XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

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Revista Brasileira de Educação Física e Esporte Brazilian Journal of Physical Education and Sport São Paulo v.31 Suplemento n.11 novembro 2017 e-ISSN 1881-4690 10 a 12 de novembro de 2017 Escola de Educação Física e Esporte - USP São Paulo, SP - Brasil Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo

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Revista Brasileira de Educação Física e EsporteBrazilian Journal of Physical Education and Sport

São Paulo v.31 Suplemento n.11 novembro 2017

e-ISSN 1881-4690

10 a 12 de novembro de 2017

Escola de Educação Física e Esporte - USP

São Paulo, SP - Brasil

Escola de Educação Física e Esporte Universidade de São Paulo

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Comissão Científica

Profa. Dra. Ana Cristina Zimmermann - PresidenteProf. Dr. Luciano Basso Prof. Osvaldo Luiz FerrazProfa. Dra. Soraia Shung Saura

Comissão Organizadora

Prof. Dr. Go TaniProfa. Dra. Ana Cristina ZimmermannProfa. Dra. Soraia Chung SauraProf. Dr. Luciano BassoProf. Dr. Walter Roberto CorreiaProf. Dr. Walter Roberto Correia - PresidenteProfa. Dra. Ana Cristina Zimmermann - Secretário Geral

Prof. Dr. Luciano Basso

Editoração

Finanças

Prof. Dr. Luciano Basso

Divulgação

Profa. Dra. Profa. Dra. Soraia Chung Saura

Profa. Dra. Soraia Shung SauraProfa. Dra. Ana Cristina Zimmermann

Apoio

Proex/Capes

Apoio Financeiro

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Programação

10/11/2017 – Sexta-feira

15h00 Recepção e entrega de material

15h45 – 17h20 Apresentação de trabalhos

17h35 – 18h30 Reunião Aberta – “Conversas com quem gosta de ensinar”

18h30 – 19h00 Coffee Break

19h00 – 19h25 Abertura Oficial

19h30 – 21h00 Conferência I - “Educação Física Escolar: relações entre a docên cia e a dádiva” Palestrante: Prof. Dr. Nilson José Machado (FEUSP) Moderador: Prof. Dr. Luciano Basso (EEFEUSP)

 

11/11/2017 – Sábado

8h30 – 10h00 Apresentação de trabalhos

10h00 – 10h25 Coffee Break

10h30 – 12h00 Conferência II - “Educação Física Escolar: imagens e símbolos não escolares para a docência” Palestrante: Prof. Dr. Marcos Ferreira Santos (FEUSP) Moderador: Profa Dra. Soraia Chung Saura (EEFEUSP)

12h00 – 14h00 Intervalo para almoço

14h00 – 15h30 Mesa Redonda “Educação Física Escolar: imagens e conteúdos para o currículo escolar Palestrante: Prof. Dr. Marcos Garcia Neira (FEUSP) Palestrante: Profa. Dra. Elaine Prodócimo (FEFUNICAMP) Moderador: Prof. Dr. Osvaldo Luiz Ferraz (EEFEUSP)

15h30 – 16h00 Coffee Break

16h00 – 18h30 Apresentação de trabalhos

 

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12/11/2017 – Domingo

8h30 – 10h05 Apresentação de trabalhos

10h05 – 10h30 Coffee Break

10h30 – 12h00 Conferência III - “Educação Física Escolar: inspirações filo sóficas para a docência” Palestrante: Profa. Dra. Terezinha Azerêdo Rios (GEPEF/FEUSP) Moderador: Prof. Dra. Ana Cristina Zimmermann (EEFEUSP)

12h10 – 12h30 Cerimônia de Encerramento

Prêmios Destaque.

Local:

O XIV Seminário de Educação Física e Escolar da EEFE-USP será realizado nas dependências da Escola de Educação Física e Esporte – USP.

Av. Prof. Mello Moraes, 65 – Cidade Universitária – São Paulo – SP

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e-ISSN 1981-4690Sumário

Revista Brasileira de Educação Física e Esporte, v. 31, novembro 2017. Suplemento n. 11XIV Seminário de Educação Física Escolar

Apresentação

Ensaio

Educação Física Escolar: imagens e valores para a docênciaCORREIA, Walter Roberto

Resumos

Educação Física Escolar e Inclusão

Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras

Educação Física no Ensino Fundamental I

Educação Física no Ensino Fundamental II

Educação Física no Ensino Infantil

Educação Física no Ensino Médio

Fundamentos para Educação Física Escolar

Índice de Autores dos Resumos

Os artigos apresentados são de responsabilidade dos autores. Os resumos foram aprovados pelos revisores do Seminário.

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XIV Seminário de Educação Física Escolar

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O Seminário de Educação Física Escolar é o evento mais tradicional da Escola de Educação Física e Espor-te. Sua vitalidade data desde o início dos anos noventa do século passado, transcorrendo uma trajetória de mais 25 anos de existência. Com periodicidade bienal, encontra-se na eminência da sua décima quarta edição prevista para novembro de 2017, cujo título proposto é: “Educação Física Escolar: imagens e valores para do-cência”. Ao longo de sua historicidade, congregou-se a participação dos principais interlocutores das esferas das políticas educacionais nacionais de Educação e da Edu-cação Física e, de forma crescente, uma participação de pesquisadores internacionais, especialmente aqueles do contexto Ibero-americano e países de língua portuguesa. Nas últimas edições, foi possível inserir participantes representantes de 24 unidades da federação, sendo considerado por proeminentes pesquisadores como o evento de referência no âmbito brasileiro da Educação Física Escolarizada. O público majoritário é constituído por pesquisadores e professores pertencentes aos sistemas públicos federais, estaduais e municipais de educação, além de integrantes do setor privado. Como estratégia institucional da EEFEUSP, por intermédio do Setor de Cooperação Internacional, estão sendo envidados

esforços na aproximação com a comunidade acadêmica de países europeus, latino americanos, africanos, como por exemplo, Portugal, Espanha, Chile, Peru, Moçam-bique dentre outros. Um ponto relevante diz respeito à produção acadêmica dos docentes do Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano destina-da ao evento, por meio de ensaios ou artigos originais editorados pela Revista Brasileira de Educação Física e Esporte (suplemento especial), além da organização de livros como “Pedagogia do Movimento do Corpo Humano” (2013); “Educação Física no Ensino Fundamental: da inspiração à ação” (2015); e para o ano vindouro (2017) a obra “Formação Profissional em Educação Física: ensaios e proposições”.

O XIV Seminário de Educação Física Escolar tem por objetivo debater as imagens e os valores que pos-sam servir de suporte simbólico par ao exercício da docência em Educação Física Escolar. A premissa é de que na cultura escolar e não escolar estão dispostas simbologias capazes de auxiliar o desenvolvimento da subjetividade / identidade profissional docente no contexto da escolarização.

Os organizadores

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Educação Física Escolar: imagens e valores para a docência

Walter Roberto CORREIA** Escola de Educação Física e Esporte,

Universidade de São Paulo, São Paulo, SP, Brasil.

Os seminários de Educação Física Escolar repre-sentam um dos empreendimentos acadêmicos mais tradicionais da Escola de Educação Física e Esporte da Universidade de São Paulo. Seus primórdios datam o início da década de noventa do século passado e, desde então, está sob responsabilidade do Departamento de Pedagogia do Movimento do Corpo Humano, ultrapassando um quarto de século de existência.

Nessa jornada, foi possível congregar os prin-cipais interlocutores da Educação Física Escolar brasileira, bem como personalidades consagradas do campo educacional e, em especial, protagonistas das políticas públicas nacionais de educação. Nesse contexto, é importante destacar que estiveram re-nomados pesquisadores da esfera latino-americana e de países de língua portuguesa. Por essa razão, podemos afirmar que se trata de uma inconteste referência acadêmica e profissional de abrangência nacional e internacional.

No que concerne às últimas edições, tem-se op-tado por um direcionamento temático focado nas questões relativas à docência, com vistas a promover uma reaproximação acadêmica e profissional, a partir de uma eleição temática que contivesse uma relevância social do ponto de vista do professorado em geral, como por exemplo:

• XI Seminário de Educação Física Escolar (2011): “Saberes Docentes”;

• XII Seminário de Educação Física Escolar (2013): “A Prática Docente da Educação Física Escolar: da inspiração à ação”;

• XIII Seminário de Educação Física Escolar (2015): “Docência: sentir, pensar e agir”;

• XIV Seminário de Educação Física Escolar (2017): “Educação Física Escolar: imagens e valores para a docência”.

O XIV Seminário de Educação Física Escolar tem por objetivo debater as imagens e os valores que

possam servir de suporte simbólico ao exercício da docência em Educação Física Escolar. A premissa é de que na cultura escolar e na cultura não escolar es-tão dispostas simbologias com potencial de respaldo ao desenvolvimento da subjetividade / identidade docente. Na atual conjuntura educacional brasilei-ra, as questões da formação e valorização docente constituem demandas prementes para a efetivação de ações educativas de qualidade. Desse modo, se faz necessário trazer à tona imagens e valores cujos símbolos possam auxiliar o desenvolvimento da subjetividade docente com vistas à legitimação das práticas pedagógicas do componente curricular Educação Física.

O referido evento encerra um ciclo temático, cuja intencionalidade tem sido reposicionar pre-tensiosamente a relação entre os professores da Educação Básica e os interlocutores acadêmicos. Recorrentemente, temos visto a reiteração da sobreposição da lógica acadêmica sobre a profis-sional, ensejando a ideia de que os profissionais necessitam do pretenso “saber esclarecido” prove-niente dos grupos de pesquisa das universidades para superarem suas “precariedades” e “desatua-lizações”. Comumente, são propostos os temas específicos das redes epistemológicas nas pautas dos seminários e congressos. Não obstante, não é nenhuma novidade que a literatura científica vem apontando que o modelo instrucional de forma-ção inicial e permanente de professores tem sido ineficaz historicamente, especialmente, perante as transformações sociais do mundo contempo-râneo1. Essa percepção é ratificada por pensadores do campo da própria Educação Física Escolar2-3, quando reivindicam o resgate do pensamento e da lógica didática no âmbito das produções e das ações direcionadas para a formação de professores, ou seja, a valorização do ensino/aprendizagem como tema ou dimensão nuclear.

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Para tanto, a academia precisa criar as condições para que as lógicas e as demandas docentes sejam reconhecidas, acolhidas e legitimadas. O próprio sa-ber do “Homus Academicus” vem sendo questionado sobre a validade ou a relevância social a que se des-tina. Os saberes e as práticas docentes são materiais indispensáveis para a produção de conhecimento crítico e de suporte à docência, inclusive, o não saber docente4. Longe de se pretender advogar um didatismo utilitário, ou até mesmo, uma narrativa demagógica populista ou reacionária – existe uma ponte que as unem - sobre formação de professores, a não observância dessas questões implica a constru-ção de uma linguagem que pavimenta a passarela aos slogans da “retórica esclarecida”.

Slogans são recursos de linguagem que, reitera-damente, são usados de forma astuta ou oportuna para findar as discussões por falta de argumentos e, por sua vez, buscam atalhos para alçarem con-sensos. Um exemplo de apropriação controversa sobre um tema central na realidade do trabalho docente é o da autonomia de professores. Muito se discutiu nas últimas décadas sobre a necessidade de profissionalização e autonomia docente. Difi-cilmente alguém seria contra essas noções, uma vez que as mesmas encerram certos “consensos”. Sobre esse ponto, é importante lembrar que as noções profissão e autonomia são construídas em contextos socioculturais específicos, mutá-veis historicamente, e permeada por manejos ou apropriações muito diversas.

Um exemplo patente é de como as políticas pú-blicas e governos admitem o status profissional do professorado mas, no plano ação governamental, as condições de profissionalidade não se coadu-nam com o discurso oficial. O que se observa é a intensificação e o incremento exponencial de responsabilidades e competências aos professores e professoras sem as condições devidas de suporte ao exercício profissional. Adicionalmente, sob uma perspectiva neoliberal e econômica, podemos identificar, globalmente, o deslocamento ideológi-co dos docentes para fora das decisões nacionais, regionais, locais e institucionais sobre o processo educativo e, especialmente, sobre as condições de trabalho e carreira docente5-6. Ilustrando as questões anteriormente mencionadas, especificamente sobre as armadilhas relativas ao profissionalismo e auto-nomia do ponto da vista das abordagens estatais, trazemos as indagações de Contreras7 que explicita a dinâmica contraditória entre discurso e prática do Estado sobre o trabalho docente:

Precisamente nesse tipo de processo de aspi-ração a um profissionalismo de efeitos duvi-dosos sobre a melhoria do trabalho docente, que alguns autores analisaram as armadilhas que dita aspiração supõe para o ensino e os professores, e como são usadas por parte do Estado em épocas de reforma, para assegurar a colaboração do professor e anular assim suas possíveis resistências à redefinição de sua função. Em nome da profissionalização, ou de atributos que lhe são associados, com o objetivo de garanti-la ou ampliá-la, justi-ficam-se transformações administrativas e trabalhistas para os docentes, exigindo-se sua colaboração. Evidentemente, não se pode defender a oposição a uma reforma se, como consequência da mesma, começarmos a ser reconhecidos como melhores profissio-nais, ou, se nos negamos a fazê-la, estaremos abandonando nossas responsabilidades pro-fissionais. Por isso, como já vimos antes, a intensificação do trabalho do professor, isto é, mais trabalho sem mais remuneração, ou a referência ao altruísmo como modo de justificativa das condições de trabalho, ou o inconveniente de expor suas queixas ou lutar por reivindicações que poderiam ter um efeito negativo sobre o bem dos alunos, são recursos publicamente utilizados pela Administração ou outros setores sociais, ou individualmente interiorizados pelos profissionais do ensino. (p. 66)7.

Diante do exposto, a questão da autonomia se subverte e se reafirma sob as tensões das lógicas e interesses multilaterais que compõem os interes-sados pela educação, que no caso, é a sociedade como um todo. Podemos admitir que autonomia resulta da capacidade esclarecida e responsável para atuar nas relações sociais. A educação escolar tem inexoravelmente a incumbência de intervir junto aos educandos na perspectiva do desenvolvimento humano sob orientação de um projeto político e pe-dagógico. A intervenção docente é presumida como ação decorrente de sua autonomia que, pelas ações estatais, tem sido objeto de ressalvas e interdições, na medida que se vê uma vigilância e exigência cada vez maior sobre o trabalho dos professores. Com a crise ética, social e econômica polarizada em nosso país, temos observado narrativas de não intromissão do trabalho docente sobre determinados conteúdos e, principalmente, sobre a formação de valores.

Nesse sentido, cria-se uma situação carregada

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de ambiguidades e interposições sob as tarefas dos educadores, na medida que se configura um condi-cionamento ideológico para submeter os professores e professoras a trabalharem para serem interventores do Estado e, amiúde, para não serem necessariamen-te agentes da sua comunidade social de referência:

Se, além disso, as atuais tendências nas reformas se valem da ideologia do profis-sionalismo como demanda de participação nos propósitos do Estado, pode ser que se acabe interpretando que se é “profissional” colaborando com a Administração, mas não com a comunidade. A autonomia como não intromissão costuma ser, por um lado, uma descrição equivocada da função desempe-nhada pelo ensino, já que este se situa no terreno da transmissão de valores e saberes sancionados socialmente. A instituição educativa representa um espaço sobre o qual se projetam, de forma contraditória e conflituosa, diferentes pretensões e aspi-rações, tanto culturais como econômicas e sociais. O trabalho do professor não pode, portanto, ser compreendido à margem das condições sociopolíticas que dão credibili-dade à própria instituição escolar. (p. 69)7.

Ainda que o conceito de autonomia docente seja envolvido ou entremeado por uma polissemia controversa, ela é, indiscutivelmente, uma demanda radical na perspectiva da educação escolar. Autono-mia é a razão pela qual a educação existe, ou seja, a socialização democrática dos saberes relevantes para promover as formas de comunhão e viabilização da vida humana. Para autonomia da educação e da escola é imprescindível autonomia dos seus atores. Assim, cabe o esclarecimento de Gadotti8 sobre a natureza das relações humanas na escola na perspec-tiva da cultura autônoma:

A luta pela autonomia da escola insere-se numa luta maior pela autonomia no seio da própria sociedade, portanto é uma luta dentro do instituído, contra o instituído, para instituir outra coisa. A eficácia dessa luta depende muito de ousadia de cada escola em experimentar o novo e não apenas pensa-lo. Mas para isso é preciso percorrer um longo caminho de construção da confiança na escola e na capacidade dela resolver seus problemas por ela mesma, de se autogovernar. A autonomia se refere à criação de novas relações sociais que se opõem às relações autoritárias existentes.

Autonomia não significa uniformização. A autonomia admite a diferença e, por isso, supõe a parceria. Só a igualdade na diferença e a parceria são capazes de criar o novo. Por isso, escola autônoma não significa escola isolada, mas em constante intercâmbio com a sociedade. Nesse momento, lutar por uma escola autônoma é lutar por uma escola que projete, com ela, uma outra sociedade. Pensar numa escola autônoma e lutar por ela é dar um sentido novo à função social da escola e do educador que não se considera um mero cão de guarda de um sistema iníquo e imutável, mas se sente responsável também por um futuro possível com equidade. (p. 46)8.

Uma educação escolarizada orientada para auto-nomia exige um trabalho docente na perspectiva dos saberes a ensinar e para ensinar. A elaboração desse complexo de saberes não se viabiliza sob o domínio exclusivo dos educadores da educação básica e, por conta disso, comporta a exigência da participação solidária e colaborativa de outros interlocutores sociais, dentre eles, os representativos da academia.

Por essa razão, procuramos afirmar os “Seminá-rios de Educação Física Escolar” como uma parceria estratégica entre escola e universidade, entre aca-dêmicos e profissionais. Parceria entre demandas práticas e demandas analíticas. Entendemos que a educação da e pela autonomia é tarefa de toda socie-dade e, inclusive, da própria universidade. Por isso, exercitamos por meio dos “Seminários de Educação Física Escolar” uma arte ou uma reinvenção de diá-logo social com os professores de Educação Física.

Sobre o aspecto acima mencionado, o diálogo pressupõe a admissão de que precisamos como acadê-micos dos testemunhos profissionais dos professores, da sua fala, dos seus exemplos, da sua prática, do seu discurso, da sua razão e da sua emoção, para que, dessa maneira, possamos nutrir nossas curiosidades epistemológicas e, por sua vez, nos ajudar a resgatar a relevância social dos nossos trabalhos acadêmicos. Desse modo, podemos rever e reconstruir os nossos conceitos, nossas metodologias, nossas lógicas de análi-se para ampliar a nossa autonomia como pesquisadores e atores dos processos formativos de professores. Em contrapartida, oferecer um conjunto de saberes com-plementares aos docentes, que necessitam de processos permanentes de reflexão crítica das suas concepções e práticas pedagógicas, tanto na compreensão do que produzem pedagogicamente, como para a reconstrução dos sentidos inerentes ao trabalho docente.

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Dessa forma, a partir da presumida parceria acadêmica-profissional, propomos o desafio das imagens consolidadas pelo senso comum. Podemos, devemos e queremos ver os professores como pessoas e não apenas como objetos de análise ou amostra. Como colaboradores para a construção do nosso conhecimento acadêmico, sem sobreposição de saberes e, portanto, sem sobreposição de posições ou status. Concomitantemente, almejamos, since-ramente, ofertar aos mesmos as condições para que possam ver em nós, acadêmicos, a condição honesta de parceiros interessados nos seus problemas e na potencial ajuda no desenvolvimento dos dilemas e das soluções docentes. Nesse caso, cabe relembrar as palavras acima mencionadas por Gadotti8 na perspectiva do lutar dentro do instituído, contra o instituído, para instituir outra coisa!

Tomados por essas premissas e fantasias profícuas, elegemos um conjunto de estratégias para convidar os professores e professoras de Educação Física para participarem dos nossos seminários com a temática da docência como eixo norteador. Para tanto, a ideia primal que fizemos questão em por em marcha, diz respeito à assunção da docência com a decência.

Etimologicamente, a construção dessas palavras contém um elemento – “dec” - que os enraíza, como também os termos decoração, decoro e, por sua vez, a presença de um sentido ou dimensão estética. Estético, belo e virtuoso que se situam não apenas no modo de exercer a sua função mas, essencialmente, pelas as razões e propósitos a que se destina. Dessa forma, a aproximação da docência com a decência estabelece uma relação mais do que íntima9. O trabalho docente contém elementos que o caracterizam como profissão, ou seja, implica demanda e reconhecimento so-cial, processo de preparação formal, organização institucional (sindicatos, associações e entidades formadoras) e manuseio de linguagens e conceitos próprios. Nesse sentido, a docência se assemelha com outras profissões sem, contudo, se coadu-nar inteiramente, uma vez que o trabalho dos professores e professoras são portadores de uma especificidade, ou seja, uma profissão das intera-ções humanas. Sim, todas as profissões incluem e se apoiam nas interações humanas, todavia, nem todas têm o núcleo e a essência nas interações como seu objeto para transformar e desenvolver o humano por meio da formação de valores, habi-lidades, competências, conceitos, procedimentos, enfim, a formação ampla e integral das pessoas. Portanto, cabe trazer algumas considerações de

Tardiff10 que na conclusão da sua obra investiga-tiva sobre o trabalho dos professores nos traz à tona o seguinte:

Mesmo assim, sob vários aspectos, a do-cência também é um “ofício feliz”, uma profissão bonita. Por quê? Quanto a isso são claras: a felicidade no trabalho vem da alegria de trabalhar com as crianças, jovens, de ajuda-los, de vê-los progredir, mudar, aprender, instruir-se, fazer desco-bertas... Além disso, o amor das crianças também é, para muitos professores, algo decisivo em sua escolha profissional e na perseverança nessa profissão “impossível”. Trata-se, assim, de algo muito importante, que define, mesmo aos olhos do professor, sua relação com o trabalho. É por isso que tal relação se torna particularmente difícil, às vezes insuportável, quando as relações com os alunos vão mal e param de nutrir positivamente o professor. (p. 283)10.

Por essa razão, chamamos os professores e pro-fessoras de Educação Física para comemorarmos, memorar juntos, a beleza e a complexidade do traba-lho docente. Para tanto, uma das questões essenciais que podemos reiterar no chamado aos docentes para tomarem parte do nosso encontro nos seminários é acolhê-los com a mais efusiva hospitalidade possível como forma de reconhecimento. Reconhecimento que se estende com a proposta de valorização da apresentação de trabalhos na forma de relatos de experiências, ou seja, na validação da sua obra e do seu testemunho professoral. No respeito ao seu esforço, ofertamos uma devolutiva por meio de uma escuta atenta, crítica e analítica para que, de alguma forma, os seminaristas possam sair do ritual munidos de subsídios para as suas tarefas docente/decente e, sobretudo, na sua integridade autoral e moral. Em suma, tecer uma poiésis acadêmica e profissional amalgamada por um evento que quer inseminar ideias e inspirações (seminário – seminal – germe), entrelaçados por uma parceria que nos honram de forma fraterna.

Concluindo, o “XIV Seminário de Educação Física Escolar: imagens e valores para a docência”, tem por missão trazer as imagens, os valores, as ex-periências, as vozes que possam elevar o imaginário dos protagonistas da educação corporal da escola, ou seja, os professores e professoras de Educação Física. Num momento marcado por polarizações e incertezas contundentes sobre a nossa capacidade de resgatar o justo, o belo e o ético, especialmente

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no que tange às condições da profissionalidade docente, iremos à busca da elaboração de alguns símbolos contidos nas experiências humanas e nas tradições do pensamento humano, de maneira a fortalecer os “pedagogos da corporeidade” na travessia do nosso desafio histórico. Já que se trata de uma travessia, uma caminhada entre parcei-ros que comungam sonhos possíveis e comuns,

Referências1. Imbernón F. Formação docente e profissional: formar-se para a mudança e a incerteza. São Paulo: Cortez; 2011.2. Caparroz FE, Bracht V. O tempo e o lugar de uma didática da educação física. Rev Bras Ciênc Esporte. 2007;26(2):21-37.3. Correia WR. O currículo como oportunidade histórica. Rev Bras Educ Fís Esporte. 2016;30(3):831-3.4. Tardiff M. Saberes docentes e formação profissional. Petrópolis: Vozes; 2011.5. Giroux HA. Os professores como intelectuais: rumos a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes

Médicas; 1997.6. Santomé JT. A educação em tempos de neoliberalismo. Porto Alegre: Artmed; 2003.7. Contreras J. A autonomia dos professores. São Paulo: Cortez; 2002.8. Gadotti M. Escola cidadã. São Paulo: Cortez; 2010.9. Cortella MS. O que a vida me ensinou. São Paulo: Versa; 2009.10. Tardiff M, Lessard C. O trabalho docente: elementos para uma teoria da docência como profissão de interações hu-

manas. Petrópolis: Vozes; 2013.

que a façamos de corpo inteiro, e por essa razão, avançarmos com passos otimistas na aventura do mistério humano. Andar com “calçados pequenos” num mundo vasto e incomensurável é tarefa para os ousados e corajosos. Assim sendo, reiteramos: a docência é uma profissão, uma arte, uma vocação, ou seja, um chamado e uma presença possível e necessária. Assim seja. Assim será!

ENDEREÇOWalter Roberto Correia

Escola de Educação Física e Esporte - USPAv. Prof. Mello Moraes, 65

05508-030 - São Paulo - SP - BRASIL e-mail: [email protected]

Recebido para publicação: 25/10/2017Aceito: 25/10/2017

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Os temas tranversais em pauta no PIBID-Educação Física

BRUNA FERNANDES LIMA1; HELENA RAMOS DA COSTA2; RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO3; PALOMA TAVARES FERREIRA ROCHA4 [email protected] 1 Estudante, Arujá - SP

2 Estudante, São Paulo - SP3 Professor, São Paulo - SP

4 Professora, São Paulo - SP

01

O estágio curricular durante a formação docente proporciona inúmeras vivências e o PIBID engrandece este processo, tendo em vista o compromisso dos professores com suas aulas e com os estagiários. Neste sentido é possível observarmos práticas pedagógicas diversificadas, congregando atividades teórico-práticas, bem como, presenciar os desafios dos pro-fessores relacionados à cultura e à heterogeneidade presente no ambiente escolar que compromete diretamente o nível de participação e interação dos alunos na Educação Física escolar. Este trabalho consistiu numa pesquisa de campo (relato de experiência) descritiva, analisada qualitativamente dentro dos pressupostos metodológicos de Severino (2007). O objetivo do trabalho é relatar as práticas pedagógicas do professor de Educação Física em que se promoviam a difusão de conteúdos relacionados aos Temas Transversais dos PCNs (1997). Observamos a difusão dos Temas Transversais de Saúde, abordando conteúdos de alimentação e higiene, e destacamos o trabalho desenvolvido com Tema Transversal de Orientação Sexual, tratando de assuntos polêmicos - machismo e xenofobia. As aulas foram dadas com o uso de apostila, debates em sala de aula e atividades práticas. As discussões consideraram as lutas e conquistas das mulheres e o longo caminho a percorrer para alcançar igualdade de direitos. Entrou em questão o preconceito e a intolerância sexual de ambos os gêneros. Diante da separação visível na disposição em sala de aula entre os alunos, bem como comportamentos discriminatórios frente ao grande número de imigrantes matriculados, em sua maioria - bolivianos, o professor buscou melhor convivência e harmo-nia entre eles, além da compreensão e aceitação da multiculturalidade. Percebemos as inúmeras tentativas do professor em ampliar as práticas e melhorar a relação de respeito e tolerância entre os alunos, a partir do trabalho de Temas Transversais. Com isso, percebemos a importância do estudo de temáticas que possibilitam melhor compreensão e atuação em sociedade, e que se relacionam diretamente com o estudo e experiência das práticas corporais propostas nas aulas de Educação Física.

02

Ensino do conteúdo modalidades esportivas para os alunos com cegueira nas aulas de Educação Física

DÉBORA CRISTIANE FAGUNDES; NILTON MUNHOZ [email protected] Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR

Apoio financeiro: Bolsa do Programa Educação Tutorial.

A presença de alunos com necessidades educacionais especiais em escolas regulares é uma realidade das políticas educacionais atuais. Diante deste quadro, muitos professores de Educação Física não se sentem aptos para intervirem de maneira satisfatória e efetiva com estes alunos. Diante deste imbróglio, como os professores de Educação Física tem ensinado as modalidades esportivas para alunos com cegueira no ensino fundamental II. Com isso, este estudo buscou identificar se as estratégias utilizadas nas aulas de Educação Física no ensino fundamental II, contribuíram no processo de ensino e aprendizagem das modalidades esportivas, numa perspectiva inclusiva. Esta pesquisa tem caráter qualitativo, do tipo descritivo e exploratório. Participaram desta pesquisa dois estudantes com cegueira, com 18 anos de idade, do sexo masculino, sendo irmãos gêmeos, que concluíram a Educação Básica no ano de 2016. Para coleta de dados utilizou-se uma entrevista semiestruturada contendo 7 questões. Utilizou-se a Análise de Conteúdo (Bardin, 2004) para compreender e discutir os dados coletados tendo por base três categorias: o processo de ensino e aprendizagem; o processo de avaliação e, a utilização dos conhecimentos adquiridos na disciplina. Os resultados apontam que os professores de Educação Física não adaptavam as atividades, os materiais e o espaço físico, fazendo com que a participação dos alunos nas aulas práticas fosse reduzida, tendo o aluno uma efetiva participação nas aulas teóricas. Os alunos foram avaliados somente de maneira teórica. Os conhecimentos adquiridos na disciplina são insuficientes, não permitindo que os alunos transponham este conhecimento para seu dia a dia, por exemplo, não compreendem a dinâmica de um jogo de basquetebol ao acompanha-lo pela televisão. Com isso, conclui-se a emergente necessidade de uma formação docente mais efetiva que capacite os professores a alcançar seu objetivo enquanto formador, propiciando a alunos com cegueira um aprendizado efetivo nas aulas de Educação Física numa perspectiva inclusiva.

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O estudo teve como objetivo elaborar e aplicar o Plano Educacional Individualizado (PEI) nas aulas de Educação Física em uma escola especial, como uma estratégia de inclusão e aprendizagem. O PEI é um plano de ação que individualiza e personaliza o ensino com metas acadêmicas e objetivos de acordo com as necessidades e singularidades do sujeito. A pesquisa teve como problema a seguinte questão: De que forma que o PEI pode contribuir para a aprendizagem nas aulas de Educação Física? Nesse sentido, foi elaborado o PEI em conjunto com a professora de Educação Física da Escola Especial, acadêmica e estagiária de Educação Física e professora do estágio supervisionado, conforme os pressupostos da pesquisa-ação colaborativa. A intervenção ocorreu no campo do estágio supervisionado, em que foi elencada uma aluna com deficiência física e intelectual para a aplicação do PEI. Procurou-se focar especialmente na oratória que facilitou a comunicação com os demais alunos e movimentos dos membros superiores, desenvolvendo a valência motora da força e coordenação motora. A aplicação do PEI foi por meio do conteúdo Dança, em que foi trabalhado as habilidades funcionais como consciência e expressão corporal, fatores do movimento e percepção rítmica, com estratégias de ensino diversificadas e a motivação extrínseca para melhor interação em todas as atividades. Como meta a ser alcançada, foi elaborada uma coreografia que contemplou os objetivos traçados para o desenvolvimento da aluna, a qual foi apresentada pela aluna no final do período de intervenção e aplicação do Plano. Durante o período de intervenção notou-se melhoras significativas no desenvolvimento da aluna, especialmente na oratória mais desinibida, e nos movimentos de locomoção e coordenação, considera-se que o PEI mostrou-se como uma ferramenta positiva para o ensino da Educação Física no contexto da Educação Especial.

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Plano Educacional Individualizado como uma estratégia de aprendizagem nas aulas de Educação Física

EVELLINE CRISTHINE FONTANA; LUANA APARECIDA DE PAULA; AMANDA PONTAROLO [email protected] Irati - PR

Este trabalho tem como base teórica referências sobre Transtorno do Espectro do Autismo, psicomotricidade e formação do professor para atuação frente ao referido transtorno. Tem por objetivo compreender a importância do papel da psicomotricidade no desenvolvimento de crianças com TEA subsidiando assim o trabalho do profissional licenciado em Educação Física. A metodologia utilizada é tanto qualitativa quanto quantitativa, traz duas pesquisas de campo: a primeira utilizando testes EDM Rosa Neto com 10 alunos entre 6 a 10 anos com diagnostico de TEA que estudam na rede estadual de ensino do estado de São Paulo, duas vezes por semana 50 minutos cada sessão por quatro meses e reavaliação motora, a segunda consiste em entrevista com perguntas fechadas para cinco professores de Educação Física também da rede de ensino estadual do estado de São Paulo, focalizando os conhecimentos que são abordados ou percebidos como importantes nesse processo e possibilidade de intervenção. As intervenções motoras devem mostrar avanços positivos nas áreas da motricidade fina e global, equilíbrio, lateralidade e esquema corporal, quanto à organização espacial temporal é preciso explorar mais este campo para melhor analisar se há avanços significativos. Todavia esses dados justificam a relevância do uso da psicomotricidade pelo profissional de Educação Física no desenvolvimento da criança com TEA.

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A relevância da psicomotricidade em crianças com Transtorno do Espectro do AutismoGABRIEL GOMES; CAROLINA LOURENÇO REIS [email protected] Universidade Brasil, São Paulo - SP

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O trabalho tem como objetivo, criar um Plano de Desenvolvimento Individual para portadores da Síndrome de Rett, que é um distúrbio no sistema nervoso que leva a regressão no desenvolvimento. A cada 10.000 meninas nascidas, é identificado um caso da SR, e esse numero é predominante em meninas devido a ligação da doença com o cromosso-mo X. No inicio a síndrome se mostra como um atraso de desenvolvimento, principalmente motor, e depois da fase de estagnação, começa a regressão psicomotora. Uma criança pode deixar de falar, andar e pode ter dificuldades para segurar um brinquedo, por exemplo. As condições neuropsicológicas (Motoras, fisiológicas e emocionais) pertencentes à Síndrome de Rett não são as mais favoráveis para uma aprendizagem efetiva. No entanto, a aprendizagem é uma habilidade também presente nas crianças com Sindrome de Rett, embora não ocorra de maneira típica e nem possa ser avaliada. Contudo, crianças com Síndrome de Rett aprendem olhando e ouvindo, e, mesmo que de maneira lenta, respondem a estímulos do ambiente externo. Elas também possuem a noção de causa e efeito e reagem a tonalidade da voz juntamente com comandos verbais. Portanto, é fato afirmar que elas aprendem, e muito, e, como todos nós, tem a aprendizagem facilitada se o processo de ensino enfatizar motivações emocionais e interesses que sejam agra-dáveis ao aprendiz. Estudiosos e pesquisadores como Jean Piaget começam a interagir o enfoque biológico dado ao desenvolvimento para uma compreensão que interage movimento, ação e meio ambiente. Assim, a determinação biológica sobre o desenvolvimento passa a sofrer as influências externas do meio em que se vive, o que ao longo da história levará a novos desdobramentos sobre o ato de conhecer (GONÇALVES, 1998). O desenvolvimento infantil ocorre margeado pela motricidade, permitindo que a criança estabeleça interações com a sua realidade social, a partir da construção do movimento motivada pela apreensão do real. A criança com Síndrome de Rett deve ser estimulada com brinquedos e exercícios através de uma ajuda física externa, sendo priorizados brinquedos musicais e livros sen-soriais. O excesso de estímulos, porém, pode deixá-la extremamente fadigada ou irritada e, em casos especiais, pode, inclusive, provocar crises convulsivas, caso haja pré disponibilidade.

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A criança com Síndrome de Rett no ambiente escolar

GUILHERME FELIPE DANILAU; RENAN LEONE [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

Universidade Paulista, São Paulo - SP

O presente estudo tem por objetivo, analisar e debater os aspectos da inclusão nas aulas de Educação Física Escolar. Serão utilizados os jogos virtuais como conteúdo proposto para intervenção pedagógica, na tentativa de investigar em qual dos Estilos Ensino (Diretivos ou Indiretivos) ocorrem mais interações dos alunos excluídos. Por meio da aplicação do Teste Sociométrico, será possível identificar quais são os alunos geralmente exclusos da turma, nas aulas de Educação Física. Desta forma, o professor tem a responsabilidade de propor diretrizes curriculares inclusivas, tanto na escolha de conteúdo, mudança de objetivos, forma de avaliação e estratégias de intervenção diversificadas. Nessa pesquisa será enfatizada as estratégias de intervenção. Para tanto, será observado os momentos de prática corporal e realizado filmagens de 10 minutos ininterruptos por sessão. Os dados obtidos pelas filmagens durante o projeto, serão confrontados com a tabela dos “15 comportamentos” proposta por Anhão; Pfeifer, & Santos (2010). Sendo assim, será possível observar e identificar, a qualidade das interações dos sujeitos da pesquisa e os níveis de exclusão em aulas diretivas, comparado as aulas indiretivas na de Educação Física Escolar. Por fim, averiguar qual Estilo de Ensino contribui mais para que os alunos se sintam pertencentes ao meio, não sendo forçados a participarem das atividades, mas sim, para que possam encontrar um significado na realização da prática. Estudo em andamento, projeto de intervenção encontra-se em fase de desenvolvimento.

Jogos virtuais como proposta metodológica nas aulas de Educação Física: análise sociométrica por meio dos Estilos de Ensino Diretivos e Indiretivos numa perspectiva inclusiva

JOSÉ CAIO ALMEIDA ARRAIS; CRISTIANE MAKIDA-DYONISIO; RICARDO RAIMUNDO NONATO JUNIOR [email protected] Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo - SP

Apoio financeiro: PIBID

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Considerando que os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) propõem aulas coeducativas e o respeito a diver-sidade, como nos dias atuais ainda nos deparamos com o ensino da Educação Física em aulas divididas por sexo? A partir desse questionamento e baseando-se no conceito de sexo e gênero que são, respectivamente, as caracterís-ticas anatomofisiológicas e a identidade social do indivíduo, buscou-se através da presente pesquisa verificar qual a percepção dos docentes da área sobre a situação, de modo a identificar possíveis justificativas para essa ocorrência num contexto social que se diz plural. Neste sentido, essa pesquisa se classifica como descritiva com uma aborda-gem qualitativa a partir da realização de entrevistas semiestruturadas. De acordo com as falas dos professores os resultados confirmaram o silenciamento da relação de gênero na Educação Física escolar. Sendo assim, conclui-se que há a necessidade de um olhar mais sensível do docente perante a pluralidade sociocultural existente.

Educação Física Escolar e gênero: o olhar do professor sobre a divisão das aulas por sexo

LAYNE LEAL ELLER [email protected] Universidade Estácio de Sá, Nova Friburgo - RJ

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A formação inicial de professores de Educação Física deve apresentar subsídios para a adoção de práticas pedagó-gicas que possam contribuir para o desenvolvimento dos alunos, em especial, daqueles que possuem deficiências. Tal necessidade deve conduzir os olhares dos pesquisadores para as pesquisas desenvolvidas com o objetivo de aprimorar a prática pedagógica junto aos alunos com deficiência e, sobretudo, como os professores que atuam na educação básica se apropriam, ou não, dessas contribuições para alavancar qualitativamente suas aulas. As con-tribuições teóricas disponíveis no cenário acadêmico da Educação Física, somadas as observações realizadas no estágio supervisionado propiciou o desenvolvimento do seguinte problema de pesquisa: como se deu a preparação do professor de Educação Física que atua em escolas da rede municipal de Caraguatatuba para a atuação junto aos alunos portadores de deficiência? A partir deste problema de pesquisa, aventa-se como objetivo para este estudo: analisar a formação acadêmica, os conteúdos aplicados e as estratégias metodológicas utilizadas pelos professores da Rede Municipal de Caraguatatuba sobre a educação física adaptada. Este estudo pode ser apontado como uma pesquisa descritiva, com abordagem qualitativa, dado que serão descritas as características da amostra do estudo utilizando técnicas padronizadas de coletadas de dados. Tais dados serão coletados com a adoção de um questionário composto por questões abertas e fechadas. A população deste estudo será composta por todos os professores de Educação Física que ministram aulas na Rede Municipal de ensino de Caraguatatuba, a amostra do estudo, por sua vez, por ao menos um professor de Educação Física por escola da referida rede de ensino.

Análise de formação, conteúdos e metodologias utilizadas pelos professores da Rede Municipal de Caraguatatuba sobre a Educação Física adaptada

LUCAS CUSATO DE PAULA1; IVAN CANDIDO DE SOUZA2

[email protected] 1 Centro Universitario Módulo, Caraguatatuba - SP2 CEU EMEF LAJEADO, São Paulo - SP

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As aulas de Educação Física desenvolvidas na Escola Municipal Professor Fernando Ostermann na cidade de Blumenau - SC em parceria com o PIBID subprojeto Educação Física da Universidade Regional de Blumenau - FURB, possibilitou aos alunos do 5º ano do ensino fundamental vivenciar o tema voleibol transcendendo os muros a escola. Após 13 aulas aprendendo sobre o tema, surgiu a necessidade de encontrar um local além da escola para que pudessem praticar o vo-leibol. O caminho que os alunos encontraram para aumentar as experiências foi aproximar-se da comunidade, para que conseguissem a revitalização da quadra de voleibol da praça local. Em saídas a campo os alunos observaram e registraram as condições da quadra, identificando quais seriam suas necessidades para a revitalização. Através de discussões, traçaram estratégias para conseguirem recursos e meios de valorizar o espaço público. Percebeu-se a necessidade de contatar os órgãos responsáveis pela manutenção do local que se encontrava em abandono. Elaboraram um ofício com a solicitação de uma reforma. Foi acordado com a turma que em anexo ao ofício, cada aluno iria escrever um texto apresentando os motivos que acreditavam serem pertinentes para a reestruturação da quadra. Considerando os desejos e interesses do grupo, a turma solicitou uma audiência com o Prefeito Municipal para levar suas reinvindicações. O pedido até o momento tramita pelos órgãos de competência. Os alunos, entretanto, atingiram um de seus objetivos: chamar a atenção do poder público para a reforma da quadra de voleibol da praça em prol da comunidade. Desenvolveram assim, atitudes/ações e conhecimentos necessários para participar de forma confiante e autoral em decisões e ações orientadas a democratizar o acesso das pessoas às práticas corporais, tomando como referência valores favoráveis à convivência social.

Onde vamos jogar voleibol? A revitalização da praça da comunidade a partir das aulas com o PIBID Educação Fisica FURB

LUCAS EBERT POLEZA1; LAÍSA BEATRIZ ROEDEL LECHOTA1; VERA LÚCIA BUCCO DE LIZ2; PATRÍCIA NETO FONTES2; DANIEL BAHR3

[email protected] 1 Universidade Regional de Blumenau, Indaial - SC2 Universidade Regional de Blumenau, Blumenau - SC3 Universidade Regional de Blumenau, Pomerode - SC

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Educação Física Inclusiva: um relato de experiência

MARCELO BRUNO ALMEIDA DA SILVA1; ALTAIR CABRAL JUNIOR2; CARLA LUIZA DO ESPÍRITO SANTO OLIVEIRA1; CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA1; JHONE LOPES DOS SANTOS2

[email protected] 1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ

Apoio financeiro: CAPES/PIBID

A Educação vem passando por um processo de mudanças onde a inclusão é tema de grande relevância. A Educação Física, como disciplina curricular obrigatória, segue essas mudanças a fim de atender a população que outrora era excluída das atividades devido as limitações impostas pela deficiência e/ou transtornos. E não é diferente em alunos diagnosticados com TEA (Transtorno do Espectro Autista), onde apresentam um comprometimento grave das habilidades de interação social recíproca, habilidades de comunicação e comportamento, o que geralmente ocasiona a evasão dessas crianças do âmbito escolar. A educação física como área que trabalha os elementos da cultura corporal poderá auxiliar no desenvol-vimento das capacidades do aluno com deficiência/transtorno e fazê-lo se tornar parte do meio e assim promover a sua autonomia. A educação física assim passa de um contexto que outrora privava-o de um amplo leque de vivências práticas que ela pode e deve proporcionar para uma perspectiva inclusiva de constante interação coletiva. O presente estudo se baseia em práticas pedagógicas desenvolvidas com objetivos de inclusão nas aulas de Educação Física de um aluno com TEA do primeiro ano do Ensino Fundamental na escola CAIC Paulo Dacorso Filho, no Estado do Rio de Janeiro. Os conteúdos sempre eram de caráter lúdico, como por exemplo, brinquedos cantados, jogos cooperativos e circuitos psico-motores com o objetivo de incitar a convivência harmônica em grupo, fazer com que o aluno com TEA pudesse se sentir parte daquele meio e desenvolver suas capacidades motoras e comportamentais. Através das intervenções, o aluno com TEA obteve melhoras significativas, sejam elas motoras, cognitivas e sociais. As quais foram de grande importância para sua permanência no âmbito escolar, visto que, anteriormente ele apresentava grande resistência a esse ambiente devido a sua dificuldade de adaptação, o que o levava a evasão do meio escolar. Deste modo, ficam evidentes as contribuições significativas que as aulas de Educação Física podem ter sobre seus alunos em diferentes aspectos.

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Educação Física Escolar e inclusão: implica em transformação e afetividade

MARIA DE LOURDES DE MORAES [email protected] Escola Estadual Rev.Osmar Teixeira Serra, Mogi das Cruzes - SP

O presente relato de experiência pedagógica tem por objetivo apresentar experiências nas aulas de Educação Física envolvendo duas turmas de 6º ano do Ensino Fundamental – II, com o desenvolvimento da temática: Brincadeiras e Jogos e Manifestação Cultural com participação efetiva de uma aluna com deficiência múltipla e baixa visão, matriculada em uma classe de ensino regular da Escola Estadual Reverendo Osmar Teixeira Serra em Mogi das Cruzes - SP, no ano de 2017. O presente relato trouxe-nos a experiência de que no contexto das aulas de educação física realizadas entre as turmas integradas, precisa ser norteada por estímulos e motivações do professor, onde o diagnóstico (laudo) do aluno especial deve ser conhecido apenas para identificar suas dificuldades e potencialidades, evitando o caracterizar, rotular, servindo apenas para nortear o trabalho pedagógico. Assim, nesse cenário social os alunos tiveram oportunidades de aprendizado colaborativo, respeito a diversidade e as suas possibilidades de aprendizado.

A inclusão de alunos com necessidades educacionais especiais no ensino regular é cada vez mais frequente. Estudos sobre a temática da inclusão escolar têm crescido significativamente, contribuindo com esta prática. Uma temática pouco explorada ainda é com relação à percepção do aluno sem a condição de deficiência sobre a presença do aluno com deficiência nas aulas. Efetivamente, independente de sua condição, os alunos são sujeitos diretos nesse processo da inclusão escolar, e escutá-los, se torna uma necessidade emergente. Com isso, surge a necessidade de estudos que mostrem como esta percepção tem ocorrido no contexto escolar inclusivo. Este estudo buscou iden-tificar qual a percepção do aluno vidente sobre a presença do aluno com cegueira nas aulas de Educação Física. Esta pesquisa é qualitativa do tipo descritiva. Participaram desse estudo 31 alunos videntes que estudam com 06 alunos com cegueira em diferentes escolas. Para a coleta de dados foi utilizado um questionário composto de 12 questões (Silva e Gomes, 2008). Para análise dos dados utilizou-se como estratégia a Análise de Conteúdo (Bardin, 2004). Os resultados apontam que os alunos videntes acham que as aulas de Educação Física são importantes para os alunos com cegueira e que não se incomodam com a presença desses alunos nas aulas; gostam de auxiliá-los; apontam que a interação entre eles acontece normalmente tendo-os como amigos; apontam que se tivesse a con-dição de cegueira gostariam de fazer as aulas de Educação Física e, destacam que os alunos devem ser auxiliados somente quando necessário e que a melhor maneira de auxiliar o aluno na realização das atividades propostas nas aulas é em duplas. Com isso, conclui-se que, nas escolas observadas, a presença do aluno com cegueira nas aulas de Educação Física não compromete as aulas e que sua interação com os alunos videntes acontece de maneira satisfatória como com os demais alunos.

Percepção de alunos videntes sobre a presença de alunos com cegueira nas aulas de Educação Física

NILTON MUNHOZ GOMES; VALTER BENTO MARQUES [email protected] Universidade Estadual de Londrina, Londrina - PR

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Este relato é fruto de um planejamento pautado nas demandas de uma unidade escolar da rede municipal de Santo André, desenvolvido nas aulas de Educação Física, com turmas de Ensino Infantil e Fundamental I. As aulas ocorreram durante três anos, numa escola que possui alunos com deficiência, na sua maioria diagnosticada com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Nas nove turmas regulares a proposta objetivou promover a inclusão de crianças com diferentes deficiências nas aulas, entretanto este relato versará sobre a participação dos alunos com TEA. As atividades foram planejadas conforme as características dos estudantes, observando estratégias para participação de todos, buscando atender as diferenças de cada turma. Para alcançar esse objetivo, os alunos foram convidados a participar do planejamento, sugerindo algumas práticas corporais nas aulas. As práticas inclusivas aconteceram por meio de brincadeiras populares; rodas cantadas; atletismo adap-tado; brincadeiras historiadas; atividades rítmicas e expressivas; circuitos; brincadeiras pré-desportivas; jogos cooperativos; etc. Foram utilizados diversificados recursos materiais, como itens confeccionados com recicláveis, instrumentos musicais e materiais tradicionais como bolas, cordas, arcos e cones. Durante as práticas nestes três anos, observou-se nas turmas evolução no entendimento dos conceitos relacionados à diferença e na preocupação para que todos participassem das atividades. Com isso, surgiram mudanças positivas no comportamento dos alunos com TEA, principalmente na melhora da relação deles com as outras crianças, apresentando afetividade, compreendendo as atividades, assimilando melhor a rotina, reduzindo algumas manifestações motoras e verbais estereotipadas. Como destaque desse trabalho, em 2016 os alunos participaram pela primeira vez de um festival de atletismo adaptado, com forte incentivo das turmas, trazendo grandes conquistas para a melhora do vínculo com a comunidade escolar como um todo, mostrando a importância das práticas pedagógicas inclusivas e das parcerias estabelecidas no planejamento das atividades com os demais profissionais da escola.

Transtorno do Espectro Autista e Educação Física Escolar: efetivação de um planejamento com práticas pedagógicas inclusivas

PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO1; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO2; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS1; VINICIUS DOS SANTOS MOREIRA1; CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA1; VALDILENE ALINE NOGUEIRA3

[email protected] 1 Prefeitura de Santo André, Santo André - SP2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, São Paulo - SP

3 Faculdade Piaget, Suzano - SP

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No Município de Louveira – SP, o Atendimento Educacional Especializado - AEE - atende crianças da Educação Infantil e do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental com deficiência física, intelectual, visual e auditiva; transtorno do espectro autista; síndrome de Down; paralisia cerebral, entre outros. Em parceria entre o AEE, a Educação Física e o Coruja Golfe Clube, são oferecidas semanalmente aulas de golfe para esses alunos, com o objetivo de proporcionar uma atividade diferenciada, que ofereça a interação entre as crianças e o aprendizado de uma nova modalidade esportiva. Durante as aulas, cada aluno é acompanhado por seu professor do AEE e pela monitora responsável por ele na escola. As aulas são ministradas por professora de Educação Física e por instrutor de Golfe. Com um propósito relativamente simples – acertar a bolinha no buraco-, o golfe vai além: desafia a criança a manusear diferentes tipos de tacos e a deslocar-se pelo campo em variadas situações de jogo, sendo que, para tal, além de coordenação motora, são necessárias concentração, paciência, disciplina e, acima de tudo, respeito pelo outro. Esses valores nos permitem considerar o Golfe um esporte de gentilezas, que favorece o desenvolvimento global da criança e amplia seu repertório motor. Para as crianças com deficiência, o golfe tem se mostrado um esporte inclusivo, ao oferecer oportunidades para todos e permitir a adaptação do material de jogo. Além disso, é possível entender com facilidade a dinâmica do jogo; as crianças vivenciam na prática algumas regras de convivência trabalhadas na escola como esperar a vez, lidar com frustração, não desistir. É possível elevar a autoestima mediada pela caracterização da realização das jogadas dentro das quais incentiva-se a autonomia, o desejo de desafiar-se, a competição sem desvalorização do parceiro/adversário e a maximização das potencialidades individuais sem que se desfavoreça algum aluno com menor aptidão.

Golfe como esporte adaptado para crianças atendidas pelo Atendimento Educacional Especializado (aee) no Município de Louveira - SP

REGINA CÉLIA DENADAI1; DENISE EMANOELI CAUM CAMOLEZE1; JOÃO PAULO COSTA LIMA2; GRACIELE MASSOLI RODRIGUES3

[email protected] 1 Prefeitura Municipal de Louveira - SP2 Coruja Golfe Clube, Louveira - SP

3 Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP

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O projeto tem por finalidade analisar as diferenças de comportamentos entre os alunos do Ensino Fundamental nas aulas Educação Física com conteúdo de jogos virtuais. Assim, surge o seguinte questionamento: Há diferença da frequência de comportamento em alunos com status de populares e excluídos? Tentando entender esse dese-quilíbrio que ocorre nas aulas de Educação Física, o foco deste estudo consiste em constatar quais são os alunos geralmente exclusos e populares das aulas de Educação Física por meio do “Teste Sociométrico” descrito por Alves (1974). Aplicando os Jogos Virtuais como estratégia metodológica no projeto de intervenção, no momento da prática será filmado os alunos ininterruptamente por 10 minutos e identificado as frequências de 15 compor-tamentos descritos por Anhão, Pfeifer e Santos (2010).

Jogos virtuais na Educação Física Inclusiva: comparativo dos comportamentos de interação social entre excluídos e populares

RICARDO RAIMUNDO NONATO JUNIOR; CRISTIANE MAKIDA DYONISIO; JOSÉ CAIO ALMEIDA ARRAIS [email protected] Universidade Cidade de São Paulo, São Paulo - SP

Apoio financeiro: PIBID

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O autismo é classificado como um transtorno do desenvolvimento que envolve graves dificuldades nas habilidades sociais/comunicativas, pode comprometer o desenvolvimento global e gerar comportamentos/interesses limitados e repetitivos. Contudo, a escola pode ser considerada um agente fundamental na inserção social da criança autista na sociedade, desde a educação infantil. A inclusão dos educandos com deficiências nesses espaços relaciona-se à criação de um ambiente pautado na valorização da diversidade, na adequação da instituição e suas atividades às necessidades de todos os estudantes. Neste cenário, a Educação Física pode ser considerada uma disciplina que favorece a inclusão do aluno com autismo na educação infantil por meio dos movimentos psicomotores, atividades lúdicas, esportes adaptados e inclusivos. Logo, este estudo tem como objetivo contribuir no processo de inclusão escolar de crianças autistas na educação infantil, utilizando a educação física como fonte de inclusão. Trata-se de uma pesquisa-ação, de caráter qualitativo realizada com uma criança autista matriculada em uma Creche do Município de São Vicente - SP. Os dados coletados podem informar educadores e outros atores escolares sobre como acon-tece à escolarização de crianças autistas e que critérios podem ser considerados para que aconteçam avanços. Os instrumentos de coleta de dados utilizados na pesquisa foram: a) observação da sala de aula e das aulas de educa-ção física, b) entrevista com a professora e os genitores e c) organização e desenvolvimento de um programa de Educação Física voltado para a inclusão. Os resultados apontaram que é necessário desenvolver um programa de atividades especifico para a necessidade do aluno e que esse planejamento deve acontecer de maneira a integrar todos os envolvidos na educação da criança. Para que ocorra a inclusão da criança autista com sucesso na Educação Infantil é necessário o envolvimento e dedicação de todos os envolvidos no processo de ensino-aprendizagem.

A Educação Física Escolar e o desenvolvimento sócio-afetivo da criança autista

RITA DE CÁSSIA RIBEIRO AUGUSTO1; JULIANA ROCHA ADELINO DIAS2

[email protected] 1 Prefeitura do Município de São Vicente, São Vicente - SP 2 Universidade Federal de São Paulo, Santos - SP

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O objetivo das experiências pedagógicas foi trabalhar as habilidades motoras básicas do atletismo de forma lúdica e não performática, valorizando a inclusão de todos os alunos, e recorrendo aos conceitos norteadores do Fair Play para o desenvolvimento atitudinal dos alunos. Adaptamos as aulas à realidade da escola e aos alunos deficientes (visual, auditivo e autismo). O projeto foi realizado na Escola Municipal Eulália Cardoso de Figueiredo nas turmas do 2º e 3º ano do Ensino Fundamental, localizado no Município de Seropédica pelas alunas do curso de Educação Física da UFRRJ que participam do Programa institucional de Bolsas de Iniciação à Docência com supervisão da professora supervisora. As atividades foram desenvolvidas em seis semanas durante as aulas de Educação Física com a professora. Os materiais foram adaptados às práticas abrangendo, p.ex., bolas de jornal, cabo de vassoura e apresentação audiovisual. Positivamente, destacamos o interesse dos alunos em conhecer as provas do atletismo, ajudar os alunos com deficiência e atitudes compatíveis com o conceito do Fair Play. Negativamente, a relutância dos alunos com aulas teóricas e trabalhos para casa, propostos durante a unidade de ensino. O trabalho resultou em avanço das habilidades motoras básicas, mudanças comportamentais, envolvimento efetivo dos alunos e sua colaboração com os alunos deficientes.

Atletismo e fair play na Educação Física Escolar: inclusão e articulação das dimensões do conhecimento

TATIANE DE LIMA BESSA VIEIRA1; KAROLINE MARIA SOUZA DA COSTA2; ELISA BENEVIDES1; JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS1

[email protected] 1 Rio de Janeiro - RJ2 Seropédica - RJ

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Pensando no papel da escola em uma sociedade cheia de desigualdades sociais, raciais e de gênero, a educação física escolar pode demonstrar, através da cultura corporal, todas as possibilidades de combate a esses problemas. O Funk é um exemplo de cultura corporal de resistência que nasceu com o objetivo de denúncia social, que está muito presente nos bairros das periferias de São Paulo entre os jovens, porém muitas vezes não faz parte dos con-teúdos desenvolvidos nas aulas de educação física, assim como outros elementos da cultura corporal de origem afro-brasileira. O funk no Brasil, sofre um processo de criminalização, por ser associado, de maneira equivocada e preconceituosa ao crime organizado. O objetivo deste trabalho foi analisar a construção histórica da cultura cor-poral de origem afro e, especificamente, o funk. A metodologia se deu através de revisão de literatura, análise da legislação e análise de letras de funk. Foi possível identificar que as jovens pretas encontram no funk uma possibi-lidade de enfrentamento ao que é imposto a elas desde o período da escravidão, e na escola não há incentivo para enfrentamentos, pelo contrário, muitas vezes a estrutura segue o caminho oposto. Quando discutimos currículo, discutimos escolhas de conteúdos, o que está atrelado a um posicionamento político e corresponde a uma visão de educação. A luta do movimento negro pela criação da Lei 10.639/03, que obriga o ensino de cultura e história africana nas escolas, e a continuação dessa luta pela implementação efetiva desta nas escolas, mostra o quanto cada gestão entende a importância desses conteúdos no processo de formação de identidade dos alunos e alunas. Incluir o funk nos conteúdos também faz parte de um posicionamento político.

O corpo das jovens pretas na periferia de São Paulo: o Funk como elemento da cultura corporal nas aulas de Educação Física

VALÉRIA COUTO DA [email protected] Universidade de São Paulo, São Paulo - SP

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Existem vários debates e pesquisas atuais que buscam compreender como vêm se efetivando as políticas públicas de formação inicial e continuada de professores. Estudiosos como Nóvoa (1999), Gatti, Barreto e André (2011), Gatti (2010); Imbernón (2009;2011;2010), Santos (2014), Diniz-Pereira (2006) e entre outros estudos enfatizam a necessidade de repensar sobre a formação inicial e continuada para professores visualizando o contexto e as concepções da sociedade atual. Nesse sentido, o objetivo da presente pesquisa está delineado da seguinte forma: analisar como o processo de Formação Continuada em exercício, especificamente no programa de especialização em Metodologia da Educação Física e do Esporte, oferecida pela Universidade Estadual de Santa Cruz (UESC), influenciou na prática pedagógica dos docentes da Rede Estadual de Ensino do Sul da Bahia. A pesquisa caracteri-za-se como qualitativa; é um estudo de caso, cujo os sujeitos desse estudo serão 6 (seis) professores que realizaram o curso de especialização, na Universidade Estadual de Santa Cruz, no período de 2010,a 2015, e que estão no exercício da profissão na Rede Estadual de Educação na Região Sul da Bahia. Para os procedimentos da coleta de dados, serão utilizados dois instrumentos de coleta de dados: 1) uma entrevista semiestruturada e a 2) observação de no mínimo 5 (cinco) e no máximo (10) aulas dos professores que integram a pesquisa. Espera-se que com esta natureza da investigação, encontremos resultados que possibilite-nos refletir sobre as principais nuances do que é formar professores na contemporaneidade, além de provocar inquietações e ponderações a respeito da formação continuada no exercício da profissão de professor, com destaque pertinente para investimentos reais nas políticas públicas de formação continuada para professores da Rede Estadual de Ensino.

A formação continuada de professores de Educação Física Escolar: um olhar a partir da prática pedagógica

ALINE SANTOS PEREIRA1; TÂNIA REGINA DANTAS2

[email protected] 1 Universidade do Estado da Bahia, Coaraci - BA2 Universidade do Estado da Bahia, Salvador - BA

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A formação inicial deve possibilitar ao futuro professor a aquisição de habilidades e de competências que precisam ser ampliadas no campo de intervenção profissional. Ao verificar a proposta do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), percebe-se que neste contexto os estudantes dos cursos de licenciatura, compreendem melhor o fazer pedagógico e ampliam o leque de conhecimentos para a docência, a tornando transversal em todo o curso de formação. Neste sentido, este estudo busca compreender as competências adquiridas pelos estudantes do curso de licenciatura em Educação Física inseridos no PIBID. A partir das ações desenvolvidas em uma escola municipal de Florianópolis - SC, com alunos dos anos finais do ensino fundamental, um grupo de 10 estudantes do curso de licenciatura em Educação Física, desde 2014 atuam no PIBID, inseridos na docência compartilhada com a professora supervisora. Os resultados indicam que as competências cognitivas, ou seja, aquelas relacionadas aos conhecimentos técnico e teórico especializado, tácito, processual, contextual e a aplicação do conhecimento são as que mais se evidenciam, tanto nos seus relatos como nas reuniões semanais e na inserção na escola. Além desta, a competência ética também é observada, visto que as ativi-dades interdisciplinares mediadas com outras disciplinas ressaltam a evolução da ética pessoal e da ética profissional. Por outro lado, a competência funcional e a competência pessoal e social, que estão diretamente relacionadas ao contexto de trabalho, não são elucidadas neste grupo. Conclui-se que as propostas interdisciplinares, a docência compartilhada e a orientações nas reuniões mensais do PIBID promovem a aquisição de competências profissionais, que serão fortalecidas na carreira docente. Todavia, este programa deve ser constante nos cursos de formação de professores, no entendimento de que amplia o repertório teórico dos alunos e viabiliza a construção da identidade docente.

Competências adquiridas no PIBID Educação Física

AMANDA RODRIGUES ALVES DE ALMEIDA1; LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN1; LAISE CRISTINA COSTA1; DIEGO AMARAL1; MILLIANE RACHADEL1; MARCOS VAZ DE CAMPOS PEREIRA1; ADRIANA WERNER2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1 [email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

2 Rede Municipal de Florianópolis, Florianópolis - SCApoio financeiro: PIBID - CAPES

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O grupo de professores do curso de Educação Física licenciatura da Firp-Uniesp na unidade de Ribeirão Pires, realizou com o corpo discente uma vivência prática na formação inicial, cujo objetivo era aplicar o teste KTK em alunos do ensino fundamental de uma escola do município de Mauá, e coletar dados sobre o nível da coordenação motora. O desenvolvimento desta vivencia teve inicio na faculdade com a seleção dos professores que iriam realizar a orientação dos grupos, após selecionados os professores, eram organizados os grupos de alunos, na qual realizavam uma inscrição. Para aplicação foi realizado um agendamento na unidade escolar, na qual os discentes se apresen-tavam para os alunos e lhes entregavam um termo de consentimento e explicava o teste, os grupos de discentes eram acompanhados pelo professor da faculdade que supervisionava toda a aplicação e vivência. Num segundo momento os grupos retornavam á escola em dia agendado para realizarem a aplicação do Korperkoordination Test fur Kinder (K.T.K), onde é constituído por quatro testes, sendo eles; Trave de Equilíbrio, Saltos Monopedais, Saltos Laterais e Transferência de Plataforma. Para determinar os quocientes motores obtidos utilizamos as tabelas normativas, tal como proposto por Gorla, Araújo e Rodrigues (2009), e o processo era finalizado com a entrega dos resultados aos alunos que participarem do teste. Após a coleta os discentes organizavam, tabulavam os dados e apresentavam em forma de banner. Esta vivencia promoveu aos nossos alunos um contato direto com a pratica escolar colaborando para sua formação inicial e científica.

Coordenação motora: vivências práticas do corpo discente na aplicação do teste KTK em alunos do Ensino Fundamental

ANA CÉLIA ARAÚJO DA SILVA; CRISTOVÃO FIAMENGHI DA SILVEIRA; DANIELA MATIELO E CARVALHO [email protected] Faculdades Integradas de Ribeirão Pires - UNIESP, Ribeirão Pires - SP

03

O presente estudo tem como objetivo compreender a formação de professores em um curso de Licenciatura em Educação Física, na relação entre currículo de formação, experiências formadoras e a constituição da identidade docente. A universidade como espaço de formação dispõe-se de vários elementos que contribuem com a formação profissional, com isso evidencio os elementos articulados ao ensino, como as disciplinas obrigatórias, as atividades acadêmico-científico e culturais, mobilidade acadêmica dentro e fora da própria universidade, as ações relacionadas à pesquisa como a participação em grupos de estudos/pesquisa e na Iniciação Científica, projetos de extensão e programas de iniciação à docência, entre outros projetos realizados na universidade. Trata-se de uma pesquisa qua-litativa, sendo que a preocupação da mesma está concentrada na busca de aspectos subjetivos e na construção da identidade docente. Dentro das chamadas pesquisas qualitativas concentra-se a abordagem biográfica e o método utilizado são as entrevistas narrativas, visando a profundidade de aspectos específicos, a partir das quais emergem as histórias de vida, tanto do entrevistado como as entrecruzadas no contexto situacional. O aporte teórico inclui o conceito de experiência formadora (JOSSO, 2004) e identidade docente (PIMENTA, 1999). Nesse ponto os sujeitos investigados são os alunos que se encontram na formação inicial. Participa desse estudo um total de 12 alunos que estão cursando o último período do curso de Licenciatura em Educação Física. O estudo apresenta a inserção dos graduandos nesses espaços de formação e a influência na constituição da sua identidade docente, considera-se que existe uma aprendizagem complementar do ponto de vista profissional como também humana.

Licenciatura em Educação Física: formação e autoformação dos futuros professores a partir de experiências formadoras

ÂNDREA TRAGINO PLOTEGHER; CLÁUDIA ALEIXO ALVES; ZENÓLIA CHRISTINA CAMPOS [email protected] Universidade Federal do Espirito Santo, Vitória - ES

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O objetivo da pesquisa foi descrever possíveis mudanças na percepção de competência dos docentes para lidar com situações de conflito em aulas de Educação Física. Trata-se de uma pesquisa descritiva, qualitativa, que utilizou entrevistas semiestruturadas, diário de aula e encontros, promovendo a reflexão voltada para problemas relacionais entre alunos. Participaram da pesquisa três professores de Educação Física, do Ensino Fundamental II e Ensino Médio, da rede particular de ensino. Para análise dos dados foi utilizada a análise de conteúdo, proposta por Saldaña (2011), tendo como referência duas categorias pré-definidas: a) situações de conflito; b) ações implementadas. Os conflitos foram classificados segundo tipologia proposta por Moore (1998) e correlacionadas com as entrevistas. O estudo trouxe evidências que apontaram a preocupação dos docentes em minimizar conflitos existentes em suas aulas, adotando o diálogo como a principal estratégia, exigindo do educador o exercício da escuta. Nos casos de mediação e resolução dos conflitos, observou-se a intenção dos professores em resolvê-los de forma pacífica estimulando o diálogo entre as partes, criando assim uma conexão aluno-professor.

Situações de conflito no ambiente escolar: um olhar a partir do professor de Educação Física

ANDREIA CAMILA DE OLIVEIRA; SHEILA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS [email protected] Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP

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Os possíveis vínculos entre a formação e a docência exercida na Educação Física escolar é alvo de inúmeras pu-blicações acadêmicas. Os pressupostos legais que norteiam a formação do professor, bem como as novas bases epistemológicas aguçaram ainda mais a curiosidade sobre esta temática. Ao iniciar o processo de reflexão sobre os possíveis vínculos entre a formação e a atuação de professores de Educação Física, foi constatado que não há publicações que versam sobre o Litoral Norte de SP, assim, neste primeiro momento, este estudo tem por obje-tivo identificar o modo como os professores de Educação Física que atuam na rede municipal de Caraguatatuba interpretam seu processo formativo. Este estudo pode ser caracterizado como do tipo descritivo, com abordagem qualitativa. A população do estudo foi composta por todos os professores de Educação Física, titulares de cargo e em efetivo exercício na rede municipal de ensino de Caraguatatuba. A amostra foi determinada com o total de professores que aceitaram participar do estudo, vinte. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário misto, contento questões abertas e fechadas. A análise de dados ocorreu segundo os pressupostos da Análise de Conteúdo. Quando questionados sobre o enfoque do curso de formação inicial quinze professores afirmaram que este processo teve o enfoque pedagógico, ainda neste contexto, dezessete professores afirmaram que o curso teve uma vertente que mesclou teoria e prática. Ao serem indagados sobre cursos de especialização e participação em eventos científicos da área a maioria dos professores – 13 e 12, respectivamente – disseram possuir o título e participar de eventos, no entanto, é necessário salientar que apenas três professores possuem especialização em Educação Física escolar ou temas relacionados a Educação Formal e nenhum professor participou de eventos ligados a Educação Física escolar. Este breve cenário aponta que boa parte dos professores avaliam sua formação inicial conforme os ditames contemporâneos, no entanto, quando inquiridos sobre a formação continuada demonstram busca-la em outros segmentos da área. Será valido aprofundar reflexões sobre este ponto em uma publicação futura.

Formação e atuação em Educação Física Escolar: como os professores que atuam na rede municipal de Caraguatatuba relacionam seu processo de formação as aulas que ministram

ANDRESSA DOS SANTOS LOPES1; IVAN CANDIDO DE SOUZA2

[email protected] 1 Caraguatatuba - SP2 EMEF CEU LAJEADO, São Paulo - SP

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A presente pesquisa em desenvolvimento tem o objetivo de compreender como está ocorrendo na prática o processo de ensino e aprendizagem de valores éticos e morais nas aulas de educação física escolar, bem como compreender a forma que são planejadas as aulas e se são utilizadas as abordagens da educação física escolar. Como primeiro momento, foi realizado uma pesquisa bibliográfica sobre a relevância das abordagens critico-superadora e sistêmica trabalhadas em conjunto, para colaborar com a formação social e política dos discente. No segundo momento, a intenção é aplicar um questionário com 6 perguntas fechadas, para 200 professores da rede pública do município de Macapá - Amapá, com o intuito de compreender como está sendo a postura profissional nos planejamentos destas aulas, bem como a sua abordagem.

O professor e as abordagens nas aulas de Educação Física Escolar

ANTONIO TAVARES DE LIMA JUNIOR [email protected] Acadêmico egresso do Centro de Ensino Superior do Amapá, Macapá - AP

07

A referente pesquisa será de natureza qualitativa, utilizando método dedutivo, amparado por referências biblio-gráficas atrelado ao tema: Semiosfera/ Cultura Corporal de Movimento Dentro da Educação Física Escolar. A Educação Física faz parte da cultura humana, possui perspectiva cultural corporal popular e das suas variadas formas de expressão cultural, almejando que o aluno possua conhecimento organizado, crítico e autônomo a respeito da chamada cultura humana de movimento. Machado (2017) cita que a semiosfera designa o espaço cultural habitado pelos signos. Fora dele, nem os processos de comunicação, nem o desenvolvimento de códigos e de linguagens em diferentes domínios da cultura seriam possíveis. Nesse sentido, semiosfera é o espaço de encontro entre diferentes culturas. Daolio (1996) cita que a cultura corporal faz parte de um conjunto de movimento e hábitos corporais de um grupo específico, nesse sentindo que se tem falado atualmente de uma cultura corporal, cultura física ou cultura de movimento. Fomentando a base de cada cultura através do movimento cultural que é compreendido como manifestação de linguagem, cada criança pode levar para a vida aquela informação que está sendo transmi-tida, valores culturais. Machado (2006) segundo Lótman investiu seus esforços para compreender a dinâmica dos encontros culturais, isto é, para compreender como duas culturas se encontram, que tipo de diálogo elas travam entre si e como elas criam experiências capazes de reconfigurar o campo das forças culturais, por sua vez, podemos fazer a junção da semiosfera com os valores culturais, sendo através de danças, esportes ou até mesmo a música, para que elas se comuniquem e troquem diálogos e idéias de culturas. Talvez, intervindo com os valores culturais de cada aluno, pode-se desenvolver diversas atividades influenciando na concepção que os alunos têm, para que apresentem pensamento crítico atrelados ao seu meio.

Semiosfera/ cultura corporal de movimento dentro da Educação Física Escolar

ARTHUR AMORIM DE MORAIS; GABRIEL ARAUJO ALVES; RENAN [email protected] Faculdade Carlos Drummond de Andrade, São Paulo - SP

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O trabalho relata experiência na orientação de licenciandos de Educação Física (EF) do quinto período do Centro Universitário UNIABEU/RJ, na disciplina de Educação Física Escolar I, em 2017.1. As vivências desfrutadas no período da licenciatura devem convergir para o exercício que articule teoria e prática necessárias ao exercício da docência. Segundo ementa da disci-plina, esta deve preparar o licenciando para atuar na Educação Infantil (EI) e no Ensino Fundamental I (EFI), com conteúdo que atenda as características e necessidades dos alunos, relativamente ao desenvolvimento motor, cognitivo e sócio afetivo destes alunos. Assim, o objetivo deste relato foi refletir sobre a percepção dos licenciandos de EF sobre a articulação de teoria e prática na elaboração e aplicação de Planos de Aula (PA), principalmente na realização de educativos adequados à fase e ao estágio de desenvolvimento motor, usando como referência a Ampulheta Heurística. Foram matriculados na disciplina 31 licenciandos, subdivididos em sete grupos para abordagem prática e avaliativa dos PA. Cada grupo elaborou um plano de aula, desenvolvendo educativos que atendessem ao público-alvo no nível de seu desenvolvimento motor. Os PA poderiam ser aplicados pelos licenciandos ou pelo professor da turma. Em seminário os licenciandos apresentaram suas vivências e relatórios respondendo questões sobre duas situações: características da turma escolhida (EI ou EFI); e especificidades do desenvolvimento motor, a partir da Ampulheta Heurística. Os resultados mostraram que todos os grupos elaboraram o plano de aula e o vivenciaram na escola, tendo em vista que a maioria dos alunos faziam em simultâneo o estágio curricular supervisionado. Os relatos e análises dos relatórios, com evidências através de fotos e vídeos, demostraram que a maior parte dos licenciandos envolvidos perceberam e identificaram o público alvo, suas fases e estágios de desenvolvimento, assim como a escolha de educativo/atividades de acordo com as necessidades dos alunos.

Educação Física Escolar I: práticas pedagógicas de licenciandos de Educação Física em conteúdos da Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental

BERNARDETE PAULA CARVALHO LIMA AMARAL1; JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS2

[email protected] 1 Programa de Pós-Graduação em Educação Contemporânea e Demandas Populares (PPEGEDuc) e Grupo de Pesquisa em Pedagogia da Educação Física e Esporte (GPPEFE) da

Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropérica - RJ e Centro Universitário UNIABEU, Belford Roxo - RJ 2 Departamento de Educação Física e Esporte e Grupo de Pesquisa em Pedagogia

da Educação Física e Esporte (GPPEFE) da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro

09

As atividades de aventura dentro da formação profissional compõem conteúdos novos dentro da atuação, sendo com o foco na licenciatura ou no bacharelado. Tais atividades podem ser experimentadas pela primeira vez na formação inicial em Educação Física (EF), sendo momentos que os estudantes descobrem novas possibilidades para o mercado de trabalho. Nesse sentido, o objetivo dessa pesquisa é realizar uma análise sobre o desenvolvimento das atividades de aventura na licen-ciatura em EF em uma faculdade na região de Suzano - SP. Trata-se de um estudo qualitativo e descritivo em que relatamos como foi o trabalho dessas atividades dentro da realidade estipulada. Participaram das intervenções, durante 20 encontros, 22 estudantes de EF matriculados na licenciatura. Os conteúdos abordados foram a Escalada Boulder, Slackline, Parkour, Skate, Enduro a Pé, Surfe, Stand Up Paddle e Trekking. Cada conteúdo foi adequado a realidade da região, tendo como foco explorar possibilidades para o futuro professor possa ensiná-lo em suas aulas de EF escolar. As intervenções tiveram os se-guintes caminhos: 1º Contextualização da atividade, construção de relação com a EF escolar e conhecimento teórico sobre a modalidade; 2º Experimentação, nessa etapa os alunos vivenciavam as atividades em que aprendiam técnicas necessárias para cada prática em relação a sua adaptação na escola; 3º Foi de criação de possibilidades de intervenção, os alunos ensinavam os colegas algumas atividades de aventura, em que buscavam desenvolver estratégias para aplicar essas práticas na escola de forma segura e significativa; 4º foram os momentos finais de cada bloco de intervenções em que realizávamos discussões críticas e didáticas sobre os conteúdos trabalhados. Consideramos o trabalho com atividade de aventura na licenciatura como impor-tante, uma vez que os conteúdos hoje compõem o currículo nacional de EF, e necessitam ser discutidos na formação inicial.

Atividades de aventura na formação Educação Física: criando possibilidades para o profissional

BRUNO ALLAN TEIXEIRA DA SILVA1,2,3; VERA LUCIA TEIXEIRA DA SILVA1; FERNANDA REGINA PIRES4 [email protected] 1 Faculdade Piaget, Suzano - SP

2 Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP3 Faculdade Clube Náutico Mogiano, Mogi das Cruzes - SP

4 UNIFESP

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Este estudo buscou compreender a constituição da carreira profissional de uma professora de educação física no ensino superior que trabalha com a formação docente e analisar a opção pela educação infantil como área de estudo, pesquisa e prática pedagógica na universidade. Trata-se do recorte de uma pesquisa de conclusão de cur-so construída a partir do estudo de caso de natureza qualitativa, sendo utilizado como instrumento de pesquisa uma entrevista semiestruturada e a análise de conteúdo. A participante é uma professora universitária formadora de professores que atua na graduação em Educação Física e pós-graduação na área de Educação. Os resultados apontam que a constituição da carreira profissional se deu através do curso de formação de docentes (magistério), formação inicial, especialização, mestrado, doutorado e pós-doutorado. Além do reconhecimento entre os pares, a carreira da professora pode servir de inspiração para outros professores.

A constituição da carreira profissional de uma professora de Educação Física no ensino superior e sua área de estudo, pesquisa e prática pedagógica: estudo de caso

CAMILA [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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O objetivo desta pesquisa foi identificar quais elementos do ambiente do estágio mais mobilizaram a atenção dos graduandos, e refletir acerca dessas situações e seus impactos na sua formação. A amostra de característica conve-niente foi de 35 graduandos do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Rio de Janeiro, matriculados na disciplina Estágio Supervisionado. Os dados foram coletados a partir de uma questão aberta: “Qual situação na realidade do estágio que mais mobilizou sua atenção?”, respondida no primeiro semestre do corrente ano. As respostas foram interpretadas por meio de análise de conteúdo. Foram encontradas dezessete categorias e as mais citadas, foram: “Insuficiência de estrutura física e material”, “Desvalorização da Educação Física na escola” e o “Desinteresse dos alunos”, nas quais aparece a maior proporção de evocações dos estagiários. Os resultados mostram uma visão para além da prática, percebendo situações que ocorrem na escola, mas que por vezes não são declaradas, como a desvalorização da Educação Física. Também o fato dos graduandos se aterem em pontos ne-gativos do ambiente escolar, denota certo comprometimento e preocupação com o sucesso do estágio. Conclui-se que ao observar e espontaneamente apontar problemas no contexto do trabalho docente, o graduando se aproxima da realidade da escola. Além disso, identifica-se a necessidade de repensar se este contexto favorece a formação de um professor reflexivo, pois são condições que interferem na realização e eficácia do Estágio Supervisionado.

O ambiente de estágio sob a ótica do estagiário: um estudo com graduandos de Educação Física

CÉLIA POLATI1; DIANE MOTA LIMA2; ELIZÂNGELA CELY DA SILVA OLIVEIRA1; JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS1

[email protected] 1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ2 Colégio Pedro II, Rio de Janeiro - RJ

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O objetivo deste estudo é identificar quais são as estratégias metodológicas utilizadas pelos professores que atuam na rede municipal de ensino de Caraguatatuba, SP. Esta pesquisa pode ser caracterizada como do tipo descritiva com abordagem qualitativa. Os dados foram coletados por meio de um questionário com questões abertas e fechadas, de posse dos dados coletados as interpretações ocorreram a partir dos pressupostos da análise de conteúdo. Foi definido como população do estudo todos os professores titulares de cargo e em efetivo exercício na rede municipal de Caraguatatuba – 50. Já a amostra foi composta pelos professores que aceitaram participar do estudo, vinte. Os primeiros olhares para os dados coletados revelam que há certa confusão entre método, conteúdo e estratégias de avaliação. Parte considerável dos professores apontam conteúdos nas questões referentes aos métodos adotados, quando inquiridos sobre os critérios que utilizam para adotar estratégias metodológicas apontam para documen-tos oficiais. Este primeiro olhar para as estratégias metodológicas adotadas revelam que entre os professores que participaram do estudo não há clareza conceitual sobre este assunto, fato que indica a existência de uma lacuna entre as publicações científicas da área e a prática pedagógica desenvolvida pelo professor nas escolas de educação básica da rede municipal de Caraguatatuba. A existência deste abismo entre a escola e a ciência não é exclusividade da Educação Física, mas deve ser combatida e não alimentada como este estudo sugere.

As estratégias metodológicas adotadas pelos professores de Educação Física que atuam na rede municipal de Caraguatatuba

DANILA DE MACEDO D’ONOFRIO BARBOSA1; IVAN CANDIDO SOUZA1,2; VERA LÚCIA TEIXEIRA DA SILVA1

[email protected] 1 Centro Universitário Módulo, Caraguatatuba - SP2 CEU EMEF Lajeado, São Paulo - SP

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O presente relato de experiência refere-se à prática pedagógica do programa do PIBID (o Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) que vem como proposta de inserção do discente ao contexto escolar. Este programa contribui para o processo de formação de professores e perpassa por processos pedagógicos que vão além dos muros da universidade auxiliando na constituição de um profissional mais crítico e reflexivo quanto à realidade e dinâmica que constitui o ambiente escolar. O subprojeto inclusão da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro tem por objetivo desenvolver um trabalho pedagógico de apoio ao ensino e a aprendizagem escolar para os alunos com necessidades educacionais especiais do CAIC Paulo Dacorso Filho, Seropédica com o sentido ressignificar o espaço escolar com jogos, brinquedos e atividades psicomotrizes. A metodologia partiu da análise construtivista de um aluno diagnosticado com TEA (transtorno do espectro autista) em que foram realizadas atividades psicomo-trizes inclusivas no ensino infantil a fim de proporcionar a inclusão, permanência e o sucesso do aluno na escola. Com isso, por meio de reuniões periódicas realizadas com planejamento, estudo do caso, adequação das ações pedagógicas inclusivas considerando a necessidade e as características do aluno que o mesmo vêm se inserindo na estrutura curricular do curso de educação física de forma consistente com conteúdos de uma perspectiva inclusiva, o subprojeto inclusão do PIBID vem como proposta de união teoria/prática enquanto unidade por compreender que a inclusão é um processo e há a necessidade de discutir formas de compreendê-la enquanto uma proposta sistematizada pelo futuro professor a fim de adaptar sua prática a diversidade encontrada no contexto escolar. Oportunizar vivências que contribuam para um melhor vislumbre de possibilidades educacionais na formação inicial e elaborar estratégias para contorna-las são ações que os bolsistas encaram no projeto.

O PIBID no processo de formação docente: conceitos de inclusão da teoria a prática

CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA; GABRIELA ELISANGELA GALDINO MACEDO; JOSE RICARDO DA SILVA [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

Apoio financeiro: Fundação CAPES / PIBID / UFRRJ

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A inserção direta dos bolsistas de iniciação à docência (ID) no ambiente escolar permite que os mesmos superem desafios relacionados a profissão. Neste sentido, este estudo apresenta como objetivo averiguar a percepção sobre os desafios e os enfrentamentos dos bolsistas ID quanto à inserção na escola. O Projeto PIBID Educação Física ocorre semanalmente, em uma escola pública municipal de Florianópolis, situada em região de vulnerabilidade social, sendo desenvolvido com os escolares dos anos finais do ensino fundamental. Os estudantes vinculados a instituição escolar, apresentam receptividade acentuada em relação aos bolsistas ID, fato que ameniza os enfren-tamentos e promove o crescimento da competência pedagógica mediada pela intervenção na escola, no momento da formação inicial. Desta forma, pode-se constatar que introduzidos na rotina escolar, os bolsistas ID acabam se deparando com alguns desafios que interferem e refletem em suas práticas pedagógicas e na construção de saberes, que são constituídos na formação inicial. Esses desafios são resultantes de uma série de fatores que podem ser tanto internos quanto externos (política administrativa) a escola. Em relação aos fatores internos podem ser citadas as questões referentes ao espaço físico, materiais, além das dificuldades em operacionalizar as ações que são pensadas pelos bolsistas, pelas professoras coordenadora e supervisora de área, mediante aos empecilhos administrativos que inviabilizam a concretização dos projetos e propostas pedagógicas. Enquanto que os fatores externos se rela-cionam a ações que não podem ser gerenciadas pelos bolsistas ID, tais como greves do setor público, assembleias e paralisações, as quais dificultam a continuidade e progressão das atividades. Por fim, destaca-se a relevância do PIBID na formação inicial, pois os bolsistas ID convivem com os desafios e enfrentamentos relacionados a seu futuro, aprendendo a lidar com as situações desafiadoras de sua profissão.

PIBID Educação Física: os enfrentamentos do cotidiano escolar

DIEGO AMARAL1; PATRÍCIA TEIXEIRA GONÇALVES1; AMANDA RODRIGUES ALVES DE ALMEIDA1; PLÍNIO MARTINEZ RECHE JUNIOR1; MARCOS VAZ DE CAMPOS PEREIRA1; ADRIANA WERNER2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1

[email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC2 Rede Municipal de Florianópolis, Florianópolis - SC

Apoio financeiro: PIBID Capes

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Como acadêmico do primeiro ano da Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal do Paraná, desde o primeiro mês neste curso tive oportunidades de viver experiências marcantes nos laboratórios docentes realizados no subprojeto Educação Física 1 - do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - “Experiências Sociocorporais e Educação Física Escolar: A Docência que se Constrói na Escola”. Neste relato apresento uma proposta realizada em uma escola da Rede Municipal da Cidade de Curitiba, com estudantes dos anos iniciais do Ensino Fundamental, que trata do trabalho pedagógico das seguintes ginásticas: formativa; geral; artística; rítmica e circense. Estes conteúdos foram trabalhados no primeiro trimestre e diferentes estratégias foram utilizadas: dis-cussões e rodas de conversa para introdução do conteúdo; vídeos com apresentações de ginásticas em diferentes contextos; laboratórios de experimentação e construção de movimentos; confecção de materiais alternativos e construção coreográfica. No fechamento do trimestre foi realizado um Festival de Ginástica, construído juntamente com os estudantes, para socialização das práticas vivenciadas e dos saberes construídos.

A ginástica na Educação Física Escolar: uma experiência vivida no PIBID/CAPES-UFPR

DUILIO QUEIROZ DE ALMEIDA; MICHAELA [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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As Atividades Curriculares Desportivas (ACDs), implantadas em 2001 nas escolas estaduais de São Paulo, podem ser consideradas uma extensão das aulas de Educação Física substituindo as antigas turmas de treinamento que tinham foco no alto rendimento em competições esportivas. Os objetivos deste estudo foram identificar e analisar os processos de formação continuada dos professores que atuam com turmas de ACDs, bem como, verificar suas expectativas acerca deste processo formativo. Participaram do estudo 17 docentes que possuíam, ao menos, uma turma de ACDs de esporte coletivo, respondendo uma entrevista semiestruturada. A formação continuada se evi-denciou em cursos ofertados pela Diretoria de Ensino da região, porém com curta duração e não disponibilizados para todos. As orientações específicas sobre ACDs ocorrem somente nos congressos técnicos vinculados aos jogos escolares, sem abordar metodologias de ensino. As expectativas de grande parte dos docentes ligam-se mais a bons resultados nas competições do que com a contribuição para a formação humana. A falta de orientação aos docentes atrelada à expectativa mais voltada aos resultados nos jogos escolares aponta para a necessidade de uma proposta de na formação continuada que busque superar estas fragilidades, de modo que as ACDs sejam de fato atividades que contribuam de forma significativa para a formação do cidadão.

Formação continuada e expectativas dos professores que atuam com turmas de Atividades Curriculares Desportivas (ACDs)

FABIANA ANDREANI; ADRIANO GOMES DE MORAES; BEATRIZ CARVALHO CAVALIERI; NAIARA MARTINS DA [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”, Bauru - SP

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As Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) estão presentes em todos âmbitos da sociedade, inclusive dentro da escola e nas aulas de Educação Física (EF). Diante disso, este estudo teve como proposta analisar a pro-dução científica sobre o uso das TIC nas aulas de EF Escolar, no Brasil. O universo de análise foram as bases de dados Scopus, Eric, ScienceDirect e Scielo e quatro revistas nacionais que tratam da EF Escolar ou das TIC. Os descritores utilizados na busca foram: physical education; technology; ict; media, exergames. O período de análise determinado foi de 10 anos, de 2006 a 2016. Com a pesquisa realizada nas bases de dados foram encontrados 557 estudos que tratavam da questão da utilização das TIC na EF. No entanto, apenas três deles tratavam especificamente da prática pedagógica do professor, na EF. A maior parte dos estudos excluídos estavam em revistas internacionais e não tratavam da temática no Brasil. Ao analisar os três estudos encontrados, constatamos que eles apresentaram experiência pontuais, relacionando as TIC e a EF escolar. Na pesquisa realizada nas quatro revistas nacionais, o período analisado foi diminuído pela metade (5 anos) e a busca foi realizada diretamente nos sumários das revistas. Foram encontrados 12 estudos, sendo que apenas 5 atenderam aos critérios de inclusão. Nesses, os conteúdos explorados foram, o jogo eletrônico (um estudo), blog e sites (dois estudos), mídias jornal e vídeo (dois estudos). A produção cientifica sobre o tema ainda é pequena, sendo mais rara em revistas que estão nos extratos superiores do Qualis. Diante das características da sociedade atual, é essencial que a EF atente para as possibilidades das TIC na prática pedagógica do professor.

A publicação científica sobre as TIC na Educação Física Escolar

FABIANO DIAS; MARCELO ALEXANDRE MERCE; JULIANA VALENTE FRANCICA; MARIA LUIZA DE JESUS MIRANDA; ELISABETE DOS SANTOS [email protected] Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP

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A Educação Física enquanto componente curricular que lida com elementos da cultura corporal, tais como lutas, ginástica, danças, esporte e jogo, tem uma gama muito grande de temas e conteúdos que estão em constante evolu-ção. Tal característica apoia a necessidade de estudos constantes para o profissional em exercício. Esta intervenção foi desenvolvida em uma cidade de aproximadamente 70 mil habitantes no interior de São Paulo. Foi realizado um projeto de formação contínua de professores de educação física que lecionam na educação infantil, ensino fundamental 1 e 2. A oficina foi resultado de encontros anteriores que sinalizaram para necessidade de conheci-mentos sobre as ferramentas digitais de compartilhamento, tendo como objetivo instrumentalizar os professores com conhecimentos técnicos acerca da utilização de tecnologias voltadas para nuvens virtuais. Ao final da oficina os professores deveriam ser capazes de compartilhar experiências pedagógicas e estratégias de ensino, dominando aspectos relacionados a acessar, navegar, alimentar e organizar conteúdos da nuvem. Procurou-se que todas as soluções necessárias fossem elementos já existentes no cotidiano dos professores, escolas e rede de ensino. Dessa forma o processo de formação procurou mostrar passo a passo os elementos essenciais para o uso dessa tecnologia no contexto das possibilidades de intervenção em sala de aula, utilizando recursos já conhecidos dos personagens envolvidos no cotidiano escolar, tais como computadores, celulares e tablets. Os profissionais envolvidos e o tempo para aprendizado levaram em consideração a estrutura já existente na rede. A oficina foi avaliada pelos envolvidos através da aplicabilidade, da receptividade e do uso efetivo da tecnologia como possibilidade de formação con-tinua. Considerou-se que a tecnologia de nuvem é um espaço possível e pode contribuir para a as intervenções didáticas dos professores. Sendo assim, a criação e difusão de possibilidades de baixo custo que possam auxiliar a ação docente são fundamentais para políticas públicas em educação.

Formação contínua de professores: uso de nuvens virtuais para o compartilhamento de experiências pedagógicas e estratégias de ensino

FABIANO FILIER CAZETTO1; OSVALDO LUIZ FERRAZ2

[email protected] 1 Professor, Campinas - SP2 Escola de Educação Física e Esporte - USP, São Paulo - SP

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O conhecimento adquirido durante a participação no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) viabiliza a possibilidade do desenvolvimento de atividades curriculares e extracurriculares, que exigem o saber planejar, orientar e executar atividades lúdicas e recreativas. Neste sentido, este estudo apresenta como ob-jetivo relatar as experiências que são articuladas no evento de extensão Brinca CEFID, nas quais estão vinculados os bolsistas de iniciação à docência (ID). Os bolsistas ID participaram no processo de programação e no desen-volvimento do evento de extensão Brinca CEFID, que ocorreu no primeiro e no segundo semestre de 2016. Os resultados indicam a participação efetiva e contínua de todos bolsistas ID no evento, o qual foi desenvolvido por meio de atividades lúdicas e recreativas que são mobilizadas no contexto de instituições escolares. As ações siste-matizadas foram: a organização dos alunos, o planejamento de atividades para os diferentes ambientes da escola, a intervenção motora, a construção de materiais alternativos, a montagem, a manutenção e a segurança de materiais recreativos que fomentaram as atividades programadas no Brinca CEFID. Pode-se concluir, que a participação neste programa garante a mobilização de novos saberes e redimensiona a prática pedagógica do futuro professor de Educação Física. Além disso, existe a necessidade de políticas educacionais afirmativas as quais consolidam a qualidade do ensino brasileiro, diversificam a aprendizagem do futuro docente e acima de tudo constroem novas propostas pedagógicas arrojadas.

Experiências do PIBID que se articulam no evento de extensão Brinca CEFID

FABRÍCIO LUIZ DO NASCIMENTO1; PALOMA CIBELE RIVERA MATTER1; THAMIRES DA SILVA LINHARES1; PATRÍCIA TEIXEIRA GONÇALVES1; PLÍNIO MARTINEZ RECHE JUNIOR1; ADRIANA WERNER2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1 [email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

2 Rede Municipal de Florianópolis, Florianópolis - SCApoio financeiro: PIBID - CAPES

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La investigación describe la implementación de una experiencia piloto desarrollada con profesores de Educación Física que cursan un diplomado en Aprendizaje y Motricidad Infantil en la Universidad Santo Tomás, Sede Valdivia-Chile. La experiencia se desarrollo con metodología de Aprendizaje Basado en Investigación (ABI) la cual se im-plementó en el primer módulo del diplomado “El valor del Juego en la Enseñanza-Aprendizaje”. Los resultados demuestran que los estudiantes alcanzaron niveles de desempeño sobresalientes de acuerdo a la calificaciones ob-tenidas, lo que da cuenta de un buen desarrollo de la aplicación de la metodología ABI en este tipo de programas de formación continua, además del desarrollo del ámbito investigativo en su quehacer profesional.

Aprendizaje Basado en Investigación, experiencia piloto en un diplomado en Aprendizaje y Motricidad Infantil

FELIPE [email protected] Universidad Santo Tomás, Valdivia - Chile

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Pesquisas sobre o circo contribuem para a ampliação e aperfeiçoamento do corpo de conhecimento disponível para fundamentar as intervenções didático-pedagógicas na EF. Esta investigação elaborou uma revisão sistemática dos artigos presentes na plataforma Scielo sobre os temas circo e Educação Física entre 2003 e 2015. Foram pesquisa-dos na plataforma os termos “circo” e “artes circenses” com filtro para artigos - no Brasil em língua portuguesa. Selecionamos os artigos relacionados com a área de conhecimento da EF. Foram encontrados cinco artigos. Três estudos observavam a relação entre circo e projetos sociais. Um trabalho abordava a influência do circo no de-sempenho motor e o último analisava a relação histórica entre circo e EF. A necessidade de maiores investigações sobre o tema fica evidente por conta do número de trabalhos encontrados dentro da plataforma e do potencial enriquecimento das práticas docentes proporcionado pelas atividades circenses.

Circo na escola e a busca da excitação

FERNANDA DE CARVALHO NENARTAVIS; JOSÉ ANTONIO [email protected] Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

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O objetivo da pesquisa foi verificar como a linguagem corporal na educação infantil é contemplada na oferta de cursos de formação continuada do sistema municipal de ensino de uma cidade do interior de São Paulo. Por meio de análise documental verificou-se a quantidade de cursos que abordam a linguagem corporal oferecidos nos últimos cinco anos (2012-2016) e aqueles tiveram como público-alvo pedagogos atuantes na educação infantil. Constatou-se que neste período foram oferecidos aos professores e funcionários do sistema municipal 485 cursos de formação continuada, considerando cursos, oficinas, grupos de estudos e atividades de trabalho pedagógico, nas modalidades presencial e à distância. Deste total, 30 cursos eram voltados ao desenvolvimento da linguagem corpo-ral e contemplavam como objetivos: apresentação de fundamentos teóricos, planejamento de conteúdos, práticas específicas de modalidades esportivas e corporais, confecção de materiais, concepção de corpo, vivências, estudos, debates e compartilhamento de experiências. Destes 30 cursos, apenas 15 tinham como público-alvo pedagogos atuantes na educação infantil. Conclui-se que a oferta da formação continuada relacionada aos conhecimentos da linguagem corporal é limitada diante das demais áreas de conhecimento. Ainda mais significativamente limitada é a proposta de tais ações formativas aos pedagogos atuantes na etapa da educação infantil, representando 3,09% do total da formação ofertada no período analisado. Cabe investir na formação continuada como meio que conduza os docentes a práticas reflexivas e apropriação de conhecimentos em todas as áreas que integram a educação básica.

Formação continuada na área da linguagem corporal para pedagogos da Educação Infantil: oferta e necessidade

FERNANDA PASTORI FRANZÉ; FERNANDA [email protected] Faculdade de Ciência - Universidade Estadual Paulista “Júlio de

Mesquita Filho”, Bauru - SP

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A formação continuada de professores não pode abdicar de valorizar ações que concebam o professor como sujeito integral, articulando aos conhecimentos científicos e pedagógicos as dimensões dos valores, atitudes e emoções, que podem fomentar novos pensamentos e atuação pedagógica igualmente inovadora.O objetivo desta pesquisa consistiu em evidenciar as implicações de um programa de formação continuada que tem a prática e a aprendiza-gem da ioga como meio de desenvolvimento pessoal e profissional docente. A pesquisa é de natureza qualitativa e os dados foram coletados por grupo focal e questionário com 25 professoras (pedagogia, educação física e edu-cação especial), atuantes na educação infantil e anos iniciais do ensino fundamental municipal de uma cidade do interior de São Paulo, após um ano e meio de formação. Os resultados demonstram que a formação continuada proporcionou às professoras benefícios nos aspectos pessoais: as vivências de ioga incidiram na percepção da melhora da qualidade de vida, no autoconhecimento e no relacionamento com os outros, possibilitando voltar o olhar para a própria consciência corporal e reflexões a respeito da relação com o outro; e benefícios profissionais: estudos teóricos e reflexões coletivas propiciaram o trabalho didático-pedagógico com a ioga na escola de forma lúdica. Conclui-se que a formação teve implicações em aspectos físicos, emocionais e sociais e na construção de conhecimentos para a inserção da ioga no contexto escolar. Ainda, ressalta-se que as professoras consideraram que a ênfase dada às vivências corporais na formação foi assertiva, pois direciona o foco para a pessoa (o Ser) e não apenas ao papel profissional, o que pouco ocorre nos projetos formativos desenvolvidos pelos sistemas de ensino que centram as formações em modelos de ensino e aprendizagem nos quais o professor não é visto em sua totalidade, desconsiderando que sentir, pensar e agir formam uma tríade fundamental no processo educacional.

Sentir, pensar e agir: a ioga na formação docente

FERNANDA [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru - SP

Apoio financeiro: Pró-Reitoria de Extensão-PROEx/UNESP

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O presente trabalho traz, inicialmente, os achados de uma pesquisa de Mestrado que buscou compreender, dentre outras coisas, em que medida as discussões acerca das influências do discurso midiático e da mercadorização da cultura corporal de movimento estão presentes nos cursos de formação inicial de um grupo de professores de Educação Física. O estudo em questão possui abordagem metodológica qualitativa de caráter descritivo e foi de-lineado através de um estudo de caso educacional. Dentre os entrevistados, 75% apontaram que essas discussões não ocorreram na formação inicial e apenas 25% sinalizaram que essa temática foi abordada de forma superficial, não tendo se refletido de forma consistente em sua prática pedagógica. Em um segundo momento, este trabalho busca discorrer sobre um projeto desenvolvido durante as aulas de educação física junto a oito turmas do ensino médio do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia de São Paulo durante o período de um ano. As in-tervenções se inserem no projeto intitulado “Educação física, corpo e sociedade: uma análise da mídia” e que foi delineado através dos seguintes eixos temáticos: i) esporte, publicidade e indústria cultural; ii) a (in)visibilidade da prática esportiva feminina; iii) inclusão excludente: o deficiente e o esporte paralímpico; iv) esporte de alto rendi-mento é saúde?; v) doping; vi) distúrbios alimentares e padrões corporais. Cabe sinalizar que o desenvolvimento destes eixos temáticos se deu por meio de aulas expositivas, apresentação de documentários, pesquisas bibliográficas, grupos de discussão e da produção de vídeos acadêmicos e informativos pelos alunos. Ao longo da realização do projeto, pode-se observar grande engajamento do corpo discente nas atividades. Ao tematizar estas questões dentro do espaço escolar, a educação física passa a caminhar no sentido da superação dos fins pragmáticos e utilitaristas sugeridos por vezes pelas mídias e contribui para a formação de sujeitos mais críticos, reflexivos e conscientes.

A formação e atuação docente frente a mercadorização das práticas corporais: um olhar crítico sobre o discurso midiático

FERNANDO DIAS DE [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo, São Paulo - SP

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O presente relato narra à inserção de três estudantes de licenciatura em Educação Física na Escola Municipal Nossa Senhora da Luz dos Pinhais, localizada na periferia de Curitiba. O projeto PIBID (Projeto Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência) oportunizou o primeiro contato dos acadêmicos com o ambiente escolar, compreendendo a importância desta experiência para a futura formação profissional. A expectativa que antecedia o ingresso na escola girava em torno de problemas estruturais e sociais, como a falta de materiais adequados e desestrutura familiar. No entanto, esse primeiro contato com a escola funcionou como um filtro para a compreensão do contexto escolar e da própria formação docente. Assim, nesse processo consideram-se alguns elementos fundamentais que marcaram essa experiência inicial na escola: a) a infraestrutura da escola devido aos equipamentos fornecidos para a prática da Educação Física, como bolas de diversas cores e modalidades, trampolins, parede de escalada adaptada, bambolês; b) a recepção calorosa dos alunos em relação aos bolsistas do PIBID, visto que na chegada em sala de aula, embora cada turma tivesse sua particularidade, todas as crianças desejaram boas vindas e os abraçaram, de modo que fosse sentido não só a necessidade de ensinamentos sócios corporais abordados na disciplina de Educação Física, mas também a preocupação com a relação afetiva aluno X professor; c) a aceitação pela parte da equipe pedagógica principalmente durante o momento de permanência na sala dos professores, o qual em todos os momentos ali presentes o respeito foi marcante, não demostrando desprezo ou desconfiança. Por fim, esse primeiro contato com a escola foi de extrema importância, pois aproximou os acadêmicos ao contexto, demarcando a escolha por ser professor e aumentando o interesse e a vontade em exercer a profissão.

A importância do primeiro contato com a escola na formação docente

GABRIELA SOUZA FARIAS; SAMUEL LATOCH ROBAZZA; VINICIUS COUTO [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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Ao longo do percurso formativo, num curso de formação de professores, existem muitas possibilidades de se adquirir os elementos e competências essenciais para o exercício da docência. Uma delas se dá através do envolvimento com os projetos existentes. Desta forma, este relato visa apresentar a experiência de uma bolsista em Projeto de Ensino “Estágio Curricular Supervisionado: redimensionando a formação inicial de professores de Educação Física”, vinculado ao Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da Universidade do Estado de Santa Catarina, que teve início em março de 2017. Sendo assim, houve a participação e envolvimento em dois grandes eventos realizados no projeto. O primeiro, chamado de “conversas pedagógicas” que contou com a participação de um professor convidado, o qual palestrou sobre o estágio na formação de professores de Educação Física. Nesse momento, como bolsista, o auxílio se deu na divulgação, no contato com o palestrante, na orientação dos estagiários e dos professores supervisores. O segundo foi a participação no seminário final de estágio. As atividades desenvolvidas foram a sistematização das apresentações dos estagiários, em formato pôster, a seleção e reserva do espaço físico e no auxílio individual a cada professor orientador de estágio. A aprendizagem adquirida com o projeto de ensino tanto na organização quanto na participação ativa nestes dois eventos se deu na compreensão de como se desen-volvem e acontecem os estágios. Esse fato ocasionou a reflexão da bolsista e do seu papel enquanto acadêmica e futura estagiária. Assim, observou-se que a experiência como bolsista de ensino agregou conhecimentos para a formação de professores, pois possibilitou o envolvimento ativo com ações cabíveis à docência e o contato com os docentes e a familiarização com a escola.

Relato de experiência como bolsista de ensino na formação de professores

GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1; MÔNICA CRISTINA FLACH2; ALEXANDRA FOLLE1; LARISSA CERIGNONI BENITES1; VIVIANE PREICHARDT DUEK1

[email protected] 1 Professora Universitária, Florianópolis - SC2 Estudante, Florianópolis - SC

Apoio financeiro: Programa de Apoio ao Ensino de Graduação - UDESC

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Este trabalho tem como objetivo investigar as relações de gênero na educação física escolar. O estudo surge a partir da nossa experiência nas ginásticas artística e rítmica. Modalidade que apresentam diferenças determinadas do que é próprio do masculino e do feminino. Como por exemplo podemos citar a ginástica artística, de origem alemã e influência militar na qual os homens foram tolhidos de leveza, música e expressividade, algo considerado feminino, cabendo a eles movimentos quadrados, de força e o silêncio. Sendo a Ginástica um dos conteúdos a ser trabalhado nas escolas, os/as professores/as estão preparados para a nova visão de mundo sobre as diversas possibilidades de gênero existentes em nossa sociedade contemporânea? Uma pesquisa de revisão sistemática da literatura foi realizada em bases de dados eletrônicas, dos últimos cinco anos, sobre gênero e a Educação Física e a contribuição dessas para a formação profissional. Foram encontrados vinte dois artigos científicos relacionados com gênero, sexo, sexualidade, educação, diversidade, desigualdade, feminismo e formação profissional. Gênero, sexo e sexualidade são palavras distintas, mas que assumem conotações pré-concebidas pela ideologia heteronormativa dominante que descaracterizam seus significados e suas representatividades aos sujeitos. Estas palavras servem para oprimir, pois abordar, abertamente, essas temáticas em um ambiente escolar, ainda é um tabu. Permitimos, ouvimos e vemos paradigmas erroneamente escancarados pela mídia e não ensinamos nossas crianças a entenderem a si mesmas e a respeitar seus iguais quanto às diferenças. Sendo o sujeito um ser histórico em constante transformação, é nossa função, como professor/a de educação física, contribuir na formação de um sujeito histórico mais humano, usando a motricidade e a corporeidade na tentativa de contribuir com a queda destes paradigmas.

Educação Física Escolar e construção de gênero: contribuição para formação profissional

HENRIQUE NUNES DA SILVA; ROBERTA CORTEZ [email protected] Liceu Salesiano - UNISAL, Campinas - SP

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Dentro do novo cenário da Educação Física escolar, documentos oficiais apontam a necessidade do oferecimento de um leque de conteúdos no que tange à Cultura de Movimento. Entre as novas possibilidades de conteúdos os olhares desta pesquisa foram direcionados a dança. Esta manifestação da cultura pode contribuir para a formação de cidadãos críticos e participativos por meio de diferentes vertentes, ou, expressões rítmicas, uma delas é o Ballet Clássico. O presente estudo é parte do Projeto de Iniciação Científica, intitulado “O Ballet na Escola: Uma proposta pedagógica para o primeiro ano do ciclo fundamental”. Nesta etapa do processo os esforços foram dedicados ao diagnóstico do ensino da dança, em especial o Ballet Clássico, nas aulas de Educação Física ministradas na rede municipal de Caraguatatuba. O presente estudo caracteriza-se como do tipo descritivo com abordagem qualitativa, utilizando-se de um questionário com questões abertas e fechadas para a coleta dos dados. A população é composta por cinquenta professores que atuam na rede municipal de Caraguatatuba, dos quais vinte aceitaram compor a amos-tra. A análise dos dados coletados foi realizada a partir da interpretação dos pressupostos da análise de conteúdo. Ao observá-las, é possível notar que quatro, de vinte professores, relatam abordar a dança em suas aulas, entretanto não foi possível diagnosticar quais práticas e conteúdos desta manifestação são efetivamente desenvolvidos. No que se refere ao nome das aulas, há uma variação, evidenciada por “dança, expressão corporal e/ou atividade rít-mica”. Dentre os documentos norteadores para a prática desses professores, cinco alegam utilizar os Parâmetros Curriculares Nacionais. Desse modo, o que se vê, é que a dança não é desenvolvida nas aulas de Educação Física da rede, mesmo sendo estabelecida por documentos oficiais. Tal compreensão nos permite concluir, portanto, que o Ballet Clássico não é trabalhado no âmbito educacional do município e que há uma distância entre esta prática e as aulas propriamente ditas. Fato que nos convida a realização da segunda etapa do projeto de pesquisa que visará desenvolver uma proposta metodológica para o ensino do Ballet Clássico nas aulas de Educação Física ministradas na rede municipal de ensino de Caraguatatuba.

“O Ballet na escola: uma proposta pedagógica para o primeiro ano do ciclo fundamental”

JENNIFER DE SOUZA CAMPOS1; IVAN CANDIDO DE SOUZA2,3

[email protected] 1 Centro Universitário Módulo, Ubatuba - SP2 CEU EMEF LAJEDO - SME SP, São Paulo - SP

3 Centro Universitário Módulo, São Paulo - SP

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Esse estudo, ora em andamento, propõe-se analisar, a partir de revisão sistémica e pesquisa de campo com alunos/as do curso de licenciatura em Educação Física e com o Escola de Samba GRCES Dragões da Real, o carnaval como festa popular e suas implicações para a prática da Educação Física. Apresentar a importância do carnaval a partir da ótica da Motricidade Humana e ressaltar a forte contribuição dos estudos da corporeidade é importante desafio e avanço na construção de debates na área da Educação Física, bem como no âmbito do ensino e da pes-quisa. Considerar a origem, formação e evolução do carnaval no Brasil é fundamental para a contextualização dessa manifestação popular no âmbito da pesquisa. É relevante analisar em que medida as transformações influenciaram e ainda influenciam a participação das pessoas nesta atividade e o quanto ou não esta realidade, estando presente na produção bibliográfica da área, se materializa nas práticas de Educação Física. Entende-se neste trabalho que as reflexões sobre as influências culturais, políticas, religiosas e econômicas, especialmente da indústria cultural têm permeado as mudanças e os valores das inúmeras manifestações populares, promovendo novos olhares e novos valores sobre suas práticas. Vale discutir essas questões nos cursos de formação e materializar essas reflexões no âmbito da escola.

De escola para escola: estudo do carnaval como manifestação cultural, expressiva e rítmica na formação de professores/as de Educação Física

JAQUELINE SOUZA DA COSTA; NATALIA MAESKY BATISTA; IDA CARNEIRO MARTINS; ROBERTA CORTEZ [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

Apoio financeiro: Bolsa de Iniciação Científica - FAPIC/UNINOVE

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O estágio curricular supervisionado é fundamental para a construção da identidade docente e formação profissio-nal do aluno estagiário. O estudo tem como objetivo identificar a influência do professor supervisor de estágio na intervenção dos estudantes em situação de estágio de uma universidade pública de Santa Catarina. No estudo des-critivo participaram três professores de Educação Física atuantes em escolas campo de estágio e que supervisionam pedagogicamente os estudantes estagiários. Para a coleta de informações foi utilizada uma entrevista semiestruturada organizada a partir de temas geradores. Os dados foram analisados mediante o processo de análise de conteúdo. Os resultados indicam que os professores supervisores no processo de orientação auxiliam os estagiários mediante as suas experiências profissionais, na sistematização de estratégias pedagógicas coerentes com a turma de estágio, adequando o conhecimento inicial do estagiário com o encantamento com a docência. Além destes fatores, os professores mencionaram que realizam um feedback aos estagiários no final de cada intervenção, no interesse de auxilia-los no desenvolvimento das atividades, no planejamento, na relação com os alunos, mesmo considerando a dificuldade apresentada pelo futuro professor em compreender as solicitações. Assim, pode-se concluir que dada a importância do professor supervisor do estágio, é necessária uma aproximação entre professor e universidade para que novas estratégias e formas de orientação e construção da identidade profissional sejam proporcionadas.

A relação do professor supervisor com o estudante estagiário: mediações e desafios

JÉSSICA COZZA; GELCEMAR OLIVEIRA [email protected]

Centro de Ciências da Saúde e do Esporte - Universidade do Estado de Snata Catarina, Florianópolis - SC

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O esporte é uma manifestação cultural e sua inserção na escola auxilia no processo desenvolvimento e apropriação de cultura por parte do aluno. Neste estudo, os objetivos foram: averiguar como os alunos compreendem a relação e a presença do esporte nos cursos de licenciatura em Educação Física da baixada cuiabana; analisar como os alunos compreendem a importância do ensino do esporte na educação básica; verificar a importância atribuída pelos alunos ao esporte no processo de formação em cursos de licenciatura em Educação Física em Cuiabá e Várzea Grande. A pesquisa se caracteriza como um estudo descritivo, de abordagem qualitativa. O universo deste estudo envolve os cursos de Licenciatura em Educação Física da baixada cuiabana, no qual os sujeitos são 37 alunos graduandos em fase de conclusão de curso. Para a realização da coleta de dados foi utilizado um questionário para os alunos contendo questões abertas acerca do esporte na formação profissional em Educação Física. Para a análise de dados, foi utilizado a técnica de análise de conteúdo. A partir dos resultados obtidos foi possível identificar que os futuros professores compreendem a importância desse conteúdo em seu processo de formação, de maneira a ampliar as possibilidades no campo da Educação Física Escolar e entendem que o esporte pode contribuir no ensinamento de valores humanos e na apropriação de significado às práticas corporais dos sujeitos. Estes relacionam o esporte como a base da Educação Física, possibilidade de conteúdo a ser trabalhado na escola e como elemento promotor de saúde e bem-estar.

O esporte na formação de professores: a visão dos discentes dos cursos de Licenciatura em Educação Física

JESSIANE PEREIRA DA COSTA; EVANDO CARLOS MOREIRA [email protected] Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá - MT

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O presente relato de experiência tem por objetivo compreender como a experiência de difundir uma modalidade esportiva não tradicional, no caso o Rugby, em contextos escolares e em instituições superiores, contribuiu para o meu processo de formação continuada. No processo de formação inicial participei de uma oficina da modali-dade e, a partir desse contato, me envolvi posteriormente com o Vitória Rugby. Essa aproximação fez com que me tornasse atleta e possibilitou um conhecimento da modalidade numa perspectiva mais global, ou seja, não ficou restrito as técnicas do esporte. Nessa modalidade, os valores da prática esportiva são centrais tanto dentro quanto fora de campo: paixão, solidariedade, integridade, disciplina e respeito. Após a conclusão do curso em Licenciatura em Educação Física pela UFES (2015), desenvolvi um projeto pessoal de promover a modalidade no Estado do Espírito Santo. Nessa perspectiva, passei a ministrar oficinas voluntariamente em ONG’s, escolas públicas, parti-culares, institutos federais. Pude contribuir com a formação de novos graduandos e de professores em formação continuada da Prefeitura municipal de Vila Velha/ES. Nesse processo, alguns fatores me chamaram atenção: Como trabalhar um esporte não tradicional na escola? Como instigar professores e alunos a conhecer uma modalidade não tradicional? Como trabalhar em diferentes contextos e perspectivas de Educação Física Escolar? Instituições públicas, privadas, escolas, ongs e projetos sociais: Quais as diferenças? Qual é o denominador comum? O estudo busca instigar a reflexão dessas questões presentes no cotidiano do professor e como esse processo contribui para a constante (re)construção da minha identidade (PIMENTA, 2000) docente ampliando também o meu repertório didático.

Uma bola na mão e uma ideia na cabeça: uma experiência formadora através do Rugby

JÉSSICA LUSTOSA MOREIRA; ÂNDREA TRAGINO PLOTEGHER [email protected] Vitória - ES

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Este trabalho apresenta pressupostos teóricos e resultados do Subprojeto PIBID de Educação Física, realizado em quatro escolas públicas de Presidente Prudente. O subprojeto conta com dois coordenadores, quatro supervisores e 24 discentes bolsistas. Estabelece como objetivo geral: promover e analisar uma formação de professores que tem como temas centrais, a compreensão da infância e da juventude como categorias sociais; a educação no con-texto histórico atual e a importância da cultura corporal na escola. A metodologia de natureza qualitativa, pautada na pesquisa-ação, possibilita a estreita relação entre teoria e prática, ação e reflexão, trabalho colaborativo entre docentes, discentes universitários, alunos e professores da Educação Básica. O referencial teórico respalda-se em autores que tratam da formação de professores, Sociologia da Infância e da Juventude, educação no século XXI, Educação Física escolar e em documentos oficiais que garantem um suporte teórico interdisciplinar. Como resultados destacam-se a corresponsabilidade dos sujeitos no alcance dos objetivos; a adoção de atitudes de autoformação, que corresponde ao processo ativo e consciente na formação profissional; a atuação efetiva dos supervisores como coformadores; o esforço no sentido de problematização e superação de concepções de educação mecânica, educação física fundamentada apenas no aspecto biofisiológico, infância como devir e juventude como etapa problemática. Enfim, o trabalho realizado tem-se firmado na persistência, paciência e busca de clareza de concepções, finalidades e metodologias, o que vêm garantindo avanços lentos e gradativos correspondentes aos pressupostos teórico-práti-cos amplamente e insistentemente debatidos. Palavras chaves: Formação de Professores, Educação Física, PIBID.

O PIBID e o processo de formação de professores de Educação Física: contextualização, fundamentos e práticas

JOSÉ MILTON DE LIMA; MÁRCIA REGINA CANHOTO DE LIMA; LUIZ ROGÉRIO ROMERO; PEDRO HENRIQUE DA SILVA LIVERANSK; THAIS MENDES DO NASCIMENTO; MURILO NANARTONIS [email protected] Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade Estadual Paulista “Júlio

de Mesquita Filho”, Presidente Prudente - SPApoio financeiro: CAPES

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As experiências de prática pedagógica na formação de futuros professores de Educação Física devem possibilitar maior aproximação com a realidade das escolas nos diferentes níveis e modalidades de ensino, visando reduzir as dificuldades enfrentadas nos Estágios Curriculares Supervisionados (ECS) e oferecer uma prévia dos desafios encontrados na carreira docente. O projeto de ensino, desenvolvido na disciplina de Educação Física Escolar II do curso de Licenciatura em Educação Física do Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da Universidade do Estado de Santa Catarina, tem como objetivos promover reflexões sobre a prática pedagógica dos professores inseridos na Educação Básica e possibilitar maior aproximação com a realidade educacional anterior às experiências de ECS. As ações apresentadas neste relato de experiência ocorreram no primeiro semestre de 2017. Inicialmente, os estudantes, por meio de visita técnica, tiveram a oportunidade de conhecer o trabalho desenvolvido por um professor de Educação Física em escola de Educação Básica privada e na Educação de Jovens e Adultos (EJA), em escola pública. Posteriormente, tiveram o desafio de planejar e ministrar, em grupos, quatro aulas distintas: duas aulas em um dia para alunos do Ensino Médio e duas aulas em outro dia para alunos da EJA. Nos dois dias de experiência na função de professores, os acadêmicos ministraram atividades, em torno dos seguintes conteúdos: atividades rítmicas, hiphop (Ensino Médio), jogos e brincadeira e badminton (EJA). Além de planejar e intervir, estes realizaram uma avaliação, tanto da aula que ministraram quanto de uma aula aplicada pelos colegas, a qual foi debatida em sala de aula. Os futuros professores avaliaram positivamente a experiência, destacando a empolgação dos alunos, em especial do EJA, nas atividades, bem como a importância destas ações no processo formativo, as quais permitem uma aproximação mais efetiva à docência, apesar de serem pouco desenvolvidas ao longo do curso.

Projeto de ensino: experiências de prática pedagógica na formação de futuros professores

LARISSA FERNANDA PORTO MACIEL; MÔNICA CRISTINA FLACH; ANA CAROLINA GESSER; JULIANA REGINA SILVA GUIMARÃES; ALEXANDRA [email protected] Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

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Apesar da existência das leis 10.639/03 e da 11.645/08 muitas escolas ainda têm privilegiado, em seus currículos, a produção cultural eurocêntrica como único conhecimento válido. E, por muitas vezes, adota materiais didáticos com conteúdos estereotipados e racistas que afetam diretamente a formação de milhares de alunos e alunas negras que, acabam não se reconhecendo e renunciando sua própria identidade. Partindo desses pressupostos, faz-se necessário corromper a ordem dos currículos escolares e a ação docente se faz importante ferramenta para a mudança desses processos de exclusão. Ela pode impulsionar uma ação cultural e política a caminho da transformação da sociedade por meio da transformação do indivíduo e de suas relações. A partir das colocações acima o objetivo desta pesquisa qualitativa, de caráter exploratório, é analisar a prática docente de professores e professoras de Educação Física dentro de uma perspectiva antirracista. Para a concretização desta estão sendo realizados os seguintes procedimen-tos: a) revisão literária – foi levantado livros e artigos científicos que abordassem diferentes assuntos, tais como: racismo, relações étnico-raciais, educação antirracista, leis etc; b) coleta de dados – está sendo realizada através de entrevistas a partir de um roteiro preestabelecido com professores e professoras de Educação Física já formados que trabalham com conteúdos dentro das temáticas africana e afro-brasileira. Após a realização das entrevistas, as mesmas serão transcritas na íntegra para posterior análise e discussão de dados. Esperamos com este trabalho motivar educadores a iniciarem uma ação pedagógica multicultural que valorize e respeite as diversas culturas que, apesar de serem silenciadas durante séculos, construíram nosso país, pois “é tarefa da escola fazer com que a his-tória seja contada por mais vozes, para que o futuro seja escrito por mais mãos” (CAVALLEIRO, 2001, p. 107).

Prática docente antirracista na Educação Física Escolar

LAURA LETÍCIA RIBEIRO DO NASCIMENTO DE MIRANDA; ANDRESA DE SOUZA [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru - SP

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O presente trabalho tem por finalidade apresentar possibilidades didáticas na formação inicial de professores de Educação Física. A experiência consistiu na oferta da disciplina “Fundamentos e Práticas de Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental II” no curso de Licenciatura em Educação Física - localizada na cidade de Mauá / SP. Temos em sua ementa: Reflexão e discussão sobre a atuação docente na Educação Física do ensino fundamental II. Os objetivos propostos foram: Refletir sobre os processos e possibilidades da prática de ensino na educação física escolar com ênfase nas manifestações rítmicas e expressivas; debater sobre a cultura corporal de movimento na sociedade contemporânea, considerando os aspectos educacionais e socioculturais. A proposta foi desenvolvida em abril/2017 adotando os seguintes procedimentos: Estudos dirigidos - Leitura do texto pré-selecionado; Confecção de objetos e adereços, referente ao Frevo; Produção de pesquisa sobre o Frevo. Presencial - Conceitos do currículo cultural; Debate sobre a tematização dos conteúdos da Educação Física escolar com ênfase no currículo cultural; Organização da exposição dos objetos, adereços e pesquisas. A intervenção possibilitou a reflexão crítica acerca das práticas de ensino na educação física contemporânea, bem como a quebra de paradigmas sobre a formação docente. Ampliou as possibilidades de intervenção na educação básica e no ensino superior, apresentando uma possibilidade emancipatória de formação, cidadania e formação profissional, reconhecendo e valorizando a diversidade cultural. A partir da dinâmica foram produzidos 47 trabalhos (sínteses) e ainda, objetos e adereços referentes ao tema, possibilitando a organização - exposição pública na própria faculdade, e sua divulgação em jornal interno. Tal processo de formação motivou professor e alunos a ampliar a articulação para além da universidade, com a exposição das fotografias da experiência em uma mostra fotográfica, bem como, seu relato de experiência, por meio deste texto.

Fundamentos e práticas de Ensino da Educação Física no Ensino Fundamental II: um relato de experiência na formação docente

LEOPOLDO ORTEGA DA SILVA1; ROMILDO ROCHA ESTEVAM2; DANIELA MATIELO E CARVALHO EDA2

[email protected] 1 Universidade Federal de São Paulo, Santos - SP2 Faculdade De Mauá, Mauá - SP

Apoio financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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A sistematização das práticas educativas e dos conteúdos em Educação Física tem sido objeto de interesse entre os pes-quisadores da área nas últimas décadas. Aspectos que tem possibilitado diferentes discussões principalmente quanto às finalidades desse componente curricular no projeto de escolarização brasileiro. Agora, com a iminente implantação da Base Nacional Curricular Comum, essa discussão ganha novos elementos e estruturas, uma vez que esse documento traz consigo encaminhamentos curriculares de seleção e oferta das práticas corporais em âmbito escolar. Neste sentido, faz-se importante revisitar e indagar quais as redundâncias, modismos, fragilidades, lacunas e consolidações dessa produção no campo científico. Objetiva-se com isso, mapear, analisar e ampliar as discussões que envolvem a sistematização dos conteúdos e práticas educativas em educação física, neste contexto de transição e impermanência no projeto de esco-larização brasileiro. Para tanto, este estudo divide-se em dois momentos, no primeiro realizou-se uma pesquisa do tipo estado do conhecimento, cujas fontes foram 15 revistas ranqueadas entre B2 e A2, no web qualis 2013-2016, nas quais assenta-se a produção acadêmicas das subáreas pedagógica e sociocultural do movimento humano. Com isso, o corpus desta pesquisa está constituído por 198 artigos. Para análise da materialidade textual os resultados foram organizados em quatro eixos temáticos, assim distribuídos: 108 artigos referentes às práticas corporais. 35 artigos sobre documentos curriculares de natureza federal, estadual, municipal e particular. 32 artigos sobre a sistematização propriamente dita. E 23 artigos que discutiam sobre práticas avaliativas. A partir desse mapeamento organizar-se-á a segunda etapa desta pesquisa, na qual direciona-se a investigar como o período de estágio supervisionado tem-se constituído como lugar estratégico da formação inicial, inclusive no que se refere sistematização das práticas educativas e dos conteúdos em Educação Física.

A sistematização dos conteúdos e das práticas educativas em Educação Física Escolar: do mapeamento da produção científica ao momento do estágio supervisionado

LETÍCIA GIORI RIBEIRO; NATÁLIA AGUIAR CANUTO; THAMIRES GOLÇALVES DE FREITAS; MURILO NAZÁ[email protected] Universidade Vila Velha, Vila Velha - ES

Apoio financeiro: Bolsa de Iniciação Científica Institucional - UVV

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Nas últimas décadas documentos curriculares para a Educação Física Escolar foram disseminados no país para apoiar e qualificar a prática docente. No entanto, pouco se sabe sobre o impacto desses referenciais no cotidiano escolar. O objetivo do trabalho foi investigar o conhecimento e utilização de documentos curriculares das instâncias federal e municipal por professores da Prefeitura de São Paulo. Para coleta de dados foi utilizado um questionário online com questões na Escala de Lickert, analisado de forma descritiva. Participaram do estudo 30 professores com idades que variaram de 20 a 50 anos, sendo a maioria (44,8%) entre 30 e 40 anos. Grande parte dos docentes concluiu a graduação nos anos 2000 e ingressou na rede na mesma década (48,2%) ou na década seguinte (2011 a 2017). 75,9% conclui cursos de Lato Sensu. A análise dos dados mostra que, em relação aos documentos da ins-tância federal, os PCNs são o documento curricular mais conhecido e utilizado pelos docentes (55,20%), embora afirmem utilizá-lo parcialmente. Em seguida aparecem as Diretrizes Curriculares Nacionais, conhecidas e utilizadas parcialmente por 48,3% dos professores. 44,8% afirma apenas conhecer a Base Nacional Curricular Comum. Em relação aos dois documentos curriculares municipais estudados. O documento “Expectativas de Aprendizagem” é conhecido e utilizado parcialmente por 37,9% dos professores, na mesma proporção figuram os professores que afirmam conhecer muito bem e utilizar plenamente esse documento. Em relação ao documento “Direitos de Aprendizagem, 27,6% dos professores conhecem e utilizam parcialmente e 27,6 conhecem muito bem e utilizam plenamente. 55,2% concordam que os documentos curriculares apoiam a prática dos professores e que dialogam com suas concepções, 51,7%. A análise dos resultados indica que os documentos municipais, especialmente o documento “Expectativas de Aprendizagem” tem sido estudado e utilizado pelos professores, revelando que para esse grupo essa política curricular tem apoiado a prática pedagógica.

Conhecimento e utilização de documentos curriculares das instâncias federal e municipal por professores de Educação Física na Rede Municipal de São Paulo

MARCELO ALEXANDRE MERCE; ISABEL PORTO [email protected] Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP

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A experiência com o trabalho docente tem sido realizada de forma lenta e progressiva, sendo norteada através de nossas regências semanais na turma do nono ano no ensino fundamental de uma escola da rede pública municipal na cidade de São Carlos - SP pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. Mediante a isso, estamos tendo a oportunidade de intervir, juntamente com a professora titular de Educação Física, no planejamen-to, execução e avaliação dos conteúdos trabalhados ao longo do semestre e, especificamente, com questões que envolvem diversos fatores comportamentais e atitudinais de alunos, em especial à temática bullying. O nosso caso de ensino retrata o contexto de um garoto com 15 anos de idade, estatura alta e com fortes índices de obesidade. Durante este processo, tem sido possível ampliar a discussão nos conteúdos propostos pela professora, no caso, esportes de invasão (ultimate frisbee) e rede divisória (voleibol) com a finalidade de promover a participação e o interesse do aluno pelas aulas de Educação Física, sem que haja exposição do mesmo em situações constrangedo-ras. Tais ações são pautadas a partir da literatura sobre casos de ensino, na qual são propostos aspectos possíveis a serem refletidos pelos educadores físicos. Apesar de ainda estarmos no meio do processo, nos é perceptível a maior participação e uma certa autonomia do estudante nas aulas de Educação Física visto que antes o mesmo se apresentava totalmente inibido, indisposto e sem incentivo algum. A partir das nossas intervenções objetivadas, seu interesse e envolvimento em aulas práticas e teóricas vem sendo algo muito evidente, onde o aluno passa a conviver com suas “limitações” físicas aproveitando as aulas. Desta forma, nos tem sido possível analisar e refletir acerca das situações recorrentes no dia a dia do professor de Educação Física em formação dentro do contexto escolar.

Iniciando e refletindo sobre a docência na Educação Física Escolar

MARCELO HENRIQUE BARBOZA; CAUÊ FELICI MUNIZ DOS SANTOS; GLAUCO NUNES SOUTO [email protected] DEFMH/UFSCar/PIBID, São Carlos - SP

Apoio financeiro: PIBID/CAPES

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O presente estudo está vinculado ao projeto de extensão “Educação e Cinema: A Formação Cultural dos Professores em Tela”, desenvolvido pelo grupo FRATRIO - GIEPEEF (Grupo Interinstitucional de Estudos e Pesquisas, Esportes e Educação Física). O estudo tem como objetivo compreender as relações que são estabelecidas entre as experiências pessoais e coletivas que vivencio em um processo de autoformação e formação profissional dentro deste projeto. O caminho metodológico encontra-se dentro de uma perspectiva biográfica e vai ao encontro da construção das narrativas (auto)biográficas como fonte de pesquisa e análise, construídas e interpretadas com base em uma visão crítica e reflexiva, para compreender os fatores que engendram a formação da minha identidade profissional. Para a construção das narrativas tenho como base as sessões de cinema planejadas pelo grupo que contemplam temáticas acerca da formação docente. Na sequência é destinado um tempo para o debate entre os componentes do grupo, participantes do projeto e o palestrante convidado, que na junção promovem a construção de conhecimentos e amplia a leitura de mundo, contribuindo para a minha formação humana e profissional. O filme “Capitão Fantástico” (2016) ganhou destaque entre filmes expostos, promovendo vários diálogos entre os sujeitos envolvidos, sendo apresentado em duas Instituições de Ensino Superior. Nesse sentido, busco analisar minhas per-cepções acerca dos efeitos que o filme me proporcionou, a fim de estabelecer um diálogo com a Educação Física Escolar e a minha futura prática docente. Por fim, a linguagem cinematográfica é interpretada sob um olhar crítico tornando-se um método no qual, através de uma formação cultural, me torna apta a ter uma nova leitura de mundo, que inclui entender a realidade da sociedade contemporânea, além de tornar possível o engajamento do cinema, nas futuras aulas que ministrarei, como método didático para ensinar e problematizar determinados conteúdos.

A formação cultural em um curso de licenciatura em Educação Física: inquietações e diálogos com o filme Capitão Fantástico

MARIA PAULA LOUZADA MION; ÂNDREA TRAGINO PLOTEGHER; FRANCISCO EDUARDO CAPARRÓ[email protected] Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória - ES

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O presente estudo tem por objetivos investigar se o tema Dança de Salão é desenvolvido pelos professores de Educação Física que atuam na rede municipal de ensino de Caraguatatuba. O estudo realizado pode ser caracte-rizado como do tipo descritivo com abordagem qualitativa, utilizando-se como instrumento de coleta de dados entrevista semi-estruturada realizada com os professores que exercem suas profissões na rede municipal de ensino supracitada. A população do estudo é composta por 50 professores, dos quais 20 foram tidos como amostra. Apenas 3 professores declararam trabalhar com temáticas relacionadas ao conteúdo da Dança, porém, sem ser possível caracterizar quais práticas estes profissionais escolhem adotar, bem como de quais métodos e conceitos dispõem e pretendem executar e transmitir aos alunos no decorrer de suas aulas. Entende-se, como guisa de conclusão que o número baixo de professores que ministram aulas relacionadas ao universo da dança pode estar relacionado à falta de vivências relacionadas a este universo, tanto no âmbito da formação profissional como no processo de constituição de sua identidade social. As possibilidades inerentes ao universo da dança são divulgadas aos montes no cenário acadêmico da Educação Física, nos cabe, a partir da constatação de que esses conteúdos não são ofere-cidos aos alunos, desenvolver novos estudos e meios formativos para que a dança, e em especial, a Dança de Salão seja experimentada por mais pessoas.

A dança de salão como possibilidade pedagógica para as aulas de Educação Física

MATHEUS LEAL BRIANI1; IVAN CANDIDO SOUZA2; VERA LUCIA TEIXEIRA DA SILVA3

[email protected] 1 Centro Universitário Módulo, Caraguatatuba - SP2 CEU EMEF Lajeado e Centro Universitário Módulo, São Paulo - SP

3 Centro Universitário Módulo, Mogi das Cruzes - SP

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O estudo apresenta resultados da pesquisa de mestrado, realizada no Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Federal do Paraná, em 2015. A pesquisa identificou e analisou elementos mobilizadores do en-cantamento pela docência, com criança pequena, na Formação Inicial de acadêmicos da licenciatura em Educação Física. Para isso apoiou-se em estudos sobre a Formação Inicial de professores de Educação Física e a especi-ficidade docente da Educação Infantil. A pesquisa foi construída com acadêmicos participantes do “Projeto de Formação Educamovimento: saberes e práticas na Educação Infantil” da Universidade Federal do Paraná, vinculado ao Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior. As diferentes estratégias de formação do referido projeto levaram os acadêmicos a construírem experiências docentes no cotidiano de escolas. Assim, a pesquisa trata de um estudo interpretativo no qual os dados foram produzidos através dos instrumentos/procedimentos metodológicos: observação participante, entrevista semiestruturada, roda de conversa e pergunta pedagógica. A análise dos dados identificou o protagonismo das crianças pequenas na Formação Inicial de professores, pois a afetividade infantil mobilizou o interesse de jovens acadêmicos pela escola da criança pequena. Assim os participantes do projeto passaram a investir nas suas formações, começaram a compreender as características e necessidades dos sujeitos e das instituições de Educação Infantil, bem como as exigências atribuídas aos professores de Educação Física nessa etapa da Educação Básica. Neste processo, perceberam as crianças pequenas enquanto sujeitos de saberes e tomaram consciência de que aprenderam a ser professores de Educação Física com elas. Para concluir, a pesquisa revelou que Interações Significativas foram construídas nos laboratórios docentes e as crianças pequenas foram protagonistas na mobilização do Encantamento pela docência na Educação Infantil, na formação inicial de professores.

Formação inicial de professores de Educação Física: a construção do encantamento pela docência com a criança pequena

MICHAELA CAMARGO; MARYNELMA CAMARGO [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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A pesquisa aqui apresentada teve como objetivo compreender o impacto do estilo motivacional docente na prática e aprendizagem dos alunos durante aulas de educação física. O estudo baseou-se na “Teoria da Autodeterminação” proposta por Deci e Ryan (1995) onde a motivação intrínseca ocorre quando a razão pela escolha da tarefa reside no psiquismo discente enquanto na extrínseca apresenta-se oriunda de agentes externos, sendo a didática docente um destes determinantes possíveis. Nesse sentido, foi realizada uma pesquisa qualitativa em quatro escolas da zona sul, norte e central da cidade do Rio de Janeiro, onde os professores do ensino fundamental I e II responderam o “Problems in school questionare” proposto por Deci e Ryan (1995) e traduzido e validado por Guimaraes (2007), no qual se determina o estilo docente mais ou menos autônomo ao propor atividades durante as aulas. Seus alunos responderam o questionário proposto por Kobal (1996), visando identificar o grau de motivação durante as aulas de educação física. A etapa final residiu em interrelacionar as respostas dos professores e alunos e compreender como a didática docente interfere, ou não, na motivação discente. O resultado dos questionários avaliados possi-bilitou afirmar que os alunos são mais motivados intrinsecamente, no entanto, existem fatores extrínsecos que os motivam. Os professores de educação física mais promotores de autonomia motivam a formação de alunos mais motivados intrinsecamente, corroborando a hipótese de que o estilo motivacional dos professores influencia positiva ou negativamente o nível de motivação dos alunos durante aulas de educação física. Concluímos, por fim, que o aluno motivado de forma autodeterminada se envolve mais facilmente com o processo de ensino-aprendizagem o que traz informações relevantes à didática e formação docente para a área da Educação Física Escolar.

O impacto do estilo motivacional docente na prática das aulas de Educação Física Escolar

MONIQUE MARQUES LONGO; AMANDA MENDONCA SOARES REIS [email protected] Universidade do Estado do Rio de janeiro, Rio de Janeiro - RJ

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A sistematização das práticas educativas e dos conteúdos em Educação Física tem sido objeto de interesse entre os pesquisadores da área nas últimas décadas. Aspectos que tem possibilitado diferentes discussões principalmente quanto às finalidades desse componente curricular no projeto de escolarização brasileiro. Agora, com a iminente implantação da Base Nacional Curricular Comum, essa discussão ganha novos elementos e estruturas, uma vez que esse documento traz consigo encaminhamentos curriculares de seleção e oferta das práticas corporais em âmbito escolar. Neste sentido, faz-se importante revisitar e indagar quais as redundâncias, modismos, fragilidades, lacunas e consolidações dessa produção no campo científico. Objetiva-se com isso, mapear, analisar e ampliar as discussões que envolvem a sistematização dos conteúdos e práticas educativas em educação física, neste contexto de transição e impermanência no projeto de escolarização brasileiro. Para tanto, este estudo divide-se em dois momentos, no primeiro realizou-se uma pesquisa do tipo estado do conhecimento, cujas fontes foram 15 revistas ranqueadas entre B2 e A2, no web qualis 2013-2016, nas quais assenta-se a produção acadêmicas das subáreas pedagógica e sociocultural do movimento humano. Com isso, o corpus desta pesquisa está constituído por 198 artigos. Para análise da materialidade textual os resultados foram organizados em quatro eixos temáticos, assim distribuídos: 108 artigos referentes às práticas corporais. 35 artigos sobre documentos curriculares de natureza federal, estadual, municipal e particular. 32 artigos sobre a sistematização propriamente dita. E 23 artigos que discutiam sobre prá-ticas avaliativas. A partir desse mapeamento organizar-se-á a segunda etapa desta pesquisa, na qual direciona-se a investigar como os saberes relacionados a sistematização das práticas educativas e dos conteúdos são apresentados durante a trajetória de formação inicial aos graduandos em Educação Física.

A sistematização dos conteúdos e das práticas educativas em Educação Física Escolar: do mapeamento da produção cientifica aos saberes compartilhados durante a formação inicial

NATÁLIA AGUIAR CANUTO; LETÍCIA GIORI RIBEIRO; THAMIRES GONÇALVES DE FREITAS; MURILO NAZÁ[email protected] Universidade Vila Velha, Vila Velha - ES

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O presente estudo é fruto da inserção dos autores como bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência. No bojo das ações desenvolvidas no programa, o estudo procura analisar e refletir diante de situações recorrentes no dia a dia do professor de educação física a partir do referencial teórico dos Casos de Ensino. O estudo foi idealizado a partir do modelo sugerido pela autora Maévi Anabel Nono em seus artigos sobre Casos de Ensino, nos quais a mesma propõe aspectos possíveis a serem refletidos pelo educador. Nesse modelo de Caso de Ensino contém o incidente que originou o caso, o contexto, a indicação e características dos personagens, as situações, ações e efeitos das atitudes do professor, e a revisão final do incidente. O objetivo da realização deste estudo é de relatar e compartilhar experiências na docência, cujo valor reflexivo, seja positivo para outros educado-res, partilhando das mesmas adversidades e situações. A situação destacada pelo Caso de Ensino está relacionada à competitividade exacerbada recorrente em uma turma do 9º ano do ensino fundamental da escola municipal na qual se desenvolve a atuação do PIBID/Educação Física da UFSCar. Através de reflexões durante o planejamento e as intervenções, foi possível flexibilizar os conteúdos propostos inicialmente conforme constatado durante as avaliações diagnósticas. Foi ministrado o golfe, com o intuito de trabalhar a concentração, demais aspectos do es-porte e principalmente a cooperação entre os participantes. No conteúdo vôlei, apesar de sua lógica competitiva, buscou-se valorizar a cooperação interna das equipes, diminuindo assim a rivalidade, sendo possível proporcionar uma melhor vivência do jogo. Por fim, por meio de uma avaliação final, observou-se uma melhora visível nos aspectos atitudinais dos estudantes após as intervenções vivenciadas.

Caso de ensino e PIBID: estratégias para reduzir a competitividade entre os alunos nas aulas de Educação Física do 9º ano

NATÁLIA DA SILVA DE OLIVEIRA; LUAN CARLOS DE [email protected] Universidade Federal de São Carlos, São Carlos - SP

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O Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) vinculado a Universidade Nove de Julho (UNINOVE) contribui para a formação dos alunos do Curso de Licenciatura em Educação Física ao proporcionar contato com a realidade profissional e possibilitar aproximação e orientação de um professor em atuação. A in-tenção do programa deve ir ao encontro dos interesses dos alunos bolsistas, pois poderá contribuir de forma mais significativa para a formação dos futuros professores. O objetivo deste trabalho foi identificar as expectativas dos alunos bolsistas ao participar do PIBID. O programa conta com cinco escolas parceiras e um total de 63 alunos bolsistas. A metodologia pautou-se na análise quanti-qualitativa de um questionário semiestruturado com foco nas expectativas dos bolsistas para o segundo semestre de 2017 a partir da experiência desenvolvida no primeiro semestre do mesmo ano. Foram coletadas 35 respostas das 05 (cinco) escolas do programa. O resultado verificado registrou 13 alunos indicando expectativa de ter a oportunidade em lecionar aulas de Educação Física, 10 alunos afirmaram o interesse de aprender sobre estratégias de ensino, 3 ressaltaram a possibilidade de observação de novos conteúdos, 2 desejam aprender sobre como promover aulas “teóricas”, 2 esperam observar e compreender sobre o comportamento dos alunos, 2 se interessam sobre planejamento, 1 aluno interessado em avaliação, 1 em organiza-ção de eventos e 1 em elaborar e aplicar um projeto. Consideramos a partir da análise do material coletado que os interesses dos alunos bolsistas vão ao encontro dos objetivos do programa, tendo em vista que todas as respostas apresentadas dizem respeito ao papel desempenhado pelo professor, ou seja conhecer, ensinar, planejar e avaliar. Destacamos também a diversidade de interesse no ambiente escolar, o que nos leva a inferir sobre a influência do currículo e metodologia utilizada no processo de formação na universidade.

Expectativas dos bolsistas de Educação Física na participação do PIBID

PALOMA TAVARES FERREIRA ROCHA; RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO; RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO; ALESSANDRO DE [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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Apresento neste trabalho a experiência como monitor na disciplina de Pedagogias da Educação Física desenvolvida com alunos do sexto período do curso de Licenciatura em Educação Física realizada no ano de 2015. A discussão apresentada envolveu a diferença e diversidade em relação ao gênero, sexualidade, classe social e raça/etnia na educação do corpo nas aulas de Educação Física. Cabe ressaltar a importância da constante atualização sobre as temáticas para que educadores e educadoras possam ter a possibilidade de assumir atitudes e posições reflexivas em relação às situações cotidianas nos espaços educacionais que são locais de disputa política e social que envolve relações, muitas vezes, desiguais de poder. A experiência como monitor na disciplina de Pedagogias da Educação Física foi muito importante, pois pude observar/escutar opiniões diversas dos acadêmicos sobre o que pensam sobre as relações de gênero, sexualidade, raça/etnia e classe social. E aprender sobre a prática docente na Universidade, participar de todo o processo de planejamento das aulas, etc. Essa experiência também é essencial, pois me fez repensar sobre o meu papel como professor, como devo me comportar em sala de aula perante os alunos, e o principal, entender que estou lidando com pessoas que buscam um lugar na sociedade. Pedagogia do Oprimido de Paulo Freire, Gênero, sexualidade e educação։ Uma perspectiva pós-estruturalista de Guacira Lopes Louro, A Educação dos corpos, dos gêneros, das sexualidades e o reconhecimento da diversidade de Silvana Goellner, As diretrizes de gênero e diversidade sexual SEED- PR e a discussão da prática pedagógica com textos de Maurice Tardif e Valter Bracht.

Diferença e diversidade: experiência na monitoria na disciplina de pedagogias da Educação Física

RAFAEL FERREIRA DE [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba – PR

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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) é uma iniciativa do Governo Federal que tem como objetivo o aperfeiçoamento da formação inicial de professores para a educação básica. Por meio de reflexões e aulas práticas vivenciadas pelos bolsistas no próprio ambiente escolar, a proposta desse Programa visa ampliar a capacitação do futuro professor relacionando estudos e pesquisas em concomitância com a prática docente. Reconhecendo a im-portância que um Programa dessa natureza pode oferecer, desenvolvemos uma pesquisa para identificar o impacto que o PIBID teve na trajetória profissional de ex-bolsistas dos cursos de Educação Física (EF) das três maiores instituições públicas do estado de São Paulo, atuantes na área escolar. Com a intenção de saber qual o significado do PIBID para sua formação docente, foram estabelecidos contatos via e-mail e redes sociais com cerca de 140 alunos egressos. A partir de determinados critérios de inclusão, como ter sido bolsista e estar atuando como professor em escola de ensino básico, obtivemos o retorno de 30 professores de EF que aceitaram participar como entrevistados. A interpretação dos dados pautou-se numa Análise de Conteúdo, uma vez que esta técnica possibilita explicações de conteúdos manifestados em comunicações. O método de análise contemplou três grandes momentos: a descrição das respostas dadas, a redução dos dados obtidos por meio da elaboração de unidades de registro (UR), posteriormente agrupadas em unidades de contextos (UC), e a interpretação das categorias que foram geradas por essas unidades. A partir das 54 UR elencadas nas respostas dos sujeitos entrevistados, foram obtidas 5 UC, destacando que: - o PIBID auxiliou na escolha da profissão; - o PIBID favoreceu uma visão mais ampla da escola; - o PIBID significou uma preparação para o futuro; - o PIBID ofereceu uma formação qualificada; - o PIBID proporcionou experiências diferentes daquelas vividas no estágio curricular. Essa redução gerou uma categoria de análise que revelou características positivas do PIBID, segundo o olhar de ex-bolsistas da área da EF. Com base nessas revelações trazidas pelas concepções desses sujeitos, podemos interpretar que esse Programa se mostra como um importante instrumento que não só aperfeiçoa a formação inicial de um professor, como também oportuniza o conhecimento da realidade escolar, capacitando-o para sua futura atuação.

O que pensam os ex-alunos bolsistas do PIBID na área da Educação Física

RAFAEL JOSÉ ESPINDOLA; VILMA LENI NISTA-PICCOLO; ALESSANDRA ANDREA MONTEIRO DE OLIVEIRA [email protected] Educação Universidade de Sorocaba, Sorocaba - SP

Apoio financeiro: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES)

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O trabalho tem como objetivo analisar como vem se desenvolvendo os cursos de formação de professores de Educação Física na modalidade de Educação a Distância, comparando a oferta nos anos de 2006 e 2015. Os procedimentos metodo-lógicos adotados foram a consulta de dados disponíveis pela Sinopse Estatística do Censo da Educação Superior dos anos de 2006 e 2015 do INEP/MEC, além de revisão bibliográfica de pesquisas acerca da Educação a Distância e formação docente. A modalidade de Educação a Distância, institucionalizada no Brasil em 1996, pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional foi constituída para ser uma ferramenta complementar ao ensino presencial. Sob a premissa de que esse modelo poderia levar educação a uma parcela maior da população, a EaD foi posta como uma política educacional em larga escala, a fim de solucionar os problemas educacionais do país, tais como acesso ao Ensino Superior e à formação docente. O que se seguiu no decorrer dos anos foi a expansão dessa modalidade, em especial por vias privadas. Os resultados preliminares apontam para uma expansão da modalidade de educação a distância nos cursos de Licenciatura em Educação Física, sobretudo através de matrículas nas instituições privadas. Constatou-se que, embora o número de cursos ofertados não seja tão extenso (em 2006, uma institução; em 2015, 19 instituíções), o número de total de matrículas teve um aumento das apenas 73 no ano de 2006 para 41.416 em 2015, representando 24,7% das matrículas totais para formação de profes-sores de Educação Física em comparação ao ensino presencial. Desse total, 39.759 matrículas pertencem a rede privada, correspondendo a 96% das matrículas por EaD. Diante desses dados e dos achados na literatura, tem-se constatado que há um robusto avanço na oferta da modalidade de educação a distância, na formação do professor de Educação Física. Nesse sentido, é importante problematizar a ênfase da racionalidade técnico-instrumental desse modelo e os seus limites, nesse caso, ainda mais potencializados para uma formação humana que compreenda o professor como sujeito intelectual e organizador do conhecimento científico e cultural, indo além do domínio de processos de ensino.

Análise comparativa da expansão dos cursos de Licenciatura em Educação Física na modalidade de Educação a Distância

RAFAEL TEIXEIRA DA [email protected] Rio de Janeiro - RJ

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O objetivo deste estudo foi analisar as expectativas atuais de uma professora de Educação Física aposentada, a qual se mantém ativa na docência, atuando em uma escola municipal de Educação Básica da cidade de São José (SC). Para a coleta das informações, desta pesquisa descritiva com abordagem qualitativa, utilizou-se uma entrevista semiestruturada, a qual foi analisada por meio da técnica de análise de conteúdo. A professora se aposentou na rede estadual de ensino de Santa Catarina, em 2011, porém, por também ser efetiva na rede municipal, optou por dar continuidade a sua trajetória profissional. As informações obtidas na narrativa da professora revelaram expec-tativas positivas em relação à continuidade da carreira docente. Nesta perspectiva, a professora apresenta como expectativas atuais: ‘atualização profissional’ (Hoje, depois de trinta e dois, quase trinta e três, eu faço as formações, eu tento sempre aprender mais, sempre tento mudar [...]”); ‘contribuição com a formação de novos professores de Educação Física’ (“passar minhas experiências para quem está iniciando [...]”); ‘trabalhar com entusiasmo’ (“continuar passando essas formações para as crianças, coisas boas, pois acho que eles adoram a nossa disciplina. Continuar com amor, com vontade, porque a criança gosta quando vê que o professor gosta do que ele faz. Fazer aquilo que eu gosto de fazer [...]”). Além disso, apesar de não almejar, neste momento, a segunda aposentaria (“[...] até o momento, não consigo pensar, nem me imaginar sem esta carga horária. Ainda tenho doze anos pela frente, se quiser ter uma aposentadoria integral”), quando esta chegar, a professora pretende ‘buscar atividades para ocupar seu tempo livre’ (“[...] fazer algum curso de formação, em inglês ou alguma coisa que eu não fiz). As informações apresentadas revelaram que a professora de Educação Física apresenta expectativas positivas de se manter ativa na profissão e contribuir com a Educação.

Expectativas na carreira docente de uma professora de Educação Física aposentada

RAQUEL KRAPP DO NASCIMENTO; LUANA JAQUELINE DA SILVA; ANA CAROLINA GESSER; VINÍCIUS PLENTZ DE OLIVEIRA; ALEXANDRA [email protected] Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

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O estudo teve como objetivo identificar e compreender como se relacionam os fatores geradores de satisfação com as preocupações de professores de Educação Física. As preocupações foram analisadas sob a ótica da teoria das preocu-pações de professores, que podem ser categorizadas nas dimensões consigo próprio, tarefa e impacto. Participaram do estudo descritivo 61 professores de Educação Física vinculados a Rede Municipal de Ensino de Balneário Camboriú, que responderam a um questionário contendo questões abertas e fechadas, estruturado em três partes, sendo a primeira relacionada aos dados sociodemográficos e a segunda sobre a prática pedagógica e a terceira formada pela Escala de Preocupações de Professores. Os dados foram analisados com o auxílio do software NVivo, mediante a aplicação da técnica de análise de conteúdo. Por meio da análise das satisfações dos docentes em relação à prática pedagógica e ao ser professor de Educação Física, as respostas apresentadas foram agrupadas em três fatores. Estes se apresentaram relacionados: aos alunos; à realização profissional; e às condições de trabalho. A partir dos elementos apresentados pelos professores em suas respostas, é possível identificar características das diferentes dimensões. Ressalta-se que as satisfações com a prática pedagógica revelaram em sua maioria preocupações relacionadas à dimensão impacto, visto que grande parte dos professores deste estudo revelaram-se satisfeitos em proporcionar benefícios a seus pupilos. Conclui-se, através da identificação dos fatores que influenciam na satisfação com a prática pedagógica dos professores, que estes apresentam-se diretamente relacionados às preocupações dos professores.

A satisfação profissional e sua relação com as preocupações de professores de Educação Física de Balneário Camboriú

RENATO DANIEL TRUSZ1; FERNANDA TORRES KOSSMANN TRUSZ2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS3; ANDREIA FERNANDA MOLETTA4

[email protected] 1 Prefeitura Municipal de Balneário Camboriú, Camburiú - SC2 Prefeitura Municipal de Itajaí, Itajaí - SC

3 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC4 Associação Educacional Luterana Bom Jesus/IELUSC, Joinvile - SC

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Esse estudo faz parte de uma pesquisa mais ampla que analisou a implementação das Escolas de Educação Integral (EEI) no município de Campinas-SP. Alguns autores apontam a formação continuada de professores como con-dição de mudança das práticas pedagógicas, desde que orientada à produção de novos conhecimentos e pautada no saber reflexivo, resultado da indissociabilidade teoria/prática. Neste trabalho investigamos como ocorreu a formação dos professores de Educação Física na implementação da EEI e durante o segundo ano letivo das duas unidades escolares que fizeram parte do Projeto Piloto no município. No projeto piloto, duas escolas de ensino fundamental foram transformadas em EEIs, ou seja, tiveram suas jornadas ampliadas e passaram a atender os alunos em tempo integral. Como metodologia realizamos pesquisa bibliográfica (livros e artigos), documental (resoluções da Prefeitura Municipal) e exploratória, por meio de entrevistas semi-estruturadas com 11 professo-res de Educação Física das duas EEIs mencionadas. Os dados foram analisados e os resultados mostraram que, para aqueles professores que participaram do processo de implementação das EEIs, não houve uma capacitação específica. Porém, os professores que atuam nessas escolas citaram que a jornada de trabalho integral vigente de 24 horas de dedicação ao trabalho diretamente com alunos e de 16 horas de dedicação na organização do trabalho pedagógico (24/40h), estabelece o Tempo Docente de Formação (TDF) com duração de 04 horas semanais e, nele, realizam uma formação continuada. Foram citadas capacitações internas com um professor da Faculdade de Educação de uma Universidade Estadual do interior paulista, além de cursos oferecidos pela própria Prefeitura e, ainda, as formações com professores da própria escola. Todos os professores valorizaram essas capacitações e apontaram a formação continuada como necessária e importante para a atualização e a consequente melhoria da atuação docente, apesar de sinalizarem o problema da descontinuidade dos processos.

A formação continuada de professores de Educação Física em Escolas de Educação Integral de Campinas - SP

RICARDO M.O. ZAMBELLI1; DÉBORA A. M. SILVA2; GUSTAVO SANTANA1; GABRIEL SPOLAOR1; ELAINE PRODÓCIMO1; OLÍVIA C.F. RIBEIRO1

[email protected] 1 Unicamp, Campinas - SP2 SME Jundiaí, Campinas - SP

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Pretende-se relatar o desdobramento de um processo educativo que teve como objetivo problematizar a importância da ludicidade para as diferentes modalidades de ensino – da Educação Infantil a Educação de Jovens e Adultos - EJA, realizado no contexto da formação de professores de Educação Física com acadêmicos do terceiro semestre do Centro de Ensino Superior do Amapá - CEAP. A disciplina iniciou com a parte conceitual em que foi apresentado aos acadêmicos o conceito de criança, infância, juventude, via adulta e velhice. Assim como o conceito ludicidade, jogo, brinquedo e brincadeira. Sendo que no que concerne o jogo é apresentado ao aluno as diferentes categorias de jogos, a ideia primeira foi fazer com que o aluno em formação compreendesse a representação simbólica que o jogo exerce na formação do ser humano nas distintas etapas da vida e sua importância nos aspectos psicológicos, físicos, motor e psicomotor. O segundo momento é o procedimental, momento em que os acadêmicos munidos do conceitual vão vivenciar as diferentes categorias de jogos, assim como criar e recriar os jogos. A partir do momento que eles interna-lizaram a importância do jogo para o desenvolvimento humano foram levados a criarem os próprios jogos e darem origem a um livreto com jogos criados e recriados a partir das experiências vividas. Tal experiência foi essencial para que o aluno em formação compreendesse a diferença entre jogo e brincadeira e as significassem positivamente para que possam utilizá-las no campo de atuação. Conclui-se que, tanto o jogo como a brincadeira quando devidamente problematizados no processo de formação, constitui-se com mais uma possibilidade para desenvolvimento de um currículo cultural da Educação Física para que a tão “justiça curricular” almejada por muito seja alcançada e a anco-ragem social dos conteúdos seja uma realidade no interior da área da Educação Física.

Da teoria ao ensino do jogo: estratégias de ensino para capacitação de acadêmicos de Educação Física para dinamização de jogos na escola

SAMANDA NOBRE DO CARMO [email protected] Centro de Ensino Superior do Amapá, Macapá - AP

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No decorrer da graduação de licenciatura de educação física a expectativa de um futuro promissor gera muitas incertezas. A universidade é campo propício para uma constante reflexão, neste período o aluno inicia seu desenvol-vimento profissional, até que o dia da formatura chega, e agora? Observamos que os professores recém-formados encontram dificuldades em conseguir o primeiro emprego na área escolar optando por outras áreas da educação física, esta situação nos levou a diversos questionamentos: Quais são os fatores que dificultam o ingresso no mer-cado de trabalho? Somente a graduação é suficiente? Com o objetivo de entender estes fenômenos realizamos um questionário online com amostra de 208 professores, sendo 71,2% com formação até 4 anos; de 25 instituições diferentes predominantemente do estado de São Paulo. Utilizamos a metodologia qualitativa de cunho dedutivo. Os resultados da pesquisa mostram que 41,3 % concluíram o bacharel; 24,5% não pretendem fazer bacharel; 66,3% preferem atuar na licenciatura, porém 63% dos professores nunca atuaram em escola; 51,9% consideram sua formação inicial suficiente para iniciar o mercado de trabalho e 61,5% não possuem pós-graduação. A maior reclamação dos professores em sua formação foi falta da aplicação teoria x prática para se prepararem melhor para a concorrência no mercado de trabalho. Em relação às dificuldades da prática docente para o primeiro emprego foram mais respondidos: falta de oportunidade, pouca experiência e vagas, concursos públicos concorridos e ingresso na escola particular só por indicação. Os resultados sugerem a necessidade de uma reflexão do docente frente à realidade do mercado de trabalho e maior interesse na formação continuada. A necessidade da criação de projetos de incentivo, parcerias com escolas e programas governamentais de apoio ao docente. Cada vez mais cresce a necessidade de profissionais de Educação Física mais completos, aonde os bacharéis precisam ser mais acadêmicos e licenciados mais bacharéis.

Me formei e agora? A relação do professor de Educação Eísica Escolar com o mercado de trabalho

SILVANA DA SILVA OLIVEIRA; JOSENEIDE AUGUSTA AZEVEDO; SHEILA PEREIRA DA SILVA; THERENCE FEITOSA [email protected] Faculdade Carlos Drummond de Andrade GEPLEC, Sao Paulo - SP

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Este trabalho é um recorte de pesquisa finalizada realizada com professores de Educação Física, que ministravam aulas para crianças de 4 e 5 anos de idade, nas escolas municipais da cidade de Praia Grande (SP), sobre os dilemas, dificuldades e possibilidades encontradas no trabalho docente na Educação Infantil. A pesquisa, de cunho qualitativo, contou com a participação de 23, dos 44 professores, que atuavam no segmento no ano de 2013. A coleta de dados foi realizada por meio de questionário e duas entrevistas de aprofundamento. Os dados foram triangulados por meio da análise de conteúdos e trabalhos hermenêuticos de interpretação e indicaram que, para a grande maioria dos professores participantes da pesquisa (70%), a formação inicial não lhes forneceu subsídios suficientes para o início de suas carreiras. Assim, a formação em serviço foi apresentada pelos professores como um fator importante para seu desenvolvimento profissional. Um dos momentos encontrados pelo município para possibilitar a troca de conhecimentos e a formação foi a Hora de Trabalho Pedagógico Coletivo (HTPC), específica para os professores de Educação Física da rede municipal. São realizados aproximadamente cinco HTPCs específicos durante o ano no período noturno, com participação facultativa dos professores. Os temas são escolhidos pelos próprios docentes ou definidos pela equipe técnica da Secretaria de Educação e vão desde atividades práticas realizadas nas aulas até questões teóricas como desenvolvimento infantil e inclusão de alunos com deficiência. Podem ser ministrados por convidados, pelos ATPs (Assistentes Técnicos Pedagógicos) de Educação Física ou pelos próprios professores de Educação Física da rede. Esses momentos são percebidos pelos professores como de grande auxílio em sua for-mação, por permitirem trocas de experiências e conhecimentos e vistos pela equipe técnica como um investimento educativo e fonte de auxílio ao professor.

HTPC: uma possibilidade de formação em serviço do professor de Educação Física

SILVIA CINELLI [email protected] Prefeitura de Praia Grande, São Paulo - SP

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O presente trabalho se vincula a uma pesquisa de mestrado em Educação pela Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP) que está em andamento. O objetivo deste estudo é analisar a percepção de professores de educação física de escolas municipais da cidade de São Paulo a respeito dos efeitos gerados pela Jornada Especial Integral de Formação (JEIF). Essa política pública de formação continuada da rede de ensino municipal promove encontros sistemáticos na própria escola nos quais participam docentes de todas as áreas do currículo escolar em conjunto com o coordenador pedagógico durante oito horas semanais. O percurso metodológico da investigação será composto pela abordagem qualitativa e dará voz a professores de educação física frequentadores da JEIF e seus respectivos coordenadores pedagógicos. Esse grupo de docentes será composto por dois professores de educação física pertencentes a uma mesma escola e outros dois de outra, sendo em ambos os casos um atuante no ensino Fundamental I e o outro no Ensino Fundamental II. Os instrumentos da pesquisa serão: entrevistas (semi-estru-turadas), análise bibliográfica e análise documental. Espera-se com os resultados deste estudo evidenciar o quê pensam esses professores em relação ao desenvolvimento profissional docente nas escolas e assim contribuir com a produção científica e proporcionar uma ampliação da discussão a cerca da formação continuada na escola pública.

A percepção de docentes de Educação Física a respeito dos efeitos geradas a partir da participação na Jornada Especial Integral de Formação (jeif) em escolas do Município de São Paulo

TATIANA DO NASCIMENTO [email protected] Universidade Federal de São Paulo, Guarulhos - SP

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O trabalho de Conclusão de Curso (TCC) é um importante instrumento para a formação profissional, pois no processo de construção do TCC, se adquire competências em pesquisa, amplia-se o repertório teórico científico e a capacidade de organização de estudos. Este estudo consistiu em analisar os temas de TCC apresentados numa sessão científica do Curso de Educação Física, ocorrida no primeiro semestre de 2017. A questão central deste estudo foi analisar o que influencia a escolha dos temas de TCC. A metodologia pautou-se na revisão documental quanti-qualitativa pautada nos pressupostos metodológicos, de Severino (2007). Inicialmente foi registrado 82 temas de TCC e a partir desse levantamento, os temas foram divididos em categorias. Os resultados apresentados foram analisados a partir da relação: tema – quantidade: Esportes Coletivos e Individuais (23); Educação Física Adaptada e Inclusão (15); Ginástica e Dança (10); Saúde (9); Formação e Aspectos Pedagógicos (8); Atividades de Aventura (7); Recreação e Lazer (6); Relações de Gêneros (2); Xadrez (1) e Jogos Eletrônicos (1). Percebemos que o esporte é a área de maior interesse dos alunos. As questões relacionadas à inclusão e portadores de deficiência sofrem influência do apelo social e da realidade nos estágios, pois os alunos não tinham cursado disciplinas específicas sobre o assunto. As relações de gêneros ainda não ocupam espaços nestas pesquisas em Educação Física, na mesma proporção dos movimentos da sociedade. O Xadrez e Jogos Eletrônicos, provavelmente estão subsumidos nos currículos de formação. Consideramos que alguns temas têm relação direta com o currículo da instituição e com a prática do estágio. A área da Educação Física é muito ampla e possibilita inúmeros temas para pesquisa, assim, verificamos que o TCC contribui de forma considerável na formação do profissional.

O Trabalho de Conclusão de Curso: espelho da formação em nível superior

TATIANA PEREIRA DE FREITAS; RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO; PALOMA TAVARES FERREIRA [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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O “Crescer Saudável” trata-se de um projeto de extensão universitária realizado numa unidade escolar localizada na região central de Caraguatatuba-SP, que tem como objetivo estimular atividades físicas em crianças obesas, sedentárias e pouco ativas fisicamente. As atividades ocorrem no contra turno escolar. O projeto constitui-se de uma possibilidade dos universitários do Centro Universitário Módulo realizarem o planejamento, a execução e a avaliação das intervenções, desta forma, acredita-se contribuir na formação de futuros profissionais. Objetivo: Relatar como uma proposta pedagógica pode contribuir na formação de professores de educação física. Estratégias de ensino: A proposta relatada constitui-se de uma atividade pedagógica planejada para comemorar o dia das crian-ças, na ocasião tínhamos a intenção de proporcionar uma atividade diferente para as crianças que participavam do “Crescer Saudável”. Ficou acordado que a atividade envolveria o brincar, a construção de brinquedos, reflexões sobre o brincar e suas possibilidades. Sendo executada na primeira semana de outubro de 2016 com a participação dos alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental da referida unidade escolar. Aos universitários foi incumbido planejar, executar e avaliar a atividade pedagógica e decidido que a matéria prima seria garrafas PET, fios de náilon, barbante, crepom, cola entre outros para a confecção dos brinquedos vai e vem, bilboquê e fita. Após a confecção, foi proporcionado aos alunos o movimento e a expressão corporal, a partir dos seus próprios brinquedos, sem que eles percebessem estarem praticando uma atividade física. Considerações finais: Planejar, executar e avaliar consti-tui-se de saberes que envolve a ação pedagógica do professor. Assim, esta experiência demonstrou que participar de todo o processo que envolve uma atividade pedagógica pode contribuir de forma significa para a formação docente, incitando profundas reflexões acerca das possibilidades do brincar na educação física escolar.

Atividade pedagógica e a formação docente em Educação Física Escolar

TEÓFILO ANTONIO MÁXIMO [email protected] Centro Universitário Módulo, Caraguatatuba - SP

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A sistematização das práticas educativas e dos conteúdos em Educação Física tem sido objeto de interesse entre os pesquisadores da área nas últimas décadas. Aspectos que tem possibilitado diferentes discussões principalmente quanto às finalidades desse componente curricular no projeto de escolarização brasileiro. Agora, com a iminente implantação da Base Nacional Curricular Comum, essa discussão ganha novos elementos e estruturas, uma vez que esse documento traz consigo encaminhamentos curriculares de seleção e oferta das práticas corporais em âmbito escolar. Neste sentido, faz-se importante revisitar e indagar quais as redundâncias, modismos, fragilidades, lacunas e consolidações dessa produção no campo científico. Objetiva-se com isso, mapear, analisar e ampliar as discussões que envolvem a sistematização dos conteúdos e práticas educativas em educação física, neste contexto de transição e impermanência no projeto de escolarização brasileiro. Para tanto, este estudo divide-se em dois momentos, no primeiro realizou-se uma pesquisa do tipo estado do conhecimento, cujas fontes foram 15 revistas ranqueadas entre B2 e A2, no web qualis 2013-2016, nas quais assenta-se a produção acadêmicas das subáreas pedagógica e sociocultural do movimento humano. Com isso, o corpus desta pesquisa está constituído por 198 artigos. Para análise da materialidade textual os resultados foram organizados em quatro eixos temáticos, assim distribuídos: 108 artigos referentes às práticas corporais. 35 artigos sobre documentos curriculares de natureza federal, esta-dual, municipal e particular. 32 artigos sobre a sistematização propriamente dita. E 23 artigos que discutiam sobre práticas avaliativas. A partir desse mapeamento organizar-se-á a segunda etapa da pesquisa, na qual direciona-se a investigar como o site www.youtube.com tem sido utilizado por professores de Educação Física no processo de sistematização de suas práticas educativas e compartilhamentos dos conteúdos em suas aulas.

A sistematização dos conteúdos e das práticas educativas em Educação Física Escolar: do mapeamento da produção científica à utilização do www.youtube.com como ferramenta de suporte e apoio pedagógico

THAMIRES GONÇALVES DE FREITAS; NATÁLIA AGUIAR CANUTO; LETÍCIA GIORI RIBEIRO; MURILO NAZÁ[email protected] Universidade Vila Velha, Vila Velha - ES

Auxilio financeiro: Bolsa de Iniciação Científica Institucional - UVV

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O presente trabalho tem por objetivo entender como os egressos do Centro de Educação Física e Desportos da Universidade Federal de Santa Maria (CEFD-UFSM) relacionam a socialização profissional/docente com o currí-culo de sua graduação. Para tanto, foi realizada uma análise do Projeto Pedagógico do Curso (PPC) de Licenciatura em Educação Física. A metodologia consistiu de uma pesquisa documental e análise de conteúdo do atual PPC vigente desde 2005. De acordo com a análise, existe uma concentração de conteúdos teóricos nos semestres ini-ciais do curso (67,5%) e um aumento de horas práticas (60%) nos semestres finais. O aumento da carga horaria prática previsto nas novas Diretrizes Curriculares Nacionais para Licenciaturas altera a composição curricular. No entanto, o currículo analisado preserva uma linearidade da teoria em direção à prática desvalorizando possíveis espaços de socialização profissional no sentido de que os futuros professores possam, já na escola, caminhar no sentido de “tornar-se professor”.

A relação do currículo com o processo de socialização docente de egressos do CEFD-UFSM

UBIRATAN DA ROSA VANINI; BETÂNIA ROCHA MARTINS; ADRIANA FLÁVIA [email protected] Santa Maria - RS

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A presente experiência de prática pedagógica teve por objetivo oferecer aos alunos do curso de Licenciatura em Educação Física da Escola de Educação Física e Esporte da USP (EEFEUSP) uma formação pedagógica inicial em Capoeira objetivando fornecer subsídios pedagógicos para utilização da Capoeira como conteúdo das aulas de Educação Física Infantil. A intervenção desenvolveu-se em dois momentos. No primeiro, foi realizada uma oficina pedagógica de Capoeira com os alunos da EEFEUSP, ministrada pelo professor especialista de capoeira, educador do Centro de Práticas Esportivas da USP. No segundo, os alunos da licenciatura prepararam e ministram duas aulas de Capoeira para os alunos da Escola Municipal de Educação Infantil (EMEI Antônio Bento). Como conteúdo foram trabalhados movimentos básicos da capoeira, adequados para crianças da educação infantil, tais como Ginga, Benção, Meia Lua de Frente, Cocorinha, Caranguejo, Reloginho, Bananeira e Aú; além da musica-lidade da capoeira por meio de suas músicas e instrumentos, elementos históricos da Capoeira através dos seus personagens e o Maculelê. Foram utilizados jogos, brincadeiras e rodas cantadas como estratégias de ensino, com ênfase no caráter lúdico e como forma de facilitar a vivência dos conteúdos da Capoeira pelas crianças. Foram utilizados como materiais pedagógicos os instrumentos da Capoeira (berimbau, pandeiro, atabaque, reco-reco e agogô), bexigas coloridas, garrafas pet e cadeiras plásticas. Como avaliação, foram realizadas rodas de conversa ao final da oficina pedagógica na EFEUSP e na EMEI Antônio Bento, após as atividades com as crianças. Como avaliação, considerando-se a observação das aulas planejadas e ministradas aos alunos da Educação Infantil e os relatos obtidos nas rodas de conversa com os alunos da EMEI e da EEFEUSP, concluímos ser possível ensinar a Capoeira como um conteúdo das aulas de educação física na educação infantil.

A Capoeira como conteúdo possível da Educação Física Escolar na Educação Infantil

VINICIUS HEINE; OSVALDO LUIZ [email protected] Centro de Práticas Esportivas - Universidade de São Paulo, São Paulo - SP

Escola de Educação Física e Esporte - Universidade de São Paulo, São Paulo - SP

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O Curso de Atualização de Professores de Educação Física Escolar (CAPEFE) se caracteriza como uma ação de extensão que ocorre anualmente no Centro de Ciências da Saúde e do Esporte da Universidade do Estado de Santa Catarina.Tal iniciativa possui como objetivo proporcionar momentos de capacitação pedagógica aos acadêmicos e aos professores de Educação Física da Educação Básica e ocorre sempre em dois dias (quatro períodos), no se-gundo semestre letivo. Sua primeira edição ocorreu em 2014, por meio de palestras e oficinas em torno da temática “Educação Física Escolar: novas ferramentas pedagógicas” e contou com 78 participantes. Em 2015, manteve sua estrutura, promovendo palestras e oficinas sobre “Novos significados para a Educação Física Escolar: brincando com jogos e artes” e contando com a participação de 88 pessoas.Sua terceira edição (2016) também contemplou palestras e oficinas sobre “Novos significados ao ensino dos esportes na escola”. No entanto, atendendo à solicita-ção dos participantes das primeiras edições, foram inseridas mesas redondas com relatos de experiência realizados pelos professores de escolas de Educação Básica, os quais debateram suas experiências com 116 participantes.

Projeto de extensão: Curso de Atualização de Professores de Educação Física Escolar (CAPEFE)

VINÍCIUS PLENTZ DE OLIVEIRA; LARISSA FERNANDA PORTO MACIEL; RAQUEL KRAPP DO NASCIMENTO; FRANCIANE MARIA ARALDI; ALEXANDRA [email protected] Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

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Este relato tem por objetivo mostrar as experiências formativas que estamos desenvolvendo no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência na Universidade Federal do Espírito Santo (PIBID-UFES). Estas experiencias vêm nos agregando conhecimentos ímpares a nossa formação docente, como os potentes processos reflexivos por meio das ações desenvolvidas cotidianamente na UFES e no Centro de Educação Municipal de Educação Infantil (CMEI) parceiro do projeto. As nossas intervenções são planejadas juntamente com o profes-sor de Educação Física do CMEI, a fim de facilitar o trabalho das necessidades vigentes no centro, destacando os pontos relevantes para o ensino. A cada ciclo, elegemos temas diferentes, que tem sua gênese nas intervenções. As temáticas hodiernas que vem sendo desenvolvidas são os temas transversais (Ética, Saúde, Meio Ambiente, Sexualidades, Trabalho e Consumo e Pluralidade Cultural). Entendemos como relevante o trabalho a cerca de tais temas, permitindo a aproximação dos sujeitos com os assuntos supracitados. Ao adentrar no contexto da Educação Infantil, percebemos inúmeras contingências desconhecidas às quais nos trouxeram vários desafios. Mesmo con-tando com uma boa infraestrutura, notamos recursos insuficientes para o desenvolvimento das práticas docentes na Educação Física. A maioria dos materiais disponíveis são provenientes de recursos pessoais do professor, o que acaba se tornando um empecilho para a realização/potencialização de certas atividades propostas. Apesar destes fatores, os planejamentos das aulas e as intervenções vêm articulando os conteúdos da área e os temas transversais de forma clara, tendo em vista o feedback apresentado pelas crianças. Por fim, ressaltamos a importância dos sa-beres e conhecimentos produzidos nas reuniões com os professores da escola, da academia e os demais discentes do PIBID, estabelecendo o processo dialético entre escola e universidade, respondendo nossas inquietações e potencializando as inúmeras aprendizagens tecidas no cotidiano escolar e em suas acontecências.

O PIBID como lugar de formação de professores: primeiros contatos com a Educação Infantil

WELDER ROSSINI DOS SANTOS BUZATO1; ÂNDREA TRAGINO PLOTEGHER2; WHITLER BINS SALLES DA SILVA2; LUCAS BORGES SOEIRO3

[email protected] 1 Universidade Federal do Espirito Santo, Vila Velha - ES2 Universidade Federal do Espirito Santo, Vitoria - ES

3 Universidade Federal do Espirito Santo, Serra - ES

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Esta pesquisa está vinculada ao projeto de pesquisa denominado “Educação Cinema: a formação cultural na constituição de identidade docente - perspectivas autobiográficas” que se configura como umas das ações do FRATRIO-GIEPEEFE (Grupo Inter-Institucional de Estudos e Pesquisas em Educação, Educação Física e Esporte). O objetivo dessa pesquisa é compreender os meus processos formativos e a relação que se estabelece entre a formação pessoal e a profissional, além de entender a importância que recursos como o cinema exercem como instrumento pedagógico para formação inicial e cultural. O caminho metodológico da pesquisa deu-se a partir de uma vertente autobiográfica, valendo-me da abordagem crítico-reflexiva das sessões e a construção das narrativas autobiográficas que, dependendo como for relatada, universaliza as experiências vividas (DENZIN,1984). Em suma este trabalho relata o movimento de um processo de formação humana e profissional, tendo em vista as dimensões da disposição dos conhecimentos e atitudes para a docência, partindo de experiências que me pro-porcionam reflexões que contribuem para minha futura prática professoral.

Formação inicial e cultural: o processo formativo e suas relações na constituição da identidade docente

WHITLER BINS SALLES DA SILVA; FRANCISCO EDUARDO CAPARROZ; ÂNDREA TRAGINO PLOTEGHER; LUCAS BORGES [email protected] Universidade Federal do Espírito Santo, Vitória - ES

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O debate sobre inclusão na educação básica tem aumentado, principalmente porque, na realidade, o que ocorre nas escolas é a integração desses alunos nas turmas ou até mesmo, a segregação, mas não a inclusão. Pensando nisso, nos questionamos sobre qual a importância da Língua Brasileira de Sinais (LIBRAS) para alunos ouvintes tendo em vista a inclusão de surdos. Então, o objetivo deste trabalho é evidenciar a relevância da Língua Brasileira de Sinais na educação básica para a inclusão de pessoas surdas. A experiência aqui a ser destacada são atividades didáticas desenvolvidas em turmas de 2° anos do ensino fundamental envolvendo a temática da inclusão a partir da LIBRAS em aulas de Educação Física. Assim sendo, foram ensinados aos alunos das turmas ao longo das aulas alguns sinais da LIBRAS, os quais precisariam ser lembrados e identificados para que conseguissem realizar as atividades didáticas propostas durante as aulas de Educação Física. Utilizou-se desta estratégia na intenção de provocar e estimular as crianças tanto à discussão sobre a inclusão de surdos, como também para desenvolver habilidades motoras e cogni-tivas. Percebeu-se que os alunos dos anos iniciais possuem muita facilidade para aprender os sinais, uma vez que os sinais e seus significados foram lembrados naturalmente aula após aula. Além disso, a problematização em torno da existência de surdos, de como acontece essa comunicação tanto entre surdos quanto entre ouvintes e surdos, quais as dificuldades que se teriam com a inclusão de surdos nessa turma de ouvintes que não conhece a LIBRAS e sobre a importância desta neste contexto, nos remetem à possibilidade/necessidade de ensino da LIBRAS nos anos iniciais do ensino fundamental. Para mais, percebemos também um aumento no interesse dos alunos para participação das aulas e, com isso, uma aprendizagem mais significativa nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal.

Reflexão sobre a inclusão de surdos através de atividades didáticas envolvendo a língua brasileira de sinais em aulas de Educação Física Escolar

ADRIANA FLÁVIA [email protected] Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS

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A Educação Física desde a década de 1980 criticou o esporte de rendimento e a pouca diversidade da cultura corporal nas atividades propostas pelos professores na escola. O quarteto fantástico (futebol, vôlei, basquete e handebol) tornou-se a base dos conteúdos e desprezou outras formas de conhecimento. Porém, na atualidade, as práticas de aventura come-çam a alterar esse quadro, pois sugerem que o professor proponha novas formas do educando apropriar-se da cultura de movimento, com mais diversidade e menos engessamento aos modelos tradicionais das práticas pedagógicas. Este trabalho tem como objetivo apresentar uma aula com um novo quarteto fantástico (skate, parkour, patins e slackline) que foi desenvolvida por estudantes de graduação durante o estágio curricular, para atender ao desejo dos alunos do ensino fundamental I em conhecer as atividades e para entender como o professor de Educação Física pode propor novas experiências de movimento na escola. O relato de experiência foi descrito em diário de campo e gravado em vídeo, para apresentação na disciplina de Esportes de Aventura do curso de Educação Física da UNINOVE – SP. A aula foi elaborada por quatro graduandos em uma quadra da escola, que foi dividida em quatro partes iguais e cada um deles ficou responsável por uma modalidade, sempre sob supervisão do professor da escola. Os materiais utilizados na aula foram: 1 fita de slackline, 4 skates, 4 patins (fornecidos pelos próprios graduandos), além de colchões, plintos, bambolês, cones, bastões e bancos (fornecidos pela escola) com adaptações às necessidades do contexto escolar. Os alunos passaram pelas quatro atividades, permanecendo por 20 minutos em cada uma. O circuito de atividades permitiu que as crianças desenvolvessem atividades de equilíbrio, força, coordenação e resistência. Todos puderam conhecer uma atividade nova e desafiar-se numa cultura de movimento diferente. A interação dos alunos com este quarteto fantástico permitiu observar que os alunos se interessaram pela aula e querem que seja realizada novamente. Houve participação de todos e eles se sentiram seguros durante as práticas. As técnicas aprendidas na graduação e os procedimentos de segurança aplicados na aula forneceram condições para que os futuros professores pudessem desenvolver a aventura na escola, sendo uma atividade que merece ser reproduzida em outras situações para levar a Educação Física escolar além do quarteto fantástico.

Aventura: novo quarteto fantástico da Educação Física Escolar

ALEXANDRE ROCHA AUGUSTO; DIMITRI WUO PEREIRA; THIAGO ANTONIO LEMES DINIZ; MELISSA GONZAGA MORENO; LAURECI CASTRO [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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O presente trabalho busca demonstrar relatos de experiências pedagógicas vividas na escola Sociedade Educacional Laranjal Paulista, também conhecida popularmente como Colégio Laranjal, situada na cidade de Laranjal Paulista, interior de São Paulo, no ciclo de Ensino Fundamental I. Este trabalho foi desenvolvido durante a época de es-tágio da aluna, no período de fevereiro a dezembro de 2016. Cabe destacar que esse estágio aconteceu para além das observações das aulas de educação física, permitindo à estagiaria o desenvolvimento de atividades recreativas durante os intervalos de aula da escola, com o tempo de trinta minutos. Sendo assim, para planejar as atividades que ocorreram no intervalo, à estagiária explorou aspectos psicomotores, afetivos e sociais, proporcionando assim uma educação pelo movimento. Os conteúdos de ensino foram desenvolvidos com base na ludicidade, visto que o conteúdo jogo e esporte desempenharam um papel mais abrangente, no entanto foram abordados brevemente outros conteúdos, tais como luta, ginástica e dança. Atentando – se ao corpo e ao movimento, uma das preocupações era a diversidade de conteúdos, proporcionando como estratégia de ensino, no qual, as vivencias da cultura corporal de movimento fossem devidamente exploradas. Os recursos utilizados eram geralmente de uso material, contudo recursos humanos (como inspetores) também eram usados para auxílio em determinadas atividades desenvolvidas. Com relação aos processos de avaliação eram levados em conta objetivos determinados e aspectos diagnosticados inicialmente, nesse caso a avaliação era mensurada de acordo com o desenvolvimento desses. Tendo em vista os conhecimentos adquiridos nas disciplinas de Práticas de Ensino da Educação Física, Didática e Psicomotricidade, a aluna sentiu segurança em planejar e organizar as atividades recreativas dos intervalos, pôde prever algumas si-tuações durante o estágio e teve um retorno satisfatório com a participação dos alunos.

Relato de experiência pedagógica

ALINE BRONDANI PEDRETTI, LÍVIA DE PAULA MACHADO [email protected] Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio, Itú - SP

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Este trabalho tem por objetivo relatar uma experiência do badminton como possibilidade de conteúdo nas aulas de Educação Física no contexto do ensino fundamental I, especialmente em uma turma de 5º ano de uma institui-ção municipal pertencente à Prefeitura de Regente Feijó/SP. No ano de 2014, ao ingressar nessa instituição como docente deparei-me com depoimentos de alunos que sintetizavam as aulas de Educação Física como momentos de “rola bola” ou “aula livre”. Concepções como estas, de senso comum, com frequência são encontradas em diversas realidades e configuram a Educação Física como uma disciplina banalizada. Dessa forma, com o intuito de desmitificar essas concepções, especialmente na realidade em que estava inserida, busquei proporcionar aos meus alunos novas vivências, para além do “rola bola” e “aula livre”. Inicialmente, os alunos não demonstraram interesse com os diferentes conteúdos propostos, como a iniciação ao handebol e ao voleibol por meio de atividades lúdicas. Logo, decidi verificar por meio de uma atividade de caça-palavras que trazia outras modalidades (futsal, peteca, badminton, basquetebol, pingue-pongue) que poderiam despertar interesse e motivação dos alunos. Foi então que percebi que eles ficaram fascinados com o badminton, mas não conheciam quase nada sobre ele. Assim, inicialmente apresentei e expliquei por meio de figuras e vídeos o que era o badminton, seus materiais e suas regras. Posteriormente, como a escola não tinha os materiais do badminton (raquete, peteca e rede) tivemos que adaptá-los. Fizemos as petecas com garrafas pets, utilizamos raquetes de tênis e uma rede de voleibol. De modo geral, esta experiência despertou nos alunos a criatividade, a construção e o desenvolvimento de novos conhecimentos, a socialização e maior interação dos alunos. Além disso, contribuiu para uma nova concepção de Educação Física, renovadora e estimuladora, distanciada do comumente “rola bola” e “aula livre”.

Badminton na Educação Física Escolar: um relato de experiência no Ensino Fundamental I

AMANDA PIRES [email protected] Universidade de Sorocaba, Sorocaba - SP

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O projeto de extensão em ginástica (GYMNUSP) da Escola de Educação Física e Esporte da USP possui ação no contra turno escolar do ensino fundamental I e II da Escola de Aplicação. As aulas são pautadas nos fundamentos das ginásticas, conforme orientação do programa da Federação Internacional de Ginástica para ensino desta moda-lidade e, normalmente ao final de cada semestre são apresentadas coreografias gímnicas pautadas na ginástica para todos (GPT). Diferentemente dos outros semestres, este trabalho apresenta a experiência das aulas de ginástica e festival que ocorreram no primeiro semestre de 2017 com alunos do Ensino Fundamental I, cujo formato foi de competição esportiva. Para tanto, os alunos precisaram treinar e apresentar uma série de elementos nos aparelhos de ginástica artística (solo, trave, salto no mini-trampolim, salto sobre o plinto, paralelas assimétricas, paralelas si-métricas e trave), e foram avaliados por uma banca de árbitros. Essa foi a primeira experiência competitiva gímnica do grupo. Como aportes metodológicos foram utilizados o diário de campo, analise documental dos planos de aula e grupo focal. Como resultados destacamos que os alunos antes do festival comentaram que: a) estavam com medo de cair dos aparelhos ou de errar/esquecer algum elemento da série, b) estavam preocupados se a competição seria justa; c) sentiam falta do componente lúdico nas aulas, pois a repetitividade advinda do treinamento da série desmotivava a prática; d) animaram-se em praticar exercícios nos aparelhos ginásticos de grande porte; e) estavam satisfeitos em poder mostrar aos pais as habilidades conquistadas na ginástica. Na primeira aula do 2º semestre de 2017 os alunos destacaram que a. gostaram de participar da competição e vivenciariam novamente b. Aprenderam mais elementos do que nos semestres anteriores. Agora as aulas retomarão o suporte de ginástica para todos e finalização com apresentação coreográfica.

Ginástica no contraturno escolar: experiência do GYMNUSP

ANA CLARA DE QUEIROZ BLANCO1, MICHELE VIVIENE CARBINATO1, ANA LUCIA BEZERRA NUNES CRUZ2, CARLA LUGETTI1

[email protected] 1 Escola de Educação Física e Esporte - USP, São Paulo - SP2 Escola Aplicação - USP, São Paulo - SP

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A prática corporal Lutas pode e deve ser tratada didático-pedagogicamente no âmbito escolar. Os bolsistas do Programa Institucional de Iniciação à Docência (PIBID) do Subprojeto em Educação Física da Universidade Regional de Blumenau, desenvolveram uma sequência didática sobre esta temática com o 4°ano do Ensino Fundamental, na Escola Básica Municipal Zulma Souza da Silva, situada no município de Blumenau/SC. As aulas foram desen-volvidas a partir da Concepção de Aulas Abertas. Nesta concepção as aulas de Educação Física se configuram como um sistema de ação aberto, onde professores e alunos constroem um planejamento co-decidido, sobre os objetivos, conteúdos e métodos de aula. Desta forma, inicialmente foi problematizada a escolha dos temas para serem trabalhados e os alunos escolheram Jiu Jitsu, Judô, Kung Fu e Sumô. Traçaram como objetivo conhecer a história, principais características, técnicas/movimentações básicas, habilidades, locais de treino e instrumentos usados. Foram utilizadas estratégias como: caça ao tesouro com pistas, vídeos, pesquisas, cartazes, brincadeiras e construções de circuitos. Ao final de cada aula foram realizadas rodas de conversa para um feedback das aprendiza-gens dos alunos. Outros instrumentos de avaliação foram utilizados, como a autoavaliação, atividades descritivas e apresentações. Na finalização do tema foi possibilitada a experiência de conhecer um profissional de cada luta, pois assim os alunos tiveram a oportunidade de fazer perguntas, esclarecer dúvidas, conhecer demonstrações de outras situações de lutas e movimentos. Essa experiência foi significativa para os alunos, pois o tema escolhido partiu do interesse deles e durante o processo de ensino-aprendizagem foram co-autores de todas as ações. Superou-se a dimensão apenas do “saber fazer, pois construiu-se conhecimentos e se desenvolveu atitudes através da adaptação da prática corporal lutas ao espaço escolar.

Lutas como conteúdo na Educação Física Escolar: uma experiência nas aulas do PIBID/ FURB

ANA PAULA NONATO DE SOUZA; PATRÍCIA NETO FONTES; MARCOS AURÉLIO BAHR; ROSELI KOEPP; JENNIFER RICARDO PEREIRA; JULIANA BABEL; JOEL FRANCISCO [email protected] Universidade Regional de Blumenau, Blumenau - SC

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A presente pesquisa tem como objetivos ministrar atividades envolvendo as danças circulares nas aulas de Educação Física para o Ensino Fundamental I e verificar a opinião dos alunos sobre esse conteúdo antes e após a intervenção. Participaram da pesquisa 25 alunos pertencentes ao 5º ano do Ensino Fundamental. Os instrumentos metodológi-cos utilizados foram dois questionários diferentes compostos por perguntas abertas e fechadas, sendo um aplicado pré e o outro pós-intervenção. Os resultados do questionário pré-intervenção mostraram que a maioria dos alunos (N=17) não conhecia as danças circulares e que os conteúdos vivenciados por eles nas aulas de Educação Física envolviam, principalmente, o futebol, o vôlei, as brincadeiras variadas e as atividades “livres”. Após a realização desse breve diagnóstico, foram ministradas 10 aulas de Educação Física abordando como conteúdo central as danças circulares. Por meio dos resultados do questionário pós-intervenção verificamos que 20 alunos gostaram das danças circulares e apenas 5 alunos não apreciaram as atividades. Em relação às vivências, 16 alunos as classificaram como excelentes, 4 disseram que são boas e 5 responderam que são ruins. Portanto, acreditamos que os professores de Educação Física poderiam inserir essa prática corporal com maior frequência em suas aulas para que os alunos tenham a oportunidade de ampliarem o seu repertório motor e a cultura corporal de movimento. Para isso, os pro-fessores necessitam diversificar os conteúdos de suas aulas, buscando novas informações e metodologias de ensino.

As danças circulares nas aulas de Educação Física: a opinião dos alunos sobre esse conteúdo

ANDREIA CRISTINA METZNER; VILMA GOMES DOS SANTOS CARVALHO; YHANKA MACHADO [email protected] Centro Universitário UNIFAFIBE, Bebedouro - SP

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O objetivo desta pesquisa foi promover o ensino da história do atletismo em aulas de Educação Física escolar, utilizando o material didático digital produzido pelo Grupo de Estudos Pedagógicos e Pesquisa em Atletismo (GEPPA), que contém vídeos do YouTube que retratam a história dos saltos do atletismo. Para tanto, esta pesquisa se dividiu em três etapas descritas a seguir. Na primeira etapa, foi realizada uma pesquisa bibliográfica referente às Tecnologias da Informação e Comunicação e à história dos saltos. Na segunda etapa, foram estabelecidas as estra-tégias que seriam empregadas na intervenção a ser realizada em aulas de Educação Física em uma escola pública do município de Rio Claro/SP. Na terceira etapa, foram ministradas 4 aulas sobre a história dos saltos em uma turma de 5ºano/4ª série do Ensino Fundamental I. Nesta fase, também foram realizadas observações pelos membros do grupo a fim de analisar a efetividade do material didático. Ao fim da intervenção foi entregue um CD-ROM ao professor responsável pela turma para que o mesmo pudesse utilizá-lo em suas aulas. Como resultado desta pesquisa foi constatado que o material didático digital foi de grande valia para o ensino da história dos saltos do atletismo, uma vez que despertou o interesse dos alunos por este conteúdo mais conceitual. Apesar de em alguns momentos haver dispersão, os alunos se mostraram muito dispostos a participar das aulas, perguntando ou respondendo as perguntas do professor, o que reforça a importância de metodologias que estimulem a participação dos alunos nas aulas e à utilização de ferramentas tecnológicas.

O ensino da história dos saltos do atletismo com o auxílio das TIC

BRUNA FEITOSA DE OLIVEIRA, SARA QUENZER MATTHIESEN, DENIS RODRIGO DEL CONTE, GUY [email protected] Unesp, Rio Claro - SP

Apoio financeiro: PROGRAD

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O presente estudo compreende a Educação Física incorporada no conceito leitura de mundo, igualmente, corres-ponde ao projeto educativo na discussão, reconhecimento, resistência e visibilidade da cultura negra. Desse modo, a área atua no espaço de desenvolvimento e responsabilidade social na construção da identidade étnico-racial. Assim, o objetivo desse estudo foi analisar como a Educação Física pode, por meio, da cultura corporal de mo-vimento promover a Educação antirracista no contexto escolar, sendo assim, contribui com a implementação e legitimidade da Lei nº. 10.639/2003. Dessa maneira, a estratégia de ensino foi delineada pelo mapeamento inicial, Planejamento e a inserção de um conto africano. A metodologia utilizada foi de natureza qualitativa, com base na pesquisa-ação e envolveu a participação de crianças do Ensino Fundamental I do ciclo de alfabetização (2º anos) e do ciclo interdisciplinar (4º anos) de uma Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) localizada na cidade de São Paulo. Esta proposta foi efetivada de acordo com o Projeto Político Pedagógico da instituição, baseada na Avaliação Diagnóstica, fundamentada nos estudos realizados com os (as) educandos (as) a respeito da desigualdade social e concretizada no Projeto “Leituras Afro-brasileiras”, a partir do qual foram organizados os conteúdos, por exemplo, danças, jogos teatrais e lutas na concepção de uma Educação para as Relações Étnico-Raciais num plano de ação interdisciplinar. Os resultados foram significativos para a aprendizagem, pois, o processo histórico possi-bilitou a intervenção e o debate sobre o racismo (dentro e fora da escola), compartilhando saberes, vivências nas ações e discursos socioculturais dos (as) educandos (as) e entendendo a igualdade como reafirmação da diferença, consequentemente, contradizendo o natural, o normal e valorizando a imagem e a representação da cultura negra no etnodesenvolvimento das crianças.

Educação Física e História: um encontro de intervenção social

CAROLINA CRISTINA DOS SANTOS [email protected] Universidade Federal de São Paulo, São Paulo - SP

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A arte circense que antes estava restrita às famílias através de um ensino tradicional de geração à geração, na atuali-dade expandiu-se na sociedade e ampliou seu leque de praticantes. A Educação Física, disciplina escolar responsável pela difusão da cultura corporal aos poucos vai reconhecendo essa expressão e começando a se aproximar dela. O objetivo deste trabalho é apresentar e discutir como os malabares, uma das manifestações corporais do circo pode ser apresentada aos alunos nas aulas de Educação Física escolar. O método de pesquisa se trata de um estudo de caso da própria autora do trabalho baseado em sua experiência como artista circense. Existem vários materiais para se praticar o malabarismo: lenços, bolas, claves, aros etc. Todos deles podem ser adaptados com materiais reutilizáveis. Sugere-se começar com os lenços de tule que por ter menor densidade flutuam mais e permanecem mais tempo no ar, do que os demais materiais, facilitando o tempo de reação dos iniciantes. Neste caso, é possível substituí-lo também por sacos plásticos, ou outros panos. Desafio dos lenços: lançar o lenço e tentar apoiá-lo sobre a cabeça aberto; lançar o lenço e bater o maior número de palmas antes de pegá-lo; tentar lançar o maior número de lenços sem deixá-los cair. Outra opção é a bolinha, que pode ser confeccionada com bexigas cheias de meia, panos ou areia. Para iniciar com duas bolinhas lançá-las ao mesmo tempo para o alto e antes de pegar de volta, dar um giro; lançar as bolinhas cruzando o movimento da direita para a esquerda e vice-versa; lançar as bolinhas em cascata, uma de cada vez. Estes e outros exercícios e jogos podem ser utilizados para os alunos se acostumarem com o malabarismo. Importa observar que o uso de materiais reutilizáveis diminui os custos e o desenvolvimento de um método exploratório permite a melhoria da coordenação para que se possa alcançar níveis mais complexos de malabarismo com o decorrer das aulas.

Malabares: a arte do circo na Educação Física

CAROLINE ALINE RIGOLETTO QUEROBIN; DIMITRI WUO [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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Este trabalho tem por objetivo relatar a experiência do tema de aula que se transformou num projeto desenvol-vido com os alunos do 5º ano do ensino fundamental no Colégio Anglo 21, intitulado: O Movimentar-se e suas manifestações culturais. Para o desenvolvimento das nossas aulas, utilizamos o conceito da Cinesiologia Humana e os seguintes blocos temáticos: habilidades motoras, capacidades físicas, relacionamento com o ambiente físico e social e estruturas do nosso corpo. Nas aulas foi possível conhecer, experimentar e se conscientizar sobre as manifestações culturais que se dão através do movimento. Partimos inicialmente para uma busca e descoberta das danças, dos jogos e das lutas que exemplifiquem cada região brasileira; em seguida, suas experimentações e representações; no final, a conversa para que aprendessem a respeitar, valorizar e preservar a nossa cultura. Ao fim da última apresentação, realizamos uma votação para que escolhessem as atividades que mais gostaram e, assim, vivenciá-las mais uma vez. Além disso, para que os alunos pudessem se reconhecer nas relações com os conhecimentos construídos e produzidos, foram feitos o que chamamos de Registro das Aulas: o mapa temático do movimentar-se no Brasil. Por fim, consideramos a importância da Cinesiologia Humana para contribuir com uma aprendizagem significativa e dessa forma sensibilizar os alunos para ampliar o repertório de movimentos, considerando a diversidade cultural brasileira.

Construindo o conhecimento nas aulas de Educação Física (cinesiologia humana): relato de experiência

CLAUDIA CESARIO DE ABREU1, RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO2

[email protected] 1 Colégio Anglo 21, São Paulo - SP2 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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O objetivo deste trabalho foi descrever os processos didáticos desenvolvidos em aulas de EF ministradas para o Ensino Fundamental I, no município de São Bernardo do Campo. Utilizamos diversos temas da cultura corporal, como por exemplo, brincadeira, esporte e dança, juntamente com as categorias dialógicas do Círculo de Cultura, ideia problematizadora no qual educador e educando ficam sentados na quadra e de forma igualitária, um ao lado do outro, com o sentido respeitador de olhar nos olhos, oportuniza o momento de cada criança ou jovem falar sobre as aulas, suas vontades particulares de realização prática e, principalmente, construir o planejamento participativo das aulas de EF. Neste projeto destacamos as vivências nas modalidades: “Futebol americano”, “Mãe da rua”, “Pega-Pega” e “Dança”. Todavia, propomos o processo didático das aulas de EF em quatro momentos: 1) Círculo de Cultura inicial. 2) Vivência da primeira prática corporal. 3) Vivência da segunda prática corporal. 4) Círculo de Cultura final. Destacamos o ensino dos gestos e a prática do futebol americano no primeiro e segundo momento da aula. Nesta experiência pedagógica também mapeamos, por meio de perguntas, onde os alunos anotavam no caderno as respostas dos responsáveis, sobre quais temas da EF os pais, avós e avôs vivenciaram na fase escolar, assim, eles relataram ter praticado: “Pega-Pega”, “Pular corda”, “Futebol” e “Vôlei”. Dessa forma, relacionamos as aulas de EF ao projeto politico pedagógico da escola escolhido em 2017 e denominado: “Valorização do idoso/a”.

Círculo de cultura: uma proposta didática para o ensino da Educação Física Escolar

CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA1; VALDILENE NOGUEIRA2; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIA3; PAULO CLEPARD JANUÁRIO3; VINICIUS SILVA MOREIRA3; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO4

[email protected] 1 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP2 Faculdade Piaget, Suzano - SP

3 Rede municipal de Santo André, Santo André - SP4 Instituto Federal de São Paulo, São Paulo - SP

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Este relato de experiência é produto de uma intervenção pedagógica aos estudantes da Escola Municipal de Ensino Fundamental Jose Francisco Junior de Bauru, estado de São Paulo, do ensino fundamental I / 5os anos. O objetivo geral foi o de valorizar as práticas corporais relacionadas à cultura de movimento e sua aprendizagem através de reflexões e vivências sobre a saúde de forma ampliada. Quanto aos objetivos específicos os estudantes foram capa-zes de aprender sobre: as diferenças entre corridas de velocidade e resistência; alterações fisiológicas; vestimentas e calçados adequados e a necessidade de hidratação com água ou isotônico. Foram programadas nove aulas para o desenvolvimento da temática. Neste sentido, os estudantes puderam vivenciar através de jogos de corrida as variações das corridas de velocidade e resistência; batimentos cardíacos e suas alterações antes e após as corridas e de forma conceitual sobre hidratação. Realizou-se uma avaliação diagnóstica através da atividade: ‘tempestade de ideias” para identificar o conhecimento prévio dos estudantes sobre: os tipos de corrida (velocidade e resistência); vestimentas e calçados; alterações fisiológicas e hidratação. Foi utilizado como recursos material: sala de aula, lousa e quadra. A avaliação somativa se deu através da apresentação oral pelos estudantes divididos em grupos, sendo cada grupo com um subtema: corridas de velocidade e de resistência; vestimentas e calçados para a corrida; batimentos cardíacos e suas alterações durante a corrida e hidratação para a corrida através de água ou isotônico, tendo como produto final cartazes com recortes e desenhos sobre cada subtema. Enquanto considerações finais pude perceber o interesse dos estudantes em relação a temática além do aspecto procedimental, ou seja, as aulas na quadra como também envolvimento em relação à pesquisa, confecção dos cartazes e trabalho coletivo.

A prática da corrida e suas relações com aspectos da saúde de forma ampliada

CLAUDIO SILVÉRIO DA [email protected] Prefeitura Municipal de Bauru, Bauru - SP

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O objetivo deste trabalho é relatar a experiência da utilização do registro enquanto instrumento de avaliação nas aulas de Educação Física do 1º ao 3º ano do ensino fundamental I. No Colégio Anglo 21 acreditamos que um mo-mento da aprendizagem significativa nas aulas de Educação Física, incide para a elaboração do registro, elemento fundamental, para aguçar o pensamento da criança sobre o que estão fazendo e não somente repetindo sem refletir. O ato de pensar sobre aquilo o que se aprendeu, experimentou e vivenciou, o faz organizar de forma consciente, num exercício de adequação e de criação de sentidos.Toda produção dos alunos são formas de registros: desenhos, pinturas, tabelas, fotos, debates são feitos ao final de cada módulo ou de uma sequência didática, após uma roda de conversa, destacando fatos e conceitos relevantes, relacionados com os objetivos do módulo ou sequencia didática e das atividades práticas vivenciadas durante a aula. Dessa forma, os registros contribuem para a sistematização do conhecimento nas aulas de Educação Física e são formas de organização de ideias que contribuem para um aprendizado significativo sobre o seu movimentar-se para sua vida.

Registros nas aulas de Educação Física dando sentido ao movimentar-se

CLÉRIA RODRIGUES OLIVEIRA1; RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO2,3

[email protected] 1 Colégio Anglo 21, São Paulo - SP2 Instituto de Cinesiologia Humana de São Paulo, São Paulo - SP

3 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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O modelo de esporte trabalhado nas aulas de Educação Física nos anos finais do Ensino Fundamental I aos olhos do imaginário coletivo sempre foi visto como uma estratégia verdadeiramente educativa, entretanto a experiência de 14 anos do autor com iniciação esportiva escolar constatou uma realidade que não evidencia plenamente essa perspectiva. O autor ressalta uma grande distância entre os princípios da disciplina, norteados pelos Parâmetros Curriculares Nacionais e as práticas pedagógicas dentro do espaço da Educação Física escolar. Convicto da neces-sidade de buscar alternativas a um modelo homogêneo de iniciação esportiva, o autor apoiado em sua experiência e num vasto referencial em diferentes áreas do conhecimento, tais como pedagogia, filosofia, sociologia, ética e a psicologia, propôs um programa denominado Esporte-Educação com o intuito de qualificar a iniciação esportiva dentro das aulas de Educação Física. A proposta considera as crianças como protagonistas do processo ensino e aprendizagem e partícipes de uma relação esportiva de alteridade, respeito, inclusão e integração. O autor através de uma pesquisa tanto de caráter quantitativo como de caráter qualitativo buscou testar a eficácia do programa, aplicando-o durante sessenta dias, em uma turma do quarto ano de um colégio particular, na cidade de Porto Alegre, RS, objetivando verificar se este programa seria capaz de qualificar as percepções de inclusão e integração dos alunos. As técnicas de produção de dados utilizadas foram a entrevista e o questionário, preenchidos pelos alunos da turma antes e após a aplicação do programa. As análises dos instrumentos investigativos evidenciaram uma elevação significativamente positiva nas percepções de inclusão e integração dos alunos, após a aplicação do programa Esporte-Educação. Outro aspecto muito significativo elencado do processo conclusivo da pesquisa foi a percepção dos acontecimentos que os alunos expressaram e que puderam ser associadas a cognições positivas ou negativas em relação às dimensões analisadas pela pesquisa.

Programa Esporte-Educação: uma proposta para qualificar a iniciação esportiva dentro das aulas de Educação Física

DANIEL ANDRADE GERALDI; EDGAR ZANINI TIMM; NORBERTO DA CUNHA [email protected] Centro Universitário Metodista IPA, Porto Alegre - RS

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Pela pesquisa-ação e com o método da observação participante apresenta-se uma ação pedagógica de trabalho de campo desenvolvido na disciplina de Educação Física com os estudantes do Ensino Fundamental I da escola pública estadual E.E. José Benício dos Santos, localizada em Carapicuíba na Região Metropolitana do Estado de São Paulo. Depois de conversas com as crianças percebeu-se que eles tinham vontade de brincar e curiosidade de explorar aquele espaço físico “natural” diferente da quadra e do pátio. Objetiva-se com esse projeto promover brincadeiras ao ar livre e atividades físicas com o intuito de possibilitar aos educandos dessa unidade escolar nas aulas de Educação Física vivências de movimentos corporais diversificados e experiências significativas junto à “natureza”. Com essa metodologia de prática pedagógica envolvendo os educandos no desenvolvimento de pro-jetos educativos com uso de temas transversais, o educador imerso no campo da pesquisa busca compreender essa realidade estudada e junto com os seus educandos criar um ambiente educativo vislumbrando a construção de conhecimentos aplicáveis para a transformação social daquela realidade. Nesse contexto, devido a urbanização crescente da cidade, observou-se que, no entorno da escola, há pouco ou nenhum acesso às áreas verdes abertas disponíveis e acessíveis para as práticas de Atividades Físicas Lazer ao ar livre em contato com a “natureza”. Outro cenário existente nesse lugar é o pouco uso dos equipamentos públicos de lazer existentes na cidade, por estarem localizados em outros bairros. Pelas vivências dos estudantes observadas e as suas experiências registradas por relatos orais ou escritos, constatou-se que esse espaço identificado como um espaço potencial para se desenvolver atividades educativas ao ar livre, foi incorporado como um espaço educativo pela comunidade escolar.

Crianças em movimento: sujeitos da ação na Educação Física Escolar

ENDRIGO SILVA [email protected] Escola de Artes, Ciências e Humanidades - USP, São Paulo - SP

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A Bateria Psicomotora (BPM) é um conjunto de tarefas e/ou situações que procura analisar dinamicamente o perfil psicomotor do individuo. O perfil psicomotor identifica as dificuldades e potencialidades da criança, dando suporte na identificação e intervenção das dificuldades de aprendizagem motora. A psicomotricidade é a ciência que estuda o corpo em movimento, suas relações com o mundo interno e externo. Esse desenvolvimento ocorre por diversos fatores, entre eles, ambiental e genética, tendo grande influência no amadurecimento cognitivo, afe-tivo e motor, que estão relacionados diretamente ao processo de aprendizagem da criança. A falta de estímulos psicomotores pode provocar defasagem no desenvolvimento. O presente estudo tem por objetivo demonstrar a importância das aulas de educação física no âmbito escolar, atrelada ao desenvolvimento motor, cognitivo e afe-tivo das crianças com deficiência intelectual e sem deficiência, na faixa etária entre 06 e 10 anos, comparando o desenvolvimento psicomotor entre elas. A BPM foi utilizada como instrumento de avaliação. Participaram deste estudo três crianças com deficiência intelectual e três crianças sem deficiência. A Deficiência Intelectual é carac-terizada por limitações significativas tanto no funcionamento intelectual (aprendizagem, raciocínio e resolução de problemas) e no comportamento adaptativo, que abrange uma gama de habilidades sociais e práticas cotidianas. Esta deficiência ocorre originalmente antes dos 18 anos de idade. Os resultados mostraram que as crianças com deficiência intelectual apresentaram diferença estatística no perfil psicomotor, sendo uma delas classificada com o perfil dispráxico, e duas no perfil normal, já as crianças sem deficiência apresentaram um perfil bom. Pôde-se constatar um atraso do desenvolvimento motor das crianças com deficiência intelectual, o que não os impede de passar pelas mesmas fases do desenvolvimento das crianças sem deficiência. Conclui-se que o desenvolvimento da criança com Deficiência Intelectual é bem semelhante ao desenvolvimento motor das crianças sem deficiência, porém em um ritmo mais lento.

Aplicação da Bateria Psicomotora (BPM) em crianças do Ensino Fundamental I

FÁBIO CARDOSO DOS SANTOS; CAROLINA LOURENÇO REIS QUEDAS [email protected] Universidade Brasil, São Paulo - SP

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Estátua!!! Da tipificação dessa brincadeira os alunos do Colégio Rainha da Paz, situado na cidade de São Paulo, discutiram a importância da locomoção para a vida humana, e suas formas mais comuns, das quais destacaram o andar, o saltar e o correr. Durante os experimentos em aula, os alunos associaram a locomoção com suas atividades cotidianas, principalmente com o brincar, e concluíram que correr (e rápido) é a principal forma de locomoção entre as brincadeiras escolhidas e realizadas nas aulas. Aproveitando o tema velocidade o desafio seguinte foi identificar os principais tipos de corrida (velocidade, revezamento, obstáculo e resistência) e o papel da velocidade em cada uma delas. Nesse trabalho concluíram que três delas tinham como característica a velocidade máxima, enquanto a corrida de resistência exigia o controle da velocidade, para se atingir o objetivo era necessário elaborar um plano. Tal foi o empenho nesse experimento que surgiu a ideia de dar uma volta ao redor do espaço interno da escola - a Super Volta, e o diálogo da Educação Física com as áreas de Geografia, Matemática e Linguagem. Para o reconhecimento do percurso, os alunos estudaram em Geografia a compreensão do significado de vista superior, anotaram os pontos de referência, confeccionaram um mapa do percurso e compararam com o Google Maps. Em Matemática mediram o trajeto e discutiram os sistemas de medida, com ênfase no sistema métrico. Em Educação Física perceberam a distância do trajeto e os principais pontos de desnível (subida, descida) para a elaboração do plano de corrida, e após a “Super Volta”, fizeram um texto narrativo, estudado pelo grupo na área de Linguagem, para compartilhar suas experiências vividas na corrida.

A importância da locomoção para a vida humana: a corrida como possibilidade de um trabalho interdisciplinar para o terceiro ano do Ensino Fundamental

FABIO MARCHIORETO; CLARISSE SOARES DA [email protected] Colégio Rainha da Paz, São Paulo - SP

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O presente estudo caracteriza-se por um mapeamento da atuação de professores de Educação Física nas escolas e centros de educação infantil públicos municipais do Estado de Mato Grosso. O objetivo é identificar as redes públicas de ensino mato-grossenses que, ainda, não proporcionam aos estudantes aulas de Educação Física, com professor com formação superior na área, na educação infantil e nos anos iniciais do ensino fundamental. Inicialmente, foram coletados, por meio de pedido de informação, os dados das redes públicas de ensino dos mu-nicípios com mais de cinquenta mil habitantes. Onze municípios participaram dessa primeira fase do mapeamento que abrangerá todos os municípios do Estado. As informações obtidas apontam que de onze redes municipais de ensino, apenas duas oferecem aulas de Educação Física com professores habilitados na educação infantil. Nos anos inciais do ensino fundamental, cinco redes não as proporcionam e uma rede proporciona parcialmente aulas de Educação Física para estudantes do 4º e 5º anos. Observa-se que somente duas redes têm professores em ambas etapas de ensino. Os resultados apontam para um distanciamento entre as orientações curriculares estabelecidas nas legislações nacionais. Nesta perspectiva, o não cumprimento de prerrogativas educacionais legais fere o direito de pleno desenvolvimento dos estudantes, especialmente, no que refere-se às transformações corporais na cons-tituição e reconstituição dos sujeitos.

Mapeamento da atuação de professores de Educação Física em redes públicas de ensino mato-grossenses

FERNANDA HELOISA DE MELLO1; LEILA MAIRA BORRÉ2; MAYARA DE ALMEIDA TAVARES1; ROSILANE DE SOUZA SILVA1

[email protected] 1 Universidade do Estado de Mato Grosso, Cáceres - MT2 Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá - MT

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O objetivo dessa pesquisa foi verificar com professores de Educação Física as possibilidades e as dificuldades da utilização do sistema de classificação do esporte na prática pedagógica, como também, identificar possíveis van-tagens e desvantagens da sua adoção na Base Nacional Comum Curricular. Para tanto, foi realizada uma pesquisa descritiva, utilizando o instrumento do questionário, tendo a participação efetiva de 32 professores. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa Envolvendo Seres Humanos e todos os sujeitos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Entre os participantes, 84,38% aprovaram o sistema de classificação, elencando como aspectos positivos: a) facilita o processo de elaboração, organização e sistematização das aulas; b) amplia a exploração do conteúdo, possibilita melhor entendimento dos alunos sobre o tema; c) oferece novas oportunidades de prática das diferentes modalidades esportivas. 71,88% posicionaram-se favoravelmente quanto ao sistema de classificação do esporte servir como referência na BNCC, mencionando fatores como: I) beneficia a prática por sistematizar o esporte em categorias, II) proporciona mais vivências; III) amplia a visão e ajuda na inserção da prática esportiva. Dentre os professores, 68,75% consideraram que a distribuição das categorias do esporte nos ciclos do Ensino Fundamental na BNCC é adequada e concordaram com a sua utilização. Dessa forma, verificou-se que a maioria dos professores integrantes do estudo posicionou-se positivamente quanto ao modelo de classificação do esporte e a sua utilização no documento da BNCC.

O conteúdo esporte na Base Nacional Comum Curricular: visão de professores de Educação Física Escolar

FLÁVIA ANANIAS RIZZO; ANDRÉ LUÍS RUGGIERO [email protected] Centro Universitário de Jaguariúna - UNIFAJ, Jaguariúna - SP

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Relato de experiência do Projeto Meditando na Escola, vinculado ao Programa Licenciar da Universidade Federal do Paraná, em parceria com a ONG Mãos sem Fronteiras, que oportuniza aos acadêmicos da Licenciatura em Educação Física e professores que atuam em escolas da rede pública e particular de Curitiba, o conhecimento de uma técnica de meditação que proporciona as crianças uma consciência e controle do seu corpo. Visto que, atualmente nossas crianças estão diariamente sendo submetidas a diversas situações que provocam stress, ansiedade e tensão nervosa, tornando necessário o desenvolvimento do autocontrole de suas emoções e atitudes. Em uma das escolas públicas, em que o projeto se faz presente há dois anos, uma turma do 5° ano teve a experiência de elaborar uma carta abordando tais importâncias e benefícios da meditação, sendo posteriormente enviada para as atletas olím-picas da Seleção Brasileira de Ginástica Artística, antes do período de suas participações nos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro-Brasil. Durante a escrita da carta observamos que as crianças compreendem a meditação enquanto um exercício de atenção que contribui para o equilíbrio emocional e mudança de comportamento. A carta chegou até as ginastas e como forma de agradecimento pelas orientações e incentivos, elas enviaram uma foto com a carta nas mãos para demonstrar que haviam lido e aprendido a técnica de meditação. Assim, identificamos que foi uma experiência que deu voz as crianças e por meio dela concluímos que as crianças praticam o exercício da meditação de forma consciente, ao mesmo tempo que se tem compreensão do propósito desta pratica em suas vidas.

Projeto meditando na escola: uma interação entre as ginastas olímpicas da seleção brasileira e os estudantes de uma escola pública

HADIJI YUKARI NAGAO; MANUELLE SARTORI DOS SANTOS; MICHAELA CAMARGO; MARYNELMA CAMARGO [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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“A capoeira é uma expressão estética e de luta que remon¬ta à ancestralidade afro-brasileira, capaz de transmitir, por meio do jogo e de suas músicas, os conteúdos negados da história e cultura do negro no Brasil”. AMARAL e SANTOS (2015). Dessa forma, a Lei no 9.394/96, Art. 26-A, afirma: “Nos estabelecimentos de ensino fundamen-tal [...], torna-se obrigatório o ensino sobre História e Cultura Afro-Brasileira”.Porque esse conteúdo encontra-se afastado das aulas de Educação Física nas escolas de Conceição do Araguaia-PA?Pensando nisso, o Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) do curso de Educação Física da Universidade do Estado do Pará (UEPA) desenvolveprojetoseducativos no contexto da Educação fundamental, dando possibilidade para acadêmicos em formação vivenciar intervençõespedagógicasno âmbito dessa disciplina.O projeto objetivou utilizar a capoeira para estimular o desenvolvimento psicomotor das crianças e a implantação deste conteúdo na realidade da escola Luzia Mourão, aproveitando a proposta do PIBID, e mostrar a importância histórica, cultural e artística desta modalidade.O estudo caracteriza-se com Pesquisa-Açãoe ocorreu no primeiro semestre de 2017, com 135 alunos de cinco turmas da Educação Infantil, do nível II até 3° ano do ensino Fundamental com duração de 45 minutos de aulas em cada turma, utilizando exposição de vídeos, momentos práticos de exploração, reflexão, e análise de experiências,teve fim no início de junho com socialização com os professores da escola e com a comu-nidade.Portantoo projeto conseguiu ser bem aceito pela escola e pelos alunos e buscou oportunizar as crianças da educação básica da escola supracitada, ao entendimento da história Afro-Brasileira, e vivência dos conhecimentos da cultura corporal do movimento através da capoeira e que os professores percebessem a mesma como instrumento para trabalhar a cultura corporal e ajudar nos contextos artístico, filosófico cultural e social da escola.

A inserção da capoeira nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental como instrumento de difusão da cultura afro-brasileira

HERES WANDAME ALBUQUERQUE BEZERRA1; JOÃO MAYKON GOMES DA SILVA1; TIAGO RODRIGO ALVES NUNES2; ALYSSON DA ROCHA SILVA3 [email protected] 1 Universidade do Estado do Pará, Conceição do Araguaia - PA

2 Universidade Estadual de Maringá, Neves Paulista - SP 3 Faculdade de Ensino Regional Alternativa, Arapiraca - AL

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O presente trabalho objetivou explorar o bloco de conteúdo (PCN) atividades rítmicas e expressivas. Para tanto, essa experiência ocorreu nas dependências da escola municipal de ensino fundamental Profº Heloísa de Castro Pinto Barboza, localizada no bairro do Itaguaçu, na cidade de Aparecida- SP. O público alvo foi constituído pelos alunos e alunas do 4º ano A da referida escola, onde seis discentes do 4º período do curso de Educação Física, da Escola Superior de Cruzeiro (ESC), ministraram a aula, supervisionados pelo professor de educação física da escola citada. Como metodologia, foi apresentada aos educandos a música “Planeta Água” de Guilherme Arantes. Essa apresentação ocorreu através da letra impressa e melodia, sendo que, na sequência, os alunos interpretaram a música via coreografia realizadas pelas alunas da ESC e, adicionalmente, propuseram no decorrer que os discentes em grupos discutissem a canção e a expressassem em forma de desenho. Na fase final, houve roda de conversa com os mesmos, onde tiveram a liberdade de relatar a experiência vivida.

A negação do mais do mesmo: possibilidades pedagógicas como forma de resistência contra as políticas de assujeitamento do indivíduo

IGOR MOREIRA DIAS PEREIRA1,2; BRENDA MARIA SILVA LOURENÇO DE CASTRO2; BENEDITO FLÁVIO MOREIRA NETO2

[email protected] 1 Escola Superior de Cruzeiro, Cruzeiro - SP2 Secretária Municipal de Educação de Aparecida, Aparecida - SP

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O objetivo deste projeto é sensibilizar os alunos, por meio de vivências práticas, para as questões relacionadas à inclusão. Para tanto, utilizamos como conteúdos os jogos cooperativos e atividade física adaptada, englobando atividades: bolas com guizo, tapa olho, fitas para mobilizar membros do corpo e cadeira de rodas. O projeto foi desenvolvido em uma escola municipal do litoral norte paulista, com alunos do ensino fundamenta I, com idades entre 7 á 12 anos de ambos os sexos. Inicialmente os alunos assistiram a um vídeo sobre inclusão e, posteriormente, foi realizada uma discussão sobre a deficiência e as possibilidades de atividades para estes alunos. Foram realizadas aulas práticas adaptadas e jogos cooperativos. A avaliação foi feita durante todo processo nas discussões e reflexões sobre as aulas vivenciadas. Como resultado, pudemos constatar que todos os alunos participaram das atividades propostas de maneira ativa, demonstrando solidariedade e cooperação entre todos. Podemos concluir que o tema inclusão precisa ser problematizado para os alunos, pois, a partir do projeto, pudemos observar que os alunos se mostraram mais conscientes de suas ações, indo além do conhecimento adquirido dentro da escola, transferindo para a sociedade, tornando-os mais sensibilizados quanto à inclusão.

Inclusão e jogos cooperativos na Educação Física: uma possibilidade de aplicação

JOSE RONIVAN DE FARIA; CAMILA FORNACIARI FELICIO; VIVIANE CRISTINA PAVANETTI DE SOUZA; VIRGINIA MARA PRÓSPERO DA CUNHA [email protected] Universidade de Taubaté, Taubaté - SP

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O objetivo deste estudo é analisar como o brinquedo e as brincadeiras são atravessados pelas relações de gênero construídas culturalmente, nomeadamente como professores/as de Educação Física educam meninos e meninas no espaço/tempo escolar. Neste âmbito a escola é essencial no processo de “normatização”, ensinando a posição hierárquica de cada sexo. Observações realizadas nas aulas de Educação Física no ensino fundamental I demarcam o espaço/tempo escolar como palco das relações de gênero, o que é socialmente aceito para meninos e meninas, quais atividades “pertencem” a este ou aquele sexo. Tendo presente que a construção dos corpos passa pela forma de apropriação dos brinquedos e brincadeiras, isto é, como meninos e meninas veem o mundo em que vivem, a escola acaba por propiciar as crianças a categorização do que é definido, pelos adultos, como “coisa de menina” e “coisa de menino”, nas aulas de educação física essas atitudes foram latentes, uma vez que houve separação das atividades entre masculinas e femininas. Meninas e meninos tem preferências distintas em relação aos brinquedos e brincadeiras, suas opções são social e culturalmente construídas, pois é a partir da ótica dos adultos que esta divi-são dos sexos é composta; são eles os responsáveis pela “normatização” das condutas das crianças e por defini-las enquanto certo e errado. Diante do exposto é fundamental que os cursos de formação de professores em Educação Física tratem a temática das relações de gênero desconstruindo a ideia estereotipada e normatizada de que meninos e meninas vivem em mundos opostos e separados. Neste sentido, apoia-se a ideia de que as atividades propostas nas aulas de Educação Física devem possibilitar que meninos e meninas aprendam a conviver com a diferença e diversidade, oportunizando a (re)invenção da cultura de gênero no âmbito escolar, portanto, social.

O brinquedo e as brincadeiras nas aulas de Educação Física

JOSIANE DE CASSIA BRITO FERREIRA; MARIA REGINA FERREIRA DA COSTA; ROGÉRIO GOULART DA [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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A ideia de realizar este trabalho, apresenta como disparador, as discussões a respeito da Lei nº10.639 para haver um aprofundamento dessa temática nas aulas de EFEscolar de forma interdisciplinar, com objetivo de ressignificar o jogo “Escravos de Jó”,ao qual utilizei uma sequência didática de forma conceitual, procedimental e atitudinal.O trabalho ocorreu numa escola Municipal de Educação Infantil e Fundamental I, com crianças de 8 a 11 anos em 2016 e 2017.Na 1ªetapa realizei o levantamento daquilo que os alunos já tinham conhecimento sobre o jogo “Escravos de Jó”, logo depois pesquisaram a origem do jogo,chegando ao consenso de estudarmos “Guerreiros Nagô”, maneira pela qual os escravos simulavam dançar para fugir.Relembramos a história do Brasil e dos escravos, antes dos movimen-tos corporais se iniciarem. Estudamos a transição para o jogo tradicional que conhecemos. Logo após executamos na sequência: jogo de copos, execução em pé e em círculo, demarcando o chão com bambolês e sem bambolês. Na etapa seguinte demarcamos o chão com fita crepe, formando o desenho do jogo da velha mudando a movimenta-ção, trocamos a fita crepe por barbantes que ganharam vida num movimento de abre e fecha. Os barbantes foram retirados para dar lugar aos bastões finalizando o semestre com a dança África (bambus africanos). Em continuidade, os alunos apresentaram brincadeiras pesquisadas e o produto final foi a realização da montagem e pesquisa de um livro com todos os países da África com as principais informações. A avaliação foi realizada de forma diagnóstica e formativa, ao qual utilizou-se como ferramenta final a aplicação de avaliação online, através do google formulários obtendo como indicadores de aula, a responsabilidade com os registros, postura em aula, verificação das questões conceituais e percepção de suas ações. Dentre os instrumentos utilizados destaca-se a pesquisa para o livro. A avaliação teve o intuito observar os conhecimentos adquiridos durante e após as aulas, tanto em relação às questões dos jogos propriamente realizados como curiosidades que poderiam vir a surgir. Constatou-se que o preconceito sobre esse conteúdo, o respeito e a cooperação são modificados após a vivência e experimentação dessas pesquisas e práticas corporais. Conclui-se que é possível trabalhar o tema africanidade de diversas formas: história da África, história do Brasil, lutas, tribos, dialetos, países, cores, costumes, comidas, jogos e danças.

Um pouco de África no corpo em movimento

JULIANA DO NASCIMENTO1; GISELE DA SILVA SOARES2

[email protected] 1 EMEIEF Profª Maria Da Graça de Souza, Santo André - SP2 EMEIEF Chico Mendes, Santo André - SP

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Jogos cooperativos são exercícios para compartilhar e unir os alunos, para que estes trabalhem de forma coletiva, preocupados com o sucesso em grupo. Desta forma, este relato apresentará uma experiência desenvolvida com alunos de anos iniciais do Ensino Fundamental de uma escola municipal de tempo integral (8h às 17h), em São José (SC), no ano de 2017. Neste contexto, além das disciplinas obrigatórias presentes no currículo da escola (Inglês, Português, Matemática, Geografia, História, Ciências Naturais, Educação Física e Artes), o currículo es-colar contempla ainda atividades extracurriculares, como prática de leitura e escrita, capoeira e jogos cooperativos. A atividade de jogos cooperativos tem carga horária de 3 aulas/semanais por turma, ministrada fora das aulas de Educação Física por professora formada nesta área do conhecimento, destacando-se que, para o desenvolvimento de algumas atividades, foi necessário a participação de uma professora auxiliar. Sendo assim, o objetivo proposto foi o de vivenciar os jogos cooperativos como um processo facilitador da convivência (viver com os outros) e da cooperação (trabalhar com os outros) entre os alunos. Além disso, foi desenvolvida por meio da estratégia da aplicação de jogos, tais como quebra-gelo e integração, sem perdedores, de inversão, de resultado coletivo, de to-que e confiança, de criatividade e sintonia. Os recursos utilizados foram os materiais que haviam na escola (bolas, cones, cordas, mesas, slackline, cronômetro, mídia, entre outros). A avaliação foi realizada de forma qualitativa por intermédio de registros fotográficos, escritos e observacionais, revelando-se que os jogos cooperativos são de extrema relevância para o contexto do ensino integral, pois os alunos passaram a ter atitudes mais cooperativas e a aprenderam a conviver com os colegas de forma pacífica. Além disso, as crianças passaram a compreender a importância do trabalho em conjunto, valorizando mais as atividades desenvolvidas em grupo.

Escola de tempo integral: os jogos cooperativos como atividade extracurricular

JULIANA REGINA SILVA GUIMARÃES1; FRANCIANE MARIA ARALDI1; ALZIRA IZABEL DA ROSA2

[email protected] 1 Estudante de Mestrado do Programa de Pós-Graduação em Ciências do Movimento Humano, Florianópolis - SC

2 Coordenadora da Educação Física na Prefeitura Municipal de São José, São José - SC

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Diante dos diversos episódios de intolerância étnico-racial que vêm assolando a sociedade brasileira, a escola se torna o local, no qual devemos desenvolver conceitos de tolerância e de respeito a todos para o convívio em harmonia. Pensando no papel educacional e referente às aulas de Educação Física, como poderemos quebrar os paradigmas negativos e equivocados que permeiam a cultura afro-brasileira? Ao trabalharmos com situações que possibilitem a criação de laços que o educando negro de classe popular se reconhece como centro do processo educativo, estaremos reforçando características de representatividade e protagonismo, buscando vencer as barreiras do racismo. Dessa forma, o objetivo deste estudo é subsidiar o professor de Educação Física na construção de um currículo afrocentrado, voltado para o Ensino Fundamental I e pautado nas diretrizes dos Parâmetros Curriculares Nacionais. A presente pesquisa é de natureza qualitativa, baseada em referenciais bibliográficos e análises docu-mentacionais. Espera-se que ao ler este estudo, o professor de Educação Física seja capaz de inserir os conteúdos de caráter afrocentrado através de sua prática docente, a fim de explorar questões de representatividade, tais como a empatia, respeito mútuo e diversidade, dentro de suas aulas.

Currículo afrocentrado e Parâmetros Curriculares Nacionais: a representatividade negra dentro das aulas de Educação Física

JULIANA TRAJANO DOS SANTOS1,2

[email protected] 1 Escola de Educação Física e Desportos Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

2 Programa de Residência Docente, Colégio Pedro II. São João de Meriti - RJ

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O cinema participa do cotidiano da circulação e divulgação de conhecimentos, (re)produz sentidos e significados, constrói e constitui identidades individuais e coletivas. Através da projeção de imagens, o cinema torna – se um veículo propulsor de ações, participações, atividades, movimentos, valores, vivências, experiências, informações, observações, registros, possibilidades e aprendizagens. Aprende – se com o cinema. Aprende – se pelo cinema. Neste sentido, este trabalho desenvolvido nas “sessões de cinema” no contexto escolar com crianças do quinto ano do ensino fundamental de uma instituição pública na cidade de Contagem/MG, tenta demonstrar como este tempo/espaço se constituiu num relevante ambiente de práticas educativas pelas quais pode mobilizar, envolver e possibilitar a meninos e meninas a construção de habilidades, saberes e aprendizagens sociais, associados ao domínio do campo de conhecimento da Educação Física. Foram realizadas exibições de curta – metragem, como, por exemplo, o vídeo Cuerdas, com o propósito de redimensionar o olhar dos sujeitos sobre as práticas corporais e esportivas que realizavam nas aulas de Educação Física. Isto implicou no despertar de inquietações, sensações, percepções, interações, contatos e sensibilidades no e do cotidiano daquelas crianças. Visualizados através das atitu-des e nos registros e avaliações da proposta de ensino pelo/com o cinema. Assim, o conjunto destas duas práticas sociais, ampliadas e bem desenvolvidas no interior das atividades pedagógicas, sucinta estratégias, diálogos, debates, sobre as experiências humanas, deixando traços, marcas que transpassam as barreiras da virtualidade e conseguem interagir com os movimentos e as participações dos sujeitos em suas práticas cotidianas e sociais.

As possibilidades e aprendizagens do cinema no cotidiano da Educação Física na escola

JULIO CESAR MENDES [email protected] CEAD - Universide Federal de Ouro Preto, Ouro Preto - MG

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Objetivos: Conhecer e compreender as simbologias que representam os Jogos Olímpicos, bem como a história deste evento desportivo; Apreciar algumas das diferentes modalidades que fazem parte dos Jogos Olímpicos Rio 2016 através de vivências práticas nas aulas de Educação Física; Participar efetivamente de competições que envolvam regras olímpicas adaptadas ao ambiente escolar; Promover o jogo limpo (fair play), o respeito e a colaboração entre os pares.Desenvolvimento: Apreciação de palestra sobre a história e a simbologia dos Jogos Olímpicos; Apresentação de vídeo de diferentes modalidades olímpicas e paralímpicas; Vivência do revezamento da tocha, simulado na quadra da escola, com os alunos e comunidade; Apresentação da tocha olímpica aos alunos e à comunidade; Vivência da prática das modalidades, nas aulas de Educação Física, corrida de velocidade, arremesso de peso (medicine ball de 1kg), arremesso de martelo (medicine ball amarrada dentro de um saco de estopa); lançamento de dardo (adaptado com as bordas do tatame), salto à distância, salto triplo e luta (adaptada com a brincadeira rouba rabo); Participação de fase classificatória, utilizando as modalidades apresentadas aos alunos; Participação em competição olímpica interna, promovida pela Educação Física; Participação dos alunos de inclusão em competição paralímpica interna; Organização da cerimônia de premiação dos competidores olímpicos e paralímpicos da unidade. Resultados: Foram envolvidas, durante a realização desta ação, não somente a escola, mas também a comunidade local. O contato com a história e o significado da simbologia dos Jogos Olímpicos despertou bastante interesse nos alunos e em alguns funcionários da unidade. Foi possível transmitir de forma clara e eficiente informações básicas da organização dos Jogos Olímpicos Rio 2016, bem como desenvolver algumas modalidades, adequando-as à faixa etária que a escola atende e aos recursos materiais disponíveis na unidade.

História e simbologia dos Jogos Olímpicos

JUVENAL DOS SANTOS BORGES1; ROBERTO CARLOS DA COSTA BELINI2

[email protected] 1 EM Estina Campi Baptista, Praia Grande - SP2 EM Fausto dos Santos Amaral, Praia Grande - SP

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O objetivo deste trabalho foi investigar a influência do movimento em crianças com dificuldades de aprendizagem, a partir da discussão dos conceitos de aprendizagem e suas dificuldades; dos efeitos da educação pelo movimento nos aspectos cognitivos e sociais, considerando seu caráter preventivo e terapêutico; e por fim da relação destes aspectos com a prática pedagógica do professor de Educação Física. O estudo caracteriza-se por uma pesquisa de campo exploratória e o instrumento de coleta utilizado foi um questionário para mães e professoras de crianças com dificuldades de aprendizagem. Os dados dos questionários foram analisados embasados na teoria apresentada. A avaliação dos resultados obtidos mostrou que o movimento tem influência positiva no processo de aprendiza-gem de crianças com dificuldades de aprendizagem, pois colaborou com a melhoria de aspectos relevantes para a aprendizagem escolar, como atenção, concentração e organização. Além de evidenciar que a atuação do professor de Educação Física junto a outros profissionais como o psicopedagogo, é vantajosa em vários aspectos a fim de combater as dificuldades de aprendizagem. O referencial teórico utilizado foi baseado em Le Boulch, Fonseca e Sisto.

A influência do movimento em crianças com dificuldades de aprendizagem

KARINE AMADO [email protected] Professora de Educação Física na rede municipal de São Paulo, Osasco - SP

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Relatamos aqui um projeto de tematização das brincadeiras de “pega-pega” realizado no ano de 2016, com educandos do Ciclo de Alfabetização, em uma escola municipal de São Paulo. O Projeto Político Pedagógico da escola teve como início o mapeamento das brincadeiras de “pega-pega” que os estudantes conheciam e, em seguida, a profes-sora solicitou que eles conversassem com amigos e parentes sobre as vivências que tiveram com tais brincadeiras. Foram vivenciadas e elaboradas as seguintes brincadeiras: “pega-pega pack man”, “pega-pega jo ken po”, “pega-pega gato e rato”, “acorda seu urso” “batatinha frita 1-2-3”, “pega-pega gelo” “pega-pega americano”, “pega-pega em pares”, “pega-pega corrente” “pega-pega tatu-bola” “pega-pega bull dog” “pique garrafão”, “pique nos números”, “pique polícia e ladrão”, “pique bandeira”, “pega-pega gruda aranha”, “pega-pega mãe da rua”, “pega-pega siri” e “pega-pega nunca 3”. Em todas as aulas os estudantes dialogavam sobre as sensações, dificuldades e inovações que as brincadeiras proporcionavam. Durante as aulas foram vivenciadas as brincadeiras levantadas e, nestas vi-vências, os estudantes discutiram, propuseram, modificaram e avaliaram novas regras para aplicar às brincadeiras. Ao final do projeto, foi proposto que os estudantes criassem novos “pega-pegas” e compartilhassem com a turma suas invenções. Na avaliação das docentes, os estudantes ressignificaram as brincadeiras e entenderam que elas são parte importante de nossas manifestações culturais de movimento.

Tematização das brincadeiras de “pega-pega” e a cultura corporal de movimento

LAIS MELO PATROCINIO SOARES1; VALDILENE ALINE NOGUEIRA1; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO2; UIRÁ SIQUEIRA FARIAS3; SHEILA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS SILVA4

[email protected] 1 Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Sao Paulo - SP2 Instituto Federal de Educação e Tecnologia de São Paulo, Sao Paulo - SP

3 Secretaria Municipal de Educação de São Paulo, Sao Paulo - SP4 Universidade São Judas Tadeu, Sao Paulo - SP

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O presente trabalho busca, através de um estudo de caso, apresentar reflexões acerca da importância da educação física escolar e de um entendimento mais amplo sobre suas especificidades. Trata-se de uma descrição de educação física enquanto linguagem que, por sua vez, não mais entende o movimento humano como um simples desloca-mento entre dois pontos pré-determinados. O objetivo é estabelecer as contribuições de uma proposta pedagógica apresentada para crianças do ensino fundamental I, tendo em vista que uma perspectiva existencialista trás inúmeras reflexões sobre as relações humanas e consequentemente sobre as atuações por meio de seu “se-movimentar”.

Educação Física Escolar: um espaço para o existencialismo

LEANDRO OLIVEIRA [email protected] Professor, Florianópolis - SC

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O Rio de Janeiro experimenta o aumento da violência armada, influenciando as rotinas das escolas localizadas próximas às comunidades dominadas por facções criminosas. Desde 2014, estas regiões sofrem com o aumento do número de escolas que adaptam ou encerram suas atividades em função dos confrontos, que colocam em risco a vida de todos que fazem parte dos seus cotidianos. Esta pesquisa teve como objetivo observar e identificar as consequências dos confrontos armados para as aulas de Educação Física em uma escola carioca, e; reconhecer e analisar as práticas pedagógicas de professores de Educação Física em uma escola próxima às áreas conflagradas. Realizamos um estudo do tipo etnográfico, com observações participantes nas aulas de Educação Física, e entre-vistas com professoras da disciplina em uma escola de Ensino Fundamental I do Complexo do Alemão. A partir dos reflexos dos conflitos, encontramos mudanças comportamentais nos alunos e quatro práticas pedagógicas como resposta ao ambiente. Entendemos que tais práticas se afastavam dos pressupostos da cultura corporal, se aproximando do conceito de cultura escolar, controlando os corpos e reduzindo as possibilidades de movimentos dos alunos.

Dos conflitos armados à prática pedagógica: consequências da violência armada carioca nas aulas de Educação Física

LEONARDO CARMO SANTOS; CARLOS ALBERTO FIGUEIREDO DA [email protected] Universidade Salgado de Oliveira, Niterói - RJ

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O presente estudo teve por objetivo investigar como ocorreu o processo de incorporação das atividades circenses nas aulas de Educação Física no ensino fundamental de uma escola pública do município de Campinas-SP. O estudo caracteriza-se como um estudo de caso e para a coleta de dados foram realizadas análises documentais, observações de 13 aulas dos 1ºs, 2ºs e 3ºs anos da escola e entrevistas semiestruturadas com três profissionais da escola: a professora de Educação Física, a estagiária da área e a coordenadora pedagógica. As fontes apontam o circo como uma temática nova na escola. As observações mostraram que as atividades circenses nesta escola são um acontecimento restrito às aulas de Educação Física. Ademais, as entrevistas indicaram que as fundamentações e organização das aulas são pautadas na experiência pessoal da professora com a temática, parte dela durante a sua formação inicial e parte em curso de formação continuada. Por fim, a experiência analisada mostra o esforço de uma professora de Educação Física sensível à temática circense que apesar de limitações estruturais, conceituais e técnico/procedimentais está superando suas dificuldades formativas e desafios docentes, e incorporando a temática circense nas suas aulas e resignificando a Educação Física escolar.

Pedagogia das atividades circenses na Educação Física Escolar: apontamentos de uma experiência campineira

LEONORA TANASOVICI CARDANI; GILSON SANTOS RODRIGUES; MARCO ANTONIO COELHO [email protected] Faculdade de Educação Física - Unicamp, Campinas - SP

Apoio financeiro: CNPq

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O presente estudo teve por objetivo investigar o trabalho de oficinas escolares efetuado por um Mestre da cultura tradicional local da região do Vale do Paraíba Paulista. Esse Mestre da cultura popular desenvolve nas escolas um trabalho educativo pautado na dança popular e nos PCNs. A presente pesquisa é resultado de uma dissertação de mestrado em andamento, ustificada pela relevância do ensino das danças populares como agente colaborador no processo de desenvolvimento humano e valorização da cultura popular. Essa pesquisa é de natureza qualitativa, do tipo estudo de caso, com aportes relacionados à história oral, além das análises de documentos legais provenientes do sistema educacional brasileiro. As técnicas empregadas englobaram: a) observação sistemática e estruturada de uma oficina ministrada pelo Mestre da cultura; b) realização de entrevistas com o Mestre, com a gestão da escola e com o professor responsável pela mediação e realização da oficina no ensino fundamental ciclo I. Espera-se contribuir com o ensino da Educação Física nas escolas, a partir de temáticas relacionadas ao ensino e propagação da dança popular, visando enriquecer a formação cultural dos educandos.

O DESAFIO NA VALORIZAÇÃO DA CULTURA POPULAR: A INSERÇÃO DAS DANÇAS POPULARES NO CONTEXTO DA EDUCAÇÃO FÍSICA

LERRINE SCHILDBERG; RACHEL DUARTE [email protected] Universidade de Taubaté, Taubaté - SP

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Apresentamos elementos à orientação do ensino das atividades de aventura aos alunos das séries iniciais do ensino fundamental do Colégio de Aplicação Pedagógica da UEM - CAP, na pedagogia crítico-superadora. Trata-se de um projeto político pedagógico elaborado com base no Estado da Arte. As orientações didático-metodológicas visam sistematizar o conhecimento nos ciclos básicos de ensino. Demonstramos como conhecimento sobre a prática das atividades de aventura, por meio da organização coletiva de sua prática na escola e na comunidade, pode contribuir no desenvolvimento dos alunos.

Projeto Político Pedagogico: atividades de aventura como possibilidade pedagógica a partir de uma proposta crítico superadora

LIEGE MATHEUS DA SILVA; SILVANA DOS [email protected] Universidade Estadual de Maringá, Maringá - PR

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A meditação na escola tem sido apontada como uma ferramenta interessante para melhora do desempenho e das relações intrapessoal e interpessoal do aluno. Porém, essa prática não faz parte do cotidiano da maioria das crianças, será que aceitariam bem esse tipo de atividade? Esse projeto foi realizado na Escola Estadual Reverendo Professor Manoel da Silveira Porto Filho, localizada no Capão Redondo, São Paulo/SP, durante seis aulas de Educação Física e de Artes, com alunos do ensino fundamental I. Objetivos: apresentar a meditação aos alunos, avaliar a sua aceitação e os seus efeitos. Primeira semana: roda de conversa sobre meditação e seus benefícios; a meditação foi praticada no início das aulas. Segunda semana: ampliou-se o tempo da meditação. Terceira semana: na quinta aula do projeto, os alunos meditaram no final da aula; na sexta aula, meditaram no início e reproduziram no papel, desenhando e escrevendo, como se sentiram ao meditar. Sempre, ao terminar a meditação, os alunos puderam dizer quais foram suas sensações durante e após a prática. De modo geral, observou-se que os alunos compreenderam, aceitaram bem a proposta, e se mostraram empolgados em expressar suas sensações e sua percepção de evolução a cada aula. Notou-se que alguns alunos que apresentam dificuldades de aprendizagem e de comportamento, também demonstraram dificuldade em se concentrar e permanecer na meditação durante o período proposto, apesar de apresentarem melhora durante o projeto. Enfim, verificou-se que a maioria dos alunos ficou motivada, melhorou sua concentração na meditação, se mostrou mais calma, e capaz de prestar atenção no seu próprio corpo. Sensações comentadas: “relaxado”, “voando nas nuvens”, “o coração batendo”, “tontura”, “conversando com Deus”, “feliz”, “com minha família num lugar bonito”, entre outros. A partir dessa experiência, observou-se que a meditação é uma atividade possível e que pode proporcionar inúmeros benefícios aos alunos.

Meditação no Ensino Fundamental I: é possível?

LUCIA AFONSO GONÇALVES DA GAMA; DAISE CARDOSO DE [email protected] EE Rev. Prof. Manoel da S. P. Filho, São Paulo - SP

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O projeto surgiu a partir da Portaria nº 6.448/13 que dispõe sobre o calendário de atividades nas unidades rede pública municipal de São Paulo que estabelece “O Dia da Família na Escola”, visando atividades de integração das relações família/escola em consonância com o Projeto Político-Pedagógico. Na elaboração do projeto optou-se pela realização de uma unidade de conteúdo “pular corda”, pois observou-se que os discentes (5º ano do ensino fundamental) pulavam corda regularmente no recreio. Sendo assim, procurou-se valorizar as práticas corporais dos próprios estudantes. O projeto foi desenvolvido em quatro etapas e as atividades privilegiaram as interações cooperativas entre os estudantes, sendo utilizados estímulos auditivo, visual e cinestésico/proprioceptivo para atender as diferentes formas de aprender dos discentes. Na 1ª etapa os estudantes (re)conheceram e construíram jogos e brincadeiras de pular corda (nacional e internacional). Na 2ª etapa, aprenderam um esporte denominado Rope Skipping, pouco conhecido no Brasil, mas de rico valor educacional. Assim, vivenciaram novas formas de movimentar-se e “se movimentar” por meio das aulas, do Dia da Família na Escola e, da apresentação do grupo “Pé de Mola - Rope Skipping”. Posteriormente na 3ª Etapa, os discentes puderam ampliar o conhecimento e a prática deste esporte com a utilização de vídeos dos eventos denominados Ginástica para Todos e Dança de Rua. Ainda nesta etapa foram trabalhados conhecimentos relacionados aos temas da Saúde, Gênero e Preconceito (ét-nico e social) por meio do filme “Jump in!”. Na 4ª e última etapa, além do empréstimo de cordas para divulgarem o esporte no entorno da escola, os estudantes visitaram e socializaram os conhecimentos produzidos em outras três unidades escolares, fortalecendo o protagonismo juvenil e sua autoestima.

Rope Skipping: da corda individual a roda chinesa. Cordas, saltos, acrobacias e manobras - um percurso do individual ao coletivo

MARCOS VILAS BOAS1; OSVALDO LUIZ FERRAZ2

[email protected] 1 EMEF Plácido de Castro, São Paulo - SP2 Escola de Educação Física e Esporte - Universidade de São Paulo, São Paulo - SP

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Em decorrência da escassez de espaços apropriados à prática de atividades físicas, o desenvolvimento motor de crianças pode não ocorrer em harmonia com o processo natural de maturação. Tanto a facilidade tecnológica acessível aos sujeitos das classes média e alta pode ter impacto nas modificações e nos modos de vida de crianças e jovens na sociedade contemporânea, quanto a densidade demográfica, a restrição de espaços para o lazer e a violência urbana pode ter efeito deletério na formação de indivíduos das classes populares que frequentam escolas públicas. O desenvolvimento motor mal estabelecido pode contribuir para dificuldades de aprendizagem escolar como a inversão de letras e espelhamento. Os objetivos deste estudo foram: verificar a orientação espacial direi-ta-esquerda (OE) de alunos matriculados nos anos iniciais do Ensino Fundamental (EF) e comparar a OE com a idade cronológica (IC).Foram submetidos ao Piaget-Head 55 alunos do 3º ao 5º ano EF em escolas no Rio de Janeiro na faixa etária entre 7 a 12 anos: 34 alunos matriculados em uma escola municipal situada no interior de uma favela (EM); e 21 alunos matriculados em uma escola particular localizada num bairro de classe média (EP). A discrepância entre a idade cronológica e a idade motora na orientação espacial direita-esquerda é comum aos grupos investigados. No grupo EM a OE foi de 7,7 anos enquanto que a IC foi 8,4 anos. A OE no grupo EP foi 8,8 anos enquanto que a IC = 9,4 anos. Verificar o desempenho motor de alunos matriculados nos anos iniciais do ensino fundamental pode colaborar para subsidiar a elaboração de políticas e programas de intervenção nas aulas de Educação Física escolar que busquem auxiliar o desenvolvimento motor de alunos e minimizar possíveis dificuldades de aprendizagem escolar.

Orientação espacial de alunos de diferentes classes sociais

MATHEUS RAMOS DA CRUZ; FERNANDA DE CARVALHO NENARTAVIS; JOSÉ ANTONIO [email protected] Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

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Durante a fase do desenvolvimento, estar ciente do seu esquema corporal é estar consciente das possiblidades de movimentos e atitudes. Sendo o reconhecimento da estrutura corporal considerado um elemento básico e indis-pensável para a formação da personalidade da criança. A pratica do Yoga utiliza a experiência corporal e sensorial como base para a aprendizagem do autoconhecimento físico, mental, emocional e psicológico. As posturas físicas, e a respiração do Yoga associadas as aulas de Educação Física, tem como finalidade o desenvolvimento integral da criança em seus aspectos físicos, afetivo, intelectual, e social. O objetivo deste relato é apresentar o desenvolvimento do projeto “Yoga na Escola” o qual busca no contexto escolar promover a compreenção da criança com seu próprio corpo e seu cognitivo, percebendo-se e reconhecendo o outro e o espaço em que estão inseridos. As atividades foram realizadas durante as aulas de Educação Física de uma escola da rede privada na cidade de Florianópolis/SC. Participaram ao todo 76 crianças de 7 a 10 anos inseridos nos Anos Iniciais do Ensino Fundamental. As atividades tiveram início no ano letivo de 2017 e ocorrem duas vezes semanais, no turno vespertino. A abordagem como for-ma de intervenção do Yoga na escola foi o lúdico, como estratégicas utilizou-se de brincadeiras, jogos, e músicas, dança e diversas formas de expressão corporal, além das brincadeiras populares na Educação Física. Durante a observação participante foi possível atentar algumas considerações: as crianças apresentaram maior capacidade de concentração durante as atividades subsequentes, desenvolveram em curto prazo consciência e domínio corporal, adquiriram o hábito de parar, respirar, pensar para então agir. É possível, concluir que o Projeto Yoga na Escola contribuiu para a inserção de propostas pedagógicas no contexto da Educação Física na Educação Infantil e nos Anos Iniciais tornando o Yoga como objeto de intervenção.

Yoga na escola

MONICA BREDUN DA VEIGA; GELCEMAR OLIVEIRA [email protected] Florianópolis - SC

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Na Educação Infantil (EI) costuma haver diversos incentivos (arquitetônico, material, cores) para que as crianças se movimentem e sintam mais prazer e alegria na escola. Este universo lúdico da instituição escolar parece se modificar e ceder lugar para outra dinâmica quando do ingresso no Ensino Fundamental (EF), o que inclui a presença de um/a específico/a professor/a de Educação Física. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi identificar como as crianças concebem essa transição. A partir de uma abordagem exploratória de pesquisa, o estudo envolveu 41 crianças de duas turmas de 1º ano do EF de uma escola pública do interior de São Paulo. A coleta das informa-ções foi feita por meio de uma roda de conversa gravada e orientada por seis perguntas sobre o tema. Os dados apontaram que, para as crianças, a escola é um espaço prazeroso de aprendizagem e brincadeiras, embora identi-fiquem diferenças arquitetônicas e de organização na escola da EI e do EF. O parque, o pula-pula, as brincadeiras e a massinha foram recorrentemente citados pelas crianças como as vivências que elas mais sentem falta no EF. Outra dinâmica igualmente importante para as crianças foi o dia do brinquedo, aspecto este que elas gostariam que voltasse a acontecer na escola. Ainda que a escola tenha se mostrado como um lugar alegre e divertido pelas crianças, elas expressaram o brusco corte entre a EI e o EF, sinalizando para a necessidade de que seja repensado este momento de transição. Além disso, estas evidências podem contribuir para uma reconfiguração da Educação Física no EF retomando este universo de significação das crianças nas aulas.

A transição da Educação Infantil para o Ensino Fundamental na visão das crianças: algumas pistas para a Educação Física

NAIARA MARTINS DA SILVA SIQUEIRA; IZABELLA GODIANO SIQUEIRA; RODRIGO GONÇALVES VIEIRA MARQUES; LÍLIAN APARECIDA [email protected] Universidade Estadual Paulista, Bauru - SP

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A temática Beisebol surgiu dentro do projeto “Currículo Orgânico” numa escola estadual situada na Zona Leste de São Paulo, pertencente à Diretoria de Ensino Leste 2 em São Miguel Paulista. O projeto “Currículo Orgânico” explica para as crianças sobre as diferentes vertentes existentes na EFE e propõem para que as mesmas pesquisem em suas casas e produzam um texto escolhendo até três conteúdos que as mesmas considerem importantes para sua vida. Dentro destes conteúdos foi citado, por algumas vezes, a modalidade do Beisebol, que foi tematizado através de ilustrações, vídeos e explicações mediadas pelo docente nos momentos considerados teóricos. Já na parte prática, foi desenvolvido diversas brincadeiras de chutar bola, sendo modificada para algumas regras especi-ficas do esporte. Nesse contexto, foi possível trazer o jogo de Taco (Bétis) para a escola, incluindo o trabalho de rebatida na fase térrea e semi aérea, até que se chegasse nos jogos de base quatro com o uso modificado de alguns materiais do Beisebol.

O Beisebol como proposta nas aulas de Educação Física Escolar nos anos iniciais do Ensino Fundamental

PETERSON AMARO DA [email protected] São Paulo - SP

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Os estágios curriculares na formação inicial proporcionam significativos conhecimentos sobre a prática pedagógica e a construção da identidade docente. Este relato tem como objetivo, apresentar os desafios vivenciados pelos universitários durante a disciplina de estágio curricular supervisionado II e as estratégias utilizadas para superá-los. O estágio ocorreu em uma escola da rede estadual de Santa Catarina com estudantes do 3º ano do Ensino Fundamental. Neste contexto escolar são oferecidas atividades no contra turno do colégio, com a hegemonia das distintas modalidades esportivas, assim, a Educação Física escolar encontra resistência por parte dos estudantes, ao propor outros conteúdos possíveis, como: dança, lutas, práticas corporais de aventura, ginástica, entre outras. Entendendo o papel do professor, como mediador para construir junto aos estudantes a dimensão da disciplina no contexto escolar, ampliando a cultura corporal de movimento dos escolares e a consciência quanto aos papéis na sua formação, a metodologia durante as intervenções foi construída a partir de aulas expositivas e dialogadas em sala. Para tanto, como estratégia utilizou-se vídeos e imagens sobre as diferentes manifestações da ginástica, fomentando a discussão da relação dos movimentos básicos, semelhantes aos dos esportes. Além disso, foi desen-volvido, após um projeto de Capoeira, o conteúdo das lutas agregando mais significado e motivação dos alunos e oportunizando a realização de circuitos, estimulando os estudantes a participarem das atividades propostas para as aulas. Assim, conclui-se que estratégias de ensino que utilizam aulas dialogadas em sala, ferramentas digitais que permitem visualizar as novas práticas corporais e as atividades desenvolvidas fora da rotina escolar, ao mesmo tempo em que permitem a compreensão da dimensão da Educação Física escolar e ampliam a cultura corporal de movimento dos alunos, mesmo tratando-se da realidade limitada do estágio curricular.

Relato de experiência no estágio curricular: os desafios vivenciados na dinâmica de formação

PLINIO MARTINEZ RECHE JUNIOR; VINICIUS PLENTZ DE OLIVEIRA; ELISANGELA VENANCIO [email protected] Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

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O presente estudo surgiu a partir da constatação de um discurso presente na maioria das turmas de que certas brin-cadeiras eram consideradas “de meninas e outras de meninos”. Determinados pensamentos e atitudes resultavam em resistência por parte dos discentes em participar de algumas atividades propostas durante as aulas de educação física. O objetivo da pesquisa de campo é ampliar a participação nas aulas através da desconstrução de paradigmas e estereótipos que relacionem certos tipos de jogos populares com o gênero masculino ou feminino – Gênero é uma construção social que delimita as diferenças entre homens e mulheres na sociedade. A amostra é composta por alunos da Escola Municipal Manuel de Abreu, situada no bairro da Pavuna, zona norte do Rio de Janeiro e por alunos do Colégio Universitário Geraldo Reis, situado no município de Niterói, compreendendo turmas do ensino fundamental 1, com alunos de 6 a 14 anos. A metodologia empregada foi pesquisa de campo aplicada, com a utilização de vídeo para introdução das discussões sobre o tema, abordagem participativa buscando incentivar o diálogo e a participação dos alunos nas aulas de educação física, cujo conteúdo a ser trabalhado era os jogos populares. Os objetivos do estudo foram alcançados, já que se constatou maior participação e menor resistência dos alunos para participar das atividades propostas, assim como, notou-se a redução do discurso impregnado de estereótipos, antes verificado na fala dos discentes. Muitos alunos relataram que não brincavam de determinadas brincadeiras por vergonha ou por preconceito, e que vivenciar tais atividades foi uma experiência enriquecedora e favorável para uma melhor convivência de todos.

Discussões de gênero nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental 1 através da utilização de jogos populares

POLIANE GASPAR DE CERQUEIRA1; JULIANA TRAJANO DOS SANTOS2

[email protected] 1 Universidade Federal Fluminense, Rio de Janeiro - RJ2 Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, São João de Meriti - RJ

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No contexto escolar da Escola Municipal João Leôncio, localizada no município de Seropédica, o Projeto de Intervenção “Ensino de lutas na escola” surgiu da possibilidade de um trabalho teórico-prático no âmbito do PIBID/UFRRJ – Educação Física/Esporte. O ensino de lutas possui diversas possibilidades pedagógicas, envol-vendo a discussão dos conceitos, a prática de diferentes modalidades e o desenvolvimento atitudinal dos alunos. A abordagem do tema foi feita de forma reflexiva e mais abrangente atentando para desenvolver muito além do que somente capacidades e potencialidades físicas. Relatamos nossa experiência em planejar e ministrar aulas de Educação Física sobre a temática, sob a coordenação e supervisão dos professores. O projeto teve como proposito o desenvolvimento motor e atitudinal dos alunos, enfatizando o ensino de lutas, as questões corporais, a partici-pação cidadã democrática, as habilidades motoras e a diversidade cultural. As intervenções foram realizadas pelos bolsistas no Ensino Fundamental articulando a teórica com a prática na quadra e em sala de aula. No início, foi percebido um estranhamento por parte dos alunos, porém, os mesmos demonstraram curiosidade e prontidão. Observamos mudanças nas atitudes e progresso motor dos alunos, principalmente daqueles com comportamentos desviantes na escola. Os bolsistas vivenciaram as fases de planejamento, aplicação e avaliação no processo peda-gógico. Aferiu-se no ensino de lutas, que o professor consegue desenvolver este conteúdo, sem necessariamente possuir uma especialização em lutas.

Lutas na escola como elemento pedagógico: desenvolvimento motor e atitudinal

ROBERTA CRISTINA COELHO DE SOUZA1; VICTOR CORREIA DE OLIVEIRA2; JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS3; VICTOR MORAIS DE ANDRADE4; PAULO SAMUEL3; DIOGO VAN BAVEL BEZERRA5

[email protected] 1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Mesquita - RJ2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, São João de Meriti - RJ

3 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ4 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nilópolis - RJ

5 Secretaria Municipal de Educação de Seropédica, Seropédica - RJ

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O presente trabalho é fruto de análise de atividades pedagógicas do projeto PIBID, biênio 2015-2016, na Oficina de Movimento, realizadas com alunos/as do 5° ano na Escola Municipal e Centro de Educação Integral Pedro Dallabona, na cidade de Curitiba – PR. Com a finalidade de desconstruir estereótipos de gênero foram desenvol-vidas brincadeiras que meninos e meninas pudessem vivenciá-las, porém socialmente estereotipadas, de maneira que pudessem provocar diálogos sobre os conflitos e estereótipos. Ademais, considerando que as relações durante as aulas e o recreio eram violentas, o ensino dos jogos e brincadeiras aos alunos/as do 5° ano também teve o pro-pósito de que as crianças ensinassem as brincadeiras às demais durante o recreio. Brincar no elástico, bolinha de gude, amarelinha, pião, pular corda, betes, cinco marias, corrida de tampinha, peteca e cabo de guerra são parte do repertório. As atividades que envolveram as crianças na contextualização dos jogos e brincadeiras, geraram pesquisa sobre as diferentes formas de brincar. Neste sentido, dos jogos/brincadeiras aventou-se o conceito de cultura no que se refere as questões de poder, identidade e relações sociais. Nas observações e análises, os estereótipos de gênero emergiram no debate porque alguns meninos se negaram a participar da brincadeira de elástico, amarelinha e corda afirmando que eram atividades femininas. No entanto, após assistir o filme Jump In, e sob a supervisão dos bolsistas, os alunos motivaram-se a vivenciá-las. As meninas, contudo, envolveram-se nos diferentes jogos e brincadeiras, possibilitando a ambos os sexos a ressignificação através da experiência e do diálogo. As restrições corporais feminina e masculina refletem-se na construção cultural dos corpos dos/as alunos/as. Por isso os/as professores/as visam envolver ambos os sexos nos jogos e brincadeiras para que, através de debates, a partir da problematização dos estereótipos, aprendam sobre a convivência entre os sexos.

Descontruindo os estereótipos de gênero

ROGÉRIO GOULART DA SILVA; MARIA REGINA FERREIRA DA [email protected] Curitiba - PR

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Este presente relato tem como personagem principal o programa PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação a Docência), ao qual procura contribuir e incentivar a formação docente, iniciando acadêmicos de licenciatura na rede pública de ensino, elevando assim a qualidade da formação inicial dos futuros professores, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas e em práticas do-centes. Através deste programa, procuramos evidenciar as contribuições que o subprojeto 1 da Educação Física, intitulado “Experiências sociocorporais e educação física escolar: a docência que se constrói na escola”, trouxe para a nossa formação acadêmica, resultando no desejo pela docência. Essas contribuições se deram através de intervenções realizadas com turmas do ciclo I do Ensino Fundamental, em uma Escola Municipal na periferia de Curitiba, aos quais através do encontro com as crianças, com a escola e a docência construímos e ampliamos nossas experiências intelectuais e sociocorporais, bem como acarretou em uma troca de saberes entre acadêmicos e professores, na percepção das dificuldades da docência, na ampliação de uma sensibilidade para com a criança, nas diferentes maneiras de praticar a docência e também na compreensão de que o professor deve ter consciência crítica com relação à vida acadêmica na graduação.

Contribuições do PIBID na formação docente e acadêmica de alunos da licenciatura em Educação Física

TÂMISA SCHNEIDER; EMMANOEL [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

Apoio financeiro: PIBID/UFPR/CAPES

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No primeiro semestre do ano de 2017 inicie o ano docente na Escola Municipal de Ensino Fundamental (EMEF) Profª Judith Campista Cesar, escola com mais de 1000 alunos e 20 anos de existência. Da sua fundação que ocorreu em 1997 até 2009 a gestão era da Secretaria Estadual de Educação/SP (SEE); de 2009 a 2011 a gestão ocorreu de forma compartilhada entre a SEE e a Secretaria de Educação de Taubaté/SP (SET) e no ano de 2011 a gestão foi municipalizada passando a ser exclusiva da SET. Objetivo: Relatar as possibilidades de estimular a autonomia de alunos do 5º ano do ciclo II na resolução de problemas ocorridos nas execuções das atividades propostas nas aulas de educação física. Estratégias de ensino: Rodas de conversa, estímulos ao diálogo entre os alunos e o professor mediador. Ao longo do desenvolvimento das aulas, busquei intervir pouco nos problemas ocorridos em aula, procurei estimular o grupo de alunos a buscar a resolução dos problemas do grupo por meio do diálogo. Em dois momentos, no início e final das aulas, sistematicamente era aplicada as estratégias que representavam 1/3, cerca de aproximadamente 16 minutos das aulas que oficialmente tem 50 minutos. Considerações finais: A autonomia para resolução de problemas deve ser estimulada nos diferentes lugares, momentos e situações dentro do espaço escolar. No entanto, observa-se uma crescente necessidade de estímulos sistematizados à resolução de problemas ocorridos em aula a partir do diálogo, embora, sabe-se que este seja um caminho lento e longo, mas crê-se na sua eficácia, que passa pela construção das normas e condutas do próprio grupo de alunos, práticas contínuas e constantes de todos os agentes educacionais envolvidos nas ações pedagógicas também podem contribuir para a construção da autonomia do aluno e poderá gerar impacto nos outros campos da sua vida.

Educação Física Escolar: caminhos para a autonomia

TEÓFILO ANTONIO MÁXIMO [email protected] Centro Universitário Módulo, Caraguatatuba - SP

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Objetivo: Avaliar efeito do conteúdo de ensino relacionado a saúde nos níveis de aptidão física (AF) a atividades habituais (AH) de escolares. Metodologia: A amostra foi constituída por 14 crianças do Ensino Fundamental, de 9 a 10 anos, de ambos os gêneros de uma Escola da Rede Privada da cidade de Santos –SP. Para mensurar a AF foi utilizado o observatório PROESP-BR (2015) e para descrição das AH foi realizado um questionário baseado no IPAC (OMS, 1998). Entre o pré e pós teste foi aplicada uma intervenção de 12 semanas, sendo as aulas de educação física divididas em objetivos conceituais, procedimentais e atitudinais relacionados a atividade física e saúde. Foram estabelecidos junto a escola que os alunos tivessem quinze minutos diários para aplicação de jogos recreativos além do tempo destinado a Educação Física. Resultados: Após verificação de normalidade dos dados foi aplicado o teste T-Student para amostras independentes, sendo observada diferença estatística apenas para estatura, ainda que em valores percentuais observou-se redução na concentração na de risco à saúde (IMC de 43% para 29%; Força de membros inferiores: 71% para 43 %; Força abdominal: 86% para 14%, Agilidade de 100% para 14% e Teste dos 6 Min 29% para 0%. Quanto as AH, foi identificado uma elevada carga horária em práticas sedentárias, distantes de atingir a quantidade de horas indicados pela Organização Mundial da Saúde. Após a intervenção, houve uma queda no tempo utilizado com aparelhos eletrônicos, de 1580 min/sem, para 1395 min/sem. Conclusão: Os resultados encontrados não apontam diferenças estatísticas AF e AH. Novos estudos devem ser realizados para melhor compreensão e generalização desses achados.

Saúde como conteúdo de ensino na Educação Física Escolar

THALITA CAETANO; THIAGO ROGEL SANTOS FERREIRA; CARLA NASCIMENTO [email protected] Universidade Santa Cecília, Santos - SP

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Este trabalho trata da experiência discente, desenvolvida no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), na Faculdade de Educação Física da Universidade Estadual de Campinas em parceria com a Escola Municipal de Ensino Fundamental Padre Francisco Silva, uma Escola de Tempo Integral (ETI) da cidade de Campinas/SP. Destaca a promoção da vivência do Takkyu Volley no âmbito escolar. Desenvolvido em 1970 no Japão, Takkyu Volley é um jogo que envolve traços de dois esportes: vôlei e tênis de mesa. O jogo tem por carac-terística a promoção de ações que facilitem a inclusão social. Ele é praticado independente das pessoas terem ou não deficiências, com diferentes tipos e graus, idades e gênero variados. Durante 2 meses realizou-se um conjunto de aulas com turmas do 1º,4º e 5º ano, além da sua introdução com discentes do 2º e 3º ano do fundamental I. A dinâmica iniciou-se com apresentação visual do jogo a partir de uma linguagem interdisciplinar, explorando os aspectos culturais. Em seguida, os alunos confeccionaram raquetes com papelão e vivenciaram a prática do jogo de modo global incrementando a progressão das regras. Ao final das aulas e do ciclo de cada turma por meio de relatos pessoais, os discentes enunciaram suas opiniões em relação às próprias sensações, fluidez e a concepção do jogo em si sua origem, regras básicas e o caráter inclusivo. Conclui-se que a prática de uma nova vivência corporal, a reflexão a respeito de suas condições de existência permitiram outros olhares tanto dos alunos como do supervisor e estagiários do Programa a respeito de si mesmo seu grupo e sociedade, visto que a modalidade fomenta aspectos que afirmam as diferenças culturais de gênero, idade e deficiências.

Takkyu Volley: uma proposta inclusiva no âmbito escolar

THALITA CASSETTARI CAMPOS; VINÍCIUS PEREIRA CHIEPPE; MÁRIO LUIZ FERRARI [email protected] Faculdade de Educação Física - Unicamp, Campinas - SP

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O presente estudo teve como objetivo investigar, a partir de uma pesquisa com enfoque qualitativo, a percepção, por parte dos professores que ministram a disciplina Educação Física, em turmas do Ensino Fundamental I, em escolas da rede estadual no município de São Paulo – SP, a respeito do corpo da criança negra e o processo de construção de sua identidade. Partimos da hipótese que existe um desconhecimento por parte dos professores sobre as especificidades das questões do corpo e identidade que envolve os estudantes negros, cuja maioria é das escolas públicas. Esse desconhecimento, em parte, é resultado de uma formação geralmente monocultural e eurocêntrica, que acaba afetando diretamente a prática docente, fazendo com que os professores não tenham um olhar para as singularidades de uma criança negra. Como referencial teórico para analise utilizamos os estudos de Kabengele Munanga, Paulo Freire e Frantz Fanon.

Jogo consciente: a percepção de professores de Educação Física acerca do corpo da criança negra e o processo de construção identitária

THIAGO BATISTA [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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O presente relato de experiência apresenta a participação das crianças do 4º ano do Ensino Fundamental, na cons-trução do planejamento das aulas de Educação Física, em uma escola da Cidade de Santo André – SP, no primeiro semestre do ano de 2017. O objetivo deste trabalho foi dar voz as crianças na seleção dos conteúdos, atrelado aos conhecimentos trabalhados pelo professor, tendo como foco principal o estímulo do pensamento reflexivo sobre as práticas corporais. A primeira etapa da ação pedagógica foi mediada pelo professor relacionando as habilidades motoras básicas de locomoção, estabilização e manipulação a partir da tematização dos jogos e brincadeiras. O segundo passo se deu com as crianças, que buscaram pesquisar com os familiares jogos e brincadeiras que deveriam envolver as habilidades motoras básicas. Na terceira parte do trabalho, os estudantes trouxeram suas pesquisas e junto com o professor criaram uma lista de jogos que foram inseridos no planejamento. Na quarta fase, as crianças levaram um desafio para casa onde deveriam assistir qualquer manifestação corporal (esportes, danças, lutas, jogos e brincadeiras ou ginásticas) e fazer uma leitura crítica dessas práticas corporais, além de relacioná-las com as habilidades motoras básicas. O professor pediu que eles se atentassem aos comerciais, ao público, aos atletas ou participantes da modalidade escolhida. Na quinta fase, o professor mediou a apresentação das impressões evidenciadas pelos alunos na tarefa solicitada na quarta etapa, e como tudo isso influencia nas nossas aulas e na nossa vida. Na sexta etapa, as crianças iniciaram a apresentação de suas práticas pesquisadas para a turma e posteriormente seguimos para as vivências. Na etapa seguinte, os alunos realizaram uma avaliação online referente a todo o conteúdo desenvolvido, incluindo uma autoavaliação. A essência dessa prática pedagógica segue bases referenciais apoiadas em unidades didáticas de Zabala (1998), nas dimensões dos conteúdos de Cezar Coll (1998) e uma abordagem crítica de Kunz (2014), além de González e Schwengber (2012).

Ressignificando a prática pedagógica na Educação Física Escolar: a participação dos alunos na construção do planejamento

UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS1; VINÍCIUS DOS SANTOS MOREIRA1; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO2; PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO1; CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA1,3; VALDILENE ALINE NOGUEIRA4

[email protected] 1 Prefeitura de Santo André, Santo André - SP2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, São Paulo - SP

3 Prefeitura Municipal de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo - SP4 Faculdade Piaget, Suzano - SP

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A Educação Física no Colégio Agostiniano São José de São José do Rio Preto-SP, amplia seus saberes culturais enfatizando as Atividades Físicas nos Ambientes Naturais (AFANs). Este projeto teve por objetivo conscientizar os alunos sobre a prática de atividade física no ambiente natural. Os conteúdos curriculares foram desenvolvidos pelos professores com os alunos do Ensino Fundamental do 2º ao 5ºano em uma perspectiva interdisciplinar, utilizando os recursos e a infraestrutura do colégio. Na metodologia, compreenderam-se: o planejamento do projeto, a realização das atividades e a reflexão das ações propostas. Realizou-se uma avaliação diagnóstica pelo professor, através da observação nas aulas de Educação Física, surgindo a ideia de construir um projeto relacio-nado às AFANs. As atividades tiveram como propósito uma avaliação reguladora, que identificou as insuficiências e os acertos obtidos através das vivências. A avaliação final teve a intenção de descobrir se os procedimentos didáticos enriqueceram a aprendizagem dos alunos. Esse projeto representou um conjunto de ideias que trazem um diferencial na elaboração de atividades diversificadas, contendo subsídios às ações pedagógicas do professor com seus educandos, promovendo a abertura de caminhos para a vivência das manifestações da cultura corporal de movimento nos ambientes naturais em todas as esferas humanas.

A Educação Física Escolar como proposta diversificada no Ensino Fundamental I

VINICIUS APARECIDO GALINDO; LUCAS MILANI [email protected] Colégio Agostiniano São José, São José do Rio Preto - SP

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O objetivo deste trabalho foi descrever como se desenvolveu a tematização do esporte goalball nas aulas de Educação Física, ministradas para 52 alunos do 4º e 5º ano do Ensino Fundamental I, em uma escola municipal de Santo André, em 2016. A partir das proposições em reunião de reformulação do projeto político-pedagógico (PPP) e do mapeamento realizado de maneira participativa com os alunos, optou-se por tematizar o esporte goal-ball pelo fato de ter levantado muito interesse, dúvidas e curiosidades por parte dos estudantes. Para tanto, foram mobilizadas estratégias como: 1) Levantamento de conhecimentos prévios sobre goalball; 2) Busca de informações e testemunhos no âmbito familiar a cerca desse esporte paralímpico; 3) Estudo exploratório no ambiente virtual da escola buscando informações a partir das questões orientadoras levantadas em aula; 4) vivência do esporte da maneira como é jogado oficialmente e posteriormente reconstrução das regras e formas de jogar de maneira co-laborativa com os alunos para o ambiente escolar; 5) discussão sobre barreiras arquitetônicas, sociais e atitudinais relacionadas às pessoas com deficiência visual com base nos espaços da escola; 6) realização de um festival entre os alunos como encerramento da temática. A avaliação se deu durante todo o processo, considerando os registros elaborados pelos alunos, pelos professores, das discussões realizadas em aula e do envolvimento dos alunos durante a organização do festival. Com isso, foi possível verificar a ampliação dos conhecimentos dos alunos sobre esse esporte, estabelecendo um olhar mais crítico acerca dessa manifestação cultural.

Goalball na escola: ressignificando o esporte nas aulas de Educação Física Escolar

VINICIUS DOS SANTOS MOREIRA1,2; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS1; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO3; PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO1; CLAUDIO APARECIDO DE SOUSA1,4; VALDILENE ALINE NOGUEIRA5

[email protected] 1 Prefeitura de Santo André, Santo André - SP2 Prefeitura de São Paulo, São Paulo - SP

3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, São Paulo - SP4 Prefeitura de São Bernardo do Campo, São Bernardo do Campo - SP

5 Faculdade Piaget, Suzano - SP

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O objetivo deste projeto foi de proporcionar momentos de reflexão das atitudes, favorecendo a convivência e possibilitando a inclusão desses alunos no âmbito escolar. O projeto foi desenvolvido em uma escola Municipal do Vale do Paraíba, SP, com alunos de ensino fundamental I. A amostra foi composta por 15 alunos de ambos os sexos, com idade entre 8 e 11 anos, duas vezes por semana, nas aulas de educação física. Os instrumentos utiliza-dos: questionário, jogos cooperativos e competitivos, rodas de conversa, filmes e dinâmicas de grupo. Nos jogos competitivos, a intenção foi possibilitar situações de conflitos de relacionamentos, para os alunos resolverem. Nas rodas de conversa, a situação era discutida, propiciando momentos de construção dos valores. Nos questionários, constatamos que os alunos não possuíam a definição de valores como: solidariedade, honestidade e respeito. Inicialmente, nas aulas práticas, encontrávamos dificuldades para iniciar as atividades, pois queriam atenção e a convivência entre eles era muito difícil. Ao desenvolver o projeto, com alunos de idades variadas, pudemos desen-volver atividades que possibilitaram trabalhar: respeito, comprometimento, cuidado com o outro e a criação de vínculos afetivos. Concluímos que o projeto atingiu seu objetivo, pois houve a aproximação entre os alunos e entre alunos e demais profissionais da escola, havendo mudança nas atitudes, o que possibilitou a inclusão e aceitação desses alunos no ambiente escolar.

Relato de experiência: PIBID Educação Física construindo valores na escola incluindo e resgatando cidadãos

VIVIANE CRISTINA PAVANETTI DE SOUZA; CAMILA FORNACIARI FELICIO; JOSÉ RONIVAN DE FARIA; VÍRGINIA MARA PRÓSPERO DA [email protected] Universidade de Taubaté, Taubaté - SP

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Pelos princípios e procedimentos pedagógicos do currículo cultural, as aulas de educação física na Escola Municipal Prof. Walter Carretero situada em um bairro da periferia de Sorocaba, teve como tema no 4º Bimestre os “Esportes radicais e urbanos”: Parkour e Skate. Esse relato irá narrar sobre o ocorrido nas aulas de três turmas de ensino fundamental I, 4º ano E, 5º ano C e 5º ano D. Entre o fim do 2º bimestre e inicio do 3º bimestre, momento em que estávamos finalizando o projeto “Jogos Olímpicos no Brasil”, um aluno do 4º ano E, pediu por várias vezes se poderíamos estudar o parkour e o skate. Em uma das aulas o mesmo aluno trouxe um skate para a escola, nesse momento pude perceber o interesse por quase toda turma. Outros alunos perguntaram sobre o parkour devido um projeto social que estava acontecendo no bairro. Através desses fatos, escolhi para o 4º bimestre de 2016 temati-zar o Parkour e o Skate. Começamos pelo parkour, utilizando como materiais tatames, cones e cordas, logo após o skate, onde utilizamos um skate semi-profissional. Iniciamos com um mapeamento para levantarmos o maior número possível de informações sobre essas modalidades esportivas, foram varias rodas de conversas com bases em artigos e informações da internet. No decorrer das aulas, além da prática, objetivamos problematizar assuntos como o vandalismo nas ruas da cidade e o bullying referente ao corpo. Buscamos através de imagens retiradas da internet, filmes e textos, contextualizar e ampliar o conhecimento relacionado ao tema. Como avaliações ocorridas durante todo o projeto, utilizamos registros escritos, fotos e rodas de conversa onde cada aluno pode expressar sua opinião de forma livre e respeitosa. Finalizamos todo trabalho com os alunos criando suas próprias manobras, tanto no parkour como no skate, cada um de acordo com suas limitações.

Esportes radicais e urbanos: Parkour e Skate

WELINGTON SANTANA SILVA JÚ[email protected] E.M.Prof. Walter Carrereto, Sorocaba - SP

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O tema pluralidade cultural diz respeito ao conhecimento e a valorização de características étnicas e culturais dos diferentes grupos sociais que convivem no território nacional. A Educação Física dentro de sua especificidade deve abordar os temas transversais, apontados como temas de urgência para o país como um todo, além de permitir vivenciar diferentes praticas corporais oriundas das mais diversas manifestações culturais. Esta pesquisa inseriu as lutas corporais indígenas na Escola Municipal Anita Catarina Malfatti para alunos do ensino fundamental I. Para tanto, foi utilizado o método de pesquisa-ação com duas turmas do Projeto Cidade na Escola do município de Diadema, com o intuito de seguir a sequência lógica de espiral cíclica proposta por Lewin. Nesse sentido, a pesquisa-ação se deu de forma a contemplar os aspectos culturais indígenas por meio das lutas corporais nativas. As ferramentas utilizadas nesta pesquisa foram grupos focais e diário de campo, os grupos focais foram utilizados no sentido de mediar as discussões a cerca da cultura sem intervir de forma tendenciosa e o diário de campo para anotações e organizações das observações do processo. Com as aulas e as observações constatadas o estudo rea-lizado compreende que é possível trabalhar com a cultura indígena nas aulas de educação física escolar podendo ser uma excelente ferramenta pedagógica capaz de promover uma melhor discussão sobre a pluralidade cultural, tendo como subsidio as lutas corporais indígenas.

Lutas indígenas uma ferramenta para pluralidade cultural dentro da Educação Física Escolar

WESECLEY SANTOS DA [email protected] Faculdade Drummond, São Paulo - SP

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Localizada ao lado de um campo de golfe, a EMEF Ângelo Argenton, situada na área rural do Município de Louveira – SP, recebeu a proposta de utilizar o golfe como conteúdo das aulas de Educação Física. O presente relato descreve práticas pedagógicas que focaram o golfe durante as aulas de Educação Física no 3º ano do Ensino Fundamental I. Durante a aula de Educação Física, os alunos deslocavam-se da escola para o campo, onde a aula de 1h30 era acompanhada pela Professora de Educação Física da turma e por instrutores de golfe. Durante um ano, os alunos aprenderam a manusear o taco de golfe, a deslocar-se pelo campo em situação de jogo e a utilizar tacos específicos para diferentes tipos de jogadas; participaram, ainda, de Campeonatos de Golfe para sua faixa etária. Destaca-se a possibilidade de interação entre as diferentes condições de habilidades dos alunos, que podem ser facilmente administradas, haja vista que a auto superação é um desafio constante do praticante, o que ampliou a motivação nos alunos para as aulas. Por meio de fotos e vídeos, foram registrados os progressos dos alunos, o que permitiu-nos concluir que a utilização do golfe nas aulas de Educação Física proporcionou situações de apren-dizagem nos aspectos procedimental, conceitual e atitudinal, além de ampliar o repertório dos alunos em termos de cultura corporal de movimento.

Golfe nas aulas de Educação Física: ampliando o repertório da cultura corporal das crianças com um esporte de gentilezas

YGOR RIBEIRO BATISTA1; BRUNO PORTO DOS SANTOS2; REGINA CÉLIA DENADAI2,3; DANILO MORAES TERRA2,3; JOÃO PAULO DA COSTA LIMA3; PEDRO DA COSTA LIMA3; GRACIELE MASSOLI RODRIGUES4

[email protected] 1Escola Superior de Educação Física de Jundiaí, Jundiaí -SP2Prefeitura Municipal de Louveira, Louveira - SP

3Coruja Golfe Clube, Louveira - SP4Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP

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Este relato é sobre a prática pedagógica da implementação, iniciada em 2014, gradual de rotina de exercícios físi-cos nas aulas de Educação Física para turmas do Ensino Fundamental I. As turmas envolvidas são do primeiro ao quarto ano de uma escola Municipal e quartos e quintos anos de uma escola Estadual, ambas localizadas na cidade de Porto Velho, capital de Rondônia. O objetivo inicial era estabelecer um norte para sistematizar e testar o emprego de alguns conteúdos para a Educação Física nos anos iniciais do Ensino Fundamental. Os conteúdos elencados foram: alongamentos, aquecimentos, exercícios de força e cardiovasculares. Como estratégia, os alunos do primeiro ano, no primeiro contato com a Educação Física e em todas as aulas práticas, foram expostos à uma rotina, em torno de 15 minutos, de exercícios de alongamento, aquecimento, de força e cardiovascular. Adicionalmente, foram instigados a responder como se executava cada um dos tipos de exercícios, criando um conceito sobre cada um. Os exercícios propostos não exigiram uso de material e foram praticados em uma quadra desportiva coberta em ambas as escolas. Por fim, foram informados sobre a importância e função de cada tipo de exercício físico. A cada ano novo, as turmas pioneiras avançavam praticando a rotina de exercícios com a adição das novas turmas. Os resultados apontam uma dramática redução no número e na gravidade de acidentes nas aulas ao longo da imple-mentação; as brigas físicas entre alunos e acaloradas discussões entre alunas também diminuiu; o uso excessivo da voz do professor (causando rouquidão) encerrou-se. A percepção subjetiva dos professores foi elemento essencial para o procedimento de avaliação, uma vez que observamos uma resposta positiva em relação ao comportamento dos alunos durante as aulas. A rotina de exercícios não-lúdicos não levou os alunos à desmotivação, mantendo na quase totalidade a participação dos mesmos.

Rotina de exercícios físicos nas aulas de Educação Física no Ensino Fundamental I: relato de experiência

YURE BARRETO [email protected] Secretaria Municipal de Educação - Prefeitura de Porto Velho, Porto Velho - RO

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O objetivo do presente relato é apresentar a estratégia de aula que buscou melhorar a atenção e memorização em atividades de sala de aula de crianças do ensino fundamental I. Utilizou-se de 50 bambolês, distribuídos de 5 em 5, totalizando 10 fileiras. Desenha-se o layout e marca-se X em 2 arcos, XB em 2 arcos, e um arco fica em branco para indicar onde a criança pode pular e não terá bombas. Quando a criança pula no X é feito um barulho com a boca que caracteriza uma bomba. Com isso, ela sai e volta para fila. No XB é realizado outro barulho com a boca, e para passar de fileira, tem que responder uma pergunta. As perguntas foram feitas com o assunto em matemática com contas de multiplicação e divisão – relatado como difícil. Por último o arco que está em branco quando a criança pular nenhum barulho com a boca é realizado, indicando que ele passou de fileira. Em relação ao escolher o arco que a criança quer ir ela pode pular com um pé, dois pés ou indicar com o dedo o qual arco ela quer, e a mesma pode se deslocar para ele, uma variação da atividade, é ter em mãos 2 layouts (gabaritos) pois com o tempo as crianças vão memorizando com facilidade as sequencias, então pode variar os 2 gabaritos para dificultar a me-morização. As crianças quando realizam o campo minado, se sentem desafiadas, e através dele melhoram a tomada de decisões e a memorização. Desde a primeira aplicação da atividade é notável a melhora de algumas crianças na resolução de contas de matemática e outras matérias, salientando a importância do diálogo entre professor de sala juntamente com o professor de educação física.

Atividade campo minado

WESLLEY FRICK MESQUITA POSSARI; MARIANA DE CÁSSIA SILVA; PATRICK DE OLIVEIRA PALMAS; RONEY JOSE DE CARVALHO; JANE APARECIDA DE OLIVEIRA [email protected] Univas - Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre - MG

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Ao chegar, anuncio que teremos uma atividade muito legal e que nessa atividade irei ensinar a todos como fazer sua própria massinha de modelar. Para minha surpresa, todas as turmas (inclusive a dos mais velhos) aceitaram muito bem a proposta e demonstraram grande interesse. Ceguei na primeira sala que iria dar aula e comecei os preparativos. Foi incrível como já estavam todas “kids” dentro da sala e a atenção e curiosidade que todas tiveram, a explicação foi rápida, escrevi na lousa os ingredientes e expliquei como seria o processo, aparentemente, todas entenderam. Comecei o processo da mistura dos ingredientes e todas as “kids” se espremiam por um lugarzinho mais a frente para observar o processo. Eram muitos rostinhos contentes olhando um adulto mexendo ingredientes dentro de uma tigela imensa. Aquilo foi algo que me chamou a atenção. Como um ato tão simples do nosso cotidiano pode representar tanto para aqueles seres humanos pequeninos. Lentamente uma massa gigante se formava, suficiente para presentear todos aqueles rostinhos felizes e curiosos. Ordenei que fizessem uma fila e comecei a distribuir um pouquinho para cada “kids”, permitindo que cada uma escolhesse a cor que mais a agradava. Imediatamente após receberem a massinha, elas começaram a brincar e formar diversos objetos e desenhos. Observei também que vez ou outra trocavam entre elas um pedacinho de cada cor, formando uma cor nova em cada desenho e em cada massinha diferente. Gostei do resultado das aulas e felizmente em todas as turmas, a proposta deu certo. Finalizo assim meu relato, relato de uma experiência diferenciada que acabei vivenciando, e nem esperava. Experiência essa que me trouxe uma série de valores diferentes e, acima de tudo, um entendimento muito maior sobre a mente e o coraçãozinho desses seres humanos pequeninos, que eu carinhosamente hoje, chamo de “kids”.

Oficina pedagógica – criação de massinha de modelar

YURI GABRIEL FARIA REZENDE; SARAH CAVALCANTE DE MORAIS; LUANA DA SILVA BUENO; JANE APARECIDA DE OLIVEIRA [email protected] Univas - Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre - MG

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Durante seis semanas, com a turma do 5º ano da escola Caic do Fátima, foi realizado varias brincadeiras voltadas para a cooperação, dentre todas as brincadeiras uma me chamou a atenção: a bexiga no balde. Antes da realização da atividade os alunos já estavam separados em equipes de seis integrantes. Para execução, elas deveriam colocar no papel seu planejamento, a execução e avaliação, sendo que primeiramente elas planejavam, então realizavam a brincadeira proposta no dia, logo descreveriam a execução e compararia ambas para que possa ver se a execução saiu conforme o planejado. Dentre todas as brincadeiras a bexiga no balde foi uma das mais simples, porém a mais difícil para os alunos, pois todos deveriam trabalhar em equipe, respeitar o tempo de cada um, e conseguir seguir o planejamento. A brincadeira seria, o grupo de seis alunos receberiam cinco bexigas, sendo que o objetivo era que todos chegassem ao balde e colocasse todas as bexigas sem derrubar no chão, se ocorrer isso deveria voltar desde o inicio. As regras são simples, não pode colocar as mãos e nem os pés. Durante a execução cada equipe planejou de uma forma, porem a que mais deu certo foi a que colocavam entre eles, que seria a bexiga na barriga, então andaria lentamente para não voar, e não poderia pressionar a bexiga para que não estourasse, ao chegar no balde, o primeiro colocava a bexiga aproximando seu tronco perto do balde desde que todos acompanhem seu deslocamento, logo que colocou ele tirava a bexiga para que o próximo colocasse e assim sucessivamente. Os alunos ao avaliar seu planejamento com sua execução perceberam que nem sempre o que se planeja, será realizado com êxito. Os alunos perceberam que o planejamento é o primeiro caminho, e assim, a execução será bem mais difícil.

Brincadeiras pedagógicas

LUANA DA SILVA BUENO; YURI GABRIEL FARIA REZENDE; SARAH CAVALCANTE DE MORAIS; JANE APARECIDA DE OLIVEIRA [email protected] Univas - Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre - MG

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Essa atividade foi criada em um dia atípico de serviço, estava ocorrendo um campeonato de futsal, e tinha ape-nas a quadra de vôlei para dar aula. Eu estava trabalhando com uma turma de meninas de 7 a 10 anos, a parte de membros superiores em relação aos esportes através de atividades lúdicas. Nesse dia eu tinha prometido dar queimada para elas, porém como as quadras estavam ocupadas me restou adaptar uma queimada no vôlei traba-lhando as habilidades motoras inserindo alguns fundamentos do esporte. O grupo foi composto por 20 alunas. O jogo se inicia com o jogador que esta na rede, ele tem que passar a bola por cima da rede, se o adversário pegar a bola ele deve manda-la por cima da rede, caso o adversário não pegue e ela caia no chão, o jogador que a bola caiu mais perto está queimado. Quando um jogador é queimado o time oposto faz o rodizio. O jogador que for queimado deve pegar a bola ir atrás da linha da quadra de vôlei do outro time e tem 3 tentativas de saque, se não obtiver sucesso no saque, a bola passa a ser da outra equipe. Ganha o time que queimar mais pessoas. O jogo foi um sucesso entre as meninas, e elas querem jogar todas as aulas, já foram notadas algumas melhoras, como tempo de bola e precisão de força aplicada.

Queimada-Vôlei

MARIANA DE CÁSSIA SILVA; PATRICK DE OLIVEIRA PALMA; WESLLEY FRICK MESQUITA POSSARI; JANE APARECIDA DE OLIVEIRA [email protected] Univas - Universidade do Vale do Sapucaí - Pouso Alegre - MG

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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID) possibilitou o contato com a EMEF Dilermando Dias dos Santos e com o trabalho desenvolvido pelo professor de educação física durante os meses de abril, maio e junho do ano 2017. Considerando o contexto atual das escolas brasileiras em que a diversidade cultural é comum, lidar com as diferenças de gênero são desafios enfrentados cotidianamente. Entendemos que a escola pode desempenhar um papel importante neste aspecto, atuando de forma crítica e atenta as características do seu público, com projetos e principalmente estabelecendo um diálogo com os alunos. E com o objetivo da redução do desrespeito entre diferentes gêneros, o professor de educação física desenvolveu em suas aulas o conteúdo de Jiu-jitsu para os alunos de duas turmas do 9° ano do Ensino Fundamental. Como estratégia de ensino foram utilizados vídeos, pesquisas e uma sala com tatame para as experiências práticas. O professor ministrava aulas conceituais, abordando conteúdos sobre a história, valores estimulados no Jiu-jitsu e solicitava que os alunos realizassem pesquisas que seriam apresentadas posteriormente como avaliação. Durante as ati-vidades práticas a participação foi satisfatória, eram realizados alongamentos e aquecimento antes dos combates, ficando sobre responsabilidade do professor tanto a seleção dos alunos quanto a mediação dos confrontos corporais. Em todas as atividades práticas, mesmo com a participação de meninos e meninas juntos, os alunos apresentaram um comportamento respeitoso diante das características individuais dos colegas, demonstrando compreender os limites corporais e valores estimulados ao longo das aulas. Conclui-se que o trabalho do conteúdo lutas contribuiu para um comportamento mais harmonioso entre os alunos, colaborando para um posicionamento ético diante de outro, representando um avanço positivo com relação ao relacionamento estabelecido entre meninos e meninas durante as aulas de educação física.

Diferenças de gênero e o Jiu-jitsu nas aulas de Educação Física do Ensino Fundamental II

ROBERTO ALVES FEITOSA1; CAIO FILIPE DOS SANTOS UMEI2; PALOMA TAVARES FERREIRA1

[email protected] 1 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP2 EMEF Dilermando Dias dos Santos, São Paulo - SP

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Compreender a dinâmica de funcionamento dos jogos, ginásticas, lutas, esportes, danças, brincadeiras e outros conteúdos pode colaborar com o planejamento dos professores de Educação Física. Ao conhecer as diferentes inte-rações entre os participantes nas práticas corporais, o professor pode alterar a forma de ensino em cada uma delas, além de encontrar mais clareza para definir seus objetivos. Tais conteúdos envolvem práticas corporais que podem ser analisadas a partir das interações que proporcionam aos participantes. Dentre as possibilidades de classificação das práticas corporais, uma delas estabelece a identificação de práticas corporais sociomotrizes de cooperação, ou seja, envolvem exclusivamente relações entre companheiros com interação de cooperação entre eles. Exemplos, nó humano e ginástica geral. Em tais cenários os/as estudantes podem experimentar uma situação de solidariedade e respeito ao outro durante todo o desenrolar da atividade. Neste sentido, este trabalho teve como objetivo identificar as manifestações dos/as estudantes sobre as práticas corporais sociomotrizes de cooperação. Para tal a abordagem de pesquisa foi qualitativa e do tipo exploratória, envolvendo 207 alunos/as de uma escola estadual do interior de São Paulo. Os/as estudantes vivenciaram práticas corporais sociomotrizes de cooperação durante as aulas regulares de Educação Física, a saber: nó humano, passa bola cooperativo, passa bastão, pirâmide humana, carriola humana e bola no lençol. Ao final das aulas, os/as estudantes responderam a um questionário sobre seus sentimentos despertados na vivência realizada. Os dados evidenciaram que as palavras que mais apareceram nos questionários foram: trabalho em equipe, felicidade, cooperação e respeito. Podemos supor que a interação de cooperação influenciou nas respos-tas dos alunos/as, revelando uma particularidade de sentimentos que parece ter sido construída pelas atividades que foram realizadas. Outras reflexões deste processo também acenam para a seleção dos conteúdos nas aulas e para o reconhecimento de que atividades distintas produzem situações de aprendizagens também diferentes.

Práticas corporais de cooperação: reflexões sobre o que elas despertam nos/as estudantes

ADRIANO GOMES DE MORAES; RODRIGO GONÇALVES VIEIRA MARQUES; NAIARA MARTINS DA SILVA SIQUEIRA; LÍLIAN APARECIDA [email protected] Departamento de Educação Física - Faculdade de Ciências - UNESP, Bauru - SP

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Objetivo desse trabalho foi construir um Livro Didático sobre Lutas para o Ensino Fundamental e Ensino Médio que poderá auxiliar professores/as atuantes em suas aulas. Para o desenvolvimento desse estudo, realizamos um levantamento de artigos, dissertações, teses e livros publicados relacionados ao tema nos principais periódicos da área de Educação Física vinculados a CAPES e ao NUTESES. Nesse contexto, pesquisamos as seguintes palavras-chave: “livro didático educação física”, “livros didáticos educação física” e “livro didático lutas”. Para criação do livro elencamos eixos temáticos de conteúdos da cultura corporal de movimento relacionados às Lutas, possíveis de serem desenvolvidos nas aulas. Assim, procuramos apontar em cada um desses eixos temáticos os aspectos importantes a serem abordados na escola, além de elaborar estratégias para o seu desenvolvimento pedagógico. Os eixos temáticos selecionados são: “Origem, História e Filosofia das lutas”; “As Lutas no Brasil”; “Problematizações e reflexões sobre as Lutas”; “Ensino global das Lutas”; “Lutas de distância para agarre”; “Lutas de distância para golpes”; “Lutas de distância para implemento fixo”; “Lutas de distância para implemento de lançamento”; “Lutas de distâncias mistas”; “Laboratórios de luta”; “Formas”; “Possibilidades para fechamento de projetos”. Cada um desses eixos conta com uma série de atividades, jogos, reflexões, problematizações, discussões, exemplos de vídeos, imagens e textos.

Livro didático sobre lutas para a Educação Física Escolar: uma proposta para o Ensino Fundamental e Ensino Médio

ÁLEX SOUSA PEREIRA; FÁBIO PINTO GONÇALVES DOS [email protected] Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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O objetivo desse estudo foi de analisar como o jogo de videogame Kinect Sports (Xbox 360) auxilia no enten-dimento das regras básicas e as características do atletismo, sobretudo, em relação as provas de campo e pista. Assim, esta pesquisa foca a experiência de uma unidade didática de atletismo com três aulas duplas, em uma escola pública de Ensino Fundamental no Estado do Ceará. A Implementação ocorreu de modo colaborativo entre o pesquisador e o professor de Educação Física da escola, para uma turma do 6° ano do Ensino Fundamental. Após cada aula, foi realizado um diário de campo com as principais impressões do pesquisador. A escola contava com uma TV LCD 32”, porém o videogame foi providenciado pelo próprio pesquisador. A elaboração das estratégias de ensino ocorreu em três momentos: os alunos foram incentivados a refletir sobre a aula por meio de indagações problematizadoras; em seguida, vivenciavam as provas do Xbox 360; por fim, ocorreu uma discussão acerca das possibilidades e limitações dessa ferramenta, no que diz respeito as regras básicas e as características de cada pro-va. Como avaliação das aulas, os alunos apresentaram um vídeo relatando o que aprenderam durante as aulas. Foi evidenciado que o videogame contribuiu para o aprendizado das regras básicas e das características das provas. Portanto, o videogame associado a uma mediação pedagógica pode ser uma excelente ferramenta para auxiliar o professor no ensino do atletismo.

Educação Física Escolar e TIC: possibilidades pedagógicas para o ensino do atletismo por meio do jogo de videogame (Xbox 360)

ALISON NASCIMENTO FARIAS; FERNANDA MORETO [email protected] Assistente Doutor da Universidade Estadual Paulista

Júlio de Mesquita Filho, Rio Claro - SP

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Este estudo parte da participação no Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência (PIBID), mais espe-cificamente, relacionado ao subprojeto de Educação Física. Nessa participação, teve-se como objetivo, desenvolver um projeto de intervenção pedagógica de oito aulas focadas no ensino do conteúdo de Lutas. O público para o qual o trabalho foi desenvolvido se refere à turma de 8º ano de uma escola pública do município de Irati/PR. O conteúdo utilizado nesse projeto foi fragmentado em alguns temas, tais como: jogos de oposição, lutas com agarre, lutas com implemento e capoeira. Muitas vezes o conteúdo das lutas no âmbito escolar é visto de forma errônea, devido a essa prática ser associada às lutas midiáticas. Realizou-se então, uma pesquisa com os alunos sobre a concepção deles sobre a essa temática. Por meio dessa pesquisa, foi possível identificar a percepção dos alunos, de que ‘’luta e briga’’ são coisas muitos semelhantes, ou até mesmo, idênticas. A assimilação das lutas com a violência, não está apenas na concepção dos alunos. Um dos objetivos desse projeto, foi refletir sobre a diferença de Luta e Briga, para que os alunos consigam compreender qual o papel do conteúdo de Lutas no âmbito escolar. O tempo foi insuficiente para identificar a diferença antes e depois de reflexionar essas questões, portanto, acredita-se que para ressignificar esse conceito é necessário um tempo maior, pois se trata de todo um processo de ensino-apren-dizagem. Considerando a pesquisa realizada com os alunos, as aulas ministradas e as observações, conclui-se, que, a influência da mídia em qualquer prática corporal, faz com que as mesmas sejam vistas, muitas vezes, de forma errada, e, cabem a nós, professores de Educação Física, desmistificarmos esses conceitos.

Relato de experiência sobre as lutas numa visão pedagógica

AMANDA PONTAROLO REINEHR1, LARIZA FERREIRA1, EVELLINE CRISTHINE FONTANA1, NELSON PRINCIVAL JUNIOR2, BRUNA GISELE BARBOSA1

[email protected] 1 Universidade Estadual do Centro Oeste, Guarapuava - PR2 São Luís EAD

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O presente artigo pretende analisar as perspectivas do Sistema Apostilado de Ensino Fundamental II de Boituva referente à disciplina de Educação Física. Este Sistema Apostilado, produzido e atualizado em conformidade com Parâmetros Curriculares Nacionais, é da Linha NAME (Núcleo de Apoio a Municípios e Estados), da empresa Pearson. Analisando estas concepções, pude observar que a ótica da Educação Física no Sistema Apostilado que Boituva aderiu é uma hibridização dos currículos: psicomotor, dos estudos culturais, do multiculturalismo e dos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN’s), pois considera o direito do aluno a se desenvolver tanto fisicamente, quanto psicológica, social e cognitivamente; valoriza a cultura corporal e suas práticas; pretende, através de suas atividades, contribuir para a ocorrência de atitudes não discriminatórias e não preconceituosas; busca a conscien-tização de hábitos saudáveis e de relações interpessoais benéficas.

Visão curricular da disciplina de Educação Física do sistema apostilado de Ensino Fundamental II de Boituva

BEATRIZ ANDREA FERNANDES1; RUBENS ANTONIO GURGEL VIEIRA1,2

[email protected] 1 Faculdade de Educação Física da ACM Sorocaba - FEFISO, Sorocaba - SP2 Unicamp, Campinas - SP

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O presente relato de experiência tem a pretensão de socializar com o ambiente acadêmico uma prática pedagógica desenvolvida na Escola Estadual Osvaldina Ferreira da Silva localizada no Distrito de Ilha de Santana-AP promovida pela disciplina educação física mediante o conteúdo Dança. Participaram de 4 encontros, duas turmas contendo 50 alunos/as do 3º ano do Ensino Médio do turno da tarde. O conteúdo, de antemão, visava transcender a dimensão técnica-procedimental e optando por suscitar problematizações acerca dos tipos de dança, formas de dançar, análise das letras das músicas, bem como, na concepção dos alunos em qual classe social determinadas danças estão mais presentes. Durante as aulas que se deram mediante apresentações dançantes dos grupos e questionamentos obrigató-rios que se faziam do grupo para a turma e da turma para o grupo, através de uma configuração dialógica pautada na pedagogia freireana e de uma busca pela autonomia, algo como um “conhece-te a ti mesmo” como propõe a filosofia socrática, e o multiculturalismo crítico na medida em que aspectos como respeito às diferenças, estereótipos, quebra de paradigmas, questões de gênero, etnia, hegemonia, conflito de classes, foram sendo (re)construídos e trazidos à tona, foram, também, sendo explorados e ressignificados de forma que, ia sendo percebido o quão o ser humano é histórico-dialético e que a (multi)cultura faz parte dessa dinâmica hegemônica, e a dança como linguagem e expressão corporal de uma determinada cultura ou multiculturas têm relação com aspectos sócio-econômico-político-sociais, emaranhado esse que, muitas vezes, determina e conforma ideologias que só suscitam o preconceito, a discriminação, o machismo através de sua inculcação hegemônica de um grupo (opressor) detentor do poder em detrimento de um outro grupo (oprimidos) minoritário, como por exemplo a questão do que é erudito e o que é popular? Portanto, conclui-se que esta forma de conduzir a Dança como conteúdo da cultura corporal de movimento pode ser apresentada num caráter contra-hegemônico a partir do momento que o posicionamento do educador está bem decidido, ou seja, se é numa pedagogia da resistência, como um bom intelectual orgânico, ou se visa conservar a hegemonia colonizadora vigente.

Construção de um currículo multicultural nas aulas de Educação Física: relato de uma prática educativa contra-hegemônica

BENTO NUNES FILHO1; DEMILTON YAMAGUCHI DA PUREZA1; MESAQUE SILVA CORREIA2

[email protected] 1 Universidade Federal do Amapá, Macapá - AP2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, Porto Grande - AP

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Esse relato se configurou a partir de uma experiência com uma turma do ensino fundamental da EJA (Educação de Jovens e Adultos), localizado nas salas anexas da UNIVAG/VÁRZEA-GRANDE-MT, com o objetivo de abordar uma temática que trouxesse movimento e alegria, tendo em vista a necessidade de intervenção diferenciada para o público em questão, encontrando assim, nas brincadeiras auxílio para tal. O conteúdo foi trabalhado em três aulas sequenciadas, no primeiro momento, foi proposta uma roda de conversa facilitando a troca de experiência sobre as brincadeiras de infância dos alunos, começaram assim, expor as mesmas, as que eram mais frequentes em sua vida diária e aquelas que mais gostavam em seguida, eles foram convidados a representá-las em sala de aula, situação que foi recebida por alguns com surpresa, mas que no final todos concordaram em participar. Foi pedido para que selecionassem das brincadeiras mencionadas na roda de conversa, as que eles gostariam de vivenciar novamente, sendo essas escolhidas: Telefone sem fio, atirei o pau no gato, ciranda cirandinha, e representações de mímicas, nestas ações citadas, não foi necessário nenhum tipo de material didático como recurso. A avaliação se deu ao final das três aulas em uma conversa individual com cada aluno, onde tivemos um respaldo positivo dos mesmos, podendo reconhecer nas falas a satisfação em vivenciar as atividades. Esta experiência foi de fundamental importância para o reconhecimento, o redescobrir de cada indivíduo envolvido, visto que o público-alvo destas aulas, quase sempre advém de uma precariedade de Lazer/prazer desde a infância, pois incorporam muito cedo as responsabilidades adultas e acabam abandonando a sala de aula precocemente, retornando a escola em idade avançada.

Brincadeiras como conteúdo da Educação Física Escolar: um relato de experiência com uma turma da EJA – Educação de Jovens e Adultos

CLAUDINEIA PAULA FIGUEIREDO; JOSÉ TARCÍSIO [email protected] Universidade Federal de Mato Grosso, Cuibá - MT

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O desenvolvimento do conteúdo xadrez como ferramenta pedagógica no contexto escolar possibilita ao aluno a tomada de decisões em situações de conflitos cotidianos, fomentando o desenvolvimento cognitivo, o estímulo da concentração e a memória. O objetivo deste relato é apresentar as possibilidades do uso do xadrez, como ferramenta pedagógica, evidenciando as manifestações culturais do movimento na Educação Física. O projeto de xadrez foi aplicado em uma escola da rede pública municipal de Santa Catarina, atendendo alunos do 7 ao 9 ano do ensino fundamental, unidade em que estão inseridos os bolsistas de iniciação à docência (ID) do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) orientados pela professora supervisora de Educação Física. Para tanto, neste projeto, nas primeiras aulas ocorre a orientação dos alunos quanto aos benefícios do xadrez, sua história e formas e estratégias de jogo. Foram ministradas aulas expositivas e práticas sobre as regras, aulas informatizadas com o jogo no computador, além da exposi-ção de alguns vídeos sobre campeonatos e grandes nomes do esporte. Como estratégia para estimular a participação dos alunos nas atividades propostas eles foram motivados durante toda intervenção, sendo programado um campeonato da modalidade no fim do ano, envolvendo todas as turmas. Para além do esporte em si, o foco principal dos bolsistas ID está nos momentos de reflexão sobre a estratégia correta ao mover cada peça e a consequência de cada jogada, que além de sistematizar atividades. Pode-se concluir que o projeto, além da promoção de uma atividade cooperativa, alcançou o desenvolvimento das potencialidades de cada escolar a nível individual, enriquecendo o processo de construção do indivíduo, bem como oferecer ao educando a descoberta de novas possibilidades de aprendizado.

Relato de experiência na Educação Física Escolar: o xadrez na prática pedagógica em Educação Física

CYNTHIA LUIZA RIBEIRO DO AMARAL1; PLÍNIO MARTINEZ RECHE JUNIOR1; INGRID ILGA AMARAL DE MEDEIROS1; TAMARA BOTELHO PAVANATTI1; ADRIANA WERNER2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1

[email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC2 Prefeitura de Florianópolis, Florianópolis - SC

Apoio financeiro: CAPES

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Após intensas discussões e debates sobre diferentes propostas pedagógicas da Educação Física Escolar, já é possível identi-ficar uma nova tradição didático-pedagógica surgindo nas aulas desse componente curricular em diferentes escolas públicas espalhadas pelo Brasil. Nesse sentido, o objetivo desse estudo foi descrever uma experiência pedagógica que tematizou diferentes manifestações da cultura corporal, com três turmas de estudantes do Ensino Fundamental (ciclo interdisciplinar e autoral), durante quatro anos, em uma unidade escolar pública localizada na zona leste da cidade de São Paulo. Durante esse tempo, foram realizadas vivências relacionadas com os esportes coletivos, adaptados, radicais e individuais; danças folclóricas e contemporâneas; jogos de luta (oposição e desequilíbrio), esgrima, sumo, judô e boxe; ginásticas artística, rítmica, acrobática e geral; jogos cooperativos, competitivos, de tabuleiro e que estimulavam as inteligências múltiplas; além das brincadeiras tradicionais. Os estudantes também apreciaram e analisaram filmes sobre esses temas, produziram charges, elaboraram jogos, vivenciaram oficinas com especialistas de algumas dessas práticas corporais, realizaram passeios para o museu do futebol e para a ETEC de Esportes, debateram sobre questões étnicas, de gênero, de religião, econômicas e culturais relacionadas com essas manifestações da cultura corporal, refletiram de forma sistemática sobre os pontos positivos e negativos da realização dos megaeventos no Brasil, organizaram e participaram do “Dia da Família na Escola” envolvendo, em uma oportunidade, a vivência de jogos e brincadeiras tradicionais e, em outra, os esportes radicais. Os estudantes também realizaram pesquisas para terem acesso ao conhecimento científico relacionado com os conteúdos da Educação Física. Após o acompanhamento dessas turmas por todos esses anos, os estudantes reconheceram a importância da Educação Física como um componente curricular que possui conhecimentos necessários para estimular a cidadania das crianças e adolescentes, além de modificar o seu conhecimento sobre o rico acervo cultural produzido pela humanidade sobre as práticas corporais.

Tematizando diferentes manifestações da cultura corporal nas aulas de Educação Física Escolar no Ensino Fundamental: um relato de experiência

DANIEL TEIXEIRA MALDONADO1; VALDILENE ALINE NOGUEIRA2; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS3; VINÍCIUS DOS SANTOS MOREIRA3; PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO3; CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA4

[email protected] 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, São Paulo - SP2 Universidade de Guarulhos, Guarulho - SP

3 Prefeitura de Santo André, Santo André - SP4 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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Este relato de experiência trata-se do uso de recursos tecnológicos na construção de aprendizagens da Educação Física no Ensino Fundamental II. Foi proposto situações de aprendizagens com uso de recursos tecnológicos dentro do tema “Organismo humano, movimento e saúde – aparelho locomotor”, contido no Currículo do Estado de São Paulo, Educação Física, com turmas (120 alunos) de 6º anos do Ensino Fundamental II de uma Escola Pública do Interior de São Paulo. As atividades se desenvolveram de forma participativa, dialogando com os alunos, explicitando o conhecimento dos conteúdos propostos no desenvolvimento das habilidades. As situações de aprendizagens nas aulas ocorreram com o recurso “Datashow”, com slides (PowerPoint) e vídeos para ilustrar os sistemas: muscular, esquelético e nervoso, facilitando o entendimento e compreensão dos alunos no conteúdo proposto. O professor propôs aos alunos a elaboração de um seminário referente ao conteúdo, em grupos pesquisaram no laboratório de informática e a explanação dos recursos do PowerPoint e elaboraram uma apresentação referente aos sistemas do aparelho locomotor com a utilização dos recursos: computador, PowerPoint, projetor, máquina fotográfica e celular. Os alunos tiveram a autonomia para criar seus slides, inserindo fotos, vídeos e textos nas apresentações. Como produto final e avaliação foi a apresentação em PowerPoint em forma de seminário. A avaliação foi a entrega e a apresentação (seminário) em que observou se os alunos assimilaram os conceitos trabalhados e relatados aos seus colegas de sala. Concluiu-se que os recursos tecnológicos presentes nas aulas de Educação Física, proporcio-naram aos alunos a oportunidade de desenvolver suas capacidades e construir suas aprendizagens na construção da autonomia social e intelectual por meio do uso das tecnologias, contribuindo para a formação e favorecendo a inclusão dos alunos no meio digital e tecnológico.

Tecnologias como recurso para o ensino dos conteúdos da Educação Física

DEIVIDE TELLES DE LIMA1; EVANDRO ANTONIO CORRÊA2; DAGMAR HUNGER1

[email protected] 1 Unesp, Bauru - SP2 Unesp, Rio Claro - SP

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O objetivo deste estudo foi analisar as condições das infraestruturas e materiais para as aulas de Educação Física, cuja amostra se deu com 09 professores de Educação Física das redes pública municipal, estadual e particular do município de Cambará-PR. Utilizamos como instrumento um questionário com questões fechadas e a estatística descritiva simples – cálculo de percentuais para a análise dos dados. Os resultados revelaram que as escolas se encontram em situação considerada privilegiada. Os professores se sentem satisfeitos em relação as infraestrutu-ras escolares para as aulas de Educação Física. Consideramos de extrema relevância que este estudo leve a uma reflexão para essas questões de infraestruturas tão importantes e fundamentais no processo ensino aprendizagem e no trabalho pedagógico, nos quais gestores e demais profissionais envolvidos no sistema educacional se atentem e conscientizem na busca de melhorias e estratégias para solucionarem eventuais problemas, muito presentes no cenário atual e que reflete de forma significativa na qualidade de ensino.

A importância da infraestrutura escolar para as aulas de Educação Física

EDIMAR BATISTA FERREIRA; MARCO AURÉLIO GONÇALVES NÓBREGA DOS SANTOS; MARCELO PEREIRA DE LIMA; MÁRCIO [email protected] Faculdade Estácio, Ourinhos - SP

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O objetivo deste trabalho é analisar a perspectiva de alunos do 9º ano do Ensino Fundamental II sobre o conteúdo das aulas de EF e a significância em suas vidas. Para isso, apresentamos os resultados parciais de uma pesquisa de mestrado (em desenvolvimento) intitulada “Conscientização da Saúde Corporal, Motivação e EF Escolar”. O estudo é qualitativo, e foi realizada entrevistas semiestruturadas com cinco estudantes do 9º ano de uma escola municipal de Ribeirão Preto/SP. Os resultados mostraram que eles consideram pouco proveitosa a participação nas aulas de EF, e ressaltam o fato em virtude da falta de conteúdo direcionado e interesse do professor em aplica-los. Afirmam ainda, que praticam atividades nas aulas por conta própria, as quais predominam futebol e vôlei, porém, há falta de conteúdos diversificados e incentivo à prática esportiva por parte do professor, mas reconhecem a importância do exercício físico para uma vida saudável. Assim, reorganizar os conteúdos, com participação decisória dos alunos, é algo que poderia favorecer a melhoria e valorização da disciplina nesta instituição.

A perspectiva dos alunos do 9º ano sobre os conteúdos das aulas de Educação Física de uma Escola Municipal da cidade de Ribeirão Preto/SP

EDUARDO HENRIQUE DE OLIVEIRA1; MYRIAN NUNOMURA2

[email protected] 1 Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto -SP2 Escola de Educação Física e Esportes de Ribeirão Preto, Ribeirão Preto - SP

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A seleção dos conteúdos da Educação Física escolar, na maioria das vezes, é determinada nas relações entre escola, professor de Educação Física e aluno. Sendo a escola um espaço de encontro e interação entre esses agentes e tendo a função de formar cidadãos críticos e reflexivos para a vida em sociedade, deve fornecer elementos para que isso aconteça. Portanto, o presente estudo teve por objetivo identificar o envolvimento dos alunos dos anos finais do ensino fundamental na escolha e desenvolvimento dos conteúdos de Educação Física. A pesquisa de abordagem qualitativa descritiva foi realizada com 36 alunos de 7º, 8º e 9º ano de duas escolas localizadas no município de Várzea Grande, MT. Utilizou-se como instrumento, um questionário semi-estruturado. Os resultados revelam que o esporte e o jogo são os conteúdos que os alunos mais gostam e praticam, são motivados pela descontração e a vivência prática. Sobre o que aprendem nas aulas de Educação Física, relataram a atividade física, saúde, esportes e jogos. Ainda manifestam a vontade de participarem de novas experiências. Por fim, os alunos disseram fornecer sugestões de conteúdos para as aulas de Educação Física, porém, não são todos os professores que aceitam essas sugestões. A pesquisa permite a reflexão sobre a importância do envolvimento dos professores e alunos na escolha de conteúdos relevantes e significativos, de maneira a fornecer aos alunos condições de compreendê-lo e utilizá-lo em diferentes locais para a vida.

A Educação Física Escolar e a seleção de seus conteúdos nos anos finais do Ensino Fundamental

ELAINE CRISTINA SILVA; EVANDO CARLOS [email protected] Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá - MT

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Esta investigação objetivou identificar as contribuições do uso das tecnologias em sala de aula na melhoria da aten-ção (comportamento) e na aprendizagem dos alunos na ótica de professores do Ensino Fundamental II (6º ao 9º ano) com a abordagem do conhecimento sobre Educação Física. Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, descritiva, com foco na realidade de uma escola pública de Ensino Fundamental II e Médio do interior do Estado de São Paulo. Empregou-se as técnicas de observação, a partir de atividades que abordaram os conhecimentos relacionados a Educação Física mediadas por recursos tecnológicos, com a participação de 238 alunos do Ensino Fundamental II 6º a 9º ano e a técnica de entrevista com nove professores, sendo dois professores de Educação Física, três de Língua Portuguesa, três de História e um de Ciências. Nestas disciplinas as atividades foram desen-volvidas utilizando-se de recursos como a internet, computador, celular, tablet, questionário online, sala multimídia. Os resultados apresentam que para os professores não é fácil dominar a questão da disciplina e estão lidando com a questão do hábito do aluno ao usar a tecnologia. Mesmo que, parcialmente, envoltos pelas tecnologias na escola houve, segundo os professores: mudança no comportamento dos alunos; maior interação entre eles; respeito com o outro, com o professor e na própria sala de aula; concentração nas atividades; com o passar do tempo termina-vam as tarefas mais rapidamente; dedicação maior ao realizar as atividades; percebeu-se a melhora na motivação e na aprendizagem. Conclui-se que os recursos tecnológicos são ferramentas que proporcionam o interesse dos alunos e faz com que o acesso à informação, o estudo, o conhecimento se torne mais interessante e o papel do professor é mediar e fazer com que o aluno compreenda que as tecnologias é uma das formas que contribui com o ensino e aprendizagem.

Tecnologias e o conhecimento sobre Educação Física no Ensino Fundamental II

EVANDRO ANTONIO CORREA1; DAGMAR HUNGER2

[email protected] 1 Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”, Rio Claro - SP2 Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”, Bauru - SP

Apoio financeiro: CAPES/PROEX/UNESP

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O presente estudo descreve o relato de uma experiência com o Ultimate Frisbee nas aulas de Educação Física. O projeto foi realizado durante a IV unidade do ano letivo de 2015, com alunos do 8º ano do ensino fundamental, do Colégio Municipal José Mendes de Andrade no município de Ipiaú-Bahia. A utilização do Ultimate Frisbee como conteúdo de unidade, emergiu de uma mescla de necessidades percebidas nas aulas de Educação Física, a saber: escassez de materiais para a prática de outras modalidades (na ocasião o futebol era hegemônico), falta de espaço adequado e, talvez, a mais grave, a separação sexista (os meninos jogavam futebol e as meninas baleado). Nesse contexto, a inserção do Ultimate Frisbee nas aulas tinha como objetivos: o fortalecimento do trabalho em equipe, a diversificação das práticas corporais, o respeito as limitações técnicas, a construção de valores éticos entre os participantes, o respeito as regras preestabelecidas no coletivo, a administração de conflitos entre os gêneros e o respeito ao espírito de jogo. Assim, foram considerados o enfoque nas três dimensões do conteúdo. Na dimensão conceitual foram realizadas aulas expositivas, análise de vídeos, discussão da história e das principais regras. Na dimensão procedimental os alunos vivenciaram o Frisbee respeitando a habilidade motora individual. Na dimensão atitudinal foram realizadas discussões envolvendo as relações de gênero e de respeito as limitações de cada colega. Quanto ao processo avaliativo, foi realizado inicialmente um diagnóstico para identificar os conhecimentos prévios dos alunos e no percorrer da unidade, estes, foram avaliados conforme sua participação nos jogos e superação das dificuldades.

Voando alto nas aulas de Educação Física

FLAVIO ALVES [email protected] Professor de Educação Física, Ipiaú - BA

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O presente trabalho relata a construção de jogos e brinquedos nas aulas de Educação Física, na Escola Estadual Augusto dos Anjos, na cidade de Macapá no Estado do Amapá. As construções foram realizadas no primeiro bimestre de 2017 e tiveram como temas: brinquedo, brincadeiras e jogos. O objetivo proposto foi o resgate de jogos, brincadeiras e brinquedos que vêm perdendo espaço para as atividades tecnológicas. Outro objetivo foi de valorizar e construir o material que, muitas vezes, jogamos fora. Assim sendo, os alunos fizeram uso da internet para pesquisar sobre jogos e brinquedos de material de sucata, além de realizarem pesquisa com pais, avos e pessoas que vivenciaram esses tipos de jogos quando criança. Os discentes acharam bem interessante essa temática, pois aprenderam jogos que não conheciam e aprenderam a construir seus materiais para brincar, valorizando a sucata e ajudando na preservação do meio ambiente ao redor da comunidade escolar.

Construção de brinquedos e jogos de sucata: relato de uma experiência

HELAINE QUARESMA DOS SANTOS; MARIA HELENA F. PIRES DA COSTA [email protected] Rede Estadual de Ensino de Macapá, Macapá - AP

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As concepções pedagógicas de Educação Física que surgiram a partir da década de 1980 procuraram influenciar os professores de que a metodologia parcial para o ensino do esporte na escola deve dar lugar a novas abordagens e metodologias. Questiona-se como o conhecimento produzido foi apropriado, ressignificado e aplicado nas aulas pelos docentes. Admite-se que a coexistência de distintas concepções de Educação Física escolar (EF), faz com que os professores formalizem diferentes interpretações destas crenças. O objetivo deste estudo foi verificar os conteúdos e metodologias de ensino utilizadas em aulas de EF escolar na percepção de professores em atuação no Ensino Fundamental II (EF II). Responderam ao questionário semi-estruturado 18 indivíduos matriculados em um curso de especialização em EF escolar (F = 10 e M = 8), com média de 27,5 anos de idade. Foram identificados como conteúdos jogos (n = 18), esportes (n = 15), dança (n = 11), lutas (n = 10), ginásticas e outros (n = 19). Não ficou claro na fala dos entrevistados o conhecimento das propostas teórico-metodológicas contemporâneas. Foram citadas 19 expressões vagas que podem ser interpretadas como método global, muitas das quais não podem ser consideradas metodologias. As metodologias tradicionais tiveram 4 indicações. Construtivista (n = 1), intera-cionista (n = 1) e crítico social dos conteúdos (n = 1) também foram citados. Pode-se observar que a existência de diversidade de pontos de vista na produção de conhecimentos dentro da área de EF, tem contribuído para o afrouxando do determinismo esperado pelos teóricos na prática de professores de EF escolar. Um dos efeitos dos “desentendimentos” em relação às metodologias propostas a partir da década de 1980 e a racionalidade local de professores pode ser a sobrevalorização de crenças e valores sobre “o quê”, “por quê” e “para quê” ensinar em detrimento do “como” ensinar.

Ensino do esporte na escola: a percepção dos professores

JEFFERSON JUCÁ; JOSE ANTONIO VIANNA; FERNANDA DE CARVALHO NENARTAVIS; MATHEUS RAMOS DA CRUZ [email protected] Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

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Diferentes esportes podem ser desenvolvidos no contexto escolar com um leque significativo de abordagens, objetivos e propostas. Alguns esportes, como o basquetebol, exigem um espaço físico melhor estruturado, o que parece ser um fator limitante para o desenvolvimento destes esportes nas escolas públicas. Assim, o objetivo deste estudo foi analisar se o basquetebol pode ser desenvolvido em uma escola que não possui tabelas de basquete e nem espaço adequado para a sua prática. Para tal, foi realizada uma pesquisa de campo do tipo qualitativa de natureza aplicada através do método observacional em uma escola municipal de Manaus. Quatro aulas abordando conhecimentos teóricos e práticos do basquetebol enfatizando história, regras e aplicação prática foram elaboradas e aplicadas em 36 alunos da 7a série do Ensino Fundamental 2 turno vespertino. Apesar da ausência de espaço específico para a prática do basquetebol e de materiais adequados para a realização das aulas práticas, as quatro aulas (duas teóricas e duas práticas) foram desenvolvidas de acordo com o proposto. Após a análise observacional dos resultados, infere-se que o basquetebol pode ser desenvolvido com os alunos da escola pública e não pode deixar de ser ministrado pela falta de uma quadra poliesportiva, materiais didáticos ou outros fatores intercorrentes. Contudo, exige entusiasmo do professor para ofertar estas práticas aos alunos e a própria escola. Por fim, sugere-se que cabe ao professor ser o agente promotor do acesso ao basquetebol escolar com uma proposta pedagógica dinâmica, além da necessidade de questionamento sobre suas normas, sentidos e suas condições de adaptação à realidade social e cultural da comunidade que o pratica, cria e recria.

Basquetebol: um esporte acessível na escola

JEISA GRACIELE COLARES; NAYANA RIBEIRO HENRIQUE; MARCELO DA SILVA [email protected] Universidade Federal do Amazonas, Manaus - AM

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As aulas de Educação Física sofreram várias mudanças, principalmente com o processo de redemocratização e as discussões na área, dentre várias questões, a realização das aulas com turmas de meninas e meninos separadas passou a ser questionada. Atualmente, o debate acerca da Educação para diversidade de gênero ganha relevo, sendo de fundamental importância o estudo da temática nas aulas de Educação Física. Nesta perspectiva, defendemos as dinâmicas de aulas com meninas e meninos juntos, pois entendemos que as diferenças possibilitam inúmeros cenários de aprendizagem para os/as estudantes. Neste sentido, o objetivo deste trabalho foi analisar a questão do gênero sob a perspectiva dos/as estudantes com base nas relações por eles/elas estabelecidas nas aulas de Educação Física. O estudo foi realizado com 50 estudantes do Ensino Fundamental II, com duas turmas do 8º ano, todos pertencentes a uma escola municipal do interior de São Paulo. Para coleta de dados foi aplicado um questionário com cinco questões no formato de alternativa e justificativa. Os dados revelaram que 36 alunos/as preferem aulas mistas com a interação entre todos, sinalizando que a aula assim é mais interessante; 14 revelaram interesse por aulas separadas, justificando que as meninas atrapalham o jogo; 48 confirmaram que a professora incentiva as aulas mistas. Porém, quanto à realização efetiva das aulas de Educação Física, segundo os/as estudantes, 24disseram que ocorriam de modo misto; 19 que, na maioria das vezes, a aula era separada;7que, na maioria das vezes, as aulas se dava conjuntamente. Os/as estudantes, em geral, preferem as aulas mistas, bem como, reconhecem o esforço da professora de Educação Física para que as aulas ocorram deste modo. Ainda assim, o desconforto com as aulas mistas foi criticado pela diferença de habilidade manifestada pelas meninas, o que demonstra a necessidade de reflexões sobre a questão do gênero.

A questão do gênero nas aulas de Educação Física

JONAS PAULO MISTICO GUTIERREZ; MARIANE ALVES DA CORTE GONÇALVES; DANILO G. DA NÓBREGA; FLAVIANE S. M. CESÁRIO; ANDRESA DE SOUZA UGAYA; DENISE APARECIDA CORRÊA; LILIAN APARECIDA [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru - SP

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As Atividades Físicas na Natureza vêm sendo cada vez mais disseminadas nas aulas de Educação Física. Disso decorre o presente trabalho, no qual foi desenvolvido em uma escola da rede municipal, vinculada ao Programa de Iniciação à Docência-PIBID, localizada na cidade de Lavras-MG, as intervenções aconteceram em dez aulas com as turmas do 7º e 8º ano do Ensino Fundamental II. O objetivo do estudo foi incluir as Atividades Físicas na Natureza, como possível conteúdo da Educação Física. Introduzimos as Atividades Físicas na Natureza, tra-balhando as três dimensões do conteúdo e as modalidades foram Slackline, Escalada Indoor, Skate, Enduro a pé. Na dimensão conceitual, fizemos uma contextualização, mostrando surgimento da modalidade, suas termologias, limites e possibilidades encontrados na prática. Procedimental, expomos algumas técnicas de segurança, adaptações e confecção de materiais tanto de segurança quanto pedagógico e dialogamos sobre as condições da escola para possíveis atividades. Atitudinal, situamos valores formativos, a ética e as relações sociais que atividade oferece, como, cooperação, coragem, respeito e liderança, com intuito de trabalhar de uma forma coerente, desenvolvendo uma aprendizagem integral. Como avaliação utilizamos um questionário semiestruturado e solicitamos aos alunos que produzissem registros sob a forma de relatos escritos a respeito do consentimento em relação as aulas ministradas. Os 23 alunos matriculados na turma responderam o questionário, 14 alunos disseram que as aulas ministradas foram “muito boas”, 7 disseram que foram “boas”, enquanto 2 avaliaram negativamente, relatando que não participaram por causa de medo e traumas anteriores. A inclusão dessas atividades foi tanto aceita por parte dos alunos quanto na área administrativa da escola. Nesse sentido, entendemos que a dificuldade maior para desenvolver as Atividades Físicas na Natureza é a falta de tempo disponível do professor, visto que requer mais tempo de planejamento que as atividades tradicionais, algumas vezes necessitando de sair do âmbito escolar.

Atividades físicas na natureza como conteúdo escolar

LAIS MENDES TAVARES; RAONI PERRUCCI TOLEDO [email protected] Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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Os Jogos Escolares de Florianópolis organizados pela Fundação Municipal de Esportes, são divididos entre mo-dalidades sub-13 e sub-15, nas categorias masculino e feminino, os quais abrangem competições das modalidades handebol, basquetebol, futsal, voleibol e atletismo. Neste contexto, o estudo visa descrever as mediações dos bol-sistas de iniciação à docência (bolsistas ID) nos jogos escolares. Participaram deste evento, escolares do segundo ciclo do ensino fundamental de uma escola municipal de Florianópolis, os quais estão diretamente envolvidos com os bolsistas ID. Neste envolvimento, em um período próximo à competição, as aulas de Educação Física eram destinadas ao treinamento das modalidades futsal e handebol. Durante este período, os bolsistas ID auxiliavam a professora supervisora de área com atividades e exercícios, assumiram o papel de fornecer os feedbacks aos escolares e as orientações de como portar-se diante de um evento esportivo, entre outros fatores. Além disso, durante os jogos eram realizadas as observações dos escolares, as orientações técnicas e táticas durante os pedidos de tempo e nos intervalos, aquecimento e alongamento prévio, bem como motivá-los no decorrer da competição. Esta foi uma experiência enriquecedora para a formação dos bolsistas ID, que futuramente atuarão no ambiente escolar. Portanto, participar deste processo de organização e de preparação dos escolares para uma competição entre as unidades educativas é fundamental para a qualificação do bolsista ID, enquanto futuro professor e para o desenvolvimento social dos alunos.

Jogos Escolares de Florianópolis: atuação dos bolsistas ID em competições escolares

LAISE CRISTINA COSTA1; FABRÍCIO LUIZ DO NASCIMENTO1; LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN1; MILLIANE RACHADEL1; THAMIRES DA SILVA LINHARES1; MARCOS PAULO VAZ DO CAMPO PEREIRA1; ADRIANA WERNER2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1

[email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC 2 Rede Municipal de Florianópolis, Florianópolis - SC

Apoio financeiro: PIBID - CAPES

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Este trabalho visa apresentar um relato de experiência sobre a cultura hip hop na Escola Estadual João Baptista de Brito, localizada na cidade de Osasco em São Paulo. A experiência foi feita no primeiro semestre de 2017, com o 9 ano A do período vespertino, teve por objetivo ressignificar a dança, apresentando aos discentes as diversas vertentes da cultura hip hop, mapeando os conhecimentos prévios que os alunos traziam sobre a dança de rua, discutindo as culturas marginalizadas e os padrões impostos sobre o que é saber dançar. Os conteúdos abordados foram: histórico do hip hop, pixação x grafite, rap (Dj e Mc) e o b-boying (freestyle, breaking, popping, locking), estudando sobre os diversos estilos de dança da cultura hip hop. Após aprofundar os conhecimentos neste sentido, os debates nos levaram a ampliar o conhecimento com o freestyle, ou estilo livre, onde a identidade dos discentes poderiam ser reconhecidas através do dançar. Quanto às estratégias utilizadas neste processo, pode-se apontar o diálogo e a apropriação da opinião dos discentes sobre a temática, conhecendo suas habilidades e limitações na dança, trazendo o estilo livre para ressignificar e quebrar a verdade absoluta do saber dançar. Não se utilizou grandes recursos materiais neste trabalho, somente equipamento de som, material para confeccionar cartazes de grafite e algumas formas de registro, como fotos e anotações. Após o término do semestre, o procedimento de avaliação foi analisar a proposta juntamente com os discentes, que trouxeram em suas falas um feedback positivo sobre o trabalho realizado. O hip hop, proporcionou grande reflexão sobre as inúmeras culturas e identidades, por vezes marginalizadas na escola e sociedade, ressignificando a dança e suas diversas formas de expressão.

Dançando hip hop: o freestyle como marcador identitário

LARISSA NATÁLIA MACÊDO MOURA [email protected] Professora Educação Básica II, Osasco - SP

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Este relato pretender mostrar uma ação pedagógica nas aulas de Educação Física, em educandos do 7° ano do ensino fundamental, abordando uma dinâmica de grupo cujo nome é ‘Atividade do conhecimento’ com intenção de garimpar, ou seja, absorver da turma conteúdos dessa disciplina durante o processo, identificando a potenciali-dade desses estudantes nos assuntos pertinentes e direcioná-los de maneira que possam entender cada conteúdo. A atividade apresentada serviu de ferramenta para identificar quais conteúdos à turma conhece e entende, como também contribuiu na socialização dos participantes na menção dos assuntos citados. Essa ação proporcionou aos alunos três vertentes importantes para o aprendizado nesse processo, que foram: a organização, descrição e o espaço de tempo. Cada participante teve em mãos uma folha em que foi orientado a usar em forma de paisagem ‘deitada’ dividida em quatros partes, sendo que nesses espaços haveria outras divisões e quantitativo definido pelo docente em cada etapa proposta, a descrição de cada conteúdo abordado, podendo ser escrito no seu devido lugar e, por fim, para cada assunto era marcado um tempo para divisórias e menção do item de cada conteúdo da aula que foram: Lazer, Atividade Física, meio ambiente, brincadeiras e esportes. Esta prática fez com que surgissem uma grande gama de conteúdos e o compartilhamento entre todos e ao seu término, o professor fez as considerações finais explicando cada bloco citado, reajustando as ideias de cada participante para que momento oportuno de cada conteúdo, seja aplicado, facilitando assim o aprendizado. Concluímos o relato apontando os fatores positivos por meio dessa dinâmica desenvolvida que a participação ativa dos estudantes em cada etapa proposta, as respostas pertinentes ao conteúdo pedido e organização do material produzido pelos mesmos, contribuiu na ação pedagó-gica do docente durante as explicações esclarecendo assuntos da disciplina e a turma sendo assim contemplada no aprendizado.

‘Atividade do conhecimento’: garimpando e ensinando na Educação Física Escolar

LEANDRO SANTOS [email protected] Prefeitura Municipal de Itaporanga d’Ajuda, Itaporanga d’Ajuda - SE

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Na última década, muitos professores de Educação Física (EF) escolar organizaram o seu trabalho pedagógico com características inovadoras. Nesse sentido, é possível observar muitos desses trabalhos publicados na literatura científica da área. Entretanto, ainda temos uma carência de estudos que demonstrem a opinião dos estudantes sobre aquilo que eles aprendem nessas aulas. Sendo assim, o objetivo desse estudo foi identificar quais conteúdos os estudantes relatam aprender durante as suas aulas de EF escolar. Foi realizada uma pesquisa descritiva, em uma escola municipal localizada na zona leste da cidade de São Paulo, onde o professor de EF realizava um trabalho que fugia dos padrões tradicionais estabelecidos na área. A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade São Judas Tadeu. Um questionário com questões abertas e fechadas foi respondido por 48 estudantes que se encontravam no 9º ano do Ensino Fundamental e foram alunos desse professor por, no mínimo, três anos. Identificamos que 98% dos estudantes afirmaram ter aprendido conteúdos relacionados com as ginásticas, 91,5% com os esportes radicais, esportes para deficientes e lutas, 89,5% com os esportes coletivos, 79% com jogos e brincadeiras e 77% com danças. Os discentes ainda recordaram reflexões e vivências nas aulas relacionadas com as seguintes práticas corporais: ginástica rítmica, ginástica artística, ginástica acrobática, slackline, parkour, skate, futebol para deficientes visuais, basquete para deficientes físicos, vôlei para deficientes físicos, esgrima, judô, boxe, vôlei, basquete, futebol, queimada, balé, hip hop e axé. Os adolescentes também mencionaram ter aprendido sobre o conhecimento do corpo (sistema ósseo e muscular), alimentação, doping, distúrbios alimentares (anorexia e buli-mia), padrão de beleza, conceitos de saúde, preconceito nas práticas corporais e questões políticas relacionadas aos esportes. Concluímos que os estudantes da escola pesquisada vivenciaram diversas práticas corporais e refletiram sobre conteúdos de ordem conceitual e atitudinal nas aulas de EF.

Educação Física Escolar no Ensino Fundamental: o que os estudantes aprendem com professores que fogem do tradicional?

LUANA TAVARES OLIVEIRA ALVES1; GABRIEL NEVES GRASSI1; RONIE NERY DA SILVA1; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO2; ELISABETE DOS SANTOS FREIRE1

[email protected] 1 Universidade São Judas Tade, São Paulo - SP2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, São Paulo - SP

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O presente trabalho implica um relato de experiência que foi o desenvolvimento com a temática da Ginástica Artística em uma escola estadual denominada Parque Piratininga, localizada na cidade de Itaquaquecetuba. Participaram das aulas 35 alunos do 6º ano do Ensino Fundamental, num programa de oito aulas de Educação Física escolar, cujo objetivo foi oportunizar o contato com a Ginástica Artística de maneira reflexiva, autônoma e criativa, buscando o protagonismo dos alunos. Conforme a especificidade dos conteúdos da Ginástica Artística, utilizou-se o levan-tamento dos saberes prévios dos alunos, bem como o material didático teórico e vivencias práticas adaptadas ao contexto escolar, além da confecção de painéis articulando os conhecimentos aprendidos nas aulas. O relato nos mostra que os conteúdos apresentados sobre a Ginástica Artística propiciaram aprendizagens significativas para os alunos, uma vez que ampliaram os conhecimentos acerca das possibilidades corporais.

A Ginástica Artística na escola

LUCIENE FARAIS DE MELO1; MICHELE MAIA PONTES2

[email protected] 1 Faculdade Piaget, Mogi das Cruzes - SP2 Faculdade Piaget, Itaquaquecetuba - SP

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A vivência, como aluno/a bolsista do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID), nos per-mitiu observar a não participação de muitos alunos nas aulas de Educação Física. Assim, por meio desta pesquisa qualitativa, buscamos entender quais motivos levam os estudantes a participarem ou não das aulas e quais ações estes sugerem para contribuir com a participação dos mesmos. Para o levantamento dos dados foi solicitado que os estudantes escrevessem uma carta anônima, contando os motivos que os fazem participar ou não das aulas, o que gostam ou não gostam nelas e o que poderia ser melhorado. Participaram do estudo 50 estudantes de 2 tur-mas do 7º. ano de uma escola municipal do interior de São Paulo. Como resultado, 22 alunos pontuaram que os conteúdos repetitivos nas aulas, a agressividade entre os colegas e indisciplina de alguns são os fatores que mais contribuem para a não participação nas aulas. Os dados ainda mostraram que o que mais gostam nas aulas são jogos como queimada, pega-pega, futebol e aula livre. Com relação as recomendações mais citadas para melhoraria das aulas de Educação Física, destacaram-se: mais aulas livres, participação dos alunos no planejamento das aulas, melhora estrutural da escola e separação dos times por identidade de gênero ou por escolha livre dos alunos. Estes apontamentos evidenciam uma série de possibilidades reflexivas que podem ajudar o/a professor/a de Educação Física a mobilizar outras práticas e dinâmicas nas aulas. Há também indicativos que se referem à estrutura da escola, requerendo ações mais amplas da comunidade escolar como um todo.

A (não) participação dos estudantes dos 7º anos nas aulas de Educação Física

MAÍRA MARCELA RAMOS; MANUELA FRANCO DE SOUZA; KAUÊ MORENO; ANDRESA DE S. UGAYA; LÍLIAN APARECIDA FERREIRA; DENISE APARECIDA CORRÊ[email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru - SP

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Durante as aulas de Educação Física na Escola Estadual Ernani Vidal, na cidade de Curitiba – PR, no projeto PIBID, com turmas de sexto e nono anos, repetem-se práticas de exclusão e preconceito, que leva-nos refletir sobre as desigualdades, principalmente as de gênero, onde meninas são consideradas fracas ou incapazes pelos meninos, garotos inábeis são chamados de “mulherzinha”, bem como a exclusão de está acima do peso. O objetivo da ex-periência vivida no projeto/escola é desconstruir estereótipos. Deste modo, a Educação Física discute os conceitos de cultura, pois esta é uma estratégia para fundamentar a prática pedagógica. A partir das manifestações corporais, em seus vários sentidos e significados, discute-se os aspectos políticos e sociais das identidades. A ação pedagógica é direcionada através do diálogo com alunos/as para que compreendam que não devemos rotular o sujeito pela aparência ou gestos. Consideramos que as meninas precisam ser valorizadas pelo que são e não pela aparência. A cobrança de que meninos precisam provar sua masculinidade não deve ser incentivada. Trabalhamos para que compreendam que há várias formas de viver a masculinidade e feminilidade, de que todo ser precisa ser reconhe-cido e respeitado. O ensino do respeito à diversidade cultural, social e sexual é fundamental para a convivência, nas relações e laços sociais. Neste sentido, questionamos ações machistas/sexistas/homofóbicas/misóginas para que não limitem a participação de meninas e meninos em atividades que estes/as gostariam de vivenciar. Por isso, os conteúdos são trabalhados de modo diverso, possibilitando práticas alternativas com metodologia cooperativa.

Marcas da diferença no contexto escolar

MARIA REGINA FERREIRA DA COSTA; ROGÉRIO GOULART DA SILVA; ANTÔNIA MARA FERNANDES [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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O conteúdo dança na Educação Física Escolar (EFE) ainda encontra grandes desafios a serem superados, mas timidamente começa a ganhar seu espaço. Esse trabalho busca apresentar um relato de experiência acerca das danças regionais brasileiras na escola. O cenário acontece em uma escola estadual denominada Parque Piratininga, localizada na cidade de Itaquaquecetuba, para o 7º ano do ensino fundamental. Foram ministradas 8 aulas de educação física com a temática das danças regionais brasileiras participando das aulas 32 alunos. Objetivou-se a aproximação dos alunos com culturas rítmicas variadas, valorizando as danças cultivadas nas regiões brasileiras. O material utilizado como apoio pedagógico foi o ofertado pelo estado de São Paulo, além das pesquisas realizadas pelos alunos em sites como: youtube e google. O primeiro encontro pautou-se em reflexões acerca da diversidade rítmica existente no país, relacionando as regiões brasileiras. Em seguida, os alunos entrevistaram seus familiares, com intuito de colher informações sobre o país, estado e cidade de origem. No segundo encontro os alunos tabularam as informações das entrevistas, com o auxilio da professora foi construído um quadro representando o número de pessoas entre-vistadas e suas regiões de origem. No terceiro encontro os alunos foram divididos em quatro grupos (sul, sudeste, nordeste, norte) e pesquisaram sobre as danças típicas de cada região, de modo que cada grupo escolheu uma para apresentar no quarto encontro. A construção coreográfica ocorreu durante as aulas com mediação da professora e a avaliação foi formativa, buscando valorizar a participação dos alunos.

Danças regionais brasileiras na escola

MICHELE MAIA [email protected] Faculdade Piaget, Itaquaquecetuba - SP

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O objetivo desse estudo foi analisar a percepção de aprendizagem sobre as aulas de Educação Física baseadas na Proposta da Cinesiologia Humana – Estudo do Movimento Humano, considerando os seguintes aspectos: grau de importância da Educação Física na rotina escolar, reconhecimento da aprendizagem de conteúdos importantes nas aulas e quais destes conteúdos foram mais relevantes para seu cotidiano. Ainda foi sugerido aos alunos que avaliassem a rotina das aulas e propusessem mudanças no formato das mesmas. Foram entrevistados 91 alunos do 6º ao 9º ano, com idades entre 10 e 15 anos e de ambos os sexos. A coleta de dados foi realizada por meio de um questionário com perguntas abertas e fechadas. Os resultados mostraram que os alunos, além de reconhecerem a importância da disciplina no seu dia-a-dia, consideram que a Educação Física ensina conteúdos de extrema rele-vância para o seu desenvolvimento acadêmico, transcendendo a ideia de que a Educação Física resume-se só em fazer determinadas atividades, jogos ou modalidades esportivas.

Percepção de aprendizagem de alunos do Ensino Fundamental II sobre as aulas de Educação Física baseadas na Proposta da Cinesiologia Humana – Estudo do Movimento Humano

MURILO DO NASCIMENTO [email protected] Colégio Soka do Brasil e Colégio Anglo 21, São Paulo - SP

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Este relato de experiência trata do processo ensino-aprendizagem do curling, esporte tradicional no Canadá, como parte do Projeto “Cultura Corporal de Movimento pelo Brasil e pelo mundo”, desenvolvido nas aulas de Educação Física da Escola Municipal e educação básica Prof. Hélio de Souza Vieira no município de Cuiabá-MT com alunos de uma turma do 6º ano do ensino fundamental. Utilizou-se o método de elaboração conjunta em 4 etapas: etapa diagnóstica (conhecimento prévios sobre o curling); etapa analítica (histórico e regras do esporte, e suas possibilidades práticas considerando nossa realidade climática, de materiais e espaços); etapa organizacional e prática (organizando do espaço e materiais e, a prática do esporte), etapa avaliativa (considerações no diário de bordo dos alunos acerca das aulas). Resultados: percebeu-se que a maioria dos alunos desconhecia o curling, sendo necessário o recurso de imagens e vídeos para ajudá-los a compreendê-lo; os alunos não apresentaram dificuldades em reconhecer a história e as regras do esporte, mas em pensar nas possibilidades de adaptação. Contudo, com a mediação da professora, os alunos construíram uma pista adaptada do curling na quadra poliesportiva, demarcando o alvo com fitas adesivas coloridas e delimitando o espaço com tatames. Para tornar a superfície escorregadia/deslizante definiram o uso da água; quanto aos materiais oficiais, estes foram adaptados por sabão em barra (pedra de granito) e garrafas com água (vassouras do esporte). Na vivência prática apresentaram dificuldades apenas em regular a força no lançamento da “pedra”. Por fim, os alunos consideraram o curling “divertido”, “legal” e “dife-rente”. Conclui-se que a experiência desafiou os alunos a refletirem sobre as possibilidades de se pensar a prática de um esporte, tornando-o atrativo para além de suas regras oficiais, o que amplia seu conhecimento acerca da cultura corporal de movimento.

Curling, a bocha do gelo em Cuiabá: um relato de experiência

PATRICIA FERNANDA DE SOUZA [email protected] Secretaria Municipal de Educação, Cuiabá - MT

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No contexto escolar, entende-se que a capoeira é um dos conteúdos da disciplina de Educação Física, por fazer parte da cultura corporal de movimento, e por isso, ela aparece em alguns currículos estaduais, como o de São Paulo. Apesar de a capoeira proporcionar diversas possibilidades de trabalho ao professor e a proposta do cur-rículo do Estado de São Paulo oferecer orientações para o desenvolvimento do conteúdo, ela ainda é um tema pouco utilizado durante as aulas. Deste modo, o presente estudo teve como objetivo elaborar e avaliar um plano de ensino para o conteúdo de capoeira, a partir do Currículo do Estado de São Paulo, com a finalidade de ampliar as possibilidades apontadas no currículo e auxiliar o professor no desenvolvimento desse conteúdo nas aulas de Educação Física escolar. A pesquisa é de natureza qualitativa, e para atingir o objetivo proposto foi desenvolvida basicamente por meio de duas etapas: 1) elaborar 3 planos de aula para ampliar as possibilidades do ensino da capoeira por meio do currículo do Estado de São Paulo. 2) avaliar os planos de aula elaborados para o conteúdo capoeira. A avaliação dos planos foi feita por meio da observação das aulas implementadas pelos professores de Educação Física da Rede Pública de Ensino e de uma entrevista semiestruturada. Participaram da pesquisa dois professores de Educação Física da Rede Pública de Ensino do Estado de São Paulo no município de Rio Claro/SP, atuantes no Ensino Fundamental II, sendo o P1, docente no 9º ano, e o P2 no 8º ano. Conclui-se que os professores de Educação Física ainda encontram dificuldades para trabalhar com a capoeira na escola e que os participantes da pesquisa se mostraram favoráveis aos planos de aula elaborados, pois facilitaram o trabalho dos professores, ampliando as possibilidades oferecidas no currículo do Estado de São Paulo.

Avaliação de um plano de ensino para o conteúdo capoeira com base no currículo do Estado de São Paulo

RAFAEL SOARES BUFALO; FERNANDA MORETO [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro - SP

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O presente resumo trata de um relato de experiência desenvolvido com estudantes do 6º ao 9º ano, numa Unidade de Educação Integral da Rede Municipal de Ensino de Curitiba. Entendendo que a Educação Física deve contem-plar práticas corporais, ampliando as potencialidades humanas, propusemos aos estudantes que indicassem práticas que gostariam de vivenciar durante as aulas, sendo, sugerido por eles, a Ginástica. Partindo disso, construímos, em diálogo com as crianças, um planejamento, com quatro aulas, que contemplou variados movimentos das moda-lidades ginásticas e as discussões de gênero que perpassam o esporte. Para tanto, estabelecemos como objetivos: ampliar a cultura corporal de movimento transitando também por temas transversais presentes na Ginástica, como estereótipos e sexualidade e também diferenciar os tipos de ginásticas: das modalidades competitivas à Ginástica Para Todos. Para que os objetivos fossem alcançados utilizamos como estratégias metodológicas: a) assistir e discutir vídeos acerca das modalidades e as relações de gênero e estereótipos presentes no esporte; b) construção de materiais alternativos para a experiência prática, como as argolas; c) vivência de pirâmides acrobáticas; d) expe-rimentação de movimentos ginásticos básicos como parada de mão, ponte, rolamento, entre outros; e) gravação pelos próprios estudantes de suas experiências, com intuito de que assistissem a si próprias, e, com o auxílio do feedback do professor, buscassem a melhora na execução do movimento. Observamos, neste processo, que: os estudantes compreenderam as discussões de gênero e estereótipo realizadas, não rotulando as práticas ginásticas como exclusivamente femininas e, a partir da experiência prática e do conhecimento teórico, diferenciaram as modalidades ginásticas. Concluímos que a Ginástica é rica em possibilidades de trabalho na escola, considerando a dimensão procedimental (aprendizagem e experimentação dos movimentos), dimensão conceitual (os saberes conceituais sobre essa cultura corporal de movimento) e dimensão atitudinal, possibilitando aos estudantes ques-tionarem estereótipos alimentados ao longo da história.

O conteúdo ginástica em uma turma do Ensino Integral da Rede Pública de Curitiba

ROBERTO DO VALLE MOSSA; DEBORAH HELENISE LEMOS DE PAULA; VERA LUIZA [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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Por meio de observação assistemática da pratica pedagógica da Educação Física Escolar, percebe-se que os es-portes coletivos constituem tradicionalmente, parte significativa dos conteúdos abordados. A escolha feita pelo professor quanto a um determinado método de ensino é de grande importância para o sucesso na formação de seus alunos. Tal escolha deve ser pautada pela necessidade de oferecer uma prática motivadora, que permita ao aluno a construção do jogo e de sua capacidade de jogar, mesmo que não venha a se tornar atleta. A partir do ex-posto, surgiu uma inquietação: Será que determinadas metodologias de ensino poderiam motivar mais a prática dos alunos? Dessa forma, o presente projeto de pesquisa tem como objetivo avaliar a motivação de alunos do Ensino Fundamental II de uma escola particular da cidade Guarulhos/SP, nas aulas de Educação Física, antes e depois de uma determinada intervenção pedagógica. Serão ministradas três aulas desenvolvidas com base no método situa-cional de ensino/aprendizagem. Para avaliação da motivação dos alunos participantes, os mesmos responderão, antes e depois da intervenção, ao questionário elaborado por Kobal (1996), que propõe identificar a motivação intrínseca e extrínseca de alunos nas aulas de Educação Física. O instrumento será composto por três questões com 32 afirmações no total, deverá ser respondido com base na escala Likert, da seguinte maneira: 1 - discordo muito; 2 - discordo; 3 - estou em dúvida; 4 - concordo; 5 - concordo muito. A turma de alunos participantes será escolhida aleatoriamente, mediante autorização da direção da escola concedente. Será solicitada a assinatura do Termo de Consentimento e Assentimento Livre e Esclarecido, por parte dos pais ou responsáveis e pelos próprios alunos participantes, respectivamente.

Método de ensino/aprendizagem de esportes coletivos e a motivação de alunos do Ensino Fundamental II nas aulas de Educação Física

ROBSON SAMPAIO DA COSTA; IVES FABRÍCIO DE LIMA CATANHA; FERNANDA REGINA PIRES; MARCUS VINÍCIUS [email protected] Universidade Guarulhos, Guarulhos - SP

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O tênis de campo é um esporte historicamente de elite e que se encontra em processo de popularização no cenário brasileiro. Vários são os meios contributivos para maior acesso pela sociedade a essa cultura esportiva, dentre elas o ambiente escolar, especificamente a aula de Educação Física. Com o objetivo de oferecer ao aluno a ampliação do repertório motor, contato a uma nova cultura de movimento e aumento de interesse pela aula, foi fomentado a prática do tênis de campo. Este trabalho consiste em relato de experiência desenvolvido com uma turma de 8º ano do Ensino Fundamental em EMEF do município de São Paulo. O projeto se desenvolveu durante 4 semanas do ano de 2017 com 03 (três) aulas semanais de 45 minutos. A turma era composta por 23 alunos - média de 13 anos de idade. As práticas ocorreram em quadra poliesportiva e espaços adaptados. Utilizamos os recursos disponíveis da proposta Play and Stay (ITF, 2007) de iniciação ao tênis. A coleta de dados ocorreu por meio de questionário aberto e a autoavaliação foi o principal recurso para mensurar o aproveitamento de cada aluno. Resultados: 22 alu-nos afirmaram conhecer a modalidade e 04 (quatro) destes já tinham praticado em quadra oficial (02 particulares, 01 público e 01 Sesc). Apenas 01 (um) aluno afirmou não conhecer o esporte. Ao final da proposta todos infor-maram sobre o interesse em praticar o tênis fora da escola. Foi também relatado sobre o esporte exigir bastante coordenação motora e deixaram registrados a importância de aprender novos esportes e movimentos corporais. Consideramos a escola ser o principal meio pelo qual os alunos têm o primeiro contato com práticas da cultura de movimento; a diversidade colabora para o aumento de interesse à Educação Física. Por fim, o domínio mínimo da técnica é fundamental para a prática e maior interesse pela atividade física e o esporte.

Educação Física Escolar Pública com proposta de elite: tênis de campo

RUI ANDERSON COSTA [email protected] EMEF DOM PEDRO I - DRE/JT - SME, São Paulo - SP

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O objetivo do estudo é analisar quais são as estratégias de ensino utilizadas pelos professores de Educação Física para o ensino da dança. Esta pesquisa é de natureza qualitativa e do tipo estudo exploratório-descritivo. O público alvo corresponde a 12 professores de Educação Física da Rede Municipal de Ensino do Município de Campo Grande – MS. Como instrumento de pesquisa, optou-se pela entrevista semiestruturada e para tratamento dos dados a técnica de análise de conteúdo formulada por Laurence Bardin. Neste estudo constatou-se que os processos de ensino da dança vêm sendo desenvolvidos por 6 (seis) categorias principais, as quais são: Demonstrativo (1); Dicas Verbais, repetições e autoinstruções (2); Improvisação (3) ; Dança Educativa (1); Teórico (4) e; Recursos Tecnológicos (3), confirmando o que muitos estudos apresentam acerca da não corroboração para a emancipação do aluno, visto que as formas utilizadas pelos docentes têm sido por meio de pesquisas na internet por parte dos alunos. Apontamos que a Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande - MS deve acompanhar mais efetivamente o trabalho docentes para a concretização docente no que diz respeito ao desdobramento deste conteúdo no contexto escolar.

O ensino da dança no Ensino Fundamental - imagem do cenário docente

SARAH DA SILVA CORRÊ LIMA; LUIZA LANA GONÇALVES [email protected] Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande - MS

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O curso de licenciatura em Educação Física da Universidade Federal de São Carlos propicia aos estudantes várias possibilidades de conhecer a prática docente ao longo de sua formação como é o caso do PIBID, que oferece a oportunidade de conhecer, vivenciar e intervir na prática docente. A experiência em questão ocorreu em uma escola do ensino público municipal com alunos do sétimo ano do ciclo dois do ensino fundamental na cidade de São Carlos, cujo foco foi o planejamento participativo, em que alunos e professor juntos, pudessem propor e trabalhar os conteúdos de um semestre, aumentando assim o engajamento e autonomia dos alunos nas aulas. Em conjunto escolhemos práticas corporais como basquete, bets, “pular elástico”, vôlei, cambio, badminton, atletismo, parkour, slackline e kabaddi. Discutimos o conceito de cultura corporal de movimento, conversamos sobre quais componentes gostaríamos de vivenciar e conhecer melhor durante o semestre, separamos os assuntos por eixos de similaridade. As aulas eram divididas em conversas em roda, com a ajuda do(a) aluno(a) colaborador(a) que pesquisava sobres os conteúdos, explicavam e sanavam dúvidas dos seus colegas e, vivencias onde precisavam, de forma autônoma, gerir conflitos e conhecer novas práticas corporais, sempre mediadas pelos docentes. O grupo era constituído por um graduando em Licenciatura em Educação Física, a professora responsável pela turma e trinta alunos(as). Foram utilizados nas aulas matérias de papelaria, arames, meia calça, elásticos, tacos, bolas, cordas, fitas de slackline e giz de lousa. Como avaliação, utilizamos de rodas de conversas nos finais das aulas e a construção de uma narrativa em forma de história no fim do semestre. Conseguimos então concluir que quando o planejamento é realizado de forma dialógica e participativa, percebemos o maior engajamento e aproveitamento dos alunos nas aulas, pois se identificam como seres pertencentes e agentes formadores da cultura corporal de movimento.

Planejamento participativo na Educação Física Escolar: perspectiva de fomentar a autonomia dos alunos junto à cultural corporal de movimento

SILAS BALIEIRO DE ALMEIDA; FERNANDO DONIZETE [email protected] Universidade Federal de São Carlos, São Carlos - SP

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Assim como os demais países, a identidade do Brasil foi se constituindo por um processo histórico envolvendo elementos sociais, políticos, econômicos e culturais que de algum modo são refletidos por meio da expressividade corporal, mais especificamente, pelas Danças Populares Brasileiras. Com o intuito de compreender os elementos que perpassam pela expressão artística e cultural do povo brasileiro, foi desenvolvido um projeto com duração de três meses inerente às Danças Populares Brasileiras, ofertado a duas turmas do 8º ano do Ensino Fundamental II por cinco bolsistas vinculadas ao PIBID Educação Física da Universidade Federal de Lavras (UFLA). Para a estru-turação das aulas foram utilizados recursos midiáticos como power point, vídeos, imagens, e quadra poliesportiva da escola. Ao considerar a avaliação como um processo, esta seguiu o percurso nas três vertentes: diagnóstica, for-mativa e somativa; além disso, nos amparamos às três dimensões da avaliação, sendo elas: conceitual, procedimental e atitudinal; desta forma, foram contempladas as diversas formas do saber. Além de contribuir com o alargamento das fronteiras formativas das professoras em formação, foi possível perceber que ao propor dinâmicas de aulas diferentes daqueles em que normalmente as aulas de Educação Física acontecem houve inicialmente certo distan-ciamento/ negação por parte dos alunos, no entanto, certos preconceitos que cercam a cultura popular brasileira foram se desconstruindo para construção de um outro olhar acerca da identidade cultural do país.

Danças Populares Brasileiras: conhecendo a identidade cultural do país

TAMARA APARECIDA REIS DE [email protected] Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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O senso comum afirma que trabalhar com crianças pequenas é um dom, que a forma de lidar com elas requer um jeito particular de ser que, supostamente, exige além de gostar muito de crianças, ter um instinto um tanto quanto maternal, colocando muitas vezes a preparação técnica e científica do professor em segundo plano, mas e quando essa situação se inverte? O que acontece quando um professor de educação física, apesar de dedicado e pedagogicamente bem preparado, não possui esse dom proclamado pelo senso comum e não teve, em sua vida pessoal, quase nenhum contato com o mundo infantil, se depara com turmas de Educação Infantil (4 e 5 anos de idade) para lecionar em uma rede pública de ensino? O objetivo deste trabalho é fazer um relato desta experiência e propor uma análise sobre as estratégias e procedimentos adotados para enfrentar esse difícil desafio. A evolução da forma de se posicionar frente aos educandos, de planejar e aplicar as aulas e atividades, de dialogar e construir relação com as crianças, de lidar com a indisciplina, o modo com que se encara o sofrimento pelas experiências infrutíferas, a importância do auxílio da equipe pedagógica entre diversos outros detalhes, são construções que podem enriquecer ou afastar o professor da relação profissional e serão expostos neste trabalho. Um levantamen-to sobre esse processo sugere a viabilidade de aplicação de boas aulas e bons projetos, mesmo com profissionais pouco experientes no trato com crianças, desde que aplicadas relevantes ressalvas no que se refere à disposição para conhecer e aceitar o novo e o diferente, reforçando o conceito teórico nem sempre aceito na prática de que a relação de aprendizagem não acontece por via única.

Relato de experiência de um professor de Educação Física que não conhecia crianças, lecionando na Educação Infantil

ADRIANO LEAL DE CARVALHO1, SILVIA CINELLI QUARANTA2

[email protected] 1Professor de Educação Física na Prefeitura de Praia Grande, Praia Grande - SP2Diretora de Divisão de Educação Infantil, Praia Grande - SP

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O objetivo desse estudo é refletir sobre o lazer na infância, a partir de um relato de experiência vivenciado por uma acadêmica do curso de Educação Física ao entrar em contato pela primeira vez com um programa de lazer infantil. Um grupo composto por 40 crianças participou de um projeto denominado de “Passaporte de Férias” realizado na cidade de Manhuaçu, Minas Gerais, com crianças de faixa etária de 4 a 10 anos, para que pudessem vivenciar o lazer de forma que compreendessem esse tempo como uma oportunidade de aprendizado. Ao lidar com estas crianças, foi possível observar a criatividade, disposição e interesse delas diante das atividades propostas. As brincadeiras simples e que alguns já tinham vivenciado se tornaram novas, pois elas mesmas, com a ajuda de um docente, inovaram e inventaram novas maneiras de executar uma determinada brincadeira. Um exemplo disso são as brincadeiras com bambolês, umas conseguiam pular fora e dentro do bambolê, outras só dentro como um “canguru”, assim denominada por elas mesmas. Uma simples atividade como essa proporcionou que as crianças usassem a imaginação e se divertissem aprendendo. Para os acadêmicos do curso de Educação Física, foi um momento de aprendizado no qual foi possível melhor compreender o lazer na infância, confrontando com os conhecimentos desenvolvidos durante a graduação.

Lazer e infância: o lúdico nas aulas de Educação Física para além da simples recreação

ADRIELLE LOPES DE SOUZA1; DANIELLY PEREIRA NUNES2

[email protected] 1Professora, Manhuaçu - MG2Acadêmica do curso de Educação Física da Faculdade do Futuro, Manhuaçu - MG

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O ingresso no ambiente escolar pode impactar a formação inicial do estudante de Educação Física, fato promo-ve a aquisição de competências para a atuação no momento de estágio. Este estudo visa relatar a intervenção de estudantes de Educação Física no estágio curricular supervisionado I de uma universidade catarinense. A creche que recebe os estudantes estagiários, atende crianças do berçário até o grupo 6, caracterizado como G6, sendo os estágios realizados em duplas com o auxílio das professoras da creche e do professor orientador da universidade. A estrutura da unidade educativa apresenta ampla área externa, salas de aula e um espaço aberto entre as salas em que pode-se realizar as atividades motoras. A experiência no estágio permite identificar que a ludicidade é de ex-trema importância, no desenvolvimento dos alunos, bem como torna-se necessário nesta fase aperfeiçoar noções de consciência corporal, espacial e temporal. Neste sentido, como estratégia metodológica utilizou-se a proposta de aulas historiadas onde as atividades propostas estavam cercadas por um enredo lúdico (temático) como: espaço sideral, mundo dos insetos, natureza e dinossauros. Construiu-se em muitos momentos os materiais pedagógicos, no intuito de enriquecer a intervenção pedagógica. Pode-se mencionar que quanto maior o potencial de experiências no mundo infantil, mais saberes são dimensionados e o conhecimento sobre os alunos se ampliam. Ao finalizar o estágio tem-se a sensação de estar no caminho certo e que foi realizado um bom trabalho, obtendo o retorno positivo de alunos que se expressam de outras formas, tendo em vista uma fala em construção.

Aprendendo a ser professor no universo infantil

ANA CAROLINA GESSER1; NATALI CATARINI SILVA1; MILLIANE RACHADEL1; MARIZA CARMEN DA SILVA2; ANDERSON SIMAS FRUTUOSO1

[email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC2 Prefeitura Municipal de Florianópolis, Florianópolis - SC

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O presente relato condiz com as experiências desenvolvidas no primeiro semestre de 2017 nas aulas de Educação Física no Centro de Educação Infantil Sol Nascente da rede municipal de Joinville. O objetivo foi construir e de-senvolver as práticas pedagógicas das aulas Educação Física a luz das perspectivas da saúde e de valores humanos, a fim de contribuir para o desenvolvimento integral das crianças de três e quatro anos. A perspectiva da saúde foi norteada pelo: desenvolvimento motor; comportamentos preventivos; hábitos alimentares; controle do estresse; relacionamento (socialização e integração). Diante disso, as experiências desenvolvidas foram: avaliação do peso, altura e sua relação (IMC); e teste da pisada; roda de conversa sobre alimentação saudável; brincadeira da memória junto com as estudantes dos cursos de Educação Física e Nutrição de uma faculdade comunitária de Joinville, assim contribuindo para formação profissional na área da Educação e Saúde; brincadeiras e jogos motores; atividades de relaxamento, a partir de exercícios de voz e respiração. Enquanto os valores humanos permearam a partir: a) amizade, solidariedade, companheirismo e cooperação; b) responsabilidade social, ética, caráter, humildade e hones-tidade; c) respeito, tolerância, igualdade e lealdade; d) liberdade, perseverança e esperança. Assim proporcionando experiências como: construir um cartaz com os combinados a serem desenvolvidos na aula de Educação Física; atividade de integração com as crianças e professoras das outras turmas; brincadeiras e jogos motores com distintos materiais estruturados e não estruturados; contação de história sobre valores e roda de conversa associando com as atividades desenvolvidas cotidiano escolar; atividades rítmicas, aproximando o conhecimento de distintas culturas artísticas sobre a dança. A partir da avaliação descrita das aulas, observou a necessidade de trabalhar os valores humanos ao longo das atividades para contribuir na socialização das crianças. Também percebeu a consciência na ingestão de alimentos saudáveis e dos cuidados com a saúde.

Educação Física na Educação Infantil: práticas pedagógicas a luz da saúde e dos valores humanos

ANDRÉIA FERNANDA [email protected] Faculdade de Educação - USP, São Paulo - SP

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OBJETIVO: Esse projeto tem como objetivo proporcionar o contato das crianças com a cultura corporal existente no circo, em um nível de exigência inicial e elementar, destacando as potencialidades expressivas e criativas, além dos aspectos lúdicos dessa prática. JUSTIFICATIVA: As atividades circenses facilitam a aprendizagem dos concei-tos espontâneos. Os conceitos de liberdade, autoconfiança, equilíbrio, fantasia/realidade, imaginação/criatividade, entre outros, podem e devem ser trabalhados a partir do lúdico e se formam no processo de aprendizagem. E a atividade circense, cuja concepção do fantástico estimula a imaginação do aluno, é um conteúdo que possibilita um trabalho rico de possibilidades para o desenvolvimento corporal e mental. ESTRUTURA DAS AULAS: As aulas foram organizadas de forma a propiciar o contato direto e o conhecimento dos materiais específicos de cada modalidade. Ministradas num tempo médio entre 1 hora e/ou 1 hora e 30 minutos de duração 2x/semana, realiza-das em 8 semanas, para que os alunos pratiquem e realizem os movimentos artísticos com maior propriedade. O processo de ensino aprendizagem seguiu uma progressão lógica e suficientemente flexível para que os participantes possam adquirir os conhecimentos de forma segura e constante. No primeiro momento, o educador apresenta o material a ser utilizado na aula, explica princípios fundamentais do seu manuseio, e, em seguida, demonstra alguns truques, passíveis de serem executados. No segundo, os educandos têm a possibilidade de realizar os truques, in-dividualmente ou em grupos. No terceiro, quando os educandos já conhecerem os elementos circenses poderão experimentar outras possibilidades de execução, que podem até ser criadas por eles mesmos (criação e exploração). E, no quarto, a apresentação, na qual não possui uma frequência programada e acontece respeitando a motivação da aula. Serve como um momento de auto avaliação e avaliação individual e coletiva.

Brincando de circo nas aulas de Educação Física no Ensino Infantil

ANTONIO CARLOS RUEL [email protected] Colégio Agostiniano São José, São José do Rio Preto - SP

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Introdução: A remodelação de jogos tradicionais e a reorganização de regras têm dentre suas principais finalidades a potencialização do envolvimento dos alunos nas sessões de Educação Física Escolar. No entanto, quando os espaços de intervenção são reduzidos (salas de aula, playgrounds, meia quadra, etc), se faz de grande valia investi-gar se através de estratégias de remodelação de jogos seria possível alcançar níveis desejados de esforço. Objetivo: Analisar a frequência cardíaca de crianças do ensino infantil em jogos tradicionais e remodelados. Metodologia: Foram analisadas 16 crianças, média de idade 4 anos (1,03), peso 19,9 (2,9)Kg e altura 1,05 (0,06)m de uma escola privada de Santos. Para analise da Fc foi utilizado frequêncimetro da marca Geonaute. As crianças foram avaliadas em 2 jogos, sendo 4 momentos distintos, com duração de 4 minutos cada e em dias diferentes: 1° momento pe-ga-pega tradicional com 1 pegador (M1), 2º pega-pega caranguejo 1 pegador (M2), 3º pega-pega tradicional com 2 pegadores (M3) e 4º pega-pega caranguejo 2 pegadores (M4). Para análise estatística, após confirmação da não normalidade dos dados foi utilizado o teste de Wilcoxon para comparação entre os momentos e o teste de Spearman para investigar a magnitude de correlação entre a FC e o IMC. Resultado: A seguir são apresentadas a média de Fc e o percentual estimado para o esforço máximo nas quatro condições: [M1 149(25,6),67%; M3 152(19,7), 69%]; [M2 149(19,3), 67% e M4 153(21,3), 69%]. A média de IMC foi de 17,16(17,23). Quando correlacionado o IMC com a FC não detectou-se magnitudes significativa nos diferentes momentos. Conclusão: Verificou-se que a remo-delação dos jogos tradicionais alcançou os mesmos efeitos fisiológicos apresentando-se como potencial estratégia em aulas com espaço reduzido, principalmente quando o foco for diminuir os deslocamentos das crianças com grandes acelerações e ainda sim, manter níveis satisfatórios de esforço.

Efeitos da modificação de estratégias em um jogo e suas respostas fisiológicas sobre o organismo infantil

CARLA NOGUEIRA, SARA VIEIRA; AUREA MINEIRO; FABIO OLIVEIRA; FABRICIO [email protected] Universidade Metropolitana de Santos, Santos - SP

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Esta pesquisa é um recorte da dissertação de Mestrado, inserida na Linha 2, Práticas Pedagógicas e suas Relações com a Formação Docente, do Programa de Pós-Graduação em Educação, Mestrado e Doutorado da Universidade Católica Dom Bosco, que teve como principal objetivo caracterizar quem são os professores de Educação Física que atuam nos noventa e nove Centros de Educação Infantil (CEINFs), administrados pela Secretaria Municipal de Educação da cidade de Campo Grande/MS. Esta pesquisa de caráter qualitativo, utilizou como instrumento metodológico um questionário, que foi entregue a 109, todavia respondido e devolvido por 105. A coleta de da-dos foi realizada entre os meses de março e junho de 2017. Os questionários foram entregues pessoalmente pela pesquisadora. Os resultados apontam que o grupo estava composto por 66 mulheres e 39 homens. Com relação à idade, mostrou-se bastante diversificado, variando dos 18 aos 60 anos e a maioria dos profissionais com idades entre 18 e 30 anos (52%), em relação ao tempo de formação, o maior número de professores se apresentou como formados entre 3 e 6 anos (37%). Dos 109, 55 (52%) têm especialização e 31, cerca de 30%, só possuem gradua-ção. Das especializações concluídas ou que estão em andamento, apenas 12% (9) são voltadas especificamente para a Educação Infantil. As demais estão relacionadas com Educação Física Escolar, Saúde, Educação Especial e Gestão. O vínculo funcional, 51% têm contrato de trabalho e 10% são efetivos, ambos os casos com carga horária de 20h semanais. Quanto ao vínculo funcional, o fato de a maioria dos profissionais vincularem-se por contrato de trabalho representa um dado importante, uma vez que algumas implicações acontecem devido a esse aspecto, podendo influenciar diretamente a atuação pedagógica dos professores, por conta da rotatividade de professores nas instituições. A pesquisa também desencadeou reflexões acerca da organização da prática pedagógica.

Mapeamento dos professores de Educação Física que atuam nos Centros de Educação Infantil em Campo Grande - MS

CLAUDIA DINIZ DE [email protected] Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande - MS

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O estudo tem por objetivo identificar as contribuições da Educação Física na Educação Infantil, pontuando fatos que evidencie sua relevância, ao passo de verificar a realidade na Educação Infantil e seus principais desafios sob a atuação do professor generalista nas “aulas de movimento”\Educação Física, apontando as possíveis perdas pedagógicas, nas quais acarretariam o não cumprimento da finalidade proposta no currículo deste ciclo educacio-nal. Como escolha metodológica será realizada uma revisão de literatura partindo de um delineamento descritivo, onde será feito uma busca de artigos nas seguintes bases de dados: Scielo, Medline, Lilacs e Periódicos da Capes.

A Educação Física na Educação Infantil: contribuições para o desenvolvimento integral

CLEBER SIMAN DE AMORIM; RICARDO ALVES DA [email protected] Universidade Vale do Rio Doce, Governador Valadares - MG

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INTRODUÇÃO: A Educação Infantil é a primeira etapa de ensino e fornece toda a base para a continuidade da escolaridade. Em vista disso, o artigo tem como objetivo abordar a importância da Educação Física (EF) na formação dos alunos, e qual a necessidade de se ter um professor de EF especialmente nesta etapa de ensino. METODOLOGIA: O desenvolvimento da pesquisa foi através de dois periódicos nacionais: Movimento e Pensar a Prática, utilizando como critérios artigos que tratassem especificamente da EF Escolar e da Educação Infantil, publicados entre 2010 a 2016. Assim, dois tópicos foram elaborados: “Educação Física como componente cur-ricular educacional”; “A importância do Professor de Educação Física na Educação Infantil”. RESULTADOS E DISCUSSÃO: A EF necessita urgentemente justificar-se enquanto disciplina, assim como outras na grade curricular da Educação Básica, possibilitando uma nova visão sobre a área e mudando a realidade que está posta perante mui-tas escolas. O educador deverá transitar pelos conteúdos da EF através de abordagens e metodologias, buscando incluir e motivar todos em suas aulas. A Educação Infantil é a fase onde a EF se faz imprescindível, visto que nela as crianças estão na base de seu desenvolvimento, necessitando de diversos estímulos para efetivá-lo. Cabe aqui focar na liberdade de movimentos, pois é por meio deles que as crianças desenvolvem seus mais amplos aspectos. E ninguém melhor para isto, do que um professor de EF, que possibilite às crianças este leque de variedades para que seu pleno desenvolvimento seja alcançado. CONSIDERAÇÕES FINAIS: Conclui-se que a EF precisa justificar-se enquanto área de ensino, inovando suas possibilidades e alcançando seu devido reconhecimento. Tal disciplina na Educação Infantil torna-se de extrema importância, pois é por meio dela que as crianças se movimentam e desen-volvem-se. Por isto, a atuação de profissionais aptos na área é fundamental nesta etapa de ensino.

A importância do professor de Educação Física na Educação Infantil

DAIANE APARECIDA DE MATTOS; JAQUELINE ANDRESSA [email protected] Universidade Estadual do Centro-Oeste, Irati - PR

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O presente estudo é resultado parcial da dissertação intitulada “Práticas avaliativas no trabalho educativo do movi-mento: um estudo na Rede Municipal de Ensino de Curitiba – Paraná” que investigou as práticas avaliativas, regis-tradas nos relatos de experiência apresentados no Seminário Saberes e Práticas do Movimento na Educação Infantil da Prefeitura Municipal de Curitiba – Paraná em parceria com a Universidade Federal do Paraná, nos anos de 2009, 2010, 2011, 2012 e 2013. A escolha metodológica para a investigação foi a pesquisa documental e a organização e análise dos dados foi construída com base nos pressupostos da análise de conteúdo. O objetivo deste resumo é discutir como os professores que atuam com Linguagem Movimento na Educação Infantil da Rede Municipal de Ensino de Curitiba concebem a participação das crianças nos seus registros avaliativos. Os dados analisados revelaram que a participação das crianças: a) é engendrada como critério avaliativo referente a participação, o envolvimento e o interesse dos pequenos nas práticas educativas propostas; b) está atrelada mais a um sentido executável da ação do que um empreendimento que coloque as crianças como protagonista da prática pedagógica; c) no sentido do protagonismo, ocorre raramente durante os relatos de experiência, pode-se identificar uma ou outra ação em que a criança participa como co-construtora da proposta, mas não se pode generalizar; d) em alguns instrumentos e procedimentos avaliativos conseguimos perceber a participação dos pequenos nas práticas avaliativas como, por exemplo, a fala e o desenho. Por fim, concluímos que os professores ao se referirem à participação das crianças em seus registros avaliativos transitam entre concepções: de uma noção reducionista em que participar está atrelada à ação, a um ponto de vista do protagonismo da criança na construção de suas aprendizagens.

A participação das crianças nos registros avaliativos de professores que atuam com Linguagem Movimento na Educação Infantil

DÉBORAH HELENISE LEMES DE PAULA1; MARYNELMA CAMARGO GARANHANI2

[email protected] 1 Prefeitura Municipal de Curitiba, Curitiba - PR 2 Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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A falta de perspectivas específicas para a Educação Física na Educação infantil promove divergências nas discussões sobre a prática pedagógica na área. Objetivou-se descrever propostas da Educação Física para a Educação Infantil. Foi realizada uma revisão da literatura utilizando os descritores a seguir nas principais bases de dados disponíveis online: Educação Física na Educação Infantil, Movimento na Educação Infantil, Pedagogia da Educação Física Escolar. Foram encontradas três propostas predominantes com aplicabilidade na Educação Física para a Educação Infantil. A Psicomotricidade trata-se de uma concepção de movimento organizado e integrado, em função das experiências vividas pelo sujeito, cuja ação é resultante da sua individualidade, linguagem e socialização através de seus elementos constituintes: esquema corporal, organização do corpo no espaço, dominância lateral, equilíbrio e coordenação dinâmica. A teoria desenvolvimentista apresenta as fases de maturação da criança em seu desenvolvi-mento motor interligado com aspectos físicos, cognitivos e afetivos ao longo de todas as fases do desenvolvimento através de tarefas de estabilidade, de locomoção e manipulação, ou combinações dessas três. A cultura corporal de movimento como objeto da Educação Física permite à criança o acesso a saberes organizados historicamente e asseguradores da especificidade pedagógica da disciplina, levando em conta, fundamentalmente, os sentidos e os significados que os movimentos terão para os sujeitos, onde o sentido/significado é mediado simbolicamente no plano da cultura. Conclui-se que, apesar das divergências conceituais entre as propostas, todas apresentam caracte-rísticas relevantes para o trabalho da Educação Física na Educação Infantil, e desafiam os professores a refletirem e produzirem práticas pedagógicas significativas que agrupem o que cada uma delas apresenta de mais adequado para o seu contexto específico de trabalho.

Propostas da Educação Física para a Educação Infantil

EDUARDO HENRIQUE ARANDA; FABIO TADEU [email protected] Universidade de Araraquara, Araraquara - SP

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As instituições de ensino na primeira infância comprometem-se com o processo de aprendizagem e desenvolvi-mento das crianças, mediando o processo de construção de conhecimentos e de si mesmo pelo brincar. Com essa finalidade o estudo teve como objetivo analisar o brincar presente na prática educativa dos educadores atuantes na Educação Infantil em instituições da rede municipal de ensino de Chapecó, SC, na faixa etária de 04 a 05 anos. O estudo etnográfico teve como contexto 03 Centros de Educação Infantil (CEI) da rede municipal de ensino de Chapecó, SC. Foram colaboradores deste estudo, 06 pedagogas e 03 professoras de Educação Física, atuantes nas referidas instituições escolares e respectivas turmas, que mediante convite, aceitaram participar do estudo. Também foram sujeitos do estudo as crianças regularmente matriculadas nas referidas turmas. As observações ocorreram em duas turmas por instituição, uma por faixa etária, totalizando três turmas de quatro anos e três turmas de cinco anos. Os dados, analisados qualitativamente, foram colhidos mediante observação participante, diário de campo e entrevista semi-estruturada com as professoras. O brincar faz parte da cultura e do mundo infantil, estando pre-sente de forma intensa nos CEI investigados, sendo ele importante para o desenvolvimento integral das crianças. O brincar é apresentado pelas pedagogas como estratégia de ensino, orientando a aprendizagem e disciplina das crianças. As professoras de Educação Física apresentam o brincar como estratégia à aprendizagem, como meio à apreensão dos conteúdos conceituais, procedimentais e atitudinais, e como forma de expressão, comunicação e socialização, interpretando-o como um brincar livre.

A cultura do brincar na prática educativa da Educação Infantil

FABRÍCIO JOÃO MILAN1; MARIA ISABEL NOGUEIRA DA SILVA DE MEDEIROS2; LILIAN BEATRIZ SCHWINN RODRIGUES2

[email protected] 1 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis - SC2 Universidade Comunitária da Região de Chapecó, Chapecó - SC

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Os primeiros anos do desenvolvimento infantil correspondem à fase onde a educação física auxiliará no suporte psicomotor de forma que o aluno comece a ter noções sobre lateralidade, espaço, tempo, coordenação motora, socialização, desenvolvimento cognitivo e afetivo. Nessa fase é primordial dar atenção à base psicomotora das crian-ças para que elas tenham conhecimento do corpo e da mente e no futuro não haver atraso em nenhum aspecto do desenvolvimento. O professor deve ter conhecimento das etapas do desenvolvimento da criança a fim de preparar aulas que respeitem cada fase e a individualidade biológica do aluno. Partindo desse pressuposto, esse relato de experiência foi realizado por alunos bolsistas do PIBID na escola municipal CAIC – Paulo Dacorso Filho nas aulas de educação física escolar Pré 1B. As intervenções realizadas tiveram o objetivo o desenvolvimento psicomotor a partir das funções: esquema corporal, organização espacial, coordenações globais, lateralidade dos alunos através das atividades: Pega bolinha: Os alunos sentados de frente um para o outro com uma bolinha entre eles, pedia-se para tocar em partes do corpo e ao sinal eles deveriam pegar a bolinha. Ciranda dos animais: Os alunos se dispuseram pelo espaço, ao sinal das professoras eles imitaram os animais solicitados. Meus pintinhos venham cá: dois alunos foram escolhidos para serem a raposa e a professora a mamãe, de acordo com a solicitação da mamãe os pintinhos foram ao encontro da mesma fugindo da raposa. Abração: Os alunos deveriam envolver o máximo de colegas em um único abraço, com o intuito de estimular a interação sócio-afetiva dos alunos. Ao longo das atividades, os alunos foram estimulados a compreenderem as dificuldades em realizar atividades que exigiam maior exigência motora e interagirem nas que eram direcionadas a afetividade. Foi observado que alguns alunos apresentavam dificuldades nas funções associadas ao aspecto motor: organização espacial e lateralidade e nas funções de interação social foram estimulados a compreender a necessidade de aproximação coletiva. As atividades psicomotoras desenvolvidas no PIBID em pré-escolares contribuem para desenvolvimento das funções psicomotoras.

Intervenção psicomotora: relato do planejamento sistemático proposto à Educação Infantil por bolsistas do PIBID

FLÁVIA CAROLINA VIANA; GABRIELA ELISANGELA GALDINO MACEDO; CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ

Apoio financeiro: CAPES/PIBID

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A proposta aborda o tema circo na Educação Física para as turmas de educação infantil no Municipal de São Vicente e surge em uma roda de conversa com os alunos, a partir da pergunta: “Quem já foi ao circo?”. A grande maioria respondeu negativamente. Surgiu então a oportunidade de proporcionar a estes alunos a vivência do circo, por meio do “projeto Trampolim: um salto para o aprendizado”. O projeto foi desenvolvido em 2014, 2015 e 2016 em sete escolas, com um total de 1.140 alunos entre três e seis anos de idade, e foi compartilhado para auxiliares de creches, professores de educação infantil e Educação Física. Os personagens tematizados foram: o palhaço, o mágico, o con-torcionista, o equilibrista e o malabarista, apresentados em forma de figuras, desenhos e vídeos. Foram confeccionados alguns equipamentos, desde a construção do palhaço até objetos de malabarismo como bola, clave entre outros. Na tematização do palhaço tratamos das partes do corpo e de brincadeiras do cotidiano infantil (Ex: Gruda-gruda e estatua). No mágico, além de estimular a imaginação, trabalhamos a coordenação motora fina com objetos pequenos. No contorcionista trabalhamos alongamentos e movimentos de ginástica e yoga. No equilibrista, com equilíbrio es-tático e dinâmico, com e sem objetos, bem como alguns movimentos da capoeira. Na tematização do malabarista: da construção de equipamento a sua pratica. Construímos: claves, bola de malabares com: bexigas, sementes e sacolas plásticas entre outros. A avaliação foi feita por meio de roda de conversa, construção de gráficos, apresentações e por meio de desenhos. Pudemos notar que ao longo das aulas os alunos foram progressivamente se interessando pelas artes circenses e adquirindo conhecimentos sobre elas. Um indicador importante é o fato de que sempre solicitavam para repetir a aula anterior, o que nos leva a inferir que o projeto foi exitoso.

A atualização da temática “circo” nas aulas de Educação Física na Educação Infantil

FRANCISCO FINARDI DO [email protected] Professor do Município de São Vicente, São Vicente - SP

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O presente trabalho tem por objetivo demonstrar a importância das intervenções realizadas com alunos da Educação Infantil acerca da socialização a partir do relato de experiência dos bolsistas graduandos de Educação Física do PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência). A prática pedagógica foi desenvolvida no CAIC Paulo Darcorso Filho, escola situada no município de Seropédica, Estado do Rio de Janeiro. As turmas atendidas foram de pré-escola, com alunos de faixa-etária entre 4 e 5 anos. O objetivo das intervenções é proporcionar o maior número de vivencias motoras aliadas ao despertar da imaginação e da socialização dos alunos, sejam eles incluídos ou não, com um viés lúdico, que é tão importante e estimulante para esse nível de ensino. A metodologia adotada seguiu parâmetros qualitativos, utilizando-se da observação assistemática e registro em relatórios diários, onde foram anotadas informações referentes à participação e melhora do desenvolvimento motor dos alunos. Para isso, foram observadas diferentes situações de brincadeira livre e dirigida com os envolvidos no programa. Após dois bimestres de avaliação através desses relatórios, foi possível observar que houve uma melhora significativa em relação à socialização e participação dos alunos nas aulas, pois aqueles que não participavam, principalmente os incluídos, passaram a interagir com os outros colegas e realizar tarefas. Portanto, os dados analisados apontaram que a Educação Física na Educação Infantil tem um caráter muito maior que apenas a reprodução de movimentos ou da prática recreativa: por meio de jogos cooperativos e brincadeiras populares, ela proporciona um espaço de descobertas e experimentações que colaboram para o desenvolvimento do indivíduo, aumentando a socialização entre os pares.

Relato de experiência: Educação Física como agente socializador na Educação Infantil

HENRIQUE RODRIGUES DA SILVA1; CARLA LUIZA DO ESPÍRITO SANTO OLIVEIRA1; TATIANE GEORGINA DA SILVA PEREIRA1; APARECIDA LETÍCIA OLIVEIRA MOTA2; MARIA CLARA FERREIRA DE CARVALHO2

[email protected] 1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ

Apoio financeiro: PIBID (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à docência)

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Por meio de revisão bibliográfica, o trabalho tem o objetivo de analisar diferentes olhares da dança na educação física escolar. Muitas escolas hoje em dia vêm implantando as aulas de dança em seu currículo, o que vem agregando aos alunos mais conhecimento e uma nova forma de conhecer a dança, através de uma aula específica. Com estas aulas nas escolas, o preconceito para quem dança vem sendo quebrado, o conhecimento de outras culturas vem crescendo com estas atividades. Dentro dessa ideia de dança na escola, vários autores vêm estudando desde muito cedo sobre a dança nas escolas, inclusive na educação infantil, onde para a maioria dos autores é a fase de mais importância da criança onde há um desenvolvimento completo de seu corpo e descobrimento de si, é esta ideia que os autores apresentados querem trazer. Em meio a tantos olhares diferentes dos autores sobre a dança na escola, o que podem nos mostrar, é que a dança precisa ser cada vez mais ser bem vista nas escolas, abrindo um espaço para o conhecimento do corpo, o corpo do outro, sentimentos e vários benefícios que a dança traz para as crianças.

Dança e educação física: interfaces

ISABELLA FERNANDES [email protected] Itupeva - SP

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O presente estudo tem como objetivo realizar uma breve discussão literária, a fim de melhor entender e discutir as contribuições da Educação Física no que tange o desenvolvimento motor de crianças com a fase e característica motora pelas quais passam, para um melhor acompanhamento do desenvolvimento motor. A maior característica de uma criança é o brincar, é o movimentar-se. Acredita-se que a Educação Infantil não é apenas um lugar com as funções assistencialistas de cuidar e dar proteção às crianças, mas uma instituição responsável em promover grande número de experiências, ampliando o conhecimento e construindo uma identidade pessoal e social. Partindo desse principio é que nos questionamamos: Como a Educação Física pode colaborar com essa formação? Como os jogos e as brincadeiras podem penetrar no campo da Educação Infantil e trazer benefícios para o desenvolvimento das crianças? Para tanto serão abordados autores como: Freire (1991, 1998), Gallahue e Ozmun (2005), Kishimoto (1996), Le Boulch (1987), Moyles (2006) para fundamentar o movimento como um importante elemento para o desenvolvimento da cultura humana. Sendo assim, a Educação Física na Educação Infantil deve desenvolver o potencial da criança, incluindo-se as habilidades cognitivas, afetivas, sociais e motoras.

Contribuições da Educação Física para o desenvolvimento motor na Educação Infantil

IZABELLE CRISTINA DE [email protected] Universidade Estadual de Ponta Grossa, Ponta Grossa - PR

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O presente estudo analisa o lugar da Educação Física na Educação Infantil, bem como o espaço e tempo destina-do a este componente curricular. Consiste em um estudo de revisão sistemática, no qual foram analisados artigos publicados entre os anos de 2002 e 2016, em periódicos nacionais voltados para a área da Educação Física com foco e escopo nos aspectos pedagógicos do ensino da Educação Física. A partir da análise foi possível constar que a Educação Física na Ensino Infantil ainda é considerada como espaço e tempo para compensar as atividades de sala de aula, caracterizando-se como recreação ou realização de atividades para desenvolvimento de habili-dades motoras. Depara-se com o desafio de conciliar as práticas corporais das crianças com as intensas rotinas, como também a limitação de infraestrutura e locais apropriados para a realização das aulas. Ficou demonstrado um caminhar para a sua legitimação na Ensino Infantil ainda que a passos lentos, quando observamos a inserção de professores especialistas no contexto das Instituições. Estudos evidenciam o trabalho pedagógico organizado por projetos pautados nos grandes temas das práticas corporais, dentre eles os jogos e brincadeiras, reafirmado a possibilidade da Educação Física articulada com as diferentes áreas do conhecimento no ensino infantil. Por fim, cabe destacar a necessidade de significação da Educação Física no âmbito infantil, reconhecendo sua importância para o desenvolvimento da criança de 0 a 5 anos.

O lugar da Educação Física no Ensino Infantil

LEILA MAIRA BORRÉ1; FERNANDA HELOISA DE MELLO2; MAYARA DE ALMEIDA TAVARES2; ROSILANE DE SOUZA SILVA2; RILLER SILVA REVERDITO2

[email protected] 1 Universidade Federal de Mato Grosso, Programa de Pós-graduação em Educação Física, Cuiabá - MT

2 Universidade do Estado de Mato Grosso, Faculdade de Ciências da Saúde, Cáceres - MT

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O escopo deste trabalho é relatar a experiência da construção conjunta de um currículo do campo de experiência de exploração da linguagem corporal entre um professor de educação física e as professoras do CEI PEQUENO MUNDO II. O projeto iniciou com uma reunião entre o professor de educação física e a equipe gestora no sentido de se diagnosticar as dificuldades e se estabelecer as estratégias que seriam utilizadas para a intervenção junto aos professores. Foram escolhidas quatro professoras, que trabalham com crianças nas faixas etárias de três e quatro anos, totalizando 96 alunos. O desenvolvimento do currículo do eixo movimento foi baseado no conceito da Cinesiologia Humana. A análise das práticas realizadas pelas professoras apresentou: (1) Atividades inapropriadas para a faixa etária; (2) Atividades repetidas e utilizando sempre os mesmos padrões de movimentos; (3) ausência de uma sequência de desenvolvimento de movimentos. A partir da reflexão sobre as atividades e da orientação do professor de educação física, que teve como foco a resolução dos problemas trazidos nos encontros, as profes-soras passaram a organizar e sistematizar as atividades tornando o ambiente do CEI num grande laboratório de experimentação do movimentar-se.

Ampliando os conhecimentos sobre o movimentar-se na Educação Infantil: relato de experiência

LUIS HENRIQUE MARTINS VASQUINHO; RICARDO YOSHIO SILVEIRA [email protected] Colégio Anglo21, São Paulo - SP

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O uso das Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC) vem sendo ampliado no contexto escolar e da mes-ma forma nas aulas de Educação Física. Considerando o ensino da dança na escola como um conteúdo pouco trabalhado, considera-se válido desenvolvê-lo utilizando recursos das TIC a fim de atrair a atenção dos alunos e apresentar elementos aos quais eles têm pouco acesso na vida cotidiana, como imagens, fatos e valores relaciona-dos à dança. Nesse sentido, o objetivo desse trabalho foi utilizar as TIC no ensino das modalidades de dança Jazz e Sapateado para crianças da educação infantil e analisar suas possibilidades. Foram utilizadas aulas de Educação Física com duração de 50 minutos de uma escola municipal do interior do Estado de São Paulo. Participaram 47 alunos da Educação Infantil divididos em duas turmas e foram implementados seis planos que contemplavam o Jazz e o Sapateado. Como ferramentas metodológicas foram utilizados: aparelho de som, retroprojetor, notebook e celulares. As TIC foram utilizadas com diferentes funções: o aparelho de som para a passagem das músicas; o notebook e o retroprojetor para a exposição de vídeos. Tais recursos mostraram-se essenciais, considerando que Jazz e Sapateado são modalidades que podem ser melhor caracterizadas por meio de exemplos visuais, tornando o conteúdo acessível às crianças e de fácil entendimento. Os celulares foram utilizados para filmar as coreografias dos alunos para que posteriormente, dentro das aulas, eles pudessem assistir sua própria dança. Observaram-se dois papéis principais dos recursos tecnológicos utilizados: como forma de introduzir os conteúdos, expondo aos alunos imagens e vídeos de Jazz e Sapateado; como forma de conclusão do aprendizado, sendo um meio rápido de mostrar aos alunos os resultados alcançados. Conclui-se que o uso das TIC favoreceu aulas mais criativas e dinâmicas, motivando os alunos e auxiliando no ensino das dimensões conceitual, procedimental e atitudinal.

TIC na Educação Física Escolar: possibilidades para o ensino da dança na Educação Infantil

MARCELA PEDERSEN; THOMÁS AUGUSTO PARENTE; LAÍSSA PIEROTTI AVALLONE; MAYRA MATIAS FERNANDES; ALEXANDRA CRISTHINE ALVES; GABRIELA DE PAIVA MUNHOZ; TAINÁ DAVALLE PADULA; BIANCA SILVESTRINI ROSSI; CLARA BEATRIZ RIBEIRO CORVELONI; FERNANDA MORETO [email protected] Rio Claro - SP

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As danças populares demonstram ser instrumentos pedagógicos fundamentais para a aprendizagem, o desenvolvi-mento psicomotor e das relações socioculturais, auxiliando fortemente na construção do conhecimento, subsidiando ações tanto na prática docente como na emancipação do aluno. Esta pesquisa objetiva analisar e pensar abordagens para problematizar, articular, criticar e transformar as relações entre dança, ensino e sociedade, proporcionando ao aluno descobertas, criações e explorações do corpo e mundo enquanto ser cultural, histórico e social. A pesquisa foi realizada em Agosto de 2017, com alunos de Educação Física Infantil (5 e 6 anos) da Rede Pública de João Pessoa-PB, durante o II Festival de Danças Populares da escola. Pelo caráter do estudo a investigação orientou-se pelos princípios da pesquisa-ação. Com natureza empírica e abordagem qualitativa, abrange pesquisador, pessoas envolvidas e ambiente. Aplicou-se, através das danças populares, uma concepção dinâmica da realidade social, conscientizando que o aluno é parte de um todo, onde é enfatizado mais o processo do que o produto, gerando dialeticamente um saber fazer e um entendimento sobre esse fazer. Os alunos transformaram em símbolos aquilo que experimentaram corporalmente, construindo o conhecimento através da ação. Esta é necessária para compreender e externar significados presentes no contexto histórico-cultural que se vive. Assim, o corpo passa a ser expressão de gênero, etnia, crença e classe social. Ensino e vivência ofereceram subsídios para compreender, desconstruir, revelar e transformar as relações estabelecidas entre corpo, história e sociedade, conscientizando os alunos sobre suas potencialidades, poderes de transformação e habilidades de comunicação. A Educação Física não deve usar a dança para reproduzir movimentos mecânicos pobres de significados e sentidos ou focados em valores culturais não homogêneos. É necessário não apenas contemplar os conteúdos, mas identificá-los, vivenciá-los e interpretá-los de maneira crítica e emancipatória, tornando o aluno um agente (trans)formador.

Danças populares na Educação Física Infantil: por uma prática pedagógica crítica e emancipatória

MARCOS JOSÉ ANDRADE [email protected] Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa - PB

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O objetivo deste relato de experiência é apresentar uma proposta pedagógica para o ensino das lutas, tendo como respaldo o jogo como um facilitador dos processos de ensino. As atividades foram realizadas em uma oficina ministrada para educandos de várias escolas de educação infantil na cidade de Florianópolis, durante o projeto de extensão Brinca Cefid. A metodologia tem como referencial o jogo como estratégia de ensino, sendo fundamen-tada no agrupamento das modalidades de luta pelos tipos de contato: contínuo (contato pelo agarre), intermitente (contato pelo toque) e com mediação (contato por meio de implemento). Este agrupamento permite aproximar as lutas por suas semelhanças e características durante as ações, utilizando os jogos como conteúdos procedimentais para facilitar o aprendizado e a compreensão do ato de lutar. Com isso, foram promovidas manifestações culturais e vivências lúdicas diversificadas e motivadoras durante as oficinas. Portanto, conclui-se que essa estratégia peda-gógica pautada no jogo possibilita a valorização do desenvolvimento infantil, permite aos educandos vivenciar o conteúdo das lutas de forma prazerosa e eficaz, mesmo sendo realizada por meio de uma oficina.

Relato de experiência sobre uma oficina de lutas para a Educação Infantil: ensino por meio do jogo

MARCOS PAULO VAZ DE CAMPOS PEREIRA1; LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN1; FABRÍCIO JOÃO MILAN2; GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS1

[email protected] 1 Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC2 Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis - SC

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A dança é um conteúdo que encontra resistência nas aulas de Educação Física escolar (EFE). Os professores sentem dificuldades para ministrá-la apontando falta de vivência com as modalidades de dança, de estrutura, além dos precon-ceitos relacionados às questões de gênero que perpassam tal conteúdo. Apesar dos entraves apontados, entende-se que, enquanto conteúdo da cultura corporal, a dança deve ser ensinada nas aulas de EFE, de modo a favorecer a formação integral dos alunos, apresentando fatos, conceitos, valores e procedimentos para serem refletidos e incorporados em suas vidas. O objetivo do presente trabalho foi implementar e avaliar aulas de jazz e sapateado numa escola de Educação Infantil, desenvolvidas por meio das dimensões conceitual, procedimental e atitudinal. O trabalho foi desenvolvido em uma escola municipal de uma cidade no interior do Estado de São Paulo, com duas turmas totalizando 47 alunos. O projeto abordou basicamente: o reconhecimento e vivencia do jazz e sapateado e o valor de que a dança é para todos. No final do projeto como avaliação, foi entregue uma imagem para cada aluno, e o mesmo deveria classificá-la em jazz, sapateado ou outros. Os principais resultados apontam que dos 47 alunos, 43 classificaram a imagem rece-bida corretamente, apontando para o reconhecimento das características e diferenças entre o jazz e o sapateado. O envolvimento dos alunos com a execução dos passos do jazz e o reconhecimento desses passos ao longo das aulas, demonstrou que essa modalidade foi aprendida como algo para “saber fazer” enquanto o sapateado ficou mais no plano de modalidade “para conhecer”. Quanto à perspectiva dos valores, os alunos demonstraram excelente compreensão quanto ao fato de que a dança pode ser vivenciada por todos. Conclui-se que a dança apresenta grande potencial para o ensino nas aulas de EFE da Educação Infantil, por meio das dimensões dos conteúdos.

Dança na Educação Física Escolar: experiências com o jazz e o sapateado na Educação Infantil

MAYRA MATIAS FERNANDES; SUÉLEN BORTOLUCCI; DENIS RODRIGO DEL CONTE; STÉFANE KETREEN HENRIQUE; ANNE KELLY MACEDO MENDES; RAFAEL SOARES BUFALO; GABRIELA FERNANDA FRANCO SILVEIRA; MARCELA PEDERSEN; MARIA BEATRIZ CARNEIRO DE SOUZA; FERNANDA MORETO IMPOLCETTO; PATRICIA CORRÊA [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Rio Claro - SP

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O empenho em pesquisar, compreender e tentar contribuir com reflexões acerca da Educação Básica Brasileira atualmente é tarefa corajosa, principalmente em momento sociopolítico delicado como o de nosso país. Projetos educacionais podem se apresentar pertinentes e possuir pontos relevantes, mas necessitar de ajustes e planejamentos contextualizados à realidade nacional para que possam atender parâmetros de uma educação de qualidade, o que acre-ditamos ser importante para a aspiração de melhorias em esferas da sociedade. Importante ressaltar que o processo educacional é inserido na cultura, na sociedade, portanto sofre influências desta, como sociopolíticas por exemplo. A formação do cidadão se inicia no segmento Infantil, caracterizado legalmente como a primeira etapa da Educação Básica. Essa etapa merece atenção de áreas variadas de pesquisa, sendo a curricular uma delas. A aplicabilidade de diretrizes curriculares na prática pedagógica de instituições infantis formais se caracteriza como foco da problemática do projeto de doutorado em andamento atualmente, em fase de levantamento e pesquisa bibliográfica sobre a cons-trução de orientações curriculares para o segmento infantil. Esse estudo pretendeu realizar um recorte nessa pesquisa bibliográfica, focando na análise crítica do documento Referencial Curricular Nacional da Educação infantil-RCNEI, salientando o contexto do momento de sua elaboração e divulgação. Percebemos que muitos estudos expressam crí-tica em relação ao rompimento do RCNEI com o que na época vinha sendo estudado e defendido para o segmento, principalmente pela Coordenação Geral de Educação Infantil-COEDI, o que foi apontado como retrocesso; existem argumentações sobre a “escolarização” excessiva a que o arranjo curricular do documento remete; características de um manual de orientações a serem reproduzidas foram apontadas também, bem como a necessidade de investimentos na melhoria da formação, capacitação e condições de trabalho dos profissionais; análises acerca de teorias, discursos e linguagens empregadas no documento são encontradas, dentre outros pontos a serem revistos naquele documento.

Contexto e trajetória de elaboração curricular no segmento da Educação Infantil: recorte ao Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil/RCNEI

MELISSA CECATO DE MARCO; CELSO [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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O curso de Educação Física da Universidade Católica Dom Bosco (UCDB), possui em sua grade curricular no 5º semestre em licenciatura a disciplina Estágio Supervisionado II, com carga horária de 160 horas. O estágio foi realizado entre os meses de fevereiro e junho de 2017, no Centro de Educação Infantil São Domingos Sávio, loca-lizado nas dependências da universidade, em Campo Grande – MS. Este trabalho tem por objetivo proporcionar reflexões sobre as práticas pedagógicas desenvolvidas durante o período de estágio com as turmas dos níveis II e III. A regência pressupõe a iniciação profissional como um saber orientado por teorias de ensino-aprendizagem atreladas às demandas vivenciadas pela prática pedagógica, durante o estágio evidenciou-se que o planejamento é um dos itens mais importantes nesse processo, ressaltado por autores como sendo uma etapa imprescindível à estruturação e desenvolvimento de um componente curricular, sendo o ponto central da inserção pedagógica. Toda a prática durante o estágio foi baseada na literatura, assim como a organização dos temas e objetivos das aulas, que foram divididos em eixos, sendo: o movimento e a corporeidade; o movimento e o jogo; o movimento em expressão e ritmo e o movimento e a saúde, oportunizando possibilidades de estruturação da Educação Física Infantil, propiciando um sentido e um processo de sistematização das experiências oportunizadas da área, visando subsidiar as intervenções pedagógicas. Todos os itens no contexto do estágio são importantes, porém consideramos que o planejamento seja um dos principais e deve ser muito bem estruturado, levando sempre em consideração o objetivo da experiência proposta. É inquestionável, portanto, a importância de uma ampla base teórica, que justifi-que a prática. Portanto, o estágio é uma ferramenta na formação dos acadêmicos por promover situações adversas e oportunizar a aplicação de estratégias frente as possibilidades e desafios da Educação Física Infantil.

Educação Física Infantil: planejamento, possibilidades e desafios no estágio supervisionado II

MICHELY RITA DE CÁSSIA CAVALARI PRADO; CLÁUDIA DINIZ DE MORAES; IVO MANUEL JUSTINO VICENTE; LUCIANA GONÇALVES [email protected] Universidade Católica Dom Bosco, Campo Grande - MS

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O trabalho se refere à uma prática educativa apresentada numa aula de “Prática de Ensino em Educação Infantil”, presente no terceiro semestre do curso de Educação Física da Uninove, a qual teve como objetivo a ampliação do repertório motor infantil. Em seu desenvolvimento foi utilizado o jogo de faz de conta para o encaminhamento das ações motoras propostas e, também, a realização de operações matemáticas em situações que objetivaram “salvar alguns companheiros/as que estavam perdidos/as no Mundo da Matemática”. Se utilizou os seguintes materiais: bolas, arcos, bexigas e garrafas PET. A partir da apresentação da prática educativa e de sua vivência pelos/as alunos/as do curso, se propôs a ampliação do estudo teórico sobre as possibilidades de sua utilização em aulas de Educação Física para o primeiro ano do Ensino Fundamental, já que esta é uma faixa etária que tende a estar mais preparada para as exigências relativas às operações matemáticas exigidas. É o resultado deste projeto que ora é se apresenta. Assim, o presente trabalho tem como objetivo estabelecer a discussão sobre a prática educativa realizada, a inter-relacionando com princípios teóricos referentes aos estudos de desenvolvimento infantil e da motricidade da criança e do jogo de faz de conta. Ao final do trabalho se pode considerar que, para o desenvolvimento do repertório motor infantil, em especial, das habilidades motoras fundamentais é relevante que se estabeleça um motivo explícito que leve as crianças à realizar as ações motoras propostas, em especial, considerando que elas têm como atividade principal a brincadeira e, sendo assim, tal motivo pode ser estabelecido por meio da constituição de um enredo que as encaminhe as ações. Visto assim, realizar a práticas educativas que tenham como estratégias lúdicas o jogo de faz de conta mostram-se adequadas para as o desenvolvimento das habilidades motoras fundamentais e motricidade infantil.

Brincando de Matemática: contribuições do jogo de faz de conta no desenvolvimento do repertório motor da criança do primeiro ano do Ensino Fundamental

NATALIA MAESKY BATISTA; JAQUELINE SOUZA DA COSTA; ROBERTA CORTEZ GAIO; IDA CARNEIRO [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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Esse trabalho tráz um relato de experiência numa escola privada bilíngue do Centro de São Paulo, sobre a construção do planejamento das aulas de Educação Física para Educação Infantil. Objetivou-se elaborar planos pedagógicos baseados nas bases psicomotoras (tônus e equilíbrio, organização espacial e temporal, organização visuo-motora e praxia global) organizados de forma progressiva e horizontal ao longo do ano letivo e, verticalmente, percor-rendo as multiséries e idades. Também foi considerada uma abordagem profilática, propiciando aos alunos um desenvolvimento global prevenindo defasagens em seu desenvolvimento. Em 2016, as atividades foram planejadas para grupos de 10 a 18 alunos com auxílio de professoras assistentes da sala de aula. As aulas regulares tinham 30 minutos de duração e ocorreram em quadras ou pátios. Foram desenvolvidas atividades com materiais variados (esportivos, recicláveis e recreativos), possibilitando-se grande diversidade de propostas. As estratégias de ensino foram: exploração do ambiente e materiais sugeridos, descoberta guiada mediada pelo professor, aulas historiadas com caráter lúdico e simbólico. Os alunos foram avaliados processualmente, de modo individual e grupal, garan-tindo um adequado apoio às limitações e estímulos às potencialidades.

Vamos planejar? Psicomotricidade norteando a integração vertical e horizontal do planejamento do eixo movimento na Educação Infantil

PRISCILLA DE SOUZA MATTOS; FÁTIMA GONÇ[email protected] Stance Dual School, São Paulo - SP

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O objetivo deste estudo foi avaliar como a Educação Física na Educação Infantil, pode influenciar o desenvolvi-mento motor de crianças entre dois e três anos de idade e comparar se seus movimentos encontram-se de acordo com padrões apresentados na literatura. Sabe-se que o desenvolvimento motor e domínio das habilidades motoras rudimentares, de crianças até os três anos de idade, ocorrem por meio dos estímulos do mundo que a cercam e de acordo com seu tempo de aprendizagem. As atividades desenvolvidas durante as aulas de educação física na primeira infância visam favorecer a exploração de uma grande diversidade de movimentos e, com isso, contribuir para que ampliem o repertório motor. Este estudo de caso, de caráter descritivo de corte transversal, em andamento, conta com uma amostra de 15 alunos da educação infantil de uma escola da cidade de Campinas, SP, com idade entre 02 e 03 anos. Para a identificação do estágio de desenvolvimento motor global, foi utilizado o Teste TGMD-2, as informações coletadas serão tratadas estatisticamente utilizando o programa SPSS 16.0 for Windows. Com base nos pressupostos teóricos e por meio dos resultados apresentados, pretende-se identificar se houve evolução das crianças pesquisadas e, sobretudo, destacar a importância da educação física na educação infantil desde a primeira infância, estimular o movimento e dar início a um trabalho pautado em conhecimentos científicos tão necessários em todas as fases de desenvolvimento dos alunos.

Importância do estímulo motor desde a primeira infância na Educação Infantil: estudo de caso com crianças de 02 a 03 anos

PRISCILLA [email protected] Centro Universitário Salesiano de São Paulo, Campinas - SP

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Durante o desenvolvimento motor ocorre uma série de modificações na vida de um indivíduo. É um processo se-quencial e contínuo, e o ambiente escolar está voltado para o alcance do desenvolvimento ótimo da criança durante a infância nos domínios: motor, afetivo, cognitivo e social. Durante a fase pré-escolar, a criança está no período de habilidades motoras fundamentais, portanto é essencial a presença do profissional e um programa adequado para desenvolver atividades e alcançar a plenitude do processo desenvolvimental, e propor estimulações apropriadas de acordo com a necessidade do grupo. Entretanto, diversos estudos indicam que estas habilidades não têm sido desenvolvidas adequadamente. Sendo assim, o objetivo deste estudo foi verificar o desenvolvimento motor gros-so de crianças de três a seis anos de idade que participavam de um programa de educação infantil que priorizou a aquisição e refinamento de habilidades motoras fundamentais. Especificamente, este estudo visou identificar o Quociente Motor Grosso e a idade motora das crianças nesta faixa etária. Participaram 19 crianças que foram divididas em três grupos: G3 (3,6 anos, ± 0,23), G4(4,1 anos, ± 0,23) e G5 (5,2 anos, ± 0,31). A fim de verificar o nível de desenvolvimento motor grosso, foi utilizado o teste motor TGMD-2. As variáveis calculadas foram: o escore bruto (locomotor e de controle de objeto), as idades motoras equivalentes (locomotora e de controle do objeto) e a idade cronológica bem como o Quociente Motor Grosso. Foram aplicadas análises descritivas (média, desvio-padrão, porcentagem) para todas e variáveis e grupos. Os resultados, de um modo geral, mostraram que 13 crianças (68,42%) apresentaram padrões descritivos médios, três crianças (15,8%) apresentam padrões descritivos como acima da média e três crianças (15,8%) apresentam padrões descritivos como superior. Ainda, as crianças apresentaram boas classificações quanto ao Índice de massa corporal e melhores padrões descritivos no subteste locomotor do que o controle do objeto. Conclui-se que o perfil motor de crianças de 3 a 6 anos de idade de uma unidade de educação infantil em Bauru-SP está adequado à sua idade cronológica e que o programa de Educação Física propostas por Gallahue e Donnely (2008) parece favorecer a aquisição de um repertório motor mais amplo.

Desenvolvimento motor grosso de crianças de três a seis anos de idade

RAFAEL NUNES BRIET; PAULA FÁVARO POLASTRI [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Bauru - SP

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As aulas de educação física são obrigatórias na educação básica, porém, na educação infantil essas aulas muitas vezes são ministradas pelo pedagogo, a partir do eixo movimento, que faz parte do conteúdo a ser abordado nesta etapa escolar. Partindo do pressuposto que em muitas escolas é o(a) professor(a) polivalente que fica responsável pela aulas que abordam o eixo movimento, na educação infantil, já que não é obrigatória a presença do profes-sor de educação física, o objetivo do presente trabalho é avaliar a educação física escolar e as práticas esportivas escolares das escolas particulares da cidade de Peruíbe/SP. Para tanto, foi aplicado um questionário ao diretor ou coordenador das escolas particulares, o mesmo incluía perguntas fechadas sobre as características da educação física escolar e das práticas extracurriculares, e uma pergunta aberta sobre a opinião do gestor frente a presença do professor de educação física nas aulas. Após tabulação e análise dos dados verificou-se que apenas uma escola não tinha o professor de educação física em seu corpo docente, que as escolas acreditam na importância do professor especialista nas aulas de educação física escolar, e que investem nas práticas esportivas escolares realizadas de forma extracurricular. Concluímos com o trabalho que o professor de educação física está presente na primeira etapa da educação básica e é valorizado pela equipe gestora, assim sugerimos que o trabalho seja ampliado para escolas públicas, conseguindo assim avaliar a educação infantil como um todo na cidade de Peruíbe/SP.

Prevalência de professores de Educação Física na Educação Infantil de escolas particulares da cidade de Peruíbe - SP

SARA LORANA VIEIRA DOS SANTOS; DANIELLA MEDEIROS MOREIRA [email protected] Unisanta, Santos - SP

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O Desenvolvimento das Habilidades Motoras são essenciais durante a infância. Partindo desta premissa, a Educação Física nesta fase aparece como uma ferramenta importante no auxílio da aquisição das referidas habilidades. O que pode ser fator determinante para que as crianças obtenham sucesso em futuras atividades simples ou complexas. Esta fase estende-se aproximadamente dos 2 aos 7 anos de idade, quando se adquire os padrões fundamentais de movimento. Diante dessas evidências, o objetivo deste estudo foi examinar o estágio de tais padrões, especificamente o arremessar e saltar. Foram analisadas 28 crianças com 5 anos de idade, que participam das aulas de Educação Física sistematicamente, de duas escolas do Município de Nova Odessa/SP. As habilidades foram filmadas e posteriormente analisadas segundo a Matriz Analítica proposta por Gallahue. A média dos resultados dos testes referentes ao arremesso e salto, mostraram que 20,1% das crianças apresentaram o estágio de Desenvolvimento Motor inicial; 62,45% encontram-se no estágio elementar; e 17,8% demonstram padrões atribuídos ao estágio ma-duro. Os resultados apontam que a maior parte das crianças analisadas se encontram no estágio elementar, o que condiz com a literatura. Deste modo, podemos inferir que a predominância de crianças no estágio elementar não está atrelada com a pouca oportunidade que estas crianças tem de práticas diversificadas de atividades motoras, já que a grande maioria deste alunos participam de atividades extras, como relatado em uma entrevista prévia. Diante dos achados, vemos a necessidade de se apurar os trabalhos desenvolvidos nas aulas de Educação Física no que tange os padrões fundamentais de movimento.

Análise do nível dos padrões fundamentais de movimento em escolares da cidade de Nova Odessa/SP

TATIANE CASTRO DE PAULA; THIAGO AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA; TÂNIA CRISTINA BASSANI CECÍLIO; MARCELO AMARAL [email protected] Faculdade Network, Nova Odessa - SP

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O objetivo deste trabalho consistiu em verificar a relação existente entre teorias desenvolvidas no processo de formação da licenciatura em Educação Física e as práticas pedagógicas em uma escola. Como metodologia te-mos uma pesquisa descritiva de análise qualitativa realizada nos três primeiros meses de participação como bol-sista no PIBID-Educação Física, desenvolvido numa escola pública da Zona Oeste do município de São Paulo. Foi possível perceber o alto grau de comprometimento do professor responsável pela disciplina, demonstrando preocupação com organização das aulas, motivação dos alunos e ainda, atenção com os estagiários. Constatamos a relação direta entre o conteúdo Planejamento da disciplina de Prática de Ensino com as práticas do professor da escola. Por meio das aulas, aprendemos sobre recursos didáticos para desenvolver os conteúdos de educação física. Agora, na contramão da tranquilidade e das utopias educacionais, nos deparamos com alunos agressivos, intempestivos, intolerantes, além dos extremamente carentes, de baixa renda e com distúrbios psicológicos. Nestas situações o professor forneceu dicas de como tratar estes alunos e modificar a prática docente em função do processo educacional e maior participação nas aulas. Neste aspecto é que destacamos certa distância entre os conhecimentos difundidos na universidade e a realidade da escola, pois a missão de preparar o indivíduo critica-mente para o mundo do trabalho nem sempre é atingida diante de tamanha diversidade e complexidade existen-te no “chão da escola”. Consideramos o Pibid uma excelente oportunidade para diminuir este hiato existente entre universidade e escola, e destacamos a complexa missão universitária de constantemente rever seus currícu-los em função de uma melhor formação docente.

O PIBID na fronteira entre a teoria e a prática

THAMIRES JENIFFER LEMES DOS SANTOS [email protected] São Paulo, SP

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Muito se discute sobre o universo das brincadeiras e dos jogos, sobre terminologia, conceitos, características, signi-ficados, diferenças, dentre outros aspectos. Entretanto o que prevalece é o senso comum, no qual se afirma que são atividades típicas que divertem crianças, todavia sem lhe reconhecer o caráter social. Porém, tanto quanto divertir é atividade que propicia o desenvolvimento humano infantil e, deste modo, não devem estar ausentes na escola e para tal, as características de cada um dos tipos de jogos devem ser considerados. Essa é a temática: os jogos e as brincadeiras inter-relacionados à prática educativa na educação infantil. Assim, esse estudo, ora em andamento, tem como objetivo apresentar a relação da criança com o mundo por meio dos jogos e das brincadeiras, tendo como foco de análise, os/as educadores/as e as aulas de educação infantil. A partir das contribuições da pedagogia de Paulo Freire pretende-se analisar os jogos e as brincadeiras como uma linguagem corporal, de diálogo com o mundo, no desenvolvimento da autonomia e, também, na constituição do conhecimento da criança. O estudo prevê uma pesquisa de campo de cunho qualitativo e de caráter descritivo, sendo que as categorias de análise emergirão da teoria freireana que dá suporte à investigação. Pretende-se realizar uma pesquisa de observação, com o intuito de averiguar a realidade existente nos espaços de educação infantil, especificamente, na organização e efetivação dos jogos e das brincadeiras. Está previsto a elaboração de diário de campo e entrevistas semi-estruturadas com os/as envolvidos no processo de educação das crianças. Pretende-se, com o estudo ampliar a compreensão da brincadeira no contexto da prática educativa, contribuir com a melhoria do ensino na etapa da educação básica em questão, bem como transformar espaços já estabelecidos, isto é, o curso de formação de professores em educação física, nos quais as pesquisadoras atuam.

Ver o mundo brincando: linguagem do jogo na Educação Infantil

VANY ZACHARIAS; ROBERTA CORTEZ GAIO; IDA CARNEIRO [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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Os Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) de Curitiba que atendem crianças de zero a cinco anos de idade, não contam com profissionais da Educação Física em seus quadros de profissionais, o que faz com que a linguagem movimento seja planejada e desenvolvida por professores com formação em magistério e/ou pedago-gia. Sendo assim, este estudo objetivou investigar quais são os saberes e as necessidades formativas do grupo de professoras de um CMEI com relação ao brincar. As professoras responderam um questionário e tiveram algu-mas práticas observadas. O grande grupo não demonstrou dificuldade em responder sobre o que é brincar. Nove professoras consideram que o tempo interfere no brincar, e consideram ainda que as crianças não são totalmente livres, havendo muita interferência do adulto. No que diz respeito ao espaço, acreditam que o clima interfere na utilização de todos os espaços do CMEI.Diante do que foi levantado e observado, foram realizadas algumas inter-venções” com o intuito de ratificar a importância do adulto brincar junto com as crianças e promover integrações, ressaltando a importância da interação entre os pares, bem como com crianças de outras faixas etárias.

Estudo sobre os saberes e necessidades formativas referentes ao brincar em um Centro Municipal de Educaçao Infantil de Curitiba: rumo às boas práticas de movimento

WALLACE KASSIO DE LIMA [email protected] Universidade Federal do Paraná, Curitiba - PR

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Diante do sedentarismo na sociedade atual a Educação Física assume o papel da conscientização sobre a prática de atividades físicas e suas relações com a saúde. Objetivou-se descrever e comparar duas propostas didáticas, baseadas na resolução de problemas, sobre o nível da prática de atividades físicas em escolares. Participaram da pesquisa 68 escolares do ensino médio com 17 anos de idade, separados em dois grupos denominados G1 com 33 escolares e G2 com 35 escolares. Os integrantes do G1 participaram de aulas predominantemente teóricas (de exposição e comentários sobre os conteúdos), e o G2 em aulas de predominância prática (vivências sobre os conteúdos). Todos estudaram sobre os conteúdos da aptidão física, através da metodologia baseada na resolução de problemas, durante 20 aulas, sendo 2 por semana, avaliados antes e após as aulas, por meio do questionário: International Physical Activity Questionnaire (IPAQ). Os dados foram analisados utilizando as diretrizes da estatís-tica descritiva. Os escolares do G1, classificados como muito ativos foram 12,12% antes e 33,33% após a aplicação da proposta didática, os ativos foram 57,58% antes e 42,42% após, os irregularmente ativos foram 24,24% antes e 15,15% após, e os sedentários foram 6,06% antes e 9,09% após. No G2, foram classificados como muito ativos 31,43% dos escolares antes e após a proposta, os ativos foram 45,71% antes e 51,43% após, os irregularmente ativos foram 20% antes e 17,14% após, e os sedentários foram 2,86% antes e 0% após. Observou-se que, entre os ativos ou irregularmente ativos do G1, 21,21% tornaram-se muitos ativos e 3,03% sedentários após a aplicação da proposta didática. E entre os irregularmente ativos e sedentários do G2, 5,71% tornaram-se ativos. Conclui-se que a proposta didática de predominância teórica promoveu alterações mais significativas sobre o nível de prática de atividade física dos escolares.

Resultados de duas propostas didáticas baseadas na resolução de problemas sobre o nível da prática de atividades físicas em escolares

ADEMIR TESTA JUNIOR1; ÍDICO LUIZ PELLEGRINOTTI2

[email protected] 1 Universidade Metodista de Piracicaba, Piracicaba - SP2 Universidade Metodista de Piracicaba, Jaú - SP

Apoio financeiro: Capes

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Este trabalho é um relato de pesquisa empírica de uma dissertação de mestrado em andamento que tem por objetivo caracterizar as práticas de professores de Educação Física de Escolas Públicas de Ensino Médio de Santa Maria/RS. Esta pesquisa, por sua vez, mantem suas ações em consonância com o Projeto de Pesquisa Necessidades para o Trabalho Docente em Escolas Públicas para Permanência Efetiva e Aprendizagem Qualificada dos Alunos de Ensino Médio do Brasil (NETRADOCEM), de responsabilidade do Grupo de Estudos, Pesquisas e Intervenções “Inovação Educacional, Práticas Educativas e Formação de Professores” (INOVAEDUC), sediado no Núcleo de Estudos em Educação, Ciência e Cultura (NEC/CE/UFSM). De natureza qualitativa, esta pesquisa tem como problema de pesquisa: Que práticas são desenvolvidas pelos professores de Educação Física durante sua atuação docente em Escolas Públicas de Ensino Médio? Para respondermos o problema de pesquisa e alcançarmos o objetivo proposto, utilizaremos como fontes para coleta de informações, professores de Educação Física atuantes no Ensino Médio nesta disciplina (modalidade sujeito), e aulas ministradas por esses professores (modalidade es-paço). Os instrumentos para coleta/construção de informações serão entrevistas e observação, respectivamente. Para organização e tratamento das informações coletadas, utilizaremos categorias à priori, em consonância o que é sugerido na Teoria Fundamentada, por Strauss e Corbin (2008). Essas categorias podem ser alteradas durante o processo de pesquisa, conforme a necessidade. Os dados serão codificados com auxílio do Software Atlas.ti. Até julho de 2018 pretendemos concluir esta pesquisa, tendo como resultado a caracterização das práticas docentes dos professores de Educação Física que atuam em turmas de Ensino Médio, no componente curricular de Educação Física.

Práticas dos professores de Educação Física de Escolas Públicas de Ensino Médio de Santa Maria/RSADRIANA FLÁVIA NEU; EDUARDO ADOLFO [email protected] Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS

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O presente estudo, realizado no contexto da Disciplina Núcleo de Ensino, Pesquisa e Extensão, em Pedagogia da Educação Física, do Curso de Educação Física da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, teve como objetivo analisar as percepções dos alunos do ensino médio, sobre as aulas de Educação Física, em relação ao professor, a si mesmo e à disciplina. O estudo foi de natureza quantitativa, de caráter descritivo, com amostra conveniente de 77 alunos do ensino médio de colégios da rede pública localizados no município de Seropédica. O instrumento utilizado foi um questionário composto predominantemente por questões fechadas; o tratamento ocorreu a partir do programa SPSS 20.0. Quanto à crença do bom professor, os alunos afirmaram primeiramente ser aquele que os deixa praticar o que gostam, e em seguida, aquele que incentiva e ajuda os que têm mais dificuldade. A aula é percebida como um momento descontraído, nos quais aspectos afetivos devem ser mais valorizados. Quanto à percepção de autoconceito, se consideram participativos e avaliam seu nível de habilidade para os esportes como razoável. Tal percepção intervém na motivação e engajamento; quanto à importância da disciplina, destacam a possibilidade de melhora na condição física, e em seguida os benefícios relacionados à saúde, levando a refletir sobre a importância dos conteúdos.

Percepções de alunos do Ensino Médio sobre as aulas de Educação Física

ADRIANA LOURENÇO DE MELLO1; ELIZÂNGELA CELY2; JOSÉ HENRIQUE3

[email protected] 1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Nova Iguaçu - RJ2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

3 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ

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Esta pesquisa/ensaio tem como objetivo provocar uma reflexão entre corpo e mídia e a busca (ideia) de um corpo ideal. Nascemos em uma sociedade, onde percebe-se que a aparência se tornou a essência da sociedade (pensando aqui nossa sociedade brasileira que sofre visíveis influencias da cultura estadunidense). O corpo em sociedade está preso a poderes que lhe impõem limitações, proibições ou obrigações, (FOUCAULT, 2002). As academias de gi-nástica, os consultórios de cirurgias plásticas e as clinicas de tratamento estético, que podemos considerar fábricas produtoras de um “corpo ideal” nos transmitem o “corpo belo”, com medidas perfeitas, quase podendo dizer que fora desenhado (SILVA, 2003). A partir dessa conexão entre os textos/corpo e mídia é evidente que vivemos em uma cultura de culto ao corpo, reconfigurando os sentidos do signo corpo, lembrando que a ação do signo não é individual, pois cada entendimento particular é uma resposta a um signo por meio de outro signo (SANTAELLA, 2004). A adolescência é caracterizada por transformações biológicas, físicas, psicológicas e sociais, e através de imagens disparadas pela mídia todos os dias o tempo todo pela mídia, evidência um “desligamento do corpo”, de forma que passam a viver em busca de uma imagem (FEITOSA, 2016). A referente pesquisa será de natureza qualitativa utilizando o método dedutivo amparado por referências bibliográficas atreladas ao objeto pesquisado. A Educação Física deve dar subsídios para o adolescente refletir sobre este modelo de imagem corporal difundido pela mídia a partir da própria imagem corporal e seus significados de forma que os mesmos percebam que, a busca de uma imagem de perfeição sempre está em processo de mudança em meio a cultura, lembrando que cultura é o espaço onde se estabelecem relações entre os signos, surgindo novas culturas ao longo do tempo, resultado dos signos em processos tradutórios contínuos (LOTMAN, 1996).

Signo/corpo: o corpo belo e a Educação Física Escolar

ALVARO RAMOS DE [email protected] Faculdade Carlos Drummond de Andrade, São Paulo - SP

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O presente estudo descritivo tem por objetivo analisar a satisfação e percepção dos alunos nas aulas de educação física de escolas estaduais de Pernambuco, composto por uma mostra de 450 alunos de duas escolas da cidade de Garanhuns-PE. Foi realizado o calculo amostral (SANTOS, 2000) considerando 5% de erro e 208 foi o numero representativo. Após a autorização das escolas e da entrega do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assi-nado pelos pais e responsáveis, os alunos responderam a um questionário (DARIDO, 2004) utilizado como instru-mento avaliativo adaptado. O questionário era composto de cinco questões de múltipla escolha tendo como tema a percepção e satisfação dos alunos do para as aulas de educação física. Para a tabulação dos dados foi utilizado o software SPSS versão 20.0, com nível de significância de p<0,05 e para o tratamento utilizou-se a estatística descri-tiva por meio da frequência percentual. No que se refere a metodologia apresentada, foi observado que a disciplina de educação física é a preferencia da população avaliada. No entanto, quando questionados sobre a participação nas aulas os alunos expressaram às vezes participar, o que prova uma falta de imposição por parte do professor e de interesse por parte das turmas. Com relação ao conteúdo apendido por eles nas aulas a prática de esportes foi a resposta de 47,6% dos alunos o que torna visível a metodologia esportista do professor. A maioria dos alunos afirmam achar as aulas legais e participa apenas para se divertir. Contudo, percebe-se a necessidade de que os conteúdos assumam dimensões para além da prática, como também os conteúdos precisam estar contextualizados e dotados de significados e atitudes que possam impactar na realidade do estudante.

Percepção dos alunos sobre as aulas de Educação Física

ALYSSON DA ROCHA SILVA1; TIAGO RODRIGO ALVES NUNES2; HERES WANDAME ALBUQUERQUE BEZERRA3; JOÃO MAYKON GOMES DA SILVA3

[email protected] 1Faculdade de Ensino Regional Alternativa, Palmeira dos Índios - AL 2Universidade Estadual de Maringá, Neves Paulista - SP

3Universidade do Estado do Pará, Conceição do Araguaia - PA

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A questão da diferença vem apresentando na nossa sociedade cada vez mais visibilidade e se manifesta de diversas formas, desde as questões étnicas, de gênero, de raça, orientação sexual e classe social, até mesmo as questões religiosas, modos de expressão e saberes. Neste contexto, o caráter homogeneizador e monocultural da escola é cada vez mais profundo, assim como, de uma forma contraditória, a consciência da necessidade de romper com este e construir práticas em que as questões relacionadas à diferença e ao multiculturalismo sejam reconhecidas. A Educação Física como campo de conhecimento, apesar de possibilitar aos indivíduos interagir entre si, relacionan-do-se através da expressão do movimento, também pode ser responsável por reproduzir visões hegemônicas de conteúdos que privilegiam modelos homogeneizados de corpos, atitudes e comportamentos que colaboram para silenciar as vozes de grupos discriminados historicamente. Assim sendo, visando compreender como as questões relacionadas às diferenças culturais são tratadas pelos/as professores/as de Educação Física e alunos/as do ensino médio no cotidiano de uma escola pública estadual do Rio de Janeiro, foram realizadas entrevistas semi-estruturadas com professores/as e observação das aulas ministradas para uma turma do 3º ano do ensino médio ao longo de um ano. Os dados produzidos e analisados, à partir da perspectiva intercultural, evidenciam que as diferenças culturais, mesmo que presentes no espaço das aulas, não são pensadas como uma riqueza pedagógica, ou seja, como uma potencialidade a ser destacada nas práticas educacionais cotidianas da escola. Defendemos que a Educação Física em uma perspectiva intercultural pode favorecer o diálogo entre as diferentes culturas, possibilitar práticas educativas que levem em conta a igualdade construída na diferença e vice-versa, tratar as diferenças culturais como riqueza pedagógica e contribuir para a construção de relações democráticas e justas nas quadras, pátios e salas de aulas.

O ensino da Educação Física no Ensino Médio: reflexões a partir da educação intercultural

ANA PAULA DA SILVA [email protected] Secretaria Municipal de Educação de Duque de Caxias, Duque de Caxias - RJ

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O objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento motor na aprendizagem do Kung fu em alunos na fase escolar. Para que se desenvolva o máximo das potencialidades do universo da educação física escolar, é importante abranger a diversidade de conteúdos que compõe a cultura corporal do movimento proposta pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, dessa diversidade de conteúdos, cabe ressaltar a relevância das lutas como mais uma estratégia de ensino para favorecer o desenvolvimento global dos alunos. Este estudo de caráter descritivo de corte transversal, contou com uma amostra de 20 alunos de ambos os sexos que praticam Kung fu. Foram realizados testes de agilidade (quadrante), equilíbrio unipodal (avião), coordenação motora e força (burpee), resistência (abdominal e membros superiores), ambos aplicados tanto para o sexo feminino, quanto para o masculino. Os testes foram realizados pré e pós período de treinamento de seis meses, para obtenção e comparação dos resultados. Os resultados apre-sentados mostram que houve uma evolução positiva no desenvolvimento motos dos alunos ao longo dos treinos. Os alunos apresentaram melhora nas capacidades físicas de coordenação motora e força, resistência abdominal, agilidade e equilíbrio na execução dos movimentos, tanto na luta de combate quanto nos katis – demonstrações. Através dos resultados apresentados, concluiu-se que houve evolução dos alunos no decorrer dos meses de treino, após a primeira bateria de testes, onde se mostrou que a prática das técnicas do Kung fu Garra de águia, ao longo de um período mínimo de treino, beneficiou e aprimorou o desempenho motor dos praticantes.

Aprendizagem do Kung fu na Educação Física Escolar

ANDRESSA NARDINI; CRISTIANE TEIXEIRA A [email protected] Fundação de Ensino Superior de Bragança Paulista, Bragança Paulista - SP

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A Educação Física escolar é uma disciplina que possui um caráter peculiar em relação as demais, visto que o local e os materiais didáticos utilizados são diferenciados. Neste sentido o presente estudo buscou avaliar se a infraes-trutura e os materiais pedagógicos disponíveis nas instituições de ensino propiciam ao professor desenvolver um processo de ensino com qualidade, priorizando as aulas para o ensino médio para tal avaliação. Após levantamento bibliográfico preliminar foi realizada uma pesquisa de campo com vinte professores de Educação Física atuando em sete escolas Estaduais da cidade de Nova Friburgo, RJ, sendo utilizado como instrumentos de pesquisa um questionário contendo e roteiro de observação para avaliara a infraestrutura das escolas durante a visita. Concluiu-se que a maioria das escolas visitadas não possui infraestrutura e materiais didáticos adequados para realização de aulas de qualidade. Fato que corrobora com a percepção dos docentes frente às dificuldades encontradas na construção do seu fazer pedagógico.

Estudo sobre a infraestrutura e materiais didáticos impactando a qualidade de ensino nas aulas de Educação FísicaBRUNO PEREIRA DA SILVA ALMEIDA; JULIANA NOGUEIRA DA SILVA; MARIA FÁTIMA PAIVA DA [email protected] Universidade Estácio de Sá, Nova Friburgo - RJ

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O objetivo deste estudo é analisar aspectos acerca da tramitação da Medida Provisória (MP) 746/2016, e alguns de seus ecos na sociedade. Este se justifica por trazer para o campo acadêmico um debate interdisciplinar, atual e imprescindível, que envolve a Política pública, a Educação e a Educação Física. Trata-se de uma pesquisa quali-tativa, de cunho documental, que tem como fonte primária a referida MP, e como fonte secundária, demais Leis nacionais relacionadas ao tema e informações disponíveis em sites oficiais públicos do governo federal. Os dados apontam que no dia 22/9/2016, o Governo Federal encaminhou ao Congresso Nacional, para a reforma do Ensino Médio, uma MP que alterava, dentre outros aspectos, o que antes era previsto no Art.26 - 3º Parágrafo - da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDBEN), acerca da obrigatoriedade da disciplina de Educação Física em toda Educação Básica, tornando esta disciplina não mais obrigatória no Ensino Médio (EM). Contudo, no dia 08/02/2017, na Câmara dos Deputados, o Plenário do Senado aprovou a MP determinando que a Base Nacional Comum Curricular (BNCC) devesse incluir, obrigatoriamente, estudos e práticas de Educação Física, também no EM. A MP aponta ainda conflitos com a Lei nº 10.793/2013, que em seu texto faculta a participação dos alunos nas aulas de Educação Física. Concluímos que a primeira alteração proposta pela MP poderia impactar negativamente nesta área de conhecimento no contexto escolar, trazendo prejuízos para alunos, professores e a para a sociedade em geral, comprometendo conquistas já obtidas na área.

Sobre os ecos de uma medida “provisória” para Educação Física Escolar no Ensino Médio

CÁSSIA MARIA HESS1, ELIANA DE TOLEDO1,2

[email protected] Faculdade de Educação Física - Unicamp, Campinas - SP2 Faculdade de Ciências Aplicadas - Unicamp, Campinas - SP

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Este relato de experiência foi desenvolvido por alunos do PIBID - UFAC. O mesmo almeja trazer a reflexão acerca das dificuldades encontradas nas aulas de educação física ministradas nas praças poliesportivas em torno da escola de ensino médio Profº Sebastião Pedrosa, devido à ausência de espaço físico apropriado para o desenvolvimento das atividades nas aulas práticas. Identificamos que as lacunas educacionais encontradas nesta escola estão diretamente ligadas a deficiência em relação ao alcance de maior potencial de ensino e também os riscos e consequências que os espaços utilizados fora da instituição trazem para a prática das aulas e na aprendizagem dos alunos. Observações foram realizadas a partir das práticas pedagógicas durante o período de análise e acompanhamento da disciplina, além do registro fotográfico. Com base nas afirmações de BELTRAME & MOURA (2011), a respeito de que o espaço é essencial para a formação de um indivíduo e que este por sua vez deve ser componente na conexão entre os alunos e o ambiente em que se desenvolvem as propostas pedagógicas, distinguimos a necessidade dos alunos e o ambiente escolar estarem ininterruptamente em movimento e em reorganização. As dificuldades estão direta-mente relacionadas com as condições de trabalho (falta de infraestrutura e material didático), assim como o baixo status da disciplina que dificulta o desenvolvimento das práticas esportivas. Salientamos então que a contribuição da educação física fica limitada e não atinge em profundidade e potencial o que deveria alcançar, uma vez que os alunos não se sentem instigados a dar a importância que a educação física merece enquanto disciplina.

Os diferentes âmbitos educacionais e as dificuldades encontradas pela Educação Física: das salas de aula às praças poliesportivas

CATRINY MENEZES DE SOUZA [email protected] Universidade Federal do Acre, Rio Branco - AC

Apoio financeiro: CAPES

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O objetivo dessa pesquisa foi elaborar uma unidade didática do conteúdo “Lazer e Trabalho” proposto para o 3º ano do Ensino Médio do Currículo do Estado de São Paulo para Educação Física e inserir as relações étnico-ra-ciais utilizando as TIC como ferramentas potencializadoras do processo de ensino e aprendizagem. Os resultados indicam que “Lazer e Trabalho” é um tema que possibilita desmistificar estereótipos relacionados aos negros nas aulas de Educação Física. É comum pensar no negro nos conteúdos de dança e capoeira, porém, abordar as rela-ções étnico-raciais também é promover reflexões sobre a história do Brasil, nas desigualdades sociais, entre outros aspectos. As TIC foram ferramentas fundamentais no processo, das quais, destacam-se o uso do celular, vídeos e computadores. Conclui-se que a incorporação das relações étnico-raciais ao tema “Lazer e Trabalho” proporcionou uma compreensão dos alunos sobre as condições da população negra no Brasil, fazendo com que percebessem que a prática de atividade física, acesso ao lazer e a um trabalho digno dependem de fatores históricos, sociais e econômicos. A utilização das TIC no processo foi fundamental, pois aproximaram o conteúdo da realidade dos alunos, possibilitando uma reflexão mais concreta do tema.

Relações étnico-raciais na Educação Física Escolar: possibilidades de inserções no Ensino Médio a partir do Currículo do Estado de São Paulo

DANDARA DE CARVALHO SOARES; FERNANDA MORETO [email protected] Unesp, Rio Claro - SP

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O presente estudo tem objetivo comparar as visões por séries dos estudantes do ensino médio, acerca da discipli-na de Educação Física.Trata-se de uma pesquisa quantitativa descritiva de caráter exploratório realizada em duas escolas públicas de ensino médio no bairro João XXIII da cidade de Fortaleza, do estado do Ceará. A população foi composta pelos estudantes de ambas as escolas com uma amostra de 98 estudantes, com 52% meninos e 48% meninas, divididos em 48 (48%) estudantes de primeira série, 33 (33%) de segunda série e 17 (17%) de terceira série. Pode-se concluir que a visão dos estudantes sobre a EF escolar é mais voltada para as aulas práticas, enquanto que os estudantes de segunda e terceira séries já veêm as aulas teóricas com mais importância. Contudo, a maioria dos estudantes de cada série apontam as aulas de EF escolar como fator importante para suas formações.

Comparação da visão dos estudantes do Ensino Médio enre séries sobre a importância das aulas de Educação Física Escolar

DANILO BASTOS MORENO1,2; JOSÉ LUCÉLIO ALMEIDA SILVA JÚNIOR1; CARLA ALEXSANDRA FELIPE DA SILVA1; ROSANE DE ALMEIDA ANDRADE1

[email protected] 1 Secretaria da Educação SEDUC, Fortaleza - CE2 Faculdade Integrada Grande Fortaleza, Fortaleza - CE

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O objetivo desse estudo foi examinar a percepção e a participação nas aulas de Educação Física, bem como o nível de competência auto percebida de adolescentes. Dezoito alunos de uma escola particular do município de São Paulo, sendo 10 meninas e 8 meninos, com idade média 14,8+1,4 anos, participaram desse estudo. Para tanto, os adolescentes responderam um questionário divido em duas partes: questões fechadas sobre o relacionamento com os professores de Educação Física e alunos de classe; questões sobre percepção de auto competência (aceitação social, amizade e autoestima global). Os resultados indicaram que a maioria dos adolescentes participa (72,2%) das aulas de Educação Física. Quando questionados sobre o ensino de conteúdo, 50% afirmaram que o professor de Educação Física ensina conteúdos muito interessantes e 16,7% muitíssimo interessantes. Mais da metade dos adolescentes (66,7%) afirmou ter ótimas experiências no relacionamento com os professores e 33,4% apontaram ter tido experiências muito boas ou boas (16,7% e 16,7%). Quanto ao relacionamento com outros alunos durante as atividades práticas, a maioria relatou ótimas (38,9%) ou muito boas experiências (44,4%) e apenas 16,7% colocaram como boas experiências. Ao analisar a entrevista sobre competência auto percebida, os resultados indicaram que os adolescentes se auto percebem acima da média para amizade (16,1+3,6), aceitação social (14,7+2,5) e autoesti-ma global (14,3+4,4). Os resultados obtidos indicam que, para essa escola, há uma ótima relação dos alunos com seus pares e professores nas aulas de Educação Física e que parece refletir no envolvimento dessas aulas e na auto percepção que os adolescentes apresentam de suas competências relacionais.

Educação Física Escolar para o Ensino Médio: aderência e motivação dos adolescentes

DEMERVAL ANDRADE DE SOUZA; JOSÉ ÂNGELO [email protected] Universidade Cruzeiro do Sul, São Paulo - SP

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Instituição: A prática pedagógica foi desenvolvida dentro da disciplina Estágio Curricular III (Ensino Médio) no Colégio Lourdinas, situado próximo a margem do Rio Doce, em Governador Valadares/MG. Serie/ciclo de ensi-no: 1° ano, 2° ano e 3° ano, o ensino médio é oferecido na instituição em turno matutino. Introdução: O Estágio curricular na UNIVALE é ato educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, acadêmico e/ou profissional, que visa ao discente regularmente matriculado na Universidade o aprendizado de competências próprias da atividade profissional e à contextualização curricular, objetivando o seu desenvolvimento para a vida cidadã e para o trabalho Objetivos: Despertar e conscientizar, através da atividade física, sobre a necessidade de construção da prática social baseada na preservação do meio ambiente é conhecer e praticar algumas modalida-des de esporte de aventura que podem acontecer na escola ou em um ambiente natural. Estratégia de ensino: Foi realizada através das aulas de educação física atividades de aventura no espaço da instituição. Visitas técnicas a ambientes naturais e artificiais, onde foram desenvolvidas atividades de escalada e slackline. Utilização de recursos: Slackline e parede de escalada. Procedimentos de avaliação: observação e acompanhamento individual, baseado na intervenção durante as aulas, além da demonstração e execução de cada atividade. Considerações finais: O tema “ Atividade de aventura” teve como meta central a busca da preservação do meio ambiente e o interesse dos alunos nas aulas de Educação Física, através da prática, transformando o aluno em um ser crítico e reflexivo.

Atividades físicas de aventura no contextor escolar

DERNESSUEL GOMES PEGO; RINARA GABRIELE DE OLIVEIRA TOLEDO; CLEBER SIMAN DE [email protected] Universidade Vale do Rio Doce, Governador Valadares - MG

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A motivação nas aulas de educação física tem sido objeto de investigação, principalmente no ensino médio, fase em que aumenta o desinteresse pelas aulas da disciplina. Sob a perspectiva da Teoria da Autodeterminação, a mo-tivação está relacionada com a satisfação de três necessidades psicológicas básicas: a autonomia, que diz respeito à possibilidade de escolhas; competência, ao sentimento de capacidade na realização das atividades; e vínculos sociais, à concretização de relacionamentos e sentimento de pertencimento ao grupo social. Dessa forma, a satisfação das necessidades psicológicas básicas nas aulas de educação física contribuiria para o aumento da participação, pois presume-se alunos mais motivados e engajados nas tarefas. O objetivo deste estudo foi identificar e comparar os índices de satisfação das Necessidades Psicológicas Básicas em alunos e alunas do ensino médio, na educação física escolar. O estudo é quantitativo de natureza descritiva. A amostra foram 53 alunos do ensino médio (M=21; F=32) de uma escola estadual em Seropédica – RJ, com idade entre 15 e 18 anos. Para a coleta de dados foi aplicado o Basic Psychological Needs in Exercise Scale – BPNES. A estatística descritiva e o Mann_WhitneyTest foram utilizados na análise dos dados. Os índices de atenção às necessidades psicológicas básicas nas aulas de educação física foram: competência (3,6±1,01), seguida por vínculos sociais (3,3±1,06) e autonomia (2,9±0,87). Os rapazes se diferenciam significativamente das meninas por sentirem mais atendidas as suas necessidades de Competência (P=.04). As diferenças não foram significativas nas dimensões Autonomia e Vínculos Sociais. Os resultados de-notam tanto a necessidade de os professores adequarem os desafios ao nível de desenvolvimento dos estudantes, em especial àquelas do sexo feminino, quanto de conjecturar a necessidade de adotarem estilos motivacionais que incrementem a autonomia (compartilhamento das decisões pedagógicas) dos alunos e o senso de humanidade nas relações estabelecidas em classe.

A satisfação das necessidades psicológicas básicas na Educação Física no Ensino Médio

ELLEN ANISZEWSKI; JOSÉ HENRIQUE DOS [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ

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Este relato de experiência trata de uma intervenção realizada por estagiários em uma aula de Educação Física, em uma turma do 1º ano do ensino Médio do Colégio Técnico da Universidade Rural, cujo tema foi “Jogos Cooperativos e Competitivos e sua interlocução com a sociedade em que vivemos”. O objetivo era que os alunos avaliassem a diferença entre as abordagens, uma vez que as mesmas atividades foram realizadas primeiro de forma cooperativa, depois competitiva. Na caça ao tesouro cooperativa, o objetivo era recolher o maior número de fitas em um tempo determinado. Na competitiva, dois grupos disputaram qual recolheria mais fitas. O cabo guerra foi somente competitivo. Já no voleibol o objetivo era realizar o maior número de toques sem deixar a bola cair. Os recursos utilizados foram corda, fitas coloridas e uma bola de voleibol. Nas atividades competitivas, os alunos demonstraram: dificuldade de comunicação, ausência de sentimento de grupo e dificuldades de criar estratégias. Ao final, um momento de avaliação numa roda de conversa em que os alunos foram questionados: Vocês acham que a sociedade se comporta de maneira mais competitiva ou cooperativa? O objetivo foi mais fácil de atingir na atividade de cooperação ou competição? Quais as vantagens da cooperação? A prática pedagógica possibilitou aos alunos,que analisassem: a sociedade, as maneiras de interagir com o outro, e até mesmo, o momento certo de coo-perar e competir; aos estagiários, que refletissem como a competição pode ser realçada negativamente no esporte e em aulas de educação física, evidenciando a importância do estágio supervisionado na formação.

Reflexões das relações sociais sob o olhar da cooperação e competição nas aulas de Educação Física Escolar

GABRIELA ELISÂNGELA GALDINO MACEDO; CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA; ELIZÂNGELA CELY DA SILVA [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro - RJ

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O presente estudo visa conhecer os principais problemas vivenciados diariamente por estudantes e docentes ine-rentes a disciplina de Educação Física em escolas da rede estadual da cidade de Barreiras no segmento de ensino do nível médio. Para compreender tais problemáticas, a metodologia utilizada envolveu pesquisa de campo e como instrumento de coleta de dados à produção de questionários, compostos por questões objetivas e subjetivas, que foram respondidos por 100 estudantes de 14 a 16 anos e quatro docentes de quatro escolas públicas da cidade. Conclui-se que a solução dos problemas levantados exige uma união entre escola e Estado, onde estudantes e docen-tes devem reivindicar a melhoria das condições e os governantes entenderem que a educação deve ser tratada com responsabilidade, com investimentos estratégicos na área educacional para que assim, não só a cidade de Barreiras, como todo o país, edifiquem jovens com boa saúde física, moral e intelectual, qualidades essas preconizadas pela Educação Física escolar.

Dificuldades nas aulas de Educação Física em escolas públicas de Barreiras - Bahia

GENILDO PINHEIRO SANTOS; JOÃO PEDRO MARINHO GUEDES; THAIS CAROLYNE NINK [email protected] Instituto Federal da Bahia, Barreiras - BA

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O processo de organização da sociedade brasileira permite perceber que o movimento histórico do Ensino Médio e educação física escolar tem em alguns momentos aparentemente passado por processos de mudanças, no decor-rer do tempo. Essas metamorfoses vistas e analisadas são engendradas em meio a um processo de disputas entre projetos de homem e de mundo nos diversos setores da sociedade fazendo com que a formação do trabalhador seja concebida e materializada sob aspectos ideológicos e políticos que sustentam uma visão de mundo burguesa. O estudo tem como objetivo analisar o papel da Educação Física em instituições de ensino que se destinam à formação profissional em nível médio. A metodologia utilizada no estudo foi a revisão bibliográfica de pesquisas no campo da Educação Profissional e Educação Física. Os achados da educação profissional apontam uma gêne-se histórica marcada pela dualidade, sendo essa modalidade destinada para os filhos da classe trabalhadora, pelas suas possibilidades como acesso ao emprego e salários. Citando os diversos papeis que a educação profissional apresentou até hoje podemos destacar, como instrumento de desenvolvimento econômico, mecanismo redutor de demandas de vagas ao ensino de nível superior. O estudo buscou bases teórico-metodológicas para umas práxis do professor de Educação Física nas instituições de ensino profissional de nível médio integrado de acordo com uma formação pautada segundo desenvolvimento da formação omnilateral marxista, que preza por uma instrução que una teoria e prática, buscando romper com o paradigma histórico da separação entre o trabalho manual e tra-balho intelectual. Nesse sentido, entendemos que a contribuição da Pedagogia Crítico-Superadora se coloca nessa perspectiva de intervenção pedagógica, a fim de buscar uma formação integral dos alunos.

Qual o papel da disciplina de Educação Física na formação de alunos de uma escola de Ensino Profissional de nível médio integral

GUILHERME DE SOUZA [email protected] Universidade Federal do Rio de Janeiro, São João de Meriti - RJ

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O Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência é um programa da Capes/MEC que se desenvolve nas instituições privadas de ensino superior desde 2013 e tem contribuído para a valorização do magistério nas escolas públicas e na formação inicial do professor. A participação no Pibid leva o bolsista a experimentar diversas oportunidades de projetos e colaborar com propostas diferenciadas a exemplo da ginástica de academia adaptada ao âmbito escolar, neste caso, o “Step”. Os objetivos deste trabalho consistiram em difundir as atividades de aca-demia, valorizar o trabalho em equipe, incentivar os fundamentos da sustentabilidade e aumentar o interesse pela aula de Educação Física. Trata-se de um relato de experiência desenvolvida em escola estadual da Diretoria Centro do município de São Paulo. O projeto se desenvolveu no segundo semestre de 2016 com alunos do Ensino Médio, num total de 5 (cinco turmas) com média de 35 alunos cada. Organizou-se em três etapas: 1. Aula teórica para falar do implemento e possibilidades de confecção e como utilizá-lo; 2. A construção dos steps em grupo, alguns com auxílio dos pais; e por fim; 3. O desenvolvimento das práticas em quadra e sala de aula. Todos os movimentos e músicas levaram em conta o contexto das aulas em academias. Os alunos demostraram o interesse, se dedicaram em todas as etapas, perceberam a complexidade das atividades e colaboraram com a criação de novas coreografias. Verificou-se nos alunos um olhar voltado à importância da Educação Física, percepção de suas respectivas capaci-dades de criação e aumento, de forma positiva, nas relações interpessoais. Consideramos que a aula de Educação Física escolar é um relevante espaço de inovação e difusão da cultura de movimento. Este projeto oportunizou experiências sobre conteúdos até então distantes tendo em vista os valores cobrados em ambientes específicos como as academias de ginástica.

Ginástica de academia na Educação Física Escolar: desafios inovadores no âmbito do PIBID

JENIFFER DA SILVA TOBIAS1; EDILSON PEREIRA2; RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO1

[email protected] 1 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP2 Faculdade do Clube Naútico Mogiano, Mogi das Cruzes - SP

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Os primeiros socorros têm a finalidade de atendimento à um acidente ocorrido, e nesse contexto, por ser a educa-ção física uma disciplina escolar que desenvolve diversas atividades corporais, os alunos estão sujeitos a se envol-verem em eventuais acidentes que por não terem o pré-atendimento adequado podem acarretar em sérios danos ou sequelas de ordem física e psicológica do indivíduo. Nessa perspectiva o presente estudo teve como objetivo analisar as informações acerca do entendimento de primeiros socorros entre alunos de ensino médio de escolas públicas e privadas do município de Altamira-PA, por meio de uma pesquisa de campo cujo projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Universidade do Estado do Pará (CEP/UEPA) sob o parecer nº1.099.844. Tem objetivo exploratório e caráter qualitativo, realizada por entrevista com quatro perguntas para 192 alunos, que produziram 768 respostas. As informações coletadas foram categorizadas por uma escala de graduação em não respondeu (NR), respondeu não contemplando (RNC), respondeu contemplando parcialmente (RCP) e respon-deu contemplando totalmente (RCT). Os dados apontaram que os alunos do ensino médio das escolas públicas e privadas de Altamira adquiriram durante sua jornada estudantil saberes voltados para as ações em primeiros socorros, observados através da categorização geral das respostas o quantitativo de RCT (345) e RCP (212). Ficou evidente que os alunos têm ciência da importância desse assunto para si (RCT = 110), bem como a importância do professor de educação física com relação às mesmas ações em sua prática pedagógica (RCT = 109), além de reconhecer a necessidade do kit de primeiros socorros na escola (RCT = 91). Portanto, é necessário que o profes-sor de educação física aprofunde este conteúdo em suas aulas, para que desta forma o aluno possa contribuir com atendimento em casos de necessidades, tanto no contexto da educação física escolar como em outros momentos.

Primeiros socorros na Educação Física Escolar: saberes revelados por alunos do Ensino Médio de Altamira - PA

JOSÉ ROBERTTO ZAFFALON JÚNIOR; EDILSON PONTES DA SILVA JÚNIOR; ÉRIKA DE SOUSA [email protected] Universidade do Estado do Pará, Altamira - PA

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A motivação é definida por fatores que influenciam no comportamento humano, tendo em vista um objetivo espe-cífico, sendo influenciada por processos intrínsecos e extrínsecos, um sentimento individual que pode variar de um indivíduo para o outro. O presente estudo busca analisar os aspectos motivacionais no ensino médio. A amostra da pesquisa foi composta por 382 estudantes, realizada no ensino médio, regulamente matriculados na rede estadual de ensino da cidade de Juazeiro do Norte-Ce, com idades entre 15 e 18 anos, de ambos os sexos, participantes das aulas de Educação Física. Como instrumento de coleta de dados utilizou-se o questionário elaborado por Kobal (1996), criado para identificar motivos intrínsecos e extrínsecos nas aulas de Educação Física. Foram apresenta-das seis questões, no total de 32 afirmações, sendo 50% referentes a fatores intrínsecos e 50% referente a fatores extrínsecos, sendo que cada afirmação foi respondida através de uma escala de Likert, em que o estudante tinha as seguintes opções: 1 (discordo muito), 2 (discordo), 3 (estou em dúvida), 4 (concordo),5 (concordo muito).Com os resultados desta pesquisa pode-se demonstrar que os estudantes estão mais motivados intrinsecamente, porém, não é possível traçar uma divisória que determine que os estudantes sejam motivados intrinsecamente; pois foi avaliado que para determinadas afirmações eles podem estar motivados intrinsecamente e para outras afirmações os estudantes apresentam motivação extrínseca. O que foi constatado é que para maioria da amostra, concordam ou concordam muito com as afirmações intrínsecas do questionário, nas afirmações extrínsecas o número de concordância com as afirmações foi menor. Conclui-se que a motivação está ligada com a melhoria da qualidade das aulas e que a motivação intrínseca ou extrínseca influencia diretamente no comportamento do estudante e na aprendizagem.

Educação Física Escolar: uma analise pedagógica através da motivação intrínseca e extrínseca

JOSÉ RODRIGO SILVA DE MELO1; GEISA SILVA DA COSTA2; ELIZABETE PEREIRA GRANGEIRO2; JOSÉ DE CALDAS SIMÕES NETO2

[email protected] 1 Universidade Regional do Cariri, Iguatu - CE2 Centro Universitário Dr. Leão Sampaio, Juazeiro do Norte - CE

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Esta pesquisa foi desenvolvida durante três anos, em três salas do Ensino Médio de uma escola pública e estabe-leceu como objetivos investigar qual o significado para os jovens das aulas de Educação Física. A metodologia foi de natureza qualitativa e caracterizou se como Pesquisa-Intervenção. Em relação aos resultados, destacamos que a disciplina pode realizar um diálogo integrativo com as culturas juvenis no espaço escolar, na medida em que, ao procurar compreender o universo juvenil, possibilitou a interlocução entre o que era vivido pelos jovens no seu cotidiano e a prática efetivada nas aulas. Foi possibilitado por meio da ação-reflexão-ação que os jovens alunos pudessem ultrapassar o desenvolvimento das habilidades motoras, o domínio das táticas e técnicas de um determi-nado esporte ou atividade física, tendo em vista que os conhecimentos socializados, não se resumiram apenas aos conceitos e procedimentos, mas também aos valores e atitudes, como criticidade, ludicidade e criatividade, assim como o risco e a aceitação do novo, a rejeição a qualquer tipo de discriminação, o respeito às diferenças individuais, a reflexão crítica sobre a prática, o bom senso, a curiosidade, a tomada consciente de decisões, o compromisso humano, a estética e a ética.

A Educação Física e os jovens alunos do Ensino Médio: formação humana e crítica

MÁRCIA REGINA CANHOTO DE LIMA; JOSÉ MILTON DE LIMA; LUIZ ROGÉRIO ROMERO; LUCAS VINICIUS LIMA SANTOS; SERGIO LUIZ GIBIM DOS SANTOS; SIMONE PINTO [email protected] Faculdade de Ciências e Tecnologia - Universidade Estadual

Paulista “Júlio de Mesquita Filho”, Presidente Prudente - SP

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O estudo apresenta o desenvolvimento de uma prática educativa que tem como desígnio a superação de uma Educação Física exclusivamente esportitvista. Ao ser empossado como professor de Educação Física para atuar com alunos do Ensino Médio dos cursos profissionalizantes do Instituto Federal do Amapá, me deparei com um contexto educativo em que o conteúdo esporte é o único conteúdo contemplado pelo currículo escolar. Salienta-se, que do primeiro ao terceiro ano os alunos só têm acesso ao conteúdo esporte. Isto porque, anualmente são realizados os Jogos dos Institutos Federais – os JIFs, considerado, o maior programa institucional da rede, o que transforma as aulas de Educação Física em treinamentos esportivos, o professor em técnico e os alunos em atletas. Ciente da violência simbólica praticada aos alunos e ao currículo da Educação Física inicialmente busquei dialogar com os demais professores da área sobre as incoerências no desenvolvimento da Educação Física no interior do Instituto, sem muito sucesso, no decorrer do ano de 2016, procurei estratégias de ensino que juntamente com o conteúdo esporte pudessem contribuir para descolonização do currículo. Assim sendo, fiz uso de brinquedos confeccionados com materiais alternativos pelos alunos, atividades coletivas, jogos de oposição, adaptados ou criados, danças circulares e populares entre outras atividades que fossem de natureza cooperativa ou competitiva, em que os alunos pudessem mapeá-las, tematizá-las, valorá-las e ressignificá-las. Mediante tal experiência foi possível vivenciar dois pontos de vistas com relação às atividades propostas: em virtude da massificação esportiva alguns alunos apresentam resistência para vivenciar outras manifestações da cultura corporal, e há aqueles que valorizam as atividades propostas e buscam ampliar suas possibilidades de movimentação corporal. Conclui-se, que, mesmo vivenciando outras manifestações da cultura corporal, a participação dos alunos nos JIfs não sofreu qualquer tipo de prejuízo. Ao contrário, passou a ser praticada de forma mais consciente.

Em busca de superação de uma Educação Física esportivista: relato de uma experiência

MESAQUE SILVA [email protected] Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, Porto Grande - AP

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O estudo tem como objetivo apresentar uma experiência pedagógica que tem como propósito promover a inclusão de alunos homossexuais nas aulas de Educação Física por intermédio do teatro científico. A experiência apresenta uma alternativa às formas tradicionais de ensino das práticas corporais para alunos do ensino médio, através de uma maneira lúdica, que possa ajudar estudantes homossexuais a se inserirem nas atividades corporais e a aprenderem conteúdos cien-tíficos de forma mais significativa. Desta forma, no decorrer do primeiro semestre do ano de 2017, um grupo composto por vinte alunos de ambos os gêneros e com orientações sexuais diversas, dos cursos técnicos ofertados pelo Instituto Federal do Amapá/campus Porto Grande, foram levados a contextualizar o bloco de conteúdos “conhecimentos sobre o corpo” presente nos Parâmetros Curriculares. A experiência ancorou-se no Teatro do Oprimido, método desenvolvido por Augusto Boal que, a partir de exercícios e técnicas teatrais, propõe a transformação da sociedade. Assim sendo, por meio dos estudos sobre os temas geradores: “Eu tenho um corpo? Ou eu sou um corpo?” Os alunos transfiguraram-se, transformaram-se em outra coisa, montaram um cenário, criaram uma história baseada em evidências científicas, inven-taram personagens para que o espetáculo acontecesse, envolveram-se com os códigos culturais que apontam o que dizívil e visível, ou ir à contramão do que se pensa e se toma sobre a questão da corporeidade, espetaram o público num convite a sair de seus lugares. Nesse processo observou-se que essa metodologia do teatro científico caminha na direção das orientações dos Parâmetros Curriculares Nacionais que, dentre outras questões, demanda o tratamento contextualizado do conhecimento para tirar o aluno da condição de espectador passivo. Além de abordar questões inerentes a todo ser humano, como seus sentimentos, suas vontades e anseios, que necessitam se manifestar, contribuindo com o processo de inclusão escolar e empowerment de alunos homossexuais nas aulas de Educação Física. Conclui-se que a metodologia do teatro científico como estratégias de ensino é eficaz para o processo de inclusão escolar e empowerment de alunos homossexuais nas aulas de Educação Física.

O teatro científico como estratégia metodológica para o empowerment de alunos homossexuais nas aulas de Educação Física: relato de uma experiência

MESAQUE SILVA [email protected] Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Amapá, Porto Grande - AP

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O estudo teve como objetivo investigar se há possibilidades de aceitação e envolvimento de uma modalidade ainda desconhecida no Brasil Floorball, nas aulas de educação física nas escolas públicas estaduais. Pois sabe-se que a modalidade se trata de um esporte coletivo, do qual este se insere dentro dos parâmetros curriculares nacionais de educação física. Verificamos através do estudo o interesse que o aluno tem nas aulas de educação física, e con-sequentemente nas modalidades esportivas coletivas, para isso foi realizada uma pesquisa de campo de natureza quantitativa, que se trata de perguntas fechadas, através de um questionário semi-estruturado com 10 perguntas com caráter objetivo, realizado em duas etapas, etapa 1 antes do contato com o esporte, etapa 2 com apresentação do esporte em vídeo aula e aula pratica aplicada por um professor formado em educação física, foi aplicado para 50 (cinquenta) alunos do ensino médio do período manhã e tarde, em um escola da região da zona leste de São Paulo, situada no bairro do lajeado, distrito de Guaianazes. Os resultados mostraram que os alunos gostam de modalidades de esportes coletivos, aceitariam aprender outras modalidades. Pode-se concluir através do trabalho que a pratica da modalidade ainda desconhecida será bem envolvida, por ser tratar de esporte coletivo, atender as necessidades cognitivas, sociais, coletivas e motora dos alunos e ainda se enquadrar dentro dos PCNS da educação física.

Aceitação e envolvimento dos adolescentes frente a uma modalidade ainda desconhecida no Brasil “Floorball”

MILENA BEZERRA DA [email protected] Universidade Brasil, São Paulo - SP

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Este resumo tem por objetivo relatar uma ação pedagógica planejada em conjunto entre professoras de Matemática e Educação Física. Assim, este relato trata-se de uma atividade desenvolvida com uma turma de 2° ano do ensino médio de uma escola pública de Santa Maria/RS. A atividade didática é uma variação de Caça ao Tesouro, modifi-cada e adaptada pelas professoras, com o intuito de promover o desenvolvimento dos conteúdos de Resolução de Problemas, Lógica e Jogo Cooperativo com os alunos envolvidos na atividade. Para o desenvolvimento da atividade, a turma foi dividida em grupos para receberem as informações sobre as regras do jogo. Para iniciar o jogo, o grupo precisa jogar um dado para sortear um número. Após isso, o grupo deve ir à procura do número sorteado e copiar a palavra que está acompanhando aquele número. Trazendo a palavra correta, os alunos ganham o direito a res-ponder uma charada ou problema, também sorteado por eles. Após responderem corretamente, jogam novamente o dado, somam o número com o anterior e saem em busca do novo número. A atividade não teve somente um vencedor, em virtude de ser um jogo cooperativo e, nós quisemos evidenciar a eles que, em atividades que todos cooperam vários podem ganhar. Em primeiro contato percebeu-se que os alunos estavam interessados e motiva-dos em participar da atividade proposta. Dentre as questões propostas, as charadas matemáticas descontraíram a turma e os problemas instigaram os alunos a encontrar métodos para resolvê-los, utilizando-se de conhecimentos que já possuíam. Após o desenvolvimento da atividade e da problematização em torno da colaboração, os alunos também compreenderam a importância da mesma tanto no ambiente escolar quanto em seu cotidiano. Como resultado final, podemos evidenciar que a atividade foi satisfatória tanto para alunos quanto para as professoras, pois os objetivos propostos foram alcançados.

Caça ao tesouro: uma atividade didática envolvendo as disciplinas de Matemática e Educação Física

PATRÍCIA ZANON PERIPOLLI; ADRIANA FLÁVIA [email protected] Universidade Federal de Santa Maria, Santa Maria - RS

Apoio financeiro: Capes

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Este estudo identificou as Representações Sociais dos alunos de Ensino Médio de uma escola da Rede Pública Estadual de Ensino sobre a Educação Física. Foram entrevistados 40 adolescentes que tiveram aulas orientadas pelo Currículo Oficial do Estado. A análise dos dados baseou-se no processo de elaboração da Representação Social de Serge Moscovici e os discursos dos alunos foram mapeados a partir das dimensões internas das representações: elemento cognitivo (como o aluno entende a Educação Física), prática do cotidiano (participação nas aulas) e investimento afetivo (aulas que tenham ou não gostado). Identificou-se que a participação dos alunos nas aulas esteve pautada mais na razão estética (prazer em fazer) do que em uma razão normativa (cumprimento de normas). Mesmo sabendo que o componente curricular é obrigatório e que há um processo avaliativo que culmina em nota, os discursos dos alunos apontaram que eles participavam da aula, essencialmente, por gostarem dos conteúdos e dos trabalhos propostos. As aulas que os estudantes mais gostaram estavam relacionadas aos conteúdos esportivos. No entanto, as atividades que os incentivaram a conhecer e superar limites do próprio corpo, as atividades nas quais elaboraram ou adaptaram algum jogo e, aquelas em que apresentaram os produtos que eles próprios pesquisaram; também foram destacadas. Os alunos conceituaram a Educação Física como aula/matéria, uma vez que contém trabalhos, pesquisas, provas e tarefas na apostila, sendo seus conteúdos aprendidos na sala de aula e na quadra. Portanto, a Representação Social remete a uma disciplina escolar igual aos outros componentes curriculares, tendo como diferencial as aulas práticas conjuntamente com aulas teóricas. Além disso, consideraram os conhecimentos aprendidos importantes, pois podem ser utilizados em seu cotidiano fora da escola.

Representações Sociais e o currículo de Educação Física: com a palavra os alunos

POLIANI CLARO GUARINON1; OSVALDO LUIZ FERRAZ2

[email protected] 1 Secretaria da Educação do Estado de São Paulo, Santo André - SP2 Escola de Educação Física e Esporte - USP, São Paulo - SP

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As drogas, sem dúvida, são o grande problema que a sociedade contemporânea enfrenta. Nós professores do componente curricular Educação Física do Colégio Anglo 21 conscientes desse desafio, incluímos o tema de aula: movimentar-se e as drogas, possibilitando aos alunos do 2º ano A e B, do ensino do Ensino Médio, estudarem sobre como os movimentos são afetados pelo consumo das drogas. Considerando o prévio planejamento das aulas, tomamos como critérios: A relevância social do assunto; aspectos sociais, culturais, cognitivos, afetivos e motórios da faixa etária dos alunos o bloco temático: capacidades para movimentar-se e o relacionamento com o ambiente físico e social da Cinesiologia Humana e a habilidade mencionada na Matriz de Referência do ENEM - Reconhecer a necessidade de transformação de hábitos corporais em função das necessidades cinestésicas. Com vistas ao desenvolvimento deste tema, apresentamos uma aula inaugural no qual enfatizamos a importância de hábitos saudáveis e os mitos sobre a performance de atletas que antigamente acreditavam que melhoravam seus índices após o consumo de vinho, mostramos também como o álcool afeta nossas habilidades locomotórias e as capacidades físicas entre elas a força, equilíbrio e a velocidade de reação. Em seguida, propomos que os alunos se organizassem em grupos e a partir daí escolhessem os temas relacionados aos efeitos das drogas sobre os nossos movimentos. Foram incentivados a pesquisarem e apresentaram seminários com a utilização de cartazes juntamente com jogos ou brincadeiras previamente planejadas para exemplificar de que maneira os nossos movimentos po-deriam ser afetados pelo uso de determinada droga. Ao final das atividades foram apresentadas questões da prova do ENEM com esse tema. Com certeza, procuramos ampliar os conhecimentos dos alunos sobre esse tema, assim como também sensibilizar para a aquisição de hábitos saudáveis e alertando-os para os perigos do uso e consumo das drogas.

Relatando a experiência da cinesiologia humana no Ensino Médio: o movimentar-se e as drogas

RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO1; LUIS HENRIQUE MARTINS VASQUINHO2

[email protected] 1 Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP2 Instituto de Cinesiologia Humana São Paulo, São Paulo - SP

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Esta pesquisa busca ser uma escrita polifônica, um lugar em que o sujeito fale com os outros. Seu referencial teórico-metodológico está pautado na heterociência, ciência da alteridade, importando considerar o mesmo e o diferente no mesmo lugar. Valho-me da metodologia de pesquisa narrativa, na perspectiva bakhtiniana, por possuir matizes com expressão nas experiências vividas e, por conseguinte, narradas por sujeitos valorativamente afirmados. O objetivo central é escutar como enunciam e dialogam sobre/com os corpos os sujeitos da pesquisa acerca de suas histórias de vida nas aulas de Educação Física. Sabendo que quem narra traz consigo a produção social em sua narrativa, respostas às vozes que nos antecederam, preferimos a expressão “conversa” em vez de “entrevista narrativa” para refletir sobre a potencialidade formadora da narrativa (autobiográfica) no processo de devir da docência na educação profissional. A necessidade de uma epistemologia de formação outra, bem como de uma epistemologia da Educação Física outra constituem-se desafios dessa maneira de compreensão/ação de pesquisa, em que são pensados ao mesmo tempo os processos de investigação e formação, a relação dos sujeitos encarnados. Olho com Bakhtin cotejando com outros filósofos que tratam da temática do corpo (Espinoza, Michel Foucault, Merleau Ponty, Le Breton, Richard Shusterman etc.), buscando compreender o valor cultural da intercorporeidade no contexto da cronotopicalidade. A escrita possui a minha assinatura e o meu ato responsável e é habitada por carne e sangue de muitos outros sujeitos que são os alunos e professores da disciplina Educação Física do Curso Normal do IEPIC. Neste percurso, o mundo teórico e o mundo da vida interagem no ato responsável do ser hu-mano e a práxis docente é embebida de humanicidade e de vida em que os corpos ocupam um lugar singular em um mundo também singular concreto.

Narrativas outras com os corpos: cronotopos em Educação Física Escolar

ROBERTA JARDIM [email protected] Universidade Federal Fluminense, Niterói - RJ

Apoio financeiro: CAPES

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Com a ocorrência dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos no Brasil em 2016, questões históricas e culturais se tor-naram o foco das aulas de Educação Física junto ao Ensino Médio de uma cidade do interior de São Paulo. Tal direcionamento tinha como expectativa incentivar os/as estudantes a identificarem novas perspectivas de análise, bem como, desenvolver outras formas de olhar para o fenômeno olímpico esportivo. Assim, nas aulas foram tematizados elementos correspondentes à história, cultura, e aspectos socioeconômicos das Olimpíadas. A partir desta contextualização inicial, o objetivo do presente texto é apresentar um relato de experiência do processo de realização e avaliação do desenvolvimento do trabalho com 200 estudantes de uma Escola Estadual de Ensino Médio Integrado ao Técnico de Agropecuária e Informática durante dois meses. A proposta envolveu não só a professora de Educação Física da turma, como também o professor de Geografia, quando aprofundou sobre questões socioeconômicas. Os alunos divididos em grupos vivenciaram uma grande “caça ao tesouro” na qual ao decifrarem um enigma encontravam a descrição histórica e prática de um esporte olímpico que deveriam entender e vivenciar. O nome dos grupos foi relacionado à cidades da Grécia antiga (Delfos, Athenas, Esparta e Troya). Nesta Caçada Olímpica os alunos pesquisaram e vivenciaram as modalidades: corrida hoplita, pentatlo, luta pále, lançamento de disco, salto em distância, arco e flecha e futebol callejero, além da corrida de bigas, na qual cada grupo desenvolveu sua própria biga com pneus e cordas. Os grupos foram avaliados por meio de um grande jogo de tabuleiro e pela participação nas gincanas. Tematizar as Olimpíadas durante as aulas regulares, proporcionou uma experiência diferenciada, foram aulas em que todos os alunos se envolveram, estudaram, praticaram, interagiram, dialogaram e solucionaram juntos os diversos desafios propostos, ampliando o repertório de vida e do conceito de Educação Física.

As olimpíadas e paralimpíadas nas aulas de Educação Física: relato de uma experiência

SELMA GALHARDO1; RODRIGO GONÇALVES VIEIRA MARQUES2; LÍLIAN APARECIDA FERREIRA2

[email protected] 1 CEJA/ETEC, Bauru - SP2 PPDEB/UNESP, Bauru -SP

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As modalidades esportivas são amplamente reconhecidas enquanto conteúdo curricular de Educação física no con-texto escolar, nas abordagens atuais, emergem práticas diversas ao ensino tradicional dos esportes coletivos, e no caso específico desta pesquisa elegemos os esportes de luta enquanto foco de estudo. O objetivo deste trabalho foi o de realizar uma análise sobre as representações envolvendo as lutas e as discussões de gênero, visto que muitas das prá-ticas são constantemente vinculadas à representações de masculinidades. Esta pesquisa, foi realizada com estudantes de ensino médio de uma instituição particular da Grande Florianópolis, a coleta de dados abrangeu cinco turmas do primeiro ao terceiro ano do ensino médio, das quais os estudantes foram convidados voluntariamente a contribuir. Foram elaborados e aplicados questionários com perguntas objetivas e descritivas abordando a temática das lutas e representações de gênero perfazendo um total de 112 participantes. A análise de conteúdo dos mesmos ocorreu sob uma ótica foucaultiana ante os discursos e as subjetividades expressadas. A partir da categorização das respostas, os dados apontam que concepções de práticas esportivas envolvendo as modalidades de lutas, permanecem culturalmente associadas às representações normativas de “ser masculino” e “ser feminina”, especificamente para as lutas a relação simbólica às masculinidades ainda reverbera na cultura escolar. Neste sentido, observamos ainda que tal ênfase ge-nerificada abarca pré-conceitos e hierarquizações. Contudo, obtivemos resultados significativos no que tange à busca pela ressignificação das modalidades de lutas relacionando-as à perspectivas inclusivas e ações afirmativas envolvendo discursos de gênero, destacamos ainda a importância da a permanência das discussões de gênero nos currículos esco-lares, visto que se faz presente de inúmeras formas no cotidiano das aulas de Educação Física.

Representações de gênero nos esportes de luta para estudantes do Ensino Médio

THAÍS RODRIGUES DE ALMEIDA; ALZIRA [email protected] Secretaria de Educação, São José - SC

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A Educação Física no Ensino Médio vem sendo palco de constantes embates e questionamentos quanto a sua importância para a formação dos estudantes. No entanto, discussões apontam que uma nova tradição didático-pedagógica emerge nesse cenário, reafirmando que a disciplina pode contribuir para que a escola atual alcance seus objetivos. Nesse sentido, esse estudo se propõe a descrever a sistematização curricular da Educação Física no Ensino Médio, com a mesma turma, durante os três anos do segmento - 2013, 2014 e 2015. A experiência pedagógica ocorreu em uma escola particular localizada na cidade de Viçosa – MG. Os temas de estudo foram propostos e construídos a partir do contexto cultural dos estudantes e mediados pela professora. A turma, no 1º ano do Ensino Médio, desenvolveu projetos que tematizaram slackline, skate, patins, rapel, montanhismo, futebóis, capoeira, jogos africanos, atletismo, ginástica artística, funk, hip hop, flag e handebol. No 2º ano os projetos da Educação Física tiveram como foco danças folclóricas, maculelê, congado, judô, bike BMX, parkour, voleibol e ginástica geral. No 3º ano, os estudantes problematizaram a musculação e o uso de anabolizantes e suplementos, jogos e brincadeiras tradicionais, meditação, yoga, trilhas, corrida e caminhada orientada, jogos de tabuleiro, dança contemporânea e circular e possibilidades de práticas de lazer na cidade. Todos os projetos desenvolvidos tinham como objetivo o desenvolvimento do senso crítico dos estudantes acerca da cultura corporal e foram avaliados por meio de seminários, charges, crônicas e da construção de festivais compartilhados com toda a comunidade escolar. Ao final do segmento, estudantes e equipe pedagógica constataram que a disciplina tinha sido de suma importância para a formação de saberes necessários ao ingresso no mundo do trabalho e para a construção da cidadania.

A organização curricular da Educação Física no Ensino Médio e a sua relação com a função da escola contemporânea: um relato de experiência

VALDILENE ALINE NOGUEIRA1; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO2; CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA3,4; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS4; PAULO CLEPARD SILVA JANUÁRIO4; VINÍCIUS DOS SANTOS MOREIRA4

[email protected] 1 Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP2 Instituto Federal de São Paulo, São Paulo - SP

3 Instituição Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP4 Prefeitura Municipal de Santo André - SP

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A vida das crianças e adolescentes no século XXI apresenta tendências para uso excessivo de tecnologia, hábitos alimenta-res inadequados e pouco exercício físico, levando ao sedentarismo e acúmulo de gordura corporal. O excesso de peso e a obesidade vem crescendo no Brasil, acarretando em doenças crônicas não transmissíveis, como diabetes tipo 2, colesterol elevado, hipertensão e doenças cardiovasculares. A educação física escolar, na perspectiva da educação para a saúde e dos Parâmetros Curriculares Nacionais, propõe como um dos seus objetivos a formação de praticantes de exercícios físicos autô-nomos e com hábitos saudáveis por toda a vida. Entretanto, as abordagens Críticas da educação física e da Cultura Corporal criticam esses objetivos, entendendo que individualiza a busca e solução do problema da saúde, não abordando aspectos socioeconômicos, ambientais e culturais relacionados a saúde, culpabilizando a própria vítima. Assim, o presente estudo teve como objetivo discutir e analisar as possibilidades de a educação física escolar desenvolver a educação para saúde, em perspectiva ampliada, com aspectos críticos e culturais. A partir da análise dos pareceres de educação física escolar de Brasil (1997), Guedes (1999), Ferreira (2001), Sallis, Mckenzie (1991) e Strotton (1996) e outros, observa-se que a educação física escolar é responsável em introduzir e integrar criticamente o aluno na cultura corporal e, também, pelo desenvolvimento de atitudes positivas e hábitos saudáveis, que contrapõem a tendência do sedentarismo e obesidade e das doenças decorrentes. Entretanto, precisa superar as limitações da Aptidão Física Relacionada à Saúde, ampliando suas discussões e conteúdos para desenvolver de maneira crítica aspectos políticos, econômicos, sociais, culturais e ambientais relacionados a saúde. Compreende-se que a educação física no século XXI precisa possibilitar que as crianças e os jovens conheçam, produzam, transformem e criem cultura corporal criticamente e, ao mesmo tempo, tenham acesso as informações que lhes permitam estruturar conceitos mais claros quanto ao porquê, como, onde, quando e para quê praticar exercícios físicos, e, também quanto aos seus direitos ao exercício físico, não praticar atividade física pelo simples fato de praticar. Para o estilo de vida saudável é fundamental conhecimento teórico e prático da cultura corporal, experiências satisfatórias e consciência crítica.

Educação Física no século XXI: cultura, crítica, saúde...

ADRIANO JOSÉ ROSSETTO JUNIOR1,2

[email protected] 1 Pontifícia Universidade Católica, São Paulo - SP2 Instituto Esporte Educacional, São Paulo - SP

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A Educação Física contemporânea desafia os professores a pensarem novas práticas pedagógicas que não fragmentem ou reproduzam os conhecimentos, que dialoguem com conteúdos atuais e que, principalmente, atendam às expectativas e necessidades dos alunos. Mas, para isso, é preciso envolver todos os sujeitos que integram o cotidiano escolar na elaboração das aulas, algo como já recomendava Paulo Freire, há décadas. Isso nos leva a querer compreender como se dá a prática pedagógica dos professores de Educação Física atualmente para saber se existem elementos de aproximação com as ideias de Paulo Freire. Para tanto, desenvolvemos uma pesquisa qualitativa, descritiva e exploratória com 16 professores da rede municipal de São Paulo, cujo ponto de partida foram as reflexões sobre as suas práticas docentes. A investigação pautou-se em análise da literatura de Paulo Freire, dos documentos deixados por sua passagem pela Secretaria de Educação, além dos encontros reflexivos com os professores. À luz do Paradigma Indiciário todos os dados foram descritos e posteriormente reduzidos em indicadores levantados nos registros dos encontros, os quais sinalizam que os professores têm pouco conhe-cimento da obra freireana e que tecem relações superficiais entre seus conceitos e a prática pedagógica. Para eles, a prática da Educação Física se dá apenas nos momentos das vivências das manifestações corporais que acontecem exclusivamente no espaço das quadras esportivas. Sinalizam ainda que para desenvolver práticas pedagógicas adequadas é preciso ter do-mínio dos conteúdos específicos a serem ensinados. Nos discursos dos professores percebemos sinais de preocupação com os aspectos técnicos das expressões corporais, fortalecendo a dicotomia teoria e prática e afastando-os do conceito de práxis pedagógica. Há indícios que mostram uma distância da pedagogia freireana com as práticas pedagógicas oferecidas em aulas de Educação Física, mesmo após sua contribuição à frente da Secretaria de Educação em São Paulo. Para maior aproximação com o legado de Paulo Freire, o professor dessa área ainda precisa atribuir um sentido ético às suas ações, reconhecer o componente curricular como integrante do Projeto Político Pedagógico da escola e valorizar sua práxis, or-ganizando-a no sentido de colaborar para a transformação social a partir de uma leitura e uma reflexão crítica da realidade.

Prática pedagógica do professor de Educação Física Escolar: aproximações com o pensamento de Paulo Freire?

ALESSANDRA ANDREA MONTEIRO1, VILMA LENÍ NISTA-PICCOLO2

[email protected] 1 Prefeitura da Cidade de São Paulo, São Paulo - SP2 Universidade de Sorocaba, Sorocaba - SP

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O objetivo desse estudo foi compreender a produção de conhecimento sobre práticas pedagógicas inovadoras nas aulas de Educação Física (EF) escolar nos anais do Seminário de EF escolar. Analisamos os anais desse evento dos anos de 2011, 2013 e 2015, porque estes estavam disponibilizados online. Foram encontrados 539 trabalhos, sendo que destes 303 estavam diretamente relacionados com as aulas do componente curricular, 94 com projetos do PIBID e 52 com a formação do licenciado em EF. Ainda identificamos 90 estudos com discussões que não continham uma relação direta com a EF escolar. Foram identificados 128 trabalhos que continham características de práticas pedagógicas inovadoras. Destes, 24,5% estavam relacionados com a diversificação de estratégias de ensino, 18,5% com a tematização de esportes diferenciados, 11% com o desenvolvimento de jogos e brincadeiras, 9% com a utilização de recursos didáticos pelos docentes, 8,5% com o ensino de ginásticas, 8% com experiências de lutas e 5,5% com projetos educativos relacionados com danças. Ainda foi possível encontrar estudos e experiências com a inclusão de crianças com deficiência nas aulas (5,5%), a utilização de variados instrumentos de avaliação (5,5%) e docentes de EF que sistematizam os seus próprios currículos ao longo dos anos ou que participam da constru-ção curricular da rede em que atuam (4%). No processo dos três eventos analisados, também identificamos uma evolução de estudos publicados nos anais, sendo que em 2011 foram disponibilizados 50 trabalhos, sendo 18 de inovação pedagógica, em 2013, 148 trabalhos, com 52 publicações de práticas pedagógicas inovadoras e, em 2015, foram publicados 341 resumos, com 58 pesquisas e experiências pedagógicas relacionadas com as características da inovação pedagógica. Concluímos que esse evento possui extrema relevância para a produção do conhecimento na área, além de possibilitar a publicação de experiências inovadoras que estão ocorrendo nas aulas de EF escolar.

Produção sobre inovação pedagógica na Educação Física: análise do seminário de Educação Física Escolar

ALINE RODRIGUES SANTOS1; BRUNO FREITAS MEIRELES2; VINICIUS DOS SANTOS MOREIRA2; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS2; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO3; VALDILENE ALINE NOGUEIRA4; ELISABETE DOS SANTOS FREIRE1

[email protected] 1 Universidade São Judas, São Paulo - SP2 Prefeitura de Santo André, São Paulo - SP

3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - SP4 Universidade de Guarulhos, São Paulo - SP

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Este trabalho teve como objetivo verificar a influência das brincadeiras e jogos desenvolvidos nas aulas de Educação Física Escolar no cotidiano de crianças, especialmente, em suas casas. Para tanto, foi aplicado um questionário para 297 alunos, entre 08 e 10 anos, matriculados no Ensino Fundamental I de duas instituições de ensino, um Colégio particular e uma Escola Estadual, localizadas no bairro Vila Matilde, na capital da cidade de São Paulo. Os resultados mostraram que 57,6% dos alunos entrevistados reproduziram alguma brincadeira ou jogo vivenciados durante as aulas, e que a ati-vidade mais reproduzida foi a queimada (71 crianças), seguida das atividades “Nunca 2” e “Nunca 4” (30 crianças cada). Verificou-se que a adesão das crianças às brincadeiras e jogos vivenciados na Educação Física Escolar no seu dia a dia é moderado, estatisticamente falando. Buscando explicar essa realidade, notou-se que brincar e jogar não são privilégio de todas as crianças, ocasionando assim um analfabetismo motor. Outro motivo seria o processo de urbanização e verti-calização das moradias que, por sua vez, vem reduzindo as áreas de lazer onde elas poderiam reproduzir tais atividades. Com isso, deixamos como sugestão que se torna indispensável que os profissionais de Educação Física revejam suas práticas pedagógicas no sentido da utilização de jogos e brincadeiras como ferramentas pedagógicas.

A influência das brincadeiras desenvolvidas nas aulas de Educação Física no dia a dia das crianças em casa

ALIPIO RODRIGUES PINES JUNIOR1; BRUNO ROSSETTO DE GÓIS2; CRISTIANO DOS SANTOS ARAUJO3; MÉRIE HELLEN GOMES DE ARAUJO DA COSTA E SILVA4; TIAGO AQUINO DA COSTA E SILVA3

[email protected] 1 Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo - SP2 Colégio Olivetano, São Paulo - SP

3 LAB-BRINCAR, São Paulo - SP4 Faculdades Metropolitanas Unidas, São Paulo - SP

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Ao compreender que a Educação Física escolar deve inserir o/a jovem na cultura corporal de movimento, temos como objetivo desse trabalho criar alternativas para constituir experiências corporais com modalidade esportivas não convencionais a partir da elaboração de materiais alternativos. Este estudo se baseia, inicialmente, em uma intervenção na forma de “projeto-piloto” que aconteceu no Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), vinculado ao projeto de extensão denominado “Oficina de Esporte Escolar” de uma Universidade pública do Sul de Minas Gerais. O projeto teve como público-alvo 22 crianças e adolescentes com idades entre 8 a 16 anos, moradoras do bairro onde o CRAS está localizado. Na realidade, a ideia foi a de construir essas múltiplas possibilidades que os esportes oferecem antes de serem aplicadas no contexto escolar, uma vez que um dos autores do texto já traba-lhava nesse local. Partimos, então, no sentido de criar possibilidades de experimentação e construção de materiais alternativos para sete modalidades esportivas, que foram compartilhadas no formato de oficinas. Dessa forma, as modalidades como o Ultimate Frisbee, o Futebol Americano, Flagueboll, o Golfe, o Hockey no gelo, a Peteca e o Badminton se tornaram possíveis para aquele grupo a partir da construção de materiais alternativos. Desse modo, foram utilizados desde coadores de suco para construção de raquetes até caixas de leite que serviram como alvos para o jogo de golfe. A perspectiva foi a de desenvolver essas atividades e refletir sobre elas por intermédio de um diário de campo, a fim de que possam ser ressignificadas e reaplicadas em uma escola pública do município. Com isso, chegamos à conclusão de que, muitas vezes, as impossibilidades que cercam o desenvolvimento de algumas práticas corporais na escola podem ser superadas com a construção de materiais alternativos.

“Oficina do Esporte Escolar” como projeto-piloto para pensar o trabalho na Educação Física Escolar: o caso das modalidades esportivas não convencionais e a construção de materiais alternativos

ALYSSON DOS ANJOS SILVA; ÁLEX SOUSA PEREIRA; FABIO PINTO GONÇALVES DOS [email protected] Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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Como docente do curso de educação física - licenciatura na Faculdade de São Vicente - UNIBR, percebo que além dos conteúdos técnicos da profissão, precisamos despertar nos alunos, que estarão conectados com desenvolvimento humano de crianças e jovens, valores como respeito, cooperação, amabilidade, autruísmo, caráter, etc., que os per-mitirão interagir com outros indivíduos e com o ambiente. Na disciplina Pesquisa, Prática e Interdisciplinaridade - Educação Física no Ensino Fundamental, do 4º semestre, trabalhei com a metodologia ativa de sala invertida, percebi que passamos por alguns estágios, estágios que solicitavam o exercício do valores citados, iniciamos com certa repudia por parte dos alunos, que não entendiam que o seu papel de buscar e compartilhar conhecimento, após alguns dias, baseando-me na mediação da transcendência, ofertei livros, documentários e grupos de discussões e comecei a perceber resultados, alunos envolvidos, respeitando-se e cooperando para o aprendizado individual e coletivo, em seguida, os alunos que já estavam inseridos na proposta da metodologia, agiam como parceiros ajudando a envolver alunos mais distantes, numa condição autruísta, os mesmos ofereciam apoio e colaboração. Finalizamos com a produção de cartazes com os conteúdos absorvidos durante o ciclo de aprendizagem, os gru-pos estavam motivados e felizes com os resultados. Estes cartazes foram utilizados para consultas para a prova do professor e o que usualmente despertaria medo e repulsa, o duro momento da avaliação, tornou-se um momento significativo, os alunos compartilharam suas produções, praticaram o respeito e admiração aos materiais produzidos e com caráter e ética trabalhados ao longo do período letivo da disciplina, não ocorreram atitudes que divergiam do que foi proposto e acordado no início da avaliação. Com os resultados, as declarações ouvidas e com o ambiente harmonioso, conclui que exercendo a mediação, obtive um resultado significativo e feliz para o corpo discente e para mim como professora.

A prática de valores na metodologia ativa de aprendizagem sala invertida, como prática pedagógica do curso de Educação Física - licenciatura

ANDREA SILVA FRAGAKIS [email protected] Universidade de São Vicente, São Vicente - SP

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O objetivo deste estudo foi analisar a influência do Professor de Educação Física, na construção e desenvolvimento de habilidades sociais a partir da perspectiva de seus alunos. Aquilo que a literatura e pesquisas afirmam, nós gostaríamos de saber se eram plausíveis na prática ou não. Será que alunos em algum grau conseguiram identificá-la ou reconhecê-la? O presente estudo teve um caráter quantitativo, e se deu nas duas possibilidades de instituições existentes no Brasil, ou seja, a pesquisa foi aplicada em duas escolas na Região Metropolitana de Campinas: uma Estadual e outra Particular. Do total de 622 alunos de ambas escolas do Ensino Fundamental II, participaram do estudo 182 alunos. A aplicação do questionário se deu durante o período de aula com as devidas autorizações da diretoria, após a assinatura feita pelos pais, do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido. Cada aluno respondeu a um questionário com 11 perguntas fechadas e 1 aberta. Dois professores de cada escola responderam um questionário com 3 perguntas abertas. Ambos questioná-rios foram elaborados pelos autores deste estudo. Os resultados confirmaram que a influência que a literatura supõe é percebida e existente, um dos questionamentos ao aluno foi: Você já foi influenciado pelo seu professor de Educação Física? 53,4% da escola particular afirmaram não e 63,2 da pública afirmaram que sim. Do total unindo as duas escolas 56,8% deram a resposta afirmativa. Concluímos que os alunos conseguem identificar e até reconhecer esta influência.

A influência do professor de Educação Física nas relações sociais dos alunos no ensino público e particular da Região Metropolitana de Campinas

ANGELA DA SILVA TIBURCIO DE LIMA1; ELZICO EVANGELISTA DE SOUZA2; CAIO AUGUSTO ALVES CONSTÂNCIO3; WICTOR DE SOUZA RODOVAL4

[email protected] 1Faculdade Adventista de Hortolândia, Sumaré - SP2Faculdade Adventista de Hortolândia, Hortolândia - SP

3Faculdade Adventista de Hortolândia, Campinas - SP4Faculdade Adventista de Hortolândia, Ceres - GO

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Nas últimas décadas, acompanhando o desenvolvimento da área, é possível perceber o surgimento e a consolidação de uma série de eventos científicos que visam discutir o ensino da Educação Física (EF) na Educação Básica. Entretanto, com alguma frequência, trabalhos não relacionados com a temática proposta têm sido apresentados nesses eventos. O presente estudo teve por objetivo identificar, entre os trabalhos publicados nos anais dos eventos específicos da EF es-colar, aqueles que não se relacionam diretamente com o ensino deste componente curricular. Foram analisados os anais dos seguintes eventos: Seminário de EF escolar, Seminário de Metodologia de Ensino da EF, Congresso dos professores de EF escolar, Congresso Estadual de EF Escolar, Congresso Norte Paranaense de EF escolar e Congresso Estadual de EF na escola, que estavam disponíveis online. No total, foram identificados 2.161 resumos publicados. Encontramos 367 trabalhos, compondo 17% da amostra, que investigaram temas que não possuíam uma relação direta com o ensino do componente curricular EF. Destes, 35% se referiam a atividades extracurriculares, 17% estavam relacionados com pesquisas que analisaram a qualidade de vida e a aptidão física de estudantes da Educação Básica e 13% das investigações analisaram a ludicidade, o lazer ou a recreação na escola. O nível de desenvolvimento motor dos estudantes foi tema de 11,5% dos trabalhos analisados, enquanto 7% apresentam a análise filosófica sobre a função social da escola ou da EF como área de conhecimento. Nessa pesquisa, ainda identificamos trabalhos sobre práticas corporais (4,5%), sobre a Educação infantil/Ensino Fundamental (4%), sobre a imagem corporal ou a corporeidade (3%), sobre violência, agressividade e afetividade na escola (2%), sobre o recreio (1,5%) e sobre as TICs (1,5%). Concluímos que existe uma confusão conceitual dos pesquisadores da área de EF sobre a especificidade das pesquisas relacionadas com a EF escolar.

Produção de conhecimento nos anais de eventos da Educação Física Escolar: especificidade ou divergências?

BRUNO FREITAS MEIRELES1; ALINE RODRIGUES DOS SANTOS2; DANIEL TEIXEIRA MALDONADO3; VINICIUS DOS SANTOS MOREIRA1; VALDILENE ALINE NOGUEIRA4; ELISABETE DOS SANTOS FREIRE5; UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS1

[email protected] 1 Prefeitura de Santo André, Santo André - SP2 Rede Municipal de Vinhedo, Vinhedo - SP

3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia - SP4 Universidade de Guarulhos, Guarulhos - SP

5 Universidade São Judas Tadeu, São Paulo - SP

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A Ginástica Artística (G.A.) é uma prática corporal presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), estan-do alocada no eixo Ginásticas, assim como na atual e discutida Base Nacional Comum Curricular (BNCC – 2017) pode se encontrar presente dentro dos Esportes técnico-combinatórios. Essa é uma modalidade estética, com grande visibilidade fora da escola e que desperta o interesse das crianças e adolescentes. Dessa forma, o objetivo desta pesquisa foi verificar se as práticas pedagógicas da G.A. estão sendo aplicadas nas aulas de Educação Física escolar. Trata-se de uma pesquisa de campo, de caráter qualitativo, a qual buscou dar valor e significado para as respostas dos sujeitos. A população foi composta por 24 professores de Educação Física que atuam no ensino fundamental I e II de escolas municipais de uma cidade do Vale do Paraíba. Como instrumento, foi utilizado um questionário contendo uma pergunta fechada e três abertas. Os dados obtidos foram analisados e tabulados em forma de gráficos. Assim, pode-se concluir que os professores sabem da importância da G.A. para o desenvol-vimento cultural e global dos alunos. Entretanto, os que disseram não aplicar a GA em suas aulas justificaram a falta de conhecimento mais profundo da modalidade, o pouco conhecimento sobre os materiais alternativos e a questão de segurança durante os movimentos específicos da mesma. Esse resultado vai ao encontro da literatura, a qual diz que há pouca e/ou quase nula aplicabilidade de G. A. nas aulas de Educação Física escolar, mesmo essa prática corporal estando presente nos PCNs e no currículo da rede municipal estudada.

A aplicabilidade da Ginástica Artística nas aulas de Educação Física Escolar

CAMILA FORNACIARI FELICIO; LIVIA ROBERTA VELLOSO TANAKA; JOSÉ RONIVAN DE FARIA; VIVIANE CRISTINA PAVANETTI DE SOUZA; VIRGINIA MARA PRÓSPERO DA [email protected] UNITAU, Taubaté - SP

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No esporte educacional observa-se questões de gênero como: meninos e meninas jogam separados, e quando juntos, as meninas são excluídas. (ALTMANN, 2015; KNIJNIK, 2010). Uma ferramenta muito eficiente para a inclusão de meninos e meninas nas aulas de Educação Física é a aplicação de modelos pedagógicos ativistas. Internacionalmente, um dos modelos ativistas reconhecidos é o “Student-centered Inquiry as Curriculum (SCIC)” (OLIVER E OESTERREICH, 2013), que dá voz aos marginalizados; nomeando, criticando e negociando essas barreiras encontradas. Diante disso, o objetivo do presente estudo foi aplicar o modelo ativista SCIC em aulas de esporte educacional. Para isso realizou-se uma pesquisa-ação participante durante 19 aulas em um programa de esporte educacional de Santos. Participaram do estudo 25 alunos de 10 a 14 anos, 3 graduandos do curso de Educação Física e uma professora especialista no modelo. Como coleta de dados utilizou-se múltiplas fontes de dados: diários de bordo, gravação das reuniões semanais com a professora, todo material produzido pelos alunos e gravação das rodas de conversa com os alunos (184 páginas). Para análise de dados, utilizou-se a analise indutiva e os resultados serão apresentados de acordo com as duas fases do modelo. Na fase 1 (construindo a fundação), verificou-se que havia uma cultura do “queremos dodgeball”, que representava o poder dos meninos diante da violência das aulas, excluindo as meninas. Na fase 2 (ativista), foram co-construído combinados com os alunos, sendo eles: jogos reduzidos, trocar os componentes, times mistos e equilibrados, adaptar jogos para incluir a todos e diminuir a violência. No final do programa, os alunos com menos voz foram ouvidos, as aulas se tornaram mais divertidas, os alunos estavam mais unidos e independentes. No entanto, alguns meninos continuavam resistindo as mudanças. Conclui-se que o modelo ativista SCIC é uma ferramenta que auxilia professores ao desenvolverem aulas de esporte educacional que incluam os marginalizados.

A implementação de um modelo pedagógico de ensino ativista que melhor atenda a necessidade das meninas no esporte educacional

CARLA NASCIMENTO LUGUETTI1; ANA PAULA DA SILVA FRANÇA2; RINALDO SANTANA ANDRADE3; THAINA VAZQUEZ ABDOUNI2

[email protected] 1 Universidade Santa Cecilia, Santos - SP2 Universidade Santa Cecilia, São Vicente - SP

3 Universidade Santa Cecilia, Guarujá - SP

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Nos tempos atuais existe uma discussão muito recorrente nos campos culturais sobre o que é cultura. Na grande maioria das vezes, pessoas de grupos dados como superiores propõem o seu conceito de cultura sob outros grupos da sociedade. Esta discussão, no entanto, já está ocorrendo a muito tempo. Este era o cenário do qual os Estudos Culturais foram concebidos. Pensados por intelectuais britânicos oriundos de classes populares, os Estudos Culturais tinham como objetivo inicial, uma forma de resistência a distorção perpetrada pela alta cultura da época, em relação as culturas populares de massa. Contemporaneamente, considera-se que os Estudos Culturais são um fenômeno internacional. Através deles, até o termo Cultura sofre uma transformação. Metamorfoseando de um conceito repleto de abrangências, distorções, hierarquias e elitismos segregacionistas, para um eixo de significados onde um leque de possibilidades versáteis se abre. Relacionando os Estudos Culturais com o campo de elaboração do cur-rículo, entende-se que este mesmo campo é espaço de uma grande luta política. Luta protagonizada por Sistemas Descentralizados de projetos pedagógicos, muitas vezes acompanhados de proposições curriculares que agradam a cultura geral de uma sociedade, segregando assim, as culturas da minoria. Indo na contramão deste pensamento, o objetivo desse trabalho é analisar o impacto e as contribuições dos Estudos Culturais para a construção de um currículo multicultural de Educação Física através da exibição de diversos relatos de Professores que obtiveram sucesso em suas aulas, ao aplicarem a abordagem cultural do currículo em sala.

O impacto dos Estudos Culturais na construção curricular da Educação Física

CARLOS EDUARDO SEVERINO CRUZ1; RUBENS ANTONIO GURGEL VIEIRA1,2

[email protected] 1 Faculdade de Educação Física da ACM Sorocaba - FEFISO, Sorocaba - SP2 Unicamp, Campinas - SP

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Tradicionalmente acontecem em Santa Catarina os jogos escolares nas suas etapas municipal, regional e estadual. Esta competição reúne um reduzido número de jovens de diversas escolas, divididos nas categorias 12 a 14 e 15 a 17 anos. Trata-se de competições entre escolares que possuem no âmago da intencionalidade reproduzir exa-tamente as condições do desporto sistematizado, federado, de rendimento. A partir destas e outras constatações acerca do modo como são conduzidas as competições em nível escolar que este trabalho se ocupa. Tem-se como objetivo refletir sobre o tratamento pedagógico que o esporte recebe nas competições escolares, buscando na literatura outras opções de encontros em que o desenvolvimento do esporte seja o objetivo principal. Para a rea-lização desta pesquisa qualitativa de caráter exploratório, foram utilizados dados extraídos da pesquisa de campo (pesquisa participante) e dados da literatura que abordam o esporte no contexto escolar. O que se constatou é que este formato de competição resulta em: poucas escolas levando alunos para competirem em esportes sejam eles tradicionais ou não; poucos alunos interagindo de forma geral; poucos escolares confraternizando com o conteú-do mais “ensinado” durante toda a vida deles: o esporte. Sendo assim, a quem são destinados os jogos escolares? Não parece ser aos escolares de fato, mas aos atletas que em idade escolar irão representar sua escola no esporte que possuem habilidade, que não raras vezes consiste em uma modalidade que não é “treinada” na aula e sim nas escolinhas específicas de treinamento (de futsal, de vôlei, por exemplo). Em suma, não temos uma competição a nível escolar que abrace a Educação Física em sua totalidade de conteúdos, se quer em seu conteúdo principal, o esporte. Urge repensar o formato elitista e excludente que veicula o esporte como vivência de sucesso para uma minoria e de fracasso ou exclusão para a maioria.

Inquietações sobre os jogos escolares de Santa Catarina (JESC)

CAROLINA MACHADO DE OLIVEIRA1,2; JÚLIO CÉSAR NASÁRIO2; VANESSA KUHNEN2; JAQUELINE RIBEIRO2; IVANA SCHMIDT ROSSINI2; VOLMAR FERRARI BONALDO2

[email protected] 1 Prefeitura Municipal de Rio do Sul, Rio do Sul - SC2 Universidade do Alto Vale do Itajaí, Rio do Sul - SC

Apoio financeiro: Bolsa UNIDAVI - Art. 170

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As lutas foram propostas como conteúdo da Educação física escolar pelos Parâmetros Curriculares Nacionais, em 1997, porém estudos mostram que ainda não existe uma seleção clara do que deve ser ensinado nas aulas. Alguns autores defendem jogos de oposição que consideram características comuns de algumas artes marciais e espor-tes de combate, outros acreditam que o professor deve ensinar princípios específicos de algumas artes marciais, como o judô. O objetivo do estudo foi verificar a opinião de professores recém-formados sobre o que deve ser ensinado sobre lutas. Para tanto, foi feita uma pergunta aberta para 80 professores, “O que você acha que deve ser ensinado sobre lutas nas aulas de educação física escolar? ”. Após análise dos dados verificou-se que não houve diferença significativa entre as respostas, para 41 professores o conteúdo envolve ensinar modalidades esportivas específica como judô, caratê e capoeira; enquanto que 39 responderam que devem ser ensinados jogos de oposição. Entretanto, 77 professores concordam que as lutas ensinam disciplina. Assim sendo, concluiu-se que ainda existe muita divergência por parte dos professores sobre o que deve ser ensinado quando abordamos o conteúdo lutas nas aulas de educação físcia escolar.

As lutas como conteúdo da Educação Física Escolar

DANIELLA MEDEIROS MOREIRA [email protected] Universidade Santa Cecília, Santos - SP

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Na escola, as crianças são inseridas em outro sistema de relações e hierarquias que lhes apresenta uma nova instân-cia da vida em sociedade. Nesse contexto elas deveriam aprender que educar é permanente “se movimentar” no mundo com outros, um processo permeado de conflitos e tensões que exige acolhimento, escuta, encorajamento e apoio. As condições para que o aprendizado seja concretizado pelas crianças a partir da ação intencional dos educadores, parte de situações e contextos de aprendizagem que possibilitem o “se movimentar”, provocando nas crianças seu sentir, seu pensar e seu agir no mundo, valorizando o cuidado consigo e com o outro, com a escola, a natureza, a cidade e o planeta. Diante destes desafios, urge a necessidade de valorizarmos três qualidades nesse processo: a pesquisa, a criatividade e a inovação. Ancorados em princípios éticos, estéticos e políticos, que possam: (1) auxiliar as crianças a significarem e resignificarem sua compreensão de corpo em tensão com outras representações históricas existentes; (2) demarcar as fronteiras de sua identidade, de maneira que se reconheçam como sujeitos históricos e sociais que “se-movimentam” no mundo com outros; e, finalmente; (3) criar condições para reconhecerem, expressarem, criarem, comunicarem e manifestarem sua linguagem corporal, fazendo uso de diferentes estratégias e suportes para socializá-la. Importa, ainda, reconhecer que a participação cultural é uma das expressões de participação social e política. Por isso, a importância de que a Cultura Corporal do Movimento seja trabalhada de maneira integrada ao Currículo, sem perder a sua especificidade, mas promovendo tempos-espaços e intensidades para que as crianças aprendam a ler, interpretar, criticar e reelaborar o conjunto de conhecimentos sistematizados na área. Estes fundamentos nortearam o trabalho pedagógico da educação física, unidade didática realizada entre agosto e dezembro de 2015, numa escola municipal de tempo integral em Jundiaí-SP, partindo do tema gerador “Emoções em Movimento”.

Sentir, pensar e agir na Educação (Física): as emoções como parte da construção dos movimentos e dos gestos

DÉBORA ALICE MACHADO DA [email protected] Prefeitura Municipal de Jundiaí, Jundiaí - SP

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Esta pesquisa objetivou investigar experiências pedagógicas com o atletismo numa escola registradas em vídeos e divulgadas no YouTube, a fim de contribuir para a sua difusão no âmbito escolar. A análise dos dados revelou duas categorias: 1-Vídeo Amador e 2-Vídeo semiamador, as quais foram analisadas transversalmente, com auxílio do eixo temático “Poder de difusão”. Os resultados apresentaram vídeos que mostram iniciativas com o ensino do atletis-mo em aulas de Educação Física, buscando minimizar as dificuldades apontadas pela bibliografia da área. Nesses vídeos, verificamos um número baixo de visualizações, fato que demonstra que os professores de Educação Física encontram dificuldades em localizá-los e analisá-los, de modo que possam usufruir de seu potencial pedagógico. Isso nos leva a concluir que a divulgação de experiências pedagógicas pode, inclusive, motivar outros professores de Educação Física a fazê-lo, contribuindo para o compartilhamento de ações em torno do ensino do atletismo.

Analisando experiências pedagógicas a partir de vídeos do YouTube como motivação à difusão do atletismo escolar

DENIS RODRIGO DEL CONTE; SARA QUENZER [email protected] Universidade Estadual Paulista “Júlio De Mesquita Filho”, Rio Claro - SP

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As Lutas são uma importante manifestação da cultura corporal de movimento e devem ser trabalhadas nas aulas de Educação Física escolar. Entendendo que os/as estudantes não podem ser privados desta importante manifestação da cultura, questionamos: Como tematizar o conteúdo Lutas na escola? Para atender aos objetivos do estudo, foi realizada uma revisão bibliográfica focando o aprimoramento do tema em questão. Foi feito um levantamento de artigos publicados relacionados ao tema desta pesquisa. Tal levantamento foi realizado em quatro dos principais pe-riódicos da área da Educação Física vinculados a CAPES. Os periódicos utilizados foram: CONEXÕES, MOTRIX, MOVIMENTO e REVISTA BRASILEIRA DE EDUCAÇÃO FÍSICA E ESPORTE e foram pesquisadas as seguintes expressões: lutas, lutas na escola, jogos de oposição, modalidades de combate, esportes de combate, artes marciais e pedagogia das lutas. Foram encontrados 76 artigos em todos os periódicos. A partir dessas referências encontradas produzimos um material que pode auxiliar professores/as atuantes nas aulas de Educação Física es-colar a tematizar e trabalhar com o conteúdo Lutas na escola. Inicialmente as Lutas da escola devem ser tratadas de maneira global, partindo do todo para as partes, ou seja, é preciso que os estudantes tenham a compreensão do que é a luta em sua generalidade a partir de jogos de oposição, passar pelas lutas de curta, média e longa distância para posteriormente chegar às modalidades específicas de combate. Nesta proposta, a transcendência é regida pela lógica do todo para as partes, da luta de forma mais abrangente, trabalhando com a hipótese de se pensar de acordo com os objetivos de diferenciadas lutas para as modalidades específicas de luta. Assim damos maior ênfase à tática que envolve a prática de luta, para posteriormente pensarmos na técnica.

Uma proposta metodológica para o ensino de lutas na escola

DIEGO RAMIRES SILVA SANTOS1; ÁLEX SOUZA PEREIRA2; FABIO PINTO GONÇALVES DOS REIS2

[email protected] 1 Universidade Federal de São Joao del Rei, São João del Rei - MG2 Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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O objetivo desse trabalho é refletir sobre o uso da técnica e estabelecer sua relação com o conceito de esporte para as aulas de Educação Física escolar. O método hermenêutico será o caminho para essa investigação. Segundo as Orientações, a Educação Física é uma linguagem em que o ser humano expressa corporalmente os elementos construídos culturalmente, sendo que as técnicas são interpretadas como constituintes de um processo de construção de sujeitos, que são moldados por modelos de desempenho, a partir da cultura do esporte, que se formou nos atributos da modernidade, carregando os ideais do capitalismo, da ordem social e da mídia. A incorporação deste modelo pelos professores explica-se pela história da formação em Educação Física no Brasil. Acredita-se que o erro desta interpretação não está na técnica em si, mas no ismo, sufixo latino, com raiz grega, que conduz o substantivo ao sentido de doutrina e consequentemente de exagero. Porém, é possível olhar a técnica como atividade criadora do ser humano que gera procedimentos seguros para o uso do corpo a fim de se atingir objetivos que nos permitam ir além de nossa natureza. O fato da transmissão da técnica ser tradicional, isto é, imersa no caldo cultural, não precisa ser entendido apenas como repetição de movimentos exemplares, mas pelo entendimento de seus três aspectos sintéticos: a eficiência, a segurança e a beleza. Fazer um movimento é buscar a perfeição, não somente da biomecânica para obter resultados e evitar lesões, mas porque perseguimos os movimentos que nos emocionam e que gostaríamos de conseguir fazer tão bem, quanto aqueles grandes bailarinos, jogadores, ginastas e corredores. Por esse lado, a técnica humaniza-se no sentimento que causa nas pessoas e nos vemos nela. Conclui-se que se podemos ver a técnica sobre esse prisma, então podemos rever nosso conceito de esporte, como somente a busca de resultados e faz mais sentido para a Educação Física escolar um esporte que seja ao mesmo tempo rendimento, participação e educação.

Técnica e esporte nas Orientações Curriculares de São Paulo

DIMITRI WUO PEREIRA; KATIA CRISTINA ZAMBON [email protected] Universidade Nove de Julho, São Paulo - SP

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A Base Nacional Comum Curricular (BNCC) tem como objetivo “nortear” a ação pedagógica dos professores, bem como os currículos das escolas de todo o país (BNCC, 2017). Nela, a disciplina Educação Física é composta pelas Unidades Temáticas (UT), a saber: Brincadeiras e Jogos, Lutas, Esportes, Ginásticas, Danças, e Práticas Corporais de Aventura. Neste sentido, o objetivo deste estudo é analisar como a UT Esporte, na BNCC, está fundamentada e organizada no Ensino Fundamental (EF), tendo como justificativa os impactos que este documento, em nível nacional podem trazer para o desenvolvimento do esporte na Educação Física Escolar (EFE), à curto e médio prazo. Trata-se de uma pesquisa qualitativa, de cunho docu-mental, que tem como fonte primária a BNCC (2017). Os dados mostram que a UT Esporte foi sistematizada numa lógica interna com as seguintes categorias: “Marca; Precisão; Rede/quadra dividida ou parede de rebote; Campo e taco; Invasão ou territorial; Combate e Técnico-combinatório” (BNCC, 2017, p. 173). E foi alocada nos 9 anos do EF, sendo nos dois blocos dos anos iniciais (1º e 2º) – Marca e Precisão e (3º ao 5º) – Campo e taco, Rede/parede e Invasão, que se repetirão nos dois blocos dos anos finais com o acréscimo dos esportes Técnico combinatório (6º e 7º) e Combate (8º ao 9º). Concluímos que a UT Esporte está presente em todos os anos do EF, sistematizada em sete categorias, fundamentada em González (2004), pesquisador argentino que concluiu seus estudos no Brasil, onde leciona atualmente. E tem como referência em suas produções, como na obra Metodologia do Ensino dos Esportes Coletivos (2012), Pierre Parlebas, autor francês idealizador da Teoria da Ação Motriz, que também influenciou as propostas francesas de EFE, e outras propostas europeias, como a espanhola até a atualidade, conforme consta no Boletín Oficial de La Comunidad de Madrid (MADRID, 2015). Na BNCC, González utiliza a lógica interna do esporte, proposta de classificação das modalidades esportivas em categorias de Pierre Parlebas. Embora a BNCC tenha por excelência que fazer uma opção teórica, esperava-se que outras propostas nacionais de organização curricular e/ou sistematização de classificação para o ensino do esporte fossem mencionadas, a exemplo de: Paes (2001), Freire e Scaglia (2003), Gallati (2006), Darido e Souza Jr. (2007), Nista-Piccolo e Moreira (2012), dentre outros. Deste modo, a BNCC colaboraria para o maior acesso às produções nacionais e autonomia docente.

Influências internacionais na sistematização do esporte na Base Nacional Curricular Comum (BNCC)

ELIANA DE TOLEDO1; EVELIA FRANCO ÁLVAREZ2; JAVIER COTERÓN LÓPEZ3; CÁSSIA MARIA HESS4,5

[email protected] 1 Faculdade de Ciências Aplicadas - Unicamp, Jundiaí - SP2 Universidad Pontificia de Comillas, Madrid - ESP3 Universidad Politécnica de Madrid, Madrid - ESP

4 Rede de Ensino do Estado de São Paulo, São Paulo - SP 5 Faculdade de Educação Física - Unicamp, Campinas - SP

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La presente investigación se enmarca dentro del contexto de conocer la percepción que poseen escolares y apode-rados en relación al concepto de juego y como este se valida como un método de enseñanza-aprendizaje como un fin si mismo. se aplico una entrevista abierta de 9 preguntas que abordan la temática y el concepto de juego desde distintos aspectos y dimensiones. Se entrevisto a 9 apoderados y 9 estudiantes en total, siendo estos divididos entre establecimientos Municipales, Particulares y Particulares subvencionados. se puede apreciar y concluir que el con-cepto de juego tanto para apoderados como estudiantes no reviste mayores diferencias en cuanto a la percepción como un método de enseñanza-aprendizaje en si mismo.

Concepto de juego: percepción de escolares y apoderados de colegios de Valdivia

GABRIELA VALLEJOS1; FELIPE POBLETE-VALDERRAMA1; VICTOR MOLINA VÁSQUEZ2

[email protected] 1 Universidad Santo Tomas, Valdivia - Chile2 Escuela Rural Carboneros, Isla del Rey, Valdivia - Chile

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A Educação Física escolar possui laços fortes com o esporte, por ser uma prática historicamente muito valorizada dentro e fora da escola. Sua prática é tão tradicional que anualmente tem-se em boa parte dos estados os jogos escolares, que são em suma jogos esportivos. O estudo maior tem como objetivo refletir uma proposta de festival escolar, enfatizando a possibilidade de oferecer as modalidades esportivas de forma adaptada desatando o esporte das regras oficiais, focando no esporte da escola. O ponto de partida do estudo são os Jogos Escolares Catarinenses (JESC), com alunos entre a faixa etária de 12 à 14 anos. A partir dos registros feitos durante a fase municipal destes jogos, ocorridos no primeiro semestre de 2017 em Rio do Sul (SC), procedeu-se à revisão de literatura para buscar alternativas ao modelo hegemônico de competição escolar. Assim, o grupo de pesquisa a partir de suas discussões fundamentadas na literatura e na realidade o cerca, investigou e refletiu a importância de um festival com caráter inclusivo, participativo e flexível, visando a integração e não a exclusão dos alunos. O resultado da busca por re-ferenciais foi desanimador no aspecto quantitativo pela baixa produção nesta temática (jogos escolares), mas foi inspirador ao se constatar que no estado da Bahia tal proposta de reinvenção dos jogos regionais já é vivenciada pelos escolares. Ressalta-se que naquele estado, havia o mesmo panorama de competições escolares observada aqui, como baixa participação de escolas e alunos, poucas modalidades, e rasa vinculação com a aula de Educação Física. Em torno de 6 anos de Jogos Estudantis neste novo formato a participação aumentou em 77%. Tal dado, dentre outros, abre precedente para que o estado de Santa Catarina repense o seu formato de Jogos Escolares, sabendo que tais mudanças devem ser capitaneadas pelos professores de Educação Física.

O esporte da escola como proposta para festivais escolares

IVANA SCHMIDT ROSSINI1; VOLMAR FERRARI BONALDO2; JOSÉ FERNANDO DE MELO3; VITOR DA SILVA ROSA2; CAROLINA MACHADO DE OLIVEIRA2,4; JÚLIO CÉSAR NASÁRIO2

[email protected] 1 Governo do Estado de Santa Catarina, Rio do Sul - SC2 Universidade do Alto Vale do Itajaí, Rio do Sul - SC

3 APAE, Rio do Sul - SC4 Prefeitura Municipal de Rio do Sul, Rio do Sul - SC

Apoio financeiro: Bolsa UNIDAVI - Art. 170

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Este trabalho tem como objetivo analisar como a capoeira é concebida e desenvolvida pelos professores de educa-ção Física, identificando os fatores que restringem ou facilitam o fomento deste conteúdo na educação básica. A pesquisa se caracteriza como quantitativa, em que a coleta de dados foi realizada por meio de um questionário on line, aplicado a 172 professores de Educação Física da educação básica, do Estado do Rio de Janeiro. Os resulta-dos demonstram que um número pouco expressivo de professores utiliza a capoeira como conteúdo na educação física. A maioria dos respondentes ministravam as aulas através de práticas ludorecreativas, de vídeos, bem como recorriam à ajuda de especialistas. Dentre os professores que não desenvolviam a capoeira, a maioria relatou não se sentir competente para ministrar o conteúdo. O desenvolvimento do conteúdo de lutas e expressões culturais tem sido objeto de pesquisas e relatos de experiências, mas, talvez por sua recenticidade, ainda não alcançaram de modo formativo os professores em serviço. Mostra-se necessário a reconceptualização da disciplina pelos profes-sores, no sentido de contemplarem as diversas possibilidades de conteúdos da cultura corporal do movimento na educação física escolar, como alternativa aos conteúdos esportivos tradicionais. Os resultados contribuem para a identificação de áreas/conteúdos prementes para a formação continuada e sensibilização dos professores para, mediante processos de autoformação, investigarem possibilidades teóricas e metodológicas que tornem possível a realização dessa prática no ambiente escolar.

O conteúdo da capoeira na Educação Física Escolar

JANINE DE AMORIM; JOSÉ [email protected] Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ

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A teoria da autodeterminação visa estudar o sujeito em interação com o contexto social em promoção da saúde psicológica, onde possam autodeterminar o próprio comportamento através da motivação intrínseca, tendo como base uma das teorias englobadas na teoria da autodeterminação, a teoria das necessidades psicológicas básicas (Competência, autonomia e vinculo social) visa determinar o nível de contemplação dessas necessidades relacio-nada a motivação para determinadas tarefas. Esse trabalho objetivou-se a investigar quais necessidades psicoló-gicas básicas são mais contempladas nas aulas de educação física prática, considerando o ambiente de aula, foi realizada em duas escolas públicas nos níveis de ensino fundamental e ensino médio localizadas no município de Seropédica-RJ. O instrumento utilizado foi o questionário de necessidades psicológica básicas nas aulas de educação física escolar, validado e adaptado para a língua portuguesa. Os resultados mostraram a competência (3,54±1,097) como a dimensão mais comtemplada nas turmas de ensino fundamental, seguida pela dimensão vínculos sociais (3,51±1,071), e índices menores na dimensão autonomia (3,18±1,075), no ensino médio observou-se os vínculos sociais (3,89±1,071) como a dimensão mais comtemplada, posteriormente a competência (3,64±1,097), por fim autonomia (3,197± 1,075). Verificou-se que em ambos os níveis de ensino (fundamental e médio) a dimensão autonomia foi a menos comtemplada, considerando o ambiente de aula de esferas divergentes. A autonomia como dimensão relacionada diretamente as escolhas subjetivas dos alunos obteve menor índice revelando assim que de-vemos atentar para estratégias pedagógicas para aumentar a motivação intrínseca dos alunos nas aulas práticas de educação física nos diferentes níveis de ensino. De modo a favorecer ao aluno um ambiente benéfico, possibilitando ter tomadas de decisões corroborando para o seu desenvolvimento pleno.

As necessidades psicológicas básicas nas aulas de Educação Física: ambiente de aula

KAROLINE MARIA SOUZA DA COSTA1; ROBERTA CRISTINA COELHO DE SOUZA2

[email protected] 1 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Seropédica - RJ2 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Mesquita - RJ

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Neste trabalho estarei abordando através de uma pesquisa de revisão bibliográfica algumas problemáticas que permeiam a Educação Física, a escola e o contexto político atual, entre elas: O que é um modelo de educação “sem partido”? O que é uma Educação Física acrítica? De que maneira a Educação Física acrítica está alinhada teleologicamente e axiologicamente com a “Escola Sem Partido”? Como pensar um modelo de Educação Física que suscite questionamento a partir de uma concepção progressista? Analisando criticamente a proposta da Escola Sem Partido e realizando uma transposição crítica de suas construções ideológicas, buscando aferir, projetar e defender que, nesse sentido, já existe um modelo Educação Física acrítico vigente e hegemônico, fazendo um contraponto com a crise epistemológica vivida no âmbito escolar e a partir disto terei como objetivo especificamente: criticar de que maneira a proposta da Escola Sem Partido PROJETO DE LEI N.º 867, de 2015 a partir de seus pressupostos constituídos e das políticas educacionais da crise brasileira atual. Buscar relacionar de maneira teleológica e axio-logicamente aos argumentos de uma perspectiva de Educação Física acrítica pautada em referências positivistas, esportivista e principalmente na instrumentalização técnica que é predominante nos cursos de formação na área a relação existente entre uma concepção acrítica de Educação Física e o modelo de Escola Sem Partido. Após isso, buscarei a construção do conhecimento formativo, saindo da ideia “sem partido” e trazendo à compreensão de uma Educação Física progressista, questionando os modelos vigentes e suas (não) interferências nas lutas político-sociais.

Aproximações entre os pressupostos da Escola Sem Partido e o contexto da Educação Física Escolar

LUCAS ROMEU [email protected] Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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Problema: Como a escola de tempo integral de Palmas - TO concebe e intervém sobre o corpo-criança nas ativida-des curriculares do núcleo comum e da parte diversificada do currículo, principalmente nas disciplinas relacionadas a cultura corporal do movimento, entre elas a educação física, a natação, a dança, as práticas corporais marciais? Metodologia: Abordagem qualitativa, tendo como campos teórico a “etnopesquisa” e a “etnopesquisa-formação”, por meio de observação direta e pautada nos estudos sobre a corporeidade das crianças e na cultura corporal do movimento. Amostra: foram investigadas crianças em uma escola de tempo integral do município de Palmas-TO, do 1º ao 5º ano do Ensino Fundamental, totalizando 712 crianças. Resultados: Na pesquisa dos tempos-espaços da escola: 1) na sala de aula das disciplinas obrigatórias 2) nas atividades diversificadas (natação, dança, música); 3) nas aulas de Educação Física, 4) no pátio e área livre, identificamos dois modelos curriculares (re)presentados nesse pesquisa: um que exige das crianças conformidade para o ensino e outro que incentiva a expressividade. Conclusões: A escola de tempo integral tem sido anunciada como “territórios educativos” para a educação integral, em que se articulem tempos-espaços e oportunidades educacionais formativas, porém tem se tornado um “não-lugar” do corpo-criança. Consequentemente os corpos são escrupulosamente controlados, o que depõe contra a perspectiva de um “currículo integrado”, até mesmo a educação física que deveria possibilitar aos seus alunos uma reflexão sobre a autonomia e a liberdade de seus corpos.

O currículo da conformidade e o currículo da expressividade: o corpo-criança na escola de tempo integral

LUCAS XAVIER BRITO; BRUNO OLIVEIRA LIMA; ISMAEL BARRETO NEVES [email protected] Universidade Federal do Tocantins, Miracema - TO

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Esta pesquisa buscou compreender qual a concepção de corpo dos educadores de uma Escola de Tempo Integral - ETI. A Corporeidade foi a linha teórica norteadora, uma vez que elucidou a importância de uma visão holística sobre o sujeito para que ele desenvolva seus diferentes potenciais alcançando uma educação integral. Esse trabalho ocorreu em Campo Grande – MS, em uma ETI onde foram entrevistados 51 educadores. A Técnica de Elaboração e Análise de Unidades de Significado foi utilizada para análise dos dados. Quando perguntados sobre “O que é corpo para você?” 49% dos sujeitos entendem que é somente físico; 37% acreditam ser um conjunto (i)material; 3,9% acreditam ser a essência do ser. Na segunda pergunta “Como o corpo dos alunos é trabalhado nesta escola?”, os entrevistados afirmaram ser por atividades diversas (35,29%), atividades físicas (15,6%), integralmente (11,7%) e de forma fragmentada (3,95%). Na terceira questão “Em relação ao trabalho do corpo, você entende que existem diferenças entre a escola de tempo integral e parcial?”, 50,98% dos educadores disseram que a proposta pedagógica da escola já concebe o corpo de forma diferente, 29,4% afirmam que a diferença está somente no tempo/carga horária; 9,8% afirmam ver diferença na relação professor/aluno e 5,8% afirmam não ver diferença entre as duas propostas. A partir do relato dos entrevistados foi possível perceber que o corpo ainda é entendido como uma parte física, mas que suas diversas dimensões (psicológica, social, física, etc.) já são consideradas importantes pelos educadores. Mesmo que de forma tímida, percebemos que a corporeidade tem sido considerada nesta proposta, pois os profissionais compreendem a importância de modificações estruturais no trabalho pedagógico. No entanto, percebe-se que a formação continuada é sempre necessária para que estes sujeitos se dediquem a estudar e apro-fundar seus conhecimentos no que diz respeito à temática educação integral em tempo integral.

Corporeidade de educação integral: a visão dos educadores de uma Escola de Tempo Integral

LUIZA LANA GONÇALVES1; HANANZA DOS SANTOS MONACO2; MICHELE VIVIENE CARBINATTO1

[email protected] 1 Universidade de São Paulo, São Paulo - SP2 Universidade Federal de Mato Grosso do Sul, Campo Grande - MS

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O presente estudo objetiva promover reflexões sobre como o processo de avaliação vem ocorrendo no cotidiano escolar a fim de verificar se o discurso referente às novas propostas educacionais, aproxima-se de fato, da prática vivenciada e implementada pelos professores. Para este fim, além da análise de considerações bibliográficas com base em artigos, dissertações e teses sobre o tema, foi realizada uma entrevista semi-estruturada composta por 05 questões abertas com 16 professores (atuantes na Educação Infantil e nos ensinos Fundamental e Médio) no município de Cruzeiro. A exposição e análise dos dados foi realizada a partir de tabelas, sendo transcritas de forma literal os trechos das respostas e declarações dos entrevistados que se fizeram mais relevantes para elucidar o estudo. A discussão dos resultados se deu a partir do confronto com a literatura selecionada. De modo geral, observa-se no universo pesquisado, pouca variação quanto à diversidade na escolha de instrumentos de avaliação, bem como dificuldade de precisar critérios que subsidiem a análise da evolução e aquisição de saberes dos alunos nesta disciplina, nos levando a considerar o quanto talvez tenhamos ainda que discutir, aprimorar e estruturar nossos conhecimentos nesta, que representa uma ação tão fundamental no processo de aprendizagem.

Avaliação da aprendizagem em Educação Física Escolar: cereja que ainda falta no bolo?

MARCELA AVELLAR; TAMIRIS MORAIS; LOHANNA GONÇALVES; THAÍSA ROCHA REIS; VIVIANE RIBEIRO [email protected] Escola Superior de Cruzeiro, Cruzeiro - SP

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O presente projeto buscou analisar o grau de motivação de alunos do ensino fundamental de uma escola da rede estadual de Curitiba, Paraná, a partir dos Jogos de Oposição (JO) para a prática de esportes olímpicos de combate (Boxe, Esgrima, Judô, Luta Olímpica e Taekwondo). A justificativa está atrelada a ausência dos esportes olímpicos de combate na escola. O problema investigado foi compreender se a promoção de Jogos de Oposição pode auxiliar na inserção do ensino e da prática dessas modalidades de combate, diversificando as experiências motoras no cenário escolar. As lutas de um modo geral, não formam parte dos conteúdos trabalhados pelos professores na disciplina de Educação Física, apesar de representarem elemento significativo na cultura corporal brasileira e constarem em vários documentos educacionais. Sua exclusão está associada a escassez de recursos didáticos apropriados, entre outros motivos. Neste projeto buscou-se também, desenhar e elaborar ferramentas para que os professores de ensino fundamental e médio possam introduzir os fundamentos básicos dos cinco esportes olímpicos de combate através da estratégia de ensino de Unidades Didáticas retiradas do livro “Jogos de Oposição, Ensino das Lutas na Escola” de Sérgio Luiz Carlos dos Santos. Para verificar a influência dos jogos de oposição na motivação dos alunos foi utilizada a seguinte metodologia com base em dois questionário: o primeiro, aplicado na primeira aula, visou analisar fatores psicossociais dos alunos, seu envolvimento e grau de experiência com os esportes de com-bate olímpicos, bem como os Jogos de Oposição; o segundo questionário foi aplicado após sete aulas e objetivou identificar a quantidade de alunos que, depois de experimentarem às práticas desenvolvidas, gostariam de fazer lutas/esportes de combate. Os resultados e considerações finais mostraram que a maioria dos alunos praticaria uma modalidade de luta ou esporte de combate.

A influência dos Jogos de Oposição na motivação de escolares a virem a praticar lutas/esportes de combate

MARCELO ALBERTO DE OLIVEIRA1; SÉRGIO LUIZ CARLOS DOS SANTOS2; ANA CRISTINA ZIMMERMANN1

[email protected] 1 Escola de Educação Física e Esporte - Universidade de São Paulo, São Paulo, SP2 Departamento de Educação Física - Universidade Federal do Paraná, Curitiba, PR

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O estudo tem como objetivo analisar as preocupações de professores de diferentes áreas do conhecimento da rede pública municipal de Florianópolis. O estudo caracteriza-se como descritivo, no qual fizeram parte 48 professores de vinculados a duas unidades educativas municipais de Florianópolis (A e B), das áreas de conhecimento Educação Física, Pedagogia, Biologia, Matemática, Geografia e História. Para recolha das informações foi utilizado o questio-nário TCQ-PE instrumento de escala de preocupações de professores adaptado a professores de Educação Física o qual aborda as três dimensões de preocupações, quais sejam: impacto, tarefa e consigo próprio sendo organizado a partir de uma escala de Likert (1 a 5 – não preocupado a extremamente preocupado). Na análise dos dados utilizou-se os testes estatísticos Qui-quadrado, o de correlação de Spearman, o U de Mann Whitney e o Kruskal Wallis. Os resultados indicam que os professores investigados estão preocupados com os fatores relacionados as dimensões impacto e tarefa, em detrimento da dimensão consigo próprio. No entanto, ao considerar as duas unidades edu-cativas, pode-se destacar que os docentes da unidade educativa A são mais preocupados com a dimensão consigo próprio do que os professores da unidade educativa B, sendo a que dimensão impacto, foi aquela que apresentou as maiores médias entre os professores das duas escolas. Conclui-se que a dimensão com o impacto, é a que mais se destaca entre as preocupações dos professores, ao mesmo tempo em que estratégias pedagógicas com o olhar para a atuação do docente na escola e para o aluno poderiam ser efetivadas, no intuito de amenizá-las, bem como garantir a qualidade de vida docente.

Atuação do professor na rede escolar: contextualizando as preocupações pedagógicas docentes

NATALI CATARINI SILVA; LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN; NICOLE GONÇALVES CUSTÓDIO; SÉRGIO ROBERTO ALMEIDA; GIOVANA GIANNECCHINI; JORGE BOTH; GELCEMAR OLIVEIRA [email protected] Universidade do Estado de Santa Catarina, Florianópolis - SC

Apoio financeiro: Bolsa PROBIC

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A referente pesquisa será de natureza qualitativa, utilizando o método dedutivo, utilizando-se de revisão biblio-gráfica. Intui-se de maneira breve apresentar se a pratica da luta no âmbito escolar incentiva a violência. Pode-se compreender que as lutas fazem parte da cultura corporal do movimento, segundo Rufino e Darido (2015) “As lutas são manifestações inseridas na esfera da cultura corporal, fazendo parte do modo de ser das pessoas e das sociedades de diferentes formas, ao longo da história.”. Sendo assim entende-se que a partir desta temática pode-se estimular o intuito de levar ao aluno possibilidade de reflexão crítica. Rufino e Darido (2015); Nunes e Medeiros (2017), a luta é ainda uma prática pouco lecionada nas escolas, existe inúmeros fatores para esta matéria não ser transmitida, uma delas é a preocupação da luta incentivar a violência escolar. Rufino e Darido (2015) cita que pôde-se haver a erronia associação dessa temática com a violência, porém, muitas vezes já está inserida no meio educacional na forma física ou verbal, conforme Correia et al. (2010) cita que ainda a uma escassez de estudos que investiguem este fenômeno e a sua relação com a escola. Contudo seguindo a concepção de Carreiro (2005) Apud Nunes e Medeiros (2017) descreve que as lutas contribuem com o assunto sobre a violência levando o conceito para os alunos a não-violência, com respeito aos demais alunos. Consultando os PCNS (2000) entende-se que as lutas são “caracterizadas por uma regulamentação especifica a fim de punir atitudes de violência e de deslealdade.”. Contudo pode-se compreender que o tema luta é um assunto totalmente diferente que violência, pois segundo os autores a luta visa levar a compreensão de não incentivar o aluno a gerar violência e sim a não-violência, fazendo com que o mesmo entre em estado de reflexão para agregar o bem ao próximo.

A pratica da luta dentro das aulas de Educação Física na escola

RENAN DE [email protected] Faculdade Carlos Drummond de Andrade, São Paulo - SP

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O presente estudo visa analisar/estudar qualitativamente o impacto causado pelo avanço da tecnologia digital em se tratando dos modos de ser (cotidiano), que hipoteticamente indicam certas barreiras e limitações da cultura corporal de movimento como prática efetiva nos contextos socioculturais. Atualmente vivemos em uma era onde o avanço tecnológico e científico caracterizado pela rapidez de informações que são processadas com imensa velocidade através dos meios de comunicação, causou grande impacto e mudanças na sociedade e consequente-mente na educação (Feitosa, 2015). Diante disso, Jovens, adolescentes e adultos se conectam/relacionam-se com as chamadas mídias digitais (Arantes, 2011), durante um longo período de tempo, possivelmente permanecendo cada vez mais dentro de suas casas ao invés de estarem praticando atividades físicas externas e necessárias para uma vida ativa e saudável (Bracht, 2004). A imersão no mundo telemático, de maneira aguda/continua, segundo (Barros e Kroll, 2011), faz com que as pessoas se tornem cada vez mais sedentárias e obesas. Levar discussões a respeito dessas temáticas nas aulas são de suma importância e ao mesmo tempo pode ser considerada uma ferramenta para possíveis intervenções. Será realizada uma pesquisa de cunho qualitativo em 8 escolas da rede pública e privada do município de Diadema com o intuito de analisar as possíveis relações do uso excessivo das mídias digitais com os atuais quadros de problemas no âmbito da saúde e como a Educação Física pode intervir diante dessa situação.

Um olhar sobre a cultura corporal de movimento na Educação Física Escolar: tecnologia, mídia e saúde

RENNAN FERREIRA [email protected] Faculdade Drummond, São Paulo - SP

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O Hip-hop é um movimento cultural que surgiu nos guetos dos Estados Unidos e teve sua chegada ao Brasil no final da década de 1980. Marcado por questões politicas, econômicas e sociais eclodiu em expressões artríticas que contrace-nam, questionam e transformam a realidade da periferia (ALVES; DIAS, 2004). Os pilares da cultura Hip-Hop são Dj (Disk Jockey) e M’c (mestre de cerimônia) juntos constroem o Rap (musica), Breaking (Dança), Graffiti (Arte de pintar com spray) (SILVA, 2012). Tais manifestações tornam-se parte integrante da cultura jovem, elementos de sua identifi-cação pessoal, coletiva e de sociabilidade, esse conhecimento ou essa cultura inevitavelmente cruza os muros da escola (SIQUEIRA, SILVA, 2014). Nesse sentido, o presente estudo tem como objetivo investigar as relações entre a cultura Hip-Hop e Educação Física Escolar segundo as pesquisas desenvolvidas na área. Como metodologia utilizou-se a pes-quisa de revisão bibliográfica sistemática, foram consultadas às fontes de pesquisa Scielo, Google acadêmico e bibliotecas digitais da USP, UNESP E UNICAMP, no período de 2008 a 2015. Constatou-se que as relações entre cultura Hip-Hop e Educação Física Escolar se estabelecem através das danças Breaking e Street Dance, tais expressões possibilitam muito mais que intervenções no ritmo e movimento, abrem espaço para discussões sobre aspectos socioculturais como: luta contra o preconceito racial e violência, relações de poder e dominação, diferenças de classe, afirmação de identidade, mídia, consumo, tecnologia elementos passives de discussão nas das aulas Educação Física. Desse modo percebeu-se que as pesquisas apontam para uma perspectiva crítica de Educação Física. Assim acredita-se que a cultura Hip-Hop através dança poderá contribuir com ampliação, reflexão e ressignificação dos saberes advindos da cultura corporal de movimento.

Diálogos entre Hip-Hop e Educação Física Escolar: análises e discusões sobre os trabalhos produzidos nos anos de 2008 a 2015

THALES RODRIGO DE SIQUEIRA1; VENICIUS DE PAULA SILVA2; ADRIANO ROSSETTO JUNIOR1

[email protected] 1 Faculdades Metropolitas Unidas, São Paulo - SP2 Esc/Esefic Cruzeiro Sao Paulo, São paulo - SP

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A dança na Educação Física Escolar pode ser vista como um recurso inacessível para muitos docentes da área, mas o que muitos não sabem é que a dança pode ser trabalhada de modo fácil e simples nas aulas ministradas em qualquer série/ano da Educação Básica. Utilizar a dança nas aulas de Educação Física permite ao docente promover o desenvolvimento das habilidades e movimentos do aluno que são essenciais para a sua formação e essas atividades podem ser trabalhadas de formas diversas com recursos simples e existentes no âmbito escolar. A aprendizagem por meio da dança é possível graças a sua interdisciplinaridade e vasta diversidade cultural, onde o docente de Educação Física pode expandir um leque de opções para desenvolver o aluno de modo global. Com base nessas premissas, o presente trabalho teve como objetivos compreender a dança como recurso ou ferramenta no processo educacional; classificar e resgatar as danças culturais e folclóricas brasileiras; e elaborar um plano de ensino das danças auxiliando o processo de formação do aluno. A pesquisa apresentada foi elaborada a partir de revisão de literatura, visando dar amplitude ao tema e proporcionar ao leitor uma experiência rica no contato com o ensino da dança na escola. Considera-se que a Educação Física Escolar precisa nortear parâmetros de ensino para que a utilização da dança não seja um fardo pesado para o docente, pois a escola pode e deve permitir o contato da dança com os alunos de modo a expandir a interdisciplinaridade que é carregada na dança em seu contexto cultural, histórico, de desenvolvimento do movimento, de sociabilidade e de possibilidade na formação social do aluno. As danças culturais e folclóricas dentro da escola trazem uma bagagem rica de conhecimento que se trabalhada de modo amplo, pode e deve ser aproveitada para criar novas situações de aprendizagem e ensino para o aluno, que terá momentos de criação, reprodução e principalmente contextualização de situações cotidianas que podem ser trabalhadas e desenvolvidas. O aluno quando em contato com a dança na escola precisa compreender a diversidade cultural que a mesma carrega em sua composição e como essa bagagem pode ser válida para seu processo educacional e sua formação em todos os níveis. Trabalhar a dança com o aluno deve ser um prazer para ele e não um pesar. O aluno deve ansiar por dançar, e a cada novo contato, sua personalidade deve ser forjada, questionada e desenvolvida a ser melhor a cada dia.

Subsídios para o ensino da dança na Educação Física Escolar

TIAGO AQUINO DA COSTA E SILVA1; BRUNO LEANDRO RIBEIRO DA CUNHA ACCORSI1; WALDINEY ALEXANDRE DOS SANTOS SILVA1; MARÍLIA CRISTINA DA COSTA E SILVA2; RAYANE MONIQUE FARIA1; ALIPIO RODRIGUES PINES JUNIOR3

[email protected] 1 LAB-BRINCAR, São Paulo - SP2 Fábricas de Cultura, São Paulo - SP

3 Universidade Anhanguera de São Paulo, São Paulo, SP

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Esse trabalho pretende enveredar-se no campo problemático da formação inicial de professores de educação física, pensando especialmente no âmbito escolar. Campo problemático que se configura com a exploração de alguns termos, que colocam em jogo relações concernentes à escola enquanto espaço social. Os termos a serem analisados são fundamento e aprendizagem, eles não são exclusivos, uma vez que convocam outros termos, mas são como uma espécie de chamariz para o pensamento. Metodologicamente, não se trata, no entanto, de expor o campo em que tais termos se inserem na educação física escolar, como se fosse uma aplicação, ou, quiçá, uma detecção. Nada há para estabilizar. A tentativa é de pensar em camadas de formação que se dispõem entre o que se entende por fundamentos, os afetos que percorrem o espaço social escolar e as aprendizagens que transformam desde os próprios fundamentos, os afetos e os corpos envolvidos nesse processo. Por fundamento, do latim fundamentum, se entende etimologicamente como um conjunto de princípios iniciais a partir dos quais se elabora, se estabelece ou se cria algo. Começando por essa definição, que curiosamente não é definitiva, inventa-se uma maneira de olhar para o processo formativo de professores, em que o movimento é aquilo que lhe dá um chão enquanto perspectiva, mais do que um alicerce imóvel, ou uma estrutura fixa. Há um esforço nesse lugar incerto do movimento. É nesse chão movediço que as aprendizagens, corpos e afetos se metamorfoseiam e fazem com que a educação física seja, ali na escola, sempre reinventada a cada vez. Nesse sentido, não são com certezas que se constrói um bom castelo formativo, mas com a perenidade das incertezas, as quais se relacionam mais diretamente com as circunstâncias de habitar um mundo, percebendo-o e criando formas de estar com ele, numa aprendizagem lenta da vida.

Fundamentos incertos: aprendizagem e Educação Física Escolar

VIVIAN MARINA REDI [email protected] Universidade Federal de Lavras, Lavras - MG

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XIV Seminário de Educação Física Escolar

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ALTAIR CABRAL JUNIOR 10 R.5AMANDA PONTAROLO REINEHR 03 R.2

BRUNA FERNANDES LIMA 01 R.1

CARLA LUIZA DO ESPÍRITO SANTO OLIVEIRA 10 R.5CAROLINA LOURENÇO REIS QUEDAS 04 R.2CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA 13 R.7CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA 10 R.5CRISTIANE MAKIDA DYONISIO 06, 15 R.3, R.8

DANIEL BAHR 09 R.5DANIEL TEIXEIRA MALDONADO 13 R.7DÉBORA CRISTIANE FAGUNDES 02 R.1DENISE EMANOELI CAUM CAMOLEZE 14 R.7

ELISA BENEVIDES 17 R.9EVELLINE CRISTHINE FONTANA 03 R.2

GABRIEL GOMES 04 R.2GRACIELE MASSOLI RODRIGUES 14 R.7GUILHERME FELIPE DANILAU 05 R.3

HELENA RAMOS DA COSTA 01 R.1

IVAN CANDIDO DE SOUZA 08 R.4

JHONE LOPES DOS SANTOS 10 R.5JOÃO PAULO COSTA LIMA 14 R.7JOSÉ CAIO ALMEIDA ARRAIS 06, 15 R.3, R.8JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS 17 R.9JULIANA ROCHA ADELINO DIAS 16 R.8

KAROLINE MARIA SOUZA DA COSTA 17 R.9

LAÍSA BEATRIZ ROEDEL LECHOTA 09 R.5LAYNE LEAL ELLER 07 R.4LUANA APARECIDA DE PAULA 03 R.2LUCAS CUSATO DE PAULA 08 R.4LUCAS EBERT POLEZA 09 R.5

MARCELO BRUNO ALMEIDA DA SILVA 10 R.5MARIA DE LOURDES DE MORAES PEZZUOL 11 R.6

NILTON MUNHOZ GOMES 02, 12 R.1, R.6

Educação Física Escolar e InclusãoAutor, número do resumo, paginação

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PALOMA TAVARES FERREIRA ROCHA 01 R.1PATRÍCIA NETO FONTES 09 R.5PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO 13 R.7

REGINA CÉLIA DENADAI 14 R.7RENAN LEONE PIMENTA 05 R.3RICARDO RAIMUNDO NONATO JUNIOR 06, 15 R.3, R.8RITA DE CÁSSIA RIBEIRO AUGUSTO 16 R.8RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO 01 R.1

TATIANE DE LIMA BESSA VIEIRA 17 R.9

UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS 13 R.7

VALDILENE ALINE NOGUEIRA 13 R.7VALÉRIA COUTO DA SILVA 18 R.9VALTER BENTO MARQUES 12 R.6VERA LÚCIA BUCCO DE LIZ 09 R.5VINICIUS DOS SANTOS MOREIRA 13 R.7

Autor, número do resumo, paginação

ADRIANA FLÁVIA NEU 61 R.41ADRIANA WERNER 02, 15, 20 R.11, R.18, R.20ADRIANO GOMES DE MORAES 17 R.19ALESSANDRA ANDREA MONTEIRO DE OLIVEIRA 49 R.35 ALESSANDRO DE FREITAS 47 R.34ALEXANDRA FOLLE 27, 35, 51, 63 R.24, R.28, R.36, R.42ALINE SANTOS PEREIRA 01 R.11AMANDA MENDONCA SOARES REIS 44 R.32AMANDA RODRIGUES ALVES DE ALMEIDA 02, 15 R.11, R.18ANA CAROLINA GESSER 35, 51 R.28, R.36ANA CÉLIA ARAÚJO DA SILVA 03 R.12ÂNDREA TRAGINO PLOTEGHER 04, 33, 41, 64, 65 R.12, R.27, R.31, R.42, R.43ANDREIA CAMILA DE OLIVEIRA 05 R.13ANDREIA FERNANDA MOLETTA 52 R.36ANDRESA DE SOUZA UGAYA 36 R.28ANDRESSA DOS SANTOS LOPES 06 R.13ANTONIO TAVARES DE LIMA JUNIOR 07 R.14ARTHUR AMORIM DE MORAIS 08 R.14

BEATRIZ CARVALHO CAVALIERI 17 R.19BERNARDETE PAULA CARVALHO LIMA AMARAL 09 R.15

Educação Física Escolar: formação inicial e continuada de professores e professoras

Autor, número do resumo, paginação

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Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11 • R.151

XIV Seminário de Educação Física Escolar

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BETÂNIA ROCHA MARTINS 61 R.41BRUNO ALLAN TEIXEIRA DA SILVA 10 R.15

CAMILA SUOTA 11 R.16CAUÊ FELICI MUNIZ DOS SANTOS 40 R.30CÉLIA POLATI 12 R.16CLÁUDIA ALEIXO ALVES 04 R.12CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA 13 R.17CRISTOVÃO FIAMENGHI DA SILVEIRA 03 R.12

DANIELA MATIELO E CARVALHO EDA 03, 37 R.12, R.29DANILA DE MACEDO D’ONOFRIO BARBOSA 14 R.17DÉBORA A. M. SILVA 53 R.37DIANE MOTA LIMA 12 R.16DIEGO AMARAL 02, 15 R.11, R.18DUILIO QUEIROZ DE ALMEIDA 16 R.18

ELAINE PRODÓCIMO 53 R.37ELISABETE DOS SANTOS FREIRE 18 R.19ELIZÂNGELA CELY DA SILVA OLIVEIRA 12 R.16EVANDO CARLOS MOREIRA 31 R.26

FABIANA ANDREANI 17 R.19FABIANO DIAS 18 R.19FABIANO FILIER CAZETTO 19 R.20FABRÍCIO LUIZ DO NASCIMENTO 20 R.20FELIPE POBLETE-VALDERRAMA 21 R.21FERNANDA DE CARVALHO NENARTAVIS 22 R.21FERNANDA PASTORI FRANZÉ 23 R.22FERNANDA REGINA PIRES 10 R.15FERNANDA ROSSI 23, 24 R.22, R.22FERNANDA TORRES KOSSMANN TRUSZ 52 R.36FERNANDO DIAS DE OLIVEIRA 25 R.23FRANCIANE MARIA ARALDI 63 R.42FRANCISCO EDUARDO CAPARRÓZ 41, 65 R.31, R.43

GABRIEL ARAUJO ALVES 08 R.14GABRIEL SPOLAOR 53 R.37GABRIELA ELISANGELA GALDINO MACEDO 13 R.17GABRIELA SOUZA FARIAS 26 R.23GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS 02, 15, 20, 27, 32, 52 R.11, R.18, R.20, R.24, R.26, R.36GLAUCO NUNES SOUTO RAMOS 40 R.30GUSTAVO SANTANA 53 R.37

HENRIQUE NUNES DA SILVA 28 R.24

Autor, número do resumo, paginação

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IDA CARNEIRO MARTINS 29 R.25ISABEL PORTO FILGUEIRAS 39 R.30IVAN CANDIDO DE SOUZA 06, 30 R.13, R.25IVAN CANDIDO SOUZA 14, 42 R.17, R.31

JAQUELINE SOUZA DA COSTA 29 R.25JENNIFER DE SOUZA CAMPOS 30 R.25JESSIANE PEREIRA DA COSTA 31 R.26JÉSSICA COZZA 32 R.26JÉSSICA LUSTOSA MOREIRA 33 R.27JOSÉ ANTONIO VIANNA 22 R.21JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS 09, 12 R.15, R.16JOSÉ MILTON DE LIMA 34 R.27JOSE RICARDO DA SILVA RAMOS 13 R.17JOSENEIDE AUGUSTA AZEVEDO 55 R.38JULIANA REGINA SILVA GUIMARÃES 35 R.28JULIANA VALENTE FRANCICA 18 R.19

LAISE CRISTINA COSTA 02 R.11LARISSA CERIGNONI BENITES 27 R.24LARISSA FERNANDA PORTO MACIEL 35, 63 R.28, R.42LAURA LETÍCIA RIBEIRO DO NASCIMENTO DE MIRANDA 36 R.28LEOPOLDO ORTEGA DA SILVA 37 R.29LETÍCIA GIORI RIBEIRO 38, 45, 60 R.29, R.33, R.40LUAN CARLOS DE PAULA 46 R.33LUANA JAQUELINE DA SILVA 51 R.36LUCAS BORGES SOEIRO 64, 65 R.42, R.43LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN 02 R.11LUIZ ROGÉRIO ROMERO 34 R.27

MARCELO ALEXANDRE MERCE 18, 39 R.19, R.30MARCELO HENRIQUE BARBOZA 40 R.30MÁRCIA REGINA CANHOTO DE LIMA 34 R.27MARCOS VAZ DE CAMPOS PEREIRA 02, 15 R.11, R.18MARIA LUIZA DE JESUS MIRANDA 18 R.19MARIA PAULA LOUZADA MION 41 R.31MARYNELMA CAMARGO GARANHANI 43 R.32MATHEUS LEAL BRIANI 42 R.31MICHAELA CAMARGO 16, 43 R.18, R.32MILLIANE RACHADEL 02 R.11MÔNICA CRISTINA FLACH 27, 35 R.24, R.28MONIQUE MARQUES LONGO 44 R.32MURILO NANARTONIS OLIVER 34 R.27MURILO NAZÁRIO 38, 45, 60 R.29, R.33, R.40

NAIARA MARTINS DA SILVA 17 R.19

Autor, número do resumo, paginação

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XIV Seminário de Educação Física Escolar

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NATÁLIA AGUIAR CANUTO 38, 45, 60 R.29, R.33, R.40NATÁLIA DA SILVA DE OLIVEIRA 46 R.33NATALIA MAESKY BATISTA 29 R.25

OLÍVIA C.F. RIBEIRO 53 R.37OSVALDO LUIZ FERRAZ 19, 62 R.20, R.41

PALOMA CIBELE RIVERA MATTER 20 R.20PALOMA TAVARES FERREIRA ROCHA 47, 58 R.34, R.39PATRÍCIA TEIXEIRA GONÇALVES 15, 20 R.18, R.20PEDRO HENRIQUE DA SILVA LIVERANSK 34 R.27PLÍNIO MARTINEZ RECHE JUNIOR 15, 20 R.18, R.20

RAFAEL FERREIRA DE MELO 48 R.34RAFAEL JOSÉ ESPINDOLA 49 R.35RAFAEL TEIXEIRA DA SILVA 50 R.35RAQUEL KRAPP DO NASCIMENTO 51, 63 R.36, R.42RENAN MENESES 08 R.14RENATO DANIEL TRUSZ 52 R.36RICARDO M.O. ZAMBELLI 53 R.37RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO 47 R.34ROBERTA CORTEZ GAIO 28, 29 R.24, R.25ROMILDO ROCHA ESTEVAM 37 R.29RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO 47, 58 R.34, R.39

SAMANDA NOBRE DO CARMO SABOIA 54 R.37SAMUEL LATOCH ROBAZZA 26 R.23SHEILA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS SILVA 05 R.13SHEILA PEREIRA DA SILVA 55 R.38SILVANA DA SILVA OLIVEIRA 55 R.38SILVIA CINELLI QUARANTA 56 R.38

TÂNIA REGINA DANTAS 01 R.11TATIANA DO NASCIMENTO FONSECA 57 R.39TATIANA PEREIRA DE FREITAS 58 R.39TEÓFILO ANTONIO MÁXIMO PIMENTA 59 R.40THAIS MENDES DO NASCIMENTO 34 R.27THAMIRES DA SILVA LINHARES 20 R.20THAMIRES GOLÇALVES DE FREITAS 38, 45, 60 R.29, R.33, R.40THERENCE FEITOSA SANTIAGO 55 R.38

UBIRATAN DA ROSA VANINI 61 R.41

VERA LUCIA TEIXEIRA DA SILVA 10, 14, 42 R.15, R.17, R.31VILMA LENI NISTA-PICCOLO 49 R.35VINICIUS COUTO BARBOSA 26 R.23

Autor, número do resumo, paginação

Page 169: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

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VINICIUS HEINE 62 R.41VINÍCIUS PLENTZ DE OLIVEIRA 51, 63 R.36, R.42VIVIANE PREICHARDT DUEK 27 R.24

WELDER ROSSINI DOS SANTOS BUZATO 64 R.42WHITLER BINS SALLES DA SILVA 64, 65 R.42, R.43

ZENÓLIA CHRISTINA CAMPOS FIGUEIREDO 04 R.12

Educação Física no Ensino Fundamental IAutor, número do resumo, paginação

ADRIANA FLÁVIA NEU 01 R.45ALEXANDRE ROCHA AUGUSTO 02 R.45ALINE BRONDANI PEDRETTI 03 R.46ALYSSON DA ROCHA SILVA 22 R.55ALZIRA IZABEL DA ROSA 27 R.58AMANDA PIRES CHAVES 04 R.46ANA CLARA DE QUEIROZ BLANCO 05 R.47ANA LUCIA BEZERRA NUNES CRUZ 05 R.47ANA PAULA NONATO DE SOUZA 06 R.47ANDRÉ LUÍS RUGGIERO BARROSO 20 R.54ANDREIA CRISTINA METZNER 07 R.48

BENEDITO FLÁVIO MOREIRA NETO 23 R.56BRENDA MARIA SILVA LOURENÇO DE CASTRO 23 R.56BRUNA FEITOSA DE OLIVEIRA 08 R.48BRUNO PORTO DOS SANTOS 59 R.74

CAMILA FORNACIARI FELICIO 24, 56 R.56, R.72CARLA LUGETTI 05 R.47CARLA NASCIMENTO LUGUETTI 50 R.69CARLOS ALBERTO FIGUEIREDO DA SILVA 34 R.61CAROLINA CRISTINA DOS SANTOS NOBREGA 09 R.49CAROLINA LOURENÇO REIS QUEDAS 17 R.53CAROLINE ALINE RIGOLETTO QUEROBIN 10 R.49CLARISSE SOARES DA ROCHA 18 R.53CLAUDIA CESARIO DE ABREU 11 R.50CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA 12, 53, 55 R.50, R.71, R.72CLAUDIO SILVÉRIO DA SILVA 13 R.51CLÉRIA RODRIGUES OLIVEIRA 14 R.51

DAISE CARDOSO DE OLIVEIRA 38 R.63DANIEL ANDRADE GERALDI 15 R.52DANIEL TEIXEIRA MALDONADO 12, 32, 53, 55 R.50, R.60, R.71, R.72

Autor, número do resumo, paginação

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XIV Seminário de Educação Física Escolar

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DANILO MORAES TERRA 59 R.74DENIS RODRIGO DEL CONTE 08 R.48DIMITRI WUO PEREIRA 02, 10 R.45, R.49DIOGO VAN BAVEL BEZERRA 46 R.67

EDGAR ZANINI TIMM 15 R.52ELISANGELA VENANCIO ANANIAS 44 R.66EMMANOEL FURTADO 48 R.68ENDRIGO SILVA MELLO 16 R.52

FÁBIO CARDOSO DOS SANTOS 17 R.53FABIO MARCHIORETO 18 R.53FERNANDA DE CARVALHO NENARTAVIS 40 R.64FERNANDA HELOISA DE MELLO 19 R.54FLÁVIA ANANIAS RIZZO 20 R.54FRANCIANE MARIA ARALDI 27 R.58

GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS 41 R.65GILSON SANTOS RODRIGUES 35 R.62GISELE DA SILVA SOARES 26 R.57GRACIELE MASSOLI RODRIGUES 59 R.74GUY GINCIENE 08 R.48

HADIJI YUKARI NAGAO 21 R.55HERES WANDAME ALBUQUERQUE BEZERRA 22 R.55

IGOR MOREIRA DIAS PEREIRA 23 R.56IZABELLA GODIANO SIQUEIRA 42 R.65

JANE APARECIDA DE OLIVEIRA SILVA 61, 62, 63, 64 R.75, R.75, R.76, R.76JENNIFER RICARDO PEREIRA 06 R.47JOÃO MAYKON GOMES DA SILVA 22 R.55JOÃO PAULO DA COSTA LIMA 59 R.74JOEL FRANCISCO VIEIRA 06 R.47JOSÉ ANTONIO VIANNA 40 R.64JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS 46 R.67JOSE RONIVAN DE FARIA 24, 56 R.56, R.72JOSIANE DE CASSIA BRITO FERREIRA 25 R.57JULIANA BABEL 06 R.47JULIANA DO NASCIMENTO 26 R.57JULIANA REGINA SILVA GUIMARÃES 27 R.58JULIANA TRAJANO DOS SANTOS 28, 45 R.58, R.67JULIO CESAR MENDES FONTES 29 R.59JUVENAL DOS SANTOS BORGES 30 R.59

KARINE AMADO GARCIA 31 R.60

Autor, número do resumo, paginação

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LAIS MELO PATROCINIO SOARES 32 R.60LAURECI CASTRO SANTOS 02 R.45LEANDRO OLIVEIRA JUNCKES 33 R.61LEILA MAIRA BORRÉ 19 R.54LEONARDO CARMO SANTOS 34 R.61LEONORA TANASOVICI CARDANI 35 R.62LERRINE SCHILDBERG 36 R.62LIEGE MATHEUS DA SILVA 37 R.63LÍLIAN APARECIDA FERREIRA 42 R.65LÍVIA DE PAULA MACHADO PASQUA 03 R.46LUANA DA SILVA BUENO 62, 63 R.75, R.76LUCAS MILANI FRANCO 54 R.71LUCIA AFONSO GONÇALVES DA GAMA 38 R.63

MANUELLE SARTORI DOS SANTOS 21 R.55MARCO ANTONIO COELHO BORTOLETO 35 R.62MARCOS AURÉLIO BAHR 06 R.47MARCOS VILAS BOAS 39 R.64MARIA REGINA FERREIRA DA COSTA 25, 47 R.57, R.68MARIANA DE CÁSSIA SILVA 61, 64 R.75, R.76MÁRIO LUIZ FERRARI NUNES 51 R.70MARYNELMA CAMARGO GARANHANI 21 R.55MATHEUS RAMOS DA CRUZ 40 R.64MAYARA DE ALMEIDA TAVARES 19 R.54MELISSA GONZAGA MORENO 02 R.45MICHAELA CAMARGO 21 R.55MICHELE VIVIENE CARBINATO 05 R.47MONICA BREDUN DA VEIGA 41 R.65

NAIARA MARTINS DA SILVA SIQUEIRA 42 R.65NORBERTO DA CUNHA GARIN 15 R.52

OSVALDO LUIZ FERRAZ 39 R.64

PATRÍCIA NETO FONTES 06 R.47PATRICK DE OLIVEIRA PALMAS 61, 64 R.75, R.76PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO 12, 53, 55 R.50, R.71, R.72PAULO SAMUEL 46 R.67PEDRO DA COSTA LIMA 59 R.74PETERSON AMARO DA SILVA 43 R.66PLINIO MARTINEZ RECHE JUNIOR 44 R.66POLIANE GASPAR DE CERQUEIRA 45 R.67

RACHEL DUARTE ABDALA 36 R.62REGINA CÉLIA DENADAI 59 R.74RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO 11, 14 R.50, R.51

Autor, número do resumo, paginação

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XIV Seminário de Educação Física Escolar

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ROBERTA CRISTINA COELHO DE SOUZA 46 R.67ROBERTO CARLOS DA COSTA BELINI 30 R.59RODRIGO GONÇALVES VIEIRA MARQUES 42 R.65ROGÉRIO GOULART DA SILVA 25, 47 R.57, R.68RONEY JOSE DE CARVALHO 61 R.75ROSELI KOEPP 06 R.47ROSILANE DE SOUZA SILVA 19 R.54

SARA QUENZER MATTHIESEN 08 R.48SARAH CAVALCANTE DE MORAIS 62, 63 R.75, R.76SHEILA APARECIDA PEREIRA DOS SANTOS SILVA 32 R.60SILVANA DOS SANTOS 37 R.63

TÂMISA SCHNEIDER 48 R.68TEÓFILO ANTONIO MÁXIMO PIMENTA 49 R.69THALITA CAETANO 50 R.69THALITA CASSETTARI CAMPOS 51 R.70THIAGO ANTONIO LEMES DINIZ 02 R.45THIAGO BATISTA COSTA 52 R.70THIAGO ROGEL SANTOS FERREIRA 50 R.69TIAGO RODRIGO ALVES NUNES 22 R.55

UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS 12, 32, 53, 55 R.50, R.60, R.71, R.72

VALDILENE ALINE NOGUEIRA 32, 53, 55 R.60, R.71, R.72VALDILENE NOGUEIRA 12 R.50VICTOR CORREIA DE OLIVEIRA 46 R.67VICTOR MORAIS DE ANDRADE 46 R.67VILMA GOMES DOS SANTOS CARVALHO 07 R.48VINICIUS APARECIDO GALINDO 54 R.71VINÍCIUS DOS SANTOS MOREIRA 53, 55 R.71, R.72VINÍCIUS PEREIRA CHIEPPE 51 R.70VINICIUS PLENTZ DE OLIVEIRA 44 R.66VINICIUS SILVA MOREIRA 12 R.50VÍRGINIA MARA PRÓSPERO DA CUNHA 24, 56 R.56, R.72VIVIANE CRISTINA PAVANETTI DE SOUZA 24, 56 R.56, R.72

WELINGTON SANTANA SILVA JÚNIOR 57 R.73WESECLEY SANTOS DA SILVA 58 R.73WESLLEY FRICK MESQUITA POSSARI 61, 64 R.75, R.76

YGOR RIBEIRO BATISTA 59 R.74YHANKA MACHADO BARBOSA 07 R.48YURE BARRETO ZANATA 60 R.74YURI GABRIEL FARIA REZENDE 62, 63 R.75, R.76

Autor, número do resumo, paginação

Page 173: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

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XIV Seminário de Educação Física EscolarÍn

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os Educação Física no Ensino Fundamental IIAutor, número do resumo, paginação

ADRIANA WERNER 09,22 R.81, R.87ADRIANO GOMES DE MORAES 02 R.77ÁLEX SOUSA PEREIRA 03 R.78ALISON NASCIMENTO FARIAS 04 R.78AMANDA PONTAROLO REINEHR 05 R.79ANDRESA DE SOUZA UGAYA 20, 27 R.86, R.90ANTÔNIA MARA FERNANDES SANTOS 28 R.90

BEATRIZ ANDREA FERNANDES 06 R.79BENTO NUNES FILHO 07 R.80BRUNA GISELE BARBOSA 05 R.79

CAIO FILIPE DOS SANTOS UMEI 01 R.77CLAUDINEIA PAULA FIGUEIREDO 08 R.80CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA 10 R.81CYNTHIA LUIZA RIBEIRO DO AMARAL 09 R.81

DAGMAR HUNGER 11, 15 R.82, R.84DANIEL TEIXEIRA MALDONADO 10, 25 R.81, R.89DANILO G. DA NÓBREGA 20 R.86DEBORAH HELENISE LEMOS DE PAULA 33 R.93DEIVIDE TELLES DE LIMA 11 R.82DEMILTON YAMAGUCHI DA PUREZA 07 R.80DENISE APARECIDA CORRÊA 20, 27 R.86, R.90

EDIMAR BATISTA FERREIRA 12 R.82EDUARDO HENRIQUE DE OLIVEIRA 13 R.83ELAINE CRISTINA SILVA 14 R.83ELISABETE DOS SANTOS FREIRE 25 R.89EVANDO CARLOS MOREIRA 14 R.83EVANDRO ANTONIO CORRÊA 11, 15 R.82, R.84EVELLINE CRISTHINE FONTANA 05 R.79

FÁBIO PINTO GONÇALVES DOS REIS 03 R.78FABRÍCIO LUIZ DO NASCIMENTO 22 R.87FERNANDA DE CARVALHO NENARTAVIS 18 R.85FERNANDA MORETO IMPOLCETTO 04, 32 R.78, R.92FERNANDA REGINA PIRES 34 R.93FERNANDO DONIZETE ALVES 37 R.95FLAVIANE S. M. CESÁRIO 20 R.86FLAVIO ALVES OLIVEIRA 16 R.84

GABRIEL NEVES GRASSI 25 R.89GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS 09,22 R.81, R.87

Page 174: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11 • R.159

XIV Seminário de Educação Física Escolar

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HELAINE QUARESMA DOS SANTOS 17 R.85

INGRID ILGA AMARAL DE MEDEIROS 09 R.81IVES FABRÍCIO DE LIMA CATANHA 34 R.93

JEFFERSON JUCÁ 18 R.85JEISA GRACIELE COLARES 19 R.86JONAS PAULO MISTICO GUTIERREZ 20 R.86JOSE ANTONIO VIANNA 18 R.85JOSÉ TARCÍSIO GRUNENNVALDT 08 R.80

KAUÊ MORENO 27 R.90

LAIS MENDES TAVARES 21 R.87LAISE CRISTINA COSTA 22 R.87LARISSA NATÁLIA MACÊDO MOURA FUJISSE 23 R.88LARIZA FERREIRA 05 R.79LEANDRO SANTOS ANDRADE 24 R.88LÍLIAN APARECIDA FERREIRA 02,20, 27 R.77, R.86, R.90LUANA TAVARES OLIVEIRA ALVES 25 R.89LUCIENE FARAIS DE MELO 26 R.89LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN 22 R.87LUIZA LANA GONÇALVES SILVA 36 R.94

MAÍRA MARCELA RAMOS 27 R.90MANUELA FRANCO DE SOUZA 27 R.90MARCELO DA SILVA MARQUES 19 R.86MARCELO PEREIRA DE LIMA 12 R.82MÁRCIO PEREIRA 12 R.82MARCO AURÉLIO GONÇALVES NÓBREGA DOS SANTOS 12 R.82MARCOS PAULO VAZ DO CAMPO PEREIRA 22 R.87MARCUS VINÍCIUS PALMEIRA 34 R.93MARIA HELENA F. PIRES DA COSTA CARVALHO 17 R.85MARIA REGINA FERREIRA DA COSTA 28 R.90MARIANE ALVES DA CORTE GONÇALVES 20 R.86MATHEUS RAMOS DA CRUZ 18 R.85MESAQUE SILVA CORREIA 07 R.80MICHELE MAIA PONTES 26, 29 R.89, R.91MILLIANE RACHADEL 22 R.87MURILO DO NASCIMENTO LEITE 30 R.91MYRIAN NUNOMURA 13 R.83

NAIARA MARTINS DA SILVA SIQUEIRA 02 R.77NAYANA RIBEIRO HENRIQUE 19 R.86NELSON PRINCIVAL JUNIOR 05 R.79

Autor, número do resumo, paginação

Page 175: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

R.160 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11

XIV Seminário de Educação Física EscolarÍn

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PALOMA TAVARES FERREIRA 01 R.77PATRICIA FERNANDA DE SOUZA GERMANO 31 R.92PAULO CLEPARD SILVA JANUARIO 10 R.81PLÍNIO MARTINEZ RECHE JUNIOR 09 R.81

RAFAEL SOARES BUFALO 32 R.92RAONI PERRUCCI TOLEDO MACHADO 21 R.87ROBERTO ALVES FEITOSA 01 R.77ROBERTO DO VALLE MOSSA 33 R.93ROBSON SAMPAIO DA COSTA 34 R.93RODRIGO GONÇALVES VIEIRA MARQUES 02 R.77ROGÉRIO GOULART DA SILVA 28 R.90RONIE NERY DA SILVA 25 R.89RUBENS ANTONIO GURGEL VIEIRA 06 R.79RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO 35 R.94

SARAH DA SILVA CORRÊ LIMA 36 R.94SILAS BALIEIRO DE ALMEIDA 37 R.95

TAMARA APARECIDA REIS DE FREITAS 38 R.95TAMARA BOTELHO PAVANATTI 09 R.81THAMIRES DA SILVA LINHARES 22 R.87 UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS 10 R.81

VALDILENE ALINE NOGUEIRA 10 R.81VERA LUIZA MORO 33 R.93VINÍCIUS DOS SANTOS MOREIRA 10 R.81

Autor, número do resumo, paginação

Educação Física no Ensino Infantil

Autor, número do resumo, paginação

ADRIANO LEAL DE CARVALHO 01 R.97ADRIELLE LOPES DE SOUZA 02 R.97ALEXANDRA CRISTHINE ALVES 20 R.106ANA CAROLINA GESSER 03 R.98ANDERSON SIMAS FRUTUOSO 03 R.98ANDRÉIA FERNANDA MOLETTA 04 R.98ANNE KELLY MACEDO MENDES 23 R.108ANTONIO CARLOS RUEL JUNIOR 05 R.99APARECIDA LETÍCIA OLIVEIRA MOTA 15 R.104AUREA MINEIRO 06 R.99

BIANCA SILVESTRINI ROSSI 20 R.106

Page 176: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11 • R.161

XIV Seminário de Educação Física Escolar

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Autor, número do resumo, paginação

CARLA LUIZA DO ESPÍRITO SANTO OLIVEIRA 15 R.104CARLA NOGUEIRA 06 R.99CELSO CARVALHO 24 R.108CLARA BEATRIZ RIBEIRO CORVELONI 20 R.106CLÁUDIA DINIZ DE MORAES 07, 25 R.100, R.109CLEBER SIMAN DE AMORIM 08 R.100CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA 13 R.103

DAIANE APARECIDA DE MATTOS 09 R.101DANIELLA MEDEIROS MOREIRA DIAS 30 R.111DANIELLY PEREIRA NUNES 02 R.97DÉBORAH HELENISE LEMES DE PAULA 10 R.101DENIS RODRIGO DEL CONTE 23 R.108

EDUARDO HENRIQUE ARANDA 11 R.102

FABIO OLIVEIRA 06 R.99FABIO TADEU REINA 11 R.102FABRÍCIO JOÃO MILAN 12, 22 R.102, R.107FABRICIO MADUREIRA 06 R.99FÁTIMA GONÇALVES 27 R.110FERNANDA HELOISA DE MELLO 18 R.105FERNANDA MORETO IMPOLCETTO 20, 23 R.106, R.108FLÁVIA CAROLINA VIANA 13 R.103FRANCISCO FINARDI DO NASCIMENTO 14 R.103

GABRIELA DE PAIVA MUNHOZ 20 R.106GABRIELA ELISANGELA GALDINO MACEDO 13 R.103GABRIELA FERNANDA FRANCO SILVEIRA 23 R.108GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS 22 R.107

HENRIQUE RODRIGUES DA SILVA 15 R.104

IDA CARNEIRO MARTINS 26, 33 R.109, R.113ISABELLA FERNANDES JUNQUEIRA 16 R.104IVO MANUEL JUSTINO VICENTE 25 R.109IZABELLE CRISTINA DE ALMEIDA 17 R.105

JAQUELINE ANDRESSA MAROCHI 09 R.101JAQUELINE SOUZA DA COSTA 26 R.109

LAÍSSA PIEROTTI AVALLONE 20 R.106LEILA MAIRA BORRÉ 18 R.105LILIAN BEATRIZ SCHWINN RODRIGUES 12 R.102LUCIANA GONÇALVES MONTEIRO 25 R.109LUIS HENRIQUE MARTINS VASQUINHO 19 R.106

Page 177: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

R.162 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11

XIV Seminário de Educação Física EscolarÍn

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LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN 22 R.107

MARCELA PEDERSEN 20, 23 R.106, R.108MARCELO AMARAL MOREIRA 31 R.112MARCOS JOSÉ ANDRADE LIMA 21 R.107MARCOS PAULO VAZ DE CAMPOS PEREIRA 22 R.107MARIA BEATRIZ CARNEIRO DE SOUZA 23 R.108MARIA CLARA FERREIRA DE CARVALHO 15 R.104MARIA ISABEL NOGUEIRA DA SILVA DE MEDEIROS 12 R.102MARIZA CARMEN DA SILVA 03 R.98MARYNELMA CAMARGO GARANHANI 10 R.101MAYARA DE ALMEIDA TAVARES 18 R.105MAYRA MATIAS FERNANDES 20, 23 R.106, R.108MELISSA CECATO DE MARCO 24 R.108MICHELY RITA DE CÁSSIA CAVALARI PRADO 25 R.109MILLIANE RACHADEL 03 R.98

NATALI CATARINI SILVA 03 R.98NATALIA MAESKY BATISTA 26 R.109

PATRICIA CORRÊA PRADO 23 R.108PAULA FÁVARO POLASTRI ZAGO 29 R.111PRISCILLA DE SOUZA MATTOS 27 R.110PRISCILLA MARIA 28 R.110

RAFAEL NUNES BRIET 29 R.111RAFAEL SOARES BUFALO 23 R.108RICARDO ALVES DA TRINDADE 08 R.100RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO 19 R.106RILLER SILVA REVERDITO 18 R.105ROBERTA CORTEZ GAIO 26, 33 R.109, R.113ROSILANE DE SOUZA SILVA 18 R.105

SARA LORANA VIEIRA DOS SANTOS 30 R.111SARA VIEIRA 06 R.99SILVIA CINELLI QUARANTA 01 R.97STÉFANE KETREEN HENRIQUE 23 R.108SUÉLEN BORTOLUCCI 23 R.108

TAINÁ DAVALLE PADULA 20 R.106TÂNIA CRISTINA BASSANI CECÍLIO 31 R.112TATIANE CASTRO DE PAULA 31 R.112TATIANE GEORGINA DA SILVA PEREIRA 15 R.104THAMIRES JENIFFER LEMES DOS SANTOS 32 R.112THIAGO AUGUSTO COSTA DE OLIVEIRA 31 R.112THOMÁS AUGUSTO PARENTE 20 R.106

Autor, número do resumo, paginação

Page 178: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11 • R.163

XIV Seminário de Educação Física Escolar

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Autor, número do resumo, paginação

VANY ZACHARIAS 33 R.113

WALLACE KASSIO DE LIMA RAMOS 34 R.113

Educação Física no Ensino MédioAutor, número do resumo, paginação

ADEMIR TESTA JUNIOR 01 R.115ADRIANA FLÁVIA NEU 02, 26 R.115, R.127ADRIANA LOURENÇO DE MELLO 03 R.116ALVARO RAMOS DE SOUZA 04 R.116ALYSSON DA ROCHA SILVA 05 R.117ALZIRA ROSA 31 R.130ANA PAULA DA SILVA SANTOS 06 R.117ANDRESSA NARDINI 07 R.118

BRUNO PEREIRA DA SILVA ALMEIDA 08 R.118

CARLA ALEXSANDRA FELIPE DA SILVA 12 R.120CÁSSIA MARIA HESS 09 R.119CATRINY MENEZES DE SOUZA ALMEIDA 10 R.119CLÁUDIO APARECIDO DE SOUSA 32 R.130CLEBER SIMAN DE AMORIM 14 R.121CRISLAYNE DE OLIVEIRA DA SILVA 16 R.122CRISTIANE TEIXEIRA A CAMARGO 07 R.118

DANDARA DE CARVALHO SOARES 11 R.120DANIEL TEIXEIRA MALDONADO 32 R.130DANILO BASTOS MORENO 12 R.120DEMERVAL ANDRADE DE SOUZA 13 R.121DERNESSUEL GOMES PEGO 14 R.121

EDILSON PEREIRA 19 R.124EDILSON PONTES DA SILVA JÚNIOR 20 R.124EDUARDO ADOLFO TERRAZZAN 02 R.115ELIANA DE TOLEDO 09 R.119ELIZABETE PEREIRA GRANGEIRO 21 R.125ELIZÂNGELA CELY 03 R.116ELIZÂNGELA CELY DA SILVA OLIVEIRA 16 R.122ELLEN ANISZEWSKI 15 R.122ÉRIKA DE SOUSA LIMA 20 R.124

FERNANDA MORETO IMPOLCETTO 11 R.120

GABRIELA ELISÂNGELA GALDINO MACEDO 16 R.122

Page 179: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

R.164 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11

XIV Seminário de Educação Física EscolarÍn

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GEISA SILVA DA COSTA 21 R.125GENILDO PINHEIRO SANTOS 17 R.123GUILHERME DE SOUZA MARQUES 18 R.123

HERES WANDAME ALBUQUERQUE BEZERRA 05 R.117

ÍDICO LUIZ PELLEGRINOTTI 01 R.115

JENIFFER DA SILVA TOBIAS 19 R.124JOÃO MAYKON GOMES DA SILVA 05 R.117JOÃO PEDRO MARINHO GUEDES 17 R.123JOSÉ ÂNGELO BARELA 13 R.121JOSÉ DE CALDAS SIMÕES NETO 21 R.125JOSÉ HENRIQUE 03 R.116JOSÉ HENRIQUE DOS SANTOS 15 R.122JOSÉ LUCÉLIO ALMEIDA SILVA JÚNIOR 12 R.120JOSÉ MILTON DE LIMA 22 R.125JOSÉ ROBERTTO ZAFFALON JÚNIOR 20 R.124JOSÉ RODRIGO SILVA DE MELO 21 R.125JULIANA NOGUEIRA DA SILVA 08 R.118

LÍLIAN APARECIDA FERREIRA 30 R.129LUCAS VINICIUS LIMA SANTOS 22 R.125LUIS HENRIQUE MARTINS VASQUINHO 28 R.128LUIZ ROGÉRIO ROMERO 22 R.125

MÁRCIA REGINA CANHOTO DE LIMA 22 R.125MARIA FÁTIMA PAIVA DA SILVA 08 R.118MESAQUE SILVA CORREIA 23, 24 R.126, R.126MILENA BEZERRA DA SILVA 25 R.127

OSVALDO LUIZ FERRAZ 27 R.128

PATRÍCIA ZANON PERIPOLLI 26 R.127PAULO CLEPARD SILVA JANUÁRIO 32 R.130POLIANI CLARO GUARINON 27 R.128

RICARDO YOSHIO SILVEIRA RIBEIRO 28 R.128RINARA GABRIELE DE OLIVEIRA TOLEDO 14 R.121ROBERTA JARDIM COUBE 29 R.129RODRIGO GONÇALVES VIEIRA MARQUES 30 R.129ROSANE DE ALMEIDA ANDRADE 12 R.120RUI ANDERSON COSTA MONTEIRO 19 R.124

SELMA GALHARDO 30 R.129SERGIO LUIZ GIBIM DOS SANTOS 22 R.125

Autor, número do resumo, paginação

Page 180: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11 • R.165

XIV Seminário de Educação Física Escolar

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SIMONE PINTO FERREIRA 22 R.125

THAIS CAROLYNE NINK LUCENA 17 R.123THAÍS RODRIGUES DE ALMEIDA 31 R.130TIAGO RODRIGO ALVES NUNES 05 R.117

UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS 32 R.130

VALDILENE ALINE NOGUEIRA 32 R.130VINÍCIUS DOS SANTOS MOREIRA 32 R.130

Autor, número do resumo, paginação

Fundamentos para Educação Física EscolarAutor, número do resumo, paginação

ADRIANO JOSÉ ROSSETTO JUNIOR 01 R.131ADRIANO ROSSETTO JUNIOR 31 R.146ALESSANDRA ANDREA MONTEIRO 02 R.131ÁLEX SOUSA PEREIRA 05, 16 R.133, R.138ALINE RODRIGUES DOS SANTOS 03, 08 R.132, R.134ALIPIO RODRIGUES PINES JUNIOR 04, 32 R.132, R.146ALYSSON DOS ANJOS SILVA 05 R.133ANA CRISTINA ZIMMERMANN 27 R.144ANA PAULA DA SILVA FRANÇA 10 R.135ANDREA SILVA FRAGAKIS TANIL 06 R.133ANGELA DA SILVA TIBURCIO DE LIMA 07 R.134

BRUNO FREITAS MEIRELES 03, 08 R.132, R.134BRUNO LEANDRO RIBEIRO DA CUNHA ACCORSI 32 R.146BRUNO OLIVEIRA LIMA 24 R.142BRUNO ROSSETTO DE GÓIS 04 R.132

CAIO AUGUSTO ALVES CONSTÂNCIO 07 R.134CAMILA FORNACIARI FELICIO 09 R.135CARLA NASCIMENTO LUGUETTI 10 R.135CARLOS EDUARDO SEVERINO CRUZ 11 R.136CAROLINA MACHADO DE OLIVEIRA 12, 20 R.136, R.140CÁSSIA MARIA HESS 18 R.139CRISTIANO DOS SANTOS ARAUJO 04 R.132

DANIEL TEIXEIRA MALDONADO 03, 08 R.132, R.134DANIELLA MEDEIROS MOREIRA DIAS 13 R.137DÉBORA ALICE MACHADO DA SILVA 14 R.137DENIS RODRIGO DEL CONTE 15 R.138DIEGO RAMIRES SILVA SANTOS 16 R.138DIMITRI WUO PEREIRA 17 R.139

Page 181: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

R.166 • Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11

XIV Seminário de Educação Física EscolarÍn

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ELIANA DE TOLEDO 18 R.139ELISABETE DOS SANTOS FREIRE 03, 08 R.132, R.134ELZICO EVANGELISTA DE SOUZA 07 R.134EVELIA FRANCO ÁLVAREZ 18 R.139

FABIO PINTO GONÇALVES DOS REIS 05, 16 R.133, R.138FELIPE POBLETE-VALDERRAMA 19 R.140

GABRIELA VALLEJOS 19 R.140GELCEMAR OLIVEIRA FARIAS 28 R.144GIOVANA GIANNECCHINI 28 R.144

HANANZA DOS SANTOS MONACO 25 R.143

ISMAEL BARRETO NEVES JUNIOR 24 R.142IVANA SCHMIDT ROSSINI 12, 20 R.136, R.140

JANINE DE AMORIM 21 R.141JAQUELINE RIBEIRO 12 R.136JAVIER COTERÓN LÓPEZ 18 R.139JORGE BOTH 28 R.144JOSÉ FERNANDO DE MELO 20 R.140JOSÉ HENRIQUE 21 R.141JOSÉ RONIVAN DE FARIA 09 R.135JÚLIO CÉSAR NASÁRIO 12, 20 R.136, R.140

KAROLINE MARIA SOUZA DA COSTA 22 R.141KATIA CRISTINA ZAMBON ALBINO 17 R.139

LIVIA ROBERTA VELLOSO TANAKA 09 R.135LOHANNA GONÇALVES 26 R.143LUCAS ROMEU GARCIA 23 R.142LUCAS XAVIER BRITO 24 R.142LUIZ GUSTAVO DE MEDEIROS MANCHEIN 28 R.144LUIZA LANA GONÇALVES 25 R.143

MARCELA AVELLAR 26 R.143MARCELO ALBERTO DE OLIVEIRA 27 R.144MARÍLIA CRISTINA DA COSTA E SILVA 32 R.146MÉRIE HELLEN GOMES DE ARAUJO DA COSTA E SILVA 04 R.132MICHELE VIVIENE CARBINATTO 25 R.143NATALI CATARINI SILVA 28 R.144

NICOLE GONÇALVES CUSTÓDIO 28 R.144

RAYANE MONIQUE FARIA 32 R.146

Page 182: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017

Rev Bras Educ Fís Esporte, (São Paulo) 2017 Nov;31 Supl 11 • R.167

XIV Seminário de Educação Física Escolar

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RENAN DE MENESES 20 R.145RENNAN FERREIRA ALMEIDA 30 R.145RINALDO SANTANA ANDRADE 10 R.135ROBERTA CRISTINA COELHO DE SOUZA 22 R.141RUBENS ANTONIO GURGEL VIEIRA 11 R.136

SARA QUENZER MATTHIESEN 15 R.138SÉRGIO LUIZ CARLOS DOS SANTOS 27 R.144SÉRGIO ROBERTO ALMEIDA 28 R.144

TAMIRIS MORAIS 26 R.143THAINA VAZQUEZ ABDOUNI 10 R.135THAÍSA ROCHA REIS 26 R.143THALES RODRIGO DE SIQUEIRA 31 R.146TIAGO AQUINO DA COSTA E SILVA 04, 32 R.132, R.146

UIRÁ DE SIQUEIRA FARIAS 03, 08 R.132, R.134

VALDILENE ALINE NOGUEIRA 03, 08 R.132, R.134VANESSA KUHNEN 12 R.136VENICIUS DE PAULA SILVA 31 R.146VICTOR MOLINA VÁSQUEZ 19 R.140VILMA LENÍ NISTA-PICCOLO 02 R.131VINICIUS DOS SANTOS MOREIRA 03, 08 R.132, R.134VIRGINIA MARA PRÓSPERO DA CUNHA 09 R.135VITOR DA SILVA ROSA 20 R.140VIVIAN MARINA REDI PONTIN 33 R.147VIVIANE CRISTINA PAVANETTI DE SOUZA 09 R.135VIVIANE RIBEIRO BATISTA 26 R.143VOLMAR FERRARI BONALDO 12,20 R.136, R.140

WALDINEY ALEXANDRE DOS SANTOS SILVA 32 R.146WICTOR DE SOUZA RODOVAL 07 R.134

Page 183: XIV Seminário de Educação Física Escolar - 2017