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A s oito páginas deste caderno especial com- põem o resultado de um esforço coletivo pela qualidade na educação. Ontem, ao longo de oito horas, estudantes do Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio, na Capital, percor- reram a escola em busca das informações e imagens pu- blicadas nesta edição. Na biblioteca, foi montada uma pequena redação de jor- nal. Papel e caneta na mão, 15 adolescentes saíram à ca- ta de boas notícias. Nas salas de aula, oficinas orientadas por profissionais do Grupo RBS, da Fundação Mauricio Sirotsky Sobrinho e de entidades parceiras mostravam a outros tantos alunos como se produz um jornal, uma foto- grafia, um programa de rádio, um blog e uma charge, en- tre outras atividades (DJ, dança, canto, grafite e palestras). O encontro de ontem fecha um ciclo de outras cinco ações organizadas ao longo dos últimos meses em Flo- rianópolis, Joinville e Blumenau, em Santa Catarina, e Caxias do Sul e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. To- das fazem parte da campanha A Educação Precisa de Respostas, promovida pelo Grupo RBS e pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho. ESFORÇO COLETIVO PELA EDUCAÇÃO DE QUALIDADE OFICINAS DO DIA PÁGINAS 3 a 6 PRESENÇA DOS PAIS PÁGINA 7 Confira vídeos da ação no Colégio Florinda Tubino Sampaio em precisamosderespostas.com.br ZERO HORA EDIÇÃO ESPECIAL REALIZAÇÃO PORTO ALEGRE, QUINTA-FEIRA, 6 DE DEZEMBRO DE 2012 FRANCO RODRIGUES,DIVULGAÇÃO/GRUPO RBS

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As oito páginas deste caderno especial com-põem o resultado de um esforço coletivo pela qualidade na educação. Ontem, ao longo de oito horas, estudantes do Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio, na Capital, percor-

reram a escola em busca das informações e imagens pu-blicadas nesta edição.

Na biblioteca, foi montada uma pequena redação de jor-nal. Papel e caneta na mão, 15 adolescentes saíram à ca-ta de boas notícias. Nas salas de aula, oficinas orientadas por profissionais do Grupo RBS, da Fundação Mauricio

Sirotsky Sobrinho e de entidades parceiras mostravam a outros tantos alunos como se produz um jornal, uma foto-grafia, um programa de rádio, um blog e uma charge, en-tre outras atividades (DJ, dança, canto, grafite e palestras).

O encontro de ontem fecha um ciclo de outras cinco ações organizadas ao longo dos últimos meses em Flo-rianópolis, Joinville e Blumenau, em Santa Catarina, e Caxias do Sul e Santa Maria, no Rio Grande do Sul. To-das fazem parte da campanha A Educação Precisa de Respostas, promovida pelo Grupo RBS e pela Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho.

esforço coletivo pela educação de qualidade

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Confira vídeos da ação no Colégio Florinda Tubino Sampaio em

precisamosderespostas.com.br

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a escolaColégio Estadual Florinda Tubino Sampaio

Desembarque em terreno fértil

P ráticas educacionais capazes de trans-formar a escola pública em referência na comunidade. Uma equipe de professo-res comprometidos. Pais participativos e uma direção sempre pronta para avançar

e garantir um ambiente propício para a formação dos alunos. Assim, o Colégio Estadual Florinda Tu-bino Sampaio imprimiu qualidade ao ensino e foi escolhido pela Fundação Maurício Sirotsky para o evento da campanha A Educação Precisa de Respos-tas, do Grupo RBS, na Capital.

A escola onde cerca de cem voluntários entre colaboradores do Grupo RBS e de entidades par-ceiras trabalharam nesta quarta-feira atende alu-nos de comunidades como Vila Jardim, Bom Jesus, Morro Santana, Jardim do Salso, Alto Petrópolis, Viamão e do bairro Petrópolis, onde está locali-zada. São pessoas que encontraram perto de casa uma escola pública e de qualidade. Um projeto que deveria ser natural para estudantes, professores e pais de qualquer parte do país.

Enfrentando problemas como qualquer outro estabelecimento de ensino, a Tubino busca res-postas para a educação com trabalho diferenciado. Entre os destaques, o corpo docente capacitado e engajado na comunidade e parcerias voltadas para o crescimento dos alunos.

Contato direto com a sala de aula

Lançada em agosto de 2012, a bandei-ra institucional A Educação Precisa de Respostas é uma grande campanha de mobilização da sociedade, liderada pelo Grupo RBS, para estimular a busca de

soluções que elevem a qualidade da Educação Bá-sica no país e, em especial, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina. Nos dois Estados, estão sen-do desenvolvidas ações de conscientização sobre a responsabilidade individual e coletiva que temos com a formação de nossas crianças e jovens.

Este caderno especial, que circula com as edi-ções de Zero Hora, é uma feliz amostra de que, em meio a tantas perguntas, também existem, no dia a dia das escolas, respostas capazes de fazer a diferença e de inspirar. Produzido por alunos do Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio, da Capital, e jornalistas dos veículos da RBS, é o re-gistro de um dia de valorização do ambiente es-colar e do prazer de aprender.

Ao compartilhar conhecimento, em 40 oficinas e palestras (realizadas em dois turnos), alunos, professores, direção da escola, pais, profissionais da RBS e parceiros de 12 instituições e empresas, todos voluntários, deram um valioso exemplo de que o salto de qualidade que a educação brasileira precisa depende da contribuição efetiva que cada um de nós pode dar à causa da educação.

Desde o mês de setembro, foram realizadas iniciativas semelhantes em escolas da rede públi-ca de seis cidades do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, sob a coordenação do Grupo RBS e da Fundação Maurício Sirotsky Sobrinho (FMSS). Os bons resultados dessas experiências nos entu-siasmam a continuar no próximo ano, quanto te-remos a segunda fase da campanha A Educação Precisa de Respostas e o lançamento de um prê-mio que irá valorizar boas práticas de professores e da comunidade. Até 2013!

ExpEdiEntE Quinze estudantes do Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio produziram os textos deste caderno especial:

Andressa Lemes Caetano, Bruna Machado Castro, Carla Queiroz Santos, Dalety Azevedo de Castro, Gabriela Duarte Ferreira, Ígor Ferreira Espíndola, Isadora da Silva Ruiz, Jonathan Vieira de Moura, Juan dos Santos Arcari, Karoline Rosana Viana Cardoso, Leticiane Pedroso Motta, Lohanne Piantá Rocha, Louise Veroneze Gigante, Melissa Hammel Pinheiro e Vitória da Silveira Santos

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Manoel

SoareS,32 anos, Comunicador

Profissionais orientaram oficina de jornal impresso que produziu textos deste caderno

e­scola do bairro petrópolis, em porto alegre, recebeu ação da campanha de educação

Alunos

1.023Professores

cerca de

45

Oficinas

17

O dia em números

Colaboradores do Grupo RBS

55 Instituições parceiras

12

“Participar de projetos como esse é plantar as sementes e passar a responsabilidade para os mais jovens.”

Palestras

3O evento de Porto Alegre foi realizado em parceria com

ESPM, professores Otavio Auler e Léia Cassol e suas equipes, Corsan, Totosinho, Via Vida – Pró-Doações e Transplantes, So-ciedade Psicanalítica de Porto Alegre, Vozes da Educação, Or-questra Jovem do RS, ONG Canta Brasil e LAN Cursos.

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De tanta gente, faltou espaço na sala. Então, todos para o pátio!

As oficinAs Porto Alegre

Ao comando de Alessandre Ávi-la e de outros três professores, membros do Projeto Canta Bra-sil, 60 alunos participaram da oficina de dança, que aconteceu

nos turnos da manhã e tarde. Pela manhã, a empolgação dos estudantes foi tão grande que uma sala de aula não foi o suficiente pa-ra comportar os candidatos a bailarinos. Por isso, eles realizaram a atividade na quadra esportiva do colégio, atraindo os olhares de quem passava pelo pátio.

Com a proposta principal de trabalhar com dois estilos musicais, jazz e hip hop, os professores foram bem sucedidos. Segundo os alunos, os professores souberam envolver e ter paciência para que todos soubessem a coreografia até ficar bonito de ver. O pessoal pareceu não querer parar mesmo depois de duas horas de oficina.

– Eles realmente sabem dança – disse a aluna Fabiana Germani, do 1º ano do Ensino Médio, que também faz aula de dança.

Priscila Corrêa dos Santos, uma das pro-fessoras envolvidas na oficina, disse que a educação dos alunos ajudou na hora de “ter paciência”, pois todos fizeram com boa vontade a atividade até o final.

– Eu não esperava por tanta procura – disse a professora Priscila, que parecia muito feliz e com a sensação de missão cumprida.

Coreografias da sala para o pátioDois estilos musicais botaram os alunos para se mexer: jazz e hip hop

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n Jornal Impresson Meu Livro Preferidon Vídeon Dançan Blogs e Redes Sociaisn Construção de Currículosn Chargen Fotografian Rádio n Origamin Finançasn Palestra “Professor e o

aluno do século 21”n Grafiten DJ (Capu)n Comunika Pah!n Palestra “Relação entre

Pais e Filhos: Como Impor Limites” (para pais)

n Empreendedorismon Contação de Históriasn Recreaçãon Palestra “O Dia a Dia do

Educador: O Desafio da Motivação” (para professores)

com a mão na massa

Fernanda Vasques, 14 anos, estudante

“Se pudesse, teria feito todas as oficinas, achei todas muito interessantes. Aprendi muitas atividades novas.”

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Ardá

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Yan nascimento, 15 anos, estudante “Apesar de não ser o meu estilo de música, me diverti muito na oficina de dança!”

dança

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MARIA APARECIDA51 anos, professora

“Esse projeto serviu de alerta para os alunos perceberem quanto a escola é qualificada.”

– A moral do cartoon não é o desenho, mas sim a graça da piada.

A frase ilustra a ideia de Alexandre Oliveira, 41 anos, cartunista do jornal Diário Gaúcho.

Há 12 anos no veículo do Grupo RBS, Alexandre foi convidado a instruir alunos do Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio em uma oficina de charge. Nela, Oliveira deu dicas aos alunos sobre como fazer os desenhos, desde o rascunho até o acabamento.

Acreditando que nada mais importante que o hu-mor para fazer uma boa charge, Alexandre coloca gra-ça nos assuntos cotidianos, como política e futebol.

humor e charge no cotidiano

A curiosidade pelo mundo da televisão levou dois grupos de alunos do Colégio Estadual Florin-da Tubino Sampaio a participarem da Oficina de Vídeo ministrada pelos profissionais da RBS TV.

O diretor de imagem Pedro Weber ensinou aos estudantes sobre os aspectos e as estruturas de uma transmissão ao vivo. Em outro momento, os alunos percorreram toda a área do colégio a fim de produzir um videoclipe no qual os participan-tes da oficina captaram as imagens, exploraram o ambiente escolar e foram repórteres por um dia, em frente e atrás das câmeras.

Na avaliação do aluno Eduardo Dorneles, do 3º ano do Ensino Médio, a oficina ofereceu diversas visões sobre o mundo da televisão e mostrou o motivo pelo qual os profissionais se interessaram pela faculdade de Jornalismo.

repórter por um dia

Não tenha medo de postar.A frase de Paula Minozzo, 24 anos, blogueira e re-

pórter do Kzuka, resume o que foi a oficina de Blogs e Redes Sociais, no colégio Florinda Tubino Sampaio, da qual 21 alunos participaram.

A blogueira acredita que quem se interessa pelo as-sunto deve ter objetivo, fazer o que gosta e acreditar. Grande parte dos alunos mostrou interesse em fazer um blog para divulgar suas atividades fora da escola.

Morgana Gualb Laux, 23 anos, assistente dos blogs da RBS, deu dicas para os alunos que preten-dem criar redes sociais, entre elas estão: escrever textos curtos, com linguagem objetiva, além de ter conhecimento sobre o assunto que irá relatar. É im-portante também saber o horário de postar, sempre pensando em qual momento seu leitor estará dis-posto a ler sobre o assunto.

para criar blogs

SIlvIA SAnfElICE51 anos, professora

“É importante unir as pessoas para aprimorar o aprendizado. Tudo que é novo, é positivo.”

No encontro para aprender a fotografar, Bruno Alencastro deu dicas aos alunos

Aoficina de rádio foi feita por Porã, Maurício Amaral, Pian-gers, Mister Pi e Artur Gubert, todos comunicadores da Rá-dio Atlântida, do Grupo RBS.

A palestra foi bastante interativa e engraça-da, incluindo uso de instrumentos musicais e microfones. Os participantes se mostraram bastante interessados durante a oficina e, no

final, todos receberam um certificado pela participação. Além disso, alguns foram brin-dados com livros.

Mister Pi definiu a oficina como uma “brin-cadeira de fazer rádio”, fazendo referência à descontração entre alunos e organizadores e ao uso de microfone e instrumentos.

Os coordenadores da oficina tentaram pas-sar aos alunos a importante função do rádio na comunicação e na informação. Também afirmaram que a comunicação é muito im-portante no nosso cotidiano. Andressa Leal, de 17 anos, disse ter gostado da oficina:

– Foi muito legal e interessante. Aprende-mos sobre áudio e locução – avaliou a estu-dante no final da atividade.

Brincadeiras na estação de rádioComunicadores da atlântida divertiram os estudantes em oficina

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As oficinAs Porto Alegre

Aprender. Essa foi a palavra escolhida pelos alunos da oficina de grafite, ministrada ontem pela manhã pelo instrutor Fábio Eros. A ideia era expressar, com tintas coloridas e linhas bem traçadas, a proposta do projeto, que destacou a diferença básica entre grafite e pichação.

Utilizando luvas e máscaras, os alunos mistura-ram tintas e preencheram as letras que deram cor e formas ao muro. Um trabalho de construção criati-vo e coletivo.

Entre um spray e outro, Eros frisava que o grafite pode ir muito além de um hobby.

– É meu ganha-pão – conta, orgulhoso, o profis-sional de 19 anos.

Motivo de celebração é também a inserção da cul-tura de rua às escolas, onde é valorizado o manifesto que se originou nas comunidades e, hoje, quebra bar-reiras sociais e culturais por meio da arte.

graFite: cultura de rua

AnDRé SIlvA16 anos, estudante

“Gostei muito da oficina de rádio, pois o pessoal do Pretinho disse que quem quer fazer rádio sempre tem que estar de bom humor para transmitir as emoções para o público.”

Ao introduzir uma batida eletrônica, Ana Paula Gal-vão, 17 anos, mostrava-se atenta e empolgada ao acom-panhar o ritmo com as mãos. O motivo? A estudante do 3º ano do Ensino Médio acompanhava o trabalho do DJ Capu antes mesmo de participar da oficina de ontem. Foram inúmeras dicas e um tanto de prática. O aprendizado rendeu uma decisão para Ana Paula:

– Pretendo fazer um curso para me profissionalizar.Também tem interesse? Capu dá as dicas:– Pesquise bastante na internet, mantenha-se sem-

pre atualizado e tenha um diferencial.

encontro com o dJ capu

os segredos do rádio

AnDREw MAChADo17 anos, estudante

“É ótima a iniciativa de mostrar na prática as oficinas.”

Bruno Schimidt Alencastro, fotógrafo da Zero Hora, deu uma palestra sobre fotografia a alguns alunos do colégio. Ele ensinou técnicas interessantes, sugeriu que os participantes fizessem imagens de pontos turísticos de Porto Alegre e que fossem a eventos da cidade, como shows, teatro, etc para exercitar. Bruno também deu di-cas aos participantes de como acertar ângulos, enqua-dramento e iluminação das fotos.

O fotógrafo mostrou imagens feitas por ele, mostran-do a importância das técnicas e o que uma foto pode passar aos leitores de um jornal. Em um telão, mostrou imagens do centro de Porto Alegre, em um ângulo em que se pode ver prédios históricos da cidade. Alencastro também mostrou uma foto de um show, feita por ele.

FotograFe o mundo

Quinze estudantes trabalharam em

redação montada na biblioteca da escola e

escreveram os textos desta página

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Nicollas Theodoro, 14 anos, estudante

EntrEvista

Oficina de Jornal – Qual a importância pe-dagógica do evento para a escola?

Verônica Moreira – Através desta campanha, foi possível estimular novidades na escola, como atividades realizadas não apenas pela escola, mas também pelos alunos. Um exemplo é o Sarau In-terlúdio, que foi organizado pelos alunos do 1º ano e integra cada vez mais pessoas através das artes. Também é importante para mostrar práti-cas do colégio e servir de exemplo não somente para outras escolas, mas também para a comuni-dade em geral, como pais, alunos, funcionários e a vizinhança.

No período da manhã os alunos pude-ram conferir a oficina Meu Livro Favo-rito, ministrada pelo escritor porto-ale-grense Fabrício Carpinejar. De forma descontraída, o autor fez da palestra um

espaço de bate-papo interativo e divertido, que pode “mostrar como a escola pode ser lúdica e diferente”, nas palavras do escritor.

A forma excêntrica de Carpinejar se instalou na oficina e abriu uma conversa íntima entre palestrante e alunos, que relataram experiências de vida, seus te-mores e desejos para o futuro. Além de muitas histó-rias sobre amor e relacionamentos. Carpinejar contou da sua relação com a escrita, que surgiu a partir da alternativa de melhorar a comunicação dele na sua infância, por meio de um diário.

Ele falou de suas inspirações, vindas principalmen-te das pessoas mais próximas como a mãe, os ami-gos e as mulheres. Ao fim da palestra, o livro favorito de Fabrício Carpinejar, Os Meninos da Rua Paulo, do húngaro Ferenc Molnár, foi prêmio de uma descon-traída brincadeira na qual os alunos foram convoca-dos a cantar uma música. Maria Helena Fonseca, aluna do 1° ano do Ensino Médio, além de ter gos-tado muito da palestra e do contato que teve com o escritor, se saiu melhor e levou o livro.

As oficinAs Meu livro favorito

Foi em clima descontraído que Duda Garbi – comunicador da Rádio Atlântida e um dos principais ícones no programa Pretinho Básico – foi recebido pelos alunos do Colégio Tubino para falar sobre a profissão e o livro que mar-

cou a sua vida. Garbi falou sobre sua história até chegar ao Pretinho, desde os seus dias de estudante no Farroupilha e no IPA, até a sua graduação em Jornalismo na PUCRS. Na palestra, também respondeu perguntas e deu dicas a quem está interessado nesta área, ressaltando que o prin-cipal requisito para isso é a criatividade.

O comunicador também falou sobre o seu livro favori-to na infância, A Ilha do Tesouro, que conta a história de um casal proprietário de uma pensão, em que um pirata deixa ao filho deles, Jim Hawkins, um mapa do tesouro. Garbi disse que o livro chamou a sua atenção por ser um livro diferente, cheio de mistério, que envolve o leitor na história.

Andressa, estudante de 15 anos, foi sorteada e ganhou o livro preferido do comunicador.

Fabrício Carpinejar

os mEninos da rua paulo

a ilha do tEsouro

A resposta para a educação é estar sempre à procura de respostas.

Oficina de Jornal – Qual a resposta que você daria para a educação?

Verônica – É necessário um maior investi-mento no professor, visando sempre, além de seu merecimento, uma remuneração realmente digna, estimulando não somente o aluno, mas também o profissional em sala de aula. Entretanto, vale ressaltar que não há uma resposta concreta para a educação, sempre haverá novas exigências. A res-posta é continuar procurando respostas.

Oficina de Jornal – Quais mudanças seriam importantes para a escola?

Verônica – As principais mudanças são as me-lhorias da estrutura escolar, adequando o espaço físico para um melhor desenvolvimento e inte-gração. Essa integração não se dá apenas entre os alunos, mas também com professores, diretores, funcionários e a comunidade em geral, formando uma relação de aliança pela educação.

Três perguntas para a diretora

Verônica cananea Moreira atua no colégio estadual Florinda Tubino sampaio há 23 anos. atual diretora da escola, começou como professora de química. sua graduação é em Química pela PUcrs.

Duda Garbi

“O projeto está ajudando os alunos a respeitarem a importância do ensino.”

“Profissão não é só a atração do nome, profissão é fazer o que se ama. E os projetos ajudaram muito na escolha de minha profissão.”

loUize dias de MeiraNda,12 anos, estudante

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PARTICIPESeja parceiro da escola

O papel dos pais é fundamental na mo-bilização pela melhoria da qualidade da educação. Mais do que cuidar do desenvolvimento dos filhos dentro de casa, eles precisam conhecer a realida-

de da escola e cobrar soluções para os problemas.Janaína Daniela Scotti Sayão Lobato, 37 anos, é

mãe de alunos da 8ª e da 4ª séries da Escola Estadual Florinda Tubino Sampaio:

– Estou sempre acompanhando o que acontece na escola. Vou a reuniões, palestras, estou sempre en-volvida, disponível para ajudar. Não adianta ficar co-brando da escola. Os pais precisam fazer a sua parte.

Vem da adolescência, do tempo em que cursava inglês, a relação de Janaína com a Escola Florinda Tubino Sampaio. Já o marido, Hebert Sayão Lobato, 44 anos, além de ter estudado na escola, desempenha uma atividade profissional que nasceu numa das au-las da disciplina de técnicas industriais.

– Eu fui do grêmio, participei do curso de lideran-ça, era baterista do colégio, da banda marcial – lem-

bra Hebert, que hoje trabalha com couro, produzindo cases para instrumentos musicais.

Quando vieram os filhos, Júlia, 14 anos, e Gabriel, 10 anos, e a família passou a morar no bairro Petró-polis, a Escola Florinda Tubino Sampaio voltou a fa-zer parte da vida de Janaína e Hebert.

– Batalhei bastante para colocar a minha filha nes-ta escola. Não trocaria meus filhos daqui por uma escola particular, ou pública – observa Janaína, que diz se sentir em casa na Florinda Tubino Sampaio, à vontade para conversar com a direção e professores.

A relação da cabeleireira e manicure Ana Doroti Deiques, 60 anos, com a escola da neta que cria co-mo filha é parecida. Renata, 16 anos, é aluna do 2º ano do Ensino Médio e sabe que a mãe está presen-te na escola quando necessário, além das reuniões de pais e entrega de boletins.

– Sempre acho um horário para ir à escola. Es-tou sempre em cima, dando apoio. Até participei de uma oficina durante a gincana do colégio. Procuro ajudar no que eu posso – completa Ana.

Confira as dicas de pais que conhecem de perto o colégio, dedicando atenção a alunos e professores

n O pai precisa saber o Ideb (Índice de Desenvolvi-mento da Educação Básica) da escola em que o filho estuda. O índice é um termômetro de qualidade. Se o re-sultado for menor que quatro, é preocupante e necessá-ria a cobrança de melhorias. Entre quatro e seis, indica que a escola está razoavelmente bem, mas precisa ficar em alerta. Acima de seis é considerado um índice bom e o trabalho precisa ser reconhecido.

n Depois disso, os pais precisam ver se o “feijão-com-arroz” está sendo servido adequadamente: se a carga-horária está sendo cumprida, se não falta professor, se o material didático está chegando aos estudantes.

n O pai deve conferir se a escola está passando de-ver de casa para o aluno, acompanhar a tarefa e cobrar a correção. Também precisa ficar atento às avaliações, que devem ser constantes.

n A escola deve ficar à disposição dos pais e a eles ca-be cobrar qualidade.

Como fazer a

diferença

tEMa dE CaSa

Crie um ambiente alfabetizador

Sua casa também ensina a ler escrever. Isso acontece quando você a transforma em um ambiente alfabetizador, onde o material escrito tem espaço e função. Isso familiariza a criança com as letras e a estimula a valorizá-las.

n Espalhe livros, revistas e jornais pela casa. Compre almana-ques que tenham caça-palavras e palavras cruzadas.

n Coloque um quadro de recados em casa e anote mensa-gens nele.

n Mantenha lápis e papel pela casa e um computador.n Peça ajuda à criança para fazer a lista do supermercado e

para escrever a amigos e parentes.n Monte uma biblioteca em casa.

Fonte: Educar para Crescer

LEIa PaRa SEU FILHO

Um estudo feito pela Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), da Organização para a Cooperação e Desenvolvi-mento Econômico (OCDE), mostrou que ler para o filho na infância tem como consequência um melhor desempenho em leitura na es-cola. Em 12 dos 13 países pesquisados (a exceção foi a Lituânia), a performance de adolescentes de 15 anos foi mais alta entre os que tinham pais que leram para eles nos primeiros anos de escola.

n Na Nova Zelândia e na Alemanha, segundo a pesquisa, ado-lescentes de 15 anos para quem os pais leram na infância apre-sentaram um desempenho de leitura equivalente a um ano a mais de estudo, na comparação com colegas que não tiveram pais que liam quando eram crianças.

n A pesquisa mostrou que a diferença aparece mesmo quan-do os jovens vêm de famílias com o mesmo perfil socioeconômico. Nesses casos, quem ouviu o pai ler teve um desempenho melhor posteriormente.

EnvOLvIMEntO é FUndaMEntaL

n Conforme a pesquisa Educar para Crescer, realizada pe-lo Ibope, apenas 7% dos brasileiros acham que educação é responsabilidade dos pais.

n Uma pesquisa feita pelo movimento Todos pela Educa-ção, a partir do questionário Prova Brasil 2009, mostra que os professores brasileiros entendem que a principal causa dos problemas de aprendizado é a falta de envolvimento dos pais.

15% é quanto as notas aumentam quando os pais ajudam na lição de casa, reservam um lugar para os estudos e participam

da vida escolar dos filhos.

64% é a redução no risco de evasão quando

os pais são participativos.

PaIS LEItORES

Janaina e Hebert Lobato acompanham o dia a dia e as tarefas de escola dos dois filhos

LíViA

STuM

PF

Fonte: Centro de Políticas Públicas do Instituto de Ensino e Pesquisa (Insper) e Centro de Políticas Sociais da FGV

Fonte: Gustavo Ioschpe, um dos fundadores do Movimento Todos pela Educação e membro do Conselho do Instituto Ayrton Senna.

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QUINTA-FEIRA, 6 DE DEZEMBRO DE 2012

na comunidadeNos últimos meses, seis cidades, do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, receberam ações em escolas. Confira imagens:

Florianópolis – 27/9 Joinville – 13/11

A Escola de Educação Básica Simão José Hess abriu o calendário de eventos da campanha A Educação Precisa de Respostas nas esco-las. Os mais de mil alunos que participaram das oficinas deram mui-ta risada com os integrantes do Pretinho Básico e com os comunica-dores Ed Soul e Helton Luiz. No total, 80 voluntários compartilharam com os estudantes boas histórias sobre o prazer da leitura.

Bailarinos da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil participaram da abertura das atividades na Escola de Educação Básica Dom Pio de Freitas, em Joinville. Foram 70 voluntários, entre cola-boradores da RBS e parceiros externos, responsáveis por 16 oficinas. Mais de 700 alunos rece-beram os voluntários com as salas de aula decoradas de acordo com o tema de cada oficina.

santa Maria – 30/10 BluMenau – 20/11

No Colégio Estadual Manoel Ribas, um dos mais tradicio-nais de Santa Maria, os alunos, todos do Ensino Médio, parti-ciparam de palestras e encerraram o dia com música. Primeiro, com a apresentação da banda da escola, no pátio, e, por último, com o Point Atlântida.

Caxias do sul – 6/11 porto alegre – 5/12

No laboratório de informática, alunos do Instituto Estadual de Educação Cristóvão de Mendoza, receberam informações sobre como redigir textos jornalísticos e produção de jornal impresso. O leque de oficinas in-cluiu canto, charge e fotografia.

Uma redação foi montada na bibliote-ca do Colégio Estadual Florinda Tubino Sampaio para que os 15 alunos da ofici-na jornal impresso produzissem os textos deste caderno. Os estudantes registraram as atividades da ação A Educação Precisa de Respostas – Na Escola.

A dança da ONG Canta Brasil mobilizou 400 alunos da Escola de Educação Básica Pedro II. Pais e professores também parti-ciparam da oficina que usa a dança para falar de temas relacio-nados com a importância da educação. No total, 950 alunos se envolveram nas atividades.

Alunos

5.583Voluntários

400Parceiros

20

A soma de alunos,

voluntários da RBS,

voluntários parceiros

e oficinas nos seis

eventos.

Oficinas

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