XVII SAMET - Henrique Repinaldo [3ª feira - 30.11.10]
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VÓRTICE CICLÔNICO EM ALTOS NÍVEIS E CORRENTE DE JATO DO NORDESTE
BRASILEIRO EM ANOS DE EL NIÑO E LA NIÑA
Apresentação : Henrique Repinaldo
Orientação: Natalia Fedorova
Principais sistemas que atuam no NEB
• Frentes Frias
• Zona de Convergência Intertropical (ZCIT)
• Ondas de Leste
• Linhas de Instabilidade
• Cavados de Altos Níveis (CAN)
• Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
INTRODUÇÃO
Principais sistemas que atuam no NEB
• Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN)
– Papel importante no regime de precipitação no NEB
– Durante o verão é o principal responsável pela
precipitação
INTRODUÇÃO
Principais sistemas que atuam no NEB
• Vórtice Ciclônico em Altos Níveis (VCAN)
– Alguns estudos identificaram fortes correntes na
periferia (VIRJI, 1981)
– Ramirez (1996) observou que estas correntes podem
indicar a direção do deslocamento to VCAN
– Gomes (2003) estudou a Corrente de Jato do
Nordeste Brasileiro (CJNEB)
INTRODUÇÃO
Objetivo geral
• Investigar a relação entre a CJNEB e o VCAN,
assim como sua frequência em anos de El Niño
e La Niña
OBJETIVO
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Sistemas sinóticos de baixa pressão
• Circulação fechada
• Núcleo frio
• Confinados na alta troposfera
• Palmén (Baroclínico)
• Palmer (Barotrópico)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Origem e Formação
– Frank (1970) observou dois tipos de VCAN:
• PALMÉN
• Qualquer época do ano (principalmente no inverno)
• Originado em regiões subtropicais
• PALMER
• Primavera, Verão e Outono
• Originados nos trópicos
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Origem e Formação
– Na América do Sul podem se formar sobre o
oceano Atlântico ou continente
– Ramirez (1996) observou que 85% - Oceano
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Origem e Formação– Mecanismo de formação Kousky e Gan (1981)
Fonte: Adaptado de Varejão e Silva (2005)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Origem e Formação– Paixão e Gandu (2000) encontraram mais 3 padrões de
formação:
• Formação Clássica
• Formação Alta
• Formação Africana I e II
• Formação mista
– 46% Formação Classica e 54% os outros tipos de mecanismos
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Estrutura vertical
Fonte: Kousky e Gan (1981)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Manutenção do vórtice e energética
– Frank (1970) , Kelley e Mock (1982)
• São mantidos pela circulação térmica direta
– Rao e Bonatti (1987), Mishra et al. (2001)
• Instabilidade Barotrópica
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Deslocamento e Tempo de Vida
– Frank (1966) e Gan (1983)
• leste oeste, entre 10 e 20 S
• oeste leste, ao sul de 25 S
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Deslocamento e Tempo de Vida
– Ramirez (1996)
• Verão maior duração
• Tempo de vida médio 7,1 dias
– Campetella e Possia (2006), Singleton e Reason (2007)
• A maioria dos casos duram entre 1 e 3 dias
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Vórtices Ciclônicos em Altos Níveis (VCAN)
• Nebulosidade e precipitação associada
– Kousky e Gan (1981)
• Nebulosidade na periferia, na direção do deslocamento
– Silva (2005)
• As precipitações mais intensas ocorrem entre 1000 e
2000 Km da borda do VCAN
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Corrente de jato
• Escoamento de ar em altos níveis onde o núcleo
de vento máximo “jet streak”, apresenta valores
superiores a 30 m.s-1
• Dois tipos de correntes principais
– Corrente de jato polar
– Corrente de jato subtropical
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Corrente de jato
• Movimentos verticais na Corrente de Jato
Fonte: Adaptado de Guedes (1985)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Corrente de jato
• Movimentos verticais na Corrente de Jato– Riehl et al. (1952): modelo conceitual HN
– Beebe e Bates (1955): Introduziram os efeitos da curvatura
Fonte: Adaptado de Beebe e Bates (1955)
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Corrente de jato do Nordeste Brasileiro (CJNEB)
• Virji (1981) e Ramirez (1996)
– Ventos superiores a 20 m.s-1 entre a alta da Bolívia e o
VCAN
• Gomes (2003)
– Correntes de aproximadamente 50 m.s-1
– Ligação entre os JST’s do HN e HS
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA
Corrente de jato do Nordeste Brasileiro (CJNEB)
• Fedorova et al. (2005)
– Formação de CCM, através de células de circulação
criadas pela CJNEB e os ventos Alísios
• Campos e Fedorova (2006)
– VCAN no HS e HN
– Vórtices de Níveis Médios
– Jato de Baixos Níveis
DADOS E METODOLOGIA
Dados
• Dataset
– Reanálises (NCEP-NCAR)
– Resolução espacial (2,5 x 2,5 )
• Variáveis
– Componentes Zonal (u) e Meridional (v) do vento em m.s-1
– Movimento vertical (omega) em Pa.s-1
– Pressão ao Nível Médio do Mar (PNMM) em hPa
– Temperatura (K)
– Vorticidade (s-1)
DADOS E METODOLOGIA
Dados
• Dataset
– NOAA Interpolated OLR
– Resolução espacial (2,5 x 2,5 )
• Variáveis
– Radiação de Onda Longa Emergente (ROLE) em W.m-2
• Imagens do satélite METEOSAT
– Infravermelho
– Vapor d’água
DADOS E METODOLOGIA
Metodologia• ONI (Oceanic Niño Index) – CPC/NOAA
FASE (ENOS) PERÍODO INTENSIDADE
EL NIÑO
JUL/91 - MAR/92 Forte
JUL/94 - MAR/95 Moderado
JUL/97 - MAR/98 Forte
LA NIÑA
JUL/88 - MAR/89 Forte
JUL/98 - MAR/99 Moderado
JUL/99 - MAR/00 Moderado
NEUTRO
JUL/89 - MAR/90 -
JUL/90 - MAR/91 -
JUL/96 - MAR/97 -
DADOS E METODOLOGIA
Metodologia
• Identificação do VCAN
– Método subjetivo
– Linhas de corrente e vorticidade em 200 hPa
– Circulação ciclônica fechada durante 24 h
– Mínimo de Vorticidade (negativa)
DADOS E METODOLOGIA
Metodologia
• Seleção do VCAN
DADOS E METODOLOGIA
Metodologia
• Identificação da CJNEB
– VCANs selecionados
– Linhas de corrente e magnitude do vento em 200 hPa
– Magnitude do vento acima de 20 m.s-1 na periferia
• Padrões de circulação
– Agrupamento de casos similares sobre o NEB
– Médias dos campos
DADOS E METODOLOGIA
Metodologia
• Composições de ROLE
– Segundo Kousky (1985), valores inferiores a 240 W.m-2
representam nebulosidade convectiva nos trópicos
• Software
– Grads (Grid Analysis and Display System)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
VCAN
Casos Dias
n % n %
EL NIÑO 62 37,1 347 37,0
LA NIÑA 48 28,7 274 29,2
NEUTRO 57 34,1 317 33,8
∑ 167 938
+3%
-5,4% -4,6%
+3,2%
RESULTADOS E DISCUSSÕES
72,9%
68,4%
64,5%
VCAN
• Posição do centro no dia da gênese
– VCANs originados sobre o continente
» apenas 17 % formados fora do NEB
Casos Dias
n % n %
EL NIÑO 41 (62) 66,1 143 (347) 41,2
LA NIÑA 22 (48) 45,8 58 (274) 21,2
NEUTRO 27 (57) 47,4 94 (317) 29,7
∑ 90 (167) 53,9 295 (938) 31,4
RESULTADOS E DISCUSSÕES
VCAN - CJNEB
+3%
-5,4%
+15,5%
-5,6%
RESULTADOS E DISCUSSÕES
VCAN – CJNEB
• Razão dos dias entre VCAN/CJNEB
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
100
JUL AGO SET OUT NOV DEZ JAN FEV MAR
EL NIÑO LA NIÑA NEUTRO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
VCAN – CJNEB
• Intensidade da CJNEB na periferia do VCAN
0
10
20
30
40
50
60
70
80
24 28 32 36 40
EL NIÑO LA NIÑA NEUTRO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
VCAN – CJNEB
• Direção do eixo da CJNEB
0
5
10
15
20
25
30
35
40
45
50
S SE SW N NE NW E W
EL NIÑO LA NIÑA NEUTRO
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Meridional
VCAN
JSTHS
CJNEB (M)
AB
JSTHN
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Meridional
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Meridional
– ROLE
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Meridional
– Estudo de caso
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Zonal
JSTHN
VCANJSTHS
AB
CJNEB (Z)
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Zonal
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Zonal
– ROLE
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Zonal
– Estudo de caso
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Transversal
CJNEB (T) 2
CJNEB (T) 1
JSTHS
JSTHN
VCAN
AB
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Transversal
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Transversal
– ROLE
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Padrões de Circulação da CJNEB
• CJNEB Transversal
– Estudo de caso
CONCLUSÕES
Análise dos VCANs
• Não há grande variabilidade na ocorrência em anos de El Niño
e La Niña
• A maioria é originado no oceano (68,2%)
Análise dos VCANs-CJNEB
• 53,9% dos VCANs estavam associados a CJNEB
• Em anos de El Niño em 66,1% foi observado VCAN-CJNEB
• 94,9% intensidade inferior a 32 m.s-1
• Em anos de El Niño a CJNEB é mais intensa que em La Niña
CONCLUSÕES
Padrões de circulação
• Existência de 3 padrões distintos:
– Meridional Sul e Sudoeste
– Zonal Oeste
– Transversal Sudeste e Noroeste
– Movimentos ascendentes na periferia do VCAN foram
observados apenas nas regiões com ventos inferiores a 20 m.s-1
– Atividade convectiva mais intensa coincide com as regiões de
movimentos ascendentes
– Importância para previsão do tempo a análise intensidade dos
ventos na periferia do VCAN
OBRIGADO!