Xaxado

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 Xaxado: O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos cangaceiros, notoriamente do bando de Lampião, no inicio dos anos 1920, em Vila Bela, atual Serra Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas. Maracatu: Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos como Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do Congo, . A notícia mais remota até há pouco conhecida sobre a instituição do Rei do Congo, em Pernambuco, data de 1711, em Olinda [1] , e fala de uma instituição que compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. A parte falada foi sendo e liminada lentamente, resultando em música e dança próprias para homenagear a coroação do rei Congo. Frevo: Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar blocos rivais e proteger seu estandarte [2] . Pode-se afirmar que o frevo é uma criação de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou características próprias. Baião: é um ritmo de dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela. [1]  Em 1928 Rodrigues de Carvalho registrou que "…o baião, que é o [ritmo] mais comum entre a canalha, e toma diversas modalidades coreográficas". [3]

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5/17/2018 Xaxado - slidepdf.com

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Xaxado: O xaxado foi difundido como uma dança de guerra e entretenimento pelos

cangaceiros, notoriamente do bando de Lampião, no inicio dos anos 1920, em Vila

Bela, atual Serra Talhada. Na época, tornou-se popular em todos os bandos de

cangaceiros espalhados pelos sertões nordestinos. Era uma dança exclusivamente

masculina, por isso nunca foi considerada uma dança de salão, mesmo porque naquela

época ainda não havia mulheres no cangaço. Faziam da arma a dama. Dançavam em

fila indiana, o da frente, sempre o chefe do grupo, puxava os versos cantados e o

restante do bando respondia em coro, com letras de insulto aos inimigos, lamentando

mortes de companheiros ou enaltecendo suas aventuras e façanhas.

Maracatu: Os Maracatus mais antigos do Carnaval do Recife, também conhecidos

como Maracatu de Baque Virado ou Maracatu Nação, nasceram da tradição do Rei do

Congo, . A notícia mais remota até há pouco conhecida sobre a instituição do Rei do

Congo, em Pernambuco, data de 1711, em Olinda[1]

, e fala de uma instituição que

compreendia um setor administrativo e outra, festivo, com teatro, música e dança. Aparte falada foi sendo eliminada lentamente, resultando em música e dança próprias

para homenagear a coroação do rei Congo.

Frevo: Surgido na cidade do Recife no fim do século XIX, o frevo caracteriza-se pelo

ritmo extremamente acelerado. Muito executado durante o carnaval, eram comuns

conflitos entre blocos de frevo, em que saíam à frente dos seus blocos para intimidar

blocos rivais e proteger seu estandarte[2]

. Pode-se afirmar que o frevo é uma criação

de compositores de música ligeira, feita para o carnaval. Os músicos pensavam em dar

ao povo mais animação nos folguedos. No decorrer do tempo, a música ganhou

características próprias.

Baião: é um ritmo de dança popular da região Nordeste do Brasil, derivado de um tipo

de lundu, denominado "baiano", de cujo nome é corruptela.[1]

 Em 1928 Rodrigues de

Carvalho registrou que "…o baião, que é o [ritmo] mais comum entre a canalha, e toma

diversas modalidades coreográficas".[3]

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