Exercitar-se regularmen-te 30-45 minutos, de três acinco vezes por semana; — Abandonar o tabagismo; — Controlar as alteraçõesdas gorduras sanguíneas,evitando os alimentos queaumentam os triglicéridoscomo os açúcares, mel, me-lado, álcool e os ricos em co-lesterol ou gorduras satura-das: banha, torresmo, leiteintegral, manteiga, creme deleite, linguiça, salame, pre-sunto, frituras, frutos do mar,miúdos, pele de frango, do-brada, gema de ovo, carnegorda, castanha, amendoins,chocolate e gelados; — Controlar o stress;

— Reduzir o sal é muito im-portante para os hipertensosnegros, pois neles a hiper-tensão arterial é mais severae provoca mais acidentescardiovasculares, necessi-tando controlos médicosconstantes e periódicos; — Evitar drogas que elevama pressão arterial: anticon-cepcionais, anti-inflamató-rios, moderadores de apetite,descongestionantes nasais,antidepressivos, corticóides,derivados da ergotamina, es-timulantes (anfetaminas),cafeína, cocaína e outros.

Tratamento médico

O tratamento medica-mentoso visa reduzir asdoenças cardiovasculares e amortalidade dos pacienteshipertensos. Até o momento,a redução das doenças e damortalidade em pacientescom hipertensão leve e mo-derada foi demonstrada deforma convincente com ouso de medicamentos roti-

neiros do mercado. Na hi-pertensão severa e/ou malig-na, as dificuldades terapêuti-cas são bem maiores. A es-colha correcta do medica-mento para tratar a hiperten-são é uma tarefa do médico.

Na hipertensão arterialprimária ou essencial, o tra-tamento é inespecífico e re-quer atenções especiais porparte do médico. A hiperten-são secundária tem trata-mento específico, por exem-plo, cirurgia nos tumores daglândula supra-renal ou me-dicamentos no tratamento dohipertiroidismo.

n A hipertensão sem tra-

tamento pode aumentar o

risco de sofrer um ataque

cardíaco, acidente vascu-

lar cerebral (AVC) ou insu-

ficiência renal. Poderá ain-

da causar cegueira, arrit-

mia ou paragem cardíaca.

Hipertensão arterial - prevenção e tratamento Perguntas

que você pode

fazer ao

seu médico

— O que é pressão alta?

Qual o nível da minha

pressão?

— Devo fazer verificação

da minha pressão em

casa?

— O que pode acontecer-

me se eu não tratar a

pressão alta?

— Quais os efeitos cola-

terais do tratamento?

Sabe qual é a sua tensão arterial?“Confeccionar

refeições compouco sal,adoptar hábitosequilibrados dealimentação,evitar excesso deálcool e detabaco, praticaractividade físicade forma regulare manter umpeso saudávelsão algumasmedidas deprevenção quereduzem o riscoda hipertensão”

Page 32: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

32ll responsabilidade social Março 2013 lJSA

Page 33: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

Atentos à cons-

ciência sus-

tentável, te-

ma emergen-

te e funda-

mental à preservação huma-

na, a turma 6 do módulo espe-

cífico de Pedreiro, sob as

orientações do formador An-

dré Luís e o monitor Mondla-

ne João, desenvolveu no Cen-

tro de Formação ACREDI-

TAR PRP, no Zango 4, uma

ação focada na reutilização de

garrafas de água, em substi-

tuição aos blocos de concreto.

A obra consiste na construção

de uma base com elevação de

degraus que forma uma espé-

cie de “pódium” para os mo-

mentos de celebração das cer-

tificações das turmas, confor-

me ilustram as imagens.

Trata-se de uma inovação

que pode ser aplicada a diver-

sos empreendimentos que

procurem o equilíbrio ecoló-

gico, a viabilidade económica

e, ao mesmo tempo, uma so-

lução socialmente justa e cul-

turalmente diversa, que a

Odebrecht decidiu partilhar

com a comunidade, através

do Jornal da Saúde. Acreditar

é inovar a favor do meio am-

biente!

responsabilidade social ll 33Março 2013 lJSA

n O ACREDITAR Angola é

um programa de respon-

sabilidade social da Ode-

brecht que vem fazendo a

diferença nas comunida-

des.

Reutilizar garrafas de água em

substituição de blocos de concreto

Um ExEmPLO DE BOAS PRáTiCAS AmBiENTAiSA técnica utilizada é a mesma para elevação de alve-naria, onde o tradicional bloco foi substituído porgarrafas de água. Para realizar esse trabalho, foramnecessárias: 800 garrafas de água,1m3 de areia mé-dia, ½ m3 de pedra, 10 sacos de cimento, 70 blocosde concreto,1 lata de látex de 3,6 L e 1 lata de esmal-te 1 L. Primeiro é necessário que se encham todas asgarrafas com areia para que possam ficar maciças efirmes

CONSTRUÇÃO DA BASEPrimeiramente, prepara o local on-de será construída a base, tirandoo ponto de nível e localizando o ta-manho exato da base a ser cons-truída, com o auxílio de sarrafo ouréguas de alumínio. Em seguida,concreta a base que foi demarca-da e faz a cura do concreto.Essaprimeira etapa tem as dimensõesde 8 x 0,90 m.

Após a secagem da base, é feitauma fiada utilizando blocos deconcreto na parte de trás da base.Já na parte da frente, são feitastrês fiadas utilizando as garrafasque foram enchidas com areia,usando o mesmo processo dosblocos. Coloca-se a massa noscantos e assenta uma garrafa emcada canto. Em seguida estica ofio de nylon e vai colocando mas-sa e assentando as garrafas nasintermediárias. Na segunda fiadaé feita a amarração, ou seja, a po-sição da garrafa deve estar dife-rente da primeira, e assim sucessi-vamente. As três fiadas de garra-fas na frente darão a mesma alturada fiada de bloco atrás. O espaçoentre as garrafas e o bloco são en-chidos com entulho e, em segui-da, é lançada uma camada deconcreto de 5 cm sobre essa alve-naria. Essa segunda etapa mede 8x 0,60 m.

Em seguida é realizado o mesmo pro-cesso de elevação de alvenaria - na par-te de trás faz uma fiada de bloco e na par-te da frente três fiadas de garrafas deágua. Feito esse processo, lança-seuma camada de concreto de 5cm sobreessa alvenaria.Essa terceira etapa mede8 x 0,30 m, formando assim os degraus.

Concluída a etapade confecção dosdegraus, é hora defazer o revestimen-to do mesmo. A ba-se é toda revestidacom areia e cimen-to. A parte traseira étoda revestida. Jána parte frontal sãorevestidos apenasos espaços em vol-ta das garrafas, cui-dando para que osfundos das garra-fas permaneçamexpostos.

Depois de concluí-do todo o revesti-mento, é feita apintura da base.Pinta-se todo o lo-cal que foi revesti-do com látex. Osfundos das garra-fas são pintadosde esmalte comuma cor diferentedo revestimentopara que se desta-quem.Obs.: No momen-to em que se faz oassentamento dasgarrafas, usa-seum fio de aramepara amarrar asgarrafas entre si,no bico e no fundodas garrafas.

Page 34: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

34ll UNIVERSIDADES Março 2013 lJSA

1 - O presidente da Associação de Estudantes, Hilário Cassule

2 - Valdemar Mateus foi eleito o melhor estudante do ano académi-

co 2012

3 - Nkembi Ferraz recebeu das mãos do Professor Mário Fresta

o 2º prémio de melhor estudante do ano académico 2012

4 - O Professor Basílio Lopes deu as boas-vindas, felicitou a Asso-

ciação de Estudantes pela realização das 10as Jornadas e garantiu

que o saber estudar é já “meio caminho andado” para o sucesso.

“Considero-me um colaborador permanente da Associação”, rema-

tou com humor

Jovens caloiros participaram activa-

mente nas 10as. Jornadas Científi-

cas e Estudantis da Faculdade de

Medicina da UAN. O Jornal da Saú-

de deseja-lhes um percurso acadé-

mico pleno de êxitos!

Os nossos futuros médicos

1 2

3 4

Page 35: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll 35Março 2013 l JSA

Page 36: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

36ll publicidade Março 2013 lJSA

A Monavie apresentou este mês,

em Luanda, a sua gama de bebidas

energéticas com base no açaí, entre

outros frutos anti-oxidantes. De

acordo com o fabricante, os sumos

fornecem 26 vitaminas e sais mine-

rais, fibras que promovem a saúde do

aparelho digestivo e proteínas de so-

ro de leite que ajudam a manter uma

massa muscular magra, ao mesmo

tempo que reduz o apetite contribuin-

do para o controle do peso.

A marca procura empresários(as)

individuais para a distribuição e ven-

da directa junto ao consumidor final

com a promessa de bons rendimen-

tos. Contacto:

[email protected]

Monavie procura distribuidores individuais

21 a 24 de Abril de 2014,

Coimbra, Portugal

A urbanização crescente, as alte-

rações climáticas, o envelhecimento

demográfico, o aumento das desi-

gualdades na saúde e no acesso aos

cuidados de saúde, são alguns dos te-

mas que têm motivado o despertar

de uma nova consciencialização da

importância do território e da Geo-

grafia da Saúde.

O Congresso GeoSaude 2014

pretende, numa lógica de abrangên-

cia de múltiplas dimensões, oferecer

um espaço de encontro, de debate de

ideias e de discussão de resultados

de investigação em curso na área da

Geografia da Saúde, alargando-o a

todos os que se interessam pelas te-

máticas da saúde numa perspetiva

geográfica.

A Organização convida todos os

investigadores que tenham em cur-

so, ou recentemente concluídos, es-

tudos e trabalhos originais neste do-

mínio a submeterem os seus resulta-

dos, sob a forma de comunicações

orais ou posters, identificando o eixo

estratégico em que se integram.

Temas | Eixos Estratégicos:

1.Abordagens Teóricas e Epistemo-

lógicas em Geografia da Saúde

2. Alterações Demográficas e Saúde

Individual e Coletiva

3. Equidade e Desigualdades em

Saúde

4.Variabilidade Climática e Vulne-

rabilidades em Cenários de Risco

5.Urbanismo e Saúde

6.Avaliação de Impactes na Saúde

7. A Informação Geográfica e os Sis-

temas de Apoio à Decisão

— Chamada de apresentação de re-

sumos: 1 de Maio de 2013

— Data limite de envio de resumo:

22 de Setembro de 2013

— Para mais esclarecimentos e in-

formações:secretariado.geosau-

[email protected]

Paula Santana, Professora de Geo-

grafia, Departamento de Geografia,

Universidade de Coimbra

Telf: (00351) 239 851 349

www.uc.pt/fluc/depgeo/gigs

I Congresso de Geografiada Saúde dos Países deLíngua PortuguesaA Geografia da Saúde no cruzamento dos saberes

Page 37: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll 37Março 2013 l JSA

Rua 53, Projecto Nova Vida, Luanda Tel.: + 244 227 270 167 Site: www.clinicacaridade.com

ESPECIALIDADES- MEDICINA INTERNA- MEDICINA INTENSIVA

DO ADULTO- GINECOLOGIA- OBSTETRÍCIA- NEONATOLOGIA- PEDIATRIA- CARDIOLOGIA- OFTALMOLOGIA- NEUROLOGIA- ORTOPEDIA

E TRAUMATOLOGIA- CIRURGIA- GASTROENTEROLOGIA- FISIOTERAPIA- PSICOLOGIA- ANESTESIA- MEDICINA GENERAL

INTEGRAL- ESTOMATOLOGIA

PRINCIPAIS MEIOS DE DIAGNÓSTICO- IMAGIOLOGIA:

RAIOS X,USG, TAC- LABORATÓRIO

CLÍNICO- ENDOSCOPIA

OTROS SERVICIOSESPECIALIZADOS- CLÍNICA DOR:

CRANEOPUNTURA

Especialistaem bem-estar

Page 38: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

38ll PSICOLOGIA MÉDICA Março 2013 lJSA

Oescrito maisimportanteda tradiçãoacerca doHomem – e

comentado até durante aIdade Média – chama-se“peri-psyche”, acerca daalma, um texto de Aristó-teles, que não é portantoacerca do homem.

Trata-se pois de umaPsico-Logia e não de umaAntropo-Logia, o que, ape-sar de tudo, com o meu gru-po de reflexão, de pensa-mento e acção, pretende-mos encontrar formas deconjugar, aplicar e desen-volver através do nossoprograma PRO|THEOS dedesenvolvimento pessoal eactualização de potenciali-dades, tanto entre as pes-soas que ainda estão a estu-dar, como com as que já es-tão inseridas na vida labo-ral.

Vivemos num mundoem transformação e adap-tação, daí fazer todo o senti-do procurar, e cada vezmais, essa harmonia entre ocorpo e o espírito.

Mas é de psicologia mé-dica que neste texto se tentaabordar a relação médico-doente, ou a própria rela-ção médico-doença, nuncaesquecendo a relação doen-te-doença.

Dentro de uma certaabordagem da medicina aque geralmente se chamatecnocientífica, a suprema-cia dos dados anátmo-clíni-cos e fisiopatológicos é detal maneira evidenciadaque o trabalho do médicoquase leva a crer que ficacircunscrito ao tratamentodas lesões e das disfunções

tentando, e apenas, a suacorrecção.

Assim, o médico acabapor deixar de se preocuparcom a pessoa doente, para sedebruçar unicamente sobreas lesões orgânicas ou sobretudo o que possa ter desen-cadeado um desequilíbrioorgânico ou funcional. Poroutras palavras, sobre aanatomia e a fisiologia docorpo humano. Mais nada.

Cada vez mais o médicose afasta das suas origens ese torna num engenheiro,especializado ou mesmomicro especializado em tec-nologias de vanguarda, so-bre determinados apare-lhos que rapidamente dãodados muito importantessobre órgãos ou funções, re-legando para um segundoou terceiro lugar a Pessoaem sofrimento que tem àsua frente.

Não se pretende aqui mi-nimizar o imenso que setem feito ao nível da tecno-logia que melhor e mais ra-pidamente mostra o órgãoa tratar ou a disfunção acorrigir, como no fundo jáfoi dito. Mas o que nãose pode esquecer éa Pessoa.

Ora cadavez maisse temvindoa

sentir a necessidade de rein-ventar a medicina, e aquiloa que no fundo já há algumtempo se começou a cha-mar de médico de família. Eassim o anonimato do doen-te/doença começa a diluir-se e volta a ser partilhadopor alguém em quem seconfia e de quem se espera.

Humano e consoladorÉ aqui que entra, como

factor importantíssimo, apsicologia. E é assim que omédico deixa de ser apenasum mecânico/reparadorpara voltar a ser, e sobretu-do, alguém profundamentehumano e consolador.

O Prof. Carlos Caldeiraque tenho o privilégio de tertido como meu mestre – edigo mestre porque real-mente conseguiu fazer dis-cípulos – foi o introdutornos cursos de medicina emPortugal, tanto da sociolo-gia médica, como da psico-logia médica (era médicopsiquiatra).

Há quem diga que den-tro da medicina há um ver-dadeiro plano de clivagementre dois domínios: o dasciências ditas experimen-tais e o da actividade cura-tiva, propriamente dita, le-vando sempre tudo isto auma relação humana quenunca poderá ser com-preendida fora dos dadospsicológicos e sociológicos.Martin Buber o grande fi-lósofo humanista-existen-cialista-fenomenologista defins do século XIX até mea-dos do século XX, não hesi-tou em contrariar o quevem escrito no Génesis di-zendo que “no princípio é arelação”.

E só assim também sepoderá continuar a chamarde arte médica ao acto mé-dico, tal e qual os antigosfarmacêuticos assinavamdepois de feito o compostoreceitado pelo médico comas iniciais FSA, que quer di-zer “Feito Segundo a Arte”.

Aspectos

subjectivos e intuitivosE vamos procurar agora

entrar mais no título desteapontamento e separar oque na função curativa domédico tem a ver mais comaspectos subjectivos e intui-tivos da relação médico-doente. E este é o campo dapsicologia médica que em-bora esteja num crescendoacentuado em muitos paí-ses, em muitos outros nãoexiste ou limita-se e depen-de simplesmente da pró-pria idiossincrasia do médi-co.

Esta disciplina funda-mental da medicina estudasobretudo dois aspectos:— Os aspectos psicológicose sociais do desempenho damedicina que compreen-dem as relações inter-pes-soais que o médico deve irestabelecendo com os doen-tes que o procuram, as rela-ções com os próprios cole-gas e colaboradores, bemcomo as relações com as ou-tras instituições médicas deque necessariamente de-pende (centros de análises

ou de imagiologiaavançada, por

exemplo) e,por fim,

com aso-

ciedade em que está inseri-do.— Tudo aquilo que resultadas inter-acções psicológi-cas, sociológicas e psico-so-ciológicas da incidência doestado da doença no doente,na família e amigos, e naspróprias instituições médi-cas.

Com a psicologia médicaas relações humanizam-se eaté o próprio sofrimento emque se possa estar se ameni-za.

Um dia destes tambémaqui virei falar sobre a dor,a perca, a solidão, o luto.

A psicologia médica émuito mais importante doque se possa pensar à parti-da, porque nos faz voltarnão só à definição de médi-co, que se está a perder, co-mo nos faz voltar a sentirpessoas que procuram aju-da para minimizar os seussofrimentos, e não coisasque como máquinas preci-sam de ser reparadas.

Como dizia o Prof. Car-los Caldeira “somos pes-soas em situação”, e todosnós temos um estatuto, umafunção na vida, um sonho,pelo menos, como diziaMartin Luther King. E émunidos disto tudo e destasituação que temos e deve-mos saber reformularmo-nos continuamente a nóspróprios, que devemos re-definir o médico, o doente ea doença. E as relações en-tre tudo isto.

A definição médica clás-sica de doença só tem aquiportanto um peso quase se-cundário. Em boa verdadesó faz sentido enquanto veí-culo que leva a pessoa da si-tuação de saudável à dedoente.

Em Janeiro, vim aqui fa-lar um pouco de psicotera-pia. Hoje fica aqui um pou-co do que poderei ainda di-zer sobre psicologia médi-ca, tudo, no fundo, paratentar contribuir para queas pessoas consigam ser, apouco e pouco, mais Pes-soas.

Leia a 2ª parte na edição de Abril.www.josemanuelarrobas.tk

Por um médico profundamente humano e consolador1ª PArtE

José Manuel arrobas, Ph. D. | Psicoterapeuta/Investigador

Fundador da Sociedade Portuguesa

de Psicoterapia Centrada

Mestre em Pedagogia da Saúde pela

Universidade de Munique

Doutor em Psicologia pela Universidade

de Bucareste

Investigador em Saúde Mental e em

Desenvolvimento Pessoal e Actualização

de Potencialidades em Escolas, Univer-

sidades

e Empresas

Page 39: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

publicidade ll 39Março 2013 l JSA

Page 40: x-pag 01 - Jornal da Saudell ac alidade Março2013lJSA ll 3 O responsável considera o apoio à melhoria dos indicadores da saúde de Angola como um dos principais desafios da sua

40ll publicidade JSA l Março 2013