XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação...

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Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2013 Nov;27 Supl 7:0-0. • 1 XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL FILIPPIS A, SILVA VLT, PEREIRA CF, SILVA BAT, BELLO M, SILVA JUNIOR GO. a_fi[email protected] UNIESP - SP Educação Física Escolar no Ensino Infantil 002 Diversos autores relatam que os espaços de aprendizagem na Educação Infantil precisam estimular as capacidades criativas das crianças. Para tanto, é preciso dar voz ao corpo, pois o desenvolvimento das potencialidades da criança reclama pela experiência de movimento, sem a qual não se instala o exercício de aprendizagem. Nessa perspectiva, todas as disciplinas inerentes ao currículo da Educação Infantil, mas principalmente a Educação Física, tem a responsabilidade de participar da formação a partir do movimento humano. Todavia, as discussões geradas em torno da presença do profissional de Educação Física no Ensino Infantil apresentam vertentes opostas. De um lado questionam-se as competências do pedagogo ao lidar com o corpo em movimento, tendo em vista que os estudos sobre este conteúdo realizados nos cursos de graduação em pedagogia não permitem a especificidade nas questões que envolvem a Educação Física no ensino infantil. Por outro lado, defende-se que o processo de formação dos pedagogos é multidisciplinar, permitindo a atuação na educação infantil em várias áreas de conhecimento. Apesar dessas acirradas discussões, há um consenso entre os autores que o brincar no contexto educacional deve estar inserido em propósitos pedagógicos. Nesse sentido, a educação pondera a leitura de mundo realizada pela criança e, portanto, mergulha na experiência de movimento através da qual se engendra não a educação de corpo inteiro. Para isso, parece essencial enfatizar a especificidade da Educação Física no contexto da educação infantil, cujo comprometimento com a formação na infância considera as práticas educativas que se desvelam nas relações estabelecidas na história, na cultura, e principalmente, pela singularidade expressa corporalmente na práxis da criança e o mundo. 001 A PERCEPÇÃO DE PAIS E CRIANÇAS DE 4 A 7 ANOS SOBRE AS AULAS LÚDICAS NO ENSINO DA NATAÇÃO SANTOS AR. [email protected] Universidade Camilo Castelo Branco - SP Este estudo desenvolve-se com a pretensão maior de identificar a percepção dos pais na utilização do lúdico como recurso pedagógico, nas aulas de natação na faixa etária de 4 a 7 anos. É uma pesquisa do tipo quantitativa e qualitativa, realizada por intermédio de questionário. Realizou-se com uma amostra de 20 pais de alunos do Centro Integrado de Educação Infantil Ursinho Dourado, no período de uma semana de outubro de 2013. As crianças estavam na faixa etária de 4 a 7 anos, praticantes de natação. O estudo apresentou alguns dados que permitiram uma reflexão sobre a percepção dos pais sobre o ensino da natação lúdica. Os principais resultados apontaram que as aulas de natação, por ser no âmbito escolar, não tem os pais frequentando as aulas, sendo que muitos nunca assistiram uma aula. Além disso, foi possível observar que os pais que alegam ter assistido ao menos uma aula dizem que não é necessário tanta “brincadeira”. Mas houve pais mais presentes que perceberam o quanto o lúdico influência no aprendizado. Desta maneira, sugere-se a ampliação deste tipo de trabalho para outras escolas que possuam aulas de natação. Com isso, pode-se realizar um levantamento mais detalhado sobre a percepção e incentivo dos pais sobre a pratica infantil da natação.

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XII Seminário de Educação Física Escolar - Resumos dos trabalhos da área temática "Educação Física Escolar no Ensino Infantil". Evento realizado de 22 a 24 de novembro de 2013. Site do evento: http://seminarioefe.com

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XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

ALGUMAS REFLEXÕES SOBRE O PAPEL DA EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

FILIPPIS A, SILVA VLT, PEREIRA CF, SILVA BAT, BELLO M, SILVA JUNIOR GO. a_fi [email protected] UNIESP - SP

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Diversos autores relatam que os espaços de aprendizagem na Educação Infantil precisam estimular as capacidades criativas das crianças. Para tanto, é preciso dar voz ao corpo, pois o desenvolvimento das potencialidades da criança reclama pela experiência de movimento, sem a qual não se instala o exercício de aprendizagem. Nessa perspectiva, todas as disciplinas inerentes ao currículo da Educação Infantil, mas principalmente a Educação Física, tem a responsabilidade de participar da formação a partir do movimento humano. Todavia, as discussões geradas em torno da presença do profi ssional de Educação Física no Ensino Infantil apresentam vertentes opostas. De um lado questionam-se as competências do pedagogo ao lidar com o corpo em movimento, tendo em vista que os estudos sobre este conteúdo realizados nos cursos de graduação em pedagogia não permitem a especifi cidade nas questões que envolvem a Educação Física no ensino infantil. Por outro lado, defende-se que o processo de formação dos pedagogos é multidisciplinar, permitindo a atuação na educação infantil em várias áreas de conhecimento. Apesar dessas acirradas discussões, há um consenso entre os autores que o brincar no contexto educacional deve estar inserido em propósitos pedagógicos. Nesse sentido, a educação pondera a leitura de mundo realizada pela criança e, portanto, mergulha na experiência de movimento através da qual se engendra não a educação de corpo inteiro. Para isso, parece essencial enfatizar a especifi cidade da Educação Física no contexto da educação infantil, cujo comprometimento com a formação na infância considera as práticas educativas que se desvelam nas relações estabelecidas na história, na cultura, e principalmente, pela singularidade expressa corporalmente na práxis da criança e o mundo.

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A PERCEPÇÃO DE PAIS E CRIANÇAS DE 4 A 7 ANOS SOBRE AS AULAS LÚDICAS NO ENSINO DA NATAÇÃO

SANTOS AR. [email protected] Universidade Camilo Castelo Branco - SP

Este estudo desenvolve-se com a pretensão maior de identifi car a percepção dos pais na utilização do lúdico como recurso pedagógico, nas aulas de natação na faixa etária de 4 a 7 anos. É uma pesquisa do tipo quantitativa e qualitativa, realizada por intermédio de questionário. Realizou-se com uma amostra de 20 pais de alunos do Centro Integrado de Educação Infantil Ursinho Dourado, no período de uma semana de outubro de 2013. As crianças estavam na faixa etária de 4 a 7 anos, praticantes de natação. O estudo apresentou alguns dados que permitiram uma refl exão sobre a percepção dos pais sobre o ensino da natação lúdica. Os principais resultados apontaram que as aulas de natação, por ser no âmbito escolar, não tem os pais frequentando as aulas, sendo que muitos nunca assistiram uma aula. Além disso, foi possível observar que os pais que alegam ter assistido ao menos uma aula dizem que não é necessário tanta “brincadeira”. Mas houve pais mais presentes que perceberam o quanto o lúdico infl uência no aprendizado. Desta maneira, sugere-se a ampliação deste tipo de trabalho para outras escolas que possuam aulas de natação. Com isso, pode-se realizar um levantamento mais detalhado sobre a percepção e incentivo dos pais sobre a pratica infantil da natação.

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APRENDER A SALTAR CORDA: EXPERIÊNCIAS COM CRIANÇAS DE 4 ANOS

KIS R, NAJAN E, FILGUEIRAS IP, BUENO TV. belfi [email protected] Universidade Presbiteriana Mackenzie; PIBID/CAPES

APRENDER NA PRÁTICA: APRENDIZAGENS NO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID NO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIECIPRIANO E, CAVALCANTI T, FILGUEIRAS IP, BUENO TV. belfi [email protected] Universidade Presbiteriana Mackenzie; PIBID/CAPES

Os objetivos deste projeto foram: desenvolver metodologias de ensino de brincadeiras de saltar corda para que crianças de 4 anos ampliassem seus conhecimentos do corpo e pudessem utilizar este repertório lúdico no recreio da Escola e no lazer com a família; proporcionar a licenciandos em Educação Físicaa vivência de planejamento, execução e avaliação de um programa de Educação Infantil e as especifi cidades da docência nessa faixa etária. O trabalho consistiu em realizar aulas semanais ministradas pelos alunos bolsistas do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência) de licenciatura em Educação Física em parceria com as professoras das salas de crianças de 4 anos durante 4 meses. Participaram do trabalho quarenta alunos que aprenderam brincadeiras de saltar corda. Durante as aulas as crianças eram instigadas a realizar movimentos de saltos e saltitos em diferentes planos e direções, com acompanhamento rítmico e com a corda propriamente dita. Percebeu-se a importância do ritmo, da percepção da necessidade de saltar e aterrissar no mesmo lugar e da fl exão dos joelhos como fatores importantes do processo de aprendizagem de brincadeiras de saltar corda. Atividades rítmicas e com música também favoreceram a aprendizagem dos alunos. As crianças puderam compartilhar as brincadeiras com seus familiares, por meio de um caderno com descrição das atividades, que eram reproduzidas em casa. Possivelmente este foi um fator decisivo para que grandes parte das crianças demonstrassem habilidade em saltar corda após os 13 encontros do projeto. Os alunos bolsistas ampliaram conhecimentos sobre a faixa etária, estratégias de planejamento e gestão de aula.

Assim que soubemos da possibilidade de participar do PIBID em uma Escola de Educação Infantil sob a supervisão de uma das professoras de nosso curso de licenciatura em Educação Física percebemos o potencial do programa para nossas aprendizagens práticas. Afi nal ser professor é saber solucionar problemas do cotidiano escolar. Durante o programa aprendemos como planejar as aulas, como diagnosticar as difi culdades e necessidades das crianças e criar estratégias motivantes para as aulas. Tudo isso acontece com apoio da professora de Educação Física, professoras de sala e gestoras da Escola. Trabalhamos com 3 turmas de crianças de 3 anos de idade. Percebemos que nessa idade o lúdico é muito forte, a imaginação e a vontade de aprender coisas novas é intensa. No início do trabalho aprendemos que era preciso criar estratégias para conhecer os nomes dos alunos. Realizamos uma série de brincadeiras cantadas e em roda que envolvem nomes. Desta forma conhecermos as turmas. Após algumas semanas percebermos melhor afi nidade e evolução das crianças na atividades apresentadas e decidimos incrementar o trabalho com novos desafi os por meio de circuitos, brincadeiras tradicionais e com materiais manipulativos. Percebemos resultados bastante positivos: crianças que no inicio não brincavam, hoje além de brincarem ajudam os colegas nas atividades, alguns que tinham difi culdades com certos movimentos estão mais soltos e seguros. Observamos também o desenvolvimento da oralidade e da capacidade de descrever as atividades vivenciadas. Esses resultados foram muito gratifi cantes, pois no início do programa nos sentimos inseguros em relação à nossa capacidade de enfrentar o trabalho docente. Ganhamos confi ança e conseguimos perceber a relação entre as teorias de desenvolvimento infantil e a prática pedagógica, além de compreendermos como o professor de Educação Física deve atuar em parceria com os demais educadores da Escola.

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Diante do contexto social em que estamos inseridos, torna-se cada vez mais importante e necessário que a escola aproxime suas vivências da realidade social e cultural de seus alunos. Sendo assim, o presente estudo relata experiências em aulas de Educação Física na educação infantil que tiveram por fi nalidade a construção de brinquedos com materiais reaproveitáveis, propiciando aos alunos o contato com a temática meio ambiente por meio de atividades lúdicas e prazerosas. Caracterizado como pesquisa-ação com abordagem qualitativa, o trabalho contou com a participação de 192 alunos com 4 e 5 anos de idade de uma escola de educação infantil da rede pública de Cuiabá-MT. A atividade foi iniciada com o envio de um bilhete para os pais solicitando folhas de jornal para a confecção de uma peteca e garrafas plásticas descartáveis com tampas para a confecção de um bilboquê. O restante do material utilizado foi disponibilizado pela escola. Iniciamos a confecção dos brinquedos com cada uma das turmas, retomando na roda de conversa o motivo da escolha e utilização desses materiais. Ao término da construção dos brinquedos os alunos tiveram a oportunidade de explorar os possíveis movimentos, bem como criar novos. As atividades foram desenvolvidas em 70 horas/aula. Destaca-se a participação dos pais que atenderam imediatamente a solicitação e motivaram ainda mais a participação dos alunos, que demonstraram preocupação com o destino do lixo (material reutilizável) e conscientização sobre responsabilidade de cada um com o meio ambiente. De modo geral, observa-se que a Educação Física tem muito mais a oferecer para os alunos da educação infantil do que o simples brincar pelo brincar, contribuindo para a formação de um indivíduo consciente de suas responsabilidades.

Este trabalho é parte de uma pesquisa de mestrado em andamento com a temática da Educação Física na Educação Infantil. Neste recorte epistemológico, focarei a questão da presença da professora generalista (pedagoga) ou do professor especialista (de Educação Física) para a prática pedagógica da disciplina no segmento da Educação Infantil. Apesar da visão preconceituosa do profi ssional que atua na Educação Infantil, da não obrigatoriedade legal e da difi culdade de se reconhecer a necessidade/importância do profi ssional formado em Educação Física no desenvolvimento das crianças na Educação Infantil, muitas escolas particulares e municípais optam por sua presença como professor da disciplina. Quais as justifi cativas encontradas para a presença ou não deste profi ssional na Educação Infantil? Como as pesquisas se posicionam sobre a presença ou não do professor de Educação Física na Educação Infantil? Para este trabalho, foi utilizada uma pesquisa de cunho bibliográfi co, com pesquisas documentais e bibliográfi cas. As principais referências teóricas do trabalho são: a LDB, a Resolução CEB/CNE nº 7/2010 e o Parecer CEB/CNE 07/2013 para a fundamentação legal; Mello, Barbosa, Ayoub, Sayão e a proposta curricular para a Educação Infantil do município de Vitória/ES para justifi car a presença ou não do professor de Educação Física na Educação Infantil. Os resultados apontam a necessidade de mudança na formação do profi ssional que atua neste segmento, com isso a criança do ensino infantil pode receber benefícios com a presença do professor de Educação Física.

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CONSTRUÇÃO DE BRINQUEDOS COM MATERIAIS REAPROVEITÁVEIS NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA: RELATOS DE UMA EXPERIÊNCIA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

DUDECK TS, MOREIRA EC. [email protected] Universidade Federal de Mato Grosso

EDUCAÇÃO FÍSICA NA EDUCAÇÃO INFANTIL: PEDAGOGAS OU PROFESSORES DE EDUCAÇÃO FÍSICA? QUARANTA SC. [email protected] Universidade Católica de Santos

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XII Seminário de Educação Física Escolar - A prática docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação

São limitados os resultados das infl uências de programas em educação física escolar no ensino infantil. Desta forma, torna-se importante investigações que avaliem os efeitos de diferente programas de intervenção e ainda, tutelados por profi ssionais de diferentes formações. Com isso, o objetivo do presente estudo foi avaliar o nível das habilidades motoras, composição corporal e IMC em crianças submetidas a um programa de educação física com foco em diferentes profi ssionais. Foram formados dois grupos com crianças com média de 60,21 meses de idade. O primeiro grupo, foi o controle formado por 21 sujeitos, com atividades relacionadas ao movimento e gerenciadas por pedagogos. O segundo foi o grupo experimental, composto por 21 sujeitos, com atividades relacionadas a modalidade de Karatê-do, e gerenciado por profi ssional especifi co da área. O período de prática foi de 6 meses. Para análise do nível de habilidade motora foi utilizado o Teste do Desenvolvimento Motor Grosso (TGMD-2); composição corporal e IMC. Para análise inicial dos dados optou-se pela estatística pelo teste T-student para medidas independentes e os resultados não detectaram diferença estatística para nenhuma das variáveis analisadas (TGMD-2, p=0,927; IMC, p=0,362; composição corporal, p=0,173). Especifi camente a classifi cação para o TGMD-2 indicou respectivamente que no GC e no GE detectadas as seguintes frequências de coefi ciente motor descritas a seguir: (3;2) abaixo da média; (13;13) média; (3;7) acima da média; (1;3) superior e (1;0) muito superior. Já para o IMC o GC e GE foram classifi cados em termos relativos, respectivamente como: abaixo do peso (90%;92%), peso normal (5%;8%) e sobrepeso (5%;0%). Finalmente na composição corporal, o GC e GE foram classifi cados respectivamente: muito baixo (9,5%;0%), baixo (9,5%;24%), ideal (76,2%;60%); moderadamente alto (0%;12%), alto (0%;4%) e muito alto (4,8%;0%). Os resultados foram discutidos em termos do efeito de uma prática específi ca e a generalista e o nível de desenvolvimento motor das crianças.

A Educação Física para crianças de 1 a 2 anos é uma das áreas de intervenção com menor produção acadêmica e de boas práticas comparada aos demais períodos escolares. Muitas vezes, as aulas são de responsabilidade de professores generalistas, os quais afi rmam fragilidades na formação inicial e continuada sobre o desenvolvimento motor das crianças. Em algumas redes de ensino as crianças são atendidas por professores de Educação Física, que também relatam difi culdades com esta faixa etária, já que os cursos de licenciatura não abordam métodos de ensino para as crianças pequenas. O PIBID do curso de licenciatura em Educação Física da UPM investiu em experiências didáticas com crianças desta faixa etária em uma Escola do Município de Cajamar. Os licenciandos planejaram as atividades juntamente com a professora de Educação Física e as professoras de sala. O grupo decidiu priorizar as cantigas com gestos e a exploração de brinquedos tradicionais como aviões de papel e bexigas. Também foram desenvolvidas atividades de exploração do espaço da escola e de circuitos envolvendo equilíbrio e locomoção em diferentes planos. Ao longo de 14 aulas percebeu-se que as crianças se adaptaram facilmente à presença dos licenciandos, ganharam competências motoras, ampliaram conhecimentos sobre o espaço e as interações em grupo e tornaram-se mais independentes. As professoras de sala incrementaram seus conhecimentos sobre as possibilidades de movimento dos pequenos e os bolsistas perceberam a importância do processo de adaptação das crianças pequenas ao professor especialista, as diferenças entre cada grupo, aguçaram o olhar sobre as competências das crianças e aprenderam estratégias efetivas de gestão da aprendizagem e da aula para esta faixa etária. Esses resultados indicam que o PIBID contribuiu positivamente para a melhoria das oportunidades educativas das crianças, da formação inicial dos licenciandos e da formação continuada dos educadores da Escola.

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EDUCAÇÃO FÍSICA PARA CRIANÇAS DE 1 E 2 ANOS: A EXPERIÊNCIA DO PROGRAMA INSTITUCIONAL DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA NO CURSO DE LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO FÍSICA DA UNIVERSIDADE PRESBITERIANA MACKENZIE

ELIAS GS, MELO ED, FILGUEIRAS IP, BUENO TV. [email protected] Universidade Presbiteriana Mackenzie; PIBID/CAPES

EFEITOS DE UM PROGRAMA DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR ESTRUTURADO NO ENSINO E TREINAMENTO DE UMA ARTE MARCIAL

SANTOS LG, HIGA LM, FIGUEIREDO LM, OLIVEIRA RL, BARTOLOTTO F, CARREIRA FILHO D, BARBOSA FM. [email protected] Universidade Metropolitana de Santos

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A elaboração de estratégias que levem a níveis ótimos de envolvimento ao longo da aula por pré-escolares é um desafi o à docência na educação física. O presente trabalho visa relatar uma aula de educação física para pré-escolares focada na vivência de habilidades motoras básicas a partir da estratégia de uma história/brincadeira de faz de conta. Essa aula faz parte do Projeto Brincar no Nuri (PBNuri), sob a responsabilidade do CEPEUSP, EEFEUSP, e Creches da Universidade de São Paulo. Participaram 23 crianças de aproximadamente 5 anos de idade. Utilizou-se da história infantil da “Alice no País das Maravilhas” para a criação dos cenários, personagens e estruturação dos diálogos. Na percepção das professoras os aspectos que mais chamaram a atenção foram a apropriação dos personagens pelas crianças na execução das tarefas a fi m de desenvolver e conhecer o fi nal da história, e a manutenção em níveis de envolvimento superiores ao que é propiciado por outras estratégias.

Para desenvolver aulas no ambiente escolar o professor de educação física utiliza diversas estratégias para que seus alunos participem das aulas por completo, possibilitando um maior aproveitamento dos conteúdos abordados, entretanto, por vezes, aulas com características menos dinâmicas, podem interferir diretamente no foco de atenção dos alunos, diminuindo o nível de envolvimento nas aulas. Com isso, o objetivo do presente estudo foi investigar a infl uência de estratégias lúdicas no nível de envolvimento de crianças durante aulas práticas de educação física escolar. Participaram da amostra 30 crianças com média de idade de 5 anos, todos alunos de uma escola particular da cidade de Santos-sp. Foram realizadas duas aulas com duração de 30 minutos e cada criança foi fi lmada por 5 minutos em duas situações distintas: 1ª Realizando sequências de desafi os corporais de forma não lúdica apenas com instrução verbal sobre as metas das tarefas 2ª A mesma sequência de desafi os propostos na aula anterior, porém utilizando uma estratégia historiada. As aulas foram ministradas sempre por dois professores, sendo os mesmos para ambas as condições. Para análise dos vídeos foi utilizado o protocolo de envolvimento proposto por (FORMOSINHO, 2004). Após a não confi rmação da normalidade dos dados optou-se por utilizar o teste de Wilcoxon para a comparação entre as duas condições. Os resultados do envolvimento indicam que as crianças quando realizaram as aulas de educação física de forma não lúdica alcançaram apenas o nível de envolvimento dois (atividade frequentemente interrompida), no entanto, quando o grupo realizou a mesma aula de forma historiada, apresentou resultados signifi cativamente superiores, alcançando a pontuação quatro (atividades com momentos intensos). Com base nos resultados obtidos pode-se concluir que para esta faixa etária a aula historiada mantém as crianças mais envolvidas, o que pode resultar em aulas mais atrativas e efi cazes.

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FAZ DE CONTA COLETIVO: UMA ESTRATÉGIA DE ENSINO-APRENDIZAGEM NA EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL

LAURIANO AP, NEGRINI T, BACCANI E, BASSO L. [email protected] Escola de Educação Física e Esporte - USP; Centro de Práticas Esportivas - USP; Pró-Reitoria de Cultura e Extensão - USP

INFLUÊNCIA DE ESTRATÉGIAS LÚDICAS NO NÍVEL DE ENVOLVIMENTO DE CRIANÇAS DURANTE AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR MINEIRO A, SCORCINE C, MADUREIRA F, BARTOLOTTO F. [email protected] FEFIS - Santos

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O ESTÁGIO NO CURSO DE EDUCAÇÃO FÍSICA: UMA EXPERIÊNCIA COM A EDUCAÇÃO INFANTIL

FIGUEIREDO CP, MOREIRA RSP. [email protected] UNIVAG - MT

Este estudo tem a intenção de relatar uma experiência vivenciada durante o estágio em aulas de Educação Física na Educação Infantil, disciplina obrigatória para a conclusão do curso de Licenciatura em Educação Física no UNIVAG. O estágio ocorreu em uma escola pública municipal de Cuiabá-MT, pelo período de 100 horas, sendo 40 horas para orientação e organização das ações a serem realizadas na escola (diagnóstico da escola, projeto de intervenção, elaboração de planos de aula, relato de experiência e seminário), 15 horas de observação e 15 horas de participação (quando o professor de Educação Física da escola planeja e aplica as aulas enquanto os estagiários observam a prática do professor junto aos seus alunos e posteriormente participam, ajudando nessa intervenção, permitindo aproximação e contato para a última fase) e 30 horas de regência (quando o estagiário aplica a aula, previamente planejada). Em campo, percebemos a carência em relação à infraestrutura oferecida para realização das aulas de Educação Física, sendo que para suplantar essa difi culdade a professora supervisora trabalhava com atividades, basicamente, em roda, gerando certa repetição nas aulas. De qualquer forma, mostrava-se sempre muito afetuosa e paciente com os alunos, procurando contornar os confl itos gerados da melhor maneira possível a partir do princípio do respeito mútuo. As atividades propostas na regência, a partir do conteúdo brincadeira, possibilitaram o desenvolvimento das habilidades básicas como, correr, saltar e girar, bem como equilíbrio, coordenação e a exploração da imaginação e imitação. No decorrer do estágio identifi camos mais pontos positivos que negativos, principalmente em relação à participação afetuosa dos alunos. O conhecimento e a experiência adquiridos neste tempo somam valor e importância para nossa qualifi cação e formação, tempo para aprender, crescer, e amadurecer e assim nos preparando para a futura intervenção como professora de Educação Física.

Este estudo propõe o resgate e preservação dos jogos tradicionais dentro da escola, como forma, de manifestações de valores culturais, costumes sociais, ideais e normas que são passados de geração em geração. Além disso, essa inserção na escola promoverá o desenvolvimento dos alunos nos aspectos motores e cognitivos. Nesse sentido, objetiva-se utilizar o jogo tradicional como conteúdo da educação física, proporcionar um resgate cultural e uma vivência do jogo e a partir deles melhorar as relações afetivas, sociais e motoras dos alunos. O estudo originou-se do “projeto social UFSM/CEFD: esportes e jogos tradicionais em uma escola do campo”, resultado de uma parceria da Universidade Federal de Santa Maria UFSM, através do Centro de Educação Física e Desportos e da Prefeitura Municipal/SME e está sendo realizado na Escola Municipal de Ensino Fundamental Bernardino Fernandes. O projeto social acontece uma vez por semana para alunos da 1º ao 6º anos na parte da manhã, com um grupo de aproximadamente 15 alunos, dando prioridade aos alunos com problemas de relacionamento social e aprendizagem cognitiva. As ofi cinas pedagógicas são organizadas como complemento das aulas curriculares tratando das seguintes temáticas: jogos tradicionais, brincadeiras e práticas esportivas. O pressuposto teórico-metodológico que embasam o presente estudo é o relato de experiência. No desenvolvimento do presente projeto acreditamos que as ofi cinas pedagógicas de jogos tradicionais, brincadeiras e práticas esportivas oportunizam o desenvolvimento integral dos alunos, principalmente nas relações atitudinais entre alunos x alunos, alunos x professores e alunos x pais. Almejamos que a realização deste projeto possa desenvolver e fortalecer as relações humanas através de práticas, que busquem a incorporação de valores sociais e comportamentais, respeito, cooperação, vida na coletividade e a autonomia. E ainda, melhorar o processo de aprendizagem de conhecimentos escolares como as tarefas diárias, as quais possam refl etir na vida escolar dos alunos.

JOGOS TRADICIONAIS EM UMA ESCOLA DO CAMPO

TAPIA J, SILVA TMR, SAWITZKI RL. [email protected] Universidade Federal de Santa Maria

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PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSAS DE INICIAÇÃO À DOCÊNCIA - PIBID/MACKENZIE: O BRINCAR E A PARCERIA ESCOLA/FAMÍLIA NA EDUCAÇÃO FÍSICA INFANTIL

MORCELLI COM, SANTOS CA, FILGUEIRAS IP, BUENO TV. belfi [email protected] Universidade Presbiteriana Mackenzie; PIBID/CAPES

YOGA NA ESCOLA: RELATO DA AVALIAÇÃO PILOTO NAS AULAS DE EDUCAÇÃO FÍSICA

SANTOS FD, FRAIHA ALG, TEDESCHI I, DEUTSCH S. [email protected] UNESP - Rio Claro; Núcleo de Ensino; PROEX

Diversos pesquisadores do desenvolvimento infantil indicam que as aprendizagens das crianças são mais signifi cativas quando há continuidade entre os diferentes ambientes ecológicos nos quais as crianças desenvolvem-se, especialmente a relação entre a escola e o ambiente familiar. Neste projeto, alunos 2 licenciandos em Educação Física, um docente universitário, professores e gestores da Escola, incluindo uma professora de Educação Física que participam do PIBID do curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Presbiteriana Mackenzie em uma escola de Educação Infantil do Município de Cajamar, diagnosticaram que as crianças de 5 anos tinham poucas oportunidades de vivenciar brincadeiras de movimento no ambiente familiar, tal vivência permanecia restrita às atividades da Escola. Com o objetivo de ampliar as oportunidades educativas das crianças, os atores do contexto idealizaram e executaram o presente projeto, no qual 2 grupos de 25 crianças de 5 anos aprenderam brincadeiras tradicionais de movimento durante as atividades desenvolvidas pelos licenciandos em Educação Física sob supervisão da professora de Educação Física e da docente universitária. Em seguida, com a professora de sala, registraram em um caderno desenhos e textos coletivos, realizaram novas vivências e a cada fi nal de semana, levaram o caderno para casa. Os pais e familiares tinham como tarefa brincar com as crianças e descrever no caderno suas impressões. No primeiro momento de cada encontro com as crianças foram apresentadas brincadeiras que envolviam ritmo e consciência corporal e no segundo momento brincadeiras tradicionais. Os atores envolvidos perceberam que o projeto envolveu profundamente os pais e crianças, ampliando os laços entre a escola e a família e enriquecendo as experiências culturais e motoras das crianças, o que indica o grande potencial do PIBID para a melhoria da qualidade da Educação Física Infantil nas escolas públicas brasileiras.

O Yoga é uma prática que visa à unifi cação entre corpo e mente, e o autoconhecimento. Ao olhar para escola, os alunos estão sendo formados, sem consciência da integração corpo e mente, sem reconhecimento de suas emoções e ainda distantes do autoconhecimento. Assim, este trabalho relata o resultado de avaliação piloto sobre o reconhecimento das emoções após intervenções nas aulas de Educação Física da prática de Yoga. As aulas acontecem semanalmente com duas turmas da Educação Infantil (5 e 6 anos) em escola pública do município de Rio Claro - SP. As avaliações foram realizadas ao fi nal de duas aulas, intercaladas por uma semana. As práticas de Yoga seguem princípios: éticos e morais (Yamas e Niyamas); movimentos corporais (Asanas - posturas); controle respiratório (Prānāyāma); conhecimento das técnicas de limpeza e higiene (Kriyas); e técnicas de concentração (Dhāranā). Utilizamos jogos e brincadeiras associados ao método avaliativo sobre as emoções: Lista de Estados de Ânimo Reduzida e Ilustrada (LEA-RI). As avaliações continham os estados: alegre, triste, calmo, agitado, medo. Cada aluno apontou e/ou pintou uma emoção respondendo as seguintes perguntas na primeira avaliação: a) o que você sente quando vem para a escola? b) O que você está sentido agora? Foi verifi cado: Turma 1 questão a): 79% apontaram alegre; 14% apontaram medo; 7% apontaram agitado. Na questão b): apresentou mesmo resultado. Turma 2 questão a): 62% alegre; 19% triste; 13% calmo; e 6% triste; questão b): 44% alegre; 31% triste; 13% calmo; 6% medo; 6% agitado. Como foi o primeiro contato das crianças com as ilustrações, podemos dizer: aconteceu uma aproximação para reconhecimento das emoções, e existiu uma difi culdade de interpretação. A segunda avaliação foi modifi cada: perguntamos aos alunos, o que eles estavam sentindo após a aula? Como resultados: Turma 1: 67% alegre; 10% medo; 9% calmo; 9% triste; 5% agitado. Turma 2: 73% alegre; 20% triste; 7% calmo. Na segunda avaliação podemos verifi car maior reconhecimento dos estados de ânimos vivenciados durante as aulas, o que signifi ca que para a aplicação do teste LEA-RI é essencial aproximar os sujeitos do instrumento avaliativo de maneira a deixá-lo claro.

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