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1 REVISTA CANAMIX |DEZEMBRO | 2014 Ribeirão Preto SP Dezembro - 2014 Ano 7 - Nº 78 R$ 10,00 FINANÇAS: Jornalista Mara Luquet analisa as cooperativas de crédito Ffatia e Sucroeste apresentam tecnologias e discutem cenário dos biocombustíveis Consultoria: conheça os principais produtos florestais não madeireiros, os PFNMs Tecnologia da Informação: reflexões sobre 2014 e os planos para o próximo ano CanaMix prestigia iniciativas solidárias como o Instituto Neymar, inaugurado neste mês de dezembro no litoral paulista para ensinar a prática do esporte a crianças carentes TERRA & CIA: Livro apresenta história de fazendas de café de São Paulo JOGADA de craque

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1REVISTA CANAMIX |DEZEMBRO | 2014

Ribeirão Preto SPDezembro - 2014

Ano 7 - Nº 78R$ 10,00

FINANÇAS: Jornalista Mara Luquet analisa as cooperativas de crédito

Ffatia e Sucroeste apresentam tecnologias e discutem

cenário dos biocombustíveis

Consultoria: conheça os principais produtos fl orestais

não madeireiros, os PFNMs

Tecnologia da Informação: refl exões sobre 2014 e os

planos para o próximo anoplanos para o próximo ano

CanaMix prestigia iniciativas solidárias como o Instituto Neymar, inaugurado neste mês de dezembro no litoral paulista para ensinar a prática do esporte a crianças carentes

TERRA & CIA: Livro apresenta história de fazendas de café de São Paulo

JOGADA JOGADAde craque

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Expediente

Diretor: Plínio CésarGerente de Comunicação: Luciana Zunfrilli

RedaçãoEditor Chefe: Doca PascoalReportagem: Marcela ServanoColaboração: Arthur Netto, Carlos Barros e José Osvaldo BozzoArte da Capa: Agência Mov Editor Gráfi co: Jonatas Pereira

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dos autores e não expressam a opinião da revista.É permitida a reprodução total ou parcial

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Carta ao leitor

Plínio César, diretor [email protected]

Ainda há esperança!

O ano foi complicado. Não permitiu a retomada tão sonhada para o setor sucroenergético. Mas é impossível não reconhecer que houve avanços. O Governo Federal, depois de tanta in-sistência por parte de representantes da cadeia produtiva, parece estar cedendo a algumas

pressões e já planeja a volta da Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) sobre a gasolina e o diesel. Vai pressionar o agricultor de um lado, já que o diesel é combustível para seus veículos de trabalho, mas, por outro, deve aliviar um pouco a situação do etanol, que sofreu com a política de congelamento dos combustíveis fósseis nos últimos anos, perdendo competitividade.

A grave seca enfrentada por alguns estados, inclusive o mais rico da nação, impõe a urgente necessidade de se pensar em alternativas para a produção de energia elétrica, tendo em vista que as hidrelétricas já dão sinais de esgotamento. Depender exclusivamente dos recursos hídricos é ir-responsabilidade para um país que detém outras fontes fantásticas, como a eólica, a solar e a bio-massa, especialmente a da cana-de-açúcar. A falta de planejamento de gestões passadas deve, agora, praticamente nos forçar a trilhar outros caminhos, escolher outras vias.

Esses e outros fatores, para alguns especialistas, devem amenizar, pelo menos um pouco, a grave crise atravessada pelo setor sucroenergético. Um alento para um ramo da nossa economia que caminha a passos lentos, quase parando, desde 2008. Esse processo será reforçado com a indicação, para o Ministério da Agricultura, da senadora Kátia Abreu, que conhece bem as deman-das da cadeia canavieira e tem se mostrado disposta a tomar medidas para reverter o quadro alar-mante. Portanto, para 2015, restam esperanças de que a volta por cima deve começar a acontecer.

Nesse clima de otimismo, a CanaMix traz, nesta edição, uma reportagem sobre a inaugu-ração do Instituto Neymar, no litoral paulista. A revista, que teve representantes no lançamento do projeto, voltado a ensinar práticas esportivas a crianças carentes, prestigia e apoia iniciativas soli-dárias que permitam uma nova chance a pessoas que, historicamente, fi caram à margem das po-líticas públicas.

O craque, do Barcelona e da Seleção Brasileira, dá uma demonstração que o nosso país só vai virar defi nitivamente o jogo quando a vontade de ajudar o próximo entrar e se mantiver em campo. O golaço marcado pelo jogador, que realiza um antigo sonho do pai, marca um momento em que é preciso, em vários setores do Brasil, como o sucroenergético e a assistência socioeco-nômica, dar as mãos, unir pessoas dispostas e capazes, para construir um futuro que dê espaço aos talentos. Tanto das tecnologias de produção como dos gramados.

Mesmo com os ponteiros avançados do relógio, a partida ain-da não teve apitado o seu fi nal. Enquanto isso não ocorre, é perfeita-mente possível assumir compromissos, saltar do banco de reservas e levar o time ao ataque. E é bom não esquecer de que há uma exigên-cia vital: é proibido perder!

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Ensina ao menino o caminho que deve seguir, e assim, mesmo quando for velho, não se afastará dele. Provérbios 22:6

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SOLIDARIEDADE É TÃO BONITO QUANTO UMGOL DE PLACA.

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Guia de Compras SA

PG ÁREA ADMINISTRATIVA BANCOS - INSTITUIÇÃO FINANCEIRA .........................16 SICOOB ................................................16-3456-7407 ENTIDADES E ASSOCIAÇÕES ......................................16 SICOOB ................................................16-3456-7407 EVENTOS ....................................................................25 GRUPO IDEA...............................................3514 0631 FEIRAS, SIMPÓSIOS E EVENTOS ................................25 GRUPO IDEA...............................................3514 063123 MULTIPLUS ........................................ (16) 2132 8936 SISTEMAS - CONTRA INCÊNDIO .................................7 ARGUS ............................................... (19) 3826 6670 PG ÁREA AGRÍCOLA COLHEDORAS DE CANA ..............................................34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222 FUNGICIDAS ...............................................................2 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 227344 DU PONT ............................................ (11) 4166 8041

TRANSBORDOS ...........................................................34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222

PG ÁREA INDUSTRIAL BOMBAS CENTRÍFUGAS .............................................11 EQUIPE ............................................... (19) 3426 4600 BOMBAS ESPECIAIS ...................................................11 EQUIPE ............................................... (19) 3426 4600 CLARIFICANTES ..........................................................4 PROSUGAR ........................................ (81) 3267 4759 DESCOLORANTES .......................................................4 PROSUGAR ........................................ (81) 3267 4759 EMPILHADEIRAS ........................................................34 EMPIZA EMPILHADEIRAS .....................19-3571-3000 MEDIDORES, TRANSMISSORES DE VAZÃO E NÍVEL ...9 DWYLER ............................................. (11) 2682 6633 PRODUTOS E SISTEMAS CONTRA INCÊNCIO ..............7 ARGUS ............................................... (19) 3826 6670 SISTEMAS CONTRA INCÊNDIO ...................................7 ARGUS ............................................... (19) 3826 6670

43 SYNGENTA ......................................... (11) 5643 2322

HERBICIDAS ...............................................................2 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 227343 SYNGENTA ......................................... (11) 5643 232244 DU PONT ............................................ (11) 4166 8041 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS .......................................34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222 IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS - PEÇAS E SERVIÇOS .....34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222 INSETICIDAS ...............................................................2 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 227344 DU PONT ............................................ (11) 4166 804143 SYNGENTA ......................................... (11) 5643 2322 MATURADORES E REGULADORES DE CRESCIMENTO 2 BASF DO BRASIL ................................ (11) 3043 227344 DU PONT ............................................ (11) 4166 804143 SYNGENTA ......................................... (11) 5643 2322 MUDAS ....................................................................... 43 SYNGENTA ......................................... (11) 5643 2322 PLANTADORAS DE CANA ............................................34 CIVEMASA .......................................... (16) 3382 8222

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Finanças- O assunto é dinheiro e cooperativismo

Opinião- “O desafi o é a nossa energia”

Consultoria Florestal- Produtos Florestais Não Madeireiros – PFNMs

Espaço TI- GATUA – Refl exões sobre 2014 e planos para 2015

Marketing Canavieiro- GE anuncia entrega, à Eletrosul, em Chuí, RS, da primeira Nacelle produzida localmente- New Holland: Fórum Inovação Sustentável debate desafi o da produtividade com preser vação de recursos- CALDEMA doa brinquedos arrecadados com seus colaboradores para crianças da CASA GRACCIAS- Syngenta anuncia NOVO PLENE para o plantio comercial de cana-de-açúcar no Brasil - Termomecanica busca ampliar em 15% sua presença no mercado sucroenergético até 2015- Novos inseticidas para soja e culturas de hortifruti são destaque da Dow AgroSciences na Showtec Maracaju- Manutenção em dia: fazer mais com menos é possível com tecnologias Armo do Brasil

Eventos- Novas tecnologias na Ffatia

Portal CanaMix- Volta da Cide acionará gatilho do preço do açúcar e da cana- Dilma libera R$ 187 milhões para pagamento da subvenção da cana- Usina Pumaty reabre e já fatura mais de R$ 22 milhões em dois meses- Setor canavieiro defende análise de projetos estruturantes por governadores- Exportação de etanol dos EUA cresce e ajuda a evitar excedente de produção

Memória- A história de São Paulo nas fazendas de café

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CapaUm golaço!

PecuáriaSão Paulo deve expandir

gado de corte

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Finanças

O assunto é dinheiro e cooperativismoAdaptado de Revista Sicoob

– 18ª Edição

A matéria no programa Jornal da Glo-bo, exibido no dia 3/11, sobre as vantagens oferecidas pelas coope-

rativas reverbera no segmento cooperati-vista. A jornalista Mara Luquet destacou a importância do cooperativismo financei-ro, dando visibilidade ao segmento em um dos principais telejornais da TV brasileira.

Com a compra de uma cota de ca-pital, cujo valor mínimo é definido por es-tatuto, uma pessoa pode se associar a uma cooperativa de crédito e ter aces-so a linhas de empréstimo e investimento com juros mais atrativos que as de ban-cos tradicionais. Você não precisa per-tencer a uma determinada categoria ou ter uma atividade agropecuária, pois são muitas as cooperativas que não fazem restrição ao perfil do cooperado, defen-de a jornalista.

Em Ribeirão Preto, por exemplo, atuam três importantes cooperativas fi-nanceiras filiadas à Central Sicoob São Paulo: Sicoob Credicitrus, Sicoob Cocred e Sicoob Credicoonai. No total, são 15 co-operativas singulares filiadas à instituição, fundada em 1989. Elas atuam em 234 municípios, com 218 PAs e reúnem cerca de 167 mil cooperados. Juntas, possuem patrimônio líquido de R$ 1,87 bilhão, ope-rações de crédito de RS 5,07 bilhões, de-pósitos de R$ 3,9 bilhões e os ativos to-tais de R$ 9,08 bilhões.

Mara Luquet, além de colunista no Jornal da Globo, é comentarista na Glo-boNews e participa do quadro O assun-to é dinheiro, na Rádio CBN. Especialista na área de finanças pessoais, a jornalis-ta comenta na entrevista concedida pelo Sicoob orientações sobre educação

financeira. SICOOB - Desde abril do ano pas-

sado, o Banco Central vem promovendo o aumento gradual da taxa básica de ju-ros da economia brasileira. Podemos di-zer que a era dos juros baixos ficou para trás?

Não. Até porque existe um limi-te para a alta dos juros. Estamos vivendo um ciclo de aperto monetário.

Neste cenário, qual é a melhor

opção de investimento: renda fixa ou poupança?

Acredito que não exista o melhor in-vestimento. O que há são investimentos mais adequados a cada perfil de investi-dor. Portanto, o investimento ideal depen-de das metas e do perfil de risco, entre ou-tros aspectos.

A rentabilidade real do paga-mento de juros (descontada a infla-ção de 5,91%) ao capital do associado, em 2013, foi acima de 2% em algu-mas cooperativas do Sicoob, superan-do em 400% a da caderneta de poupan-ça (0,4%). Aplicar na cota capital é uma boa opção para o associado de coopera-tiva financeira?

Os investimentos, geralmente, têm seus riscos. No caso de cotas, também dependerá do risco que representa a co-operativa financeira, da necessidade de li-quidez, enfim. Nunca podemos esquecer que, em todos os casos, o retorno em ge-ral é proporcional ao risco da aplicação.

Você já é bastante conhecida do público que procura informações para os investimentos pessoais. Há muitas perguntas e dúvidas sobre o cooperati-

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Finanças

A jornalista Mara Luquet

vismo financeiro?Não há muitas questões sobre o

tema. Acredito que isso acontece porque o cooperativismo financeiro ainda é pou-co conhecido pela maioria da população. Eu passei a conhecer mais esse mercado no ano passado.

Sua participação na Globo News

Em Pauta, do ano passado, comentan-do sobre a importância do cooperativis-mo financeiro, teve grande repercussão no meio. Como você avalia a expansão do segmento para este ano?

Eu falei durante o Globo News Em Pauta, onde sou colunista. Confesso que conheço pouco sobre o cooperativis-mo financeiro para fazer projeções, mas, pelo números que vi, acredito que é um segmento que vem crescendo significati-vamente a cada ano.

As cooperativas financeiras ofe-

recem praticamente todos os produtos oferecidos pelos bancos e com taxas mais competitivas. Falta informação para que o público escolha as coope-rativas como sua principal instituição?

Sim. Falta muita informação e di-vulgação sobre essa atividade.

Inspirado em seu livro Triste-

zas não pagam dívidas, o documentá-rio veiculado, em fevereiro deste ano, na GloboNews, trouxe informações bá-sicas para sair da inadimplência. Quais são as principais orientações?

No meu livro, falo sobre como re-organizar financeiramente para descobrir sua real capacidade de pagamento e, só então, partir para a reestruturação do seu passivo. Vai levar tempo e exige discipli-na e paciência. O documentário apresen-tou dez personagens, que narraram suas próprias histórias e contaram como de-ram a volta por cima e se livraram das dívidas.

Nesse livro, você também conta sua pró-pria história de endivida-da. O que foi o mais fá-cil e mais difícil pra você nessa caminhada de superação?

Descobri que estava quebrada quando precisei de dinheiro para pagar uma dívida no hospital, onde meu avô ficou internado. Naquele momento foi que eu me dei conta que não ti-nha dinheiro. O que era um absurdo, porque eu não ti-nha filhos, era solteira e ti-nha um bom salário. Nes-se processo de me livrar das dívidas, torna-me or-ganizada foi o mais difícil. Ter paciência, com certe-za, foi a tarefa mais fácil. Sou muito paciente.

Quais são os princi-

pais perfis dos endivida-dos brasileiros?

O devedor arrojado, aquele que só vê o valor das parcelas e dificilmente cal-cula os juros; o devedor desinformado, aquela pessoa que não tem ideia de como planejar seu orçamento; o devedor sortu-do, que ganha um bom dinheiro de uma vez e de uma vez também perde tudo; o devedor otimista, que não poupa dinhei-ro para as emergências; e o devedor ilu-dido, que é aquela pessoa que achou que o limite de crédito do cartão fazia parte do seu salário e acabou gastando mais do que devia. Há também o devedor genero-so, aquele que empresta dinheiro, cartão de crédito ou folhas de cheque para um amigo ou para um parente que não con-segue honrar a dívida. (...)

Desde Janeiro de 2008, você tem

um quadro, O assunto é dinheiro, na rá-dio CBN, que rendeu até um livro com o mesmo título. Nesses seis anos de programa, dá para listar as principais dúvidas dos brasileiros sobre finanças pessoais?

Com certeza, a principal dúvida, du-rante todo esse tempo, é sobre aposenta-doria. Muitos querem saber qual é a me-lhor opção em planos complementares, se é PGBL ou VGBL. Há também dúvidas so-bre a previdência social do INSS, principal-mente por parte daquelas pessoas que que-rem voltar a pagá-la. Sempre oriento para que priorizarem a previdência do INSS, pois, com todos os problemas, essa con-tinua sendo a melhor opção. O ideal é que, além dela, a pessoa possa fazer um plano de previdência privado, para complementar a renda durante a aposentadoria.

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Opinião

“O desafio é a nossa energia”

*José Osvaldo Bozzo

Se por um lado a Petrobrás tem como slogan “o desafio é a nos-sa energia”, por outro, o setor

sucroalcooleiro parece ter como pro-paganda a frase “o desafio é a nossa sobrevivência”.

A inovação ou criação de novas tecnologias de um “novo mundo” volta-do apenas para o chamado etanol não deve acontecer, salvo se houver uma mudança positiva dos agentes públi-cos, econômicos e privados, que de-tém sua participação na gestão do se-tor dessa economia. Isso, pois a forma e os modelos que estão sendo geridos pelo poder público e privado estão ultra-

passados e não respaldam o suficiente para aquilo que foi pensado há décadas, quan-do foram desenhados um úni-co negócio para aquela épo-ca, como sendo uma situação acessória e integrante no ce-nário sucroalcooleiro.

Pela representativida-de que o etanol ainda possui, é premente um ajuste na polí-tica energética por razões es-tratégicas, ou seja, uma re-visão na formulação de um novo modelo, a fim de que o processo possa seguir seu rito de expansão. E não só em relação ao etanol. Já dis-semos e vamos reiterar que o setor tem um imenso po-tencial ainda pouco explorado que é a cogeração de energia elétrica, derivada da queima do bagaço da cana-de-açú-

car: mais uma fonte de energia, dentre outras primárias, que compõem a nos-sa matriz energética brasileira.

INVESTINDO - Havia no passado, segundo estudos feitos por especialis-tas, que novos investimentos seriam re-alizados na matriz energética até 2030, na ordem de US$ 804 bilhões, em que 4% deste valor caberia ao setor sucro-alcooleiro. Porém, aparentemente, o ce-nário atual nos direciona para outra re-alidade, com números bem aquém, se é que chegarão perto disso. Sem falar que, se considerarmos a intensa busca por fontes renováveis, em decorrência de problemas atrelados à questão cli-mática, seria para sermos e termos uma extraordinária potencialidade na produ-ção de biomassa. Ou seja, pensando

bem, os números dados anteriormente ainda são moderados.

MERCADO HOJE - O modelo atual é marcado por decisões ainda tímidas, a curto e médio prazos, sem qualquer planejamento de expansão, ou garantia de financiamentos adequados e de pre-ços compatíveis com o da gasolina (por exemplo). Isso nos remete à ausência total de um sistema organizado que te-nha pensado na proteção para a preven-ção de crises sazonais que o setor atra-vessa constantemente.

Voltando à questão da matriz ener-gética, é preciso haver uma coordena-ção inteligente, capaz de atrair novos investimentos e que ofereça aos investi-dores uma rentabilidade e baixos custo e risco econômico. Somente assim será possível despertar um maior interes-se das empresas do agronegócio para a expansão dessa atividade. O que não se pode conceber é que empresas des-sa importância possam deixar de inves-tir na atividade de cogeração, sabendo que sempre possuiu longa tradição em seu portfólio na integração de seus três principais produtos: o açúcar, o etanol e a cogeração de energia.

RETORNO DA LIDERANÇA - De-verá haver uma conversa aberta entre os setores interessados, em pré-condi-ções, e tendo como finalidade a constru-ção de um novo futuro. A ação principal de articulação de todo o setor está nas mãos de seus entes que a representam. Necessitam redesenhar suas agendas e retornar a sua liderança no processo de novas mudanças. Isso significa rejuve-nescer sua performance ante a de um mero fabricante de açúcar e etanol. Há que se assumir um novo papel na his-tória do país e transformar o segmen-

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to do agronegócio em um grande inves-tidor de energia.

No setor privado percebe-se um comportamento empresarial convencio-nal, conveniente (?), de isolamento e competição, o que não é natural e salu-tar para um empreendedor que transfor-mou o setor como sendo um dos princi-pais polos de trabalho. Ao invés disso, deveria sim ceder um ambiente a um comportamento mais agressivo e coo-perativo, valorizando uma conquista de décadas e que poderia e precisa expan-dir ainda mais. Avançar na produção de etanol, outras matrizes energéticas, a fim de consentir à crescente demanda e avalizar margens remuneratórias para todos os elos da cadeia produtiva, sen-do uma delas, um incremento maior em cogeração.

MAIS PROPOSTAS - Por isso, há que se ter um novo padrão de produ-ção. A exploração mais acentuada de uma nova atividade que é a utilização da biomassa, principalmente, com o uso da cana-de-açúcar. Para isso, é fundamen-tal o envolvimento de novas diretrizes e decisões dos agentes públicos e priva-dos, que assegurem a implementação de metas e a ininterrupção de seu cres-cimento sem risco de crises periódicas.

Para o setor público a meta deve

ser abraçar um novo modelo de tratar a questão da energia da biomassa. Quan-do analisamos a capacidade formal para tratar esse assunto, constata-se a exis-tência de uma enorme disseminação de administradores incumbidos do mesmo projeto, porém, sem a acepção de ideias articuladas para o cumprimento de me-tas de médio e longo prazo.

AGENDA ORGANIZADA - É preciso reduzir a dispersão do segmento. Para isso, é preciso que a cogeração de ener-gia, em parceira com os setores público e privado, estabeleça uma agenda orga-nizada, disponibilizando quais as princi-pais estratégias a serem adotadas para que haja uma evolução eficaz. Buscar um plano definido de como transformar a forma de geração elétrica em produto de alta relevância para o mercado mun-dial pode ser uma solução.

Outra fonte renovável pouco explo-rada que poderia fazer parte da agenda dos envolvidos é o carvão vegetal, feito a partir de florestas plantadas. No entanto, esse tema tem sido deixado ao relento pelos responsáveis, pois está sob o abri-go do Ministério do Meio Ambiente, que, infelizmente, não tem o condão para tra-tar de assuntos advindos da biomassa.

Hoje, presenciamos uma situação

onde não há de fato uma representativi-dade desses planos na agenda dos go-vernos. Essa postura conservadora na análise das questões energéticas, por razões estratégicas, deveria fazer par-te de todo um contexto regulatório, bus-cando superar tradições passadas e iniciar um novo processo de convenci-mento de mutação para uma nova rea-lidade que é a difusão da nossa matriz energética como fonte renovável.

O Brasil, por seu conhecimento e experiência no assunto, já deveria há muito tempo, ser líder mundial na trans-formação de todo o processo, já que de-tém uma patente reconhecida mundial-mente por meio do nosso etanol. Não obstante, precisamos difundir um novo paradigma, ou seja, um moderno pro-grama de energia renovável, inclusive com a participação de outros países in-teressados em investir no fomento de novos negócios como uma alternativa de energia limpa e acessível como um todo.

*José Osvaldo Bozzo, consultor tributarista e sócio da MJC Consulto-res. Formado em Direito, iniciou carreira na PwC. Foi também sócio da BDO e da KPMG e professor de Planejamento Tri-butário na USP – MBA de Ribeirão Preto.

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Consultoria Florestal

Produtos Florestais Não Madeireiros – PFNMs

Arthur NettoConsultor Florestal InvestAgro

[email protected]

Atualmente, a produção flores-tal limita-se a um único produ-to: a madeira. Mas não podemos

desconsiderar o restante do ecossiste-ma florestal, que oferece uma enorme variedade de produtos e benefícios, re-presentando importantes recursos só-cioeconômicos através dos potenciais alimentícios, oportunidades de empre-go, turismo e outros produtos, além dos madeireiros.

Segundo a Organização das Na-ções Unidas para o Combate à Fome (FAO), produtos florestais não madei-reiros são definidos como: “Todos os bens de origem biológica, assim como os serviços derivados da floresta e ter-ra sob uso similar e exclui a madeira em todas as suas formas”.

Os PFNMs podem ser classifica-dos em categorias como:

• Alimentares: frutas silvestres, se-mentes, palmitos, cogumelos, mel, nozes;• Medicinais: ginkgo biloba, fáfia, espi-nheira santa, chá de bugre;• Materiais estruturais: bambu, ratam, cipós;• Bioquímicos: látex, resinas, tanino, óleos essenciais, corantes;• Forragens: folhas de palmeiras;• Plantas ornamentais: orquídeas, bro-mélias, samambaias;• Combustíveis: metanol, lenha, nó de pinho;

• Vida animal: pássaros, répteis, pei-xes, insetos (alimentação, penas, pele). Esta classificação é utilizada pela FAO na Europa;• Conservação ambiental: lazer, recre-ação (turismo ecológico), proteção dos solos e das águas (serviços).

Mercado para PFNMsOs produtos madeireiros apre-

sentam hoje um dos grupos mais desa-fiadores do ponto de vista mercadológi-co graças a seu número, versatilidade, variedade de usos e diferenciação de outros produtos básicos.

O mercado de produtos não ma-deireiros que são utilizados como ma-téria-prima para a indústria é normal-mente qualificado em duas categorias principais: o mercado da matéria bruta, não beneficiada, e o mercado dos pro-dutos semimanufaturados, tanto para o consumidor final como o fornecimento para a utilização em outras indústrias.

Hoje, existe uma grande carên-cia de informações no que se refere ao mercado de produtos não madeireiros. Alguma difusão de informação e ofer-ta de cursos relacionados a produtos não madeireiros têm sido oferecidos aos países em desenvolvimento, mas não por iniciativas governamentais. Es-forços em diversos âmbitos através de ONGs e outras fundações têm sido rea-lizados com o objetivo de oferecer trei-namentos aos interessados em traba-lhar com produtos não madeireiros, em função de um manejo sustentado.

Relevantes materiais para treina-mento têm sido produzidos pela FAO, pelo ITC (International Trade Center), e

por outras organizações, para seminá-rios e workshops de marketing de pro-dutos não madeireiros.

Mercado mundial de PFNMSegundo a FAO, pelo menos 150

PFNMs apresentam significativa parti-cipação no mercado internacional, che-gando a 10 bilhões de dólares ao ano. Países com China, Índia, Indonésia, Malásia, Tailândia e Brasil são gran-des players de exportação de produtos florestais não madeireiros para países como Estados Unidos, União Europeia e Japão.

Consumidores nos Estados Uni-dos e na Europa cada vez mais optam por cosméticos naturais e por medica-mentos fitoterápicos. A Europa possui um mercado melhor regulado e esta-belecido, sendo a Alemanha o principal país consumidor, seguida pela França e pela Itália.

Por outro lado, é preciso lembrar que apesar da maior parte dos fitote-rápicos seja classificada como produto florestal não madeireiro (extrativismo), o seu sucesso comercial em parte esti-mulou o seu cultivo e produção através de sistemas agrícolas.

Mercado BrasileiroSegundo o IBGE, a produção flo-

restal brasileira somou R$ 18,4 bilhões em 2012. Desse total, 76,9% são do cultivo de florestas com espécies exó-ticas ou nativas) e 23,1% de produtos simplesmente coletados em áreas flo-restais naturais.

Dentre os produtos florestais não madeireiros, durante o ano de 2012,

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destacou-se o açaí (fruto), totalizan-do 7,9% de participação (R$ 336,2 milhões).

Os principais produtos florestais não madeireiros do Brasil e seus prin-cipais usos:

PiaçavaUtilizada na fabricação de vas-

souras, escovas, cobertura de quios-ques, cordas para amarrar navios, cordões, cestos, alçapões de pes-ca, balaios, etc, funcionando também como excelente isolante térmico.

Castanha-do-paráÁrvore de grande porte de ocor-

rência natural na região Amazônica, produz amêndoa, que é muito rica em gorduras e proteínas: verdadeira “car-ne vegetal”, a proteína contida em ape-nas duas de suas amêndoas equivale à de um ovo de galinha. Além de po-der ser consumida fresca ou assada, sendo tira-gosto muito apreciado em todo o mundo, a castanha-do-brasil participa como ingrediente da compo-sição de inúmeras receitas de doces e de salgados.

BabaçuExtrai-se a matéria-prima utilizada

na fabricação de margarinas, banha de

coco, sabão e cosméticos. Seu broto for-nece palmito de boa qualidade e o fru-to, enquanto verde, serve para defumar a borracha. Quando maduro, a parte exter-na é comestível.

AçaíO principal alimento extraído do

açaí é o vinho, um suco feito da polpa e da casca de seus frutos. Esse “vinho” é, na verdade, um macerado com a cor do suco de uvas. O açaí produz um saboro-so palmito que vem sendo industrializado nos últimos anos. Há duas variedades de açaí: o roxo e o branco. O roxo tem pol-pa cor de vinho. Isso justifica o nome do suco que se extrai dessa polpa. Do açaí branco, faz-se um suco creme-claro.

CarnaúbaDa Carnaúba, tudo se usa ou apro-

veita. Dela, provém o pó cerífero, do qual se produz a cera que tem grande aplica-ção caseira e na indústria farmacêuti-ca, usada na fabricação de cosméticos e produtos de limpeza, filmes plásticos e fotográficos, graxas para sapatos, lubrifi-cantes, velas, ácidos, sabonetes, fósfo-ros, isolantes térmicos, matrizes de dis-cos, lâmpadas incandescentes, papel carbono, batom, etc.

Pinhão Utilizado na alimentação, cozido

em água ou em pratos mais elaborados. Sua polpa é formada basicamente de amido, sendo muito rica em vitaminas do complexo B, cálcio, fósforo e proteínas.

PalmitoO palmito é uma iguaria fina, valio-

sa e de grande aceitação no mercado, tanto no Brasil como no exterior. Corresponde ao produto comestível, extraído da extremida-de superior do tronco de certas palmeiras, constituindo-se de folhas jovens, internas, ainda em desenvolvimento, envolvido pela bainha das folhas mais velhas.

Erva-mateUma espécie muito usada na região

Sul do Brasil e também no Mato Grosso do Sul, suas folhas são consumidas na forma de chimarrão, chá e tererê. A ex-ploração da erva-mate constitui-se numa atividade agrícola de grande importância.

Nó-de-pinhoO nó de pinho, formado na região

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Consultoria Florestal

de inserção dos galhos no tronco, possui alto poder calorífico, motivo pelo qual é utilizado como fonte de energia. Sua for-ma cônica o torna, também, interessante peça decorativa. O nó de pinho é requisi-tado como energético para aquecer as la-reiras e dele sai uma resina, com proprie-dades muito específicas e valorizadas na indústria de tintas e vernizes.

A seguir são apresentadas suas Produções e Valor Bruto da Produção (VBP). Estes valores foram obtidos na última publicação do IBGE (2012).

Produtos Quantidade (t) Valor (1000 R$)Carnaúba (cera) 2.486 18.525Carnaúba (pó) 17.844 95.071Piaçava 57.762 108.984Babaçu (amêndoa) 97.820 127.609Pequi (amêndoa) 939 2.446Açaí (fruto) 199.116 336.234Castanha-do-pará 38.805 68.437Erva-mate 252.700 155.294Palmito 4.787 10.861Pinhão 9.638 14.419Urucum (semente) 2 3Nó-de-pinho 9.929 1.054

PequiÉ a fruta utilizada das mais varia-

das formas: cozido, no arroz, no frango, com macarrão, com peixe, com carnes

das mais variadas, no leite e na forma de um dos mais afamados licores de Goiás.

Urucum

O pó é digestivo, laxante, expecto-rante, febrífugo, cardiotônico, hipotensor e antibiótico, agindo como anti-inflama-tório para contusões e feridas.

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Espaço TI

GATUA – Reflexões sobre 2014 e planos para 2015

Carlos Barros (Bill)Coordenador do GATUA

Em depoimento abaixo reproduzido, o Coordenador Nacional do GA-TUA, Carlos Alberto Barros, ou Bill,

como é conhecido, fala sobre o ano de 2014, o momento do setor sucroenergé-tico e os trabalhos do grupo visando o futuro.

“As usinas de açúcar tiveram um ano muito difícil em 2014. As dificulda-des já vieram dos anos anteriores, porém este ano um novo e grave ingrediente se somou às dificuldades anteriores, que foi a questão climática. Poucas vezes se viu um ano tão ruim para o campo, sem chuvas em regiões de grande produção, como a Sudeste, o que colaborou para uma safra horrível e que gera consequên-cias para o próximo ano.

O governo diz que muito da cri-se do setor sucroenergético deve-se a má gestão nas usinas, o que não deixa de ter fundamento, porém não pode se eximir também de suas responsabilida-des no enfraquecimento do agronegócio como um todo, principalmente neste se-tor. Toda a cadeia ficou comprometida. Várias empresas foram duramente afeta-das e o nível de emprego caiu fortemen-te – empregos diretos (nas próprias usi-nas) e indiretos (em várias empresas que atendem ao setor).

E mesmo com deficiências reais na gestão empresarial, onde a cultura ainda arcaica e a desunião do setor colaboram para o agravamento da crise, não pode-mos deixar de reconhecer a elevada exce-lência que a tecnologia alcançou no auxí-lio das operações de uma usina. Vemos

hoje a informática colaborando fortemen-te para automatizar desde os processos do campo até os controles internos ad-ministrativos, proporcionando um eleva-do grau de governança corporativa.

Tivemos, como exemplo, no último Congresso Anual do GATUA – Grupo das Áreas de Tecnologia das Usinas de Açú-car, Etanol e Energia –, realizado em no-vembro último em Ribeirão Preto, SP, um bom exemplo do quanto a tecnologia é capaz de melhorar todos os processos de uma usina, de forma acessível e com muita criatividade, componente do qual o Brasil é muito rico. Lá tínhamos soluções voltadas para as atividades no campo, para as diversas áreas internas das usi-nas, sejam áreas industriais, de motome-canização ou administrativas. Na área de infraestrutura de TI, também foram apre-sentadas muitas novidades e tendências para o futuro, de forma a garantir um alto grau de automação com total segurança e qualidade de informações para a gestão das empresas.

O trabalho do GATUA tem sido bastante intenso para fortalecer o espa-ço criado pelo grupo para a aproxima-ção dos profissionais de TI das usinas, tão isolados geograficamente e expos-tos ao grande risco que esse isolamento proporciona, que é a “sensação” de que tudo está bem, enquanto a tecnologia evolui a uma velocidade incrível, e mui-tas usinas deixam de ter acesso a gran-des recursos por puro desconhecimento.

Outra forte preocupação do grupo é a mediação entre as demandas constan-temente geradas pelo setor sucroenergé-tico e as muitas ofertas que o mercado de TI diariamente oferece. Para a usina,

Carlos Barros, o Bill

até então, existia somente o acesso a es-sas novidades via visita de vendedores das empresas fornecedoras, e para es-sas empresas fornecedoras, a prospec-ção de usinas sempre foi um trabalho caro e com baixa produtividade.

O GATUA, através do Programa “SGQ – Selo GATUA de Qualidade”, bus-ca melhorar essa relação, dando aos to-madores de decisão das usinas o míni-mo de conforto quanto ao que está sendo prospectado para compra ou contrata-ção, e melhorando a assertividade das áreas comerciais dos fornecedores de produtos ou serviços de TI, orientando--os e ajudando-os nas prospecções a fazer.

E o componente mais importante do Programa SGQ é a criação de um ce-nário de melhoria contínua nos produtos e serviços de TI, baseado no feedback

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Espaço TI

de quem já é cliente. Com metodologia e através de critérios totalmente objeti-vos, conseguimos identificar os descon-fortos que os clientes sentem, mas nun-ca os expressam claramente, e atuamos junto aos fornecedores para revertê-los, de maneira a que o grau de satisfação dos clientes possa sempre aumentar.

O mesmo conceito usado no Pro-grama “SGQ – Selo GATUA de Qualida-

de” foi adotado pelo próprio GATUA para melhorar a próxima edição de seu Con-gresso Anual, que se realizará em outu-bro de 2015. Ouvimos usinas e empre-sas de TI, buscando sugestões e ideias que permitirão a todos os participantes do Congresso do GATUA em 2015 o me-lhor e maior atendimento às suas expec-tativas. Isso é melhoria contínua, e é o que temos que buscar sempre, nos for-

necedores e também em nós mesmos.Quem quiser conhecer mais so-

bre o GATUA, visite o site do grupo – www.gatua.com.br. O grupo existe há 11 anos para servir a todo o setor su-croenergético, permitindo que os pro-fissionais de TI das usinas possam trocar informações técnicas e se aju-dar compartilhando seus problemas e experiências”.

GATUA inicia o segundo ano de seu Programa “SGQ – Selo GATUA de Qualidade”

Após um ano de existência do Programa “SGQ – Selo GATUA de Qualidade”, onde 132 processos de cer-tificação foram realizados pelo GATUA, inicia-se a

segunda etapa para essas certificações já existentes. Conforme a proposta do Programa e a aplicação

de sua metodologia, tudo o que é certificado com o Selo GATUA sofre uma reavaliação anual, objetivando verificar qual a evolução da satisfação dos clientes quanto aos pro-dutos e serviços dos quais são usuários, e se as empre-sas fornecedoras de TI estão tomando ações de melho-ria contínua.

Com essa segunda avaliação, começarão a ser mos-tradas as curvas de comportamento das empresas certifi-cadas – se ascendente, é porque houve melhora na sa-tisfação dos clientes usuários; se descendente, é porque algo piorou nessa satisfação, e a metodologia do Progra-ma SGQ identificará o que precisa ser corrigido, bem como o GATUA estará a disposição da empresa certificada para atuar nessa correção.

O conceito do Programa “SGQ – Selo GATUA de Qualidade”, que é o de instituir um motor de melhoria con-tínua no mercado de TI, baseado exclusivamente no grau de satisfação dos clientes, começa agora a mostrar os seus benefícios de maneira mais evidente e o comprome-timento das empresas de TI com este conceito também começa a ser mostrado.

Quem tiver, após a segunda avaliação, uma curva ascendente, indicará que houve preocupação em atuar na reversão dos pontos elencados no primeiro relatório, como

pontos de melhoria. Este relatório foi entregue há um ano. Isso é o que o GATUA quer ver nas empresas participantes do Progra-ma: preocupação e atuação em melhoria contínua.

Com isso, o Programa SGQ entra em sua segunda fase, onde o compromisso das empresas certificadas fica mais visí-vel a todos, bem como a seriedade de seus resultados e a infor-mação da qualidade do que existe no mercado de TI, destacan-do as empresas que realmente querem oferecer bons produtos e melhores serviços.

E tudo isso com a chancela de quem já é cliente. Esse é o grande diferencial desse programa, e o GATUA parabeniza a to-das as empresas participantes.

Selo Ouro, uma das classificações do Selo GATUA de Qualidade, programa que entra em seu segundo ano

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Capa

Um golaço!Perto do Natal, Neymar inaugura instituto para cuidar de crianças carentes no

litoral de São Paulo e realiza sonho do pai; A iniciativa foi prestigiada pela CanaMix

Marcela Servano

“Quando se sonha sozinho é apenas um sonho. Quando se sonha junto é o começo da realidade”. Esse trecho

do livro “Dom Quixote”, do escritor espa-

nhol Miguel Cervantes, ilustra bem o que aconteceu no último dia 23 de dezembro de 2014, na cidade de Praia Grande, li-toral paulista: a inauguração do Instituto Projeto Neymar Jr, uma entidade sem fins lucrativos que irá atender crianças caren-

tes da comunidade. A iniciativa é fruto de um sonho an-

tigo do pai do jogador, que se estendeu a toda a família – que mantém fortes la-ços com a cidade. O craque Neymar Jr, que também herdou o nome do pai, pas-

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Um golaço!sou parte da infância no município e mo-rou no Jardim Glória, local que escolheu como sede da instituição. Os familiares estavam em peso no evento. O idealiza-dor do projeto, o Neymar pai, declarou aos jornalistas: “Era um sonho de família fazer alguma coisa. O Neymar saiu desse ambiente, morávamos aqui perto, nos-sos filhos tinham dificuldade de ter aces-so à qualidade do esporte e lazer. Cria-mos esse instituto para fazer um pouco daquilo que nós não tínhamos”.

A inauguração contou, ainda, com a presença de diversas personalidades, como o prefeito de Praia Grande, Alber-to Mourão, o vice-presidente do Barce-lona, da Espanha, Ramon Cierco, espor-tistas campeões, como o técnico de vôlei Bernardinho, o nadador Cézar Cielo e o ex-boxeador Acelino Popó Freitas, além

dos cantores Alexandre Pires e Anitta e da atriz Fernanda Paes Leme. A inaugura-ção do instituto foi abençoada com uma oração feita pelo Pastor Newton Lobato, do Ministério Peniel, igreja que a família Neymar frequenta.

Em entrevista à CanaMix, o ex-bo-xeador Popó ressaltou a importância so-cial que iniciativas como esta têm na so-ciedade. “Esse projeto não é só uma conquista de uma família humilde de venceu no esporte, mas de todos que acreditam em um futuro melhor através da educação, esporte e cultura. Ações desse gabarito devem servir de exem-plo para todos. Eu tenho um projeto so-cial em Salvador e imagino a emoção que Neymar e seus familiares estão sen- O ex-boxeador Acelino Popó Freitas

Cantor Alexandre Pires

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tindo”. Alexandre Pires disse que o pro-jeto é algo diferente de tudo o que viu no país. “O lugar não se preocupa apenas com as crianças, mas com suas famílias também, realizando um trabalho extre-mamente humano com as pessoas aten-didas”, afirmou o cantor.

O jogador contou com o apoio da Prefeitura de Praia Grande, que cedeu o terreno por 60 anos, e de diversos par-ceiros, entre eles seu próprio clube, o Barcelona, que apoia ações sociais no mundo inteiro. O projeto todo custou cer-ca de R$ 40 milhões, sendo R$ 25 mi-lhões do bolso da família, como contri-buição ao município. O

diretor superintendente administra-tivo da instituição, José Benício, disse, também em entrevista à CanaMix, que o principal objetivo é contribuir para a for-mação intelectual e social do cidadão. “Estamos preocupados em formar o ca-ráter dessas pessoas, para que elas te-nham um futuro melhor”.

O local tem 8,4 mil metros qua-drados e capacidade para atender 2.300 crianças, dos sete aos 14 anos. Os res- José Benicio - Diretor Superintendente Administrativo

Pastor Newton

ponsáveis por elas também participarão do projeto, o que totalizará um alcance inicial de dez mil pessoas. O horário de funcionamento do instituto é das 7h às 23h. As atividades acontecem nos três turnos (manhã, tarde e noite). As crian-ças que estudam no período da manhã participam das atividades à tarde e vice-versa. Já os familiares podem frequentar os cursos no período noturno.

As crianças poderão praticar es-portes, leitura, escrita, informática, mú-sica, dança e aprender uma nova língua. As famílias também terão acesso às ati-vidades esportivas, cursos profissionali-zantes e de alfabetização, além de pales-tras e oficinas de diversos temas.

Muito emocionada, a mãe de Neymar, Nadine Santos, e a irmã Rafa-ella Santos também falaram sobre a obra

Capa

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Homenagem da Revista CanaMix ao INJR (Instituto Projeto Neymar Jr.)

Plínio César recebe das mãos de Neymar Jr. camisa da Seleção Brasileira com dedicatória do craque

e como a família se sente realizada: “Que esse instituto hoje possa ser não só a minha casa, mas a casa de vocês tam-bém”, disse a mãe. Já a caçula declarou que “hoje começa um sonho da família”.

Responsabilidade SocialO grupo AgroBrasil, por meio de

suas revistas CanaMix e Terra & Cia, apoia este tipo de iniciativa por entender que ações como esta contribuem para a melhoria do país. Segundo o diretor da revista, Plínio César de Azevedo Jr, o jo-gador e sua família são um exemplo a ser seguido, principalmente para os go-vernantes, que poderiam fazer mais pela população, mas preferem se omitir. “O sonho de Neymar e de sua família vai mudar a vida de muitas pessoas. Que Deus abençoe e ilumine a todos os en-volvidos neste projeto”.

O grupo AgroBrasil entregou uma homenagem ao craque durante o even-to: um quadro com a foto de Neymar com a camisa da Seleção Brasileira e os di-zeres: “Solidariedade é tão bonito quan-to um gol de placa”. A arte foi feita pela agência MOV, de Ribeirão Preto, SP, em parceria com a CanaMix.

“Ações assim sempre serão pautas de nossas publicações, pois acreditamos em um país melhor, feito por pessoas ho-nestas, sonhadoras, realizadores e capa-zes de construir um futuro promissor para o Brasil”, concluiu Plínio.

SERVIÇO:Quem quiser contribuir com o Instituto Neymar Jr, com doações e patrocínios, ou conhecer a entidade, os contatos são: Telefones:(13) 3592-2764

(13) 3476-1111

Redes Sociais: facebook.com/institutoneymarjrtwitter.com/InstitutoNJr

E-mail:[email protected]

Endereço: Avenida Ministro Marcos Freire, 2112Jardim Glória, Praia Grande, SPCEP: 11724-000

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Eventos

Novas tecnologias na FfatiaFeira foi realizada paralelamente à IV Mostra Sucroenergética Centro-Oeste

e ao Canal Sucroeste, destinado a profissionais do setor sucroenergético

Da assessoria de imprensa

O mercado de embalagens e rótu-los foi representado na 9ª Edição da Feira de Fornecedores e Atu-

alização Tecnológica da Indústria de Ali-mentação (Ffatia), realizada de 28 a 31 de outubro no Centro de Convenções de Goiânia, GO. A embalagem é um compo-nente obrigatório e decisivo para o su-cesso comercial de praticamente todos os produtos alimentícios. Os exposito-res apresentaram as novidades no fecha-mento, os rótulos, além da marcação in-dustrial nas embalagens.

Para mensurar a importância da embalagem e dos rótulos, o setor movi-menta mundialmente mais de US$ 500 bilhões, representando entre 1% e 2,5% do PIB de cada país. No Brasil, a movi-mentação é de R$ 47 bilhões e gera mais de 200 mil empregos diretos e formais. Os dados são da Associação Brasileira de Embalagem (Abre).

NovidadesO Codmarc – Codificação e Marca-

ção Industrial –, com sede em São Pau-lo, apresentou na feira o equipamento au-tomático de marcação em embalagens que utiliza a tecnologia de impressão de Termo Transferência. Este processo cria imagens de alta resolução em operações flexíveis de empacotamento e aplicação de etiquetas, além de minimizar o tem-po de inatividade e os custos associa-dos à reposição de ribbon e às trocas da produção.

A Go Print, de Aparecida de Goiâ-

9ª Edição da Feira de Fornecedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação (Ffatia) apresentou mercado de embalagens e rótulos

Promovida a cada dois anos, a Ffatia apresentou aos visitantes, compradores do setor de alimentos, o que existe de mais moderno em equipamentos e tecnologias

nia, GO, esteve pela primeira vez na Ffa-tia. A empresa do setor gráfico apresen-tou aos visitantes sistemas de rotulagem automáticos, que garantem velocida-de de produção e diminuição de custos com menores perdas. “O mercado vem demandando a troca de equipamen-tos obsoletos por mais modernos com maior produtividade. Esse aumento no volume de nossos clientes faz com que tenha que se investir também em apli-cadoras automáticas de rótulos para dar continuidade no aumento das linhas de produção”, explica o diretor da empre-sa, Raphael Abbate. A Go Print trabalha com Rótulos Termo Encolhíveis (slee-ves), autoadesivos, in mould, alumínio farmacêutico, lacres e rótulos bula.

Já a Coreplast Embalagens, de Jaú, SP, empresa que atua no segmen-to de fechamento de embalagens, apre-

sentou todos os produtos e aparelhos da marca, em especial os de fechamento de caixas de papelão, de paletização e de au-tomação das linhas de produção.

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Estiveram em destaque setores como processos industriais, automação e controle de processos, movimentação e logística, embalagens, insumos e serviços

A feiraPromovida a cada dois anos, a Ffa-

tia apresentou aos visitantes, comprado-res do setor de alimentos, o que existe de mais moderno em equipamentos e tec-nologias disponíveis no mundo para pro-cessos industriais, automação e controle de processos, movimentação e logística, embalagens, insumos e serviços. Para facilitar a visitação, todos os setores fo-ram sinalizados por totens. Simultane-amente à Ffatia, foram realizados, em parceria com o Centro Nacional das In-dústrias do Setor Sucroenergético (CEI-SE-Br) e com o apoio dos Sindicatos das Indústrias de Fabricação de Etanol e Açú-car no Estado de Goiás (Sifaeg/Sifaçú-car), a IV Mostra Sucroenergética Centro--Oeste (Sucroeste) e o Canal Sucroeste, seminário destinado para os profissio-nais do setor sucroenergético.

Além da mostra, paralelamente à Ffa-tia, o visitante também pôde conferir a Ex-polaco (Exposição de Produtos Lácteos do Centro Oeste) e o III Concurso de Produ-tos Lácteos do Centro Oeste. Para aprimo-ramento de networking e negócios, foram realizadas a “Grande Rodada de Negócios”, espaço onde os expositores da feira pude-ram negociar produtos, e as “Rodadas de Negócios”, serviços em reuniões rápidas, com compradores de grandes indústrias da Região Centro-Oeste e sem precisar sair do pavilhão de exposição.

III Canal Sucroeste discute

Para facilitar a circulação de visitantes, todos os setores e corredores da Ffatia foram sinalizados

biocombustíveisPela terceira vez consecutiva inte-

grando a programação da Feira de For-necedores e Atualização Tecnológica da Indústria de Alimentação (Ffatia), o Se-minário Canal Sucroeste deste ano trou-xe o tema Biocombustíveis – Desafios e Oportunidades. No dia 31 de outubro, profissionais, empresários e estudantes se reuniram em Goiânia para debater te-mas relacionados aos setores sucroe-nergético, biodiesel e bioeletricidade. O seminário é uma realização do Canal – Jornal da Bioenergia, em parceria com

o Grupo de Estudos de Maximização da Eficiência Agroindustrial (Gemea) e da Reed Alcântara Machado Ltda.

Além desses, o Sindicato da In-dústria de Fabricação de Etanol do Esta-do de Goiás e o Sindicato da Indústria de Fabricação de Açúcar do Estado de Goi-ás (SIFAEG/SIFAÇÚCAR) apoiam institu-cionalmente o evento. Segundo a editora do Canal – Jornal da Bioenergia, publi-cação veiculada nacionalmente há oito anos, o Canal Sucroeste é uma evento que, desde sua primeira edição, sempre primou pela qualidade. “Palestrantes re-nomados trazem os temas de maior re-levância no momento e oferecem, as-sim, uma estratégica oportunidade para os profissionais que atuam no setor su-croenergético se atualizarem”.

Já o presidente do Fórum Nacional Sucroenergético e Presidente Executivo do Sifaeg/Sifaçúcar, André Rocha, res-salta que o setor de produção de etanol, açúcar e bioeletricidade vem enfrentan-do vários problemas nos últimos tem-pos. “A crise que abalou as usinas teve efeitos graves. No Seminário Canal Su-croeste, temos uma ótima oportunidade de abordar detalhadamente essa ques-tão e debater sobre os cenários futuros do setor sucroenergético.”

André Rocha foi um dos palestran-tes do seminário, abordando o tema “A crise vai passar? Como serão os cená-rios futuros do setor de produção de eta-nol, açúcar e bioeletricidade no Brasil e no mundo”. Também estiveram presen-tes Henrique Berbert de Amorim Neto, diretor operacional da empresa de tec-nologia do setor sucroalcooleiro e bebi-das destiladas Fermentec, apresentando as “Perdas na indústria de produção de açúcar e etanol”, José Paulo Stupiello, presidente da Sociedade dos Técni-cos Açucareiros e Alcooleiros do Brasil (STAB), e Fernando Cullen Sampaio, en-genheiro químico com vivência de mais de 28 anos no setor sucroenergético.

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Da redação

Volta da Cide acionará gatilho do preço do açúcar e da cana

A elevação no valor da gasolina es-timulará o maior consumo de eta-nol, quando o consumidor compa-

rar o preço dos combustíveis associado às suas eficiências. E a depender do au-mento no consumo do álcool, as indús-trias produtoras tendem a ampliar o mix do etanol em detrimento ao de açúcar, este que tem sido priorizado nas usinas por conta da falta de estímulo do gover-no ao etanol nos últimos anos. Logo, se-gundo a União Nordestina dos Produtores de Cana (Unida), com a volta da taxação da gasolina, haverá, gradativamente, re-

dução na fabricação e na exportação do açúcar, que hoje tem baixo valor no mer-cado internacional devido ao excedente do produto no mundo. Com isso, a mu-dança do mix nas usinas sucroalcoolei-ras contribuirá para elevação do valor da cana, uma vez que na composição do seu preço está condicionado o valor do açú-car e do etanol, que tendem a aumentar.

A composição do preço da cana-de-açúcar depende dos preços do açú-car e etanol. E o principal deles é o va-lor do açúcar no mercado internacional, sobretudo porque o Brasil é o maior ex-

portador dessa commodities no planeta. “Com a volta da competitividade do eta-nol em relação à gasolina, em decorrên-cia da incidência da Cide, mais cana será destinada à produção de etanol e menos para a fabricação de açúcar, diminuindo a respectiva produção do alimento, elevan-do seus preços no mercado exterior con-sequentemente, os quais estão abaixo do custo de produção” explica Alexandre An-drade Lima, presidente da Unida.

Confira outros destaques do mês no Portal Canamix.

Dilma libera R$ 187 milhões para pagamento da subvenção da cana

Usina Pumaty reabre e já fatura mais de R$ 22 milhões em dois meses

Medida assinada por Dilma Rousseff libera crédito de R$ 178 milhões para fornecedores de cana nordestinos e cariocas

A usina Pumaty, localizada na Zona da Mata Sul pernambucana, já moeu 240 mil toneladas de cana de 1,2 mil fornecedores

A presidente Dilma Rousseff publicou a medida provisó-ria (MP) 666/14, concedendo crédito financeiro extra-

ordinário para diversos fins, entre eles o pagamento de R$ 178 milhões em subvenção econômica para os fornece-dores de cana-de-açúcar nordestinos e cariocas, em aten-dimento à Lei 12.999/2014. Cerca de 30 mil canavieiros serão beneficiados com a iniciativa. As usinas produtoras de etanol no Nordeste também foram beneficiadas com a ação, através da liberação de R$ 435 milhões, atendendo a Lei 13.000/14.

Os dirigentes da União Nordestina dos Produtores de

Cana (Unida), entidade representativa da classe canavieira da região, ainda irão a Brasília, na Casa Civil, com o objetivo de pleitear a publicação imediata do Decreto Presidencial, regu-lamentando a lei que autoriza a subvenção. O setor aguarda a publicação desde o mês de julho de 2014. (Fonte: Unida)

Em pouco mais de dois meses de reabertura, a usina Puma-ty, localizada na Zona da Mata Sul pernambucana, já moeu

240 mil toneladas de cana de 1,2 mil fornecedores, produzin-do 14 milhões de litros de etanol. O faturamento já chegou na

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Setor canavieiro defende análise de projetos estruturantes

por governadores

Exportação de etanol dos EUA cresce e ajuda a evitar excedente de produção

Sugestões através do e-mail [email protected]

Para saber mais, acesse: www.canamix.com.br | twitter: @canamix

O presidente da Unida, Alexandre Andrade Lima, irá ao gabinete do ministro da Integração Nacional para defender o setor sucroenergético

casa dos R$ 22 milhões, gerando mais de R$ 2 milhões so-mente de ICMS estadual.

A volta da unidade industrial foi uma iniciativa de produ-tores de cana vinculados à Associação dos Fornecedores de Cana (AFCP) e ao Sindicato dos Cultivadores de Cana. A expe-riência chamou a atenção do novo senador, Fernando Bezer-ra Coelho, que decidiu visitar o parque industrial da usina, jun-to à comitiva de prefeitos da região e representantes do setor canavieiro. A informação é dos presidentes da AFCP, Alexan-dre Andrade Lima, e do Sindicato dos Cultivadores de Cana do Estado, Gerson Carneiro Leão.

Os expressivos números traduzem o êxito da experi-ência dos produtores de cana do estado, que se reuniram em uma cooperativa e decidiram reabrir a usina com o apoio dos proprietários da unidade. (Fonte: Unida)

A União Nordesti-na dos Produto-

res de Cana (Unida) rei-vindicará que o ministro da Integração Nacional, Francisco Teixeira, enca-minhe os projetos sobre a reestruturação do se-tor sucroenergético do Nordeste, elaborados no decorrer deste ano por representantes de minis-térios e da respectiva ca-deia agroindustrial, sob a coordenação da Sudene,

para análise dos governadores da Região na próxima reunião do Conselho Deliberativo da Sudene (Condel) – estância de delibera-ção máxima do órgão, que reúne todos os governadores do Nor-deste e ministros de Estado.

O pleito será feito direto ao ministro pelo presidente da Uni-da, Alexandre Andrade Lima, e o consultor especial da entidade,

Gregório Maranhão. “Frente à grave crise que afeta o setor canaviei-ro, mas, sobretudo, diante dos signifi cativos efeitos da maior seca dos últimos 50 anos na região, a qual tende a se repetir em acor-do às projeções meteorológicas decorrente das mudanças climá-ticas, trabalhamos na elaboração de projetos visando nos preparar para enfrenta as adversidades do clima”, diz Lima. (Fonte: Unida)

Após os embarques americanos de gasolina e diesel terem triplicado desde 2009, as vendas ao exterior do biocombus-

tível feito a partir do milho também reagiram, cresceram 31% este ano e atingiram o maior patamar desde 2011. O etanol tem sido enviado a um grupo diversifi cado de países, que inclui des-de a Coreia do Sul até produtores de petróleo do Golfo Pérsico.

Esse novo “boom” é basicamente motivado por novas safras recorde de milho. Os EUA estão produzindo cerca de 66 milhões de toneladas a mais do cereal por temporada do que há uma década, quase tanto quando o resto do mundo deve-rá exportar este ano.

Nesse contexto, as exportações de etanol estão ajudan-do a evitar um excedente ainda maior da produção, sobretudo depois que Washington reduziu as exigências para a participa-ção do biocombustível na matriz energética doméstica.

“Os EUA precisam ter um mercado exportador”, diz Wallace Tyner, economista especializado em agricultura da Purdue University, de West Lafayette (Indiana). “Temos exces-so de capacidade. O produto está aí, está pronto e tem preço razoável.” (Fonte: Valor Econômico)

O etanol tem sido enviado a um grupo diversifi cado de países, que inclui desde a Coreia do Sul até produtores de petróleo do Golfo Pérsico

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Marketing Canavieiro

Manutenção em dia: fazer mais com menos é possível com tecnologias Armo do Brasil

De acordo com Hércules Tchechel, presidente da Armo do Brasil, em-presa de suprimentos e que pres-

ta serviços para o setor industrial há 15 anos, nesta época, cresce a demanda por serviços de manutenção é a hora de executar o que foi planejado. “Uma ava-liação criteriosa dos equipamentos pode fazer com que muitos sejam reciclados por meio de novas tecnologias e voltem a ficar disponíveis dentro do processo, funcionando com segurança e até com a mesma curva produtiva”, esclarece. Bombas centrífugas ou a vácuo, válvulas rotativas, roscas transportadoras de ba-gaço, rotores de exaustores, cabeçotes ou filtros prensa são alguns dos equipa-mentos que podem retornar à produção depois de recuperados.

Como uma solução prática e de menor custo, Tchechel acredita que re-cuperar é a palavra de ordem ao invés de trocar os equipamentos por novos. “Hoje existem técnicas inovadoras que permi-tem a recuperação de um equipamen-to desgastado bem próximo dos dimen-sionais originais como a soldagem a frio, que pode devolver o mesmo potencial de um novo a um custo até 75% menor”, as-segura. Ele diz que Armo tem recupera-do muitos equipamentos por meio des-sa tecnologia.

Outra indicação para reduzir o im-pacto dos custos de manutenção neste período é lançar mão da tecnologia dos revestimentos químicos. Segundo Tche-chel, hoje existem tintas especiais de alto desempenho que revestem os equi-pamentos com a função de protegê-los da corrosão e dos efeitos nocivos das al-tas temperaturas. O processo protege e

É fundamental estabelecer parcerias com empresas confiáveis e que disponibilizam profissionais técnicos para orientar sobre a melhor solução

prolonga a utilidade dos equipamentos e, por vezes, dispensa a troca por um novo. “Uma tinta à base de aço inox 316L re-veste todo o equipamento, inclusive a área por onde passa os líquidos corro-sivos, fazendo com que a resistência química do inox seja transferida para a superfície de carbono, prolongando a du-rabilidade da máquina”, explica. Segundo Tchechel, é um investimento baixo perto da economia que se faz.

Em resumo, Tchechel recomen-da, antes de tudo, contar sempre com

o apoio de um especialista para auxiliar nesta tarefa. Para ele, é fundamental es-tabelecer parcerias com empresas confi-áveis e que disponibilizam profissionais técnicos para orientar qual a melhor solu-ção dentro de cada contexto. “Por último, é imprescindível que a manutenção faça parte de todo o ciclo de vida de um equi-pamento em um trabalho conjunto da En-genharia, Produção e Manutenção. Enten-do que, dessa forma, é possível atuar no processo com racionalização de recursos e redução de atrasos da produtividade”.

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35REVISTA CANAMIX |DEZEMBRO | 2014

CALDEMA doa brinquedos arrecadados com seus colaboradores para crianças da CASA GRACCIAS

Novos inseticidas para soja e culturas de hortifruti são destaque da Dow AgroSciences na Showtec Maracaju

A Dow AgroSciences apresenta na Showtec Maracaju, que aconte-ce entre os dias 21 e 23 de janeiro,

duas novas opções de controle de insetos. Exalt® e Delegate® são os destaques da companhia no controle do complexo de la-gartas e outras pragas na cultura da soja e

A CALDEMA tem muito orgulho de todos projetos sociais feitos du-rante seus 42 anos. Projetos

como “NATAL CRIANÇA”, que há vários anos ajuda as crianças carentes e que tem como maior objetivo conscientizar seus colaboradores a contribuir para um natal melhor a todos.

Os brinquedos arrecadados entre seus colaboradores foram doados à CASA GRACCIAS, entidade sem fins lucrativos que tem por finalidade o atendimento à pessoas portadoras de câncer, fornecen-do apoio psicossocial para proporcionar um tratamento digno e adequado.

Também foram doados brinquedos à PARÓQUIA SÃO JOÃO BATISTA, que fará a distribuição adequada. Graças aos

A pequena Manuella Cherubim (vestido vermelho) e sua mãe, Sra. Martha Cherubim, entregando os brinquedos à presidente da CASA GRACCIAS, Neuza Marques Baratella

colaboradores da CALDEMA, o NATAL destas famílias será muito mais alegre e reconfortante! Que todos tenham um FE-

LIZ NATAL e um PRÓSPERO ANO NOVO! São os votos dos diretores e colaborado-res da CALDEMA!

Soja é uma das culturas para as quais a Dow AgroSciences irá apresentar novidades durante a Showtec Maracaju

em diferentes culturas de hortifruti.Parte da plataforma Soy Solution™,

amplo pacote de produtos para atender às necessidades do agricultor brasilei-ro, o inseticida Exalt® apresenta alta se-letividade a inimigos naturais da cultura de soja e atua de forma rápida e eficiente no controle do complexo de lagartas nes-ta cultura. Como consequência, a lavoura desenvolve-se de forma mais consistente e com ganhos de produtividade.

Delegate® é o novo inseticida que atua com alto poder de choque e amplo espectro de controle de insetos nas la-vouras de tomate e outras oito culturas de hortifruti. Entre as características do pro-duto, destacam-se o menor período de carência e seu exclusivo mecanismo de

ação com molécula única que permite a rotação de ativos, além de efeito residual prolongado aliado com alta seletividade.

Na Showtec Maracaju, os visitantes também terão contato com informações sobre a inovadora tecnologia Enlist™, uma combinação de melhoramentos ge-néticos que conferem tolerância a herbi-cidas nas culturas de milho e soja com diferentes modos de ação, tornando mais flexível o controle de plantas daninhas e também a resistência a insetos.

Além disso, dados sobre o Progra-ma Enlist™ Care, desenvolvido para ofe-recer aos produtores ferramentas para o uso responsável do Sistema Enlist™, também estarão disponíveis no estande da Dow AgroSciences.

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REVISTA CANAMIX | DEZEMBRO | 201436

Marketing Canavieiro

GE anuncia entrega, à Eletrosul, em Chuí, RS, da primeira Nacelle produzida localmente

A GE anuncia a entrega da primeira Nacelle (cabeça da turbina eólica) produzida localmente. O equipa-

mento será entregue à Eletrosul para equi-par o Parque Eólico Hermenegildo (181 MW), no Chuí, RS. Com a entrega, a GE se torna o primeiro fabricante de equipa-mentos eólicos no Brasil a nacionalizar os componentes que integram a Nacelle do Aerogerador, equipamento essencial para a operação das pás da turbina e, conse-quentemente, determinante para garantir taxas adequadas de geração de energia.

Para se antecipar às normas de fi-nanciamento do BNDES, que exige a na-cionalização das Nacelles a partir de janeiro de 2015, a GE investiu na contra-tação e qualificação de novos fornecedo-res e na atração de empresas que ainda não atuavam no Brasil para serem par-ceiras locais. No período de um ano, 35 novos fornecedores diretos foram con-tratados e seis empresas globais se ins-talaram e se credenciaram para atuarem em parceria com a GE no País.

“Fomos em busca tanto de forne-

cedores que já atuavam em parceria com a GE no País, mas não no segmento eó-lico, quanto de parceiros globais da em-presa no setor, porém sem atuação no Brasil”, explica Rodrigo Ferreira, diretor de Suprimentos da Divisão Eólica para a região. “Por fim, também atuamos na prospecção de novos parceiros, estimu-lando inclusive joint-ventures e inves-timentos para atender a GE no Brasil”, complementa.

Entre os fornecedores que ainda não possuíam operação no País, a GE firmou contratos com VCI Molde, Duo-mo, Grupo Iraeta e SKF-Kaydon. Outros dois contratos foram assinados com fa-bricantes que atuavam somente com re-des de distribuição ou operações para outros segmentos no mercado brasilei-ro: Sanmina e Bonfiglioli, que agora tam-bém contam com fábricas locais focadas na produção de componentes para turbi-nas eólicas.

“A chegada de novos fornecedo-res reforça o desenvolvimento da cadeia produtiva local e a confiança do merca-

do no desenvolvimento de projetos eóli-cos como fonte alternativa de geração de energia”, comenta Jean-Claude Robert, gerente geral da divisão de Energias Re-nováveis da GE para a América Latina.

Com o marco, a GE passa a con-tar com a Nacelle e com o Hub (nariz da turbina eólica) com o índice de naciona-lização recomendado pelo BNDES, des-se modo credenciando os equipamen-tos a participarem do Finame, a linha de financiamento com condições mais atrativas para aquisição de máquinas e equipamentos novos produzidos no Brasil.

Em 2014, a GE atingiu a marca de 1 GW de capacidade eólica instalada no País, planejando adicionar mais 1,5 GW em novos projetos ao longo do próximo ano. O braço de energia eólica da empre-sa está presente em Campinas, com uma fábrica focada na montagem de equipa-mentos, e na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde são mantidos dois centros de serviços que visam suportar a atuação lo-cal de parceiros da companhia.

Em 2014, a GE atingiu a marca de 1 GW de capacidade eólica instalada no País, planejando adicionar mais 1,5 GW em novos projetos

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37REVISTA CANAMIX |DEZEMBRO | 2014

Syngenta anuncia NOVO PLENE para o plantio comercial de cana-de-açúcar no Brasil

A Syngenta anunciou seus planos para ampliar e aumentar a plata-forma PLENE® de soluções in-

tegradas de cana-de-açúcar. Por meio de um acordo de licenciamento exclusi-vo com a New Energy Farms, a Syngenta terá acesso a um sistema inovador para o plantio de cana-de-açúcar no Brasil: o NOBO PLENE.

A tecnologia permite a produção de PLENE em escala comercial. É comple-mentar à PLENE Evolve e PLENE PB, lan-çados no ano passado, que são utilizados para a produção de viveiros e para preen-chimento de falhas.

A nova oferta de PLENE é basea-da em um tecido encapsulado da plan-ta, produzido em um ambiente controla-do. Ele fornece uma taxa de multiplicação mais elevada e um menor custo por to-nelada em comparação com sistemas de plantio convencional.

O NOVO PLENE usa plantas de alta qualidade produzidas na biofábri-ca da Syngenta em Itápolis, SP, e vai oferecer uma mudança de patamar na velocidade e qualidade do plantio de cana-de-açúcar. Com vida útil signifi-cativamente mais longa em compara-ção ao conceito original de PLENE, o novo produto deve melhorar a logís-tica e tornar a tecnologia amplamen-te disponível. O mercado-alvo é cerca de dois milhões de hectares plantados anualmente no Brasil, com comerciali-zação a partir de 2017.

O Chief Operating Officer da Syn-genta, John Atkin, disse: “Nós adiciona-mos outra tecnologia inovadora para a nossa plataforma PLENE. Isso tornará o processo de plantio mais eficiente para

os produtores, trazendo um material ge-nético de alta qualidade em grande esca-la. Por ser multiplicado em um ambiente controlado, podemos eliminar as incerte-zas de produção de campo e os riscos econômicos relacionados”.

Dr. Paul Carver, CEO da New Ener-gy Farms, afirmou: “Estamos desenvol-vendo a tecnologia desde 2009, que tem demonstrado ser muito eficaz em uma série de culturas de propagação vegetati-va. Estamos entusiasmados porque a ex-periência e infraestrutura da Syngenta irá

permitir a comercialização desta tecnolo-gia em cana-de-açúcar no Brasil”.

O portfólio da Syngenta para cana-de-açúcar já oferece amplos benefícios aos produtores no Brasil, o maior pro-dutor de cana-de-açúcar do mundo. Pro-duzindo mais de 40 por cento da cana-de-açúcar mundial, o Brasil aumentou a produção em mais de 100 por cento nos últimos 10 anos. Um crescimento maior é esperado, suportado pelo papel de lide-rança do Brasil em atender a um aumento na demanda global de açúcar.

O NOVO PLENE usa plantas de alta qualidade produzidas na biofábrica da Syngenta em Itápolis, SP

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Marketing Canavieiro

New Holland: Fórum Inovação Sustentável debate desafio da produtividade com preservação de recursos

Fórum Inovação Sustentável 2014, organizado pela Climate Action em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), contou com patrocínio da New Holland

A New Holland patrocinou pelo ter-ceiro ano consecutivo o Fórum Inovação Sustentável 2014, or-

ganizado pela Climate Action em parce-ria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), em Lima, capital do Peru. O evento anual teve como objetivo oferecer aos líde-res de negócios, governos, finanças e ONGs uma plataforma para gerar dis-cussões vibrantes e produtivas, catali-sar inovações sustentáveis e mobilizar

a economia verde.O encontro contou com a Confe-

rência das Partes (COP 20) da UNFCCC, com a Conferência sobre Mudanças Cli-máticas de Lima e também com o pai-nel Innovative Emission Reduction II, com participação de Carlos d’Arce, di-retor de marketing da New Holland para a América Latina.

“A agricultura sustentável se trata basicamente de fazer mais com menos, minimizando o desperdício e reduzin-

do o impacto global de suas atividades sobre o meio ambiente”, explica d’Ar-ce. Para ele, a inovação tecnológica em mecanização agrícola é fundamental para alcançar esse objetivo. “A tecno-logia nos permite desenvolver equipa-mentos de alta produtividade para ma-ximizar a eficiência do solo cultivado, reduzir o desperdício, conservar os re-cursos naturais e reduzir drasticamente as emissões e o impacto ambiental ge-ral da agricultura.”

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Termomecanica busca ampliar em 15% sua presença no mercado sucroenergético até 2015

Para reforçar sua presença no mer-cado sucroenergético, a Termo-mecanica apresenta a sua ino-

vadora linha de produtos Premium. Composta pelas Capas de Bronze TM 23, buchas e tarugos de bronze, os pro-dutos proporcionam às usinas maior competitividade e redução de custos. Em 2013, a Termomecanica ampliou em 10% sua presença no mercado e, até o final de 2015, pretende aumentar mais 15%.

“Nossos produtos são indicados para as usinas que desejam maior pro-dutividade e, sobretudo, longa vida útil aos equipamentos para maximizar os in-vestimentos. É exatamente nesse pon-to que nossos produtos fazem a di-ferença”, explica Paulo Cezar Martins Pereira, gerente de marketing e vendas da Termomecanica.

Fabricadas com uma liga exclusi-va, desenvolvida e patenteada pela em-presa, que lidera o setor de transforma-ção de metais não ferrosos (cobre e suas ligas), as Capas de Bronze garan-tem a melhor relação custo x benefício às usinas de açúcar e álcool.

A durabilidade da Capa TM 23, principalmente levando em considera-ção a severidade do trabalho e a resis-tência aos esforços mecânicos, permi-te que as moendas trabalhem de forma ininterrupta. Tem como principal vanta-gem o fato de proporcionar maior dura-bilidade em relação aos produtos con-correntes. Chega a resistir a mais de uma safra, desde que sejam seguidas corretamente as instruções operacionais dos fabricantes dos equipamentos.

Isso faz com que as usinas obte-

Os produtos, em especial as Ca-pas de Bronze TM 23, conhecidas mais popularmente como semicasquilhos, são utilizados na manutenção das usi-nas, como peças de reposição. Insta-ladas nos ternos da moenda, as Capas de Bronze têm a função de um mancal que protege o eixo da moenda do des-gaste, daí a necessidade de um produto de alta qualidade e confiabilidade. Além do modelo convencional, as usinas po-dem contar com a Capa de Bronze TM 23 com sistema interno de serpentina de refrigeração, o que confere mais eficiên-cia na troca de calor e garante uma vida útil ainda maior ao mancal.

Outro diferencial de mercado ofe-recido pela Termomecanica é a possibi-lidade de reciclagem da Capa de Bronze ao terminar sua vida útil. Quando retira-

da da moenda, a usina entrega a peça à Termomecanica e paga apenas o valor correspondente à diferença no peso do material, somado à mão de obra. “Não temos conhecimento de outro fabrican-te que ofereça esta importante condição. No geral, as capas de bronze viram su-cata e são vendidas pelas usinas a pre-ços bem abaixo do mercado, diretamen-te para sucateiros”, comenta Pereira.

Uma equipe comercial e de enge-nharia é especialmente dedicada a essa área de atuação, com o objetivo de ofe-recer um atendimento de qualidade e agilidade de acordo com as necessida-des específicas de cada usina. O even-to também será uma oportunidade de re-lacionamento com os clientes e novos clientes, que permite reforçar a marca da TM.

nham um ganho de pro-dutividade, conquistando maior tempo operacional disponível, já que uma substituição de capa em época inadequada, além de trabalhosa e demora-da, pode refletir nos resul-tados finais. O bronze TM 23 apresenta boa resistên-cia à corrosão, excelente qualidade antifricção, usi-nabilidade e conformabili-dade para buchas e man-cais. Esses atributos de qualidade, juntamente com as políticas comerciais, como pontualidade de en-trega, tornaram os produ-tos da Linha Premium refe-rência no mercado.

Fabricadas com uma liga exclusiva, as Capas de Bronze garantem a melhor relação custo x benefício às usinas de açúcar e álcool

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REVISTA CANAMIX |NOVEMBRO | 201440

A história de São Paulo nas fazendas de café

São Paulo deve expandir gado de corte

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41REVISTA CANAMIX | NOVEMBRO | 2014

A história de São Paulo nas fazendas de caféDa Assessoria Imprensa Condephaat

Um retrato do imperador com moldu-ra rica; clavinotes; bacamartes; tra-bucos; porcelanas; máquinas para

socar e beneficiar café; senzalas para es-cravos casados e senzalas para escra-vos solteiros. Estes são apenas alguns dos bens listados nos inventários dos senhores do café da região do Vale do Paraíba, no in-terior de São Paulo. Coletados em uma ex-tensa pesquisa, eles foram organizados no livro “Fazendas de Café do Vale do Paraíba: O Que os Inventários Revelam”, publicado pela Secretaria da Cultura do Estado de São Paulo por meio da Unidade de Preservação do Patrimônio Histórico e do Condephaat – Conselho de Defesa do Patrimônio Histó-rico, Arqueológico, Artístico e Turístico do Estado. O lançamento acontece no dia 10 de dezembro, às 19h30, no Museu da Casa Brasileira.

O livro é resultado de uma exten-sa pesquisa, empreendida por Carlos Eu-gênio Marcondes de Moura, nos anos 1974/1975, quando foram registrados 190 inventários de propriedades rurais localiza-das no Vale do Paraíba, nos anos de 1817 a 1915. Na época, o pesquisador foi in-cumbido pela presidência do Condephaat de realizar o levantamento de uma ampla documentação, arquivada em cartórios re-gionais, relativa aos inventários dos proprie-tários das fazendas de café da região, que se estende dos atuais municípios de Bana-nal a Roseira, no Vale do Paraíba paulista.

O material coletado esteve, durante as últimas décadas, sob a guarda dos téc-nicos e pesquisadores do Condephaat e foi sintetizado para a publicação, com itens e informações selecionadas e organizadas pelo pesquisador. O livro constitui-se tam-bém de uma importante fonte documental, pois reúne informações que estavam ar-

quivadas em cartórios do interior do esta-do. Ainda segundo o autor, no momento em que a pesquisa foi realizada, a documenta-ção estava armazenada, muitas vezes, em ambientes inadequados para sua preserva-ção, sujeita, portanto, à degradação. Des-ta forma, a publicação dos inventários em forma de livro é também um meio de pre-servar a memória e a história do café em São Paulo.

Segundo a presidente do Condepha-at Ana Lúcia Duarte Lanna, o material dispo-nibilizado na publicação agrega uma multi-plicidade de significados do Vale do Paraíba e insere seus bens naturais, arquitetônicos e históricos num largo leque de represen-tações sobre a história paulista. “Os inven-tários coletados permitem compreender muitas das características da economia ca-feeira na região e revelam uma diversidade que a denominação genérica de produção cafeeira acaba por ocultar. O material tam-bém nos informa que nem tudo era café na região estudada. São inventários que sina-lizam o complexo quadro de propriedades, atividades e situações sociais amalgama-das no espaço e tempo Vale Paraibano”, diz Ana Lanna.

“Exemplos dramáticos da desvalori-zação e decadência das propriedades agrí-colas da região pesquisada, pouco antes da Abolição e no início do século 20, se mos-tram nos inventários da Fazenda da Divi-sa (Bananal, 1886), da Fazenda das Pal-meiras (Queluz, 1888), da Fazenda do Salto (Queluz, 1896), da Fazenda Orisaba (Areias, 1903), da Fazenda Santo Antonio (Lavrinhas, 1903) e da Fazenda Santa Cruz (Areias, 1909)”, revela o pesquisador.

Entre as muitas histórias, um dos in-ventariados, o padre João Graciano de Faria (Fazenda da Cachoeira, freguesia do Sapé, Silveiras, inventário de 1869) deixou livres 45 escravos e legou-lhes, durante suas vi-

das, o usufruto da fazenda que comprou naquela freguesia a José Joaquim Moreira Lima, de Lorena. Em seu testamento, dis-pôs que por morte do último dos escravos a fazenda passaria a pertencer a Nossa Se-nhora da Piedade, padroeira da freguesia. Os escravos que ficaram cativos deveriam servir seus herdeiros, não poderiam ser vendidos, hipotecados ou dados por dívidas e ficariam livres após a morte dos mencio-nados herdeiros.

Outro exemplo contado no livro, tam-bém do ano de 1869, é do inventário de Maria de Jesus Freitas, de Bananal, proprie-tária da Fazenda Serra do Perapetinga. Ela alforriou em testamento “todos os escravos e escravas, pretos e pretas, pardos e par-das, sem exceção alguma, e todos os seus filhos atuais e os que ainda possam vir a ter enquanto a testadora for viva”. A esses es-cravos ela deixou 19 alqueires de terras.

Enquanto alguns senhores de café deixaram em testamento instruções de al-forria para escravos e até alguns bens, in-clusive com reconhecimento de paternida-de para filhos que tiveram com escravas, outros inventários revelam entre bens re-lacionados alguns instrumentos de tortura, tais como: algemas de ferro com cadeado, troncos, ganchos para pescoço (libam-bos). É a história do Brasil em seus múlti-plos olhares. Os interessados deverão man-dar e-mail para: [email protected].

SERVIÇO:Fazendas de Café do Vale do Paraíba:

O Que os Inventários Revelam - Editora Im-prensa Oficial

Lançamento – Dia 10 de dezembro, às 19h30

Local: Museu da Casa BrasileiraEndereço: Av. Brigadeiro Faria Lima,

2.705 – São Paulo/SP

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Pecuária

São Paulo deve expandir gado de corteNo chamado plano ABC, o BNDES fi nancia até 100% do valor dos investimentos,

observado o limite de até R$ 2 milhões por cliente, em cada ano-safra

DCI (Diário Comércio, Indústria & Serviços)

Com a crise estabelecida nas duas principais culturas de São Pau-lo, laranja e cana-de-açúcar, os

agricultores buscam alternativas que resgatem a rentabilidade do Estado. Uma delas é o engajamento na pecuária de corte, impulsionado pelos preços do boi e um potencial de pastagens, hoje degradadas.

“Recentemente, dei um treinamen-to no Cati com a presença de 100 agrô-nomos paulistas que querem que parte da agropecuária se torne de corte, inde-pendentemente de reduções na área de cana-de-açúcar. Agora é bom momento para fomentar isso e de maneira susten-tável”, conta o diretor da Scot Consulto-ria, Alcides Torres.

A Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati) é o ponto de inte-gração entre o setor produtivo e a Secre-taria Estadual da Agricultura.

De acordo com o executivo, a me-dida seria extremamente positiva tanto para os frigorífi cos quanto para os pecu-aristas da região. A ideia é que os agri-cultores do setor sucroenergético, por exemplo, diminuam parte dos hectares de plantio e alternem as áreas com cria-ção de bovino.

Com relação à recuperação de pastagens, o diretor da Scot acredita que esta seria a maneira de dar um salto de produtividade no Estado. Uma ferramenta essencial neste cenário é o programa de Agricultura de Baixo Carbono (ABC), do Governo Federal.

No chamado plano ABC, o Banco

Buscando alternativas às crises da laranja e da cana-de-açúcar, agricultores paulistas estão investindo na pecuária de corte

Nacional do Desenvolvimento (BNDES) fi -nancia até 100% do valor dos investimen-tos, observado o limite de até R$ 2 mi-lhões por cliente, em cada ano-safra.

“Se fi zermos algo bacana, aduba-do, captamos mais carbono do que a Flo-resta Amazônica. Quando melhorarem as pastagens aqui, não será necessário der-rubar um hectare lá”.

Riscos“Quem quiser deixar a agricultura,

de fato, para migrar para o boi pensando apenas nos preços altos, certamente vai se complicar”, ressalta Torres.

O professor e pesquisador do Cen-

tro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), Sérgio Zen, confi rma que há vários produtores saindo da cana e indo para o gado e diz que esse proces-so exige muito cuidado do produtor.

“Ainda temos problemas sérios de tecnologia para crescer. Faltam varieda-des genéticas para o capim, por exemplo. Sem contar que tudo isso demanda ca-pital e se São Paulo quiser sobreviver na cria, vai precisar de bois de alta qualida-de”, completa Zen.

Para Torres, prevendo uma difi cul-dade de gestão neste processo, a Secre-taria de Agricultura, através do Cati, já está atuando na formação de pessoas.

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