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    113Educar, Curitiba, n. 37, p. 113-127, maio/ago. 2010. Editora UFPR

    Polticas de formao de professores

    na universidade pblica: uma anlise de

    necessidades, entre o local e o global

    Teacher education policy in public

    universities: an analysis of the needs,

    between local and global

    Maria Amlia S. Zainko1

    RESUMO

    O presente texto busca trazer para o debate aspectos das polticas deformao em desenvolvimento nas universidades, bem como a inunciasignicativa no fazer acadmico, trazidas pelas tendncias internacionais.Destaca que o sculo XXI acentuou enormemente a importncia do con-texto mundial e as consequncias da mundializao sobre os processosde formao na educao superior, que no podem mais ser pensados nos

    limites das fronteiras nacionais. Analisa a poltica de expanso da educaosuperior colocada em prtica no Governo do Presidente Luis Incio Lulada Silva a partir de um conjunto de dados disponveis no Observatrioda Educao, mais especicamente no projeto Polticas de Formao doProfessor e a Qualidade da Educao Bsica, em desenvolvimento nombito do Programa de Ps-Graduao em Educao da UniversidadeFederal do Paran (UFPR). Os dados permitem a constatao de que aindaestamos longe de cumprir as metas preconizadas pelo Plano Nacional deEducao. Os dados do Censo da Educao Superior de 2007 apontam

    uma taxa de escolarizao bruta de 21,6% de alunos na faixa etria de18 a 24 anos e uma taxa liquida de 12,9%, quando a meta seria atingir a30% de escolarizao at o ano de 2011. O texto apresenta ainda as aesestratgicas que vem sendo desenvolvidas para minimizar os dcits etraz para o debate os desaos apresentados por estudiosos e dirigentes naConferncia Mundial de Educao Superior com especial nfase no papelque a formao dos professores assume no momento em que o paradigmade educao superior aponta para a necessidade de ir alm das palavras.Palavras-chave: Educao Superior; Formao de Professores; Polticasde Formao.

    1 Doutora em Educao. Professora/pesquisadora do Programa de Ps-Graduao emEducao - Universidade Federal do Paran, Brasil.

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    ABSTRACT

    The present text intends to discuss the teacher training issues being

    developed in universities, as well as the meaningful inuence in theacademic actions brought about by international trends. It stressesthat the XXI century greatly emphasized the importance of globalcontext and consequences ofglobalization on education processesin higher education, which can no longer be thought within the limitsof national borders. It analyzes the expansion policy of higher educa-tion put into practice in the government of President Luis Incio Lulada Silva from a set of available data in the Education Observatory,specically in the project Teacher Training Policies and Quality of

    Basic Education, being developed within the Graduation Programin Education at Universidade Federal do Paran (UFPR). The datalead to the conclusion that we are still far from achieving the goalsestablished by the National Education Plan. The 2007 data from theHigher Education Census indicates a gross enrollment ratio of 21.6%of students aged 18 to 24 and a net rate of 12.9% when the targetwould be to reach 30% by the year 2011. The text also presents thestrategic actions that have been developed to minimize the decitsand bring to the debate the challenges presented by scholars and

    leaders at the World Conference on Higher Education with specialemphasis on the role that teacher training takes at the time the highereducation paradigm points to the need of going beyond the words.Keywords: Higher Education; Teacher Training; Training Policies.

    Introduo

    A anlise das polticas de formao em desenvolvimento nas universidades,em especial nas universidades pblicas, requer a aceitao tcita de que tantona graduao, como na ps-graduao as tendncias internacionais exerceminuncia signicativa no fazer acadmico.

    O sculo XXI acentuou enormemente a importncia do contexto mundialde tal sorte que hoje os estudiosos das questes acadmicas destacam em seusestudos e investigaes as consequncias da mundializao sobre os proces-sos de formao na educao superior, que no podem mais ser pensados nos

    limites das fronteiras nacionais.

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    Os exemplos do movimento de reviso desencadeado na Europa a partir doProcesso de Bolonha implantado em 1999, e que ao completar 10 anos apresentareexes importantes sobre os resultados possveis na recongurao de siste-

    mas de educao superior com exigncias locais diferenciadas, e do ENLACEScomo perspectiva de construo de um espao comum latino-americano pararesponder as exigncias de uma educao superior que congregue necessidadesglobais com os desaos cotidianos dos problemas locais, do bem a dimensoda importncia da internacionalizao no papel a ser desempenhado pelas ins-tituies de educao superior.

    A verdade que, no obstante a enorme gama de estudos e os espaosde reexes nacionais e internacionais, a misso bsica da educao superiorpermanece vinculada a quatro objetivos principais:

    1- a produo de novos conhecimentos (funo de pesquisa);2- a formao de pessoal altamente qualicado (funo de ensino);3- a prestao de servios sociedade;4- a funo tica, que inclui a crtica social.Os debates que tm sido travados deixam claro que face ao avano da

    cincia e da tecnologia os representantes dos pases industrializados, de hmuito conscientes de que o saber, o conhecimento e a informao tornaram-seos elementos motores da sociedade mundial, buscam todas as formas de defesado acesso universal educao Superior.

    Mas, no h que confundir informao com conhecimento. Informao um conjunto de dados ao qual se tem acesso. O conhecimento pressupe umacapacidade crtica de aprendizagem, que permite a transformao do arquivo deinformaes em conhecimento til, e com capacidade de gerar a transformao.

    Na rea poltica, esta distino essencial para a tomada de decises ena rea econmica, a distino fundamental efetua-se entre quem concebe osprodutos industriais o que de longe o mais importante- e sua produo. Aconcepo diretamente ligada pesquisa e ao desenvolvimento baseado sobrea cincia e a codicao do saber terico, enquanto que a produo o muito

    menos. Quanto mais tecnologia agregada tem um produto, maior o seu preo,mais empregos so gerados na sua fabricao. Por isto, os pases ricos investemna pesquisa cientca e tecnolgica.

    evidente que para atingir um estado de maior desenvolvimento end-geno, autossustentvel, humano ou apenas para ser independente, os pasesem desenvolvimento, em particular os da Amrica Latina, necessitam de maisconhecimento, de maistecnologia.O conhecimento produzido basicamentenas universidadesequem desenvolve tecnologias so os cidados formados nosestabelecimentos de ensino superior, os cientistas, os engenheiros, os pesquisa-

    dores, os cientistas sociais e os educadores.

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    Polticas de formao na Universidade Pblica

    Assim a nova poltica de formao nas universidades e em especial nasuniversidades pblicas que so as que tm um compromisso inarredvel como atendimento maioria da populao, no pode prescindir de dois elementosfundamentais: a qualidade e a pertinncia.

    Qualidade e pertinncia so conceitos interligados e esse ltimo devemedir-se pela adequao entre o que fazem os estabelecimentos de ensinosuperior e o que espera deles a sociedade.

    Neste marco, a pertinncia, a participao na busca de soluo aos grandesproblemas da sociedade (erradicao da pobreza, da intolerncia, da violncia,

    do analfabetismo, da deteriorao do meio ambiente e das enfermidades), a in-tegrao com o mundo do trabalho, onde as necessidades das sociedades sejamconsideradas prioritrias e a contribuio ao desenvolvimento do conjunto dosistema educacional, so essenciais na ao dos estabelecimentos e dos sistemasde ensino superior.

    O contexto atual da reforma universitria brasileira e os projetos de ex-panso e reestruturao em desenvolvimento reetem os compromissos de umgoverno empenhado no redirecionamento das polticas sociais e, portanto, temnas suas instituies universitrias a base de sustentao para o cumprimento damais fundamental misso da sociedade contempornea, qual seja o combate asmais perversas doenas sociais do nosso tempo: a marginalizao e a exclusosociais.

    Neste sentido, fundamental que a nova universidade tenha comocompromisso fazer com que a Educao Superior, tendo a pesquisa como seuprincpio educativo, seja parte integrante e ativa do desenvolvimento cultural,socioeconmico e ecologicamente sustentvel das pessoas, das comunidadese das naes.

    Uma Universidade de incluso social deve participar de maneira decididada melhoria qualitativa de todos os nveis do sistema educativo, principalmenteno que tange: a formao com atualizao docente; a transformao dos alunosem agentes ativos de sua prpria formao; a promoo da pesquisa socioedu-cativa e a elaborao de polticas pblicas no campo da Educao em geral, aincludos: o ensino fundamental e mdio.

    Com uma proposta marcadamente comprometida com a incluso social,as polticas sociais do atual governo, no campo da educao superior, buscamatender, entre outros, o princpio da internacionalidade e interatividade, segundo

    o qualas universidades e as instituies de educao superior devero manter co-

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    laborao permanente com outras similares nacionais, internacionais e institutosde pesquisa, no ensino, na pesquisa e extenso, em distintos projetos de interessecomum, conciliando o carter universal da cincia e dos valores fundamentais

    da humanidade com as caractersticas e necessidades locais ou regionais.No momento em que a Educao Superior sofre as inuncias do processode globalizao da economia e da consequente queda das fronteiras do conhe-cimento, mais e mais espaos se abrem para os intercmbios de conhecimentosseja ao nvel do processo de formao em nvel de graduao, seja ao nvel daps-graduao.

    O estreitamento das relaes culturais intra e inter-pases tm se consti-tudo em um elemento favorecedor da mobilidade acadmica e da qualidadedo processo de formao.

    Por isso, hoje de fundamental importncia que na aplicao de DiretrizesCurriculares e na reviso dos projetos pedaggicos dos cursos, as possibilidadesde intercmbios sejam consideradas como elementos inerentes ao processode aprendizagem de alunos e professores. , portanto, uma ao que no seesgota apenas nas relaes diplomticas e nos tratados de amizade entre ospovos, mas na discusso e na atualizao dos processos de formao em nvelsuperior. Essa prtica estabelecer novas bases para a normalizao da EducaoSuperior no Pas.

    O documento base proposto Pelo Conselho Nacional de Educao CNE

    em Frum Nacional da Educao Superior realizado para ouvir a comunidadeacadmica e para discutir a participao do Brasil na Conferncia Mundial deEducao Superior, realizada em Paris no perodo 5 a 8 de julho de 2009, enfa-tizava a necessidade de ampliao do acesso educao superior e preconizavauma universidade comprometida com a incluso social.

    Uma incluso social decorrente de um forte esforo de expanso da oferta ede um explcito compromisso da Universidade com o desenvolvimento de aesarmativas, polticas de avaliao e busca incessante da qualidade acadmica.

    A melhoria da qualidade da educao superior, a orientao da expanso

    da sua oferta, o aumento permanente da sua eccia institucional e efetividadeacadmica e social, e, especialmente, a promoo do aprofundamento doscompromissos e responsabilidades sociais das instituies de educao superior,fazem parte da proposta de avaliao institucional colocada em prtica segundoas orientaes do SINAES (PORTARIA MEC N. 2.051/04, art. 1).

    O SINAES nos leva a conduzir estudos que viabilizem um novo olharsobre a essncia de uma proposta de fazer universitrio como elemento de sus-tentao de uma poltica de qualidade e incluso social formulando estratgiasde ao que garantam as universidades como espaos pblicos de educao e

    (in) formao de cidados.

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    Uma Universidade com menos evaso e mais responsabilidade social porparte dos alunos, professores e servidores se apresenta como exigncia do tempopresente, quer seja pelo impacto da exploso do conhecimento nos processos

    formativos, quer seja pela necessidade da universidade repartir com a populaoque a criou e mantm os resultados de suas pesquisas e toda produo do conhe-cimento que se d nas salas de aulas e nos laboratrios, contribuindo assim demaneira decisiva para a resoluo dos problemas locais, regionais e nacionais.

    A Expanso da Educao Superior

    A poltica atual de expanso da educao superior no Brasil leva em contaas metas traadas no Plano Nacional de Educao PNE que estabelecemos compromissos de matricular 30% da populao da faixa etria apropriada,ou seja 18 a 24 anos, at 2011 e de ter 40% das matrculas em instituies deeducao superior feitas em instituies pblicas.

    Historicamente, e em especial nas ltimas quatro dcadas, a educaosuperior no Brasil passou por duas fases de forte expanso. A primeira delascoincidiu exatamente com o perodo militar. De 1964 a 1980, o nmero de ma-

    trculas nesse nvel de ensino aumentou quase dez vezes. Contraditoriamente,no perodo subseqente, de abertura poltica e redemocratizao do pas (1980-1995), o sistema apresentou um crescimento meramente vegetativo.

    Em 1980, havia 882 instituies de ensino superior no pas. Em 1995,apenas 12 instituies tinham se agregado ao sistema, contabilizando um mo-desto crescimento de 1.36% no perodo (MACEDO, 2005, p. 3).

    A segunda fase de forte expanso se iniciou a partir de 1996. Em umadcada (1996-2007), segundo dados do Censo da Educao Superior 2007,outras 1387 novas escolas de nvel superior foram criadas. O aumento do

    nmero de instituies desencadeou uma elevao do nmero de matrculas,que chegou a 4.880.381 alunos matriculados em 2007. Porm esse crescimentose deu majoritariamente na educao superior privada, de tal sorte que dessetotal 25,4% das matrculas so em instituies pblicas e 74,6% em instituiesprivadas. O ano de 1996, com a aprovao da Lei de Diretrizes e Bases daEducao e com a criao dos Centros Universitrios como uma nova formade organizao acadmica, inaugurou uma nova fase da histria da educaosuperior no Brasil. A partir desse ano o sistema privado comeou a se expandirnuma velocidade indita.

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    Temos, segundo dados do Censo da Educao Superior de 2007, umsistema em expanso, com 89% das Instituies privadas e conguradas comode pequeno porte, sendo 8% de Universidades e 92% de outras organizaes

    acadmicas, o que dene um sistema de educao superior diversicado, masno universitrio.Apesar do setor pblico (rede municipal, estadual e federal) ter ampliado

    consideravelmente o nmero de matrculas a partir de 1996, a grande contri-buio para a ampliao do sistema foi dada pela iniciativa privada. O esfororealizado pelas instituies federais para aumentar a oferta de vagas, a partir dasegunda metade da dcada de 1990, ocorreu a despeito da falta de investimentosdo Estado brasileiro na educao superior pblica.

    Com a proposta de fazer das metas do PNE uma realidade, o Governo Lula

    vem realizando desde 2003 um importante movimento de recuperao do ora-mento das universidades federais, e em 2007 deu incio a um vigoroso processode expanso, com a implantao de novas unidades acadmicas distribudaspor todo o territrio nacional, e a criao de 14 novas universidades, dentre asquais destacam-se a UNILA (Universidade de integrao latino-americana) aUNILAB (Universidade Luso- afro-brasileira) e a Universidade da FronteiraSul. Denominado de REUNI, (reestruturao das Universidades) o programa deexpanso em vigncia, em termos oramentrios, considerando-se os recursosdo Tesouro na dotao inicial de 2007, promoveu um aumento global de 31,5%

    em termos reais quando comparados execuo oramentria de 2002. Nesseperodo, o investimento nas universidades aumentou 905%, o custeio teve umaumento de 63,5%, e houve um acrscimo de 21,9% em pessoal. Por meio doREUNI o Ministrio da Educao rearma seu compromisso com a universidadepblica, gratuita e de qualidade.

    Com uma taxa de escolarizao bruta de 21,6% da populao na faixaetria de 18 a 24 anos e com uma taxa de escolarizao lquida de 12,9% hmuito ainda a ser feito para o alcance das metas do PNE.

    Por isso, no obstante sua oportunidade e pertinncia, a expanso do siste-

    ma pblico federal de educao superior deve estar associada a reestruturaesacadmicas e curriculares que proporcionem maior mobilidade estudantil, tra-jetrias de formao exveis, reduo das taxas de evaso, utilizao adequadados recursos humanos e materiais colocados disposio das universidadesfederais.

    Este movimento visa a consolidar e aperfeioar o sistema pblico de edu-cao superior, com destaque para a reviso de currculos e projetos acadmicosvisando a exibilizar e melhorar a qualidade da educao superior, bem comoproporcionar aos estudantes formao multi e interdisciplinares, humanista e

    com o desenvolvimento do esprito crtico.

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    neste sentido que ganha destaque a formao de professores e assistimosa um regresso da questo ao centro das preocupaes educativas, pois so elesos maiores responsveis pela transformao demandada pela educao superior.

    A formao dos professores entre o global e o local

    O educador portugus Antonio Nvoa ao discutir a formao de profes-sores assegura que:

    [...] os professores reaparecem, neste incio de sculo XXI, como elementosinsubstituveis no s na promoo das aprendizagens, mas tambm naconstruo de processos de incluso que respondam aos desaos dadiversidade e no desenvolvimento de mtodos apropriados de utilizaodas novas tecnologias ( NVOA, 2009, p. 24).

    Isto nos leva a reetir sobre a necessidade imediata da reviso da formao

    acadmica que se apresenta como um dos maiores desaos para a garantia daqualidade em uma universidade comprometida com a incluso social e com ainovao. Neste sentido acrescenta-se s tradicionais funes universitrias deensino, pesquisa e extenso a de incorporar nos projetos pedaggicos dos cursosa gesto do conhecimento como um desao ao processo de aperfeioamentoconstante da formao inicial e continuada dos prossionais que as IES colocama servio da sociedade.

    O conhecimento em ao, uma das caractersticas do nosso tempo, requerpara a manuteno de um processo permanente de aperfeioamento a utilizao

    de ferramentas que nos possibilitem estar em dia com as ltimas descobertas ecom a capacidade de transformar dados em informaes teis.A formao de todos os prossionais deve estar atenta a essas novas

    demandas e a formao de professores em especial no pode prescindir dessaperspectiva de aperfeioamento constante. A sistemtica atual da formao,no entanto, transforma isso em um grande desao. preciso estar sintonizadocom a necessidade de levar para os processos de formao dados da realidadee instrumentos ecazes de gerenciamento do conhecimento.

    A Gesto do conhecimento signica organizar e sistematizar, em todos

    os pontos de contato internos e externos, a capacidade individual e coletiva de

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    captar, gerar, criar, analisar, traduzir, transformar, modelar, armazenar, disse-minar, implantar e gerenciar a informao, tanto interna como externa. Essainformao deve ser transformada efetivamente em conhecimento e distribuda,

    tornando-se acessvel aos interessados.A gesto do conhecimento na formao dos professores um processosistemtico, articulado e intencional, de disseminao e apropriao de conheci-mento e tem o propsito de atingir a excelncia da formao e por consequnciaa qualidade da educao.

    A importncia especial que tem a escola como ambiente social nos pa-ses em desenvolvimento, a escassez de espaos pblicos de lazer e a cultura econvivncia social saudvel para crianas e jovens fazem recair sobre a escola,com grande frequncia, a responsabilidade de ser a nica referncia positiva de

    sociabilidade e formao para esse grupo. Esse fato traz vantagens e desaospara as escolas. Cabe a ns, portanto, perguntar no s que escola queremos,mas o que fazer de modo a contribuir para que ela cumpra o seu papel. E, evi-dentemente, que professor ns queremos para essa escola.

    No se trata aqui de fazer apologia construo de um projeto nico deformao, ignorando a diversidade e as especicidades de cada regio, estado ecomunidade. Ao contrrio, o que se espera que a escola, em cada local, assumacontornos prprios a partir do dilogo com a realidade em que est inserida. Aautonomia da escola para construir o seu projeto poltico-pedaggico deve ser

    mais do que respeitada, estimulada. E os educadores so os responsveis porelaborar e colocar em prtica esse projeto.

    Assumir tal responsabilidade implica tambm em exigir das institui-es formadoras o repensar de seus processos de formao, atualizando-os ecolocando-os em sintonia com as exigncias do desenvolvimento cientco etecnolgico e com as demandas da sociedade, j que investir na formao deprofessores essencial para que haja transformaes na escola.

    O processo formativo permanente dos professores, que inclui tanto a for-mao inicial como sua continuidade ao longo de toda a vida do prossional,

    no um m em si mesmo, mas um meio de contribuir para a melhoria daqualidade do ensino na escola.

    No Brasil, o propsito da Lei de Diretrizes e Bases da Educao (Art.62), ao exigir que os professores da educao bsica tenham formao de nvelsuperior embora admitindo o curso normal de nvel mdio para a educaoinfantil e os quatro anos iniciais do ensino fundamental o de melhorar aqualidade da educao oferecida aos cidados brasileiros. A ideia de formaoem nvel superior reforada pelo artigo 87 da mesma Lei, segundo o qual cabeaos Municpios, aos Estados e Unio realizar programas de capacitao para

    todos os professores em exerccio, utilizando tambm, para isso os recursos da

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    educao a distncia. A preocupao com a formao dos professores em nvelsuperior manifesta-se, ainda, no Plano Nacional de Educao, aprovado pelaLei n. 10.172/2001, que deniu como meta para o decnio contar com, pelo

    menos, 70% dos docentes em exerccio na educao bsica formados em nvelde graduao.Segundo Miranda e Salgado2, no obstante as diversas iniciativas do MEC

    na formulao de polticas pblicas no campo da educao presencial e nopresencial destinadas capacitao sistemtica de professores, para atender snecessidades do Pas, ainda existe elevado nmero de pessoas com formaoinsuciente atuando na educao bsica no Brasil. Por isso, o PLANFOR lan-ado em 2009 tem como compromisso fundamental atuar sobre os problemasde ausncia de formao e da formao inadequada em nvel superior.

    tambm uma forma de reduzir as diculdades no cumprimento das metasdo PNE e ao mesmo tempo responder aos desaos de promover a expansodo acesso educao superior, com a exibilizao dos modelos de formaovigentes, ao mesmo tempo que incentiva a elevao da qualidade e a avaliaonuma universidade comprometida com o desenvolvimento humano e social.

    Embora, como arma Cury (1997) se possa dizer, genericamente, queuma prosso se qualica por tudo que se promova em favor dela, precisodistinguir a formao de outros processos com igual horizonte.

    A qualicao uma relao social que envolve o coletivo e a relaoentre educao e trabalho. Como em toda prosso, essa relao possuiuma dimenso formativa inicial: aquela que possibilita a uma categoria oexerccio prossional. No caso dos docentes, a formao inicial completaem estabelecimentos regulares e credenciados uma licena que, por suavez, faz do seu portador, e s dele, algum capaz de ingressar nas redesde educao escolar dos sistemas de ensino. Portanto, a qualicaoimplica uma formao sistemtica, regular e regulamentada, que, quandoobtida em estabelecimentos escolares reconhecidos, gera um diploma ao

    seu portador. Ela tem um carter coletivo e institucional (CURY, 1997).

    Por melhor e mais avanado que seja um curso de formao acadmica,o professor, como qualquer prossional, no sai pronto da universidade, mastem necessidade de complementar, aprimorar e atualizar seus conhecimentos,na prtica. Na perspectiva da epistemologia contempornea, a prtica no

    2 Miranda, G e Salgado, M.U.C Proposta de Formao de Professores, Secretaria deEducao de Minas Gerais, Veredas, 2000.

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    constitui mero campo de aplicao da teoria aprendida na universidade, pois oconhecimento se produz tambm na prpria prtica.

    Assim, ainda conforme anlise de Miranda e Salgado, formao inicial e

    continuada fazem parte de um processo contnuo que forma o prossional daeducao e, ao mesmo tempo, a prosso de educador e a prpria escola. Ambasas dimenses - inicial e continuada apoiam-se em princpios e pressupostoscomuns, considerando o aluno/professor como sujeito, valorizando suas expe-rincias pessoais e seus saberes da prtica. Apoiam-se no trabalho coletivo ecompartilhado, mas isso no exclui, ao contrrio, exige o desenvolvimento e ocompromisso individual.

    Alm disso, no atual contexto de produo cada vez mais acelerada deconhecimentos cientcos, no se pode esquecer a importncia da atualizao

    permanente, de forma a democratizar o acesso de todos os prossionais aosprogressos do seu campo de trabalho.Assim, tomar a formao inicial docente em si, com suas precariedades e

    virtudes, como fonte para analisar, criticar, elogiar, avaliar enm a atuao dosdocentes em exerccio na educao bsica incorrer no erro lgico de tomaruma manifestao importante e signicativa como se ela fosse o todo. Logica-mente, qualquer avaliador sabe que a formao inicial a condio e o meiomais prximo e direto para o exerccio prossional em sala de aula. Portanto,ela deve ser a melhor possvel e a mais adequada ao perl dos estudantes de

    modo que o princpio do acesso e permanncia na escola dos estudantes seja omais universal e tambm o melhor.

    Entretanto, h autores, como Tardif, que defendem que os saberes nascidosdo fazer tambm tm de ser objeto de valorizao sistemtica, o que nem sempreacontece. O momento dessa valorizao implica uma iniciativa que possibiliteuma organizao mais clara e mais sistemtica que signique um momento deretomada e de reexo de experincias e questionamento de rotinas.

    A formao continuada permite, ento, que o professor v se apropriandocomo sujeito dos conhecimentos que ele mesmo gerou e que se torne um pro-

    fessor investigador que pode rever sua prtica, atribuir-lhe novos signicadose obter maior espao para a compreenso das mudanas que o atingem. Almdisso, os desaos atuais do mundo contemporneo implicam um conhecimentoterico-prtico de uma sociedade em que a sala de aula se projeta, por exemplopela rede mundial de computadores, para alm das quatro paredes.

    preciso lembrar que formao inicial sempre algo absolutamente indis-pensvel, j que a base de sustentao de um processo formativo continuado,capaz de articular essa formao inicial com as experincias prossionais, comos saberes advindos deste fazer e com os conhecimentos obtidos por cursos e

    programas presenciais ou virtuais.

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    Assim, a formao docente, para responder ao compromisso social deuma universidade que prima pela excelncia acadmica no ensino, na pesquisae na extenso, no pode deixar de enfrentar as urgncias prprias da sociedade

    atual (com seu formidvel entorno tecnolgico) e o inadivel resgate dos valo-res prprios do cidado e da participao da educao escolar nestes desaos.No pode tambm, como nos ensina Silva (2004), deixar de formar um

    professor com um entendimento radical do currculo como identidade e sub-jetividade, como possibilidade de problematizao da expresso vivencial dosprprios envolvidos no ato educativo. Ou seja: lev-lo a entender e promoveruma prtica pedaggica comprometida com o ser humano enquanto sujeitoscio-histrico, que leva para a sala de aula uma enorme riqueza de contedospropensos ao compartilhamento e ao dilogo com contedos j estabelecidos

    como curriculares. preciso, conforme (TARDIF, 2002, p. 23), repensar, agora, a formaopara o magistrio, levando em conta os saberes dos professores e as realidadesespeccas de seu trabalho cotidiano. Essa a ideia de base das reformas quevm sendo realizadas na formao dos professores em muitos pases nos lti-mos dez anos. Ela expressa a vontade de encontrar, nos cursos de formao deprofessores, uma nova articulao e um novo equilbrio entre os conhecimentosproduzidos pelas universidades a respeito do ensino e dos saberes desenvolvi-dos pelos professores em suas prticas cotidianas. At agora a formao para

    o magistrio esteve dominada, sobretudo, pelos conhecimentos disciplinares,conhecimentos esses geralmente produzidos em uma redoma de vidro, sem nemuma conexo com a ao prossional, devendo, em seguida, serem aplicados naprtica por meio de estgios ou de outras atividades de gnero. Atualmente essaviso disciplinar e aplicacionista da formao prossional no tem mais sentido,no somente no campo do ensino, mas tambm nos outros setores prossionais.

    Por isso, a proposta que vislumbramos para a Universidade e as instituiesde ensino superior brasileiras deve garantir caractersticas inovadoras e ousadasaos processos de formao nos quais estejam assegurados a qualidade social

    por meio do planejamento e avaliao das aes que se desenvolvem no interiorde IES socialmente comprometidas, o ensino superior como direito humano ebem pblico social,o entendimento das instituies de ensino superior, indepen-dentemente de suas dependncias administrativas como instituies pblicase a participao da comunidade interna e externa na construo de projetospolticos pedaggicos comprometidos com os interesses e as necessidades dascomunidades local, regional, nacional e internacional.

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