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PROIBIDA A VENDA Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 104 - Junho/2010 Distribuição Gratuita Zilda Gama Argemira de Oliveira Costa Nesta Edição: Loucura e Obsessão, as Dores da Alma Diante de Cara Feia ou Mau Humor Caridade e Inteligência Aborto Delituoso

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PROIBIDA A VENDA

Órgão divulgador do Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança” - Ano 11 - nº 104 - Junho/2010Distribuição Gratuita

Zilda Gama

Argemira de Oliveira Costa

Nesta Edição:Loucura e Obsessão, as Dores da AlmaDiante de Cara Feia ou Mau HumorCaridade e InteligênciaAborto Delituoso

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Há pouco mais de meio século, os filhos ajudavam os pais, desde pequenos, seja colaborando na lavoura ou no cuidado com os irmãos menores, pois as condições precárias exigiam muito esforço, visando novas conquistas e melhoria.

Tais dificuldades permitiam que avaliassem, desde tenra idade, o sacrifício dos pais para manter a família.

Diferentemente de épocas anteriores, hoje as crianças vivem no meio de facilidades de toda ordem, seja com eletrônicos ou itens de vestuário e alimentação que lhes permitem despertar o conhecimento ou a fartura, mesmo que adotem, nessa ordem, abusos alimentares, modismos e avanço em campos não indicados do segmento virtual.

Variados acessos, nos mais diversos campos, promovem certo descontrole ou certa fantasia diante da realidade.

Atualmente os jovens, em sua grande maioria, se julgam capazes de dominar ou de se impor, buscando estabelecer seus caprichos ou suas parcas experiências na família, na escola, enfim achando-se os “donos da verdade e, da competência”.

A conquista e experiência dos mais velhos é, cada vez mais, considerada insignificante.

Ocorre que, agora, adentram no mercado de trabalho tardiamente, com muitas informações, porém não conseguem transformar essas informações em conhecimento nem, tampouco, possuem experiência e competência para aplicá-las.

Constata-se o choque de gerações, tão logo admitidos no primeiro emprego. Já almejam altos salários e cargos de chefia. Trazem consigo a bagagem das facilidades que seus pais lhes proporcionaram por longo tempo, poucos desafios, ausência de contrariedades, com capacitação superficial, pois informam-se de forma geral, veem um pouco de tudo e não sabem nada em profundidade, não se especializando em determinada área, contrastando com o empresário que enfrentou dificuldades de toda ordem, alguns, na faixa etária de 70 anos, com experiência e visão muito mais profundas e consistentes que superaram os mais complexos obstáculos do pós-guerra (II Guerra Mundial), enfrentando limitações, inclusive para a sobrevivência. Foi-lhes preciso muito esforço e capacitação para construírem sua história empresarial, a conscientização e responsabilidade em manter a empresa saudável e a manutenção do grupo de funcionários vistos, além da empresa, como provedores de suas famílias. A postura do empresário, em constante preocupação a fim de evitar demissões, visando o bem-estar de inúmeras pessoas, vai muito além da compreensão, com interesses exclusivos e limitados, do inexperiente candidato.

O empresário que vivenciou todo o esforço de reconstrução não permite que um funcionário, inexperiente e voltado para conquistas pessoais, assuma cargos relevantes na empresa nem, tampouco, que perceba altos salários.

É preciso que se faça urgente orientação, nos bancos escolares, para que a capacitação seja de forma ampla e verdadeira, despertando no jovem o desejo de ser útil, não só utilizando a inteligência mas a necessária sabedoria e a urgentíssima conscientização dos pais que estão permitindo que seus filhos vivam um mundo irreal, egoístico e enganoso.

Urge que preparemos nossos filhos para a VIDA, de forma consciente, amorosa, firme, real e plena.

Editorialeditorial

Índic

e

Publicação MensalDoutrinária-espírita

Ano 11 - nº 104 - Junho/2010Órgão divulgador do Núcleo de

Estudos Espíritas Amor e EsperançaCNPJ: 03.880.975/0001-40

CCM: 39.737Seareiro é uma publicação mensal, destinada a expandir a divulgação da Doutrina Espírita e manter o intercâmbio entre os interessados em âmbito mundial. Ninguém está autorizado a arrecadar materiais em nosso nome, a qualquer título. Conceitos emitidos nos artigos assinados refletem a opinião de seu respectivo autor. Todas as matérias podem ser reproduzidas, desde que citada a fonte.

Direção e RedaçãoRua das Turmalinas, 56 / 58

Jardim DoniniDiadema - SP - Brasil

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E-mail: [email protected] Editorial

Antonio Ceglia RibeiroCladi de Oliveira Silva

Fátima Maria GambaroniGeni Maria da SilvaIago Santos Muraro

Nereide Conceição Grecco RibeiroReinaldo Gimenez

Roberto de Menezes PatrícioRosangela Araújo NevesSilvana S.F.X. Gimenez

Vanda NovickasWilson Adolpho

Revisão gramaticalA. M. G.

Jornalista ResponsávelEliana Baptista do Norte

Mtb 27.433Diagramação e Arte

Silvana S.F.X. GimenezImagens da Capa

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ImpressãoVan Moorsel, Andrade & Cia Ltda

Rua Souza Caldas, 343 - BrásSão Paulo - SP - (11) 2764-5700

CNPJ: 61.089.868/0001-02Tiragem

12.000 exemplaresDistribuição Gratuita

Grandes Pioneiros: Zilda Gama - Pág. 3; Argemira de Oliveira Costa - Pág. 7Contos: O Saco de Carvão - Pág. 10Família: Higienização Mental - Pág. 11Tema Livre: Diante de Cara Feia ou Mau Humor - Pág 11; Caridade e

Inteligência - Pág. 12Cantinho do Verso em Prosa: O Consolador - Pág. 12Clube do Livro: Corações sem Destino - Pág. 13Kardec em Estudo: A Prece - Pág. 13Livro em Foco: Antologia da Juventude - Pág. 14Pegadas de Chico Xavier: Aparências - Pág. 14Canal Aberto: Aflições - Pág. 15; Igualdade com Amor... - Pág. 15; Loucura e

Obsessão, as Dores da Alma - Pág. 15Mensagem: Nova Oportunidade - Pág. 16; Vote Bem - Pág. 16Atualidade: Aborto Delituoso - Pág. 18Calendário: Junho - Pág. 19

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3Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

O processo reencarnatório da família Gama iniciou-se em Portugal. Em tempos remotos, as famílias portuguesas primavam pela educação de seus filhos. Os pais eram rígi-dos na orientação religiosa. Primeiro amar a Deus e, depois, cumprir os deveres para com a pátria. Nesse sen-tido os primogênitos, des-de a adolescência, eram incentivados pelos fami-liares a se instruírem para pertencer e honrar a “Ca-valaria Real Portuguesa”. Quando esse objetivo era alcançado, as famílias se orgulhavam em poder fre-quentar a Corte Real.

A Espiritualidade, sem-pre atenta para fazer crescer o progresso da Humanidade, promoveu o reencarne daquele que, no futuro, muito iria con-tribuir para que vários Espíritos reencarnassem com tarefas importantes em outras terras. Diante desse princípio, vem ao mundo um menino que recebeu o nome de Leonel da Gama Bellens, primeiro membro da família Gama. Nasceu numa província chamada Campo Maior, em Alentejo, Portugal.

A ele foi confiada a tarefa de trazer à Terra, numerosa geração que se estende-ria em muitas reencarnações, alcançando terras brasileiras.

Leonel foi educado rigidamente. Para or-gulho dos pais, tornou-se Tenente da Cava-laria Real Portuguesa. Era conhecido pela sua honestidade e por ser justo no coman-do a seus subordinados. Sempre presente nas grandes decisões políticas, pois nada passaria na corte real sem o seu aval.

Sentindo-se solitário após o desencarne de seus pais, Leonel vem a conhecer uma jovem portuguesa e, dando vazão a sua so-lidão, propõe-lhe matrimônio. Esta, que já o conhecia há tempos e que lhe nutria grande simpatia, aceita-o como esposo. E, no dia 3 de maio de 1690, uma grande festa abala a corte com o casamento de Leonel e dona Ma-ria Josefa Corrêa.

Sob os desígnios de Deus, a família Gama prosperava. Desse casamento uma grande prole foi constituída. Com o passar do tempo, o casal foi vendo que os filhos e filhas também

procuraram fortalecer os laços afetivos e as separações na-turais onde cada um partia para formar suas próprias famí-lias. E muitos deles vieram para o Brasil, pois a visão das grandes riquezas desse país atraía outros povos. E vários filhos de Leonel e dona Josefa buscaram o Estado de Minas Gerais, cuja fama se divulgava por tesouros escondidos en-tre suas montanhas e rios do estado mineiro.

A união da família mineira dos Almeida com a família portuguesa dos Gama deu origem ao reencarne do poeta

que, mais tarde, tornou--se célebre em sua épo-ca, quando o Brasil come-çava a despontar como “Brasil Colônia”. Surgia, para incentivar a poe-sia, o filho brasileiro dos Gama: José Basílio da Gama, autor do poema “O Uruguay”. Os apre-ciadores da arte poética diziam que José Basílio traduzia, em seus versos, a simplicidade e a magia contagiante do tema de-senvolvido com clareza e emoção. E nesse mes-mo estado mineiro, outro membro da família Gama, o senhor Augusto Cristia-no da Gama, morador em Juiz de Fora, escrivão de

paz, vem a consorciar-se com dona Elisa Emilio Klörs da Gama, que exercia a pro-fissão de professora estadual, nascida em Vassouras, Estado do Rio de Janeiro. Era filha de pai alemão e de mãe mineira, de São João del Rei.

Obedecendo aos desígnios do Alto, para o cumprimento de uma grande missão so-bre a Terra, reencarna nesse lar, isto é, no lar do senhor Augusto Cristiano da Gama e de sua esposa dona Elisa, uma menina que recebeu o nome de Zilda Gama, ao meio dia 11 de março de 1878. Seu nascimento foi em Juiz de Fora, no município de Três Ilhas.Zilda cresceu demonstrando, desde pe-

quenina, sua inteligência, de personalidade autêntica. Como sua mãe, formou-se, sendo professora. Dedicou-se ao magistério, diplo-mada pela Escola Nacional de São João del Rei, Minas Gerais.

Decorridos alguns anos, após sua gradu-ação como professora primária, aconteceu o desencarne de seus pais, com pouco tempo entre a morte de um e do outro.

Profundamente abalada, teve a jovem que dividir seu tempo com o trabalho profissional

Grandes Pioneirosgrandes pioneiros

Zilda Gama

José Basílio da Gama

Brasil Colônia

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e em cuidar de seus cinco irmãos e, depois, de mais cinco sobrinhos, que também ficaram órfãos.

Continuou sua luta, administrando os afazeres domésti-cos e a educação dos irmãos e sobrinhos e prestando con-cursos escolares, para melhor organizar o orçamento do-méstico. Com isso, foi agraciada com a direção da escola, tornando-se diretora escolar por concurso realizado pela Secretaria de Educação de Minas Gerais, tendo iniciado seu novo cargo no município de Além-Paraíba. Seguiu sua car-reira como diretora de várias escolas como Grupo Escolar Castelo Branco, e Sales Marques, no mesmo município de Além-Paraíba, com várias promoções pela sua responsabi-lidade profissional.

Zilda Gama começou a ter contato com a Doutrina Espíri-ta ainda jovem, mas não declaradamente espírita. Somente com alguns acontecimentos e dissabores, que vieram tra-zer muita perturbação em sua vida, é que ela se aproximou mais da doutrina. E isso proporcionou-lhe momentos de reflexões. Sentia que precisava colocar Jesus em seu co-ração.

Numa tarde, ao orar, percebeu a presença de um ser a seu lado, que a impulsionava a escrever. De imediato, to-mou de um lápis e papel e, logo, começou a psicografar. Sua mão foi direcionada com uma incrível rapidez e uma mensagem surgiu sobre a folha de papel. Terminada a psi-cografia, Zilda, ao lê-la, de imediato reconheceu, nas pala-vras redigidas, que era um salutar conselho de seu paizi-

nho. E, na parte final, reconheceu também a forma de pensar de sua irmã, Maria Antonieta Gama, que fora poetisa e violinista quando encarnada.

Nessas mensagens, pode Zilda compreender que ela estava sen-do chamada a grandes tarefas. Seu pai e sua irmã deixaram isso muito claro. Ela precisaria usar o tempo com mais disciplina, para servir a Jesus. Veio a saber ain-da, com as mensagens psicogra-fadas, que uma entidade que es-tava sempre a seu lado, de nome Mercedes, era sua protetora e que se fazia presente em todos os mo-mentos tristes ou alegres de sua vida. Revelou-lhe, entre outras coisas, que se aproximava a hora na qual o curso de sua reencarna-

ção deveria ser ocupado para realizar importante missão que o Alto lhe incumbira no campo doutrinário.

A mediunidade de Zilda desabrochava com intensidade, mas a profissão e a necessidade de continuar honrando seus compromissos com a família a obrigavam a continuar trabalhando. E seus esforços eram sempre recompensados quando, para confirmar sua vocação no magistério, passou, em primeiro lugar, no concurso realizado pela Secretaria de Educação do Estado de Minas Gerais, sobre “Aulas--Modelo”. Com isso, obteve a participação em um “Con-gresso de Instrução”, realizado em Belo Horizonte, onde foi nomeada como membro permanente desse Congresso pró--“Aperfeiçoamento Educacional”. Nessa mesma ocasião, ela apresentou uma tese sobre o direito do voto feminino que, pouco tempo depois, foi aprovada oficialmente.

Residindo em Belo Horizonte, onde passou a lecionar no Grupo Escolar Afonso Pena, ali permaneceu até aposentar--se.

Zilda colaborou em vários jornais de Juiz de Fora, Ouro Preto, São Paulo e Rio de Janeiro, com suas poesias e vá-rios contos que começaram, por essa época, a desenvol-ver-lhe a intuição, a meio caminho para sua mediunidade. O Jornal do Brasil, a Gazeta de Notícias e a Revista da Semana, periódicos da antiga capital da República, o Rio de Janeiro, mantinham bom relacionamento com as matérias enviadas por Zilda. Comentavam a boa repercussão, entre

Juiz de Fora, MG

Além Paraíba, MG

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5Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

os leitores, do conteúdo ético nos escri-tos de Zilda Gama.

Depois da psicografia vinda de Merce-des, o Espírito protetor de Zilda deixou claro à médium que sua missão na Terra seria de grande surpresa, pois a mensa-gem seguinte seria assinada por Allan Kardec.

A emoção sentida pela médium trouxe lágrimas a seus olhos. Mentalmente di-zia ao mestre lionês de sua incapacidade para desempenhar a importante missão que o Espírito de Mercedes lhe falara.

O mestre lionês, ouvindo seus pensa-mentos e que lhe revelavam a pureza de seu caráter, prometeu ajudá-la na execu-ção da tarefa de grande responsabilida-de que lhe fora destinada.

Eis a cópia de um trecho da mensa-gem que Zilda Gama recebeu de Allan Kardec, trecho este editado no livro “Diá-rio dos Invisíveis” publicado pela Editora O Pensamento e também no livro “As Mulheres Médiuns”, de Carlos Bernardo Loureiro.

“Sobre tua fronte está suspenso um raio luminoso que te guiará através de todas as dificuldades, de todos os obs-táculos e será a tua glória ou tua condenação – conforme o desempenho que deres aos teus encargos psíquicos. Cinge-te de coragem, fé, benevolência, cumpre sem des-falecimento e sem deslizes todos os teus deveres sociais e divinos e conseguirás ser triunfante”.

Os Espíritos, após essa mensagem de Allan Kardec, a informaram que ele próprio a orientaria, aconselhando-a e esclarecendo-a pelas provas passadas e que estas confir-mavam a sua dedicação ao trabalho que iria realizar. Diziam que ela psicografaria uma novela. Mas, ainda, espantou-se quando viu a assinatura do comunicante, após ter iniciado o romance, Victor Hugo!

Zilda Gama achava-se emocionada em receber tão im-portante missão, vinda do maior expoente da literatura do século XIX, desse escritor francês, moderníssimo para sua época.

Quando a obra foi encerrada, Victor Hugo denominou-a de “Na Sombra e na Luz”. Romance considerado, pelos crí-ticos, a obra-prima de Victor Hugo. Foi esse romance traduzido para o esperan-to pelo professor Porto Carreiro.

Zilda continuou sua tarefa de médium, sempre dedicada e responsável. Vic-tor Hugo continuou também ocupando suas mãos pois, através delas, surgiram outros romances como: “Do Calvário ao Infinito”; “Redenção”; “Dor Suprema”; “Almas Crucificadas”. Todos eles foram editados pela FEB.

Outros livros psicografados por Zilda foram publicados por outras editoras, como o livro “Diário dos Invisíveis” pela Editora O Pensamento. “O Solar de Apo-lo”, “Na Seara Bendita”, “Na Cruzada do Mestre” e “Elegias Douradas”, entre poe-

sias e mensagens inéditas que foram publicadas em várias editoras.

No Brasil, Zilda Gama foi a primeira médium a receber do mundo espiritual essa imensa e prodigiosa literatura dos Es-píritos, o que abalou a vivência de muitos seres encarnados por essa ocasião, quando o clero ainda se mantinha como ditador da fé religiosa. As pessoas encontravam respostas para suas dores. As mensagens ditadas pelos Espíritos tra-ziam Deus junto à criatura como Pai, mas não como aquele pai que castiga, punindo o ser pelos erros cometidos. Até mesmo pessoas de outras religiões se sentiam atraídas pelo conteúdo das mensagens.

Por necessidades que fossem mais saudáveis a sua saúde, Zilda mudou-se para a cidade do Rio de Janeiro. Aí permaneceu por quinze anos e, depois, preferiu residir em Mesquita, nos arredores do Rio de Janeiro. Durante essa fase, ela estabeleceu bases ditadas para os livros: “O Li-vro das Crianças”; “Os Garotinhos”; “O Manual dos Profes-sores” e “O Pensamento”. Desde o magistério até entre as pessoas mais simples, Zilda Gama era a orientadora sensa-ta e segura em suas palavras de conforto e ânimo. Ela foi para muitos uma verdadeira mãe.

Belo Horizonte, MG

Rio de Janeiro, RJ

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Livro “O Problema do Ser, do Destino e da Dor” Editora FEB

Livro “Na Seara Bendita”Editora Edicel

Livro “As Mulheres Médiuns” Editora FEB

Atendendo ao pedido de seu sobrinho, Mário Angelo de Pinho, ela retorna a morar na cidade do Rio de Janeiro. E tinha ele ra-zões para querer tê-la mais próxima pois, algum tempo depois, Zilda vem a sofrer um derrame cerebral que a deixou paralítica, movimentado apenas seus braços. Viveu por dez anos presa ao leito ou numa cadeira de rodas. Seu raciocínio foi afetado, mas seu Espírito continuava a iluminar todos que a visitavam, através de seu inconfundível sorriso. Mário Angelo dela cuidava com todo esmero, junto de seus familiares. Era respeitada como a grande genitora que fora durante toda sua vida. Renunciou ao casamento, dedicando-se aos familiares e ao trabalho de Jesus. Viveu Zilda 91 anos. Seu desprendimento do corpo carnal deu-se no dia 10 de janeiro de 1969, juntando seu Espírito aos seus protetores e aos pais que sempre por ela foram muito amados.

Seu sepultamento foi no dia seguinte, 11 de janeiro de 1969 no Cemitério São Francisco Xavier, no Rio de Janeiro.

O primo de Zilda, doutor Francisco Klörs Werneck, escreveu no Jornal Espírita “Impacto”, da cidade de Salvador, Bahia, no ano de 1970, em meio a seu artigo, o seguinte:

“Zilda Gama foi sempre um padrão de honra e honestidade para a mulher espírita e eu não preciso dizer que o Espiritismo no Estado de Minas Gerais e em todo Brasil está a lhe dever algo que lhe perpetue o nome, embora ela nunca tenha pensado nisso”.

Foi Zilda Gama uma antecessora de Francisco Cândido Xavier, pela qual um grande número de espíritos encarnados e desencarnados se aproximou da Doutrina Espírita, graças às psico-grafias espirituais que surgiram pelas suas mãos dedicadas a esclarecer e consolar os aflitos. Atendeu prontamente ao chamado de Jesus e à proteção espiritual de Allan Kardec!

Eloísa

“Numa das fases mais difíceis de minha existência combalida por íntimos dissabores, encontrei o lenitivo para os meus pesares no livro: “O Problema do Ser, do Destino e da Dor”, do consagrado escritor, Léon Denis. Foi aí que eu tive a certeza absoluta da minha tarefa no campo mediúnico.”

Zilda Gama

Livros de Zilda Gama, pelo Espírito Victor Hugo - Editora FEB

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HOSPITAL DO FOGO SELVAGEM PEDE AJUDA

Livro “O Solar de Apolo”Editora Lake

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7Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Foram muitos os grandes vanguardeiros enviados do Alto para ensinar a Humanidade a crer na reencar-nação. Renúncias, sacrifícios, autenticidades nas co-municações mediúnicas, firmeza nas convicções cris-tãs, tudo e em todos os lugares do mundo. Até hoje, esses Espíritos luminosos reencarnam para que se for-tifiquem os ideais de contarmos com um mundo melhor no futuro.

Principalmente no Brasil, grandes nomes retornaram para continuar a obra do Cristo, dando respaldo para os principiantes na Doutrina Espírita. Ensinaram-nos a sentir a fé inabalável que o Evangelho nos proporciona. Entre eles permanecem na memória de todos os no-mes de doutor Bezerra de Menezes, Cairbar Schutel, Eurípedes Barsanulfo, Fabiano de Cristo, Emmanuel, André Luis, Chico Xavier etc. Tantos foram esses abne-gados à causa do Mestre Jesus que Allan Kardec não poderia deixar de ter marcado a sua reencarnação com suas obras que se tornaram a base da Doutrina Espírita para séculos e séculos futuros. Porém reencarnaram muitos outros Espíritos em passados séculos. Poucos são os que guardaram suas presenças que foram muito impor-tantes em regiões distantes e que muito fizeram em lugares desconhecidos e de difícil acesso. E lá nos rincões do nor-deste brasileiro, mais propriamente no Estado de Pernam-buco, numa cidade chamada São João dos Pombos, reen-carna, em meio a grande pobreza, uma menina. Os pais, Ostênio Orlando de Oliveira e a mãe, Maria Mattos de Oli-veira, alegraram-se com mais uma filha, acostumados que estavam à grande prole. Era o dia 12 de novembro de 1890.

A menina, frágil em sua constituição física, desenvolvia--se devagar. Dona Maria e toda a família tinha pouco do que se alimentar. Seu Ostênio era conhecido no local por criar cabras e ali o pessoal dos arredores vinha, logo cedinho, comprar o leite de cabra, que era o principal meio de seu Ostênio ganhar dinheiro. Os filhos mais velhos trabalhavam na roça de milho, que também servia como alimento para toda a família.

Quando a menina nasceu, os vizinhos mais próximos se juntaram para fornecer roupas e feijão, que era o alimento mais tradicional em suas plantações. Mas com a seca que, muitas vezes, castigava as regiões afastadas dos centros urbanos, a colheita era precária; portanto os habitantes se ajudavam para não morrerem de fome e de sede, pois pou-cos eram os poços que continham água.

Recebendo o nome de Argemira de Oliveira Costa, mas com o apelido de Ceci, modo carinhoso que lhe foi atribuído pelos irmãos, ela assim ficou conhecida: Ceci Costa.

Ceci e seus irmãos eram muito unidos, porém uma gran-de dor veio enlutar seus corações. Amanheceu e o dia seria igual para todos, o trabalho na roça e as meninas cuidando dos afazeres domésticos. Mas, repentinamente, Ceci ouve,

ao longe, gritos de sua mãe, pedindo socorro. Ela e as irmãs correm para fora e vão de encontro à mãe e os meninos que carregavam o pai nos braços. Vítima de um distúrbio súbito, vem ele a desencarnar. Dona Maria não conseguindo suportar a falta do companheiro e com todas as dificuldades aumentadas, também veio a desencarnar, pouco tempo de-pois da morte de seu marido. Os filhos ficaram órfãos e sem rumo. Os avós maternos tentaram ajudar, nessa difícil tarefa de colocar as crianças nos lares dos parentes. Assim, Ceci e mais duas irmãs foram residir com os avós, na cidade de Olinda em Pernambuco.

Os anos transcorreram, deixando marcas de profunda saudade nos corações de Ceci e dos irmãos, cada um vi-vendo junto aos familiares, espalhados pelos sertões de Per-nambuco.

Ceci procurava ajudar os avós, trabalhando nos afazeres da casa e, muitas vezes, revezando com as irmãs no traba-lho na roça. O que dava a Ceci a coragem de continuar a lutar pela sobrevivência do corpo era a sua fé, voltada a Nos-sa Senhora, Mãe de Jesus. Enquanto seu despertar para a doutrina não acontecia, ela guardava a pureza de seu cora-ção nos princípios católicos, ensinados por sua mãezinha.

Ceci aproximava-se de seus vinte anos, de uma reencar-nação repleta de ensinamentos. Ela não saberia explicar, porquê, por várias vezes, desanimada perante às dificulda-des, recebia pensamentos que a envolviam e, num repente, enchia-se de novas esperanças e voltava à batalha, revigo-rada em suas energias. Ela ainda não conseguira captar as intuições do Alto, para a mediunidade que estava prestes a se desabrochar.

Certo dia, sua avozinha sentiu-se mal. Levantara com muita indisposição e fortes dores na cabeça. As netas, pre-ocupadas, pediram a Ceci que não fosse para a roça. Elas

Argemira de Oliveira Costa

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iriam em seu lugar e com suas habilidades, no trato com os avós, ela seria a mais indicada para ajudá-los, pois também o avô se achava muito nervoso. Ceci concordou e, vendo que sua avó não melhorava, usou do recurso que sua mãe-zinha fazia, quando alguns de seus irmãos adoeciam. Pegou um copo com água e, ao lado da avó que estava acamada, pediu-lhe que orasse com ela, dizendo:

— Vovó, estamos muito longe da cidade e do único pron-to-socorro existente, então vamos pedir ao nosso médico, Jesus de Nazaré, que possa vir a nos acudir nesta hora tão difícil e que seja permitido o favor Dele colocar algum remé-dio nesta água para que a senhora venha a ser curada.

E Ceci, levantando suas mãos em rogativas ao Mestre, continuou orando. Dona Clementina, sua avó, fazia o mes-mo, seguindo as palavras da neta.

Logo após, a surpresa: a água no copo começou a se em-branquecer e bolinhas soltavam-se, como se estivessem bor-bulhando no fogo. Assustadas, ambas pararam com a prece, mas Ceci, mediunizada, levantou o copo e agradecendo a Jesus, colocou-o aos lábios da avó, pedindo que bebesse a medicação enviada por Jesus e confirmava, entusiasmada:

— Esse remédio vovó, vai curá-la, tenha fé.Passados alguns minutos, dona Clementina, exclamou,

chorando: — Graças a Deus, minha filha, Jesus nos atendeu! Foi o

seu coração e seu amor que deram origem a esse fato. Você sabe curar, Deus a abençoe.

Ceci, refeita, não conseguia entender o que sua avó fala-va. Porém, o mais importante acontecera, dona Clementina se curara. Esse acontecimento tomou vulto no lugarejo de Olinda. Todos aqueles que se sentiam doentes, procuravam Ceci para obterem cura. Mas Ceci dizia que não era santa e que deveriam procurar o pároco da igreja e os santos de suas devoções. Para poder voltar a ter sua vida normal, ela se mudou para Recife, em companhia de sua tia-madrinha. E aí veio a conhecer um jovem de nome Agripino Theóphilo da Costa, por quem se apaixonou. Completando vinte e cin-co anos, sentindo-se madura para se casar e sendo perfeito o entendimento entre os dois, casaram-se e Agripino certifi-cou-se de que essa união os faria muito felizes.

Preocupada com o atendimento familiar que, pelos anos decorridos formara uma grande prole, com treze filhos, Ceci não tinha tempo para dar continuidade ao processo mediúnico, a que deveria se dedicar nessa reencarnação.

Mas Deus sabia o momento exato para que isso viesse à tona novamente.

Certa ocasião, o casal junto com os filhos recebeu a visita do tio, Euclides Pereira da Costa, irmão de Agripino. Após a festiva reunião em torno do tio, um dos meninos sugeriu a Euclides a brincadeira que ele ensinara, de quem conse-guiria ficar mais tempo sem pestanejar. A aceitação foi geral e todos os irmãos aplaudiram a ideia. Mas Euclides disse a todos:

— Isso só terá graça se os pais de vocês também aceita-rem participar da brincadeira.

Sob os risos das crianças e o apelo para que Agripino e Ceci brincassem, Euclides disciplinou o início da brincadeira, dizendo:

— Todos devem ficar com os olhos bem abertos, sem pis-car, pois quem o fizer será punido e ficará fora da brincadeira.

Tudo acertado, o jogo de “não-pestanejar” entrou em ação. Passados alguns minutos, perceberam que Ceci tomara um aspecto estranho. Parecia-lhes que ela estava fora de sinto-nia. Euclides, meio assustado, chamou-a por várias vezes, até que ela reagiu. Pedindo desculpas, dizia não entender o que acontecera. Os meninos acharam isso interessante e quiseram que o tio viesse mais vezes para continuarem com a brincadeira. Combinaram para que, todos os domingos, após o almoço, contariam com a presença do tio e a brinca-deira do “não-pestanejar” se realizaria.

Ceci andava assustada, não com a brincadeira, mas com seu procedimento. Ela, na meditação de não piscar, sentia que sua mente ficava ocupada com pensamentos que não lhe pertenciam. Ela procurava reagir, mas sentia dificulda-des. A que atribuir isso?

Conversando com seu marido e o cunhado, ambos diziam ter observado o acontecimento, que sabiam não ser o nor-mal de seu proceder. Euclides suspeitava de hipnotismo. Já ouvira falar sobre o assunto, até mesmo de espíritos que to-mavam o corpo das pessoas, mas ninguém conhecia o teor disso tudo.

Os pais quiseram parar a brincadeira, mas as crianças se opuseram de tal maneira que combinaram ficar sem comer no domingo o dia inteiro, se cortassem essa reunião de que tanto gostavam e achavam divertida. As crianças venceram e as reuniões continuaram.

Numa dessas ocasiões, como sempre, Ceci entrou em transe mediúnico. Ninguém ali conhecia o Espiritismo. Das

Cidades de Olinda (esquerda) e Recife (direita), PE

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9Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

outras vezes Ceci não falava, apenas mostrava expressões estranhas. Porém, o Espírito, tomando a palavra, apresen-tou-se com o nome de Bittencourt Sampaio e dizia ser o guia espiritual da médium.

Os participantes estavam assombrados. Euclides, que pa-recia estar mais calmo, perguntou-lhe:

— O que está acontecendo com a mi-nha cunhada? Estávamos brincando e, de repente, ela se transformou em outra pes-soa...

Bittencourt Sampaio, sabendo da falta de informação sobre a mediunidade, da parte dos adultos presentes, com toda a paciên-cia, característica dos Espíritos elevados, fez uma rápida explicação sobre o aconte-cimento. Ao finalizar, pediu a Euclides que procurassem os livros de Allan Kardec e estudassem essas obras básicas, com dia e hora marcados, pelo menos uma vez por semana. Nessa mensagem, o Espírito de Bittencourt Sampaio alertou a família que Ceci reencarnara para trabalhar na seara do Cristo, como médium, com grande mis-são a ser cumprida na Terra.

Após esse fato, Euclides tomando a sério o que ouviu, passou a se informar a respeito do Espiritismo.

Ceci estava assustada e se perguntava constantemente:— Por que isso teria que ser comigo?Ela sabia que seria apontada como “a endemoniada”. Sa-

bia também que a Igreja combatia acirradamente o Espiritis-mo. Mas seu marido e o cunhado Euclides a incentivavam para o estudo. Até os filhos mais velhos começaram a se interessar pelo assunto.

Euclides e seu irmão Agripino, o esposo de Ceci, iniciaram uma corrida para achar quem pudesse ajudá-los a encon-trar alguma coisa sobre a doutrina. Por essa época, onde estariam os livros de Allan Kardec? Tudo era muito novo, e principalmente pela imposição da Igreja e, acima de tudo, poucos eram os que sabiam ler e escrever.

E, nessa procura, Euclides soube, por algumas pesso-

as que já conheciam o assunto, que havia um grupo onde estudavam e tinham livros, os quais, com muita dificuldade, foram encontrados. Como trouxera interesse entre pessoas que, naturalmente, já tinham reencarnado com o objetivo de divulgar a nova doutrina, fundaram o “Centro Espírita Rege-neração”, o primeiro nessa região tão distante, para trazer a

luz sobre o Evangelho de Jesus.Por insistência de Euclides, toda a famí-

lia começou a frequentar o centro espírita. Ceci foi absorvendo, aos poucos, a mediu-nidade. Com a ajuda dos frequentadores mais amadurecidos nos estudos kardecis-tas, ela foi progredindo e as diversas fun-ções medianímicas foram desabrochando, como a psicografia, psicofonia, audição, vidência e curas.

Sua dedicação foi ao extremo, no Evan-gelho de Jesus. Todos a respeitavam pelo carinho com que atendia aos necessitados do corpo e do espírito. Sua fama propa-gou-se por todo o Estado de Pernambuco. Pessoas de todos os lugares vinham em busca do socorro que Ceci oferecia, pelas determinações do Alto.

Quando faltavam dois dias para completar 38 anos de vida física, estando grávida de seu décimo quarto filho, foi acometida de uma hemorragia interna e veio a desencarnar, deixando uma profunda dor entre seus familiares e em toda a população que viera ter contato com uma criatura que tudo fez para trabalhar em favor dos semelhantes.

Argemira de Oliveira Costa, ou Ceci Costa, desencarnou no dia 14 de novembro de 1928, em Recife.

Voltava à pátria de origem, tendo a certeza de que cum-prira com lealdade a sua tarefa. Recebida no plano espiritual pelos amigos e por aqueles que foram seus pais terrenos, Ceci foi levada à recuperação no hospital espiritual, onde pode ter em seus braços o filhinho que não chegara à luz do mundo terreno, mas naturalmente, por desígnios de Deus, continuou a receber o amor de Ceci Costa, sua mãe espi-ritual.

Eloísa

Biblio

graf

ia • As Mulheres Médiuns – Carlos Bernardo Loureiro, Editora FEB, 3ª ed., 2008.

• Na Sombra e na Luz – Zilda Gama, pelo espírito Victor Hugo, Editora FEB, 8ª ed., 1957.

• O Livro do Médiuns – Allan Kardec, Editora FEB, 41ª ed., 1979.• Imagens:

• http://www.achetudoeregiao.com.br/atr/ATR.GIF/brasil_colonia.gif• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/ae/

Bas%C3%ADlio_da_Gama.jpg• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/1/1c/O_Uraguai.jpg

• http://img181.echo.cx/img181/1791/219994528ypjvrzph3cd.jpg• http://www.jornalagazeta.com.br/img/alemparaiba/11.jpg e 12.jpg• http://img193.echo.cx/img193/9902/tndscf30511jl.jpg• http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/a/a0/Rio_de_

Janeiro_Helicoptero_47_Feb_2006.jpg• http://4.bp.blogspot.com/_M7iE7NUospo/SbfNunLgxfI/

AAAAAAAAADA/kIp4-dIQZWc/s400/Pombos+2.bmp• http://www.caroline.tur.br/wp-content/uploads/2009/09/Olinda.jpg• http://marciliomedeiros.zip.net/images/recife.jpg

Bittencourt Sampaio

Você poderá obter informações sobre o Espiritismo, encontrar matérias sobre a Doutrina e tirar dúvidas sobre o Espiritismo por e-mail. Poderá também comprar livros espíritas e ler o

Seareiro eletrônico.

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10

O pequeno Zeca entra em casa, batendo os pés no assoalho, com força.Seu pai, que estava indo para o quintal fazer alguns serviços na horta,

chama o menino para uma conversa.Zeca, de oito anos de idade, o acompanha desconfiado.Antes que seu pai dissesse alguma coisa, ele fala irritado:— Pai, estou com muita raiva. O Juca não deveria ter feito aquilo isso

comigo. Desejo tudo de ruim para ele.Seu pai, um homem simples, mas cheio de sabedoria, escuta calmamente

o filho que continua a reclamar:— O Juca me humilhou na frente de todos os meus amigos. Não aceito

isso! Gostaria que ele ficasse doente, sem poder ir à escola.O pai escuta tudo calado, enquanto caminha até um abrigo onde guardava

um saco cheio de carvão.Levou o saco até o fundo do quintal e o menino o acompanhou, calado.Zeca vê o saco ser aberto e, antes mesmo que pudesse fazer uma

pergunta, o pai lhe propõe algo:— Filho, faz de conta que aquela camisa limpinha que está secando no varal é o seu amigo Juca, e que cada pedaço de

carvão é um mau pensamento seu, endereçado a ele.Quero que você jogue todo o carvão do saco na camisa, até o último pedaço. Depois, volto para ver como ficou.O menino encarou como brincadeira e pôs mãos à obra. O varal, com a camisa, estava longe e poucos pedaços de carvão

acertavam o alvo.Uma hora depois, terminou a tarefa. O pai retorna e lhe pergunta:

— Filho, como está se sentindo agora?— Cansado, mas alegre. Acertei muitos pedaços de carvão na camisa.O pai olha para o menino, que não entende a razão daquela brincadeira,

e com carinho lhe diz:— Venha comigo até meu quarto, pois quero mostrar-lhe uma coisa.Lá, o menino é colocado na frente de um espelho, onde vê todo o seu

corpo.Que susto! Enxergou apenas seus dentes e olhos.O pai então lhe diz, ternamente:— Filho, você viu que a camisa não ficou quase suja, mas olha só para

você. O mal que desejamos aos outros é como lhe aconteceu.— Por mais que possamos atrapalhar a vida de alguém com nossos

pensamentos, os resíduos e a fuligem ficam sempre em nós mesmos.* * *

Cuidado com seus pensamentos: eles se transformam em palavras.Cuidado com suas palavras: elas se transformam em ações.Cuidado com suas ações: elas se transformam em hábitos.Cuidado com seus hábitos: eles moldam seu caráter.Cuidado com seu caráter: ele decidirá o seu futuro.

* * *Nesta pequena história, coletada na Internet, podemos aprender muito

sobre nós mesmos.Quantas vezes não ficamos, o dia inteiro, com o pensamento fervilhando, porque alguém nos falou ou fez algo que não

nos agradou, porque nos sentimos humilhados ou contrariados?Passamos um dia péssimo, emitindo pensamentos de rancor contra a pessoa e, na verdade, somos nós mesmos que

estamos ficando mal, pois somos os primeiros a ser atingidos por aquele ódio. Não devemos ficar nos desculpando, dizendo que temos razão, pois fomos ofendidos etc. Façamos a nossa parte: quando começarmos a pensar com raiva, lembremo-nos de Jesus, que sempre era manso e pacífico.

RobertaImagem: http://2.bp.blogspot.com/__a4WcnZzw8g/ScOi36LRTfI/AAAAAAAAAis/jW42G05VyP0/s320/VISUAL+CAMISA.jpg

http://1.bp.blogspot.com/__a4WcnZzw8g/ScOi3siZ3XI/AAAAAAAAAik/3NUaV5GSpQw/s1600/VISUAL%2BCAMISA%2BSUJA.jpg

O Saco de CarvãoContos

contos

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11Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Zelamos pela casa que nos abriga, cuidando da limpeza e da ordem necessária. Agrada aos nossos olhos observar a organização. Nosso olfato percebe, no ar, o perfume da limpeza, da flor que adorna perfumando e, certamente, pre-ferimos essa fragrância e não o odor da podridão, do mofo, do mau cheiro. O paladar se satisfaz ao saborear um prato apetitoso e nutritivo e como é agradável contar com traves-seiro macio ao nosso toque, cobertas que nos aquecem e toalhas que nos enxugam.

Cuidados elementares que providenciamos de forma quase automática. Perceptíveis aos nossos sentidos mais rudimentares.

E a audição?Como estamos cuidando dos sons que nos envolvem no

dia-a-dia? Nossa fala é aos gritos e segue compasso ace-lerado, sem medidas? Invadimos a privacidade e a paz das outras pessoas, através dos sons que emitimos ou que sin-tonizamos? Ou será que nos servimos dos fones de ouvido a fim de nos isolarmos ou fugirmos, de certa forma, do mun-do, de nós mesmos, regulando o som em alta frequência? Ocorre-nos que estamos afetando não só o relacionamento interpessoal, mas também o mecanismo da audição, cau-sando danos irreversíveis?

Se tivéssemos ideia do teor vibratório formado pelos sons estridentes, certamente iríamos avaliar que os danos cau-sados vão muito além dos altos decibéis que danificam os tímpanos. O som alto e estridente, a letra da música vulgar e tendenciosa atraem grande número de espíritos sofredo-res e equivocados, que se afinizam com esse barulho que lhes sugere não só o isolamento egoístico, mas a tendência para satisfações imediatas e viciosas como o álcool, o fumo, a droga, os desvios sexuais e passam a participar do am-biente que os atraiu, sugerindo e compartilhando dos mais variados desequilíbrios.

Ponderar o volume e a marcha da nossa palavra é buscar equilíbrio.

A escolha dos sons, da música que sustenta nosso aparelho auditivo e, consequentemente, o ambiente em que vivemos no campo material e es-piritual assemelha-se aos cuidados que buscamos para atender às necessidades primárias dos nos-

sos demais sentidos: visão, olfato, paladar e tato.As músicas melodiosas, as letras edificantes, harmoni-

zam, perfumam, alimentam, refazem nossa energia e nosso espírito.

O cirurgião norte-americano, Dr. Bernie S. Siegel implan-tou a música no centro cirúrgico para restaurar a conexão celestial, cujas propriedades curativas são conhecidas des-de os tempos bíblicos. A música abre uma janela espiritual, alivia a ansiedade, a tensão e a dor. Esse médico, conhe-cendo as propriedades terapêuticas da música, deixava os pacientes intrigados, dizendo-lhes que tinha uma melodia apropriada para deter hemorragias.

As criancinhas reagem melhor às canções de ninar e ou-tras infantis.

A música melodiosa, lenta, acalma.A música agitada e estridente é a preferida dos adoles-

centes e os pesquisadores já concluíram que a música, quando alta, enfraquece as pessoas.

Sabemos que nunca nos falta o socorro espiritual, po-rém, os benfeitores da messe1 de Jesus encontram muita dificuldade para realizar assistência em locais onde o som estridente deixa a mente fora da sintonia, não receptiva ao atendimento. Envolvidos em teor asfixiante e entorpecente, agem tal qual instrumento desafinado e incerto na sublime orquestra do Senhor.

Devemos atentar com cuidado para nossas escolhas mu-sicais, pois as notas e o conteúdo podem atuar como larvas que contaminam e intoxicam, levando-nos a enfermidades do corpo, da mente e do espírito ou como bálsamos salu-tares que revigoram, animam e elevam, afinando-nos me-diante o diapasão do Divino Mestre.

Concetta

1 Messe: Seara.

Higienização Mentalfamilia

Famíliafamilia

É verdade que gostaríamos de parecer sempre com boa aparência, vestidos discretamente ou da maneira que nos agrade, de nos relacionarmos bem, estarmos sadios, em paz, enfim, em estado de felicidade.

Não é proibido ficar de cara fechada ou mal humorado, mas se compartilhamos do propósito acima, se vier a acon-tecer, será fruto da nossa invigilância, remetendo-nos ao desequilíbrio indesejável. No entanto, vamos nos encontrar infinitas vezes com pessoas de cara feia ou de mau humor. Na maioria das vezes, serão pessoas que dividem o mesmo teto.

O que fazer? Fechar a cara também? Fingir que está tudo normal? Ignorar porque não é conosco?

Se nos omitirmos, nossa frequência adaptar-se-á ao cli-ma de ordem inferior, já que nada estaremos fazendo para modificá-lo. Tocar na ferida poderá avivar as chamas.

Não há uma receita mágica, pois somos individualida-des, cada momento é um momento e sabemos que agimos de modo singular em ocasiões adversas. Mas algo há de ser feito, pois cruzar os braços é fortalecer o pessimismo. Primeiramente, afastemos qualquer lembrança da pessoa nesse quadro que a remeta a julgamentos ou cobranças.

Diante de Cara Feia ou Mau HumorTema Livre

tema livre

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12

É comentário fluente nas palestras espíritas que o ho-mem, para alçar o voo da evolução, precisa de duas asas: do sentimento e da sabedoria.

O sentimento só conseguiremos desenvolver se praticar-mos a caridade. Conforme o capítulo 15 de “O Evangelho Segundo o Espiritismo”, fica bem claro que: “Fora da Cari-dade não há Salvação”.

Explicando melhor, é necessário o desenvolvimento da ação no campo do auxílio ao próximo. Nada de ficarmos em contemplação ou somente em estudos teóricos. Salvação, conforme o ensinamento evangélico, não se dá somente es-tudando as lições de Jesus; opera-se na prática da carida-de, buscando, através de atos, amparar o semelhante que sofre no campo material ou moral.

E quanto mais aprendermos a auxiliar, mais tarefas no campo do bem, Deus nos dedicará.

À medida que formos demonstrando que temos capaci-dade de cumprir as pequenas tarefas que nos são confiadas por Deus, Ele irá ampliando o nosso campo de ação.

Mas é preciso começar, pois senão não iremos nos de-senvolver.

Os grandes missionários que reencarnaram para atuar como empresários, proprietários de grandes indústrias, ini-ciaram a sua evolução cumprindo pequenas tarefas, a ponto de adquirirem inteligência suficiente para administrar gran-des empreitadas, tudo isso, associados ao desenvolvimento do sentimento de querer ajudar a todos.

Cabe aqui lembrar a frase de Emmanuel:“Faze o bem que puderes. Ninguém espera que apagues

sozinho o incêndio da maldade. Dá o teu copo de água fria.”Coloquemos os poucos “talentos” que temos a serviço de

Jesus, socorrendo aqueles que sofrem.Hoje, teremos capacidade de dar um copo de água a um

sedento, amanhã projetaremos barragens que irão levar água e prosperidade para grandes coletividades. Basta co-meçarmos.

WilsonBibliografia: O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec – tradução de Roque Jacintho, Editora Luz no Lar, 8ª ed., 2010.Segue-me – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel, Edi-tora O Clarim, 11ª ed., 2010.

Caridade e Inteligência

Procuremos agir com naturalidade, já que as estruturas não podem ser abaladas. Envolva a criatura num desejo de que se acalme, se encoraje, sinta alegria em viver, mesmo de-frontando-se com obstáculos, limites ou dificuldades.

Jamais abordar assuntos desagradáveis ou comentários ligados ao relacionamento com familiares, vizinhos, amigos, que sempre levantam nuvens de discórdia.

Não há mal que sempre dure, portanto, confiemos que, aos poucos, a situação será modificada, já que estaremos operando nesse sentido.

Acreditar firmemente e buscar compreensão, alegria e fe-licidade é a melhor maneira de superarmos quaisquer pro-blemas.

Luana

Cantinho do Verso em Prosacantinho do verso em prosa

Jesus, Mestre Divino. Há dois mil anosVieste visitar a Humanidade.Quiseste confundir bons e tiranos,Na mesma lei de amor e caridade.

Pregaste muito amor, muita bondade,Na lúcida passagem de alguns anos.Os homens, mais afeitos à maldade,Causaram-te amargura e desenganos!

E, agora, veio o teu “Consolador”A confirmar o que disseste outrora, trazendo nova luz e mais amor!

Bem haja que, Jesus de Nazaré, Os homens te compreendam mais agora,No auro resplendor da nova fé.

Jesus Gonçalves

Nos momentos difíceis de nossa passagem por nova reencarnação, ainda pensamos, falamos, reclamamos que nos sentimos abandona-dos. Muitas vezes chegamos ao cúmulo de querer fazer trocas com Deus, com o Cristo, com os Espíritos Superiores, pensando: “se me aju-darem, me ampararem, irei praticar a caridade, indo ao centro espírita para que eu possa ajudar em algum trabalho.”

Como temos que crescer, evoluir!...Deus nos enviou, há dois mil anos, Seu Filho Dileto, para nos orientar,

mostrar o verdadeiro caminho, sempre pronto com atitudes, dando-nos lições de amor, humildade, fé, caridade e nós ainda queremos fazer “tro-cas”? Quando tudo nos foi dado, mostrado, sem exigir nada em troca...

Jesus pregou o verdadeiro amor, bondade e, mesmo assim, vemos homens afeitos à maldade, causando-Lhe amarguras e injustiças.

Mesmo assim, nos prometeu a vinda do “CONSOLADOR”, e ele che-gou trazendo nova luz e mais amor!

E, ainda hoje, nossos olhos estão, muitas vezes, voltados somente para o nosso interior...

Vamos, juntos, trabalhar mais e o melhor que pudermos, direciona-dos aos nossos semelhantes e sentiremos que não há necessidade de pedir nada, pois o amparo virá automaticamente; o Cristo sempre está ao nosso lado, no esplendor da nova fé, através da Doutrina Espírita que é o “CONSOLADOR PROMETIDO”.

José Roberto

O Consolador

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13Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Kardec em Estudokardec em estudo

A PreceQuestão 658 — Agrada a Deus a prece? “A prece é sempre agradável a Deus, quando ditada pelo coração, pois, para Ele, a intenção é tudo. Assim, preferível Lhe é a prece do íntimo à prece lida, por muito bela que seja, se for lida mais com os lábios do que com o coração. Agrada-Lhe a prece, quando dita com fé, com fervor e sinceridade. Mas, não creias que O toque a do homem fútil, orgulhoso e egoísta, a menos que signifique, de sua parte, um ato de sincero arrependimento e de verdadeira humildade.”

O Livro dos Espíritos - Parte 3ª - Capítulo II - Da Lei de Adoração

A prece é um dos maiores e mais sublimes princípios da Natureza e se faz através da elevação do pensamento a Deus, aproximando-nos Dele.

Como resultado da Lei Natural, emana este sentimento inato do homem. O fato de não vermos Deus não significa que Ele não está conosco.

Ninguém pode alegar ignorância das Leis Divinas por-que, conforme a previdência paternal, quis Ele que essas leis fossem gravadas na consciência de cada homem, sem distinção de culto religioso, de raça ou de nacionalidade.

A ligação mais sublime com Deus é feita através da pre-ce. Não há prece sem resposta. E a oração, filha do Amor, não é apenas súplica. É comunhão do Criador com a criatu-ra, constituindo, assim, o mais poderoso influxo magnético.

A prece verdadeira se dá através do coração. A prece re-petida que, normalmente, aprendemos na infância terá valor se, quando recitada, estivermos refletindo em todas as suas palavras; caso contrário, estaremos somente nos repetindo, o que já fazemos há milênios. Essa mudança de hábito é necessária porque só aprenderemos a orar verdadeiramen-

te quando nela colocarmos nossos melhores sentimentos, principalmente quando orarmos em favor dos mais neces-sitados que nós.

Infelizmente, ainda, como somos muito egoístas, oramos somente por nós mesmos e pela nossa família e por alguns amigos de quem gostamos. Não conseguimos entender que a Humanidade é a nossa família universal. Que devemos aprender a orar por todos, inclusive por aquelas pessoas que não conhecemos e, principalmente, por aqueles que se encontram em erro.

Nosso Pai Celestial ficará contente conosco quando aprendermos que o pensamento e a vontade representam, em nós, um poder de ação que alcança muito além de nos-sa esfera carnal.

A prece, se for ardente, sincera e feita do coração, atrairá os bons Espíritos que irão ao encontro dessa criatura pela qual oramos, para dar-lhe conforto e coragem para enfren-tar suas dificuldades.

ElianaBibliografia: O Livro dos Espíritos – Allan Kardec, tradução de Guillon Ribeiro, Editora FEB, 68ª Ed., 1987.

Para quem gosta de ler romances sérios, sem fantasia, uma boa dica é o livro “Corações sem Destino”, enviado aos leitores do Clube do Livro Espírita “Joaquim Alves (Jô)”, em março do corrente ano.

A psicografia é da médium Eliana Machado Coelho, pelo espírito Schellida.

Amar significa ter a posse a qualquer preço?

Tolo equívoco dos que confundem amor com paixão. Pensando e agindo assim, corremos o risco até de uma depressão, o que ocorre por falta de equilíbrio.

A obra conta a história de Lívia, Rubens e Humberto que formam um trio amoroso, cuja ligação já vem de um passado tumultuado por uma paixão doentia.

Com a oportunidade para o resgate dos erros cometidos, vem também a insegurança,

a invigilância e a falta de fé sólida, o que contribui para a decaída desses espíritos reencarnantes. Mas, com a força de vontade em enxergar a realidade e não se deixar levar pela autopiedade, o auxílio da Espiritualidade Maior pôde ser recebido e os problemas vão sendo solucionados a seu tempo.

Como mencionado na sinopse do próprio livro: “O verdadeiro amor liberta, traz alegria e paz ao coração.”

Temas como depressão, síndrome e distúrbio de ansiedade também são abordados.

Atualíssimo em nossos dias!Agradeçamos a Deus por nos enviar,

através das obras mediúnicas, formas de melhor compreender a Vida!

Rosangela

Clube do Livroclube do livro

Corações sem Destino

Eliana Machado CoelhoEspírito SchellidaLúmen Editorial

512 páginas

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14

Chico Xavier sempre foi de hábitos muito simples.Desde criança, acostumado à extrema pobreza em que vivia a sua

família, não havia espaço para qualquer tipo de luxo.Mesmo quando adulto, já trabalhando como funcionário da Fazenda

Modelo, sempre teve parcos recursos.No ano de 1971, quando Chico foi, pela primeira vez, ao programa de

televisão chamado “Pinga-Fogo”, exibido pela TV Tupi, recebeu várias críticas de alguns espíritas, pois diziam que ele estava “muito” bem vestido – terno, gravata e uma peruca que lhe ficou muito bem. Falavam que o terno devia ter custado uma fortuna, que deveria ter ido como sempre se vestiu, que a roupa havia descaracterizado sua simplicidade e humildade, como se essas virtudes fossem externas. Jesus disse que “o Reino de Deus não virá com aparências exteriores.”

Acreditamos que, hoje, todos os que teceram esses comentários, sem antes se informarem, devem estar arrependidos, pois o terno foi emprestado por um grande amigo de São Paulo.

Chico, coração bondoso, não ficou com nenhuma mágoa, só um pouco triste.

Como todos nós devemos refletir sobre tudo o que nos acontece, Chico também refletia sobre o acontecido, quando Emmanuel, seu guia espiritual, veio dizer-lhe:

— Não dê muita importância a essas críticas. Você estava ali como funcionário do Espiritismo. Se você fosse pingando lama, eles iam dizer que a empresa estava falindo.

Com esta interessante passagem sobre a vida de nosso Chico Xavier, aprendemos que deveríamos refletir mais sobre os julgamentos que fazemos sobre aqueles que se esforçam para viver o Cristianismo e dirigir esses julgamentos primeiramente a nós.

Adopho Bibliografia: adaptação do livro “Momentos com Chico Xavier”, de Adelino da Silveira, editado pelo Grupo Espírita da Paz, 1ª edição, 1999.

Pegadas de Chico Xavierpegadas de chico xavier

Aparências

Francisco Cândido XavierEspíritos Diversos

Editora GEEM - 64 páginas

O que diferencia o idoso do jovem? Somente o tempo vivido e as experiências coletadas, pois o aprendizado absorvido independe da idade física.

Neste sentido, presenciamos jovens demonstrando um amadurecimento de comportamento que, muitas vezes, não notamos em alguém com mais idade.

Conforme Emmanuel, a vida se desdobra, “descortinando a cada um as possibilidades de agir, criando a experiência.”

E nós, usando o nosso livre-arbítrio, atendemos os desejos que nos caracterizam os hábitos e as inclinações. Como consequência, colhemos os resultados de

nossas próprias obras.Alguns jovens, tendo deixado o corpo físico

em plena vitalidade orgânica, transmitiram, através do médium Francisco Cândido Xavier, lembretes que falam ao sentimento de qualquer de nós.

São páginas simples e amigas, onde vemos que a desencarnação na mocidade, quase sempre, não é apenas renovação mas igualmente um fator decisivo de acesso à maturidade espiritual.

Livro de fácil entendimento, próprio para as reflexões diárias, para discussões em grupo e, principalmente, para fortalecer a nossa fé.

Vitório

Livro em Focolivro em foco

Antologia da Juventude

ACEITAMOS SUA COLABORAÇÃOSua doação é importante para o custeio da postagem do

Seareiro e pode ser feita em nome doNúcleo de Estudos Espíritas Amor e Esperança - CNPJ: 03.880.975/0001-40

Banco Itaú S.A. - Agência 0257 - C/C 46.852-0

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15Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

Nas patologias terrenas, há que se observar uma quanti-dade considerável de mecanismos que produzem a loucura e a obsessão. São tantos os fatores mas, sem dúvida, dois deles merecem um exame mais cuidadoso: loucura e ob-sessão. Ambos se relacionam com o desenvolvimento de natureza moral e espiritual de cada encarnado.

Loucura, grosso modo, é ausência total da realidade. Um irmão nesse estado é presa fácil das trevas. Em suas mãos, ele se torna joguete e refém de suas más ações. Contudo,

temos que observar que, entre ambos, há um halo energéti-co, ou seja, uma energia de ordem vibratória inferior, na qual eles estabelecem relações, do encarnado para o desencar-nado e vice-versa.

Então, qualquer tratamento, para se obter resultados sa-tisfatórios, deve levar em conta a medicina espiritual. Fica claro que não há menosprezo à medicina terrena. Pelo con-trário, ela é fundamental. Contudo, falta-lhe um olhar mais atento ao Espírito. Chegará o momento em que um médico,

Loucura e Obsessão, as Dores da Alma

canal abertoEste espaço é reservado para respondermos às dúvidas que nos são enviadas e para publicações dos leitores.

Agradecemos por todas as correspondências e e-mails recebidos. Reservamo-nos o direito de fazer modificações nos textos a serem publicados.

Canal Aberto

Partindo do princípio de que fomos todos criados simples e ignorantes, destinados à perfeição e de que somos todos iguais perante Deus, precisamos viver este estado de igualdade com amor, reavalian-do nossa postura diante de todos e da vida.

Aqui, na Terra, trazemos muitas das vezes o corpo macerado pelos golpes da nossa própria ignorância, causando-nos dores e sofrimentos. Encontramo-nos também reunidos com a finalidade de evoluirmos por meio da vivência do amor... E para que possamos contribuir na elaboração de um mundo melhor, onde reine a paz, a alegria, a fraternidade...

Devemos reger as nossas atitudes com equilíbrio, usar o sentimento e a razão, pois quando agimos amorosamente, em face de qualquer situação, obte-mos um resultado favorável.

Quando compreendemos, antes de julgarmos, o motivo que levou tal criatura a cometer algum desli-ze, isso significa amor...

Quando aceitamos as diferenças dos nossos se-melhantes sem preconceitos, isso é amor...

Quando socorremos alguém que passa por mo-mentos conflituosos, emprestando tão-somente os nossos ouvidos para que ele desabafe, isso é tam-bém amor...

Que possamos, através do trabalho no Bem, da renovação íntima, da prática do Evangelho, nos igualar ao patamar de evolução espiritual do nosso Mestre!

E só há um caminho para atingirmos tal objetivo, assim como nos ensinou Jesus no Sermão da Mon-tanha (Mateus, 5:38-42) – “Dá a quem te pedir, e não te desvies daquele que quiser que lhe emprestes.”

Lembremos que somos todos iguais! Graças a Deus!

Igualdade com Amor...Todas as dificuldades da vida nos deixam frágeis e incré-

dulos em relação ao nosso futuro. Procuramos, logo, achar o culpado e jogamos a responsabilidade no ombro do outro ou acusamos a Deus pelo abandono. Mas esquecemos, por exemplo, que um câncer pode vir de uma atitude enfurecida, do orgulho exorbitante, do descuido em relação ao consumo das drogas consideradas aceitas pela sociedade (o álcool, o cigarro...) enfim, do desregramento material.

Admitindo-se a existência de Deus e considerando os seus atributos, não podemos nos rebelar, pois tudo tem uma causa de ser. Deus não criou nada disto, nós, com as nossas tendên-cias inferiores dirigidas para estas maneiras, é que entramos em desacordo com a Natureza.

Não há nenhum sofrimento na vida sem a nossa participa-ção direta nesta ou em outras existências, muitas das vezes de forma catastrófica. Ocorre que não nos lembramos e, assim, o nosso orgulho não permite nos enxergarmos como o causador de nossa própria infelicidade. As nossas aflições podem ser derivadas de atitudes e comportamentos atuais que, na próxi-ma encarnação, serão os das vidas passadas.

Deus possibilitou-nos a compreensão da vida por meio de Jesus, o médico das almas, e o Mestre nos prometeu a vinda, após a sua partida, da Doutrina Espírita, que chegaria numa época em que a Humanidade já estivesse um pouco mais amadurecida. Então, tudo vem no momento certo e agora esta-mos vivendo algumas dificuldades de avanço intelecto-moral. Deus não nos esqueceu!

Analisando, assim, todas as causas das aflições são de ori-gem do Espírito desequilibrado, que não se ateve ao entendi-mento de sentimentos e sim de sensações carnais. Muitos dos males que conhecemos têm origem na conduta orgulhosa e imprudente do próprio Homem; não se pode acusar Deus por essas mazelas.

Devemos refletir sobre o que realmente somos e qual o nos-so objetivo perante a vida imorredoura. “Tudo me é licito, mas nem tudo me convém”1. Usemos a medida do bom senso para tudo; estejamos no mundo sem nos desequilibrarmos com as coisas do mundo.

1 Paulo de Tarso.

Aflições

Carlo Augusto Sobrinho - Rio de Janeiro - RJ

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ao examinar seu paciente, não poderá ignorar o aspecto es-piritual e sua importância na busca do equilíbrio interior e de seu bem-estar.

Obsessão é “o domínio que alguns espíritos logram ad-quirir sobre certas pessoas”. Em muitos casos, o subjuga-do é submetido a um processo tão violento que resulta no descontrole total de si. Nesse caso, de nada adiantarão tra-tamentos médicos que não contemplem as necessidades espirituais do paciente.

O mais grave nesse quadro é que as trevas não dão ao obsidiado um minuto de paz. Por outro lado, por mais que isso nos comova e entristeça, devemos ter em mente que o Pai não abandona seus filhos à sorte. Muitas vezes, a cura para o doente está justamente num processo de transtorno espiritual como esse, ou melhor, nesses casos, o necessita-do, diante de sua fragilidade e dependência, está mais sus-

cetível e propenso a aceitar o tratamento espiritual. Coisa que poderia ter sido feita no início, caso não estivesse tão endurecido e indisposto a receber o devido tratamento.

As dores da alma, portanto, são facilmente identificáveis em ambos os casos. Uma boa sugestão é procurar uma casa espírita, que siga os ensinamentos de Jesus. Nela encontrar-se-á a ajuda necessária. Enfim, as dores da alma são aquelas em que o subjugado não é dono do leme de sua vida. Afinal, entre eles, obsessor e obsediado, há um elo energético e vibracional que os liga permanentemente. Em muitos casos, isso leva à exaustão de suas forças corporais e, em outros, à morte.

Ricardo Santos - São Paulo - SPPara os interessados em aprofundar o tema na literatura espírita, sugere-se:• Obras Póstumas - Allan Kardec, Editora IDE.• O Livro dos Médiuns - Allan Kardec, Editora IDE.• Pensamento e Vida - Francisco Cândido Xavier, pelo espírito

Emmanuel, Editora FEB.

Fabiano aproximou-se, confundindo-se com as sombras, para não humilhar os sofredores.

Da vala funda, em mistura à lama que lhe envolvia o cor-po, a infeliz criatura sentiu o olhar misericordioso de Fabia-no de Cristo.

— Afinal... a que vens? — indaga o desesperado ser.Fabiano o ouvia.— Vens trazer-me a salvação?E, entre soluços de dor, como pela necessidade de peni-

tenciar-se, continua o sofredor, soergando-se da lama:— Vês? Notas como estou? Por certo que me conheces,

Fabiano, porque eu conheço a ti...E Fabiano o envolvia em ternura silenciosa.Estimulado, o sofredor continuou:— Sabes que tive o poder, nas Minas Gerais! Sabes que,

enceguecido pelo mando, levei infelicidade a muitos.E entre soluços:— Aqueles mesmos que de mim se serviram, na política

inferior, hoje se distanciaram.Nova pausa, e como que se arrastando aos pés de Fabia-

no de Cristo, a enlameada criatura rogou:— Quero retornar à Terra. Quero reparar os meus des-

mandos... Quero buscar aqueles a quem humilhei, a quem espoliei, a quem remeti aos valos da dor profunda...

Fabiano, abaixando-se, recolhe nos braços a dor da-quele ex-político, que conhecera nas Minas Gerais.— Intercede por mim, Fabiano.— Já roguei a Jesus por ti, meu irmão.— Que me reserva o futuro, então?— Venho buscar-te, meu amado irmão, para levar-te a

berço novo. Criarás vida nova e ali, em nova vida no estojo da carne, esquecerá todo este passado. Viverás, porém, jun-to daqueles a quem não servistes, e aprenderás a servi-los.

Fabiano ampara a criatura que, trôpega, se ajusta ao co-ração amigo.

Caminham juntos, sem deixar as regiões das sombras.Suspendendo a marcha, no arrabalde de cidade pobre,

Fabiano aponta o casario paupérrimo, e as criaturas primá-rias que palmilham pelas ruas.

— Aqui, terás as novas Minas Gerais, meu filho. Disporás do poder de quem verá um pouco mais, e deverás aprender a servir.

E assim, Fabiano entrega o ex-político das Minas Gerais, aos braços de humilde lavadeira, na Espiritualidade.

— Eis quem te será o filho, e a quem reeducarás nas lá-grimas e nas privações, já que quem não aprendeu a servir, na abundância, buscará aprender a servir na escassez.

E, ali mesmo, nascia uma vida, a de quem perdera a sua existência anterior pela sufocação da força e do poder.

(Mensagem psicografada em 23/10/1987, por Roque Jacintho, no Grupo Espírita Fabiano de Cristo, no bairro de Americanópolis, cida-de de São Paulo, SP)

Nova OportunidadeMensagem

mensagem

Dirija-se, às urnas da vida e, diante dos juízes e fiscais que te vigiam, coloca o teu voto de fé, na esperança e na vida.

Votes bem, hoje e sempre, elegendo o amor ao próximo por pro-grama de refazimento e de futuro.

Marque, de modo indelével, o teu voto para a criação do amor, onde estiveres, porque de teu voto de amor nascerá um mundo novo, feito de suor e lágrimas.

Não temas, pois, pela tua escolha, se elegeste o Cristo por bús-sola de tua vida.

(Mensagem psicografada em 11/11/1988, por Roque Jacintho, no Grupo Espí-rita Fabiano de Cristo, no bairro de Americanópolis, cidade de São Paulo, SP)

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“Comovemo-nos, habitualmente, diante das grandes tra-gédias que agitam a opinião.

Homicídios que convulsionam a imprensa e mobilizam largas equipes policiais...

Furtos espetaculares que inspiram vastas medidas de vi-gilância...

Assassínios, conflitos, enganos e assaltos de toda sor-te criam guerras de nervos, em toda parte e, para impe-dir semelhantes produções de ignorância e delinquência, erguem-se cadeias e fabricam-se algemas, organiza-se o trabalho forçado e, em algumas nações, o próprio apedre-jamento de infelizes é praticado na rua, sem qualquer traço de compaixão.

Todavia, um crime existe mais doloroso, pela crueldade com que é praticado, no silêncio do santuário doméstico, ou nos braços da Natureza...

Crime estarrecedor, porque a vítima não tem voz para su-plicar piedade e nem braços robustos para reagir.

Referimo-nos ao aborto delituoso, em que pais incons-cientes determinam a morte dos próprios filhos, asfixiando-lhes a existência antes que possam sorrir para a bênção da luz.

Homens da Terra e, sobretudo, vós, corações maternos chamados ao engrandecimento do amor e da vida, recu-sai-vos a praticar semelhante ação que vos desequilibra a alma e cobre de trevas o caminho.

Fugi do satânico propósito de sufocar os filhos do próprio ventre porque os anjos em formação, que rechaçais, são mensageiros da Providência que chegam ao lar em vosso próprio socorro e, se não há lei humana que vos marque a desonestidade do infanticídio nos recintos familiares ou na sombra da noite, os olhos divinos de Nosso Pai vos con-templam do Céu, chamando-vos, em silêncio, às provas do reajuste, a fim de que se vos limpe da consciência a falta indesculpável que cometeste.”

* * *Esta mensagem do nosso Emmanuel recebida através

da psicografia de Chico Xavier, em 9 de janeiro de 1959, encontra-se no livro Religião dos Espíritos e está tão atual, aliás, atualíssima.

Numa análise mais profunda, diríamos que com mais agravantes, porque, há 51 anos, os métodos anticoncep-cionais eram praticamente inexistentes. Então esta poderia ser a justificativa para a prática do aborto: a falta de planeja-mento para se ter um filho.

Nos dias de hoje, felizmente, temos muitos métodos con-traceptivos que as mulheres, em idade fértil, têm a sua dis-posição. Mesmo àquelas de pouca, ou nenhuma, condição financeira porque o Estado supre esta necessidade de se fazer o planejamento familiar. E, pensando em termos de informação, sabemos que os meios de comunicação estão todos aí, é só aprendermos a selecionar o que de mais útil nos interessar.

Infelizmente, muitas mulheres se sujeitam a tais práticas por pura ignorância, mas sabemos que o espírito é eterno e tem necessidade de reencarnar na Terra para a sua pró-pria evolução moral. Não se pode admitir que o espírito seja criado por Deus apenas alguns meses depois que o corpo materno já está gestante. Se fosse assim, não teria lógica vivermos neste planeta somente por algumas décadas. O que faríamos depois da morte?

Vamos abrir nossa mente para informações tão importan-tes. Se você ficou grávida sem planejar, pense que Deus fez o planejamento para você. Que este bebê lindo que virá vai ajudá-la a se reajustar com as leis divinas, no acerto das dívidas de amor não vivenciadas no passado. Não importa sua condição financeira, sempre damos um jeito, quando estamos dispostos a enfrentar as chamadas “dificuldades” da vida. Depois de tudo passar, verá que este filho é uma bênção do Mais Alto e aí, sim, agradecerá sempre pela sua existência. Mãe é para sempre!

QuinidiaBibliografia: Religião dos Espíritos – Francisco Cândido Xavier, pelo espírito Emmanuel – Editora FEB – 1978.

Aborto Delituosoatualidade

Atualidade

Núcleo de Estudos Espíritas “Amor e Esperança”Reuniões: 2ª, 4ª e 5ª, às 20 horas

3ª e 6ª, às 15 horasDomingo, às 10 horas

Evangelização Infantil: ocorre em conjunto às reuniões

Atendimento às Gestantes: 2ª, às 15 horas

Artesanato: Sábado, das 10 às 17 horas

Tratamento Espiritual: 2ª e 4ª, às 19h453ª e 6ª, às 14h45

Rua das Turmalinas, 56 / 58Jardim Donini - Diadema - SP - Tel.: (11) 2758-6345

LIVROS ESTUDADOSO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; A Gênese – Allan Kardec; Missionários da Luz – André Luiz*O Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; O Consolador - Emmanuel*; O Livro dos Espíritos – Allan KardecO que é Mediunidade – Roque Jacintho; Viagem Espírita em 1862 – Allan Kardec; Das Leis Morais – Roque JacinthoTerapia Espiritual; Emmanuel – Emmanuel*; Seara dos Médiuns – Emmanuel*; O Livro dos Médiuns – Allan KardecO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro da Esperança – Emmanuel*; Os Mensageiros – André Luiz*; Vida Futura – Roque JacinthoO Evangelho Segundo o Espiritismo – Allan Kardec; Livro de mensagens de Emmanuel*

DIA2ª

Domingo

*Livro psicografado por Francisco Cândido Xavier

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19Órgão divulgador do Núcleo de EstudosEspíritas Amor e Esperança

DIA031925 desencarna Camille Flammarion, astrônomo famoso em sua época. Espíri-ta, colaborador de Kardec, tendo pronun-ciado emocionante discurso fúnebre junto à tumba do mestre. A Federação Espírita Brasileira publica algumas de suas obras, entre as quais: “Deus na Natureza”. A ínte-gra desse discurso consta do início do livro “Obras Póstumas”, em edição da FEB. Pos-teriormente à morte de Kardec, começou a se dedicar no aprofundamento teológico do Espiritismo. As obras de Flammarion, a partir de então, revelam a sua visão espírita sobre questões fundamentais para a Humani-dade. Em algumas delas, como “Narrações do Infinito”, poderá ser verificada, ainda, a atuação de Camille Flammarion como mé-dium. O Capítulo VI de “A Gênese”, uma das obras básicas do Espiritismo, intitulado “Uranografia Geral - o Espaço e o Tempo”, é a transcrição de uma série de comunicações à Sociedade Espírita de Paris, em 1862 e 1863, sob o título “Estudos Uranográficos”. Tal obra foi registrada como C.F., as iniciais de Camille Flammarion.DIA051947 fundada a USE, União das Sociedades Espíritas do Estado de São Paulo.DIA101853 os Espíritos introduzem o processo da escrita, agilizando as comunicações mediú-nicas, até então produzidas mediante sinais.1854 constituída em Nova York, EUA, a pri-meira sociedade para estudo e difusão do Es-piritismo, ocasião em que foi criado o jornal “The Christian Spiritualist”.1860 o Espírito de Verdade, através da mé-dium Sra. Schmidt, informa a Kardec que ele não permaneceria muito tempo encarnado, apenas o bastante para concluir suas obras (trabalhos indispensáveis). Um trecho da co-municação constante do livro “Obras Póstu-mas” no item “Meu Retorno” de 10 de junho de 1860: Pergunta Que entendeis por essas palavras “por um pouco”? Resposta Não ficarás muito tempo entre nós; é necessário que retornes para terminar a tua missão, que não pode ser rematada nesta existência. Se isso fosse possível, não te irias daí de modo algum, mas é preciso suportar a lei da Na-tureza. Estarás ausente durante alguns anos e, quando voltares, isso será em condições que te permitirão trabalhar cedo. No entan-to, há trabalhos que é útil que termines antes de partir; é porque te deixaremos o tempo necessário para acabá-los. Nota de Allan

Kardec: Supondo aproximadamente a du-ração dos trabalhos que me restam a fazer, e tendo em conta o tempo de minha ausên-cia e os anos da infância e da juventude, até a idade que um homem pode desempenhar um papel no mundo, isso nos leva, forçosa-mente, ao fim deste século ou ao começo do outro. Nota da Redação: A nota de Kardec se refere a época em que ele reencarnaria diante das informações dos Espíritos.DIA121851 nasce na Inglaterra, Sir Oliver Lodge, famoso pesquisador e escritor. Deixou várias obras sobre estudos psíquicos e mediunida-de. Pesquisou a médium americana Eleonora Piper e a italiana Eusapia Paladino.1856 Allan Kardec, por intermédio da mé-dium Aline C., recebe a confirmação do Es-pírito de Verdade a respeito de sua missão (Livro “Obras Póstumas”).DIA131980 desencarna em Brasília, DF, Carlos Torres Pastorino, escritor, jornalista, histo-riador, poliglota, ex-sacerdote católico que se converte ao Espiritismo. Autor dos livros “Minutos de Sabedoria” e “Técnica da Me-diunidade”.DIA141853 publicada no Jornal do Comércio (RJ), pela primeira vez, notícia sobre as mesas gi-rantes.1894 nasce Edgard Pereira Armond (Guara-tinguetá, 14 de junho de 1894 — São Paulo, 29 de novembro de 1982) que foi um mili-tar, maçon, professor e espírita brasileiro. Responsável pela implantação da Federação Espírita do Estado de São Paulo (FEESP), onde colaborou por mais de três décadas, sistematizou o estudo da Doutrina em ter-mos evangélicos e estabeleceu cursos para auxiliar o desenvolvimento de médiuns. Em 1973, a Aliança Espírita Evangélica nasceu sob sua inspiração. Foi, também, pioneiro do movimento de unificação, tendo lançado a ideia de criação da União das Sociedades Espíritas (USE).

1932 desencarna em Turim, Itália, Linda Gazzera, médium famosa, pesquisada por vários cientistas, entre eles Charles Richet e César Lombroso.DIA161875 instaurado o “Processo dos Espíritas”, procedimento judicial condenando a prática das chamadas fotografias mediúnicas, sob a alegação de fraude.1966 desencarna Francisco Peixoto Lins, o Peixotinho, extraordinário médium de efei-tos físicos, conhecido pela produção das ma-terializações luminosas.DIA171832 nasce em Londres, William Crookes, físico e químico, um dos mais persistentes e corajosos pesquisadores dos fenômenos es-píritas.1985 fundada em Tours, a União Espírita Francesa e Francofônica que tem, como ob-jetivo, reimplantar o Espiritismo na França e em países de língua francesa.DIA211886 desencarna em Saint-Germain, Fran-ça, o médium Daniel Douglas Home, pesqui-sado por inúmeros cientistas.DIA241943 desencarna Ernesto Bozzano, cien-tista que pesquisou a fenomenologia espíri-ta. Autor de diversas obras, entre as quais, “Animismo ou Espiritismo?”, “A Crise da Morte”, “Pensamento e Vontade”, “Xeno-glossia”.1951 a Rádio Guanabara, na cidade de Três Rios (RJ), organiza e realiza a primeira se-mana espírita no Brasil.DIA301953 fundada a Sociedade Pró-Livro Espí-rita em Braille.2002 desencarna em Uberaba, MG, Francis-co Cândido Xavier, o maior e mais prolífico médium psicógrafo do mundo, com mais de 412 obras publicadas, com todos os direitos autorais cedidos em benefício de entidades assistenciais.

JunhoCalendário

calendario

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