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RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO 2011

BALANÇO PATRIMONIAIS

ATIVO

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO

DEMONSTRAÇÕES DO FLUXO DE CAIXA EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO

1 CONTEXTO OPERACIONAL

2 APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS

3 ESTIMATIVAS E PREMISSAS CONTÁBEIS CRÍTICAS

4 GESTÃO DE RISCOS

5 DEMONSTRATIVO DA ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

6 ESTIMATIVA DO VALOR JUSTO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

7 INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA

8 QUALIDADE DOS CRÉDITOS DOS ATIVOS FINANCEIROS

9 CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

10 TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

11 INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

12 CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

13 ESTOQUES

14 IMPOSTOS A RECUPERAR

15 TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

16 TRANSAÇÕES E SALDOS RELEVANTES COM PARTES RELACIONADAS

17 INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E COLIGADAS

18 IMOBILIZADO

19 ATIVOS BIOLÓGICOS

20 INTANGÍVEL

21 ACORDOS DE ARRENDAMENTO FINANCEIRO E OPERACIONAL

22 ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES - PROGRAMA PRODUTOR FLORESTAL

23 EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

24 CONTINGÊNCIAS

25 PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL (REFIS)

26 COMPROMISSOS DE LONGO PRAZO

27 PATRIMÔNIO LÍQUIDO

28 BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

29 PROGRAMA DE REMUNERAÇÃO BASEADO EM AÇÕES - PHANTOM STOCK OPTIONS (PSO)

30 RECEITA LÍQUIDA

31 RESULTADO FINANCEIRO

32 DESPESAS POR NATUREZA

33 COBERTURA DE SEGUROS

34 INFORMAÇÃO POR SEGMENTO

35 LUCRO POR AÇÃO

36 CONTAS A PAGAR POR AQUISIÇÃO DA ARACRUZ

37 ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA A VENDA E RESULTADO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

38 TESTES PARA VERIFICAÇÃO IMPAIRMENT

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO

DIRETORIA

PARECER DO CONSELHO FISCAL

PARECER DOS AUDITORES INDEPENDENTES

Índice

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Relatório da Administração 2011

MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

O ano de 2011 começou com uma perspectiva favorável para o setor de celulose. No entanto, o enfraquecimento do qua-dro econômico global, a partir do segundo semestre, afetou a demanda e os preços das principais commodities. O cenário de forte volatilidade cambial trouxe um grande desafio para o desempenho financeiro da Fibria. Felizmente, conseguimos atenuar esse impacto negativo com as iniciativas que adotamos, reduzindo custos e garantindo excelência operacional.

Neste, que foi o segundo ano de atividades da Fibria, alcançamos novas e importantes conquistas. Destacamos a mo-dernização da linha de branqueamento da Fábrica A da Unidade Aracruz, no Espírito Santo, que permitiu a redução do consumo de químicos e o aumento da eficiência operacional da Unidade. Intensificamos, também, a troca de experiências e de conhecimentos entre profissionais de diferentes unidades operacionais, com consideráveis ganhos de produtividade tanto nas florestas quanto nas fábricas.

A Fibria prezou pela excelência operacional de suas unidades produtivas, com o objetivo de otimizar a produção de celulo-se, minimizando os custos envolvidos de forma a manter sua condição de produtor de menor custo de produção. Todas as Unidades tiveram recorde de produção anual de celulose, em volume suficiente para compensar grande parte da produção de Conpacel, cuja venda foi concluída no início de 2011.

Avançamos na gestão do endividamento – um esforço cujos resultados foram em parte reduzidos pela valorização do dólar em relação ao real, efeito este meramente contábil e que contribuiu para elevação da alavancagem da Companhia. A con-clusão das vendas de Conpacel, KSR e da Unidade Piracicaba foi um marco importante no ano: as operações viabilizaram a estratégia de reposicionamento da Companhia no negócio celulose e contribuíram para melhorar nossa estrutura de ca-pital, mantendo nossa liquidez mesmo após termos quitado a totalidade da nossa dívida com os ex-acionistas da Aracruz.

Quanto à estratégia de crescimento, obtivemos a licença de instalação para o Projeto Três Lagoas II, na Unidade locali-zada no Mato Grosso do Sul, e continuamos a desenvolver nossas áreas florestais. Estaremos atentos às condições de mercado e à situação financeira da Fibria, antes de tomar a decisão pela expansão desta Unidade.

Acreditamos que um dos avanços mais importantes da Fibria em 2011 tenha ocorrido nas relações com as partes inte-ressadas. Conseguimos estreitar os laços com as comunidades e lideranças sociais das regiões onde estamos presentes com programas de relacionamento e engajamento. Desta forma estabelecemos um diálogo aberto, permitindo o desenvol-vimento de formas produtivas e inovadoras de relacionamento e de negócios.

Continuamos a trabalhar na obtenção de certificações adicionais para as nossas operações florestais e industriais, como é o caso do esforço desenvolvido na Unidade Aracruz para a obtenção do selo FSC®. Em maio, cumprimos a primeira etapa do programa SmartStep, supervisionado pelo Instituto de Manejo e Certificação Florestal e Agrícola (Imaflora), para a conquista desse importante endosso de boas práticas socioambientais no manejo florestal.

Durante 2011, atendendo a recomendação de nosso Comitê de Sustentabilidade e corroborando nosso compromisso com o longo prazo, estamos desenvolvendo um Programa de Metas para os próximos dois ciclos (14 anos) de plantio. Identifi-camos as principais variáveis que afetam direta ou indiretamente a produção de celulose, incluindo temas prioritários para a Fibria, como riscos sociais e ambientais. Desta forma, divulgaremos em 2012 metas de sustentabilidade de longo prazo que nortearão nossa estratégia sustentável até 2025.

Nossas margens de lucro se estreitaram no exercício, por conta da conjuntura adversa na Europa e nos Estados Unidos, que também trouxe reflexos na Ásia, e suas repercussões nas demais economias. Tudo isso reforça a necessidade de ampliarmos nossas vantagens competitivas para manter a liderança do setor. Estamos certos que a Fibria continuará bem posicionada para enfrentar essas transformações, com foco na excelência operacional.

Os resultados obtidos em 2011 são fruto da dedicação e do talento de nossos profissionais e de todos os que colaboram mais de perto para a consecução de nossos objetivos. Sabemos bem do valor da nossa equipe e queremos preservar e desenvolver essa riqueza: com esse objetivo, intensificamos no ano que passou o processo de Gestão do Desempenho, visando reconhecer talentos e preparar novas lideranças. Divulgamos as Crenças de Gestão, um conjunto de princípios que devem orientar as atitudes de todos os nossos empregados e certamente nos ajudarão a construir uma empresa que merece a admiração das pessoas.

Por fim, gostaríamos de agradecer a confiança dos nossos acionistas, clientes, fornecedores e sociedade.

Marcelo Strufaldi Castelli José Luciano Penido Presidente Presidente do Conselho de Administração

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CONJUNTURA DO MERCADO

O ano de 2011 foi caracterizado pela elevada volatilidade na Europa e pela redução na demanda global por commodities. O setor de celulose de mercado teve dois momentos distintos. Ao longo do primeiro semestre do ano, a demanda global por celulose de mercado registrou crescimento de 7,7% na comparação com o mesmo período de 2010, impulsionada em grande parte pela forte demanda chinesa que atingiu recorde de 6,3 milhões de toneladas. O preço da celulose de fibra curta base Europa (FOEX1) apresentou uma trajetória de alta, iniciando o ano de 2011, em US$ 849/t e chegando à US$ 874/t em Junho, acima da média de US$ 600/t (no período entre 1998 e 2011). A partir de julho, a crise na Europa e seus desdobramentos na economia global, arrefeceram a demanda global por celulose, elevando os estoques dos produ-tores para 38 dias (acima da média de 33 dias), o que resultou em sucessivas reduções de preço – em Dezembro o FOEX base Europa chegou a US$ 648/t. Diante deste cenário, diversos produtores anunciaram redução no ritmo de produção no quarto trimestre de 2011, estabelecendo desta forma um piso para queda no preço.

1 FOEX Indexes Ltd é uma companhia privada situada em Helsinki, Finlândia, que levanta semanalmente, os índices de preços negociados dos principais tipos de celulose e papel.

ANÁLISE DO DESEMPENHO

A Análise do Desempenho no exercício encerrado em 2011, apresentada a seguir, considera os resultados da operação da Unidade Piracicaba até setembro de 2011, quando foi concluída a venda deste ativo para Oji Paper Co., Ltd. Para o exercício findo em 2010, os resultados da Unidade Piracicaba foram contemplados de forma integral. Já as informações provenientes das operações de Conpacel e KSR foram reclassificadas na Demonstração do Resultado na rubrica “Opera-ções Descontinuadas” em conformidade com o IFRS nos exercícios encerrados em 2010 e 2011.

Em 2011, a produção de celulose da Fibria totalizou 5,184 milhões de toneladas em suas 4 unidades produtivas e 93 mil toneladas de papel em sua antiga unidade de produção de papel (Piracicaba), vendida em setembro de 2011. Com relação a 2010, o aumento na produção de celulose foi de 3% e deveu-se aos ganhos de produtividade e maior estabilidade ope-racional das fábricas. Esta eficiência permitiu atingirmos recorde de produção anual nas Unidades Aracruz, Três Lagoas e Jacareí. A redução de 19% na produção de papel reflete a venda da Unidade Piracicaba que concluiu o reposicionamento estratégico da Fibria, concentrando-se no negócio celulose.

O volume de vendas de celulose no ano de 2011, atingiu 5,141 milhões de toneladas, 5% superior ao volume comer-cializado no ano anterior, devido principalmente a forte demanda da Europa e América do Norte observada no primeiro semestre do ano e a forte presença da Ásia sobretudo no segundo semestre de 2011. A distribuição de vendas da Fibria por uso final está principalmente concentrada nos mercados de papéis sanitários (tissue) de alta qualidade e papéis es-peciais, representando 76% do volume total de celulose vendido. Esses dois mercados são os mais resilientes à crises econômicas e os que apresentam maior expectativa de crescimento, segundo a consultoria independente PPPC (Pulp and Paper Products Council).

O volume de vendas de papel totalizou 100 mil toneladas, uma redução de 17% quando comparada às vendas de 2010, em função da venda da Unidade Piracicaba em setembro de 2011.

A receita operacional líquida da Fibria totalizou R$ 5.854 milhões em 2011, 7% inferior à registrada em 2010. Esse re-sultado foi impactado negativamente pela queda de 9,6% no preço médio líquido em reais da celulose e também pela au-sência da receita proveniente da operação de papel, Unidade Piracicaba, no último trimestre do ano já que a venda desta unidade foi concluída em setembro.

O custo do produto vendido totalizou R$ 5.124 milhões, aumento de 9% em relação a 2010, impactado principalmente pelo (i) maior efeito da depreciação, amortização e exaustão, (ii) maior volume de vendas e (iii) do aumento do custo caixa de produção no ano.

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As despesas administrativas somaram R$ 310 milhões, praticamente estáveis em relação a 2010. Este resultado é decorrente das iniciativas de controle de despesas que foram adotadas ao longo do ano que acabaram por compensar o aumento relacionado ao dissídio salarial e despesas com indenizações ocorridas no segundo semestre.

Já as despesas com vendas totalizaram R$ 295 milhões, um aumento de 5% em relação a 2010 em função principalmen-te do maior volume vendido no período (5%).

O EBITDA pro-forma foi de R$ 1.964 milhões, com margem de 34%. O EBITDA do período foi 22% inferior aos R$ 2.526 milhões registrados em 2010 (margem de 40%), principalmente devido ao menor preço médio líquido de celulose em reais (9,6% inferior) e menor câmbio médio no período (2011: R$ 1,6746| 2010: R$ 1,7608) que compensaram o maior volume vendido no ano.

O resultado financeiro totalizou despesa de R$ 1.869 milhões, comparado a despesa de R$ 364 milhões em 2010. Esta diferença deveu-se, sobretudo ao efeito contábil da valorização de 12,6% do dólar frente ao real no ano, quando da tradu-ção do endividamento da Companhia em dólar (92% do total) para reais.

Como resultado, o prejuízo contábil registrado em 2011 foi de R$ 868 milhões, comparado ao lucro de R$ 603 milhões no exercício anterior.

ESTRATÉGIA

A conclusão da venda dos negócios de papel, Conpacel, KSR e Unidade Piracicaba, foi um marco importante no ano de 2011: viabilizaram a estratégia de reposicionamento da Companhia no negócio celulose e contribuíram para aprimorar a estrutura de capital da Fibria. Ainda em 2011, em linha com nossos objetivos de crescimento, a Companhia recebeu a licença de instalação do Projeto Três Lagoas II enquanto deu continuidade ao desenvolvimento das áreas florestais, de modo a estar pronta para expandir esta Unidade no momento adequado.

A Fibria se consolida como líder global do setor de celulose, com produtos de qualidade e origem sustentável, compatíveis com as demandas de clientes e consumidores cada vez mais exigentes.

INVESTIMENTOS DE CAPITAL

Em 2011, os investimentos de capital da Fibria totalizaram R$ 1.240 milhões e foram alocados da seguinte forma:

Investimentos (R$ milhões)

Expansão Industrial 26

Expansão Florestal 128

Subtotal Expansão 154

Segurança / Meio Ambiente 62

Renovação de Florestas 624

Manutenção / TI / P&D / Modernização 310

Subtotal Manutenção 996

50% Veracel 90

Total Capex (a) 1.240

Para 2012, a administração da Companhia aprovou um orçamento de capital no valor de aproximadamente R$ 1 bilhão, majoritariamente dedicado à manutenção das operações.

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GESTÃO DO ENDIVIDAMENTO

A gestão do endividamento continua sendo uma prioridade para a Fibria. Desta forma, ao longo de 2011, a Companhia concluiu a venda de ativos não estratégicos, com a finalização da venda de Conpacel e KSR no valor de R$ 1,5 bilhão e da Unidade Piracicaba no montante de US$ 313 milhões. Os recursos obtidos com estas operações foram utilizados na redução da dívida bruta e no reforço de liquidez. A Companhia efetuou também uma captação no exterior através da emis-são do Bond, Fibria 2021, no valor de US$ 750 milhões com vencimento em 10 anos e cupom semestral de 6,75% a.a. e com estes recursos alongou o perfil do seu endividamento que ao final de 2011 estava em 73 meses. Adicionalmente, a Companhia liquidou a dívida com os ex-acionistas da Aracruz, com o pagamento das últimas parcelas no valor de R$ 856 milhões e R$ 626 milhões, respectivamente, em janeiro e julho.

Estas iniciativas permitiram que a Fibria chegasse ao final de 2011, com uma sólida posição financeira. O caixa da Com-panhia, líquido da marcação a mercado dos instrumentos de hedge, totalizou R$ 1.846 milhões, equivalente a 1,6x a dívida com vencimento em 2012. A dívida líquida ficou em R$ 9.478 milhões, uma redução de 3% em relação a 2010. É importante ressaltar que a valorização de 12,6% do dólar em relação ao real em 2011, elevou de forma significativa o endividamento da Companhia quando da conversão da dívida em moeda estrangeira (92% do total) para reais. Diante da deterioração do cenário macroeconômico global, a Companhia realizou preventivamente a renegociação das cláusulas contratuais (covenants) junto às instituições financeiras credoras, de modo a elevar seus limites máximos de alavancagem para os períodos findos em 31 de dezembro de 2011, 31 de março e 30 de junho de 2012. A renegociação foi concluída de forma satisfatória juntos aos credores em ambiente de reciprocidade e sem incidência de “waiver fee”. A valorização do dólar sobre a dívida em moeda estrangeira somada à redução do EBITDA no período, fez com que o indicador dívida líquida/EBITDA fosse elevado de 3,6x em 2010 para 4,8x em 2011.

Em continuidade com a meta de redução do endividamento, a Fibria tem focado em ações que promovam eventos adicio-nais de liquidez, por meio do ativo florestal de Losango, bem como outros ativos não estratégicos.

DIVIDENDOS

O estatuto social da Companhia assegura um dividendo mínimo anual correspondente a 25% do lucro líquido, ajustado pelas movimentações patrimoniais das reservas, conforme preconizado pela legislação societária brasileira. Não foram propostos dividendos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 em função do prejuízo apurado no exercício.

MERCADO DE CAPITAIS

As ações da Fibria listadas no Novo Mercado da BM&FBovespa, sob o código FIBR3, encerraram o ano cotadas a R$ 13,87. Na Bolsa de Valores de Nova York (NYSE), os ADRs nível III, negociados sob o código FBR, fecharam cotados a US$ 7,77. O volume médio diário de títulos negociados na BM&FBovespa e na NYSE foi de 3,2 milhões e o volume financeiro US$ 36,7 milhões.

Total de ações em circulação 467.934.646 ações ordinárias (ONs)

ADR (American Depositary Receipt) 1 ADR = 1 ação ordinária

Valor de Mercado em 31/12/2011 R$ 6,7 bilhões

As ações da Fibria fazem parte da carteira teórica do Índice Bovespa, com uma participação de 0,82% no índice. Além disso, a Fibria também foi selecionada para participar do ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial da BM&FBOVESPA pelo terceiro ano consecutivo e é a única empresa do setor de celulose a fazer parte do Índice Dow Jones de Sustentabili-dade (DJSI World). A Fibria também foi selecionada para o Índice Carbono Eficiente (ICO2) da BM&FBovespa.

GOVERNANÇA CORPORATIVA

Em 1º de julho de 2011, foi concluído o processo sucessório da Presidência da Diretoria Executiva da Fibria, iniciado em 2 de março de 2011. Marcelo Strufaldi Castelli assumiu o cargo de Diretor Presidente após exercer o cargo de Diretor de Operações Florestais, Suprimentos, Papel e Estratégia. Carlos Augusto Lira Aguiar, que exerceu o cargo de Diretor Presidente desde a criação da Fibria, passou a integrar o Conselho de Administração da Companhia em Janeiro de 2012.

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Em 2011, em linha com o compromisso da Fibria com a boa governança, foi criada a Área de Governança, Riscos e Compliance (GRC), que integrou as atividades de Gestão de Riscos, Controles Internos, Auditoria Interna e Ouvidoria. O objetivo foi garantir a sinergia entre as áreas, contribuir com a criação de valor para o negócio e, principalmente, fortalecer a governança da companhia. A nova gerência reporta-se diretamente à Presidência e responde sobre os seus processos ao Comitê de Auditoria e Riscos, órgão de assessoramento do Conselho de Administração.

Adicionalmente, em 2011, foi aprovada a Política de Gestão de Endividamento e Liquidez da Fibria por meio da qual, a Companhia formalizou a meta de buscar o intervalo de 2,0x a 2,5x do indicador dívida líquida sobre EBITDA e não ultra-passar este indicador em 3,5x durante os ciclos de crescimento. A política considera um plano de contingência, caso o indicador dívida líquida sobre EBITDA se desenquadrem dos limites estabelecidos, devido a fatores exógenos.

SUSTENTABILIDADE

A estratégia de sustentabilidade da Fibria tem como fundamentos o uso responsável dos recursos naturais, o fomento do desenvolvimento e do bem-estar das comunidades vizinhas e a conservação e recuperação dos ecossistemas nativos. Neste sentido, a Companhia deu importantes passos no ano de 2011. Destacamos aqui o novo modelo de relacionamento com partes interessadas iniciado neste ano. Conseguimos estreitar os laços com os atores sociais de todas as regiões onde estamos presentes, seja com programas de relacionamento e engajamento, encontros comunitários, diálogos ou visitas regulares às comunidades vizinhas.

O Programa de Desenvolvimento Rural Territorial (PDRT) conta com a participação de órgãos públicos e beneficia mais de 760 famílias de 24 comunidades na Bahia e no Espírito Santo. Promovemos também um grande encontro em Vitória (ES), Diálogos Construtivos, no qual nosso maior objetivo foi ouvir representantes de diversos setores da sociedade que mantêm relacionamento com a empresa.

Com relação à sustentabilidade e mercado de capitais, a Fibria foi selecionada para compor a carteira 2011/2012 do Índice Dow Jones de Sustentabilidade (DJSI World), que aponta as melhores empresas do mundo em sustentabilidade corpo-rativa. A Companhia foi escolhida como líder do setor e a única Companhia no mundo escolhida do setor de Papel e Flo-restas. Em novembro, a Fibria foi novamente selecionada para integrar o Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da BM&FBovespa. A carteira do índice reúne empresas com ações listadas na BM&FBovespa que apresentam alto grau de comprometimento com práticas de sustentabilidade e governança corporativa. A Fibria também foi anunciada como única empresa do setor de papel e celulose para compor o Índice Carbono Eficiente (ICO2), lançado numa iniciativa conjunta entre BM&FBOVESPA e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). O ICO2, composto pelas ações das companhias participantes do índice IBrX-50 que aceitaram participar dessa iniciativa, adotando práticas trans-parentes com relação a suas emissões de gases efeito estufa (GEE), leva em consideração, para ponderação das ações das empresas componentes, seu grau de eficiência de emissões de GEE, além do free float (total de ações em circulação) de cada uma delas.

SINERGIAS

As melhores práticas já estão bastante disseminadas na cultura da Fibria. Ao final de 2011, os ganhos acumulados com as sinergias totalizaram aproximadamente R$ 4,5 bilhões a Valor Presente Líquido (VPL), antecipando em 2 anos a meta prevista. Esse resultado foi alcançado através da adequação de estruturas, revisão e simplificação de procedimentos e melhoria no desempenho das operações, gerando ganhos importantes como o aumento de produção e redução do custo, obtido principalmente com a implantação do novo modelo de gestão que consolida as melhores práticas das duas ex-em-presas. Para 2012, a Companhia acredita que existam mais oportunidades de geração de valor por meio de sinergias, já que algumas iniciativas ainda não tiveram seu tempo de maturação principalmente nas áreas operacionais e de pesquisa.

INOVAÇÃO TECNOLÓGICA

Em 2011, o Centro de Tecnologia (CT) da Fibria desenvolveu projetos inovadores em relação às atividades florestais e industriais. Na frente florestal destaca-se a recomendação de novos clones para o plantio operacional nas Unidades da Empresa, com ganhos significativos na produção de celulose por área plantada, além de melhor qualidade da madeira e resistência às principais doenças. Outro destaque foi o desenvolvimento de uma nova ferramenta biotecnológica, que permite a identificação precoce de clones superiores de eucalipto por meio de marcadores moleculares. Com esse novo método de seleção, inédito no setor florestal, a Fibria espera antecipar ganhos de produtividade.

Novos herbicidas foram identificados e foram atualizadas as recomendações técnicas para o manejo de pragas, doenças e plantas daninhas. Outro avanço importante foi o diagnóstico molecular de uma bactéria responsável por uma das principais doenças do eucalipto.

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Os estudos sobre a determinação do nível crítico de matéria orgânica do solo envolvendo os resíduos florestais foram am-pliados no último ano. Desenvolveram-se novos modelos para quantificar a compactação e as perdas de solo e de água, além de ferramentas de recomendação de fertilização e estudos com fertilizantes de liberação controlada.

Com a finalidade de sistematizar os estudos da fauna e da flora em suas Unidades, a Fibria criou em 2011 um Banco de Dados de Biodiversidade. Além disso, duas espécies, olho-de-fogo (Ppyriglenaleucoptera) e arapaçu (Dendrocinclafuligi-nosa) foram reintroduzidas em uma área da Unidade Aracruz, contribuindo para a recomposição da comunidade de aves na região.

Na frente industrial, a área de desenvolvimento de produtos fortaleceu as nossas parcerias estratégicas com os principais clientes e institutos de pesquisa no Brasil e no exterior. Foram estabelecidos modelos para as diferentes etapas do proces-so de produção de celulose, visando maior rendimento do processo. Houve avanços na compreensão de novas tecnolo-gias de branqueamento, resultando em menor consumo de químicos. Além disso, em 2011 foram intensificados os estudos sobre a geração de biocombustíveis e bioprodutos a partir da biomassa, abrindo novas oportunidades para a Fibria.

FORNECEDORES

A Fibria foi a primeira empresa do setor florestal no mundo a aderir ao Carbon Disclosure Project (CDP) Supply Chain. Em 2011, a empresa convidou 91 de seus principais fornecedores a relatarem suas emissões de gases de efeito estufa e se comprometerem com as melhores práticas de gestão das mudanças climáticas. Além de relatar à entidade suas práticas de governança climática, a empresa trabalhou para engajar seus principais fornecedores na avaliação dos riscos, ações e oportunidades relacionadas a práticas sustentáveis. Em 2011, a Fibria colocou em prática a Comissão de Contratação de Serviços (CCS) para garantir consistência e compartilhar responsabilidades na contratação de serviços permanentes considerados críticos. O objetivo é mitigar os riscos selecionando e avaliando os fornecedores de acordo com a estratégia de crescimento sustentável da empresa.

PESSOAS

Dentre as ações da área de Desenvolvimento Humano e Organizacional (DHO) voltadas para a gestão de pessoas des-tacam-se a implantação das Crenças de Gestão e o Processo de Gestão de Desempenho. Visando consolidar a Cultura Fibria, em julho de 2011 foram implantadas as Crenças de Gestão, conjunto de princípios que norteiam os comportamen-tos das pessoas na organização. Elas traduzem os valores da organização em direcionadores claros e concretos para comportamentos, papéis, interações, decisões, processos-chave e ações, bem como resultados. As crenças adotadas são: Senso de Dono, Aliança, Cultivo de Talentos, Meritocracia, Excelência, Diálogo Aberto e Pragmatismo. Em setembro de 2011, a Fibria implantou o Ciclo de Gestão de Desempenho. Este é um processo integrado e dinâmico de gestão de pessoas, que visa potencializar o desempenho individual, da equipe e da organização por intermédio de ferramentas de Gestão de Pessoas. O objetivo do processo é gerar feedbacks para os envolvidos, os quais podem focar de maneira mais precisa em ações de desenvolvimento, além de proporcionar maior visibilidade do plano sucessório.

RELACIONAMENTO COM AUDITORES INDEPENDENTES

A política de atuação da Companhia na contratação de serviços não relacionados à auditoria externa junto aos nossos auditores independentes se fundamenta nos princípios que preservam a independência do auditor independente. Estes princípios internacionalmente aceitos consistem em: (a) o auditor não deve auditar o seu próprio trabalho, (b) o auditor não deve exercer funções gerenciais no seu cliente e (c) o auditor não deve promover os interesses de seu cliente.

RECONHECIMENTOS

Em 2011, a Fibria recebeu importantes reconhecimentos por sua atuação e gestão de sustentabilidade e governança cor-porativa.

A Fibria foi escolhida entre as 5 empresas com maior reconhecimento no critério “Melhor Sustentabilidade Socioambiental” pela IR Magazine, a partir de uma amostra de mais de 500 profissionais de investimentos − analistas e administradores de carteiras − que atuam no mercado de ações no Brasil.

No ano passado, a empresa foi eleita uma das 21 empresas-modelo em sustentabilidade pelo Guia Exame de Sustenta-bilidade 2011. O prêmio, que está em sua 12ª edição, é o maior e mais respeitado levantamento sobre responsabilidade social corporativa, feito no Brasil. Em 2011, a avaliação contou com cerca de 240 empresas.

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O Relatório de Sustentabilidade 2010 da Fibria alcançou o 6º lugar no ranking dos melhores relatórios de sustentabilidade no 13º Prêmio Abrasca Relatório Anual, dentre as 29 empresas de capital aberto com receita líquida anual igual ou acima de R$ 2 bilhões.

A Fibria foi destacada pela revista Institutional Investor por seu programa de Relações com Investidores na América Latina. A partir de estudo de percepção realizado com investidores e analistas, a Companhia teve destaque no setor de celulose e papel nas categorias “Melhor CEO”, “Melhor CFO” e “Melhor Equipe e Profissional de Relações com Investidores”.

Adicionalmente, a Fibria foi eleita entre as cinco empresas latino-americanas com melhor divulgação de informações finan-ceiras (financial disclosure), de acordo com o IR Global Rankings 2011.

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(Em milhares de reais)

Balanços Patrimoniais

ATIVO

Controladora Consolidado _____________________ _____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Circulante Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) ................................ 24.755 8.890 381.915 431.463 Títulos e valores mobiliários (Nota 10) ................................. 1.401.869 1.582.620 1.677.926 1.640.935 Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) .................... 80.392 80.502 Contas a receber de clientes (Nota 12) ................................ 790.942 738.540 945.362 1.138.176 Estoques (Nota 13) ............................................................... 383.442 360.448 1.178.707 1.013.841 Impostos a recuperar (Nota 14) ............................................ 225.890 211.683 327.787 282.423 Ativos mantidos para venda (Nota 37) ................................. 644.166 1.196.149 644.166 1.196.149 Outros ativos......................................................................... 77.154 85.591 108.062 115.165 _________ _________ _________ _________ 3.548.218 4.264.313 5.263.925 5.898.654 _________ _________ _________ _________

Não circulante Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) .................... 52.470 52.470 Partes relacionadas (Nota 16) .............................................. 2.389 1.233 5.469 5.307 Impostos diferidos (Nota 15)................................................. 750.154 932.908 991.768 1.332.025 Impostos a recuperar (Nota 14) ............................................ 371.598 283.180 677.232 590.967 Adiantamentos a fornecedores (Nota 22) ............................. 510.122 565.358 760.611 693.490 Depósitos judiciais (Nota 24(d))............................................ 127.534 101.611 137.060 110.364 Outros ativos......................................................................... 76.425 120.114 95.060 145.768 Investimentos em controladas e coligada (Nota 17)............. 8.810.543 8.752.893 7.506 8.301 Ativos biológicos (Nota 19) ................................................... 1.970.870 2.376.015 3.264.210 3.550.636 Imobilizado (Nota 18)............................................................ 6.581.826 6.899.046 11.841.247 12.979.431 Intangível (Nota 20) .............................................................. 4.804.258 4.900.163 4.809.448 4.906.443 _________ _________ _________ _________ 24.005.719 24.984.991 22.589.611 24.375.202

_________ _________ _________ _________Total do ativo .......................................................................... 27.553.937 29.249.304 27.853.536 30.273.856 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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(Em milhares de reais)

Balanços Patrimoniais

PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO

Controladora Consolidado _____________________ _____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Circulante Empréstimos e financiamentos (Nota 23)............................. 763.658 304.477 1.092.108 623.684 Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) .................... 128.520 128.520 Fornecedores........................................................................ 235.126 275.157 373.692 424.488 Salários e encargos sociais .................................................. 103.139 95.783 134.024 121.691 Impostos e taxas a recolher.................................................. 32.533 35.927 53.463 63.436 Partes relacionadas (Nota 16) .............................................. 981.467 124.558 Contas a pagar com aquisições de ações (Nota 36) ............ 1.440.676 1.440.676 Passivos relacionados aos ativos mantidos para venda (Nota 37) .................................................................. 95.926 95.926 Dividendos a pagar ............................................................... 392 266.300 1.520 266.300 Demais contas a pagar ......................................................... 220.345 278.741 142.367 156.135 _________ _________ _________ _________ 2.465.180 2.917.545 1.925.694 3.192.336 _________ _________ _________ _________

Não circulante Empréstimos e financiamentos (Nota 23)............................. 4.323.379 4.853.159 10.232.309 9.957.773 Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) .................... 85.367 85.367 Impostos e taxas a recolher.................................................. 76.260 75.050 76.510 75.365 Impostos diferidos (Nota 15)................................................. 372.641 893.634 739.878 1.222.360 Obrigações com partes relacionadas (Nota 16) ................... 5.547.501 4.799.050 Provisão para contingências (Nota 24)................................. 84.955 248.951 101.594 265.392 Demais contas a pagar ......................................................... 87.801 80.502 152.509 155.784 _________ _________ _________ _________ 10.577.904 10.950.346 11.388.167 11.676.674 _________ _________ _________ _________Total do passivo ..................................................................... 13.043.084 13.867.891 13.313.861 14.869.010 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

Patrimônio líquido Capital social (Nota 27(a)) .................................................... 8.379.397 8.379.397 8.379.397 8.379.397 Reserva de capital ................................................................ 2.688 2.688 2.688 2.688 Ações em tesouraria ............................................................. (10.346) (10.346) (10.346) (10.346) Ajuste de avaliação patrimonial ............................................ 1.618.824 1.627.903 1.618.824 1.627.903 Reservas de lucros (Nota 27 (c)) .......................................... 4.520.290 5.381.771 4.520.290 5.381.771 _________ _________ _________ _________Patrimônio líquido atribuído aos acionistas ............................ 14.510.853 15.381.413 14.510.853 15.381.413 _________ _________ _________ _________Participação de não controladores ......................................... 28.822 23.433 _________ _________ _________ _________Patrimônio líquido ................................................................... 14.510.853 15.381.413 14.539.675 15.404.846

_________ _________ _________ _________Total do passivo e patrimônio líquido ..................................... 27.553.937 29.249.304 27.853.536 30.273.856 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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Demonstrações do Resultado

Controladora Consolidado _____________________ _____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Operações em continuidade Receita líquida de vendas (Nota 30) .................................... 3.653.339 3.763.814 5.854.300 6.283.387 Custos dos produtos vendidos (Nota 32) ............................. (3.516.146) (3.412.222) (5.124.269) (4.694.659) _________ _________ _________ _________Lucro bruto ........................................................................... 137.193 351.592 730.031 1.588.728 _________ _________ _________ _________ Despesas com vendas (Nota 32) ......................................... (118.311) (146.898) (294.928) (281.428) Despesas administrativas (Nota 32) ..................................... (211.383) (267.322) (310.425) (312.316) Resultado da equivalência patrimonial (Nota 13) ................. 117.525 706.587 (414) (7.328) Outras (despesas) receitas operacionais, líquidas (Nota 32) . 88.153 (7.896) 253.395 (7.499) _________ _________ _________ _________ (124.016) 284.471 (352.372) (608.571) _________ _________ _________ _________Resultado antes das receitas e despesas financeiras...... 13.177 636.063 377.659 980.157 _________ _________ _________ _________ Receitas financeiras (Nota 31) ............................................. 170.384 254.915 217.000 374.426 Despesas financeiras (Nota 31) ........................................... (612.270) (842.146) (873.005) (1.192.532) Resultado dos instrumentos financeiros derivativos (Nota 31) (276.877) 152.373 (276.877) 152.284 Variações monetárias e cambiais, líquidas (Nota 31) ............ (988.809) 313.724 (935.789) 301.604 _________ _________ _________ _________ (1.707.572) (121.134) (1.868.671) (364.218) _________ _________ _________ _________Resultado antes do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro líquido ............................................... (1.694.395) 514.929 (1.491.012) 615.939 _________ _________ _________ _________ Imposto de renda e contribuição social Corrente (Nota 15) . 67.340 82.922 67.835 59.627 Diferido (Nota 15) .............................................................. 513.778 (73.717) 314.408 (146.924) _________ _________ _________ _________Lucro líquido (prejuízo) do exercício proveniente de operações em continuidade ......................................... (1.113.277) 524.134 (1.108.769) 528.642 _________ _________ _________ _________Operações descontinuadas Lucro líquido do exercício proveniente de operações descontinuadas (Nota 37) ................................................... 240.655 74.512 240.655 74.512 _________ _________ _________ _________Lucro líquido (prejuízo) do exercício .................................. (872.622) 598.646 (868.114) 603.154 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Atribuível aos Acionistas da Companhia Lucro (prejuízo) proveniente de operações em continuidade ...................................................................... (1.113.277) 524.134 Lucro proveniente de operações descontinuadas .............. 240.655 74.512 _________ _________ _________ _________ (872.622) 598.646 _________ _________ _________ _________ Acionistas não controladores Lucro proveniente de operações em continuidade ............. 4.508 4.508 _________ _________ _________ _________ (868.114) 603.154 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ Lucro (prejuízo) básico e diluído por ação de operações em continuidade (em reais) (Nota 35)............... (2,38) 1,12 (2,38) 1,12 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ Lucro básico e diluído por ação de operações descontinuadas (em reais) (Nota 35).................................. 0,51 0,15 0,51 0,15 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

Não houve resultados abrangentes nos exercícios divulgados, portanto a “Demonstração do resultado abrangente” não está sendo apresentada.

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Demonstrações do Valor Adicionado

Controladora Consolidado _____________________ _____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Receitas Vendas brutas de produtos e serviços (menos devoluções

de vendas) .......................................................................... 3.922.999 4.991.428 6.183.939 8.625.441

Provisão para deterioração de créditos a receber (Nota 12) (22.237) (24.950) (22.237) (27.047)

Receitas relativas à construção de ativos próprios e outras 1.214.457 1.277.918 1.549.160 1.497.968 _________ _________ _________ _________ 5.115.219 6.244.396 7.710.862 10.096.362 _________ _________ _________ _________Insumos adquiridos de terceiros Custo dos produtos e serviços vendidos (inclui

matérias-primas) ................................................................. (1.825.431) (2.693.835) (2.756.456) (4.430.347)

Materiais, energia, serviços de terceiros e outros ................ (981.794) (1.369.956) (1.222.791) (1.871.116) _________ _________ _________ _________ (2.807.225) (4.063.791) (3.979.247) (6.301.463) _________ _________ _________ _________Valor adicionado bruto ........................................................ 2.307.994 2.180.605 3.731.615 3.794.899 _________ _________ _________ _________Retenções Depreciação, amortização e exaustão ................................. (1.235.102) (1.061.051) (1.838.827) (1.533.593)

Exaustão de madeira proveniente de operações de fomento (45.368) (49.686) (45.368) (49.686) _________ _________ _________ _________Valor adicionado líquido produzido ................................... 1.027.524 1.069.868 1.847.420 2.211.620 _________ _________ _________ _________Valor adicionado recebido em transferência Resultado de equivalência patrimonial ................................. 117.525 706.587 (414) (7.328)

Receitas financeiras e variações cambiais ativas ................ 2.054.740 1.891.478 2.780.761 2.626.664 _________ _________ _________ _________ 2.172.265 2.598.065 2.780.347 2.619.336 _________ _________ _________ _________Valor adicionado total a distribuir ...................................... 3.199.789 3.667.933 4.627.767 4.830.956 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Distribuição do valor adicionado Pessoal e encargos .............................................................. 427.930 473.110 571.419 601.497 _________ _________ _________ _________ Remuneração direta ........................................................... 333.257 359.407 441.752 446.205

Benefícios ........................................................................... 75.689 89.636 104.888 125.683

Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) .............. 18.984 24.067 24.779 29.609

Impostos, taxas e contribuições ........................................... (157.331) 502.556 135.201 634.897 _________ _________ _________ _________ Federais .............................................................................. (291.050) 243.979 (40.076) 369.598

Estaduais ............................................................................ 117.727 241.522 148.748 246.103

Municipais ........................................................................... 15.992 17.055 26.529 19.196

Juros provisionados, variações cambiais passivas e aluguéis 3.801.812 2.093.620 4.789.261 2.991.407

Lucros retidos (prejuízo do exercício)................................... (872.622) 598.647 (872.622) 598.647

Participação de não controladores ....................................... 4.508 4.508 _________ _________ _________ _________Valor adicionado distribuído ............................................... 3.199.789 3.667.933 4.627.767 4.830.956 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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Demonstrações das Mutações do Patrimônio Líquido

Reservas de lucros ___________________________________________________

Reserva especial para Ajuste de dividendo Lucros Participação Capital Reserva Ações em avaliação Para obrigatório (prejuízos) de não Patrimônio social de capital tesouraria patrimonial Legal investimentos não distribuído acumulados Total controladores líquido total ____________ ____________ _____________ ______________ __________ __________________ ___________________ _______________ _____________ _________________ _______________

Em 31 de dezembro de 2009 8.379.397 2.688 (756) 1.629.098 273.868 4.650.241 121.958 15.056.494 18.925 15.075.419Total do resultado e resultado abrangente Lucro líquido e resultado abrangente do exercício 598.646 598.646 4.508 603.154Transações com acionistas: Realização da reserva de reavaliação (1.195) 1.195 Aquisição de ações (9.590) (9.590) (9.590) Distribuição de dividendos (121.958) (142.179) (264.137) (264.137) Destinação para a reserva legal 29.932 (29.932) Destinação para a reserva de lucros 427.730 (427.730) ________ _________ _________ __________ _______ ____________ _____________ ___________ __________ ____________ __________Total das transações com acionistas: (9.590) (1.195) 29.932 427.730 (121.958) (598.646) (273.727) (273.727) ________ _________ _________ __________ _______ ____________ _____________ ___________ __________ ____________ __________Em 31 de dezembro de 2010 8.379.397 2.688 (10.346) 1.627.903 303.800 5.077.971 15.381.413 23.433 15.404.846Total do resultado e resultado abrangente: Prejuízo e resultado abrangente do exercício (872.622) (872.622) 4.508 (868.114)Transações com acionistas: Realização da reserva de reavaliação (9.079) 9.079 Aumento de capital 881 881 Reversão de dividendos prescritos 2.062 2.062 2.062 Absorção do prejuízo do exercício (861.481) 861.481 ________ _________ _________ __________ _______ ____________ _____________ ___________ __________ ____________ __________Total das transações com acionistas (9.079) (861.481) 872.622 2.062 881 2.943 ________ _________ _________ __________ _______ ____________ _____________ ___________ __________ ____________ __________Em 31 de dezembro de 2011 8.379.397 2.688 (10.346) 1.618.824 303.800 4.216.490 14.510.853 28.822 14.539.675 ________ _________ _________ __________ _______ ____________ _____________ ___________ __________ ____________ __________ ________ _________ _________ __________ _______ ____________ _____________ ___________ __________ ____________ __________

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Demonstrações dos Fluxos de Caixa

continua

Controladora Consolidado _____________________ _____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Resultado antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido das operações continuadas (1.694.395) 514.929 (1.491.012) 615.939 _________ _________ _________ _________Ajustes por Lucro antes do imposto de renda e contribuição social de operações descontinuadas (Nota 37(i)) ......................... 364.629 112.897 364.629 112.897 Depreciação, exaustão e amortização ................................. 1.211.905 1.061.051 1.838.827 1.616.705 Exaustão de madeira proveniente de operações de fomento 45.368 49.686 45.368 49.686 Variação cambial e monetária .............................................. 988.942 (313.797) 935.922 (301.677) Valor justo de contratos derivativos ...................................... 276.877 (152.087) 276.877 (152.284) Resultado da equivalência patrimonial (Nota 17(a))............. (117.525) (706.587) 414 7.328 Ganho de capital na alienação de investimento (Conpacel, KSR e Piracicaba) Nota (37(a)(iii)) ..................................... (532.850) (532.850) Ajuste a Valor Presente (AVP) de contas a pagar por aquisição de ações ............................................................. 40.893 289.830 40.893 289.830 Perda (ganho) na alienação de imobilizado ......................... (17.936) 2.860 (25.361) 17.472 Apropriação de juros, ganhos e perdas sobre títulos e valores mobiliários .............................................................. (151.447) (158.075) (178.895) (199.000) Apropriação de juros sobre financiamento ........................... 280.283 373.769 660.084 743.417 Variação no valor justo de ativos biológicos ......................... (1.322) (13.082) (145.884) (92.319) Complemento (reversão) de provisões e outros................... 120.132 39.495 124.632 53.282Decréscimo (acréscimo) em ativos Contas a receber de clientes ................................................ (126.524) 91.041 160.940 (354.363) Estoques ............................................................................... (102.444) (110.124) (148.446) (108.392) Impostos a recuperar ............................................................ (161.946) (3.719) (177.117) (104.054) Partes relacionadas .............................................................. (1.155) 4.231 (161) (5.307) Outros ativos......................................................................... 54.829 73.562 63.506 33.027Acréscimo (decréscimo) em passivos Fornecedores........................................................................ (27.420) 96.766 5.916 81.788 Impostos e taxas a recolher.................................................. (8.097) (5.129) (26.321) 6.574 Salários e encargos sociais .................................................. 15.414 6.341 22.386 5.924 Partes relacionadas .............................................................. 955.543 (264.195) Outros passivos .................................................................... (101.958) 142.618 (78.829) (3.416) _________ _________ _________ _________Caixa proveniente das operações ...................................... 1.309.796 1.132.281 1.735.518 2.313.057 _________ _________ _________ _________ Juros recebidos sobre títulos e valores mobiliários .............. 180.167 92.572 198.880 120.848 Juros pagos sobre financiamentos ....................................... (209.195) (327.789) (582.047) (722.305) Imposto de renda e contribuição social pagos ..................... (4.151) (15.514) _________ _________ _________ _________

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(Em milhares de reais)

continuaçãoDemonstrações dos Fluxos de Caixa

Controladora Consolidado _____________________ _____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Caixa líquido proveniente das atividades operacionais ... 1.280.768 897.064 1.348.200 1.696.086 _________ _________ _________ _________Atividades de investimento Pagamentos decorrentes da aquisição da Aracruz .............. (1.481.569) (2.533.333) (1.481.569) (2.533.333) Aquisições de imobilizado e adições de florestas ................ (813.807) (771.609) (1.240.189) (1.066.129) Adiantamentos para aquisição de madeira proveniente de operações de fomento ................................................... (23.837) (176.479) Títulos e valores mobiliários ................................................. 152.032 1.391.536 (56.978) 1.754.560 Caixa recebido de Conpacel, KSR e Piracicaba (Nota 37 (a)(iii)) ................................................................... 2.076.143 2.076.143 Aumento de capital em controlada (Nota 17(c)) ................... (522.206) (228.819) Caixa recebido na venda de ativo imobilizado ..................... 61.149 17.354 82.491 19.990 Contratos de derivativos liquidados (Nota 11(c)).................. 69.866 15.326 69.982 24.434 Dividendos recebidos (Nota 17) ........................................... 2.283 301.083 Outros ................................................................................... (1.306) (4.669) (1.067) (17.773) _________ _________ _________ _________Caixa aplicado nas atividades de investimentos .............. (481.252) (1.813.131) (727.666) (1.818.251) _________ _________ _________ _________Atividades de financiamento Captações de empréstimos e financiamentos ...................... 1.248.524 3.527.019 2.707.265 6.291.579 Liquidação de empréstimos e financiamentos - principal ..... (1.753.919) (2.770.141) (3.109.589) (6.342.426) Dividendos pagos ................................................................. (263.902) (263.902) Compra de ações para manutenção em tesouraria ............. (9.590) (9.590) Outros ................................................................................... (14.115) (3.283) 17.093 (124) _________ _________ _________ _________Caixa gerado (aplicado) nas atividades de financiamentos (783.412) 744.005 (649.133) (60.561) _________ _________ _________ _________ Efeitos da variação cambial no caixa ................................... (239) (7.475) (20.949) (31.290) _________ _________ _________ _________Acréscimo (decréscimo) líquido em caixa e equivalentes de caixa................................................................................ 15.865 (179.537) (49.548) (214.016)Caixa e equivalentes de caixa no início do exercício ............. 8.890 188.427 431.463 645.479 _________ _________ _________ _________Caixa e equivalentes de caixa no final do exercício............... 24.755 8.890 381.915 431.463 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.

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Notas Explicativas da Administração às demonstrações Financeirasem 31 de dezembro de 2011

1. CONTEXTO OPERACIONAL

(a) Considerações gerais

A Fibria Celulose S.A. e suas empresas controladas, doravante referidas nesta demonstração como “Fibria”, “Companhia” ou “Empresa”, é uma Sociedade Anônima por ações, constituída de acordo com as leis da República Federativa do Brasil, sediada no estado de São Paulo e, após a venda de suas atividades de produção de papel ao longo de 2011, opera em um único segmento operacional relacionado à industrialização e o comércio de celulose de fibra curta.

Os negócios da Companhia são fortemente afetados pelos preços que vigoram no mercado mundial de celulose, histori-camente cíclicos e sujeitos a flutuações significativas em períodos curtos, em decorrência de vários fatores, como: (i) de-manda mundial por produtos derivados de celulose; (ii) capacidade de produção mundial e estratégias adotadas pelos principais produtores; (iii) disponibilidade de substitutos para esses produtos e (iv) taxa de câmbio. Todos esses fatores estão fora do controle de gestão da Companhia.

Os negócios da Companhia são operados mediante à manutenção de base florestal própria e de terceiros, plantas de ce-lulose branqueada e estrutura portuária para escoamento da produção, conforme detalhado nos tópicos (b) e (c) a seguir.

(b) Plantas em operação e base florestal

A Fibria opera plantas fabris de celulose branqueada, com capacidade instalada em 31 de dezembro de 2011 no total de aproximadamente 5,25 milhões de toneladas por ano, distribuídas nas seguintes localizações:

Capacidade anual instaladaPlanta de Celulose Localização (toneladas por ano)________________________________________ ____________________ ________________________Aracruz .................................................................. Espírito Santo 2.300.000Três Lagoas........................................................... Mato Grosso do Sul 1.300.000Jacareí ................................................................... São Paulo 1.100.000Veracel (*).............................................................. Bahia 550.000 ________________________ 5.250.000 ________________________ ________________________(*) Refere-se à capacidade produtiva equivalente à participação de 50% da Fibria na controlada em conjunto Veracel Ce-lulose S.A.

A produção de celulose branqueada é realizada apenas a partir de árvores de eucalipto e é uma variedade de celulose de madeira dura de alta qualidade, com fibras curtas, geralmente melhor adequadas à fabricação de papel sanitário, papel revestido e não revestido para impressão e escrita. São utilizadas energias térmica e elétrica no processo produtivo, que são substancialmente provenientes de geração própria e incluem licor negro, biomassa derivada de descasque de madei-ra, lascas e resíduos.

As florestas da Fibria são compreendidas por árvores de eucalipto, que possuem ciclo médio de extração de seis a sete anos e estão localizadas em seis estados brasileiros, em uma área aproximada de 972 mil hectares, considerando as áre-as de reflorestamento e conservação ambiental, conforme segue:

Área destinada ao plantio Área total ___________________ ___________Estado São Paulo .......................................................................................................... 80.224 147.584 Minas Gerais ...................................................................................................... 13.220 27.213 Rio de Janeiro .................................................................................................... 1.696 3.413 Mato Grosso do Sul ........................................................................................... 231.405 350.201 Bahia .................................................................................................................. 145.977 279.055 Espírito Santo .................................................................................................... 96.242 164.949 ___________________ ___________ 568.764 972.415 ___________________ ___________ ___________________ ___________

A base florestal do estado do Rio Grande do Sul foi desconsiderada na tabela acima, pois os referidos ativos foram des-continuados e estão sendo apresentados na rubrica de ativos mantidos para a venda, conforme detalhado na Nota 37.

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(c) Logística para exportação de celulose

A maior parte da celulose produzida para exportação é entregue aos clientes por meio de embarcações marítimas com base em contratos de longo prazo com os proprietários de embarcações. Em outubro de 2010 foi assinado um contrato de 25 anos com a STX Pan Ocean Co. Ltd., uma empresa da Coréia do Sul, para otimizar a logística internacional e garantir estabilidade e competitividade operacional. Em 31 de dezembro de 2011 não existiam quaisquer obrigações relacionadas a este contrato em função dos serviços de frete não terem sido iniciados.

A Companhia opera com 2 portos, Santos e Barra do Riacho. O porto de Santos fica localizado na costa do estado de São Paulo e escoa a celulose produzida nas plantas de Jacareí e Três Lagoas e é operado sob regime de concessão do governo do Estado de São Paulo para a Companhia Docas do Estado de São Paulo – CODESP. A Fibria paga taxas para a utilização dos terminais leiloados pela CODESP.

O porto de Barra do Riacho é um porto especializado em celulose e fica localizado aproximadamente 3 quilômetros da unidade Aracruz, no estado do Espírito Santo e escoa a celulose produzida nas plantas de Aracruz e Veracel. Esse porto é operado por empresa controlada pela Fibria (participação de 51% no capital social) denominada Portocel - Terminal Es-pecializado Barra do Riacho S.A. A Portocel opera sob autorização da União conforme contrato de adesão assinado em 14 de novembro de 1995.

Essas operações portuárias não se enquadram no escopo do ICPC 01/IFRIC 12.

(d) Ativos não circulantes mantidos para a venda

Durante os exercícios de 2011 e 2010 a Companhia aprovou e concluiu a venda de determinadas unidades geradoras de caixa (UGC) e ativos, conforme demonstrado na tabela a seguir:

Ativos Referência Classificação

Data da disposição e reclassificação contábil

Data da efetivação da venda

Conpacel Nota 37 (a) Ativos mantidos para a venda e operações descontinuadas Dezembro/2010 Janeiro/2011

KSR Nota 37 (a) Ativos mantidos para a venda e operações descontinuadas Dezembro/2010 Fevereiro/2011

Piracicaba Nota 37 (a) Ativos mantidos para venda Junho/2011 Setembro/2011Projeto Losango Nota 37 (b) Ativos mantidos para a venda Junho/2011

(i) Venda de unidades geradoras de caixa - CONPACEL, KSR e Piracicaba

Em 21 de dezembro de 2010, o Conselho de Administração aprovou a alienação dos ativos de suas unidades geradoras de caixa denominadas Consórcio Paulista de Papel e Celulose - CONPACEL e KSR Distribuidora, constituídas de uma fábrica de celulose e papel com capacidade produtiva de 650 mil e 390 mil toneladas/ano de celulose e papel, respectiva-mente, uma base florestal de aproximadamente 71 mil hectares de plantios florestais, cerca de 30 mil hectares de área de preservação e uma unidade de distribuição de papéis, constituída de uma rede de 19 filiais em diversos estados do País e um Centro de Distribuição no Estado de São Paulo.

Em 31 de janeiro de 2011 e 28 de fevereiro de 2011, a Companhia concluiu a alienação dos elementos patrimoniais de CONPACEL e KSR, respectivamente, pelo preço certo e ajustado de R$ 1,5 bilhão, mediante assinatura pela Companhia e por Suzano Papel e Celulose S.A. (“Suzano”) do contrato de Compra e Venda de Estabelecimento e Outras Avenças e pelo pagamento do preço por Suzano à Fibria.

Em 29 de setembro de 2011, a Companhia concluiu a alienação dos elementos patrimoniais da unidade geradora de caixa deno-minada Piracicaba, constituída de uma fábrica de papéis especiais localizada no município de Piracicaba, Estado de São Paulo, com capacidade anual de mais de 160 mil toneladas, à Oji Paper CO., LTD. (“Oji”) pelo preço certo e ajustado de US$ 313 mi-lhões, equivalentes à R$ 567.375 naquela data. A operacionalização dessa venda ocorreu mediante cessão dos ativos líquidos dessa unidade para a controlada Piracicaba Indústria de Papéis Especiais e Participações Ltda. e posterior venda das quotas detidas à Oji.

A alienação destas unidades geradoras de caixa concluiu a estratégia de concentração das atividades da Companhia no negócio de celulose, bem como contribuiu para a redução do endividamento.

Os detalhes sobre os ativos, passivos e resultados destas operações e fluxos de caixa estão apresentados na Nota 37.

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(ii) Projeto Losango

Em 30 de junho de 2011, a Administração, levando em consideração a decisão e o andamento dos programas para loca-lizar um comprador para os ativos do Projeto Losango anunciou a intenção da Companhia em alienar esses ativos. Os detalhes estão apresentados na Nota 37.

(e) Incorporações e extinção de empresas

Durante os exercícios encerrados em 2011 e 2010, a administração realizou determinadas reorganizações societárias visando otimizar a estrutura organizacional da Fibria, que incluem a incorporação e/ou extinção de empresas controladas direta ou indiretamente, no Brasil ou no exterior. Apresentamos a seguir um resumo dos eventos ocorridos durante os exercícios: Tipo de ParticipaçãoEmpresa País relação Data detida no capital___________________________ _______________ ________________ _____________ _______________Liquidação Aracruz Trading ............................ Panamá Controlada Fevereiro/2010 100% Aracruz International Financial ..... Cayman Controlada indireta Outubro/2010 100% Ara Pulp Com. Imp. Exp. Unipessoal Lda. .................. Portugal Controlada Dezembro/2010 100% VCP North America ...................... Estados Unidos Controlada indireta Junho/2011 100% Riocell Trade ................................ Isle of Man, Reino Unido Controlada indireta Setembro/2011 100% Riocell Limited .............................. Guernesei Controlada Setembro/2011 100%Incorporação Alícia Papéis S.A .......................... Brasil Controlada Setembro/2010 100% Mucuri Agroflorestal Ltda. ............ Brasil Controlada Julho/2011 100%

As empresas liquidadas durante os exercícios não possuíam posição patrimonial e financeira relevantes, portanto não houve impacto significativo nos resultados da Fibria.

Apresentamos a seguir um resumo das informações contábeis das empresas incorporadas, cujos reflexos contábeis ocor-reram nos balanços patrimoniais individuais:

Alícia Papéis S.A. incorporada pela Fibria Celulose S.A.

Ativo Passivo e patrimônio líquido Circulante Circulante Contas a receber - partes relacionadas ....... 238.230 Débitos com partes relacionadas ................ 22.546 __________ Impostos a recuperar ................................... 5.860 Patrimônio líquido __________ 244.090 Capital social ............................................... 1.826.202 __________ Não circulante Reserva de lucros ........................................... 1.378.776 __________ Impostos a recuperar ................................... 4.680 3.204.978 __________ Imobilizado ................................................... 2.978.754 __________ 2.983.434 __________ __________Total do ativo 3.227.524 Total do passivo e patrimônio líquido 3.227.524 __________ __________ __________ __________

Mucuri Agloflorestal S.A. incorporada pela Fibria Celulose S.A.

Ativo Passivo e patrimônio líquido Circulante Caixa e equivalentes de caixa ...................... 41 Não circulante Patrimônio líquido Outros ativos ................................................ 5.958 Capital social ............................................... 78.300 Imobilizado ................................................... 70.175 Prejuízos acumulados ................................. (2.126) __________ __________ 76.133 76.174 __________ __________Total do ativo ................................................. 76.174 Total do passivo e patrimônio líquido ............. 76.174 __________ __________ __________ __________

Adicionalmente, existia mais valia de terrenos alocada na controlada Mucuri Agroflorestal por ocasião da aquisição da Aracruz, no montante de R$ 478.924, a qual também foi incorporada ao ativo imobilizado, conforme demonstrado na Nota 17.

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(f) Alteração na estrutura societária internacional

Em novembro de 2011, a administração da Fibria aprovou, sujeito ao atendimento de certos parâmetros pré-estabelecidos, o projeto de reorganização societária internacional, que prevê a transferência das operações comerciais, logística, admi-nistrativa e financeira da controlada Fibria Trading International Kft. para outra empresa controlada pela Fibria.

O projeto de reorganização societária internacional está dividido em fases e a conclusão final está prevista para dezembro de 2013. Contudo, a efetivação da reorganização prevista depende da confirmação das autoridades de cada país envolvido. Informações adicionais estão apresentadas na Nota 15(e).

2. APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS E PRINCIPAIS PRÁTICAS CONTÁBEIS ADOTADAS

2.1. Base de apresentação

(a) Demonstrações financeiras consolidadas

As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia foram preparadas e estão sendo apresentadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil, incluindo os pronunciamentos emitidos pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs), referendados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e conforme as normas internacionais de relatório finan-ceiro (International Financial Reporting Standards (IFRS)) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB).

(b) Demonstrações financeiras individuais

As demonstrações financeiras individuais da controladora foram preparadas conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil emitidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPCs) e são divulgadas em conjunto com as demonstrações financeiras consolidadas.

Nas demonstrações financeiras individuais, as controladas são contabilizadas pelo método de equivalência patrimonial. No caso de Fibria, as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicadas nas demonstrações financeiras individuais diferem do IFRS apenas pela avaliação dos investimentos em coligadas pelo método de equivalência patrimonial, enquanto conforme IFRS seria pelo custo ou valor justo.

(c) Aprovação das demonstrações financeiras

As demonstrações financeiras foram aprovadas pelo Conselho de Administração em 30 de janeiro de 2012.

2.2. Consolidação

2.2.1. Demonstrações financeiras consolidadas

(a) Controladas

Controladas são todas as entidades cujas atividades financeiras e operacionais podem ser conduzidas pela Companhia e nas quais normalmente há uma participação acionária de mais da metade dos direitos de voto. A existência e o efeito de potenciais direitos de voto, que são atualmente exercíveis ou conversíveis, são levados em consideração ao avaliar se a Fibria controla outra entidade. As controladas são integralmente consolidadas a partir da data em que o controle é transfe-rido e deixam de ser consolidadas a partir da data em que o controle cessa.

As participações em fundos de investimentos exclusivos foram consolidadas considerando a segregação dos investimen-tos que compõem o patrimônio do fundo.

As controladas em conjunto são empresas na qual a Companhia mantém o compartilhamento do controle, contratualmente estabelecido, sobre sua atividade econômica e que existe somente quando as decisões estratégicas, financeiras e operacio-nais relativas à atividade exigirem o consentimento unânime das partes que compartilham o controle. As controladas em con-junto Veracel Celulose S.A. (“Veracel”), Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. (“Asapir”) e VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited (“VOTO IV”) foram consolidadas proporcionalmente ao percentual de participação.

Transações entre as empresas controladas, bem como os saldos e os ganhos não realizados nessas operações, são eli-minados. Os prejuízos não realizados também são eliminados a menos que a operação forneça evidência de uma perda de valor (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das controladas são ajustadas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas contábeis adotadas pela Companhia.

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(b) Coligadas

Coligadas são todas as entidades sobre as quais a Companhia tem influência significativa, mas não o controle ou o controle em conjunto. Os investimentos em coligadas são contabilizados pelo método de equivalência patrimonial e são, inicialmente, reconhecidos pelo seu valor de custo.

A participação da Fibria nos lucros ou prejuízos de sua coligada pós-aquisição é reconhecida na demonstração do resul-tado e sua participação na movimentação em reservas pós-aquisição é reconhecida nas reservas. As movimentações cumulativas pós-aquisição são ajustadas contra o valor contábil do investimento. Quando a participação nas perdas de uma coligada for igual ou superior à sua participação na coligada, incluindo quaisquer outros recebíveis, a Companhia não reconhece perdas adicionais, a menos que tenha incorrido em obrigações ou efetuado pagamentos em nome da coligada.

Os ganhos não realizados das operações com coligadas são eliminados na proporção da participação. As perdas não realizadas também são eliminadas, a menos que a operação forneça evidências de uma perda (impairment) do ativo transferido. As políticas contábeis das coligadas são ajustadas, quando necessário, para assegurar a consistência com as políticas contábeis adotadas pela Companhia.

Os ganhos e as perdas de diluição, ocorridos em participações em coligadas, são reconhecidos na demonstração do re-sultado.

Em 31 de dezembro de 2011 e 2010 a Fibria possui participação exclusivamente na coligada Bahia Produtos de Madeira S.A. (anteriormente denominada Aracruz Produtos de Madeira S.A.), a qual foi incluída nas demonstrações financeiras consolidadas como investimento avaliado pelo método de equivalência patrimonial, na rubrica “Investimentos” em função de haver somente influência significativa.

(c) Empresas incluídas nas demonstrações financeiras consolidadas

As empresas controladas incluídas na consolidação estão demonstradas a seguir:

Percentual do capital total ________________________________ 2011 2010 ________________________________ __________ Direta Indireta Total Total __________ __________ __________ __________No Brasil Normus Empreendimentos e Participações Ltda. ....................... 100 100 100 Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda ............................ 100 100 100 Fibria Terminais Portuários S.A. ................................................. 100 100 100 Projetos Especiais e Investimentos S.A. ..................................... 100 100 100 Portocel - Terminal Especializado de Barra do Riacho S.A. ....... 51 51 51 Veracel Celulose S.A. (ii) ............................................................ 50 50 50 Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda.(ii) ........................... 50 50 50 Mucuri Agroflorestal S.A (i) ......................................................... 100No exterior VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited (ii) 50 50 50 Fibria Trading International KFT. ................................................. 48,3 51,7 100 100 Fibria Overseas Holding KFT. ..................................................... 100 100 100 Newark Financial Inc. .................................................................. 100 100 100 Fibria Overseas Finance Ltd. ...................................................... 100 100 100 Fibria International GMBH. .......................................................... 100 100 100 Fibria Celulose (USA) Inc. ........................................................... 100 100 100 Fibria (Europe) S.A. ..................................................................... 100 100 100 VCP North America Inc. (i) .......................................................... 100 Riocell Limited (i) ......................................................................... 100 Riocell Trade S.A. (i) ................................................................... 100

(i) Empresas encerradas e/ou incorporadas conforme detalhado na Nota 1(e).

(ii) Empresas consolidadas proporcionalmente.

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2.2.2. Demonstrações financeiras individuais

No balanço patrimonial individual, as participações em controladas e coligadas são avaliadas pelo método de equivalência patrimonial. De acordo com esse método, o investimento é inicialmente reconhecido pelo custo e posteriormente ajustado pelo reconhecimento da participação atribuída à Companhia nas alterações dos ativos líquidos da investida. Ajustes no valor contábil do investimento também são necessários pelo reconhecimento da participação proporcional da Companhia nas variações de saldo dos componentes dos ajustes de avaliação patrimonial da investida, reconhecidos diretamente em seu patrimônio líquido. Tais variações são reconhecidas de forma reflexa, ou seja, em ajuste de avaliação patrimonial diretamente no patrimônio líquido.

2.3. Apresentação de relatórios por segmentos

As informações por segmentos operacionais são apresentadas de modo consistente com o relatório interno fornecido para a Diretoria Executiva, a qual é responsável pela alocação de recursos, a tomada de decisões estratégicas e a avaliação dos resultados.

2.4. Conversão em moeda estrangeira

(a) Moeda funcional e moeda de apresentação

A moeda funcional da Companhia e de todas as suas controladas e coligadas é o real, mesma moeda de preparação e apresentação das demonstrações financeiras da Companhia, individual e consolidadas.

(b) Transações e saldos

As operações com moedas estrangeiras são convertidas em moeda funcional, utilizando as taxas de câmbio vigentes nas datas das transações ou da avaliação, na qual os itens são mensurados. Os ganhos e as perdas cambiais resultantes da liquidação dessas transações e da conversão pelas taxas de câmbio do final do exercício, referentes aos ativos e passivos monetários em moedas estrangeiras, são reconhecidos na demonstração do resultado e apresentados na rubrica “Varia-ções monetárias e cambiais, líquidas”.

2.5. Caixa e equivalentes de caixa

Caixa e equivalentes de caixa incluem o caixa, os depósitos bancários, outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, cujos vencimentos originais são inferiores há três meses, que são prontamente conversíveis em um montante conhecido de caixa e que estão sujeitos a um insignificante risco de mudança de valor, bem como as contas garantidas, na medida em que são consideradas como uma extensão da gestão de caixa da Companhia.

2.6. Ativos financeiros

2.6.1. Classificação

A Companhia e suas controladas classificam seus ativos financeiros nas seguintes categorias: (i) mantidos para negocia-ção e (ii) empréstimos e recebíveis. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros foram adquiri-dos.

(a) Mantidos para negociação

Os ativos financeiros mantidos para negociação têm como característica a sua negociação ativa e frequente, principalmen-te, no curto prazo. Esses ativos são mensurados por seu valor justo, e suas variações são reconhecidas no resultado do exercício, na rubrica “Receitas financeiras” ou “Despesas financeiras”, dependendo do resultado obtido.

(b) Empréstimos e recebíveis

São incluídos nesta categoria os empréstimos e os recebíveis com pagamentos fixos ou determináveis não cotados em mercado ativo. Os empréstimos e os recebíveis são atualizados de acordo com a taxa efetiva da respectiva transação. Compreende-se como taxa efetiva aquela fixada nos contratos e ajustada pelos respectivos custos de cada transação.

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(c) Valor justo

O valor justo dos investimentos com cotação pública se baseia nos preços atuais de mercado. Para os ativos financeiros sem mercado ativo, a Companhia estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem a comparação com operações recentes contratadas com terceiros, a referência a outros instrumentos que são substancial-mente similares, a análise de fluxos de caixa descontados e os modelos de precificação de opções.

A Companhia avalia, periodicamente, se há evidência objetiva de que um ativo financeiro esteja registrado com valor acima de seu valor recuperável. Quando aplicável, é reconhecida provisão para desvalorização desse ativo (impairment).

2.6.2. Reconhecimento e mensuração

As compras e as vendas regulares de ativos financeiros são reconhecidas na data de negociação - data na qual a Fibria se compromete a comprar ou vender o ativo. Os investimentos são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, acresci-dos dos custos da transação para todos os ativos financeiros não mensurados ao valor justo por meio do resultado. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio de resultado são, inicialmente, reconhecidos pelo valor justo, e os custos da transação são debitados à demonstração do resultado. Os ativos financeiros são baixados quando os direitos de receber fluxos de caixa dos investimentos tenham vencido ou tenham sido transferidos; neste último caso, desde que a Companhia tenha transferido, significativamente, todos os riscos e os benefícios da propriedade. Os ativos financeiros mensurados ao valor justo através do resultado são subsequentemente, contabilizados pelo valor justo. Os empréstimos e recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado, usando o método da taxa de juros efetiva.

2.6.3. Compensação de instrumentos financeiros

Ativos e passivos financeiros são compensados e o valor líquido é reportado no balanço patrimonial quando há um direito legalmente aplicável de compensar os valores reconhecidos e há uma intenção de liquidá-los numa base líquida, ou reali-zar o ativo e liquidar o passivo simultaneamente.

2.6.4. Impairment de ativos financeiros

Ativos mensurados ao custo amortizado

A Companhia avalia no final de cada período de apresentação do relatório se há evidência objetiva de que o ativo financei-ro ou o grupo de ativos financeiros está deteriorado. Um ativo ou grupo de ativos financeiros está deteriorado e os prejuí-zos de impairment são incorridos somente se há evidência objetiva de impairment como resultado de um ou mais eventos ocorridos após o reconhecimento inicial dos ativos (um “evento de perda”) e aquele evento (ou eventos) de perda tem um impacto nos fluxos de caixa futuros estimados do ativo financeiro ou grupo de ativos financeiros que pode ser estimado de maneira confiável.

Os critérios que a Companhia usa para determinar se há evidência objetiva de uma perda por impairment incluem:

• dificuldade financeira relevante do emitente ou tomador;

• uma quebra de contrato, como inadimplência ou mora no pagamento dos juros ou principal;

• a Companhia, por razões econômicas ou jurídicas relativas à dificuldade financeira do tomador de empréstimo, garante ao tomador uma concessão que o credor não consideraria;

• torna-se provável que o tomador declare falência ou outra reorganização financeira;

• o desaparecimento de um mercado ativo para aquele ativo financeiro devido às dificuldades financeiras;

• dados observáveis indicando que há uma redução mensurável nos futuros fluxos de caixa estimados a partir de uma carteira de ativos financeiros desde o reconhecimento inicial daqueles ativos, embora a diminuição não possa ainda ser identificada com os ativos financeiros individuais na carteira, incluindo:

• • mudanças adversas na situação do pagamento dos tomadores de empréstimo na carteira;

• • condições econômicas nacionais ou locais que se correlacionam com as inadimplências sobre os ativos na carteira.

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O montante do prejuízo é mensurado como a diferença entre o valor contábil dos ativos e o valor presente dos fluxos de caixa futuros estimados descontados à taxa de juros em vigor original dos ativos financeiros. O valor contábil do ativo é reduzido e o valor do prejuízo é reconhecido na demonstração do resultado. Se um empréstimo tiver uma taxa de juros va-riável, a taxa de desconto para medir uma perda por impairment é a atual taxa de juros efetiva determinada de acordo com o contrato. Como um expediente prático, a Fibria pode mensurar o impairment com base no valor justo de um instrumento utilizando um preço de mercado observável.

Se, num período subsequente, o valor da perda por impairment diminuir e a diminuição puder ser relacionada objetiva-mente com um evento que ocorreu após o impairment ser reconhecido (como uma melhoria na classificação de crédito do devedor), a reversão da perda por impairment reconhecida anteriormente será reconhecida na demonstração do resultado.

2.7. Instrumentos financeiros derivativos e atividades de hedge

Inicialmente, os derivativos são reconhecidos pelo valor justo na data em que um contrato de derivativos é celebrado e são, subsequentemente, mensurados ao seu valor justo com as variações lançadas em contrapartida do resultado. Embora a Companhia faça uso de derivativos com o objetivo de proteção, não foi aplicada contabilização de hedge (hedge accoun-ting) para os períodos apresentados. O valor justo dos instrumentos derivativos está divulgado na Nota 11.

2.8. Contas a receber

As contas a receber correspondem aos valores a receber de clientes pela venda de celulose no decurso normal das ativi-dades da Companhia. Se o prazo de recebimento é equivalente a um ano ou menos, as contas a receber são classificadas no ativo circulante. Caso contrário, estão apresentadas no ativo não circulante.

São inicialmente reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo método da taxa de juros efetiva menos a provisão para impairment, se necessária. As contas a receber no mercado externo são atualizadas com base nas taxas de câmbio vigentes na data de encerramento do balanço.

A provisão para impairment é estabelecida quando existe uma evidência objetiva de que a Companhia não será capaz de cobrar todos os valores devidos de acordo com os prazos originais das contas a receber. O cálculo da provisão é baseado em estimativa suficiente para cobrir prováveis perdas na realização das contas a receber, considerando a situação de cada cliente e respectivas garantias oferecidas.

Neste sentido, mensalmente a área de tesouraria da Fibria analisa a posição de vencimentos da carteira de clientes nacio-nais e no exterior e seleciona os clientes cujas faturas estejam vencidas para avaliar a situação específica de cada cliente, bem como exerce o julgamento sobre o risco de perda envolvido, considerando a existência de seguros contratados, cartas de crédito, existências de garantias reais, situação financeira do cliente e envolvimento da área jurídica em alguma execução. O resultado desse julgamento estabelece um percentual que é aplicado sobre o saldo das faturas detidas contra o cliente e determina o montante financeiro a ser contabilizado como impairment.

A constituição e a baixa da provisão para contas a receber são registradas no resultado do exercício na rubrica “Despesas com vendas”.

2.9. Estoques

Os estoques são demonstrados pelo menor entre o custo médio das compras ou da produção e o valor de realização. O custo dos produtos acabados e dos produtos em elaboração compreende matérias-primas, mão de obra direta, outros custos diretos e despesas gerais de produção.

As matérias-primas provenientes dos ativos biológicos são mensuradas ao valor justo menos as despesas de venda no ponto da colheita, quando são transferidas do ativo não circulante para o grupo de estoques.

As importações em andamento são demonstradas ao custo acumulado de cada importação.

O valor líquido de realização é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios, menos as despesas comerciais variáveis aplicáveis.

2.10. Tributos sobre o lucro

Os tributos sobre o lucro compreendem o imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido, correntes e diferi-dos. Esses tributos são reconhecidos na demonstração do resultado, exceto na proporção em que estiverem relacionados com itens reconhecidos diretamente no patrimônio. Nesse caso, também são reconhecidos no patrimônio em outros resul-tados abrangentes, na rubrica “Ajuste de avaliação patrimonial”.

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O encargo corrente é calculado com base nas leis tributárias promulgadas nos países em que a Companhia e suas empresas controladas e coligadas atuam e geram lucro tributável. A administração avalia, periodicamente, as posições assumidas nas declarações de imposto de renda com relação às situações em que a regulamentação fiscal aplicável dá margem a interpretações e estabelece provisões, quando apropriado, com base nos valores que deverão ser pagos às autoridades fiscais.

Os tributos diferidos passivos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias entre as bases fiscais dos ativos e pas-sivos e seus valores contábeis nas demonstrações financeiras. Entretanto, não é reconhecido se resultante do reconheci-mento inicial de ágio, bem como se resultar do reconhecimento inicial de um ativo ou passivo em uma operação que não seja uma combinação de negócios, a qual, na época da transação, não afeta o patrimônio ou o resultado contábil, nem o lucro real ou o prejuízo fiscal. Os tributos diferidos são determinados com base nas alíquotas vigentes na data do balanço e, que devem ser aplicadas quando forem realizados ou quando forem liquidados.

Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.

O imposto de renda e a contribuição social diferidos são reconhecidos sobre as diferenças temporárias decorrentes dos investimentos em controladas e coligadas, exceto quando o momento da reversão das diferenças temporárias seja con-trolado pela Companhia, e desde que seja provável que a diferença temporária não seja revertida em um futuro previsível.

2.11. Ativos intangíveis

(a) Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura

O ágio é representado pela diferença positiva entre o custo de aquisição e o montante líquido do valor justo dos ativos e passivos da entidade adquirida. O ágio de controladas é registrado como “ativo intangível”. O ágio é testado no mínimo anualmente para verificar prováveis perdas (impairment) e contabilizado pelo seu valor de custo menos as perdas acu-muladas por impairment, que não são revertidas. Os ganhos e as perdas da alienação de uma investida incluem o valor contábil do ágio relacionado à entidade vendida.

O ágio é alocado à Unidade Geradora de Caixa (UGCs) ou grupo de unidades geradoras de caixa para fins de teste de impairment. A alocação é feita para a UGC que deve se beneficiar da combinação de negócios da qual o ágio se originou.

(b) Database

A database compreende o conhecimento técnico construído ao longo de vários anos e à base de dados de tecnologia florestal e industrial originado da aquisição da Aracruz. Estes ativos proporcionam uma melhora na produtividade dos eu-caliptos por hectare e nos processos industriais de produção de celulose.

A database foi reconhecida pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e está registrada pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo método linear, à taxa anual de 10%, e registrada no resultado no grupo “Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas”.

A base de dados de tecnologia florestal e industrial é composta por: CEDOC (centro de documentação), BIP (base de informação de processo e pesquisa), KDP (software utilizado na gestão de conhecimento) e Microbacia (sensores e mar-cadores que captam o efeito da chuva nas áreas plantadas ao longo do seu ciclo).

(c) Patente

A patente registrada foi adquirida na aquisição da Aracruz e corresponde ao desenvolvimento efetuado pela área de pes-quisa e do processo de metalocationalização de polpa celulósica para uma aplicação e cliente específico.

A patente foi reconhecida pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e está registrada pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização é calculada pelo método linear, com base na taxa anual de 15,9%.

(d) Relacionamento com fornecedor

Este ativo intangível abrange o valor do contrato legado pela Companhia na aquisição da Aracruz, relacionado ao forneci-mento de óleo diesel e álcool combustível e para fornecimento de produtos químicos.

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Esse ativo foi reconhecido pelo valor justo na data da aquisição, uma vez que tem vida útil definida e está registrado pelo seu valor de custo menos a amortização acumulada. A amortização, é calculada pelo método linear, com base na taxa anual de 20% para fornecedores e óleo diesel e álcool e de 6,3% para produtos químicos.

(e) Desenvolvimento e implantação de sistemas (softwares)

Os custos associados à manutenção de softwares são reconhecidos como despesa, conforme incorridos. Os custos de desenvolvimento que são diretamente atribuíveis ao projeto e aos testes de produtos de software identificáveis e exclu-sivos, são reconhecidos como ativos intangíveis quando os seguintes critérios são atendidos: (i) é tecnicamente viável concluir o software para que ele esteja disponível para uso; (ii) a administração pretende concluir o software e usá-lo ou vendê-lo; (iii) o software pode ser vendido ou usado; (iv) o software gerará benefícios econômicos futuros prováveis, que podem ser demonstrados; (v) estão disponíveis recursos técnicos, financeiros e outros recursos adequados para concluir o desenvolvimento e para usar ou vender o software; e (vi) o gasto atribuível ao software durante seu desenvolvimento pode ser mensurado com segurança.

Outros gastos de desenvolvimento que não atendam a esses critérios são reconhecidos como despesa, conforme incor-ridos.

Os custos de desenvolvimento de softwares reconhecidos como ativos são amortizados pelo método linear, com base na taxa anual de 20%.

2.12. Imobilizado

Os bens do imobilizado são registrados ao custo e depreciados pelo método linear, considerando-se a estimativa da vida útil-econômica dos respectivos componentes. As taxas anuais de depreciação estão mencionadas na Nota 18. Os terrenos não são depreciados.

O custo das principais reformas é acrescido ao valor contábil do ativo quando os benefícios econômicos futuros ultra-passam o padrão de desempenho inicialmente estimado para o ativo. As reformas são depreciadas ao longo da vida útil restante do ativo relacionado.

Reparos e gastos com manutenção são apropriados ao resultado no período de competência.

Os custos dos encargos sobre empréstimos tomados para financiar a construção do imobilizado são capitalizados durante o período necessário para executar e preparar o ativo para o uso pretendido.

Os valores residuais e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, caso aplicável, ao final de cada exercício.

Se o valor contábil de um ativo for maior do que seu valor recuperável, constitui-se uma provisão para impairment de modo a ajustá-lo ao seu valor recuperável estimado.

Os ganhos e as perdas de alienações são determinados pela comparação dos resultados com o valor contábil e são reco-nhecidos em “Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas” na demonstração do resultado.

2.13. Operações de arrendamento mercantil

Os arrendamentos mercantis de imobilizado nos quais a Companhia fica substancialmente com todos os riscos e os be-nefícios de propriedade são classificados como arrendamento financeiro. Os arrendamentos financeiros são registrados como se fossem uma compra financiada, reconhecendo, no seu início, um ativo imobilizado e um passivo de financiamento (arrendamento).

Os arrendamentos mercantis nos quais uma parte significativa dos riscos e benefícios de propriedade fica com o arrenda-dor são classificados como arrendamentos operacionais.

Os valores devidos pelos arrendamentos operacionais (líquidos de todo incentivo concedido pelo arrendador) são apro-priados ao resultado pelo método linear ao longo do período do arrendamento.

2.14. Ativos biológicos

Os ativos biológicos são mensurados ao valor justo, deduzidos dos custos estimados de venda no momento do corte. Sua exaustão é calculada com base no corte das florestas.

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Os ativos biológicos correspondem às florestas de eucalipto provenientes exclusivamente de plantios renováveis e são destinados para produção de celulose branqueada. O processo de colheita e replantio tem um ciclo aproximado de seis a sete anos.

Na determinação do valor justo foi utilizado o método de fluxo de caixa descontado, considerando a quantidade cúbica de madeira existente, segregada em anos de plantio, e os respectivos valores de venda de madeira em pé até o esgotamento das florestas. O preço médio líquido de venda foi estimado com base no preço para eucalipto para o mercado local, base-ado em, estudo de mercado e amostras de algumas pesquisas de transações, ajustado para refletir o preço da “madeira em pé”. Os volumes utilizados na avaliação foram calculados em função do incremento médio anual de cada região.

A Companhia possui uma política de avaliação do valor justo de seus ativos biológicos com periodicidade semestral.

2.15. Combinação de negócios

O método de aquisição é usado para contabilizar cada combinação de negócios realizada pela Companhia. O custo de uma aquisição é mensurado como o valor justo dos ativos transferidos, dos instrumentos patrimoniais emitidos e dos pas-sivos incorridos ou assumidos na data da troca. As despesas relacionadas à aquisição são reconhecidas na demonstração do resultado, conforme incorridas.

Os ativos identificáveis adquiridos e passivos assumidos são mensurados ao valor justo na data da aquisição. A participa-ção de não controladores na adquirida é avaliada ao valor justo dessa participação ou pela parte que lhes cabe no valor justo dos ativos identificáveis líquidos da adquirida. O excesso do custo de aquisição relativamente ao valor justo dos ati-vos identificáveis adquiridos e passivos assumidos é registrado como ágio (Nota 2.11(a)) e, caso seja inferior, é registrado como ganho por compra vantajosa no resultado do exercício na data de aquisição.

Em transações que a Companhia adquire o controle da empresa na qual ela mantinha uma participação de capital imedia-tamente antes da data da aquisição, esta participação inicial é avaliada pelo valor justo na data da aquisição do controle e, caso haja ganho, este é reconhecido no resultado do período.

Nas demonstrações financeiras individuais, o excesso de valor justo dos ativos identificáveis adquiridos e dos passivos assumidos e relação ao patrimônio líquido na data da aquisição das controladas permanecem registrados na conta de investimento na rubrica mais valia de ativos de controladas.

2.16. Impairment de ativos não financeiros

Os ativos que têm uma vida útil indefinida, como o ágio, não estão sujeitos à amortização e são testados no mínimo anu-almente para a verificação de impairment.

A administração revisa anualmente, ou em período menor quando existir evidência de deterioração, o valor contábil líquido dos ativos não financeiros sujeitos à amortização, com o objetivo de avaliar eventos ou mudanças nas circunstâncias eco-nômicas, operacionais ou tecnológicas, que possam indicar deterioração ou perda de seu valor recuperável. Quando tais evidências são identificadas e o valor contábil líquido excede o valor recuperável, é constituída provisão para deterioração ajustando o valor contábil líquido ao valor recuperável. O valor recuperável é o maior entre o valor em uso e o valor justo menos os custos de venda.

2.17. Contas a pagar aos fornecedores

As contas a pagar aos fornecedores são obrigações a pagar por bens ou serviços que foram adquiridos de fornecedores no curso normal dos negócios, sendo classificadas como passivos circulantes se o pagamento for devido no período de até um ano. Caso contrário, as contas a pagar são apresentadas como passivo não circulante.

Elas são, inicialmente, reconhecidas pelo valor justo e, subsequentemente, mensuradas pelo custo amortizado com o uso do método de taxa de juros efetiva. São normalmente reconhecidas ao valor da fatura correspondente.

2.18. Empréstimos e financiamentos

Os empréstimos são reconhecidos inicialmente pelo valor justo, líquido dos custos da transação incorridos, quando rele-vantes, e são, subsequentemente, apresentados ao custo amortizado. Qualquer diferença entre os valores captados e o valor de liquidação é reconhecida na demonstração do resultado durante o período em que os empréstimos estejam em andamento, utilizando o método de taxa de juros efetiva.

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Os custos dos empréstimos que são diretamente atribuíveis à aquisição, à construção ou à produção de ativo qualificável formam parte do custo de tal ativo. Outros custos de empréstimos são reconhecidos como despesas, de acordo com o regime contábil de competência.

2.19. Outros ativos e passivos (circulantes e não circulantes)

Um ativo é reconhecido no balanço patrimonial quando for provável que seus benefícios econômicos futuros serão ge-rados em favor da Companhia e seu custo ou valor puder ser mensurado com segurança. Um passivo é reconhecido no balanço patrimonial quando a Companhia tem uma obrigação legal ou constituída como resultado de um evento passado, sendo provável que um recurso econômico seja requerido para liquidá-lo. São acrescidos, quando aplicável, dos corres-pondentes encargos e das variações monetárias ou cambiais incorridos. As provisões são registradas tendo como base as melhores estimativas do risco envolvido.

Os ativos e os passivos são classificados como circulantes quando sua realização ou liquidação é provável nos próximos 12 meses. Caso contrário, são demonstrados como não circulantes.

2.20. Benefícios a administradores e empregados

(a) Obrigações de aposentadoria

A Companhia e suas controladas participam de plano de pensão, administrado por entidade fechada de previdência priva-da, que provê a seus empregados benefícios pós-emprego, classificado como contribuição definida. Nesse plano a Fibria faz contribuições fixas a uma entidade separada e não tem obrigações legais nem contratuais de fazer contribuições se o fundo não tiver ativos suficientes para pagar a todos os empregados os benefícios relacionados com o serviço no período corrente e anterior. As contribuições regulares compreendem os custos líquidos e são registrados no resultado do período em que são devidas.

(b) Assistência médica (pós-aposentadoria)

A Companhia oferecia benefício de assistência médica pós-aposentadoria a seus empregados em função de um acordo coletivo já extinto. Esse acordo estabelecia a concessão vitalícia desse benefício a um grupo predeterminado de empre-gados. Esse benefício está fechado para novos participantes e não existem empregados ativos elegíveis a esse benefício.

O passivo relacionado ao plano de assistência médica aos aposentados é registrado pelo valor presente da obrigação. A obrigação de benefício definido é calculada anualmente por atuários independentes. O valor presente da obrigação de benefício definido é determinado pela estimativa de saída futura de caixa, usando-se uma taxa de desconto, conforme detalhado na Nota 28(c).

As alterações no valor presente do plano são reconhecidas imediatamente no resultado do exercício.

(c) Participação nos lucros

A Companhia reconhece um passivo e uma despesa de participação nos resultados, calculadas com base em metas qua-litativas e quantitativas definidas pela administração e contabilizadas em contas de despesas com salários no resultado do exercício.

(d) Remuneração com base em ações

A Companhia oferece um plano de remuneração, referenciado na valorização de suas ações, a partir de um preço prefixa-do e um prazo predeterminado. O plano consiste em uma remuneração em dinheiro, não havendo, no entanto, a previsão de negociação efetiva das ações, uma vez que não haverá emissão e/ou entrega de ações para liquidação do plano. São elegíveis ao plano, o diretor-presidente e os diretores executivos.

Esses valores são registrados como uma provisão a pagar aos diretores, com sua contrapartida no resultado do exercício, com base no valor justo das opções outorgadas e pelo período de aquisição ao direito de exercício (vesting period). O valor justo deste passivo é revisado e atualizado a cada período de divulgação, de acordo com a variação do valor justo do benefício outorgado e a aquisição do direito de exercício.

2.21. Ativos e passivos contingentes e obrigações legais

As práticas contábeis para registro e divulgação de ativos e passivos contingentes e obrigações legais são as seguintes:

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(a) ativos contingentes são reconhecidos somente quando há garantias reais ou decisões judiciais favoráveis, transitadas em julgado. Os ativos contingentes com êxitos prováveis são apenas divulgados em nota explicativa; (b) passivos contin-gentes são provisionados na medida em que a Companhia espera desembolsar fluxos de caixa. Processos tributários e cíveis são provisionados quando as perdas são avaliadas como prováveis e os montantes envolvidos forem mensuráveis com suficiente segurança. Quando a expectativa de perda nestes processos é possível, uma descrição dos processos e montantes envolvidos é divulgada nas notas explicativas. Processos trabalhistas são provisionados com base no per-centual histórico de desembolsos. Passivos contingentes avaliados como de perdas remotas não são provisionados nem divulgados; e (c) obrigações legais são registradas como exigíveis.

2.22. Reconhecimento de receita

A Companhia reconhece a receita quando: (a) o valor da receita pode ser mensurado com segurança; (b) é provável que benefícios econômicos futuros fluirão para a Companhia; e (c) quando critérios específicos tiverem sido atendidos em cada uma das vendas realizadas, quais sejam transferência de propriedade e do risco da mercadoria ao cliente, comprovação da transação segundo evidencias previstas para o Incoterms correspondente utilizado e confirmação do crédito para a realização da transação. A receita é o rendimento líquido das vendas, após dedução de impostos, descontos e devoluções.

(a) Venda de produtos

O reconhecimento da receita nas vendas internas e para exportação se baseia nos princípios a seguir:

(i) Celulose - mercado interno - de um modo geral, as vendas são feitas a prazo, cujo prazo médio de faturamento foi de 40 dias. A receita é reconhecida quando o cliente recebe o produto seja nas dependências do transportador ou em suas próprias dependências.

(ii) Celulose - mercado de exportação - os clientes no exterior são atendidos por centros de distribuição próprios ou tercei-rizados próximos aos clientes, localizados nos diversos mercados atendidos pela Fibria. Essas vendas são reconhecidas, em geral, quando os riscos da propriedade da celulose foram transferidos ao cliente de acordo com os termos específicos acordados para cada transação. Os contratos de exportação geralmente estabelecem a transferência de riscos com base nos Incoterms (2010).

Anteriormente a venda da CONPACEL, KSR e Piracicaba, conforme descrito na Nota 1(d), a Fibria operava no segmento de papel e reconhecia a receita da venda desses produtos conforme a seguir:

(iii) Papel - mercado interno - as vendas eram feitas à vista ou a prazo (normalmente, 30, 60 ou 90 dias). O reconhecimento da receita é consistente com aquele aplicado às vendas de celulose mercado interno.

(iv) Papel - mercado de exportação - normalmente, os pedidos de exportação eram atendidos por depósitos próprios ou terceirizados localizados próximos aos mercados estratégicos. Reconhecemos a receita e os custos associados das vendas no momento em que os produtos são entregues ao transportador e os riscos e benefícios são transferidos para o cliente.

(b) Receita financeira

A receita financeira é reconhecida conforme o prazo decorrido, usando o método da taxa de juros efetiva, e é reconhecida à medida que há expectativa de realização.

2.23. Distribuição de dividendos

A distribuição de dividendos para os acionistas da Companhia é reconhecida como um passivo nas demonstrações finan-ceiras ao final do exercício, com base no estatuto social. Qualquer valor acima do mínimo obrigatório somente é provisio-nado na data em que são aprovados pelos acionistas, em Assembleia Geral.

2.24. Ativo não circulante mantido para a venda e resultado de operações descontinuadas

A Companhia classifica um ativo não circulante como mantido para a venda se o seu valor contábil será recuperado por meio de transação de venda. Para que esse seja o caso, o ativo ou o grupo de ativos mantido para venda deve estar dis-ponível para venda imediata em suas condições atuais, sujeito apenas aos termos que sejam habituais e costumeiros para venda de tais ativos mantidos para venda. Com isso, a sua venda deve ser altamente provável.

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Para que a venda seja altamente provável, a administração deve estar comprometida com o plano de venda do ativo, e deve ter sido iniciado um programa firme para localizar um comprador e concluir o plano. Além disso, o ativo mantido para venda deve ser efetivamente colocado à venda por preço que seja razoável em relação ao seu valor justo corrente. Ainda, deve-se esperar que a venda seja concluída em até um ano a partir da data da classificação.

O grupo de ativos mantidos para a venda é mensurado pelo menor entre seu valor contábil e o valor justo menos as despesas de venda. Caso o valor contábil seja superior ao seu valor justo, uma perda por impairment é reconhecida em contrapartida do resultado. Qualquer reversão ou ganho somente será registrado até o limite da perda reconhecida.

A depreciação dos ativos mantidos para negociação cessa quando um grupo de ativos é designado como mantido para a venda. Os ativos e passivos do grupo de ativos descontinuados são apresentados em linhas únicas de ativo e passivo.

O resultado das operações descontinuadas é apresentado em montante único na demonstração do resultado, contemplan-do o resultado total após o imposto de renda destas operações menos qualquer perda relacionada a impairment. Os fluxos de caixa líquidos atribuíveis às atividades operacionais, de investimento e de financiamento das operações descontinua-das são apresentados na Nota 37.

2.25. Novas normas, alterações e interpretações de normas

As normas e alterações das normas existentes a seguir foram publicadas e são obrigatórias para períodos contábeis sub-sequentes. Não houve adoção antecipada dessas normas e alterações de normas por parte da Fibria. Cumpre destacar que não existem IFRSs ou IFRICs, inclusive aprimoramentos aos IFRSs ou IFRICs já existentes, que sejam efetivos para adoção inicial no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 e que sejam relevantes para a Fibria:

• IAS 28 - “Investimentos em coligadas e controladas em conjunto”, IFRS 11 - “acordo contratual conjunto” e IFRS 12 - “Divulgações sobre participações em outras entidades”, todas emitidas em maio de 2011. A principal alteração introduzida por essas normas é a impossibilidade de consolidação proporcional de entidades cujo controle dos ativos líquidos seja compartilhado através de um acordo entre duas ou mais partes e que seja classificado como uma joint venture.

O IFRS 11 conceitua dois tipos de classificação para acordos:

(i) Joint operations - quando as partes controlam em conjunto ativos e passivos, independentemente de estes ativos esta-rem em uma entidade a parte (separate vehicle), de acordo com os dispositivos contratuais e essência da operação. Nes-ses acordos, os ativos,passivos, receitas e despesas são contabilizados na entidade que participa do acordo joint operator na proporção de seus direitos e obrigações;

(ii) Joint ventures - quando as partes controlam em conjunto os ativos líquidos de um acordo, estruturado através de uma entidade a parte e os respectivos resultados desses ativos são divididos entre as partes participantes. Nesses acordos, a participação da entidade deve ser contabilizada pelo método de equivalência patrimonial e apresentado na rubrica de investimentos.

O IFRS 12 determina divulgações qualitativas que devem ser realizadas pela entidade em relação às participações em controladas, em acordos em conjunto ou entidades não consolidadas, que incluem julgamentos e premissas significati-vas para determinar se suas participações exercem controle, influência significativa ou a classificação dos acordos em conjunto entre Joint operations e Joint ventures, bem como outras informações sobre a natureza e extensão de restrições significativas e riscos associados. A norma não é aplicável até 1º de janeiro de 2013.

A Administração acredita que essa norma não impactará relevantemente as demonstrações financeiras consolidadas.

• IFRS 7 - “Instrumentos Financeiros - Divulgação”, emitido em outubro de 2010. A alteração na norma de divulgação de instrumentos financeiros busca promover a transparência na divulgação das transações de transferência de ativos finan-ceiros, melhorar o entendimento por parte do usuário sobre a exposição ao risco nessas transferências, e o efeito desses riscos no balanço patrimonial, particularmente aqueles envolvendo securitização de ativos financeiros. A norma é aplicável para exercícios iniciados em ou após 1º de julho de 2011. A Administração não espera impactos relevantes nas demons-trações financeiras.

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• IFRS 9 - “Instrumentos Financeiros”, emitido em novembro de 2009. O IFRS 9 é o primeiro padrão emitido como parte de um projeto maior para substituir o IAS 39. O IFRS 9 retém, mas simplifica, o modelo de mensuração e estabelece duas categorias de mensuração principais para os ativos financeiros: custo amortizado e valor justo. A base de classificação depende do modelo de negócios da entidade e das características contratuais do fluxo de caixa dos ativos financeiros. A orientação incluída no IAS 39 sobre impairment dos ativos financeiros e contabilização de hedge continua a ser aplicada. Períodos anteriores não precisam ser reapresentados se uma entidade adotar a norma para os períodos iniciados ou a ini-ciar antes de 1º de janeiro de 2012. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013. Não se espera que haja impactos relevantes nas informações contábeis da Fibria.

• IFRS 10 - “Demonstrações financeiras consolidadas”, emitido em maio de 2011. Esta norma está baseada nos princípios existentes quanto a identificação do conceito de controle como fator determinante de quando uma entidade deve ser con-solidada das demonstrações financeiras. A norma provê orientação adicional para auxiliar na determinação de controle quando há dúvida na avaliação. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013. Não se espera que haja impactos relevantes nas informações contábeis da Fibria.

• IFRS 13 - “Mensuração de valor justo”, emitido em maio de 2011. A norma tem como objetivo aprimorar a consistência e reduzir a complexidade nas divulgações requeridas pelos IFRSs. As exigências não aumentam o uso do valor justo na contabilidade, porém orienta como deve ser aplicado quando seu uso for requerido ou permitido por outra norma. A norma é aplicável a partir de 1º. de janeiro de 2013, e há uma isenção para aplicação das novas exigências de divulgação para períodos comparativos. Não se espera que haja impactos relevantes nas informações contábeis da Fibria.

• IAS 19 - “Benefícios a empregados”, emitido em junho de 2011. A alteração na norma afetará principalmente o reconhe-cimento e mensuração de planos de pensão de benefício definido, e divulgação de benefícios a empregados. A norma é aplicável a partir de 1º de janeiro de 2013. Essas alterações não afetarão a contabilização dos passivos do plano SEPACO, conforme definido na Nota 2.20(b).

3. ESTIMATIVAS E PREMISSAS CONTÁBEIS CRÍTICAS

As estimativas e premissas contábeis críticas são aquelas que são importantes para descrever e registrar a situação fi-nanceira da Companhia e exigem poder de análise e decisão, estimativas e premissas mais complexas e subjetivas por parte da administração. A aplicação dessas políticas contábeis críticas exige com frequência análise e decisão pela admi-nistração a respeito dos efeitos de assuntos que são inerentemente incertos com relação aos resultados operacionais e ao valor contábil dos ativos e passivos. Os resultados operacionais e a situação financeira da Companhia reais poderão ser diferentes daqueles previstos.

As estimativas e premissas que apresentam um risco significativo, com probabilidade de causar um ajuste relevante nos valores contábeis de ativos e passivos para o próximo exercício financeiro, estão contempladas a seguir.

(a) Combinação de negócios e avaliação de perda (impairment) estimada do ágio

Em combinação de negócios, os ativos adquiridos e passivos assumidos devem ser mensurados ao valor justo na data da aquisição e a participação de acionistas não controladores pode ser mensurada ao valor justo. A avaliação destes ativos e passivos na data da aquisição requer o uso do julgamento sobre recuperação dos ativos, incluindo a estimativa dos fluxos de caixa futuros, valores de mercado, qualidade dos créditos, entre outros, e que podem divergir significativamente dos respectivos resultados reais.

Anualmente ou em período menor quando há alguma alteração nas circunstâncias que acarretariam na redução do valor recuperado das unidades geradoras de caixa para as quais existem ágios registrados, a Companhia realiza testes para eventuais perdas (impairment) no ágio, de acordo com a prática contábil apresentada na Nota 2.16. Os valores recuperá-veis das UGCs foram determinados com base em cálculos do valor em uso, efetuados com base em estimativas (Nota 38).

(b) Tributos sobre o lucro

Os ativos e passivos fiscais diferidos são baseados em diferenças temporárias entre os valores contábeis nas demons-trações financeiras e a base fiscal. Se a Companhia e suas subsidiárias operarem com prejuízo ou não forem capazes de gerar lucro tributável futuro suficiente, ou se houver uma mudança material nas atuais taxas de imposto ou período de tempo no qual as diferenças temporárias subjacentes se tornem tributáveis ou dedutíveis, seria necessário uma reversão de parte significativa de nosso ativo fiscal diferido, podendo resultar em um aumento na taxa efetiva de imposto.

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Conforme descrito na Nota 15(e) em novembro de 2011, a Companhia decidiu transferir certas operações comerciais entre controladas no exterior o que resultou na incerteza em relação à capacidade de utilização da totalidade de créditos tribu-tários registrados pela subsidiária afetada, portanto, não pode ser mais considerados de realização provável. A utilização dos créditos dependerá do nível de lucro tributável futuro a ser gerado até dezembro de 2013, o que resultou no registro de impairment no montante de R$ 200.711.

(c) Benefícios a empregados

O valor atual de obrigações do plano de assistência médica depende de uma série de fatores que são determinados com base em cálculos atuariais e utilizam uma série de premissas. Entre as premissas usadas na determinação do custo (re-ceita) líquido para os saldos das obrigações atuariais, está a taxa de desconto.

A provisão de remuneração baseada em ações está registrada pelo valor justo da opção, o qual é calculado pela Compa-nhia com base no modelo Binomial-Trimonial Tree.

Quaisquer mudanças nas premissas utilizadas para o cálculo dessas obrigações afetarão o valor contábil na data do ba-lanço.

(d) Valor justo de derivativos e outros instrumentos financeiros

O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos é determinado mediante o uso de técnicas de avaliação. A Companhia utiliza seu julgamento para escolher diversos métodos e definir premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do balanço. A Companhia utiliza também seu julga-mento para definir os cenários e valores apresentados na análise de sensibilidade, demonstrada na Nota 5.

Quaisquer alterações nas premissas utilizadas para os cálculos envolvendo o valor justo de instrumentos financeiros po-deriam afetar drasticamente a posição patrimonial e financeira da Companhia.

(e) Ativos biológicos

O cálculo do valor justo dos ativos biológicos leva em consideração diversas premissas com alto grau de julgamento, tais como preço estimado de venda, quantidade cúbica de madeira e incremento médio anual por região. Quaisquer mudanças nessas premissas utilizadas podem implicar na alteração do resultado do fluxo de caixa descontado e, consequentemente na valorização ou desvalorização desses ativos.

(f) Reconhecimento de receita e redução ao valor recuperável de contas a receber

A Companhia reconhece a receita e os custos associados de vendas, no momento em que os produtos são entregues aos clientes ou quando os riscos e benefícios associados são transferidos. A receita é registrada pelo valor líquido de vendas (após deduções de impostos, descontos e devoluções).

A provisão para redução ao valor recuperável destes créditos é constituída em montante considerado suficiente para cobrir as prováveis perdas em sua realização. A política contábil para estabelecer a provisão requer a análise individual das fa-turas de clientes inadimplentes em relação às medidas de cobrança adotadas por departamento responsável e, de acordo com o estágio da cobrança, é estimado um montante de provisão a ser constituída, que pode representar um percentual do título de acordo com histórico ou sua totalidade.

(g) Revisão da vida útil e recuperação de propriedades, plantas e equipamentos

A capacidade de recuperação dos ativos que são utilizados nas atividades da Companhia é avaliada sempre que eventos ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil de um ativo ou grupo de ativos pode não ser recuperável com base em fluxos de caixa futuros. Se o valor contábil destes ativos for superior ao seu valor recuperável, o valor líquido é ajustado e sua vida útil readequada para novos patamares. Nos exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2011 e 2010, a Companhia realizou testes de impairment, conforme detalhado na Nota 38.

(h) Ativos e passivos contingentes e obrigações legais

A Companhia é parte envolvida em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais e requerem elevado grau de julgamento sobre as matérias envolvidas.

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4. GESTÃO DE RISCOS

Em 2011, em linha com o compromisso da Fibria com a boa governança, foi criada a Área de Governança, Riscos e Compliance (GRC), que integrou as atividades de Gestão de Riscos, Controles Internos, Auditoria Interna e Ouvidoria. O objetivo foi garantir a sinergia entre as áreas, contribuir com a criação de valor para o negócio e, principalmente, fortalecer a governança da companhia. A nova gerência reporta-se diretamente à Presidência e responde sobre os seus processos ao Comitê de Auditoria e Riscos, órgão de assessoramento do Conselho de Administração.

A abordagem da gestão de risco da Fibria classifica os riscos inerentes ao negócio nas seguintes categorias:

(a) Risco de mercado - O detalhamento das políticas de gestão de risco de mercado está apresentado a seguir, no tópico 4.2.1(a).

(b) Risco de crédito - O detalhamento das políticas de gestão de risco de crédito está apresentado a seguir, no tópico 4.2.1(b).

(c) Risco de compliance - essa abordagem refere-se às sanções legais ou regulatórias, de perda financeira ou de reputa-ção que a empresa pode sofrer como resultado de qualquer descumprimento legal. Para evitá-lo, a Companhia monitora permanentemente o estrito respeito às leis, normas e regulamentos, bem como a observância de políticas e procedimen-tos, a implementação e a funcionalidade dos planos de contingência e a segregação de funções - evitando o conflito de interesses e facilitando a avaliação dos riscos e dos controles internos da Companhia. Essa abordagem inclui a avaliação dos riscos socioambientais, trabalhistas e fiscais. Todo o processo de monitoramento é devidamente documentado e re-latado para a alta administração.

(d) Risco operacional - ocorre quando há falta de consistência ou de adequação nos sistemas de informação, no proces-samento e controle de operações, no gerenciamento de recursos e nos controles internos, ou ainda no caso de fraudes que prejudiquem o exercício das atividades da Companhia. Uma das etapas do processo de gestão de risco operacional da Fibria, desenvolvido de forma matricial, compreende a análise do cálculo de materialidade e dos direcionadores estra-tégicos, para definir controles e ações prioritárias para as contas e processos mais relevantes. A Companhia aprimorou o controle de riscos com a ferramenta de avaliação de controle, que facilita a verificação da eficácia do controle, a geração de relatórios e a correção de eventuais desvios nos processos. O trabalho desenvolvido pela gestão de Compliance, que atua juntamente com os gestores do negócio para a busca de conformidade dos controles internos, realiza-se por meio do monitoramento dos processos, sendo fator mitigante da ocorrência de risco operacional pela adequação dos controles à atividade.

(e) Risco de eventos - está relacionado aos eventos originados tanto interna quanto externamente que gerem instabilidade às partes interessadas ou comprometam de alguma forma a reputação e a sustentabilidade da Companhia. Estão nesse caso riscos provocados por mudanças climáticas, movimentos sociais ou sindicais, fechamento de unidades, demissões coletivas, vazamento de informações sigilosas etc. A Companhia monitora continuamente seus relacionamentos, buscan-do se antecipar às ocorrências indesejáveis. Existe na Fibria uma frente criada para tratar de todos os riscos estratégicos dos quais a Companhia está exposta. O projeto ERM (Enterprise Risk Management) foi iniciado em 2010 e atualmente conta com a análise, avaliação, monitoramento e tratamento de riscos estratégicos. Para aqueles riscos priorizados (níveis elevados de impactos potenciais e probabilidade de ocorrência), várias frentes de ação são conduzidas na Companhia, tendo planos de ação (ações de tratamento) e indicadores (KRIs – key risk indicators).

Apresentamos a seguir um detalhamento das políticas de gestão de risco socioambiental e financeiro.

4.1. Gestão de riscos socioambientais

Riscos associados a mudança climáticas

Há uma exposição a riscos devido às alterações climáticas, que podem afetar o equilíbrio dos ecossistemas, a produtivi-dade dos plantios e a disponibilidade de água e energia para a indústria.

A Fibria adota o princípio da precaução no gerenciamento e na operação de suas atividades industriais e florestais, por meio da adoção de medidas de controle e monitoramento da produção, como estudos agronômicos, melhoramento gené-tico na produção de eucalipto que contempla a adaptação de espécies em diferentes condições climáticas, monitoramento do consumo de água nas áreas florestais, entre outros.

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Riscos ambientais

Recursos hídricos – A Fibria monitora permanentemente a situação das microbacias hidrográficas representativas de sua área de atuação, para poder agir contra alterações na quantidade ou na qualidade da água que possam estar relacionadas ao manejo silvicultural adotado pela empresa. A captação de água para abastecimento das fábricas é realizada a partir de outorgas e obedece à legislação ambiental de cada localidade e às licenças de operação das Unidades.

Proteção florestal – Na Fibria, a proteção florestal contra pragas, doenças, plantas daninhas e incêndios baseia-se em uma estratégia de ciclos sucessivos de prevenção, monitoramento e controle. Além dos esforços contínuos na seleção e no plantio de materiais genéticos mais resistentes, a empresa se preocupa com a preservação do equilíbrio ecológico e com a geração de conhecimentos para melhorias no manejo.

Biodiversidade – As atividades florestais da companhia são licenciadas pelos órgãos competentes e objeto de planejamen-to socioambiental. São mantidas porções significativas de matas nativas entremeadas com plantios de eucalipto. Nesse contexto, a Fibria busca conservar suas áreas protegidas na forma de Reservas Legais (RLs), Áreas de Preservação Permanente (APPs) e Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs), por meio de proteção, restauração, manejo e integração com a matriz de plantios florestais, buscando também minimizar as pressões externas e os fatores de degra-dação que possam estar atuando sobre esses fragmentos.

Resíduos – A Fibria vem fazendo esforços para utilizar resíduos da fabricação de celulose que são coprocessados e transformados em produtos para aplicação na área florestal e são aproveitados na correção da acidez dos solos onde são mantidos plantios de eucalipto. Essa prática proporciona ganhos ambientais e econômicos com a redução da disposição dos resíduos em aterros e com a substituição de matéria-prima comprada pelos resíduos reaproveitados nas operações de silvicultura.

Impactos nas comunidades

A Companhia mantém contato com comunidades de diferentes realidades econômicas, sociais e culturais, que são afeta-das positiva ou negativamente e em diferentes graus pelo cultivo do eucalipto. Para garantir um bom relacionamento com todas elas, a empresa elaborou um Plano de Relacionamento com Comunidades, revisado anualmente, em que esses núcleos populacionais vizinhos são classificados conforme a intensidade de relacionamento. O Modelo de Relacionamen-to é aplicado em 100% das operações florestais, nas etapas de silvicultura e colheita. A participação é aberta a todos os membros da comunidade, que recebem convites públicos para cada reunião.

Contratação de fornecedores

Para se certificar da não utilização de mão-de-obra infantil ou análoga à escrava por parte de seus fornecedores, a Fibria exige que eles assinem declarações formais de respeito a essas normas. Outros dois requisitos mandatórios nas con-tratações são o cumprimento das políticas de meio ambiente e dos critérios de segurança no transporte adotados pela Fibria (Programa Estrada Segura). Todos os contratos firmados com os fornecedores e demais parceiros de negócios são acompanhados do Código de Conduta ou fazem menção ao mesmo, o que reforça a proibição de qualquer prática discri-minatória ou em desacordo com a legislação vigente. A homologação de fornecedores ocorre a cada dois anos.

4.2. Gestão de riscos financeiros

4.2.1. Fatores de risco financeiro

As atividades da Companhia a expõe a diversos riscos financeiros: risco de mercado (incluindo risco de moeda, risco de taxa de juros, risco de preço e de commodities), risco de crédito e risco de liquidez. Parcela substancial das vendas da Companhia é denominada em dólares norte-americanos e com predominância dos seus custos denominados em reais. Deste modo, há um descasamento natural de moedas entre os custos e as receitas.

O programa de gestão de risco de mercado da Fibria se concentra na diminuição, mitigação ou transferência de exposi-ções aos riscos de mercado. Neste contexto, a utilização de operações de hedge são para fins exclusivos de proteção e é pautada nos seguintes termos: (a) proteção do fluxo de caixa contra descasamento de moedas, (b) proteção do fluxo de receita para pagamento de amortizações e juros das dívidas às oscilações de taxas de juros e moedas e (c) oscilações no preço da celulose ou outros fatores de risco.

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A gestão de risco é realizada pela tesouraria da Fibria, segundo as políticas financeiras aprovadas pelo Conselho de Admi-nistração. O controle dos riscos e compliance das políticas, por sua vez, é realizado pela gerência de governança, riscos e compliance, que possui independência para apontar eventuais desenquadramentos das políticas, mensurar e analisar os riscos de mercado, reportando diretamente ao presidente da Companhia e ao Comitê de Finanças. A Gerência de gover-nança, riscos e compliance faz o acompanhamento criterioso de todas as exposições de riscos de mercado e o controle estrito do cumprimento às políticas financeiras vigentes. A Tesouraria é a responsável pela identificação, avaliação e busca de proteção contra eventuais riscos financeiros. O Conselho de Administração aprova, anualmente, a revisão das políticas financeiras que estabelecem os princípios e normas para a gestão de risco global, áreas envolvidas nestas atividades, uso de instrumentos financeiros derivativos e não derivativos e alocação dos excedentes de caixa.

Políticas de utilização de instrumentos financeiros derivativos

O Conselho de Administração da Fibria aprovou em 15 de dezembro de 2011 a revisão anual da Política de Gestão de Riscos de Mercado. O uso de instrumentos financeiros para hedge e aplicação de caixa são pautados por tais políticas. No que diz respeito ao uso de operações de hedge para a proteção patrimonial, a política é, na visão da Administração, con-servadora, sendo que toda operação contratada deve sempre estar vinculada a um risco proveniente de um ativo objeto, advindo principalmente de fluxo operacional, preço de commodities ou dívida. Deste modo, só são permitidas operações se vinculadas a uma exposição efetiva e não são permitidos instrumentos de proteção que resultem em operações ala-vancadas.

(a) Risco de mercado

Relacionado às oscilações de preços e taxas como taxas de juros, paridades cambiais e preços de commodities. Estas variações podem afetar os retornos esperados de um investimento, de uma aplicação financeira, das expectativas de re-ceitas de vendas, dos valores do serviço e da amortização das dívidas contratadas. Neste sentido, foram criados mecanis-mos de mensuração desses riscos. Foi criada a ferramenta interna de avaliação que possibilita o cálculo dos impactos de cenários de estresse e sensibilidade e lacunas de descasamento. Foi implementada a ferramenta Ebitda@Risk, que é uma simulação utilizando o método de Monte Carlo das principais variáveis que impactam a geração de caixa da Companhia (câmbio, preço da commodity e volume produzido), testando-se diversas alternativas de hedging possíveis. Em relação às políticas de riscos em vigor, foi criada pela área de riscos a ferramenta de compliance.

(i) Risco cambial

A Companhia atua internacionalmente e está exposta ao risco cambial decorrente de exposições a algumas moedas, prin-cipalmente com relação ao dólar norte-americano.

A política financeira da Companhia destaca que as operações de hedge têm como objetivos diminuir a volatilidade no fluxo de caixa, proteger a exposição cambial e evitar o descasamento entre moedas sob a ótica consolidada.

Apresentamos a seguir os saldos contábeis consolidados de ativos e passivos indexados ao dólar norte-americano na data de encerramento dos balanços patrimoniais:

Consolidado _____________________ 2011 2010 __________ __________Ativos em moeda estrangeira Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) ................................................................................. 318.926 353.957 Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) ..................................................................... 132.972 Contas a receber (Nota 12) ................................................................................................... 916.391 942.916 __________ __________ 1.235.317 1.429.845 __________ __________Passivos em moeda estrangeira Empréstimos e financiamentos (Nota 23) ............................................................................. 8.961.331 8.214.267 Fornecedores ........................................................................................................................ 35.676 27.734 Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) ..................................................................... 213.887 __________ __________ 9.210.894 8.242.001 __________ __________Exposição ativa (passiva) ........................................................................................................ (7.975.577) (6.812.156) __________ __________ __________ __________

A Fibria calcula sua exposição líquida para cada um dos fatores de risco. Quando o fator de risco se refere ao dólar ou ao euro, são determinados limites máximos de hedge para até 18 meses, sendo obrigatória a recomendação do Comitê de Finanças para prazos entre 12 a 18 meses.

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A exposição da Companhia à moeda estrangeira dá origem a riscos de mercado associados a variações da taxa de câmbio. Os passivos calculados em moeda estrangeira incluem empréstimos captados, principalmente, em dólares norte--americanos. As vendas da Companhia para o exterior são, em sua maioria, em dólares norte-americanos. Os valores das vendas de celulose no Brasil são atrelados ao dólar e recebidos em reais. Deste modo, os passivos da Companhia funcionam como uma proteção natural de parcela da exposição à moeda das receitas de exportação, eliminando parte do descasamento de moedas entre ativo e passivo.

(ii) Risco do fluxo de caixa ou valor justo associado com taxa de juros

Considerando que a Companhia não possui ativos significativos em que incidam juros, o resultado e os fluxos de caixa operacionais são, substancialmente, independentes das mudanças nas taxas de juros do mercado.

O risco de taxa de juros decorre de empréstimos. Os empréstimos emitidos as taxas variáveis expõem a Fibria ao risco de taxa de juros e de fluxo de caixa. Os empréstimos emitidos as taxas fixas expõem a Companhia ao risco de valor justo associado à taxa de juros.

A política de utilização de operações de hedge para o fator de risco taxas de juros determina que podem ser realizadas operações que tenham prazo e montantes compatíveis com as respectivas dívidas, bem como determina a manutenção mínima de 50% da dívida em taxas prefixadas. A Companhia administra o risco de fluxo de caixa associado com a taxa de juros e moedas através de operações de swap e de acordo com os limites e condições impostas pela política.

(iii) Risco do preço de commodities

Este risco está relacionado com a possibilidade de oscilação no preço da celulose, produto final da Companhia, que é con-siderado uma commodity. Os preços flutuam em função da demanda, da capacidade produtiva, estoque dos produtores, das estratégias comerciais dos grandes produtores florestais, dos produtores de papel e da disponibilidade de substitutos no mercado.

Este risco é abordado de distintas maneiras. A Companhia conta com equipe especializada, que efetua o monito-ramento do preço da celulose e analisa as tendências futuras, ajustando as projeções da Companhia, de modo a auxiliar na tomada de medidas preventivas para enfrentar da melhor maneira possível os distintos cenários. Para essa commodity não existe mercado com liquidez suficiente para mitigar o risco de parte relevante das operações da Fibria. As operações de proteção de preço da celulose disponíveis no mercado têm baixa liquidez, baixo volume e grande distorção na formação do preço.

Atualmente, a Companhia não possui nenhum tipo operação contratada para proteção do preço da celulose.

(b) Risco de crédito

Relacionado a possibilidade do não cumprimento do compromisso da contraparte de uma operação.

Para cada tipo de exposição de crédito e para cada tipo de contrato é feita uma modelagem específica para a averiguação dos riscos, obtenção das exposições e sensibilização dos limites.

Para todas as esferas, a quantificação das exposições e análise dos riscos é alvo de um relatório mensal realizado pela Área de Gestão de Riscos e Compliance.

O risco de crédito é administrado corporativamente e decorre de equivalentes de caixa, instrumentos financeiros deriva-tivos, depósitos em bancos, certificados de depósitos bancários (CDBs), Recibo de Depósito Bancário (RDBs), box de Renda Fixa, operações compromissadas, Cartas de crédito (LC’s - Letters of Credit), seguradoras, clientes (prazo para pagamento), fornecedores (dos adiantamentos para novos projetos), entre outros.

(i) Bancos e instituições financeiras

Para bancos e instituições financeiras (aplicações, conta corrente e derivativos) foram criadas métricas quantitativas de aferição da exposição de crédito. O valor esperado de exposição Expected Credit Exposure (ECE) e de pior exposição es-perada Worst Credit Exposure (WCE) de todas as exposições de contrapartes financeiras são calculados. Apresentamos os ratings destas instituições na Nota 8.

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A Companhia tem como política trabalhar com emissores privados que possuam, um rating mínimo, na avaliação de uma das seguintes agências de rating: Fitch, Moodys ou Standard&Poors. O rating mínimo exigido para as contrapartes é “AA-” (ou “Aa3” em escala local - Brasil) ou “A” (ou “aA2” em escala global). Nenhum emissor privado deverá ter , isoladamente, mais de 20% do caixa total da Companhia ou um valor superior a 10% do último saldo de patrimônio líquido publicado pela contraparte, ou mais de 15% do último saldo de patrimônio líquido da Companhia.

(ii) Clientes e adiantamento a fornecedores

No caso do risco de crédito decorrente de concessão de crédito a clientes e adiantamento a fornecedores, a Fibria avalia a qualidade do crédito, levando em consideração principalmente o histórico de relacionamento e indicadores financeiros, definindo limites individuais de crédito, os quais são regularmente monitorados.

Os principais clientes da Fibria são empresas de grande porte, sólidas e, em grande parte, com mais de 20 anos de rela-cionamento, minimizando o risco de crédito.

São realizadas análises de crédito frequentes dos clientes e quando considerado necessário, são obtidas cartas de crédito ou cobertura de seguro de crédito para proteger os interesses da Companhia. A maior parte das vendas por exportação para Europa e Ásia está protegida por cartas de crédito ou seguro de crédito junto à COFACE (Compagnie Française d´Assurance pour le Commerce Extérieur).

A provisão para deterioração do saldo de contas a receber é registrada em quantia considerada suficiente para cobrir to-das as perdas prováveis quando da execução das contas a receber de clientes, baseado em informações históricas, e é incluída nas despesas de vendas (Nota 12).

(c) Risco de liquidez

Com relação ao risco de liquidez, a Fibria tem como política manter em caixa e aplicações financeiras um valor corres-pondente aos desembolsos operacionais que atendam ao ciclo de conversão de caixa e desembolsos financeiros de 12 meses.

As aplicações financeiras possuem, predominantemente, liquidez imediata, sendo permitidas pela política financeira uma pequena parcela de aplicações com liquidez em até 365 dias.

Todos os derivativos contratados foram efetuados em mercado de balcão e não necessitam de depósito de margens de garantia.

A tabela a seguir analisa os passivos financeiros a serem liquidados, por faixas de vencimento, correspondentes ao período remanescente no balanço patrimonial até a data contratual do vencimento. Os passivos financeiros derivativos estão incluídos na análise se seus vencimentos contratuais forem essenciais para um entendimento dos fluxos de caixa temporários. Os valores divulgados na tabela são os fluxos de caixa não descontados contratados, portanto esses valores podem não ser conciliados com os valores divulgados no balanço patrimonial para empréstimos, instrumentos financeiros derivativos, fornecedores e outras obrigações.

Controladora __________________________________________________ Entre um e Entre dois Acima de Até um ano dois anos e cinco anos cinco anos ____________ ____________ ____________ ____________Em 31 de dezembro de 2011 Empréstimos e financiamentos ................................... 974.243 1.811.171 2.353.712 1.902.560 Instrumentos financeiros derivativos ........................... 134.886 6.321 104.913 16.099 Fornecedores e outras obrigações .............................. 455.471 32.086 ____________ ____________ ____________ ____________ 1.564.600 1.849.578 2.458.625 1.918.659 ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos e financiamentos ................................... 468.754 1.597.361 2.537.188 4.164.105 Contas a pagar aquisição de ações ............................ 1.482.023 Fornecedores e outras obrigações .............................. 556.062 559 ____________ ____________ ____________ ____________ 2.506.839 1.597.920 2.537.188 4.164.105 ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________

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Consolidado __________________________________________________ Entre um e Entre dois Acima de Até um ano dois anos e cinco anos cinco anos ____________ ____________ ____________ ____________Em 31 de dezembro de 2011 Empréstimos e financiamentos ................................... 1.636.635 2.723.403 3.919.605 7.916.925 Instrumentos financeiros derivativos ........................... 134.886 6.321 104.913 16.099 Fornecedores e outras obrigações .............................. 516.061 47.197 14.516 35.081 ____________ ____________ ____________ ____________ 2.287.582 2.776.921 4.039.034 7.968.105 ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________Em 31 de dezembro de 2010 Empréstimos e financiamentos ................................... 881.738 2.678.201 3.792.031 11.359.318 Contas a pagar aquisição de ações ............................ 1.482.023 Fornecedores e outras obrigações .............................. 582.787 21.409 14.516 39.840 ____________ ____________ ____________ ____________ 2.946.548 2.699.610 3.806.547 11.399.158 ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________

4.2.2. Gestão de capital

A Administração monitora o endividamento com base no índice de alavancagem financeira consolidado. Esse índice cor-responde à dívida líquida dividida pelo resultado líquido ajustado pelo resultado financeiro, impostos sobre a renda, depre-ciação, exaustão e amortização e outros itens. A dívida líquida, por sua vez, corresponde ao total de empréstimos, subtra-ído do montante de caixa e equivalentes de caixa, títulos e valores mobiliários e o valor justo dos instrumentos financeiros de proteção.

Em 6 de maio de 2011, o Conselho de Administração aprovou a nova política de gestão do endividamento e liquidez da Fibria, que tem como objetivo estabelecer diretrizes para a gestão de endividamento financeiro e liquidez visando à reto-mada e manutenção do grau de investimento, segundo a classificação das três principais agências de risco, S&P, Moodys e Fitch. Esta classificação possibilitará a empresa diversificar suas fontes de financiamento, acesso permanente a mer-cados de dívida, redução do custo do endividamento e também a criação de valor para os acionistas. A política é parte dos controles internos e da governança corporativa da Companhia e complementa a “Política de Gestão de Riscos de Mercado”. A Área de Gestão de Riscos e Compliance possui a prerrogativa de controlar e reportar, de forma independente da Tesouraria, o enquadramento dos indicadores descritos.

A política prevê a relação dívida líquida sobre índice LAJIDA ajustado (EBITDA) dentro do intervalo de 2,0x e 2,5x, po-dendo, em determinado momento do ciclo de investimento, atingir temporariamente o nível máximo de 3,5x. As decisões estratégicas e de gestão da Companhia não deverão implicar em que esta relação exceda 3,5x. Essa relação deve ser calculada com base no último dia de cada trimestre com a divisão da dívida líquida do fechamento do trimestre pelo índice acumulado dos últimos quatro trimestres. Caso os indicadores da política se desenquadrem dos limites estabelecidos, devido ao impacto de fatores exógenos, todos os esforços deverão ser feitos para que os mesmos sejam re-enquadrados.

A Companhia deverá manter um saldo mínimo de caixa, equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários, de modo a evitar que a ocorrência de descasamento em seu fluxo de caixa afete sua capacidade de pagamento. Esse saldo mínimo de caixa é definido pela soma do: (i) saldo de caixa mínimo operacional, que reflete o ciclo de conversão operacional de caixa; e (ii) saldo mínimo para cobertura do serviço da dívida, que inclui juros e principal de curto prazo. Adicionalmente, a Administração poderá buscar reforço de caixa, incluindo linhas compromissadas, para atender às métricas de caixa mí-nimo das agências de rating. O monitoramento da liquidez será feito principalmente pela projeção de fluxo de caixa de 12 meses. A projeção de fluxo de caixa irá considerar testes de “stress” em fatores riscos exógenos de mercado, como taxa de câmbio, taxa de juros e preço de celulose, além dos fatores endógenos.

A gestão de endividamento financeiro e liquidez deverá ainda considerar os covenants financeiros contratuais, contem-plando uma margem de segurança para que os mesmos não sejam excedidos.

A Administração priorizará captações na mesma moeda e/ou indexador da sua geração de caixa, buscando dessa forma um hedge natural para o seu fluxo de caixa. Os instrumentos deverão ser compatíveis com o perfil de dívida pretendido. Todas as captações deverão estar suportadas por cotações e aprovadas pelas instâncias requeridas pelo Estatuto Social, políticas e procedimentos vigentes.

A Tesouraria da Fibria é responsável pela elaboração do plano de contingência que contemple as ações necessárias para solucionar eventual ocorrência desta natureza. Este plano deverá ser submetido ao Comitê de Finanças e devidamente acompanhado pelas instâncias envolvidas.

Os índices de alavancagem financeira em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 podem ser assim sumariados:

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Consolidado - milhões de reais _____________________ 2011 2010 __________ __________Empréstimos e financiamentos (Nota 23) ............................................................................... 11.324 10.581Contas a pagar com aquisição de ações (Nota 36) ................................................................ 1.441Menos - caixa e equivalentes de caixa (Nota 9)...................................................................... 382 431Menos (mais) - valor justo contratos derivativos (Nota 11) ..................................................... (214) 133Menos - títulos e valores mobiliários (Nota 10) ....................................................................... 1.678 1.641 __________ __________Dívida líquida ........................................................................................................................... 9.478 9.817LAJIDA ajustado ...................................................................................................................... 1.981 2.749 __________ __________Índice de alavancagem financeira ........................................................................................... 4,8 3,6 __________ __________ __________ __________• Os valores do LAJIDA ajustado são reconciliados para os valores contábeis conforme apresentamos a seguir. O indicador ajustado, reflete a soma dos valores contábeis obtidos nos exercícios: Consolidado - milhões de reais _____________________ 2011 2010 __________ __________Resultado antes do imposto de renda ..................................................................................... (1.491) 616Ajustado por: Resultado financeiro .............................................................................................................. 1.869 364 Equivalência patrimonial ....................................................................................................... 7 __________ __________Total das operações continuadas............................................................................................ 378 987Operações descontinuadas (Nota 37(a)(i)) ............................................................................. 365 113 Depreciação, amortização e exaustão .................................................................................. 1.839 1.617 __________ __________LAJIDA .................................................................................................................................... 2.582 2.717 __________ __________Ganho na alienação dos ativos líquidos de CONPACEL, KSR e Piracicaba (Nota 37(iii)) ..... (533)Impairment ICMS a recuperar (i) ............................................................................................. 59 111Variação valor justo de ativos biológicos (Nota 19) (iii) ........................................................... (146) (92)Outros (ii) ................................................................................................................................ 19 13 __________ __________LAJIDA ajustado ...................................................................................................................... 1.981 2.749 __________ __________ __________ __________(i) Além da provisão de R$ 47 milhões informada na Nota 14, existem R$ 12 milhões relativos a impairment de créditos de ICMS vendidos, registrados na rubrica “outras contas a receber”.

(ii) Inclui baixas não recorrentes de imobilizado e provisão para perde de créditos oriundos da venda de investimentos.

(iii) A variação consolidada do valor justo dos ativos biológicos para o ano de 2011 não se concilia com a Nota 19 em fun-ção de ter havido reclassificação dos ativos biológicos do Projeto Losango para a rubrica de ativos mantidos para a venda.

O índice de alavancagem subiu significativamente de 3,6 em 2010 para 4,8 em 31 de dezembro de 2011, principalmente em virtude da desvalorização do real no fechamento do período. A taxa média de câmbio dos últimos doze meses, refletido no EBITDA, foi de R$ 1,6737 enquanto a taxa de câmbio do fechamento do trimestre, refletido na dívida líquida, foi de R$ 1,8758. A alta do índice de alavancagem é reflexo desse descompasso entre o impacto da desvalorização do real no EBITDA e na dívida líquida.

Diante deste cenário, a Companhia segue com foco em diversas frentes tais como redução do custo fixo, custo variável, despesas de vendas, Capex e melhoria do capital de giro, bem como tem focado em ações que promovam eventos adicio-nais de liquidez, por meio da venda do ativo florestal de Losango e outros ativos não estratégicos.

5. DEMONSTRATIVO DA ANÁLISE DE SENSIBILIDADE

Apresentamos a seguir os impactos que seriam gerados por mudanças nas variáveis de riscos pertinentes as quais a Companhia está exposta no final do exercício. As variáveis de riscos relevantes para a Companhia no período, levando em consideração o período projetivo de três meses para a avaliação, são sua exposição à flutuação do dólar e à flutuação nos preços das commodities. A Administração entende que o cenário razoavelmente possível é uma redução na cotação do dólar e uma variação nos preços da commodities, conforme expectativa de mercado e histórico de variação do preço lista da celulose.

Os demais fatores de riscos foram considerados irrelevantes para o resultado de instrumentos financeiros.

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Instrumentos denominados em moeda estrangeira - US$ CenárioPatrimônio líquido/

receita (despesa)Empréstimos e financiamentos Redução de 7,24% na cotação do

dólar em relação à Ptax de 31 de dezembro de 2011 - R$ 1,7400 versus R$ 1,8758 •

651.507Caixa, equivalentes e títulos e valores mobiliários (18.465)Derivativos 237.132Contas a receber (66.343)Contas a pagar 2.583Total do impacto estimado 806.414

Desta forma, conforme apresentado acima, uma redução na cotação do dólar, considerando a taxa de fechamento e o sal-do dos referidos instrumentos financeiros em 31 de dezembro de 2011, provocaria uma redução da exposição passiva de balanço e o consequente reconhecimento de um ganho no resultado financeiro no montante aproximado de R$ 806.414.

Ainda, considerando este cenário projetivo em comparação com a média cambial de R$ 1,6737 • realizada no exercício, as receitas de venda seriam reconhecidas em um montante superior em 3,7•%, que representa um montante aproximado de R$ 218 milhões, considerando o volume e preço das vendas do exercício de 2011.

Adicionalmente, uma variação de 8,5•% no preço lista da celulose, calculada com base na volatilidade histórica do pre-ço lista de celulose (FOEXBHKP Index - fonte Bloomberg - últimos dez anos) provocaria um variação aproximada de R$ 497.616 nas receitas líquidas da Companhia, considerando o volume e preço das vendas do exercício de 2011.

De acordo com a Deliberação CVM nº 550/08, a seguir é apresentado o valor justo da carteira de derivativos, dívida e apli-cações financeiras, em dois cenários adversos e que poderiam gerar prejuízos materiais para a Companhia. Os cenários possível e remoto consideram uma extrapolação de 25% e 50% em relação ao cenário provável de R$ 1,74:

Consolidado ______________________________________ Impacto da alta do dólar no valor justo das carteiras ______________________________________ Provável Possível (25%) Remoto (50%)Carteira R$ 1,74 R$ 2,175 R$ 2,7188 ____________ ____________ ____________Derivativos .............................................................................................. 237.132 (527.387) (1.500.248)Empréstimos e financiamentos .............................................................. 651.507 (1.435.862) (4.045.561)Aplicações financeiras ............................................................................ (18.465) 40.683 114.624 ____________ ____________ ____________Impacto total ........................................................................................... 870.174 (1.922.566) (5.431.185) ____________ ____________ ____________ ____________ ____________ ____________

6. ESTIMATIVA DO VALOR JUSTO DOS INSTRUMENTOS FINANCEIROS

Os instrumentos financeiros mensurados ao valor justo e reconhecidos no balanço patrimonial são classificados nos níveis da hierarquia de mensuração pelo valor justo:

• Nível 1 - preços cotados (não ajustados) em mercados ativos para ativos e passivos idênticos.

• Nível 2 - informações, além dos preços cotados, incluídas no nível 1 que são adotadas pelo mercado para o ativo ou passivo, seja diretamente (ou seja, como preços) ou indiretamente (ou seja, derivados dos preços).

• Nível 3 - inserções para os ativos ou passivos que não são baseadas nos dados adotados pelo mercado (ou seja, inser-ções não observáveis).

As aplicações financeiras são classificadas no nível 2 de hierarquia de valor justo.

6.1. Valor justo dos empréstimos e financiamentos e contas a pagar por aquisição de ações

O valor justo dos passivos financeiros relacionados aos empréstimos e financiamentos e das contas a pagar por aquisição de ações, cujos saldos contábeis são mensurados ao custo amortizado, é calculado de duas formas. O valor justo dos Bonds é obtido pela cotação do título no mercado secundário. O valor utilizado é uma média de fechamento calculada pela Bloomberg. Os demais passivos financeiros que não possuem mercado secundário ou para os quais o mercado se-cundário não apresenta liquidez suficiente, utiliza-se a mensuração com base no valor presente, utilizando-se a projeção de mercado para taxas pós-fixadas e dados contratuais vigentes para os pré-fixados, trazidos a valor presente pela taxa de mercado atual. A seguir, apresentamos os detalhes dos valores justos estimados dos empréstimos e financiamentos:

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Curva de Controladora Consolidado ___________________ ___________________ desconto (*) 2011 2010 2011 2010 ___________ _________ _________ _________ _________Cotados no mercado secundário Em moeda estrangeira Bonds – VOTO IV .................................................... 418.757 368.457 418.757 368.457 Bonds – VOTO III .................................................... 126.676 108.325 126.676 108.325 Bonds – Fibria Overseas ......................................... 4.852.233 3.399.471Estimados ao valor presente Em moeda estrangeira Créditos de exportação (Pré-pagamento) ............... LIBOR USD 2.585.767 3.442.862 3.057.792 5.043.154 Créditos de exportação (ACC/ACE) ........................ DDI 520.162 25.958 618.796 66.343 FINIMP .................................................................... LIBOR USD 4.627 4.627 Leasing .................................................................... LIBOR USD 9.041 37.678 14.942 48.408 Crédito de exportação (Finnvera) ............................ LIBOR USD 287.359 300.023 EIB Europe Inv. Bank .............................................. LIBOR USD 781 4.873 Outros ...................................................................... 20.449 Em moeda nacional BNDES – TJLP ........................................................ DI 1 1.293.229 1.144.671 1.444.994 1.371.045 Cesta de moedas .................................................... DI 1 178.603 119.198 238.096 189.217 FINEP ...................................................................... DI 1 1.886 67.368 1.886 67.368 FINAME ................................................................... DI 1 9.013 9.013 NCE em reais .......................................................... DI 1 586.440 562.670 627.590 622.709 Contas a pagar aquisição de ações ........................ DI 1 1.448.440 1.448.440 Fundo Centro-Oeste ................................................ DI 1 63.070 66.695 _________ _________ _________ _________ 5.729.574 7.330.254 11.761.985 13.129.604 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(*) Curva de desconto utilizada para cálculo do valor presente dos empréstimos.

6.2. Valor justo dos instrumentos financeiros derivativos

Os instrumentos financeiros derivativos são mensurados e reconhecidos ao valor justo, conforme detalhado na Nota 11. Esses instrumentos foram classificados em sua totalidade no nível 2 de mensuração.

A Fibria apura o valor justo dos contratos derivativos e reconhece que tais valores podem ser diferentes dos valores mar-cados a mercado (MtM), que representam o valor estimado para uma eventual liquidação antecipada. Uma divergência no valor pode ocorrer por condições de liquidez, spreads, interesse da contraparte na liquidação antecipada, dentre outros aspectos. Os valores calculados pela Companhia são também comparados e validados internamente com os valores de MtMs referenciais das contrapartes (bancos) e com cálculos de uma consultoria externa especializada.

A administração acredita que os valores obtidos para tais contratos, de acordo com os métodos descritos a seguir, repre-sentam, da maneira mais fidedigna, seus valores justos.

Os métodos de apuração do valor justo dos instrumentos financeiros derivativos utilizados pela Fibria para as operações de proteção pautaram-se pela utilização de procedimentos comumente utilizados no mercado e concordantes com emba-samentos teóricos amplamente aceitos.

Toda a metodologia de cálculo de marcação a mercado e contabilização adotados pela Companhia está descrita em ma-nual específico desenvolvido pela Gerência de Risco e Compliance.

Para cada um dos instrumentos, descreve-se a seguir um resumo do procedimento utilizado para a obtenção dos valores justos:

• Non-deliverable forward - é feita uma projeção da cotação futura da moeda, utilizando-se das curvas de cupom cambial e prefixada em reais para cada vencimento. A seguir, verifica-se qual a diferença entre esta cotação obtida e a taxa que foi contratada. Tal diferença é multiplicada pelo valor nocional de cada contrato e trazida a valor presente pela curva prefixada em reais.

• Contratos de swap - tanto o valor presente da ponta ativa quanto da ponta passiva são estimados pelo desconto dos flu-xos de caixa projetados pela taxa de juros de mercado da moeda em que o swap é denominado. O valor justo do contrato é a diferença entre essas duas pontas.

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• Opções - para o cálculo do valor justo das opções foi utilizado o modelo de Garman Kohlhagen. Os dados de volatilidades e taxas de juros foram obtidos da BM&FBOVESPA para apuração dos valores justos.

As curvas utilizadas para o cálculo do valor justo em 31 de dezembro de 2011 estão apresentadas a seguir:

Curvas de juros (Brasil) Curvas de juros (Estados Unidos)________________________________________________ _______________________________________________Vértice Taxa (a.a.) - % Vértice Taxa (a.a.) - %__________________________ ______________ __________________________ ______________1M.............................................. 10,69 1M ............................................. 0,36M.............................................. 10,15 6M ............................................. 0,621A .............................................. 10,04 1A .............................................. 0,692A .............................................. 10,48 2A .............................................. 0,743A .............................................. 10,75 3A .............................................. 0,855A .............................................. 10,98 5A .............................................. 1,2810A ............................................ 11,22 10A ............................................ 2,12

Cupom de dólar sujo________________________________________________________________________________________________Vértice Taxa (a.a.) - %__________________________________________________________________________ ______________1M................................................................................................................................................ 0,536M................................................................................................................................................ 2,311A ................................................................................................................................................ 2,692A ................................................................................................................................................ 3,053A ................................................................................................................................................ 3,525A ................................................................................................................................................ 4,1610A .............................................................................................................................................. 5,45

7. INSTRUMENTOS FINANCEIROS POR CATEGORIA

No quadro a seguir realizamos a classificação dos instrumentos financeiros da Companhia por categoria em cada uma das datas apresentadas: Controladora _____________________ 2011 2010 __________ __________Ativos, conforme balanço patrimonial Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) ................................................................................. 24.755 8.890 Contas a receber de clientes (Nota 12) ................................................................................. 790.942 738.540 Outros ativos ......................................................................................................................... 153.579 205.705 __________ __________ 969.276 953.135 __________ __________ __________ __________ Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) ..................................................................... 132.862 Ativos mantidos para negociação (Nota 10) ......................................................................... 1.401.869 1.582.620 __________ __________ 1.401.869 1.715.482 __________ __________ __________ __________Passivos Outros passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 23) ............................................................................. 5.087.037 5.157.636 Contas a pagar por aquisição de ações (Nota 36) ................................................................ 1.440.676 Fornecedores e demais contas a pagar ................................................................................ 543.272 634.400 __________ __________ 5.630.309 7.232.712 __________ __________ __________ __________ Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) ..................................................................... 213.887 __________ __________ __________ __________

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Controladora _____________________ 2011 2010 __________ __________Ativos, conforme balanço patrimonial Empréstimos e recebíveis Caixa e equivalentes de caixa (Nota 9) ................................................................................. 381.915 431.463 Contas a receber de clientes (Nota 12) ................................................................................. 945.362 1.138.176 Outros ativos 203.122 260.933 __________ __________ 1.530.399 1.830.572 __________ __________ __________ __________ Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) ..................................................................... 132.972 Ativos mantidos para negociação(Nota 10) .......................................................................... 1.677.926 1.640.935 __________ __________ 1.677.926 1.773.907 __________ __________ __________ __________Passivos Outros passivos financeiros Empréstimos e financiamentos (Nota 23) ............................................................................. 11.324.417 10.581.457 Contas a pagar por aquisição de ações (Nota 36) ................................................................ 1.440.676 Fornecedores e demais contas a pagar ................................................................................ 668.568 736.407 __________ __________ 11.992.985 12.758.540 __________ __________ __________ __________ Ao valor justo por meio do resultado Instrumentos financeiros derivativos (Nota 11) ..................................................................... 213.887 __________ __________ __________ __________

8. QUALIDADE DOS CRÉDITOS DOS ATIVOS FINANCEIROS

A qualidade do crédito dos ativos financeiros pode ser avaliada mediante referência às classificações externas de crédito (se houver) ou às informações históricas sobre os índices de inadimplência das contrapartes, análise das demonstrações financeiras e de restrições de mercado. Para a qualidade de crédito de contrapartes que são instituições financeiras, como caixa e derivativos, a Companhia considera o menor rating da contraparte divulgada pelas três principais agências interna-cionais de rating (Moody’s, Fitch e S&P), conforme política interna de gerenciamento de riscos de mercado:

Controladora _____________________ 2011 2010 __________ __________Contas a receber de clientes Contrapartes sem classificação externa de crédito A - Baixo risco ....................................................................................................................... 782.714 654.609 B - Médio risco ...................................................................................................................... 7.464 80.373 C - Médio/alto risco ............................................................................................................... 764 3.558 D - Alto risco de falência ....................................................................................................... 74.114 54.016 __________ __________Total de contas a receber de clientes (Nota 12)...................................................................... 865.056 792.556 __________ __________ __________ __________Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários brAAA .................................................................................................................................... 989.966 1.195.467 brAA+ .................................................................................................................................... 273.060 341.192 brAA- (iii) ............................................................................................................................... 44.385 45.719 brA (iii) ................................................................................................................................... 119.096 Outros .................................................................................................................................... 117 9.132 __________ __________ 1.426.624 1.591.510 __________ __________Ativos financeiros derivativos (ii) brAAA .................................................................................................................................... 68.875 brAA+ .................................................................................................................................... 52.094 AA- ........................................................................................................................................ 5.870 A+ .......................................................................................................................................... 5.764 A ............................................................................................................................................ 258 __________ 132.861 __________ __________

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Controladora _____________________ 2011 2010 __________ __________Contas a receber de clientes Contrapartes relevante com classificação externa de crédito (S&P - Standard Poor’s e D&B - Dun & Bradstreet) S&P-AA- .............................................................................................................................. 158.628 111.476 S&P-A ................................................................................................................................. 149.735 170.821 S&P-BBB ............................................................................................................................. 21.523 42.429 S&P-BB ............................................................................................................................... 27.347 83.109 D&B 2 .................................................................................................................................. 40.220 16.521 Contrapartes sem classificação externa de crédito A - Baixo risco ....................................................................................................................... 128.819 194.384 B - Médio risco ...................................................................................................................... 287.195 335.336 C - Médio/alto risco ............................................................................................................... 131.895 184.100 D - Alto risco de falência ....................................................................................................... 76.212 56.114 __________ __________Total de contas a receber de clientes (Nota 12)...................................................................... 1.021.574 1.194.290 __________ __________ __________ __________Caixa e equivalentes de caixa e títulos e valores mobiliários brAAA .................................................................................................................................... 1.578.282 1.535.070 brAA+ .................................................................................................................................... 274.015 378.439 brAA ...................................................................................................................................... 57.006 brAA- (iii) ............................................................................................................................... 119.096 45.719 A (iii) ...................................................................................................................................... 24.266 61.649 A- (iii) ..................................................................................................................................... 23.342 Outros (i) ............................................................................................................................... 7.176 28.179 __________ __________ 2.059.841 2.072.398 __________ __________ __________ __________Ativos financeiros derivativos (ii) (Nota 11) brAAA .................................................................................................................................... 68.986 brAA+ .................................................................................................................................... 52.094 AA- ........................................................................................................................................ 5.870 A+ .......................................................................................................................................... 5.764 A ............................................................................................................................................ 258 __________ 132.972 __________ __________

(i) Foram incluídas nesta categoria contas correntes e aplicações em bancos que não possuem avaliação pelas três agên-cias de rating utilizadas pela Companhia.

(ii) Em 31 de dezembro de 2011 os instrumentos financeiros derivativos estavam apresentados no passivo, portanto, não está sendo apresentada análise de risco de crédito.

(iii) Transação aprovada pelo Comitê de Finanças.

Apresentamos a seguir um quadro com a avaliação de rating das principais instituições financeiras contrapartes da Com-panhia durante o exercício:

Contraparte Rating Considerado Agência de Rating_______________________________________ ________________________ _________________________Banco ABC Brasil S.A ......................................... AA-.br FitchBanco Alfa de Investimento S.A .......................... AA-.br FitchBanco Bradesco S.A ........................................... AAA.br S&PBanco BTG Pactual S.A ...................................... AA.br FitchBanco do Brasil S.A............................................. AAA.br Moody’sBanco Itaú BBA ................................................... AAA.br FitchBanco Safra S.A .................................................. AA+.br FitchBanco Santander Brasil S.A ................................ AAA.br Moody’sBanco Standard de Investimento ........................ AAA.br FitchBanco Volkswagen S.A ....................................... AAA.br S&PBanco Votorantim S.A ......................................... AA+.br FitchBES Brasil ........................................................... AA-.br Moody’sBNP Paribas Brasil .............................................. AAA.br S&PCaixa Econômica Federal ................................... AAA.br FitchCitibank Brasil...................................................... AAA.br S&PDeutsche Bank S.A.- Banco Alemão ................... AAA.br FitchHSBC Brasil......................................................... AAA.br Moody’s

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Contraparte Rating Considerado Agência de Rating_______________________________________ ________________________ _________________________Bank of America Corp ......................................... BBB+ Moody’sBank of Austria .................................................... A FitchBarclays PLC ....................................................... A FitchCredit Suisse AG ................................................. A FitchGoldman Sachs Group Inc/The ........................... A- S&PJPMorgan Chase Bank NA.................................. A+ S&PMorgan Stanley ................................................... A- S&PStandard Chartered PLC ..................................... A Moody’sUBS AG ............................................................... A FitchWestLB AG .......................................................... BBB S&P

A classificação de ratings foi padronizada, sendo, por exemplo, AA+ equivalente a Aa1, com os ratings nacionais na forma “AAA br” e os globais na forma de “AAA”. A classificação interna de risco para clientes está descrita a seguir:

• A - Baixo risco - cliente com alta solidez financeira, sem restrições de mercado, sem histórico de inadimplência e com longo prazo de relacionamento, ou coberto por seguro de crédito.

• B - Médio risco - cliente com solidez financeira, sem restrições de mercado e sem histórico de inadimplência.

• C - Médio/alto risco - cliente com solidez financeira razoável, moderadas restrições de mercado e histórico baixo de inadimplência.

• D - Alto risco de falência - cliente com baixa solidez financeira, moderadas a significativas restrições de mercado e histó-rico insatisfatório de pagamento junto a Fibria e provisionado na deterioração de créditos de contas a receber.

Nenhum dos ativos financeiros totalmente adimplentes foi renegociado no último exercício. Nenhum dos empréstimos com partes relacionadas está vencido ou sujeito a provisão para deterioração.

9. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA

Taxa média de remuneração das Controladora Consolidado ____________________ ____________________ aplicações -% a.a. 2011 2010 2011 2010 _________________ _________ _________ _________ _________Caixa e bancos .............................................. 24.755 8.890 62.989 77.506Equivalentes de caixa Em moeda estrangeira Depósito a prazo fixo ................................... 0,29 318.926 353.957 _________ _________ _________ _________Caixa e equivalentes de caixa ....................... 24.755 8.890 381.915 431.463 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

As aplicações financeiras em depósitos de prazo fixo possuem alta liquidez, são prontamente conversíveis em um mon-tante conhecido de caixa e estão sujeitas a um insignificante risco de mudança no valor justo caso seja requerido resgate antecipado.

10. TÍTULOS E VALORES MOBILIÁRIOS

Os títulos e valores mobiliários incluem ativos financeiros classificados como ativos financeiros mantidos para negociação, conforme a seguir: Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Títulos públicos LFT ................................................................................................. 208.688 484.548 208.688 484.548 LTN Over ........................................................................................ 78.488 142.504 78.488 142.504 Outros públicos .............................................................................. 75.823 75.823Títulos privados Compromissadas ........................................................................... 613.116 781.554 849.880 835.743 CDB Pos ......................................................................................... 212.521 56.167 231.553 60.293 CDB Box ......................................................................................... 213.233 45.808 233.494 45.808 RDB Pos ......................................................................................... 72.039 72.039 __________ __________ __________ __________Títulos e valores mobiliários ............................................................. 1.401.869 1.582.620 1.677.926 1.640.935 __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________

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As aplicações financeiras em títulos privados estão substancialmente representadas por Certificados de Depósito Bancário (CDB) e operações compromissadas de compra e revenda de CDBs e possuem, em sua maioria, liquidez imediata e ren-dimentos atrelados a variação do Certificado de Depósito Interbancário (CDI). Os títulos públicos estão representados por Letras e Notas emitidos pelo Tesouro Nacional. O rendimento médio da carteira em 2011 foi de 102,47% do CDI (101,5% do CDI em 2010).

As operações de aplicações financeiras em box (CDB Box) são enquadradas como uma aplicação de renda fixa, com rendimento atrelado ao CDI, não existindo risco de variação cambial à Companhia.

11. INSTRUMENTOS FINANCEIROS DERIVATIVOS

Nas tabelas a seguir são apresentados os derivativos contratados pela Fibria, segregados por tipo de contrato, abertos por ponta ativa e passiva das operações (para contratos de swap, aqueles que possuem ponta ativa e passiva), pelas estratégias de proteção adotada pela Companhia e por cronograma de desembolso dos contratos. Em 2011, a totalidade das operações foram contratadas pela controladora, portanto as informações financeiras são as mesmas para as demons-trações financeiras consolidadas.

(a) Descrição por tipo de contrato

Valor de referência (nocional) - na moeda de origem Valor justo ____________________ ____________________Tipo do derivativo 2011 2010 2011 2010_____________________________________________________ _________ _________ _________ _________NDF (US$) - venda ........................................................................... 921.900 737.131 (134.206) 90.790Swap JPY x USD (JPY).................................................................... 4.754.615 4.754.615 27.804 17.201Swap DI x USD (US$) ...................................................................... 233.550 246.612 11.373 39.886Swap LIBOR x Fixed (US$) .............................................................. 227.891 317.371 (10.655) (14.905)Swap TJLP x USD (US$) ................................................................. 416.478 (92.165)Swap Pré x USD (USD).................................................................... 41.725 (9.084)Zero Cost Collar ............................................................................... 162.000 (6.954) _________ _________ (213.887) 132.972 _________ _________Apresentados no: Ativo (passivo) circulante ............................................................... (128.520) 80.502 _________ _________ Ativo (passivo) não circulante ........................................................ (85.367) 52.470 _________ _________ _________ _________(b) Contratos abertos por ponta ativa e passiva e tipo de contrato Valor de referência (nocional) - na moeda de origem Valor justo ____________________ ____________________Tipo de contrato 2011 2010 2011 2010_____________________________________________________ _________ _________ _________ _________Contratos futuros Hedge de fluxo de caixa (US$) ...................................................... 921.900 737.131 (134.206) 90.790Contratos de swapPosição ativa Iene fixo (iene para dólar) ............................................................. 4.754.615 4.754.615 136.077 112.182 Dólar LIBOR (LIBOR para Fixed) ................................................... 227.891 317.000 427.843 509.000 Real CDI (real CDI para dólar) ....................................................... 399.370 422.000 514.257 485.000 Real TJLP (real TJLP para dólar) ................................................... 679.784 611.091 Real Pré (real pré para dólar) ......................................................... 66.468 64.391Posição passiva Dólar Fixo (iene para dólar) ........................................................... 45.000 45.000 (108.273) (95.000) Dólar Fixo (LIBOR para Fixed) ....................................................... 227.891 317.000 (438.498) (524.000) Dólar Fixo (real CDI para dólar) ..................................................... 233.550 247.000 (502.884) (445.000) Dólar Fixo (real TJLP para dólar) ................................................... 416.478 (703.256) Dólar Fixo (real pré para dólar) ...................................................... 41.725 (73.475) _________ _________Total contratos de swap ................................................................... (72.727) 42.182 _________ _________ Zero Cost Collar ............................................................................. 162.000 (6.954) _________ _________ (213.887) 132.972 _________ _________ _________ _________

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(c) Valores justos e liquidados por estratégia de proteção

Valores pagos Valor justo ou recebidos ____________________ ____________________Tipo do derivativo 2011 2010 2011 2010_____________________________________________________ _________ _________ _________ _________Hedge cambial Hedge de fluxo de exportação ....................................................... (141.160) 90.790 110.486 44.994 Hedge de dívida ............................................................................. (62.072) 57.087 30.057 (10.970) Hedge da venda de ativos .............................................................. (61.045)Hedge de taxa de juros Hedge de dívida ............................................................................. (10.655) (14.905) (9.516) (9.590) _________ _________ _________ _________ (213.887) 132.972 69.982 24.434 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(d) Valores justos por cronograma de vencimentos e contraparte

Apresentamos a seguir o detalhamento das informações sobre os instrumentos financeiros derivativos agrupados por faixa de vencimento, contraparte, valores de vencimento de principal e valores justos. Os valores justos dos contratos de swap, quando pertinente, foram abertos conforme cronograma de amortização e pagamento de juros.

A seguir é apresentado a concentração mensal dos valores justos por vencimentos:

2011 ________________________________________________________________________________ 2012 2013 2014 2015 2016 2017 2018 Total _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Janeiro ................. (23.146) (447) 25.680 (3.000) (2.820) (2.483) (6.216)Fevereiro ............. (16.878) (540) (2.049) (2.966) (2.879) (2.475) (27.787)Março................... (11.919) 1.045 (1.874) (2.951) (2.980) (2.415) 86 (21.008)Abril ..................... (17.225) (355) (2.756) (3.228) (2.933) (2.764) (29.261)Maio ..................... (13.148) (565) (2.571) (3.262) (2.932) (2.782) (25.260)Junho ................... (1.991) 1.414 (2.208) (3.055) (2.908) (2.675) 104 (11.319)Julho .................... (18.880) (1.520) (2.796) (2.658) (2.548) (1.289) (29.691)Agosto ................. (18.824) (1.396) (2.662) (2.695) (2.539) (1.286) (29.402)Setembro ............. (668) (48) (2.461) (3.018) (2.290) 2.973 8.745 3.233Outubro................ (6.905) (1.519) (2.908) (2.897) (2.499) (1.281) (18.009)Novembro ............ (420) (1.289) (2.854) (2.926) (2.476) (1.288) (11.253)Dezembro ............ 1.484 (240) (2.736) (2.769) (2.431) (1.222) (7.914) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ (128.520) (5.460) (2.195) (35.425) (32.235) (18.987) 8.935 (213.887) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ 2010 ________________________________________________________________________________ 2017 e 2011 2012 2013 2014 2015 2016 2018 Total _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Janeiro ................. 17.071 (716) (260) 21.745 37.840Fevereiro ............. 12.426 (1.034) (229) 18 11.181Março................... 14.611 116 88 140 232 293 519 15.999Abril ..................... 13.161 (1.510) (189) (16) 11.446Maio ..................... 4.804 (747) (109) 3.948Junho ................... 5.781 104 (781) 169 249 314 557 6.393Julho .................... 4.879 (462) (123) (5) 4.289Agosto ................. 2.870 (583) (32) 2.255Setembro ............. 2.500 96 114 189 2.262 2.992 29.471 37.624Outubro................ 1.341 (362) (72) 907Novembro ............ 455 (1.277) 10 (812)Dezembro ............ 703 88 125 214 274 310 188 1.902 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ 80.602 (6.287) (1.458) 22.454 3.017 3.909 30.735 132.972 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

Adicionalmente, apresentamos uma tabela organizada por contraparte, valor nocional, valor justo e cronograma anual de vencimentos:

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2011 2010 _________________________ _________________________ Nocional Nocional em USD Valor justo em USD Valor justo ____________ ____________ ____________ ____________Banco Citibank S.A........................................................ (240.376) (6.695) (235.675) (11.982)Banco Itaú BBA S.A. ..................................................... (382.225) (49.975) (313.576) (70.343)Banco Safra S.A. ........................................................... (233.550) 11.372 (236.731) 810Banco Santander (Brasil) S.A........................................ (255.556) (57.139) (262.508) (61.369)Bank of America Merrill Lynch ....................................... (96.400) (20.041) (167.400) (34.439)BES Investimento do Brasil S.A. ................................... (10.000) (1.772) (10.000) (2.160)Deutsche Bank S.A. ...................................................... (37.500) (3.699) (69.000) (9.276)Goldman Sachs do Brasil .............................................. (186.850) (17.507) (244.000) (32.626)HSBC Bank Brasil S.A................................................... (135.046) (22.460) (139.446) (26.063)Morgan Stanley & CO.................................................... (229.042) (22.415) (242.324) (31.203)Banco Standard de Investimentos................................. (14.500) (1.791) (89.600) (10.541)Standard Chartered Bank .............................................. (57.500) (8.285) (114.000) (17.734)Banco Barclays S.A. ...................................................... (124.500) (10.959) (114.500) (24.950)Banco WestLB do Brasil ................................................ (45.500) (2.521) __________ __________ __________ __________ (2.048.545) (213.887) (2.238.760) (331.876) __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________

O valor justo não representa a obrigação de desembolso imediato ou recebimento de caixa, uma vez que tal efeito somente ocorrerá nas datas de verificação contratual ou de vencimento de cada operação, quando será apurado o resultado, con-forme o caso e as condições de mercado nas referidas datas.

Ressalta-se que todos os contratos em aberto em 31 de dezembro de 2011 são operações de mercado de balcão, regis-tradas na CETIP, sem nenhum tipo de margem de garantia ou cláusula de liquidação antecipada forçada por variações provenientes de Mark to Market (MtM).

A seguir, são descritos cada um dos contratos vigentes e os respectivos riscos protegidos.

(i) Non-Deliverable Forward (NDF)

A Fibria realizou vendas de futuro de dólar convencional com o objetivo de proteger um percentual da receita de exporta-ção, com alta probabilidade de ocorrência, contra a oscilação do dólar.

(ii) Swap LIBOR x Fixed

A Fibria possui posições de swaps convencionais de LIBOR 3M x Fixed com o intuito de fixar o fluxo de pagamento de dívidas atreladas a uma taxa pós-fixada.

(iii) Swap JPY x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de iene versus dólar com o objetivo de eliminar a exposição em iene re-sultante da emissão de um bond nesta moeda. Tais swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(iv) Swap DI x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de Depósitos Interbancários (DI) versus dólar com o objetivo de atrelar a dívida em reais, atrelada ao DI, para uma dívida fixa em dólar. Tais swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(v) Swap TJLP x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) versus dólar com o objetivo de atrelar a dívida em reais, indexada pela TJLP, para uma dívida fixa em dólar. Tais swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

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(vi) Zero Cost Collar Exportador

A Fibria realizou a estruturação de um “Zero Cost Collar Exportador”, instrumento que consiste na combinação simultânea de opções de compra e venda de dólares, com mesmo valor nocional e vencimento sem alavancagem, com o objetivo de proteger o seu fluxo de exportação em dólares, criando um piso e um teto para a cotação do dólar.

(vii) Swap Pré x US$

A Fibria possui posições de swaps convencionais de reais em taxa pré-fixada (Pré) versus dólar com taxa fixa com o ob-jetivo de atrelar a dívida em reais para uma dívida fixa em dólar. Tais swaps estão atrelados às dívidas no que diz respeito a valores, prazos e fluxo de caixa.

(viii) Hedge de venda de ativos

A Fibria contratou operações de venda de dólares a termo (NDF) para proteger o fluxo, em reais, do recebimento do valor em dólares, referente à venda da unidade de Piracicaba. O valor nocional, equivalente ao valor da venda em dólares de US$ 313 milhões foi contratado a um câmbio de 1,6181, equivalente a R$ 506.455. A operação foi liquidada em 29 de setembro de 2011.

12. CONTAS A RECEBER DE CLIENTES

Controladora Consolidado ___________________ ___________________Descrição 2011 2010 2011 2010_____________________________________________________ _________ _________ _________ _________Clientes no país ................................................................................ 104.148 236.901 105.183 251.374Clientes no exterior Intercompanhia (*) ............................................ 759.997 535.173 Demais ........................................................................................... 911 20.482 916.391 942.916 _________ _________ _________ _________ 865.056 792.556 1.021.574 1.194.290Provisão para deterioração de créditos a receber............................ (74.114) (54.016) (76.212) (56.114) _________ _________ _________ _________ 790.942 738.540 945.362 1.138.176 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(*) As contas a receber de clientes no exterior intercompanhias são relativas aos embarques de celulose realizados para a controlada Fibria Trading International Kft., que é responsável pela administração, comercialização, operacionalização, logística, controle e contabilização dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte.

Foram realizadas cessões de crédito sem direito de regresso de certos clientes, cujo montante em 31 de dezembro de 2011 era de R$ 306.787, de forma que esses ativos foram desreconhecidos da conta de clientes e não compõem o saldo de contas a receber.

Adicionalmente, a combinação de fatores relacionados ao volume de vendas, preço médio da celulose e o prazo médio de recebimento contribuíram para a redução apresentada no saldo consolidado.

Apresentamos a seguir uma análise de vencimento da carteira de clientes consolidada em 31 de dezembro de 2011:

2011 2010 __________ __________Vincendos Até dois meses ...................................................................................................................... 511.079 673.409 De dois meses a seis meses ................................................................................................. 306.411 290.486 De seis meses até um ano .................................................................................................... 16 15 Mais que um ano ................................................................................................................... 195Vencidos Até dois meses ...................................................................................................................... 125.363 112.030 De dois meses a seis meses ................................................................................................. 330 28.913 De seis meses até um ano .................................................................................................... 609 15.712 Mais que um ano ................................................................................................................... 1.554 17.416 __________ __________ 945.362 1.138.176 __________ __________ __________ __________

Em 31 de dezembro de 2011, as contas a receber de clientes no valor consolidado de R$ 127.856 (31 de dezembro de 2010 - R$ 174.071) encontram-se vencidas, mas não sujeitas à provisão para deterioração. A administração mantém pro-cedimentos de cobrança e acredita que não incorrerá em perdas nestes clientes.

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Em 31 de dezembro de 2011, as contas a receber de clientes no total consolidado de R$ 76.212 (31 de dezembro de 2010 - R$ 56.114), estavam provisionadas. As contas a receber individualmente sujeitas à provisão para deterioração referem-se principalmente aos clientes em cobrança judicial, com baixa probabilidade de recuperação dos créditos.

As movimentações na provisão para impairment de contas a receber de clientes da Companhia são as seguintes:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Em 1º de janeiro ............................................................................... (54.016) (32.550) (56.114) (39.738) Provisão para impairment de contas a receber .............................. (22.237) (24.950) (22.237) (27.047) Contas a receber de clientes baixadas durante o exercício como incobráveis ............................................ 2.139 1.678 2.139 8.595 Variações cambiais ........................................................................ 270 Reclassificação para ativos mantidos para venda ......................... 1.806 1.806 _________ _________ _________ _________Em 31 de dezembro ......................................................................... (74.114) (54.016) (76.212) (56.114) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

A exposição máxima ao risco de crédito na data de apresentação do relatório é o valor contábil de cada classe de contas a receber mencionada acima.

As contas a receber consolidadas são mantidas nas seguintes moedas:

2011 2010 __________ __________Reais ....................................................................................................................................... 29.362 174.254Dólares norte-americanos ....................................................................................................... 914.045 940.525Euros ....................................................................................................................................... 1.682 23.397 __________ __________ 945.362 1.138.176 __________ __________ __________ __________

13. ESTOQUES

Os estoques em 31 dezembro de 2011 e de 2010 são compostos pelas seguintes rubricas:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Produtos acabados Na fábrica/depósitos ....................................................................... 75.666 109.845 135.110 165.534 No exterior ..................................................................................... 518.305 435.456Produtos em processo ..................................................................... 11.728 26.113 31.141 30.688Matérias-primas ............................................................................... 214.581 161.133 360.473 260.187Almoxarifado .................................................................................... 77.574 45.364 129.298 101.572Importações em andamento ............................................................ 1.735 12.108 2.140 14.422Adiantamentos a fornecedores......................................................... 2.158 5.885 2.240 5.982 _________ _________ _________ _________ 383.442 360.448 1.178.707 1.013.841 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

14. IMPOSTOS A RECUPERAR

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Impostos retidos e antecipações de impostos IRPJ e CSLL ............ 164.427 204.248 208.993 251.688ICMS sobre aquisição de imobilizado .............................................. 16.049 22.789 19.520 25.433ICMS e IPI a recuperar ..................................................................... 499.727 457.910 614.274 557.457PIS e COFINS a recuperar ............................................................... 312.063 192.699 669.805 520.339Provisão para perda nos créditos do ICMS ...................................... (394.778) (382.783) (507.573) (481.527) _________ _________ _________ _________ 597.488 494.863 1.005.019 873.390 _________ _________ _________ _________Parcela não circulante ...................................................................... 371.598 283.180 677.232 590.967 _________ _________ _________ _________Parcela circulante ............................................................................. 225.890 211.683 327.787 282.423 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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Em 2010, a Companhia apurou créditos de PIS e COFINS sobre certos bens do ativo imobilizado, substancialmente so-bre as plantas de Três Lagoas, Jacareí e Piracicaba, no montante de R$ 309.058 na planta de Três Lagoas e R$ 47.272 nas plantas de Jacareí e Piracicaba, os quais, para fins contábeis, foram registrados ao valor presente de R$ 233.399 e R$ 37.216 respectivamente, em contrapartida no ativo imobilizado.A Fibria vem acumulando créditos de ICMS com os Estados do Espírito Santo, do Mato Grosso do Sul e de São Paulo pelo fato de sua atividade, nesses Estados, ser preponderantemente exportadora. A administração revisou a perspectiva de realização dos referidos créditos e constituiu provisão para perda: (i) integral do montante com baixa probabilidade de realização para a unidade no Estado do Mato Grosso do Sul, (ii) provisão parcial equivalente a aproximadamente 50% do saldo dos créditos para a unidade no Estado do Espírito Santo e (iii) provisão parcial equivalente a aproximadamente 10% do saldo para a unidade no Estado de São Paulo. Para os casos de provisão constituída parcialmente, a administração implementou ações e vem recuperando parcela destes tributos em sua operação naqueles Estados.A realização dos créditos, relativos aos impostos a recuperar ocorrerá até o final de 2016, de acordo com a projeção orça-mentária aprovada pela administração, conforme demonstrado a seguir: Consolidado _____________________ Montante Percentual __________ __________Nos próximos 12 meses .......................................................................................................... 327.787 37Em 2013 .................................................................................................................................. 146.257 16Em 2014 .................................................................................................................................. 142.676 16Em 2015 .................................................................................................................................. 118.515 13Em 2016 .................................................................................................................................. 153.322 18 __________ __________ 888.557 100 __________ __________PIS E COFINS sobre ativo imobilizado (*) .............................................................................. 116.462 __________Total dos impostos a recuperar ............................................................................................... 1.005.019 __________ __________

(*) Os créditos de PIS e COFINS remanescentes sobre o ativo imobilizado não foram incluídos na projeção, pois tornar-se--ão disponíveis ao longo da vida útil dos ativos.

As movimentações na provisão para impairment de impostos a recuperar da Companhia são as seguintes:

2011 2010 __________ __________Em 1º de janeiro ...................................................................................................................... (481.527) (406.265) Provisão para impairment de créditos gerados no período .................................................. (46.941) (95.262) Reversão da provisão por recuperação do ativo ................................................................... 20.895 20.000 __________ __________Em 31 de dezembro ................................................................................................................ (507.573) (481.527) __________ __________ __________ __________

A constituição e a reversão da provisão para impostos a recuperar elegíveis à provisão foram registradas no resultado do exercício como “Custo dos produtos vendidos”.

15. TRIBUTOS SOBRE O LUCRO

A Companhia e suas controladas sediadas no Brasil utilizam a sistemática do lucro real. As controladas sediadas no exte-rior utilizam sistemáticas de apuração dos tributos sobre o lucro e calcularam e registraram seus impostos com base nas alíquotas efetivas vigentes na data de elaboração das demonstrações financeiras.

(a) Composição dos saldos de impostos diferidos

Os créditos tributários diferidos de imposto de renda e contribuição social são decorrentes de prejuízos fiscais e de diferen-ças temporárias referentes (a) ao efeito da variação cambial apurada (sistemática de apuração do imposto de renda e con-tribuição social pelo regime de caixa - efeitos cambiais); (b) ajuste a valor justo dos instrumentos financeiros derivativos; (c) provisões não dedutíveis até o momento da sua efetiva realização; (d) investimentos na atividade rural e (e) diferenças temporárias surgidas na aplicação dos CPCs.

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Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Ativo Prejuízos fiscais e base negativa de contribuição social ............... 171.482 359.580 521.693 689.616 Provisão para contingências .......................................................... 24.865 57.346 30.506 102.212 Provisões (impairment, operacionais e perdas diversas) ............... 327.541 327.039 383.395 351.253 Diferimento das perdas nos contratos de derivativos reconhecidas para fins fiscais com base caixa .................................................. 72.537 72.537 Variação cambial - tributação pelo regime de caixa (MP nº 1.858-10/99 artigo 30) ....................................... 42.793 73.412 Amortização fiscal do ágio ............................................................. 110.936 188.943 110.936 188.944 Provisão para perda de créditos tributários no exterior (*) ............. (200.711) _________ _________ _________ _________Total (parcela não circulante) ........................................................... 750.154 932.908 991.768 1.332.025 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Passivo Depreciação incentivada ................................................................ 14.986 15.004 Variação cambial - tributação pelo regime de caixa (MP nº 1.858-10/99 artigo 30) ....................................... 452.754 465.657 Custos com reflorestamento já deduzido para fins fiscais ............. 40.631 40.631 284.020 194.945 Valor justo dos ativos biológicos .................................................... 106.090 153.179 214.952 297.273 Efeito da combinação de negócios na aquisição da Aracruz ......... 45.212 63.093 45.212 63.093 Diferimento de ganhos nos contratos de derivativos reconhecida para fins fiscais com base caixa .................................................. 45.173 45.173 Aproveitamento fiscal do ágio não amortizado contabilmente ....... 178.917 137.012 178.917 137.012 Outras provisões ............................................................................ 1.791 1.792 1.791 4.203 _________ _________ _________ _________Total (parcela não circulante) ........................................................... 372.641 893.634 739.878 1.222.360 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(*) Reconhecimento de provisão para perda no exercício, conforme detalhado no item (e) a seguir.

A expectativa de realização dos créditos relativos ao prejuízo fiscal, à base negativa da contribuição social e às diferenças temporárias ocorrerá de acordo com o cronograma a seguir:

Consolidado _____________________ Montante Percentual __________ __________Nos próximos 12 meses .......................................................................................................... 174.389 18Em 2013 .................................................................................................................................. 109.961 11Em 2014 .................................................................................................................................. 93.197 9Em 2015 .................................................................................................................................. 100.196 10Em 2016 .................................................................................................................................. 112.297 11Entre 2017 a 2018 ................................................................................................................... 167.341 17Entre 2019 a 2021 ................................................................................................................... 234.387 24 __________ __________ 991.768 100 __________ __________ __________ __________

Nos próximos 12 meses, esperamos realizar o montante de R$ 82.661 relativos aos impostos diferidos passivos.

A movimentação do saldo líquido das contas de imposto de renda diferido é a seguinte:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Em 1º de janeiro ............................................................................... 39.274 149.177 109.665 308.124 Prejuízos fiscais e base negativa ................................................... (188.098) 17.011 (180.634) (78.902) Provisão para perda de créditos tributários no exterior .................. (200.711) Diferenças temporárias relacionadas a provisões operacionais .... (73.883) (14.968) (66.241) (3.913) Diferimento de resultados de instrumentos financeiros derivativos 117.709 (46.500) 117.709 (43.862) Amortização de ágio ....................................................................... (78.007) (8.444) (78.114) (7.527) Custos com reflorestamento .......................................................... (35.812) (89.056) (27.364) Diferimento de variação cambial não realizada ............................. 495.547 (58.075) 539.069 (36.119) Ativos biológicos ............................................................................. 47.089 24.027 82.321 (13.630) Outros ............................................................................................. 17.882 12.858 17.882 12.858 __________ __________ __________ __________Em 31 de dezembro ......................................................................... 377.513 39.274 251.890 109.665 __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________Impostos diferidos no ativo ............................................................... 750.154 932.908 991.768 1.332.025 __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________Impostos diferidos no passivo .......................................................... (372.641) (893.634) (739.878) (1.222.360) __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________

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(b) Reconciliação da despesa de IR e CSLL Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Lucro antes do IR e da CSLL ........................................................... (1.694.395) 514.929 (1.491.012) 615.939 _________ _________ _________ _________Imposto de renda e contribuição social à taxa nominal - 34% ......... 576.094 (175.076) 506.944 (209.419) _________ _________ _________ _________Demonstrativo da origem da despesa de imposto de renda efetiva Efeito da equivalência patrimonial .................................................. 39.959 240.240 (141) (2.492) Reversão de CSLL sobre o lucro da exportação (i) ....................... 82.922 82.922 Provisão para impairment de créditos tributários no exterior (ii) .............................................................. (200.711) Tributação de lucro das subsidiárias no exterior no Brasil ............. (18.468) Diferença de tributação nas subsidiárias no exterior ..................... 111.086 180.699 Efeito do aproveitamento fiscal do ágio da Conpacel amortizado contabilmente ............................................ (23.777) (23.777) Ajuste a valor presente - aquisição de ações Aracruz ................... (13.156) (97.247) (13.156) (97.247) Outras diferenças permanentes, principalmente provisões não dedutíveis ..................................... (21.779) 611 (21.779) (17.983) _________ _________ _________ _________Imposto de renda e contribuição social do período .......................... 581.118 9.205 382.243 (87.297) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Taxa efetiva - %................................................................................ 34,3 (1,8) 25,6 14,2

(i) Efeito da não incidência da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das receitas de exportação relativo ao ano de 2003.

(ii) Reconhecimento de provisão para perda no exercício, conforme detalhado no item (e) a seguir.

(c) Regime Tributário de Transição (RTT)

Para fins de apuração do imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro liquido dos exercícios de 2011 e de 2010, a Companhia e suas controladas optaram pelo RTT, que permite à pessoa jurídica eliminar os efeitos contábeis da Lei nº 11.638/07 e da MP nº 449/08, convertida na Lei nº 11.941/09, por meio de registros no Livro de Apuração do Lucro Real (LALUR) ou de controles auxiliares, sem qualquer modificação da escrituração mercantil.

(d) Tributos sobre o lucro originados em combinações de negócios

A Companhia possui diferença temporária tributável associada ao deságio na troca de ativos com a International Paper, cujo passivo fiscal diferido, no valor de R$ 605.540, não foi reconhecido, uma vez que todos os aspectos relativos à reali-zação destes ganhos estão sob controle da administração, que não possui planos para a sua realização.

O saldo do ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura gerado na aquisição da Aracruz a ser amortizado fiscalmente é de R$ 1.885.647, que representa um crédito tributário de IR e CSLL no montante de R$ 638.635, a ser apro-priado em 86 meses.

(e) Provisão para perda de créditos tributários

Conforme mencionado na Nota 1(f), em função da controlada Fibria Trading International Kft. possuir saldo de prejuízos fis-cais registrados em sua apuração fiscal, equivalente ao crédito tributário de US$ 123.985 mil, que representa R$ 232.572 em 31 de dezembro de 2011, e não ser possível a utilização integral desse saldo por conta da transferência das operações para outro país mediante certas condições, a Administração realizou um estudo técnico para avaliar a capacidade de re-cuperação desse crédito tributário, mediante a expectativa de geração de lucros tributáveis futuros até 31 de dezembro de 2013.

Desta forma, a Companhia registrou uma provisão para perda de parcela substancial do crédito tributário registrado na-quela controlada, no montante de US$ 107.000 mil, equivalente a R$ 200.711 em 31 de dezembro de 2011, registrado na rubrica “Imposto de renda e contribuição social – diferidos”.

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16. TRANSAÇÕES E SALDOS RELEVANTES COM PARTES RELACIONADAS

(a) Sociedades relacionadas

A Companhia é controlada através do Acordo de Acionistas celebrado entre a Votorantim Industrial S.A. (“VID”), que detém 29,34% das ações e o BNDES Participações S.A. (BNDESPAR), que detém 30,42% das ações. As operações comerciais e financeiras da Companhia com suas subsidiárias, controladas, empresas do Grupo Votorantim e outras partes relacio-nadas são efetuadas a preços e condições normais de mercado, contendo valores, prazos e taxas usuais, normalmente aplicados em transações com partes não relacionadas, e seus saldos estão a seguir enumerados:

(i) Nos ativos e passivos

Saldos a receber (pagar) ________________________________________ Controladora Consolidado ___________________ ___________________ Natureza 2011 2010 2011 2010 ___________________ _________ _________ _________ _________Transações com acionistas controladores Votorantim Industrial S.A. ......................... Prestação de serviços (60) (283) (63) (283) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ................ Financiamentos (1.553.878) (1.443.246) (1.773.842) (1.754.267) _________ _________ _________ _________ (1.553.938) (1.443.529) (1.773.905) (1.754.550) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

Saldos a receber (pagar) ________________________________________ Controladora Consolidado ___________________ ___________________ Natureza 2011 2010 2011 2010 ___________________ _________ _________ _________ _________Transações com empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas Fibria-MS Celulose Sul Mato- Grossense Ltda. ..................................... Rateio de despesas 14.976 15.003 Fibria-MS Celulose Sul Mato- Grossense Ltda. ..................................... Compra de recebíveis (241.828) (114.086) Portocel - Porto Especializado Barra do Riacho ..................................... Serviços portuários 2.042 202 Fibria Trading International ...................... Venda de celulose 747.701 535.173 Fibria Trading International ...................... Pré-pagamento intercompanhia (5.890.387) (4.442.825) VOTO IV ................................................... Empréstimo Eurobond (376.046) (334.119) Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. ....................................... Fornecimento de madeira (17.330) (35.488) (12.869) Mucuri Agroflorestal S.A. .......................... Controlada (5.996) _________ _________ _________ (5.760.872) (4.382.136) (12.869) _________ _________ _________ _________ _________ _________Empresas pertencentes ao Grupo econômico Votorantim VOTO III ................................................... Empréstimo eurobond (117.768) (99.320) (117.768) (99.230) Votener - Votorantim Comercializadora de Energia ................. Fornecimento de energia (388) (1) (388) (20) Banco Votorantim S.A. ............................. Aplicações financeiras 175.209 194.767 176.156 194.767 Companhia Nitro Química Brasileira ........ Fornecimento produtos químicos (354) (352) (717) (590) Anfreixo S.A. ............................................ Fornecimento de materiais (249) (261) (298) (400) Votorantim Metais Ltda. ........................... Fornecimento de produtos químicos (79) (47) Votorantim Metais Ltda. ........................... Arrendamento de terras (214) (238) Votorantim Cimentos S.A. ........................ Arrendamento de terras (87) (248) (87) (248) Companhia Brasileira de Alumínio - CBA Arrendamento de terras (33) (31) (33) (31) __________ __________ __________ __________ 56.251 94.507 56.651 94.010 __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________Subtotal líquido ........................................ (7.258.559) (5.731.158) (1.717.254) (1.673.409) __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________ __________

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Saldos a receber (pagar) ________________________________________ Controladora Consolidado ___________________ ___________________ Natureza 2011 2010 2011 2010 ___________________ _________ _________ _________ _________Apresentados nas seguintes rubricas: Nos ativos Títulos e valores mobiliários ..................... 175.209 194.767 176.156 194.767 Contas a receber de clientes .................... 747.701 535.173 Partes relacionadas - não circulante ........ 2.389 1.233 11.233 5.307 Demais ativos - circulante ........................ 17.479 5.019 Nos passivos Empréstimos e financiamentos ................ (1.671.646) (1.542.566) (1.891.610) (1.853.587) Partes relacionadas - circulante ............... (981.467) (124.558) Partes relacionadas - não circulante ........ (5.547.501) (4.799.050) Demais passivos ...................................... (723) (1.176) (13.033) (19.896) _________ _________ _________ _________ (7.258.559) (5.731.158) (1.717.254) (1.673.409) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________(ii) No resultado do exercício Receitas (despesas) ________________________________________ Controladora Consolidado ___________________ ___________________ Natureza 2011 2010 2011 2010 ___________________ _________ _________ _________ _________Transações com acionistas controladores Votorantim Industrial S.A. ......................... Prestação de serviços (10.355) (10.270) (10.418) (10.275) Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social - BNDES ................ Financiamentos (143.379) (115.356) (170.213) (131.112) _________ _________ _________ _________ (153.734) (125.626) (180.631) (141.387) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Transações com empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas Fibria-MS Celulose Sul Mato- Grossense Ltda. ..................................... Rateio de despesas 60.494 86.176 Portocel - Porto Especializado Barra do Riacho ..................................... Serviços portuários (22.412) (21.290) Alícia Papéis S.A. ..................................... Locação de planta industrial (79.830) Fibria Trading International ...................... Venda de celulose 3.344.812 2.921.430 Fibria Trading International ...................... Pré-pagamento intercompanhia (902.806) 16.603 VOTO IV ................................................... Empréstimo eurobond (62.744) (15.373) _________ _________ 2.417.344 2.907.716 _________ _________ _________ _________ Receitas (despesas) ________________________________________ Controladora Consolidado ___________________ ___________________ Natureza 2011 2010 2011 2010 ___________________ _________ _________ _________ _________Empresas pertencentes ao Grupo econômico Votorantim VOTO III ................................................... Empréstimo eurobond 22.524 (12.108) 22.524 (12.108) Votener - Votorantim Comercializadora de Energia .............................................. Fornecimento de energia (30.172) (25.050) (31.267) (25.898) Banco Votorantim S.A. ............................. Aplicações financeiras 20.592 19.966 20.780 20.530 Companhia Nitro Química Brasileira ........ Fornecimento produtos químicos (4.550) (5.002) (8.116) (8.404) Anfreixo S.A. ............................................ Fornecimento de materiais (4.426) (4.695) (6.498) (7.832) Indústria de Papel de Pedras Brancas ..... Fornecimento de madeira (39) (39) Votorantim Cimentos S.A. ........................ Arrendamento de terras (1.091) (1.550) (1.113) (1.550) Votorantim Metais Ltda. ........................... Fornecimento de produtos químicos (5.117) (1.597) (8.929) (4.523) Votorantim Metais Ltda. ........................... Arrendamento de terras (7.067) (7.051) (7.067) (7.051) Companhia Brasileira de Distribuição - CBA .................................. Arrendamento de terras (401) (410) (401) (410) _________ _________ _________ _________ (9.708) (37.536) (20.087) (47.285) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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(iii) Comentários sobre as principais transações e contratos com partes relacionadas

A seguir, apresentamos um resumo da natureza e condições das transações realizadas com as seguintes partes relacio-nadas:

• Empresas que controlam a Companhia mediante acordo de acionistas

A Companhia possui contratos celebrados com a VID relativos às prestações de serviços do Centro de Soluções Com-partilhados (CSC), cujo objetivo é a terceirização de serviços operacionais de atividades administrativas, departamento de pessoal, back office, contabilidade, tributos e compartilhamento da infraestrutura de tecnologia da informação entre as empresas do Grupo Votorantim, para o qual existe um acordo técnico de nível de serviços. Os contratos preveem uma remuneração global anual de R$ 9.585 e possuem prazo de um ano, com renovação anual mediante confirmação formal das partes.

Adicionalmente, a VID contrata diversos serviços relativos a assessorias técnicas, treinamentos, compreendendo a pre-paração e realização de programas de capacitação e desenvolvimento gerencial, bem como a locação de equipamentos e espaço para a realização destes programas. Estes serviços são contratados em favor de todo o Grupo Votorantim, de forma que a Fibria faz o reembolso destas despesas, proporcionalmente à utilização da Companhia destes serviços.

A Companhia possui contratos de financiamentos celebrados com o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (BN-DES), acionista controlador do BNDESPAR, com a finalidade de financiamento de investimentos em infraestrutura, aqui-sição de máquinas e equipamentos, bem como a ampliação e modernização de ativos fixos. O detalhamento dos saldos, condições contratuais de rescisão e garantias estão descritos na Nota 23(e).

A administração entende que estas transações foram celebradas em termos equivalentes aos que prevalecem nas transa-ções com partes independentes baseada em levantamentos técnicos realizados quando da contratação destas operações.

• Empresas controladas, controladas em conjunto e coligadas

A Companhia compartilha sua estrutura administrativa com sua controlada Fibria MS e mensalmente efetua o rateio des-tas despesas administrativas contra esta controlada, sobre o qual não há inclusão de qualquer margem. Estas operações possuem prazo médio de recebimento de 90 dias. As demais controladas com operação possuem corpo administrativo e não é necessário o rateio destas despesas. Houve também, em junho de 2010, uma compra pontual de certos recebíveis intercompanhia desta controlada no valor de R$ 241.214 com a finalidade de vincular embarques de exportação. O prazo de liquidação destas operações é dezembro de 2012 e remuneração de 1% ao ano.

A companhia realiza o escoamento de sua produção da Unidade Aracruz mediante a contratação de serviços portuários com sua controlada Portocel - Porto Especializado Barra do Riacho. Este porto é controlado pela Companhia e tem como sócia a Cenibra - Celulose Nipo-Brasileira, que detém participação de 49%. Os preços e condições das transações reali-zadas são idênticos para os dois acionistas, mediante acordo entre as partes.

A Companhia mantém saldo de contas a receber relativo à venda de celulose realizados para a controlada Fibria Trading International Kft., que é responsável pela administração, comercialização, operacionalização, logística, controle e contabi-lização dos produtos na Europa, Ásia e América do Norte. Os preços e prazos de venda de celulose para esta controlada seguem um planejamento estratégico e financeiro da Companhia e respeitam os limites fiscais de preço de transferência. Adicionalmente, a Companhia contratou operações financeiras de pré-pagamento de exportação intercompanhia com esta controlada, indexado a taxa de mercado LIBOR três meses e spread médio de 3,8% a.a., com pagamento de principal e juros trimestralmente e vencimento final em 2017.

Em 24 de junho de 2005, a Companhia contratou empréstimos com sua controlada em conjunto VOTO IV, no montante de US$ 200.000 mil, remunerada a taxa de 8,5% a.a.

Em 27 de julho de 2005, a Companhia firmou um contrato de compra com a controlada em conjunto Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda., tendo como objeto a compra 571.343,37 m3 de madeira sem casca, cujo preço total acordado foi de R$ 14.000 e prazo de sete anos e seis meses. A liquidação deste contrato dar-se-á com a entrega de madeira. Este contrato foi integralmente liquidado em dezembro de 2011.

• Empresas pertencentes ao Grupo econômico Votorantim

Em 16 de janeiro de 2004, a Companhia contratou empréstimos com sua subsidiária integral da VPAR, a VOTO III no montante de US$ 45.000 mil, remunerada a taxa de 4,25% a.a.

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A Companhia possui contrato de compra e venda de energia elétrica Votener - Votorantim Comercializadora de Ener-gia Ltda., para atendimento de sua unidade consumidora de Jacareí. O valor total contratado totaliza aproximadamente R$ 15.000, garantindo 115.704 megawatts/hora e possui prazo de duração de cinco anos, encerrando em 31 de dezembro de 2014. Em caso de rescisão contratual, a parte solicitante ficará obrigada a liquidar 50% do saldo remanescente do contrato.

A Companhia mantém aplicações em certificados de depósitos bancários e operações compromissadas emitidos pelo Banco Votorantim S.A., cuja remuneração média é 104% do CDI e vencimento final em março de 2013. A Companhia administra as aplicações financeiras procurando garantir eficiência na rentabilidade e garantia de liquidez, com base na Política de Gestão de Caixa e de acordo com práticas de mercado. O acordo de acionistas limita aplicações financeiras com partes relacionadas em R$ 200 milhões.

Em 1º de janeiro de 2009, a Companhia firmou contrato de compra da matéria-prima “Ácido Sulfúrico 98%” com Votorantim Metais , no valor total aproximado de R$ 15.700, garantindo o fornecimento de 36.000 toneladas do ácido, pelo prazo de três anos, com vencimento final em 31 de dezembro de 2013. Em caso de rescisão contratual não há previsão de multas, mas somente liquidação das faturas pendentes.

Em 22 de abril de 2008, a Companhia firmou acordo de fornecimento de materiais elétricos, materiais de fixação e veda-ção, equipamentos de proteção entre outros, com a Anfreixo S.A., garantindo o fornecimento destes itens, com vigência final em dezembro de 2012. Este acordo não prevê quantidades fixas a serem adquiridas. Foram contratados também serviços de manutenção de cadastro de materiais e saneamento, por um prazo de 36 meses, com vencimento final em 2 de janeiro de 2013, no valor total de R$ 1.700. Em caso de rescisão contratual há previsão de multa fixada em 50% das parcelas vincendas do contrato à parte solicitante.

A Companhia mantém contratos de arrendamento de terra, em uma área estimada de 22.400 hectares de fazendas, com a Votorantim Metais Ltda., cujo vencimento final dar-se-á em 2019 e o volume financeiro estimado do contrato é de R$ 76.496.

A Companhia mantém contratos de arrendamento de terra, em uma área estimada de 2.062 hectares de fazendas, com a Companhia Brasileira de Alumínio - CBA, cujo vencimento final dar-se-á em 2023 e o volume financeiro estimado do contrato é de R$ 4.062.

No exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 e 2010, não foram reconhecidas quaisquer provisão para perdas em relação aos ativos mantidos com partes relacionadas.

(b) Remuneração dos administradores

A verba global e anual autorizada pela Assembleia Geral Ordinária de 28 de abril de 2011 para remuneração da Diretoria Executiva, Conselho de Administração, Conselho Fiscal e Comitês de Auditoria e Risco, Remuneração e Sustentabilidade para o exercício de 2011, foi de R$ 37.491. As despesas com remuneração dos executivos e administradores da Compa-nhia e suas controladas, incluindo todos os benefícios, são resumidas conforme a seguir:

Consolidado _____________________ 2011 2010 __________ __________Benefícios de curto prazo aos administradores ...................................................................... 21.624 21.277Benefícios de rescisão de contrato de trabalho ...................................................................... 8.224 4.788Programa de remuneração baseado em ações - Phantom Stock Options (Nota 29) ............. 366 ___________ ___________ 29.848 26.431 ___________ ___________ ___________ ___________

Os benefícios de curto prazo incluem remuneração fixa (salários e honorários, férias e 13º salário), encargos sociais (con-tribuições para a seguridade social - INSS, Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS)), programa de remunerações variáveis. No terceiro trimestre de 2010, a Companhia aprovou o programa de remuneração baseado em direitos de valo-rização de ações (Nota 29).

Os valores de benefícios de curto prazo a empregados e administradores não incluem os membros dos Comitês de Audi-toria e Risco, Finanças, Pessoas e Remuneração e Sustentabilidade, no montante de R$ 908 em 2011 (R$ 665 em 2010).

A Companhia não tem nenhuma obrigação adicional de pós-emprego, bem como não oferece outros benefícios, como licença por tempo de serviço.

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17. INVESTIMENTOS EM CONTROLADAS E COLIGADAS

(a) Abertura dos investimentos Nossa participação _______________________________________________ 2011 2010 _________________________________________________________ ______________________ Informações das controladas No No No No _______________________ Patrimônio Resultado Per- patrimônio resultado patrimônio resultado líquido do exercício centual líquido do exercício líquido do exercício __________ ___________ ________ __________ ___________ __________ ___________Em controladas e controladas em conjunto Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense Ltda. 4.704.966 (82.235) 100 4.704.966 (82.235) 4.787.201 (16.059) Alícia Papéis S.A. (i) ....................................... (56.641) Veracel Celulose S.A. ..................................... 2.865.794 (34.804) 50 1.432.897 (17.402) 1.453.888 21.929 Normus Empreendimentos e Participações Ltda. ........................................ 1.182.273 118.139 100 1.182.273 118.139 1.047.306 353.394 Fibria Trading International Kft. ....................... 2.236.939 212.930 48,30 1.080.442 102.845 977.596 342.139 Mucuri Agroflorestal S.A. (i) ............................ 76.175 Portocel - Terminal Especializado Barra do Riacho S.A. ..................................... 58.821 9.204 51 29.999 4.694 24.414 4.503 Asapir Produção Florestal e Comércio Ltda. .. 40.904 (11.135) 50 20.452 (5.568) 26.020 365 Fibria Celulose (USA) Inc. ............................... 32.961 6.812 100 32.961 6.812 26.149 3.978 VOTO - Votorantim Overseas Trading Operations IV Limited .................................... 51.112 9.551 50 25.556 4.775 20.781 674 Riocell Limited. (i) ............................................ (37) 100 (37) 986 (43) Aracruz Trading S.A. (i) ................................... (4) Ara Pulp Com. de Imp. e Exp. Unipessoal Lda. (i) ........................................ (1) 100 (1) (27) Newark Financial Inc. ..................................... 10 (776) 100 10 (776) (518.790) 4.138 Fibria Overseas Finance Ltd. (ii) ..................... (8.318) (8.213) 100 (8.318) (8.213) (105) 28.154 Fibria Terminais Portuários Ltda. .................... 356 19 100 356 19 337 14 Fibria International GMBH. (iii) ........................ (4.217) 100 (4.217) 21.046 21.046 Projetos Especiais e Investimentos S.A. ......... 4.975 (886) 100 4.975 (886) 3.322 6.355 Piracicaba Indústria de Papéis Especiais e Participações Ltda. ..................................... (10) (10) __________ ___________ __________ ___________ 8.506.569 117.939 7.946.326 713.915Em coligadas Bahia Produtos de Madeira S.A. ..................... 22.519 (1.243) 33,33 7.506 (414) 7.920 (7.328)Outros investimentos ......................................... 58 __________ ___________ __________ ___________ 8.514.075 117.525 7.954.304 706.587 __________ ___________ __________ ___________ Mais-valia de ativos na aquisição da Aracruz alocados às controladas Veracel Celulose, Mucuri Agroflorestal, Portocel ....................... 296.468 798.589 __________ ___________ __________ ___________ __________ ___________ __________ ___________Total do investimento da controladora .............. 8.810.543 117.525 8.752.893 706.587 __________ ___________ __________ ___________ __________ ___________ __________ ___________Consolidado Bahia Produtos de Madeiras S.A. ................... 22.519 (1.243) 33,33 7.506 (414) 7.920 (7.328) Outros investimentos ...................................... 381 __________ ___________ __________ ___________Total do investimento ........................................ 7.506 (414) 8.301 (7.328) __________ ___________ __________ ___________ __________ ___________ __________ ___________

(i) Conforme mencionado na Nota 1(e) as empresas foram encerradas e/ou incorporadas.

(ii) As obrigações são entre controladas da Fibria.

(iii) Em novembro de 2011, o controle da referida controlada foi transferida para a Normus pelos valores contábeis, sem qualquer registro de ganho ou perda.

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(b) Informações sobre as empresas controladas

Conforme requerimentos de divulgação de informações sobre empresas controladas e coligadas, apresentamos a seguir, um resumo das seguintes informações financeiras selecionadas de nossas controladas em 31 de dezembro de 2011:

Ativos Passivos Receitas totais totais líquidas ____________ ____________ ____________Controladas Fibria-MS Celulose Sul Mato-Grossense ............................................. 6.298.237 1.593.271 1.051.565 Veracel Celulose .................................................................................. 3.767.086 901.292 837.407 Normus Empreend. e Participações ..................................................... 1.182.373 100 Fibria Trading International .................................................................. 8.407.414 6.170.475 4.828.577 Portocel - Term. Esp. Barra do Riacho ................................................ 131.709 72.888 90.142 Asapir Produção Florestal e Comércio ................................................. 58.637 17.733 Fibria Celulose (USA) Inc. .................................................................... 378.925 345.964 1.395.009 VOTO - Voto Overseas Trading Oper. ................................................. 784.338 733.226 Newark Financial Inc. ........................................................................... 10 Fibria Overseas Financial ..................................................................... 4.763.460 4.771.778 Projetos Especiais Investimentos ......................................................... 5.209 234 Fibria Terminais Portuários .................................................................. 358 2

(c) Movimentação dos investimentos:

2011 2010 __________ __________No início do período ................................................................................................................ 8.752.893 11.330.192 Equivalência patrimonial ....................................................................................................... 117.525 706.587 Aporte de capital em dinheiro (ii) ........................................................................................... 522.206 228.819 Aporte de capital em bens (i) ................................................................................................ 412.825 Dividendos recebidos ............................................................................................................ (2.283) (301.083) Baixa de investimento por alienação – Piracicaba Papéis .................................................... (409.732) Amortização de mais-valia de controladas e passivos incorporados de controladas ........... (23.196) 3.513 Incorporação do acervo líquido – Mucuri Agroflorestal S.A. Custo histórico (Nota 1(e)) .................................................................................................... (76.174) Mais valia de ativos (Nota 1(e)) ............................................................................................. (478.925) Incorporação do acervo líquido da Alícia Papéis S.A. (Nota 1(e)) ........................................ (3.204.978) Outros .................................................................................................................................... (4.596) (10.157) __________ __________ 8.810.543 8.752.893 __________ __________ __________ __________

(i) O aporte de capital em bens decorrente da criação da controladora Piracicaba Indústria de Papéis e Participações, me-diante a cisão dos ativos desta unidade da Fibria, conforme mencionado na Nota 1(d).

(ii) O aporte de capital em 2011 refere-se aos valores enviados para a controlada Newark Financial Inc. para regularização de passivo intercompanhia. Os aportes de 2010 foram utilizados para controlada Fibria-MS.

18. IMOBILIZADO

(a) Controladora

Taxa média 2011 _________________________________ anual de Depreciação depreciação - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Terrenos .......................................................................... 1.358.900 1.358.900Imóveis ............................................................................ 4 1.811.960 876.940 935.020Máquinas, equipamentos e instalações .......................... 5,5 8.037.201 4.111.024 3.926.177Adiantamento a fornecedores ......................................... 204.346 204.346Obras em andamento ...................................................... 128.811 128.811Outros .............................................................................. 183.478 154.906 28.572 _________ _____________ _________ 11.724.696 5.142.870 6.581.826 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

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Taxa média 2010 _________________________________ anual de Depreciação depreciação - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Terrenos .......................................................................... 1.093.572 1.093.572Imóveis ............................................................................ 4 1.855.631 848.282 1.007.349Máquinas, equipamentos e instalações .......................... 5,5 8.195.923 3.990.951 4.204.972Adiantamento a fornecedores ......................................... 261.482 261.482Obras em andamento ...................................................... 298.778 298.778Outros .............................................................................. 204.267 171.374 32.893 _________ _____________ _________ 11.909.653 5.010.607 6.899.046 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

(b) Consolidado

Taxa média 2011 _________________________________ anual de Depreciação depreciação - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Terrenos .......................................................................... 1.853.243 1.853.243Imóveis ............................................................................ 4 2.619.911 1.057.791 1.562.120Máquinas, equipamentos e instalações .......................... 5,5 13.144.928 5.169.253 7.975.675Adiantamento a fornecedores ......................................... 205.783 205.783Obras em andamento ...................................................... 197.866 197.866Outros .............................................................................. 226.921 180.361 46.560 _________ _____________ _________ 18.248.652 6.407.405 11.841.247 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

Taxa média 2010 _________________________________ anual de Depreciação depreciação - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Terrenos .......................................................................... 2.119.325 2.119.325Imóveis ............................................................................ 4 2.599.541 981.397 1.618.144Máquinas, equipamentos e instalações .......................... 5,5 13.263.778 4.746.947 8.516.831Adiantamento a fornecedores ......................................... 280.455 280.455Obras em andamento ...................................................... 391.667 391.667Outros .............................................................................. 245.671 192.662 53.009 _________ _____________ _________ 18.900.437 5.921.006 12.979.431 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

(c) Conciliação do valor contábil no início e no final do período

Controladora ____________________________________________________________________________________ Máquinas, equipamentos Adiantamento Obras em Terrenos Imóveis e instalações a fornecedores andamento Outros Total __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________Saldo em 31 de dezembro de 2009 ............ 1.221.448 634.823 1.974.433 275.718 302.424 40.694 4.449.540 Adições ..................................................... 10 7.866 234.300 102.979 3.057 348.212 Baixas ....................................................... (9.824) (34) (7.925) (21.233) (1.928) (918) (41.862) Depreciação .............................................. (64.180) (314.035) (20.172) (398.387) Créditos de PIS e COFINS ....................... (6.456) (23.898) (6.862) (37.216) Incorporação da controlada Alicia Papéis S.A. .................................... 1.310 434.527 2.542.917 2.978.754 Reclassificação de ativos mantidos para a venda (CONPACEL e KSR) ......... (117.812) (80.047) (185.488) (7.615) (16.406) (4.706) (412.074) Transferências e outros ............................ (1.550) 88.706 211.102 (219.688) (81.429) 14.938 12.079 __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________Saldo em 31 de dezembro de 2010 ............ 1.093.572 1.007.349 4.204.972 261.482 298.778 32.893 6.899.046 Adições ..................................................... 11.556 1.563 4.997 309.141 2.405 329.662 Baixas ....................................................... (13.838) (7.645) (19.207) (3.075) (43.765) Depreciação .............................................. (74.327) (362.966) (9.924) (447.217) Créditos de PIS e COFINS ....................... (428) (428) Incorporação da controlada Mucuri ........... 549.099 549.099 Reclassificação de ativos mantidos para a venda (Losango e Piracicaba) ..... (283.867) (60.237) (261.124) (20.456) (5.480) (631.164) Transferências e outros (i) ........................ 2.378 68.317 359.933 (54.061) (458.652) 8.678 (73.407) __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________Saldo em 31 de dezembro de 2011 ............ 1.358.900 935.020 3.926.177 204.346 128.811 28.572 6.581.826 __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________ __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________

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Consolidado ____________________________________________________________________________________ Máquinas, equipamentos Adiantamento Obras em Terrenos Imóveis e instalações a fornecedores andamento Outros Total __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________Saldo em 31 de dezembro de 2009 ............ 2.248.725 1.707.722 9.180.472 281.823 555.607 62.682 14.037.031 Adições ..................................................... 560 11 10.103 268.167 202.304 4.208 485.353 Baixas ....................................................... (13.367) (3.580) (12.364) (21.333) (1.928) (1.406) (53.978) Depreciação .............................................. (117.782) (747.826) (20.189) (885.797) Créditos de PIS e COFINS ....................... (25.287) (228.294) (16.034) (269.615) Reclassificação de ativos mantidos para a venda (CONPACEL e KSR) ........... (117.812) (80.047) (185.488) (7.615) (16.406) (4.706) (412.074) Transferências e outros (i) ........................ 1.219 137.107 500.228 (240.587) (331.876) 12.420 78.511 __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________Saldo em 31 de dezembro de 2010 ............ 2.119.325 1.618.144 8.516.831 280.455 391.667 53.009 12.979.431 Adições ..................................................... 15.066 1.578 14.272 436.302 3.717 470.935 Baixas ....................................................... (17.862) (7.902) (28.339) (3.075) (847) (58.025) Depreciação .............................................. (122.247) (673.546) (16.419) (812.212) Créditos de PIS e COFINS ....................... (428) (428) Reclassificação de ativos mantidos para a venda (Losango e Piracicaba) ....... (283.867) (60.237) (261.124) (20.456) (5.480) (631.164) Transferências e outros (i) ........................ 20.581 132.784 408.009 (71.597) (609.647) 12.580 (107.290) __________ ___________ _____________ ______________ ___________ _________ _________Saldo em 31 de dezembro de 2011 ............ 1.853.243 1.562.120 7.975.675 205.783 197.866 46.560 11.841.247 __________ __________ ______________ _______________ __________ ________ __________ __________ __________ ______________ _______________ __________ ________ __________

(i) Contempla transferências realizadas entre as rúbricas de Ativo Imobilizado e Ativos Biológicos, bem como transferên-cias de créditos tributários ao PIS e COFINS.

O saldo de obras em andamento é composto substancialmente por projetos de expansão e otimização das unidades indus-triais da Fibria, sendo R$ 39.160 em Jacareí, R$ 7.826 por projetos da área florestal, R$ 50.173 da Fibria-MS, R$ 77.423 na unidade Aracruz e R$ 17.542 em Veracel.

Os encargos financeiros sobre empréstimos capitalizados no período foram calculados com base no custo médio ponde-rado da dívida elegível. No primeiro semestre de 2011 a taxa utilizada foi de 5,52% a.a., e, conforme política interna, foi revisada no mês de julho, sendo alterada para 5,08% a.a. Em 2010, a taxa utilizada foi de 6,92% a.a. no primeiro semestre e de 6,04% a.a. no segundo trimestre.

Os montantes consolidados referentes à despesa com depreciação, exaustão e amortização que foram debitados ao resul-tado nas rubricas de custo dos produtos vendidos, despesas comerciais e administrativas estão demonstrados na Nota 32.

O montante consolidado relativos aos ativos dados em garantias de empréstimos está descrito na Nota 23.

A Companhia não possui bens do ativos imobilizado que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos.

19. ATIVOS BIOLÓGICOS

Os ativos biológicos da Companhia estão representados pelas florestas em formação, destinadas ao fornecimento de madeira para a produção de celulose. As florestas em formação encontram-se localizadas nos Estados de São Paulo, Rio Grande do Sul, Mato Grosso do Sul, Espírito Santo e Bahia.

A conciliação dos saldos contábeis no início e no final do exercício é a seguinte:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________No início do período ......................................................................... 2.376.015 2.621.315 3.550.636 3.791.084 Adições (manejo e compra de madeira em pé) ............................. 476.995 432.164 761.502 642.567 Exaustão Custo histórico ................................................................................ (436.491) (344.857) (569.813) (440.265) Valor justo ...................................................................................... (211.140) (214.219) (405.617) (411.416) Variação de valor justo ................................................................... (19.509) 13.082 125.053 92.319 Reclassificação de ativos mantidos para a venda CONPACEL .................................................................................... (160.765) (160.765) Losango .......................................................................................... (241.595) (241.595)Transferências .................................................................................. 26.595 29.295 44.044 37.112 _________ _________ _________ _________ 1.970.870 2.376.015 3.264.210 3.550.636 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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Para a determinação do valor justo dos ativos biológicos foi utilizado o modelo discounted cash flow (DCF), cujas projeções estão baseadas em um único cenário projetivo, com produtividade e área de plantio (cultura de eucalipto) para um ciclo de corte de seis a sete anos.

O período dos fluxos de caixa foi projetado de acordo com o ciclo de produtividade das áreas objeto de avaliação. O volu-me de produção de “madeira em pé” de eucalipto a ser cortada foi estimado considerando a produtividade média por m3 de madeira de cada plantação por hectare na idade de corte. A produtividade média varia em função do material genético, condições edafo-climáticas (clima e solo) e dos tratamentos silviculturais. Este componente de volume projetado consiste no Incremento Médio Anual (IMA) por região.

O preço líquido médio de venda considerado foi projetado com base no preço estimado para eucalipto no mercado local, em estudo de mercado e amostras de algumas pesquisas de transações, ajustado para refletir o preço da “madeira em pé” por região. O custo-padrão médio estimado contempla gastos com as atividades de roçada, controle químico de matocom-petição, combate a formigas e outras pragas, adubação, manutenção de estradas, insumos e serviços de mão de obra. Foram também considerados os efeitos tributários com base nas alíquotas vigentes, bem como os ativos que contribuem, tais como o ativo imobilizado e terras próprias, considerando uma taxa média de remuneração para estes ativos.

Considerando que o modelo de precificação considera os fluxos de caixa líquidos, após a dedução dos tributos sobre o lucro, a taxa de desconto utilizada também considera os benefícios tributários.

Na tabela a seguir apresentamos as principais premissas consideradas no cálculo do valor justo dos ativos biológicos:

2011 2010 __________ __________Área de efetivo plantio (hectare) ............................................................................................. 551.959 544.714Incremento médio anual (IMA) – m3/hectare .......................................................................... 41 42Preço líquido médio de venda – R$/ m3 ................................................................................. 50,70 49,34Remuneração dos ativos próprios que contribuem ................................................................ 5,6% 5,6%Taxa de desconto ................................................................................................................... 7,9% 8,2%

A variação positiva do valor justo dos ativos biológicos no exercício findo em 31 de dezembro de 2011, quando comparada com a avaliação realizada em dezembro de 2010, é justificada pela variação dos indicadores acima mencionados, que combinados, resultaram em um variação positiva de R$ 145.844.

As avaliações dos valores justos dos ativos biológicos em 31 de dezembro de 2011 e 2010 foram realizadas pela Adminis-tração, com o suporte de consultores especializados.

A Companhia não possui ativos biológicos dados em garantia no exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011.

20. INTANGÍVEL

(a). Controladora

2011 _________________________________ Taxa anual de Amortização amortização - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura Aracruz .......................................... 4.230.450 4.230.450Desenvolvimento e implantação de sistemas ................. 20 157.041 113.024 44.017Intangíveis adquiridos na combinação de negócios Database ....................................................................... 10 456.000 136.800 319.200 Patente .......................................................................... 15,9 129.000 61.635 67.365 Relacionamento fornecedor Óleo diesel e álcool ..................................................... 20 29.000 19.749 9.251 Produtos químicos ...................................................... 6,3 165.000 31.185 133.815Outros ............................................................................. 160 160 _________ _____________ _________ 5.166.651 362.393 4.804.258 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

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2010 _________________________________ Taxa anual de Amortização amortização - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura Aracruz ......................................... 4.230.450 4.230.450Desenvolvimento e implantação de sistemas ................. 20 198.779 142.332 56.447Intangíveis adquiridos na combinação de negócios Database ....................................................................... 10 456.000 91.200 364.800 Patente .......................................................................... 15,9 129.000 41.090 87.910 Relacionamento Fornecedor Óleo diesel e álcool ..................................................... 20 29.000 13.166 15.834 Produtos químicos ...................................................... 6,3 165.000 20.790 144.210Outros .............................................................................. 512 512 _________ _____________ _________ 5.208.741 308.578 4.900.163 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

(b) Consolidado

2011 _________________________________ Taxa anual de Amortização amortização - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura Aracruz .......................................... 4.230.450 4.230.450Desenvolvimento e implantação de sistemas ................. 20 172.088 122.889 49.199Intangíveis adquiridos na combinação de negócios Database ....................................................................... 10 456.000 136.800 319.200 Patente .......................................................................... 15,9 129.000 61.635 67.365 Relacionamento fornecedor Óleo diesel e álcool ..................................................... 20 29.000 19.749 9.251 Produtos químicos ...................................................... 6,3 165.000 31.185 133.815Outros .............................................................................. 168 168 _________ _____________ _________ 5.181.706 372.258 4.809.448 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

2010 _________________________________ Taxa anual de Amortização amortização - % Custo acumulada Líquido _______________ _________ _____________ _________Ágio fundamentado na expectativa de rentabilidade futura Aracruz ......................................... 4.230.450 4.230.450Desenvolvimento e implantação de sistemas ................. 20 213.050 150.332 62.718Intangíveis adquiridos na combinação de negócios Data-base ...................................................................... 10 456.000 91.200 364.800 Patente .......................................................................... 15,9 129.000 41.090 87.910 Relacionamento Fornecedor Óleo diesel e álcool ..................................................... 20 29.000 13.166 15.834 Produtos químicos ...................................................... 6,3 165.000 20.790 144.210Outros .............................................................................. 521 521 _________ _____________ _________ 5.223.021 316.578 4.906.443 _________ _____________ _________ _________ _____________ _________

(c) Conciliação do valor contábil no início e no final do período

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________No início do período ......................................................................... 4.900.163 5.437.905 4.906.443 5.443.354Amortização de data-base, patentes e fornecedores ....................... (83.123) (83.123) (83.123) (83.123)Destinação do ágio Conpacel para o grupo de ativos mantidos para a venda (Nota 37) ........................................ (475.413) (475.413)Movimentação líquida de softwares ................................................. (11.983) 20.794 (13.029) 21.625Outros ............................................................................................... (799) (843) _________ _________ _________ _________ 4.804.258 4.900.163 4.809.448 4.906.443 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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A amortização dos ativos intangíveis foi reconhecida nas rubricas “Despesas gerais e administrativas” e “Outras receitas (despesas) operacionais, líquidas”.

21. ACORDOS DE ARRENDAMENTO FINANCEIRO E OPERACIONAL

(a) Arrendamentos financeiros

Os arrendamento classificados como financeiros estão relacionados com a compra de equipamentos florestais para corte e transporte de madeira e também para a compra de equipamentos industriais para processamento de produtos químicos e oxigênio.

O saldo contábil destes ativos, classificados substancialmente na rubrica “Máquinas, equipamentos e instalações”, no ativo imobilizado, nos exercícios encerrados em 31 de dezembro é apresentado a seguir:

2011 2010 ______________________________ ______________________________ Depreciação Saldo Depreciação Saldo Custo acumulada líquido Custo acumulada líquido _______ ___________ ______ _______ ___________ _______Máquinas florestais................................ 44.306 (26.920) 17.386 51.530 (20.648) 30.881Plantas químicas e de oxigênio ............. 88.990 (15.621) 73.369 88.990 (9.940) 79.049 _______ ___________ ______ _______ ___________ _______ 133.296 (42.541) 90.755 140.520 (30.588) 109.930 _______ ___________ ______ _______ ___________ _______ _______ ___________ ______ _______ ___________ _______

Apresentamos a seguir um cronograma dos futuros pagamentos mínimos e seu respectivo valor presente para cada um dos períodos discriminados a seguir:

Anos Valor futuro___________________________________________________________________________________ __________2012............................................................................................................................................................... 4.8392013 a 2017................................................................................................................................................... 24.194Acima de 2017............................................................................................................................................... 30.242 __________ 59.275 __________ __________

Não existem restrições impostas pelos acordos de arrendamentos financeiros, exceção feita ao contrato de equipamentos florestais. Um detalhamento das restrições impostas pelo acordo está descrito na Nota 23.

(b) Arrendamentos operacionais

A Companhia arrenda áreas de plantio de madeira com base em arrendamentos operacionais de terceiros como uma fonte de matérias-primas para os produtos. Os arrendamentos, cuja maioria teve início em 1991, são geralmente efetuados pelo prazo de 21 anos. Os pagamentos de arrendamentos, equivalentes a 30% do valor de mercado da madeira colhida na propriedade, são efetuados após cada colheita. Garantimos ao arrendador um pagamento mínimo pela colheita.

Adicionalmente, a Companhia é parte em um contrato de longo prazo de prestação de serviços de transporte maríti-mo, cujo prazo é de 20 anos e tem por objeto a operação de transporte marítimo de cabotagem, mediante a utilização de empurradores e barcaças marítimas para transportar matéria-prima (madeira) do Terminal de Caravelas (BA) ao de Portocel (ES).

Em 31 de dezembro de 2011, os pagamentos mínimos de arrendamentos operacionais futuros eram os seguintes:

Arrendmento TransporteAnos de terras marítimo___________________________________________________________________ ____________ __________2012.............................................................................................................................. 89.706 387.8892013 a 2017.................................................................................................................. 358.305 221.156Acima de 2017.............................................................................................................. 596.387 158.876 ____________ _________ 1.044.398 767.921 ____________ _________ ____________ _________

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22. ADIANTAMENTOS A FORNECEDORES - PROGRAMA PRODUTOR FLORESTAL

O Programa Produtor Florestal é uma parceria com produtores rurais, iniciada em 1990 no Estado do Espírito Santo e ampliada para outros Estados, como Bahia, Minas Gerais e, mais recentemente, Rio de Janeiro, destinado ao plantio de florestas de eucaliptos nas terras dos parceiros. Pelo programa, a Companhia disponibiliza tecnologia, assistência técnica, insumos e recursos financeiros, de acordo com a modalidade do contrato, garantindo, dessa forma, insumos de madeira para sua produção de celulose. Estes adiantamentos serão reembolsados pela entrega de madeira por parte dos produtores florestais (fomentados). Demonstramos a seguir uma movimentação do saldo no início e final do exercício apresentados:

Controladora Consolidado __________________ __________________ 2011 2010 2011 2010 _______ _______ _______ _______No início do período ...................................................................... 565.358 600.421 693.490 720.127Adiantamentos realizados ............................................................. 23.838 20.788 176.478 29.214Colheita ......................................................................................... (45.367) (55.851) (45.367) (55.851)Transferência para florestas .......................................................... (1.274) (31.557)Reclassificação para ativos mantidos para a venda (Losango) .... (32.433) (32.433) _______ _______ _______ _______ 510.122 565.358 760.611 693.490 _______ _______ _______ _______ _______ _______ _______ _______

23. EMPRÉSTIMOS E FINANCIAMENTOS

Controladora ________________________________________________________________________________

Circulante Não circulante total ______________________ ___________________________ __________________________

Encargos anuaisModalidade/finalidade médios - % Vencimento 2011 2010 2011 2010 2011 2010______________________________________________________ ______________ _______________ _________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

Em moeda estrangeira Créditos de exportação (Pré-pagamento) ........ 3,47 2020 33.265 4.296 2.368.458 3.108.379 2.401.723 3.112.675 Eurobonds (emitidos pela VOTO III) ................ 4,25 2014 2.223 1.875 115.544 97.445 117.767 99.320 Créditos de exportação (ACC) ......................... 2,06 2012 524.492 26.018 524.492 26.018 FINIMP ............................................................. 2.417 2.154 4.571 Leasing ............................................................. 2,09 2013 5.514 2.381 3.405 10.665 8.919 13.046 _________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

565.494 36.987 2.487.407 3.218.643 3.052.901 3.255.630Em moeda nacional Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) TJLP ............................................................... 9,07 2019 151.560 205.986 1.197.813 1.100.176 1.349.373 1.306.162 Cesta de moedas ........................................... 8,70 2019 19.719 16.220 184.786 120.864 204.505 137.084 FINEP/FINAME ................................................ 5,31 2016 2.341 9.860 12.201 NCE .................................................................. 5,83 2018 24.544 45.284 443.513 413.476 468.057 458.760 _________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

198.164 267.490 1.835.972 1.634.516 2.034.136 1.902.006 _________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

763.658 304.477 4.323.379 4.853.159 5.087.037 5.157.636 _________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________ _________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

Consolidado __________________________________________________________________________________

Circulante Não circulante total ________________________ ___________________________ __________________________

Encargos anuaisModalidade/finalidade médios - % Vencimento 2011 2010 2011 2010 2011 2010______________________________________________________ ______________ _______________ ___________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

Em moeda estrangeira Créditos de exportação (Pré-pagamento) ........ 3,47 2020 29.051 42.967 2.777.003 4.440.775 2.806.054 4.483.742 Bonds - VOTO IV ............................................. 7,75 2020 886 788 365.883 333.240 366.769 334.028 Eurobonds (emitidos pela VOTO III) ................ 4,25 2014 2.223 1.875 115.544 97.445 117.767 99.320 Eurobonds (emitidos pela Fibria Overseas) ..... 7,33 2021 33.689 34.558 4.737.956 2.896.617 4.771.645 2.931.175 Créditos de exportação (ACC) ......................... 2,06 2012 623.632 66.693 623.632 66.693 FINIMP ............................................................. 2.417 2.154 4.571 Leasing ............................................................. 2,09 2013 8.773 4.189 5.958 19.260 14.731 23.449 Crédito de exportação (Finnvera) .................... 3,89 2018 42.731 39.089 217.218 227.328 259.949 266.417 EIB Europe Inv. Bank ....................................... 0,92 2012 784 4.178 694 784 4.872 ___________ _________ _____________ ____________ ____________ ____________

741.769 196.754 8.219.562 8.017.513 8.961.331 8.214.267

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Consolidado __________________________________________________________________________________

Circulante Não circulante total ________________________ ___________________________ __________________________

Encargos anuaisModalidade/finalidade médios - % Vencimento 2011 2010 2011 2010 2011 2010______________________________________________________ ______________ _______________ ___________ _________ ____________ ____________ ____________ ____________

Em moeda nacional Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) TJLP ............................................................... 9,07 2019 242.321 294.972 1.262.260 1.246.757 1.504.581 1.541.729 Cesta de moedas ........................................... 8,70 2019 48.790 41.996 220.471 170.542 269.261 212.538 FINEP/FINAME ................................................ 5,31 2016 2.340 20.611 9.859 12.199 20.611 NCE .................................................................. 5,83 2018 45.203 63.246 463.987 455.555 509.190 518.801 Fundo Centro-Oeste ........................................ 1,02 2017 11.685 6.105 56.170 67.406 67.855 73.511 ___________ _________ _____________ ____________ ____________ ____________

350.339 426.930 2.012.747 1.940.260 2.363.086 2.367.190 ___________ _________ _____________ ____________ ____________ ____________

1.092.108 623.684 10.232.309 9.957.773 11.324.417 10.581.457 ___________ _________ _____________ ____________ ____________ ____________ ___________ _________ _____________ ____________ ____________ ____________

Os empréstimos contratados em moeda estrangeira estão representados por contratos firmados em dólares norte-ameri-canos, exceto o eurobond VOTO III, que foi firmado em Iene.

As taxas médias foram calculadas considerando a curva forward das taxas as quais as dívidas são indexadas, ponderan-do-se pelo vencimento de cada parcela das mesmas e incluindo os custos de emissão/contratação das dívidas quando aplicável.

Em conformidade com a CPC 08/IAS 39 foi elaborado o quadro a seguir com o objetivo de demonstrar os efeitos anuais nas despesas financeiras decorrentes dos custos de captação na taxa efetiva de juros:

Controladora ___________________________________________________

2011 ___________________________________________________

Descrição 2012 2013 2014 Total___________________________________________________________________________________ ________ ________ ________ ________

Créditos de exportação (Pré-pagamento) .................................................. 5.734 5.734 4.778 16.246

Consolidado _______________________________________________________________________________

2011 _______________________________________________________________________________

2017 emDescrição 2012 2013 2014 2015 2016 diante Total_______________________________________________________ ________ ________ ________ ________ ________ __________ _________

Crédito de exportação (Finnvera) ........................ 790 790 790 790 790 921 4.871Bonds (VOTO IV e Fibria Overseas)Eurobonds (emitidos pela Fibria Overseas) ........ 39.935 39.935 39.935 39.935 39.935 136.275 335.950Créditos de exportação (Pré-pagamento) ........... 10.353 10.353 9.397 4.536 4.619 9.125 48.383 ______ ______ ______ ______ ______ _______ _______ 51.078 51.078 50.122 45.261 45.344 146.321 389.204 ______ ______ ______ ______ ______ _______ _______ ______ ______ ______ ______ ______ _______ _______

A capitalização dos custos de transação aos empréstimos e financiamentos aumenta o custo médio efetivo da dívida em 0,06% a.a.

A seguir, apresentamos o escalonamento dos vencimentos da parcela não circulante da dívida em 31 de dezembro de 2011:

Controladora Consolidado _______________________________________________________ ________________________________________________________

Vencimentodas parcelas Em moeda Em moeda Per- Em moeda Em moeda Per-a longo prazo nacional estrangeira Total centual nacional estrangeira Total centual_____________________ _____________ ______________ ____________ _________ _____________ ______________ _____________ _________

2013...................... 258.134 239.382 497.516 11 350.212 258.295 608.507 62014...................... 388.743 539.967 928.710 21 401.790 535.387 937.177 92015...................... 393.415 246.737 640.152 15 404.816 292.887 697.703 72016...................... 238.277 282.074 520.351 12 249.678 392.856 642.534 62017...................... 289.856 316.464 606.320 14 313.721 513.346 827.067 82018...................... 216.444 411.106 627.550 15 235.196 433.625 668.821 72019...................... 51.103 366.413 417.516 10 57.334 444.143 501.477 52020...................... 85.264 85.264 2 3.942.575 3.942.575 392021...................... 1.406.448 1.406.448 13 _____________ ______________ ____________ _________ _____________ ______________ _____________ _________

1.835.972 2.487.407 4.323.379 100 2.012.747 8.219.562 10.232.309 100 _____________ ______________ ____________ _________ _____________ ______________ _____________ _________ _____________ ______________ ____________ _________ _____________ ______________ _____________ _________

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(a) Créditos de exportação (pré-pagamentos)

Em junho de 2011, a Companhia firmou seis contratos de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) no valor total de US$ 125 milhões (equivalentes a R$ 197.575) com vencimento em novembro de 2012 e taxa de juros fixa, sendo US$ 75 milhões a 2,05% ao ano e US$ 50 milhões a 2,09% ao ano.

Em maio de 2011, a Companhia captou uma linha de Pré-Pagamento de Exportação com onze bancos estrangeiros, no valor de US$ 300 milhões (equivalentes a R$ 488.850 nas respectivas datas) com pagamento de juros trimestrais a taxa de 1,80% ao ano acima da Libor (podendo diminuir à 1,60% ao ano, em caso da obtenção da condição de “Investiment Grade”) pelo prazo de oito anos, sendo as amortizações anuais somando US$ 15 milhões em 2012; US$ 30 milhões em 2015; US$ 15 milhões em 2016; US$ 90 milhões em 2018 e US$ 150 milhões em 2019.

Em janeiro de 2011, a Companhia firmou três contratos de ACC (Adiantamento de Contrato de Câmbio) no montante de US$ 50 milhões cada, perfazendo o total US$ 150 milhões (equivalentes a R$ 248.640 nas respectivas datas), com venci-mento em junho de 2012 e taxa de juros fixa a 2,09% ao ano.

Em 30 de setembro de 2010, a Companhia firmou um contrato de crédito de exportação com onze bancos no montante de US$ 800 milhões (equivalentes naquela data a R$ 1.355.360) com vencimentos até 2018 e taxa de juros inicial de 2,755% ao ano acima da LIBOR trimestral, podendo ser reduzida até 2,3%, conforme desalavancagem e o rating da Companhia. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embar-ques. Esta linha foi utilizada para pagar antecipadamente dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrati-vos. Em 29 de março de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente o valor de US$ 600 milhões (equivalentes naquela data a R$ 992.760), com recursos oriundos da venda da Conpacel e da captação do Bond Fibria 2021.

Em 29 de setembro de 2010, a Companhia firmou um contrato de crédito de exportação bilateral no montante de US$ 250 milhões (equivalentes naquela data a R$ 423.550) com vencimentos até 2020 e taxa de juros de 2,55% ao ano acima da LIBOR semestral. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coinci-dentes com os embarques. Essa linha foi utilizada para pagar antecipadamente dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos.

Em 30 de junho de 2010, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação com nove bancos no montante de US$ 600 milhões (equivalentes naquela data a R$ 1.080.900) com vencimentos até 2017 e taxa de juros inicial de 2,80% ao ano acima da LIBOR trimestral, podendo ser reduzida até 2,40%, conforme desalavancagem e o rating da Companhia. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Essa linha foi utilizada para pagar dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em 30 de março de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente a totalidade desta dívida de US$ 600 milhões (equivalentes naquela data a R$ 999.120), com recursos oriundos da venda da Conpacel e da captação do Bond Fibria 2021.

Em março de 2010, a Companhia firmou um Contrato de Crédito de Exportação bilateral no montante de US$ 535 milhões (equivalentes naquela data a R$ 956.152) com taxa de juros de 2,95% ao ano acima da LIBOR trimestral e com vencimen-tos até 2017. Os créditos estão garantidos por contratos de exportação e os vencimentos das parcelas são coincidentes com os embarques. Em 31 de março foram liberados US$ 314 milhões (equivalentes naquela data a R$ 558.991) e o saldo remanescente de US$ 221 milhões (equivalentes a R$ 389.310), foi liberado em 6 de abril de 2010. Essa linha foi integralmente utilizada para pagar dívidas com custos mais elevados e com prazos menos atrativos. Em abril de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente o montante de US$ 100 milhões (equivalentes naquela data a R$ 160.970), obtendo um prazo maior para pagamento do saldo remanescente (de 2013 até 2018, com amortizações trimestrais). Não houve alterações nas taxas de juros praticadas.

Em julho de 2009, a Companhia firmou contrato de crédito de exportação com o Banco Credit Suisse no montante de US$ 54 milhões (equivalentes naquela data a R$ 104.166) com taxa de juros de 100% Certificado de Depósito Interban-cário (CDI) + 1% ao ano e vencimento em julho de 2012. Em junho de 2010 a Companhia consentiu na cessão desse contrato do Banco Credit Suisse para o Banco Safra, sem alteração das condições contratuais iniciais. Em outubro de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente o saldo desta dívida de US$ 24 milhões (equivalentes a R$ 41.702 à data) com recursos próprios, tendo em vista o alto custo desta dívida em relação às demais.

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Em setembro de 2008, em decorrência da criação do Consórcio Paulista de Papel e Celulose (Conpacel), resultado da cisão das operações da Ripasa entre Fibria (50%) e Suzano (50%), a Companhia registrou em seu balanço os emprésti-mos resultantes da referida cisão e posterior incorporação pela Fibria, que representava o montante de US$ 83 milhões (equivalentes naquela data a R$ 139.596), referentes, respectivamente, aos contratos de pré-pagamento no montante de US$ 73 milhões e financiamentos à importação no montante de US$ 10 milhões, ambas com vencimento para 2012. Em junho de 2010 a Companhia liquidou antecipadamente o valor de US$ 24 milhões da operação de pré-pagamento, em função de que a mesma não apresentava mais condições atrativas. Em janeiro de 2011, com a conclusão da venda da CONPACEL, o saldo remanescente destas operações foi integralmente transferido à adquirente, melhorando o perfil de endividamento da Companhia.

A Companhia mantém contratos de pré-pagamento de exportação junto ao Banco Bradesco no montante de US$ 150 milhões, a taxa de 0,78% acima da LIBOR e vencimento final em 2014.

A Companhia mantém contratos de pré-pagamento de exportação junto ao Banco Nordea no montante de US$ 50 milhões, a taxa de 0,80% acima da LIBOR e vencimento final em 2013.

Em 30 de março de 2011, a Companhia liquidou antecipadamente a totalidade do contrato de pré-pagamento de exporta-ção junto ao Banco do Brasil no montante de US$ 200 milhões, a taxa de 3,20% a 5,00% acima da LIBOR e vencimento final em 2018 (equivalentes naquela data a R$ 327.200), com recursos oriundos da venda da CONPACEL e da captação do Bond Fibria 2021.

(b) Empréstimo - VOTO III (Eurobonds)

Em 16 de janeiro de 2004, a subsidiária integral da VPAR, a Votorantim Overseas Trading Operations III (VOTO III), captou no mercado internacional US$ 300 milhões (equivalentes naquela data a R$ 873.000) com prazo de vencimento de dez anos e taxa anual de 4,25%. A Companhia recebeu 15% do total captado, ou seja, US$ 45 milhões equivalentes naquela data a R$ 131.000.

(c) Empréstimo - VOTO IV (Eurobonds)

Em 24 de junho de 2005, a Votorantim Overseas Trading Operations Limited IV (VOTO IV), controlada em conjunto com a Votorantim Participações, captou no mercado internacional US$ 400 milhões (equivalentes naquela data a R$ 955.000) com vencimento em 24 de junho de 2020 e taxa anual de 8,50%. A Companhia recebeu 50% do total captado, ou seja, US$ 200 milhões equivalentes naquela data a R$ 477.000.

(d) Empréstimos - Fibria 2019, Fibria 2020 e Fibria 2021 (Eurobonds)

Em março de 2011, a Companhia, por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 750 milhões (“Fibria 2021”, equivalentes naquela data a R$ 1.240.875) com vencimento em dez anos e opção de recompra a partir de 2016, com pagamento de juros semestrais e taxa de 6,75% ao ano.

Em maio de 2010, a Companhia por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 750 milhões (“Fibria 2020”, equivalentes a R$ 1.339.650) com vencimento em dez anos e op-ção de recompra a partir de 2015, com pagamento de juros semestrais e taxa de 7,50% ao ano.

Em outubro de 2009, a Companhia por intermédio da sua subsidiária internacional Fibria Overseas Finance Ltd. captou no mercado internacional US$ 1 bilhão (“Fibria 2019”, equivalentes a R$ 1.744.000) com vencimento em dez anos com pagamento de juros semestrais e taxa de 9,25% ao ano. Em maio de 2010, a Companhia anunciou a oferta de troca do Fibria 2019 por meio da reabertura do Fibria 2020, visando adequar a curva de juros e melhorar a liquidez dos papéis, além de flexibilizar as cláusulas de covenants para a nova realidade da Companhia. A adesão à oferta de troca foi de 94%.

A taxa efetiva destas operações, incluindo os custos de transação necessários para captação dos recursos é de 8,66% a.a.

(e) BNDES

Em outubro de 2010, foi liberado um novo financiamento EXIM, no valor total de R$ 70.000, com prazo de 14 meses e taxa de 7% a.a. O montante foi liquidado no vencimento, em dezembro de 2011.

No primeiro semestre de 2009, um novo financiamento no valor de R$ 673.294 foi aprovado, com juros variando entre TJLP acrescidos de 0% a 4,41% e UMBNDES + 2,21% ao ano. Em 31 de dezembro de 2011, 93% desse montante encontravam-se liberados. A UMBNDES é um índice que contempla a variação cambial de uma cesta de moedas, predo-minantemente do dólar norte-americano.

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No segundo semestre de 2008, um novo financiamento com o BNDES de R$ 540.000 foi aprovado, indexados pela TJLP acrescida de 1,36% a 1,76% e UMBNDES acrescida de 2,45% ao ano. O vencimento final deste financiamento será em 2015. Em 31 de dezembro de 2011, 62% desse montante encontravam-se liberados.

Em outubro de 2007, foi celebrado um contrato de financiamento com o BNDES no montante total de R$ 21.701, indexa-dos pela TJLP + 1,8% e UMBNDES + 1,3% ao ano. A liquidação de principal dar-se-á em a 2012.

Em novembro de 2006, também foi celebrado um contrato de financiamento com o BNDES no montante total no valor de R$ 596 milhões, no qual encontravam-se liberados 99% do valor em 31 de dezembro de 2011, indexados a TJLP variando entre 0% e 2,9% ao ano e UMBNDES acrescida de 1,4% a 2,4% ao ano, com prazo de amortização no período de 2009 a 2016.

Em 2005, foram assinados três contratos junto ao BNDES nos meses de dezembro, agosto e maio. No contrato assinado em dezembro a liberação total de recursos foi de R$ 139.284, com prazo de amortização no período de 2007 a 2016, sujeito a juros variando entre TJLP + 0% a 4,5% ao ano e UMBNDES + 2,0% a 3,0% ao ano. No contrato de agosto a libe-ração foi de R$ 55.222 parte indexada a TJLP acrescida de 3,5% a 4,5% e parte indexada a UMBNDES acrescida de 3% ao ano. O vencimento final desse contrato será em 2015. No contrato de maio, a liberação foi de R$ 99.109, sendo parte indexada a TJLP acrescida de 4,5% ao ano e parte indexada pela UMBNDES acrescida de 4,5% ao ano. O principal tem vencimento final em 2015.

Em 31 de dezembro de 2011, consolidamos proporcionalmente os saldos contábeis de empréstimos e financiamentos da Veracel Celulose, representados por contratos com o BNDES. O montante total de principal é de R$ 331.299 com prazo de amortização no período de 2011 a 2014, sujeito a juros variando entre TJLP + 1,0% a 3,3% ao ano e UMBNDES + 3,3% ao ano.

Como principal garantia aos pagamentos destes financiamentos, foram dadas as plantas de celulose localizadas nas uni-dades de Jacareí e Três Lagoas - MS.

(f) Obrigações por arrendamento mercantil financeiro - leasing

Em dezembro de 2009, a Companhia renegociou os termos e o valor em aberto da sua operação de leasing financeiro com o Banco Société Générale, originalmente contratado em 2008 para aquisição de máquinas e equipamentos florestais. O prazo final de vencimento deste contrato é 2013.

As obrigações de arrendamento mercantil financeiro são garantidas por meio de alienação fiduciária dos bens arrendados.

(g) Nota de Crédito de Exportação (NCE), Nota de Crédito Rural (NCR) e outros

Em 28 de setembro de 2010, a Companhia contratou uma nota de crédito de exportação no montante de R$ 427.500, com vencimento final em 2018 e custo de 100% do CDI mais 1,85% a.a. Esta operação está vinculada a um swap com o obje-tivo de troca da moeda real para dólar e alteração da taxa flutuante para fixa, sendo o custo final de 5,45% a.a., acrescido da variação cambial.

Em agosto de 2009, a Companhia contratou linha de crédito agroindustrial, com o Banco do Brasil no montante de R$ 137.000 com vencimento em 488 dias e custo de 11,25% ao ano. Essa linha de crédito foi liquidada em 2011.

Em maio de 2009, a Companhia contratou NCE com o Banco do Brasil no montante de R$ 50.000 com vencimento final e liquidação em junho de 2011 e custo de 11,25% ao ano. Esse contrato foi liquidado em 2011.

Em dezembro de 2008, a Companhia contratou, através de sua controlada Portocel, NCE com o Banco HSBC no montante de R$ 94.014 (51%) com vencimento final em dezembro de 2013 e custo de 100% CDI.

(h) Crédito de Exportação (Finnvera)

Em 30 de setembro de 2009, a Companhia contratou empréstimo no montante de € 125 milhões com a Finnvera (agência Finlandesa de fomento destinado a empresas comprovadamente comprometidas com sustentabilidade), cujo prazo total é de 8,5 anos e o custo indexado à LIBOR seis meses + 3,325% ao ano.

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(i) Empréstimo Fundo Constitucional de Financiamento do Centro-Oeste (FCO)

Em 31 de dezembro de 2009, a Companhia captou R$ 73.000 com o Banco do Brasil, por meio de sua subsidiária Fibria--MS, com vencimento final em dezembro de 2017, carência de seis meses, pagamento de principal e juros mensais e taxa de 8,5% ao ano.

(j) Cláusulas contratuais covenants

Alguns financiamentos da Companhia e suas controladas têm cláusulas que determinam níveis máximos de endividamen-to e alavancagem, bem como níveis mínimos de cobertura de juros a vencer.

Em dezembro de 2011, foram renegociados os covenants dos contratos de Leasing, Finnvera e parte dos PPEs (saldo de US$ 1,332 bilhão), que representam a totalidade dos contratos com covenants financeiros em 31 de dezembro de 2011. As novas operações de PPE e “Revolver”, destacadas nos itens (a) e (m), também foram renegociadas. Após a renegociação estas operações estão sujeitas à manutenção, no final de cada trimestre social, dos seguintes níveis:

Dez/2012 Dez/2011 Mar/2012 Jun/2012 Set/2012 e após ___________ ___________ ___________ ___________ ___________

Cobertura de Serviço da dívida (i) ............................ 1,00 1,00 1,00 1,00 1,00Nível de Endividamento (ii)....................................... 5,50 5,50 5,25 4,00 3,50

(i) Definido como (a) EBITDA de acordo com as práticas adotadas no Brasil e ajustado (para os quatro últimos trimestres sociais) em relação à (b) dívida que deverá vencer durante os quatro trimestres sociais consecutivos acrescida de despe-sas financeiras que deverão ser pagas durante os quatro trimestres sociais consecutivos.

(ii) Nível de dívida líquida em relação ao EBITDA ajustado (para os quatro últimos trimestres sociais).

Estes mesmos contratos incluem como principais eventos de inadimplemento:

• não pagamento, em tempo hábil, do principal ou juros devidos em conexão com o contrato de crédito de pré-pagamento de exportação;

• inexatidão de qualquer declaração, garantia ou certificação prestada em conexão com o contrato de crédito de pré--pagamento de exportação;

• inadimplemento cruzado (cross-default) e inadimplemento de julgamento cruzado (cross-judgment default), sujeito a um valor mínimo acordado de US$ 50 milhões;

• sujeição a certos períodos de resolução, violação de qualquer obrigação prevista no contrato de crédito de pré-pagamen-to de exportação;

• ocorrência de certos eventos de falência ou insolvência da Companhia, de suas principais subsidiárias ou da Veracel Celulose S.A.

Como resultado da renegociação dos covenants mencionada acima, a Companhia não poderá, durante os próximos 3 trimestres a partir do encerramento do exercício de 2011:

• distribuir dividendos acima do mínimo obrigatório por lei;

• exceder R$ 80 milhões em CAPEX de expansão;

• exceder o saldo da dívida de 30 de setembro de 2011 nas suas moedas contratadas, com exceção de BNDES, FCO e FINEP, para os próximos três trimestres;

• utilizar a linha de crédito rotativa enquanto o nível de endividamento estiver acima de 4,00.

Os covenants acordados no contrato firmado com os bancos vêm sendo integralmente cumpridos pela Companhia até 31 de dezembro de 2011.

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(k) Garantias de empréstimos e financiamentos

Conforme mencionado anteriormente na análise dos contratos de empréstimos e financiamentos, em 31 de dezembro de 2011, certos empréstimos e financiamentos estão garantidos por bens do ativo imobilizado, representados substancial-mente pela planta fabril de Três Lagoas. O valor líquido contábil deste ativo é de R$ 4.665.415 (31 de dezembro de 2010 - R$ 5.234.743), suficientes para a cobertura dos respectivos empréstimos.

(l) Linhas de créditos não utilizadas

Em maio de 2011, a Companhia, por intermédio de sua subsidiária internacional Fibria Trading International Kft. obteve uma linha de crédito rotativo (revolving credit facility) com onze bancos estrangeiros, no valor total de US$ 500 milhões com prazo de disponibilidade de quatro anos e custo pago trimestralmente de LIBOR 3 meses acrescida de 1,55% a.a quando utilizada. No período de não utilização, a Companhia pagará 35% do spread acordado. Em virtude da renegocia-ção dos covenants mencionados no item j, esta linha de crédito só poderá ser sacada se o nível de endividamento estiver abaixo de 4,00.

24. CONTINGÊNCIAS

A Companhia e suas controladas são partes envolvidas em processos trabalhistas, cíveis e tributários que se encontram em instâncias diversas. As provisões para contingências, constituídas para fazer face a potenciais perdas decorrentes dos processos em curso, são estabelecidas e atualizadas com base na avaliação da administração, fundamentada na opinião de seus assessores legais.

Um sumário das provisões constituídas e depósitos judiciais efetuados é apresentado como segue:

Controladora Controladora __________________________________________ __________________________________________

2011 2010 __________________________________________ __________________________________________

Depósitos Provisão Depósitos Provisão judiciais Provisão Líquida judiciais Provisão Líquida ____________ ___________ ___________ ____________ ___________ ___________

Natureza dos processos Tributários (a) ......................................... 119.021 173.474 54.453 58.446 271.626 213.180 Trabalhistas (c) ...................................... 37.889 62.525 24.636 31.332 57.570 26.238 Cíveis (c) ................................................ 724 6.590 5.866 238 9.771 9.533 _________ ________ ________ _________ ________ ________ 157.634 242.589 84.955 90.016 338.967 248.951 _________ ________ ________ _________ ________ ________ _________ ________ ________ _________ ________ ________

Consolidado Consolidado __________________________________________ __________________________________________

2011 2010 __________________________________________ __________________________________________

Depósitos Provisão Depósitos Provisão judiciais Provisão Líquida judiciais Provisão Líquida ____________ ___________ ___________ ____________ ___________ ___________

Natureza dos processos Tributários (a) ......................................... 119.572 173.823 54.251 59.128 273.335 214.207 Trabalhistas (c) ...................................... 47.819 88.834 41.015 39.266 80.457 41.191 Cíveis (c) ................................................ 821 7.149 6.328 311 10.305 9.994 _________ ________ ________ _________ ________ ________ 168.212 269.806 101.594 98.705 364.097 265.392 _________ ________ ________ _________ ________ ________ _________ ________ ________ _________ ________ ________

A Companhia está envolvida em outros processos tributários e cíveis surgidos no curso normal dos seus negócios, os quais, na opinião da administração e de seus assessores legais, têm expectativa de perda classificada como possí-vel. Consequentemente, nenhuma provisão foi constituída para fazer face ao possível desfecho desfavorável destes. Os montantes desses processos, em 31 de dezembro de 2011, são: tributário R$ 3.352.635 (ver item (b) a seguir) e cíveis R$ 56.692.

Segue um demonstrativo da movimentação da provisão para contingências:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Saldo inicial ............................................................................. 338.967 691.449 364.097 712.873 Baixa de processos (*)........................................................... (122.480) (394.168) (123.624) (396.696) Entrada de novos processos ................................................. 9.273 13.934 Atualização monetária ........................................................... 26.102 32.413 29.333 33.986 _________ _________ _________ _________Montante provisionado ............................................................ 242.589 338.967 269.806 364.097 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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(*) As baixas ocorridas entre 2011 e 2010 ocorreram principalmente em função da adesão ao Programa de Recuperação Fiscal descrito na Nota 25 e, adicionalmente, pela reversão em 2010 da provisão de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das receitas de exportação relativa ao ano de 2003.

(a) Comentários sobre os passivos contingentes tributários com probabilidade de perda provável

Os processos tributários com probabilidade de perda provável estão representados por discussões relacionadas à tributos federais, estaduais e municipais, para os quais, substancialmente, existem depósitos judiciais como garantia, portanto não existe exposição material para a Companhia. O saldo remanescente, não depositado, refere-se à discussão a respeito de ICMS sobre transferências interestaduais e Contribuição Social sobre a receita de exportação em montantes aproximados de R$ 26 milhões cada discussão.

(b) Comentários sobre passivos contingentes tributários com probabilidade de perda possível

A seguir são comentados os passivos contingentes relacionados à processos tributários em andamento com probabilidade de perda possível, para os quais não há qualquer provisão contabilizada. No quadro abaixo apresentamos uma análise da relevância desses processos:

Referência Montante __________ _________Auto de infração - Normus.................................................................................................. (i) 1.433.502Incentivos fiscais - (ADENE) .............................................................................................. (ii) 76.207IRPJ/CSL - homologação parcial ....................................................................................... (iii) 139.980IRPJ/CSLL - Newark .......................................................................................................... (iv) 88.842IPI-BEFIEX ......................................................................................................................... (v) 167.802Demais processos tributários ............................................................................................. (vi) 1.446.302 _________Total de passivos contingentes com probabilidade possível ............................................. 3.352.635 _________ _________

(i) Auto de infração - Normus

Em dezembro de 2007, a controlada Normus Empreendimentos e Participações Ltda. foi autuada por autoridades da Receita Federal do Brasil (RFB) por suposta falta de recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre os resultados auferidos no exterior por sua subsidiária e reconhecidos no Brasil como distribuição de dividendos fictos, refe-rente aos exercícios de 2002 a 2006. O montante autuado e atualizado até dezembro de 2011 totalizava R$ 1.294 milhões.

Em outubro de 2011, foi publicada a decisão do julgamento proferido pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais - (CARF) que decidiu, com base no voto de qualidade, após empate de 3 a 3 entre os seis conselheiros, manter o lança-mento da autuação. A Administração aguarda a intimação do referido acórdão para impetrar o recurso competente ainda na fase administrativa.

Em setembro de 2011, a controlada Normus Empreendimentos e Participações Ltda. foi novamente autuada pela Recei-ta Federal do Brasil (RFB), no valor total de R$ 136 milhões, por alegada falta de recolhimento de Imposto de Renda e Contribuição Social sobre resultados auferidos no exterior por sua subsidiária e reconhecidos no Brasil como resultado de equivalência patrimonial, referente ao exercício de 2007.

A subsidiária em questão, constituída e operando na Hungria, concentra suas atividades na venda de celulose no mercado mundial.

Em nosso entendimento, e na opinião de nossos consultores jurídicos independentes, a subsidiária húngara está sujeita à tributação integral de suas operações no país em que está constituída, portanto, o posicionamento adotado pela Receita Federal do Brasil (RFB) contraria diretamente determinadas normas do ordenamento jurídico pátrio, especialmente o trata-do para evitar a dupla tributação firmado entre o Brasil e a Hungria, o qual exime de tributação no Brasil os lucros diferidos por subsidiárias constituidas na Hungria.

Desde o ano de 2001, tramita junto ao Supremo Tribunal Federal, a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) nº 2.588, proposta pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), com o objetivo de questionar a constitucionalidade do artigo 74 da MP 2.158, que instituiu a tributação pelo Imposto de Renda e pela Contribuição Social, dos lucros auferidos por empresas controladas ou coligadas no exterior, independentemente da disponibilização para a controladora ou coligada no Brasil.

Em 17 de agosto de 2011, o STF realizou nova sessão de julgamento da ADI em questão, resultando em 5 votos favoráveis à constitucionalidade do artigo 74 da MP 2.158 e 4 votos desfavoráveis à sua constitucionalidade. A sessão de julgamento foi novamente suspensa para aguardar o retorno do Min. Joaquim Barbosa, último a votar o caso.

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Face ao desfecho da sessão de julgamento descrita acima, os consultores jurídicos internos e externos da Companhia deliberaram por adotar uma posição mais conservadora em relação ao prognóstico de perda, anteriormente classificado como perda remota, e que passou a ser considerada como perda possível em 2011.

(ii) Incentivos fiscais - Agência de Desenvolvimento do Nordeste (ADENE)

A Companhia possui unidades de negócios localizadas na área de abrangência da ADENE e sendo o setor de papel e ce-lulose considerado como prioritário para o desenvolvimento regional (Decreto nº 4.213, de 16 de abril de 2002), em dezem-bro de 2002, a Companhia pleiteou e, sob a condição de realizar novos investimentos nas mencionadas unidades, teve reconhecido pela Secretaria da Receita Federal (SRF) o direito de usufruir do benefício da redução do IRPJ e adicionais não restituíveis apurados sobre o lucro da exploração para as fábricas A e B (período de 2003 a 2013) e fábrica C (período de 2003 a 2012), todas da unidade Aracruz, depois de ter aprovado com a SUDENE os devidos laudos constitutivos.

Em 9 de janeiro de 2004, a Companhia recebeu o Ofício nº 1.406/03 do inventariante extrajudicial da extinta Superinten-dência do Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), informando que “acatando reexame da Consultoria Jurídica do Minis-tério da Integração no que tange à abrangência especial da concessão do referido incentivo”, julgou improcedente o direito à fruição do benefício anteriormente concedido e auferido e que providenciaria a sua revogação.

Diante da anulação dos respectivos laudos constitutivos e, consequentemente, da iminente cobrança dos benefícios fis-cais já aproveitados nos anos de 2003 e 2004, a Companhia impetrou Mandado de Segurança, no qual restou assegurada a manutenção dos benefícios até o encerramento do processo administrativo de cassação. Esse processo, instaurado em seguida, só veio a terminar com a intimação da Companhia em 04/01/2005 sobre a decisão de 2ª instância da ADENE, autarquia sucessora da SUDENE, à época extinta.

Não obstante, foi lavrado auto de infração pela SRF em dezembro de 2005, por meio do qual são exigidos os valores rela-tivos ao incentivo fiscal até então usufruído, acrescidos de juros, mas sem imposição de multa, totalizando R$ 316.355. A Companhia impugnou o auto de infração, o qual foi julgado procedente em primeira instância administrativa. A Companhia recorreu contra essa decisão e, em agosto de 2011, obteve decisão definitiva proferida pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (CARF), que julgou parcialmente procedente o lançamento efetuado pelas autoridades fiscais, para re-conhecer o direito da Companhia de usufruir do incentivo fiscal até o ano de 2003, afastando-o, porém, em relação ao ano de 2004, reduzindo, assim, o valor autuado para R$ 76 milhões.

A administração da Companhia, assessorada por seus consultores jurídicos, acredita que a decisão de cancelamento dos referidos benefícios fiscais é equivocada e não deve prevalecer, seja com respeito aos benefícios já usufruídos, seja em relação ao prazo ainda por decorrer.

Com relação aos benefícios usufruídos até 2004, entende a Administração, calcada na opinião de seus assessores jurídi-cos, que a exigência de recolhimento do tributo é insubsistente, posto que a Companhia se utilizou dos benefícios estrita-mente de acordo com os parâmetros legais e em conformidade com os atos da SRF e os laudos constitutivos regularmente emitidos, de modo que a cassação pretendida pela ADENE só poderia operar efeitos a partir do término do processo administrativo de cassação, ocorrido em 04/01/2005, como assegurado pelo Mandado de Segurança acima mencionado.

Tendo em vista que o CARF manteve a exigência dos benefícios aproveitados em 2004, no valor de R$ 73.100, a Com-panhia ofertou Carta de Fiança bancária como garantia ao valor em discussão e aguarda o ajuizamento da competente execução fiscal onde discutirá o referido débito.

Quanto aos prazos restantes de fruição, que se estendem até 2012 (fábrica C) e 2013 (fábricas A e B), entende a adminis-tração, amparada por pareceres de seus assessores jurídicos, ser ilegal a revogação de benefícios fiscais cuja concessão foi condicionada ao cumprimento de condições preestabelecidas (implantação, expansão ou modernização de empreen-dimento industrial), sendo assegurado o direito adquirido ao gozo dos referidos benefícios fiscais até o final dos prazos assinalados na Lei e nos atos de concessão.

Em que pese a convicção na solidez de seu direito, a Companhia, diante dos fatos ocorridos durante os exercícios de 2004 e de 2005, que revelaram o propósito da ADENE e da SRF de promoverem o cancelamento dos benefícios fiscais, decidiu adotar uma postura conservadora e interromper o registro da fruição dos benefícios fiscais a partir de 2005, até que tenha sido proferida decisão judicial definitiva na Ação Ordinária que trata especificamente desse assunto.

Estando os benefícios fiscais usufruídos até o ano de 2003 definitivamente assegurados pelo Conselho Administrativo de Recursos Fiscais, restam em discussão os benefícios usufruídos no ano de 2004 e àqueles ainda por usufruir a partir de 2005, sendo a probabilidade de perda avaliada como possível e, consequentemente, sem provisão constituída.

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(iii) IRPJ/CSLL - homologação parcial

A Companhia deu entrada em três processos de homologação de créditos de IRPJ com a Secretaria da Receita Federal do Brasil (SRFB), referentes aos anos-calendários de 1997, de 1999 e ao quarto trimestre de 2000, no total de R$ 134 milhões. A Secretaria da Receita Federal do Brasil homologou apenas R$ 83 milhões, gerando um débito de R$ 51 milhões que atualizados em 31 de dezembro de 2011 montava R$ 139 milhões. A Companhia impugnou e apresentou manifes-tações de inconformidade tempestivas em todos os processos. Referente ao ano de 1997, o processo aguarda decisão de primeira instância. Para o quarto trimestre de 2000, aguarda julgamento de recurso voluntário e para o ano de 1999 aguarda julgamento de recurso especial. Por orientação dos advogados externos, a Companhia não registra provisão para esses processos de prognóstico de perda possível.

(iv) IRPJ/CSLL - Newark

Em dezembro de 2007 e 2010 foram lavrados dois autos de infração em face da companhia exigindo o recolhimento de IRPJ e CSLL sobre o resultado da controlada Newark reconhecido na Fibria por equivalência patrimonial. No entanto, este resultado que foi considerado como sendo da controlada, na verdade foi a distribuição de dividendos de uma empresa brasileira, logo tal valor já foi tributado no Brasil. Atualmente o valor dos dois autos de infração atualizados totaliza R$ 219 milhões. Com base na opinião dos advogados internos e externos, a probabilidade de perda em relação ao primeiro auto de infração (dezembro de 2007 - R$ 130 milhões) é remota e em relação ao segundo (dezembro de 2010 - R$ 89 milhões) é possível, motivo pelo qual não foi constituída qualquer provisão.

(v) IRPJ-BEFIEX

A companhia foi autuada por ter utilizado prejuízo fiscal, apurado na vigência do programa BEFIEX, após mais de seis anos-calendário da formação do referido prejuízo. O valor atualizado da contingência é R$ 168 milhões e a companhia, com base na opinião legal de seus assessores internos e externos não constituiu qualquer provisão.

(vi) Demais processos tributários com probabilidade de perda possível

Além dos processos tributários com probabilidade de perda possível mencionados anteriormente, a Companhia apresenta outros 334 processos com valores individuais inferiores a R$ 80 milhões, os quais totalizam R$ 1.446.302, com valor médio unitário de R$ 4,3 milhões.

(c) Comentários relevantes sobre os processos trabalhistas/cíveis

A Companhia tem aproximadamente 3.629 processos trabalhistas movidos por ex-empregados, terceiros e sindicatos, cujos pleitos consistem em sua maioria em pagamento de verbas rescisórias, adicionais por insalubridade e periculosi-dade, horas extras, horas in itinere, indenizações por danos materiais e morais, pagamento de diferenças de expurgos inflacionários sobre multa de 40% do FGTS, bem como 883 ações cíveis, das quais a maioria consiste em pedidos de indenização de ex-funcionários ou terceiros, por supostas doenças ocupacionais e acidentes de trabalho, ações de co-brança e habilitações de crédito em falência ajuizadas pela Companhia, ressarcimento de recursos financeiros movidas contra produtores rurais inadimplentes e ações possessórias ajuizadas com o objetivo de proteger o patrimônio imobiliário da Companhia. A Companhia tem apólice de seguro - responsabilidade civil geral que cobre, nos limites fixados na apólice, eventuais condenações a título de danos materiais referentes aos pedidos de indenização na esfera cível.

Class Action

Em novembro de 2008, foi interposta uma ação judicial coletiva, de natureza privada contra a Companhia (ex-Aracruz) e alguns de seus executivos, em nome de possíveis compradores de ADRs do período entre 7 de abril e 2 de outubro de 2008. A referida ação alega violações de regras da Securities Exchange Act, na medida em que a Companhia teria divul-gado informações insuficientes sobre perdas em certas operações envolvendo instrumentos derivativos. A indenização pretendida pelos autores ainda não foi especificada e dependerá, se a ação prosseguir, de prova pericial e apuração de danos. Em virtude do fato de essa ação se encontrar em fase preliminar, é impossível avaliar sua probabilidade de êxito ou risco de um resultado desfavorável. Por esse motivo, nenhuma provisão para esse litígio foi constituída neste momento.

(d) Depósitos judiciais remanescentes

A Companhia possui em 31 de dezembro de 2011 R$ 137.060 (R$ 110.364 em 31 de dezembro de 2010) depositados judicialmente em processos classificados pelos assessores jurídicos externos como de perda remota ou possível, portanto, sem respectiva provisão para contingências. Os processos referem-se à PIS, COFINS, IRPJ e questionamentos relativos às contribuições destinadas ao INSS, dentre outros de menor valor. Adicionalmente, neste mesmo grupo, está registrado o montante de R$ 50.096 relativo ao saldo credor do REFIS, conforme detalhado na Nota 25.

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(e) Obrigações de desmontagem e retirada de ativo imobilizado e restauração de local

A Companhia não tem ativos de longo prazo que espera abandonar ou alienar e que exigiriam a constituição de provisão para obrigações por descontinuação de ativos, conforme requer o item 16(c) do CPC27/IAS 16 “Obrigações de desmonta-gem e retirada de ativo imobilizado e restauração de local”.

25. PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO FISCAL (REFIS)

Em novembro de 2009, a Companhia aderiu ao Programa de Recuperação Fiscal, instituído pela Lei nº 11.941/09, cujo objetivo é regularizar os passivos fiscais por meio de um sistema especial de pagamento e de parcelamento de obrigações fiscais e previdenciárias.

Em 28 de junho de 2011, a Companhia efetuou a consolidação dos débitos no Programa de Recuperação Fiscal, cumprin-do de fato todas as formalidades previstas na legislação, sendo os débitos incluídos, aqueles oriundos substancialmente de:

• CSLL - Medida judicial visando a exclusão das receitas de exportação da base de cálculo da CSLL, conforme instituído pela Emenda Constitucional nº 33/2001.

• IR/CSLL - Medida judicial visando a correção monetária do balanço sem as perdas geradas pelo Plano Verão - Plano econômico instituído pela Medida Provisória 32/1989, convertida na Lei nº 7.730/89;

• IR/CSLL - Autos de infração lavrados em decorrência da compensação do prejuízo fiscal e da base negativa sem obser-vância da limitação de 30%;

• Crédito-Prêmio IPI - Autos de infração lavrados em decorrência da transferência de créditos entre as empresas KSR e Celpav, sem observância das formalidades instrumentais;

• CIDE - Medida judicial visando afastar a incidência da CIDE sobre valores pagos a residentes no exterior a título de royal-ties ou de remuneração de contratos, instituída pela Lei nº 10.168/00 e alterado pela Lei nº 10.332/01;

• IOF - Medida judicial visando afastar a incidência do IOF sobre contratos de câmbio celebrados com escopo de obter recursos financeiros no exterior por meio de emissão de euronotes;

• COFINS - Medida judicial visando questionar a majoração da alíquota da COFINS de 2% para 3%, determinada pela Lei nº 9.718/98;

• CSLL - Auto de infração lavrado em decorrência da dedução na base de cálculo da CSLL, de despesas com a parcela de correção monetária correspondente à diferença entre a variação do IPC e do BTN Fiscal no ano de 1990.

Apresentamos a seguir um resumo dos valores definitivos incluídos no programa, bem como os benefícios obtidos:

Detalhamento do débito Total dos débitos atualizados incluídos no programa..................................................................................... 532.734 Benefício por redução de multas e juros ........................................................................................................ (78.030) Multas e juros compensados com prejuízo fiscal e base negativa ................................................................. (129.397) ________Total do débito .................................................................................................................................................. 325.307 Pagamentos realizados na adesão ................................................................................................................ (21.356) ________Saldo do débito consolidado no programa ....................................................................................................... 303.951 ________Total dos depósitos judiciais incluídos ............................................................................................................. 349.802 ________Saldo credor consolidado ................................................................................................................................. 45.851 ________ ________

Em função do direito legal de compensação dos depósitos judiciais relacionados aos débitos incluídos no programa e em função dos depósitos judiciais serem superiores ao passivo remanescente após as reduções legais, o saldo credor rema-nescente, conforme demonstrado acima, atualizado até 31 de dezembro de 2011 é de R$ 50.096 foi classificado no ativo não circulante, na rubrica “depósitos judiciais” e é atualizado mensalmente pela Selic.

Os efeitos contábeis decorrentes das atualizações monetárias dos depósitos judiciais e benefícios por redução de multa e juros foram registrados no resultado financeiro na rubrica “Variações monetárias e cambiais” e totalizaram R$ 57.950 no exercício findo em 31 de dezembro de 2011 (R$ 61.875 em 2010).

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26. COMPROMISSOS DE LONGO PRAZO

(a) Contratos Take or Pay

A Companhia firmou contratos de longo prazo de Take or Pay com fornecedores de energia, transporte, óleo diesel, produ-tos químicos e gás natural por um período médio de 9,81 anos. Os contratos prevêem cláusulas de rescisão e suspensão de fornecimento por motivos de descumprimento de obrigações essenciais. As obrigações contratuais assumidas em 31 de dezembro de 2011 representam R$ 301.117 por ano (R$ 272.595 em 31 de dezembro de 2010).

(b) Garantias em operações de compror

A Companhia é garantidora de operações de compror realizadas por alguns de seus clientes no Brasil, cujo montante garantido em 31 de dezembro de 2011 totalizava R$ 84.376 (R$ 217.389 em 31 de dezembro de 2010). Essas garantias possuem valor de mercado não material em função destes não possuírem histórico de inadimplência e, portanto, não há nenhum valor registrado.

(c) Aquisição da Ripasa ou Conpacel

Em 10 de novembro de 2004, a VCP e a Suzano Bahia Sul Papel e Celulose S.A. (a seguir denominada “Suzano”) firma-ram um acordo para a aquisição do controle acionário da Ripasa S.A. Celulose e Papel (a seguir denominada “Ripasa”). Após tal contrato inicial, foi firmado pela Companhia um Instrumento de Opção de Compra e Venda de 1.302.810 ações ordinárias e 4.121.773 ações preferenciais da Ripasa de propriedade de parte de seus ex-acionistas controladores. Após diversas reestruturações societárias e considerando a parte que cabe à Fibria, até março de 2010 remanesceram 309.451 ações vinculadas a tal direito de venda. Em 23 de março de 2010, os acionistas notificaram a Fibria pleiteando o exercício de suas opções de venda. O valor desta operação foi de R$ 43.012, cujo pagamento ocorreu em 10 de maio de 2010. A parcela de R$ 33.423 relativa à atualização monetária foi registrada na rubrica “Despesas financeiras” e o valor de R$ 9.589, relativo ao valor de mercado das ações, foi contabilizado na conta “Ações em tesouraria”, no patrimônio líquido, e ficarão em tesouraria até seu cancelamento.

Em 2008, a Fibria e a Suzano requereram à CVM autorização prévia para proceder à aquisição de ações de sua emissão e pagamento de valor a título de transação com finalidade de prevenir litígio, uma vez que a compra dar-se-ia a preços de mercado que são inferiores ao preço contratualmente ajustado. Em 5 de junho de 2008, o Colegiado da CVM autorizou a aquisição das ações objeto do exercício de opção a preços de mercado e não se manifestou contrariamente ao pagamento do valor transacionado.

27. PATRIMÔNIO LÍQUIDO

(a) Capital social

O capital social em 31 de dezembro de 2011 e 2010, totalmente subscrito e integralizado, é representado por 467.934.646 ações ordinárias nominativas sem valor nominal e o autorizado é de 529.624.961 ações ordinárias nominativas sem valor nominal.

(b) Dividendos e juros sobre capital próprio

O estatuto da Companhia assegura um dividendo mínimo anual correspondente a 25% do lucro líquido, ajustado pelas movimentações patrimoniais das reservas, conforme preconizado pela legislação societária.

Não foram propostos dividendos para o exercício findo em 31 de dezembro de 2011 em função do prejuízo apurado no exercício.

(c) Reserva de lucros

A reserva legal é constituída mediante apropriação de 5% do lucro líquido do exercício. A reserva para investimento, que corresponde ao lucro remanescente, após a destinação para reserva legal, visa principalmente atender aos planos de in-vestimentos previstos em orçamento de capital, processos de modernização e manutenção das fábricas, aprovados pelos Conselhos Fiscal e de Administração.

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28. BENEFÍCIOS A EMPREGADOS

(a) Programa de remuneração variável

A Companhia e suas controladas dispõem de um programa de remuneração variável para seus funcionários, vinculada ao seu plano de ação e ao alcance de objetivos específicos de acordo com a geração de caixa, os quais são estabelecidos e acordados no começo de cada ano. O montante registrado como despesa no exercício encerrado em 2011 R$ 64.597 (R$ 50.185 em 31 de dezembro 2010).

(b) Plano de previdência privada de contribuição definida

Em 2000, a Companhia aderiu à Fundação Senador José Ermírio de Moraes (FUNSEJEM), entidade de previdência com-plementar sem fins lucrativos, que atende a empregados de empresas do Grupo Votorantim. Nos termos do regulamento do plano de benefícios, as contribuições da Companhia à FUNSEJEM acompanham as contribuições dos empregados, podendo variar de 0,5% a 6% do salário nominal. As contribuições realizadas pela Companhia no exercício encerrado em 2011 totalizaram R$ 8.835 (R$ 6.936 em 31 de dezembro de 2010).

(c) Plano de assistência médica aos aposentados

A Companhia firmou um acordo com o Sindicato da Indústria de Papel, Celulose e Pasta de Madeira para Papel do Estado de São Paulo, assegurando o custeio de assistência médica (SEPACO) de forma permanente para os seus funcionários, para os seus dependentes, até que estes completem a maioridade, e para os seus cônjuges, de forma vitalícia.

A política da Companhia define que o custo do benefício será alocado durante a carreira ativa do empregado, no período entre a data de admissão na Companhia e a data em que o empregado atinge a elegibilidade ao recebimento do benefício de assistência médica.

O pronunciamento técnico CPC 33 - “Benefícios a Empregados” requer que a entidade determine o valor presente das obrigações de benefícios definidos e o valor de mercado dos ativos dos planos ao final de cada período de reporte. O valor justo desse passivo é calculado por empresa especializada no final do exercício. O montante registrado no resultado do exercício encerrado em 31 de dezembro de 2011 como despesa foi de R$ 1.274 (R$ 694 em 31 de dezembro de 2010).

Os métodos atuariais adotados atendem às práticas contábeis vigentes, seguindo as hipóteses econômicas e biométricas, conforme demonstrado:

Premissas atuariais ______________________ 2011 2010 ________ _________Taxa de desconto real - %.................................................................................................. 5,5 6,75Taxa real de crescimento nominal dos custos médicos - %............................................... 3,0 3,0Taxa de aumento de utilização da assistência médica - % ................................................ 3,0 3,0Inflação de longo prazo - % ................................................................................................ 4,25 4,25Tábua biométrica de mortalidade geral .............................................................................. AT-83 AT-83Tábua biométrica de mortalidade de inválidos ................................................................... IAPB 57 IAPB 57

Com base no relatório do atuário independente, a posição do passivo atuarial na data de encerramento dos balanços era a seguinte:

2011 2010 ________ _________Reconciliação do passivo Valor presente das obrigações atuariais .......................................................................... 51.504 69.469Custo do serviço corrente Juros sobre as obrigações atuariais ................................................................................. 5.960 7.747 Benefícios pagos .............................................................................................................. (3.261) (4.256) (Ganho) e perdas reconhecidos no resultado .................................................................. 1.512 (2.797) ________ _________Saldo das obrigações atuariais .......................................................................................... 55.715 70.163 ________ _________ ________ _________

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O saldo em 31 de dezembro de 2011, quando comparado com 2010, sofreu uma redução relevante em função de parcela deste passivo ter sido transferida para o acervo líquido cindido de Piracicaba quando da alienação desta unidade. O saldo destas obrigações foi incluído na rubrica “Demais contas a pagar”, no passivo não circulante.

(d) Composição dos gastos com benefícios a empregados

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Salários, encargos e benefícios de curto prazo ...................... 324.109 334.540 470.376 449.950Fundo de garantia e indenizações de rescisão ....................... 27.420 33.273 37.010 41.809Custos previdenciários (INSS) ................................................ 62.238 62.855 88.224 94.329Outros benefícios .................................................................... 14.163 7.668 18.007 9.738 _________ _________ _________ _________ 427.930 438.336 613.617 595.826 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

29. PROGRAMA DE REMUNERAÇÃO BASEADO EM AÇÕES - PHANTOM STOCK OPTIONS (PSO)

Em 28 de abril de 2010, o Conselho de Administração aprovou o programa de incentivo de longo prazo, que consiste no plano para outorga de Phantom Stock Options (PSO) que tem por objetivo integrar executivos no processo de desenvol-vimento da Companhia a médio e longo prazos, facultando participarem das valorizações das ações da Companhia. Em 2011 não houve qualquer outorga de opções.

O programa é baseado no conceito de PSO, que consiste em uma premiação em dinheiro baseada na valorização da ação da Companhia, em relação a um preço de exercício preestabelecido pelo programa em um prazo predeterminado. O plano não prevê negociação efetiva (compra e venda) das ações. São elegíveis ao plano o diretor-presidente e diretores executivos da Companhia.

A cada outorga, o executivo elegível recebe uma quantidade de PSO definida com base em uma premiação-alvo e na expectativa de valorização da Companhia. A meta de valorização das ações da Companhia é estabelecida pelo Conselho de Administração e o número de PSO outorgadas será calculado de tal forma que, se atingida a meta de valorização, a premiação resultante será igual ao valor-alvo.

As PSO somente poderão ser exercidas se respeitados o prazo de carência (vesting) de três anos, a partir da data de outorga estabelecida nos contratos e possuem prazo máximo de exercício de cinco anos, quando vencem. Excepcional-mente, a primeira outorga denominada Programa 2009 possui período de carência escalonado.

O preço de exercício das opções é calculado pelo preço médio dos últimos seis meses do preço de fechamento das ações FIBR3. Para os Programas de 2009 e 2010 foi utilizado o preço de exercício de R$ 27,55, obtido segundo os critérios de valorização estabelecidos pelo Conselho de Administração.

Em agosto de 2010 foram outorgadas opções conforme a seguir, denominadas Programas 2009 e 2010:

Programa 2010 _______________________________________________________________________________

Período de vesting Direito ao exercício Opções Preço de exercício_______________________________________________________ _____________________________ __________ _______________________

36 meses ............................................................. 28 de agosto de 2013 223.207 27,55

Programa 2009 _______________________________________________________________________________

Período de vesting Direito ao exercício Opções Preço de exercício_______________________________________________________ _____________________________ __________ _______________________

Não há ................................................................. 27 de agosto de 2010 52.215 27,55Quatro meses ...................................................... 26 de dezembro de 2010 52.215 27,5514 meses ............................................................. 27 de outubro de 2011 52.214 27,55 _______ 156.644 _______ _______

Premissas e cálculo do valor justo das opções outorgadas

A precificação das opções foi realizada com base no modelo Binomial Trinomial Trees (BTT) devido à facilidade de imple-mentação, de validação e inclusão das peculiaridades do programa. Este modelo é uma aproximação numérica da me-todologia risk-neutral ou martingales e é muito utilizado na precificação de instrumentos que não podem possuir fórmulas fechadas de precificação.

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Para determinação desse valor foram utilizadas as seguintes premissas econômicas. Cabe ressaltar que em função da desvalorização das ações FIBR3 ao longo de 2011, o valor justo das opções em 31 de dezembro de 2011 foi zero:

Programa _________________________ 2011 2010 ___________ _________Volatilidade do preço da ação (i) - %............................................................................. 10,00 5,72Taxa de retorno livre de risco (ii) - %............................................................................. 10,00 a 11,55 10,6 a 11,7Preço médio das ações (média seis meses anteriores) ................................................ 14,78 31,33Preço de exercício das opções ..................................................................................... 27,55 27,55Prazo médio ponderado de vida da opção (meses) ...................................................... 31,96 56,37Valor justo da opção resultante do modelo (média) ...................................................... - 1,96

(i) Baseado na volatilidade diária para um período de seis meses.

(ii) Foi utilizada a curva da taxa de juros pré-fixada DI (Brasil) na data da mensuração.

A Companhia efetuará a liquidação desse plano de benefícios aos executivos, em dinheiro, quando do exercício das opções.

As variações nas quantidades de opções de compra de ações e seus correspondentes preços médios ponderados do exercício estão apresentadas a seguir:

Quantidade de opções ______________________________________________________________________

Preço médio ponderado de 2011 2010 exercício por ação em reais __________ __________ __________________________________

Em aberto no início do exercício .................................... 379.851Outorgadas durante o exercício ..................................... 379.851 27,55Em aberto no final do exercício ...................................... 379.851 379.851 27,55Opções exercíveis no final do exercício ......................... 156.644 52.215 27,55

O prazo médio ponderado remanescente para exercício das opções em aberto em 31 de dezembro de 2011 é de 12 meses (20 meses em 31 dezembro de 2010).

No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, houve reversão de despesa totalizando R$ 366 (R$ 366 de despesa apropriada em 2010), contabilizada no resultado na rubrica “Despesas gerais e administrativas” e o passivo, registrado na rubrica “Outras contas a pagar”.

30. RECEITA LÍQUIDA

Demonstramos a seguir a reconciliação da receita bruta e a receita líquida individual e consolidada para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Receita bruta de vendas.......................................................... 3.848.607 4.167.450 6.861.041 7.785.155Impostos sobre as vendas....................................................... (185.778) (388.349) (245.759) (421.701)Devoluções e abatimentos (*) ................................................. (9.490) (15.287) (760.982) (1.080.067) _________ _________ _________ _________ 3.653.339 3.763.814 5.854.300 6.283.387 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(*) Representados substancialmente por descontos de perfomance para clientes no exterior.

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31. RESULTADO FINANCEIRO

O resultado financeiro individual e consolidado para os exercícios findos em 31 de dezembro de 2011 e de 2010 são os seguintes:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Despesas financeiras Juros sobre empréstimos e financiamentos .......................... (477.254) (472.638) (660.084) (732.314) Apropriação de juros - aquisição de ações Aracruz .............. (40.893) (288.701) (40.893) (288.701) Comissões sobre financiamentos .......................................... (33.638) (24.347) (84.866) (78.997) Outras despesas financeiras ................................................. (60.485) (56.460) (87.162) (92.520) _________ _________ _________ _________ (612.270) (842.146) (873.005) (1.192.532) _________ _________ _________ _________Receitas financeiras Receita de aplicações financeiras ......................................... 151.184 161.950 180.377 252.101 Reversão de atualização monetária de passivo contingente (i) 73.409 73.409 Outras receitas financeiras .................................................... 19.200 19.556 36.623 48.916 _________ _________ _________ _________ 170.384 254.915 217.000 374.426 _________ _________ _________ _________ Ganhos (perdas) com instrumentos financeiros derivativos, líquido .................................................................................. (276.877) 152.373 (276.877) 152.284 _________ _________ _________ _________Variações monetárias e cambiais Empréstimos e financiamentos .............................................. (1.032.813) 136.848 (1.036.274) 331.098 Outros ativos e passivos........................................................ 44.004 176.876 100.485 (29.494) _________ _________ _________ _________ (988.809) 313.724 (935.789) 301.604 _________ _________ _________ _________ Resultado financeiro líquido .................................................. (1.707.572) (121.134) (1.868.671) (364.218) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(i) Reversão de atualização do processo contingente de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido das receitas de expor-tação relativo ao ano de 2003.

32. DESPESAS POR NATUREZA

As despesas alocadas ao custo dos produtos vendidos, vendas e administrativas para os exercícios findos em 31 de de-zembro de 2011 e de 2010 são as seguintes:

Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Custo dos produtos vendidos Depreciação, exaustão e amortização .................................... 1.195.248 1.054.321 1.803.374 1.606.970 Fretes..................................................................................... 289.282 252.308 513.608 514.968 Benefícios a empregados ...................................................... 337.882 327.757 473.426 468.796 Custos variáveis (matérias-primas e materiais de consumo) 1.693.734 1.777.836 2.333.861 2.103.925 _________ _________ _________ _________ 3.516.146 3.412.222 5.124.269 4.694.659 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Despesas com vendas Benefícios a empregados ...................................................... 9.918 14.177 18.564 19.096 Despesas de comercialização (i) ........................................... 82.657 98.473 239.787 220.512 Arrendamentos operacionais ................................................. 257 2.219 907 2.260 Depreciações e amortizações ............................................... 1.031 641 11.779 2.620 Provisão para deterioração de créditos a receber (Nota 12) . 22.237 24.950 22.237 27.047 Outros .................................................................................... 2.211 6.438 1.654 9.893 _________ _________ _________ _________ 118.311 146.898 294.928 281.428 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________Despesas administrativas Benefícios a empregados ...................................................... 80.172 83.007 121.627 116.703 Serviços de terceiros (ii) ........................................................ 95.041 121.322 141.104 128.489 Provisões para contingências ................................................ 189 10.691 (411) 11.573 Depreciações e amortizações ............................................... 15.626 6.089 23.674 7.115 Doações e patrocínios ........................................................... 5.858 10.302 7.617 10.316 Outras .................................................................................... 14.497 35.911 16.814 38.120 _________ _________ _________ _________ 211.383 267.322 310.425 312.316 _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

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Controladora Consolidado ____________________ ____________________ 2011 2010 2011 2010 _________ _________ _________ _________Outras receitas e despesas operacionais Amortização de mais valia de ativos ..................................... (23.197) (65.974) (23.197) (83.123) Variação do valor justo dos ativos biológicos ........................ 1.322 13.082 145.884 92.319 Ganho de capital - Alienação Piracicaba ............................... 175.654 175.654 Provisão para perdas - recebíveis oriundos da venda de investimentos .................................................................. (30.844) (30.844) Outros .................................................................................... (34.782) 44.996 (14.102) (16.695) _________ _________ _________ _________ 88.153 (7.896) 253.395 (7.499) _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________ _________

(i) Contemplam gastos com manuseios de mercadoria, despesas de terminais, comissões e outros.

(ii) Contemplam honorários advocatícios, consultorias, auditorias, serviços administrativos e outros.

33. COBERTURA DE SEGUROS

A Fibria mantém cobertura de seguro para risco operacional com limite máximo para indenização de R$ 3.150.000. Adicio-nalmente mantém cobertura de seguro de responsabilidade civil geral no montante de US$ 25 milhões, correspondentes a R$ 46.895 em 31 de dezembro de 2011. A Administração da Companhia considera esse valor suficiente para cobrir pos-síveis riscos de responsabilidades, sinistros com seus ativos e lucros cessantes.

A Fibria não tem seguro para suas florestas. Visando minimizar o risco de incêndio, são mantidos, pela brigada interna de incêndio, um sistema de torres de observações e uma frota de caminhões. A Companhia não apresenta histórico de perdas relevantes com incêndio de florestas.

A Companhia dispõe de apólice de seguro de transporte nacional e internacional (importações e exportações) com vigên-cia até 31 de janeiro de 2012, com renovação prevista para um período de 12 meses.

Além das coberturas anteriores, A Fibria mantém em vigor as apólices de responsabilidade civil dos executivos e diretores em montantes considerados adequados pela administração.

As premissas de riscos adotadas e suas respectivas coberturas, dada a sua natureza, não fazem parte do escopo da au-ditoria das demonstrações financeiras, consequentemente não foram examinadas por nossos auditores independentes.

34. INFORMAÇÃO POR SEGMENTO

Como resultado da venda das atividades de papel, a partir do exercício findo em 31 de dezembro de 2011, a Fibria tem um único segmento representativo de negócio relativo à venda de celulose no mercado mundial. Em 31 de dezembro de 2010 foi apresentada nota explicativa sobre segmentação segregando 2 tipos de segmento - celulose e papel - contudo, com a alienação das unidades CONPACEL, KSR e Piracicaba, conforme mencionado na Nota 1(d), a Fibria passou a ter um único segmento de reporte: celulose.

Apresentamos a seguir, as informações requeridas pelo CPC 22/IFRS 8 relativas aos produtos e serviços, áreas geográ-ficas e principais clientes.

(a) Informações sobre produtos e serviços

Consolidado _______________________Tipo de produto 2011 2010 _________ _________ Celulose ...................................................................................................................... 5.530.178 5.910.208 Papel........................................................................................................................... 324.122 373.179 _________ _________ 5.854.300 6.283.387 _________ _________ _________ _________

(b) Informações sobre áreas geográficas

As áreas geográficas são determinadas baseadas na localização dos clientes. As receitas líquidas da Companhia classifi-cadas por área geográfica podem ser demonstradas como segue:

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Consolidado _______________________ 2011 2010 _________ _________Europa .......................................................................................................................... 2.343.284 2.430.720América do Norte.......................................................................................................... 1.395.009 1.622.256Ásia............................................................................................................................... 1.262.191 1.355.932Brasil e outros............................................................................................................... 853.816 874.479 _________ _________ 5.854.300 6.283.387 _________ _________ _________ _________

(c) Informações sobre os principais clientes

A Companhia possui dois clientes que individualmente representam mais que 10% da “Receita líquida de vendas”. No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, o montante de receita para estes clientes representou 29% (31% em 2010).

35. LUCRO POR AÇÃO

(a) Básico

O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas da Companhia pela quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas durante o período, excluindo as ações ordinárias compradas pela Compa-nhia e mantidas como ações em tesouraria. São reduzidos do lucro atribuído aos acionistas da controladora, quaisquer dividendos de ações preferencialistas e eventuais prêmios pagos na emissão de ações preferenciais durante o período.

Operações continuadas Operações descontinuadas ________________________ ________________________ 2011 2010 2011 2010 __________ __________ __________ __________Lucro (prejuízo) das operações atribuível aos acionistas da controladora ..................................... (1.113.277) 524.134 240.655 74.512 __________ __________ ___________ __________Quantidade média ponderada de ações ordinárias emitidas ................................................................. 467.591.824 467.720.762 467.591.824 467.720.762Lucro (prejuízo) básico por ação (em reais) ............ (2,38) 1,12 0,51 0,15 __________ __________ ___________ __________

(b) Diluído

A Companhia não possui dívida conversível em ações e opção de compra de ações, dessa forma, não apresenta ações ordinárias potenciais para fins de diluição.

36. CONTAS A PAGAR POR AQUISIÇÃO DA ARACRUZ

A aquisição da Aracruz ocorreu mediante assunção de passivo, a ser pago em parcelas semestrais, em janeiro e julho de cada ano, sem juros ou correções, que foram contabilizados ao valor presente, conforme demonstrado a seguir:

2011 2010 _________ _________Valor presente da obrigação assumida em janeiro de 2009 (descontada a 103% do CDI) - Famílias e Safra .......................................................................................... 4.687.971 4.687.971Valor presente da obrigação assumida em janeiro de 2009 (descontada a 103% do CDI) - acionistas ordinaristas remanescentes ....................................................... 215.692 215.692Pagamentos acumulados ............................................................................................. (5.704.987) (4.223.418)Apropriação de juros acumulada (AVP) ....................................................................... 801.324 760.431 ________ ________Saldos em 31 de dezembro.......................................................................................... 1.440.676 ________ ________Parcelas vincendas em Janeiro de 2011 .......................................................................................................... 855.118 Julho de 2011 ............................................................................................................. 585.558 ________Parcela circulante ......................................................................................................... 1.440.676 ________ ________

Em 1º de julho de 2011, houve a liquidação da parcela final, no montante de R$ 626.603, extinguindo essa obrigação.

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37. ATIVO NÃO CIRCULANTE MANTIDO PARA A VENDA E RESULTADO DE OPERAÇÕES DESCONTINUADAS

(a) Conpacel, KSR e Piracicaba

Conforme mencionado na Nota 1(d), as unidades geradoras de caixa denominadas Conpacel, KSR e Piracicaba foram alienadas em 2011. Os resultados das operações descontinuadas de Conpacel e KSR para os exercícios encerrados em 31 de dezembro de 2011 e 2010, são resumidos no quadro a seguir e foram apresentados em rubrica específica na de-monstração de resultados.

Os ativos líquidos da unidade Piracicaba atenderam a definição de ativos mantidos para a venda a partir do segundo tri-mestre de 2011. Os resultados auferidos pela unidade Piracicaba não foram apresentados como operação descontinuada por não atender os critérios de relevância para ser considerada uma operação descontinuada.

(i) Resultado das operações descontinuadas - Conpacel e KSR

2011 2010 ________ ________Receita líquida .............................................................................................................. 65.640 766.218Custo dos produtos ...................................................................................................... (41.648) (590.405) ________ ________Lucro bruto ................................................................................................................... 23.992 175.813Despesas comerciais e administrativas ....................................................................... (13.575) (62.987)Resultado financeiro ..................................................................................................... (106) 71Ganho de capital .......................................................................................................... 357.196Outras receitas e despesas operacionais .................................................................... (2.878) ________ ________Lucro antes do imposto de renda e contribuição social sobre o lucro líquido .............. 364.629 112.897 ________ ________Imposto de renda e contribuição social ........................................................................ (123.974) (38.385) ________ ________Lucro líquido das operações descontinuadas .............................................................. 240.655 74.512 ________ ________ ________ ________

(ii) Fluxos de caixa das operações descontinuadas - Conpacel e KSR

2011 2010 _________ ________Proveniente das operações .......................................................................................... 36.886 294.624Utilizados nas atividades de investimento .................................................................... 1.558.768 (78.492)Utilizados nas atividades de financiamento (*) ............................................................. (1.595.654) (216.132) _________ ________

(*) Em função do Consórcio operar com caixa centralizado de seus consorciados, as atividades de financiamento repre-sentam o repasse ao consorciado do fluxo de caixa gerado na operação, líquido de investimentos realizados durante o período.

(iii) Ativos e passivos de Conpacel e KSR em 2010

Conpacel

Ativo PassivoCirculante Circulante Estoques ....................................................... 41.373 Empréstimos e financiamentos ................... 22.420 Demais ativos ............................................... 4.164 Fornecedores .............................................. 14.637 Demais passivos ......................................... 13.403 __________ __________ 45.537 50.460 __________ __________Não circulante Ativos biológicos ........................................... 160.765 Passivo não circulante Ativo imobilizado ........................................... 406.448 Empréstimos e financiamentos ................... 15.311 Ativo intangível .............................................. 475.413 Outros passivos .......................................... 5.266 Demais ativos ............................................... 7.864 __________ __________ 1.050.490 20.577 __________ __________Total dos ativos .............................................. 1.096.027 Total dos passivos ....................................... 71.037 __________ __________ __________ __________

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KSR

Ativo PassivoCirculante Circulante Contas a receber .......................................... 52.324 Fornecedores .............................................. 18.942 Estoques ....................................................... 34.210 Salários e encargos .................................... 1.379 Demais contas a receber .............................. 4.043 Demais passivos ......................................... 4.568 __________ __________ 90.577 24.889 __________Não circulante Impostos a recuperar .................................... 2.885 Ativo imobilizado ........................................... 5.626 Demais ativos ............................................... 1.034 __________ 9.545 __________ __________Total dos ativos .............................................. 100.122 Total dos passivos ....................................... 24.889 __________ __________ __________ __________

(iv) Ganho de capital

Apresentamos a seguir o ganho de capital auferido no período, resultante da alienação destas UGCs:

Conpacel Ganho de e KSR (i) Piracicaba capital ________ _________ _________Valor de venda ............................................................................... 1.508.768 567.375 2.076.143(-) Custo dos ativos líquidos baixados Ativos imobilizados e biológicos ................................................... (588.946) (291.578) (880.524) Goodwill ........................................................................................ (475.413) (475.413) Estoques ....................................................................................... (84.055) (90.143) (174.198) Demais ativos e passivos ............................................................. (3.158) (10.000) (13.158) ________ _________ _________(=) Ganho de capital bruto .............................................................. 357.196 175.654 532.850 ________ _________ _________(-) Despesa de imposto de renda e contribuição social ................. (121.447) (59.722) (181.169) ________ _________ _________(=) Ganho de capital líquido ........................................................... 235.749 115.932 351.681 ________ _________ _________ ________ _________ _________

(i) O ganho de capital foi reconhecido na rubrica “Lucro líquido do exercício proveniente de operações descontinuadas”.

(b) Projeto Losango

Em 30 de junho de 2011, a Administração, baseada em sua decisão e levando em consideração o andamento dos pro-gramas para localizar um comprador e concluir a venda dos ativos do Projeto Losango, classificou esses ativos como mantidos para a venda.

O referido projeto está em condições para a venda imediata e a administração espera que a venda seja concluída em um prazo inferior a seis meses.

O Projeto Losango está representado substancialmente por terras e florestas em Capão do Leão, no estado do Rio Gran-de do Sul, com área florestal própria aproximada de 107 mil hectares. Em 31 de dezembro de 2011, os ativos do projeto podem ser resumidos a seguir:

AtivoNão circulante Ativos biológicos ............................................................................................................................................. 269.918 Ativo imobilizado ............................................................................................................................................. 341.784 Adiantamento a fornecedores (programa de fomento florestal) ..................................................................... 32.433 Demais ativos ................................................................................................................................................. 31 ________Total dos ativos ................................................................................................................................................ 644.166 ________ ________

O Projeto Losango não possui operações.

O valor contábil desse acervo líquido foi comparado com os valores justos menos a despesa de vender e não houve a necessidade de registro de perda por impairment.

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(c) Obrigações remanescentes das unidades alienadas

Em decorrência das alienações dos ativos Conpacel, KSR e Piracicaba, a Companhia assumiu certos compromissos de indenização por perdas e/ou contingências, caso venham a ocorrer, conforme disposto nos respectivos contratos de com-pra e venda, os quais determinam inclusive limites, prazos e procedimentos aplicáveis.

38. TESTES PARA VERIFICAÇÃO DE IMPAIRMENT

No exercício findo em 31 de dezembro de 2011, conforme a prática contábil descrita na Nota 2.11(a), a Companhia realizou o teste anual de impairment da UGC Aracruz, conforme descrito no item (a) a seguir. Adicionalmente, conforme requerido pelos parágrafos 8 e 12 do CPC01/IAS 36, quando a Companhia possuir o valor contábil dos ativos líquidos superior a sua capitalização de mercado deve ser elaborada uma estimativa formal do valor recuperável dos demais ativos representa-tivos. Desta forma, conforme descrito no item (b) a seguir, realizamos o teste de impairment dos ativos relacionadas às fábricas de Jacareí - SP e Três Lagoas - MS.

(a) Unidade geradora de caixa com ágio alocado - Aracruz

A Companhia avaliou em 31 de dezembro de 2011 a recuperação do montante do ágio com base no seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa descontado para a Unidade Geradora de Caixa (UGC). O processo de estimativa do valor em uso envolve a utilização de premissas, julgamentos e estimativas sobre os fluxos de caixa futuros e representa a melhor estimativa da Companhia, tendo sido as referidas projeções aprovadas pela Administração. O teste de recuperação da UGC não identificou a necessidade de reconhecimento de perda.

O ágio foi alocado a um grupo de UGCs (Aracruz e Veracel), cujo montante em 31 de dezembro de 2011 e 2010 é de R$ 4.230.450.

Os fluxos de caixa foram descontados a valor presente através da aplicação da taxa determinada pelo Custo Médio Ponde-rado de Capitais (Weighted Average Cost of Capital (WACC)). Esta taxa considera diversos componentes do financiamen-to, dívida e capital próprio utilizados pela Companhia para financiar suas atividades. O custo do capital próprio da Fibria foi calculado pelo método CAPM (Capital Asset Pricing Model).

A projeção de fluxo de caixa contemplou o período de dez anos, sendo o montante resultante dessa projeção acrescido do valor residual calculado pela perpetuação do saldo de caixa no décimo ano, descontado ao valor presente pelo WACC e diminuído da expectativa de crescimento do PIB. Foi utilizado um período de dez anos em função da administração considerar que o impacto nos preços globais de celulose podem ser afetados por diversos fatores, cujos desdobramentos normalmente são superiores ao ciclo produtivo de sete anos.

As principais premissas utilizadas nos cálculos do valor em uso em 31 de dezembro de 2011, para a UGC, são as que seguem:

2011 _______________Taxa de câmbio minima e máxima no período.................................................................................. R$ 1,76 a R$ 1,99Margem bruta média ......................................................................................................................... 45,3%Taxa de desconto - WACC (bruta e líquida de créditos tributáveis).................................................. 8,5% - 7,9%

A administração determinou a margem bruta orçada com base no desempenho passado e em suas expectativas para o desenvolvimento do mercado. As taxas de crescimento médias ponderadas utilizadas são consistentes com as previsões incluídas nos relatórios do setor.

Conforme requerimentos adicionais de divulgação do CPC 01/IAS 36, parágrafo 134, a Companhia deve divulgar caso uma mudança razoavelmente possível em uma principal premissa, na qual a administração tiver baseado sua determina-ção do valor recuperável da unidade, puder fazer com que o valor contábil da unidade exceda seu valor recuperável. A alte-ração no valor dessa premissa deve incorporar quaisquer efeitos dessa mudança em outras variáveis utilizadas no cálculo.

A Administração acredita ser razoavelmente possível que alterações futuras no preço de celulose combinadas com os efeitos cambiais correlatos possam fazer com que o valor recuperável da UGC seja alterado.

Desta forma, para fins de sensibilidade, uma queda isolada de 1% no preço da celulose em reais em todo do período fluxo de caixa descontado faria com que o valor recuperável da UGC em 31 de dezembro 2011 se igualasse ao valor contábil. O valor recuperado da UGC para fins de testes de impairment excede o valor contábil em R$ 609 milhões.

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(b) Unidades Jacareí e Três Lagoas

A Companhia avaliou em 31 de dezembro de 2011 a recuperação do valor contábil dos ativos líquidos das UGCs Jacareí e Três Lagoas com base no seu valor em uso, utilizando o modelo de fluxo de caixa descontado. O processos de estimativa do valor em uso seguiu as mesmas premissas e julgamentos do modelo mencionado no item (a) anteriormente. O teste de recuperação destes ativos não resultou na necessidade de reconhecimento de perdas por redução ao valor recuperável.

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ARVELINO CASSARO - Contador - CRC: 1ES007400/O-4 S SP

Conselho de Administração

Diretoria

JOSÉ LUCIANO DUARTE PENIDOPresidente do Conselho de Administração

DEMAIS CONSELHEIROS

ALEXANDRE GONÇALVES SILVAALEXANDRE SILVA D’AMBRÓSIO

EDUARDO RATH FINGERLJOÃO CARVALHO DE MIRANDA

JOSÉ ARMANDO DE FIGUEIREDO CAMPOSRAUL CALFAT

WANG WEI CHANGJULIO CESAR MACIEL RAMUNDO

MARCELO STRUFALDI CASTELLIDiretor Presidente

FRANCISCO FERNANDES CAMPOS VALÉRIODiretor de Operações Industriais, Engenharia e Suprimentos

JOÃO ADALBERTO ELEK JUNIORDiretor de Relações com Investidores

JOÃO FELIPE CARSALADEDiretor Comercial e de Logística Internacional

LUIZ FERNANDO TORRES PINTODiretor de Desenvolvimento Humano e Organizacional

AIRES GALHARDODiretor Florestal

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Parecer do Conselho FiscalO Conselho Fiscal da FIBRIA CELULOSE S.A. (“Fibria” ou “Companhia”), em conformidade com as atribuições previstas

no art. 163 da Lei 6.404/76, em reunião realizada em 30 de janeiro de 2012 na sede da Companhia, examinou as

Demonstrações Financeiras Individuais (controladora) e Consolidada (Fibria e suas controladas) e as notas explicativas,

integrantes das mesmas, o Relatório Anual da Administração e os demais demonstrativos elaborados pela Companhia,

relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, bem como as propostas neles contidas, inclusive a proposta de

orçamento de capital para o exercício social de 2012. Com base nos exames efetuados, considerando, ainda, o parecer

dos auditores independentes, PricewaterhouseCoopers, datado de 01 de fevereiro de 2012, apresentado sem ressalvas,

bem como as informações e esclarecimentos prestados por representantes da Companhia no decorrer do exercício, os

membros do Conselho Fiscal abaixo assinados concluíram por unanimidade, em consonância com o disposto no art. 163

da Lei 6.404/76, opinar favoravelmente quanto ao encaminhamento dos referidos documentos e propostas para aprovação

da Assembleia Geral Ordinária do exercício de 2012.

São Paulo, 1º de fevereiro de 2012.

José Écio Pereira da Costa Junior

Presidente do Conselho

Eliane Aleixo Lustosa de Andrade

Conselheira

Maria Paula Soares Aranha

Conselheira

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Aos Administradores e AcionistasFibria Celulose S.A.

Examinamos as demonstrações financeiras individuais da Fibria Celulose S.A. (“Companhia” ou “Controladora”) que com-preendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Examinamos também as demonstrações financeiras consolidadas da Fibria Celulose S.A. e suas controladas (“Consolida-do”) que compreendem o balanço patrimonial consolidado em 31 de dezembro de 2011 e as respectivas demonstrações consolidadas do resultado, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, assim como o resumo das principais políticas contábeis e as demais notas explicativas.

Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras

A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dessas demonstrações financei-ras individuais de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil e dessas demonstrações financeiras consolidadas de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiras livres de distorção relevante, independente-mente se causada por fraude ou por erro.

Responsabilidade dos auditores independentes

Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa audito-ria, conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelo auditor e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.

Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e das divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou por erro.

Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresen-tação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui também a avaliação da adequação das políticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião.

Opinião sobre as demonstrações financeiras individuais

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras individuais acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fibria Celulose S.A. em 31 de dezembro de 2011, o desempe-nho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo nessa data, de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Opinião sobre as demonstrações financeiras consolidadas

Em nossa opinião, as demonstrações financeiras consolidadas acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Fibria Celulose S.A. e suas controladas em 31 de dezembro de 2011, o desempenho consolidado de suas operações e os seus fluxos de caixa consolidados para o exercício findo nessa data, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board (IASB) e as práticas contábeis adotadas no Brasil.

Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas

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Ênfase

Conforme descrito na Nota 2, as demonstrações financeiras individuais foram elaboradas de acordo com as práticas con-tábeis adotadas no Brasil. No caso da Fibria Celulose S.A., essas práticas diferem das IFRS, aplicável às demonstrações financeiras separadas, somente no que se refere à avaliação dos investimentos em controladas, coligadas e controladas em conjunto pelo método de equivalência patrimonial, uma vez que para fins de IFRS seria custo ou valor justo. Nossa opinião não está ressalvada em função desse assunto.

Outros assuntos

Informação suplementar - demonstrações do valor adicionado

Examinamos, também, as demonstrações individuais e consolidadas do valor adicionado (DVA), referentes ao exercício findo em 31 de dezembro de 2011, preparadas sob a responsabilidade da administração da Companhia, cuja apresen-tação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelas IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essas demonstrações foram submetidas aos mesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, estão adequadamente apresentadas, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto.

São Paulo, 1º de fevereiro de 2012

PricewaterhouseCoopers Carlos Eduardo Guaraná MendonçaAuditores Independentes ContadorCRC 2SP000160/O-5 CRC 1SP196994/O-2

Relatório dos Auditores Independentes sobre as demonstrações financeiras individuais e consolidadas