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MIRNA PINSKY ilustração CRIS EICH
ZERO ZERO ALPISTEDaniel recebeu o apelido de Zero Zero Alpiste porque
tem as bochechas rosadas e cobertas de sardas.
Um dia, o pai dele disse que “homem não chora”, por
isso Daniel não gosta de ser visto chorando. Mas, de
uma forma surpreendente, surge uma flor em sua vida,
que lhe mostra que não só “homem chora” mas também
“homem deve e precisa chorar” de vez em quando.
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ISBN 978-85-7208-876-3
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ALPISTE
MIRNA PINSKY
CRIS EICH ilustração
17a. edição
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17.ª edição brasileira
Copyright © Mirna Pinsky, 2014
Ilustração © Cris Eich
Gerente editorial Rogério Carlos Gastaldo de Oliveira
Editora Andreia Pereira
Assistente editorial Flávia Zambon
Produtor editorial Elcyr Alberto de Oliveira
Supervisão de revisão Fernanda A. Umile
Projeto gráfico e capa Raquel Matsushita
Diagramação Cecilia Cangello | Entrelinha Design
Produtor gráfico Rogério Strelciuc
Direitos reservados à SARAIVA Educação S.A.Av. das Nações Unidas, 7221 – PinheirosCEP 05425-902 – São Paulo – SPTel.: (0xx11) 4003-3061 [email protected]
Proibida a reprodução total ou parcial desta obrasem o consentimento por escrito da editora.
CL: 811128CAE: 577072
N. do E. Este texto foi publicado em 1.ª edição pela Editora Ática (São Paulo), em 1978.
ZERO ZERO ALPISTE
CIP-BRASIL. CATALOGAÇÃO NA PUBLICAÇÃOSINDICATO NACIONAL DOS EDITORES DE LIVROS, RJ
P725zPinsky, Mirna, 1943-Zero Zero Alpiste / Mirna Pinsky ; ilustrações Cris Eich. - [17. ed.] - São Paulo: Formato, 2014.32 p.: il.; 26 cm.
ISBN 978-85-7208-876-3
1. Ficção infantojuvenil brasileira. I. Eich, Cris. II. Título.
14-13469 CDD: 028.5CDU: 087.5
4.ª tiragem, 2017
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Pa r a D a n i , s u P e r a r t i l h e i r o n o s G o l s D a v i D a .
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Chamava-se Daniel. Mas a turma da escola lhe deu o apelido de Zero
Zero Alpiste. E se a gente perguntava o porquê desse nome, Daniel
explicava: os “zeros” são por causa das minhas bochechas. “Alpiste”
vem das sardas que tenho no nariz.
Além de sardento e bochechudo, Zero Zero Alpiste era também banguela e
um pouco gorduchinho. Mas era o melhor atacante do time do primeiro ano.
E jogava com tanta vontade que, todos os dias, mamãe tinha um remendo pra
fazer na bermuda.
Zero Zero Alpiste caía muito, mas nem por isso chorava. Ele nunca chorava.
E por que não chorava? Ora, porque era HOMEM! Papai tinha dito: “– Daniel,
homem não chora”. Por isso, Zero Zero Alpiste não chorava. Mesmo que a dor
fosse muita. Mesmo que a vontade de chorar fosse subindo do peito até a
garganta e ele tivesse de fechar os olhos para as lágrimas não caírem.
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